dezembro de 2013 - JĂ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1
Índice ::
2 3
04
...não deixem que outros façam as escolhas por vós! - Diretora Anabela Lemos Editorial O ensino profissional contra a desumanização da escola
4 Reflexões de um Diretor de Turma Escola, Emprego, Profissões a incógnita atual e futura
5 Notícias e atividades Dia da Hispanidade Parlamento Jovens foram a Bruxelas Dia da Tolerância Diferentes e brilhantes Visitas do Clube do Património Escola solidária Notícias do 1º ciclo do C. Ed. Tradições de Natal Desporto escolar Semana da cultura cientifica Projeto Ler+ Jovem “Veni, Legi, Vici - Já os Romanos o sabiam” 14
ESCOLA, EMPREGO, PROFISSÕES Textos do 1º ciclo Entrevistas com profissionais de Apoio Social Formar em Turismo no AEC
19 Receção ao caloiro no curso TT 20 Emoções - Curso TAP 21 Na biblioteca acontece... Se eu fosse um livro… Atividades realizadas Comemoração do mês das BE 24 Propostas de leitura para o Natal 26 Produção de textos 27 Saudades da minha escola, por Vélia Carvalho Há escolas que são gaiolas e escolas que são asas
28 Diversões 30 A força das palavras ,por Ana Paula Amaro Há escolas que são gaiolas
31 O destino do Pescador Lengalengas problemáticas
...não deixem que outros façam as escolhas por vós! Ora aí está uma visita interessante para todos os que gostam de surfar na net!!! A visita ao sítio do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para consultar a lista das profissões regulamentadas! Sabeis qual é a diferença entre um arrais de pesca e um contramestre pescador?! Entre outras coisas, o segundo passou mais anos na escola que o primeiro! E pode governar embarcações de maior porte! E pode exercer a atividade piscatória numa área mais abrangente que o primeiro! E… Banalizou-se, nos dias de hoje, dizer que a escola já não é o passaporte para o emprego, que mesmo os licenciados têm dificuldade em arranjar trabalho, que a vida está difícil mesmo para os que têm estudos… Porém, antes dos desabafos circunstanciais de quem está cansado da crise, convém pensar onde estão os que têm a escola toda e onde estão os que não chegaram ao fim do percurso escolar. No momento atual, todos vivem dificuldades! Mas quais são os mais aptos a agarrar novas oportunidades? Onde vão trabalhar os enfermeiros e os investigadores portugueses que, hoje, emigram para a Europa e Estados Unidos? Para onde vão
trabalhar os desescolarizados? E os africanos que vieram para Portugal nas décadas de 80 e 90? Quem viu o filme “A gaiola dourada” sabe que Portugal não pode voltar costas ao contexto europeu ou mesmo mundial, significativamente escolarizado e qualificado. Dir-me-ão que não basta a escola, o que é inteiramente verdade. É preciso ser-se audaz, tenaz, fixar um rumo, escolher a rota e fazer-se ao caminho, na certeza de que nem tudo é estrada livre. Mas à parte as características pessoais de cada um, é na escola que os jovens encontram a informação e o conhecimento que a sua curta experiência de vida não lhes permite adquirir noutro lado qualquer. Na escola têm profissionais das várias áreas do saber
e
técnicos
especializados que podem mostrar as facetas diversas do
Dezembro de 2013
mundo das profissões e do trabalho e que o fazem a tempo inteiro!
Direção do Jornal
A escola pode ajudar a escolher uma profissão. Sem escola, escolhemos,
Ana Rita Amorim Isabel Neves
quando muito, um emprego. O mais certo é ele escolher-nos a nós!
Paulo Carregã
Retomo uma sugestão que vos deixei no Dia do Diploma: não deixem que
Grafismo
outros façam as escolhas por vós!
Ana Rita Amorim
aec.jornal@aecondeixa.pt 2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
Anabela Lemos
O ensino profissional contra a desumanização da escola
:: EDITORIAL
Daniel Pennac, um escritor e professor francês, com larga dera também todas as outras dimensões da inteligência, tem
experiência no ensino profissional de nível secundário, abre o permitido uma efetiva consideração da singularidade de cada seu premiado livro Mágoas da Escola com uma frase cuja atu- aluno e, deste modo, uma humanização da sua escolaridade. alidade nos deve fazer pensar: «estatisticamente tudo se ex-
O JÁ dedica este número à articulação da escola com as
plica, pessoalmente tudo se complica». Pennac, que foi um profissões e com o emprego; as palavras acima visam subli«mau aluno» e que durante anos foi professor de «maus alu- nhar que não queremos com isso aderir a uma perspetiva nos», aponta para uma transformação que se vai, de forma recente, embora na verdade muito velha, e solidária com o silenciosa mas progressiva, impondo no campo da educação processo de desumanização da escola acima traçado, a qual – o predomínio das metas estatísticas sobre os fins educacio- considera que a escola deve ser uma espécie de antecâmara nais, o predomínio dos resultados sobre os processos, o pre- da «empresa moderna» - na sua dupla vertente, a do domínio da burocracia abstrata sobre a singularidade da pes- “empreendedor”
(patrão,
acionistas)
e
a
dos
seus
soa; tudo isto “colaboradores” (trabalhadores) -, um centro de treino e de tem
levado
a adestramento do aluno às exigências do «mercado de empre-
uma progressiva go». A formação profissional deve, pelo contrário, preparar desumanização
profissionais qualificados capazes de responder às exigências
da escola, espe- da empregabilidade, ou seja, da capacidade do ser humano lhada
muitas qualificado se adaptar, de forna ativa e crítica, às exigências
vezes em com- da sociedade atual, cumprindo os seus deveres e exigindo o
portamentos disruptivos
cumprimento dos seus direitos. cujo ideal mínimo é o de uma e sociedade decente, tal como definido na Constituição Portu-
patológicos dos guesa e na Declaração Universal dos Direitos do Homem. alunos e mesmo
Neste sentido, alguns textos dos alunos do Curso TAP so-
dos professores bre as emoções (sobretudo os que falam do medo), e algu(stresse
profis- mas das entrevistas que realizaram acerca da deontologia
sional, mal-estar docente).
profissional, devem levar-nos a pensar sobre o caminho de
A obra de Pennac propõe um caminho totalmente diferen- desenvolvimento que estamos a seguir, em Portugal e na Eute; partindo da sua experiência com alunos do ensino profis- ropa; as declarações recentes de Mário Soares e do chefe da sional em França, Mágoas da Escola desenha, de forma muito Igreja Católica, o Papa Francisco, sobre a possibilidade da realista, uma escola centrada na clarificação dos fins educati- violência regressar à Europa se a miséria social se agravar e vos, na avaliação crítica dos processos e, em resumo, na pro- se continuar o predomínio dos critérios de sucesso do capitamoção do desenvolvimento da pessoa humana que todo o lismo financeiro (o capitalismo do Excel ou da estatística), são aluno é. Ora, em Portugal, até muito recentemente, a forma- um sinal e um aviso acerca do perigo que ronda o nosso futução profissional nas escolas públicas orientou-se de forma ro; saber ler esses sinais e escutar esse aviso é um dever de muito explícita por princípios e práticas pedagógicas que as- quem luta por uma sociedade decente e não mais aceita visumiam claramente o caminho proposto por Pennac. Na ver- ver numa sociedade morta por ação do medo; alguns ainda dade, o ensino profissional, partindo de perfis de competên- se recordam de um tempo assim, o tempo do «manda quem
cias muito claros, desenvolvendo uma prática pedagógica pode e cala quem não manda», que era também o tempo da centrada no processo e na individualização pedagógica, apli- miséria social e moral, do analfabetismo e da emigração, viscando estratégias de avaliação que, para a construção dos ta como a única saída para uma país sem futuro. resultados, não consideram apenas provas abstratas de cará-
Paulo Carregã
ter cognitivo e dirigidas à inteligência intelectual, mas considezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3
Reflexões de um Diretor de Turma::
ESCOLA, EMPREGO, PROFISSÕES O mundo mudou. O que antes se apresentava como uma certeza para as famílias e os alunos é hoje uma incógnita. Se antes a escola era garantia de um emprego para a vida bem remunerado e a falta de habilitações académicas um passaporte para um futuro incerto e de baixa remuneração profissional, hoje este pensamento está obsoleto. Se antes se apostava em determinadas áreas profissionais como sendo garantia para obtenção de bons ordenados e qualidade de vida, tal já não é previsível nos nossos dias.
mundo em que vive, tomar decisões no âmbito da
A escola e a formação académica não garantem um cidadania, enfim, interagir com o outro numa atitude futuro risonho e promissor seguro. Esta geração de esclarecida e responsável. Mais do que especiali-
estudantes terá, provavelmente, 14 a 15 empregos até zar técnicos, a escola deve formar cidadãos emprecompletar 35 anos de idade, de acordo com um estu- endedores. Mais do que procurar um emprego, do americano. Planificar uma vida futura estável, com uma profissão, o jovem deve pensar em criar o seu uma rotina diária ao longo dos anos, uma habitação próprio posto de trabalho. num determinado ponto do país até à reforma, é algo Cada vez mais as experiências de voluntariado são impensável. procuradas nos currículos dos candidatos a um emA sociedade envelhecida e o aumento da idade da prego pelos seus potenciais empregadores, bem reforma para os 67 anos levam a que os empregos como as vivências dos mesmos noutros países em sejam desempenhados, durante mais tempo, pelas programas universitários do tipo Erasmus. Um jomesmas pessoas, não havendo lugar para o emprego vem esclarecido, atento ao mundo que o rodeia, jovem, até porque a crise económica não proporciona proativo e dinâmico é o perfil potenciado pela escoa criação de novos postos de trabalho.
la que o mercado do trabalho procura.
Como orientar, então, esta nova sociedade? O que Este desafio implica uma mudança de mentalidapode a escola fazer pelos jovens? Mais do que trans- des das famílias, dos alunos, dos professores, enmitir conhecimentos específicos numa determinada fim, da sociedade. E esta é urgente! área, cabe-lhe dotar os alunos de capacidades que Maria João Cura Mariano, lhes permitam compreender todo o tipo de informação
disponível nos vários suportes (escrito, gráfico, visual, auditivo), produzir documentos de diferente tipologia, desenvolver raciocínios lógico-abstratos, utilizar ferramentas informáticas, emitir juízos de valor fundamentados sobre a realidade, opinar criticamente sobre o 4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Secundário
Dia da Hispanidade
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES com livros e objetos diversos, alusivos à cultura hispânica, tendo também apresentado um filme em língua caste-
No dia 12 de outubro, comemora-se a Festa Nacional lhana (Diario de un Pardillo). de Espanha ou Dia da Hispanidade (Día de la Hispani-
O núcleo de estágio de Espanhol promoveu ainda
dad). Esta data é também assinalada em todos os países outras atividades, nomeadamente uma mostra gastronóde língua espanhola da América Latina. Foi em 12 de ou- mica na sala dos professores da Escola Básica nº2 e tubro de 1492 que Cristóvão Colombo, à frente de uma uma exposição constituída por trabalhos realizados pearmada espanhola, descobriu a ilha de Guanahani, con- los alunos do 7ºF do 8ºE, nos quais foram apresentados vencido de que tinha chegado à Índia. Na verdade, desco- vários monumentos e celebridades representantes dos bria um novo continente, posteriormente chamado Amé- países de língua espanhola, bem como informação esperica, em referência ao navegador italiano Américo Ves- cífica sobre a colonização europeia das Américas em pucio. A descoberta da América foi muito importante pa- nome dos reis católicos espanhóis. Durante os intervara Espanha, pois possibilitou a expansão da sua língua e los, os alunos da EB nº 2 tiveram, também, a oportunidacultura nas novas terras.
de de visionar pequenos filmes acerca de Espanha, en-
Com o objetivo de assinalar esta data tão significativa, quanto saboreavam os tão característicos caramelos do foram realizadas diferentes atividades no nosso Agrupa- país vizinho. Saliente-se ainda a participação do 10ºTT mento, as quais permitiram à comunidade escolar entrar (Curso Profissional de Turismo) que decorou a Biblioteno mundo hispânico. As Bibliotecas da Escola Básica ca da ESFN com trabalhos por si realizados sobre per-
nº2 e da ESFN, em colaboração com o núcleo de estágio sonalidades e monumentos espanhóis. de Espanhol, assinalaram este dia com uma exposição
Núcleo de Estágio de Espanhol
O Clube de Fotografia da EB2, sob a responsabilidade da professora Isabel Campos, funciona com dois pequenos grupos, às terças-feiras, das 15:25 às 16:10 e das 16:10 às 16:55 h. As atividades desenvolvidas, nomeadamente a realização de Fotogramas, têm tido como temáticas a comemoração do “Dia das Bruxas”, “Outono” e “Natal”. No âmbito do “Dia Mundial da Alimentação”, a aluna Mariana Silva, do 7ºE, participou no Concurso de Fotografia DECOjovem.
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NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Os alunos do Parlamento Jovem foram a Bruxelas
Nos dias 12, 13 e 14 de outubro, seis alunos do nosso agrupamento, que se destacaram pela participação ativa e responsável, no projeto parlamento dos jovens 2012/2013, tiveram oportunidade de conhecer de perto a realidade dos órgãos de decisão política a nível europeu. Durante este ano letivo continua a desenvolver-se, no A convite do Deputado Carlos Coelho, do Partido Social nosso agrupamento, o Projeto Parlamento dos Jovens, Democrata, os nosso alunos visitaram o Parlamento que tem como tema “Drogas - evitar e enfrentar as Europeu, em Bruxelas. Foram acompanhados pelos dependências”. professores: Anabela Lemos, Jorge Simões e Sónia Vidal. Apela-se à participação dos alunos de 7º, 8º e 9º anos. Os alunos tiveram oportunidade de visitar as instalações Devem ser formadas listas com um mínimo de 10 do Parlamento Europeu, de participar ativamente numa participantes por lista, que deverão ser entregues até dia conferência com o Deputado Carlos Coelho, participação 13 de dezembro aos professores: Anabela lemos, Jorge que muito nos orgulha, dada a postura e capacidade de Simões, Sónia Vidal. Para esclarecimentos, informem-se argumentação dos nossos alunos, que mereceu o elogio junto dos vossos diretores de turma. do Deputado. Foi oferecido um livro para a biblioteca da Escola Secundária Fernando Namora, “Novo dicionário de PARTICIPA, REFLETE, DISCUTE, ARGUMENTA temas europeus”, autografado pelo Dr. Carlos Coelho. A Coordenadora do Projeto: Sónia Vidal
DIA DA TOLERÂNCIA “No dia 16 de novembro, celebra-se o Dia Internacional da Tolerância, instituído pela Unesco em 1995, com o objetivo de sensibilizar a opinião pública para a diversidade cultural, religiosa, étnica, social e linguística” “A tolerância é a base do respeito mútuo entre pessoas e comunidades e é essencial para construir uma sociedade mundial unida em torno de valores comuns. É uma virtude e uma qualidade, mas acima de tudo, a tolerância é um ato – o ato de se aproximar dos outros e ver as diferenças não como barreiras, mas como um convite ao diálogo e à compreensão”. Secretáriogeral da ONU (16 de novembro de 2010) 6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
A educação especial quis chamar a atenção para a data, pedindo a opinião da comunidade educativa sobre o significado da palavra TOLERÂNCIA. Aqui ficam os registos recolhidos:
“É dar aos outros o que queremos para nós” Rodrigo Montezuma 8º.C “É respeitar os outros” - Daniel Peralta 6º.D
A jovem MATA da ESFN intercâmbio entre Clubes
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
ram a oportunidade de conhecer as diferentes espécies Porque o Património não são só os monumentos e a que lá existem, com o privilégio de ter uma visita guiagastronomia ou as tradições, mas tudo o que é nosso e da pela professora Regina Barros, que lhes foi explicando meio que nos cerca, o nosso agrupamento tem, em crescimento, uma plantação de jovens árvores e plantas que também fazem parte do património das nossas escolas. Os alunos do 4º ano visitaram a “jovem mata”, e tive-
do não só os nomes científicos de cada árvore mas também particularidades de cada espécie: tipos de folha, constituição da planta, doenças e pragas de que são alvo. Um muito obrigado ao clube do património e particularmente à professora Regina.
VISITAS do Clube do Património (AEC) à Jovem Mata da ESFN - 4º ano
e à Praça da República - 2ºC
Diferentes e
Na Escola EB Nº3, a Educação Especial assinalou o dia 3 de dezembro - Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, data promovida pelas Nações Unidas, desde 1998. A atividade intitulada “Diferentes e Brilhantes” integrou uma exposição fotográfica de personalidades da vida social, que venceram na vida, apesar das suas incapacidades e limitações. Foram igualmente dinamizadas ações de sensibilização que procuraram, por meio de um filme animado, apelar à compreensão e à tolerância relativamente à deficiência. Os alunos tomaram parte ativa nesta proposta, expondo as suas dúvidas, evidenciando alguns conhecimentos e partilhando algumas ideias. Estas propostas visaram ampliar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas “especiais” em cada aspeto da vida política, social, económica, cultural e… naturalmente escolar! Desta forma, o dia dedicado a quem é “diferente” ficou marcado… pela diferença! Prof. Aline Santos
“É ter respeito” - Dina 5º.B “É ter respeito e compreensão” Daniela 5º.F “É os professores aguentarem os alunos” - Mª. da Fátima 6º. C “É…respeito” - Professor Rui Martins “É força” - Letícia “Nos tempos que correm a tolerância é um conceito classista” - Professor António Campos “É ter respeito pelos outros”- Rosaly 5º.F “Aguentar todas as propostas impostas pelo governo do nosso país”5 raparigas do 5º.G “É uma coisa que não existe para pessoas hipócritas” - Anónimo “É acima de tudo…respeito” - Pro-
fessora Teresa Marcão “É ser educado com os outros e respeitar as diferenças” - Mariana e Sara Santos 6º.C “É respeitar os professores” - Anónimo “É aturar um amigo apaixonado todos os dias!”- Anónimo “É paciência concentrada” - Professora Elsa “É trabalharmos todos juntos numa atividade, como por exemplo a música” - Professor Mário Alves “É saber aceitar”- Anónimo “É respeitar os funcionários” - Anónimo
“É ser capaz de aceitar o que os outros julgam por vezes não correto” Professor José Soares “É saber aceitar” - Anónimo “Todos diferentes. Todos iguais. Saber aceitar as diferenças” - Professor José Miguel Profs. Teresa Marcão e Elsa Figueiredo
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NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: O Dia da Alimentação foi comemorado na turma do 4.ºA da EBN.º3 com a elaboração do Campanha solidariedade bolo de outono. Os alunos trouxeram os ingredientes, confecionaram o bolo, e escreveA nossa escola tem, ao longo dos ram a receita (do mesmo) que foi um sucesso. anos, revelado uma grande vontade de ajudar os outros. A solidariedade é um laço que nos liga à comunidade educativa. Hoje, é uma palavra de ordem para a harmonia social: prestar o bem aos nossos semelhantes, ajudálos, mostrar compreensão, honestidade e preocupação com todas as pessoas é uma das maiores virtudes do ser humano. Está nas nossas mãos contribuir para uma sociedade mais justa. No âmbito do projeto “A 17… Artigos campanha solidariedade Acontece”, temos dado asas à nossa capacidade de ajudar o outro… Recolhemos vestuário, roupa Atividade na biblioteca para casa, alimentos,… Este ano, dando continuidade àquele projeto, temos, mais uma vez, a decorrer a atividade “É Os alunos do 4.º ano (Turmas A, B e C) da tempo de…Partilhar!”. Até ao final Escola N.º 3 de Condeixa-a-Nova propudeste ano letivo, decorre a cam- seram, a toda a comunidade educativa, panha “roupa e brinquedos”. uma campanha de solidariedade para anga“É tempo de…Partilhar” veio para ficar e … até ao final do ano leti- riação de vestuário, agasalhos, jogos, livo iremos procurar ajudar os ou- vros, brinquedos e outros bens destinados tros, em resposta às necessida- aos mais necessitados. A campanha está a des de que vamos tendo conheci- decorrer desde o mês de novembro e já mento. contou com a participação de inúmeros Bom Natal para todos! Muita saú- benfeitores! de, muita alegria e muito convívio Um grande bem-haja a todos os que familiar! A coordenação da Eb2
Escola solidária
contribuíram!
dia da alimentação -doce de abóbora)
Halloween
Eco-escolas
Visitem o Blogue da turma do 4ºB em http://bloguedoquartob.blogspot.pt/ 8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
~
Tradicoes de Natal ´
Com a chegada do Natal, a festa que simboliza o menino Jesus.
nascimento de Jesus, podemos presenciar o espí- Os presentes tornaram-se uma tradição do Natal, rito natalício por todos os lados.
pois os três reis magos levaram incenso, ouro e
São variadas as formas de se comemorar a data, mirra para serem oferecidos ao rei dos reis, logo mas a mais tradicional apresenta várias curiosida- após o seu nascimento. des, dentre elas temos os símbolos natalícios, que As folhas de azevinho, por serem naturais, são o têm diferentes significados.
símbolo da vida e trazem boas energias e bons
O peru, ave criada pelos índios do México, foi ser- pressentimentos para as pessoas. vido pela primeira vez, co- O Pai Natal é uma homenagem ao bispo católico mo prato principal, numa ceia no dia de Ação de Graças, no estado americano de Massachusetts, no ano de 1621. do século IV, São Nicolau, que levava presentes
para as crianças mais pobres. Nos países que estão na estação do inverno, costuma-se fazer bonecos de neve. Eles não têm um significado específico, mas são tradicionais por representarem uma forma de distração para as As velas são utilizadas para enfeitar a mesa da crianças. ceia, trazendo luminosidade, que renova as nos- Com as mais diversas línguas faladas no mundo, sas vidas, como sendo a própria luz de Jesus.
podemos aprender as interessantes formas de de-
O presépio é a representação do momento do sejar feliz natal. Em francês, diz-se joyeux noel; nascimento de Jesus que, segundo a história, foi em inglês, merry christmas; em alemão frohe uma criação de São Francisco de Assis, através weihnachten; em espanhol, feliz navidade; em de uma apresentação teatral. As bolas natalinas surgiram para substituir os enfeites mais antigos das árvores, como maçãs e pedras, que eram amarradas nos pinheiros.
As estrelas têm um brilho natural e com elas ganha-
italiano, buon natale e em polonês ou polaco,
wesotych swiat. Assim, dá para desejar:
um feliz natal a todo o mundo!
mos proteção de Deus. Trazem felicidade e, a maior delas é colocada na parte mais alta da árvore, representando o próprio
Pesquisa realizada pelos alunos do 4ºB Escola EBNº3 de Condeixa
dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9
DESPORTO ESCOLAR::
No dia 27 de Novembro realizou-se mais um tradicional corta-mato escolar. Este evento trouxe mais uma vez, um colorido diferente ao Parque Verde de Condeixa-a-Nova, com a presença de cerca de 100 alunos, distribuídos pelos diferentes escalões. Esta prova desportiva serviu ainda para selecionar os alunos que irão representar o Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, no dia 17 de fevereiro, no corta-mato distrital. A todos os alunos que participaram na atividade, desde já o nosso agradecimento. Seguidamente, são apresentadas as classificações. O professor Mário Teixeira Infantis A - Femininos
Infantis A - Masculinos
5º E
10
Inês Rodrigues
1º
Carlos Lima
6
5º D
5º E
0
Sofia Cruz
2º
Hugo Albino
8
5º F
5º E
14
Juliana Silva
3º
Mário Rosa
14
5º F
5º B
2
Ana Martins
4º
Bruno Pita
2
5º E
5º A
3
Cláudia Torres
5º
Rui Gaspar
18
5º C
5º F
19
6º
João Matos
12
5º F
5ºC
19
Rita Pita Tatiana Gonçalves
7º
Francisco Oliveira
8
5º D
5º E
11
Joana Moreira
8º
Filipe Veríssimo
6
6º A
8
9º A
Infantis B - Masculinos
6º D
16
Maria Garrido
1º
André Costa
4
7º F
7º E
14
Laura Góis
2º
Pedro Ferreira
21
6º B
7º F
26
Virgínia Gonçalves
3º
Tiago Narciso
17
7º B
7º F
25
Sara Rodrigues
4º
Rafael Silva
20
6º A
6º D
5
Beatriz Figueiredo
5º
Rui Cabete
15
7º C
6º B
2
Ana Acúrcio
6º
André Minderico
4
6º E
6º C
7
Iara Caldas
7º
João Ferreira
14
5º D
9º
Miguel Costa
15
5º F
6º B
18
Leonor Pereira
8º
Guilherme Duarte
8
6º A
10º
André Lucas
3
5º B
6º D
7
Carolina Simões
9º
Diogo Oliveira
10
6º D
11º
Hugo Meneses
10
5º D
6º B
3
Bruna Brito
10º
Gonçalo Costa
6
6º C
12º
Daniel Duarte
6
5º E
11º
Leonardo Silva
14
7º F
13º
Diogo Martins
7
5º C
12º
Carlos Preces
4
5º E
14º
Guilherme Peralta
12
5º C
13º
João Santos
9
7º C
15º
Diogo Sabino
9
5º C
16º
Diogo Almeida
8
5º C
14º 15º
José Ferreira Leandro Borba
14 16
6º B 6º B
17º 18º
Witor Silva Tomás Gonçalo
20 19
5º B 5º B
Iniciadas Femininos 8º B
Infantis B - Femininos
8º C
Iniciados Masculinos 1º
Diogo Santos
9
8º B
15
Diana Oliveira Maria Francisca Rodrigues
2º
Daniel Lourenço
7
6º B
9º A
12
Inês Isusi
3º
Daniel Santos
6
6º A
9º A
16
Mariana Coutinho
4º
José Pinto
9
8º F
9º A
19
Sara Silva
5º
José Sousa
6º
Francisco Calhindro
15 7
6º B 8º D
7º
Daniel Lourenço
7
6º B
8º
Hugo Santo
12
6º B
Juvenis Masculinos
Juvenis Femininos 8
10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
Diana Inocentes
1º
Luís Nunes
16
8º D
::DESPORTO ESCOLAR
Descida do rio Mondego em canoa
No passado dia 15 de outubro, as turmas do 2º I.O.S.I e do 12º T.A.L realizaram no âmbito das disciplinas de Educação Física e de Inglês, a descida do rio Mondego em canoa, tendo por objetivos aspetos como: estimular a cooperação entre formandos/formandos e formandos/formadores, no cumprimento das regras de segurança específicas da atividade, da preservação das condições ecológicas e na arrumação do material. Esta atividade desenrolou-se num espírito
de franca camaradagem e gosto pelo contacto com a natureza. Deste modo, foi possibilitado aos alunos contactar e experimentar esta modalidade devido à inexistência de equipamentos, infra-estruturas ou condições naturais na proximidade do agrupamento. Em termos de balanço final, foi unânime, entre todos os professores e alunos, que foi um momento para mais tarde recordar! Professor Mário Teixeira
Guilherme Duarte, 8, 6ºA: Eu gostei do Corta-Mato (CM) porque cada vez realize sempre todos os anos J consigo melhorar mais o meu esforço físico e a minha “rapidez”.
Beatriz Figueiredo, 5, 6ºD: O CM foi uma atividade muito divertida por-
Rafael Silva, 20, 6ºA: Na prova do CM do Agrupamento 2013 o que eu que foi a primeira vez que experimentei e parece que para o ano (no mais gostei foi da organização dos professores presentes. Também gostei 7ºano) já sei que o CM me espera. de ter concorrido. Foi muito cansativo, mas, passado algum tempo, recu- André Minderico, 4, 6ºE: Gostei de participar e é uma atividade diferenperei o fôlego.
te das outras. Correr faz bem à saúde. E aconselho os alunos a participar
Iara Noivo, 7, 6ºC: O CM foi giro e ao mesmo tempo cansativo. Gosto de porque é divertido. correr, por isso tenho de me esforçar.
Leonor Pereira, 18, 6ºB: O CM foi muito divertido e cansativo, corremos
Gonçalo Costa, 6, 6ºC: Eu achei que o CM estava bem organizado e cor- como se a nossa vida dependesse disso. A melhor parte foi a entrega dos reu muito bem, não houve nenhum problema. Eu também gostei muito prémios, todos saímos vencedores, mas alguns mais do que outros. de correr naquela pista.
José Pedro Mota, 15, 6ºB: Eu participei no CM no dia 27 de novembro no Diogo Oliveira, 10, 6ºD: O CM puxa a resistência ao máximo, é como se Parque Verde. Gostei muito de participar e na corrida fiquei em 4º lugar. E até fizéssemos a maratona. É também um lugar de convívio e acho que devia fui convocado para o CM distrital que é quando vão correr os melhores. Hugo Santo, 12, 6ºB: O CM realizou-se no dia 27 de novembro no Parque participar mais gente porque é muito engraçado. Carolina Simões, 7, 6ºD: Foi uma tarde bastante gira; o convívio e o am- Verde de Condeixa. Participaram muitos alunos da escola e alguns menibiente foram muito bons. A prova em si era bastante “puxada”…Adorei! nos ficaram nos primeiros lugares. Leandro Borba, 16, 6ºB: Eu fiquei em último lugar, mas o que interessa é
Espero que continue a haver tardes e atividades assim.
Mª Francisca Garrido, 10, 6ºD: Foi bem organizado. Muito divertido. E participar, não é ganhar. Eu só participei para dar pontos à turma. Pedro Ferreira, 21, 6ºB: Gostei bastante de ter participado o CM. Correr é foi um pouco “puxado”, mas não muito. Miguel Cardoso, 18, 6ºD: Este CM foi muito emocionante. Espero que se das coisas mais divertidas que podemos fazer.
Durante o ano letivo 2013/2014, o Clube do Desporto Escolar do Agrupamento de
Escolas
de
Condeixa-a-Nova
apresenta
um
conjunto
variado
de
modalidades desportivas. Os alunos poderão praticar modalidades, como Natação, Badminton, Futsal, Basquetebol e Ténis de Mesa. Para o fazerem, os alunos só têm que se inscrever junto dos professores de Educação Física.
Ainda fazendo parte integrante do Clube do Desporto Escolar, a partir do mês de janeiro, dar-se-á início aos encontros competitivos das diferentes modalidades. Os nossos alunos terão a possibilidade de competir com alunos de outros estabelecimentos de ensino e, assim, promoverem o gosto pela atividade desportiva, espírito de socialização, entre outros. O Coordenador do Desporto escolar, professor Mário Teixeira dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11
NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Na semana de 25 a 29 de Novembro comemorou-se a
`
SEMANA DA CULTURA CIENTIFICA No Agrupamento de Escolas de Condeixa as bibliotecas escolares trabalharam em conjunto com o grupo de docentes de Ciências Naturais e de Físico/Química e prepararam algumas atividades. Na ES Fernando Namora e na Escola Básica nº 2 esteve patente uma pequena homenagem a Rómulo de Carvalho. ainda explorado curricularmente na disciplina de FQ, na Nesta exposição, puderam ser lidos poemas de António Escola Secundária Fernando Namora. Gedeão, assim como vistas algumas interpretações científicas Mas não esquecemos os `cientistas` mais jovens! No 1º ciclo, dos mesmos, e ainda alguns livros do autor existentes no realizaram-se, durante a semana, várias experiências científicas, fundo documental das bibliotecas escolares. Puderam, entre leitura de textos de várias tipologias e a resolução de outras atividades, ouvir-se ainda, nos intervalos letivos, os diferentes desafios. poemas de Gedeão musicados ou cantados por artistas e O objetivo principal desta atividade foi o de promover a curiosidade científica e a cultura geral dos nossos alunos, declamadores nacionais. Nas diferentes bibliotecas, os alunos puderam ainda testar os seus conhecimentos sobre astronomia, inglês ou ciência em geral, através da proposta de resposta a diferentes questionários. O “Poema a Galileu” de António Gedeão foi
procurando, de igual modo, implementar atividades colaborativas entre a biblioteca escolar e os diferentes departamentos curriculares. Uma semana de muita cultura e muita ciência… ...e boas leituras!
12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Vem experimentar os Tablets da biblioteca escolar na ESFN... A Escola Secundária Fernando Namora rias, atividades de partilha de leitura(s), Rádio Regional do Centro. foi selecionada como uma das 16 escolas, a versando sobre aspetos etnográficos,
Neste contexto os alunos terão a
nível nacional, a integrar o Projeto Ler + Jo- históricos, culturais e literários de Con- oportunidade de manusear e explorar as vem. Este envolverá, nesta escola, dois gru- deixa, em diversos moldes e suportes, novas tecnologias na Biblioteca Escolar, pos de alunos do 10º ano do Curso Profissio- junto da população sénior do Centro de através de 6 tablets, adquiridos no âmbinal de Técnicos de Turismo e um grupo do Dia da Santa Casa da Misericórdia de to deste projeto, assim como uma pequeCurso Científico-Humanísticos do 10ºC, bem Condeixa, da Associação de Pensionista e na coleção de e-books que servem de como as respetivas professoras de Portu- Aposentados (APRE!) e dos ouvintes da pontapé de saída ao incentivo à leitura guês, Maria Pia Serra e Helena Paula Santia- Rádio Regional do Centro. Para tal, os destes jovens alunos do secundário. go.
alunos e professores receberão formação
Estes alunos irão de igual modo expe-
O Projeto, elaborado pelas professoras em diversas áreas e contarão, igualmen- rienciar a leitura através de emissões de bibliotecárias do Agrupamento e a Direção te, com a prestimosa colaboração dos Rádio, proporcionando aos ouvintes do do Agrupamento, inscreve-se num novo seus parceiros no projeto: a Câmara Mu- concelho a audição de excertos de obras projeto de leitura, com a duração de dois nicipal de Condeixa, a Casa-Museu Fer- de Fernando Namora, entre outras. anos letivos, lançado pelo Plano Nacional de nando Namora, a Biblioteca Municipal, a Leitura (PNL) com o apoio da Rede de Biblio- Associação Sempre a Aprender (ASA) e a
as professoras bibliotecárias Anabela costa e Ana Rita amorim
tecas Escolares e a colaboração da Universidade do Minho, resulta de um desafio lançado às escolas, no sentido de levar os alunos do ensino secundário a envolverem-se na dinamização da leitura junto da sua comunidade, ajudando assim o público adulto a (re) descobrir o prazer de ler. Participarão igualmente no Projeto especialistas do ensino superior, visando a produção de conhecimento na área da promoção da leitura junto
dos jovens e adultos. Os jovens estudantes desenvolverão,
In,PNL, disponível em http:// www.planonacionaldeleitura.gov.pt/escolas/ uploads/projectos/ ler+_jovem___2013_15.pdf (consultado em 26.10.2013)
com o apoio das respetivas professoras de Português, restantes elementos dos Conselhos de Turma e as professoras bibliotecádezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13
Escola, Emprego e Profissões :: Profissões
O trabalho Para mim, o trabalho é a atividade que fez evoluir o Homem e que o distingue de todos os outros seres vivos. O Homem, como é um ser inteligente, descobriu que para sobreviver tinha de trabalhar. Desde os tempos antigos, começou por caçar, pescar e, mais tarde, fabricou utensílios e foi melhorando as suas condições de vida, graças à inteligência e ao trabalho. O trabalho ajudou o Homem a desenvolver o ambiente que o rodeava e, ao mesmo tempo, as suas próprias capacidades porque quanto mais fazia, mais descobria como fazer ainda melhor. É o trabalho que fez desenvolver e aperfeiçoar o mundo e a Humanidade. Contribuiu para que cada pessoa possa ser útil a si própria, à sua família e à comunidade em que se encontra inserida e, assim, ser feliz. Sem o trabalho não teríamos hoje um mundo tão desenvolvido e confortável, pois temos tecnologias e meios de comunicação que facilitam muito a nossa vida. Ana Leonor Marcelino Veríssimo dos Santos Turma 4ºB - Escola EBNº 3 de Condeixa
Escola EBNº 3 de Condeixa
O emprego é o cumprimento de funções, é o trabalho que os todos os empregados têm de cumprir., pois, se não o fizerem não conseguem mantê-lo. O emprego tem vantagens e desvantagens. Uma vantagem comum a todos os empregos é que todos são remunerados. As desvantagens estão relacionadas com a rotina e o cumprimento de horários. No entanto, existem empregos que exigem mais sacrifícios do que outros - por serem aborrecidos, difíceis de
Um trabalho é muito cansativo que faz dores de cabeça e de ouvidos. Até é preciso tomar alguns comprimidos! Mas o trabalho também pode ser compensador, só é preciso ser um bom trabalhador. Trabalhar dia e noite, sem parar, para poder melhorar trabalho bem feito para mostrar, para ler e apresentar. Trabalhar é preciso para se ser alguém! Autor: Tiago Rodrigues – 4º B Escola EB de Condeixa Nº3
14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
executar, por serem arriscados, … Há empregos em que o trabalho é realizado ao ar livre, outros em espaços fechados – esta caraterística também torna uns empregos mais desejáveis do que outros. Também há trabalhos que não são pagos, esses trabalhos não são empregos; são trabalho de voluntariado. O voluntariado é feito por gosto, a pessoa que o pratica fá-lo por vontade própria, com um es-
pírito altruísta. Ter um emprego, neste momento, é quase uma raridade; por isso, pergunta-se: Será o emprego uma ocupação em vias de extinção? Matilde Belo Rovira, N.º 12, 4.º C
:: Escola, Emprego e Profissões A escola é o sítio onde os professores ensinam as crianças para elas desenvolverem a sua mente. Assim, dão-nos habilitações para futuros empregos. Os professores também se ensinam a si próprios, porque obrigam a sua mente a relembrar o que deram quando eram crianças. O emprego é muito importante para a vida. Com ele podemos desenvolver o país e viver bem na sociedade. As pessoas que têm emprego são felizes, principalmente quando fazem o que gostam. Todos temos necessidade de trabalhar para podermos sustentar as nossas famílias e pagar as contas de casa. Hoje em dia, com a crise, existem muitas pessoas desempregadas, ficando assim muito tristes porque muito dificilmente encontram outro emprego. Com a crise, as pessoas não conseguem sustentar a sua família, nem pagar as contas de casa. Todas as profissões são necessárias para o desenvolvimento do país e todas nos prestam cuidados na vida. Por exemplo: sem professores não há ensino, sem sapateiros não há sapatos, sem bombeiros não se apagam os fogos, sem os arquitetos não há construtores e sem construtores não há casas. O trabalho no dia-a-dia é o elemento mais importante da nossa vida. Ricardo de Oliveira Pedrosa, 4º A EB N.º 3 de Condeixa-a-Nova
A escola prepara-nos para o futuro A escola de hoje em dia é diferente da escola de antigamente. Já não falamos das diferenças dos edifícios, do espaço escolar – pois as diferenças são enormes! Referimo-nos ao ensino, às aprendizagens e às relações estabelecidas. Antigamente, as pessoas não tiveram as mesmas oportunidades que nós temos hoje. Essas pessoas que não estudaram têm que fazer um grande esfoço para se integrarem na sociedade e, muitas vezes, dependem da boa vontade dos outros; então, têm que pedir a alguém que lhes leia as cartas e algumas até fazem símbolos para distinguirem documentos, para se organizarem e para poderem gerir as suas vidas. Temos que dar o devido valor à escola! Na escola, temos um pouco de tudo o que precisamos; temos a oportunidade de fazer amigos, temos a sorte de almoçarmos com eles, temos uma biblioteca para explorar, salas de
aula para trabalhar, um recreio para brincar e, principalmente, temos funcionários, professores e colegas que connosco participam na vida escolar. Ter connosco os nossos “aliados” é uma alegria! A escola ensina-nos, forma-nos para sermos bons cidadãos, prepara-nos para o futuro… Nós ainda somos muito jovens, mas temos capacidade para perceber que não devemos desistir da escola, porque ela é muito importante para a nossa vida. Na escola, fazemos amigos para toda a vida – quem é que não tem um amigo de infância? Na escola, aprendemos, realizamos experiências, implementamos projetos, divertimo-nos, brincamos, sonhamos e, com ternura, participamos em histórias, em aventuras! Daniela Portela Mendes, N.º 4, 4.º C Matilde Sofia Cristóvão Pimenta, N.º 4, 4.º C
dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15
Escola, Emprego e Profissões :: mento técnico-científico, por mais benefícios que traga nunca surtirá efeito se não houver uma aceitação por parte da pessoa a quem possa ser aplicado. A empatia é fundamental no estabelecimento da relação entre o técnico e o utente pois, se a mesma não existir, por mais evolução ou técnica inovadora que se aplique, não haverá qualquer efeito positivo. Tanto o profissional de saúde (neste caso o Enquanto técnico da área da saúde, enfermeiro), como o utente têm que desenqual considera ser a sua principal fun- volver a melhor relação possível para que qualquer proposta de ação (tratamento) ção? Dar contributos no âmbito do desempenho possa resultar em benefício deste último. da minha função e dentro da minha área de competência para o restabelecimento ou Quais os valores que considera estarem manutenção da saúde do individuo, en- na base da sua função? quanto ser biopsicossocial. 1º valor: a vida (engloba o cliente) – significado: todo o ser humano tem direito à vida, Como se refere aos utilizadores do ser- e a vida não é estar vivo, é essencialmente viço de saúde onde trabalha: utente, viver com saúde, e a saúde entende-se por: bem-estar físico, psíquico e social; cliente, doente ou outro? Cliente. Significa isto que a pessoa que re- 2º valor: sobrevivência (engloba o profissiocorre aos serviços de saúde pode estar ou nal) – significado: os seres humanos para não estar doente. No caso de não estar po- viver necessitam de desempenhar uma funderá recorrer ao serviço no âmbito da pre- ção, ter um papel na sociedade na qual estão inseridos e com ele conseguirem obter o venção. seu meio de sustento, bem como o da sua Pensa que o seu trabalho, para além da família; o desempenho da profissão permite componente técnica, deve assumir uma ao enfermeiro a sua subsistência.
Nome: Armindo Apóstolo Profissão: Enfermeiro Locais onde já trabalhou: Hemodiálise, Urgência, Neurologia, Neurotraumatologia, Cirurgia, Psiquiatria, Pediatria Local onde trabalha atualmente: Diálise, Coimbra
vertente relacional e de capacitação? O desempenho dos enfermeiros em geral é efetuado assente em base técnico-científica, mas como direcionado para o ser humano, a parte relacional deve estar presente em todas as ações que se desempenham. O evoluir da ciência, em particular da medicina, tem trazido ao longo do tempo maisvalias para todos aqueles que exercem a sua profissão nesta área. No entanto, qualquer que seja o desenvolvi-
Nome: Helena Silva Profissão: Terapeuta ocupacional Onde trabalha: C.S.R.S.I (Casa de Saúde Rainha santa Isabel)
Quais são as principais questões deontológicas que se levantam no exercício da sua profissão? Todo o ser humano e em particular o cliente de serviço de saúde pois é deste que se trata, tem o direito à sua privacidade e a ver preservado o respeito absoluto pela mesma. No desempenho das suas funções o enfermeiro é obrigado a respeitar o seu cliente
Justifique a sua resposta.
Sem dúvida. Nós temos a parte técnica que é aquilo que aprendemos durante a nossa formação, mas temos de ter uma parte humana, porque de outro modo não conseguimos fazer o nosso trabalho em condições. Enquanto técnica de área psicossocial e Claro que tem que haver a parte humana da saúde, qual considera ser a sua para conseguirmos também que alguma principal função? coisa chegue às pessoas. São várias, o bem-estar sobretudo das pessoas assistidas, das pessoas que cá estão e Quais os valores que considera estarem tentarmos fazer de tudo dentro da nossa na base da sua função? competência para que tenham uma melhor Valores de humanidade, valores de saúde, qualidade de vida. valores de eficiência. Valores humanos sobretudo, o que está na base, e alguma parte Como se refere aos seus “utilizadores” técnica. Mas na base, na base, são valores do serviço psicossocial e da saúde onde humanos sem dúvida nenhuma.
trabalha: utente, cliente, doente ou outro?
Quais são as principais questões deon-
Aqui, em geral, utilizamos quer utente quer tológicas que se levantam no exercício pessoa assistida. Mas normalmente é utenda sua profissão? te. Questões que tenham a ver sobretudo com o sigilo profissional. Nós lidamos com pessoas Pensa que o seu trabalho, para além da que têm patologias, que podem não querer componente técnica, deve assumir uma que se saiba ou que isso passe para fora vertente relacional e de capacitação? daqui. Temos que manter o sigilo em rela16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
no que à sua privacidade refere, obrigação essa que provem do regulamento de exercício profissional onde a ética e a deontologia são parte fundamental previsto no mesmo.
Que situações/problemas/conflitos de natureza deontológica são mais frequentes na sua profissão? A deontologia tem que estar presente no desempenho de funções dom profissional de saúde. Sendo a vida o valor mais elevado que existe à face da terra qualquer utente do serviço de saúde, que requer o serviço de um profissional desta área quer nas situações de doença ou de prevenção da mesma deposite em, regra um nível de confiança elevado, o que obriga ao profissional observaras regras deontológicas de modo a salvaguardar os interesses do seu utente. Existe na verdade muitas situações problemáticas na vida das pessoas geradoras de conflito que afetam a saúde. O utente ao expor os seus problemas e as situações que levam ao seu mau estar estão inerentemente à espera que o profissional tenha regras de conduta que permitam manter o sigilo, distinguir a parte técnico profissional da vida particular de cada um não se imiscuindo e observando as regras deontológicas que norteiam o desempenho da sua função.
Entrevista realizada por: Andreia Roberto, Curso TAP.
ção a tudo. A não ser que as pessoas o queiram e o permitam. Mas temos de ter esse cuidado.
Que situações / problemas / conflitos / de natureza deontológica são mais frequentes na sua profissão? Como nós aqui trabalhamos com muitas pessoas com deficiência mental, às vezes temos a noção do que é que é melhor para elas, mas elas não querem. Ou querem outra coisa diferente, ou querem alguma coisa que nós, à partida, sabemos que vai prejudicar e é muito complicado, às vezes, ter de decidir e de ponderar bem estas situações.
Entrevista realizada por: Bárbara Santos e Beatriz Cordeiro, TAP
:: Escola, Emprego e Profissões Nome: Dília Maria Fonseca Lopes Profissão: Enfermeira Onde trabalha: C.S.R.S.I (Casa de Saúde Rainha santa Isabel) Locais onde já trabalhou: H.U.C (Hospitais da Universidade de Coimbra) & C.S.R.S.I
dem-se todas com a autonomia e os direitos
Pensa que o seu trabalho, para além da que o outro tem enquanto pessoa e que não componente técnica, deve assumir uma se perde por estar doente. vertente relacional e de capacitação? Que situação/problemas/conflitos de Sim, claro. Como em todas as profissões, a natureza deontológica, são mais frecomponente técnica é importante pois permite prestar um serviço de qualidade mas a quentes na sua profissão?
parte racional, e em particular na minha profissão, é tanto ou ainda mais importante. O nosso foco de trabalho é a “pessoa”, Enquanto técnica da área de saúde, não é um outro material qualquer que posqual considera ser a sua principal fun- sa ser trabalhado só com as mãos. A trabação? lhar na e com a “pessoa”, somos levados a Como enfermeira, a minha principal função trabalhar com o coração e temos sempre é ajudar as pessoas doentes a conseguirem que estabelecer relações empáticas para alcançar a saúde e consequentemente o que a nossa intervenção tenha sucesso. maior grau de autonomia possível. Em ultimo caso, substituir as que estão totalmente Quais os valores que considera estarem dependentes de modo a que tenham todas na base da sua função? as suas necessidades básicas satisfeitas. Além as competências técnicas e científicas que me permitem com segurança trabalhar com “pessoas”, creio que estão presentes Como se refere aos “utilizadores” do valores humanos como o amor pelo próximo serviço de saúde onde trabalha: utente, e respeito pela pessoa que o outro é, e a cliente, doente ou outro? capacidade de se colocar no lugar do outro Nos H.U.C, serviço de Gastro, utiliza-se a para tentar perceber e dar-lhe o que ele designação de utentes porque creio que é o espera receber de mim. que são; “ Utilizadores dos Serviços de Saúde”. Quais são as principais questões deonNa C.S.R.S.I, a instituição preconiza que tológicas que se levantam no exercício sejam referidas como “pessoas assistidas”, porque a casa dá assistência às pessoas que da sua profissão? As principais questões deontológicas prena ela recorrem.
As questões que mais frequentemente surgem na minha profissão são: O facto de a pessoa que necessite de cuidados de enfermagem ficar em posição de total exposição a terceiros, nomeadamente exposição física, com tudo o que isso acarreta; Outra parte importante é o facto de a pessoa ficar limitada nas suas atividades e fazer apenas o que lhe permitimos, incluindo, algumas vezes, não poder movimentarse livremente. De um modo resumido, trabalhar com pessoas, e principalmente com as doentes que, de alguma forma, são “obrigadas” a suportar as limitações impostas por esse estado de doença precisam apenas de ser vistas como seres humanos e tratadas como tal. Colocar-me no lugar do outro e pensar: “como é que eu gostava de ser tratada se estivesse ali?”; será essa sempre a boa linha de orientação. Por outro lado e para não correr riscos, sempre que possível deve prevalecer a vontade das pessoas assistidas/ utentes. Entrevista realizada por
ções financeiras, pronto, não cobra valores pelas pessoas aqui, mas é um serviço que nós gostamos. Portanto, nós somos os servidores e eles são os clientes.
importante é a confidencialidade, que está relacionado com a privacidade e o respeito que tenho aos clientes, aos trabalhadores e aos colaboradores; ao termos confidencialidade, privilegiamos a privacidade das pessoas, estamos a conferir mais respeito, mais dignidade… As pessoas têm direito à confidencialidade, a se desenvolverem e a estarem aqui com confiança, com liberdade e a preservar aquilo que eles são e aquilo que eles têm, a doença deles e as suas coisas mais íntimas.
Nome: Conceição Grade Profissão: Psicóloga Onde trabalha: APPACDM de Condeixa
Enquanto técnica da área psicossocial e Acha que o seu trabalho, para além da da saúde, qual considera ser a sua componente técnica deve assumir uma principal função? vertente relacional e de capacitação? Ah (surpreendida) essa pergunta é muito difícil. A minha função aqui, em termos gerais, tem a ver com a formação, a supervisão, a organização e a dinâmica da instituição, quer a nível dos planos individuais dos nossos clientes, quer a nível da equipa de trabalho, dos técnicos de laboratório, de documentos de apoio aos técnicos… Além disso, mais concretamente, e em relação às pessoas que aqui temos, faço o seu diagnóstico e transmito diretivas aos funcionários ou aos monitores que estão com elas: como devem lidar com aquele tipo de pessoa que tem esta ou aquela patologia ou quais são as estratégias mais adequadas para lidar com essa pessoa; no fundo, não é um trabalho direto com os clientes, é mais um trabalho de organização e de coordenação do trabalho das pessoas que trabalham diretamente com os clientes que aqui temos.
Sim. Como psicóloga eu não tenho uma intervenção meramente terapêutica, mas procuro dar capacidades aos utentes para eles se autopromoverem sozinhos, isso em termos de clientes e em termos das equipas também. Ao dar formação, por exemplo. Também é uma das coisas que eu faço, é dar formação contínua às pessoas que aqui trabalham, explicar-lhes como são aquelas pessoas, quais as suas patologias, os sintomas, as estratégias para lidar com elas, as metodologias, estou a capacitá-los, estou a dar-lhes mais competências, mais habilitações para eles depois lidarem com os clientes.
Quais os valores que considera estarem na base da sua função?
- Os valores… (pensa) o rigor, a confidencialidade, a ética… o que é mais? Estes são os nossos valores, os importantes. A qualidade Como se refere aos ‘’utilizadores’’ do na ação também é outro valor de que gostaserviço psicossocial e da saúde onde mos, a privacidade relativamente aos clientrabalha: utente, cliente, doente ou ou- tes… tro? E porquê? Clientes, porque nós achamos que o serviço, E porque é que pensa que esses são os apesar de ser um serviço que neste momenmais importantes? to ainda não é pago, porque nós somos a Bem, um dos valores que eu creio ser muito única instituição que não cobra compensa-
Ana Sousa e Palmira Silva, Curso TAP
Quais são as principais questões deontológicas que se levantam no exercício da sua profissão? São perguntas muito difíceis! Bem, uma das coisas que nos levanta dificuldade é a questão da tomada de decisão das pessoas que aqui estão, dos nossos clientes; nós, por princípio, consideramos que as pessoas devem escolher de forma autónoma, devem poder decidir por si mesmas. Nesse sentido, temos de respeitar a sua vontade e as esco-
dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17
Escola, Emprego e Profissões :: lhas que elas fazem… Contudo, sabemos que são pessoas que têm algumas limitações, que às vezes não fazem as coisas por si próprias e que tomam decisões erradas; deste modo, temos, por vezes, tendência a escolher por eles, que é um bocado aquilo que se passa com as mães e com os pais em relação aos filhos, certo?! Achamos que eles (os filhos) não têm capacidade de escolher., e tendemos a escolher por eles. E com estas pessoas, que têm muitas limitações intelectuais, nós tentamos escolher por eles, escolhemos aquilo que achamos que é melhor para eles, mas às vezes eles não querem isso… Em resumo, no balanço entre aquilo
que nós achamos que é bom para aquela pessoa e aquilo que a pessoa quer, às vezes, é um bocado complicado porque há um choque.
Nome: Graça Martins
mento, com a situação da crise que atravessa o nosso país temos novos utentes, essencialmente famílias monoparentais, monoparentais femininas, mas também aquelas pessoas que estão em situação de desemprego e que viviam relativamente bem, que tinham uma vida minimamente equilibrada, mas que ficaram em situação de desemprego; deste modo, a situação do seu contexto familiar agravou-se, por exemplo a nível do pagamento de rendas; ainda há pouco tive um caso desses, tenho estado toda a manhã em atendimento, em situações graves em que as pessoas não têm praticamente o que comer. A situação em termos de carência alimentar é cada vez mais uma constante.
Profissão: Técnica de Intervenção Social Onde trabalha: Câmara Municipal de Condeixa
Enquanto técnica da área psicossocial, qual considera ser a sua principal função? Ora bem, a minha principal função é acima de tudo apoiar os nossos munícipes, que se encontram em situação de maior vulnerabilidade socioeconómica, tentar apoiar através das várias medidas que nós temos aqui, a nível da Câmara Municipal, em articulação com as outras técnicas de intervenção, a nível das parceiras locais. O combate à pobreza e à exclusão é fundamental, essencialmente na situação de crise em que nos encontramos agora; pensamos que cada vez mais esta situação de crise vai aumentar e portanto o nosso objetivo é essencialmente auscultar, ouvir, analisar, avaliar e tentar propor algumas medidas de apoio, essencialmente no que concerne às situações de maior carência económica e social; muitas vezes fazemos orientação e encaminhamento para outros serviços, quer locais quer regionais, portanto o objetivo da nossa intervenção tem a ver essencialmente com estas situações de maior carência de vulnerabilidade.
Como se refere aos “utilizadores” do serviço social onde trabalha? Utente, cliente, doente ou outro?
Que situações/problemas/conflitos, de natureza deontológica são mais frequentes na sua profissão? Talvez o problema que acabei de referir; é muito importante, e é uma coisa que aparece muito frequentemente, que é esse equilíbrio, esse balanço que nós temos de fazer entre aquilo que é adequado e aquilo que achamos que é a forma correta e mais aconselhável para aquela pessoa. Por exemplo,
Pensa que o seu trabalho, para além da componente técnica, deve assumir uma vertente relacional e de capacitação? Porquê? Fundamental, é fundamental, claro que sim. Eu creio que sim, eu creio que cada vez mais os serviços têm rostos, cada vez mais os serviços têm que ser humanizados… mas é evidente não nos podemos deixar envolver pela emoção, embora isso muitas vezes aconteça, somos seres humanos, não é? De qualquer modo, eu penso que a questão relacional é fundamental, é evidente que temos que fazer com que as pessoas procurem a sua autonomia, que tenham o seu espaço, mas muitas vezes nós temos que ser um pouco o motor e temos que ajudar as pessoas a consciencializarem-se que elas próprias são promotoras da mudança, de que são capazes, temos de lhes dar um voto de confiança! Eu penso que isto é fundamental e cada vez mais eu tenho verificado que quando damos algum voto de confiança a estas famílias, chamadas “crónicas”, passo o termo, estas famílias que recorrem com alguma frequência ao nosso serviço, também temos que lhes dar algum voto de confiança e capacitá-los de que elas próprias vão conseguir ultrapassar a situação… Contudo, é evidente que há situações que não são fáceis de ultrapassar, não é? Quando há situações em que não há comida, por exemplo.
Eu penso que são munícipes. Se formos a ver, penso que são munícipes na sua generalidade, porque é o conceito que nós tínhamos… é verdade que agora há novas nomenclaturas, a nível das IPSS, por exemplo, clientes. Eu, além de técnica neste serviço, também faço parte de uma IPSS, a nível dirigente, e nesse contexto utiliza-se o termo “clientes”. Aqui, nos serviços municipais, usamos as palavras “utentes” ou “munícipes”. Penso que, atualmente, as pessoas que recorrem aos nossos serviços foge um pouco ao que estava tipificado, que era aquela pessoa que estava em situação de maior pobreza ou Quais os valores que considera estarem em situação de maior exclusão. Neste mo- na base da sua função? 18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
há aqueles utentes mais idosos que querem estar sentados todo o dia e nós pensamos que isso não é bom para eles; eles têm de se mexer, de fazer atividades para se desenvolverem e manterem o estado físico, que façam educação física, mas também que vão à música, que pratiquem dança para se manterem ativos, só lhes faz bem, mas eles só querem é estar sentados …. e essa luta de vontades, que se repete quase todos os dias, que é aquilo que lhes apetece fazer e aquilo que nós acreditamos ser correto para eles. Portanto, isso é muito difícil de fazer. Entrevista realizada por Jéssica Dias e Jéssica Vaz, Curso TAP.
Ai, há tantos valores, há o valor da confiança, do humanismo, os valores morais, há tantos, eu poderia numerar tantos.”
Quais são as principais questões deontológicas que se levantam no exercício da sua profissão? Eu creio que o respeito pelo outro é fundamental, eu penso que nós temos de pensar que cada pessoa tem a sua problemática, tem as suas características, tem a sua personalidade, tem a sua forma de estar na vida e portanto o respeito pelo outro é fundamental, também temos que chamar a atenção, é evidente, responsabilizar as pessoas por atitudes e comportamentos que têm, e isso tem-me acontecido, até com jovens da vossa escola, ainda esta semana aconteceu, e portanto há situações que são complicadas e são difíceis de ultrapassar. Em termos deontológicos, a confiança, o respeito pela outra pessoa é fundamental. Contudo, a confiança e o respeito têm de existir nos dois sentidos, do técnico para o cliente e deste para o técnico… Por vezes, há situações que são difíceis, que nós sabemos à partida que nos estão a omitir informação, ou que nos estão a mentir perante determinadas situações, é preciso muita vez ter algum tato na abordagem, e portanto muitas vezes não é fácil, temos que saber como contornar, só que temos situações e situações, e cada caso é um caso, e cada um tem que ser tratado por si.
Que situações/problemas/conflitos de natureza deontológica são mais frequentes na sua profissão? Bem, eu tento fazer o melhor pelos outros, pelas pessoas que recorrem ao nosso serviço, quer através das nossas medidas de política social a nível municipal, quer através da articulação que temos com outros colegas, quer através da articulação com outros serviços e entidades, de forma a tentar minimizar os problemas das pessoas que recorrem aos nossos serviços. Penso que temos uma boa equipa em termos de intervenção a nível local, de intervenção social e fazemos reuniões periódicas onde debatemos os problemas que existem
Entrevista realizada por Nuno Correia e Verónica Rodrigues, Curso TAP
:: Escola, Emprego e Profissões
Formar em Turismo Em julho passado, concluiu-se o primeiro curso profissional de Técnicos de Turismo, mostrando, de novo, uma aposta conseguida do Agrupamento e da sua escola secundária. Foram três anos de um caminhar partilhado com expetativas e experiências que envolveram alunos, professores e entidades formadoras que, no seu conjunto, provaram ter sido um percurso comum de um querer coletivo. Se formar alunos para o mercado de trabalho é tarefa desafiante e, por vezes, algo contingente, formar em Turismo e para o Turismo é desiderato que obriga lançar mão, amiudadamente, a recursos humanos, materiais e financeiros, nem sempre disponíveis, em pleno, na e pela entidade formadora. Se para os primeiros se tem contado com o total empenho e disponibilidade da Direção e corpo docente para assegurar, na totalidade, a lecionação dos diferentes domínios formativos, para os segundos e, principalmente, para os últimos têm sido decisivos os contributos dos fundos comunitários do POPH. As candidaturas criteriosamente apresentadas e positivamente respondidas possibilitaram, em muito, o alargar horizontes para além das paredes da sala de aula. Na verdade, formar em Turismo e para o Turismo não se pode confinar, apenas, ao quotidiano letivo. Há que contactar o mercado de trabalho, ver e aprender com operadores turísticos, visitar certames turísticos, frequentar eventos e, essencialmente,
pôr em ação conhecimentos e práticas proporcionadas pela diversidade do currículo. De todas estas preocupações se pautou o 1ºCurso de Turismo da “Fernando Namora”. A feliz coincidência da comemoração institucional do “Centenário do Turismo em Portugal” e a crucial presença no seu Congresso Nacional, foi momento desafiador para outras vivências formativas. Com a Comissão Nacional e a seu convite, realizouse o primeiro concurso nacional do “Centenário do Turismo nas Escolas”, certame divulgado por todas as escolas secundárias e profissionais do continente e ilhas que lecionam cursos de Turismo, de nível IV. A secundária Fernando Namora receberia trabalhos, reuniria Júri e exporia os premiados que, em sessão protocolar ao mais alto nível, veria reconhecida esta missão. A tomada em ombros do 1º e 2º Encontros Regionais de Técnicos de Turismo foram novos momentos de partilha e, essencialmente, de “aprendizagens turísticas” possibilitadas pela valiosa colaboração de entidades públicas e privadas de inquestionável saber académico e profissional. As atas do primeiro evento, lançadas no decurso do segundo passaram a colocar, à disposição dos alunos de Turismo e dos técnicos atuantes, um conjunto de ensinamentos e práticas que, decididamente, muito colaboram para o corpus científico e profissional do setor. Pelos textos se comprova que a região de Condeixa e do Centro de Portugal
muito vêm fazendo em prol dos mais diferentes segmentos do Turismo. A fundamental colaboração que se tem recebido dos parceiros locais e regionais para a concretização da Formação em Contexto de Trabalho, vulgos “estágios”, protocolados entre o Agrupamento e autarquias, organismos públicos e empresas, são uma resposta conseguida na valorização e continuação da oferta qualificante em Turismo. A apresentação e defesa das Provas de Aptidão Profissional, perante júris de elevada craveira científica, universitária e profissional foram, pelos mesmos considerados, momentos altos e decisivos nas propostas de novos produtos e destinos a desenvolver localmente e na região. São estes, pois, os vértices de um triângulo que se reputa fundamental na formação em Turismo. Se num dos lados se encontra a lecionação de matérias, ter-se-á num outro, a vivência de experiências para, num último, se concretizar o saber-fazendo, razão última de um ensino profissionalizante. Só assim se completa o ciclo de um percurso formativo que se quer ativo, vivido e concretizado. Crê-se que, desta forma, se tem pautado o primeiro e, agora, o segundo Curso de Técnicos de Turismo a que o Agrupamento de Condeixa, em boa hora, se propôs criar e a tutela educativa os tem autorizado a funcionar.
Receção ao Caloiro do Curso de Turismo
prova com vários desafios criados por eles. Começaram por nos prender as mãos com fita-cola e, de seguida, tivemos de pintar as unhas, o que se tornou mais numa pintura de mãos. Em seguida, escreveram-nos na cara “ESFN”, “CALOIRO” e “TT”, o que custou a sair, pois foi escrito com caneta de tinta permanente. Algumas raparigas foram obrigadas a andar com a roupa vestida do avesso. Aos rapazes, amarraram-lhes os tornozelos e os pulsos com fita-cola e tiveram de descer as escadas assim. Quase caíram das escadas, como seria de esperar. Enquanto descíamos as escadas e até chegarmos à parte de fora do edifício da escola, tivemos de gritar “TURISMO!” sempre que os padrinhos diziam “1, 2,3!” Depois de nos encontrarmos todos no andar de baixo, dirigimo-nos para junto do busto de Fernando Namora onde iria acontecer a pior parte da praxe. Os padrinhos apareceram com uma bacia. Não
sabíamos para que seria aquilo, mas eles explicaram. Naquela bacia encontrava-se água, farinha, tomates e ovos. Teríamos que dizer; “Eu prometo solenemente cumprir as ordens do meu padrinho/madrinha” e, em seguida, o nosso cabelo era mergulhado naquela água, seguido de um beijo que tínhamos de dar no busto. Ficámos com um cheiro horrível, como seria de esperar. Assim, foi a nossa praxe, que, apesar de tudo, foi divertida. Foi para todos a nossa primeira praxe com ”cheirinho” a universidade.
Foi durante a primeira semana de aulas que os alunos do primeiro curso de Turismo nos surpreenderam com uma praxe. Entraram na sala de aula e cada um de nós escolheu quem queria como padrinho/ madrinha. Depois de nos conhecermos, fomos postos à
Rui M. M. Damasceno Rato Diretor do Curso Profissional Técnico de Turismo
Alguns testemunhos:
“No dia de receção ao caloiro a única coisa de que me lembro é do cheiro que tínhamos naquele dia, a ovos e tomate, mas, apesar de tudo, achei divertido!”-Maria Simões “A receção ao caloiro foi muito divertida, e muito engraçada, foi a minha primeira receção a caloira e foi uma experiência única. Gostava de voltar a repetir.” -Nádia Araújo
dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19
Cólera
:: EMOÇÕES
Subitamente, nós sentimos medo e depois, em pequenas porções, insidiosamente, isso desenvolve-se no nosso pensamento, e dificilmente sairá, ainda que seja isso o que, conscientemente, nós desejamos. O medo é um intruso nas nossas vidas. O medo é o nosso pior fracasso. Mas afinal o que é o medo? O medo é uma emoção. O medo é um sentimento, é psicológico, fisiológico e comportamental. O medo é uma preocupação. O medo é uma assombração. O medo é uma obsessão. O medo é doloroso. O medo vê-se no rosto. O medo é um parasita que se agarra a nós e não nos deixa libertar dele. O medo é uma derrota que não sabemos como digerir. O medo pode ser eterno. O medo é duvidoso, podemos num momento estar com medo e no momentos seguinte não pensar nem reagir de forma medrosa, acabando por esquecer. Pessoalmente, tenho medo do amor e de perder tudo o que tenho. Refiro-me aos amigos mais próximos, que considero como irmãos ou irmãs e, claro, refiro-me também à minha família. Tenho medo de ficar só ou que me deixem na solidão. E tenho também medo de perder o sonho que tanto quero concretizar – trabalhar no teatro, ser atriz. É um dos medos que mais me atormenta. Com esta crise, outros medos vieram, medos novos, que transformam as pessoas; tudo é inseguro, tudo é muito indeciso ainda.
O Medo ó
ó
Agora, tenho um outro medo… Mas, isso, é segredo! º
º
20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
MEDO (uma história em poema)
O Alfredo tinha um segredo, um segredo chamado MEDO o medo dele era tão grande que chegou a pensar que era bruxedo. Mas bruxedo não poderia ser, quem é que o queria aborrecer impondo-lhe uma emoção que lhe dava azia? Ninguém se ia atrever Então um dia o Alfredo refletiu e quando, pensando só para si, se ouviu chegou a conclusão que tal emoção lhe dava cabo do coração, decidiu que ira fazer de tudo para quebrar o medo, nem que para isso comprasse um brinquedo, um brinquedo que lhe fizesse companhia de noite e de dia. Mas de medo, ah não, de medo o Alfredo nunca mais sofreria! Trabalho realizado por: Jessica Ferreira Vaz
:: Na Biblioteca acontece... Para comemorar o Mês das bibliotecas escolares, e com base no belo livro de José Jorge Letria intitulado “Se eu fosse um livro…” pedimos aos alunos para pensarem que tipo de livro gostariam de ser.… Eis aqui os desejos de alguns dos nossos jovens estudantes: …gostaria de ser um livro das letras para aprender a ler. – Beatriz 1.ºB C.E. …gostaria de ser um livro de professores, porque vou ser professora. Maria 1.ºB - C. E. …gostaria de ser um livro de borboletas para voar e contar muitas histórias. - Sofia 1.ºB- C. E. …gostaria de ser o livro do alfabeto, para viver na cidade das letras. - Eduardo 1.ºB - C. E. …gostaria de ser o livro “Aprender Matemática” porque gosto muito de matemática e de aprender mais. Francisco Fernando 2.ºC- C.E. Gostaria de ser o livro “A Cinderela” porque tem madrasta como eu e sapatos de cristal. – Fátima Eva 2.ºCC.E. …gostava de estar numa biblioteca com muitos outros livros, gostava de ser escrito por um escritor famoso e de ser um livro de amor. – Pedro Santos 3.ºB- C.E. …queria ser um livro de Ciência e de Matemática para todos saberem toda a matéria para as fichas de avaliação. – Rafael Almeida 3.ºB- C.E. …eu queria ser um livro de aventuras porque eu gosto muito de aventuras. Não queria ser rasgado, porque um livro é uma preciosidade. Queria ser lido todos os dias porque todos gostam de ter amigos. – Laura José 3.ºBC.E. … gostaria de ser um livro de poesia porque tem emoção, demonstra os nossos sentimentos, e quando os leio é como magia que há no ar mas eu não a vejo. - Rita Salomé 4.ºA- C.E.
… gostaria de ser um livro infantil porque mostra que não devemos desistir e quando acontece alguma coisa, devemos ser corajosos e agir. - Ricardo Pedrosa 4.ºA- C.E. …eu queria ser um livro de aventura e de romance porque eu gosto de romances e ainda gosto mais de viajar pelo mundo fora, sempre a aprender. - Afonso Corte-Real Grilo 4.ºA- C.E. … gostaria de ser um livro de mistérios porque gosto de investigar e descobrir sítios novos e coisas com valor. - João Lourenço 4.ºA- C.E. … queria ser um livro de poemas porque quando me lessem sentiriam muitos sentimentos e eu sentir-me-ia nas nuvens da felicidade. - Ana Leonor Santos 4.ºB- C.E. … queria ser um dicionário com todas as palavras porque assim ajudaria as pessoas a compreenderem todos os significados.- Constança Simões 4.ºB- C.E. … gostaria de ser um livro de aventuras com anedotas no final. As pessoas ficariam em suspense e em plena felicidade. – Dinis Diogo 4.ºB- C.E. Se eu fosse um livro queria ser um livro de aventuras para ser lido dia e noite, e assim viver num mundo imaginário. Francisco Coelho 4.ºB- C.E. … queria ser um livro sobre todas as coisas para que todas as pessoas gostassem. Assim era um livro para todos os gostos! – Inês Pimentel 4.ºB- C.E. … seria um livro sobre cidadania para ensinar os meninos como se devem comportar. -Tiago Rodrigues 4.ºB- C.E. … queria ser um livro de poemas porque estes fazem as pessoas sonhar. – Carolina Vital 4.ºB- C.E. … gostaria que a minha história não acabasse. – Ana Miranda 9.º D … gostava que esquecessem a realidade quando o lessem. – Francisca 11.ºA … gostava de deixar os leitores com um aperto no coração para que eles me voltassem a ler. - Miriam 11.ºA dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21
Na Biblioteca acontece... :: Olhar para trás… Constatar que o tempo correu e nos deixou marcas, umas boas, outras nem tanto… Mas, sobretudo, sentir que experimentámos cada segundo com vontade de o abraçar e viver com garra, deixando marcado o nosso melhor em cada ato, em cada pessoa, em cada momento….
Bibliotecas Escolares,
É justamente assim, que a equipa da Biblioteca Escolar, monitores, auxiliares, professoras, olha a vida e a sua missão, conscientes de que, tal como afirmou o pedagogo- poeta Sebastião da Gama, “Pelo sonho é que vamos” e pelo sonho construímos.
receberam formação feita pela
Gostaram de `construir´ connosco? Vamos recordar alguns momentos…
trabalho magnífico, dando uma
selecionar, de entre os muitos candidatos, os que, este ano
letivo serão os nossos monitores. Assim, num total que ronda os cem alunos do 3º ao 12º ano, os novos monitores equipa e por outros monitores já experientes, neste `ofício´, e, apraz-nos dizer que se encontram a desenvolver um lição diária de civismo, capacidade de trabalho,
No dia em que o Agrupamento abriu as suas
responsabilidade e espírito de
portas ao novo ano escolar, os novos alunos foram
entreajuda, de que tanto nos
recebidos também de braços abertos nas quatro
orgulhamos e que, em muito
bibliotecas escolares existentes. As professoras
melhora e facilita a tarefa da
bibliotecárias
equipa. Muito, muito obrigada
mostraram-lhes
os
espaços
e
levantaram o véu a algumas das maravilhosas
a todos vós e aos alunos que
surpresas que os aguardavam. Neste dia festivo,
mesmo não sendo formalmente entre histórias, pequenas lembranças e olhos monitores também tanto nos ajudam! brilhantes, os alunos foram alertados para a As tradições e efemérides são importantes e importância de serem BONS LEITORES. fazem parte do nosso legado patrimonial e cultural, pelo que não podíamos deixar de celebrar algumas Outubro foi, mais delas. Deste modo, preparámos imensas atividades, uma vez, o mês tais como: concursos de variados teores, o cinema dedicado às
na BE, decoração e exposição nos espaços BE e
Bibliotecas
escolas, leitura de textos e produção textual;
Escolares, este
produção plástica, entre tantas outros.
ano subordinado
Não esquecemos os nossos irmãos peninsulares e
ao tema “Bibliotecas Escolares: uma porta para a
celebrámos, de 11 a 18 de outubro, em colaboração
vida!”, pelo que se desenvolveram várias iniciativas com as professoras de Espanhol, o Dia de la Hispanidad, com muito salero e cultura. Sabiam destinadas aos alunos dos vários níveis e ciclos de que no 12 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo ensino, tais como: exposições, visionamento de filmes, distribuição de pequenas ofertas, elaboração descobriu o continente americano, data que é celebrada em todos de textos e frases sobre o livro e tantas, tantas
leituras. Em número cada vez mais crescente, os alunos das Escolas Básicas nº 1, 2 e 3 e da Escola Secundária Fernando Namora, candidatara-se a Monitores da Biblioteca Escolar. Foi uma tarefa árdua e ingrata que coube à equipa das 22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
países falantes de espanhol?
O S. Martinho chegou e foi muito celebrado, nas Bibliotecas Escolares, lenda/
:: Na Biblioteca acontece... tradições, concursos e histórias andaram de braço dado. O LOBO CULTO instalou-se na nossa BE do CenNo final desse mesmo mês, as bibliotecas ficaram tro Educativo para estudar muito e ensinar aos meassombrosamente divertidas, pois celebraram-se duas ninos que podem aprender a tradições, a ler se forem estudiosos como portuguesa, Dia de ele… Afinal os Lobos não são Todos os Santos, e a anglófona, Halloween. todos MAUS... e este até sabe Que sustos divertidos! contar histórias! Em conjunto com os docentes química,
de
Físico-
levámos
as
escolas
do
Agrupamento
ao
mundo da Cultura Científica aliando-o à literatura, pelo que, de 22 a 29 de novembro e no âmbito da celebração do nascimento do pedagogo, químico, escritor… Rómulo de Carvalho, se desenvolveram várias atividades em sala de aula e fora dela, ligadas à ciência e a várias facetas da arte. Reiniciámos, no dia 13 de dezembro, o projeto “30 dias, 30 livros”, em parceria com a Biblioteca Municipal. O serviço de Biblioteca e a animação da
leitura no espaço continua assim a ser assegurado aos Jardins de Infância e escolas de 1º Ciclo, que distam da sede de concelho, fator de que muito nos orgulhamos, sobretudo ao constatar a alegria das crianças e docentes que nos recebem, mensalmente. Já repararam no brilho ainda mais intenso que cintila nas nossas bibliotecas? Não, não é só da decoração! É da alegria de saber que os primeiros passos dados, este ano letivo, no sentido da integração, desenvolvimento intelectual e emocional e maturação cívica dos nossos alunos foram seguros e cheios de vontade de continuar essa caminhada. Nesta época natalícia, gostaríamos ainda de vos solicitar uma prenda para todos os nossos alunos. Quantas vezes temos em casa, em excelente estado, livros interessantes, DVD, CD-ROM, jogos educativos que já não usamos? Dê-lhes um BOM USO, pois as
crianças e jovens deste agrupamento oferecem-se para lê-los, vê-los e jogá-los. Assim, propomos-lhes: “Este Natal vou dar um presente à Biblioteca Escolar!” Aguardamos as vossas oferendas em qualquer uma das Bibliotecas Escolares do Agrupamento. Muito obrigado, em nome de todos!
No passado dia 28 de outubro de 2013, comemorou-se o dia mundial das bibliotecas escolares, e como não podia deixar de ser, a nossa biblioteca também comemorou. Para esta comemoração, os alunos do 11.º TAP, tiveram a pertinência de fazer uma pequena representação. Essa mesma representação, foi baseada no texto “Manifesto Anti-Leitura” de José Fanha, texto inspirado no Manifesto Anti-Dantas, de Almada Negreiros. Este manifesto tem como objetivo chamar a atenção para a importância da leitura e das bibliotecas, enquanto espaços de investigação, estudo, informação e partilha. Com uma linguagem corrosiva e irreverente chama atenção dos próprios leitores, fazendo-o de uma forma irónica, como podemos comprovar pelas constantes frases em que diz: “Abaixo a leitura. PIM!”. Ao longo da manhã, foram feitas sessões para turmas do 9.º, 10.º e 11.º ano. Os alunos do TAP, encontravam-se na biblioteca escolar, espalhados por várias mesas, como se estivessem na biblioteca para estudar/ ler, mas quando começava a performance ninguém sabia o que dalí viria. Foi uma atividade interessante e muito divertida, que nos proporcionou alguma reflexão sobre a importância da biblioteca escolar para o nosso percurso formativo. Monitora da BE e aluna do TAP Ana Sousa 11º TAP
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Na Biblioteca acontece... ::
Propostas de leitura para o NATAL Quando a minha amiga e colega, Ana Paula, me honrou com o seu convite para apresentar a sua última obra, confesso que dentro de mim vários pensamentos me invadiram: estarei à altura, serei capaz de transmitir aos outros o que me vai na alma ao ler Ana Paula Mabrouk? No entanto a estima e a honra por tal convite falaram mais alto e aceitei. Falar de Ana Paula Mabrouk como pessoa é falar de uma colega, amiga, sempre pronta a ouvir “o outro”, a ajudar quando necessário, mesmo sacrificando por vezes a sua vida pessoal. Falar de Ana Paula Mabrouk como escritora poetisa, é falar de alguém que vive intensamente um turbilhão de sentimentos. Ana Paula Mabrouk oferece-nos, mais uma vez, uma impressionante obra, reveladora da sua poesia lírica. Mais uma vez nos apresenta a condição feminina dos nossos tempos, a que já nos tinha habituado no seu livro de contos) intitulado Alfabeto no Feminino, de 2005, no qual através da sua expressividade divisamos, não só alguns aspetos críticos, no que diz respeito à visão da sociedade feminina, mas também se vislumbram alguns laivos de sexualidade. Percorrendo a obra desta excelsa autora somos invadidos por temas ligados ao amor, à paixão e ao erotismo. Veja-se a obra Em Carne Viva de2010 Na sua obra Crónicas da Arte e da Vida, de 2011, Ana Paula cruza a sua escrita com a do poeta de língua alemã Rainer Maria Rilke, poeta esse ligado à sua cultura e formação profissional. Perpassando o nosso olhar por vários poemas, quer tenham sido publicados em inúmeras antologias poéticas, quer tenham sido difundidos no blogue literário Escrevinhando: Riscos e Rabiscos da sua autoria, continuamos a sentir a alma da poetisa, sempre cheia de amor e paixão. Entrando mais aprofundadamente em “Paixão em cinco atos” vamos sentindo um crescendo de emoções, primeiro “de mansinho” em “abordagem”, o primeiro poema, em “encalento” viajamos com “um sorriso”, “um riso” e finalizamos a viagem com “uma gargalhada” num “templo sagrado d’alegria”. Mais tarde, dançamos uma dança “em movimento esguio meloso astuto de mestre” e eis que surge a paixão de “lábios rubros”. Ao passar ao 2º ato estamos rendidos, deixando “entrar o alazão negro orgulhoso de glória” até que numa “noite quente” “um mar de ondas afagou nossos pés” e numa noite de “lua cheia” “não apago sorrisos rodeada de abraços” e vai crescendo a paixão e “quero-te” é uma “tentação” à
qual “não sei resistir”. E chega o ato 3, e a vida de forte e louca paixão intensifica-se “no chuveiro”, “provando, sorvendo, descendo, descendo…”, a “mulher” é agora “de corpo inteiro amada” e “nua” “tu avanças desbravando caminhos” que “corpo a corpo” como que estão numa “guerra acesa em campo aberto” em que a mulher “coquette” sente apesar dos anos que “passavam” “a chama ainda se aviva” e qual “gata selvagem”, prendo poderosa em minhas garras afiadas teu corpo indefeso” E no ato 4 , sentimos que o “eu poético” tenta proteger-se do “assalto”, não se apercebendo que “entraste pela janela” e” pelo coração”, e vem a dor do afastamento e a “esperança”, e “quando chegas”, “ de repente tudo faz sentido” porque “só tu acalmas tempestades revoltas agrestes com o olhar”. No entanto voltas a partir e o tão esperado “telefonema” chega e “retenho sorrisos mudos e agasalho-me contigo” e o tempo passa e vem a “dor” com “música triste em dó menor que não embala o sono”. E vem o ato 5 que nos transporta ao sofrimento, à luta interior num “duelar” “em que “busco a verdade e trilho caminhos na ponta da pena” e concluo que no “sonho”, ”néscia me achei no final”, que a “dúvida” me fez acreditar que “sou gente mas não sei se sou alguém”. Cresce em mim um ”turbilhão de sentimentos” e que “a dor”, ”veio para ficar” vem depois a recordação e com ela a nostalgia dos tempos de furor e loucura vividos e é a “decadência”, “daquela paixão muda em que tudo calávamos”, e agora com ”os corpos as almas secas. E num crescendo, a dor aumenta, a solidão entranhase “com o silêncio impossível de mim finalmente só” e o eu poético promete em “vício” dar “tudo o que tenho e guardarei segredo no corpo que ama no coração que sente”, e assim finaliza esta viagem de paixão e desencanto, alegria e dor com a vontade de voltar “ao único lugar onde sei que fui sou sempre e serei feliz”. Ler “Paixão em cinco atos” transporta, sem dúvida , o leitor por uma longa estrada onde se misturam sentimentos, onde se vivenciam emoções variadas. Foi para mim um enorme gosto fazer esta viagem, pensando ter conseguido transmitir o que ao longo da obra fui experienciando. Profª Helena Araújo
24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
Os Jogos da Fome de Suzanne Collins
Num futuro pós-apocalíptico, surge das cinzas do que foi a América do Norte Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário que a partir da megalópole, Capitol, governa os doze Distritos com mão de ferro. Todos os Distritos estão obrigados a enviar anualmente dois adolescentes para participar nos Jogos da Fome - um espectáculo sangrento de combates mortais cujo lema é «matar ou morrer». No final, apenas um destes jovens escapará com vida…Katniss Everdeen é uma adolescente de dezasseis anos que se oferece para substituir a irmã mais nova nos Jogos, um acto de extrema coragem… Conseguirá Katniss conservar a sua vida e a sua humanidade? Um enredo surpreendente e personagens inesquecíveis elevam este romance de estreia da trilogia «Os Jogos da Fome» às mais altas esferas da ficção científica.
A Culpa é das Estrelas de John Green
Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita. PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.
A Rapariga Que Roubava Livros de Markus Zusac Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler... Livro recomendado no programa de Português do 9º ano de escolaridade.
Redações da Guidinha
::Na Biblioteca acontece...
de Luís de Sttau Monteiro
"O amor é uma coisa que há em Coimbra quando os estudantes tocam guitarra e passeiam com umas coisas que há lá e que eu não sei o que são chamadas tricanas mas depois os estudantes acabam os exames e vêm para Lisboa e não pensam mais no amor e casam eu sei estas coisas porque oiço o rádio da vizinha que está sempre a tocar muito alto mas não conheço ninguém que tivesse guitarra em Coimbra e por isso não sei muito bem o que é o amor..." Durante muitos anos esgotado, As Redações da Guidinha é uma compilação de algumas das melhores crónicas de crítica social, em forma de redações da adolescente Guidinha, escritas por Luís de Sttau Monteiro e publicadas, entre 1969 e 1970, no Diário de Lisboa.
Lobo Procura Emprego de António Torrado As histórias da Coleção Ver e Ler são importantes auxiliares de uma aprendizagem da leitura, em que a criança descobrirá por si uma nova aptidão como se o livro falasse só para ela. Ver e Ler como o velho lobo andou à procura de abrigo e comida.
Eu Sei Tudo Sobre o Pai Natal de Nathalie Delebarre Os crescidos dizem que o Pai Natal não existe. Mas eu não acredito neles. Os crescidos são mesmo assim, só acreditam naquilo que veem. Se me ouvirem com atenção, vão ver que tenho razão!
O Meu Pai Está Desempregado de Irina Melo e Carla Jorge Ilustrações de Catarina Correia
Marques
Para os filhos, a profissão dos pais é quase mágica. Um Mundo desconhecido de que ouvem falar em casa e têm curiosidade em descobrir. E o que acontece quando os adultos ficam sem trabalho? O que muda no dia-a-dia? O Meu Pai está Desempregado tenta responder a estas e outras perguntas, através do olhar de uma criança. Uma história para os mais pequenos sobre uma realidade que afeta cada vez mais adultos.
por Miriam Acúrcio monitora da BE FN
The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde de Robert Louis Stevenson
O Natal do Texugo Rabugento de Paul Bright O Natal está a chegar e todos estão excitadíssimos - todos menos o Texugo Rabugento. "Vou dormir até à primavera, e se alguém me acordar, ficarei MUITO rabugento!" exclama ele. Mas, enquanto tenta adormecer, o Texugo Rabugento é incomodado três vezes… e há uma situação de emergência. Será que ele se irá emendar antes que seja tarde de mais? Uma deliciosa história inspirada em Um Conto de Natal de Dickens e que irá maravilhar as crianças!
Nº3507 / 811.111 STE
“The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde” conta a história do conflito das duas metades do Homem: o “bom” e o “mau”. Contado por um amigo de Dr. Jekyll, o advogado Gabriel Johnson, deixa o leitor em suspense para conhecer o segredo das duas personagens (Jekyll e Hyde) , mostrando o limite a que a ciência pode chegar e as suas consequências, se não for utilizada corretamente. A história encontra-se em inglês. Contudo, pode ser lida e apreciada, devido à sua acessibilidade, com um conhecimento não muito extenso desta língua, devido ao seu tamanho reduzido. Recomendo o livro a leitores apreciadores de suspense, thriller, horror ou fãs de intriga quer queiram melhorar o seu inglês, quer uma tarde à descoberta de curiosidades duvidosas.
The Tales of Mystery and Imagination de Edgar Allan Poe Nº3661 / 8111.111 POE
“The Tales of Mystery and Imagination” apresenta uma pequena coletânea de contos por escritor Edgar Allan Poe, conhecido pelas suas histórias obscuras e enredos misteriosos, o livro apresenta estas mesmas características em “You are the man!”, pronunciado pela boca de um morto que salta de uma caixa de vinhos; no fascínio de um O Diário de homem pelo “The Gold Bug” que pertenceu ao um Banana 6 Captain Kidd, pirata famoso que reuniu um granTirem-me de tesouro e acabou enforcado, nas águas escudaqui! ras do “Maelstorm”, um remoinho tão grande e de Jeff Kinney assustador que foi capaz de roubar a vitalidade e Greg está metido cor dos cabelos ao seu único sobrevivente e no num grande sarilho: a escola foi vandalizada e ele é o principal suspeito. Mas o que “The Pit and The Pendulum” que mostra como é incrível é que ele está inocente. Pelo menos em parte... As autoridades estão a ratos nos salvam de facas apertar o cerco. Entretanto, uma tempes- afiadas. Se gostam de contade de neve chega de surpresa e a família tos curtos que nos levam a fica impossibilitada de sair de casa. Greg questionar o conteúdo dos sabe que, quando a neve derreter, terá de sofrer as consequências, mas haverá algum nossos pesadelos, propocastigo pior do que ficar fechado em casa nho este livro, para que, como eu, sejam apreciadocom a família durante as férias? É caso para dizer: res de horror e literatura um pouco gótica. TIREM-ME DAQUI! dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25
Produção de textos :: Poema ao professor Um poema encontrei num envelope fechado. Encantado fiquei com tamanho achado Abri-o para mim, mas a ti vou contar. O que lá vinha dentro é de admirar!
O trabalho O trabalho é divertido mas por vezes cansativo. Muitas vezes o “r” é comido Mas o trabalho fica na mesma criativo!
Estudar dá algum trabalho:
Os portugueses e a vida no trabalho – Este é o senhor Lobo Mau, que tem 55 anos e vive na Toca n.º 5, na Amadora, e vai contar-nos o
Matemática, Estudo do Meio
seu dia a dia no trabalho. Sr. Mau, pode-nos contar
ou Português.
o que faz?
Às vezes nos exames eu falho,
– Eu faço muita coisa, mas o que gosto mais de
Magia de saber Magia de vencer Magia de compreender e formar gerações Magia de fantasia e amizade que te enche de emoções Magia de garra e dedicação Magia de vontade de avançar
por não saber responder
fazer é avaliar a comida para nós paparicarmos. O
Assim, é o professor. Um amigo que tem tanto para te dar.
Magia! Magia?
Auxiliar da Ação Educativa Anabela Vitorino
Natal vs. Pai Natal Que mês é este? Que dia é este? Ver tanta magia no ar Até apetece voar… Ah! É verdade, É natal. Sabem ?! aquele sorriso maroto De quem acaba de chegar?! Ele é um bom amigo E só sabe agradar. De trenó é como ele vem Com as suas renas também… Sabe sempre agradar Todas as crianças que sabem sonhar. Crianças rebolam e gritam Só as oiço dizer que É natal, é natal… O pai natal chegará Com prendas e mimos para dar A todas as meninas e meninos Que acabam de acordar. Prendas ele dará Desde lápis de pintar Até bonecos a voar… O natal veio para ficar! Alegria e magia Não vai faltar, este natal vai dar que falar. Ana Sousa – 11ºTAP
aos porquês.
que eu aprecio mais são as ovelhas ali do vizinho. – Ou seja, é provador gastronómico… – Sim, sim, é mesmo isso.
Existem muitas profissões:
– E a sua família apoia o seu trabalho?
futebolista, ator, guitarrista…
– A minha mulher “nã” gosta muito, porque as ami-
Em muitas delas há reuniões…
gas têm uns namorados que são uns “borrachos” e
Mas em nenhuma se voa tão alto
como no meu trabalho é preciso comer tenho uma
como na de paraquedista.
pança que parece a de um hipopótamo. – Pode-nos dizer o que já comeu durante o seu trabalho?
Há pessoas que trabalham bastante
– Eu já comi muita coisa, mas os meus favoritos
e outras que estão desempregadas.
foram uns três porquinhos que pareciam engenhei-
Mas o melhor é ser estudante,
ros, porque só construíam casas, mas deixe-me
Apesar de deixar
dizer-lhe que um deles não era muito inteligente, as pessoas cansadas.
pois construiu a casa dele de palha. – Muito obrigada pela sua colaboração!
Francisco Coelho – 4º B EB de Condeixa Nº 3
O gosto foi todo meu!
Texto de opinião
Droga ou Vida? O que te faz feliz? As drogas são um assunto muito sério na sociedade. Os jovens tomam drogas para tentarem ser “fixes” e os adultos para fugirem aos problemas e se sentirem felizes, mas será que fazem bem? Na nossa opinião, lícitas ou ilícitas, as drogas são más. Embora o tabaco e o álcool sejam drogas legais, são prejudiciais para a saúde e causam dependência. Quanto às drogas ilegais, destroem a saúde física e psicológica, podendo mesmo levar à morte, são usadas para traficar e os drogados ficam isolados socialmente, uma vez que só dão valor ao consumo de droga.
7ºA - Beatriz Simões, Beatriz Ferreira e Viviana Rodrigues
Trabalho
Escrever e ler Para aprender a falar Temos muito que fazer Não podemos parar. Problemas e contas Sempre a calcular A tabuada saber Para a solução achar.
Ossos, músculos e tendões Temos muito para decorar, Queimaduras, fraturas e lesões Na nossa opinião, a vida é a nossa droga, é Vamos ter muito que estudar.
ela que nos faz feliz e não as drogas!
Trabalho realizado por: Inês Santos e Francisca Wallberg 7ºF
26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
Enfim! Trabalhar, trabalhar. David Morais – 4º B Escola EBNº3 de Condeixa
Saudades da minha escola :: Crónica Vélia Carvalho,
se algum tem verdadeiramente saída profissional
aluna do curso de Jornalismo da Universidade de Coimbra. Ex– aluna do nosso Agrupamento
neste país em crise], seguindo o sonho que sempre
comigo viveu, estudando aquilo que gosto e
“Há escolas que são gaiolas e escolas que são asas.”
alimentando a esperança que jamais pode morrer. Eu, que de menina me tornei mulher nesta escola, e nao me arrependo. Todas as escolas tem os seus problemas, as suas dificuldades, as suas famas por vezes infundadas, e esta nao foge a regra.
A todas as crianças, quando sao pequenas, e colocada a comum questao do que querem ser quando crescerem. As respostas sao diversas, e poucas sao as vezes em que vao coincidir com as escolhas a seguir, no adeus ao secundario. E foi precisamente nesta escola secundaria que o meu caminho se tornou claro. A paixao surgiu e nao mais foi embora. Queria ser escritora. Poder criar enredos que cativassem as pessoas, poder criar Contudo, a realidade que encontrei foi uma personagens e novas realidades, escrever tudo o realidade acolhedora, uma direçao que tem em que me ia na alma, escrever porque era uma atençao os seus alunos e as suas potencialidades, necessidade urgente que sempre me assolava. E professores que sabem realmente ensinar e um tudo isto porque esta escola, estes professores, me ambiente aprazível. Uma marca positiva na minha incentivavam a ler e nos livros encontrei as portas vida e na de muitos colegas meus, com certeza, que de entrada na imensidao do mundo. Tudo isto deixa saudades e saudades bem serias, num tempo convergiu no que hoje sou e no caminho que sigo, em que o horizonte se abre perante nos e o passada a fase da dramatizaçao, das hiperbolicas desconhecido nos engole. emoçoes e confusoes de espírito da adolescencia.
Percebi entao que nao queria ser apenas escritora, mas tambem jornalista. Nao aquele tipo de jornalismo a que assistimos na televisao, mas sim o jornalismo dos jornais, das revistas, que na sociedade atual se encontra em colapso, para infelicidade do mundo em que vivemos. Queria expressar opinioes, contribuir para que boas informaçoes chegassem aos leitores avidos, mas tambem dar a conhecer o que a minha imaginaçao
Somos
agora
estudantes
universitarios
e
navegamos, descobrindo pouco a pouco este novo mundo, a doze quilometros de distancia da escola onde estudamos na transiçao mais importante das nossas vidas, de adolescentes a jovens adultos. So nos resta agradecer as pessoas que tao bem contribuíram para o nosso florescimento e desejar boa-sorte aos rebentos que aqui hao de tambem florescer.
tivesse para oferecer e, talvez um dia, apos o meu E a saudade vai ficando, as memórias vão desaparecimento, “porque como dizia o autor duma aflorando, dando-nos vontade de regressar. cronica do jornal “O Publico”, os escritores mais Sábio aquele que disse “há escolas que são asas”.
lembrados so foram reconhecidos apos anos da sua morte”, seja tambem eu chamada de “escritora” pelas bocas do futuro. E eis que aqui estou, num curso superior que dizem nao ter saída profissional, [digam-me sinceramente dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27
DIVERSÕES :: Vão 3 engenheiros num carro que avaria. Eng. Mecânico: "Isto é um problema mecânico, provavelmente a válvula. Eng. Eletrotécnico: "Isto é definitivamente um problema elétrico, um curto-circuito em qualquer sítio." Eng. Informático: " E se saíssemos e voltássemos a entrar?"
Neto: Ó avó, não te importas de me ajudar a achar o m.m.c.? Avó: Que horror! Ainda não o encontraram? Já no meu tempo de escola andavam à procura dele!
Boas maneiras: - Joãozinho, põe a língua de fora! - Diz o médico - Nã, nã... Por fazer isso ao professor levei eu um tabefe na semana passada! Estavam dois miúdos na rua, vira-se um para o outro e diz: - Que grande vergonha, o teu pai é sapateiro e andas com os sapatos todos rotos! Vira-se o outro, e diz: - E o teu pai é dentista e o teu irmão nasceu ontem e não tem dentes...
Qual é a semelhança entre um termómetro e um professor? Quando marcam zero, toda a gente treme!
Um matemático, um físico e um engenheiro de Lisboa, viajavam no Minho, de comboio, quando viram através da janela uma vaca preta. O engenheiro comentou: – Que engraçado! No Minho, as vacas são pretas. – Hum... – disse o físico – O sr. engenheiro quer dizer que algumas vacas do Minho são pretas... - Não, não! – disse o matemático. Apenas sabemos que há pelo menos uma vaca no Minho e que um dos seus dois lados é preto.
A professora pergunta ao aluno: - Onde é que fica a Inglaterra? - Na página 46, professora!
O professor diz aos alunos: -A partir de hoje não há mais racismo na minha sala de aula! A partir de hoje já não há aqui brancos e pretos, passamos a ser todos azuis! Agora vá, azuis clarinhos cá para a frente e azuis escuros lá para trás! Sabias que… “O único lugar onde sucesso vem antes de trabalho é no dicionário.” Albert Einstein
“Quem pensa pouco, erra muito.”! Leonardo da Vinci
28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
Era época de Natal e o juiz sentia-se benevolente ao interrogar o réu. - De que é acusado? - De fazer as compras de Natal antes do tempo. - Mas isso não é crime nenhum! Com que antecedência as estava a fazer? - Antes de a loja abrir!
Passo os dias na cozinha Entre ovos, mel e farinha, Azeite, alho e cebola, e o sal, Tem de ser pouco, senão faz mal. De tudo faço, doce ou salgado, Vê lá se está do teu agrado. Mnham, mnham … Agora vais adivinhar Qual é profissão de que estou a falar?
:: DIVERSÕES Provérbios para completar a
Rodas e advogados…
estragam a sopa.
b
Ao confessor e ao advogado…
espeto de salgueiro.
c
Estalajadeira à porta…
chuva na serra.
d
Ninguém é [bom] juiz ….
ficou sem camisa.
e
De médico e de louco…
a bolsa lho sente.
Tenho um trabalho exigente,
f
Ao fim do ano…
em causa própria.
Mesmo assim fico contente,
g h
Muitos cozinheiros…
só andam se bem untados.
Mais vale bom estômago…
não os tragas enganados.
i
Pescador de cana…
come mais do que ganha.
Fazem parte do crescer …
j
Caldeireiro na terra…
cesto faz um cento se tiver verga e tempo.
1+1=2 1+2=3, …
l
Peixeira que não mente
poucos fregueses.
m
Nunca a boa fiandeira…
o criado parece-se com o amo.
n
O poeta nasce,…
o
Em casa de ferreiro,…
que bom cozinheiro. o advogado faz-se.
p
Cesteiro que faz um...
todos temos um pouco.
Quero todos muito atentos, Partilhemos bons momentos, Pois ensinar e aprender,
Agora vais adivinhar Qual é a profissão de que estou a falar? Inspira, expira, bem fundo, Que o corpo humano é um mundo. Tenho de controlar a tensão, E se for preciso … uma injeção! Toca a tratar toda a gente, Não quero ninguém doente! Dói, dói … Agora vais adivinhar Qual é a profissão de que estou a falar?
Aprendi que o homem tem quatro idades: 1 quando acredita no Pai Natal, 2 quando não acredita no Pai Natal, 3 quando é o Pai Natal e 4 quando se parece com Pai Natal.
Profissões estranhas e engraçadas CARPIDEIRO - Algumas famílias, cujo morto é velado pela madrugada fora, contratam este tipo de profissional para chorar pelo defunto desconhecido. DORMIDOR PROFISSIONAL - Costumas ficar com
De farda, apito e cassetete, Sou só uma, mas valho por sete. Regulo o trânsito, dou informações, E até posso prender os vilões. Dou uma ordem, faço um gesto, Vê lá se adivinhas o resto… Priiiiiiiiii… Agora vais adivinhar Qual é a profissão de que estou a falar? No campo, o treino é a valer, Para a uma equipa pertencer, E em direção à baliza, Vai uma bolada precisa. A multidão aplaude de pé. Atenção! Aí vai um pontapé … Gooooooolo!... Agora vais adivinhar Qual é a profissão que estou a falar? Recolha feita pelos Monitores da Biblioteca Escolar do Centro Educativo
sono nas aulas? Tens vontade de tirar uma soneca principalmente depois do almoço? Esse profissional pode. Camas e colchões são fabricados para serem confortáveis. Mas alguém precisa de experimentar
Ponto de vista Eram dois irmãos, um pessimista e um otimista. No Natal receberam as prendas. O pessimista uma bicicleta. O otimista recebeu uma bosta de cavalo numa caixinha. Diz o pessimista: - "Agora que recebi um bicicleta, vou cair. Partir os dentes e a cabeça, vou-me aleijar, que chatice! E tu mano, o que e que recebeste?" - "Eu recebi um cavalo, mas ainda não sei onde está."
Um operário, uma mulher inteligente e o Pai Natal vão num elevador. Nisto, reparam numa nota de 50 euros no chão. De repente, a luz falha e ficam às escuras. Quando a luz regressa, a nota desapareceu. Quem a apanhou? O operário, porque a mulher inteligente e o Pai Natal não existem.!
para ver se eles ficaram bons. Já pensaste nisso? PROVADOR DE COMIDA DE ANIMAL DE ESTIMAÇÃO - A ração também é feita para agradar ao paladar dos bichinhos. Só que não é possível dar a comida para um cachorro experimentar e esperar uma resposta dele. Então é melhor pagar a uma pessoa só para fazer isso... ESPECIALISTA EM ODOR - Não precisa ser o Christian Dior para se tornar um especialista em odor. Nesta profissão é preciso testar a eficácia de desodorantes e perfumes, na pele e no sovaco dos outros. É preciso lá enfiar o nariz, de hora a hora, e anotar a durabilidade do aroma e da fragrância.
dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29
Crónica:: A força das palavras
”Arranja-me um emprego” por Ana Paula Amaro
(…) “Se eu mandasse neles os teus trabalhadores seriam uns amores greves era só das seis e meia às sete em frente a um cassetete primeiro de Maio só de quinze em quinze anos feriado em Abril só no dia dos enganos e reivindicações
quanto baste ma non troppo anda, bebe mais um copo arranja-me um emprego Arranja-me um emprego pode ser na tua empresa com certeza que eu dava conta do recado e para ti era um sossego”
Sérgio Godinho
Quando me pediram para escrever uma crónica cujos temas eram Escola, Emprego, Profissões, a primeira coisa que me veio à mente foi esta canção de Sérgio Godinho. Numa época cujos telejornais nos entram pela casa dentro com palavras como crise, recessão, desemprego e classificações de Portugal como “lixo” e o governo insiste sempre na mesma solução – cortar direitos aos trabalhadores do estado, tendo sempre o cuidado de excluir aqueles que “prestaram um serviço de reconhecido mérito”, leia-se vulgarmente os políticos – apetece ecoar as palavras deste sábio músico. Aliás os músicos, desde os Deolinda com a canção “Parva que eu sou” até ao Boss AC com “É sexta feira” têm sabido como ninguém espelhar a situação da juventude portuguesa e a sua relação com o emprego. Neste país, em tudo cinzento, insiste-se em deprimir as massas para, mais facilmente, as poder moldar às linhas-mestre da governação. Ou deveria dizer: desgovernação? Toda a gente sabe que um dos princípios dos regimes ditatoriais é manter os seus habitantes na máxima ignorância possível para que eles não tenham a capacidade de se sublevar e de agir contra quem os oprime. A ignorância é a mãe de todos os vícios. E infelizmente neste meu país o que mais se assiste é à ascensão de pessoas ignorantes através da famosa cunha, do chico-espertismo e de esquemas “manhosos” para contornar a exigência, o rigor e o profissionalismo. Atente-se no caso dos nossos políticos e dos seus cursos da treta. A educação de base, com rigor e exigência, é o único garante de solidez numa formação que sempre dará frutos. Na atual conjuntura económica e de crise de valores humanitários e éticos pode parecer uma perda de tempo investir na educação mas ela é o único garante de um verdadeiro sucesso consolidado. Quem for excelente naquilo que se propuser fazer, encontrará sempre um lugar. Pode demorar, pode não ser neste país conformado ao fado do “coitadinho” mas quem procurar com afinco e determinação sempre encontrará. Cabenos a nós, professores, plantar as sementes e ter a sa-
bedoria necessária para criar as condições para o seu desenvolvimento um dia. Ser professor, nestes tempos conturbados, significa educar gente corajosa, inquieta, capaz de pensar por si própria, capaz de agir em causas que valham realmente a pena. Entristece-me quando vejo que as energias de um povo se canalizam em massa quando é preciso votar para um programa de televisão que promove gente burra e mal educada ou para receber um autocarro de uma equipa de futebol com cânticos gastos e very lights mas essas mesmas pessoas são incapazes de se mexerem para arranjar um emprego ou lutarem civicamente pelos direitos e liberdades básicas consignadas na Constituição Portuguesa. Continuamos a promover uma política de “yes men” dispostos a aguentar todas as imposições e indignidades sem contestar abertamente nem usar dos meios ao seu dispor para expulsar aqueles que impõem regras às quais são os primeiros a fugir. Portugueses! Portuguesas! Nas palavras do nosso hino “Às armas! Às armas!” E essas armas são a educação como base de uma sociedade evoluída, capaz de se regenerar e de vencer batalhas difíceis com orgulho no nosso passado mas sobretudo no futuro que estamos, todos os dias, a construir. Fora com o pessimismo e o “desfado” nacional. Estamos aqui para vencer e, se investirmos naquilo que vale realmente a pena, seremos vencedores inquestionáveis. Sim, podemos! “Tudo está na educação. O pêssego dantes era uma amêndoa amarga; a couve-flor não é mais do que uma couve que andou na universidade” Mark Twain
30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013
:: Ainda não sabiam? O DESTINO DO PESCADOR
Lengalengas problemáticas
As crianças vão espontaneamente construindo noções matemáticas a partir das vivências do dia-a-dia. O papel da matemática na estruturação do pensamento, as suas funções na vida corrente e a sua importância para aprendizagens futuras, determina a atenção que lhe deve ser dada na educação pré-escolar cujo quotidiano oferece múltiplas possibilidades de aprendizagens matemáticas. Porque não falar através do ritmo, da melodia, da rima, da difícil vida que tem um humilde pescador para ganhar o seu sustento e da sua família, muitas vezes sem sucesso e
importa que o educador proponha situações problemáticas e permita que as crianças encontrem as suas próprias
soluções e que as debatam entre elas. Neste processo de resolução de problemas não se trata de apoiar as soluções consideradas corretas mas de estimular as razões da solução, de forma a fomentar o desenvolvimento do raciocínio e do espírito crítico. O confronto das diferentes respostas e formas de solução permite que cada criança vá construindo noções mais precisas e elaboradas da realidade e se vá desenvolvendo de uma forma prazerosa e crítica, estimulada pela lógica dos seus raciocínios. Educadora Pré escolar Fernanda Raposo
sujeito a inúmeros perigos, tendo de engenhosamente optar por outras estratégias e soluções que lhe encham de
Nota: Lengalenga extraída do livro Lengalengas problemáticas – Fernanda Raposo
alguma maneira a barriga. Na matemática como na vida Esta tarde o Diogo Foi ao mar pescar um polvo. O polvo não apareceu E o Diogo não comeu O jantar foi bem diferente: Um tomate e um pãozinho quente.
Esta tarde o Nicolau Foi ao mar ao carapau.
O carapau não apareceu E o Nicolau não o comeu. O jantar foi bem diferente: Um morango, um rissol E um pãozinho quente.
Se tivesses muita fome, qual o jantar que escolhias? Porquê? Houve um alimento que ambos comeram, qual foi? Desenha-o aqui Para que os dois pescadores comessem a mesma quantidade de alimentos, o que tinhas de fazer? Explica
dezembro de 2013 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31
A Direção do Agrupamento de escolas de Condeixa deseja a toda a comunidade educativa um Bom Natal e um Ano Novo cheio de sucesso educativo
BOAS FESTAS
32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - Dezembro de 2013