07 JÁ- jornal do agrupamento de escolas de Condeixa dez 14

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dezembro de 2014 - JĂ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1


ÍNDICE ::

07

3 Fala a Diretora

O sol é como o café… quentinho!

4 Reflexões de um Diretor de Turma Escola inclusiva. De todos e para todos?

5

Notícias e atividades Direitos das crianças; Hospitalid’art; Casa do Ambiente; Magusto ; Outono Escola e Família; Conversas sobre pinguins Dia Mundial do Turismo; Dia do Pijama Visita a Coimbra; Eco-escolas Dia da tolerância

11 Desporto escolar 13 Le Coin du français 14 ESCOLA INCLUSIVA –Tema de Capa Inclusão - definições A Escola inclusiva - a realidade do AEC Intervenção educativa; O meu amigo Aprendizagem inclusiva Pequenas GRANDES Vitórias Autismo; O mundo dos sentidos A inclusão A felicidade de andar na escola Uma nova experiência João -Flor e Joana-Amor Frequentar uma escola “normal”

21 Na biblioteca acontece… A Magia da Leitura Mês das bibliotecas escolares Semana Polar Fomos ao Teatro - ATRAPALHARTE no AEC O sonho realizou-se - pequena biblioteca da EB1Ega Eu leio+, tu lês+, nós lemos m@is - aLER+ A volta ao Mundo em 80 Contos –Itinerâncias

29 31 34 35 36 37 38

Lemos+, escrevemos melhor Produção de textos Diversões Quem é Quem? Escola Promotora de Saúde Saudades da minha escola, por Vélia Carvalho A força das palavras, por Ana Paula Amaro A parábola do Vaso Chinês

39 Ainda não sabiam?

EDITORIAL Entrámos no terceiro ano e chegámos à sétima edição do nosso jornal. O JÁ cresceu e está mais maduro e consistente. Com a temática escolhida para esta edição, Escola Inclusiva, desejamos mostrar à comunidade o trabalho diferenciado desenvolvido pelos diferentes profissionais, professores, professores da educação especial e de apoio e assistentes operacionais, que trabalham no nosso agrupamento. Pretendemos também recolher a perspetiva e o testemunho de pais e encarregados de educação, bem como de alunos no que concerne o seu sentir sobre a temática e à prática da inclusão. Escola Inclusiva, tema de perspetivas plurais nem sempre antagónicas, mas que nos transporta para um mundo de diferentes sentimentos, posições, maneiras de pensar, nem sempre racionais. Sentimos, nesta edição, o apego emocional que se tem por estes meninos diferentes, o gosto por vê-los crescer devagarinho, mas sentindo que as sementes docemente ´plantadas` vão dando frutos. Sentimos ainda as posições pedagógicas mais arrojadas, que nos fazem pensar em toda a população escolar, nos exames e na exigência do ensino. Esta edição está também recheada de participações de vários alunos, textos coletivos de turmas e de alguns professores colaboradores, que revelam a diversidade de temáticas e atividades que decorrem durante o 1º período, numa escola pública que é de todos, para todos e que quer crescer e ser ainda melhor. A candidatura ao projeto a LER+, intitulado “Eu leio+, tu lês+, nós lemos m@is” que as bibliotecas escolares ganharam para este ano letivo, fez reforçar a intenção de promoção da leitura e da escrita nos alunos do agrupamento. A participação destes revelou-se viva e muito revigorante, como podem perceber nesta edição. Iniciamos ainda uma rubrica intitulada “Quem é quem?” que tem como objetivo dar a conhecer, de uma forma lúdica, pessoas que vivem connosco e partilham esta nossa casa. Esperamos que apreciem tanto esta edição, quanto nós temos orgulho deste número diversificado, rico e cultural.

Desejos de um bom Natal e de boas e + leituras!

Árvore de Natal dos alunos de Educação Especial da ESFN

Dezembro de 2014 Coordenação / Grafismo: Ana Rita Amorim Edição / Redação: Clube Multimédia (professores: Anabela Lemos, Paulo Amaral, Alcina Dias, Teresa Ferreira, Filomena Ribeiro, Anabela Costa, Isabel Neves, Isabel Campos, Alunos:

O projeto eTwinning “Growing up in Europe” - 7ºC Andreia Sousa, Magda Mendes, Renato Craveiro, Miguel Carvalho)

OLHA PARA MIM A LER+

Propriedade: Agrupamento de escolas de Condeixa aec.jornal@aecondeixa.pt

2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


O SOL É COMO O CAFÉ…

::FALA A DIRETORA

QUENTINHO! Que me perdoem os leitores se começo por confessar não gostar da expressão “escola inclusiva”. Por um lado, o adjetivo inclusiva não me deixa pensar noutra coisa senão na expressão antónima de “escola exclusiva”. Será que antes tínhamos uma “escola exclusiva” e

agora

temos

uma

“escola

inclusiva”?

Tenho

inevitavelmente que pensar que a escola que temos hoje é uma instituição que procura resistir àquilo que outrora foi a explosão demográfica e a massificação escolar dos anos 70

e 80 e que, nos nossos dias, acolhe uma população escolar tão heterogénea quantos os grupos minoritários que à “norma” conseguimos juntar: alunos provenientes de famílias economicamente desfavorecidas ; alunos filhos de emigrantes; alunos de famílias monoparentais ou famílias desestruturadas; alunos com incapacidades físicas, mentais ou sociais; alunos de etnia cigana; alunos de pais desempregados,… Pretendo sobretudo distanciar-me do conceito de “exclusão social” que carrega consigo um rótulo estigmatizante e encerra, em si mesmo, a contradição de conceber que exista algo “fora” do social.

Prefiro dizer que a escola de hoje, mais do que inclusiva, é pública! Mais pública que nunca, porque é para todos, sem exceção. Por outro lado, quando finalmente consigo por de lado a sombra da exclusão social, sou levada a pensar na escola que se diz inclusiva por acolher os alunos com dificuldades específicas de aprendizagem, ditas necessidades educativas especiais. E aí, ao fazer uma retrospetiva do meu percurso enquanto aluna e enquanto professora lembro, com mágoa, episódios de uma escola que, desatenta às especificidades incapacitantes menos notórias, deixou

tantas crianças e jovens para trás! Não era o caso do liceu D. Duarte que tinha um grupo considerável de alunos cegos e sala própria e professores específicos para estes alunos. Foram situações de miúdos que não aprendiam, ou porque a sua memória não retinha por muito tempo aquilo que no momento ouviam, ou que não conseguiam prestar atenção ao discurso do professor por períodos mais longos que um minuto, ou porque a sua timidez não deixava ler em voz alta sem gaguejar, ou… e não havia reguada que

aprimorasse a memória, nem cana da índia que melhorasse a atenção, nem chalaça que desinibisse os moços! Qualquer um de nós, que ainda se lembre dos colegas da escola primária, achará alguém que, se fosse hoje, estaria abrangido pela educação especial e, eventualmente, não teria deixado a escola. Enquanto professora tive uma aluna cega no meu primeiro ano de ensino. Chamar-lhe-ei Mimi.

Fui uma

professora “madrasta” para a Mimi, porque tentei ensinarlhe matemática em toda a sua profundidade, com todos os seus pormenores … Eu que vejo os triângulos, os cubos, as retas, os cálculos que faço! Ela com uma cegueira congénita que nunca tinha visto nada nem ninguém, que me disse um dia que, para ela, o sol era como o café… quentinho! O maior laço que criei com ela não foi através da matemática, foi através do braille que aprendi a ler. Essa pequena intersecção entre os nossos dois mundos foi o melhor desse ano para mim e, julgo eu, para ela, porque nos tornou mais próximas. E à Mimi muitos outros alunos “especiais” se seguiram. Partilho com os professores a frustração de não termos a certeza que estamos a dar a resposta mais conveniente a estes alunos, de querer que o professor da educação especial resolva o problema de aprendizagem dos alunos mas também o meu problema de realizar um ensino que lhes seja adequado. Esse é um mérito indiscutível dos professores da educação especial: resolver os problemas de aprendizagem dos alunos e os problemas de ensino dos professores. Todavia, sei que a escola de hoje está mais atenta às diferenças e sempre que a escola reconhece a diferença, desdobra-se em mil estratégias para dar a resposta certa, naturalizando o seu acolhimento junto dos demais. Esse é o testemunho da escola pública em que trabalho. Anabela Rodrigues de Lemos

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Reflexões de um Diretor de Turma::

Escola Inclusiva: de todos e para todos?

desenvolvendo as suas potencialidades, quer num caso,

No Dicionário da Língua Portuguesa, Inclusivo, é um

todos teríamos a ganhar, pois se todos temos os mesmos

adjectivo, do latim medieval, inclusivu-,cujo significado é ”

direitos, estes devem ser observados de acordo com as

que inclui ou pode incluir ou abranger”.

características de cada um para poderem ser respeitados.

quer noutro. Penso que, desta forma, a Escola continuaria a ser inclusiva nos espaços comuns e exclusiva, no sentido de prestar melhor serviço a todos, no espaço aula. Julgo que

Defende o sistema nacional de ensino que a Escola de hoje

Maria João Cura Mariano, Coordenadora dos

deve ser inclusiva, isto é, uma escola de todos e para todos.

Diretores de Turma do Ensino Secundário

Mas será esta uma mais-valia para todos? Será que, ao colocarmos lado a lado, numa mesma sala de aulas, com

um mesmo professor, sem ter este qualquer tipo de especialização / motivação na área da Educação Especial, um aluno com necessidades educativas especiais e um aluno comum, estaremos a ir ao encontro da especificidade e características de cada um destes indivíduos? Será que estamos

a

propiciar-lhes

o

melhor

contexto

para

desenvolverem as suas capacidades e aptidões? Será que a interação é profícua para ambas as partes? Ou tratar-se-á de mais uma medida economicista do Estado para poder encerrar

instituições

destinadas

à

formação,

desenvolvimento e acompanhamento das potencialidades destes alunos especiais e dispensar um conjunto de técnicos especializados no trabalho com os mesmos? Interrogo-me sempre se os diferentes tipos de aluno, no mesmo espaço aula, conseguem uma resposta adequada às suas necessidades por parte de um docente que tem de lecionar um programa disciplinar comum, que não foi elaborado prevendo a atual disparidade de competências que existem numa turma de 20 ou 30 alunos (no caso do Ensino Secundário, que é hoje de frequência obrigatória até o aluno completar 18 anos, nem sequer prevê a lei que a turma possa ser reduzida, se tiver

elementos

com

necessidades educativas especiais!). Este professor só

poderá direcionar a sua docência para a meta expectável de um discente médio, deixando de fora todos aqueles que estejam acima ou abaixo da mesma. Ainda que o convívio fora da sala de aula possa ser positivo para ambas as partes (afinal a sociedade é feita de diferenças e todos temos a ganhar em conhecê-las), penso que o mesmo não deveria acontecer dentro do espaço aula. Separando a tipologia de alunos, o professor poderia direcionar a sua atenção para as características dos discentes, indo ao encontro das necessidades destes e 4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


::NOTÍCIAS / ATIVIDADES

Fomos visitar a Casa do Ambiente

Hospitalid’art No passado dia 9 de outubro os alunos do 1.º

ano da EB n.º 3 de Condeixa-a-Nova foram numa visita de estudo à Casa de Saúde Rainha Santa Isabel, a fim de participarem nas atividades “Hospitalid’art”. Os

utentes

amavelmente,

dessa

instituição,

prepararam

muito

materiais

recicláveis para as crianças poderem construir jogos, enquanto conviviam um pouco com eles. Aqui ficam alguns testemunhos dos alunos do 1.ºA:

“Foi muito divertido construirmos os nossos próprios jogos!” Carolina Orfão “Os jogos foram feitos com “lixo” que reaproveitámos e ficaram muito giros.” Miguel Gorgulho

“Esta visita foi importante porque levámos a nossa boa disposição. Os doentes gostaram de nós.” Francisco Marques “Naquele sítio havia pessoas diferentes, eu gostei de lá ir.” Maria Barrico

No dia 23 de outubro, os alunos do Jardim de Infância de S. Fipo realizaram uma visita de estudo à Exposição itinerante - Casa do Ambiente da ERSUC, situada em Condeixa. Assistiram a dois filmes relacionados com o tema Reciclagem e dialogaram com o monitor desta atividade sobre o que viram e ouviram. No dia anterior a educadora programou atividades de preparação para a visita: História “O que acontece às coisas que deitamos para o lixo?” e um jogo sobre a separação correta de resíduos sólidos, nos ecopontos. Também lhes foi apresentado o símbolo da reciclagem que pintaram e observaram em vários objetos. Após a visita foi feita a avaliação, em conversa de grupo: “Vimos o filme do Capuchinho Vermelho. O lobo era bom e ensinou a avozinha a separar as embalagens para o ecoponto amarelo. Vimos os senhores a separar o lixo, tinham umas máscaras na cara porque o lixo cheira mal. Do lixo que já não presta depois fazem coisas novas. Temos de reciclar para proteger a natureza” (texto coletivo). Através das atividades desenvolvidas foi feita a sensibilização para a necessidade de separação dos resíduos sólidos e o depósito correto nos ecopontos. Desta forma, para além da reutilização de materiais recicláveis e separação do papel e embalagens nos ecopontos, que já se faz no Jardim de Infância, as crianças irão sensibilizar as famílias para a importância da reciclagem.

“No fim fizeram-nos uma surpresa, deram-

nos guloseimas.” Diogo Nunes

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S. Martinho, castanhas sem vinho...

EB nº1

Criámos no Jardim de Infância um "cantinho de outono" onde, para além da decoração feita com os meninos, também temos elementos da natureza que as crianças trouxeram de casa (colaboração das famílias). Educadora Paula Lopes (JI de S. Fipo)

No Centro Educativo, houve muitas castanhas assadas, troca de presentes e...

muita alegria!

6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Na Escola Básica nº2 comemorou-se o Magusto no intervalo da manhã com a participação de toda a comunidade escolar.

NOTÍCIAS / ATIVIDADES::


“Escola & Família

:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

Espaço de encontro”

É na família que a criança inicia a aprendizagem de regras, normas e competências sociais. Na interação com os pais ela aprende a regular o seu comportamento, a aceitar que existem regras e limites e que precisam de ser respeitados. A escola contribui para a socialização da criança proporcionando um contexto de interação extrafamiliar com modelos de aprendizagem social. Para garantir um desenvolvimento psicológico saudável, é fundamental proporcionar à criança, amor e afeto mas também regras e limites. Neste contexto, o Serviço de Psicologia e Orientação dinamizou uma Ação de formação/ sensibilização no dia 16 de outubro, pelas 18 horas, no Auditório da Escola Básica nº 2 de Condeixa-a-Nova destinada a todos os Pais / Encarregados de Educação dos alunos do 5º ano, subordinada ao tema: “Pais atentos, filhos Competentes - Como ajudar o/a seu filho/a Obter sucesso!”. A todos os Pais / Encarregados de Educação foi entregue, no final, um desdobrável com algumas ideias práticas conducentes ao sucesso educativo dos seus filhos, enfatizando a importância do “brincar” para o desenvolvimento global adequado das crianças. A psicóloga escolar Anabela Ramos

No dia 18 de outubro, as turmas do 2ºA, 4ªA e 4ºB, reuniram-se na nossa biblioteca escolar para fazer uma videoconferência ou Skype call com uma escola do Brasil, a partir do convite do cientista polar José Xavier, estando esta atividade incluída no projeto PROPOLAR da APECS. Para além das turmas envolvidas, estiveram presentes a professora Laurentina e a D. Sónia, mães de dois alunos, a professora bibliotecária Ana Rita Amorim e ainda o cientista polar José Seco. Os contactos com o biólogo e cientista José Xavier foram feitos no âmbito do projeto "O mar longe da costa", o qual nos permitiu aprender imenso sobre a vida marinha. A videoconferência teve como objetivo aproximar as escolas de dois países e continentes distintos, trocar ideias, costumes e experiências dos dois países e das terras onde se situam as duas escolas. Todas as turmas fizeram pesquisas sobre uma espécie de pinguins, de forma a responderem às questões colocadas por cada uma das turmas. Os alunos gostaram imenso deste intercâmbio e ficou a promessa de que esta experiência fantástica, voltar-se-ia a repetir para nos conhecermos melhor. 4ºA - EBnº1

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 7


NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

27 setembro 2014 - DIA MUNDIAL DO TURISMO comemorado pela Secundária Fernando Namora Por mais um ano, os alunos do Curso Profissional de

Natureza, Turismo Náutico, Gastronomia e Vinhos,

Turismo, marcaram o dia 27 de setembro com um

Golfe, Turismo de Saúde e Bem-Estar e Turismo de

conjunto de iniciativas enquadradas no Dia Mundial

Negócios. Igualmente procedeu-se à distribuição de

do Turismo, efeméride que, desde 1976, vem

flyer,

sendo comemorada em vários países por deliberação

diferentes

da

(OMT).

públicas e privadas da vila de Condeixa-a-Nova. A

Subordinada em 2014 à consciencialização da

circunstância de ser lecionada a área de Turismo no

sociedade para os valores culturais, económicos e

atual Curso Vocacional (3ºciclo) permitiu que os

sociais que os destinos turísticos possibilitam, as

alunos do 11ºTT participassem, no próprio dia, numa

atividades do Dia Mundial de Turismo centraram-se

das

na

e

promocional do seu Curso Profissional ocasião para

guionamento de uma exposição icono-bibliográfica

breve debate entre os participantes. Mais que

referente aos principais produtos propostos pelo

comemorar a data, estas iniciativas de professores e

Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT 2013-

alunos pretendem estreitar laços de identidade e

2015) da responsabilidade do Turismo de Portugal.

cooperação intra e extraescola reforçando uma

Em algumas das vitrinas podiam-se ver livros,

atividade

publicações periódicas, produtos e demais artigos de

repercussões no panorama regional e nacional,

merchandising alusivos, entre outros, ao Turismo de

valorizando

Sol e Mar, Turismo Religioso e Cultural, Turismo de

preservar e divulgar sustentadamente.

Organização

Escola

Mundial

Secundária

do

com

Turismo

a

montagem

criado

pelos

escolas

aulas

daquela

alunos do

de

Agrupamento,

temática

económica que, patrimónios

Turismo,

e

entidades

divulgando

crescentemente, territórios

pelas

que

vídeo

tem urge

Rui Damasceno Rato Diretor do Curso Profissional de Turismo

O Dia Mundial do Turismo é comemorado a 27 de setembro e desde 1976, por deliberação da Organização Mundial do Turismo (OMT) . Pretende-se transformar este dia, numa data capaz de consciencializar a sociedade para os valores culturais, económicos e sociais que o Turismo proporciona. 8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


Dia Mundial do Turismo assinalado em Conímbriga No passado dia 27 de setembro, Dia Mundial do Turismo, o Curso Técnico de Turismo da nossa escola esteve presente nas Ruínas de Conímbriga com o objetivo de informar os visitantes sobre o que são as ruínas, o que podem visitar em Condeixa e divulgar os produtos da zona. Juntei-me a Catarina Portugal e Rui Ferrão, que estavam ambos no local a garantir a realização desta atividade, e tivemos uma pequena conversa sobre o que os alunos do curso de turismo estavam ali a fazer. Todos os alunos do curso participaram nesta atividade. Sendo os visitantes destas ruínas, maioritariamente, portugueses e espanhóis a comunicação foi um problema facilmente ultrapassado, especialmente tendo em conta que a generalidade das pessoas que por ali aparecia sabia exatamente aquilo que iria encontrar. Em relação ao facto de o único ponto de referência para a nossa vila serem as famosas ruínas romanas, aqueles alunos nunca tinham pensado na importância da referência de outros lugares a visitar. No entanto, depois de falarem com os alunos do curso do turismo, muitos dos visitantes acabam por visitar outros locais indicados como a casa museu “Fernando Namora”. Depois desta experiência, passaram a atribuir maior importância a este espaço, pois repararam que tem uma grande afluência de visitantes, mesmo num dia chuvoso como foi aquele. Ambos me disseram que queriam trabalhar na área que escolheram, embora indecisos sobre a universidade e os seus valores em Portugal hoje em dia. Concluíram, dizendo que o estar presente naquele dia melhorou a sua aptidão académica. E eu concluo, dizendo que são estas pequenas presenças e atividades que podem fazer a diferença numa decisão importante para o aluno, que podem mostrar interesse “algo que eu não sabia que sabia fazer”. São pequenas peças de puzzles que nos ajudam a montar um futuro diferente do que parecia quando só tínhamos os cantos. Ótima a companhia, imensas novas informações, sugiro que nos próximos dias prestem mais atenção ao que vos rodeia. Andreia Sousa (9ºB) Jornalista do JÁ

:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

DIA DO PIJAMA O Jardim de Infância de S. Fipo comemorou o Dia Nacional do Pijama no dia 20 de novembro, data em que se comemora o Dia Internacional da Convenção dos Direitos das Crianças. Nesse dia, crianças ajudam outras crianças e lembram que “todas as crianças têm direito a crescer numa família”. O objetivo da Missão Pijama é que cada vez mais crianças, que vivem em instituições, possam viver em famílias de acolhimento. No início do mês foi entregue um convite aos pais e cada criança levou a “casinha do pijama” (pequeno mealheiro em papel) onde juntaram dinheiro que pediram a familiares e amigos. Foram realizadas algumas atividades de preparação para o grande dia: conto da história “O menino que não sabia brincar”; elaboração de uma casa grande, a partir de uma caixa de cartão, para colocar as “casinhas dos pijamas”; recorte e montagem das personagens da história; painel com pintura de logotipo em coração feito com carimbagem das mãos das crianças “mãos que ajudam”; representação gráfica da história; desenhos de autorretratos “vestidos de pijama” e outras atividades relacionadas com o tema Família (conversas, canções, histórias e desenho da família). No dia 20, as crianças e adultos vieram vestidos de pijama e trouxeram as “casinhas dos pijamas” e um boneco. Realizaram-se várias atividades lúdicas e educativas: história de tapete e dramatização “O Nabo Gigante”; desfile de moda por grupos de acordo com desenhos, cores e padrões dos pijamas; danças; filme do Ruca acompanhado com pipocas… Foi um dia muito divertido! O dinheiro que juntámos foi transferido para a conta da entidade promotora desta iniciativa “Mundos de Vida”. A Educadora Paula Lopes

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9


NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

World Day of Action Astronomia e ambiente World Day of Action, dia 7 de novembro, é um dia em que todas as escolas do país e do estrangeiro, inscritas no Programa Eco-Escolas, comemoram, dinamizando uma atividade ligada ao ambiente. Este ano em resultado da estreita colaboração com o Núcleo de Astronomia de Lisboa, tivemos na nossa escola, EB n.º 3 de Condeixa, a cientista e astrónoma Rosa Doran que abordou com os alunos do 3.º e 4.º anos temas como a poluição luminosa e o lixo espacial, entre outros.

Visita à Coimbra histórica dos alunos da EB1 do Sebal e da Ega

A

Bandeira é nossa…

por mais um ano! No dia 15 de outubro de 2014 a nossa comitiva Eco-Escolas composta pelo subdiretor, pelas coordenadoras Eco-Escolas e pelos delegados de turma do terceiro ano da Eb n.º 3 de Condeixa foi a Vila Nova de Gaia, receber, mais uma vez , o Galardão Eco-Escolas, a Bandeira Verde, que iremos hastear numa escola do nosso agrupamento! É importante referir que esta distinção foi conquistada pelas escolas do primeiro ciclo que participaram no Programa Nacional Escolas :EB1 de Sebal e EB1 do Centro Educativo. Foi uma cerimónia muito agradável onde participou o cantor Filipe Pinto e à qual assistiram mais de 3 mil pessoas, entre alunos e professores. Este ano a candidatura do Agrupamento já foi feita e aceite estando todos os alunos e professores, convidados a colaborar neste projeto. Novidades em breve nas páginas do agrupamento!

10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


::DESPORTO ESCOLAR No dia 26 de Novembro realizou-se mais

um tradicional corta-mato escolar. Este ano, o evento teve como palco a Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Condeixa-aNova, tendo como participantes cerca de 80 alunos, distribuídos pelos diferentes escalões. Esta prova desportiva serviu

ainda para selecionar os alunos que irão representar o Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, no dia 10 de fevereiro, no corta-mato distrital, que se realiza na Vila de Maiorca (Figueira da Foz). A todos os alunos que participaram na atividade, desde já o nosso agradecimento. Professor Mário Teixeira

Infantis B - Femininos

Infantis A - Femininos 5ºA

3

Beatriz Diogo

6ºE

10

Inês Rodrigues

5ºA

13

Lígia Silva

7ºC

2

Beatriz Figueiredo

5ºF

2

Bárbara Curado

6ºE

21

Sofia Cruz

5ºA

20

Rita Monteiro

6ºE

14

Juliana Silva

5ºA

17

Maria Cunha

7ºB

4

Carolina Simões

5ºE

9

Inês Palrilha

Infantis A - Masculinos 5ºD

16

Tiago Rodrigues

5ºE 5ºC 5ºA 5ºG 5ºE

7 12 4 26 20

Guilherme Gonçalo João Neves Bruno Carapinheira Tiago Alves Ricardo Cardoso

5ºD 5ºE 5ºB

0 2 14

Martim Dias André Silva João Freitas

7º 8º 9º

5ºF

6

Francisco Branco

10º

3º 4º 5º 6º

Iniciados Femininos

Infantis B - Masculinos 7ºA

22

Rafael Silva

6ºD

5

Carlos Lima

6ºC

19

Rui Gaspar

6ºB

9

Diogo Pato

6ºA

10

João Correia

6ºB

3

André Lucas

6ºA 6ºA

6 6

Filipe Veríssimo Eduardo Amado

7º 8º

7ºD

13

João Saraiva

6ºC

13

Henrique Fonseca

10º

8ºD

13

Laura Góis

6ºD

10

Hugo Meneses

11º

8ºE

25

Virgínia Gonçalves

5ºA

8

Danielo Rainho

12º

8ºE

24

Sara Rodrigues

5ºF

6

Diogo Marques

13º

8ºC

12

Luísa Ferreira

2

Bruna Carvalheira

18 15

Tiago Fonseca Luca Grilo

14º

8ºC

5ºC 5ºA

8ºD

21

Sara Centeio

Iniciados Masculinos 8ºE

4

André Costa

9ºB

16

Guilherme Nunes

8ºB

23

Tiago Narciso

7ºD

18

Leonardo Costa

8ºE

6

Gonçalo Pimenta

7ºD

23

Rafael Landler

15º

Juvenis Femininos 9ºF

13

Mariana Fonseca

Juvenis Masculinos 10ºB 10

Gonçalo Beja

11ºC

12

Diogo Santos

8ºD

19

Rodrigo Barreto

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11


Intouchables

NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

(Amigos improváveis)

O filme, da autoria de Olivier Nakashe e Èric Toledano e contracenado pelos atores François Cluset, Omar Sy e Anne Le Ny, é um drama e, ao mesmo tempo,

A TOLERÂNCIA é a base do respeito mútuo entre as pessoas e comunidades, e é essencial para construir uma sociedade mundial unida em torno de valores comuns. É uma virtude e uma qualidade, mas acima de tudo, a tolerância é um ato - o ato de se aproximar dos outros e ver as diferenças não como barreiras, mas como um convite ao diálogo e à compreensão. Mensagem do Secretário-Geral da ONU

Dia Internacional da Tolerância No passado dia 16 de novembro festejou-se na EB2,3 o

“Dia Internacional da Tolerância”. No âmbito dessa data conversámos com a professora Teresa Marcão, Coordenadora do Departamento de Educação Especial, que nos referiu que mesmo chegando a poucos alunos é uma data muito importante, na qual os alunos da educação especial participam. No ano passado, contou-nos a professora, havia uma folha de papel de cenário onde os alunos escreviam o que achavam sobre o Dia Internacional da Tolerância. Essa atividade teve grande sucesso. Este ano foi colocado um placar no bloco A, num local bem visível, com frases sobre a temática “Tolerância”, onde todos os alunos puderam, de igual modo, adquirir marcadores com frases acompanhadas de desenhos. Magda Mendes (10ºC) Jornalista do JÁ

12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

uma comédia que encerra uma moral. Este filme fala sobre um multimilionário francês de meia-idade que contrata uma pessoa de raça negra para o ajudar no seu dia-a-dia, pois ficou tetraplégico, na sequência de um acidente de parapente. Esse relacionamento patrão-empregado desenvolve-se gradualmente e transforma-se numa grande amizade muito, mas mesmo muito, improvável e também engraçada, uma vez que eles são diferentes e dessa dissemelhança resulta muita animação. Aprendemos, com a história, que as diferenças nada importam e até são enriquecedoras, pois podemos ser melhores e mais felizes se as aceitarmos e com elas aprendermos. O mundo e a vida de cada um de nós serão muito melhores se compreendermos e abraçarmos esta lição. Gostaria de convidar tanto alunos(as) como professores(as) para participarem no Club de Français, dinamizado pelo senhor professor Pierre Marie. Quem quiser participar, só tem que se dirigir à Sala de Projetos (B2.07), onde funciona o clube às 2ª feira (14h30/16h55), 3ª feira (14h30/16h19), 4ª feira (11h05/11h50) e 5ª feira (14h30/16h55). Aí poderão fazer jogos, ouvir música, ler e ouvir ler e, ao mesmo tempo, aprender francês assim como muito sobre os países francófonos, ou seja, que falam francês, (Aprendam que eu não duro sempre!). Também fazemos sessões de cinema, uma vez por mês, às 4ª feiras à tarde, no auditório (Bloco B, piso da entrada). Assim, aqueles que não viram este belo primeiro filme, que tanto me divertiu e ensinou, não fiquem aborrecidos. Vão ter mais oportunidades. É só juntarem-se ao Club de Français! Até à próxima! Jornalista da Biblioteca Escolar: Tomás Fernandes dos Santos, nº 19, 5º C


::LE COIN DU FRANÇAIS La construction d’une école inclusive est un sujet important au Portugal, comme en France. La lutte contre l’échec scolaire et les inégalités est un enjeu capital pour la préservation d’une démocratie en bonne santé. En France, de nombreuses associations s’engagent pour l’amélioration du système scolaire et en faveur de l’apprentissage des élèves. C’est notamment le cas de l’AFEV, association d’étudiants venant en aide à des enfants connaissant des difficultés scolaires.

La lutte contre les inégalités scolaires en France - L’exemple de l’AFEV Une association de solidarité pour une éducation inclusive L’Association de la fondation étudiante pour la ville (AFEV) est une organisation fondée en 1991 par des étudiants de plusieurs universités françaises. Ces étudiants s’engagent alors à utiliser leur temps libre pour venir aider un jeune élève, de 5 à 18 ans, connaissant des difficultés scolaires. L’association intervient ainsi principalement dans des quartiers populaires. L’objectif est alors d’accompagner ces enfants afin de leur redonner confiance et de leur permettre une ouverture culturelle.

Un accompagnement individuel de 2 heures par semaine Chaque étudiant intervient auprès d’un élève et de sa famille chaque semaine (souvent le mercredi), pendant 2 heures. Les activités sont variées : aide pour faire les devoirs, lecture de livres, sorties à la bibliothèque, au musée ou encore au cinéma. À partir des besoins et des envies de l’enfant, l’étudiant organise ses interventions chaque semaine. Il peut aussi aider l’élève à mieux organiser son travail ou à choisir sa formation pour son futur professionnel. Un réseau d’étudiants bénévoles Chaque année, 7000 étudiants accompagnent 7000 élèves de l’école primaire, du collège et du lycée. L’association est présente dans plus de 40 villes universitaires en France. Depuis maintenant 24 ans, l’AFEV participe à la lutte contre les inégalités scolaires et pour une plus grande réussite de ces enfants. Cette association est un bon exemple d’engagement solidaire afin de permettre une éducation plus égalitaire et surtout inclusive pour tous. Pour plus d’informations : http://www.afev.fr/.

Pierre Marie Assistente de Francês a trabalhar no nosso Agrupamento através do intercâmbio entre o Centro Internacional de Estudos Pedagógicos e a Direcção-Geral da Educação de Portugal

ç ’é Depuis le mois d’octobre 2014, un Club de français fonctionne au sein du Groupement scolaire de Condeixa-aNova. Le club est ouvert le lundi (14h30-16h55), le mardi

(14h30-16h10) et le jeudi (14h30-16h55), dans la Salle des projets B.207 de l’École basique nº2 (École jaune). Cet espace a pour objectif la découverte de la langue française et des cultures des pays francophones.

nº2 (Bloc B). Le prochain film aura lieu le mercredi 10

Le Club de français est ouvert à tous les élèves du Groupement scolaire, sans inscription. Vous pourrez y faire vos devoirs, des activités ludiques et bien sûr écouter de la musique et regarder des films… en français ! Une fois par mois, des séances de cinéma en français auront lieu le mercredi après-midi dans l’auditorium de l’École basique

décembre, à 14h30. Vous êtes les bienvenus au Club de français ! Venez nous apporter vos idées et vos suggestions. À bientôt ! Pierre Marie Assistente de Francês a trabalhar no nosso Agrupamento através do intercâmbio entre o Centro Internacional de Estudos Pedagógicos e a Direcção-Geral da Educação de Portugal

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13


TEMA DA CAPA:: Costumo

estar

dizer

junto

que é

se

aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar O conceito de Inclusão no âmbito específico da educação, implica, com, é interagir com o antes de mais, rejeitar, por princípio, a exclusão (presencial ou outro. académica) de qualquer aluno da comunidade escolar.

David Rodrigues, Professor da Universidade Técnica de Lisboa,

Meire Cavalcanti (Investigadora na

e coordenador do Fórum de Estudos de Educação Inclusiva

Universidade Estadual de Campinas

Sofia Freire (Investigadora no Instituto de Educação – Universidade de Lisboa)

A Inclusão é uma questão de Direitos Humanos. (Center of Studies of Inclusive Education)

É o privilégio de conviver com as diferenças. Mª Teresa Eglér Mantoan (professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas

Pode dizer-se que Inclusão é a palavra que hoje pretende definir igualdade, fraternidade, direitos humanos ou democracia (Wilson 2000)

O objetivo da Inclusão não é apagar as diferenças, mas sim permitir que todos os alunos pertençam a uma comunidade educacional que valida e valoriza a sua individualidade. Stainback Easte e Sapon Shevin

A inclusão perpassa pelas várias dimensões humanas, sociais e políticas, e vem gradualmente se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a auxiliar no desenvolvimento das pessoas em geral de maneira a contribuir para a reestruturação de práticas e ações cada vez mais inclusivas e sem preconceitos.

14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

In Wikipedia

Teresa Marcão

((Coordenadora do Departa-

mento de Educação Especial)


A Escola Inclusiva

e a realidade do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova

::TEMA DA CAPA

Cada criança é uma história por contar. Por vezes o laborais na perspetiva de uma vida autónoma e com Capuchinho Vermelho perde-se no bosque, e não há qualidade”. beijo que resgate a Bela Adormecida. No Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, (António Lobo Antunes, Mal-entendidos)

Se houvera quem me ensinara, quem aprendia era eu.

considerando os diferentes níveis de ensino, existe um total de

(Cancioneiro Popular Português) oitenta e três alunos com NEE, enquadrados nas diferentes

tipologias, a saber: Mental-Intelectual, Mental-Emocional, A

perspetiva

educativa

inclusiva

enquadra-se

num

movimento de âmbito mundial que tem sido defendida, nas últimas décadas, em diversos fóruns internacionais e apresentada em documentos das Nações Unidas e da UNESCO. Nuno Lobo Antunes, diretor médico e coordenador das áreas de neurodesenvolvimento e neurologia do CADIn (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil), em Mal-entendidos, livro de sua autoria, afirma que em Portugal devem existir cerca de cem mil crianças com perturbações de desenvolvimento, apresentando os mais variados diagnósticos e diferentes intensidades. Há algumas gerações atrás esse número era substancialmente menor, o que não significa que tenha vindo a crescer ao longo das últimas décadas. Os avanços que se têm vindo a registar na medicina, porém, permitem um melhor diagnóstico das crianças com este tipo de perturbações. Contudo, o facto de os nossos avós, ou mesmo os nossos pais,

não terem ideia da existência de um colega com autismo, paralisia cerebral ou outras patologias nos seus tempos de escola, não deriva necessariamente desse fator mas sim da inexistência, à época, de uma Escola Inclusiva. Nessa altura, as crianças portadoras de deficiência frequentavam escolas de Ensino Especial ou, mais frequentemente, ficavam em casa, tantas vezes escondidas por vergonha dos familiares. Em Portugal, a evolução da inclusão ocorreu em função de quatro

marcos

legislativos

internos

que

alteraram

profundamente a política educativa relativamente às crianças com necessidades educativas especiais (NEE): a Lei n.º5/73

(conhecida como Reforma Veiga Simão), a Lei n.º46/86 (Lei de Bases do Sistema Educativo), o Decreto-Lei n.º319/91, que estabeleceu o regime educativo especial aplicável aos alunos com necessidades educativas especiais nas escolas do ensino regular, e, mais recentemente, o Decreto-Lei n.º 3/2008, em vigor. Com o alargamento da escolaridade obrigatória ao 12º ano, em setembro de 2012 foi ainda publicada a Portaria 275A, aplicada aos alunos com currículo específico individual, visando “potenciar a última etapa da escolaridade como espaço de consolidação de competências pessoais, sociais e

Mental-Linguagem,

Psicossociais

Globais,

Neuromusculoesqueléticas e Saúde Física. Destes alunos, quinze encontram-se ao abrigo da medida educativa especial mais restritiva do supracitado normativo (Currículo Específico Individual),

existindo

ainda

uma

Unidade

de

Ensino

Estruturado para o Autismo na Escola Secundária Fernando Namora. Independentemente do grau de funcionalidade de cada criança/jovem com NEE que frequenta o nosso agrupamento, os profissionais que com eles trabalham e convivem diariamente, desde a direção, aos docentes de educação especial, docentes do ensino regular, técnicas do serviço de psicologia, terapeutas da fala, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e assistentes operacionais, procuram, acima de tudo, que todas as histórias tenham um final feliz, e não deixam o Espelho Mágico

dizer

a

nenhum aluno que há alguém mais belo do que ele (Nuno Lobo Antunes, entendidos).

MalNesse

sentido, temos ainda vindo a contar com a fundamental parceria de algumas instituições locais, nomeadamente a Clínica de Saúde Mental das Irmãs Hospitaleiras, que nos últimos anos possibilitou aos nossos alunos a frequência de sessões de Snoezelen, a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, sempre

disponível para efetuar o transporte no âmbito das visitas de estudo, e frequência bissemanal dos jovens nas atividades de despiste vocacional na Quinta da Conraria, em Coimbra, e ainda os Bombeiros Municipais que acolhem um aluno numa experiência vocacional. Temos contado também com a boa vontade e colaboração de diferentes entidades particulares que acolhem os nossos alunos em pequenas experiências prélaborais.

A INCLUSÃO é um compromisso de todos, para todos! (Departamento de Educação Especial)

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15


TEMA DA CAPA::

intervenção educativa A educação deve ajustar-se ao ritmo e estilo de aprendizagem de cada criança e procurar levá-la paulatinamente

a

compreender

e

a

funcionar

independentemente em contexto natural e integrado. As crianças com NEE têm dificuldades acrescidas

O MEU AMIGO

em integrarem-se em ambientes educacionais. Em termos latos, manifestam dificuldades no que concerne à organização, sequenciação, entraves no processamento

sensorial,

memorização

global,

É triste julgar aqueles que não são tão iguais como nós.

motivação, resolução de problemas, comunicação,

Só existem mínimas diferenças: os gostos, o modo de vida ou

socialização, atenção/concentração, entre

outros.

Urge, por isso, criar um meio estruturado ao nível dos espaços físicos escolares, dinamizar propostas de trabalho concertadas a cada caso e desenvolver um

o comportamento perante o mundo. Tal como nós, respiram, o coração bombeia, têm sentimentos e capacidades. Conheço um jovem autista com imensas capacidades que

de

deviam ser aproveitadas ao máximo e da melhor forma

oportunidades. Deste modo, estar-se-á a cumprir os

possível. Algumas pessoas discriminam-no, mas eu não

direitos fundamentais do Homem e o seu consequente

entendo o porquê! Ele é muito querido e carente, contudo

desenvolvimento pessoal e social numa conjuntura

sofre por ter consciência que é “diferente”.

ensino

assente

na

filosofia

da

igualdade

igualitária.

Estas pessoas com problemas especiais precisam do

A intervenção educativa atual consiste em

máximo amor que lhes possamos dar e mesmo que o

melhorar as capacidades de todos os alunos,

rejeitem não nos devemos de sentir incomodados com isso,

nomeadamente as crianças especiais, tornando-as mais competentes e funcionais. Procura-se adaptar o meio ambiente, tornando-o mais estruturado de modo a facilitar a orientação, assimilação e acomodação da informação, possibilitando uma cada vez maior inclusão social. À escola cabe o papel de preparar os cidadãos,

pois são os seus impulsos a reagir, não o fazem por mal. As aulas são tão divertidas com ele, mais do que as pessoas de fora possam imaginar! Surgem muitos sorrisos vindos dos nossos colegas e até da parte dos professores. Lembro-me de uma professora dizer: “Ele fala muito pouco, mas quando fala diz tudo”. E é verdade!

incluindo os que reclamam uma educação especial. É

Somos amigos já desde pequenos e vê-lo crescer é

ela que deve combater a infoexclusão e desenvolver

fantástico, sobretudo porque admiro muito a pessoa que ele é

uma sociedade baseada na (in)formação. É ela que

hoje: um homem que age como tal, independentemente das

deve dissipar barreiras e preconceitos em prol da

suas características.

construção

de

uma

educação

inclusiva,

que

contemple a diversidade humana. A educação de hoje deve apostar em todo e qualquer aluno… porque cada um terá o seu valor ímpar e inigualável! A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, se transformam em oportunidades.

Tal como todos os outros, este meu colega pode ter muito sucesso na vida e, para isso, existem escolas como a Fernando Namora, a qual acolhe crianças com problemas específicos que afetam as suas vidas pessoal e escolar, ajudando-as a encontrar o seu caminho e deixando-lhes liberdade para agirem tal como são.

Marxwell Maltz Professora de Educação Especial Aline Santos

16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Magda Mendes (10ºC) Jornalista do JÁ


::TEMA DA CAPA

pequenas

GRANDES

Vitórias

“Educação inclusiva deverá ser uma ação social, pedagógica, “talvez” política e cultural, que andará à volta da defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação”.

Acreditamos que ao incluir a nossa filha, na EBnº2 do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, uma aluna diferente (deficiente), numa escola/classe comum de ensino regular tenha sido a melhor opção, quer para nós, quer para a nossa filha, pois notamos que ao conviver com outros alunos diferentes - e já lá vão três anos - anda diferente, para melhor, com outro espírito, mais desenvolta e alegre, trazendo ganhos, e muitos, para todos. O nosso desejo é que esta escola contribua para o crescimento/ desenvolvimento da nossa filha. De igual modo consideramos que todos os que com ela convivem (alunos, professores, auxiliares), certamente, saem favorecidos de uma aprendizagem inclusiva, maior e mais completa.

Ao longo do tempo fomos constatando que o primeiro está sempre disponível para ajudar o colega nas suas limitações físicas, estando também sempre pronto para ajudar a professora e todos os colegas quando é necessário. É com alegria que vemos as pequenas “grandes vitórias” alcançadas pelo nosso colega que sofre de problemas motores, como escrever o seu nome com o lápis ou dar pequenos passos autonomamente. Com ele estamos a aprender a superar as dificuldades com muita força de vontade, empenho e boa disposição. É também com todo o orgulho que dizemos que somos uma turma muito unida e única, em que a inclusão social assume um papel muito importante. Temos o privilégio de aprendermos a conviver com as diferenças, diferenças essas que nos enriquecem e sabemos que ao respeitarmos as diferenças estamos a dar um passo para construirmos uma escola melhor e uma sociedade mais justa, que dá oportunidade a todos, sem qualquer tipo de discriminação. Texto coletivo do

INCLUSIVA

4.º B / EB Nº1 de Condeixa

APRENDIZAGEM

No início deste ano letivo demos as boas vindas a dois dos mais recentes membros integrantes da nossa turma, alunos esses que aumentaram a diversidade do nosso grupo, sendo um de uma etnia diferente, e o outro portador de uma deficiência física mas, no entanto, ambos iguais a todos nós.

O NOSSO MUITO, MUITO OBRIGADO A TODOS. Os pais Fernando Silva e Lisete Brás dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17


TEMA DA CAPA:: Diariamente, o cidadão com deficiência pode ter que se d e b a te r c o m d i ferent es obstáculos, cuja intensidade e frequência é proporcionalmente direta às características e intensidade da sua enfermidade. Contudo, de todos os obstáculos aquele que mais dano pode acarretar é o preconceito. É uma espécie de “dois (ou mais) em um”: limitações físicas e/ou mentais, possíveis dificuldades de aprendizagem e/ou barreiras arquitetónicas, adicionadas à desconsideração social. O nosso agrupamento é frequentado por várias crianças e jovens portadores de deficiência, entre estes alunos que apresentam de Perturbações do Espectro do Autismo, uma doença que muitas vezes passa despercebida por não acarretar características físicas peculiares, mas com graves limitações (sobretudo a nível social) para aqueles que dela padecem. O Autismo é hoje considerado como uma perturbação grave do desenvolvimento que se prolonga por toda a vida e afeta as funções cerebrais. Pode ter uma grande variedade de expressões clínicas e comportamentais, cuja causa, ou as múltiplas causas, não são ainda conhecidas, apesar das investigações reportarem para a existência de uma base biológica. A maioria dos casos apresenta uma disfunção do sistema nervoso central e estudos recentes indicam que 6 em cada 1000 indivíduos são portadores de Perturbações do Espetro do Autismo, com maior incidência no sexo masculino.

Autismo?

O Mundo Mágico

dos Sentidos

Como se manifesta então o autismo? -Na dificuldade na relação com o outro (tendência ao isolamento ou relação muito desajeitada); -Na dificuldade de comunicação verbal e não verbal (dificuldade em usar e compreender a linguagem gestual e oral, ausência e dificuldade no contato ocular, dificuldade em expressar e compreender as emoções do outro); -Nos comportamentos ritualizados e repetitivos e resistência à mudança; -No défice de criatividade e imaginação (dificuldade no jogo do “faz de conta” e simbólico, dificuldade em brincar e desenvolver atividades em conjunto com o outro, dificuldade em partilhar experiências); -Na excessiva ou deficiente sensibilidade aos estímulos sensoriais (não gosta de colo, não gosta de contato físico ou procura jogos que implicam um contato físico vigoroso, o barulho incomoda-o ou parece surdo e não reage ao som, fascínio por luzes ou dando a sensação de que não vê). Mais informação em : www.appdacoimbra.com Mónica Sousa e Cunha (Profª do Ensino Especial )

Os meninos do Jardim de Infância do Avenal participaram numa aula diferente, uma aula de Língua Gestual no Jardim de Infância de S. Bartolomeu em Coimbra. Esta visita de estudo, serviu para vivenciar o significado da palavra inclusão. Com ela sentimos que a língua gestual pode ser uma língua usada por todos os meninos, e não apenas para/por surdos, pois é importante para todos podermos comunicar. Chamámos a esta visita “Juntos unidos pelas mãos”. Também dentro desta temática, recebemos no Jardim de Infância uma visita muito especial! A Professora Eugénia do Núcleo de Intervenção Precoce do Hospital Pediátrico trouxe com ela, o Brailin, o cão Dalmata Pintas, a bengala, o Jogo do Galo, o Dominó Táctil e uma história escrita em Braille. Alguns objetos utilizados por outros meninos para serem capazes de fazer as

18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


A inclusão Na sala da Turma+ aprendemos o que era a inclusão. Fomos ver o significado no dicionário e descobrimos que queria dizer «ato de incluir». Depois de conversarmos, aprendemos que a inclusão indica uma nova forma de olhar a diferença. Todas as pessoas que revelam características diferentes, por exemplo: a cor da pele, deficiência motora, visual ou auditiva, trissomia 21 ou dificuldades de aprendizagem, devem ser respeitadas e devem beneficiar de condições de igualdade e ter o direito a desenvolver as suas potencialidades. A escola, como elemento fundamental para promover a cidadania, deve integrar todas as crianças e ajudá-las nos seus interesses e necessidades tendo em vista as características de cada uma. Aprendemos que todos nós devemos ser bons cidadãos, proteger as espécies animais, vegetais e o meio ambiente e ainda a participar na sociedade e a viver experiências significativas. Texto coletivo da Turma+ 2º Ano – EBNº3 de Condeixa

::TEMA DA CAPA A felicidade de andar na escola A primeira aluna da educação especial com quem trabalhei foi no jardim de infância. Gostei muito deste trabalho e de ver como a aluna se sentia bem entre os colegas e era aceite naturalmente por todos. Depois passei a apoiar a professora de educação especial no trabalho com os alunos mais velhos na escola básica nº. 2. Todos eles vão à sua turma ter algumas disciplinas, e eu vejo que isso os deixa muito felizes. Entre esses alunos há uma menina em cadeira de rodas que tem muitas dificuldades e que é das alunas mais felizes da escola.

Para estes meninos “especiais” é muito importante estarem na escola junto dos seus colegas. Irene Neves (Assistente Operacional)

uma nova experiência Em Setembro de 2013 iniciei uma nova e x p e riê n cia e n q u an t o assist e n t e operacional: trabalhar em colaboração com a professora Mónica junto de alunos com Necessidades Educativas Especiais de Caráter Permanente (NEEP). O grupo de alunos era formado por 2 raparigas e 4 rapazes, cada qual com as suas dificuldades, personalidades e problemas específicos. Entre estes alunos encontravam-se dois jovens com Perturbações do Espectro do Autismo. Comecei por conquistar a amizade e a confiança deles através daquilo que mais gostam, tais como interesses dentro e fora da Escola. Deste modo, foi-se construindo um vínculo afetivo entre todos. Trabalhar com estes alunos fez-me enriquecer profissionalmente e como pessoa, pois aprendi a compreender a diferença através das suas próprias diferenças, assim como do gradual conhecimento dos seus estados de espírito, humor e sensibilidades, o que me permitiu ajudá-los em variadíssimos aspetos. Não posso dizer que esse primeiro ano tenha sido um “mar de rosas”, mas considero todo o percurso bastante positivo, quer para mim quer para os “Meus Meninos”. Gustavo Albuquerque (Assistente Operacional)

mesmas coisas que nós fazemos, com a ajuda destes “amigos” como eles lhe chamam. Estes meninos não conseguem ver as coisas como nós as vemos, e por isso precisam de ser ajudados. Nesse dia experimentámos fazer de conta que também éramos cegos durante algum tempo, para sentirmos as dificuldades deles.

Foi mesmo como se entrássemos num

mundo mágico dos sentidos! dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19


João-Flor e Joana-Amor Em meados de outono, uma família de coelhos que vivia num velho tronco de um castanheiro, despertava com os primeiros raios de sol da manhã. Um a um iam saindo da toca. Nisto, veio uma rajada de vento e começaram a “chover” ouriços. Joana-Amor, uma bonita coelha, mas muito medrosa, gritou: –Socorro! Estou a ser atacada por um enxame de abelhas! E um dos irmãos exclamou: –É o céu que está a cair! Acudam! –Saiam com calma e ordeiramente. Vamos todos para um lugar amplo e seguro. – Disse o pai tranquilamente. Joana-Amor, assustada, não ouviu as palavras do pai e desatara a correr desvairadamente. Entrou em pânico e nem reparou num buraco, onde fora colocada uma armadilha, com dentes metálicos, pelos caçadores. Num ápice, a linda coelhinha caiu e ficou sem uma pata. O seu medo levou-a a não pensar e a causar-lhe consequências fatais. Entretanto, a Joana-Amor teve de aprender a andar apenas com três patas. Chegou a primavera e todos os coelhinhos haviam crescido imenso. Numa bela tarde, andava Joana-Amor a passear quando surgiu um esbelto coelho. Era um macho importante, pois já havia viajado por muitos lugares fantásticos onde ninguém se atrevia a ir. Simpático como era, o coelho decidiu meter-se com Joana - Amor.

Frequentar uma escola “normal” Acho que a minha filha teve muita sorte. Se tivesse nascido há 15 ou mais anos atrás, estaria certamente numa Instituição, confinada com outras crianças como ela, a receber poucos estímulos e desafios que lhe permitissem tornar-se autónoma. Frequentar uma escola “normal” desenvolveu-a imenso. Adaptou-se bem, fez amigos, aprendeu a ler, a

–Olá! Sou o João-Flor e todos acham que sou corajoso, mas tu é que és uma verdadeira corajosa. –Eu sou a Joana-Amor e fico feliz pelo teu elogio, mas por que me consideras corajosa? –Porque nunca vi uma coelha tão bonita a andar tão bem com apenas três patas. Então, Joana-Amor decidiu contar-lhe a sua história. Apesar daquele acidente, a coelhinha seguira com a sua vida para a frente e foi muito importante o apoio da família e dos amigos. A partir daquele dia, os dois passaram a encontrar-se sempre naquele local. Entretanto, o amor foi crescendo. João-Flor cada vez mais admirava aquele ser de três patas que era tão amoroso e forte. Aquele coelho que outrora fora aventureiro e queria ter fama, agora reconhecia que o importante era viver a vida junto daqueles que se ama. Por isso, decidiu pedir Joana – Amor em casamento. Os pais de João-Flor ficaram encantados com o novo membro da família. Os dois viajaram pelo mundo fora e foram muito felizes.

Moral da história:

Não importa a aparência, o importante é a beleza interior de cada um, mesmo quando se é diferente.

EBNº1 de Condeixa 4ºAno Turma A

TEMA DA CAPA::

fazer contas, e gosta de teatro, ginástica, natação e música. O seu sentido de humor e as suas travessuras desenvolveram-se imenso. As pessoas tiveram que fazer algumas cedências. Na minha opinião também beneficiaram e aprenderam ao lidar com ela no dia-a-dia. Não podemos negar que houve problemas. Temos estado todos a aprender, e em certas ocasiões nós tivemos que lutar para obter o que era melhor para ela. No início a frequência nos “Tempos Livres” foi-lhe negada e, quando ao fim de alguns meses, ela foi aceite, ficou provado que os receios de quem dirigia os mesmos, eram injustificados! Eu e o meu marido sentimo-nos ambos tocados pela leitura de “Carta a um bebé atirado de uma ponte”, o qual aconselhamos toda a gente a ler, e que se pode encontrar numa busca no Google. ”Letter to a baby who was thrown from a Bridge”.

20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Julie Bridge Gaspar (mãe da Matilde)


::Na biblioteca acontece

A Magia da Leitura receção aos alunos nas bibliotecas escolares No dia 12 de setembro, as portas do Agrupamento de Escolas de Condeixa, abriram-se de par em par, para um dia MUITO especial, o das boas-vindas a todos os alunos e respetivas famílias, que iniciaram connosco mais um ano escolar.

importância da leitura e cheios de vontade de aprender a ler muito depressa, até porque terão uma ajudinha da magia da fada, que os aguarda sempre que forem à biblioteca.

Neste momento tão importante para todos, as bibliotecas escolares quiseram acolher, com a costumeira alegria e entusiasmo, os alunos do 1º e 5º anos a frequentar as Escolas Básicas nº 1, nº 2 e nº3 de Condeixa, assim como os alunos que frequentam o 9º ano da Escola Fernando Namora, estabelecimentos com Biblioteca Escolar física. Foi um dia muito especial! Na EB nº 1 de Condeixa, os meninos do 1º ano separaram-se um bocadinho dos seus pais e foram levados pela professora bibliotecária, Anabela Costa, a entrar no mundo mágico da Biblioteca Escolar. Viveram então a aventura do Incrível rapaz que comia livros, o Henrique, que tanto os fez rir pela sua gula pelos livros… Era tão tonto… Ele não compreendia que, para saber muitas, muitas coisas, temos que ler os livros e não… comê-los! Para além disso, comer livros, faz muito mal à saúde! Divertidíssimos e cheios de vontade de começar a ler, tiraram da caixa mágica a sua letra da sorte. Prometeram que assim que aprenderem mais carateres, porque tudo começa por aí, escreverão e ilustrarão uma palavra, que oferecerão à biblioteca. Estamos ansiosos! Na Escola Básica nº 3, a professora bibliotecária, Ana Rita Amorim, contou aos meninos a história “Fada Palavrinha e o gigante das bibliotecas”. Esta fala de um rei que prefere gastar o seu tesouro a comprar livros e a construir uma grande biblioteca, pois o verdadeiro tesouro reside na leitura e na riqueza que esta dá a cada um, o saber.

Também na Escola Básica nº 2, a magia foi mote e recebeu os alunos do 5º ano. Após uma `viagem´ pela biblioteca pelas mãos da auxiliar, Anabela Vitorino e do aluno monitor, Rodrigo Machado, do 8º E, esperava os meninos do 5º ano, um momento ainda mais especial. Deslumbrados, viram o mágico André Kosta, do 8ºE, que entre tantos truques que os deixaram boquiabertos, conseguiu fazer aparecer a professora bibliotecária, Anabela Costa. Na Escola Secundária Fernando Namora, os alunos do 9º ano ficaram a conhecer o espaço e as funcionalidades da biblioteca e receberam um vale de oferta de uma moedinha de chocolate em troca da requisição do primeiro livro na sua nova biblioteca.

E não se esqueçam:

magia da LEITURA a

aguarda-vos!

O que os meninos do 1º ano não sabiam é que a fada das bibliotecas, a Fada Palavrinha, concedera às professoras bibliotecárias um pouco do seu pó mágico, que estas aspergiram, com palavras mágicas, sobre as cabeças das crianças. Com olhos brilhantes, todos saíram certos da dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21


Na biblioteca acontece:: Trabalho elaborado pela turma do 4ºA - EBnº3 Ilustração de Bernardo Marques

Outubro é o Mês

Internacional da Biblioteca Escolar. Em todo o mundo, este período é aproveitado para reforçar a visibilidade das bibliotecas escolares e a consciencialização acerca do seu valor nas aprendizagens . Leocádia Simões do 2ºC da EBnº3

22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


::Na biblioteca acontece 3ºA - EBnº3

Para assinalar esta data, sugerimos que, ao longo do mês fosse desenvolvida uma atividade de escrita criativa envolvendo a palavra BIBLIOTECA. As produções dos alunos estão muito boas. Gostámos muito. Um agradecimento muito

especial A TODAS AS TURMAS PARTICIPANTES!

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23


3º/4º ano

EB1 SEBAL

Na biblioteca acontece::

Turma do 2ºB da EBnº3

EB1 SEBAL

1º/2º ano

Lara Marques do 2ºC da EBnº3 Ana Beatriz Santos 2ºC da EBnº3

24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


::Na biblioteca acontece

A ÁRVORE DO

Durante o mês de Outubro, Mês das Bibliotecas Escolares, realizaram -se algumas sessões de Formação de Utilizadores nas diferentes bibliotecas escolares do Agrupamento. Nesses momentos de animação da Leitura para os alunos mais novos, apresentaram-se as histórias “Leónia devora Livros” e “O Incrível rapaz que comia livros” que pretendem explicar às crianças a importância da leitura. Para os alunos do 9º ano foi feita a apresentação do espaço da biblioteca Fernando Namora e dos seus recursos e serviços, equipa e colaboradores, formas de estar e trabalhar numa BE. Esta formação procurou ainda dar a conhecer a forma de organização do conhecimento (Classificação Decimal Universal) e a forma como os nossos livros estão arrumados nas estantes.

No dia 27 de outubro, dia internacional das bibliotecas escolares, realizou-se na escola secundária Fernando Namora uma ação de intervenção no bar dos alunos e posteriormente na sala de professores. O texto lido, de apurada ironia, "Manifesto anti leitura" de José Fanha, revelou aos nossos ouvintes a extrema importância da leitura, dos livros e das bibliotecas!

VIVA A LEITURA, PIM! VIVA A LEITURA PUM!

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25


Na biblioteca acontece::

Decorreu na Escola Secundária Fernando Namora, entre os dias 28 de setembro a 4 de outubro 2014, a “Semana Polar”. Esta atividade, marcada para a altura do equinócio do Outono, foi promovida pela biblioteca escolar, e procurou promover a “Profissão: Cientista Polar” que é um projeto integrante do programa Escolher Ciência. este projeto, procura levar (jovens) cientistas polares às escolas para explicar o que é e como é ser cientista (polar), mostrando a importância de todas as disciplinas (particularmente as CTEM Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) e ainda como é ter uma carreira ligada à ciência, realçando a contribuição portuguesa para o conhecimento nas regiões polares. Procurando aprofundar os conhecimentos sobre as regiões polares, levantam-se ainda questões como as alterações climáticas, o degelo ou questões tão simples "como é ir até lá? " A PALESTRA intitulada "Porque é que os Ursos Polares não comem pinguins?" apresentada pelo Cientista Polar José Seco a várias turmas do 9º, 10º e 11º ano correu muitíssimo bem. Os alunos gostaram imenso e ficaram muito interessados na experiência da viagem ao Pólo Sul e quiseram saber mais sobre o percurso escolar do jovem cientista,...

APECS é uma organização internacional e interdisciplinar para universitários e recém-finalistas, investigadores de pós-doutorado, professores e educadores, e outras pessoas com interesse nas regiões polares e criosfera. Os objetivos da APECS pretendem estimular colaborações internacional e interdisciplinarmente, e capacitar futuros líderes na investigação polar, educação e sensibilização.

A selfie para o FaceBook da Associação de Jovens Cientistas Polares Portugueses (APECSPortugal) com o José Seco também Os alunos concluíram, no final da sessão, que é muito importante este tipo foi uma atividade super de projetos que mostram, na prática, para que servem as disciplinas que têm divertida ! nos seus currículos.

A exposição que esteve patente no hall da ESFN foi emprestada pelo Instituto de Educação e Cidadania, a quem agradecemos a gentileza.

“Penso que foi uma palestra bastante elucidativa e esclarecedora a vários níveis. Foi também divertida, pois o palestrante, José Seco, interagiu com todos os alunos, fazendo com que estes participassem de uma forma mais ativa nesta sessão.” – Inês Ribeiro, 11ºB 26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


::Na biblioteca acontece

FOMOS AO TEATRO… As turmas dos 3.º e 4.º anos do Centro Educativo, foram assistir à peça de teatro “Robertices”, no salão dos B.V. de Condeixa. A Companhia de Teatro AtrapalhArte fez este espetáculo a partir da obra de Luísa Dacosta. A peça de teatro dividiu-se em três partes: as momices dos robertos, aventuras da Carochinha e a estória do Freguês caloteiro. Foi um teatro muito animado, desde as trapalhadas dos robertos, passando pela estória moderna da Carochinha até às vigarices do freguês do barbeiro Ribeiro. Rimos sem parar, do princípio ao fim do espetáculo. No final, conhecemos os atores e tiramos uma foto de turma com eles. Como nos portamos muito bem, ofereceram-nos um marcador de

livros de publicidade à Companhia de Teatro. Foi uma tarde bem passada e muito divertida!!!Queremos ver mais Teatro pois foi uma experiência nova muito interessante. Agradecemos aos nossos Pais, à Associação de Pais da EB N.º3 e às professoras das Bibliotecas Escolares, por terem apoiado esta atividade. Texto Coletivo – 3ºC EBnº3

O SONHO REALIZOU-SE! Alunos da Escola Básica de 1º ciclo da Ega já têm a sua pequena biblioteca organizada

Este ano, o “Dia das Bruxas” foi verdadeiramente especial porque tivemos a oportunidade de ir ao teatro. No cineteatro dos Bombeiros atuaram os “AtrapalhArte”, companhia de teatro profissional de Coimbra, que apresentou a peça “Robertices” com texto de Luísa Dacosta. Desta forma pudemos recordar a tradição popular dos espetáculos de rua, com os toscos robertos, que tanto encantavam as crianças e os adultos há uns anos atrás. O espetáculo foi muito divertido, com muita cor, música, alegria e humor. Os alunos da EBNº1 agradecem às professoras bibliotecárias que organizaram tudo para nos proporcionaram este momento tão divertido e à Associação de Pais da nossa escola que nos ofereceu os bilhetes. Obrigado, valeu a pena!! 4-ºB /EBNº1 de Condeixa

Já há algum tempo que os alunos do 1º ciclo da Ega, os seus pais e encarregados de educação e respetivos professores, manifestavam a sua vontade de terem o seu pequeno espólio documental organizado. Esse espólio foi o resultado de anos e anos de história daquela escola, de iniciativas de vários docentes e de pais e encarregados de educação, que, ao longo dos anos, acompanharam gerações de jovens estudantes que ali deram os primeiros passos na edificação da respetiva educação. Os anos passaram, os jovens de ontem cresceram, mas os de hoje continuam com o mesmo entusiasmo e um gosto pela leitura aumentado. Assim, as iniciativas continuaram e os livros de ontem, juntamente com os de hoje, foram-se avolumando e necessitavam de outra organização, outro cuidado. As professoras bibliotecárias ouviram esse apelo e o tratamento documental começou há dois anos. Os livros foram carimbados, cotados, etiquetados, registados e catalogados, palavras que querem dizer que foram bem tratados e selecionados,

mediante a sua adequação ao público ao qual se destinam. Foram até encontradas pequenas preciosidades, obras que viveram já o Estado Novo e a Escola nacionalista e que, após passarem por tantas mãos irrequietas, necessitavam agora de ´reforma´ (restauro), após o que ocuparão o seu lugar no Museu do agrupamento, junto de outras raridades como elas. A Associação de Pais ajudou e arranjou as estantes, os puffs e a Câmara Municipal, trouxe também cor ao pequeno espaço. Ao longo deste 1º período, as professoras bibliotecárias do agrupamento, prepararam a sinalética, os documentos, a arrumação do espaço e pediram aos docentes que, juntamente com os meninos, batizassem a sua biblioteca. Esta agora chama-se Biblioteca professor José Maria Gaspar, em homenagem ao professor e presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, na década de 50. A Biblioteca está prontinha e já ganhou vida, nas mãos e através dos olhos ávidos das crianças da Eb1 da Ega. Por fim, não se esqueçam que nos cabe a nós, adultos, manter esta chama de curiosidade acesa, pois tal como o lema do projeto aLer+ do Agrupamento de Escolas de Condeixa proclama: “Eu leio+, Tu lês+, Nós lemos m@is”. Junte-se a nós nesta causa! Profª Anabela Costa (coordenadora das bibliotecas escolares )

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27


Na biblioteca acontece::

NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CONDEIXA Decorreu, no passado dia 7 de novembro, a cerimónia de entrega dos certificados de escolas/ agrupamento aLer+, que teve lugar no auditório da

projeto que, após submissão a concurso nacional, foi

Torre do Tombo, em Lisboa, durante o V Encontro de

um dos selecionados. Somos, orgulhosamente, um dos

Escolas aLeR+. No evento estiveram presentes o Ministro

elos

da

Agrupamento aLer+, passará a receber apoio técnico

Educação

e

da

Ciência,

Nuno

Crato,

a

dessa financeiro

Rede

Nacional,

para

a

pelo

que

implementação

o

agora

Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares,

e

Manuela Silva, e o Comissário do Plano Nacional de

projeto intitulado “Eu leio+, Tu lês +, Nós lemos m@is”, o

do

seu

Leitura, Fernando Pinto do Amaral.

qual será implementado no biénio 2014-2016.

O Projeto aLeR+ é uma iniciativa do Plano Nacional

Ao longo deste período, com o auxílio das Bibliotecas

de Leitura (PNL), desenvolvido em parceria com a Rede

Escolares do agrupamento, dos seus parceiros e com a

de Bibliotecas Escolares (RBE). O projeto, que se centra

colaboração de todos vós, serão levadas a efeito

numa cultura integral de leitura, visa a constituição de

ações dirigidas às crianças da Educação Pré-escolar e

uma Rede de escolas/agrupamentos que possam dar o

aos alunos dos Ensinos Básico e Secundário, de forma a

seu contributo para a promoção dos hábitos de leitura

desenvolver ainda mais os hábitos de leitura e as

e da melhoria dos níveis de literacia das suas

competências leitoras e de informação. Além destas,

comunidades.

desenvolver-se-ão, igualmente, ações destinadas ao

Obviamente que o Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova não poderia deixar de se juntar a

mais esta iniciativa para continuar a edificar a sua

pessoal docente e não docente, às famílias e à comunidade em geral.

Resta apenas acrescentar:

“Juntem-se a nós na(s) Leitur@(s)!”

missão, quer perante a comunidade escolar, quer ante a comunidade em geral. Desta forma, elaborou-se o

Profª Anabela Costa Coordenadora das bibliotecas escolares

Mais um ano letivo decorre

nas

e é chegada a hora de se

universais

recomeçar

no nosso Mundo global e inclusivo”.

o

"Projeto

30

representações da

intemporais

pluralidade

da

e

humanidade

dias, 30 livros", já no próximo

Este projeto, para além da itinerância documental e

dia 04 de novembro de

animação da leitura, é, neste ano letivo, acompanhado

2014.

de um estimulante desafio: Após o sorteio de um país Este ano a equipa da

Rede

de

Bibliotecas

por cada uma das turmas, propomos que o mesmo seja

de

explorado, ao longo do ano, ao nível das variadas

Condeixa decidiu unir este

vertentes e de acordo com as opções metodológicas e

projeto

à

temática

curriculares do educador/professor.

abordar

na

Semana

a da

Em junho de 2015, parte dos trabalhos realizados serão

Leitura (que se comemorará

expostos na Biblioteca Municipal e todos nos juntaremos

de 16 a 20 de março), ou

para celebrar a festa da leitura, da criatividade, da

seja, “Palavras do mundo”. Assim, convidámos as

inovação e da pluralidade.

escolas do 1º ciclo e os Jardins de Infância de fora da

Um excelente ano letivo, pleno de boas leituras!

Vila a participar nesta “volta ao mundo em oitenta contos”, na qual se convoca “a criatividade e a originalidade na exploração da palavra, testemunho da diversidade cultural, social, histórica e estética presente 28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Pela equipa da RBC,

Anabela Costa


::LEMOS + escrevemos melhor

Esta história fala de um palhaço diferente, porque os colegas do circo trabalhavam a pilhas e ele funcionava a energia solar. Um dia as pilhas gastaram-se e o circo ficou às escuras. O palhaço Avaria pegou nas pilhas dos colegas, percorreu um longo caminho até ao farol para carregar as pilhas e, enquanto esperava, carregou os seus painéis solares. Quando chegou ao circo, pôs as pilhas em todos, e tudo voltou a funcionar. O autor deste livro chamase Pedro Seromenho. Gostei da história porque o palhaço ajudou os amigos. Tomás Loureiro – 3ºB – Ebnº3

A história que eu li pertence ao livro “Contos Exemplares” de Sophia de Mello Breyner e chama-se “Os três reis do Oriente”. Esta história fala-nos das razões que levaram os três reis do oriente (Gaspar, Baltasar e Melchior), a seguirem a estrela que os levou ao menino Jesus. A primeira explicação diz respeito a Gaspar. Este vivia na cidade de Kalash, onde um Príncipe instaurou o “culto do bezerro de ouro”, que consistia nas pessoas irem oferecer ouro ou venerarem a estátua de um jovem bezerro coberto de ouro. Só os pobres não o faziam, porque achavam que o bezerro não os amava e esperavam que aparecesse outro deus. Gaspar também não se apresentou ao bezerro, dizendo que estava à espera que a Terra e o Céu anunciassem outro Deus. Isto levou a que lhe tirassem as regalias que possuía e, então, deixou de ter soldados para proteger o seu palácio e as suas caravanas, deixou de ir aos banquetes, etc. A partir daí, Gaspar foi assaltado, os amigos e a família abandonaramno e ele ficou sozinho naquele palácio. Até que, uma noite, ele estava ajoelhado no terraço a olhar para o céu e pediu um sinal. Viu, então, aparecer uma nova estrela que se deslocava para Ocidente e foi para seguir essa estrela que Gaspar abandonou o seu palácio. A seguir vem a explicação de Melchior. Havia uma placa de barro com várias coisas escritas numa linguagem muito antiga, que o rei Melchior traduziu como “Ao mundo será enviado um redentor e uma estrela subirá no oriente para guiar aqueles que buscam o seu reino”. Mas como ele não tinha a certeza do que lá estava escrito, convocou uma assembleia de historiadores e deu-lhes trinta dias para

estudarem a placa de barro; estes apenas decidiram que em vez de lá estar escrito “redentor” seria “grande rei”; e então ficaria “Ao mundo será enviado um grande rei e uma estrela subirá no Oriente para guiar aqueles que buscam o seu reino”. Melchior fez a mesma coisa com os letrados e depois com os sapientes, mas não chegaram a nenhuma conclusão. Até que, uma noite, Melchior meditou um pouco sobre a placa e viu então a estrela que se deslocava para Ocidente e deixou o palácio. A última explicação é a de Baltasar. Ele era rei e adorava as festas e tudo o que tinha a ver com o facto de ser rei. Um dia viu no jardim um homem com fome e convidou-o a entrar, para lhe dar comida, mas, quando o homem viu que era o rei, fugiu com medo que o prendessem; Baltasar disse aos guardas para o procurarem, pois não o queria deixar passar fome, mas estes não o encontraram. No dia seguinte, Baltasar disfarçou-se e saiu sozinho do seu palácio para o procurar. O rei ficou muito admirado com tanta pobreza e, quando regressou ao palácio, disse aos guardas para distribuírem comida e ouro pelas pessoas; mas estes disseram que os tesouros do rei não chegavam para todos e que se fizessem o que Baltasar tinha mandado os muros que o protegiam iriam cair e isso não era bom para o reino. Então, naquela noite, Baltasar pediu ajuda ao céu e apareceu a estrela que ele seguiu, deixando para trás o seu palácio. Eu gostei desta história e recomendo que a leiam, porque ficamos com uma ideia dos motivos que poderão ter levado os três reis do Oriente a irem ter com o menino Jesus, acreditando e deixando os seus bens materiais. Joana Pires 8ºD nº9,

O autor desta obra é Alexandre Herculano, poeta, romancista, historiador e ensaísta português que nasceu no dia 28 de Março de 1810, em Lisboa e morreu no dia 18 de Setembro de 1877, em Santarém. Foi um dos mais importantes escritores portugueses no século XIX. A Abóbada do Mosteiro da Batalha é o centro do conto. O arquiteto Afonso Domingues, que lutou para pôr D. João I no trono, está na construção do mosteiro e projetou uma abóbada. Em 1401 fica cego e el -rei, instruído pelos seus conselheiros, chama um arquiteto irlandês, mestre Ouguet,

para concluir o projeto. Este altera o projeto da abóbada de Afonso Domingues e, logo após a conclusão da obra, a abóbada desaba sobre ele. El-rei chama, então, Afonso e restitui-lhe o trabalho. Afonso passa três dias em jejum sob a abóbada, afirmando que esta, tal como a projetara, não cairá. Morre quando a conclui e Ouguet, que rira do velho cego, torna-se seu admirador. O que transparece neste conto é principalmente o nacionalismo de Herculano: o português honrado e que fora guerreiro estava certo e o estrangeiro arrogante estava errado e arrepende-se humildemente. Eu gostei muito da obra e recomendo aos meus colegas a sua leitura. Nesta obra relata-se um dos episódios do Mosteiro. Ana Antunes,nº2,8ºD

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29


LEMOS + escrevemos melhor:: Trilogia “Millennium” – por Stieg Larsson

Campo ou Cidade? Não há lugares perfeitos, apesar de o campo

821.113.6 LAR 1º livro 7002 2º livro 6982 3º livro 6979

ser, efetivamente, um local mais paradisíaco. Chamem-me

“campónio”

as

vezes

que

quiserem, mas quem me tira a tranquilidade, a liberdade e a beleza do meio rural tira-me tudo! Aprecio bastante o sossego e a calma do meio rural e sou também uma apaixonada por

Conheçam Michael Blomkvist. Cofundador e jornalista da pequena revista Millennium que não hesita em expor as suas opiniões, desmascarando e envergonhando quem quer que seja. Solteirão, atraente, culto e persistente, atira-se de cabeça para os mais variados projetos que decide perseguir. Jornalista respeitado pelos colegas, bom amigo e cidadão exemplar, ostenta um bom lugar na sociedade. Conheçam Lisbeth Salander. Trabalhadora freelancer da empresa Milton Security, declarada mentalmente incapaz e socialmente inapta mantém poucas pessoas ao seu redor e confia em ninguém. Estilo punk, de aspeto frágil com um vasto número de tatuagens e piercings e uma inteligência fora do normal. Uma sombra à margem da sociedade. O que acontece quando estes dois se juntam com um objetivo em comum? No primeiro livro da trilogia, “Os Homens que Odeiam as Mulheres”, o duo imprevisível junta-se pela primeira vez para escrever a biografia de uma das famílias mais importantes da indústria sueca, ou, pelo menos, é essa a versão oficial. Entre desmascarar um grande nome da indústria, desvendar segredos de família horripilantes e encontrar uma resposta a um mistério que dura há décadas, somos transportados para o frio escandinavo e quase conseguimos ver a ação a decorrer à nossa frente (caso precisarmos de ajuda existem dois filmes baseados no livro), considero sorte não estarmos nela, ainda podíamos acabar com umas nódoas negras para explicar. Se no primeiro livro temos a impressão de só saber o essencial acerca dos nossos protagonistas, tal não acontece no segundo, “A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo”. Lisbeth Salander vê-se presa numa embrulhada de proporções épicas. Entre enfrentar um tufão, o aumento do seu agregado familiar, fugir às autoridades e a impossibilidade de proteger os seus amigos, Lisbeth atinge o ponto de rutura de uma vida de enganos e injustiças. O segundo livro transpõe-se para o terceiro, “A Rainha no Palácio das Correntes de Ar”. Michael Blomkvist vê a sua amiga presa a uma cama de hospital, prestes a ser presa por crimes que não cometeu, quando descobre que a sua incriminação começou antes até de ela nascer. Michael move mundos e fundos para libertar amiga e travar definitivamente a sua injustiça. Apesar de ser o livro mais “calmo” dos três não deixa de ser um dos mais empolgantes que já li e um ótimo final para a coleção. Stieg Larsson prende-nos a cada palavra e deixa-nos completamente surpreendidos pelas reviravoltas mais inesperadas. Um escritor brilhante que cativa leitores como traças para uma luz e que representa uma novidade no mundo dos policiais, factos que se traduzem numa trilogia viciante que nunca se quer parar de ler e que nos cria um vazio quando terminada, não deixa de ser uma excelente leitura que recomendo a todos os leitores e pessoas que nem sequer pegam em livros e que apenas lamento a abrupta interrupção devido à morte do autor. Mas mais não conto! Agora só falta passarem na nossa biblioteca para descobrirem estes e mais tesouros.

Miriam Acúrcio – 12ºA 30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

paisagens

naturais

e

o

campo

tem,

evidentemente, isso a seu favor. Além disso, a relação mais familiar entre as pessoas, o que, na minha opinião, gera uma melhor qualidade de vida. Quem não dá um dedo de conversa com o merceeiro? Quem passa na rua e não ouve ou não diz um «Bom dia, Ti Maria»? No entanto, a verdade é que o campo apresenta também claras desvantagens, como a distância a que se encontra de certos serviços públicos ligados muitas vezes às necessidades pessoais de cada um e ao seu próprio lazer. E aqui entra a cidade que disponibiliza tudo isto.

Mas desengane-se quem acha que o meio urbano é perfeito! Na cidade predomina um dos maiores problemas que assombra o mundo de hoje: a poluição. De notar também que, nestas zonas, o tráfego é constante e mais intenso e as

pessoas

estão

mais

sujeitas

ao

sedentarismo, à solidão e às relações mais desumanas pois, como dizia Eça de Queirós, “Até

os

sentimentos

mais

genuinamente

humanos se desumanizam na cidade.”. Quer a cidade quer o campo têm vantagens e desvantagens, mas a minha escolha inclina-se

para o meio rural. E, àqueles que preferem a cidade, digo: tratem do vosso meio e de acabar com a poluição, aliás, tratemos todos disso, se não em breve ficaremos sem o nosso mais precioso bem: a nossa casa, a nossa TERRA! Bárbara Silva, 9º F


Soneto

::Produção de textos...

Composição poética formada por catorze versos decassilábicos divididos por duas quadras e dois tercetos. A técnica do soneto, emanada da Itália, onde imperava a nova poesia de Dante e Petrarca, data do regresso de Sá de Miranda a Portugal, em 1526. Camões, Bocage e Antero de Quental são alguns dos poetas que cultivaram o soneto. Os alunos do nosso agrupamento tentaram criar textos poéticos com as características do soneto. Aqui está o resultado:

SER FLOR

SOZINHA

FÉRIAS, QUANDO CHEGAM?

Da semente, broto no meu jardim. Tudo é novidade e cor no meu ser! Bonita demais para não se ver, Esta felicidade não tem fim!

Deambula por aquela cidade Olha e não vê, à volta, a multidão. Talvez more na rua da solidão E na porta da infelicidade.

Contando os meses, dias infernais Vivem os alunos nesta corrida - Porta-te bem! Estuda! - É a vida! - Fizeste os TPC’s? – Achas?! Jamais!

Enquanto botão, espero assim A luz que preciso para crescer, Água que das nuvens vai verter, O calor que o sol deita em mim.

Lágrimas velhas já não têm idade Correm p’la cara naquela aflição, Recordam momentos de satisfação, Trazem deles uma enorme saudade.

Deixa copiar por ti um só mais. - Há teste a seguir, estás esquecida? - Não me digas! Ai, no que estou metida! Nega?! Como vou contar aos meus pais?

Nas minhas folhas, a cor esmorece. O futuro, esta semente encerra, Em dor e mais dor tudo escurece…

Olha para o céu num dia molhado, Imagina a estrada do horizonte, Guiada só pelo manto estrelado.

Uma hora e meia com aquele “setor” Acho mesmo que vou adormecer. Saudades do verão e do calor!

A força que preciso enfraquece Salpicam brancos frios na terra Logo, por fim, tudo desaparece…

Porque agora só vive o passado, Sem ninguém ao lado a quem o conte Naquele banco onde continua sentada.

Acordar tarde e tarde adormecer, Prendas e família ao meu redor! Ao menos, falta pouco para as ter!

Autores: Júlia Silva, Raquel Melo, Francisco Santos, 9º F

Autores: Júlia Ribeiro, Alexandre Ferreira, Júlia Silva, 9º F

Autores: Joana Braga, Inês Mota, Bernardo Ramos, 9º E

SOPA DE CARINHO Ingredientes:

INGREDIENTES

- 1 Colher de solidariedade - 250g de amor em pó - 100g de amizade - 2 Colheres de educação - 400g de ajuda - 4 Colheres de boa vontade - 200g de humanidade

200 GR DE CARINHO 1L DE BEIJOS 300 GR DE AMOR 6 XI-CORAÇÕES RASPA DE SAUDADE

Preparação: Mistura-se a solidariedade e o amor e bate-se em castelo, de seguida junta-se-lhes a amizade e a educação. Mexe-se até ficar cremoso. Logo a seguir, adiciona-se a ajuda e mexe-se bem, mete-se no forno durante 2 h. Ao tirar do forno, junta-se a boa vontade e para cobertura deliciosa, adicionam a humanidade. E por fim, sai um delicioso cheirinho e serve-se a tarte cortada às fatias.

PREPARAÇÃO OS INGREDIENTES JUNTAM-SE DE FORMA DOCE E GENEROSA.MEXE-SE TUDO COM DELICADEZA E PAIXÃO. QUANDO ESTIVER COZIDA TRITURA-SE COM AMIZADE E SORRISOS.NO FINAL REGA-SE COM UM FIO DE SOLIDARIEDADE. ANDRÉ NETO SIMÕES-4ºB DO CE

Beatriz Facas 4ºB C.Ed. dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31


Produção de textos... :: Variações do mesmo Tema

Há algum tempo, li um artigo intitulado “Regresso Não gostei. Não gostei mesmo nada.

às (j)aulas”...

mesmas pessoas e ter as mesmas conversas todos os

Chamar jaula à escola é, na verdade, um pouco forte! Sim, estamos fechados num recinto rodeado por grades a tentarem fazer de nós “doutores”, mas jaula?! Creio que talvez o conceito de cela fosse mais adequado, apesar da escola atual em pouco se poder comparar à de antigamente. Nem quero imaginar! Só as palavras rigor e autoridade constavam no dicionário e a palavra

liberdade ainda não existia. Realmente, não damos valor à sorte que temos!

dias, à mesma hora. É tudo tão repetitivo! Acaba por ser um ciclo vicioso com tempo limitado. E esta rotina cansa, as aulas cansam, os professores cansam e os colegas cansam ainda mais! Até eu já estou cansado de escrever sobre tanto cansaço. Temos cinco dias de aulas e os dois dias previstos para descanso, passam também a ser de estudo.

Bem, vistos tantos bons e maus aspetos da Escola, o mais importante é que se nos esforçarmos e a levarmos

Na verdade, só nos estão a transformar, a fazer com que sejamos alguém com um enorme lado bom, transmitindo-nos as melhores bases para que, um dia,

a sério, será bem mais fácil, nos próximos anos, superar todas as dificuldades que forem surgindo e seguir em frente para um futuro repleto de sucesso.

possamos ser nós a passá-los a outro alguém. Hoje não

Como diz o poeta espanhol António Machado:

damos valor a isso, mas, num amanhã mais recente ou

“Caminhante, não há caminho/Faz-se o caminho a

mais longínquo, iremos dar!

andar”.

É claro que não me deixa felicíssimo encontrar as O título fez-me lembrar que, em cada ano, o tribunal do Ministério da Educação dá aos alunos uma pena de nove meses por um crime que não

cometeram e, assim, em setembro, lá temos de entrar nas instalações desta prisão civilizada. Vejo milhares de reclusos e fico contente por não ser o único. Toca a sirene e só me apetece fugir. Não posso, o passaporte vermelho de “não autorizado” pela minha mãe ergueu uma vedação de arame farpado. Bom, vendo bem as coisas, isto não é assim tão mau! Aqui podemos rir que nem uns loucos ou chorar como doidos, sem sermos julgados como tal. Mas o sentimento mais envolvente que nos pode acontecer é apaixonarmo-nos. Nesta prisão não somos privados disso. Aqui, somos o que somos. Além disso, os prisioneiros daqui até são engraçados, embora haja

alguns que demonstram uma simpatia maior do que a de um palhaço despedido por fazer chorar as crianças. Mas pronto. Os guardas também não são muito severos, ainda que, claro, se mantenham firmes no seu “NÃO” quando lançamos a nossa inevitável pergunta “Podemos sair cinco minutos mais cedo?”. A verdade é que muitos abdicariam de tudo para estarem dentro destas quatro paredes, sentirem o quão bom é aprender, abrir os cadernos e livros no início do ano e ser invadidos pelo cheiro a novo: novas palavras, novas matérias, novos conhecimentos, novas realidades. Pensemos em conjunto: afinal há melhor segunda casa do que esta? Texto coletivo - 9º F 32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Texto coletivo - 9º E

Há escolas que são gaiolas e escolas que são asas. Ruben Alves


::Produção de textos... Texto Argumentativo

A associação aula/jaula parece-me forte demais, mas consigo divisar algumas semelhanças. Ir para a escola rodeada de grades é um autêntico suplício.

“És o meu melhor amigo”

A prisão começa logo com o horário e, definitivamente, deitar cedo e acordar cedo não é para mim. Na escola, a supervisão é inteira nas aulas e nos intervalos pelos professores, funcionários e por aquele olho de que chamam de vídeo vigilância. Os guardas obrigam-nos a picar o cartão para poderemos entrar nas celas indesejáveis e os

professores são os diretores a fazer cumprir as regras. Que prisão, que jaula é esta? Será que esta pena nunca mais termina? Será que temos de continuar nesta rotina dias e dias sem conta? No meio de tanto espinho, atrevo-me a dizer que existe um mar de rosas na relação com os outros reclusos! Enfim, só eles para me animarem. São eles que fazem com que os meus dias não sejam tao monótonos. Só espero que, um dia, quando estivermos do outro lado das grades, possamos continuar a ser o que somos hoje: uma família que pensa no bem dos outros. Ouvir os professores a falar logo as oito e meia e nós com uma cara de sono não é lá muito bom, mas, se não fosse a escola, o que seríamos? Analfabetos a vaguear pelo mundo? Não sabíamos nem metade das coisas que sabemos hoje! Não éramos o que somos hoje nem conhecíamos as pessoas que conhecemos hoje. Reparem bem: somos uns privilegiados! Agora, aqui, ainda não podemos dizer ao certo o que queremos da vida. Só um dia mais tarde é que vamos olhar para trás e pensar “

foi aquela prisão que nos fez chegar ao que somos hoje, às pessoas que conhecemos, às amizades que construímos e que permaneceram nas nossas vidas”.

“Uma amizade verdadeira é um pacto que preservamos para toda a nossa vida. Quando dois amigos se identificam, tornam-se cúmplices dos seus atos e pensamentos e criam um laço que os une para sempre.” Eu e o meu melhor amigo conhecemo-nos há muito tempo. Juntos aprendemos inúmeras coisas, tais como, jogar à bola, trabalhar em equipa, partilhar opiniões, emoções, saber “ver” quando o outro está menos bem… Ao longo dos tempos, fomos compartilhando as mudanças que foram acontecendo nas nossas vidas. Como foi giro ver as alterações do nosso corpo! Chegámos mesmo ao ponto de nos rirmos de algumas situações engraçadas, como o aparecimento do bigode. É ele, também, que atura as minhas birras. No entanto, mesmo nos piores momentos, mesmo naqueles em que nos aborrecemos um com o outro, eu sei que posso contar sempre com ele! Por certo, ao longo da vida, muitos amigos passarão por nós, mas tenho quase a certeza que alguns marcarnos-ão para sempre. É o caso deste meu amigo, o meu melhor amigo! Pedro Jimenez - 8º B

Perante isto, só vos posso dizer “Carpe diem “, mas com respeito pelos outros, porque, encarando ou não a escola como

“No amor podemos substituir uma pessoa

uma jaula, não somos, de modo algum, selvagens; somos

por outra, mas não na amizade, porque

cidadãos a aprender a ser ativos e responsáveis na sociedade

cada amigo tem o seu lugar e não podemos

de amanhã.

Texto coletivo - 9º D

substitui-lo”.

António Lobo Antunes

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33


DIVERSÕES :: Trava-línguas

são uma espécie de jogos verbais que consistem em dizer, com

clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente.

O papá do Papa disse ao Papa para p apar a papa. Como o Papa não queria papar a papa disse ao papá para papar a papa que o papá lhe tinha pedido para papar, mas o papá não papou a papa que o papá deu ao Papa. Luís Nunes e José Ventura (1.º CV)

O que é que Cacá quer? Cacá quer caqui. Qual caqui que Cacá quer? Cacá quer qualquer caqui. Se cada um vai a casa de cada um é porque cada um quer que cada um lá vá. Porque se cada um não fosse a casa de cada um é porque cada um não queria que cada um fosse lá.

Trazei três pratos de trigo para três tigres tristes comerem. Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os desmafagafizar um bom desmafagafizador será. Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastos. Gato escondido com rabo de fora está mais escondido que rabo escondido com gato de fora.

Procura, na Sopa de Letras, as 20 palavras da lista. Não há palavras na diagonal 1º Curso Vocacional (realizado na disciplina de Português)

Bilhete Capital Chegada Continentes Excursão Malas Marcação

Mochila Monumento Museu Partida Passageiro Passaporte Roteiro Travessia Turismo Viagem Volta

E P O M A L A S I M O N U M E N T O U H

T Y T S R E W A S D T F G O H J K L Ç E

R M N I B R O T E I R O V C C X Z A S G

Y A Ç R O K I J N B O H N H B V O L T A

U I Z U A Q W S E X P E D I C V Ã F Z D

I O S S E R T F N V E C N D I E T R N W O R C S R X L A A S Q W S R U A X C A F

U E S U M Q A Z O X E S W E D C U R V C

P V T G B Y H N P U A J O Ã Ç A C R A M

P A R T I D A T A H J O F B V C X T B E

F R P Ç O L I K S M B I L H E T E N N G

O T S I V N H U S Q S D R V T B H I M A

D G H J M N L Ç A A S D F G H J K L Ç I

L A T I P A C O P A S S A G E I R O U V

Solução das adivinhas: chuva; lápis; planta; relógio; música; fechadura

Visto

A Ç L O K J H G F D S A E R T Y U I O C

34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Qual é coisa, qual é ela, que tem uma perna mais comprida que a outra e noite e dia anda sem parar? Qual é coisa, qual é ela, que põe o mundo a dançar, tem notas e não é dinheiro? Qual é coisa, qual é ela, que atravessa todas as portas

sem nunca entrar nem por elas sair?

Concurso de Adivinhas de FQ

Sopa de Letras Viagens Aeroporto

Qual é coisa, qual é ela, que respira sem pulmões e tem pés mas não anda?

Está aí novamente o concurso de adivinhas de FQ, para aos alunos dos 7º, 8º e 9º anos. Serão divulgadas trimestralmente duas adivinhas sobre temas abordados nas aulas de Físico-Químicas. As respostas serão colocadas numa caixa na biblioteca ou enviadas para o email: paulacruto@aecondeixa.pt ou bibliotescondeixa@gmail.com A classificação será divulgada no final do ano letivo e será atribuído um prémio ao aluno que obtiver a melhor classificação.

ADIVINHA Nº 1 Nos meus dias, dois no ano Noite e dia são iguais Lanço Outono e Primavera Em datas especiais ADIVINHA Nº 2 Sou grande num automóvel Conduzido com “prego a fundo” No sistema internacional Valho metro por segundo


:: Quem é quem?

São algumas das caras que nos oferecem um sorriso e um cumprimento agradável quando nos dirigimos a elas ou lhes solicitamos ajuda. Queríamos que as conhecessem no tempo em que eram meninas e também andavam na escola…

QUEM É QUEM?

A mais velha destas nossas amigas veio ao mundo a 25 de março de 1959. Estudou até ao final do 6º ano no externato D. Pedro, edifício que agora alberga a Segurança Social e já foi o Tribunal de Condeixa. Mais tarde tirou o 9º ano nas Novas Oportunidades que frequentou na Junta de freguesia de Condeixa-a-Velha. Começou a trabalhar, há 18 anos na escola primária Conde Ferreira, que agora é a sede da União de freguesias de Condeixa-a-Nova e Condeixa-a-Velha. Nessa altura trabalhava paralelamente na Escola Feminina, edifício situado na parte de baixo das instalações do Centro de Saúde de Condeixa, pois apenas havia uma funcionária para servir as duas escolas. Há 13 anos que se dedica a apoiar os meninos da EBnº1. No dia 18 de dezembro de 1959 nasceu esta nossa querida assistente operacional, que estudou em Angola até ao 7º ano e completou o 9º ano na C+S de Condeixa. Concluiu o 11º ano na escola D. Duarte, em Coimbra e fez o 12º ano no ensino noturno na ESFN. Em 1985 começou a trabalhar na escola C+S de Condeixa e passados 10 anos transitou para a ESFN, onde atualmente nos presenteia com a sua boa disposição. A próxima assistente operacional que vos queremos apresentar nasceu a 10 de março de 1968. Frequentou a escola primária de Belide. Estudou depois na C+S de Condeixa e concluído o 6º ano foi apanhar morangos pois nessa altura precisava de trabalhar. Em 2005 começou a trabalhar na escola amarela, depois passou para a escola azul. Hoje em dia encontra-se a dar miminhos aos alunos da EBnº3. Uma das caras simpáticas que nos dá as boas vindas na entrada da EBnº2, a mais nova destas 4 profissionais do nosso agrupamento, nasceu no dia 11 de janeiro de 1976. Frequentou a escola primária do Carriço, a escola C+S da Guia e a ES Cristina Torres da Figueira da Foz. Começou a trabalhar na escola de 2º e 3º ciclo de Condeixa no dia 2 de Dezembro de 1999. A nossa encarregada operacional, sorridente e bonita, continua, hoje, igual ao que foi quando era pequenina. Esta nossa amiga nasceu a 22 de maio de 1971. Frequentou a escola primária em Benda Fé e andou a estudar na C+S de Condeixa até ao 10º ano, concluindo o ensino secundário na Ebnº2 nas RVCC (Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências). Começou a trabalhar na ESFN à 18 anos e hoje em dia encontra-se a chefiar todos os seus colegas assistentes operacionais e a presentearnos com a sua boa disposição e eficiência.

CONSEGUEM RECONHECER ESTAS CARITAS LAROCAS? dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35


Escola Promotora de Saúde:: Em medicina, refere-se a qualquer substância com o potencial de prevenir ou curar doenças ou aumentar o bem-estar físico ou mental; em farmacologia, refere-se a qualquer agente químico que altera os processos bioquímicos e fisiológicos de tecidos ou organismos. Portanto, droga é uma substância que é prejudicial para a saúde. Contudo, num contexto legal e no sentido corrente (fixado depois de quase um século de repressão ao consumo de certas drogas), o termo "droga" refere-se, geralmente, a substâncias psicoativas e, em particular,

O Projeto “In-Dependências” visa a prevenção dos hábitos tabágicos e alcoólicos na comunidade escolar. Foi implementado, pela primeira vez, no ano letivo 2011/2012 nos Agrupamentos de Escolas de Condeixa-a-Nova e Penacova. Os seus coordenadores da área da saúde: Dr. Francisco Ferreira (Psicólogo Clínico) e Dr.ª. Cecília (Nutricionista) e ao nível das escolas os elementos da EPS – em Condeixa, a Professora Paula Cruto e o Professor Luís Vilela. O Projeto comporta três ações principais, dirigidas aos alunos do 5º ao 9º ano: (1)”Projeto Carta aos pais, familiares ou amigos”; (2) “Projeto logotipo”; e (3) “Sessões Psicoeducativas”. Apresentamos alguns dados e resultados com três anos de intervenção:  Antes da intervenção 33% dos alunos fumavam, diariamente, uma média de 29 cigarros por semana. Após intervenção, fumavam diariamente 15% (1º ano), 18% (2º ano) e 13% (3º ano), sendo a média de cigarros 16, 9, e 7 por semana, respetivamente.  Verificou-se uma redução diária do consumo do tabaco.  Estudos internacionais revelam que a informação e a prática de competências sociais nas escolas diminuem o consumo de tabaco e álcool.  Ao longo dos três anos, 87,5%, 93,8% e 97%, respetivamente, consideraram que adquiriram mais poder de decisão em relação à evicção tabágica e 86%, 91% e 95% em relação à evicção alcoólica.  Antes da intervenção a perceção e conhecimento acerca do tabaco e álcool apresentava um score de 8,5 pontos. Com a intervenção, a perceção e conhecimento têm vindo a aumentar, sendo 9,6 (1º ano), 9,9 (2º ano) e 10,4 (3º ano).  No primeiro ano 96,8%, 97,8% no segundo e 89% no terceiro ano desejavam a continuação das atividades interventivas.  Podemos inferir que se está a verificar um empoderamento (aumento de literacia que leva a uma capacidade de decisão sobre melhores escolhas comportamentais, mais liberdade e poder sobre fatores de influência externa).  O Projeto “In-Dependências” foi considerado relevante pelo

às drogas ilícitas, ou àquelas cujo uso é regulado por lei, por provocarem alterações do estado de consciência do indivíduo, levando-o eventualmente à dependência química (haxixe, ácido lisérgico ,mescalina, álcool etc.). Certos fármacos de uso médico controlado, tais como os opiáceos, também podem ser tratados como drogas ilícitas, quando produzidos e comercializados sem controlo dos órgãos sanitários, ou se consumidos sem prescrição médica. Leonardo, nº 14-8ºE

Projeto

“In-Dependências” Departamento de Saúde Pública da Administração Regional do Centro (DSP-ARSC), porque no que respeita às dimensões do seu desenho (tem diagnóstico de situação, avaliação na sua eficiência e eficácia, prático, envolve a comunidade educativa e tem efetividade custo-benefício) A DSP-ARSC considerou-o Projeto-Piloto e já está a ser implementado ao nível regional por outras equipas formadas pela Saúde e Educação. Condeixa-a-Nova, 26 de novembro de 2013 Olá, António! Tenho saudades tuas e das nossas conversas. Ultimamente tenho visto no telejornal que várias pessoas morrem devido ao tabaco. Não percebo como +e que tantas pessoas fumam, sabendo que isso lhes faz mal. Não percebo como é que tu o fazes, sabendo disso. Li a tua última carta, mas não te consegui responder logo, porque agora é a época de testes e se eu não tirar boas notas fico de castigo. Gostei de saber que finalmente encontraste alguém que realmente gosta de ti e que é da mesma opinião que eu. Para de fumar porque isso não te faz mal só a ti, mas também às outras pessoas que estão ao teu redor. Abraços da tua amiga,

Catarina

PS: Passei por aquela loja de que gostamos muito e pensei logo em ti e não te esqueças que fumar mata.

36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014

Concurso Carta a um familiar fumador 2013/2014 Ana Catarina Almeida, N.º 2, 7.º A - 2013/2014


Saudades da minha escola :: Crónica Vélia Carvalho, aluna do curso de Direito da Universidade de Coimbra. Ex-aluna do nosso Agrupamento

Bob Marley

Uma coisa que me choca, mesmo após cerca de sete meses a olhar sempre para as mesmas mesas

andava eu, uma mera transeunte, a passear pelos pátios da universidade, quando assisti a um episódio que me deixou boquiaberta e com uma certa ponta de fúria. Um senhor cego caminhava cautelosamente na direção de umas escadas enquanto tateava o caminho com a sua bengala, própria para a população cega, e sem querer bateu com esta nas pernas de um jovem que passava com o seu grupo. O jovem, parecendo muito ofendido com tal, praguejou com o cego que se desculpou atrapalhado, mas de nada

valeu. O estudante ergueu a mão num gesto de ofensa que o cego claramente não podia ver. Qual é a lógica de tanto alarido? O senhor era obviamente cego e não ia adivinhar que naquele preciso segundo iam estar ali umas pernas ávidas de levarem com uma bengala! A má educação destes estudantes, perante outras pessoas, perante pessoas com deficiência ou estrangeiros, é simplesmente incompreensível e repugnante, na minha opinião. Vivemos numa sociedade “podre” e cada vez mais este fenómeno é visível. Porém, felizmente, Não entendo o racismo no geral, verdade seja ainda existem gestos de bondade e pessoas dispostas dita. Qual é a lógica de discriminar uma pessoa só a acolher realidades diferentes e diversas no seu porque a sua cor de pele é diferente da nossa ou meio relacional. Isso, sim, é louvável. Isso, sim, devia porque tem outro jeito de ser, ou porque tem os proliferar e tornar-se global. Porque estas olhos em bico? São pessoas iguais a nós, com os discriminações não se verificam só em Portugal, há mesmos direitos, com os mesmos deveres, assim uma infinidade destas situações pelo mundo, sendo que até muitos conflitos armados se resumem a isto como aquelas pessoas com deficiências ou que mesmo: mero racismo, quer contra outra raça, quer apresentam necessidades especiais. Há uma tão contra outra religião, quer contra o que for. grande parte da população que vive à margem, que é É hora de dizer chega, é hora há muito tempo. diferente de alguma forma e lhe é negada a integração, quando o que se devia fazer era precisamente investir na integração e no desenvolvimento de meios de auxílio a essas famílias. O mundo não é só para uns, o mundo é para todos, mas estes moralismos de nada valem numa sociedade cada vez mais individualista em que cada um olha para o seu umbigo e exclui das suas relações todo aquele que não é seu semelhante. Outro caso com o qual interajo quase todos os dias é a situação das pessoas cegas. Um dia destes, riscadas e gastas, é aquele racismo existente na universidade relativo à população brasileira. Primeiro só insultam os brasileiros, existindo uma grande variedade de outros povos a estudar na universidade de Coimbra, como chineses, ingleses, indianos, e por aí adiante. Mas porquê só os brasileiros?! Não estou a querer dizer com isto que as outras etnias mereçam ser discriminadas, mas acho, no mínimo, estranho, quando esta sociedade gosta é de apontar o dedo a tudo o que é diferente no seu meio.

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 37


Crónica:: A força das palavras

A Parábola d’ O Vaso Chinês por Ana Paula Amaro Professora de Inglês do nosso Agrupamento

Era uma vez uma senhora chinesa que possuía dois grandes vasos que carregava na extremidade de um pau para ir buscar água. Um era perfeito mas o outro estava rachado. O vaso perfeito chegava sempre a casa cheio de água enquanto o outro chegava a casa meio vazio. Por este motivo o vaso perfeito estava sempre orgulhoso de si próprio. Já o vaso rachado envergonhava-se do seu defeito e de fazer apenas

nossa escola trabalha todos os dias com vasos rachados, tentando plantar sementes na berma da estrada e esperando colher flores mais tarde. Às vezes temos grandes ramos de rosas carnudas e de encher o olho. Vezes há em que nos deparamos apenas com urtigas que nos deixam a pele em ferida. Os dias não são iguais e nós também não. Constato que todos os professores que lidam com estes alunos tentam dar o seu melhor todos os dias contra todas as adversidades da profissão e a falta de preparação para lidar com este

metade daquilo que o outro vaso fazia. Passados dois anos, o vaso rachado tomou coragem e decidiu falar com a senhora, dizendo: Perdoe-me pois eu faço perder sempre metade da água que com tanto esforço vai buscar. A senhora sorriu e disse: Já reparou que lindas flores existem apenas do seu lado do caminho? Eu sempre soube do seu defeito e por esse motivo plantei sementes para que todos os dias você as

tipo de necessidades especiais. Ninguém nos preparou para este tipo de alunos e as entidades esperam que o bom senso seja a receita mágica. Não é! O nosso ingrediente segredo é um ramo de cheiros composto por muita paciência, um coração pleno de afetos, uma vontade férrea de seguir em frente e o aroma perfumado das pequenas vitórias. Tudo isto no anonimato de pequenas salas de aula, longe de

pudesse regar. Deste modo tenho sempre lindas flores na minha mesa. Todos nós temos um defeito qualquer mas é esse defeito que faz com que a nossa vida seja tão gratificante e diversificada. Cabe-nos a todos aceitar os defeitos de cada um e transformá-los numa vantagem. Gosto muito desta parábola pois ela lembra-me que todos nós temos o nosso papel na sociedade e que às vezes aqueles que são comummente considerados como “deficientes” têm muito mais para dar que muitas

mediatismos e de recompensas de qualquer espécie. No próximo dia 10 de dezembro celebra-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Para mim tudo começa pelo respeito: respeito por todo o tipo de diferenças e de capacidades. Aceitação do outro com todos os seus defeitos. Capacidade de ver para além do óbvio. Sabedoria para abraçar aquilo que nos une mais do que aquilo que nos divide. Que nesse dia, e em todos os restantes do ano, possa sorrir com a tranquilidade da senhora chinesa e não faltem flores na minha mesa.

vezes os vasos perfeitos aos olhos mais distraídos. A

38 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014


O que é o eTwinning?

:: Ainda não Sabiam?

O eTwinning é a comunidade de escolas da Europa. Este projeto disponibiliza uma plataforma para que os profissionais da educação (educadores de infância, professores, diretores, bibliotecários) que trabalham em escolas dos países europeus envolvidos, possam comunicar, colaborar, desenvolver projetos e partilhar; em suma, sentir-se, e efetivamente ser, parte da mais estimulante comunidade de aprendizagem na Europa. A ação eTwinning promove a colaboração entre escolas da

Europa, com recurso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), proporcionando apoio, ferramentas e serviços que facilitam, em qualquer área disciplinar, a criação de parcerias, de curta ou longa duração. Mais informações em http://www.etwinning.net/pt/pub/index.htm

grupo de alunos ucranianos

Turma do 7ºC O grupo de alunos portugueses

grupo de alunos franceses

O projeto Growing up in Europe / Crescer na Europa envolve cerca de 70 estudantes e 6 professores de 5 escolas: Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova (Condeixa-a-Nova, Portugal) Proposta de logotipo que poderá ser a Erich-Fried-Gesamtschule imagem do projeto “Growing up in (Herne, Alemanha), Collège Europre” criado pela aluna Bruna Brito. grupo de alunos alemães Sainte-Bernadette (SainteFlorine, França), Gymnasium №107 em MAC com a Diretora de Turma, seguintes atividades: "Vvedenska" (Kyiv, Ucrânia) e International professora Teresa Coelho, sendo o apoio -vários contactos entre os professores através de Relations Lyceum 51 (Kyiv, Ucrânia), técnico prestado pela professora mails, na plataforma eTwinning e através do Skipe Este projeto tem como principais objetivos bibliotecária Ana Rita Amorim. pedagógicos: desenvolver competências Este é um projeto sustentado por -Inscrição dos alunos no TwinSpace -Edição do perfil dos alunos com uma pequena digitais e culturais, promover a amizade contactos realizados apenas pelo uso das apresentação pessoal internacional e conhecer novas palavras tecnologias digitais através da internet. Os -Fotografia da turma com um cartaz com a internacionais/ língua inglesa. trabalhos, filmes e fotografias serão definição dos alunos sobre o conceito de um Visto que a implementação deste projeto partilhados entre os professores e alunos “verdadeiro amigo” envolve alunos de 4 nacionalidades, as envolvidos dentro do espaço reservado para -Cartas manuscritas/dactilografadas apresentando línguas de comunicação são, em primeiro o efeito (Twinspace) onde todos os o melhor amigo lugar a língua inglesa, se bem que se membros estão inscritos. Este espaço é -Concurso para criação do logótipo do projeto pretende de igual modo experimentar e supervisionado pelos professores e -O Natal no meu país – realização de pequenos trabalhos em língua inglesa ficar a conhecer algumas palavras em reservado com senhas de acesso. -Sessão de videoconferência com os alunos francês, russo, alemão, e claro ensinar o Para desenvolvimento das competências franceses português aos nossos parceiros. digitais pretende-se que os alunos utilizem Vai ser um ano muito interessante. Durante o ano letivo, a turma do 7ºC, ferramentas informáticas, tais como escolhida para participar neste projeto, vai videoconferência, chat, cartas/mails, desenvolver atividades no contexto desenhos, fotografias, Twinspace, A coordenadora do projeto “Growing up in Europe/ curricular na disciplina de Inglês, com a apresentações, vídeos… Crescer na Europa” - Ana Rita Amorim professora Ana Paula Amaro, assim como Até ao momento já foram realizadas as

We will tell you everything!

dezembro de 2014 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 39


Diana Simões -11ºTT “Uma promessa para toda a vida” de Nicolas Sparks

Gosto de histórias de Amor.

Filipe Santos -11ºTT “Guia de Portugal” da Fund. Calouste Gulbenkian

Olha para mim aLER+

Estou a pesquisar. A vinda à biblioteca e a consulta de bibliografia é fundamental para realizar um bom trabalho!

Catarina Rodrigues -11ºTT “A promessa” de Lesley Pearse

Foi muito giro ler no KOBO. É prático, leve e temos muitos livros, todos sempre à mão. Apareçam na BE para experimentar. É muito FIXE!

Hugo Moreira -11ºTT Diogo Sabino do 6ºC Jornal “As Beiras” “Harry Potter e os talismãs Quero manter-me a par do a morte” de J. K. Rowling

que se passa na minha região. Gosto muito desta coleção, Sendo estudante do curso porque tem mistério, aventura e profissional de Turismo isso é muita magia. essencial.

Jeni Fernandes do 6ºA “A menina que sorria a dormir” de Isabel Zambujal

Gosto deste livro, porque também sempre gostei de ler e ouvir ler histórias, tal como a Glória.

Profª Mª do Céu Relvão O Diário de Anne Frank de Anne Frank

Um livro que me marcou muito.

Pedro Santos do 6ºC “O mistério da Pérola Gigante” de Geronimo Stilton

Adoro este rato jornalista e atarantado. Já li vários livros desta coleção e recomendo-os!

Beatriz Figueiredo do 7ºC “História da gaivota e do gato que a ensinou a voar” de Luís Sepúlveda

É uma história que nos toca e nos mostra que o amor é possível entre raças diferentes que, à partida, seriam inimigas.

João Acúrcio -11ºTT Jornal “A Bola”

Gosto de me manter informado sobre os resultados desportivos do fim de semana!

Daniela Clara do 6ºC “Harry Potter e a pedra filosofal” de J. K. Rowling

Adoro esta coleção, pois leva-nos a imaginar outros mundos.

Mariana Silva do 8ºD “Detetive Maravilhas” de Mª do Rosário Pedreira

A Mariana já leu vários livros desta coleção, pois gosta de mistérios e de os partilhar com a tia.

Joana Machado do 7ºD “O Diário de Anne Frank “

João Simões do 6ºD “Uma aventura na serra da estrela” de Ana Mª Magalhães

Emília Rebelo do 7ºE

Muitos dos pensamentos e medos desta menina “As Gémeas -Claudina no Colégio são muito parecidos com os das jovens da minha de Stª Clara” de Enid Blyton idade, apesar de nos separarem 70 anos. Estas gémeas são muito

O projeto aLER+ no agrupamento de

Estas histórias fazem40 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2014 nos ser detetives. escolas de Condeixa

divertidas e, por vezes, até nos identificamos com elas.


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