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junho de 2015 - JĂ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1


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Índice ::

3 Fala a Diretora Memórias de algo humano que deveria ter sido … ...um cordão!

4 Reflexões de um Diretor de Turma Os Forais Manuelinos ou a importância de apostar na liberdade e autonomia humanas para a valorização de um bem comum

4 Notícias e atividades Parlamento dos Jovens - Sessão Distrital Parlamento Europeu - Viagem a Bruxelas Do outro lado do Espelho (Comemorações do Dia do Agrupamento, Dia do Patrono, Sarau Cultural)

Talentos na Escola Empreendedorismo na Escola - Aprender a Empreender Da nossa Janela… X Congresso Nacional “Cientistas em Ação” Conta-nos uma História! - prémio para o 4ºA Riscos e Catástrofes naturais

12 Desporto escolar Megasprinter - fase distrital Regionais de Basquete feminino Ser atleta não é para qualquer um! Inês Silva, Prémio Atleta Revelação do Ano

14 EFA - Educação e Formação de Adultos O Homem que plantava árvores Opções do meu dia-a-dia

15 Le coin du français Longjumeau, ville jumelle de Condeixa-a-Nova Au revoir e merci!

15 Ser MÃE e professora 16 FORAIS QUINHENTISTAS (Tema de Capa) O Passado no Presente D. Manuel, o Rei Venturoso Uma pedrinha no caminho… vamos guardá-la na algibeira!

Se eu tivesse um Brasão… Carta de Foral da turma A do JI da EBnº1 Curiosidades Medievais

21 Clima@Edumedia e Alterações Climáticas Entrevistas

24 Na biblioteca acontece... Semana da Leitura Concurso Soletrar Comemorações do Dia do Livro e dos direitos de autor Eu gosto muito de livros porque… Escape from School - noite na biblioteca da ESFN Reconto da história -Sábios como Camelos Projeto SOBE - Saúde Oral e Bibliotecas Escolares O GATO-SOL (Animação da Leitura no projeto de

EDITORIAL A chegar ao fim de mais um ano letivo, o terceiro à frente dum jornal com estas dimensões, não podemos deixar de começar por referir que estamos muito orgulhosos da nossa evolução… Começámos com um jornal pouco participativo e estamos, neste momento, podemos-vos dizer, com pouco espaço para tantas solicitações… . Isto só pode significar que temos leitores e gostamos de mostrar o MUITO e o BEM que diariamente fazemos em prol da nossa instituição e dos nossos alunos. Um agradecimento especial aos nossos três alunos colaboradores de serviço (Andreia Sousa e Renato Craveiro do 9ºB e Magda Mendes do 10ºC) que já começam a desenvolver competências jornalísticas e hábitos de trabalho, responsabilidades e práticas, que esperamos ver continuadas com outras novas companhias (novos aluno colaboradores) no próximo ano letivo! Temos mais uma vez, neste número, um tema de capa, os Forais Quinhentistas, tema que, curiosamente, revelou abordagens muito díspares e surpreendentes. Desde uma visão mais social, apresentada pela nossa querida professora Maria João Mariano, à perspetiva histórica, de quem está por dentro do assunto, como é o caso da professora Elvira Marinho, até ao extraordinário trabalho desenvolvido pelas nossas educadoras do pré-escolar Fernanda Raposo/Nina e Isabel Hipólito, que conseguiram explicar aos nossos meninos mais pequeninos quem foi D. Manuel I e o que ele fez por Condeixa ao atribuir-lhe um Foral há quinhentos anos atrás. Trabalhos fantásticos! Não deixem de ler! E não deixem de ler também outros artigos importantes de atividades realizadas, nas nossas diversas escolas, que revelam a diversidade de formas de ensinar e aprender. Exemplos disso são: o Parlamento dos Jovens, que dinamizou, desta vez, o Encontro Distrital na nossa terra e viajou até Bruxelas; o excelente trabalho premiado do projeto Eco escolas no 1º ciclo; o projeto Clima@Edimedia que procura promover, através da temática das alterações climáticas, tão importante nos dias de hoje, a não menos essencial literacia mediática e científica, entre outros. Como também já é “tradição” comemorámos o Dia do Agrupamento/Dia do Patrono com diversas atividades e, cereja no topo do bolo, realizámos um cordão humano construído por todos os alunos do Agrupamento, cerca de 1700, e uma grande largada de balões e coreografia coletiva, num grande encontro que não deixou de chamar a atenção de todos quantos passavam no centro da nossa bonita vila. E não podemos deixar de salientar o enorme e continuado trabalho desenvolvido pelas nossas bibliotecas escolares. Neste número damos conta, entre outras atividades, da intensa Semana da Leitura, em que se realizaram atividades diversificadas de animação de leitura, encontros com escritores, mas também de concursos e outras atividades que promovem a leitura em todas as suas vertentes. Ao finalizar mais um ano de intenso trabalho, cansados, mas contentes, queremos apenas afirmar que somos bons, trabalhamos muito e temos muita qualidade. Podem comprovar isso nos artigos deste número (e de todos os anteriores) do JÁ, o nosso jornal escolar. E isto não é sermos convencidos, é sermos orgulhosamente conscientes dos nossos meios, capacidades e trabalho produzido! Boas férias e boas leituras.

itinerâncias “Trinta dias, trinta livros”)

Nesta Sala Vivo eu! Concurso de Poesia na Escola

30 Lemos + escrevemos melhor 32 Escritores da nossa escola 33 Quem é Quem? 34 Diversões 35 Ainda não sabiam?

Junho de 2015 Coordenação / Grafismo: Ana Rita Amorim Edição / Redação: Clube Multimédia (professores: Anabela Lemos, Paulo Amaral, Alcina Dias, Teresa Ferreira, Filomena Ribeiro, Anabela Costa, Isabel Neves, Isabel Campos, Carla Pimentel Alunos: Andreia Sousa, Magda Mendes, Renato Craveiro)

Propriedade: Agrupamento de escolas de Condeixa Pela 2ilhaJÁ Esmeralda (Viagem à Irlanda - 11ºTT) - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

36 Olha para nós a LER+

aec.jornal@aecondeixa.pt


Memórias de algo humano que deveria ter sido…um

cordão!

Deixo aqui esta crónica em jeito de desabafo e desagravo pelos elevados níveis de stress a que certas e determinadas pessoas, nas quais infelizmente me incluo, foram sujeitas no passado dia 15 de abril, Dia do Agrupamento. Como é que uma ideia tão bem intencionada, tão bem disposta, tão bem planeada, pôde ter uma realização tão truculenta?! Deixem-me dizer-vos que quando partilhei a ideia com os adjuntos da direção, fi-lo como quem sonha acordado, tipo: “Era giro juntarmos os miúdos todos do Agrupamento de mãos dadas a unir as escolas da vila!!” De imediato o Paulo Amaral mandou o Fernando Pascoal posicionar-se, tipo homem de Vitrúvio, e começou a tirar medidas ao homem de braços estendidos, de uma mão à outra, simulou as várias dimensões para criança, menino, jovem e adulto, multiplicou pelo nº de alunos de cada ciclo, adicionou professores e funcionários, foi ao Google Earth medir a distância da Fernando Namora à EB2 e concluiu que… era possível pôr toda esta gente de mãos dadas e chegar de uma à outra escola. Mas não! - respondi eu. Vai ser uma grande confusão! É muito povo para organizar e vai demorar horas até que o cordão fique pronto!! Anoitece e nós nessa vida! Nem pensar! Nunca mais se pensou no assunto. Eis senão quando, numa ida à EB2, o Paulo Amaral confessou a mim e à Sandra Galante que não só ia haver cordão humano como o grupo de Educação Física tinha criado uma coreografia para juntar todos os alunos depois do cordão e a coisa metia dança, balões e fumos tipo, loucura total!!! Foi de tal modo a taquicardia que tiveram que me pôr um comprimido debaixo da língua! Não… isto já sou eu, tipo, a delirar… A verdade é que depois de muitas reuniões, com os maiorais das Expressões, com as presidentes das Associações de Pais, as coordenadoras de escola, os

::FALA A DIRETORA delegados de turma da EB2 e da ESFN, depois de fazer um mapa com a localização exata de cada turma no dito cordão, mistérios insondáveis ditaram que eu me tivesse esquecido do essencial: DEFINIR CORDÃO!!!! E, para ajudar, o S. Pedro resolveu mandar uma valente chuvada à hora aprazada para o início das hostilidades! Mas será que os nossos queridíssimos alunos não sabem o que significa CORDÃO?! Será possível confundirem com ajuntamento? Conjunto anárquico de pessoas? Molho de indivíduos desorganizados? TODA A GENTE sabe que cordão significa fileira, correnteza, fiada, alinhamento; supõe ligação, pessoas de mãos dadas… mas como explicar isso a um por um?! Deixo

um exemplo, tipo, desenho! Depois é claro… demorámos muito tempo!! Entre gritos, telefonemas e vilipêndios vários dirigidos aos mais variados destinatários, consegui por escassos instantes que alguns… poucos… permanecessem em cordão, para de imediato ordenar “Destroçar!” e mandar todos para a Praça do Município. Depois é claro… já tinha acabado a coreografia, tipo, foi-se! A engenhoca dos fumos estava toda encharcada e os fumos saiam com uma jactância que envergonhava qualquer um. Não fossem as pauladas que uma cambada de malfeitores acertaram no dispositivo e ainda lá estávamos agora à espera que os fumos acabassem! O que vale é que está tudo registado em vídeo e todos os prevaricadores serão devidamente notificados, postos com termo de identidade e residência e severamente punidos pela diretora que os condenará a repetir tudo novamente! Tipo, para o ano!!! Anabela Lemos

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Imagem retirada do Catálogo “Património quinhentista de Condeixa-a-Nova” de Miguel Pessoa e Lino Rodrigo

Reflexões de um Diretor de Turma::

Os Forais Manuelinos ou a importância de apostar na liberdade e autonomia humanas para a valorização de um bem comum Ao tornar um concelho livre do controlo feudal, transferindo o poder para um concelho de vizinhos, o foral real era determinante para assegurar as condições de fixação e prosperidade da comunidade, assim como o aumento da sua área cultivada, pela concessão de maiores liberdades e privilégios aos seus habitantes. Assim se formaram os primeiros municípios. Vem isto a propósito da importância da liberdade e autonomia humanas para o crescimento das localidades, quer em termos territoriais, quer em termos económicos, quer políticos. As relações humanas, se estabelecidas num espírito de igualdade, de respeito, de trabalho para um mesmo objetivo benéfico para todos, são o pilar de qualquer sociedade próspera e evoluída. Diz o neurocientista português António Damásio, cuja área de estudo é o cérebro e as emoções humanas, que mais importante do que o quoeficiente de inteligência (QI) do indivíduo, é o seu quoeficiente emocional (QE). Doentes com lesões no córtex pré-frontal, ainda que mantenham a capacidade intelectual intacta, apresentam mudanças constantes do comportamento social e incapacidade de estabelecer e respeitar regras sociais. Rapidamente se confrontam com problemas na sua vida diária e são colocados à margem pelos outros, que os receiam. O ser humano é intrinsecamente social. Como tal, a área das emoções é preponderante no estabelecimento

de laços com os outros, na inserção e aceitação pelo grupo a que se pertence. Nas novas sociedades, cada vez mais viradas para as redes sociais e para uma convivência artificial e distanciada dos outros, devemos refletir sobre a importância das relações humanas de proximidade (no prédio, no bairro, na escola, no trabalho) e pensarmos na mais-valia das emoções para a construção de uma vida melhor, porque mais rica, para todos. Pensemos no problema que as sociedades atuais e os Estados enfrentam com a terceira idade, sobretudo nos grandes aglomerados urbanos. Sem tempo para cuidar dos mais velhos, que já não têm autonomia para poder fazer a sua vida diária sem o acompanhamento de alguém, os seus familiares veem-se muitas vezes constrangidos a colocá-los em lares, sofrendo uns e outros: os primeiros, porque se veem despojados do seu espaço familiar, das suas rotinas, dos seus amigos, dos seus locais de conforto. Os segundos, problemas de consciência por não poderem acompanhar aqueles que sempre lhes deram a mão e os viram crescer. Uns e outros vivem infelizes. Devemos, pois, cuidar dos que nos rodeiam, estabelecendo com eles laços de vizinhança, de amizade, de entreajuda, num espírito comunitário que foi, certamente, o dos primeiros munícipes. Maria João Cura Mariano

SESSÃO DISTRITAL DO ENSINO BÁSICO No dia 3 de março decorreu no Museu Monográfico de Conímbriga a sessão distrital do Parlamento dos Jovens do Ensino Básico, com a presença de deputados eleitos de 22 escolas do 4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Distrito de Coimbra (totalizando entre deputados efetivos e suplentes, 66 jovens). Esteve presente o senhor deputado Paulo Almeida do CDS, que participou no debate e que esclareceu os jovens deputados, em


:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES relação ao tema em debate, bem como ao funcionamento da Assembleia da República. Considerando que o crescent e insucesso escolar é uma preocupação constante dos alunos, é também uma preocupação de pais, professores e dos nossos governantes; considerando que todos os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem, devem caminhar no mesmo sentido com o grande objetivo de atingir metas de sucesso, que garantam aos nossos estudantes um otimismo num futuro profissional que se aproxima, foram apresentadas as várias propostas de medidas para posteriormente serem selecionadas as melhores para integrarem o projeto de recomendação do distrito de Coimbra a apresentar na fase nacional. Assim, foram eleitas à sessão nacional as escolas: Agrupamento Escalada da Pampilhosa da Serra, o Instituto Educativo de Lordemão, o Colégio de São Martinho e a Escola Secundária José Falcão. As Deputadas que representaram o nosso Agrupamento de escolas, Andreia Sousa, Beatriz Bizarro e Ana Catarina Almeida, tiveram uma prestação muito positiva, defendendo o nosso projeto de recomendação, com uma grande capacidade de argumentação e com grande atitude cívica. Estão de parabéns. É de salientar o excelente trabalho desenvolvido pela aluna Carolina Bernardes, que esteve como secretária à mesa da sessão distrital, que mereceu grandes elogios por parte da técnica da Assembleia da República que esteve presente para aprestar auxílio aos membros da mesa. Foi com enorme satisfação, que recebemos os elogios dos representantes das várias escolas, no que diz respeito à forma como organizámos e recebemos a sessão distrital. Salienta-se a excelente colaboração da autarquia e da direção do museu Monográfico de Conímbriga, que, em conjunto com o Agrupamento de Escolas de Condeixa, contribuiu para que esta sessão fosse um êxito. A Coordenadora do projeto Parlamento dos Jovens, Professora Sónia Vidal

Parlamento Europeu Viagem a Bruxelas

No âmbito do projeto do Parlamento dos Jovens, fomos convidados pelo eurodeputado Fernando Ruas a visitar o Parlamento Europeu. A verdade é que quando me inscrevi no Parlamento dos Jovens, o meu principal objetivo era partilhar a minha opinião, nunca imaginando que este projeto me levasse até ao centro da Europa. Uma viagem inesquecível, que nos faz acreditar que as atividades extracurriculares são atividades para participar, sempre! À chegada a sensação foi como a de abandonar um grande amor e dar entrada num congelador, mas a temperatura foi rapidamente esquecida quando deslumbrei a estética da cidade. Acompanhados dos professores Jorge Simões, Sónia Vidal e Anabela Lemos, fomos apresentados à cidade da melhor maneira. Instalámo-nos no hotel e procurámos explorar a cidade. Percorremos a Grand Place e todas as pequenas vielas em torno dela, comentámos o tamanho desapontante do Manequim Piss e até passeámos nas Les Galeries Saint Hubert. No dia seguinte, foi-nos feita uma visita guiada ao Parlamento Europeu e assistimos a uma pequena palestra com o eurodeputado Fernando Ruas. Compreendemos o funcionamento do Parlamento e rimos à custa das dificuldades causadas pela língua. Mas a nossa viagem não ficou por aí, despedimo-nos do Parlamento e viajámos pela parte subterrânea da cidade até uma das maiores atrações turísticas: Le Atomium. A maior desilusão foi partir e até essa foi emocionante. Todos sabemos que esta foi uma oportunidade única e embora o eurodeputado Fernando Ruas ainda nos deva um jantar, não podíamos estar mais gratos por ter selecionado a nossa escola, e o nosso grupo para viver esta experiência incrível!

Andreia Sousa, 9ºB, Jornalista do JÁ

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NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: Prof. Sérgio Rodrigues e ainda a palestra “Astronomia na Escola -

O Sol e o Sistema Solar” ao Prof. Dr. João Fernandes, diretor do Observatório Astronómico da U.C. Na sala de informática deparei-me com uma mostra do Curso Vocacional. Apreciei um ateliê sobre “Suporte Básico de Vida” e uma exposição subordinada ao tema “Sardinheiras de Condeixa” da responsabilidade do Curso Profissional de Técnico de Turismo, que para o efeito convidaram a Profª Rosário Grilo da “Associação Sempre a Aprender”. Os Jogos Matemáticos fizeram também parte das inúmeras atividades. No passado dia 15 de abril, entre as 9:00 e as 13:30, o

Agrupamento de Escola de Condeixa-a-Nova celebrou o Dia do Agrupamento, subordinado ao tema “As cores da nossa Identidade”. Como é meu hábito, sempre que há atividades no Agrupamento, tenho todo o gosto e satisfação em visitar as escolas e as pessoas com quem tão prazerosamente trabalhei e que sempre me recebem com carinho e amizade.

O Curso Profissional de Apoio Psicossocial brindou os visitantes

com uma mostra dos trabalhos que tem desenvolvido. Vi também uma exposição evocativa da 1.ª Guerra Mundial e assisti a parte de um Quiz Literário organizado pela biblioteca escolar. Entrei nos Laboratórios Abertos de Química e de Física que mostravam “atividades experimentais” Com pena minha, por não ter tido o tempo necessário, não

Ao entrar no átrio da escola, que durante quase quatro me via

Do outro lado

chegar, pelas oito e picos da manhã, deparei-me com inúmeras atividades, em que se envolveu de corpo e alma, como é aliás habitual, toda a comunidade educativa.

Dia do Patrono na ESFN

Sarau

assisti à Gincana de Jogos Tradicionais “Pistas do Tempo”. Já fora da Escola Secundária, mais precisamente, no Centro Educativo, foi hasteada mais uma vez, graças ao empenhamento de toda a comunidade educativa, a bandeira da Eco-Escolas, com a presença da senhora vice-presidente da Autarquia, Dra. Liliana Pimental, que tanto apoio e dedicação tem demostrado, no que diz respeito ao Agrupamento de Escolas de Condeixa. Continuando o meu périplo pelas escolas da sede do Concelho A “Expo Fernando Namora”, que não só divulgou a oferta educativa e formativa, contava ainda com as exposições “Mãos

fui espreitar de fugida (o tempo não dava para mais) o “Dia da Escola Aberta” festejado na EB2,3.

que falam...” “Mapas e Cartas Geográficas Escolares”, com o”

O entusiasmo e a alegria de todos eram contagiantes. Por lá

Ateliê Croché” e com a Banca “Tradições e símbolos de Portugal”

havia um sem número de atividades diversificadas em que se

e os “Stands” de “Mergulho” e de” Aikido”.

notava um fervilhar de emoções.

Na Biblioteca Fernando Namora decorria a palestra subordinada

Era a exposição “Mãos que falam...” e as Exposições Interativas

ao tema “Participação do Corpo Expedicionário Português na 1.ª

“Conta, Peso e Medida”, “Com cheirinho…”,“Cor e Luz”, e o

Guerra Mundial ”levada a cabo pelos palestrantes Tenente-

“Cantinho das artes”, a mostra da “Evolução do objeto técnico”, a

coronel João Paulino e Dr. António Figueiredo da FLUC.

Aula Aberta de Espanhol, o Clube do Ambiente e do Bem-Estar, o

A apresentação da Oferta Formativa coube ao Dr. Rui Gama,

Teatro de Fantoches, ” a Coreografia – Cor “ A Rainha das Cores,

subdiretor da FLUC, a palestra sobre “Os Lusíadas” ao Dr. Albano

o Bonnet Parade, a Dança Zumba e a atividade “Os Forais no

Figueiredo, a palestra sobre o 25 de abril ao Dr. Ernesto Paiva, a

Império dos Pardais”.

palestra Química e Literatura na obra de Fernando Namora ao

Foram também um sucesso os “Doces com Cores e Sabores”, o

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES “Ateliê FN” e o “Tralh’Arte”.

A exposição de carros de bombeiros dos Bombeiros Voluntários de Condeixa entusiasmava os mais curiosos. O Torneio de Xadrez, a Feira Solidária e a atividade de Radio modelismo foram um sucesso. Tudo isto culminou num saboroso ”Lanche”, já que as barrigas começavam a “dar horas”, antes da partida para a Praça do Município, cada um munido com um balão que representava as “Cores da Nossa Identidade”: vermelho para os meninos do pré-

algumas considerações sobre o ensino, de seguida, fomos

escolar, azul para o primeiro ciclo, amarelo para os meninos da

brindados com a final do Concurso de Talentos na Escola,

EB 2,3 e verde para os alunos da Fernando Namora.

destinado aos alunos do Agrupamento e atuaram os três

Eu estava lá, na praça do Município. Era um colorido enorme

finalistas: Banda Mau Humor na categoria de Instrumental, Sofia

que fazia lembrar ondas de quatro cores: vinham do norte e do

Cruz, na categoria de Dança e finalmente Andreia Mesquita, na

sul da vila, juntaram-se ordeiramente para dar um abraço

categoria de Canto. No final do sarau e após votação de todos os

solidário, bem matizado e todos em uníssono celebraram a sua

presentes, ficou a conhecer-se o vencedor deste concurso que foi

identidade com uma bela coreografia que encheu de alegria

a Sofia Cruz, na categoria de dança. A Sofia dançou airosamente,

aquela praça, onde fizeram questão de estar presentes os órgãos

com leveza e suavidade e encantou os presentes.

autárquicos.

Mais uma vez, mostrando que a parceria entre a Autarquia e o

Mas as celebrações do dia do Agrupamento não se ficaram por esta memorável manhã.

Agrupamento está bem cimentada, o executivo, na pessoa do senhor Presidente, Dr. Nuno Moita, elogiou o trabalho e o mérito

do espelho

do Agrupamento, num breve, mas caloroso discurso. De seguida, conhecemos os alunos que se distinguiram no

Dia da escola aberta na Ebnº2

Cultural

Concurso para a criação do logótipo “Escolas Livres de Fumo” no âmbito de uma atividade conjunta entre a Escola Promotora de Saúde, o Centro de Saúde de Condeixa e a Câmara Municipal de

Condeixa. Foi a vez de subirem ao palco: a Dr.ª Liliana Pimentel, vice-presidente da Câmara, o Dr. Francisco Ferreira do Centro de Saúde e a Profª Paula Cruto que premiaram os alunos: Joana Moreira, do 6ºE em 1º lugar; Rafael Natário, do 6ºC, em 2º lugar; Daniel Santos, do 6ºB em 3º lugar. Continuando o show, fomos brindados por uma pequena, mas muito bem conseguida peça de teatro “O Pedro e o Lobo”, que os alunos do 12º ano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial, encenados pelo Prof. Paulo Carregã, prepararam. Finda a peça de teatro foi a vez da Sr.ª Presidente do Conselho

No dia 17 de abril, no Cineteatro Municipal, teve lugar o “Sarau Cultural” pelas 21 horas.

Geral, Dr.ª Graça Figueiredo, subir ao palco para proferir algumas palavras sobre todo o trabalho desenvolvido pelo e no

A sala tornou-se minúscula e estava repleta, com muitas

Agrupamento, palavras essas que calaram bem fundo em mim…

pessoas de pé para assistir ao espetáculo que começou com a

Outro dos momentos que vivi com grande emoção foi a atuação

COREOGRAFIA “AS CORES DO AGRUPAMENTO”, tendo sido

do Grupo Musical da Escola Secundária Fernando Namora,

seguida pela COREOGRAFIA “HAPPY”, ambas do Clube Outras Artes. Os alunos Magda Mendes (do ensino secundário) e Leonardo Ramos (do 1º ciclo) foram os apresentadores de serviço, tendo dado muito bem “conta do recado”. Os “apresentadores de serviço” começaram por chamar ao palco a Dr.ª Ana Paula Almeida e Sousa, em representação da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, que teceu junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 7


NOTÍCIAS / ATIVIDADES::

O nosso dia do Agrupamento

ensaiado pela professora Isabel Correia com os alunos da

No passado dia 15 de abril, as escolas do Agrupamento de Condeixa-a-Nova celebraram, uma vez mais, o Dia do Agrupamento, dia em que se assinala o aniversário de Fernando Namora, patrono da escola secundária. Durante a manhã, os alunos da escola azul realizaram atividades na escola amarela: pintaram, ouviram histórias, fizeram experiências, dançaram… No final da manhã, alunos, professores e funcionários concentraram-se na praça do Município e, com balões das cores do Agrupamento, vermelho, azul, amarelo e verde, dançaram e pularam até rebentarem os balões! Nem a chuva estragou a festa!

Educação Especial: Tiago Fernandes, João Jordão, Sandra Santos e Daniela Silva. Foi enternecedor ver a entrega e dedicação do grupo. De seguida, foi com carinho e admiração que ouvi as doutas palavras da Sra. Diretora do Agrupamento, a Dr.ª Anabela Lemos, sempre disponível, conciliadora e amável. Como o Desporto Escolar é uma das atividades de sucesso do Agrupamento, chegou a altura de premiar os alunos que se salientaram nestas atividades. Assim, subiram ao palco o Sr. Coordenador do Desporto Escolar, o Prof. Mário Teixeira, bem como a Sra. Diretora, Dra. Anabela Lemos, para entregar os prémios por reconhecimento do Mérito Desportivo no

Alunos do 2ºA/2ºC da Escola Azul

Agrupamento aos alunos que, no Campeonato Distrital, mais se distinguiram, na modalidade de Ténis de Mesa. Na competição por equipas, juvenis masculino, ficaram em primeiro lugar os

campeão de Portugal, na prova de 800m em pista coberta, batendo um conjunto de atletas credenciados e com provas dadas a nível internacional; encontra-se, no grupo restrito de alunos, João Moita do 10ºB, Gonçalo Nunes do 10ºC e David

jovens esperanças que está a ser apoiado pelo Comité Olímpico

Coelho do 10ºB. Na competição individual, também da

português, ao nível do atletismo nacional, pois tem dado provas

modalidade de Ténis de Mesa, o João Moita ganhou, igualmente,

constantes, através dos resultados que alcançou, do seu grande

o 1º lugar, em juvenis masculino, enquanto o Tiago Pessoa, do

mérito e excelência desportiva e está com fortes hipóteses de

12ºA, ficou em 3º lugar, no escalão de juniores masculino.

representar Portugal nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

O aluno André Costa do 8ºE recebeu o prémio do 2º lugar no

Este ex-aluno que tanto prestigia o Agrupamento é o João

Corta-Mato Distrital, no escalão de iniciados masculino e o 1º

Fonseca, que acompanhei quando ainda estava no ativo…

lugar no MegaSprinter Distrital, MegaKilómetro.

Parabéns, João,! És o nosso orgulho!

A aluna Inês Rodrigues, do 6ºE, também no MegaSprinter Distrital, MegaKilómetro., ficou em 2º lugar.

O grandioso sarau terminou com a maravilhosa atuação da incrível Orquestra, já tão conhecida de todos nós e que é

Os Prémios de Reconhecimento de Mérito Desportivo foram

constituída por alunos do 5º ano ao 12º, bem como alguns

para, em primeiro lugar, o João Frota do 11ºA, jogador da

alunos que frequentam as aulas de Música nas suas Atividades

Académica, que integra a Seleção Nacional de Sub 17 de Pólo

Extracurriculares ensaiados pela professora Tânia Dias e ainda ex

aquáticoe que participou, em março, na Holanda, no Torneio de

-alunos do Agrupamento, sob a direção do entusiasta e

Apuramento para o Campeonato da Europa. Um ex-aluno, que

carismático professor e maestro Mário Alves.

começou por brilhar, no Desporto Escolar deste Agrupamento,

Como estou ”Do outro lado do espelho”, mas estive durante

foi apurado para os campeonatos da Europa de pista ao ar livre,

quarenta anos do outro lado, sei bem quanta dedicação, esforço,

na disciplina de 800m. Além disso, em fevereiro, sagrou-se

empenho, carolice, tempo e amor são necessários para levar a bom porto tão esplendorosas e grandiosas atividades. O meu bem-haja a toda a comunidade educativa por nos terem brindado, mais uma vez, em particular este ano letivo, com “As cores da nossa identidade”. 11 de maio de 2015 Helena Araújo, Professora Bibliotecária aposentada

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::NOTÍCIAS / ATIVIDADES Todos devemos começar a

estamos no topo do mundo, o que nem é bom nem mau, é

caminhar por algum lado,

como nós queremos.

pelo lado mais fácil ou pelo lado mais difícil. Eu escolhi

Assim como há grandes fracassos, há igualmente grandes vitórias!

arriscar, e hoje apesar de

Ainda há pouco tempo participei num concurso e fui a

todas as dificuldades, sinto a

primeira eliminada. A minha reação? Sorri e fiquei feliz por

vontade de repetir cada

ter arriscado, acompanhei todas as eliminatórias e, o melhor

segundo que passou. Foi uma incrível experiência, na

de tudo, criei novos laços de amizade com

qual pude verificar a complexidade da realização de

pessoas incríveis.

um evento, mas o resultado é o mais importante!

Através deste concurso, concretizei algo

Comecei por um simples cartaz e com a criação de

importante pois aprendi o quão difícil é

um e-mail… por vezes pensei “isto não vai resultar,

organizar algo, mas interiorizei que o

não há inscrições”! Contámos com a presença de 9

resultado final é o mais relevante porque é

fantásticos concorrentes.

fantástico olhar para trás e pensar “foi

O mais novo de todos os concorrentes chama-se

impossível até acontecer”.

Pavlo Klymchuk, (5ºD) e apresentou-nos uma

Sinto-me feliz e deveras orgulhosa do que

performance de equilíbrio. De seguida, foi a vez de

tenho feito e quero continuar a fazer. Nunca

uma maravilhosa menina, que brilha como as

se esqueçam de acreditar nos vossos sonhos.

estrelas na área da dança, Sofia Cruz (6ºE). A Lara

“O sonho comanda a vida, e sempre que o

(8ºE) encantou-nos com a sua maravilhosa voz. A

homem sonha, o mundo pula e avança.” Finalmente, devo agradecer a oportunidade e confiança da nossa querida Diretora do Agrupamento de Escolas, Dr.ª Anabela Lemos. Os nossos queridos jurados também brilharam e tiveram um papel importantes:, os professores Anabela Lemos e Sandra Galante e António Campos. Por outro lado, quero ainda agradecer ao staff (Ana Ferreira, Andréa Rato, Bárbara Morim, Érica Wallberg, Hugo Gonçalves, Jéssica Oliveira, Renato Craveiro e Tomás Ribeiro) que me ajudou com muito empenho e acima de tudo apoio. Aproveito para agradecer à minha família por toda a confiança que depositou em mim. Foi indispensável. Aos patrocinadores também retribuímos um grande MUITO OBRIGADO: Intermarchê (vale de 50 euros em compras), CE Seguros (taça de 1º lugar) e ainda Metralhacar (20 euros).

Escola Básica nº2 esteve em grande, mas a Secundária Fernando Namora não ficou atrás, pois os nossos queridos participantes brilharam na área do canto com a Andreia Mesquita (1ºVoc), Ionara Vaz (10ºC) e Gonçalo Viseu (10ºA). Para nos divertir,

Jorge Ramos (10ºC) vestiu a pele de Hitler e Andreia Sousa e Renato Craveiro (9ºB) apresentaram um sketch na área “Stand-Up”. Por fim, para animar o concurso, contámos com a presença de três grandes músicos: João Maduro (10ºC), Miguel Carvalho e Nuno Alves (10ºA) – “Os Mau Humor”. De todos os concorrentes, apenas três sobreviveram: Andreia Mesquita, Sofia Cruz e Mau Humor. No entanto, apenas um deles venceu: SOFIA CRUZ. A Sofia contou-me que gostou da sua participação e que se sentiu orgulhosa do seu trabalho. “Eu fiquei muito feliz e impressionada porque nunca pensei chegar tão longe ou

mesmo ganhar. Vou fazer o possível para conseguir seguir a arte de dançar”. acrescentou ainda que o concurso a ensinou a ganhar confiança em si mesma. No final, a aluna referiu “gostei principalmente de ver as pessoas apreciarem algo que eu faço”. Todos nós evoluímos na vida, uns mais depressa, outros

Por fim, caros concorrentes, não desistam, obrigada pela vossa participação, coragem e dedicação!

mais devagar… Devemos acreditar nos nossos sonhos, apesar de podermos ter que andar anos e anos a tentar alcançá-los. Quando for a altura certa, sem nos apercebermos, já

Que para o próximo ano letivo haja uma segunda edição! Magda Mendes 10ºC – Jornalista do JÁ

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9


NOTÍCIAS / ATIVIDADES:: EMPREENDEDORISMO NAS ESCOLAS APRENDER A EMPREENDER - 3ª Edição Alunos de Condeixa apresentaram oportunidades de negócio O auditório da EB2/3 foi o palco da apresentação da 3ª edição do projeto: Empreendedorismo nas escolas, que premiou as melhores ideias empreendedoras dos alunos do 3º ciclo e do ensino secundário. Quatro grupos, dois do curso de ensino vocacional, um grupo do 8º ano, turma A, e um grupo do secundário, apresentaram as suas ideias empreendedoras, sob o olhar atento de uma plateia de cerca de oitenta pessoas e de um júri de quatro elementos: a Sra. Vice-Presidente da Câmara Municipal de Condeixa, Dra Liliana Pimentel, a arquiteta Ana Moreira e dois jovens empresários, convidados pela Câmara Municipal de Condeixa, que apresentaram também, de forma breve, as empresas que estão a construir e procuraram incentivar e motivar estes jovens para não desistirem dos seus projetos. As quatro apresentações: Termo Sweat - Daniela, Daniel e José Carlos (Curso Vocacional) e EIR (reciclagem) - David e Joaquim (8ºA- EB2/3); Bilhar MZT- José Mota, José Ventura e Tomás Córes (Vocacional) e Licores Cá da Terra - Ana Sousa e Andreia Sousa, receberam forte aplauso da plateia, onde se encontravam também alguns professores e técnicos que apoiaram estes alunos neste projeto, nomeadamente, o professor Victor Paranhos e a

Da nossa janela…

Desenho de Tatiana Tomé - 1º ano EB1 da EGA

Dra Marta Branco. Apoiaram igualmente, os grupos do 8º ano a professora Anabela Estevão e o grupo do ensino secundário, o professor Paulo Carregã. Os prémios atribuídos aos grupos vencedores, um voucher de 70 euros por cada elemento dos grupos vencedores, bem como entradas gratuitas nas Piscinas Municipais de Condeixa, durante a época balnear, para os grupos não vencedores, foram um patrocínio da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova. As duas melhores ideias empreendedoras, uma do ensino secundário e outra do 3º ciclo, Bilhar MZT- José Mota, José Ventura e Tomás Córes do Ensino Vocacional e Licores Cá da Terra - Ana Sousa e Andreia Sousa, respetivamente, vão agora representar Condeixa na grande final intermunicipal do concurso. No dia 23 o grupo do ensino básico, participará no concurso intermunicipal em Coimbra e as representantes do ensino secundário, estarão presentes no dia 30, na fase intermunicipal em Tábua.

O dia começou como todos os dias. Começámos a trabalhar, pois o nosso desejo de aprender é muito grande. Lá fora estava um bonito dia de sol. As andorinhas, os pardais, as rolas voavam à volta da nossa escola como se estivessem a dizer – bom dia! De repente, algo nos chamou a atenção. No cedro, em frente à nossa janela, vimos algo de maravilhoso. Os ramos baloiçavam e no meio deles vimos umas cabecitas de bico aberto. Olhámos com mais atenção e vimos a dedicação da mãe rola a alimentar os seus filhos. Tínhamos um ninho à nossa frente! Agora, todos os dias, observamos os nossos amigos e acompanhamos o seu crescimento.

10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Graça Gonçalves

Quando o Dr. Miguel chegou à nossa sala, fomos mostrar a nossa descoberta. A nossa felicidade era tão grande que chamávamos todas as pessoas para verem os nossos amigos. É fantástico ver a vida a partir da nossa janela! Esta história parece vulgar, mas isto aconteceu na EB1 da Ega. Os meninos do primeiro e segundo anos têm o privilégio de ter um ninho de rolas em frente da sua sala. Todos os dias vão ver como estão os passarinhos e desfrutar de uma beleza que deve ser única no nosso Agrupamento. Nem todas as escolas têm um ninho em frente à sua janela! Turma A – EB1 da Ega


:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES

o Prof. Galopim de Carvalho

X Congresso Nacional “Cientistas em Ação” distingue alunos da EB n.º 3 com Menção Honrosa Mais uma Menção Honrosa foi atribuída a alunos do 3.º B da EB n.º3 de Condeixa-a-Nova, pela participação no X Congresso Nacional “Cientistas em Ação” (Concurso Galopim de Carvalho), no dia dezasseis de Abril de 2015, realizado em Extremoz, pelos seus trabalhos no combate à Poluição Luminosa. Os alunos partiram da escola, pelas 9 horas e 30 minutos, na carrinha da Câmara Municipal, acompanhados pela Diretora do Agrupamento de Escolas e pela Coordenadora da escola EB n.º 3. Chegaram a Extremoz, ao Centro de Ciência Viva, que fica na Quinta das Maltezas, pelas 13 horas, aproximadamente. Depois do almoço, assistiram a 4 comunicações, de alunos do 1.º ciclo, de outras escolas.

Os alunos do 4.ºA da EBNº1 de Condeixa participaram na inicia-

Por volta das 15h 30 min, a Laura Murtinho, o Tomás Loureiro, o Francisco Roque e a Alda Simões apresentaram os seus trabalhos intitulados “Dark Skies Rangers - Vem apagar a luz para acender as estrelas”. No final, assistiram à Cerimónia de Entrega de Prémios e receberam as menções honrosas pela mão do Geólogo Galopim de Carvalho, chamado “O avozinho dos dinossauros “. Os alunos regressaram a Condeixa-a-Nova, depois das fotos habituais, contentes por terem recebido mais um prémio, de um total de 8 prémios individuais que já arrecadaram no combate contra a Poluição Luminosa. “Notícia” redigida coletivamente pela turma do 3.º B, EBn.º 3

uma das categorias e formatos.

tiva “Conta-nos uma história!", promovida pelo Ministério da Edu-

Foi com imensa alegria e satisfação que todos receberam a no-

cação e Ciência (MEC), através da Direção-Geral da Educação

tícia. Os alunos do 4.ºA gostam de se envolver nestas iniciativas e

(DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do

cada vez mais se sentem motivados para a leitura.

Plano Nacional de Leitura (PNL) e em parceria com a Microsoft.

Foi também com grande orgulho que a turma tomou conheci-

Foram muitas as escolas que responderam a este desafio. As histó-

mento que o Danilo da Silva Marques (4ºA) ganhou o 1º prémio do

rias foram analisadas, como previsto no regulamento, por um júri

4º. Ano, do Concurso “Soletrar”, realizado no dia 26 de maio.

que integrou elementos da DGE, RBE, PNL e Microsoft e, no dia 27

de maio, foram divulgadas as três histórias vencedoras, em cada

Parabéns à turma que termina o 1º Ciclo em grande! 4.ºA - EBNº1 de Condeixa Consultar: http://erte.dge.mec.pt/index.php?section=469

RISCOS E CATÁSTROFES NATURAIS

A palestra foi interativa com os alunos, que iam dando respostas ao que lhes perguntavam, mostrando interesse e atenção ao que No passado dia 13 de lhes era explicado. Também foi bem relacionada com a matéria que maio de 2015 (quartase estava a dar na disciplina de Geografia do 9º ano, o que cativou feira) 3 turmas do 9º ainda mais a atenção dos alunos. Com a presença da professora ano tiveram o enorme Alda Cardoso (professora de Geografia) os alunos podiam prazer de assistir a uma confirmar que a informação que recebiam se associava à matéria palestra acerca das que estavam a dar no momento. catástrofes naturais a Concluindo, a palestra foi imensamente apelativa e informativa que o concelho de Condeixa-a-Nova pode estar submetido e a para os alunos do 9º ano que ficaram a conhecer possíveis riscos a aprender a prevenir e defender desses acontecimentos, realizada na que o concelho de Condeixa-a-Nova está sujeito. Renato Craveiro, 9ºB, jornalista do JÁ Biblioteca da Escola Secundária Fernando Namora. junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11


DESPORTO ESCOLAR::

MEGASPRINTER

Regionais de Basquete feminino

O dia 18 de março foi a data agendada para a realização da final distrital do Projeto “MegaSprinter” 2015. Cerca de seiscentos alunos, representando mais de quarenta escolas e agrupamentos escolares do distrito de Coimbra, disputaram com muito afinco os títulos distritais nas provas de 40 metros, salto em comprimento, lançamento do peso e 1000m. A nossa delegação marcou presença com 23 alunos, distribuídos pelos diferentes géneros e escalões etários. Os resultados alcançados pelos nossos alunos foram muito positivos, destacando-se o 1º lugar de André Costa (8ºE) na prova de 1000 metros, do escalão de iniciados, e o 2º lugar de Inês Rodrigues (6ºE), na mesma distância, no escalão de infantil B. Como vencedor da sua competição, o aluno André Costa foi selecionado para representar o agrupamento nos dias 29 e 30 de maio de 2015, em Elvas, na fase final nacional. Aos alunos participantes, que muito se esforçaram na defesa das nossas cores, PARABÉNS pelos resultados obtidos!

Fase Distrital

No passado fim de semana, 8 a 10 de maio, tive o prazer de, juntamente com a minha equipa, representar o Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova com muito orgulho nas regionais do desporto escolar, basquete feminino. Fomos recebidas no distrito de Leiria, que garantiu a realização do evento, reunindo todos os desportos coletivos do escalão Iniciados da zona centro. Pernoitámos na escola secundária Domingues Sequeira, o que foi uma ótima oportunidade para fortalecer os laços entre nós e, claro, conviver com todos os outros presentes com os quais tínhamos, pelo menos, uma paixão comum: o desporto. Tivemos também a possibilidade de melhorar e crescer enquanto jogadoras. Fomos classificadas com o segundo lugar, tendo sido o distrito de Leiria a sair vitorioso. A verdade é que para além das vitórias, que muito nos orgulham, e das novas amizades que vamos fazendo, crescemos enquanto estudantes sempre que participamos em algo novo. Andreia Sousa, 9ºB, jornalista do JÁ

Professor Mário Teixeira Coordenador do Desporto Escolar

Ser atleta não é para qualquer um! Caímos frequentemente na tentação de desconsiderar as atividades físicas e desportivas. Porém, quem consegue preferir uma bola ao telemóvel, umas sapatilhas a um comando de TV, apanhar uma suadela em vez de desfrutar de uma bela sestinha merece um olhar de apreço. Além disso, às vezes não é fácil conjugar o estudo e o cumprimento de outras tarefas escolares com o esforço adicional requerido quando se faz atividade física. Não é só o desgaste dos treinos e a sobrecarga horária que estes acarretam, há também que ter a coragem de resistir à tentação de ir descansar quando se chega a casa cansado e as obrigações escolares nos esperam ainda. É um verdadeiro treino de perseverança e essa competência ser-nos-á necessária durante toda a vida. Apesar do que acabamos de dizer, os nossos atletas do Desporto Escolar são uns pequenos heróis que conseguem incluir esta responsabilidade acrescida na sua já tão preenchida vida. As duas equipas de Desporto Escolar do nosso Agrupamento tiveram uma época muito dinâmica! O esforço regular dos treinos foi recompensado nos encontros da fase local, tendo ambas sido apuradas para as fases distritais de competição. A equipa de badminton participou nos encontros/

torneios realizados na Escola Básica Drª Alice Gouveia, nos dias 15 de janeiro e 27 de fevereiro, e na Escola Básica de Soure, no dia 4 de fevereiro. Foi apurada para a fase seguinte. A final distrital desta modalidade realizou-se na Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz), no dia 19 de março. Aqui, o nosso Agrupamento foi representado pelos alunos Tomás Ribeiro (10ºA), Maria Francisca Rodrigues (10ºA), Mariana Coutinho (10ºA), André Rosa (11ºA), Rui Ventura (9ºA), Filipa Lopes (9ºA), Alexandra Ventura (9ºA) e Rodrigo Janeiro (9ºB). Os nossos atletas de ténis de mesa participaram nos torneios realizados na Escola Secundária D. Duarte, no dia 28 de janeiro, e na Escola Básica Dr. Ferrer Correia, no dia 25 de fevereiro. A Escola Secundária Fernando Namora recebeu, pela segunda vez, a final distrital desta modalidade. Os atletas que brio-

12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015


INÊS SILVA é a ATLETA

REVELAÇÃO DO ANO da I GALA DO DESPORTO de CONDEIXA

::DESPORTO ESCOLAR JÁ- Consideras que a vida de nadadora é uma vida fácil? Inês Silva- Nada fácil. Começo pelos extensos horários de treinos; muitos fins de semana ocupados com provas; a troca constante entre o divertimento com os amigos (passeios , cinema, etc...) e os treinos; Por vezes, não faço a refeição do jantar com a família.

JÁ- Como consegues conciliar a natação com a escola e os estudos? Inês Silva- Tento organizar-me. Chegar a casa às 21h ou às Olá, Inês. Soubemos que no dia 14 de março ganhaste um 22h e ainda ter que jantar e fazer os trabalhos de casa, nem prémio na I Gala do Desporto de Condeixa, na categoria de sempre é fácil. Aproveito para pôr os estudos em dia aos fins de atleta revelação do ano. Primeiro que tudo queremos dar-te os semana que não tenho provas, mas tenho de ter sempre aquele Parabéns, e dizer-te que ficámos muito contentes e "empurrãozinho" da minha mãe. a Inês é aluna do 7ºA da EBnº2

orgulhosos por termos uma grande atleta entre nós! Gostaríamos de saber algumas coisas sobre ti.

JÁ- Já estudas no nosso agrupamento há muito tempo? Inês Silva- Iniciei os meus estudos na escola primária do Sebal, onde fiz o 1º e 2º ano. Depois, vim fazer o 3º e 4º ano no centro educativo. No 5º ano vim para a EBn2 de Condeixa. JÁ- Há quanto tempo praticas natação? Inês Silva- Pratico natação desde os 6 anos. Iniciei para aprender a nadar. Por influência de colegas que andavam na natação sincronizada, decidi experimentar e acabei por praticar durante dois anos. Neste período de tempo, desenvolvi uma lesão que me obrigou a parar. Após o tratamento fui convidada para ir para a natação pura. JÁ- Onde praticas o teu desporto? Inês Silva- Desde que aprendi a nadar até agora, estive sempre nas Piscinas Municipais de Condeixa. JÁ- Porque escolheste este desporto? Inês Silva- Os meus irmãos mais velhos praticavam basquetebol. Desde pequena que ia ver os jogos deles e era incentivada a jogar também. Nunca pus a hipótese de vir a jogar, mas respondia sempre que primeiro queria aprender a nadar. JÁ- Quantos treinos fazes por semana? Inês Silva- Eu treino 6 vezes por semana: duas horas por dia, que também inclui preparação física ( ginásio e corrida) e técnica dentro de água.

samente nos representaram foram: Jorge Lopes (9ºE), João Moita (10ºB), Gonçalo Nunes (10ºC), David Coelho (11ºB) e Tiago Pessoa (12ºA). Esta competição decorreu muito bem, tendo todos os visitantes ficado muito agradados com a organização. É de realçar que o sucesso desta atividade se ficou a dever ao brio e sentido de responsabilidade dos alunos que estiveram envolvidos no secretariado e na arbitragem: Fábio Pires (11ºC), Laura Ribeiro (11ºC), Catarina Portugal (11ºTT), Ângelo Pereiro (11ºTT), André Cordeiro (12ºA), Ana Rute Carvalho (12ºA) e Carina Ferreira (12ºA).

JÁ- Quais foram até agora as tuas maiores conquistas/prémios? Inês Silva- Para mim todos os prémios são importantes. Podem ser medalhas, pequenas ou grandes, mas para mim são de grande valor. A minha maior conquista foi ficar em 1º lugar, no meu escalão, no campeonato nacional nas provas 100 e 200 metros mariposa. JÁ- Quais são os teus objetivos para o futuro? Inês Silva- Como atleta, os meus objetivos são manter o 1º lugar nos campeonatos nacionais e, se possível, bater os recordes nacionais. Como futura profissional, gostava de seguir a carreira na área de desporto, principalmente ligada à natação. JÁ- Porque achas que se deve praticar desporto? Inês Silva- Acho que praticar desporto é importante para a saúde das pessoas. Podemos conhecer pessoas e lugares novos e acabamos por passar menos horas na internet e no telemóvel. JÁ- O que podes dizer a um jovem que queira começar a praticar natação? Inês Silva- Diria a esse jovem que, se gosta mesmo de nadar, tem que acreditar em si e nas suas capacidades para atingir os seus objetivos. Tem de ter espírito de sacrifício e força de vontade.

Obrigada, Inês! Boa sorte para as tuas futuras conquistas. E mais uma vez, parabéns pelo prémio de reconhecimento das tuas qualidades e capacidades! És mesmo uma Campeã! Nos dias 17 e 18 de abril de 2015, realizou-se a Final Regional de Ténis de Mesa do Desporto Escolar no Agrupamento de Escolas do Mundão. Nesta fase competitiva, o nosso Agrupamento foi representado pelos alunos João Moita (10ºB), Gonçalo Nunes (10ºC) e David Coelho (11ºB). Integrou ainda a comitiva a aluna Catarina Portugal (11ºTT) que desempenhou funções de arbitragem.

Parabéns a todos os atletas do desporto escolar! Professora Susana Guerra

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13


EFA - Educação e Formação de Adultos::

“O Homem Que Plantava Árvores” Para quem não conheça, esta é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta. Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial. Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta inteira - com ecossistema rico e sustentável. É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França.” (Excerto da contra-capa) Os seguintes textos foram selecionados dos elaborados pelos formandos do Curso EFA, a quem foi pedido que, após leitura parcial da obra, imaginassem o final da história: O pastor, Elzéard Bouffier, continuou a sua rotina e decidiu plantar as bétulas no fundo dos vales. Passados muitos anos, o narrador voltou a visitar o pastor e ficou maravilhado, ao deparar-se com vistosos carvalhos e bonitas faias e bétulas. O narrador foi passeando pelo vale até avistar o pastor, com o varão de ferro na mão e com um sorriso rasgado no rosto, a guardar o seu rebanho de ovelhas, com o seu cão. Então, o narrador dirigiu-se até ele, deu-lhe os bons dias e perguntou-lhe qual era o motivo daquele sorriso rasgado no rosto, ao que Elzéard Bouffier respondeu: “Estou feliz, porque finalmente esta terra tem vida, cor e cheiro, e porque vejo que a minha entrega e o meu trabalho não foram em vão”. Anabela Galvão

Já com 81 anos o pastor cansado, mas feliz, continuava a sua tarefa a 40 km dos primeiros carvalhos. Os guardas que guardavam a floresta raramente o viam. A economia começou a mudar e a vontade de fazer dinheiro era muito grande. Mas para o pastor o que importava era a sua paz e usufruir da sua solidão. Mas essa solidão não iria durar muito tempo, porque eu estava cansado do ritmo da cidade, de ouvir falar da guerra e decidi fazer companhia ao velho pastor. Planeei a viagem e tudo o que iria precisar para uma boa temporada naquela floresta maravilhosa. Estava a 1 km da casa do pastor, quando apareceu o seu cão. Achei estranho porque a esta hora o velho pastor deveria estar na sua

tarefa a uns largos quilómetros de distância. Corri com a força que me restava e deparei-me com o pastor sentado. Mil coisas passaram na minha cabeça naquele momento, e de repente levanta o olhar e diz. - Achei que não te iria ver tomar essa decisão. Fiquei parado a olhar para aquela figura magra de poucas falas. Passaram meses de ensinamentos e histórias contadas pelo homem solitário que plantava árvores. Fui ficando, mudei algumas coisas, mas continuei e hoje sei apreciar a solidão de que o velho pastor tanto gostava. Sessão de PRA: 10 de Abril de 2105 Elisabete Rebelo

14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Opções do meu dia-a-dia No desenvolvimento da Unidade de Competência 1 - “Liberdade e responsabilidade democráticas” da disciplina de Cidadania e Profissionalidade, um dos temas que tratei foi Liberdade e responsabilidade pessoal. Foi-me pedido que relatasse opções que faço no meu dia-a-dia. Deixo aqui o meu testemunho. Todos os dias me encontro com certas dificuldades, incertezas, problemas ou ações que me levam a fazer escolhas ou opções. No dia normal de trabalho tenho por princípio chegar mais cedo do que a minha hora de entrada. Por exemplo, caso entre às 15.30horas, ao sábado, sei que tenho de sair de casa uma hora e um quarto antes, porque corro o risco de encontrar trânsito até Coimbra, além disso, sendo sábado, a afluência ao centro comercial é muito maior e dificulta bastante o estacionamento. Nesse caso, levo sempre 5 a 10 minutos a encontrar lugar. Para evitar chegar atrasado tenho mesmo de sair cedo de casa. No serviço, atendendo a certos procedimentos de loja, tenho de ter uma postura que não me prejudique, nem ao cliente, nem à loja. Assim, tenho de optar por ser o máximo exigente possível e profissional para que depois a loja, o cliente e o meu supervisor não tenham que me chamar à atenção ou até mesmo, evitar reclamações relativas ao meu trabalho ou postura. Em contexto profissional, como vigilante/ segurança, sei que não posso abordar ninguém sem ter 100% de certeza do ato da pessoa. Em caso de dúvida ou não, quando me apercebo da falta de um objeto, opto por visualizar a gravação ou continuar a tentar perceber se o objeto apenas não se consegue visualizar. Quando a pessoa “suspeita” vai a sair da loja, e continuo com a dúvida por não ter conseguido visualizar o objeto, tenho de tomar a opção de a abordar ou não, por forma a não causar constrangimento à pessoa no caso de não ter furtado o objeto. Em todas as situações, enquanto profissional e cidadão, devo preservar a dignidade da pessoa e respeitar a identidade dela, mantendo o sigilo profissional. A vida é feita de adversidades e de situações nas quais devemos ter consciência que tomamos a melhor opção de forma a não nos prejudicarmos, nem a nós, nem aos outros. Luís Miguel Costa Marques Cruz (1ºEFA) Condeixa, 24 de Fevereiro de 2015


:: LE COIN DU FRANÇAIS

Longjumeau, ville jumelle de Condeixa-a-Nova Un jumelage entre deux villes signifie la mise en place d'échanges durables afin de développer des relations d'amitié entre deux territoires. La ville de Condeixa-a-Nova est ainsi jumelée avec Idanha-a-Nova dans le district de Castelo Branco, Pontypool au Pays de Galles, Bretten en Allemagne et enfin Longjumeau en France. Les liens qui unissent Longjumeau et Condeixa-a-Nova remontent à l'année 1990. La ville de Longjumeau se situe dans la région Île-de-France, dans le département de l'Essonne. La distance entre Longjumeau et Paris est de 20 km. En 2012, la ville comptait 21 739 habitants. Longjumeau a été fondé pendant la période romaine et possède aujourd'hui de nombreuses écoles, deux hôpitaux, un tribunal, un stade, une bibliothèque et un théâtre. Plusieurs célébrités françaises sont liées à Longjumeau. Le chanteur Marc Lavoine est né dans cette ville, le 6 août 1962. Il est notamment connu pour la chanson Elle a les yeux revolver, enregistrée en 1985.

L'humoriste Jean-Luc Lemoine a habité à Longjumeau quand il était jeune. Finalement, le footballeur Jérémy Menez est né à Longjumeau, le 7 mai 1987. Il a joué à l'AS Monaco, au Paris Saint-Germain et en Italie à l'AS Rome et au Milan AC. Condeixa-a-Nova et Longjumeau organisent chaque année des rencontres pour fortifier les liens qui unissent les deux villes. Il existe ainsi des échanges de jeunes entre le Portugal et la France. Plusieurs groupes culturels ont aussi voyagé entre les deux villes. En 2015, Longjumeau et Condeixa-a-Nova fêtent cette année les 25 ans de la signature du protocole de jumelage, symbole des relations entre deux villes distantes de 1500 km.

Au revoir et merci !

Ser MÃE e professora No ambito das comemoraçoes do passado DIA DA MÃE, entrevistei a nossa querida professora Graça Gonçalves com o fim de entendermos melhor como e ser mae e professora. Á professora tem atualmente 43 anos e foi mae pela

Je souhaitais remercier tous les membres du groupement scolaire de Condeixa-a-Nova pour leur accueil, leur sympathie et leur aide tout au long de l'année. Cela a été un plaisir de travailler dans ces deux écoles ! Un grand merci aux professeurs, aux fonctionnaires et bien sûr à tous les élèves. Je ressens déjà de la saudade ! Je vous souhaite à tous une bonne fin d'année et de très bonnes vacances d'été. Au revoir, merci pour tout et à bientôt ! Pierre Marie

primeira vez aos 29 anos. O segundo filho surgiu aos 33 anos.

Profª Graça: Ser professora permite uma atualização mais

JÁ: Quais são os aspetos negativos da sua profissão em

“dentro do sistema”, passe a expressão, ajudá-los no estudo

conformidade com a tarefa de ser mãe?

diário e na escolha de áreas ou currículos.

Profª Graça: A profissão de professor exige o trabalho diário

JÁ: Para si, o que é ser mãe?

para além da escola: preparar aulas, corrigir trabalhos e

Profª Graça: É estar presente, mesmo que ausente

testes, frequentar formação, reuniões, atividades, tarefas que

fisicamente.

se realizam sempre para além do horário letivo e não letivo da

É ajudar a formar uma pessoa, um cidadão consciente e

escola. A atenção que seria necessário dar aos filhos, ao final

responsável. Não é uma tarefa fácil nos dias de hoje, não há

de um dia de trabalho, tem que ser repartida com muitas

receita ou modelo, mas cada mãe vai tateando o melhor

destas tarefas.

caminho.

Por outro lado, estando dentro da profissão torna-nos mais

JÁ: Qual é a sua ligação com os

exigentes e intolerantes com algumas atitudes dos nossos filhos.

seus filhos?

Mas o aspeto mais negativo desta relação mãe-professora é,

Profª Graça: Uma relação que não

por um lado, a instabilidade de muitos de nós, não saberem

passa por ser a sua melhor amiga,

em cada final de ano letivo, como será o próximo, onde

mas aquela que eles sabem que

estaremos colocados, que horários teremos e depois de

está lá sempre e a quem recorrem

colocados termos que fazer as malas e deixar para trás filhos,

sempre. É uma ligação de carinho e

família e casa.

afeto mas também de autoridade e respeito mútuo.

JÁ: Quais são os aspetos positivos da sua profissão em

“A mãe compreende até o que os filhos não dizem”

conformidade com a tarefa de ser mãe?

próxima do percurso formativo dos nossos filhos, e estar

Magda Mendes, 10ºC – Jornalista do JÁ junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15


TEMA DA CAPA:: Forais Quinhentistas

O Passado no Presente Quando o território português começou a expandir-se, ainda no tempo do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, houve necessidade de dar importância a algumas localidades, atribuindolhes um foral. Desta forma, podiam gerir, em nome do rei e através de representantes, um território definido na Carta de Foral. A estes territórios chamamse concelhos ou municípios. O rei garantia proteção militar e oferecia ainda terras à comunidade para o cultivo. Em nome do rei, havia uma organização, o "concelho de vizinhos", que governava o concelho, recolhia impostos e fazia justiça. Quando o rei atribuía uma carta de foral, estava a reconhecer os esforços da localidade na construção do país, o que evitava que os senhores feudais se pudessem tornar mais poderosos do que ele. A história de Condeixa começa a desenhar-se a partir do século II a.C., com o aparecimento da cidade lusoromana de Conímbriga. Os vestígios dessa presença romana podem ainda hoje ser admirados nas ruínas e no Museu Monográfico de Conímbriga. No início do século XIII (1219), o lugar de Condeixa-aNova era "um pequeno lugar, de área não superior a 800 metros quadrados, a crescer entre a actual igreja e a Rua Nova" Como esta localidade se desenvolveu de forma extraordinária, D. Manuel I atribuiu-lhe a concessão de um foral em 1514 e, em 1541, tornou-se freguesia. Com as riquezas provenientes da expansão marítima,

constroem-se em Condeixa palácios e solares. Um outro sinal do seu desenvolvimento traduz-se no reforço da rede viária com a reconstrução e alargamento da estrada real (Lisboa-CondeixaCoimbra), a atual IC2. No século XIX, porém, o progresso de Condeixa foi interrompido bruscamente devido à terceira invasão francesa, que a saqueou e incendiou. Desta forma, conheceu a destruição deixada pelas tropas de Massena, que não poupou nem os palácios, nem a Igreja-Matriz. A emancipação administrativa que desejava chegou por intermédio da rainha D. Maria II que, em 1838, a eleva a concelho e, finalmente, à categoria de vila, em 1845. Atualmente, a importância do passado desta vila é reconhecida e valorizada através da realização de eventos que fazem reviver a cultura e algumas tradições medievais como aconteceu no ano passado durante a Feira Quinhentista, realizada de 6 a 8 de junho. Este evento foi uma organização da União das Freguesias de Condeixa-aVelha e Condeixa-a-Nova, com o apoio do Município de Condeixa. Professora Isabel Neves

Fotos da Feira Quinhentista em Condeixa - 7 e 8 de Junho 2014

16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015


Forais Quinhentistas ::TEMA DA CAPA

,D. MANUEL I , Na monarquia portuguesa, quando morria o rei subia ao trono o filho mais velho e, caso o rei não tivesse filhos, sucedia-lhe o parente mais próximo. D. Manuel era sobrinho de D. Afonso V, neto de D. Duarte e bisneto do rei de D. João I. Tinha sido agraciado com o ducado de Beja, com as terras de Viseu, Covilhã e Vila Viçosa, com o governo da Ordem de Cristo e o cargo de Condestável do Reino. Era irmão e protegido da rainha D. Leonor. Talvez sonhasse ser rei, ainda que esse fosse um sonho longínquo… Porém, em 1491, o destino deu uma reviravolta a seu favor: a morte inesperada do príncipe Afonso, único filho legítimo de D. João II, numa queda de cavalo, perto de Santarém, alterou o curso natural dos acontecimentos. Quatro anos depois, D. João II, já muito doente, nomeia como sucessor o seu primo e cunhado, D. Manuel. Tem início um longo reinado de glória, riqueza, fausto e ostentação marcado pelas grandes viagens marítimas (Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral), pela alteração da cidade de Lisboa (Paço da Ribeira, Casa da Índia, Ribeira das Naus, rua Nova dos Mercadores, mosteiro dos Jerónimos, Hospital de Todos os Santos), pelas grandes construções em estilo manuelino,… Lisboa fervilhava numa agitação permanente, provocada pelo intenso comércio entre a Europa e o Oriente. Por tudo isto, compreende-se bem que a História tenha atribuído a este rei o cognome de O Venturoso !! Nos seus documentos oficiais, ele é o primeiro monarca português a assinar o título de «Rei de Portugal e dos Algarves de Aquém e de Além-Mar em África, senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia». Nos múltiplos forais manuelinos, encontramos estes títulos na assinatura real e, nas iluminuras, o seu escudo real, muitas

Foral de Condeixa. Registo. Pergaminho “Data de 3 de Junho de 1514, ao tempo do Rei D. Manuel I. Está conservado na Torre do Tombo. É outorgado à Vila de Condeixa, pertença da Casa de Aveiro. Atesta a afirmação de uma comunidade dotada de alguma autonomia e órgãos próprios, contendo dados acerca da administração local, justiça (crimes e molduras penais) e fiscalidade (tributos régios e senhoriais). Confirma, como é norma na outorga dos forais, que “não há terra sem Senhores” e, no presente caso, trata especificamente o pagamento das portagens; o pagamento na produção de pão, vinho

o rei Venturoso ( 1495- 1521) vezes, acompanhado da esfera armilar (ver imagem). Também os forais de Condeixa, Ega e Anobra terão estas características.

Os forais manuelinos,

ou forais novos, foram atribuídos aos concelhos no início do século XVI, no âmbito duma vasta reforma administrativa. Ganha muito mais importância o aspeto económico do que a justiça. E, assim, os forais manuelinos quase não referem as autoridades e os oficiais, pois a justiça tende a estar cada vez mais sob a alçada do rei e dos seus funcionários. Pelo contrário, os impostos e as multas ocupam a maior parte do conteúdo destes documentos, demonstrando o quão importante era esclarecer rigorosamente os montantes que os vizinhos deviam pagar. A política interna do reinado de D. Manuel caracterizou-se por várias medidas sensatas e entre elas a reforma de muitos forais.

Professora Elvira Marinho

e cal; as isenções; o imposto por casa movida; matéria sobre escravos, gado, panos, coirama, azeite, cera, peles ou forros, metais, fruta seca, loiça de pau, obra de barro, privilegiados e penas a aplicar. Existe em cópia manuscrita do século XIX e em registo conservado na Torre do Tombo, aqui exposto, mostrando bem elaboradas iluminuras com letras capitais douradas e texto manuscrito a preto e vermelho. Merece estudo mais aprofundado, que será coordenado por Maria Helena da Cruz Coelho.” Texto e imagem do Foral retirado do catálogo “Património quinhentista de Condeixa-a-Nova” de Miguel Pessoa e Lino Rodrigo

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17


TEMA DA CAPA:: Forais Quinhentistas Uma pedrinha no caminho….. vamos guardá-la na algibeira.

Antes de entrarmos num assunto tão longe das crianças quer no espaço, quer no tempo e na acessibilidade, pois trata-se de um daqueles temas que muitos considerariam “difícil para crianças tão pequenas” vamos conhecer o terreno que iremos pisar, guardar as pedrinhas que encontramos, falar e compreender do que falamos e de quem falamos, que lugar é, foi e será esse a quem chamamos Portugal, quem são esses que outrora se chamavam reis e que mandavam escrever regras e leis em que constavam os direitos, deveres, liberdades e garantias dos que viviam nas terras de Portugal, normas essas que todos tinham de cumprir se não pagariam multas ou coimas pela sua Carolina, minha amiga desobediência, aliado a um nome que mais parece uma palavra daquelas Um lencinho com flores inventadas para rimar: foral. Tudo isto, para quem tem no máximo cinco Para levares contigo anos e vive da realidade do que vê e vivencia, é completamente inacessível e Onde fores. Este lencinho não é incompreensível. Se começarmos pelo princípio, a nossa identidade: quem Para limpar o nariz. somos, onde vivemos, o que é um país, qual o nosso país, que lugarzinho É para o meu amigo Tiago Dinis ocupamos no mundo, o que é nosso, o que nos diferencia e nos une (os símbolos nacionais: uma língua com que nos entendemos, uma bandeira de que gostamos, um hino que cantamos sempre que nos apetece, um presidente que responde por nós, portugueses de Portugal) as crianças compreendem e gostam. Depois há outras coisas que são muito nossas e de mais ninguém, coisas a que chamamos portuguesas com certeza. São essas coisas que nos fazem perceber que somos um grupo de pessoas que vive num bonito país cheio de cor, imaginação e criatividade e que encontrou uma forma airosa e elegante de retratar aquilo que se faz por cá, a vida do dia-a-dia, a cultura, os hábitos, os costumes as dificuldades e as felicidades de um povo, que é o nosso. Assim, aparecem os desenhos, os motivos, os padrões portugueses a dar corpo a essa estratégia de comunicação e expressão de um povo, estampados nos mais variados suportes e materiais como em tecido e o fio para o bordado do Minho, seda e linho a criar um bordado original em Castelo Branco, adotar a forma de lenço, impregná-los de cor e escritas de amor para conquistar namorados, criar algibeiras minuciosamente trabalhadas para depositar os seus pertences e espalhar beleza, ou trabalhar o ouro e a prata em filigrana para criar um coração que é de Viana e também de Portugal, utilizar as diferentes variedades de barro para criar peças que falam por nós, quer na cerâmica e faiança da antiquíssima louça de Coimbra, quer no emblemático galo de Barcelos ou nos bonecos de barro de Estremoz. É toda uma panóplia de materiais, cores, padrões, desenhos, motivos, intenções que, misturada com muita criatividade, graciosidade e paixão se materializam nestas preciosidades que são o registo dos sentimentos e emoções de um grupo de pessoas chamados portugueses. As crianças vivenciam, compreendem, criam empatia e ficam um pouco mais próximas do que ainda está por descobrir. É esta uma pedrinha daquelas que temos de ir apanhando e guardando até nos abeirarmos do assunto que aqui nos trouxe: as comemorações dos 500 anos dos forais manuelinos. O nosso pensamento e estratégia estão registados nas palavras de Fernando Pessoa “Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”, assim sendo, poderemos acrescentar: Pedrinhas no caminho? Guardamo-las todas. De pedrinha em pedrinha, um dia vamos escrever a nossa carta de foral. Educadora Fernanda Raposo, Turma A do JI da EBnº3

18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Dois passarinhos engraçados A voar para o Tiago vão. Querem chamar-lhe baixinho Amigo Queres ser do coração. minha amiga Constança?

Então pega neste lencinho E dança.

e dos amigos e amizade


Forais Quinhentistas ::TEMA DA CAPA SE EU TIVESSE UM BRASÃO… e eu tivesse um brasão Gostava de ver nele A minha família, os meus amigos E o meu cão. Teria também uma faixa bonita Enfeitada com uma flor perfumada, Escrevia nela O nome da minha namorada E o meu lema “ sou um português de gema”. Na coroa punha o nome da minha família Para saber de onde vinham Os Alves, os Pais, os Correias, os Mendes, os Ferreiras,

Os Marques, os Queridos, os Santos ou os Pereiras, Os Costas, os Oliveiras, os Pitas ou os Villas-Boas, Os Pintos, os Pinela, os Grilos e os Gaspar. Não podia esquecer ninguém Para a todos agradar. Seria o brasão das coisas Importantes da minha vida, Para pôr na parede e olhar para ele Quando não gostasse da comida. Ficava com a barriga vazia Mas enchia o coração Com o meu lindo brasão. Sobre os brasões: significado/ elementos que o constituem/ função. Trabalho da turma A – Rimas dos alunos, composição e organização da professora .

Trabalhos da Turma A do JI da EBnº3

O nome da minha família: SANTOS S– iluminura da inicial do nome de família. Imagem representativa do nome- santos SANTOS – é um nome de origem portuguesa. É uma abreviatura de "Todos os Santos", e começou por ser um nome dado a pessoas nascidas no dia 1º de novembro, dia de Todos os Santos.

As coisas importantes da minha vida: A minha família. As minhas amigas Maria, Carolina, Beatriz Adoro música

Todos os escudos dos brasões das freguesias de Condeixa têm a forma do escudo português, é um escudo com a ponta redonda. Atualmente é o escudo de uso dominante em Portugal. O esmalte ou cor do campo é muito variado: amarelos, vermelhos, azuis, verdes, brancos são as cores mais utilizadas. Quanto às coroas Furadouro, Bem da Fé, Belide, Vila Seca, Sebal têm três torres, Ega, Condeixa, Anobra e Zambujal têm quatro torres. Os escudos segundo apurámos, apresentam figuras que representam os valores, tradições e riquezas de cada uma das terras. E brincámos com eles. Assim:

Já agora, sabem quem é o dono deste brasão? Nem mais nem menos que o Venturoso El-rei D. Manuel I. Mais uma pedrinha que apanhámos e guardámos e mais um passo em direção ao assunto que aqui nos trouxe: as comemorações dos 500 anos dos forais manuelinos.

Se somos donos de um brasão, o

que nos impede de um dia nos aventurarmos na tarefa de escrever

a nossa Carta de Foral?

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19


TEMA DA CAPA:: Forais Quinhentistas

CARTA de FORAL da turma A do JI da E.Bnº1 de Condeixa Negociámos

as

regras

que

considerámos importantes, escrevemolas (copiando…), ilustrámos o

Era uma vez El Rei Refrão Era uma vez El Rei, El Rei D. Manuel I Deu foral a Condeixa Foi um tipo porreiro! Quis ir até à India Gostava de navegar Trouxe sedas e canelas Coisas lindas, de pasmar! Refrão

Sentado no seu trono Ou então a passear Dava ordens e mais ordens Só gostava de mandar!

Refrão

documento com iluminuras pintadas com aguarelas, assinámos à moda antiga utilizando penas de pato e tinta preta… e agora vamos tentar viver de acordo com estas regras que nós escolhemos… E desenvolvemos, ainda, um projeto a que chamámos “MANUELICES”, fazendo uma visita ao património manuelino da Ega, viajando em “faz de conta” até à Índia para trazer especiarias e outras maravilhas, construindo uma carruagem para as viagens d’El Rei D. Manuel, um trono para nos sentarmos, um pelourinho... e que culminou numa Festa Manuelina com música, dança e bolo de gengibre e canela!

Janelas manuelinas, Palácios e pelourinhos Ai ele era tão vaidoso Que lhe chamaram “Venturoso”!

Refrão (bis)

Letra criada pela turma A do JI da EBº1para cantar com a música “Era uma vez um rei” de José Barata Moura

1.º Dizer sempre a verdade. 2.º Não fazer poluição sonora. 3.º Não magoar os colegas. 4.º Dar puns só na casa de banho. 5.º Não interromper. 6.º Não brincar com espadas e pistolas. 7.º Ser simpático e ser amigo. 8.º Falar baixo e estar atento. 9.º Para falar, pôr o dedo no ar. 10.º Correr só na rua. 11.º Não entrar no armário da casinha. 12.º Se estas regras não forem cumpridas, podemos ter que nos afastar dos colegas ou colocar as mãos nos bolsos. TURMA A do JI da EBnº1

Curiosidades medievais Naquele tempo, a maioria das pessoas casava-se no início do verão, porque, como tomavam o primeiro banho do ano em maio, em junho, o cheiro ainda estava mais ou menos. Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o costume de carregar buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente. O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa. Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebé lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don`t throw the baby out with the bathwater". Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem; cães, gatos e outros animais de pequeno porte como ratos e besouros. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais saltavam para o chão. Daí a expressão em inglês "it`s raining cats and dogs". Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimentos oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada. Isso acontecia frequentemente com os tomates, que, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão", numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho. Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão. A Inglaterra é um país pequeno, e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário, e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão do lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell". Adaptação de um texto retirado de: http://beta788.humortadela.com.br/piadas-texto/2005

20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015


:: Alterações Climáticas Entrevista a Margarida Marques, investigadora da Universidade do Porto

O projeto tem como grande objetivo educar para a prevenção e mitigação das alterações climáticas através dos média escolares e assenta em duas grandes vertentes: a criação de recursos mediáticos, suportados no conhecimento científico, para a aprendizagem das alterações climáticas.

“Pequenas ações contribuem para um ambiente melhor” A investigadora Margarida Marques, do projeto Clima@EduMedia, falou com alunos da Escola Fernando Namora de Condeixa-a-Nova.

O Clima@EduMedia é um projeto multidisciplinar que, em termos universitários, envolve as Faculdades de Letras e de Ciências da Universidade do Porto e, a nível do ensino secundário, todas as disciplinas ou áreas do conhecimento relacionadas, de alguma forma, com a temática.

José

Azevedo,

docente

da

FLUP,

investigador

do

CETAC.MEDIA e coordenador do projeto, refere que “a generalização do acesso às tecnologias digitais abriu um vasto leque de possibilidades de inovação no que toca a relação dos média com a aprendizagem.” O desafio do “Clima@EduMedia” “não é apenas produzir conteúdos mediáticos estimulantes sobre as alterações climáticas, mas também possibilitar estratégias onde os alunos possam aprender através do próprio processo de produção. A investigação mostra que proporcionar aos estudantes um espaço onde possam adicionar a sua voz à

discussão pública sobre as alterações climáticas tem um impacto positivo no envolvimento dos mesmos com o conhecimento científico sobre o tema e ajuda a criar uma consciência crítica sobre essas alterações fora do contexto de sala de aula”, refere. No nosso Agrupamento o projeto Clima@EduMedia, está a desenvolver através da biblioteca escolar da ESFN e do JÁ, jornal do Agrupamento, um trabalho colaborativo com a professora Alda Cardoso e a turma do 9ºC que entrevistou vários especialistas em diferentes áreas, tais como

Qual é a melhor forma de acabar com a poluição de Portugal? Porquê? Nós não podemos estar a eleger a melhor, mas podemos dizer que há muitas formas e todas elas utilizadas em conjunto podem ter uma grande importância. Tentar produzir energia com fontes renováveis é sempre uma forma de começar. Mas se consideramos a poluição de forma mais geral, também podemos tentar fazer reciclagem, que vai ser uma boa ajuda. Podemos evitar poluir as florestas. Há tanta tanta coisa que podemos fazer! Não era uma boa ideia usar mais painéis solares nos equipamentos municipais em Portugal? É uma ótima ideia. Não só nos equipamentos municipais, mas também em nossas casas. Como é que o projeto “Clima@EduMedia” pode melhorar o ambiente em Portugal? Nós procuramos educar as pessoas e queremos que os alunos aprendam mais sobre estas questões do ambiente e sobre as alterações climáticas em particular. Por exemplo, se nós trocarmos as nossas lâmpadas por lâmpadas economizadoras para serem mais eficientes e consumirem menos eletricidade, já estamos a ajudar. Através destas pequenas ações, vamos estar todos a contribuir para um ambiente melhor e para uma utilização mais eficiente da energia. Entrevista feita por Rodrigo Montezuma, 9ºC

Segurança de Pessoas e Bens, Turismo, Saúde Humana,

Recursos Hídricos, Ordenamento do Território e Cidades e Biodiversidade. Os alunos, através de uma “Formação Relâmpago”, realizada em 3 sessões curriculares nas disciplinas de Geografia e de Mundo Atual e Cidadania e com o apoio de investigadoras do projeto, puderam promover a literacia mediática e científica tornando-se mais esclarecidos e críticos em relação aos média e sensíveis para a importância de interpretar e aplicar conceitos científicos no dia-a-dia. Professora bibliotecária Ana Rita Amorim junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21


Alterações Climáticas :: As Alterações Climáticas

e a Segurança das pessoas e dos bens

Entrevista ao Dr. António Coelho, da Proteção Civil É verdade que as alterações climáticas podem afetar a segurança de pessoas e bens? As pessoas e os bens pela sua ocupação do planeta atual estão mais influenciadas por fenómenos meteorológicos extremos, como, tornados, furacões, situações contínuas de aumento de pluviosidade, vagas de frio, ondas de calor… As pessoas estão vulneráveis porque ocupam, às vezes, áreas de risco e isso faz com que elas e os seus bens sejam afetados por aquilo que caracteriza as alterações climáticas. Por que razão será que os incêndios e as inundações provêm das alterações climáticas? Quanto a mim, por razão nenhuma. Por um lado, os incêndios não são riscos naturais, mas sim riscos mistos. A causa dos incêndios é muito pouco incendiária ou então por negligência, mas 95% é sempre por uma ação humana e não propriamente por uma situação meteorológica. As inundações são associadas a fenómenos de pluviosidade, com chuvas rápidas e a impermeabilização dos solos, que temos vindo a verificar a nível urbano, que têm feito com que a água escorra à superfície, que não se infiltre e se vá concentrar nas áreas baixas, por vezes, uma curva que faça com que a água entre numa casa, está a colocar a mesma em risco. Sabe-nos dizer se o número de incêndios tem aumentado ou diminuído em Portugal, mais propriamente no nosso Concelho? Os incêndios podem não ter uma relação direta com a temperatura, mas tem oscilado na disponibilidade que há para arder a carga combustível ou o material lenhoso. O número de incêndios muda de ano para ano, por exemplo, no ano passado tivemos 16 ignições, que é completamente residual para uma área de meio hectare, mas este ano já ultrapassámos esse valor enquanto área ardida. Esses incêndios têm colocado em causa a segurança das pessoas e dos bens? No meu ponto de vista, enquanto proteção civil, acredito e está demonstrado que a existência de uma bolsa agrícola em redor dos aglomerados populacionais, ou seja, as pessoas ainda cuidam da terra (o seu quintal), faz com que haja uma redução da carga de combustível. As pessoas e os bens, nesse ponto de vista, acabam por estar um pouco salva guardados. As inundações têm aumentado ou diminuído no nosso concelho? Têm afetado a segurança de pessoas e bens?

Se considerarmos a inundação, enquanto uma inundação urbana, o que realmente aqui nos preocupa pela sua afluência nas pessoas e nos bens. Eu não tenho registos propriamente de situações em que tenham sido postas em causa quer habitações, quer pessoas. As inundações não têm influência no que quer que seja. No nosso concelho ou distrito onde poderá haver mais inundações? Se me falar de cheias, eu falar-lhe-ia da zona do Zambujal, onde, sendo o rio de Mouros, um rio em que só quando há mesmo muita pluviosidade e durante vários dias é que aumenta o caudal ao ponto de sair do seu normal curso. É uma zona que está identificada como leito de cheia, o poço das casas também tem um leito de cheia considerável, porque fica mesmo ali junto do rio e depois toda a área já de poente que compreende esta parte da Ega, Anobra, Campizes, Casével, Belide, Sebal, ou seja, há um corte de vias por essas cheias, não propriamente inundações. Para lhe dar um exemplo, já tivemos inundações na cave do prédio amarelo. Na sua opinião como é que se podem evitar os problemas resultantes das alterações climáticas, que vão destruir os bens e pôr em causa a segurança das pessoas? Nós temos um papel importante em termos socias, que passa por reduzir a vulnerabilidade das pessoas. Não sei se é do vosso conhecimento, mas é cada vez maior o número de idosos isolados, que têm de ser acompanhados nestas situações, porque a população acima dos 65 e das crianças abaixo dos 5 não tem sensação de sede, ou seja, pode haver um golpe de calor que provoque mortes. É da altura dos Romanos o vulcão que dissimulou a cidade de Pompeia, é da altura do Marquês de Pombal o terramoto de lisboa, que depois acabou com um maremoto. Estes fenómenos, são a terra a trabalhar e nós a ajudar.

22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Ana Bento, Diana Raquel e Vanessa Cardoso - 9ºC


:: Alterações Climáticas

AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E O TURISMO EM CONDEIXA Entrevista ao Prof. Rui Rato, Diretor do Curso Profissional de Técnico de Turismo e professor de Geografia do nosso Agrupamento Qual é o tipo de turismo predominante em Condeixa? Em Condeixa existem vários tipos, como o turismo cultural, turismo de natureza, turismo gastronómico e o turismo histórico.* Na sua opinião, quais são os principais pontos de turismo em Condeixa e arredores? Sem dúvida, as Ruínas de Conimbriga. No entanto, estão a surgir outros lugares, como a Mata da Albufarda, a Serra de Sicó com os seus vinhos e o Paúl de Arzila onde os turistas podem contactar com a natureza. Que prejuízos as mudanças climáticas causariam no turismo condeixense? Condeixa é um região pouco afetada por impactos ambientais, logo não iriam causar grandes prejuízos. Quais poderão ser os pontos de turismo mais afetados caso se verificassem grandes alterações climáticas nesta região? Aqui, no caso de Condeixa, não se

verificam grandes problemas. Portanto, não é nada de significativo! Será que o decréscimo no turismo causaria problemas na economia de Condeixa? Não só nesta como em todas as outras. A diminuição do turismo traz consequências! Em primeiro lugar causaria a diminuição do rendimento. Se as pessoas deixarem Condeixa por motivos climáticos, deixam de fazer consumos a nível da restauração, hotelaria, comércio local, transportes,... E claro que também causaria a diminuição da empregabilidade, ou seja, a diminuição do turismo levaria ao aumento do desemprego das pessoas que trabalham nesta área. E o desenvolvimento de Condeixa? Também, claro! Se o aumento de turistas se tornar evidente, haverá necessidade de mais restaurantes, de mais unidades hoteleiras, de eventos e festivais,... e tudo isso iria gerar a procura das pessoas, que na sua maioria não são de cá, o que resulta no aumento

do comércio. O aumento do turismo tem de ser feito numa medida sustentável, caso contrário pode trazer o reverso da medalha, como o aumento do efeito de estufa, problemas de emissões de gases, etc, ou seja: "Queremos pessoas, sim, mas não queremos automóveis em demasia. Queremos visitantes, sim, mas não queremos ruído em demasia. Queremos visitantes, mas não queremos afluxos de pessoas ao mesmo local ou congestionamento de trânsito, que eventualmente pode provocar acidentes Tem que haver equilíbrio! De um lado o turismo, do outro lado os eventuais problemas que a sua prática pode causar, como a queima de combustível. É preciso pensar que nem sempre, e só, o turismo é bom. Ele é bom, sim, mas tem de ser devidamente pensado. Há uma preocupação para que se utilizem energias alternativas! Trabalho realizado por Beatriz Roque e Laura Ferreira – 9ºC

*Turismo cultural (Ruínas de Conimbriga); Turismo de natureza (Rotas pelo concelho por pontos turísticos importantes); Turismo gastronómico (Festival Anual do Cabrito, pratos tradicionais de Condeixa); Turismo histórico (Ruínas de Conímbriga, Tomar, Penela, Santiago da Guarda); Tanto no turismo de natureza como no turismo cultural, temos os Caminhos Marianos (um novo Itinerário para Fátima mais seguro) os Caminhos de Santiago e o Itinerário dos Palácios (percurso dentro da vila).

O Concurso Soletrar tem sido realizado no Centro Educativo, numa proposta da sua coordenadora de estabelecimento a educadora Filomena Ribeiro, dinamizado em parceria com o PAA das bibliotecas escolares, desde 2013, sendo esta a sua 3ª edição. Este ano letivo alargou-se a iniciativa a todas as turmas do 1º ciclo do agrupamento, visto que claramente estimula o domínio da leitura e literacia, enquanto atividade de treino e melhoria das capacidades associadas à leitura. A Final entre escolas, realizou-se no auditório da EBnº2 no dia 26 de maio último, e teve como objetivos: ampliar o vocabulário e valorizar os estudos de ortografia, para além de promover o convívio e a sã competição entre todos os alunos do 1º ciclo do nosso Agrupamento, momento que poucas vezes se torna possível. Os vencedores surgiram de 4 escolas, mostrando que as competências e os bons alunos existem em todos os estabelecimentos de ensino do nosso agrupamento!

No escalão do 1º ano venceu o aluno Afonso Salgueiro da escola da Anobra. O Bernardo Mendes do 2ºA do Centro Educativo também mostrou o que valia, e a Ângela Pancas do 3º ano de Belide sobressaiu entre os seus pares. No 4º ano, a turma A da EBnº1 trouxe o primeiro lugar pela excelente prestação do aluno Danilo Marques. No entanto todos os 24 alunos participantes estão de parabéns pelas suas excelentes participações pois esforçaram-se bastante, e comportaram-se muito bem. O importante nestas atividades é participar e passar por novas experiências!

Para o ano há mais! professora bibliotecária Ana Rita Amorim

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23


Na biblioteca acontece:: De mãos dadas com o Plano Nacional de Leitura, o Agrupamento de Escolas de Condeixa celebrou, pelo 6º ano consecutivo, a Semana da Leitura, desta vez subordinada ao tema aglutinador “Palavras do mundo”. Apesar de a grande maioria das iniciativas se terem desenrolado de 16 a 21 de março, a Rede de Bibliotecas de Condeixa (Bibliotecas Escolares do Agrupamento e a Biblioteca Municipal) começou esta festa de “(re)descoberta da palavra escrita, dita, cantada, declamada, ilustrada”, mais cedo e num contexto que abrangeu toda a comunidade. A leitura foi festejada nas escolas e nas ruas de Condeixa e as muitas

atividades chegaram a um público imenso e muito diversificado. Mas, um evento desta envergadura só conseguiria ter o sucesso que alcançou por contar com a participação, o envolvimento, a diversidade e a capacidade de inovar de todos os que se empenham em tornar a leitura um bem precioso. Muito obrigada a todos! Deu muito, muito trabalho, mas… como dizia Fernando Pessoa, “[...]tudo vale a pena/ Se a alma não é pequena”. Querem ver como valeu mesmo a pena? Aqui ficam apenas alguns dos momentos inesquecíveis que se viveram… Vejam…

No dia 2 de março, no Cineteatro de Condeixa, as crianças que frequentam o 1º, 2º e 5º ano das escolas deste Agrupamento tiveram a oportunidade de rir a bandeiras despregadas, com a desfaçatez de Beatriz, princesa teimosa e mimada, e das tolices dos seus pretendentes e restantes personagens, na adaptação da peça de Ilse Losa, O príncipe Nabo”. Trazida, brilhantemente, ao palco pela companhia de teatro profissional, “AtrapalhArte”, esta peça conseguiu, através da comédia, alertar o jovem público para “aquilo que realmente conta na vida”. “Invento livros, espetáculos, oficinas, recheados com sinestesias especiais porque tiram as sapatilhas literárias e calçam as literais. Escrevo como quem desenha um besouro, leio como quem ouve um brinquedo. E aproximo-me do tesouro: nós! “ (Condessa, Paulo) Estas palavras de Paulo Condessa expressam muito melhor que as nossas, os momentos especiais que se viveram nas BE da Escola Secundária Fernando Namora (16 de março), da EB nº 3 (16 e 17 de março), da EB nº1 (17 de março). Na manhã de 16, o autor desenvolveu na ESFN o Espetáculo de Poesia performativa Os Monstros Embalsamados, levando os nossos alunos do 10º ano a sentir e a “dizer” a poesia e os poetas de uma forma diferente, mais próxima, mais viva e divertida. Para os alunos do Projeto Ler+ Jovem e alguns do 11º e 12º ano o escrito fez rir, ler expressivamente e gostar dos poemas de autores consagrados da literatura, no 1/2 Espetáculo, 1/2 Oficina performativa Os Monstros Embalsamados. Chegava a vez dos mais pequenos, os alunos do 1º CEB da EB nº1e EB nº2… Ui! O que estes se divertiram com a forma como o Paulo os fez entrar na sua obra A menina Elegantina e o gnomo Assustado. Simplesmente espetacular! Os alunos, professores adoraram esta experiência

A espionagem da leitura andou no ar, durante fevereiro e março, com o Concurso de Leitura CHERUB, desenvolvido pelas bibliotecas escolares, em colaboração com a Porto Editora. Os alunos dos 2º e 3º ciclo provaram, no dia 16 de março, o quanto são bons agentes ao darem provas da sua excelente leitura do livro O Recruta, da coleção CHERUB. Após momentos de jogos psicológicos e de nervos de aço, os 1º lugar: Ricardo Simões, 9º B resultados das provas apuraram como melhores leitores 2º lugar: Leonardo Costa, 9º C (suspense…): 3º lugar: Diogo santos, 9º D

Menção honrosa: Diogo Sabino, 6º C

Estes jovens prometem! 24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015


::Na biblioteca acontece No dia 18 de março, a Companhia de Teatro Profissional Internacional “Thêatre du Versant”, sediada em Biarritz, trouxe até Condeixa a peça “Quoi qu`on caquette”, destinada ao público em geral e, em especial, aos alunos que, no seu plano de estudos, tinham Francês. Este espetáculo, baseado na commedia dell arte, trouxe aos alunos do 7º ao 9º ano, momentos inesquecíveis de várias peças clássicas da comédia da literatura universal, da autoria de Molière, Goldoni, Gozzi. Os nossos alunos também foram atores e tiveram a oportunidade de ser Colombina, Arlequim e Pierrô, entre tantas outras personagens imortais. Há que reconhecer que se saíram muito bem. Todos puseram a máscara nesta aventura porque, afinal, a nossa vida é também um enorme palco…. Magnifique!!!!!!! Bis!!!! Bis!!!

No dia 19 de março, na Biblioteca Municipal de Condeixa, os alunos das Escolas Básicas de 1º ciclo de Belide, Ega, Sebal e Anobra estiveram com a escritora Leocádia Regalo e a pintora Maria Pimpão. Entre a poesia da autora, pintura e histórias, os alunos e professores voltaram às suas escolas com um sorriso nos lábios e vontade de abraçar a arte. … E foi isso mesmo que se fez na Biblioteca Municipal de Condeixa, entre os dias 2 e 17 de março, quer com a Inês Rodrigues, quer com a Sónia Fernandes, ambas magistrais contadores de histórias e técnicas de bibliotecas municipais, a primeira de Condeixa e a segunda de Pombal. Contaram-se segredos, venceram-se medos, cantaram-se histórias, conseguiram-se vitórias, mas estas ainda agora estão a começar. O certo é que se ganhou… muitos atuais e futuros bons leitores, nestes meninos e meninas de todos os Jardins de Infância do Agrupamento de Escolas de Condeixa.

Pais, é tão bom ler para e com os meninos!

Para terminar em grande esta Semana em que mais uma vez a Câmara Municipal e o Agrupamento uniram esforços e fizeram obra intelectual, através das suas bibliotecas em rede, realizou-se no sábado, dia 21 de março, em honra da Poesia, uma vez que este era o seu dia mundial. O evento, aberto a toda a comunidade, foi fabuloso e diversificado. Começando com a visita à exposição dos espantalhos, elaborados pelos alunos dos JI, EB1 do Agrupamento e de tantas outras instituições de Condeixa, o público, avultado, teve o prazer de contar com um momento poético com o poeta Arnaldo Silva e o professor Machado Lopes. Seguidamente, passou-se ao também tão aguardado momento da entrega dos prémios aos vencedores do Concurso “Poesia na Biblioteca”, quer para os candidatos adultos, quer para as crianças e jovens e cujas excelentes composições, que levaram o júri do concurso para os mais jovens a alargar o número de vencedores, foram lidas pelos seus autores. Houve momentos comoventes, resultantes do imenso e merecido orgulho que as famílias e restante público sentem destes já tão grandes poetas. Refira-se que as composições de alguns dos jovens e crianças foram traduzidas e enviadas para o Concurso Internacional de Poesia “Le Bleuet Jeunesse”. A cerimónia terminou com fado de Coimbra e a participação do público que cantou e declamou os seus poemas favoritos.

Dando início ao objetivo de transformar a vila de Condeixa numa Biblioteca exterior, as BE do Agrupamento puseram em prática o Projeto Trocamos+, iniciativa para a qual contaram com a ajuda de professores, auxiliares, alunos e suas famílias, que, prontamente, ofertaram livros que os acompanharam e que queriam que outros lessem. Cheios de vontade e simpatia, por reconhecerem o papel de todos na promoção da leitura, juntaram-se a nós nesta aventura vários estabelecimentos públicos da vila. Se ainda não o fez, poderá participar neste projeto de troca de livros. Como? Leve consigo o(s) livro(s) que quer partilhar com outros leitores e troque-o(s) por outros que se encontrem nas caixinhas num dos postos Trocamos+ da vila, a saber: Farmácia Rocha, na praça da República; Padaria e Pastelaria Pote de Mel, frente ao Centro de Saúde; Laboratório de análises Clínicas Beatriz Godinho; Piscinas Municipais de Condeixa; Biblioteca Municipal e Junta de freguesia de Condeixa.

Junte-se a nós e LEIA+! junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25


Na biblioteca acontece:: 1ºA Eu gosto muito de livros porque… …aprendo a ser muito inteligente.- Elisa Figueira …ajudam-nos a aprender mais rápido e também nos entretêm.- Francisco Marques

…gosto de ler, aprendo e gosto de ver as imagens. Os livros. Os livros fazem-nos mais espertos. - Marichka eu gosto de ler e às vezes encontro histórias divertidas. Umas vezes fazemme rir, outras fazem-me chorar com os seus finais bonitos. Eu adoro livros! Se mos derem de prenda eu fico feliz. Os livros também me ajudam a ficar mais inteligente.- Carolina Orfão São muito engraçados e as personagens são muito divertidas. Eu leio muitos livros para saber mais. Eles são importantes para me ensinarem as letras e a ler. Eu recebi um livro e gostei muito.- João Miguel Dinis

1ºB Os livros são muito importantes. Nos livros podemos ler histórias, poemas, lengalengas e aprender sobre todos os assuntos. Os livros são feitos de papel. Têm uma capa com o título, o nome da autora e da ilustradora. Os desenhos da capa são bonitos e sobre a história. Devemos cuidar dos livros. Não os rasgar nem riscar. – Texto coletivo

2ºB Os livros são muito precisos. Ler é um tesouro, eu adoro ler. Quanto mais lemos mais espertos somos. – Francisca Martins Os livros são a minha paixão. Não sei o que era sem eles. – Duarte Jerónimo

O livro é a maior inspiração do mundo, onde se podem esconder grandes segredos. – Margarida Figueiredo Livros, livros, amores do fundo do meu coração, porque vocês ensinam a todas as pessoas e crianças a ler e a aprender mais. – Afonso Fonseca Os livros são tão importantes que nos dão a imaginação para fazermos qualquer coisa especial. – Inês Borges Os livros são o tesouro da nossa escola onde aprendemos a ler. Gosto muito do dia mundial do livro. – Lurdes Branco Eu gosto muito dos livros porque nos dão inteligência, muita imaginação. – Maria Leonor Santos

2ºC Os livros são especiais e eu gostava que eles tivessem vida. – Ana Carolina Neves Os livros são os meus melhores amigos. – Vanessa Gerardo Os livros, para mim, são vida. – Carolina Silva Os livros são histórias para contarmos aos outros e também para aprendermos a ler mais, – Lara Marques Os livros são maravilhas e tesouros para descobrir, – Mara Neves Os livros têm o nosso carinho e amor! Têm “estórias” maravilhosas para contar, do fundo do coração. – Beatriz Oliveira

3ºA O livro é tudo para mim, um par, um amigo ou um irmão, é tudo a mesma coisa, uma janela, imaginação, no fundo do coração. – Gonçalo Manaia Para a escola os livros vou trazer, para com amor e carinho os ler. – Matilde Simões

Um livro para levar Um livro para passear Um livro para imaginar Fico entusiasmado à espera para ver O que o meu amigo livro Me vai trazer. – Rodrigo Fonseca O livro é o meu melhor amigo Ensina-me histórias e brinca comigo. – Matilde Casimiro Os livros não são ditaduras, mas sim aventuras. – Gonçalo Lança

3ºB Os livros são nossos amigos porque nos fazem ter imaginação e podemos escrever as palavras que nos saem do coração! – Alda Simões Os LIVROS contam-nos AVENTURAS, HISTÓRIAS e FICÇÃO Transmitem-nos CONHECIMENTOS e despertam-nos a IMAGINAÇÃO! – Nuno Simões Com os livros nós percebemos ações e sentimentos vividos nas histórias das pessoas. – Gabriel Sousa

“ESCAPE FROM SCHOOL” - uma noite na Biblioteca na BEFN “Foram transportados no tempo. Já não é mais 2015, e estão numa escola em ruínas... Desconfiam que estão num futuro apocalíptico e precisam de descobrir o segredo que vos faça sair desta escola abandonada, onde estão trancados, … precisam de sair daqui vivos! Está escuro, é de noite, o tempo urge. Não sabem como aqui chegaram, mas só têm uma coisa no pensamento: SOBREVIVER! Os desafios são muitos, vão ser postos à prova. Será que conseguem sair, ou ficarão para sempre presos neste lugar?”

Decorreu no dia 23 de abril a 1ª edição d'A Noite na Biblioteca, no âmbito da comemoração do “Dia Mundial do Livro e dos direitos do autor”. A atividade foi organizada pela Biblioteca Escolar Fernando Namora e pelo Centro de ATL das Cáritas. Contou com a participação de 18 alunos (do 9º ano e ensino secundário) que participaram em diversos jogos e passatempos sempre feitos com base em livros do Top de Leituras da nossa Biblioteca. O jogo do dia mais esperado, intitulado “Escape from

School”, procurou o suspense numa escola escura e vazia, criando momentos de algum medo, intriga e muita animação. A noite foi intensa e interessante, tendo terminado “Sem Tempo”, numa sessão de cinema com Justin Timberlake como protagonista.

26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015


Eu gosto muito de ler porque me faz sonhar. Beatriz Andrade

Eu tenho um amigo que me ensina a escrever, a sonhar e a imaginar… esse amigo é o livro. –

::Na biblioteca acontece

3ºC

Martim Pais

Leio livros de histórias Gosto das suas memórias Também de os ter em mente E adoro os do ambiente. Há livros de apitos Adoro os de mitos Fico sempre no meio Gosto dos livros que leio. Há os livros do mar E também do nosso lar Divertida a biblioteca Parece uma discoteca! -

Os livros que leio tornam-se meus amigos porque cada livro que leio ensina-me várias coisas – Francisco Fernandes

No livro encontro palavras de encantar. – Rodrigo Miguel

4ºB O livro é um amigo que está presente sempre que é preciso. - Marco Silva Eu gosto de ler livros porque quando os leio parece que fica um filme na minha cabeça. - João

Mafalda Ferreira

Pedro Palricas

O livro gosto de ler… e a história vou viver… - Lara Pita

Um livro é um tesouro Da nossa imaginação. Não o podemos estragar Então guardamo-lo no coração. - Laura Henriques

Ler um livro faz-me acalmar. – Anais Duro

No dia 23 de abril - DIA DO LIVRO e dos direitos de autor os alunos da Ebnº3 foram à biblioteca ouvir a história “Sábios como Camelos” de Eduardo Agualusa e refletir um bocadinho sobre a importância dos livros na sua vida e nas suas aprendizagens… Foi um momento bem passado que muito agradou a todos!

Reconto da história Sábios como Camelos de Eduardo Agualusa Na Pérsia viveu um grão-vizir que gostava imenso de ler. Quando viajava levava consigo quatrocentos camelos carregados de livros. Um dia, após uma tempestade de areia, os camelos perderam-se no deserto e o grãovizir regressou muito triste ao seu palácio. Um jovem pastor salvou-os e levou-os até a uma região remota do deserto. Passados quinze dias, o jovem pastor, como viu os camelos a morrerem à fome, deu-lhes os livros para comerem. Ao fim de trezentos e noventa e oito dias, apareceram as tropas do grão- vizir e o jovem foi acusado de ser o responsável pela destruição dos livros. O grão-vizir ordenou que ele ficasse um dia na prisão por cada livro destruído. O camelo Aba não concordou com a prisão e explicou ao grão-vizir que os livros tinham dado aos camelos a capacidade de falar e o conhecimento que estava em cada um dos livros. O jovem pastor foi libertado e, todas as tardes, um camelo subia ao quarto do grão -vizir para lhe contar uma história.

Durante o mês de abril houve mais Saúde Oral nas escolas do 1º ciclo do AEC As culpadas são as professoras bibliotecárias que promoveram, numa parceria com a USF (Unidade de Saúde Familiar) do Centro de Saúde de Condeixa, sessões de esclarecimento e de promoção da Higiene Oral junto de todas as 33 turmas do 1º ciclo do nosso Agrupamento. Nestas sessões são explicadas todas as regras para que as nossas crianças possam manter os seus dentes saudáveis, limpos e sem cáries! Os alunos divertiram-se com uma história de fantoches O Projeto SOBE ofereceu um Kit de escovagem em cada turma, ao aluno que fez o melhor desenho ilustrativo do que aprendeu nesta sessão tão importante para a saúde futura!

Texto coletivo da turma do 2ºB da EBnº3 junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27


Na biblioteca acontece::

O GATO-SOL Animação da Leitura no projeto de itinerâncias “Trinta dias, trinta livros” Com a chegada de mais um baú “Trinta dias, trinta livros”, no início de maio, veio a “Hora do Conto” à Escola do 1.º Ciclo de Belide. As professoras bibliotecárias Ana Rita Amorim e Anabela Costa dramatizaram duas estórias fantásticas que representam diferentes culturas e um imaginário civilizacional riquíssimo. O primeiro conto – “As preocupações do Billy” – é uma estória tradicional da Guatemala e já correu o Mundo através da “palavra” do autor Anthony Browne. “As preocupações do BillY” refere-se à história de um menino que adormece quase sempre cheio de receios e temores… Mas, eis que os seus “medos” deixam de existir quando ele constrói uns bonequinhos – os bonequinhos das preocupações do Billy! Após o conto, os meninos da escola receberam como presente um “bonequinho das preocupações” e foram convidados a construir outros. “O Gato Sol” foi a segunda (e última) estória apresentada. Para tal, as professoras bibliotecárias recorreram ao Kamishibai – uma maneira diferente de contar estórias que teve origem no Japão. O kamishibai é composto por um suporte de madeira

O lindo Gato Sol Na floresta foi encontrado Ele parecia um caracol E para casa foi levado Brilhante e dourado Era o seu pelo Às listas malhado No ombro foi metê-lo

onde se colocam cartões com ilustrações alusivas à estória e que ajudam à compreensão da mesma. “O Gato Sol” é um conto tradicional vietnamita e a estória narrada tem por base a cultura asiática e descreve o habitat (flora e fauna) dessa região. O protagonista desta história (um jovem vietnamita) encontra um gato na selva e leva-o para casa. Como não sabe o nome que há de dar ao gato, visita o sábio da aldeia para o ajudar. O papel do sábio é orientar o jovem nessa tarefa. Muitos nomes, ao longo do conto, são sugeridos: “Sol”, “Nuvem”, “Vento”, “Muro” e “Rato”. Mas o jovem chega à conclusão que não há nenhum nome melhor para o seu animal do que aquele que ele já tem – “Gato”. Este conto transmite uma moral “Cada Ser é único e deverá ser valorizado como tal”, pois a sua grandeza reside naquilo que ele tem de diferente dos outros seres. Tanto o primeiro como o segundo conto foram imensamente apreciados pelos alunos por transmitirem, de forma imaginativa, uma mensagem repleta de sentido. Texto coletivo da Turma B (3.º e 4.º ano) da E.B. 1 de Belide

Com o tempo cresceu Só brincava no mato Pensou… até que lhe deu O nome de Gato Gato Foi com a ajuda do sábio Que aprendeu a lição Não se pode chamar lábio Se é o nosso coração

Nesta Sala Vivo Eu! Foram inauguradas no passado dia 23 de abril, Dia do Livro e dos direitos do autor, as salas de aula das 10 turmas do 1º ciclo do Centro Educativo, agora batizadas com nomes de conhecidos e importantes autores da literatura infantojuvenil. Os alunos realizaram trabalhos de pesquisa, biografias, trabalhos criativos e de artes plásticas sobre os seus autores, leram e passaram a conhecer melhor algumas das suas mais célebres obras. Uma proposta da biblioteca escolar.

Querem saber mais? Passem por lá! 28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Cada um com o seu jeito Todos cheios de diferenças Temos de ter respeito E tu, o que pensas? 3º/4º ano EB1 da Ega


As 4 estações Quando nasce a Primavera Mais parece um novo amor, Porque alguém está à espera De ver no campo, uma flor. Vejo as árvores em flor Tudo isto é deslumbrante São dias cheios de amor A quadra dos amantes Nasce o amor e a saudade Nos dias quentes do Verão O sol queima de verdade Mas aquece o coração E à noite é tudo igual Nas tardes à beira-mar O pôr-do-sol em Portugal É um desejo desse amar Depois do verde da esperança Rolam as folhas pelo chão Vamos perdendo a confiança Com saudades do verão

CONCURSO “Poesia

As árvores ficam despidas Por terem perdido o trono E aquelas folhas caídas Dizem que estamos no outono E entra devagarinho Sem barulho querer fazer Num cantar de um passarinho O inverno vai nascer E assim em qualquer aldeia Vai tudo clarear Com a luz de uma candeia Vemos na serra nevar

::Na biblioteca acontece Realidade Um Sol que se põe todos as noites, Uma manhã que sorri todos os dias, Pedras do caminho que rolam como gotas E gotas que gelam na pele como pedras. Há uma história para lá da imagem, Uma história onde os ramos são abrigo, As estrelas confidências, Os troncos testemunho,

Chega também um ventinho Vemos as brasas a arder Nós sentados num banquinho P´ro calor nos aquecer

O horizonte esperança E a poeira o começo. Há um comum extraordinário para lá da janela

O céu escuro do inferno Permanece 3 meses Muito necessário é o inverno com chuva e sol às vezes.

Que todos olham mas poucos veem. Há um compasso na chuva que para o tempo, Um grito de liberdade no trovão,

Mariana Fonseca, 9ºF

Uma musicalidade perfeitamente incerta no vento, Um horizonte que lembra as possibilidades,

na Escola 2015”

Um céu azul para mim e para ti

No passado dia 21 de março, nas comemorações de mais um

E que no entanto não tem a mesma cor,

dia da Poesia, a Rede de Bibliotecas de

Uma lua que condensa a vida,

Condeixa aproveitou o momento para

Uma realidade.

entregar os prémios deste ano do

Uma realidade que do efêmero presente

Concurso “Poesia na Escola”.

Faz o infinito.

Estes são os trabalhos premiados. Temos Poetas no nosso

Uma realidade que se alinha

agrupamento. Disso não temos dúvidas!

Para que nada seja perfeito

MINHA ARCA, MEU TESOURO!

A minha arca é fantástica! É toda de papel e cartão, Nela guardo toda a imaginação. Na minha arca Vejo nobreza E alguns pozinhos de certeza. Nela existe toda a minha infância… Nela vivem os brinquedos E as estórias de grandes enredos.

A minha arca é fantástica! É toda de papel e cartão, Nela guardo toda a imaginação. Do seu interior sai uma rima, Outra e mais outra, Depois um manto Que, em verso, Construo com encanto! E para terminar Lá no fundo da arca Ainda posso encontrar A palavra sonhar! Alexandre Silva, 4º ano, EB1 Belide

E tudo faça sentido.

Mar

Pois só assim é real,

Só assim é único Mar, tela de encantar E só assim deve ser. Onde nos é permitido sonhar. Mas este mar, que tanto dá, A minha imaginação Também sabe retirar. No meu quarto que barafunda, Contraditório por natureza, a minha imaginação, Tanto traz alegria como tristeza. as ideias que fluem, É fonte de vida e de prazer, e caem pelo chão. Habitat que se deve preservar, Fofas como uma nuvem, Pois não o fazer por mais que lhes diga não, É a nossa extinção anteceder. Pode abruptamente tirar enredo de ideias, Vidas de quem por ele vai navegar. juntas em cadeias, Esconde aventuras e segredos, nunca saem do meu colchão. Alguns de que devemos ter medo, Mas nada, e tudo muda Histórias e lendas de outros tempos, o silêncio do meu coração Que estão escondidos e guardados aquela estranha barafunda Nos mares desde sempre navegados. que varia com a imaginação. Ricardo Pedrosa, 5ºG

Sara Silva, 10ºA

Linda flor Flor que pelo ar és levada, De eterna e pura beleza, Pelo céu és beijada, Sempre na incerteza. Sem sítio onde pertenças, O mundo é teu lugar. Voa linda flor! Não te deixes apanhar! Não te deixes apanhar, Nem pelo menino mais lindo. Sê feliz, linda flor, Que a noite vem vindo. Rita Pita, 6º F

Emília rebelo, 7ºE

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29


LEMOS + escrevemos melhor:: A história do senhor Sommer de Patrick Suskind Cheguei à prateleira e escolhi “o” livro! Parecia chamar por mim, com a sua lombada em letras gordas. Tirei-o e ainda me cativou mais com as cores da sua capa. Deveria ser interessante – pensei eu… Estava errado! Não gostei “do” livro! Embora o narrador nos consiga transportar para a ação que vai relatando, seja capaz de nos levar a experimentar os sentimentos que vão assolando as personagens e de nos arrastar para a sua infância, a verdade é que

Ser poeta é…

senti que fui “enganado” pelo título e pelas minhas expetativas em relação à história que ele me parecia prometer. O narrador parece distraído e desvia-se muito da história do senhor Sommer, que deveria ser a principal. A verdade é que não lhe dá qualquer importância, sendo que, durante umas 50 páginas, não se fala nele. Além disso, a maior parte dos diálogos eram supérfluos. O final … também o detestei, pois o senhor Sommer morre, desnecessariamente, e sem se perceber bem qual o motivo dessa morte. Ainda mal o tinha conhecido e morre… Atendendo a estas razões, não aconselho a leitura do livro. No entanto, provavelmente, estou a ser injusto. Vou, certamente, lê-lo uma segunda vez, quando for mais velho, e é bem possível que já goste mais. Quem sabe?

Ser poeta é Ir mais além. É descobrir-se a si próprio E esconder-se no poema. É ser destemido, Ter como armas as palavras E a mudança como vitória. Ser poeta é ser universal E viajar por galáxias desconhecidas. É saber amar qualquer um E ver com o coração. É transmitir sentimentos, Mas ser o incompreendido.

Tomás Ribeiro (7º E)

A porta do tempo de Ulysses Moore O livro que li e escolhi

O Recruta de Robert Muchamore

florestas de números selvagens, montanhas de aventuras inesquecíveis. Aconselho-te não só este livro, mas a

Carlos Pedro Cardoso (7º E)

que a história avança se levantam mais perguntas e se dão menos respostas, como se de um novelo se tratasse. A história é um enigma não só pela narração, mas também pela sua origem, conforme explica o autor no email que enviou à editora e que se apresenta no início do livro. Esta obra é fruto de muita imaginação, o que faz com que os pormenores se liguem entre si, tendo como base um código que o autor decifrou. Entre as páginas, encontramse ilustrações muito detalhadas, que também contribuem para este lado enigmático do livro.

Ao te aventurares nestas páginas, é preciso pores à prova o teu saber, a tua imaginação e coragem, pois a vontade de ler vai ser cada vez maior, à medida que vais penetrando nos mistérios que o livro esconde. Tal como as personagens, vais enfrentar mares de letras molhadas, desertos de segredos perdidos,

de P. D. Baccalario e A. Gatti

Aconselhado pelos meus colegas e pela professora bibliotecária, decidi ler o volume 1 da coleção CHERUB, O Recruta. O livro era grande e tremi. Porém, como o mundo dos serviços secretos e da espionagem me desperta muito interesse, lá me deixei convencer. Espetacular! Cativante! São estes os adjetivos que posso empregar para descrever esta minha experiência com o livro. Na pele de James, fui um espião destemido e, apesar de me sentir tantas vezes próximo do fim, consegui ter a astúcia suficiente para me salvar. No final, este livro deixou-me a mensagem de que, apesar de todos os obstáculos que possam surgir, conseguimos sempre alcançar os nossos objetivos, desde que lutemos e trabalhemos para tal e, mesmo que não se realizem hoje, podem-se realizar amanhã, ou depois, desde que não desistamos. Ensinou-me ainda que tudo é mais fácil quando apoiados e ajudados e que as pessoas retribuem aquilo que de nós recebem.

para dar a minha opinião é espetacular, pois à medida

O estranho caso do retrato flamengo

leitura de toda a coleção. É viciante! por Maria Rebelo (7º E)

30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

Na minha opinião, este livro conta-nos uma emocionante história, tão “fantabulástica” que, apesar de lhe reconhecermos a fantasia, o enredo e as experiências pessoais de cada um nos levam a sentir que tudo é a mais pura verdade. Através da narrativa e das pequenas ilustrações, nós próprios vivemos o mistério como se pertencêssemos àquele clube e investigássemos em conjunto com as personagens, contribuindo para a procura da verdade e a resolução do problema. O que mais me encantou, nesta história foi o facto de o adensar do mistério nos dar o que pensar, levandonos a ansiar voltar rapidamente ao livro para ver como tudo se desenrolava e se resolvia. Gostei muito das personagens, pois tornam-se muito reais. Cada uma tem a sua maneira de ser e de “sacar” informações úteis à investigação. O que também muito me “agarrou” a esta e a outras histórias da coleção, fazendo-me ler sem parar, é que a conclusão nunca é aquela que estávamos à espera, pois surge o surpreendente inesperado… AH, no final! Tudo acaba com um sabor doce na boca, mas o mistério continua aceso no escuro das persianas. Emília Rebelo (7º E)


::LEMOS + escrevemos melhor

Ser poeta é ser o que eu quiser… É ser o mágico que transforma carvão Em diamantes a cintilar de enigmas.

Sozinho no desconhecido

Ser poeta é deixar A alma cair sobre o papel. É estar sozinho E não estar só.

Amor eterno Esta letra é para pensares sobre a nossa situação, porque pensas que o amor que sinto por ti é todo em vão. Mas não. Sem ti sinto-me sem chão.

Ser poeta é ser eu Com “e” no meio Porque no início me procuro E no fim me apago.

Ser poeta é… Poema coletivo da turma 7º E (inspirado no poema de Florbela Espanca “Ser Poeta…”)

Mãe A minha mãe é linda, linda como todas as coisas lindas que há no mundo: linda como as pétalas das rosas dançando com o vento, como a Terra girando em torno do Sol, como uma violeta acabada de nascer… A minha mãe é baixinha, tem cabelo curto com caracóis que parecem uma espiral sem fim e tem os olhos da cor das castanhas que no outono comemos, estaladiças. Se a minha mãe desaparecesse eu acho que era capaz de andar sempre a chorar pelos cantos, por isso desejo-lhe uma boa vida e que não lhe aconteça nada de mal. Rodrigo Manuel, 3.ºA EBn.º3

Eu amava-te como nunca amei ninguém e sabia que o nosso romance podia ter ido mais além. Estou perdido no mar e já não encontro saída. Realmente já nem sei o que é a vida. És tu que me fazes respirar. O nosso amor é um segredo que ninguém vai desvendar. Digo-te na cara o que estou a sentir. Sei que o nosso amor para sempre vai existir. Vou andando contigo pela rua, contigo no pensamento, e sempre a pensar no dia do nosso casamento. Sozinhos nós vivemos este sonho tão profundo. Vou dar-te a minha mão e, em troca, dás-me o teu mundo. Luís Nunes, 1º VOC

Tudo tem um fim Eles eram melhores amigos. Eram tudo um para o outro. Riam juntos, passeavam juntos e, acima de tudo, eram fiéis até que um dia ela diz que gosta dele e o sentimento era tão forte que começaram a namorar. Eles tinham a certeza que estarem perto um do outro era o que os fazia felizes… passavam noites juntos, desabafavam um com o outro e, acima de tudo, prometeram nunca se separar… mas… certo dia, ele diz que já não sente o mesmo e acabaram. Ela chorou dias sem conta, enquanto ele ia a festas e convivia com os amigos… e assim, do dia para a noite, uma história que parecia ser perfeita e dar certo desmoronou-se. Andreia Mesquita, 1ºVOC

Olhei em redor e apenas encontrei mar que passava além do horizonte e do outro lado estava perante uma ilha deserta. Foi em agosto de 2012 que fiquei preso nesta ilha, sem ninguém para falar. Então, gritei: – Alguém que me ajude! Do outro lado apenas ouvi o cantar dos pássaros e o som da selva. Não podia morrer à fome, por isso, fui pescar. Deu para o meu jantar, mas a minha preocupação era onde ia passar a noite, sozinho e sem ninguém para falar. Peguei em bocados de madeira, em canas e folhas e fiz uma cabana improvisada. Dava para passar a noite. No dia seguinte, de manhã, acordei a ouvir as suaves ondas do mar. Que delícia que era! Estava com fome, por isso fui à procura de alimento. Havia muita fruta, recolhi o necessário. À ida para a cabana, encontrei um papagaio e levei-o comigo. Passados uns tempos, ensinei o papagaio a falar. Era a minha companhia naquela ilha fria e deserta. Eu dizia: – Que grande alhada! E o papagaio dizia: – Paciência! Paciência! Era um bom amigo, mas sentia falta de amigos verdadeiros, de estar com pessoas reais. Certo dia, um barco militar passou por aquela ilha para fazer treinos e então eu gritei bem alto: – Estou salvo, estou salvo! Do outro lado houve resposta: – Como veio aqui parar? – Foi durante um naufrágio. – Vamos tirá-lo daqui. Venha! – Mas vou levar o meu fiel amigo papagaio que tanta companhia me fez. Fiquei muito contente. Estava a salvo e ia voltar para a minha família e amigos. O meu último grito naquela ilha foi: – Finalmente livre! André Diogo, 1ºVOC

junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31


Escritores da nossa escola :: «Ser artista não é ser ditado pelos outros: nem sequer é uma escolha. Há trepadeiras de palavras e cascatas de conotações, que ora se enrolam em espiral nos nervos do ser, ora se despenham em lagos profundos de pensamentos azuis. Enraizados e inafundáveis.»

Livros publicados:

“Escrevo porque não posso deixar de escrever, é inato”

“Alfabeto no feminino”, 2005

ANA PAULA RAMOS AMARO Ana Paula Mabrouk (Pseudónimo) “É preciso viver para escrever” Nasceu em 1968, na aldeia de Ribeira de Frades (Coimbra). Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas (variante de Estudos Ingleses e Alemães). Possui a pós-graduação no Curso de Especialização em Tradução, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Desenvolve a atividade de professora há mais de 20 anos e está colocada no Agrupamento de Escolas de Condeixa. Paralelamente, desenvolve as atividades de escritora e tradutora. Desde muito pequena que demonstrou o gosto pelos livros e pela leitura. Gostava muito dos livros da Anita. Tal facto, talvez se deva a um período da sua vida no qual foi criada por uns primos que tinham uma grande biblioteca e um ateliê de pintura. Quando ia à cidade com a mãe ela costumava comprar-lhe sempre um livro.

“Em Carne Viva”, 2010 “Crónicas da Arte e da Vida”, 2011

“Estes hábitos precoces de “Regresso O”, 2011 leitura e contacto com os “Paixão em 5 Atos”, 2013 livros são essenciais para “Águas Paradas”, 2015 plantar a semente da escrita”. Começou a escrever quando andava no liceu e o apoio e encorajamento de alguns professores foi essencial para continuar a escrever até hoje. “No presente não concebo a minha vida sem leitura e escrita. São parte integrante não só daquilo que faço mas daquilo que sou.” As histórias dos seus livros surgem, muitas vezes, de pequenos acontecimentos do dia-a-dia. Esses acontecimentos transformam-se em narrativas que “têm que ser trabalhadas, desenvolvidas, revistas, reescritas e, algumas vezes, até deitadas fora quando nos apercebemos de que o texto não resulta.”

FERNANDO MANUEL CARREIRA DE ABREU Em Dalatando (anterior Salazar) era conhecido como “o branco mais revolucionário da cidade”

Memória de infância: “correr por meio dos caminhos onde passavam javalis e andar no meio das sanzalas livremente”

-Cazuangongo e o fim dos Dembos, 1996 -Angola (1928-1962): a assimilação da população indígena através das escolas das missões católicas, 2001 -Aguieira – Dão e Caramulo,

Literatura Geral da nossa região, Coordenador Científico e responsável das notas históricas e de mitologia comparada,1996 -A gaita-de-foles e a aldeia do Zambujal, 1997-1998 -Alminhas do Concelho de Condeixaa-Nova, 2001 -Lenda de Guilherme Pais ou dos castelos da Ega e Conímbriga

Nasceu a 6 de julho de 1956 em S. Paulo de Assunção de Luanda (Angola) Licenciou-se em História pela Universidade de Coimbra (1981). Mais tarde tirou a licenciatura em História, na variante Arqueologia, pela mesma Universidade. Possui o Diploma de Estudos Superiores Especializados em Estudos Africanos e Língua Portuguesa em África, pela Escola Superior de Educação de Santarém. Tem 2 pós-graduações, uma em Antropologia pela Universidade de Braga e outra em Expansão Portuguesa pela Universidade de Coimbra. É professor do quadro de nomeação definitiva do ensino secundário há mais de trinta anos. Viveu em Angola até aos 19 anos. Destacam -se algumas atividades em que se envolveu: Foi guarda-redes suplente da equipa de Hóquei em Patins do Lusitano Clube de Salazar (Dalatando); Presidente da Associação de Estudantes do Liceu Nacional de Salazar (Dalatando); Foi voluntário da Cruz Vermelha de Angola, na cidade de Nova Lisboa (Huambo), no apoio aos deslocados da guerra civil

32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

angolana; Em 1974 aderiu ao partido MPLA. Em dezembro de 2000 fixou residência no Zambujal (Condeixa-a-Nova). Entre 2001 e 2013 foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Zambujal.

1973 1969 1975 1977

1987

1976 1992

Trabalho elaborado pela professora Carla Pimentel

Obras e trabalhos publicados:


Desta vez aceitaram este desafio três mulheres decididas, três professoras que tão bem sabem fazer contas, decidir, orientar... e que nos surpreendem aqui com a partilha dos seus tempos passados, recordações de infância e juventude, percursos de vida pessoa… histórias que nos contam em mais uma edição de...

:: Quem é Quem? aos 22 anos

quem é

18-19 anos

QUEM?

Com cerca de 11, 12 anos

Uma das nossas queridas professoras nasceu na Beira Baixa em meados dos anos 50, onde concluiu a escola primária, embora sempre tenha afirmado não ter realizado o exame da 4ª classe… Aos 10 anos deixa a família e vai, com a irmã mais velha, para Castelo Branco onde frequenta o ilustre Liceu Nun’Álvares e conclui o ensino secundário. Nunca esqueceu o clima agreste da capital albicastrense, onde no verão o calor derrete o alcatrão que se cola aos sapatos e no inverno se avista a serra cheia de neve e se tirita de frio… No ano de 1972 ruma a Lisboa onde frequenta a Faculdade e conclui a licenciatura em 1977. Que década maravilhosa… Ingressa na função pública no ano de 1975 como monitora da cadeira de Microbiologia da Faculdade de Farmácia de Lisboa. No ano de 1977 começa a lecionar na Escola Secundária da Sertã e no ano seguinte regressa novamente à capital, para realizar o estágio clássico. Leciona pela primeira vez em Condeixa-a-Nova no ano de 1979, passou depois por Alvaiázere, Anadia, Soure… tendo regressado definitivamente a Condeixa em 1987. Já passaram 28 anos … e há muito que decidiu ser esta a escola onde se irá reformar!

Nascida no auspicioso ano de 1966 é PEIXES até à medula. Para todos os que perfilham a teoria de que andar na mesma escola e na mesma turma do princípio ao fim dos estudos deve ser a regra, este é um bom contraexemplo. Frequentou a Escola Primária de Casconha durante 3 anos, entre 1972 e 1975. Fez o 5º ano no Ciclo Preparatório de Condeixa e do 6º ao 9º ano andou no Colégio Apostólico da Imaculada Conceição. Tendo optado pela área de Ciências, estudou na Escola Secundária D. Duarte onde fez o 10 e 11º anos e completou o ensino Secundário da Escola Secundária José Falcão por não haver a disciplina de Física no D. Duarte, área que queria estudar. Quis o destino que fizesse a licenciatura em Matemática da FCT da Universidade de Coimbra que frequentou entre 1983-88. Retomou os estudos em 2002 tendo obtido o grau de mestre em 2005, em Administração Educacional, na então Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade em Lisboa. Um dia, quem sabe...

Desde há muito tempo que lhe conhecemos a boa disposição e a simpatia, mas esta sempre alegre senhora professora, embora pareça, não é cá da Terra! Nasceu em Coimbra, mas as suas raízes estão numa lindíssima aldeia do sopé da Serra da Estrela, onde fez os seus estudos na escola primária. Depois todo o seu percurso escolar passou por Coimbra, cidade da qual não gosta de se afastar! Do percurso profissional tem muito que contar, mas por poucas escolas andou, D. Duarte e Condeixa. Vem a fixar-se na vila simpática do nosso Agrupamento e diz que não pensa sair daqui… junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33


DIVERSÕES ::

Além da fé, havia o riso Na época medieval existia sempre um bobo que tinha como função fazer o Rei rir. Bom, não eram só os reis que riam. Num período da história da humanidade, marcado pelas trevas, pela falta de conhecimento e pelas forças poderosas da inquisição da igreja católica, os medos do desconhecido, a extrema pobreza, o frio, a fome e a estimativa de vida de trinta e poucos anos, levam a que um povo marcado assim precisasse de encontrar refúgios da própria vida.

O que é que o povo medieval achava engraçado? A maioria de seu humor pode ser descrito como rude e grosseiro nos dias de hoje: piadas sobre sexo ou funções corporais parecem ser muito populares. Os alvos das piadas podem ser maridos tolos ou esposas terríveis, o padre local, um rei ou mesmo figuras históricas. Ou seja, tudo é baseado no seu tempo presente, na forma como o próprio autor da piada e o contador viam o seu mundo.

ANEDOTAS MEDIEVAIS Armaduras da Idade Média O marido da loira, que estava a ler uma revista ilustrada com alguns cromos representativos das armaduras dos cavaleiros da Idade Média, levanta-se do sofá, vai ter com a mulher e diz-lhe: - Vês, Aninhas, este tipo de vestimenta, era o que os cavaleiros usavam na Idade Média. Diz a loira: - Credo! Isso havia de esfolar a mobília toda…

– João, qual foi a primeira coisa que D. Pedro fez quando chegou ao trono? – Sentou-se, professora! Sabes quem descobriu o Brasil? – Eu nem sabia que ele estava coberto! O imperador D. Pedro I estava, certa vez, no banho, rodeado de cortesãos. Um filósofo persa estava presente. D. Pedro, voltando-se para ele, perguntou: – Quanto calculas que eu valha, em dinheiro? – Trinta moedas – respondeu o filósofo. – Mas só a toalha que eu tenho na mão vale isso…! – Este valor já inclui a toalha …

Um frade, que era razoavelmente estimado, estava a pregar ao povo em enquanto condenava calorosamente o adultério, considerado por ele uma prática abominável. “É um pecado tão horroroso”, disse ele, “eu preferiria ter um caso com 10 virgens do que com uma mulher casada!”

Várias pessoas estavam em Florença a conversar e cada uma estava a pensar nalguma coisa que a fizesse feliz. Uma delas gostaria de ser o Papa, outra um rei, uma terceira gostaria de ser ..., de repente uma criança tagarela, – que por acaso estava lá – disse: “eu gostaria de ser um melão”. “E porque motivo?”, O abade, um homem muito gordo e perguntaram eles. “Porque toda a gente corpulento, estava a caminho de cheiraria o meu traseiro!” Florença uma tarde, e perguntou a um camponês que ele encontrou: “Você Um homem passeava pelas ruas, acha que eu vou conseguir entrar pelos mergulhado nos seus pensamentos, portões do castelo?”. extremamente melancólico. Ao É óbvio que o que ele queria dizer ao encontrar um amigo, este perguntou-lhe perguntar isso era se ele conseguiria o motivo da sua preocupação, ao que chegar à cidade antes dos portões se ele respondeu que devia dinheiro e que fecharem. No entanto, o camponês não podia pagar. O homem disse-lhe respondeu com veemência: “Claro que então: “Não fiques assim… deixa essa sim. Se uma carroça de feno passa por preocupação para seu credor”. lá, por que não passaria você?”.

34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015

http://capinaremos.com/?s=romances+idade+m%C3%A9dia


:: Ainda não sabiam?

Pela Ilha Esmeralda… De 9 a 14 de abril deste ano, no âmbito das disciplinas de Inglês, Área de Integração, Técnicas de Comunicação em Acolhimento Turístico, Operações Técnicas em Empresas de Turismo, Geografia e Turismo ─ Informação e Animação Turística, os alunos do 11.º ano do Curso Profissional de Técnico de Turismo, acompanhados pelos professores Maria de Fátima Gonçalves, Maria Justina Almeida e Rui Damasceno Rato, Diretor de Curso e Diretor de Turma, visitaram a Irlanda, também conhecida por Ilha Esmeralda devido ao verde vivo da sua paisagem. Tendo em conta que o turismo não se ensina, nem se aprende só na sala de aula, este destino turístico, além de proporcionar aos alunos uma oportunidade para porem em prática conhecimentos adquiridos nas aulas, permitiu-lhes estabelecer contacto direto com a cultura e a civilização irlandesas, bem como com a língua inglesa, imprescindível para a comunicação em qualquer serviço turístico em qualquer parte do mundo. Durante estes dias, a Irlanda ofereceu aos alunos a possibilidade de conhecerem um pouco da História da República da Irlanda e da Irlanda do Norte, das tradições e lendas, do património natural e edificado, de apreciarem a música tradicional, o ambiente citadino de grandes cidades europeias e a gastronomia e de usufruírem dos direitos da cidadania europeia. Destacam-se as visitas ao Museu do Duende, um espaço onde se recriam aventuras protagonizadas por duendes, ao museu Jeanie Jonhston, uma réplica do barco que levou emigrantes para os Estados Unidos da América e Canadá durante a Grande Fome, que mudou radicalmente a paisagem social e demográfica, The Burren, região com uma paisagem única, com vestígios, nos calcários carboníferos, de plantas árticas e alpinas e onde nidificam colónias de aves marinhas, os Clifs of Moher, considerados áreas de proteção ambiental, e a Calçada dos Gigantes, um conjunto de 40 mil colunas de basalto, resultantes de uma erupção vulcânica, que fazem parte do Património Mundial da Humanidade. Orgulhosos do seu património e para que as explicações dadas durante as visitas fossem bem entendidas, alguns guias tiveram o cuidado de “adaptar a velocidade do discurso” ao público. Num país que “ainda hoje mostra um pouco das vicissitudes de um passado recente, quer em termos de autonomia e independência, quer em temos de reestruturação do território”, os alunos, como futuros técnicos de turismo, reconheceram a importância de comunicar em Inglês, dos “conhecimentos históricos e geográficos dos locais” e do “património edificado”, bem como da “imagem, postura e competências” que lhes são exigidas nos diferentes “segmentos desta indústria”. Realçaram ainda a importância da “interatividade dos guias com os turistas”. Apesar das saudades da família, dos amigos e da língua, alguns alunos lamentam não ter ficado mais tempo neste país tão “hospitaleiro, acolhedor, simpático e com muito civismo” para poderem “praticar a língua inglesa, aprender mais sobre a sua cultura, adquirir novos conhecimentos, ter novas experiências, divertir-se e fazer amigos de outras nacionalidades e culturas”. Esta experiência foi “ótima” e contribuiu também para o reconhecimento da importância da preservação do património como elemento da identidade de um povo, mas soube a pouco! Professores Rui Rato, Fátima Gonçalves, Justina Almeida e Isabel Neves junho de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35


O projeto aLER+ no agrupamento de escolas de Condeixa

Teresa Prazeres, Assis. Operacional da Ebnº2 A Andreia Mesquita e a Beatriz Pereira do 1ºVOC “A escrava de Córdova, de Alberto S. Santos é gostam muito de vir à biblioteca e sempre que podem a história de uma mulher, nascida num tempo aproveitam para utilizar os nossos Tablets! e sociedade em que a condição feminina era sinónimo de submissão e anulação. Recomendo vivamente.”

Tânia Costa do 6ºE - Diário de um cromo, de Jonathan Meres “O Norman, que é um adolescente que escreve este diário, faz-me rir muito, pois, coitado, só lhe acontecem desgraças.” “Este livro é ao mesmo tempo “gostoso”, chocante, triste e divertido e fez-me ver que, por vezes, não damos o devido valor ao que temos, tais como a família e as coisas essenciais.”, diz-nos Francisco Silva, do 8º E sobre Capitães de Areia, de Jorge Amado.

A turma do 3ºB da EBnº3 é das turmas que mais visita a biblioteca escolar durante a hora de almoço. O aluno Tomás Loureiro já requisitou este ano letivo mais de 50 livros e é o TOP Leitor da nossa BE. Estes alunos ADORAM ouvir histórias na Hora do Conto. É um dos poucos momentos em que ficam mesmo caladinhos e sossegados! A Ana Rita Fonseca do 1ºB da EBnº1 quer muito descobrir "De onde vêm os bebés?", afinal!?

A Ana Catarina Beja do 10ºB gosta muito dos livros da escritora Torey Hayden. Anda a ler, em todos os intervalos, ”A menina que não queria falar”, uma história cativante que fala das relações entre uma professora e a sua aluna especial.

Francisca Preces do 4ºA da EBnº1 gosta muito dos Açores e neste livro descobriu muito sobre a cultura, a fauna e a flora desta ilha.

Professora Adelaide Monteiro Sou uma avida leitora, que não passa sem ter nas mãos algum entretenimento. A Joanne Harris é uma escritora muito criativa e as suas histórias são muito envolventes.

Olha para mim aLER+

Estes meninos do 3ºA da EBnº1 têm gostos muito diferentes. A Carolina Lopes adora este livro da Cinderela, pois é como se fossem dois livros em duas línguas e um tem sempre a "cabeça para baixo" e ainda aprende como se dizem as palavras em inglês A Érica Guiné gosta de "puxar pela cabeça" e descobrir os enigmas das "Adivinhas Coloridas", de Tiago 36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - junho de 2015 Salgueiro, enquanto o Gonçalo Pita que, às vezes, não gosta muito de sopa, adora as ilustrações deste livro que mostra que "A sopa Queima", segundo Pablo Albo.


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