dezembro de 2015 - JĂ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1
Índice ::
10
EDITORIAL
O nosso Agrupamento continua a melhorar, nos resultados externos, pois subimos nos rankings, assim como no desenvolvimento de atividades e projetos cada vez mais enriquecedores quanto promotores do desenvolvimento de competências e de aprendizagens pedagógicas e educativas... e o JÁ é o espelho disso! Chegámos à 10ª edição atingindo o quarto ano de publicações… estamos a 3 MULTICULTURAS crescer, a construir conhecimento, a ser MAIORES. 4 Reflexões de um Diretor de Turma Este número tem como tema “Multiculturas”. Com a escolha desta temática MULTICULTURALISMO ou procurámos dar a conhecer alguns dos vários alunos de outras nacionalidades que o Mundo tal como hoje o conhecemos 5 Notícias e atividades integram o nosso Agrupamento, algumas das sensibilidades sobre estas questões I Encontro Nacional de Clubes Europeus apresentadas por alguns professores, diferentes trabalhos realizados nas nossas Parlamento dos Jovens - Temas em debate escolas, refletindo num assunto muito importante e atual. Halloween / “Buuu… Books Party” Este é um número muito participado, com trabalhos realizados por alunos, Dia de Muertos turmas e professores desta feita de todos os anos de escolaridade e das várias Noite de Halloween na Biblioteca Municipal 34ª Olimpíadas Portuguesas de Matemática escolas do Agrupamento. Pequeninos mas com vontade de aprender (1ºB EBnº1) Os nossos jornalistas do JÁ estão a desenvolver competências de escrita, Saúde Oral no Curso EFA apresentando artigos cada vez mais extensos e complexos. É com muito gosto que Clima@EduMedia - entrevista ao Prof. Paulo Amaral os vamos acompanhando nesse crescimento e desenvolvimento pessoal. Obrigado a Prémio OLEOMAX para a EB1 do Sebal S. Martinho e Dia da Alimentação todos, aos resistentes e aos novos jornalistas, pelo trabalho desenvolvido! Nicolaus - texto do projeto eTwinning Gostaríamos de destacar a notícia do prémio de melhor aluno de etnia cigana Hora do Código na EBnº1 atribuído pela autarquia a Ronaldo Boguinhas, aluno do 4ºC da EBnº3, um menino 16 Le coin du Français cigano bom aluno, competitivo, empenhado e muito trabalhador! Parabéns 17 TEMA DE CAPA Ronaldo! Tu mereces. Educação Intercultural Projeto Intercultural: MUS-E Iniciamos este ano uma rubrica intitulada “Os livros que eu lia quando tinha a Melhor aluno de etnia cigana do Concelho tua idade”, que tem como objetivo principal envolver os encarregados de educação Dia da Filosofia - Pensar na atualidade… ter opinião na participação de atividades da escola. Será, certamente, muito interessante, esta 5 razões para não acolhermos refugiados … descoberta das experiências dos pais pelos seus filhos, Costumes e tradições de outros países através do nosso média escolar. A lembrança sobre os 23 Os livros que eu lia quando tinha a tua idade livros que marcaram a juventude, as memórias literárias, a 24 Na biblioteca acontece... O dia-a-dia nas BE partilha de excertos de textos/poemas que recordam a I Seminário da Rede de Bibliotecas de Condeixa adolescência… uma história divertida que chame à Mês das BE atenção para a importância da leitura, dos livros e das Teatros - Atrapalharte e Associação Andante bibliotecas, serão assuntos que nos vão, naturalmente, Era + uma vez… Já sabemos contar histórias deliciar. Encontro com a escritora Domingas Monte
31 Diversões 32 Produção de textos 34 A força das palavras, por Ana Paula Amaro Je suis... moi même et toute le monde
35 Ainda não sabiam? Projeto eTwinning “Hi, what´s up?” Prémio Nobel da Paz e prémio Sakharov III encontro Regional de Turismo Talentos na Escola
Esperamos que apreciem tanto esta edição, quanto nós temos orgulho deste número diversificado, rico e multicultural. Desejos de Boas Festas, um Ano Novo cheio de coisas boas e de cada vez + leituras!
36 Olha para mim a Ler+
dezembro de 2015 Direção do Jornal
Grafismo
Ana Rita Amorim Ana Rita Amorim 2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015 Isabel Neves aec.jornal@aecondeixa.pt
:: MULTICULTURAS
Construindo Pontes... Embora óbvio, nem sempre temos presente que «grande parte da nossa vida ocorre nas interações com outros indivíduos.» (Del Prette & Del Prette, 2007:212). Ou seja, a rede de relações em que nos movemos é determinante na forma como vivemos (agimos) e nos percecionamos, bem como ao(s) outro(s). Local por onde obrigatoriamente, e em fase determinante da vida, é desejável que todos passemos, na escola conhecemos outros, nomeadamente pares, alguns com experiências de vida e sonhos muito semelhantes aos nossos; outros, no entanto, cheios daquele encanto que só o novo e o desconhecido nos trazem. Na verdade, a escola não é mera soma de parceiros hieraticamente justapostos, recursos quase sempre precários e atividades ritualizadas. É, antes, uma formação social em interação e com o meio envolvente e outras formações sociais em que permanentemente convergem processos de mudança, que afetam todo o sistema; projeto em construção, onde o crescimento e a transformação que resultam da aprendizagem acontecem por referência aos quatro pilares do conhecimento, definidos no relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI (Delors, 2006): aprender a ser; aprender a conhecer; aprender a fazer e… aprender a viver juntos, o que implica conhecer e compreender o outro, as diferenças e percecionar as interdependências. Neste contexto prestar atenção ao indivíduo tal qual ele é, com o seu perfil e estória; reconhecê-lo no que o torna único e irrepetível, na sua complexidade; descobrir e valorizar a cultura de que é portador; ajudá-lo a descobrirse e a ser ele próprio em equilibrada interação com os
outros são atitudes fundadoras do ato educativo verdadeiramente indutoras da necessidade e do desejo de aprendizagem. Assim, a diversidade de experiências de vida, formas de estar, estilos de aprendizagem, práticas sociais, crenças religiosas, etnias, línguas, pátrias,… ao invés de serem encarados meramente como obstáculos, devem, antes, ser reconhecidos pela forte contribuição para a formação integrada de jovens curiosos, tolerantes, ousados, interventivos, competentes e mais preparados para experiências de vida «grandes e inteiras». O multiculturalismo, fonte de conhecimento a todos os níveis, incluindo o saber viver com o outro, tirando prazer e saber dessa experiência, investindo na promoção de uma cultura de convivência (e necessariamente de comunicação e de ligação), pode contribuir ativamente para a inclusão e para a prevenção do comportamento desviante, no quadro do papel e da responsabilidade da escola, no seio das características locais e globais que a contextualizam. Este é, também, um dos grandes desafios das consciências e uma das exigências coletivas para a educação dos jovens do século XXI. Para aqueles que todos os dias produzem o presente (o futuro), a escola pública que queremos e a sua função são questões de reflexão obrigatória, se pretendermos construir locais humanizados que, apostando na responsabilização e na exigência, sejam também tempoespaço prazenteiro em que, afinal, se cultiva aquilo que melhor o ser humano deve saber fazer: relacionar-se. Viver com. Conviver. Professora Sandra Galante Coordenadora de estabelecimento da EBnº2 e adjunta da Direção do Agrupamento
Del Prette, A. & Del Prette, Z. (2007). Psicologia das relações interpessoais (6ª ed.). Petrópolis: Editora Vozes, pp.212-220. Delors, J. (2006). Educação: um tesouro a descobrir. Porto: Edições Asa.
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3
Reflexões de um Diretor de Turma ::
MULTICULTURALISMO ou o Mundo tal como hoje o conhecemos
é o interesse em conhecer as experiências por que
passou, o local onde viveu, a língua que fala… Finalmente, é ainda o nosso espírito solidário que nos leva a receber os estrangeiros de braços abertos. Neste momento, a Europa vive uma vaga migratória de refugiados, inédita na História do Velho Continente. Paradoxalmente, Portugal, que “abriu novos mundos ao Mundo” nos séculos XV e XVI, não parece ser um destino desejado por estes imigrantes. Apesar da sua histórica cordialidade, apesar de viver num clima de paz há largas décadas, não tem o poder económico apetecido por estes novos nómadas. E assim o poder do dinheiro vai dominando o Mundo… acima do espírito de solidariedade, de cooperação, de entreajuda, de respeito pelo outro, pela cultura do
Com os Descobrimentos Portugueses, no século XV, abriu-se uma nova perspetiva do mundo ao Homem. A Europa não era o único paradigma civilizacional; era possível chegar ao Oriente por mar; a Terra era redonda; havia povos e culturas diferentes das conhecidas. Daí para cá, o mundo não voltou a ser o mesmo. Os povos misturaram-se, a miscigenação criou novos indivíduos, o intercâmbio de ideias, produtos e línguas enriqueceram a civilização moderna. No século XX, com a Internet, o conceito de globalização reiterou esta ideia. Cada vez mais vivemos num mundo sem grandes diferenças civilizacionais, sem grandes identidades nacionais. Cada vez mais, graças a programas de intercâmbio escolar como o COMENIUS ou o ERASMUS, jovens de todo o
outro… Com os ataques em Paris, na sexta-feira 13 de novembro, teme-se o outro, o desconhecido, o estranho. Fala-se em fechar as fronteiras, recuando num dos princípios da criação da União Europeia: a liberdade de circulação de pessoas e bens dos países membros. Um novo Mundo se prepara: o da divisão entre os europeus e os não europeus; entre os europeus dos países do norte da Europa e os dos países do sul; entre a finança e a
velha cultura. Todos nós teremos muito a perder com este fechar de portas. A nível civilizacional, cultural, ético, sobretudo. Se calhar, o multiculturalismo de hoje já não será a tónica do amanhã europeu. Infelizmente!
mundo vivem, temporariamente, realidades um pouco
Maria João Cura Mariano, Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Secundário
diferentes das que conhecem nos seus países de origem. Há muitos anos, o sonho de qualquer adolescente era fazer um inter-rail durante as férias de verão e, de comboio, viver a aventura de conhecer vários países da Europa, na época, bem diferentes, quer política, quer económica, quer socialmente. Hoje, os programas de voluntariado em África, Ásia, ou outros destinos distantes conquistam centenas de candidatos. Atrás desta experiência, muitos partem em busca de empregos melhores do que aqueles que o seu país lhes oferece. O que atrai tantas pessoas fora de portas? O que leva os jovens da nossa escola a cercar um aluno estrangeiro, que a ela chega, de imediato, disponibilizando-se a ajudálo? Primeiro, é a curiosidade perante o que é novo num meio pequeno onde todos se conhecem há anos. Depois, 4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
E
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
I Encontro Nacional de Clubes Europeus No passado dia 14 de novembro, as professoras Alda Cardoso e Fátima Gonçalves deslocaram-se a Lisboa para participarem no I Encontro Nacional de Clubes Europeus, que teve lugar na Escola Secundária de Camões. Durante a parte da manhã assistiram a sessões subordinadas aos temas "Ano Europeu do Desenvolvimento" e "Apresentação do Referencial Dimensão
TEMAS EM DEBATE
2015/2016
Ensino Básico
Europeia da Educação". Na parte da tarde, foram entregues os prémios relativos ao Concurso dos Clubes Europeus e decorreram mais duas sessões: "Interculturalidade e Mobilidade no Espaço Europeu (tema da rede de Clubes para o ano de 2015 / 2016) e "A Europa e os Jovens". Houve ainda lugar para assistir à mostra de cartazes que as escolas presentes enviaram para serem expostos.
Como já é costume no nosso Agrupamento, o projeto Parlamento de Jovens vai promover debates entre os alunos e Deputados da Assembleia da República. Desta feita, vamos ter a visita da Deputada Ana Mesquita do PCP no dia 14 de dezembro pelas 14:30, no auditório da Escola Básica nº2, para os alunos do 3º ciclo. No mesmo dia, pelas 16:00, decorrerá na Biblioteca da Escola Secundária Fernando Namora, o encontro com o Deputado José Manuel Pureza do BE. Esperamos que sejam debates muito interessantes com os quais pretendemos que os nossos alunos possam compreender melhor o conceito de Cidadania. Desejamos também estimular o gosto pela participação cívica e política. De igual modo, nestas sessões, procuramos dar a conhecer a Assembleia da República, o significado do mandato parlamentar, as regras do debate parlamentar e o processo de decisão do Parlamento, enquanto órgão representativo de todos os cidadãos portugueses.
Ensino Secundário
QUERES PARTICIPAR NO PARLAMENTO DE JOVENS?
, dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
O Halloween surgiu há mais de 2.000 anos, a partir da comemoração do Ano-Novo e o fim do verão pelo povo celta (que viveu onde hoje são Inglaterra, Escócia e Irlanda). A festa era chamada de Samhain. Começava no dia 31 de outubro e terminava dia 2 de novembro, quando é celebrado o Dia de Finados. Eles acreditavam que nesses dias os espíritos e fantasmas voltavam para a Terra. Na noite de 31 de outubro, os religiosos (chamados de druidas) acendiam fogueiras e, enquanto dançavam ao redor do fogo, agradeciam a colheita. No dia seguinte, as famílias cozinhavam usando os restos desse mesmo fogo. Desta forma, acreditavam que estavam protegidos dos espíritos maus. Como era uma festa pagã (que não pertence a nenhuma religião que acredite num só Deus), quem, na Europa, celebrasse a data durante a Idade Média (entre os séculos V e XV), era perseguido e podia ser condenado a ser queimado na fogueira. No século passado, muitos povos ligaram esta tradição à diversão. Em vários países de língua inglesa, como os Estados Unidos, o Canadá, a Irlanda e a Inglaterra, crianças e adultos fazem da noite do dia 31 de outubro uma grande festa. Saem à rua e pedem “doçuras”. Quem não der nada recebe uma grande travessura. Atualmente, muitos são os países de outras línguas que se juntaram a esta festa, tal como acontece em Portugal, onde se adotou esta tradição, aliando-a a outra igualmente pagã, a do Dia dos Finados. As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas de Condeixa não deixaram de celebrar esta festa e entre exposições, decorações, livros, histórias e filmes sobre a t e mát i ca , a s bib l iot e c a s f i ca r am assustadoramente convidativas a bons momentos e boas leituras.
TRICK OR TREAT! João Pedro Bispo Neves, 6º C Jornalista da BE EB nº2 e do “Já”
"Buuu... Books Party!"!
Decorreu no passado dia 30 de outubro, na Escola Secundária Fernando Namora mais uma comemoração do Halloween. Neste ano a atividade foi feita em colaboração com a Biblioteca Escolar e abrangeu alunos de 3 turmas do 9º ano. Intitulouse "Buuu... Books Party!" e consistiu num jogo de pistas com o objetivo de descobrir onde estavam dez livros do Mundo Fantástico e de Horror da Biblioteca Escolar. Os reis do jogo foram os QR Codes que indicavam os locais e tivemos ainda algumas dinâmicas de grupo intituladas: "From Forks to Condeixa", "Horror Online Quizz" e "Quem é o assassino?". Teve como objetivo proporcionar aos nossos utentes e demais alunos um espaço de convívio e entretenimento onde as novas tecnologias são nossas aliadas e a leitura valorizada. Vera Alves, CATL das Cáritas
No Dia das Bruxas Doçuras vamos pedir Disfarçados de fantasmas Doces vamos dividir! E se não nos derem nada, Levam uma vassourada! Abóboras iluminadas, Com caras assustadoras Com aranhas penduradas Ficam as casas assombradas E as pessoas assustadas! É noite de bruxaria Mas também de fantasia! 2ºB - Turma Mais da EBNº1
6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
O Dia Assustador Vem aí o Dia das Bruxas Que não é nossa tradição Mas vamos aproveitar E assustar até mais não!! Com aranhas e morcegos Mascarados de vampiros Vamos ficar muito giros! É o tempo das abóboras Ficarem assustadoras E voarem com as bruxas Penduradas nas vassouras! 2ºA/2ºCda EBNº1
Dia de Muertos
A origem da celebração do “Día de muertos” remonta às antigas culturas indígenas dos Aztecas, Mayas, Purepechas. Os rituais simbolizavam a morte e o renascimento que na época pré-hispânica eram representados através de crânios dos mortos. As festividades eram presididas pelo deus Micteccihualtl, conhecido como a “Dama da Morte” (atualmente corresponde à “Catrina”) e eram dedicadas à celebração das vidas dos parentes falecidos. Trata-se de uma festividade cheia de cor e motivos alegres. No México, a data é celebrada com uma série de elementos de folclore, particulares desta época do ano. Um deles é o pão doce chamado “pan de muerto” que todos degustam durante o jantar. Também são tradicionais os crânios feitos de açúcar que se oferecem aos amigos com o seu nome escrito na frente. As caveiras fazem também parte das ofertas. Os conquistadores espanhóis do século XV ficaram aterrados com estas práticas dos indígenas e, na tentativa de converter os nativos americanos ao catolicismo, alteraram a data das festividades para o início de novembro: desta maneira coincidiam com as festividades católicas do “Dia de todos os Santos” e de “Todas as Almas”. O núcleo de estágio de Espanhol, com o objetivo de assinalar esta data e de a dar a conhecer a todo o Agrupamento, levou a cabo diversas atividades que permitiram à comunidade escolar perceber a importância desta data para o povo hispânico e a forma alegre como é celebrada. Desta forma, o núcleo de estágio assinalou este dia decorando um altar, no átrio da EB nº2, de homenagem aos mortos, com várias “calaveras” pintadas com cores alegres, velas e o “pan de muertos”. Nesse mesmo local foi colocado um esqueleto vestido, represendando a “Catrina”, a “Dama da morte”. No plasma do átrio, toda a comunidade teve oportunidade de visionar vários filmes alusivos à data. Foram ainda promovidas por este núcleo outras atividades, nomeadamente a distribuição de doces em forma de caveiras, pelos alunos da escola, durante o intervalo. Relativamente aos professores, estes tiveram a oportunidade de degustar “pan de muertos“ oferecido pelo núcleo de estágio. Estas atividades foram levadas a cabo pelos alunos de espanhol com a coordenação das respetivas professoras da disciplina, salientando-se, de entre as atividades desenvolvidas, a decoração de caveiras expostas. Destaca-se a participação da turma do 8º B, que colaborou na construção do altar e na distribuição de gomas, nomeadamente o Miguel e a Catarina, que se mascararam de esqueletos. Um agradecimento especial aos colegas de Ciências por nos terem emprestado a Catrina, bem como aos auxiliares de ação educativa e aos funcionários administrativos que foram muito prestáveis.
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Entrada da Sala do JI turma A da EBnº3 no dia do Halloween
“Cuidado! Não me Pisem! Olhem que viram SAPO!
Espaços da EBnº3
Um negro Halloween Numa negra noite de solidão, Nasce tétrica a ilusão. Mistérios frios de terror… Uma obscura perfeição De sombria vibração. O medo a encher-nos a alma, Pavor de não vermos vivalma Esperando a assombração Mas aguardando diversão. Emília Rebelo - 8ºD
Núcleo de Estágio de Espanhol dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 7
NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Noite de Halloween na Biblioteca Municipal A 31 de outubro de 2016, celebrou-se o Halloween na Biblioteca Municipal. Esta sessão contou com a presença de crianças entre os 6 e os 12 anos acompanhadas pelos pais, na qual pudemos apreciar o trabalho do ilustrador Marc Parchow e do escritor Rui Miranda. Tudo começou com a fabulosa interpretação da história da Pirá por Marc, que provocou muitas gargalhadas surgiram por parte das “Qualquer um pode ser bom em crianças e dos adultos. qualquer coisa, mas tudo dá Para além da representação, trabalho.” – Marc Parchow o ilustrador cantou, tocou e encantou com a música da Pirá. Foi fabulosamente sensacional! Após esta diversão, Marc e sua esposa representaram “A Locomotiva”. De onde vem a inspiração? “É dos livros. Porque nós gostamos mesmo muito deles e, para começar a gostar, é preciso descobri-los primeiro, e é necessário compreender como se retira de um livro a inspiração. Os livros são escritos com inspiração. E a leitura dá asas à nossa criatividade e esta é como um músculo: quanto mais a treinarmos e quanto mais lermos melhor ela fica até que nós ganhamos as nossas próprias asas e a nossa
própria criatividade. Mas a inspiração vem toda principalmente dos livros”, respondeu o ilustrador Marc. Mais tarde, tivemos o prazer de ouvir o escritor Rui Miranda com a apresentação do seu livro “Contos Daqui e do Além”. Esta é uma obra de ficção em que o autor conta várias histórias “do além” que fazem parte do imaginário de todos. Rui Miranda reside em Condeixa-a-Nova e esta é a sua segunda publicação. Quando nasceu o gosto pela escrita e porquê? “Comecei a escrever desde muito novo, cada vez que surgia uma ideia eu escrevia-a. Desde que comecei a ler “O gosto pela leitura não se adquire, também comecei a gostar de escrever. temos que gostar.” Gostava de imitar aqueles que eu lia – Rui Miranda porque os admirava, achava que eram pessoas fantásticas e imaginava-me um dia eu a poder escrever as histórias que eu lia”, respondeu o escritor Rui. Esta horripilante noite prolongou-se até ao dia 1 de novembro e esperamos que no próximo ano mais um evento destes nos aqueça com mais histórias, terrores e fantasias. Magda Mendes - Jornalista do JÁ
RESULTADOS – 34ªs OLIMPÍADAS DA MATEMÁTICA
Inserida no PAA, o Departamento de Matemática e Ciências Experimentais MCE, em articulação com a SPM, levou a efeito, no passado dia 11 de novembro, a realização das XXXIV Olimpíadas da Matemática. Esta iniciativa, que tem sido desenvolvida no Agrupamento, contou com a participação dos alunos em diferentes categorias. Na Escola Básica n.º2, participaram: 16 alunos do 5.º ano, na categoria Pré-Olimpíadas; 32 alunos dos 6º e 7º anos, na categoria Júnior; 9 alunos do 8.º ano, na categoria A. Da Escola Fernando Namora, houve a participação de 3 alunos na Categoria A e 2 da Categoria B. Os resultados serão inseridos na página da SPM até ao dia 9 de dezembro. A coordenadora do DMCE, Maria Helena Delgado
8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
CATEGORIA PRÉ OLIMPIADAS 1º lugar- Danilo Marques 5ºA 1ºlugar Leonardo José Damas 5ºD 2º lugar João Miguel Lopes 5ºA 3º lugar João Miguel Gonçalves 5ºE 3º lugar Maria Miguel Santos 5ºE 3º lugar Tiago Duarte Marcelo -5ºE CATEGORIA JUNIOR 1º lugar -Daniel Tomé 7ºA 2º lugar Diogo Sabino 7ºB 2º lugar Sofia Cruz 7ºB 3ºlugar Mariana Janeiro 7ºD 3º lugar Henrique Cura 6ºB CATEGORIA A 1º lugar - Diogo Santos 8ºB 2º lugar Rita Simões 8ºC CATEGORIA B 1º lugar - Inês Ribeiro12ºB 2º lugar - Carlos Cardoso 12ºA
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Pequeninos, mas com vontade de aprender Somos os alunos do 1º B, faladores e irrequietos, mas com muita vontade de aprender coisas novas e de participar em imensas atividades. A nova etapa começou no dia 18 de setembro e desde então tem sido uma aventura. Fomos à Casa Rainha Santa Isabel, onde realizámos trabalhos de pintura, recorte e colagem. Participámos em atividades relacionadas com a alimentação: uma, no auditório da EBNº2, promovida pela equipa de enfermagem e outra, na biblioteca da nossa escola, promovida pelas bibliotecárias. No dia da alimentação, dia 16 de outubro, demos início à participação no Projeto Heróis da Fruta, Lanche Escolar Saudável, o maior programa
gratuito de educação para a saúde em Portugal. Todos na turma estamos a comer fruta diariamente. No dia das bruxas, divertimo-nos imenso. Vestimo-nos a rigor, desfilámos e enfeitámos a nossa abóbora para participar no concurso das abóboras promovido pela Biblioteca Municipal. No dia de S. Martinho, fizemos o magusto da nossa escola, cantámos e comemos castanhas. No dia do pijama, dia 20 de novembro, divertimo-nos muito com a Mimi que nos contou uma história sobre a importância do sono. Para sermos saudáveis, além de uma alimentação saudável e de exercício físico, temos que descansar. Turma B do 1ºano da EBNº1
Acúrcio aprendeu que “nem sempre a melhor marca de dentífrico é a que faz ficará brutal! melhor aos dentes, o que é importante é “a quantidade de flúor que a pasta Gabriel Santos contém e quanto mais perto estiver do valor máximo (1500 ppm) melhor”. “Nem sempre devemos comprar Colgate por ser o mais vendido, mas sim pela quantidade de flúor que contém. Devemos ter sempre uma boa higiene oral não só para ter dentes mais brancos, mas para prevenir determinadas doenças”, afirma o Nilton.
Se tratar da saúde oral,
SAUDE ORAL
Seu sorriso
NO CURSO EFA No passado dia 3 de novembro, os alunos do Curso EFA assistiram a uma sessão de esclarecimento sobre Saúde Oral, atividade integradora das áreas de Sociedade, Tecnologia e Ciência e Cultura, Língua e Comunicação, realizada pela Dr.ª Catarina Cortez Vaz, a convite da professora Regina Barros, na biblioteca da ESFN. Os alunos consideraram esta atividade uma “experiência bastante agradável”, “muito esclarecedora e elucidativa” sobre os hábitos de higiene diária que se devem praticar a fim de evitar certas doenças. A Ana Fontes e o Paulinho recordaram os “cuidados que se devem ter com a boca e os dentes”; o Joel
“Hoje em dia fala-se muito de cancro. É o cancro da mama, é dos intestinos, é da próstata... uma série deles. Mas esquecemo-nos que o cancro da boca também existe e é mortal! Por isso, há que o prevenir, mudando alguns hábitos”, declara, preocupada, Ana Sofia Caridade. Curso EFA, professora Isabel Neves
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 9
NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: Atendendo a que a nossa
residuais e com as ruturas frequentes que ocorrem devido à
escola integra o projeto Clima@EduMedia, desenvolvido no âmbito do Programa AdaPT, desde o ano letivo transato, pretendemos dar-lhe continuidade, participando no Concurso Escolar “Alterações Climáticas”. Iremos incentivar alunos e professores a apresentar medidas de adaptação e de mitigação das alterações climáticas, para futura implementação nesta escola. Nesta perspetiva, gostaríamos de ouvir o que a Direção do Agrupamento, nomeadamente o Prof. Paulo Amaral, adjunto da direção, pensa sobre a elaboração de estratégias e implementação de medidas para a diminuição do consumo de energia elétrica, sobre a melhoria da eficiência e da sustentabilidade energética assim como sobre a utilização sustentável de outros recursos utilizados.
idade da canalização e aos danos infligidos pelas caraterísticas
Projeto Edu@Clima: Que nível de preocupação existe quanto à
preocupações que determinam a nossa ação no âmbito da
utilização dos recursos no Agrupamento?
utilização dos recursos: a primeira têm uma dimensão mais
Professor Paulo Amaral: A utilização racional dos recursos
global e está relacionada com a nossa sensibilidade para os
energéticos é uma das principais preocupações do órgão de
problemas ambientais como a poluição, as alterações
gestão do Agrupamento. Neste âmbito, a direção implementou
climatéricas ou o esgotamento dos recursos naturais; a segunda
várias medidas para evitar o desperdício energético e reduzir o
preocupação
consumo de água. Ao nível do consumo elétrico, temos a
gestão do orçamento. O facto de
preocupação de recorrer, dentro das nossas possibilidades, à
termos de gerir um orçamento
utilização de equipamentos energeticamente mais eficientes
muito
como lâmpadas fluorescentes da classe energética A e balastros
redobrar as preocupações com a
eletrónicos. O facto de a Escola Secundária Fernando Namora
redução dos desperdícios de
beneficiar de uma excelente exposição solar permite-nos
recursos, no entanto, condiciona
explorar esta iluminação natural e reduzir em 50% o número de
-nos
lâmpadas instaladas na maioria dos espaços da escola. Os
avançarmos com outras medidas mais amigas do ambiente por
assistentes operacionais têm instruções claras para ligarem ou
requererem um investimento mais avultado.
calcárias da água que nos foi fornecida durante longos anos. Relativamente às ruturas, temos contado com a preciosa ajuda do município, quer na reparação, quer na execução frequente de vistorias para deteção de eventuais fugas. Para reduzirmos as perdas residuais durante o período noturno, há vários anos que fechamos a água no contador. Quanto à racionalização dos consumos, temos tido a preocupação de efetuar as reparações imediatas de torneiras ou autoclismos que apresentem fugas; instalámos também, dentro das nossas possibilidades, algumas torneiras com temporizador. Projeto Edu@Clima: Que concretos problemas impõem a
imediata alteração da utilização dos recursos? Professor Paulo Amaral: Há sobretudo dois tipos de
diz
limitado
e/ou
respeito
à
obriga-nos a
impede-nos
de
desligarem a iluminação dos espaços comuns (corredores, casas de banho ou salas de convívio) de acordo com as necessidades
Projeto Edu@Clima: Quais são as ideias ou projetos que
diárias.
podem ser postos ao serviço da sustentabilidade?
Relativamente ao aquecimento da escola, há um especial
Professor Paulo Amaral: Há várias, nomeadamente a
cuidado para obter um equilíbrio entre os gastos energéticos
substituição da caixilharia de janelas e portas exteriores por
desnecessários e a criação de um ambiente confortável e
outra com materiais energeticamente mais eficientes e com
propício ao desenvolvimento do processo de ensino e
vidro duplo ou triplo; instalação de painéis fotovoltaicos para
aprendizagem e, como tal, o aquecimento é ligado diariamente
produção da nossa própria energia elétrica; instalação de
entre as 7:45 e as 10:20, podendo este período prolongar-se até
painéis solares térmicos para aquecimento da água utilizada na
às 13:30 nos dias em que as temperaturas são mais baixas.
cozinha e balneários; substituição do sistema de iluminação por
Paralelemente, há um cuidado da Direção com a sensibilização
outro com lâmpadas led; implementação de projetos que
da comunidade escolar para manter as janelas e portas
incentivem a utilização de meios de transporte amigos do
fechadas, evitando assim a dissipação do calor. Outra medida
ambiente, como, por exemplo, a bicicleta ou veículos elétricos.
implementada há alguns anos foi a irradicação de todos os
A Universidade de Aveiro tem um projeto muito interessante
sistemas de aquecimento portáteis e individuais, restringindo o
para incentivar o uso da bicicleta pelos seus docentes,
aquecimento à estrutura que foi instalada de raiz.
funcionários e alunos. Este projeto consiste, basicamente, em
O consumo de água na ESFN é outra das principais
oferecer um duche para quem se desloca de bicicleta e um
preocupações da Direção, nomeadamente com as fugas
menu de pequeno-almoço a um custo reduzido, incentivando
10 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
PRÉMIO OLEOMAX para a EB1 do SEBAL No dia 11 de novembro, a escola de Sebal foi receber o prémio do Oleomax à Câmara Municipal de Condeixa. Os alunos desta escola receberam o prémio por terem recolhido mais OAU (Óleo Alimentar Usado) por criança no ano letivo anterior. Recolheram 12,975 litros por aluno, totalizando 519 litros, dos 1431 recolhidos em todo o Agrupamento de Escolas. O prémio consistiu num cheque de 200€ oferecido pelo Sr. Presidente da Câmara. Após o lanche que os esperava, numa sala, os alunos participaram no Magusto dos funcionários da Câmara, comendo castanhas quentinhas, ao que se seguiu uma sessão de fotografias na escadaria do lindo palácio que alberga a
Autarquia. Tendo sido convidados pela Sra. Vereadora da Cultura, Dra. Liliana, de imediato passaram ao Salão Nobre onde simularam uma Assembleia. Este acontecimento só foi possível pelo forte empenho de todos os elementos da escola incluindo, especialmente, os alunos que frequentaram o 4º ano no ano transato. Depois de tantas emoções, a criançada regressou à escola, transportada pela carrinha da autarquia, entusiasmada e com propósito de continuar a recolha de Óleo Alimentar Usado – OAU, a bem do ambiente.
3º e 4º ano da EB1 de Sebal
deste modo os hábitos saudáveis, exercício físico e alimentação,
impedida de fazer investimentos em projetos mais amigos do
bem como a redução da poluição e o consumo de energias não
ambiente.
renováveis. Relativamente à utilização de veículos elétricos, nomeadamente, bicicletas ou ciclomotores, uma das grandes
Projeto Edu@Clima: Que impacto terá a aplicação das ideias e
limitações à sua utilização está na sua autonomia, limitando a
projetos apresentados?
mobilidade das pessoas que moram mais afastadas da escola.
Professor Paulo Amaral: A adesão a projetos como o
Esta situação seria ultrapassada se fossem criados pontos de
Edu@Clima tem sempre um grande impacto no seio das
abastecimento elétrico para estes veículos dentro da Escola ou
entidades que decidem acolhê-los, que é “mexer” com as
nas imediações, por exemplo, em parceria com a autarquia.
consciências e promover uma reflexão sobre as práticas existentes e as práticas alternativas que poderiam ser
Projeto
Edu@Clima:
Acredita
que
existem
alternativas
implementadas. Fruto deste processo de reflexão resulta sempre
sustentáveis às medidas de utilização dos recursos até agora
uma sensibilização dos órgãos de gestão, do poder político local e
implementadas?
da população em geral para os problemas ambientais e da
Professor Paulo Amaral: Sim, todas as ideias ou projetos que
sustentabilidade do planeta, sendo este um grande ganho.
referi na resposta à questão anterior são exemplos de
Complementarmente, a implementação de medidas que sejam
alternativas sustentáveis, porque não consomem fontes de
sustentáveis do ponto de vista da utilização dos recursos terá
energia não renováreis ou utilizam materiais e tecnologias que
sempre o seu impacto positivo em termos ambientais.
diminuem os consumos. Contudo, atualmente, ainda existe um grande obstáculo à implementação destas medidas, que são os
Projeto Edu@Clima: Pode-se considerar que a aplicação destas
elevados custos associados aos equipamentos, instalação e
ideias tornará o agrupamento “mais ecológico”?
manutenção. Em muitos casos, o benefício económico que se
Professor Paulo Amaral: Sem dúvida! Para além dos benefícios
obtém pela redução do consumo
para o ambiente que adviriam da substituição das lâmpadas por
energético não cobre o
leds ou da instalação de painéis solares, não posso deixar de
investimento feito. Ou seja, os
mencionar a importância que teria na educação ambiental e dos
benefícios ambientais que se
comportamentos saudáveis, se fossem criadas as condições para
conseguem têm um custo
que os nossos alunos, professores ou funcionários pudessem vir,
considerável, o que, para uma
em segurança, para a escola de bicicleta normal ou auxiliada por
entidade pública como o
motor elétrico, ou a possibilidade de criarmos um centro de
Agrupamento, cujo orçamento
compostagem para os nossos resíduos orgânicos que despertasse
que não prevê este tipo de
o interesse nos alunos e os induzisse a reproduzir futuramente
despesas, está, à partida,
nas suas casas. dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 11
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
São Martinho Nas BE da EB nº2 e da EB nº1, decorreu mais uma festividade… o S. Martinho! Viram-se PowerPoint sobre a lenda e a tradição. Ouviram-se e contaram-se histórias e quadras de S. Martinho que foram também expostas na árvore da BE. A verdade é que Na EBnº1 o S. Martinho chegou e ninguém comeu castanhas, mas os alunos deliraram com as cumpriu-se a tradição, com atividades e o Concurso de Adivinhas. Ora vamos lá saber mais sobre… S. Martinho… castanhas, sol e verão. Esta tradição teve origem numa lenda que se passou há muitos séculos atrás, em França, na Idade Média. Naquele tempo, um soldado romano muito valente, de nome Martinho, partiu um dia de Itália com destino à sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo, passava nos Alpes, quando avistou um mendigo tremendo de frio e à chuva, que lhe suplicava ajuda. Deparando-se com tal situação, o soldado não hesitou e, desferindo um golpe na sua capa vermelha, que os soldados romanos usavam, cortou-a ao meio. Apressou-se a sair do seu cavalo e ofereceu uma das metades ao mendigo. De súbito, quando já se preparava para continuar a sua jornada, o sol irrompeu por entre a tempestade e o céu ficou límpido. Parecia verão! Diz-se que Martinho se sentou com o mendigo, acenderam uma fogueira e assaram umas castanhas. O povo acredita que, graças a esta boa ação, nesta altura do ano e apesar de ser outono, o tempo melhora durante cerca de três dias, chamando a este fenómeno o Na EBnº3 o S. Martinho verão de S. Martinho. saboreou-se com muito sol no Tal como todas as lendas, também esta tem uma moral recreio, no meio da diversão! que é «Se praticares o bem, serás recompensado!». Martinho não teve apenas como recompensa pelo seu ato o bom tempo, pois, mais tarde, tornou-se santo passando a ser tratado como São Martinho!
Tradição do Magusto em Portugal O magusto é uma festa popular que tem como finalidade o convívio da família e amigos à volta da fogueira, imitando o São Martinho e o mendigo! Cada família acrescenta o que puder e quiser a esta festa popular. Comem-se castanhas, bebe-se, cantamse canções, dança-se e, sobretudo, convive-se. Diogo Sabino, 7º B, Jornalista da BE da EB nº 2 e do jornal “Já”
Dia da Alimentação da Escola Promotora de Saúde
No âmbito da E.P.S. e em parceria com o grupo 230, foi assinalado o Dia Mundial da Alimentação – 16 de outubro. Por proposta de alunos do 6º ano/ Ciências Naturais, foi selecionada uma ementa que posteriormente foi servida a todos os que almoçaram nos diferentes refeitórios do Agrupamento. Ainda no prolongamento desta comemoração decorreu no bar da EB Nº2, a distribuição gratuita de iogurtes entre os dias 16 e 26 de novembro. Esta oferta só foi possível por simpatia da empresa “Pacybom” (Nestlé/Longa Vida) que teve a gentileza de os doar. A esta empresa o nosso público bem haja. EPS - Profª Jacinta Pires
12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Roda dos Alimentos da EBnº3
Alimentação saudável Para aprender, Não se podem esquecer, Uma boa alimentação Têm que ter. Tudo o que eu disser Têm de seguir Para ser saudável
O Dia da Alimentação A visita ao moinho de água, no Avenal, de onde trouxemos farinha, culminou no dia Mundial da Alimentação, dia 16 de outubro, com a confeção do pão na escola. Enquanto o João Pina lia uma história contada por António Torrado “A Galinha Ruiva”, amassou-se o pão que foi a levedar. Passado algum tempo, cada menino tendeu o seu pão que foi a cozer no forno da padaria Marques.
Doente ou cansado, Feliz ou amuado… Cuidado com a alimentação Verás que não será em vão!!! Precisas de energia E muita alegria. Come fruta variada E serás feliz, todo o dia!!!! Bruna Brito,, 8º C
E aprender a conseguir!!! Comer de tudo Um pouco É a regra principal! Não te deixes Ficar mal!!!
Resultado: Pães quentinhos, bem cheirosos e saborosos!
Receita de Pão Ingredientes: 1kg farinha 10 g fermento e sal q.b. 4 dl água Modo de preparação: Coloca-se a farinha no alguidar. Faz-se uma cova na farinha e coloca-se o fermento e sal e um pouco de água tépida. Mistura-se bem e amassa-se, envolvendo a farinha aos poucos. À medida que se amassa, vai-se juntando a água morna. Depois de amassado, cobre-se a massa com farinha e deixa-se levedar. Passado algum tempo, a massa cresce dentro do alguidar e é a altura de tender os pães que se colocam em tabuleiros. Em seguida, vão ao forno quente a cozer.
Bom apetite!!! Turma A, 1º e 2º ano da EB1 Sebal
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13
NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
Nicholaus Once upon a time there was an orphan teenager boy called Nicholaus who wandered around, with no place to go. He reached a place where there was no light called “Frozen City”. Reaching that city he felt confused because it was the Christmas season and the city was completely dark: without any Christmas lights, gifts or Christmas trees - nothing festive! He walked for a little while and then, finally, found an inhabitant from that town but, when Nicholaus tried to talk with that old depressed-like man he just passed him by without opening his mouth and walking as if he had something important to do. That made Nicholaus feel really sad: alone in the town, lost in the Christmas season and the only person he had tried to speak with, ignored him. The boy was still alone and sad when a man came up to him and tried to know what had happened: -Why are you so sad? -Why is there no Christmas and no celebration in here? -But we are celebrating Christmas! What do you mean? -How is there someone celebrating? There’s no Christmas lights, no Christmas trees, nothing happy… How can you say that you, people from this town, celebrate Christmas in this “Dark Hole”? -I’ve never heard of something like what you’re saying. Christmas, for us, is a season when families get together, when we share moments from the year that is now ending, from our lives and what we have been through together. That made Nicholaus think: what if that was the real Christmas? No, it couldn’t be, there was something missing: the happiness, the lights, the festive part of Christmas where
everybody is on the streets trying to find something for each other and share with, not only the family, but also the friends and so get to meet new people who need a hand to continue fighting! Christmas is not only for the families, it is for everyone! Nicholaus started making something festive: lights, trees, some gifts with anything inside and, for all the children of the town, he got a little box with a candy, a toy and a message saying:
That made the city have a new type of Christmas: from then on, the population of “Frozen City” (now called “The Christmas Shelter”) started to share gifts with their families and friends, share good moments of happiness and fun with each other together with a new vision: SOLIDARITY. Nicholaus turned into a myth since then: some call him “Claus”, others “Santa Claus” or even “Saint Nicholaus”, but nobody has seen him since then, or is our Christmas Spirit missing too?.... Writen by: Alexandre Matias, Bruno Carvalho and Renato Craveiro, 10th PSI; Francisco Cordeiro and Tiago Ramos, 10th TAP
From Fernando Namora Secondary School to everyone on the “Hi, what’s up :) ?” TwinSpace project: We wish you a Merry Christmas and a Happy New Year! (Texto elaborado na disciplina de Inglês com a professora Fátima Gonçalves no âmbito do projeto eTwinning “Hi, what´s up?”)
14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Decorreu, durante a semana de 7 a 13 de dezembro a Hour of Code, uma iniciativa sobre Programação, cujo objetivo é alcançar dezenas de milhões de estudantes em mais de 180 países. Esta iniciativa promovida pela Computer Science Education Week e pela Code.org visa desmistificar a Programação e realçar a importância de aprender Ciências da Computação na escola como forma de promover a capacidade de resolução de problemas, a lógica e a criatividade.
A Turma do 3º A, da Escola Básica nº1, participou neste evento realizando uma sessão com a professora bibliotecária Anabela Costa e a professora Laurentina, no laboratório da Escola. Durante uma hora eles programaram, utilizando o Minecraft como base, de forma a resolver problemas. Segundo os seus testemunhos os alunos e a Professora Manuela Franco, divertiram-se imenso, raciocinaram, orientaram-se e alcançaram o sucesso nesta Hora do código.
Na “Hora do código”, aprendemos a pensar bem, a
Barros)
organizar as etapas e a escolher uma estratégia.
Eu gostei da “Hora do código” porque joguei Minecraft
(Diana)
no
Na “Hora do código”, aprendemos a programar o jogo
rebuçados! (Fernando, Matilde Gaspar e Cristiano)
“Minecraft” e a professora Laurentina ajudou-nos a
É tão bom aprender a programar! (Ruben, Rodrigo Cruz)
todos. (Bernardo, Lucas, Afonso Mateus e Pedro)
A hora do código foi o máximo. Eu adorava aprender a
Na “Hora do código”, programámos, aprendemos e
programar e, nesta hora, aprendi mais. (João)
brincámos. (Natacha, Alexandre)
A hora do código foi muito interessante e divertida.
A “Hora do código” serviu para aprendermos mais coisas
Aprendemos a programar e vimos que para programar
de uma forma divertida. (Matilde Ferreira)
também é preciso saber Matemática. (Joana, Maksym e
Na “Hora do código”, quisemos aprender a programar e
Afonso Sá).
a ensinar outras crianças a fazer a mesma coisa.
Na hora do código, aprendi a programar e, ao mesmo
(Afonso
tablet,
aprendi
a
programar
e
ainda
recebi
tempo, a pensar. (Nádia e Lara)
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15
LE COIN DU FRANÇAIS :: La culture correspond à la manière dont un homme fait la lecture du monde qui l ’entoure. Chaque individu partage la culture de son groupe et a aussi une culture personnelle. Mots-croisés des multicultures, par le Club de Français* : : 3 1
2
BON COURAGE!
4
H O
A
D
B
5 C
M
L
D 6
E
I
A
R
G
I 11
D
I
F
M U L T
8
I
7
12
F F E
R
E L U A J N G E N C E S R
I
C U
T U R E S H
F
10
U
K
L
L
P A
T A G E R
9
O
O
Q
D
* La solution des mots croisés est au Club de Français ! Merci à Mariana (7eC), Franscisco L. (7eB), Gabriel (8eD), Diogo H. (7eB), Rafael (7eB), João M. (7eB), Gonçalo (7eB), Francisco (7eB), Fernando (7eB), et les autres qui ont réalisé ce jeu.
Le mélange culturel par la chanson : écoutez Zaz, On ira
On ira écouter Harlem au coin de Manhattan On ira rougir le thé dans les souks à Amman On ira nager dans le lit du fleuve Sénégal Et on verra brûler Bombay sous un feu de Bengale On ira gratter le ciel en dessous de Kyoto On ira sentir Rio battre au coeur de Janeiro On lèvera les yeux sur le plafond de la Chapelle Sixtine Et on lèvera nos verres dans le café Pouchkine Oh! Qu'elle est belle notre chance Aux milles couleurs de l'être humain Mélangées de nos différences À la croisée des destins (…) On dira que les rencontres font les plus beaux voyages On verra qu'on ne mérite que ce qui se partage On entendra chanter des musiques d'ailleurs Et l'on saura donner ce qu’on a de meilleur (…)
Horizontalement A. C’est une ville du Portugal, célèbre pour son vin. B. C’est une ville proche de Coimbra. C. C’est la terre. D. C’est un pays où l’on parle un portugais particulier. E. C’est un pays qui a de la chance avec son trèfle à quatre feuilles ( ). F. C’est une ville célèbre pour ses croissants. G. C’est un continent appelé aussi le Nouveau Monde. H. C’est le pays où est née la série Naruto. I. C’est un pays d’Amérique du Sud ou un plat. J. C’est un pays où les filles ont un signe sur le front. K. C’est notre continent. L. C’est une ligne qui sépare le monde. Verticalement 1. C’est un fleuve du centre du Portugal. 2. C’est une ville étudiante du Portugal. 3. C’est le pays le plus peuplé du monde. 4. C’est un pays et sa capitale est Lisbonne. 5. C’est un pays d’Afrique, ancienne colonie française, sa capitale est Ouagadougou. 6. C’est le continent où sont nés les premiers hommes. 7. C’est un pays d’Afrique, une ancienne colonie française et sa capitale est Bamako. 8. C’est le plus grand continent du monde. 9. C’est un continent sur l’océan Pacifique. 10. C’est un pays au Nord de l’Europe, où l’on parle le suédois. 11. C’est un pays du Nord de l’Europe, où l’on parle le finlandais. 12. C’est un pays d’Europe, où l’on parle le français.
Les professionnels du tourisme encouragent les échanges multiculturels
Le multiculturalisme est le mélange de différentes cultures dans un même groupe. Dans la société actuelle l’individu est amené à aller vers l’autre, tout au long de sa vie. Le tourisme est une activité économique sociale et culturelle qui implique le déplacement de personnes vers des lieux différents de chez eux. Aujourd’hui, le tourisme a changé, il n’est plus seulement local, il est mondial. Avec la mondialisation, le tourisme est encore plus concerné par les mélanges culturels. Le tourisme permet de promouvoir les mélanges culturels, pour cela, les professionnels du tourisme doivent connaître et comprendre les différences culturelles des publics variés qu’ils rencontrent. Le tourisme permet aussi l’enrichissement personnel à la rencontre de l’Autre. Et cela peut arriver près de chez soi. Par exemple, un office de tourisme de Paris propose des visites culturelles de quartiers de la ville : «Paris, au-delà des pierres et des musées». Pour découvrir les cultures du monde entier qui se mélangent à Paris. L’enjeu pour les professionnels du tourisme aujourd’hui est d’attirer toujours plus de touristes et de s’adapter à leur diversité culturelle. Article écrit par la classe de douzième technique de tourisme (12eTT)
Ces différents travaux ont été réalisés par les élèves en classe ou dans le cadre du Club de Français, organisé par l’assistante de français du groupement scolaire de Condeixa-a-Nova pour l’année 2015/2016, Chloé Moutinho
Horaires du Club de français : lundi (12h00-13h45), mercredi (12h45-15h25), vendredi (12h10-13h25). Venez nombreux ! 16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: TEMA DA CAPA
Educação Intercultural “Somos seres inacabados, que nos completamos através da cultura em constante transformação.” (Geertz 1989) Nos últimos anos, decorrente da descolonização, da integração na Comunidade Europeia e da participação no espaço Schengen, a Escola tem vindo a sofrer alterações significativas no corpo discente com a integração de crianças e jovens (e mesmo professores e outros técnicos), vindos de toda a parte do mundo. Tradicionalmente, em Portugal, a população imigrante vinha das antigas colónias portuguesas em África e do Brasil, e, mais recentemente, são de assinalar os movimentos migratórios da Europa do Leste (INE, 2006). Por estas razões, a Escola tem-se tornado mais multicultural*, nela interagindo, quotidianamente, uma diversidade crescente de culturas e perceções do mundo. A globalização tem acentuado a perceção dessas desigualdades através do caminho para o estreitamento de laços entre povos. A existência de uma população escolar diversificada e heterogénea do ponto de vista sexual, religioso, cultural, social, étnico, linguístico e de nacionalidade, tem-se constituído, desde há algum tempo, num desafio permanente do sistema educativo português. O princípio do direito à diferença foi consagrado na Lei de Bases do Sistema Educativo de 1986, na alínea d), do Artigo 3º: “Assegurar o direito à diferença, mercê do respeito pelas personalidades e pelos projectos individuais da existência, bem como da consideração e valorização dos diferentes saberes e culturas” (ME, 1986). Neste enquadramento, a Escola tem vindo a sentir a necessidade de se repensar e reformular, adaptando-se à sociedade e às suas constantes mutações, de forma a dar resposta às exigências que esta diversidade cultural acarreta. No início da década de 90, surgiram as linhas orientadoras para a educação intercultural em Portugal,
procurando contribuir com soluções para este desafio da diversidade cultural. Para tal, apareceram programas de educação intercultural nos diferentes ciclos do ensino básico (no início nos 1.º e 2.º ciclos e depois no 3.º ciclo), com o objetivo de centrar na educação os valores de convivência, tolerância, diálogo e solidariedade. Deste modo, passou-se a exigir aos professores as capacidades de interação com culturas diferentes e de promoção de estratégias que facilitem a compreensão e a tolerância entre indivíduos, numa estreita colaboração com as comunidades étnicas minoritárias, acautelando a indiferença à diferença, para que o aluno possa crescer enquanto pessoa, ele que é um ser resultante de vários “eus” e de vários “outros” em constante interação. Segundo Allmen (2004, p. 104), o termo intercultural, resultante da junção do prefixo “inter” com a palavra “cultura”,“implies interaction, exchange, interdependence, and reciprocity (…) requires recognition of values, of life styles as well as of the symbolic representations that individuals and groups refer to in their relationships with each other and in their understanding of the world”. Isto significa, reconhecer uma gama de interações dentro da própria cultura e entre culturas diferentes, que por sua vez são dinâmicas e criativas, na medida em que resultam da apropriação/interpretação que cada indivíduo faz das suas experiências de vida e das relações que estabelece com os outros. Importa, por isso, referir que, fruto destas interações e da forma como percecionamos o modo como as outras pessoas nos veem, assim criamos a nossa identidade, ou seja, o “eu” que somos é também, o espelhamento da imagem que os outros têm de nós, pelo que a nossa identidade passa necessariamente pelo reconhecimento das nossas singularidades por parte dos outros. Esta dinâmica desenvolve-se de forma discreta, e sem que se dê conta de tal facto. Assim, a identidade vai sendo construída pelo contexto e, ao mesmo tempo, definida e regulada pelo mesmo. (Continua)
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17
TEMA DA CAPA :: Em termos educacionais, esta perspetiva (interculturalidade) deve implicar uma transformação nos clichés e representações que se constroem sobre os outros e nas formas de superar os preconceitos, razão, por vezes, de pensamentos e ações erradas. Daí que se devam colocar as seguintes questões: O que é o outro? Quem é o diferente? Por que é diferente? Onde é diferente? Através da reflexão crítica, pode-se desenvolver na comunidade escolar outras formas de pensar e sentir sobre outras culturas. Importa dar um lugar de equidade a todos, onde cada um é importante em termos de competências, expressão e cultura. É essencial criar um clima relacional positivo, através de uma atitude de respeito pelos valores fundamentais das comunidades de acolhimento e que não passe apenas por um processo de acomodação do aluno “estrangeiro”. As práticas educativas devem, pois, estar em consonância com princípios de respeito, compreensão e colaboração. Neste processo, os professores podem contribuir de modo determinante para a transmissão de alguns princípios, tais como: 1) Não existe superioridade cultural, mas diversidade cultural; 2) Todas as culturas têm uma escala de valores, o que implica que o que é importante para um pode não ser para o outro; 3) Reconhecer e respeitar outra cultura não implica adotá-la como sua; 4) Indivíduos de culturas diferentes têm elementos em comum. À guisa de conclusão, deve-se evitar a homogeneização, isto é, a imposição da cultura dominante aos grupos minoritários, e desenvolver uma educação em que as diferentes culturas sejam contextualizadas e colocadas em interação. Professora Isabel Correia *Utiliza-se aqui o termo multiculturalismo no sentido de diversidade cultural e de “mosaico de culturas”. BIBLIOGRAFIA Allmen M.R. (2004): Towards an Intercultural Education. In Perspectives Western and Transitional Countries. Zagreb: editor Milan Mesiæ. In http://unesdoc.unesco.org/ images/0013/001375/137520e.pdf, acedido em 01/01/2010. ME (s.d.). Currículo Nacional do Ensino Básico. INE – Estatísticas dos Movimentos Migratórios LEGISLAÇÃO Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro, Lei de Bases do Sistema Educativo, de 14 de outubro.
Projeto Intercultural: MUS-E* MUS-E é um projeto musical da autoria de Yehudi Manuhin, baseado em Zoltán Kodaly**, cujo lema é “music belongs to everybody” (Cruz, 1996, p. 12). Tem por lema a ideia da música ao serviço da fraternidade entre povos, ou seja, visa promover o respeito e a solidariedade entre as pessoas, prevenir conflitos e proporcionar a coexistência pacífica de diferentes grupos culturais, bem como contribuir para a prevenção e resolução de situações de violência, racismo, exclusão, absentismo e insucesso escolar, através da prática musical. Dirige-se a populações escolares dos jardins-de-infância e primeiro ciclo, com diversidade cultural (crianças e jovens dos países de imigração e da Europa do Leste), maioritariamente provenientes de meios sociais desfavorecidos. Neste projeto privilegia-se o canto e o repertório vocal dos vários países (culturas) como forma de dar a conhecer e saber valorizar diferentes culturas. Projetos deste género exigem professores com formação adequada, capaz de incluir a abordagem e a problematização das questões interculturais, de modo a contribuir para o desenvolvimento de crianças e jovens também eles interculturais. Para tal é necessário ouvir e observar os alunos nas suas diferenças, valorizando as suas experiências e a sua própria pessoa. Sabemos que a educação acontece, desde a mais tenra idade, noutros espaços para além da escola, tais como no cinema, na publicidade, na religião, na música, nos videogames, etc., e muito particularmente, nos media, “oferecendo formas de ser e estar no mundo mais ou menos homogeneizados, produzindo identidades que transcendem os vínculos de referência baseados na ideia de Estado, nacionalidade, comunidade” (Costa, 2003, p. 34). Deste modo, embora a escola possa ser vista como espaço privilegiado na qual a construção da identidade respeite a diferença de indivíduos de diferentes origens, a interculturalidade não deve ser apenas um desafio escolar e de alguns professores ou áreas, mas de toda a sociedade. Professora de Música Isabel Correia *In http://www.dge.mec.pt/projeto-mus-e, acedido em 06/11/2015. **Zoltán Kodaly foi uma das personalidades mais marcantes da vida cultural húngara. Doutorado em Filosofia, Licenciado em Estudos Germânicos e Húngaros, compositor, violoncelista, maestro, crítico musical, político musical, etnomusicólogo e pedagogo na área da música.
18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: TEMA DA CAPA
Melhor aluno de etnia cigana do concelho distinguido pelo município
ORGULHOSOS DO RONALDO No dia 30 de novembro, fomos até à Biblioteca Municipal, acompanhar o nosso colega Ronaldo Vilar Boguinha, que ia receber o Prémio de Melhor Aluno da Cultura Cigana, do Agrupamento de Escolas de Condeixa. O mais engraçado era que ele não sabia de nada: era SURPRESA! Quando chegámos à Biblioteca, já lá estavam pessoas muito importantes: senhoras e senhores desconhecidos e outros conhecidos, familiares e amigos do Ronaldo e fotógrafos que nos tiraram muitas fotografias. O Ronaldo era o centro das atenções e descobriu que aquela cerimónia era em sua homenagem. Toda a gente lhe dava os parabéns e beijinhos. Ele sorria e agradecia envergonhado. Começou a cerimónia e os discursos, que, embora interessantes, foram um pouco longos para crianças da nossa idade… mas portámo-nos muito bem! Os intervenientes falaram das políticas da educação para a etnia cigana, elogiaram o Ronaldo e a sua família. No entanto, o que mais nos cativou foi a última parte: a entrega dos Prémios ao nosso colega. Sentimos muito orgulho no Ronaldo e aplaudimos de pé. VIVA O RONALDO!!! No final, houve um lanche que nós degustámos com muito agrado, pois a fome e a sede já apertavam. Achamos que o Prémio foi bem merecido pois o Ronaldo é um bom aluno e um bom colega.. Texto coletivo – 4.ºC - EB N.º3
BIBLIOGRAFIA Costa, M. V. (2003). A Pedagogia da cultura e as crianças e jovens das nossas escolas. In A Página da Educação, N.º 127, Ano 12. In http://www.apagina.pt/Download/PAGINA/ SM_Doc/Mid_2/Cat_127/Anexos/ aPagina127Out2003.pdf, pp. 34 e 35. Cruz, C. B. (1996). MUS-E PORTUGAL – Fonte de Equilíbrio e Tolerância. In Boletim da APEM, n.º 90, pp. 12-17.
Ronaldo Vilar Emídio Boguinha, um jovem de apenas 11 anos, foi distinguido, no passado dia 30 de novembro, com o prémio de melhor aluno de etnia cigana do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa, referente ao ano letivo de 2014/15. Numa forma de dar a conhecer e desmistificar a imagem geralmente negativa da cultura cigana, foi notória a importância deste ganho para o jovem, na esperança de “que este seja o primeiro de muitos, porque é sempre bom sermos recompensados pelo nosso trabalho». A cerimónia, que ocorreu na Biblioteca Municipal Eng. Jorge Bento, marcada sobretudo pela entrega do prémio, contou ainda com a presença de diversas entidades que, através de sinergias em rede, lutam diariamente em prol de uma cidadania igualitária. Foram as condições perfeitas para um debate sobre o combate à discriminação e o incentivo à participação das comunidades ciganas no exercício de uma cidadania ativa, sensibilizando a opinião pública. Nas palavras da vice-presidente da CMC, Liliana Pimentel, a associação a esta
iniciativa inédita, a nível nacional, constitui um passo importante para a “promoção do diálogo intercultural”, bem como para a “reflexão e discussão das políticas sociais”. De facto, pela explicação da Drª. Maria José Casa-Nova, docente na Universidade do Minho, são identificáveis as dificuldades de inserção social das comunidades ciganas em Portugal e, em especial, a entrada dos jovens no mundo do trabalho, uma condição que se encontra, forçosamente, vinculada à débil escolarização desta população e às elevadas taxas de abandono escolar. Contudo, nos últimos anos, a implementação de diversos mecanismos educativos para o retrocesso deste panorama tem aumentado a igualdade de oportunidades educativas, permitindo uma educação qualitativa e o acesso à formação profissional. Atualmente, existem já 20 crianças de etnia cigana a estudar no concelho. Apesar do abandono escolar ser praticamente nulo neste município, para Rei Neves, representante da Associação Cultural, Social, Recreativa Cigana de Coimbra, continua a ser imperativo o combate à taxa de absentismo escolar por parte dos jovens desta etnia. É sobretudo neste contexto que devemos honrar este projeto inovador. Estratégias como a divulgação de casos de sucesso materializam a escola como uma mais-valia, aquela que conduz mais rapidamente à integração social de crianças e jovens, independentemente de género, mudando estereótipos. Texto de Joana Branco, jornalista
O MEU PRÉMIO Eu, no dia 30 de novembro, fui receber o Prémio de Melhor Aluno da Cultura Cigana, do concelho de Condeixa-a-Nova. Prepararam-me uma surpresa e eu gostei muito dela. Os meus prémios foram uma camisola do Benfica, um diploma e um envelope com dinheiro, que vou guardar para aplicar nos meus futuros estudos. Tirei muitas fotografias. Até dei uma entrevista! O meu prémio foi notícia no Diário de Coimbra.
Tenho de fazer alguns agradecimentos: à minha família que esteve presente, em especial às minhas queridas mãe e avó, à minha professora, aos meus amigos e aos meus colegas de turma, que me acompanharam neste momento tão bom da minha vida! No final, houve um lanche e regressámos à nossa escola muito divertidos. Senti muita emoção e a falta da presença do meu pai, que iria ficar muito orgulhoso de mim. Vou continuar a ser um bom aluno e esforçar-me para que este Prémio seja o primeiro de muitos mais. Ronaldo Boguinhas, 4ºC – EBnº3
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19
TEMA DA CAPA :: DIA DA FILOSOFIA - TEMAS PROBLEMAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
PENSAR NA ATUALIDADE… ...TER OPINIÃO! No passado dia 19 de novembro comemorouse o Dia da Filosofia. A nossa turma foi à biblioteca escolar, acompanhada pela professora de filosofia, onde assistimos a uma sessão relacionada com a Guerra da Síria, os ataques terroristas e a crise dos Refugiados. O principal objetivo desta sessão foi sensibilizar os alunos acerca destes temas problemáticos. Foi entregue, a cada aluno, um conjunto de questões para serem refletidas durante a sessão. Mas antes, visualizámos um documentário sobre “As crianças na Guerra da Síria” e pudemos perceber como é difícil o dia-a -dia destas famílias, que decidiram ficar a lutar pelo seu país. Sebastião Görne, nº32, 10ºC
Também foi visionado um pequeno filme intitulado “La guerra de Siria explicada en 5 minutos!” (https://www.youtube.com/watch?v=DDOhQuH_ggE) onde os alunos puderam perceber um pouco melhor a complexidade desta guerra religiosa, assim como o poderio económico que está envolvido neste conflito. Por fim os alunos visionaram ainda um pequeno filme das Nações Unidas “The European Refugee Crisis and Syria Explained” (https:// www.youtube.com/watch?v=RvOnXh3NN9w) que resume a questão dos refugiados em números e dados fidedignos. O debate que se pretendia desenvolver no final tinha como principais objetivos promover o espirito crítico, a capacidade de expressão e argumentação assim como a reflexão filosófica. E ainda o esclarecimento de conceitos atuais. No dia 19 de novembro, comemorou-se o Dia da Filosofia e as professoras Graça Gonçalves e Ana Rita Amorim reuniram em vários horários as 3 turmas do 10º ano numa atividade na biblioteca escolar. Esta atividade teve o fim de ajudar os alunos a compreender um problema atual e tão real que é a Guerra na Síria e consequentemente a crise dos Refugiados que se está a alastrar pela Europa. Foi entregue, a cada aluno, um conjunto de perguntas sobre o que os alunos viram no documentário e nos pequenos filmes visionados. Perguntas sobre a nossa opinião, o que sentámos, o que achámos, … O documentário visionado “As crianças na Guerra da Síria” que podemos ver em:
https://www.youtube.com/watch? v=L_HU2o3zajg, e que mostrava a vida das
famílias que enfrentam a guerra e permanecem no seu país, mas principalmente, visava a vida das crianças e o seu dia-a-dia. Na minha opinião, a ideia da atividade foi muito boa para sensibilizar os alunos e também para vermos o “outro lado”. No meu caso, em concreto, fezme ver a vida com outros olhos e darlhe mais valor, pois quaisquer que sejam os nossos problemas são sempre menores comparados com a vida daquelas crianças. Inês Almeida, nº13, 10ºC
20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
QUESTÕES PARA REFLEXÃO -Que sentimentos despertam estas imagens? -Compreendes os motivos desta guerra? -O que move os terroristas? -Qual o papel dos cidadãos perante a situação dos migrantes? O que podemos fazer? -Poderão estas crianças tornar-se pessoas mais conscientes e tolerantes perante os outros ou pelo contrário, o sentimento de revolta, medo, insegurança fará delas adultos desajustados da sociedade? -Como pensas que podes ajudar? -Achas que deve ser mais divulgado este tipo de documentários? -Devem ser discutidos/abordados estes temas nas tuas aulas?
:: TEMA DA CAPA
5 razões
causaram.
para não acolhermos refugiados Ou a minha opinião sobre o assunto! No passado dia 19 de novembro, o Dia da Filosofia foi assinalado, na nossa escola, através do visionamento de alguns vídeos e a tentativa de debate sobre o assunto que está a causar polémica no momento: os refugiados. Como membro daquela plateia, lembro-me de me contorcer ao ouvir certos comentários. Ainda hoje sou incapaz de entender como é que alunos de secundário com acesso total à internet se limitam a acreditar naquilo que leem no facebook, sem questionar o que lá está escrito.
Apresento-vos 5 razões para não acolhermos refugiados, segundo a malta do facebook: 1.“Primeiro estão os nossos sem abrigo!” Não podia estar mais contente por ver a preocupação que o povo português demonstra por aqueles que tem o céu como teto. Finalmente! De certeza que já para a semana começaremos a ver o dobro de recolhas e ajudas a sem-abrigos em Portugal, isto se eles não forem “pretos” ou “maricas” porque nesse caso, nem as pedras da calçada merecem. Sim. Obviamente devemos ajudar os nossos, mas isso não impede que se abra portas a estas pessoas que fogem, literalmente, da morte. Se metade das pessoas que surgem com este argumento no facebook fizessem algo em relação a isso, garanto-vos que amanhã já não havia portugueses nas ruas. Como Guilherme Duarte disse: Esta alegação é como dizer «As andorinhas que migram para Portugal e fazem ninho na altura da Primavera estão a roubar os telhados que deviam ser dos nossos pintassilgos! Além disso sujam-me o carro todo! PS: Nada contra as andorinhas. Não sou racista!». 2.“O que é que eu tenho a ver com isso?” Aqui temos, talvez, o único argumento que faz sentido. A única razão plausível para não querer acolher estes homens que fogem à procura de um lugar onde possam manter-se vivos. É, de facto, a falta de empatia pelo sofrimento dos outros. Admitam que são um bocadinho racistas e não gostam de Muçulmanos, admitam e tornem-se menos hipócritas.
3.”Quem quer ajudar que lhes dê casa!” Pessoalmente, não quero sírios cá em casa. Nem ciganos. Nem pretos, brancos ou amarelos às pintinhas cor-de-rosa. Eu não gosto de acolher estranhos em minha casa, mas isso talvez seja eu. A verdade é que prefiro ter vizinhos sírios do que incultos, que não querem ver refugiados a ser ajudados, refugiados de uma guerra que não queriam e não
4.“É tudo um plano do estado islâmico para rebentar com Fátima” Amigos… quando “rebentaram” com as torres gémeas, não precisaram de um plano tão elaborado. Muito menos tiveram de dar à costa num bote salva-vidas, arriscando a sua vida de forma anónima e não de forma heróica em nome do seu Deus. A Síria está em guerra porque está a lutar contra o estado islâmico, impedindo que cheguem perto de nós.
5. “Eles estão a recusar comida!” Nem tudo é o que parece. Se se tivessem dado ao trabalho de pesquisar a origem do vídeo e as condições em que se deu a situação retratada, saberiam que, dias mais tarde, o próprio autor do vídeo explicou a situação. "Os refugiados" - afirma Petrovic num dos emails enviados ao Il Post -"tinham passado três dias na terra de ninguém entre a Macedónia e a Grécia. Na altura em que o vídeo foi filmado estava a chover e os refugiados tinham passado quase duas horas sob a chuva. A polícia macedónia não os deixava atravessar a fronteira". "Então a Cruz Vermelha chegou para distribuir ajuda aos refugiados, sob a forma de alimentos e água. Os refugiados estavam zangados porque não estavam a ser autorizados a atravessar para a Macedónia, portanto recusaram a ajuda gritando "não! não!". A polícia Macedónia só autorizava um grupo de 200/300 refugiados a atravessar a fronteira a cada duas horas, por ser essa a capacidade do comboio que liga Gevgelika até à fronteira da Sérvia, no qual eram transportados. A Cruz Vermelha tem estado a distribuir auxílio e assistência a milhares de pessoas na fronteira e vai continuar a fazê-lo enquanto existir a necessidade humanitária. Distribuímos entre 3000 a 4000 pacotes por semana e têm sido aceites com gratidão sem incidentes de pessoas a recusarem-nos", acrescentou. Eu até consigo perceber alguns destes argumentos e acho que a decisão deve ser tomada com cautela e a pensar no futuro. Não acredito que todos os que estão contra os refugiados sejam apenas más pessoas, algumas delas são só muito desinformadas. Mas não se preocupem muito com os sírios, porque quando eles chegarem a Portugal e virem a quantidade de gente hipócrita que há por aqui, fogem para outro lado! Andreia Sousa – 10ºA – Jornalista do JÁ
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21
TEMA DA CAPA ::
COSTUMES & TRADIÇÕES de outros países As alunas do 11ºC, Hajer Tajouri de origem libanesa e Anna Hopynchuk que veio da Ucrânia, residem em Portugal há sete e dois meses, respetivamente e apesar das variações de país para país gostam de habitar em Portugal. Testemunham que foram bem recebidas pela sociedade escolar e os colegas dão ajuda.
A Kátia Filipa Martins e Sá do 10º do Curso Profissional Psicossocial vive em Portugal há 4 anos e afirma “sempre falei português porque os meus pais sempre fizeram questão que aprendesse a língua do país natal deles , Portugal”. Por outro lado, admira o acolhimento e carinho dados aos estrangeiros que chegam ao nosso país.
Líbia Capital: Trípoli. Língua Oficial: Árabe. Monumentos Tradicionais: Sabratha (Anfiteatro) e Caduti (Mesquita). Pratos Tradicionais: Babka e Bazeen. Economia: Dependentes basicamente do setor petrolífero que dá muitos rendimentos. Educação: Os alunos só têm aulas até às 15 horas e as lições têm duração de 30 minutos. Deveres: Orar quatro vezes por dia e o uso do hijab pelo sexo feminino. Curiosidades: Os casamentos duram quatro dias .
Ucrânia Capital: Kiev. Língua Oficial: Ucraniano. Monumentos Tradicionais: Iglesia Santa-Sofia (Castelo) e Chernivtsi Nacional University. Pratos Tradicionais: Vereneky e Borsh. Economia: Mercado livre emergente; Uma das maiores economias do mundo. Política: República com um sistema de governo semipresidencial. Educação: Cada aula tem duração de 45 minutos. Religião: Cristianismo ortodoxo oriental. Clima: Os invernos são mais frios no interior e os verões são particularmente quentes a sul; A precipitação tem maior intensidade no oeste e no norte. Curiosidades: O Natal festeja-se a 7 de janeiro.
Luxemburgo
Capital: Luxemburgo Língua Oficial: Luxemburguês, Francês ou Alemão. Monumentos Tradicionais: Gare du Luxemburg (estação de comboios) e Catedral Notre Dame. Pratos Tradicionais: gromperekichelcher e bananasplit Artistas do País: Andy e Frank (ciclistas) e Sophie Carle (atriz e cantora). Canções Tradicionais: “So laang we´s du do hast” (Tão longe que tu estás);; “A force de prier” (Por força da oração);; “Sou frai” (Tão livre). Economia: com boas rendas e crescimento contínuo; Tem o maior PNB (Produto Nacional Bruto) per capita do mundo; Política: Democracia parlamentar liderada por um monarca
constitucional. Educação: É bastante rigorosa. Religião: Estado Laico em que 87% dos luxemburgueses são católicos. Clima: No inverno atingem-se, normalmente -17ºC; As temperaturas atingidas em Portugal durante a primavera não são atingidas no verão luxemburguês. Deveres: Boa aparência a nível do vestuário; Não devem falar nenhuma língua senão as três línguas oficiais; Curiosidades: A 23 de junho celebra-se o feriado nacional: festa nacional luxemburguesa que louva o aniversário do soberano.
As alunas desejam a todos um Feliz Natal!
22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: Os livros que eu lia quando tinha a tua idade Não me lembro de todas as histórias que me leram em criança, mas lembro-me de quem me contou as histórias, dos momentos de atenção que recebia com a leitura, da importância que me era dada quando me liam histórias. A leitura era, por isso, afeto e dedicação. Os livros da Anita, de Gilbert Delahaye, foram a minha primeira coleção. Um mundo encantador, com ilustrações maravilhosas que nos deixavam espreitar o que havia lá fora, isto é, viajar para a modernidade, o futuro, quando a Internet não existia e as viagens para o estrangeiro eram raras. Lembro-me da alegria que senti quando consegui decifrar a mancha preta, das letras, no papel, e finalmente devorar a história Anita vai às Compras, lembro-me das ilustrações do centro comercial e das escadas rolantes, coisas que por cá ainda não se viam. Uns anos mais tarde, entrei no mundo de Os Cinco, de Enid Blyton, todas as histórias eram misteriosas e os cinco amigos desvendavam crimes e viviam aventuras que, invariavelmente, e com muito sofrimento meu, acabavam bem. Depois vieram Os Sete, da mesma autora, os personagens eram como nós, andavam na escola, eram um grupo de amigos, partilhavam segredos e confiavam uns nos outros. Comprei um diário e comecei a registar os momentos especiais da minha vida quando me ofereceram O Diário de Anne Frank. Percebi nesta
altura que os livros podiam ser autênticas máquinas do tempo. Este fazia-nos aterrar em plena 2.ª guerra mundial, tal era o pormenor e a intensidade das descrições da menina Anne. Lutávamos pela vida e pela liberdade ao lado dos judeus e, quando fechávamos o diário, ficava o pavor do terror trazido pelo nazismo e o alerta para o futuro. Outro livro que me ensinou o valor da liberdade foi 1984, de George Orwell, o grande visionário e pai do “Big Brother”. Se o meu professor de Filosofia não tivesse falado com entusiasmo no Papalagui, de Erich Scheurmann, eu não teria entendido, através do chefe da tribo Tuiavii, como é importante questionarmos a nossa forma de vida e respeitarmos as diferenças culturais dos outros povos. O prazer de nos recolhermos e mergulharmos num livro, de “não estarmos” para a realidade, permite-nos entrar num mundo de emoções, viver aventuras, privar com os herois, viajar no tempo, viver acontecimentos históricos e aprender muitas, muitas coisas que nos tornam mais conhecedores, fortes e felizes. Luísa Lopes, mãe da Erica do 11ºA e da Ana Francisca do 9ºD
Quando eu tinha a tua idade …. Brincava na rua, explorava e descobria, havia sempre novas aventuras para fazer. Os livros sempre foram uma companhia, que nos ensinava novas estratégias e novas diversões. Estudei numa escola velha, denominada “os galinheiros”…. À sua volta existiam diversos espaços por explorar e por descobrir. Na tua idade, eu e os meus amigos devorávamos “Os Cinco”, as suas aventuras serviam de mote para nos pormos ao caminho,
depois das aulas, e explorar os espaços junto à escola. Brincávamos às casas assombradas, num armazém abandonado, fazíamos casas por baixo dos arbustos junto ao Seminário ou andávamos à exploração de novas flores, plantas ou animais.. Há sempre um livro que nos marca mais e penso que sem dúvida foram as aventuras dos cinco amigos que me fizeram viver intensamente a minha infância. Laurentina Soares, mãe do Guilherme do 5ºE e do Afonso do 3ºA da Ebnº1
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23
Na biblioteca acontece ::
Incrível! Ainda há pouco começou o novo ano letivo e já estamos no final do primeiro período!
animaram a história de José
O tempo passou num ápice… No entanto, olhando
Fanha, “O dia em que a
para trás, chegamos à conclusão de que as equipas das
barriga rebentou”. Ao longo
BE do Agrupamento andaram muito, muito atarefadas
do referido mês, os alunos
a preparar acolhimentos, novidades, atividades… Tudo
de 1º ano, de 5º e de 9º ano
para que os alunos se sintam em casa e, sobretudo,
participaram
encontrem nas BE as respostas e o apoio de que
utilizadores das 4 Bibliotecas
crescimento de cada um, não é para nós, equipas das
Escolares.
Bibliotecas Escolares, um ato isolado. É um milagre
No dia 21 de outubro, a
conjunto feito das dádivas e ajuda de todos aqueles
Biblioteca
que encontramos no nosso caminho. E nós fazemos
quando a Rede de Bibliotecas de Condeixa levou a cabo o Seminário Nacional “Veni, legi, vici – já os romanos o sabiam” – Património, leitura e cultura digital. Depois deste grandioso evento, prepararam-se as
bibliotecas para a receção aos alunos, onde receberam de braços abertos os novos alunos dos 1º, 5º e 9º anos
No dia da alimentação a RBC realizou uma atividade muito divertida! Animámos o livro de José Fanha "O dia em que a barriga rebentou" e cozinhámos uma sopa bem gostosa com muitos legumes apetitosos. No final do “almoço” ainda houve tempo para ler uns poemas bem docinhos com fruta da época!
com um sorriso, histórias e surpresas, motivando-os para a importância da leitura, da escrita, do saber e para a utilização de todos os recursos. Os alunos tiveram ainda a oportunidade de se familiarizarem com a obra e vida de Agatha Christie (EB nº2) e de Dan Brown (ESFN) nas montras do escritor do mês! Ao longo do mês de outubro, celebrou-se o mês das BE, com o lema “A Biblioteca Escolar é super!!!” e o Dia da Alimentação (16 de outubro)! Aí foi uma festa!
Escreveram-se textos sobre a leitura e a biblioteca, leram-se poemas nas salas de aula e na cantina, fizeram-se
exposições
sobre
as
temáticas
em
celebração, viram-se filmes e ouviram-se histórias. Os alunos mais jovens (JI, 1º e 2º anos e 3º C das EB nº1 e nº3)
aprenderam
rindo,
que
uma
Escolar
e
o
Departamento de Línguas
questão de palmilhar parte desse caminho com os Tudo começou logo nos dias 03 e 04 de setembro,
em
sessões de formação de
necessitam a nível escolar, mas também pessoal. O
nossos jovens e famílias!!
ainda
alimentação
equilibrada é a resposta para uma vida mais feliz e saudável, tudo graças à família dos pássaros bisnaus, vinda até eles através das professoras bibliotecárias e da Inês Rodrigues da Biblioteca Municipal, que 24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
levaram todos os alunos de 6º ano da EB nº2 ao teatro. No Cineteatro de Condeixa, os alunos viram e sorriram com a história da “Viúva e o papagaio”,
adaptação
da
obra homónima de Virginia Wolf, feita pela companhia Lanterna Mágica. Para culminar em grande este mês de outubro, levouse a cabo a já habitual candidatura à função de Monitor Escolar.
da
Biblioteca
Foram
tantos,
tantos os candidatos, mas tivemos que selecionar… e, meus caros, eles estão a
fazer
um
excelente
trabalho nas várias áreas (jornalismo, leitura
e
receção, informática),
depois da formação que lhes foi sendo dada pelas professoras
bibliotecárias
ou restantes elementos da equipa BE, à qual agora também
pertencem.
:: Na biblioteca acontece Agradecemos muito a todos os alunos que, apesar de não
de múkua de Mamita” a todos os alunos de 1º CEB das EB1
serem monitores, tanto nos ajudam e colaboram
do Sebal, Belide, Anobra e Ega. No final os alunos levaram
connosco.
os conjuntos documentais, este ano reforçados, para as
Equipas vencedora do Jogo de Formação de Utilizadores da BEFN
Já em transição para o mês de novembro, as tradições
respetivas escolas.
nacionais e mundiais deram o mote para se celebrar o Dia
Dezembro chegou e, logo nos dias 01 e 02, foi,
de Todos os Santos, lado a lado
novamente, tempo de espetáculo, organizado pelas BE por
com
tradição
solicitação dos Departamentos de 1º CEB e de Línguas.
anglófona, atualmente, propagada
Desta feita, tivemos connosco a companhia teatral
pelo
bibliotecas
AtrapalhArte que representou a peça “Estendal de
´vestiram-se` a rigor e ficaram,
Contos”, com adaptações dos contos “A princesa e a
o
Halloween,
mundo.
As
9ºA assustadoramente, convidativas à leitura,
momentos
irmãos Grimm, que fizeram as delícias das nossas crianças.
passados e à visualização de filmes
No dia 02, a companhia trouxe a cena a adaptação da peça
aterradores.
“O príncipe Nabo”, de Ilse Losa, obra lecionada nas aulas
Ainda
a
bons
ervilha” de Andersen e “Os músicos de Bremen” dos
durante
o
mês
de
9ºB novembro, se celebrou o Dia de S. Martinho,
oportunidade de ver ganhar outra vida em palco.
exposições,
Agora, nas BE das EBnº1 EBnº2 está a decorrer o
visualização de powerpoint sobre
concurso “A mais original…frase de Natal!”, e na da EB nº2
a lenda e o Concurso “Adivinha,
o Concurso “Quem é Quem” sobre Antero de Quental. No
Adivinha”, sobre a temática do
dia 17 de dezembro, terminamos o período em grande,
9ºC outono. Parabéns aos vencedores
com a atribuição dos prémios aos vencedores dos vários
da EBnº2 e da EB nº1 e a todos
concursos e as grandiosas festas de Natal, nas várias
aqueles que participaram.
escolas, onde as Bibliotecas, logicamente, não poderiam
Depois, no dia 17 de novembro, os
deixar de se juntar com alegria a estas festividades! Para
alunos de 11º, do 12º TT da ESFN,
além das intervenções várias de manhã, há ainda a referir
bem como os elementos do grupo
que na BE da EB nº2 se festejará a inclusão com a
“Lérias, Letras e Companhia!” da
visualização do filme A família Bélier e uma breve palestra
BM foram ao Cineteatro de Condeixa ver a peça “Quem
sobre a surdez, atividade conjunta entre a Ana Camila
quer ser Saramago??”, pela Companhia de teatro
Ventura do 8º D, a BE, o Clube de Francês e a Associação
profissional Andante, atividade desenvolvida pela Rede de
da Comunidade Surda do Distrito de Coimbra.
9ºD
com
de Português de 5º ano e que estes alunos tiveram a
bibliotecas de Condeixa e com convite alargado ao
Além disso, o agrupamento está inscrito no Concurso
Agrupamento de Escolas de Soure, que trouxe os seus
Nacional de Leitura pelos que alunos do 3º ciclo e do
alunos de 12º ano, também ao teatro. A experiência foi
ensino secundário irão participar, já no dia 13 de janeiro de
excelente, o espetáculo foi muito envolvente, de uma
2016, na fase de escola.
riqueza cultural imensa. A companhia teatral conseguiu
As
bibliotecas
escolares
levar o público a ´sentir´ a obra de Saramago, participando
estão ainda mais bonitas,
num ´concurso´ cujo prémio foi inestimável, o prazer de
decoradas com os magníficos
participar num espetáculo único e de visitar ou a revisitar a
trabalhos
obra deste grande escritor mundial.
elaborados
Novembro foi ainda o mês de lançamento do projeto da RBC, “30 dias, 30 livros”, que, pelo 6º ano consecutivo, leva a Biblioteca e a animação da leitura às crianças de todos os JI e EB1 de fora da vila. 27 de novembro foi o dia do lançamento que começou na BM com a escritora angolana Domingas Monte e a apresentação do seu livro “O gelado
plásticos pelos
nossos
alunos nos ateliês de artes
Ateliê de Artes Plásticas da EB nº2
plásticas das BE.
Venham visitar-nos!!!! Aproveitam e requisitam livros para as férias de Natal. Não há melhor prenda que possas dar a ti próprio!
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25
Na biblioteca acontece :: I SEMINÁRIO DA REDE DE BIBLIOTECAS DE CONDEIXA Nos dias 03 e 04 de setembro, Condeixa acolheu o Seminário “Veni, Legi, Vici: já os romanos o sabiam – Património, Leitura e Cultura Digital”, uma formação creditada, resultado de uma parceria entre a Câmara Municipal de Condeixa, o Agrupamento de Escolas, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Centro de Formação Nova Àgora. Esta iniciativa decorreu no espaço das Ruínas de Conímbriga, da Biblioteca Municipal e da EB 2/3 de Condeixa e contou com a presença de cerca de 140 participantes, na sua maioria professores e bibliotecários, vindos de todo o país. Os trabalhos contaram com a presença de convidados de diversas áreas temáticas que, de forma exemplar, guiaram os participantes numa reflexão sobre a importância da leitura, nos mais diversos suportes, como motor do conhecimento e
ajudaram à compreensão e promoção do património material e imaterial de um povo. Nestes dois dias de intenso mas profícuo trabalho houve ainda lugar a alguns momentos culturais, que incluíram, na noite de dia 3, a atuação do Grupo de Cordas da Associação Sempre a Aprender e um espetáculo de teatro apresentado pela Cooperativa Bonifrates, que num ambiente acolhedor, nos presenteou com uma peça sobre a importância da leitura que misturou o “Manifesto Anti Leitura” de José Fanha e o “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury . No dia seguinte, após a realização das oficinas temáticas, houve lugar a uma sessão de Encerramento do Seminário com Jorge Serafim, contador de histórias tradicionais e dinamizador de uma destas oficinas, que presenteou os participantes com um momento de contos, colocando um sorriso em todos os que o ouviram. Inês Rodrigues, RBC
No dia das bibliotecas escolares resolvemos escrever nos quadros das salas da ESFN pequenos poemas em diferentes línguas, sobre livros e biblioteca. Assim pudemos dar um pouco de poesia a todos os alunos e professores. Obrigada Andreia Sousa pela tua preciosa colaboração!
Viagem à Antiguidade No dia 31 de outubro de 2016 o grupo de poesia da Casa Museu Fernando Namora, regressou à Antiguidade. “Viajámos” e visitámos as Ruínas de Conímbriga, tal visita que enriqueceu o conhecimento de todos nós. Fomos acompanhados pelo Professor Paulo Archer que nos contou factos importantes sobre o povo Romano: o modo de vida e a importância de cada espaço. Assim, após a visita partilhámos poesia latina que retratava a vida deste povo enquanto cidadãos trabalhadores, mas também com uma pequena vida de fausto. Para além da aquisição de novos conhecimentos, outros assuntos surgiram devido à sabedoria, experiência e cultura do grupo. Acho que todos os encontros relacionados
com a leitura nos tornam sábios. Os assuntos podem ter um valor e significado para nós, para além de podermos formular nas nossas mentes, e passamos a ter mais opiniões sobre as coisas e capacidade para tomar decisões importantes no nosso futuro. Para te juntares a este amável conjunto de pessoas podes inscrever-te na Casa Museu Fernando Namora ou enviar um mail para: casamfnamora@cm-condeixa.pt
Eu já me inscrevi. E tu porque esperas? Magda Mendes – Jornalista do JÁ
26 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
Somos bons leitores De estórias infantis E também já lemos “O senhor do seu nariz”. A biblioteca tem magia Saltitamos de estante em estante Encontramos o João e a Maria E conhecemos um egoísta gigante. Procuramos fantasia Príncipes, bruxas, dragões, Piratas, fadas e anões. Costumamos ler banda desenhada Que é bastante animada Com super-heróis e vilões Polícias e ladrões. Apreciamos textos poéticos Românticos e com emoção Divertidos ou patéticos Fazem bater o coração. “O menino e o bule” É um poema engraçado Pertence ao livro “Mistérios” Que lemos com muito agrado. Consultamos enciclopédias Para nos bem instruir Os mapas dos atlas Servem também para descobrir.
:: Na biblioteca acontece
As adivinhas baralham-nos As anedotas fazem-nos rir As lengalengas acalmam-nos Os travalínguas fazem-nos fugir… Revistas e jornais Lemos em casa com os pais Apreciamos as imagens Com algumas belas paisagens. Abrimos o dicionário E aprendemos palavras novas De a a z , vinte e seis letras são
MÊS DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES Durante o mês de outubro comemora-se o mês da biblioteca escolar (MIBE). As bibliotecas escolares do Agrupamento de escolas de Condeixa não podiam deixar passar
mais
esta
oportunidade
de
demonstrarem amplamente a importância que têm na vida das crianças e jovens do nosso concelho, através do trabalho que
À leitura nunca iremos dizer “NÃO”!
desenvolvem nas áreas da leitura e das
Vamos agora parar de escrever Para um livro podermos ir ler. Todas as nossas leituras São muito especiais Pois não há dois livros iguais… Os livros são nossos Professores
literacias, no acesso à cultura e no
E nós SOMOS
Este mês foram dinamizadas diferentes
SUPER LEITORES!
atividades, algumas em parceria com a
Texto criativo coletivo – 4.ºC da EBN.º3
3º ano do PROJETO LER+JOVEM No dia 6 de Outubro recebemos na biblioteca da Escola Secundária Fernando Namora uma visita muito especial. As coordenadoras nacionais do projeto Ler+ Jovem, Drª Filomena Cravo e Drª Helena Araújo vieram até Condeixa para conhecer mais de perto o nosso projeto “Veni, Legi, Vici: já os romanos o sabiam”. As professora bibliotecárias apresentaram as atividades realizadas nos 2 últimos anos assim como as linhas de ação para este 3º ano. Alguns dos alunos envolvidos deram o seu testemunho. Foi uma tarde importante onde pudemos dar a conhecer o que se faz aqui por Condeixa ao nível da melhoria das competências leitoras, da literacia tecnológica, digital e da reaproximação das gerações. Ana Rita Amorim, professora bibliotecária da BEFN
desenvolvimento da cidadania. O
tema
definido
pela
International
Association of School Librarianship (IASL)
para 2015 foi: A
biblioteca escolar é
super! (tradução adotada pela Rede de Bibliotecas Escolares).
Biblioteca Municipal (RBC), tais como: -Formação de utilizadores da BE para os alunos dos 5º e 9º anos; -A 1ª visita à nossa biblioteca - Hora do Conto / animação de leitura no 1ºCEB e Pré escolar; -Sessões de Literacia da informação
(PORDATA) para o 10ºC e 10ºTAP; -Sobre(mesas)
de
leituras
-
dia
da
alimentação com poesia na Cantina da escola; Animação de leitura do livro "quando a barriga rebentou" de José Fanha nos dias 16 de outubro (dia da alimentação) e 26 de outubro (dia da biblioteca escolar). Foi um mês muito preenchido!
Porque LER FAZ BEM!
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27
Na biblioteca acontece ::
O 1º ciclo foi ao Teatro: ESTENDAL DE CONTOS A companhia de teatro AtrapalhArte representou e encantou com a peça de teatro "Estendal de Contos", baseada na obra de Grimm, com dois
contos "A Princesa e a Ervilha" e os "Músicos de Bremen"… Foi um momento de muito entusiasmo e grande humor que esta representação deixou no ar, sobretudo nos momentos de interação entre público e atores. O tempo passou a correr... e foram momentos muito bem-dispostos, de grande atenção e outro tanto divertimento! Rimo-nos imenso pois a história foi muito divertida e as personagens eram muito animadas. Cada turma tirou uma fotografia com os atores, que ficará para mais tarde recordar.
"AtrapalhArte" no cineteatro de Condeixa... foi simplesmente bom! turma do 2ºB da EBNº1 de Condeixa
No âmbito do plano de atividades da Rede de Bibliotecas de Condeixa, subiu ontem ao palco do cineteatro da vila a peça “Quem quer ser Saramago”, um espetáculo evocativo de teatro e promoção da leitura que, durante cerca de uma hora, “viaja” pelas mais importantes obras de José Saramago. Numa forma deliciosa de brincar com os textos do Nobel da Literatura e transformando os seus livros num espetáculo de teatro, a Andante, associação artística, deliciou alunos e público em geral com uma encenação dinâmica e interativa, despertadora de interesses e conhecimento. Conduzidos “às cegas” pelo universo ficcional de “Ensaio sobre a Cegueira” ou mesmo imortalizando nomes do “Memorial do Convento”, como num jogo meta-literário muito divertido, deixamo-nos levar numa viagem contra a crueldade, a humilhação e a mentira, sempre guiados pela “voz” e obra do escritor, com destino a um mundo mais digno, justo e verdadeiro. Não de menor importância o derradeiro instante dessa educativa itinerância, que, por gentileza da Fundação José Saramago e parceira na produção do espetáculo, presenteou um dos participantes com uma compilação dos discursos de Saramago em Estocolmo, aquando da sua receção do Prémio Nobel. Com esta forma singular de abordagem tenciona-se clarificar e dar “voz” ao escritor, tornando-o audível, com a finalidade de cativar o público para os enredos da sua extensa obra ou de apenas desfrutar do seu trabalho com a língua portuguesa, pois “agora mais do que nunca, as suas palavras ajudam-nos a compreender, a lutar e a ultrapassar os tempos conturbados em que vivemos”, (Andante). Joana Branco, - Jornalista da RBC
No dia 17 de novembro de 2015,
e ainda mais: dar clareza e som à “voz” de José
os alunos do 11º e 12º ano e do
Saramago. Essa “voz” narradora, que nos conta, como
10º ano curso TAP da Escola
se conversasse connosco, o encontro entre Fernando
Secundária
Namora
Pessoa e um dos seus heterónimos, a passarola do
marcaram presença no teatro
padre Bartolomeu e os amores de Baltazar e Blimunda,
para ver a peça de teatro da companhia de teatro
remonta ao livro “Ensaio sobre a cegueira”, e também
Associação Andante “Quem quer ser Saramago”.
ao “Memorial do Convento”, entre muitos outros.
Por esta peça caminharam várias obras de José
Foi uma viagem bem passada no meio dos muitos
Saramago existindo um diálogo excecional com o
escritos desse grande escritor português.
Fernando
público. Um concurso? Uma leitura? Um espetáculo? Tudo isso 28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
Magda Mendes, 11ºC – Jornalista do JÁ
:: Na biblioteca acontece A peça de teatro “O Príncipe Nabo”
em Condeixa No dia 2 dezembro, a companhia profissional AtrapalhArte trouxe ao Cineteatro de Condeixa a apresentação teatral “O Príncipe Nabo”. A peça representada foi uma adaptação da obra com o mesmo título da autora Ilse Losa e que foi estudada por nós (alunos do 5º ano) nas aulas de português. Nós, como jornalistas e alunas do 5º ano, estivemos presentes no local, e não pudemos deixar de dar a nossa opinião sobre estes momentos culturais tão especiais que vivemos. Como somos duas pessoas muito amigas, mas também distintas entre nós, temos opiniões diferentes, que gostaríamos de partilhar com os nossos caros leitores. Laura - Achei que a peça foi divertida e interativa, permitindo ao público participar também. Foi também uma forma diferente de abordarmos a obra que conhecemos das aulas de Português. Bianca - Também achei que a peça foi engraçada e nos ajudou a entender a obra, embora considere que, nalguns momentos, os atores exageraram um bocadinho. Ambas achamos, no entanto, que a leitura do livro e a visualização da peça são boas sugestões para os nossos leitores. Ficamos ansiosas por novas oportunidades de partilhar a nossa opinião sobre outras atividades da Biblioteca Escolar! Jornalistas da Biblioteca Escolar da BE da EB nº2 de Condeixa Bianca Rodrigues e Laura Henriques do 5ºE
“Era+ uma vez…”
No âmbito do projeto aLer+ “Eu leio+, tu lês+, nós lemos m@is!” do nosso agrupamento, alunas do 10ºano do Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial realizaram atividades de animação da leitura com alunos do 1º ciclo e do pré-escolar. “Era+ uma vez…” é uma atividade de leitura de contos e outro tipo de texto do imaginário popular e infantil feita por alunos pertencentes ao 3º ciclo e/ou ensino secundário aos alunos de Pré-escolar e 1º ciclo. Assenta na proatividade e na paixão pela leitura que os alunos mais velhos vão, certamente, transmitir aos mais pequenos, num “contágio” rumo à melhoria de resultados para ambos os grupos. O Têpluquê” de Manuel Pina foi apresentado aos alunos do 2º ano da EBnº3 e EBnº1, pelas alunas Carolina Simões e Daniela Silva. Ao grupo da Pré escola foi apresentado o Tapete Contador de Histórias “O Nabo Gigante”, pelas alunas Jéssica Oliveira e Kátia Sá. Foram momentos de partilha, de experimentação e de muita leitura e diversão! Momentos a repetir!
JÁ SABEMOS CONTAR HISTÓRIAS... Na Hora do Conto os alunos do 1ºA e B da EBnº3 ouviram a professora bibliotecária a contar a história tradicional “Corre, corre cabacinha”, texto das metas literárias do 1º ao de escolaridade. Gostaram muito! Depois foi a vez deles recontarem a história. Utilizaram um tapete contador de histórias e conseguiram explicar tudo, tim-tim por tim-tim…
Foram momentos muito importantes onde os alunos puderam desenvolver competências de expressão oral e dramática. Gravámos as nossas vozes, e agora estamos a preparar a nossa participação no concurso “Conta-nos uma história” da ERTE!
Vamos fazer um trabalho muito giro! dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29
Na biblioteca acontece :: ESCRITORA ANGOLANA NA BIBLIOTECA MUNICIPAL No dia 27 de novembro, nós, os meninos da Ega, fomos à Biblioteca Municipal de Condeixa, conhecer a escritora angolana, Domingas Monte. Quando lá chegamos, ficamos à espera que ficasse tudo pronto. Entretanto, a escritora Domingas Monte apareceu e apresentou-se. Mostrou o mapa de Angola e disse algumas curiosidades sobre o país. De seguida, apresentou-nos o livro “ O gelado de múkua da Mamita”. Aprendemos que a múkua é um fruto que nasce de uma árvore sagrada, chamada embondeiro. A escritora contou-nos que a Mamita é a sua sobrinha. Ficamos a saber que, para além de boa escritora, também é uma grande cantora e ouvimo -la a cantar duas canções infantis. Logo depois, fizemos-lhe perguntas para a conhecermos melhor. Por fim, a escritora deu autógrafos a quem quis comprar o livro. 3º e 4º ano EB1 EGA
Encontro com a escritora Domingas Monte Entendemos assim…
No dia 27 de novembro, os meninos da EB1 de Sebal e de outras escolas do Agrupamento de Escolas de Condeixa
foram
à
Certo dia, uma menina chamada Mamita que vivia na aldeia de Toto, foi com os pais ao campo. Como era
Biblioteca
distraída, perdeu-se no meio do mato. Aí encontrou uma
Municipal participar no encontro
árvore enorme chamada embondeiro carregadinha de
com a escritora angolana Domingas
múkuas. Logo pegou em pedras e começou a atirá-las aos
Monte. A escritora falou do seu país,
frutos. Nesse momento, Mamita assustou-se imenso,
da cultura do seu povo e cantou duas canções: uma em
pois a grande árvore começou a lamentar-se
Kikongo, o dialeto da sua região, e outra
dizendo-lhe para não atirar pedras aos seus
em Português, a língua oficial de Angola.
frutos, pois ela também era um ser vivo e
Apresentou o seu livro infanto-juvenil “O
merecia respeito…
Gelado de Múkua de Mamita”. Neste livro,
Como o embondeiro era generoso, apesar das
a escritora aborda aspetos culturais do seu
maldades que a Mamita lhe fez, contou-lhe dois
país, o respeito pelos mais velhos e a
segredos: como se fazia gelado de múkua e o
preservação do meio ambiente.
caminho para casa. Profª Regina Costa
A menina regressou à sua aldeia com os frutos. As pessoas da aldeia e o Soba (chefe da aldeia), estavam todas reunidas por causa daquele acontecimento.
Aí, Mamita apresentou as suas desculpas pelo sucedido e pediu autorização para fazer o gelado de múkua da receita que o embondeiro lhe ensinou. Mamita teve de insistir muito para o ancião aceitar o seu pedido. A partir daí, as pessoas da aldeia foram visitar aquela árvore maravilhosa que deu múkuas para todos os habitantes. O gelado e o sumo de múkua tornaram-se um sucesso na aldeia de Toto. A partir daí, muita gente visitou a aldeia para provar estas iguarias. Turma do 1º e 2º ano da EB1 do Sebal
30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
Procura, na Sopa de Letras, os nomes dos habitantes dos seguintes países: Portugal, Suécia, França, Inglaterra, Angola, Argentina, Cuba, Dinamarca, Líbia, Japão, China, Índia, Ucrânia, México, Brasil, Alemanha.
:: DIVERSÕES S
E
A
M
E
L
A
I
I
N
D
I
A
N
O
S
I
O P
U
M
L
S
Y
P
O
H
E
F
E
D
R
E
N
I
L
N
Z
K
O
C
O
R
F
V
C
E
D
I
S
H
S
E
S
E
C
N
A
R
F
U
T
F
C
A
I
E
O
U J
A
S
O
A
A
T
I
F
A
A
H
I
U
N
S
A M T
O
U
B
U
U
C
R
A
N
I
A
N
O
S
R R
E
I
M
U
K
G
T
T
D
D
N
M
B
P
U
G F
X
B
J
C
H
U
A
U
O
O
E
E
E
A
E
I
N
G
L
E
S
E
S
S
S
R
A
J
C
E
G I
N V
X
L
H
O
H
S
S
P
S
Õ
E
C
U
S
O
T
H
S
A
R
U
N
E
R
U
A
E
S
I
M
H
S
I
N
D
S
I
I
M
S
O
N
A
L
O
G
N
A
E
N M R
O
U
M
Ç
Ã
E
F
S
C
U
P
K
V
A
O A
O
N
A
C
I
X
E
M
Q
U
E
T
R
I
S
E
S
E
U
Q
R
A
M
A
N
I
D
I
L
E
I
R
O
S
D
T
U
J
O
R
S
S
W U
B R
A
S
Todos diferentes... ...todos iguais Na minha opinião, não deveria existir racismo. Isso, para mim, é uma coisa que não me cabe na cabeça! Que mal é que tem as pessoas serem de raças diferentes? Ou terem coisas diferentes? Ou cores diferentes? Ou umas
serem mais ricas e outras mais pobres? Isso não é vergonha nenhuma. Vergonha é roubar e ser apanhado. Não há mal nenhum um ser chinês, outro negro, outro do Paquistão. Deveriam, sim, ser todos tratados da mesma forma, com os mesmos direitos, porque, enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra. E isso não é bom para ninguém.
Andreia Mesquita - 2.º C.VOC
Meninos de todas as cores
terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu, para brincar aos índios, um Era uma vez um menino branco, chamado menino chamado Pena de Águia. E o Miguel, que vivia numa terra de meninos menino vermelho dizia: brancos e dizia: É bom ser vermelho É bom ser branco da cor das fogueiras porque é branco o açúcar, tão doce da cor das cerejas porque é branco o leite, tão saboroso e da cor do sangue bem encarnado. porque é branca a neve, tão linda. O menino branco foi correndo mundo até Mas certo dia o menino partiu numa grande uma terra onde todos os meninos são viagem e chegou a uma terra onde todos os castanhos. Aí fazia corridas de camelo um meninos são amarelos. Arranjou uma amiga, menino chamado Ali-Babá, que dizia: chamada Flor de Lótus, que, como todos os É bom ser castanho meninos amarelos, dizia: como a terra do chão É bom ser amarelo os troncos das árvores porque é amarelo o sol é tão bom ser castanho como um e amarelo o girassol chocolate. mais a areia amarela da praia. Quando o menino branco voltou à sua terra O menino branco meteu-se num barco para continuar sua de meninos brancos, dizia: viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez É bom ser branco como o açúcar -se amigo de um pequeno caçador, chamado Lumumba, que, como amarelo como o sol todos os outros meninos pretos, dizia: preto como as estradas É bom ser preto vermelho como as fogueiras como a noite castanho da cor do chocolate. preto como as azeitonas Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas preto como as estradas que nos levam brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas por toda a parte. com meninos sorridentes, de todas as cores. Luísa Ducla Soares, Aventura das Letras, Porto Editora, 2003 O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31
Biblioteca
Produção de textos... :: Vogal proibida Era uma vez um senhor camponês que trabalhava nos campos de Almalaguês. Certa manhã, plantou uma árvore anã, que cresceu e deu uma saborosa maçã. Colheu-a e degustou-a. Era tão boa!!! De repente, em dragão se transformou e logo o camponês se assustou… Teve de se esconder para se proteger. Meteu-se envergonhado dentro da cama e encontrou lá a sua amada mulher Susana. A Susana não se assustou e graça até lhe achou! Pensou que o dragão era um fato de Carnaval e que este não lhe fosse fazer mal! Entretanto, o camponês dragão adormeceu. A mulher estranhou o comportamento do seu homem e resolveu arrancar-lhe a máscara e… surpresa: a máscara não se moveu… Ela, assustada, começou a chorar e a água salgada dos seus belos olhos verdes quebrou o bruxedo da venenosa maçã, fruto da árvore anã. O camponês agradeceu e nenhuma outra maçã comeu! Escrita criativa em textos coletivos do 4.ºC da EBnº3
Bons momentos com os amigos Imaginação com leitura Brincar com as palavras Livros de aventuras Interagir com todos Ouvir informação Trabalho de ação Escrever para aprender Conversas sobre autores Aprender para crescer Ghill Pires do 8ºD
Na biblioteca, Há livros de encantar Com muita imaginação E contos para sonhar. Temos filmes e jogos Em grupo, podes jogar Pega nos lápis, Começa a desenhar. Abre um livro, Põe-te a ler! Acredita que tudo Pode acontecer. Agora percebes Que a imaginação é especial, Como a biblioteca Não há igual!!
Biblioteca Imaginação Bombástico Livros Incrível Ouvir Temas Espetacular Criativo Animação Bianca e Laura, 5ºE
Bianca e Laura, 5ºE
A Biblioteca
Carolina Esteves Matias 2.ºA da EBN.º3
A Biblioteca É onde podemos aprender, Ler muitos livros E textos fazer. A biblioteca Não é só para estudar, Também nos podemos divertir A ler e a brincar. Na biblioteca, Filmes podemos ver Muito tristes Ou de rir a valer. Na biblioteca, Pesquisas podemos fazer. Do Português à Matemática Muito mais vamos saber. Inês Ferreira nº10 6ºF
VIVER a VIDA É difícil percebermos a vida quando não nos percebemos a nós próprios. A felicidade começa em nós e, por mais voltas que dermos, essa é a maior certeza que podemos ter na vida. Destino ou acaso? Existe mesmo um destino definido para cada um de nós ou é por mero acaso que todos os incidentes e coincidências acontecem? Somos predestinados ou somos o que calha? Independentemente da verdade, nós somos nós e vivemos para a nossa própria felicidade, para nos sentirmos completos,
Boa sensação é ler, Ir à biblioteca e um livro escolher. Brincar pode ser aprender. Leva um livro Importante é ler Ou escrever, Tanto um livro como um jornal. Experimentar novas coisas… Crescer em imaginação Abrindo o coração. António Pinheiro e José Borges do 8ºA
sentirmos que preenchemos todos os bocados que faltavam. A vida é nossa e as atitudes ficam com quem as tem. Boas ou más, as consequências são o resultado. Temos de nos apoiar em quem nos apoia, sorrirmos para quem nos sorri, contar com quem conta connosco. A vida resume-se a isto mesmo: partilhar, viver com quem gostamos, partilhar com quem queremos. Nada mais importa, daqui a 50 anos, a não ser as recordações. E, para as termos, temos de viver, temos de temer, temos de sorrir, temos de nos zangar, temos de pedir desculpa e dizer obrigado, temos de nos disponibilizar. Porque quando te vires ao espelho, verás o que já viveste.
32 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
Catarina Rodrigues, 12ºTT
:: Produção de textos... Letra obrigatória – O pai da Petra e do Pedro Padre da paróquia do Porto Papou uma panqueca pequena Piza de fiambre de porco e pastel torto.
Matilde Rosa Araújo
Passeou perto do parque Deu pão ao peixe-palhaço Apareceu o pato patareco Que partiu a pata a dar um passo.
Boa tarde, passarinho! Onde é que tu vais comer? Vou comer num ramo verde Com o dia a entardecer.
Dando ao pedal, chegou ao pinhal Do pinheiro colheu pinhões Foi picado por abelhões Viu um patife e dois ladrões.
Bom dia passarinho
Gonçalo Santos
Boa noite, passarinho! Quando é que vais voar? Eu vou voar à tardinha Numa noite de luar. Matilde Casimiro
Bom dia ,passarinho! O que vais festejar? Eu vou festejar o Natal Que está quase a chegar. Rodrigo Silva
Boa noite, passarinho! Onde vais dormir? Vou dormir no monte verde Com as estrelas a luzir. Maria Constança Alhadas
Bom dia, passarinho! Que vais tu ler? Vou ler contos de Fadas Que ajudam a crescer. João Figueira
Bom dia, passarinho! Onde vais fazer o ninho? Vou fazê-lo na floresta, No ramo de uma giesta, E no fim vou dar uma festa. Matilde Simões
Bom dia, passarinho! O que é que tu vais comer? Vou comer frutas boas Que são saudáveis para crescer. Beatriz Coelho
Bom dia, passarinho! Onde é que vais voar? Vou voar pelo céu azul E alegria espalhar.
Fugiu a sete pés Caindo na palha De um certo Paulo pastor Que lhe prometeu uma malha. Chamou a polícia Para prender o pastor Foi para a piscina Perdoar o seu agressor. Escrita criativa em textos coletivos do 4.ºC da EBnº3
Por que não tentar? Porque tudo vem com o tempo. Porque tudo vem com o vento. Porque, sem as recordações, não existem emoções. Todos os momentos ficam registados Para, ao longo da vida, serem recordados. Toda a nossa história pode ser reescrita, se acreditarmos na reconquista. Se queres ser um escritor, deves ser mais que um criador. Conheces toda a tua criatividade? Então, tomarás a escrita como prioridade. Duvidas do teu talento? Irás redescobri-lo ao longo do tempo. Usa a tua imaginação para escrever e relê-a para enobrecer. Se o mundo queres alcançar, em ti deves acreditar. A tua escrita é definida? Então, por todo o mundo, será entendida! Magda Mendes, 11ºC
Amor Olhei para ele… Não sei o que me deu. O que aconteceu? Estou apaixonada, Acho eu!!! Não vai dar em nada, Não sei o que fazer, Se lhe hei de escrever Ou ter a coragem de lho dizer!!!
Falar com ele Não vou conseguir, Vou ficar calada Sem dizer nada!!! Já sei o que fazer! Vou-lhe escrever! Vou ter que tentar, Ter coragem para avançar. Se não o fizer nunca vou lá chegar!!! Bruna Brito, 8º C
João Tavares
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 33
Crónica :: A força das palavras
Je suis... moi même et toute le monde por Ana Paula Amaro Professora de Inglês do nosso Agrupamento Escritora e Poetisa
Multiculturalidade é uma daquelas palavras que soa bem.
Ou ainda levar outro grupo de alunos ao País de Gales,
E toda a gente quer ser multicultural e parecer bem. Deve ser por esse facto que vamos logo a correr dizer que
ficar alojada numa quinta rodeada por ovelhas, participar em aulas de alemão num colégio galês ou passear pela
somos Charlie Hebdo ou que apoiamos os refugiados sírios. Deste modo a nossa consciência fica tranquila e achamos que já cumprimos a nossa parte. Hoje vou abandonar o tom jocoso que me é característico e falar de mim. Chamem-lhe um exercício
zona ribeirinha de Cardiff e aprender a dizer muito obrigada. Diolch val! É ir casar a um país africano, muçulmano ainda por cima, coberta
de narcisismo, se quiserem. Já cheguei a uma idade em que o julgamento alheio nem me belisca. Por isso aqui vai. Multicultural é viajar de comboio para França, dormir
por tatuagens de hena e com um vestido alugado. E aprender a fazer pão e
num quarto num prédio pobre de imigrantes e passear a pé pelos bairros que não aparecem nos guias turísticos.
cozê-lo num forno tradicional ao ar livre,
É ir trabalhar para a Alemanha, começar às seis da
beber chá de menta com pinhões e ficar sentada à chinês
manhã com meia hora para almoço e ser vítima de
num alpendre rural a olhar as montanhas despidas.
racismo. Estes bárbaros do sul que vêm roubar os nossos postos de trabalho! E ainda assim aproveitar a estada.
É trocar umas férias na praia por um curso intensivo sobre o Holocausto em Jerusalém no pico dos recentes
Fazer amizades com americanos de raça negra e ciganos
conflitos israelo-palestinos e ser acusada de sionista. E ter
suíços, comer tortillas mexicanas e trabalhar com
que levar com a suposta verdade de que eles são uns
espanholas, croatas e gregas. E cantar o Porto Sentido a
criminosos e destroem impiedosamente a Faixa de Gaza.
plenos pulmões quando a saudade apertava. É integrar um grupo de trabalho de geminação e fazer
Mesmo que já tenham sido assassinados há 70 anos atrás! É atravessar cinco países para ir ver um filho num Programa Erasmus e tomar o pequeno almoço na Eslováquia. Comer salada de vegetais logo pela manhã,
de tradutora entre quatro línguas
beber Glühwein à tardinha e terminar o dia com um shot de Schnapps. E passear agasalhada pelas margens do
quando a emergência assim o exigiu.
Danúbio. É participar num projeto de e-Twinning, escrevendo cartões de Boas Festas para a Ucrânia e fazendo
E ser suficientemente diplomata para alterar ligeiramente os discursos, de modo a beneficiar os intervenientes e colmatar as suas inseguranças. É levar os alunos a Londres e deixá-los andar a pé nas ruas ou de metro, percorrer a Flea Market de Camden
videoconferências com alunos franceses. E rematar com tradições gastronómicas e canções de Natal portuguesas. Olho para trás e não preciso de fazer grandes discursos. Todas as pessoas, todos os lugares, todas as experiências fazem de mim o que sou: eu própria e todo o mundo. Sou
Town e ir tomar café ao restaurante Algarve, no epicentro
uma manta de retalhos. O mundo inteiro mora em mim.
da feira.
E as ações continuam a valer mais do que mil palavras.
34 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015
:: Ainda não sabiam? O Prémio Nobel da Paz e Prémio Sakharov
Neste ano letivo os alunos dos cursos profissionais 10ºPSI e 10ºTAP encontram-se a desenvolver um projeto eTwinning orientado pelas professoras Ana Rita Amorim e Fátima Gonçalves. Este projeto, intitulado “Hi, what´s up?”, é sustentado por contactos realizados apenas pelo uso das tecnologias digitais através da internet, onde trabalhos, filmes e fotografias serão partilhados entre os professores e alunos envolvidos (Portugueses, Franceses, Polacos e Ucranianos) dentro de espaços reservados para o efeito, o Twinspace, assim como um Grupo fechado e secreto no Facebook, onde todos os alunos serão inscritos. Estes espaços serão supervisionados pelos professores e reservados com senhas de acesso. Os objetivos pedagógicos deste projeto são: Conhecimento de outras culturas; Abertura dos horizontes dos alunos; Promoção de amizades europeias; Utilização da língua Inglesa (escrita e oral); Desenvolvimento da linguagem, do conhecimento de competências digitais e de cruzamento cultural de competências de comunicação.
O prémio Nobel da Paz é entregue em Oslo pelo Comité Nobel Norueguês e distingue a pessoa que fez a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz. Este ano, o Quarteto de Diálogo Nacional da Tunísia venceu “pela decisiva contribuição para a construção de uma democracia pluralista no país durante a revolução de 2011”. Por outro lado, o prémio Sakharov entregue pelo Parlamento Europeu homenageia pessoas ou organizações que dedicaram as suas vidas ou ações à defesa dos direitos humanos e à liberdade. Rafi Badawi, um bloguer da Arábia Saudita, condenado a 10 anos de prisão, 1000 chicotadas e uma multa pesada por insultar os valores do Islão, venceu o prémio este ano em nome da liberdade de expressão. O Parlamento Europeu descreve-o como um "homem exemplar" que “exprimiu corajosamente as suas ideias". Magda Mendes – Jornalista do JÁ
dezembro de 2015 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 35
O projeto aLER+ no agrupamento de escolas de Condeixa
A Bruna Brito do 8º C diz que se queremos momentos bem passados, cheios de aventuras e mistérios, a opção de escolha tem que passar As Gémeas no Colégio de Santa Clara, de Enid pelos livros da coleção Ulysses Moore. Blyton são a companhia da Ana Simões do 6º E.
Que momento tão bonito de partilha de leitura! A Petra do 2º A e Inês e a Arina do 1º A da EBnº1 estão a reler o livro O incrível rapaz que comia livros, de Oliver Jeffers, pois adoraram a história que a professora Anabela Costa lhes contou no Mês das Bibliotecas Escolares.
O Lucian Almeida do 7º A é fã da coleção Henderson´s Boys, de Robert Muchamore e diz da obra A Evasão: “Gostei muito desse livro, porque aborda a época da IIª guerra mundial e o mundo da espionagem, de que eu gosto especialmente, pois gosto de História. Agora que cheguei do Brasil, estou aprendendo a de Portugal e estou adorando!”
A Inês Teixeira do 1ºA da EBnº1 levou o livro 365 coisas para desenhar e pintar para ela e para o pai, pois “Gosto muito de desenhar com o meu pai e que ele me ensine a ajude a fazer desenhos e a pintar”. As fabulosas ilustrações do livro O novelo da Massinhas levaram a professora Anabela Raimundo a selecioná-lo como uma das formas de levar as crianças a desenvolver a criatividade.
A Nádia Araújo e a Maria Simões do 12º TT da ESFN gostam muito de estar na Biblioteca. A Maria adorou ler o livro After de Anna Todd porque é uma história com muitas ação e romance. O Bruno Cardoso do 11ºC da ESFN vai todos os dias à biblioteca depois do almoço ler o Jornal. Um bom hábito para quem quer estar a par das novidades!
A Patrícia Justo aproveita cada momento que passa com os meninos da EB nº1, na Biblioteca, para lhes contar histórias e ler também ela. Descobriu que gosta bastante das histórias da bruxa Mimi, pois são muito cómicas, a magia está sempre presente e a personagem adora gatos pretos, tal como ela.
A Catarina do 1º A da EBnº1 está deliciada com as 365 fábulas enquanto a Francisca do 1º B relê Um dia especial e a Matilde, também do 1º B, o livro Cores e formas.
Olha para mim aLER+ 36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - dezembro de 2015