Para conhecer Eça de Queirós, autor de A aia
Ana Vieira; Ana Fonseca; Débora Sousa; Diogo Santos; Marco Freixo; Ricardo Santos; Tiago França Agrupamento de Escolas Gaia Nascente Escola Básica Adriano Correia De Oliveira Centro de Recursos/Biblioteca Escolar
Agrupamento de Escolas Gaia Nascente Escola Básica Adriano Correia de Oliveira - Avintes Centro de Recursos/Biblioteca Escolar Oficina de Formação Leitor@s - Ana Vieira; Ana Fonseca; Débora Sousa; Diogo Santos; Marco Freixo; Ricardo Santos; Tiago França
8º ano
Síntese biográfica sobre Eça de Queirós Eça de Queirós nasceu a 25 de Novembro de 1845 na Póvoa do Varzim e morreu a 16 de Agosto de 1900 em Paris. No ano do seu nascimento, curiosamente, foi criada a primeira Escola do sexo masculino na ilha do Corvo, nos Açores. Estudou no Colégio da Lapa, onde conheceu Joaquim Ramalho de Ortigão que passou a ser o seu melhor amigo. Estudou direito na universidade de Coimbra. Terminou a licenciatura cinco anos depois, passando a viver em Lisboa e exercendo trabalhos de advocacia e jornalismo. Os seus primeiros trabalhos como escritor apareceram no Jornal Gazeta de Portugal, mas Eça não se dedicou apenas à literatura. Trabalhou como cônsul de Portugal em Inglaterra e, pode dizer-se, que esta foi a época mais produtiva da sua carreira. Eça de Queirós foi um romancista português. Nesta condição, evidenciou-se como um renovador profundo da prosa literária portuguesa: evidenciou ser muito perspicaz na observação da realidade do seu tempo e um renovador profundo da prosa literária portuguesa.
Síntese cronológica de eventos que contextualizam a vida e a obra de Eça de Queirós No quadro seguinte estabelecemos uma cronologia de eventos históricos e culturais contemporâneos da vida e da obra do escritor, que selecionamos, para uma consulta mais rápida e certificada: compreenderemos, desta forma, como era o mundo, quando Eça de Queirós viveu. Cronologia de eventos históricos e culturais contemporâneos da vida e da obra do escritor Datas
Eventos históricos internacionais
1848
1850
Primeiros candeeiros da rua alimentados a gás.
Lei brasileira: Eusébio de Queiroz extingue o tráfico de escravos.
1853
Morre D. Maria II Sobe ao trono D. Pedro V
1855/1856
Muitos portugueses emigram para o Brasil.
1856
1857
Um americano inventa o papel higiénico.
1858
1859
Eventos históricos nacionais
Inauguração do primeiro caminho-de-ferro entre Lisboa e o Carregado. Inauguração do primeiro telégrafo em Portugal. Abertura ao público do telégrafo. Casamento do rei D. Pedro V com a princesa D. Estefânia.
Charles Darwin publica “A origem das espécies” Primeiro poço de petróleo é perfurado, nos EUA.
Vida de Eça de Queirós Em data incerta foi viver no solar dos avós paternos em Verdemilho, Aveiro.
Obra literária de Eça de Queirós
Cronologia de eventos históricos e culturais contemporâneos da vida e da obra do escritor Datas
Eventos históricos internacionais
1870
Eventos históricos nacionais
Vida de Eça de Queirós
Obra literária de Eça de Queirós
Ocupa o cargo de administrador do concelho de Leiria. Presta provas para a carreira de cônsul, ficando em primeiro lugar.
1871
Prestou provas para cônsul de 1ª classe no Ministério dos Negócios Estrangeiros
1872
Foi nomeado cônsul de 1ª classe nas Antilhas.
Escreveu, em colaboração com Ramalho Ortigão «As Farpas», crónicas de crítica social e política
1873
Escreveu o conto «Singularidades de uma rapariga loira», que enviou para Lisboa e foi publicado no «Diário de Noticias».
1874
Trabalhou nos seus manuscritos.
1875
Concluiu «O Crime do Padre Amaro»
1876
Concluiu «O Primo Basílio»
1877
1878
Thomas Edison inventa o microfone e o fonógrafo.
Foi inaugurada a ponte D. Maria Pia sobre as águas do rio Douro, no Porto
Escreveu «Cartas de Inglaterra» no jornal portuense «A actualidade». Escreveu «O conde de Abranhos» e iniciou a colaboração com o jornal «Gazeta de Notícias» do Rio de Janeiro.
Cronologia de eventos históricos e culturais contemporâneos da vida e da obra do escritor Datas 1880
Eventos históricos internacionais
Eventos históricos nacionais
Vida de Eça de Queirós
Rodin esculpe o Pensador.
Obra literária de Eça de Queirós Publicou «O Mandarim» em folhetins no jornal «Diário de Portugal» e os contos «Um poeta lírico» e «No Moinho» no jornal Atlântico.
Construção de um automovel: Caleche 1883
Em 1883 refez a obra «Mistério da Estrada de Sintra» e escreveu «Alves & Companhia»
1884
Publicou a tradução francesa de «O Mandarim».
1885
Gottlieb Daimler produzem o primeiro carro movido a gasolina.
1886
Pemberton farmacêutico norte-americano inventa a coca-cola.
Trabalhou nos seus manuscritos Casou-se com Emília de Castro Pamplona no oratório particular de Santo Ovídio no Porto.
1887
Publicou «A Relíquia».
1888
1889
Foi nomeado cônsul em Paris
Proclamação da república em 15 de novembro.
Morre o rei D. Luís I.
Dirigiu a «Revista de Portugal».
Nasce D. Manuel II, último rei de Portugal.
Nasce o terceiro filho, António.
Publicou «Os Maias», «Cartas de Fradique Mendes» no jornal «O Repórter»
Cronologia de eventos históricos e culturais contemporâneos da vida e da obra do escritor Datas
Eventos históricos internacionais
Eventos históricos nacionais
1890
Deu-se o Ultimato de Inglaterra a Portugal para que este abandonasse o território entre Angola e Moçambique
1891
Houve uma revolta republicana no Porto para derrube da monarquia
1892
Construção de um carro puxado a cavalos: Tipóia.
Vida de Eça de Queirós Desempenha funções de cônsul.
Obra literária de Eça de Queirós Publicou o primeiro volume de «Uma Campanha Alegre»
Traduziu «As Minas de Salomão» de Henry Rider Haggard. Publicou o conto «Civilização» na «Gazeta de Notícias», do Rio de Janeiro.
1893
Publicou na «Gazeta de Notícias» do Rio de Janeiro a Crónica «Tema para Versos», que incluiu «A Aia».
1894
Iniciou a escrita de «A Ilustre Casa de Ramires, publicou também «As Histórias: Frei Genebro» na «Gazeta de Notícias».
1895
Röntgen descobre o raio-x; Os Irmãos Lumière constroem o primeiro aparelho cinematográfico.
1896
Organizou, em colaboração com José Sarmento e Henrique Marques, o «Almanaque Enciclopédico para 1896» e publicou «O Defunto» na Gazeta de Notícias. Organizou, com os mesmos colaboradores, «O Almanaque Enciclopédico para 1897».
Cronologia de eventos históricos e culturais contemporâneos da vida e da obra do escritor Datas
Eventos históricos internacionais
Eventos históricos nacionais
Vida de Eça de Queirós
Obra literária de Eça de Queirós
1897
Começou a publicação em Paris da «Revista Moderna». Nos dois primeiros números publicou os contos «A Perfeição» e «José Matias». No número de novembro começou a ser publicado «A Ilustre Casa de Ramires».
1898
Publicou na «Revista Moderna o conto «O Suave Milagre».
1899
Preparou em simultâneo três romances: «A Correspondência de Fradique Mendes», «A Cidade e as Serras» e «A Ilustre Casa de Ramires».
1900
Faleceu.
Sinopse do século XIX, com focagem em:
O século XIX foi um século de muitas mudanças a nível nacional. Neste século começaram a ser criadas as primeiras empresas públicas, relacionadas, por exemplo, com a água canalizada, os bombeiros, o policiamento nas ruas, etc. Eça de Queirós teve como melhor amigo Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, pai de Ramalho Ortigão. Estes dois melhores amigos entraram juntos para o colégio da Lapa, no Porto. Eça de Queirós formou um grupo com Teófilo Braga e o poeta Antero de Quental. Viveu no tempo ainda muito difícil apesar de Portugal estar num período de várias mudanças, a população ainda era muito pobre. Eça de Queiroz, apesar das suas possibilidades económicas, deve ter visto muitas coisas de que não gostou. Ele vive no tempo em que Portugal conseguiu, desenvolver a aviação. Viveu no tempo do rei D. Carlos I. Eça viveu no tempo dos carros puxados a cavalos como por exemplo: Tiropeia, Charabã, Landar, Caleche, Dog Cat, e também dos primeiros carros a vapor, o Diligência. Os homens da altura usavam chapéu, gravata ou lenço, bengala, luvas, um lenço perfumado no bolso e uma flor na lapela. O pijama dos homens era camisa de noite, barrete na cabeça. A roupa que os homens, que eles usavam casa, era um roupão de flanela de veludo ou seda. Os bebés nesta altura usavam touca, enfeites de rendas bordadas. As mulheres usavam jóias, chapéus, sombrinhas, vestidos com folhos, nervuras e golas de renda. E não havia nenhuma mulher que saísse a rua sem o seu chapéu.
Visita guiada à Fundação de Eça de Queirós. O que é a Fundação? A Fundação Eça de Queiroz é uma instituição de utilidade pública administrativa, sem fins lucrativos, que tem como cais de partida a divulgação e promoção nacional e internacional da obra do maior nome do romance português. Estatutariamente a Fundação é composta por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal, um Conselho Cultural e um Conselho de Co-Fundadores.
Itinerário de Avintes (Rua Castanheira do Ribatejo) à Fundação de Eça de Queiroz.
Para informações mais detalhadas sobre o custo dos bilhetes e horário das visitas consulte o site: http://www.feq.pt/visitas-guiadas-a-casa-detormes.html.
Existe uma ligação entre Eça de Queiroz e a Fundação Eça de Queiroz pois a Fundação pretende a divulgação e a promoção do maior nome do romance Português sem fins lucrativos.
José Maria de Eça de Queirós é um dos mais importantes escritores portugueses de sempre. No conto A Aia: – Salvei o meu príncipe, e agora...vou dar de mamar ao meu filho. E cravou o punhal no coração. A primeira frase é quase o resumo da vida de Eça de Queirós. A segunda frase é a frase que no conto A Aia, tem um sentimento mais forte, é a frase que ao ler esta obra fica na memória de toda a gente, pensamos nós.