Guia prático de herbologia volume 2

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O manejo do solo consiste em um conjunto de operações realizadas com o objetivo de propiciar condições favoráveis à semeadura, ao desenvolvimento e à produção das plantas cultivadas, por tempo ilimitado. Para que esse objetivo seja

atingido, é imprescindível a adoção de diversas práticas. Na prática herbológicas existem diferentes sistemas de cultivo. Entende-se como sistema de cultivo a prática comum de manejo,

associada

a

uma

determinada espécie vegetal, visando sua produção a partir

da combinação lógica e ordenada dedaum conjunto de atividades e operações.

Embora existam diferentes formas de plantio, o presente material está direcionado para a prática manual, ou seja, não trataremos de métodos de plantio mecânicos (com máquinas). Para iniciar qualquer sistema de cultivo é preciso, antes de

qualquer coisa, efetuar o levantamento dos recursos.


Solos Coletar

e

organizar

informações referentes ao tipo de solo, à fertilidade, à presença de camadas compactadas, à distribuição

e

espécies

de

plantas daninhas, à topografia, à distribuição e espécies de plantas daninhas, à topografia, à

ocorrência de erosão, às práticas conservacionistas existentes, às vias de acesso, à drenagem, aos córregos, aos açudes, etc. Plantas daninhas O levantamento e o mapeamento da ocorrência de plantas daninhas será muito útil, para definir o tipo de poção herbicida a ser utilizada e a programação das aplicações dos mesmos.

Ferramentas e Equipamentos Para qualquer sistema de plantio, muitas vezes a utilização de equipamentos de proteção (luvas, máscaras, etc.) é necessária, assim como o uso de ferramentas, as quais podem facilitar o

manejo.


Humanos Para um cultivo satisfatório, a mão-de-obra deverá estar conscientizada dos princípios do sistema e adequadamente informada quanto ao uso das tecnologias que o compõem. Muitas vezes são necessários treinamentos quanto ao uso de ferramentas e técnicas herbológicas. O treinamento da mão-de-obra deve ser planejado de forma que, no momento de realizar as operações, haja conhecimento suficiente para realizar as ações de forma adequada. Embora muito prática, a Herbologia exige organização, sendo importante que o manuseio das informações obtidas gere

mapas e/ou planilhas de uso e da situação atual do cultivo, as quais

podem

planejamentos.

ser

utilizadas

como

base

para

posteriores



Plantio

Utiliza estruturas vegetativas (mudas, toletes, estacas, raízes, etc.) e pode ser realizado em covas, ou sulcos. Estruturas vegetativas:. As covas são mais utilizadas para culturas perenes, como citrus, café, seringueira, e outras, entretanto algumas culturas

semi-perenes, principalmente em pequenas áreas, podem ser plantadas em covas, como é o caso de alguns tubérculos. Entretanto, muitas culturas mesmo com o plantio em covas, se

fazem à abertura dos sulcos, facilitando a demarcação das linhas de plantas e também a construção da cova. Os sulcos são mais utilizados para culturas semi-perenes.


Semeadura

É a técnica de plantio por sementes. Há plantas que se desenvolvem a partir de uma única semente, e outras que necessitam de mais.

Há duas maneiras de efetuar a semeadura, podendo ser à lanço, (ato de jogar as sementes ao solo), ou por sulcos (abre-se um buraco e deposita-se a semente).


Estaqueamento Também chamado de estaquia, é o método específico de plantio por estacas, ou seja,

galhos nus de uma planta. Nem todas as plantas são capazes de se desenvolver a partir de uma estaca.

Para

realizar

o

estaqueamento, remove-se um pouco dos foliares e faz-se um corte em diagonal na ponta que ficará em contato com o solo. Por

fim, realiza-se o plantio, fim deixando a estaca a aproximadamente dez centímetros sob o solo. Para realizar o estaqueamento, remove-se foliares (caso haja), deixando o galho completamente nu. Faz-se um corte em diagonal a ponta que ficará em contato com o solo. Por fim, realiza-se o plantio, deixando a estaca a aproximadamente dez centímetros sob o solo. Algumas vezes é necessário promover o enraizamento, antes do

plantio. Para tanto, deixa-se a estaque de molho em água por cinco dias e quando as raízes surgirem,

procede-se com o plantio.


Envasamento

É a técnica de plantio em vasos. Podem ser utilizados plantio por mudas, semeadura ou estaqueamento, atendendo os mesmos critérios descritos anteriormente.


Transplante

É o ato de mudar a planta de lugar, podendo ser de terreno para vaso, ou vice-versa, ou ainda terreno para terreno, ou vaso para vaso.



Irrigação e uma técnica que foi desenvolvida para suprir as necessidades hídricas da cultura devido a falta de água ou a má distribuição de água das chuvas. Atualmente existem três tipos básicos de irrigação: superficial, localizada e aspersão.

A irrigação existe há muito tempo. Antigos egípcios

utilizam essa técnica as margens do Nilo. Não é por acaso que as grandes civilizações se desenvolveram às margens dos rios. Muitas vezes, para que a irrigação ocorra de forma adequada,

é necessário realizar uma análise do solo e, se preciso, efetuar uma correção de pH. A análise da água é, igualmente importante, pois quando inadequada, a água pode tornar o solo improdutivo.


Irrigação por superfície

A irrigação por superfície e uma das técnicas de irrigação que necessita de muita água e por isso é pouco utilizada. Um de seus benefícios é que não está limitada pelos regimes do vento. As desvantagens dessa técnica são a perda de água por percolação e a alta probabilidade de erosão. Essa técnica também é influenciada pela declividade do solo, sendo muito utilizada em regiões altas, para facilitar o deslocamento hídrico.


Irrigação Localizada Essa técnica é muito utilizada nos dias atuais e permite a utilização de poções solúveis e aditivos em conjunto, facilitando a prática herbológicas. A grande vantagem desse tipo de irrigação é que economiza 90% de água se comparada a irrigação por superfície, além de não ser afetada por regime de ventos, nem por declividade do solo. Também reduz consideravelmente as perdas por evaporação, uma vez que a água é aplicada diretamente no sistema radicular da planta.

Pode ser feita com regador, com microaspersor ou por gotejamento.


Irrigação por Aspersão

Esse tipo de irrigação promove uma chuva artificial, em que

um aspersor direciona a água para o ar, transformando-a em pequenas gotículas, as quais caem sobre o solo, sendo absorvidas posteriormente. Está limitada pelo regime dos e sujeita a

declividade, não sendo indicada para solos muito inclinados. Esse sistema é constituído por um conjunto de equipamentos: motobomba, tubulações de recalque, acessórios especiais, aspersores e quebra ventos.



Trataremos a seguir sobre dois tipos de preparação do solo: preparação de solo em terrenos e em vasos.

Preparação de Solo em Terrenos Aração A aração do solo consiste em uma técnica que se baseia na inversão de camadas do solo. Normalmente realizada na profundidade de 20cm, a aração revolve a terra, aumentando os níveis de oxidação da matéria orgânica, rompendo a estrutura do solo.

Gradagem A gradagem do solo é uma prática realizada normalmente após as operações de aração. Por realizar o revolvimento e a inversão de camadas, o arado acaba por deixar o terreno irregular e

desnivelado. Através da operação de gradagem, os grandes torrões deixados pela aração acabam sendo rompidos, deixando o solo plano.


Escarificação A escarificação consiste em uma técnica de plantio menos agressiva

para a estrutura do solo. Através do uso do chamado escarificador, a operação rompe camadas do solo sem realizar seu revolvimento ou inversão. rompe.

Preparação de Solo em Vasos Misture areia, composto e terra, em medidas iguais. No fundo do vaso, coloque uma pedra longa, seguida de algumas pedras, ou uma quantidade pequena de argila. Coloque um pouco de areia, e depois um pouco da mistura de solo no fundo do vaso. Em seguida, efetue o plantio (ou transplante) e por fim, coloque o

restante da mistura.


Enquanto a terra é responsável pela umidade necessária para a planta se desenvolver, o composto orgânico, por sua vez, possui todos os nutrientes para um crescimento forte e saudável. Já a areia facilita a drenagem da água da planta, sendo também importante para o desenvolvimento das raízes. As pedras permitirão o escoamento facilitado da água excedente no fundo do vaso.



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