Plantas e fungos tóxicos

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Plantas e Fungos Tóxicos As plantas são seres orgânicos (nascem, crescem e morrem) e pluricelulares que compõem um dos maiores grupos de seres vivos da Terra, o Reino Plantae. Os fungos são organismos constituídos por células dotadas de núcleo (eucariotas), entre os quais estão incluídos os bolores, as leveduras e os mofos, bem como os cogumelos, constituindo o Reino Fungi. Entre as inúmeras espécies de plantas e fungos, algumas são tóxicas. Planta tóxica é todo vegetal capaz de produzir dano a outro ser, de modo a refletir em perda de vitalidade, ou saúde geral deste, ocasionando um desequilíbrio definido como intoxicação. Fungos tóxicos são aqueles que produzem micotoxinas, as quais, assim como as plantas tóxicas, ocasionam intoxicação. As plantas ou fungos alucinógenos são considerados tóxicos, pois provocam alterações dos estados de consciência e do sistema sensorial.

A falta de instrução e diagnóstico tardio são as principais causas de agravamento em situações de intoxicação. As perdas provocadas pelas plantas tóxicas podem ser definidas como: ➢ Perda direta: provocam desde morte a sequelas importantes (infertilidade, perda de movimentos, suscetibilidade a doenças, dano cerebral, etc.). ➢ Perda indireta: causam contratempos, tais como tempo de repouso e custos com tratamentos e medicamentos.


Plantas e Fungos Tóxicos A Confederação Mundial de Magibotânica (CMM), visando padronizar os estudos e facilitar os processos de tratamento de indivíduos intoxicados por plantas e fungos, catalogou o maior número possível de espécies, atribuindo a cada uma delas códigos. Estes código dizem respeito ao grau de toxicidade (GT), a toxicodinâmica (TD) e a toxicocinética (TC) da planta ou fungo. A partir do século XXI a CMM, através do Comitê de Pesquisas de Magibotânica (CPM) determinou que todos os manuais de Magibotânica, Herbologia e Micologia, ao mencionarem plantas e fungos específicos devem, obrigatoriamente, apresentar o GT, a TD e a TC destes.


Intoxicação Os processos de intoxicações são classificados em três grupos: intoxicação leve, intoxicação crônica ou programada e intoxicação aguda. ➢ Intoxicação leve: é o grau de intoxicação em que o organismo teve contato breve com a substância tóxica. O contato breve é caracterizado por dosagem baixa e pouco tempo de exposição. ➢ Intoxicação crônica (programada): é o grau de intoxicação em que o organismo teve contato baixa a média dosagem, em período prolongado de exposição. ➢ Intoxicação aguda: é o único grau de intoxicação dividido em níveis, os quais são determinados de acordo com o GT em relação ao peso do organismo afetado. A seguir, veja o quadro de sintomas que diferencia os níveis de intoxicação aguda:

Legenda

Hemorragia

Tumescência

Formigamento

Alteração de Consciência

S/N S/N S S S S

Hipotensão

S/N S/N S/N S S S

Disfunções cardíacas

Alterações térmicas

Debilidade

Disforia

Diarréia

S S S/N N S/N S S S/N N S/N S S/N S/N S/N S/N S S/N S/N S/N S S S/N S/N S S N N N S S S/N = Pode ou não ter o sintoma S = Presença do sintoma N = Ausência do sintoma

Hipertensão

I II III IV V VI

Vômito

Níveis

Sudorese

Sintomas

S/N N S/N S S S

S/N N S/N S S S

N N S/N S/N S/N S

S/N N N N S/N S/N

S/N N S S S/N S/N

N N N N S/N S

a) Intoxicação aguda nível I Caracterizada pela presença dos sintomas de sudorese, vômito, podendo apresentar ou não episódios de diarreia, debilidade, hipo ou hipertermia, hiper ou hipotensão, disfunções cardíacas, tumores e abcessos, e formigamentos, com ausência de disforia e alterações de consciência. b) Intoxicação aguda nível II Caracterizada pela presença dos sintomas de sudorese, vômito, podendo apresentar ou não episódios de diarreia, debilidade, hipo ou hipertermia e, disfunções cardíacas, com ausência de hiper ou hipotensão, tumores e abcessos, formigamentos disforia e alterações de consciência.


Intoxicação c) Intoxicação aguda nível III Caracterizada pela presença dos sintomas de sudorese, disfunções cardíacas e formigamentos, podendo apresentar ou não episódios de vômito, diarreia, disforia, debilidade, hipo ou hipertermia, hiper ou hipotensão e hemorragia, com ausência de, tumores e abcessos, e alterações de consciência. d) Intoxicação aguda nível IV Caracterizada pela presença dos sintomas de sudorese, debilidade, hipo ou hipertermia, hipo ou hipertensão e formigamentos, podendo apresentar ou não episódios de vômito, diarreia, disforia, hemorragia, com ausência de, tumores e abcessos, e alterações de consciência.

e) Intoxicação aguda nível V Caracterizada pela presença dos sintomas de sudorese, disforia, debilidade, hipo ou hipertermia, hipo ou hipertensão, disfunções cardíacas, podendo apresentar ou não episódios de formigamentos, vômito, diarreia, hemorragia, tumores e abcessos, e alterações de consciência. f) Intoxicação aguda nível VI Caracterizada pela ausência dos sintomas de sudorese, vômito e diarreia, podendo apresentar ou não episódios abcessos e tumores, e formigamentos, com presença acentuada dos sintomas de disforia, debilidade, hipo ou hipertermia, hipo ou hipertensão, disfunções cardíacas, hemorragia e alterações de consciência.


Grau de Toxicidade O princípio tóxico é determinado a partir do grau de toxicidade. O GT pode ser obtido através de um quadro (abaixo), elaborada pelo CPM.

Graus de Toxicidade (GT) GT1 GT2 GT3 GT4 GT5 GTX

Quadro de Toxicidade Variáveis (VGT) Níveis de intoxicação aguda (N) 10 Menor ou igual 1 até 8 (nível I) 8 9 até 13 (nível II) 6 14 a 17 (nível III) 4 18 a 25 (nível IV) 2 26 a 50 (nível V) 0,25 Igual ou maior que 51 (nível VI)

O nível de intoxicação aguda (N) apresentado por um organismo é obtido a partir de um cálculo (M/VGT = N ), o qual é realizado a partir da tabela de toxicidade (acima), em que o peso do organismo (M) é dividido pela variável do grau de toxicidade (VGT). Exemplo: O nível de intoxicação aguda de um organismo cuja massa corpórea é 80 quilos intoxicado por uma planta com GT3 é II.

80/6 = 13,3 Além de conhecer o GT de substância, a compreensão de como se dão os processos e efeitos das toxinas no organismo é de vital importância. Tais processos e efeitos são analisados a partir do estudo da toxiconinâmica e da toxicocinética. Denomina-se toxicodinâmica o percurso que a toxina faz no organismo, bem como as etapas que a substância sofre desde a administração até a excreção. Essas etapas são: absorção, distribuição, biotransformação e excreção. Entretanto, nem sempre todas essas etapas estão presentes em um processo toxicodinâmico. A toxicodinâmica de uma substância é classificada em seis níveis, que são determinados de acordo com a quantidade de etapas pelas quais a substância passa dentro do organismo.


Toxicodinâmica e Toxicocinética

TOXICODINÂMICA (TD) Etapas Apenas absorção e excreção Apenas absorção, distribuição e excreção. Apenas absorção, distribuição, biotransformação e excreção. Apenas absorção, distribuição, biotransformação. Apenas absorção, distribuição. Apenas absorção.

Nível TD1 TD 2 TD 3 TD 4 TD 5 TDX

A toxicocinética é o efeito da substância em seu alvo, ou seja, como uma substância age no alvo. Entende-se alvo como o orgão ou local onde uma determinada substância tem efeito. Assim como toxicodinâmica, a toxicocinética é classificada em seis níveis. TOXICOCINÉTICA (TC) Sistemas Níveis Sensorial TC1 Sistemas endócrino e excretor TC2 Sistema digestório TC3 Aparelho respiratório TC4 Aparelho circulatório TC5 Sistema nervoso (Geral) TCX

A seguir apresentamos um pequeno guia ilustrado, o qual lista o Reino, o GT, a TD e a TC de algumas plantas e fungos tóxicos. O cultivo e manejo das plantas e fungos apresentados a seguir são monitorados pelo Ministério da Magia, sendo permitidos apenas em situações acadêmicas e terapêuticas, sob supervisão direta de especialistas.


Abrus precatorius (ervilha do rosário) Esta planta que também é conhecida como “olho-de-caranguejo”, pode atingir os 60cm de altura. Possui flores papolíacias de cor violeta, agrupadas em cachos. Nascem geralmente junto aos troncos das árvores e pertencem originalmente à região da Indonésia, embora possam ser encontradas em diferentes lugares do mundo. O veneno que a ervilha do rosário contém, o abrin, é muito parecido com a ricina de outras plantas tóxicas. No entanto, sua substância é 75 vezes mais forte, portanto uma dose letal é muito menor que a uma dose mortal de ricina. São necessários apenas 3 microgramas de abrin para matar um adulto de grande porte. Dada a sua aparência arredonda, algumas pessoas utilizam a Abrus precatorius como pulseira ou rosário. Óbvio que isso é muito perigoso, visto que teve gente que morreu apenas por furar o dedo com o equipamento utilizado para fazer os buraquinhos nas sementes.

Reino: Plantae GT: 3 TD: 5 TC: 5


Aconitum (wolfsbane) Também conhecido como “capacete-do-diabo”, o aconitum é uma espécie da família Ranunculaceae. Essas plantas vivazes são nativas das regiões montanhosas do hemisfério norte e possuem uma grande quantia do alcaloide pseudaconitina, o qual é usado na ponta das flechas do povo Ainu do Japão para caçar. Caso ocorra a ingestão, a pessoa sofre queimação abdominal e nos membros do corpo. Em grandes doses, a morte pode ocorrer dentro de 2 a 6 horas, bastando apenas o consumo de 20mg para por fim à vida de um humano adulto. Esta planta é um dos principais ingredientes da Poção Mata-Cão, utilizada auxílio do controle da influência lunar nas transformações de homens em lobisomens.

Reino: Plantae GT: X TD: X TC: X


Actaea pachypoda (olho-de-boneca) A olho-de-boneca, também conhecida como white baneberry, pode até parecer simpática, mas é muito perigosa. Nativa da área norte e leste da América do Norte, essa planta florida, que mede apenas 1cm de diâmetro e tem pequenas frutinhas brancas com uma mancha preta, é muito semelhante ao objeto que lhe dá nome. Ainda que toda a espécie tenha sido considerada danosa ao homem, a maior parte de sua toxina fica concentrada no fruto. Infelizmente, muitas crianças já foram vítimas da White Baneberry, porque, além de bela, ela é muito doce. A baga contém uma toxina chamada carcinógeno, que possui efeito sedativo, quase que imediato, no músculo cardíaco humano e causa morte rápida.

Reino: Plantae GT: X TD: 4 TC: 5


Ageratina altíssima (white snakeroot) Essa é uma planta nativa da América do Norte e uma das mais venenosas do mundo. Suas flores são brancas e, depois de desabrocharem, liberam pequenas sementes fofas que são carregadas pelo vento. Apesar de bela, a white snakeroot contém um alto teor de tremetol, substância conhecida por matar pessoas indiretamente. Quando a espécie é comida pelo gado, a toxina é absorvida pelo leite e pela carne. Depois, quando o humano se alimenta do animal contaminado ou bebe de seu laticínio, o componente entra no corpo e causa a chamada “doença do leite”, que por sua vez é extremamente fatal. No início do século XIX, centenas de europeus desafortunados morreram disso nos EUA. Acredita-se que a mãe de Abraham Lincoln, Nancy Hanks, foi uma das vítimas.

Reino: Plantae GT: 4 TD: 3 TC: 2 e 3


Amanita muscaria Este cogumelo é tavez o mais antigo alucinógeno do qual se tenha registro. Também chamado de Mata-Moscas possui famosas propriedades psicoativas. Seu efeito é o de confusão e náuseas nos primeiros trinta minutos seguido de fortíssimas alucinações visuais e sonoras. Para se encontrar o Amanita muscaria deve-se busca-lo em um dia de chuva, seguido por um dia de sol. Existem duas substâncias alucinógenas neste cogumelo: o muscimol e a muscarina. Cada uma com efeitos opostos um ao outro e anulando o efeito um do outro. Além disso um deles é venenoso. O antidoto para muscarina é a atropina.

Reino: Fungi GT: 4 TD: 2 TC: 1


Atropa belladonna (beladona) Também chamada de “cereja-do-inferno”, a beladona é nativa da Europa, África do Norte e Ásia Ocidental. Rica em um alcaloide chamado tropano, a espécie pode causar delírio e alucinações. Outros indícios do envenenamento por beladona incluem perda da voz, boca seca, dor de cabeça, dificuldades respiratórias e convulsão. Toda a planta é danosa, mas os frutos são os mais perigosos, uma vez que são saborosamente doces e costumam atrair as crianças. São necessárias de 10 a 20 cerejas para matar um adulto, mas basta apenas uma folha (na qual a toxina é mais concentrada) para pôr fim à vida de um homem. No século VI as pessoas usavam a beladona como parte de sua rotina cosmética diária. Elas utilizavam gotas feitas a partir da espécie como colírio, visando assim dilatar as vistas. Na época, isso era considerado algo atraente, pois passava uma aparência sonhadora no modo de olhar.

Reino: Plantae GT: X TD: X TC: X


Brugmansia suaveolens (trombeta-de-anjo) Essa é uma planta nativa da América do Sul. O nome trombeta-de-anjo se deve ao formato de pêndulo da flor, que em geral possui coloração branca e amarela, embora seja possível encontrar variedades e híbridos de tons rosados. Com tamanho entre 14-50cm, todas as partes da Brugmansia suaveolens são consideradas tóxicas e narcóticas. Ela contém alcaloides tropânicos como escopolamina, atropina e hiosciamina. Mesmo sabendo do perigo, algumas pessoas ingerem um chá feito com as flores como um potente alucinógeno. O nível de toxicidade varia conforme o tipo da planta, sendo praticamente impossível saber quanto veneno uma pessoa tomou. Em geral, quem brinca com a trombeta-de-anjo acaba tendo uma overdose e morrendo, ou sofrendo de paralisia dos músculos lisos, taquicardia, confusão, midríase, alucinações visuais e auditivas. Embora seja perigosa, a espécie também possui propriedades medicinais, tais como antiasmática, cardiotônica e anticonvulsivante. Não é incomum ela ser utilizada para fabricação de remédios para mal de Parkinson, problemas cardíacos, síndrome pré-menstrual e infecções urinárias.

Reino: Plantae GT: 5 TD: 3 TC: 1, 3, 4 e 5


Cicuta (water hemlock) Water hemlock é um grupo de plantas extremamente venenoso e que pode ser encontrado nas regiões temperadas do hemisfério norte. Todas elas possuem flores brancas ou amarelas bastante distintas, que são dispostas em formato de guarda-chuva. Nos EUA, essas simpáticas plantinhas são consideradas as mais danosas de todas. Elas contêm uma substância conhecida como cicotoxina, que causa convulsões, e todas as partes do espécime são perigosas – principalmente a raiz, onde o veneno é mais potente. Além da convulsão quase que imediata, outros sintomas incluem náusea, vômito, dores abdominais, tremores e confusão. Geralmente, a morte é causada por insuficiência respiratória ou fibrilação ventricular, que ocorrem poucas horas após a ingestão.

Reino: Plantae GT: X TD: 3 TC: X


Nerium oleander (oleandro) Todas as partes do belo oleandro possuem diversos tipos de toxina, sendo as duas mais fortes a oleandrina e a neriine, que afetam drasticamente o coração. Na verdade, o veneno da planta é tão forte que é possível morrer apenas comendo o mel de uma abelha que utilizou seu néctar como fonte. Originalmente, a Nerium oleander nasceu nas áreas do mediterrâneo e do Extremo Oriente. Porém, devido à sua beleza exorbitante, ela passou a ser cultivada com propósitos decorativos. Por instinto, os animais costumam se afastar dela. Além disso, basta uma folha para matar um adulto de médio porte. Também é conhecida como espirradeira pois, em animais de grande porte, quando não letal, provoca crise de espirros, causando falta de ar e abcessos nos pulmões.

Reino: Plantae GT: 5 TD: 3 TC: 4 e 5


Psilocybe cubensis Psilocybe cubensis (anteriormente designada por Stropharia cubensis) é uma espécie de cogumelo alucinógeno, mundialmente conhecido, que apresenta como principais princípios ativos a psilocibina e a psilocina, as quais agem no cérebro de modo semelhante ao neurotransmissor serotonina, embora possua em baixas quantidades outros alcalóides, como a norbaeocistina ou a baeocistina, cuja ação no sistema nervoso humano é pouco conhecida. São cogumelos de pequeno porte, geralmente apresentando características que os tornam facilmente reconhecíveis, comumente utilizados em práticas divinatórias, devido a suas capacidades alucinógenas. Sob o efeito deste fungo, é possível entrar em contato mais facilmente com as potências mágicas, permitindo ao bruxo enxergar mais além do que normalmente veria, com ou sem o auxílio de oráculos e outros métodos e ferramentas divinatórios.

Reino: Fungi GT: 2 TD: 2 TC: 1


Ramaria flavo-brunnescens Ramaria flavo-brunnescens é um cogumelo semelhante à couve-flor, amarelado ou marrom, altamente palatável, pertencente à família Clavariaceae, que cresce em matas de eucalipto, principalmente no período de abril a junho. Para que seja letal para humanos a dose deve ser alta. Sinais de intoxicação por este fungo incluem cefaleia intensa, vômitos, sudorese, taquicardia e em alguns casos, perda de consciência. O processo de intoxicação é lento, sendo que a vitima pode confundir os sintomas com os de outra enfermidade, o que pode atrasar a busca por socorro e ocasionar em maiores danos.

Reino: Fungi GT: 1 TD: 1 TC: 1 e 2


Ricinus communis (mamona) Esta planta que nasce de maneira descontrolada em brejos e terrenos baldios, contém uma grande quantidade da toxina ricina. Embora o processo de extração do veneno seja um tanto complexo, em Las Vegas, autoridades trouxas descobriram uma boa quantidade da substância em um quarto de hotel, em fevereiro de 2008. As investigações do apontaram que a máfia russa utilizava o componente para silenciar permanentemente seus inimigos. Uma semente crua de mamona é suficiente para causar uma morte sofrida, agonizante e repleta de dores. Os primeiros sintomas da intoxicação aparecem logo nas primeiras horas depois do envenenamento, o que inclui a sensação de queimação na garganta e nos olhos, dores abdominais, bem como diarreia e vômito com sangue. O processo é incontrolável e só termina quando a vítima falece por desidratação.

Um fato curioso é que os humanos são os mais sensíveis em relação às sementes, bastando de uma a quatro para por fim a um adulto, 11 para matar um cachorro e 80 para assassinar um pato. Reino: Plantae GT: X TD: 2, 3, 4 e 5 (Dependendo da dose, X) TC: X


Strychnos nux-vomica (noz-vômica) A noz-vómica é uma planta de tamanho mediano nativa da Índia e do sudoeste da Ásia. Seus pequenos frutos arredondados (parecidos com laranjas) são altamente perigosos, pois contêm os alcaloides venenosos estricnina e brucina. Por sua vez, as sementes possuem 1,5% do primeiro composto, e as extremidades florais secas dispõem de cerca de 1%. Com apenas 30mg desses componentes é possível matar um adulto de forma violenta e dolorosa, causando convulsões e estímulos simultâneos no gânglio sensorial da espinha. No entanto, a noz-vômica também tem propriedades medicinais para combater astenia cardíaca, paralisias, neurastenia, sintomas de uso de entorpecentes e problemas gastrintestinais tóxico-infecciosos.

Reino: Plantae GT: X TD: 4 TC: X


Taxus baccata (teixo) Nativo da Europa, sudoeste da Ásia e noroeste da África, o teixo produz um belo fruto vermelho e macio que protege suas sementes. Por sorte, essa é a única parte da planta que não contém veneno, possibilitando que os pássaros comam a casca e espalhem as sementes sem se infectarem. Uma dose de 50g de teixo é fatal para um homem. Os sintomas da intoxicação incluem dificuldade respiratória, tremor muscular, convulsão, desmaio e parada cardíaca. Em casos de intoxicações severas, a morte pode ocorrer de forma tão rápida que não há tempo para que todos os sinais sejam apresentados.

Reino: Plantae GT: 5 TD: 4 TC: 3, 4 e 5


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