Introdução As plantas são seres pluricelulares e eucariontes, sendo, nesses aspectos, semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos. Contudo, têm uma característica que as distingue desses seres: são autotróficas. Seres autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese. Utilizando a luz, ou seja, a energia luminosa, as plantas produzem a glicose, matéria orgânica formada a partir da água e do gás carbônico que obtêm do alimento, e liberam o gás oxigênio.
Juntamente com outros seres fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base das cadeias alimentares. Ao fornecer o oxigênio ao ambiente, as plantas também contribuem para a manutenção da vida dos seres que, assim como elas próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas conquistaram quase todos os ambientes da superfície da Terra. De acordo com a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir de ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais foram tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas, os quais se desenvolveram na água. Foram observadas semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem tanto nas algas verdes como nas plantas. Há cerca de 500 milhões de anos as plantas iniciaram a ocupação do ambiente terrestre. Este ambiente oferece às plantas vantagens tais como maior facilidade na captação da luz, já que ela não chega às grandes profundidades da água, e facilidade da troca de gases, devido à maior concentração de gás carbônico e gás oxigênio na atmosfera. Esses fatores são importantes no processo da respiração e da fotossíntese. Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente aquático, verificamos que no terrestre a quantidade de água sob a forma líquida é bem menor. Além disso, também a maior parte da água está acumulada no interior do solo. As plantas, então, sobrevivem ao ambiente terrestre porque elas apresentam adaptações que lhes possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocupá-lo eficientemente. As adaptadas ao ambiente terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que permitem a absorção de água presente no solo e outras estruturas que impedem a perda excessiva se água. O presente livro é um guia ilustrado que traz algumas espécies de plantas mais utilizadas devido as suas propriedades terapêuticas, bem como algumas informações sobre as mesmas, servindo como material de consulta acadêmico, tanto para estudantes de Herbologia, quanto para curiosos ou amantes da Magibotânica.
Fárfara (GT1; TD2; TC4 e 5) Essa pequena planta, também conhecida como unha-de-cavalo, é do tipo perene, de incidência comum em campos úmidos. É caracterizada por suas belas e amarelas flores que brotam antes do aparecimento das folhas. A folha se assemelha a um pata de cavalo, daí a razão de um de seus nomes populares. Suas folhas longamente pecioladas, palmadas, tomentosas, com cinco ângulos, esbranquiçadas por baixo, formam uma roseta rente ao chão. Os frutos são aquênios com coroa. Durante o verão, o alimento é armazenado nos rizomas para o ano seguinte, no início da Primavera. O termo béquico deriva da expressão grega bechion, nome dado à Fárfara nessa região. Parte utilizada: Flor, folha, raiz. Plantio: O solo deve ser úmido e ensolarado, argiloso e contendo calcário.
Origem: Encontrada nos bordos das fossas inundadas, dos caminhos, dos cais, nos entulhos, etc., em toda a Europa, Ásia, e África do Norte e, secundariamente, na América. Propriedades: Adstringente, antisséptico suave, antitussígeno, broncodilatadora, calmante, demulcente, depurativo do fígado, descongestionante, emoliente, estimulante, espasmolítico (ligeiramente), expectorante, hipertensora, mucilaginosa, relaxante, sedativa, tônico, tônico hepático. Indicações: Asma (úmida), aumentar expectoração, bronquite, catarro gástrico e intestinal, catarro na garganta, catarros respiratórios, circulação externa, clarear pelo, coqueluche, dermatose do couro cabeludo, eczema, enfisema, escrófula, estomatite, faringite, garganta dolorida, irritação da membrana mucosa bronquial e gástrica, laringite, pele irritada e inflamada, pressão baixa, queimadura na pele, sarna, tosse, traqueíte, úlcera crônica. Modo de usar: Na Inglaterra, fabrica-se um cigarro que permite às pessoas com problemas respiratórios usufruir o prazer de fumar sem causar danos ao organismo. É feito com fárfara, fava dos pântanos, eufrásio, betônica, alecrim, tomilho, lavanda e flores de camomila. Proporciona alívio para asma e qualquer dificuldade causada por bronquite, catarro ou outro problema respiratório.
Pinheiro Escocês (GT2; TD3; TCX) Conífera de crescimento rápido, de porte médio a grande, forma copa bem frondosa e circular e possuí uma coloração muito característica no tronco, com tons laranja/vermelho-marrom. Em seu hábitat nativo pode ultrapassar os 30 metros de altura, mas os espécimes domesticados e fora do seu ambiente alcançam de 10 a 20 metros. Muito utilizado na fabricação de varinhas, o Pinheiro Escocês é o único nativo da Grã-Bretanha. A partir de seus galhos e rebentos é extraído, através de destilação a vapor, um óleo essencial. Embora possa causar reações alérgicas a pessoas mais sensíveis, esse óleo é muito útil para aliviar a fadiga, devido as propriedades tônicas da planta. O óleo tem aroma fresco e é de cor amarela pálida, sendo aguado na viscosidade, devendo ser utilizado com cuidado devido à sua natureza sensibilizante. Apesar de ser de baixíssima toxicidade, deve ser usado com cuidado sobre a pele, pois pode causar irritação da derme. Parte utilizada: Galhos e rebentos, cascas secas e núcleo da madeira. Plantio: Prefere qualquer substrato que tenha boa drenagem e seja fértil suficiente. Se seu substrato não tiver muita aeração, necessita incluir areia, perlita, vermiculita ou turfa. Tolera solos relativamente pobres, preferindo solos arenosos, sendo a melhor época para semeadura o início do Outono. Deve-se deixar as sementes de molho em água natural por 24 horas. Substratos preparados a base de matéria orgânica, como por exemplo fibra de coco em pó, vermiculita, esfagnum (musgo) seco ou turfa. Deve-se encher pequenos recipientes com esse substrato, distribuindo nestes as sementes, as quais devem ficar submersas em poucos milímetros de mistura e cobertas por dois meses em local refrigerado a 4ºC. Em caso de germinação antes do término do processo, a semente deve ser removida e plantada em terra. Após o prazo de dois meses, retirar da refrigeração, deixando o recipiente em local iluminado, porém sem incidência direta de luz sola, com temperatura variante entre 15 e 25ºC. A umidade deve ser sempre mantida e reposta se necessário, através de gentis jatos de água com pulverizador. A paciência é a principal virtude para se plantar o Pinheiro Escocês, pois sua germinação é lenta, não sendo garantido o ciclo, uma vez que este ocorre em apenas 60% dos casos após germinação. Origem: Encontrado em regiões florestadas, com maior incidência em locais de baixas temperatura, embora seja comum sua proliferação em regiões de clima temperado. Propriedades: É antimicrobiano, antireumático, antissético, antiviral, bactericida, balsâmico, desodorizante, diurético, expectorante, tônico, inseticida, restaurador, rubefaciente, estimulante do córtex adrenal, bem como estimulante para a circulação e sistema nervoso. Indicações: Muito útil em casos de extrema fadiga, dores ósseas e musculares, e para estimulação nervosa.
Zimbro (GT2; TD2; TC2 e 3) É um arbusto que pode atingir de 1 a 3 metros de altura, caracterizado por ter folhas perenes, curtas e espinhosas. Tem ramos que se dispersam lateralmente, formando matos rasteiros e densos com cerca de 1 a 4 metros de diâmetro. As folhas, subimbricadas, em verticilos de três, apresentam uma faixa estomática branca na página superior. Os ramos, geralmente em grupos de três com a base ao mesmo nível no caule, são ascendentes ou rasteiros. A casca é lisa em ramos pequenos, com menos de 1 cm de diâmetro, exfloiando em ramos maiores. O fruto consiste em gálbulos pruinosos, de 6 a 9 mm, negros quando maduros, são bolinhas azuis ou pretas, de sabor doce e resinoso. É apreciado pelos seus frutos, que se prestam à produção de bebidas aromatizadas, como o gim e a genebra. Parte utilizada: Frutos (bagos) maduros, óleo essencial. Plantio: Multiplica-se por sementes em qualquer tipo de solo, ou por mudas plantadas no outono e inverno. Origem: Europa, originária das regiões frias da Noruega e Rússia. Seu nome tem raiz indo-europeia e significa junco. Propriedades: Diurética, depurativa, expectorante, antisséptica, aperitivas, tonificantes, carminativas, resolutivas. Indicações : Combate edemas, ácido úrico, infecções bronco pulmonares, acalma dores reumáticas e da artrose. Princípios Ativos : óleo essencial, ácidos orgânicos e glicosídeos (juniprina). Contraindicações/cuidados: a essência é muito tóxica devendo ser utilizada a própria baga sob forma de tempero, infusão ou tintura em doses moderadas. Não deve ser usado por pessoas com problemas renais, pois pode provocar tumescência nesses órgãos. Modo de usar: Bagas infusão ou tintura (diurético, moléstias renais, amenorreia, asma); madeira e bagas em infusão, decocção (asma, bronquite, acidez, má digestão, hidropisia, diurético, mau hálito, reumatismo, febres, doenças da pele); madeira e bagas em alcoolato (reumatismo); óleo (asma, bronquite, acidez, má digestão, hidropisia, diurético); frutos em compressa (psoríase, antisséptico, ciática).
Abeto branco (GT3; TD4; TC5) Abeto é o nome popular das diversas espécies do gênero Abies. São árvores coníferas da família Pinaceae, nativas de florestas temperadas da Europa, Ásia e América do Norte. Planta da família das Pinaceae, também conhecido como pinheiro do Canadá e abeto alemão. Árvore que atinge de 20 à 60 metros de altura de porte piramidal, tem a casca lisa, acinzentada e curiosamente produz flores "masculinas" e "femininas". também produz pinhas que ao amadurecer liberam pinhões e escamas. Por seu tronco apresentar textura áspera e ser extremamente forte, é uma das árvores preferidas para proteção e quebra-ventos. Suas agulhas (folhas) permanecem verdes durante todo o ano. As agulhas também possuem uma resina de odor refrescante e pungente, de textura viscosa e ácida. Parte utilizada: Agulhas, resina fresca (terebintina) e gomos. Plantio: A árvore se adapta bem a uma variedade de solos bem drenados, incluindo argila, areia e lodo, sendo altamente tolerante à seca e próspera em ambos os solos ácidos ou ligeiramente alcalinos. Árvores já estabelecidas toleram curtos períodos de solo molhado. É facilmente propagada por sementes ou mudas e é resistente em regiões de clima temperado, preferindo baixas temperaturas . Origem: Montanhas Europeias, Europa Central, Meridional e nos Pirinéus, na região do Canadá (América do Norte) existem algumas espécies similares e com as mesmas propriedades. Propriedades: Antisséptico, expectorante, diurético, balsâmico.
Indicações: Revulsiva, balsâmicas, expectorantes, analgésica e antissépticas, especialmente das vias respiratórias. Princípios Ativos: Óleo essencial (linoneno, alfa-pineno), glicosídeos, essência de terebintina, pró-vitamina A e tanino. Contraindicações/cuidados: É muito calórico e gorduroso. Não se deve utilizar doses excessivas de essência de terebintina em uso interno nem em uso externo, porque pode produzir irritação do sistema nervoso central Modo de usar: Uso Interno - 3 colheres de gomos para um litro de água à ferver, deixe repousar por 10 min. e tome 1 chávena 3 vezes ao dia. Essência de terebentina, tomam-se entre 3 a 5 gotas também 3 vezes ao dia, não exceder esta dosagem. Uso externo - Juntam-se algumas gotas na água do banho de imersão e isso alivia dores reumáticas. Os banhos de vapor através de inalações são indicados para asma.
Valeriana (GT4; TD4; TCX) Usada sempre que há tensão nervosa, hiperatividade ou incapacidade de relaxar, a valeriana tem uma ação sedativa suave, útil para acalmar um sistema nervoso que está a começar a ficar descontrolado. É uma das primeiras plantas em que se deve pensar para acalmar ansiedade e ataques de pânico. Planta da família das Valerianáceas, é vivaz, com rizomas curtos e cônicos, do qual partem raízes divergentes, quase horizontais e esbranquiçadas. A haste é completamente oca, roliça, com estrias elistas, fistulosa e contêm de seis a dez pares de folhas, que são opostas, de pecíolo curto, divididas em segmentos dentados profundos. Possuem um sabor amargo intenso. As flores são numerosas, de cor branca ou rosada, e se reúnem em cachos ou ramalhetes opostos, em forma de guarda-chuva, na extremidade das hastes. As raízes e rizomas possuem inicialmente um sabor picante que logo desaparece, tornando-se um pouco amargo. Quando secas desprendem um odor forte e desagradável, semelhante ao da urina dos gatos. Apesar de seu odor desagradável, a valeriana era considerada como um perfume no século XVI na Europa; A tintura tem sido usada por séculos por suas propriedades sedativas, e é ainda amplamente utilizadas na França, Alemanha, e Suíça como um agente que induz ou facilita o sono. Aproximadamente 50 toneladas de valeriana são vendidas todos os anos na França. As raízes e os rizomas devem se secos ao sol, em local ventilado e sem umidade. Parte utilizada: Folhas e caule. Plantio: Plantadas a partir dos rizomas é uma erva de lugares úmidos, crescendo bem ao longo das margens dos rios. As raízes e os rizomas são coletados após 2 a 3 anos do plantio. Para tanto, arranca-se a planta toda para poder usufruir de todos os seus poderes terapêuticos, deixando na terra um rizoma, que dará origem a outro pé. Após a coleta, lava-se bem em água corrente, sacudindo várias vezes com cuidado, para não machucar a epiderme. Origem: Distribuída extensamente nas regiões temperadas da América do Norte, Europa, e Ásia. Propriedades: Tranquilizante, sedativo, soníferos, analgésico, antiespasmódico e anticonvulsivantes. Indicações: Usada como calmante e em todos os casos de nervosismo, inclusive em casos de epilepsia e neurastenia. Princípios Ativos: Monosequiterpenos; sesquiterpenos: ácido valerênico, seus congéneres, álcoois e ésteres kessyl triésterés iridóides (valepotriatos) valtrato, acevaltrato e o didrovaltrato; alcaloides de piridina; óleo volátil; aminoácidos: GABA, glutamina.
Contraindicações/cuidados: Doses abusivas ou uso prolongado, podem resultar em: agitação, cefaleia, dispepsias, vertigem, alterações na visão e audição, excitação mental, delírio, reações alérgicas cutâneas, alucinações, torpor, convulsões, morte por parada respiratória; o uso contínuo pode induzir ao chamado "valerianismo", um estado emocional instável. A essência é eliminada pelos rins, podendo a urina adquirir o cheiro característico da valeriana. Modo de usar: Infusão ou decocção, 5 a 15 g de raiz fresca (ou 5 g de raiz seca) por litro de água. Tomar 50 a 200 ml por dia (insônia); Vinho, macerar por 8 dias 25 g de raiz em 1 litro de vinho branco. Coar e tomar 1 cálice 3 vezes ao dia (pânico, depressão e casos de contato com dementadores); Pó das raízes: 0,3 a 1,0 g, três vezes ao dia, alcoolatura: 2 a 10 g por dia; Extrato fluído em álcool 60%: 4 a 8 ml, três vezes ao dia (ansiedade).
Menta Verde (GT: 3; TD: 3; TC: 3, 4 e 5) As mentas são plantas herbáceas vivazes, compreendendo numerosas espécies, das quais muitas são cultivadas visando suas propriedades aromáticas e condimentares, ornamentais ou curativas. Também conhecida como hortelã, é uma planta herbácea rizomatosa (caules subterrâneos) que emite haste quadrangular de coloração verde ou arroxeada; folhas de aroma característicos. Como todas as mentas, o levante, como também é conhecida a menta, possui um caule quadrangular, de cor púrpura. Medindo entre 30 e 60 cm de altura, raramente floresce geralmente é estéril e é proliferada por meio de mudas. As flores têm corola pequena e violácea. Suas folhas são verde escuras estriadas de roxo, ovalanceoladas. Parte utilizada: Folhas. Plantio: Propagação por divisão de ramos. A planta deve ser cultivada em locais ensolarados, férteis e com boa umidade. Origem: Europa e África. Propriedades: Calmante, vermífugo, antiespasmódico, tônico e antelmíntico. Indicações: Tosse, gripe, resfriados, calmante, gases. Também é usada como aromatizante da cerveja.
Princípios Ativos: Óleo essencial contendo mentol, vermífugo e calmante. Contraindicações/cuidados: Não indicada para pessoas com dificuldades biliares, tampouco para crianças pequenas.
Modo de usar: Infusão de 10 gramas da planta seca em 1 litro de água. Tomar 2 a 3 xícaras de chá ao dia.
Losna (GTX; TDX; TCX) A origem do nome científico desta planta é grega, sendo uma homenagem a Deusa Artemís. Diana entre os romanos ela é a deusa da caça e da castidade. Na mitologia grega também é a deusa protetora dos partos. A Losna tem em sua composição um componente químico com nome de tujona, que em certas dose pode provocar alguns efeitos colaterais como, por exemplo, alucinações. Por certo período ficou conhecida por este efeito alucinógeno devido a uma bebida alcoólica conhecida como absinto, bebida esta preferida pelo grande pintor Vincent Willem van Gogh. Mais tal bebida não foi criada com este propósito. Era uma poção criada pelo Alquimista Pierre Ordinaire (1741-1821), também medibruxo francês, sendo uma espécie de remédio “curatudo”, que o medibruxo resolveu potencializar adicionando álcool a 75%. Assim descobriu-se esta propriedade, e o “licor de absinto” passou a ser usado como alucinógeno, ficando conhecido mundialmente como um licor que dava grande inspirações a poetas, músicos, pintores e artistas em geral, até o seu uso ser proibido. Parte utilizada: Folhas, talos e flores. Plantio: A losna se propaga por meio de sementes, por divisão de touceiras ou por estaquia. O solo ideal para o cultivo deve ser argiloso ou arenoso, fértil e profundo. Se a finalidade da colheita for as folhas, deve-se retirálas aos primeiros sinais da formação dos futuros órgãos de reprodução, para evitar a perda dos princípios ativos. Caso a finalidade seja obter as flores, a colheita deve ser realizada assim que estas começam a se formar, pois a planta permanece florida por cerca de sete dias e, após esse período, as flores se tornam muito sensíveis, desmanchando-se e caindo com facilidade. Para melhor conservação, a losna pode ser armazenada seca. Origem: Europa e Ásia. Propriedades: Abortiva, afrodisíaca, amargo, antidiabética, antidiarréica, antidisentérica, antiemética, antiespasmódico, antifebril, antigripal, anti-helmíntica, anti-hidrópica, anti-histérica, antiséptica, aperiente, antipirética, colagogo, digestiva, emenagoga, estimulante, estomacal, eupéptica, febrífuga, fortificante, hepática, psicoestimulante, tônica, vermífuga. .
Indicações: Afecção uterina, anemia, anorexia, ativar a circulação, atonia digestiva, atonia uterina, azia, bexiga, catarros, circulação, cólicas intestinais, cólicas menstruais, convalescença, coriza, diabete, diarréia, dismenorréia, distúrbios digestivos e hepáticos, dispepsias, enfermidades nervosas, envenenamento, escrófulas, espasmo histérico, estimular o apetite, estômago (perturbações gástricas diversas); estimular a secreção dos sucos gástricos, biliares e pancreáticos; febre, flores brancas, fígado, gases, gripe, hidropisia, histerismo, inapetências, indigestão; limpar e regularizar o funcionamento do estômago, fígado, rins, bexiga e pulmões; nevralgias, mau hálito, menstruação difícil e dolorosa, meteorismo, nervosismo, obesidade, prisão de ventre, proteger lãs e cobertores, regularizar o fluxo menstrual, reumatismo, rins, sinusite, tísica, tuberculose, ventosidades, vermes (lombriga e oxiúro, ascaris e amebas), vômito. Princípios Ativos: Os componentes responsáveis pelo uso medicinal da losna ou absinto são um óleo essencial (vermífugo e emenagogo), absintina (responsável pelo sabor amargo), resinas, tanino, ácidos e nitratos. Como planta digestiva e aperitiva, sua ação se dá pelo estímulo à salivação e à produção de sucos gástricos e, por essa mesma razão, não é recomendada para pessoas que apresentam problemas como úlceras e gastrite. Usada corretamente e sem excessos, a infusão da losna pode aumentar a secreção biliar, favorecendo o funcionamento do fígado e, ingerida meia hora antes da refeição, pode agir como estimulante do apetite e auxiliar da digestão. Contraindicações/cuidados: O suco ou extrato não devem ser usados, pois são tóxicos. A infusão elimina parte da toxidez. Não deve ser usado por quem estiver fazendo tratamento radioterápico, gestantes, lactantes, indivíduos de temperamento bilioso ou sanguíneo, nas irritações gástricas e intestinais e nas propensões à congestão cerebral. O óleo essencial, sobretudo a tujona, é tóxico. As bebidas alcoólicas à base da planta são consideradas nocivas à saúde. Usar somente na dose recomendada e durante o tempo de tratamento especificado. Em altas doses deve ser evitado devido aos efeitos tóxicos que pode desenvolver. O consumo prolongado de bebidas à base de absinto, provoca habituação que se manifesta por cãibras, perdas de conhecimento e mesmo perturbações nervosas irreparáveis e destruição dos glóbulos vermelhos. Doses excessivas podem causar alucinações, aborto, convulsões, pertubações da consciência (absintismo: degeneração irreversível do sistema nervoso central). Torna amargo o leite das mulheres que amamentam. Modo de usar: Infusão de uma ou duas colheres de café de caules cortados por chávena de água, três vezes por dia; infusão de 20 g de folhas ou flores em 1 litro de água fervente por 10 minutos. Tomar 1 colher de sopa de hora em hora ou tomar 2 xícaras ao dia, antes ou após as refeições principais; infusão de 5 a 15 g de folhas ou flores por litro de água. Também pode ser aplicada topicamente em articulações inflamadas; vinho - macerar 20 g de folhas ou flores secas em 1 litro de vinho tinto e 2 cálices de aguardente, por 10 dias. Filtrar. Tomar 1 cálice após as refeições; pó - um grama em uma xícara de água, três vezes por dia, antes das refeições; extrato seco - 200 m g /dose, 2 a 3 vezes ao dia, antes das refeições; xarope de um punhado de folhas e flores picadas em 1 xícara das de cafezinho de água fervente. Abafar, coar, adicionar 1 xícara de mel e homogeneizar. Adultos: uma colher das de sopa 3 vezes ao dia; cataplasma - aplicar a folha quente sobre locais doloridos do ventre; massagem com folhas - friccioná-las sobre as partes afetadas (antireumático).
Mil Folhas (GT2; TD3; TC1 e 2) Planta herbácea perene, com rizomas, entouceirada, de 30 a 50 cm de altura. É amplamente cultivada em hortas domésticas em quase todo o Brasil. Existem variedades com flores de coloração variada para fins ornamenais. Seu nome científico vem do herói grego Aquiles que utilizou a planta para curar seu rei durante uma de suas batalhas. Parte utilizada: Inflorescências. Plantio: Pode ser multiplicado por enraizamento de estacas ou por divisão de touceiras. Origem: Além de ornamental é também utilizada na medicina tradicional, cuja origem remonta à idade média na Europa. Propriedades: Diurética, antiinflamatória, anetiespasmódica e cicatrizante. Indicações: É considerada diurética (faz urinar), antiinflamatória, anetiespasmódica (reduz contrações musculares involuntárias), e cicatrizante, sendo empregada internamente contra infecções das vias respiratórias superiores, indisposição, astenia, flatulência, dispepsia, diarréia, febres e como auxiliar no tratamento da gota. É usado externamente contra hemorróidas, contusões, doenças de pele, feridas e dores musculares. Contraindicações/cuidados: O suco da planta fresca em contato com a pele pode desenvolver fotosensibilização (sensibilidade à luz). Modo de usar: Como estimulante das funções digestivas é recomendado na forma de chá, preparado adicionando-se água fervente a 1 colher (de sobremesa) de suas flores picadas, na dose de 1 xícara (de chá), 2 vezes ao dia. Recomenda-se também em uso externo contra prostalite, hemorróidas e fissuras anais, na forma de banho de assento de seu chá frio em exposição mínima de 15 minutos. Contra dores reumáticas, cólicas menstruais e renais, recomenda-se o cataplasma de suas inflorescências em aplicação sobre a área afetada durante 15 minutos, 3 vezes ao dia.
Musgo da Islândia (GTX; TDX; TCX) Planta criptogânica do grupo dos líquens, assim como o seu nome indica, isto é, uma simbiose entre alga e o cogumelo. Parte utilizada: Sumo. Plantio: Incidência em superfícies rochosas, podendo se desenvolver em solos vulcânicos. É resistente ao calor, mas se prolifera com mais facilidade em ambientes úmidos. Origem: Islândia. Propriedades: Aperiente, expectorante, tônico e antiemético. Indicações: Inflamação das vias respiratórias e vômitos intermitentes.
Princípios Ativos: Esta espécie tem principio amargo, o que a torna antiemética. Encerra 70 % de glúcide, um gliconato, a liquelina e um principio amargo, a depsidone, que se chamava antigamente de cotralin.
Contraindicações/cuidados: Estimulante potente de funções neurotransmissoras. Modo de usar: Como antivômito, sob forma de tintura alcoólica de líquen na dose de 50 a 60 gotas por base de 10 por 1.000. Decocção para a tosse, submeter a planta deve ser submetida a uma fervura, despejando-se fora o líquido resultante que encera o principio amargo. Em seguida lava-se na água fria, levando-o novamente ao fogo para ferver durante meia hora. Passa-se e adoça-se o líquido produzido, com açúcar ou xarope.
Acônito (GTX; TDX; TCX) O Acônito é conhecido desde a antiguidade por toda Europa e foi utilizado frequentemente como veneno. Seu nome, Veneno de Lobos, vem da antiga prática dos Anglo Saxões de banhar as pontas de flechas e lanças em extratos de Acônito para usar em caçadas e armadilhas para lobos. A origem de seu nome está relacionada a Akon (ou Aconai), uma antiga localidade da ilha grega Heraclea, local onde a planta é abundante, e de onde se diz que Hércules desceu às regiões infernais. Durante a história, o Acônito tornou-se famoso nos envenenamentos de líderes políticos e sacerdotes. O Papa Adriano VI foi assassinado com Acônito. Alexandre, O Grande também quase foi morto desta forma. É um dos principais ingredientes da poção mata-cão, utilizada para impedir a transformação de lobisomens. O acônito provoca a apoptose das células lupinas, liberadas na corrente sanguínea nas primeiras 5 horas de Lua Cheia. É uma planta da família das Ranunculaceae, também conhecida como, capuz-de-frade, casco-de-júpiter, napelo, anapelo, mata-cão. É uma herbácea perene, de crescimento de até 1 metro de altura, seu caule é reto. É por excelência uma planta ornamental, tendo suas folhas arredondadas, de 50 à 10 centímetros de diâmetro, divididos em 5 à 7 segmentos profundamente lobadas. As flores são roxo escuro para azul violeta, estreitas e oblongas, em forma de capacete, com 1-2 centímetros de altura, e seu fruto é uma vesícula. Existem outras espécies de acônito existentes na Espanha e em Portugal, que são a erva toira (anthora), ou acônito da saúde, e o mata-cão (lycoctonum), que têm a floração amarela. Parte utilizada: Tubérculo. Plantio: Planta de montanha de climas temperados, com particular predilecção por zonas de pasto onde a água é abundante e os solos se mantêm úmidos, mas com boa exposição solar. Propagam-se por semente ou divisão de tubérculos e recomenda-se extremo cuidado no seu manuseamento devido ao fato de todas as partes serem tóxicas. Devem-se colher os tubérculos laterais que se formam na primavera.. Origem: Nativa no oeste e centro da Europa. Propriedades: Analgésico, anticongestivo, anti-inflamatória, antipirético, antitussígino, cardiotônico, descongestionante (vasoconstrictor), diaforético, diurético, sedativo, sudorífero.
Indicações: Nevralgias, doenças inflamatórias, asma, bronquite, congestão pulmonar, coriza, doença inflamatória, febre com delírios, feridas na pele, gota, gripe, hipertrofia do coração, laringite aguda, nevralgia facial, nevralgia lombociática e do trigênio, palpitação nervosa, pneumonia, reumatismo, tosse espasmódica, úlceras. Princípios Ativos: alcaloides (0,3-1,2%): aconitina (30%), mesaconitina, neopelina, hipaconitina, napelina, napelonina; ácidos orgânicos: aconítico, cítrico, tartárico; colina.
Contraindicações/cuidados: O acônito é veneno de ação potente e rápida, não se deve nem tocá-la quando efetuar a colheita, sendo todas as suas variedades venenosas quando a semente já está madura. O uso interno somente deve ser feito sob orientação especializada, em mínimas doses, em combinação com preparados alquímicos de conteúdo de alcaloides. Sendo que a dose letal é de 10 gramas da raiz (equivalente a 2 a 4 g de tubérculo fresco). A intoxicação num primeiro momento traz excitação geral, com parestesia nos lábios, língua e garganta por bloqueio do trigênio, depois alterações gastrointestinais como diarreia, vômitos, falta de ar e sialorreia. Em uma segunda fase se produz hipotermia e paralisia dos músculos respiratórios e bloqueio dos centros nervosos cardiorrespiratórios, que pode conduzir a morte por asfixia em poucas horas. Para tratamento de lobisomens, não deve ser administrada antes da Lua Cheia, e nem após 5 horas dessa Lua. Modo de usar: Em casos de nevralgias e doenças inflamatórias, desenterra-se os tubérculos com as raízes jovens (verão ao princípio do outono). Depois de muito bem limpos cortá-los no sentido do comprimento secálos o mais rapidamente possível à sombra à temperatura de 40º C a 50º C, tomar um copo de água com duas gotas de tintura mãe, a cada duas horas.
Podófilo (GTX; TD3; TC3, 4 e 5) Planta pequena, herbácea, rizomatosa, provista de um talo aéreo de 30 cm de altura, que em seu ápice se divide em duas ramas, cada qual terminada com uma folha palmeadolobulada, em cuja axila nasce apenas uma flor de coloração branca, com 3 sépalos, de 6 a 9 pétalas. Seu fruto é uma baga amarela, com muitas sementes. Parte utilizada: Resina de cor amarela parda, ou amarela esverdeada, extraída do rizoma. Plantio: Plantio feito por estaqueamento. Prefere regiões úmidas e solos frios e arenosos. Origem: É originária da América d Norte, vivendo em estado herbáceo nos bosques caducifólios. Propriedades: Citotóxico, antimicótico, e interrompe a divisão celular na metáfase (podofilina). Antieccematoso (podofilina), colagogo e laxantivo, vulnerário. Indicações: Usado em casos de condilomas e papilomas acuminados, leucoplasias, dermatites de contato, eczemas e herpes simples. Princípios Ativos: A resina, ou podofilino contém derivados de lignina em forma heterosídica (podofilotoxinas; peltatinas e desoxipodofilotoxina, pricropodofilotoxina). Contraindicações/cuidados: Contraindicado em casos de síndrome do cólon irritado. Não utilizável via oral em forma contínua, uma vez que doses maiores que 25cg podem causar envenenamento grave, ou mesmo morte. Os sintomas de intoxicação são náuseas, vômitos, dores abdominais e diarreias.
Modo de usar: Não é recomendado o uso contínuo via oral, devido a sua toxicidade. Extrato fluido ( 1 gota para casos de cólicas; uso tópico, cobrindo as zonas adjacentes de ferimentos, e como pomada inerte para tratamentos de condilomas e papilomas.
Jaborandi (GT1; TD3; TC2 e 5) Arbusto da família das Rutáceas, que pode atingir até 1,5 m de altura. Suas folhas estão repletas de pequenas bolsas secretoras que quando esfregadas soltam um cheiro semelhante ao da laranja. Parte utilizada: Folhas e raízes. Plantio: A reprodução é feita pro sementes, em clima tropical e em solo arenoso. No início da floração colhemse as folhas próximas aos cachos de flores. Se não forem consumidas frescas, as folhas devem ser secas à sombra e em local ventilado. Guardar em recipientes de vidro bem tampados, sacos de papel ou de pano. Origem: América do Sul, especialmente do Paraguai e norte e nordeste do Brasil, ocorrendo principalmente nas encostas pedregosas entre os estados do Piauí, Maranhão, Paraíba e da Amazônia. Propriedades: Antiglaucoma, anti-inflamatória, deprimente cardíaca, diaforética, diurética, emético, expectorante, febrífugo, promotor de salivação, promotor de suor, sialogoga, sudorífico. Indicações: Asma, boca seca, bronquite, caspas, caxumba, desordem ocular, diabete, difteria, edema, glaucoma, gripes, hemorragias, hepatites, hidropisias renais, insuficiência urinária, intoxicações urêmicas, laringite, leucorreia, nefrite, paralisias renais, pleurisia, pneumonia, queda de cabelo, reumatismo, seborreia. A pilocarpina pode aumentar secreções como suor e a saliva. Princípios Ativos: 2-undecanone, alfa-pineno, isopilocarpidina, isopilocarpina, isopilosina, jaborine, jaborandine, jaboric, limonene, myrcene, ácido pilocarbic, pilocarpidina, pilocarpina, pilosina, sandaracopimaradiene, vinyl-dodecanoate. - folhas: pilocarpina, pilosina, pilocarpidina; - óleo essencial: metilnonilchetone, eptilmetilchetone. Contraindicações/cuidados: A pilocarpina ( substância ativa ) é destruída com a ebulição, devendo ser utilizado a maceração ou infusão; como a jaborine, no organismo, tem efeito antagônico ao da pilocarpina, o uso interno, da mesma, é mais seguro em forma comercial (purificada), sob acompanhamento de medibruxo. O uso interno de macerado ou infuso só deve ser praticado com acompanhamento especializado. Modo de usar: a) Gripes; bronquites agudas; pleurisia; nefrite crônica; nevralgias, reumatismo e gota : em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de chá de folhas picadas e adicione a água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, de manhã e outra à tarde. b) Gripes; bronquites agudas; pleurisia; nefrite crônica; nevralgias, reumática e gotosa : coloque 2 colheres de sopa de folha picadas em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 8 dias e coe. Tome 1 colher de café, diluído em um pouco de água, de 2 a 3 vezes ao dia. c) Expectorante: coloque 1 colher de chá de folhas bem picadas em 1 xícara de café de água fervente. Abafe e deixe em repouso por 10 minutos. Coe e acrescente 2 xícaras de café de açúcar cristal. Leve ao fogo brando somente para derreter o açúcar. Tome 1 colher de sopa, 3 vezes ao dia. Para crianças dar somente metade da dose. d) Tônico capilar: em um recipiente, coloque 2 colheres de sopa de tintura de jaborandi, 1 xícara de café da tintura de quina, 1 xícara de café de run e 1 colher de sobremesa de óleo de rícino. Misture bem, até obter um líquido homogêneo. Agite antes de usar, para que o óleo se incorpore aos demais ingredientes. Aplique no couro cabeludo, massageando bem, um pouco antes de lavar a cabaça com água morna. Faça aplicações, 2 vezes na semana.
Canela (GT2; TD3; TC3, 4 e 5) A caneleira é uma pequena árvore com aproximadamente 10–15 m de altura, pertencendo à família Lauraceae. As folhas possuem um formato oval-longo com 7–18 cm de comprimento. As flores, que florescem em pequenos maços, são esverdeadas e possuem um odor distinto. A fruta, arroxeada, com aproximadamente 1 centímetro, produz uma única semente. A canela é a especiaria obtida da parte interna da casca do tronco. É muito utilizada na culinária como condimento e aromatizante e na preparação de certos tipos de chocolate e licores. Na Alquimia e na Medibruxaria, empregada como os óleos destilados, é conhecida por 'curar' resfriados. O sabor e aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído. Parte utilizada: Óleo essencial e casca desidratada. Plantio: Pode ser multiplicado por enraizamento de estacas. Preferência por solos frios e arenosos.
Origem: É nativa do Sri Lanka, no sul da Ásia. Propriedades: Adstringente, afrodisíaca, antiescorbútica, antiespasmódica, antileucorréica, anti-reumática, anti-séptica, aperiente, aromática, cardiotônica, carminativa, catamenial, digestiva, estimulante, galactagoga, hipertensora (suave), piolhicida, sedativa, tônica, vasodilatadora Indicações: Amenorreia, calafrios, choques, diarreia, dismenorreia, doenças atônicas do estômago, dores de cabeça e estomacais, escrófulas, espasmo, extremidades frias, febres adinâmicas, gás intestinal, gripe, hemorragias de partos, hipotensão arterial leve, inflamações do rosto, metrorragias, paralisia da língua, pressão baixa, queimaduras por frio, respiração ofegante, reumatismo, tosses, ulcerações da gengiva e mucosa da boca, úlceras estomacais por stress, triglicerídeos, vômitos nervosos. Contraindicações/cuidados: Altamente abortiva e pode provocar irritações na pele. Modo de usar: condimentar comidas e bebidas; Infusão: 1 a 3 g de canela em uma xícara; Tintura; Alcoolatura; Vinho: macerar durante 30 dias 30 g de casca em 500 ml de vinho licoroso. Coar e tomar 1 cálice duas vezes ao dia, antes das refeições (tônico e digestivo); Infusão piolhicida: ferver 2 xícaras das de chá de água e derrame sobre 2 cascas de canela em uma vasilha. Abafar por 15 minutos. Lavar a cabeça (com água e sabão), enxaguar com o infusão de canela. Secar o cabelo e passar um pente fino.
Quinquina (GT3; TD2 e 3; TC2, 3 e 5) A quinquina é um arbusto ou uma pequena árvore da família das Rubiaceas, originária da América do Sul. A quinquina ou Kina-kina era importado na Europa sob o nome "casca do Peru". Foi neste país que os indígenas descobriram as suas propriedades antimaláricas. Esta casca deve a sua denominação à mulher do vicerei do Peru, condessa de Chinchon, que havia se curado com o emprego desta casca. Ela facilitou a introdução desta droga na Espanha onde levou o nome de "pó da condessa". Posteriormente, foi comercializada pelos jesuítas, passando a ser chamada de "pó dos jesuítas". Outras espécies de Cinchona, entre elas a quinquina vermelha e a quinquina amarela, produzem também o quinino. Parte utilizada: Pó de cascas e ramos novos. Plantio: Pode ser multiplicado por enraizamento de estacas. Preferência por solos úmidos e argilosos. Origem: América do Sul. Propriedades: Adstringente, antitérmica, cicatrizante, vulnerária, febrífuga, antimalárica. Princípio ativo: Quinina. Indicações: Febre, espasmo, reduz o batimento cardíaco, neuralgia, fibrilação cardíaca, garganta dolorida, malária (principal indicação), dispepsia, feridas, calvície, gota, malária. Contraindicações/cuidados: O uso em excesso causa cinchonismo (enxaqueca, brotoeja, dor abdominal, surdez, cegueira). Modo de usar: Decocção de 2 colheres de sopa de cascas secas picadas em 1 litro de água (ferver durante 15 minutos) usando-se. 3 xícaras das de chá ao dia; Uso externo, compressas, loções; Tintura: à trigésima dinamização.
Quina Vermelha (GT1; TD1; TC2 e 5) Planta da família das Rubiáceas, também conhecida como chichona vermelha, casca eruana e casca dos jesuítas. São conhecidas como quina a casca que cobre o tronco e as ramificações dessa árvore. Existem várias espécies da família da Rubiáceas, tais espécies são ricas em quinino, indicado no tratamento da malária. Arbustos e árvores sempre-verdes que chegam a alturas de 15 a 30 metros. (o regiões da A cápsula oblonga da semente mede aproximadamente 3 cm de comprimento e, quando maduras, racham na base.) Cada cápsula contém 40 a 50 pequenas sementes que são tão claras e tão leves que é necessário aproximadamente 75000 sementes para obter 3 g. O principal composto químico, a quinidina é encontrada em todas as espécies citadas acima, da Família Rubiaceae.
Parte utilizada: Folhas, casca da raiz, casca dos ramos, casca do tronco. Plantio: Pode ser multiplicado por enraizamento de estacas. Preferência por solos úmidos e argilosos. Origem: São encontradas em cultivo na África e no Sudeste asiático e em áreas montanhosas e tropicais das Américas central e do Sul, incluindo Bolívia, Costa Rica, e Peru. Propriedades: Febrífuga, antimaláricas, tonificante, adstringente e cicatrizante. Princípio ativo: Alcaloides, taninos , essências e princípios amargos e Quinino. Indicações: Suas propriedades terapêuticas estimulam as funções intestinais, gástricas e hepáticas. Contraindicações/cuidados: Contraindicada para gestantes, nutrizes, crianças. Doses elevadas, pode provocar dores de cabeça, tontura, surdez e irritação gástrica. Os efeitos adversos são diretamente relacionados à dose; o quinino é relacionado a quinidina, a fibrilação ventricular, demora nas aberturas valvulares do coração, entre outros dificuldades cardiácas. Modo de usar: Folhas em infusão (problemas urinários); sumo das filhas (prisão e dores de ventre); folhas e casca em infusão (febre, dor de dente, sarampo, malária, estimulante do apetite, fadiga geral, diarreia, desinteira, dor de garganta, prevenção de gripe e resfriado, palpitações do coração, funções cardíacas, hemorroidas); cascas (convalescência). Uso externo: folhas esfregadas contra o corpo (coceira) e folhas e casca em infusão (adstringente para a garganta).
Samambaia (GT2; TD2; TC3 e 5) A samambaia é um feto vivaz que atinge de 1 a 1,5 m de altura, suas folhas lanceoladas nascem diretamente do rizoma. Possui o caule fino, esverdeado, revestido de pelos, com muitas folhas de tamanho variável. Parte utilizada: Rizoma e raiz. Plantio: Os fetos são plantas vasculares que não produzem sementes e se reproduzem-se por esporos, que dão origem a um indivíduo geralmente insignificante e de vida curta (o protalo), que por sua vez produz gâmetas para dar origem a uma nova planta. As plantas totalmente desenvolvidas são formadas por um caule, normalmente um rizoma. As folhas, chamadas frondes neste grupo, são muitas vezes compostas ou recompostas, ou ainda em forma de língua e possuem, na sua face inferior (ou abaxial), pequenos órgãos chamados soros, que contêm os esporos. As samambaias têm preferências por solos ricos em húmus, e preferem regiões tropicais, úmidas e com alta incidência de chuvas. Origem: América Latina. Propriedades: Vermífuga, males do fígado e antirreumático. Princípio ativo: Filicilina. Indicações: O rizoma ou broto é muito usado para combater a tênia. Contraindicações/cuidados: Desaconselhável para quem sofre de anemia, gastrite, úlcera duodenal ou cardiopatias. Modo de usar: 5 gramas num copo de água fervente. O broto deve ser colhido quando ainda possui bastante suco e usado assim fresco em doses pequenas.
Louro (GT1; TD2; TC3 e 5) Árvore da família das Laureáceas, também conhecido como louro de Apolo, loureiro nobre e loureiro de molho, planta de folha perene, lanceoladas, brilhantes na face superior e fosca na inferior. Suas flores são pequenas de cor brancas ou amareladas, que pode atingir de 2 a 6 metros de altura. fruto é uma baga oval, como uma azeitona, inicialmente de cor verde e quando maduro adquire uma coloração negra brilhante, contendo uma semente só. As flores masculinas e femininas crescem em plantas separadas. As folhas verdes emanam um odor aromático característico, e quando mastigadas possuem um sabor amargo e um pouco acre. Quando secas o sol é levemente picante e balsâmico. O fruto é acre e picante. Sua reprodução é feita por sementes ou por estacas dos ramos, de preferência em solos drenados, férteis, ricos em matéria orgânica, abrigados de vento fortes e geadas, e que recebam uma boa dose de luz solar. As folhas podem ser colhidas sem o pecíolo, quando estiverem desenvolvidas, em qualquer época do ano, e os frutos somente quando estiverem maduros. Parte utilizada: Folhas e frutos. Plantio: Não exigente em solos. Responde bem a irrigação e a um solo bem preparado, drenado e sem acidez. Planta-se no final da primavera e no verão em covas com 1,2m de distância entre plantas. Seu cultivo é feito por meio de semeadura e estaqueamento. Após a coleta, as folhas, sem o pecíolo e os frutos devem ser secos à sombra e em local ventilado, posteriormente guardados em sacos de papel, pano ou em vidros. Origem: Ásia menor e foi introduzida nas regiões do mar Mediterrâneo. Adapta-se bem nas regiões de clima temperado, inclusive no Brasil. Propriedades: Aperiente, eupéptico, carminativo, diurético, emenagogo, antirreumático e anti-inflamatório.. Indicações: Facilita a digestão, combate a inapetência, regula o ciclo menstrual. As bagas são usadas no bálsamo de Fioravanti, que é aplicado em reumatismos. Princípios Ativos: Princípios amargos, taninos e um óleo essencial. Modo de usar: Em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa da folha e 1 colher de sobremesa da casca, ambas fatiadas, e adicione água fervente. Abafe, espere esfriar e coe. Tome 1 xícara de chá, de preferência, à noite. Deve ser evitado o sereno noturno (resfriados); Coloque 1 colher de sobremesa da parte branca e 1 colher de sobremesa da casca, ambas fatiadas, em 1 xícara de chá de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos. Coe e espere esfriar. Tome 1 xícara de chá, de 2 a 3 vezes ao dia (circulação).
Nogueira (GT1; TD2; TC1 e 3) Dessa árvore se extrai a noz usada para a produção de óleos usados para a coloração de móveis e varinhas. Planta da família das juglandáceas, é muito conhecida, apresentando casca de cor acinzentada, com folhas de longo pecíolo. O fruto é uma drupa, envolto em uma casca verde, que se torna preta ou marrom escura quando amadurece. A parte comestível do fruto é constituída pela noz, que serve ainda para a fabricação de um óleo muito apreciado em algumas regiões. Os romanos associavam a forma da amêndoa ao cérebro de Júpiter e conta uma lenda que Mitríade, famoso rei grego, imunizou-se contra venenos mediante o uso de nozes. Durante muito tempo seu uso foi associado a moléstias da cabeça, devido a seu formato de cérebro humano. Parte utilizada: Folhas, sementes, casca do caule e casca das nozes. Plantio: Plantio feito a partir de mudas. Prefere solos ricos em humos, e regiões mais frias. Embora necessite de momentos de incidência solar, se adapta melhor a locais sombreados. Origem: Índia. Propriedades: Adstringente, antisséptica, cicatrizante, tônica, vermífuga e hipoglicemiante. Princípio ativo: Taninos, inosita, juglona, jugladina, minerais resinosos e pécticos. Indicações: A infusão das folhas da nogueira faz baixar as taxas de açúcar, e essa mesma infusão pode também ser usada externamente para o tratamento de afecções da pele. É indicada ainda para combater parasitoses, a partir da infusão das cascas dos frutos ainda verdes, sendo também recomendada para esgotamento, astenia e transtornos do sistema nervoso. Contraindicações/cuidados: Não indicada para pessoas de estômago sensível a taninos. Pode causar mal-estar, crises eméticas e ainda desencadear reações de hipersensibilidade, como irritação dérmica ocular. Modo de usar: O pericarpo retirado das nozes maduras é seco ao sol, em finas camadas, até que adquira a cor castanho escura, e sua infusão é utilizada para afecções cutâneas. Também são usados os falíolos novos, após secagem, por infusão para alívios estomacais. A noz também pode ser consumida in natura. A decocção de 10g de cascas e raízes em um litro de água são utilizadas contra dermatites e frieiras. A essência das cascas também pode ser utilizada como repelente contra insetos, bem como servir de ingredientes para poções de proteção solar.
Pinheiro Barnabás (GTX; TDX; TCX) É uma conífera originária da Grã-Bretanha. Recebeu esse nome devido a uma lenda antiga sobre um poderoso e maligno bruxo chamado Igor Barnabás, o qual fora derrotado por Merlin e sucumbido em tal duelo. É uma espécie de pinheiro que em determinadas épocas do ano adquire uma cor avermelhada, e tem raízes firmes, longas, elásticas e pegajosas. Parte utilizada: Nenhuma. É apenas ornamental e extremamente raro. Plantio: Diferente de muitas coníferas, seu plantio não se dá a partir de mudas, nem mesmo por estaqueamento. Germina a partir de uma semente esférica, cuja textura lembra a de um caroço de pêssego. Essas sementes são muitos raras e altamente tóxicas, sendo seu manejo controlado pelo Ministério da Magia. Origem: Grã-Bretanha. Propriedades: Tóxica. Indicações: Não é indicada para usos medicinais. Contraindicações/cuidados: Suas raízes são produtoras de uma rezina que se assemelha ao sangue humano, sendo extremamente ácida, podendo provocar graves queimaduras. Modo de usar: Sua utilização é atualmente proibida pelo Ministério da Magia.
Beladona (GTX; TDX; TCX) Da família das solanáceas, é um arbusto cujos frutos são semelhantes a cerejas escuras, os quais encerram os alcaloides atropina, hiosciamina e ascapolamina. O primeiro é usado sobretudo para tratamentos oftalmologicos, e os demais no tratamento de doenças nervosas. A principal característica da flor de beladona é que sua flor possui um formato de estrela, normalmente com 6 pontas. Além disso, ela é uma flor que possui profundidade, ou seja, as pétalas crescem sobre um pistilo mais alongado – o famoso “copinho”, que dá mais corpo à flor e onde fica a parte reprodutiva da beladona. Suas pétalas também não possuem largura homogênea, sendo mais largas na base e progressivamente mais pontiagudas, ajudando ainda mais no formato de estrela. Outra característica que faz essa flor atrair o interesse de muita gente é o seu perfume doce e agradável. Sendo um pouco mais leve, a beladona é ideal para perfumar o ambiente de maneira bastante sutil e pontual. A parte tóxica dessa planta é o bulbo, que é uma espécie de raiz para o seu desenvolvimento. Apesar de sua beleza e até mesmo de suas boas propriedades não são raros os casos de pessoas que morrem intoxicadas com essa planta. Especialmente quando utilizada como alucinógeno em forma de chá, essa planta possui uma toxidade bastante preocupante. Parte utilizada: Flores e folhas. Plantio: O cultivo dessa planta é feito com o bulbo e por isso é importante ter cuidado no manuseio para evitar possíveis intoxicações. Necessita de uma terra rica em nitratos e que tenha passado por um processo de adubação. A terra e a planta também precisam ser regadas de maneira frequente, mas sem exageros. O local ideal para cultivar essa planta é o com incidência solar direta. A floração ocorre no período que vai do outono ao final do inverno, indo de maio a agosto. Origem: Europa, África e Ásia ocidental. Propriedades: Antiasmática e relaxante. Princípio ativo: Contêm 1% de alcaloides derivados do tropano (hiosciamina, atropina), ácido atrópico, beladonina e escopolamina. Indicações: Os principais efeitos incluem o efeito analgésico, espasmolítico e inibidor de secreção. A beladona é muito utilizada como relaxante muscular, para dores vesiculares, crises de asma e também para a dilatação de pupilas em exames oftalmológicos. Em casos menos comuns a beladona também é utilizada para problemas de digestão ou do sistema nervoso que sejam bastante específicos.
Contraindicações/cuidados: A atropina (alcaloide) é de uso perigoso, pois torna toda a planta extremamente venenosa. Essa planta nunca deve ser usada por bruxos despreparados, em poções de uso doméstico. Sua utilização é extremamente monitorada pelo Ministério da Magia. São conhecidos casos de envenenamentos mortais em crianças e em adultos, que confundem as bagas da beladona com as do mirtilo; não se deve lançar mão dela, nem em quantidades pequenas, sem a supervisão de um especialista. O simples fato de manipulá-la pode ser perigoso. Tem efeitos psicoativos, provocando alucinações, náuseas, cegueira; a ingestão de dez bagas é mortal. Os efeitos colaterais, entretanto, incluem disfagia, taquicardia, hipertensão, náuseas, vômitos e perda de consciência. Embora a região mais tóxica seja a sua raiz, a ingestão de apenas uma ou duas folhas e de alguns frutos já pode ser o suficiente para causar um envenenamento irreversível. Exatamente por causa dessa capacidade é que a beladona é considerada uma das flores mais venenosas e tóxicas encontradas atualmente. Modo de usar: Cigarros de beladona (abrandar os acessos de asma, bronquite e coqueluche); pomadas (diminuir a dor dos pacientes com caxumba, reumatismos e outras nevralgias); internamente (cólicas intestinais e renais); externamente (pomadas e cataplasmas); tintura (ingestão de dose máxima diária: 50 gotas); extrato fluido (ingestão de dose máxima diária: 5 gotas).
Meimendro-negro (GTX; TD4; TCX) Na mitologia grega, os mortos que vagavam as margens do Styx eram coroados com meimendro-negro, por causa de sua capacidade de fazer esquecer a vida real, preparando assim as almas para a vida não terrena. Advinhos gregos respiravam a fumaça do meimendro, a fim de prever o futuro. Atualmente é muito utilizada em técnicas divinatórias, pois aguça as potencialidades preditivas. Na Alquimia produz ingredientes utilizados em poções de sono, de esquecimento e de indução mental. Parte utilizada: Toda a planta. Plantio: As folhas são colhidas no segundo ano, quando a planta está em flor, as sementes são colhidas maduras. Se as folhas estão machucadas, eles emitem um forte odor de narcóticos, como o tabaco. Princípio ativo: Hiosciamina. Origem: Europa. Propriedades: Analgésico, antiespasmódico, diurético, alucinógeno, hipnótico, narcótico e sedativo. Indicações: Para utilização como sedativo, ele é considerado melhor do que o ópio, uma vez que não produzem constipação. É utilizado principalmente para causar sono, e remover ação nervosa irregular. Contraindicações/cuidados: Meimendro-negro é um narcótico poderoso, mas, se não for usado de forma abusiva e inadvertida, é considerado moderadamente venenoso. Esta planta nunca deve ser usada, sob quaisquer circunstâncias, sem a orientação de um especialista. Modo de usar: A partir de orientação especializada, infusão de folhas, combinada com outras ervas, é excelente para gota, reumatismo, asma, tosse crônica, neuralgia e irritações dos órgãos urinários.
Arnica Montanhesa (GT2; TD3; TC2, 3 e 5) Planta da família das asteracea. O nome arnica significa pele de cordeiro, aludindo ao tato de suas folhas, suaves e peludas. A arnica montana, nada tem a ver com as ditas “arnicas brasileiras”, de nomes científicos Solidago microglossa e Porophylum ruderale, entre outras. As semelhanças entre elas são algumas de suas indicações e contraindicações para uso interno. Erva perene, cresce entre 30 e 60 cm de altura, apresentando folhas ovaladas ou lanceoladas, opostas, formando uma roseta próxima ao solo. Suas flores são margaridas amarelo brilhantes e seu fruto é um aquênio pardo com papilo branco. Parte utilizada: Rizoma, flores e folhas. Plantio: Planta que vegeta em grandes altitudes, podendo chegar até a 2.000m. É de ciclo anual, de porte baixo, com folhas lanceoladas, de coloração verde claro. Suas flores são amarelas, que se destacam da relva. A multiplicação se dá por sementes. Origem: Nativa das regiões montanhosas da Europa e da região da Sibéria. Era muito encontrada em estado nativo nas regiões dos Alpes. Princípios ativos: Glicosídeos flavonoides: betuletol, eupatofilina, glucoronídeos flavonólicos, hispídulina, isoramnetina, luteolina, ptauletina, espinacetina, tricina, caempferol, quercetina, derivados kaempferol e quercetínicos, jaceosidina, 3,5,7-trihidroxi-6,3,4,-trimetoxiflavona, pectolina-arigenina; Álcoois isoméricos: arnidiol e foradiol; Terpenóides: arnifolina, arnicolidôo, e sesquiterpenos - helenalina e derivados; Aminas: bataina, colina, trimetilamina; Cumarinas: scopoletina e umbeliferona; Mucilagem: inulina; Polissacarídeos: proteína ácida arabino-3,6-galactano, fucogalacto-xiloglucano neutro e heteroglicanos ácidos; óleos essenciais: timol e seus derivados; Ácidos graxos: palmítico, linoleico, mirístico e linolênico; Princípio amargo: arnicina; Ácido cafeico; arotenóides: a e beta-caroteno, criptaxantina, luteina; Fitoesteróides; Resinas; taninos; Antoxantina. Propriedades: Antisséptica (antimicrobiana), cardiotônica, adstringente, anticaspa, anestésica e antiinflamatória. Indicações: Atualmente o seu principal uso em forma de pomada é combater os primeiros sinais das contusões do trabalho repetitivo. A arnica possui as propriedades medicinais devido aos flavonoides, sendo muitos e variados seus usos. Dentre os principais podemos citar: cicatrização de ferimentos superficiais, combate de hemorragias leves, além de ser um ótimo anti-inflamatório natural de uso externo. Com propriedades analgésicas, a arnica é rápida e eficaz no alívio de hematomas, entorses e lesões desportivas, e na cicatrização de feridas pós-operatórias ou de tratamentos dentários.
Contraindicações/cuidados: A arnica não deve ser utilizada por via oral, por ser comprovadamente hepatotóxica. O uso em excesso poderá produzir eritema e queimação (uso tópico), além de náuseas, vômitos, traquicardia, hepatotoxidez e depressão (uso interno). Potencializa os riscos de sangramento e/ou altera a função plaquetária quando usada concomitantemente com: Angélica, erva-doce, assa-fétida, boldo, pimentas, aipo, camomila, cravo-da-índia, feno-grego, tanaceto, alho, gengibre, ginkgo, ginseng, castanha-da-índia, raizforte, alcaçuz, ulmária, cebola, papaína, maracujá, acácia, cúrcuma, salgueiro. Pode alterar o tempo de protrombina e tromboplastina. Não deve ser usada internamente, nem em gargarejos, olhos e nariz; não deve ser usada sobre feridas abertas ou cortes na pele. A tintura deve ser diluída antes de seu uso tópico. O uso interno pode causar coma e morte, e em quantidades acima das prescritas ou em formas terapêuticas não aconselhadas pode causar vômitos, gastroenterite, sonolência, dispneia e parada cardíaca. Lavagem gástrica, indução do vômito e medidas de suporte, de acordo com os sintomas, deverão ser tomadas, podendo haver necessidade de assistência ventilatória. Modo de usar: Diluir a tintura (geralmente das raízes) a 10% em água para compressas. 20g de flores para cada 11 de água em infuso ou decocto, para compressas e banhos. Com as flores frescas preparam-se cataplasmas e unguentos. Extratos glicólicos de flores ou raízes são usados em cosmética.
Tília (GT4; TD3; TCX) Planta da família das Tiláceas, uma árvore grande de até 20 metros, de copa ramificada de folhas caducas dentadas e flores esbranquiçadas ou amarelas. Muito plantada em jardins e parques, a tília tem flores que perfumam o ar nas noites de Verão. O seu aroma delicado atua de modo semelhante à infusão feita com as flores, acalmando as mentes agitadas e aliviando dores de cabeça de tensão, enxaquecas e congestão dos seios nasais. As abelhas gostam muito das flores da tília, que estão cheias de mel, e às vezes também recolhem o "orvalho de mel", que, depositado pelos pulgões, cobre as folhas no Verão. Na Lituânia, fazem-se buracos em árvores grandes, que as abelhas depressa convertem em colmeias e favos, que são recolhidos quando estão cheios. Na Polônia, esse mel é considerado um ótimo remédio para problemas dos pulmões e atinge preços muito elevados. Parte utilizada: Casca da árvore e flor. Plantio: Plantio feito a partir estaqueamento. Se desenvolve bem em solos secos e pobres, produzindo efeito regenerativo na terra. Também é resistente a incidência direta de raios solares e altas temperaturas. Origem: Embora seja de origem europeia, se desenvolve particularmente bem nas Américas. Propriedades: Sedativa, diurética, sudoríficas, anti-inflamatórias, antiespasmódica e vasodilatadora. Indicações: Usada em casos de nervosismo e ansiedade, pois é excelente sedativo e calmante para os nervos. É antiespasmódica e diaforética por excelência. É indicada nos catarros brônquicos, bronquites, asma, gripe e tosse rebelde das crianças. A flor e a casca tem o efeito vasodilatador e suavemente hipotensor. Princípio Ativo: Mucilagem (em abundância); Óleo Essencial: farnesol, geraniol e eugenol; flavonoides: tilarosídeo, astragalosídeo, rutosídeo, heterosídeo e quercetosídeo; Leucoantocianosídeos; Ácidos Orgânicos: cafeico, clorogênico, p-cumarínico; Vitamina C; Magnésio. Contraindicações/cuidados: Doses acima das usuais podem promover náuseas e vômitos. O uso de flores muito velhas pode causar irritação dérmica e ocular. Contraindicada para pacientes que sofram de obstrução das vias biliares. Não é recomendada a administração onde o paciente esteja fazendo tratamento com anticoagulante. Modo de usar: Flores - infusão de uma colher de sopa por xícara de chá de água. Tampar e deixar por 10 minutos. Dois a quatro xícaras ao dia; Casca sem cortiça - Decocção de 30 g/l, ferver por 15 minutos, dois a quatro xícaras de chá ao dia, meia hora antes das refeições. Fazer uso descontínuo semana sim, semana não; Infusão para uso externo - 300 a 600 g em quatro litros de água. Deixar 30 minutos e adicionar à água do banho.
Linho (GT1; TD2; TC2 e 3) Planta da família das Lináceas. Herbácea anual de 40 a 80 cm de caule ereto, folhas alongadas e estreitas. Suas flores são azuis claras e seu fruto é uma cápsula globulosa com 10 sementes de cor escura e sabor adocicado. Possui grande aproveitamento, especialmente na fabricação de tecidos. Cultivada como alimento nos climas temperados, a linhaça é um suplemento alimentar importante e de fácil acesso. Fonte de proteínas e de óleos ômega 3, também contém níveis elevados de fitoestrógenos aproximadamente 10 vezes mais do que outras sementes, sendo um bom remédio para a menopausa. Parte utilizada: Sementes. Plantio: Cultivo por semeadura. A semente de linhaça cresce melhor no solo que é bem drenado e contém uma grande quantidade de matéria orgânica. A linhaça também não deve ser cultivadas no mesmo lugar todos os anos, mas fazendo um rodízio da plantação. Isto limitará as doenças e melhorará o rendimento. Os solos que são pesados em argila, muito cascalho, ou secos e arenosos não irão funcionar nesse cultivo.
Origem: Cultivada como alimento em África desde os primórdios da humanidade, a linhaça foi levada para a América do Norte devido às fibras do caule, usadas para fazer linho e papel. Propriedades: Laxante, emoliente, demulcente e estrogênico. Indicações: As sementes moídas ou partidas são excelentes para incluir na alimentação: tome 1-2 colheres de sopa por dia, com cercais ou iogurte. Como as sementes absorvem grandes quantidades de líquido, beba também um copo de água. O ácido alfa-linolénico e o óleo ómega-3 presentes nas sementes são semelhantes aos óleos de peixe. Com níveis elevados de fitoestrógenos, a linhaça é um suplemento útil para os sintomas da menopausa, tais como os acessos de calor e as dores de cabeça. Guarde as sementes moídas ou partidas num recipiente hermético e no frigorífico para os óleos não ficarem rançosos. Use no espaço de duas ou três semanas. A linhaça é um excelente laxante, sendo segura e eficaz para a obstipação crônica. Mergulhe um colher de sopa de sementes em pelo menos 5 vezes o volume das mesmas de água quente. Deixe algumas horas e engula, de preferência bebendo mais água. A mistura resultante costuma ser útil para a obstipação e pode aliviar hiperacidez gástrica e diarreia. Problemas prolongados, como o refluxo gastroesofágico e a esofagite, a úlcera péptica e a obstipação crônica, deverão precisar de um tratamento contínuo. As sementes de linhaça demolhadas tal como se descreve para os problemas digestivos (acima) aliviam os pulmões e as vias aéreas e podem ser úteis para problemas como bronquite, pleurisia e enfisema. Também se podem usar as sementes sobre o peito em cataplasma para aliviar bronquite com congestão. Contraindicações/cuidados: O óleo contido na farinha de linhaça cria ranço muito rapidamente, provocando irritação da pele. Use sempre farinha recente para preparar cataplasmas. Dilua sempre em pelo menos 5 vezes o volume de água. As sementes verdes podem ser tóxicas. Modo de usar: Cataplasma quente das sementes amassadas sobre abscessos, resfriados, dores em geral, inflamação dos brônquios, pulmões, tumores, febres.
Cálamo (GT1; TD1; TC2) Planta da família das Araceae, também conhecido como junco de cobra, cana cheirosa e cana odorífera. Cálamo é uma planta aquática que tem o tronco subterrâneo e raízes (tubérculos) chatas, finas. Este tronco tem gosto amargo e é bastante aromático. É excitante e usado contra , bronquites, catarros e problemas digestivos. Tem pequenas flores brancas, aglomeradas, usadas para afugentar traças. A planta toda é usada como diaforética e diurética, além de ajudar a eliminar gases intestinais. Parte utilizada: Rizoma e raiz. Plantio: Plantio feito a partir de mudas, preferem solos arenosos e secos, sendo altamente resistentes tanto a temperaturas altas, quanto baixas. Origem: É originário da Índia e África, mas encontrado no mundo todo. Propriedades: Diaforética e diurética, além de ajudar a eliminar gases intestinais. Princípio ativo: Óleos essenciais - R-asaronio, B-asaronio, asaronio, acoronio (amargo), B-gurjunios, ZZ-deca4,7-dienal (odorifico); Resinas; taninos Indicações: Bronquites, catarros e problemas digestivos. Contraindicações/cuidados: Deve ser evitado na forma de banhos ou massagem corporal por gestantes. Não se deve consumir o rizoma sem ter sido desidratado. O óleo essencial não deve ser usado durante a gravidez, lactação, crianças menores de dois anos. Ele é tóxico sobre o sistema nervoso central. Também é considerado cancerígeno. Fazer tratamentos descontínuos. Não deve ser usado por longos períodos experiências com animais mostraram efeito cancerígeno do uso prolongado do óleo de cálamo. Modo de usar: Infusão de 30 g de rizoma em um litro de água fervente. Após esfriar beber três xícaras ao dia. Usar também como colutório (hidropisia hepática); Decocção de 20 g de rizoma por litro de água, por 10 minutos, deixar em maceração por 6 horas. Aplicar em forma de compressas quentes; Folhas em decocção (doenças dos olhos em geral, afrodisíaco, amargo, aperitivos). As folhas têm menor quantidade de princípios ativo; Maceração de 10 g de rizoma em pedaços, em 50 ml de álcool a 70º por cinco dias. Espremer, filtrar e colocar em vidro munido de conta gotas. Tomar 5 gotas em água, antes das refeições (tônico); Tintura, macerar 25 gramas de rizoma em pó, por seis dias, em 100 g de álcool a 65º. Adicionar 50 g da tintura a 950 ml de vinho tinto. Beber em cálice, dez minutos entes das refeições principais (anorexia); Suco na cura de feridas e inchaços; Pó do rizoma (insetífugo, inseticida, afecções do fígado e dos rins, na icterícia e na anemia); Banho de imersão - ferver 3 colheres das de sopa do rizoma seco em 1 litro de água, por 30 minutos. Coar e adicionar à água da banheira. Permanecer em imersão por 20 minutos, à noite, antes de deitar (relaxamento); máscara tonificante: ferver 2 colheres das de sopa do rizoma em pó em 200 ml de água, por 10 minutos. Deixar esfriar e adicionar arroz em pó até obter uma massa consistente. Aplicar sobre o rosto previamente limpo, deixando por 15 minutos. Retirar com água morna; Compressas como coadjuvante no tratamento de tumores ganglionares; Máscaras de beleza (tonificar a pele); Dentifrícios ou gargarejo de infusão (higiene bucal para promover a assepsia); Cremes ou géis para repelir insetos.
Malva Rosa (GTX; TD4; TCX) Plantada da família Malvaceae, se desenvolve bem em diferentes tipos de solo. A malva-rosa é uma planta herbácea e bienal, conhecida pelo seu florescimento vistoso e suas propriedades medicinais. Seu porte é alto para uma florífera, atingindo cerca de 1 a 1,5 metros de altura. Suas folhas são cordiformes e lobadas, pubescentes, ásperas, rugosas e verde-claras, que se tornam progressivamente menores em direção ao topo. As flores surgem em espigas fortes, eretas e altas, que dificilmente necessitam de tutor. As características das flores dependem do cultivo, e elas são grandes, podendo ser simples ou dobradas, com margens lisas, recortadas ou crespas e em diversas cores, como o rosa, o vermelho, o amarelo, o branco, o violeta e até mesmo o preto, cor muito rara em flores. A floração se estende pelo inverno e primavera. Parte utilizada: Flores (das variedades escuras), folhas e raízes. Plantio: Cultivada por semeadura, não é exigente quanto a tipo de solos, embora não se adeque a solos vulcânicos. Apesar de bienal, ela é plantada anualmente, pois perde a beleza no segundo ano. Devido a facilidade de propagação a malva-rosa forma colônias naturalmente com o passar dos anos e não precisará ser replantada a cada outono. Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, bem estercado e irrigado periodicamente. Não tolera solos pesados, argilosos, nem encharcamento. Prefere o clima ameno, tolerando o frio subtropical. Multiplica-se facilmente por sementes. As plantas jovens, devem ser protegidas do inverno rigoroso. O beliscamento efetuado nas mudas, reduz o tempo até a floração e estimula a formação de maior número de hastes florais. O florescimento somente ocorrerá no ano seguinte ao plantio. Origem: Índia. Pincípio ativo: Antocianinas, mucilagem, taninos. Propriedades: Antirrugas, calmante, emoliente e resolutiva dos humores, desinflamatório, expectorante, hidratante do cabelo, refrescante da pele. Indicações: Asma, colite, inflamação das mucosas, inflamações crônicas do estômago e dos intestinos, obstipação, tosse. Contraindicações/cuidados: Desaconselhável por ser altamente alucinógena e viciante. O uso intermitente causa vasodilatação, provocando casos graves de hemorragia generalizada. Modo de usar: Infusão de 2 colheres de sopa de folhas, flores ou sumidades floridas frescas picadas em 1 litro de água fervente. 3 xícaras de chá ao dia; Infusão de 5 a 6 colheres de sopa da planta em 1 litro de água fervente. Uso externo em compressas, gargarejos, bochechos: tosse, antirrugas/refrescante da pele, hidratante do cabelo, doenças da pele; - maceração a frio de duas colheres de flores secas em uma chávena de água; Combinada com Inula helenium, Tussilago farfara ou Thymus na confecção de xaropes contra tosse; Raízes (diurético, adstringente, demulcente); Crianças devem usar chás fracos.
Amieiro-Negro (GT2; TD3; TC3 e 5) Pertencente a famílias das Rhamnaceae, o amieiro agrupa-se em formações pouco densas nas matas úmidas e próximo de pegos ou pântanos. Deve-se à fragilidade dos ramos o nome do gênero, do latim frangere, que significa partir. Esta planta apresenta semelhanças com o escambroeiro e o álamo. É, todavia, um arbusto fácil de reconhecer pelas suas folhas ovaladas, marcadas na página inferior por 8 a 12 pares de nervuras salientes e paralelas, e pelos seus frutos vermelhos, do tamanho de ervilhas, que na maturação se tornam negros. Parte utilizada: A parte utilizada é a segunda casca interior, seca, reduzida a pó e tamisada. Plantio: Plantio feito a partir de mudas, preferem solos arenosos e secos, sendo altamente resistentes tanto a temperaturas altas, quanto baixas. Origem: América do Sul, nas regiões altas dos Andes. Princípios ativos: Tanino, heterósidos, antracénicos, mucilagem, Goma. Propriedades: Cicatrizante, colagogo, laxativo, purgante. Indicações: Dartro, obesidade, obstipação, vesícula biliar. Contraindicações/cuidados: Desaconselhável em casos de obstrução das vias biliares, gastrite, úlceras gastroduodenais, síndrome de intestino irritável, colite ulcerosa, hepatopatia, epilepsia, doença de Parkinson e outras doenças neurológicas, tratamentos com alcaloides ou sais de ferro (que são neutralizados pelos taninos ). É contraindicado durante a gravidez e aleitamento materno, assim como em pacientes com diarreia, anemia, hemorroidas ou durante a menstruação. Modo de usar: Colocar 2 g de casca em 250 ml de água e deixar ferver por 15 minutos. Depois deixar repousar por 2 horas e coar. Beber 1 xícara antes das refeições.
Quelidônia (GTX; TD4; TCX)
Herbácea perene da família das Papaveraceae, tem caule ereto, podendo atingir 30 à 120 centímetros de altura. As folhas são lobadas com cerca de 30 centímetros de comprimento. A seiva é amarelo alaranjada e as As flores amarelas compostas por quatro pétalas, cada uma com cerca de um centímetro de comprimento, com duas sépalas. Uma variedade de flor dupla ocorre naturalmente. As flores aparecem desde o final da primavera até o verão em cumes de cerca de 4 flores. As sementes são pequenas e pretas, tem uma cápsula longa. Cada uma tem um elaiosome, que atrai formigas para dispersar as sementes. É considerada uma planta invasora agressiva em áreas naturais, tanto em bosques como em campos. Em fase de reprodução, quando ameaçada, lança suas sementes, as quais, embora pequenas, em contato com a pele produzem verrugas doloridas e queimaduras graves, podendo também provocar paralisia. Parte utilizada: Seiva, flor, ramos, folha, sementes e raiz. Plantio: Plantio feito a partir de semeadura. Prefere terra escura, rica em sais minerais. Sua incidência é maior em florestas densas, pois é arisca e pouco amistosa. O sol em excesso a desidrata, preferindo então áreas sombreadas, especialmente ao pé de árvores de grande porte. Origem: É nativa da Europa e oeste da Ásia e introduzidos amplamente nas Américas. Propriedades: Sedativa local, analgésica e antimicrobiana.
Indicações: Muito utilizada em casos de problemas hepáticos (icterícia), congestão hepática, hepatite, artrite, gota, hidropsia. A sua seiva é ainda utilizada como cicatrizante, ainda que várias fontes bibliográficas alertem para os cuidados que se devem ter no seu manuseamento, já que é uma planta venenosa, agressiva, de seiva corrosiva. Contraindicações/cuidados: Seu manuseio deve ser feito por especialista, ou sob orientação deste. É altamente tóxica e corrosiva, necessitando de aparatos especiais para seu manejo. A seiva contida em suas sementes possui alcaloides tóxicos, os quais provocam queimaduras e verrugas doloridas, além de possível paralisia. Modo de usar: A partir de orientação especializada, infusão de folhas, em gostas diluídas em água ou adicionadas a poções estimulantes.
Centaurium (GTX; TD5; TCX) Da família das Gencianáceas, é uma erva pequena, anual ou bianula, de odor suave e característico enquanto seca. Seu caule duro e quadrangular é bastante distinto e varia aproximadamente entre 7 à 30 centímetros de altura. A raiz e fibrosa e celulosa; Folhas opostas. ovais. sésseis. acuminadas, inteiras, verde claras; Flores de cores rosa claro a vermelhas e providas de brácteas. O fruto é uma cápsula alongada; A planta cresce bem em terrenos abertos pantanosos e também em áreas secas como dunas. O gênero Centaurium contém aproximadamente 40 espécies (anuais ou bienais) que podem variar de acordo com a área, o tamanho, e as outras condições. Na antiguidade clássica já foi chamada de 'Chironia', referindo ao centauro Quiron, também Hipócrates, Virgílio e Lutécio descrevem o fel-da-terra em suas obras e Macer menciona o fel-da-terra no século 10. Thomas Culpepper, bruxo e cortesão de Henrique VIII , descreveu a planta como segura e amarga, a qual passou a ser usada também por herbalistas saxões no tratamento da febre, recebendo o nome leverworf. Entretanto, a planta é na verdade altamente tóxica, fato conhecido por Culpepper, posteriormente condenado à morte por traição. Parte utilizada: Toda a planta. Plantio: Plantio controlado pelo Ministério da Magia, permitido apenas por bruxos autorizados e por Mestres em Herbologia, apenas para fins didáticos. Origem: É nativa da Europa e naturalizada nas Américas. Propriedades: Anestésica. Princípio ativo: Compostos iridóides: genciopicrosideo, genciopicnna, centapicrina, centaurosideeo, eritrocentaurina, eritaurina, a swertiamarina, dihidrocornina, amarogencianina, amarogencrina, gentiopicrina, gencioflavosídeo: alcaloides: gentianina, gentioflavina, gentianina, gentianidina; Xantonas tetraoxigenadas: eustomina, dimetileustomina, 1,6,8 trihidroxi-3,5, 7- trimetoxixantona, methylbellidifolina, methylswer-tianina; Enzimas: benzofenona sintáse, hidroxilase de xantona, e a 3hidroxibenzoato: Iigase da coenzima A; Ácidos fenólicos: protocatechuico, hidroxibenzóico, vanílico, siríngico, betacumárico, ferúlico, sinápico, caféico, e palmantínico; Ácidos tereftálicos: monohidroxie 2,5 dihidroxi Triterpenóides: a e B-amirina. ácidos crataegolico e oleânico, eritrodiol e sitosterol; Outros esteróis - B-sitosterol, estigmasterol, campes-terol e brassicasterol: flavonoides; Ácidos graxos; Alquenos; Ceras e Resinas - Óleo essencial; Saponinas esteroidais: trigofenosídeos A a G, Aglicona: diosge-nlna, yamogenina, gitogenina, smilagenina, tigogenina, yucagenina.
Indicações: Se usada corretamente pode auxiliar no combate a dores provocadas por graves ferimentos. Contraindicações/cuidados: Evitar terminantemente seu uso em pacientes com distúrbios da coagulação sanguínea, hipotensos severos, portadores de doenças do fígado e úlceras pépticas. Em todos esses casos, se for necessário o uso da planta, deverá haver acompanhamento de profissional experiente. Modo de usar: Pequenas quantidades de seiva, diluídas em água, em doses administradas a cada 24h produzem alívio de dores, devido as suas propriedades anestésicas.
Erva-do-Diabo (GTX; TDX; TCX) Planta da família das Solanaceae, também conhecida como estramônio, datura, trombeta ou trombeteira, é uma erva ereta anual, em média com 30 a 150 cm de altura. As folhas são grandes, 7 a 20 cm e tem dentes irregulares semelhante às folhas de carvalho. Suas flores apresentam formas de trombetas e cores que vão de branco para púrpura, com tamanho de de 5 a 17,5 cm, sendo, entretanto, constantemente confundidas com lírios. As flores abrem e fecham irregularmente durante a noite, ganhando o apelido de Planta-da-Lua. A fruta tem forma oval e é coberta de espinhos, sendo dividida em quatro câmaras, cada uma delas com dúzias de sementes de cor negra e pequenas. Toda parte da planta emite um odor fétido quando esmagada ou apertada. Parte utilizada: Toda a planta. Plantio: Multiplicação por sementes. Prefere solos secos e arejados, ricos em matéria orgânica. Não tem preferência por clima. O espaçamento ideal é de 1 metro entre plantas. Colhem-se as flores e folhas durante a floração. Origem: América do Sul, nas regiões altas dos Andes.
Princípios ativos: Alcaloides tropânicos, atropina, hiosciamina e escopolamina. Propriedades: Anestésica, sonífera, espasmolítico, anticolinérgicos e expectorante. Indicações: Seu uso é controlado pelo Ministério da Magia. Serve principalmente para provocar estados hipnóticos, transes e sonolência. Contraindicações/cuidados: Alucinógena, causando a doença incurável chamada viagem-sem-volta, que leva a vítima a perder a lucidez, provocando torpor (estado vegetativo) ou, em casos mais raros, mudança de personalidade. Outros sintomas de intoxicação incluem vertigens, espasmos, delírio, alucinações, midríase, insônia, vômitos, problemas cardiológicos, perda da consciência e amnésia Modo de usar: Seu fruto produz uma seiva tóxica, a qual, quando utilizada corretamente, pode compor poções indutoras de transe e do sono.
Arruda (GT2; TD3; TC3, 4 e 5) Planta da família das retaceas trata-se de uma arbustiva muito cultivada em vasos e jardins de todo mundo, devido a suas flores de aroma forte. Tem consistência lenhosa, de caule ramificado desde na base. Atinge de 40 à 60 centímetros de altura, granulosa e de coloração verde amarelada. Possui pequenas folhas verde cinzentas compostas, alternadas, pecioladas, carnudas, glaucas, bracteadas e divididas em segmentos como lobos iguais. Suas flores são verde amarelada com frutos capsulares e sementes rugosas. O fruto é capsular, de quatro ou cinco lobos, salientes e rugosos, abrindo-se superior e inteiramente em quatro ou cinco valvas. Desde a antiga Grécia, era usada para afastar doenças contagiosas, mais seu ponto forte era ser usada contra o mal olhado. A arruda é citada em muitas obras clássica, como Hamlet, de William Shakespeare, o qual, na obra se refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos domingos". Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-se fazer um preparado à base de vinho e arruda que era ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados pelos padres.
Parte utilizada: Folhas e flores. Plantio: Multiplicação por estaqueamento e sementes, desenvolvendo-se melhor em locais quentes e ensolarados. A arruda se dá muito bem em solos levemente alcalinos, bem drenados e ricos em matéria orgânica. Prefere solos secos e orgânicos, desenvolve-se em qualquer clima. É exigente em irrigação e adubação orgânica. Produz-se mudas com estacas dos ramos e depois de 2 ou 3 meses planta-se no local definitivo em espaçamento de 0,5 metro entre plantas em fileiras de 1 metro entre elas. A adubação orgânica deve ser feita nos sulcos ou nas covas 15 dias antes do plantio. A colheita deve ser feita na floração; colhem-se os ramos com folhas verdes (existe a arruda "macho" e a "fêmea" de folhas menores).
Origem: Sul da Europa. Princípios Ativos: Rica em arborina, arborinina, egama-fagarina; alcaloides nas raízes – acridonas, rutacridona e hidroxirutacridona; Outros alcaloides - graveolina, graveolinina, kokusaginina, rutacridona, e esquimianina; Flavonoides - rutina, óleo volátil: nonilcetona metílica, cetonas, ésteres, efenóis; furocumarinas: bergapteno, psoraleno, xanloxanlina, xantotoxina, isopimpinelina, e rutamarina; a hexo-dehydrochalepina foi sintetizada a partir da rutamarina. Propriedades: Analgésica, béquica, emoliente e anti-helmíntica, indicada nos casos de supressão da menstruação, por seu efeito emenagogo.
Indicações: É empregada como emplasto no peito para combater a tosse, e muito usada para combater piolhos e coceiras. Também é utilizada em rituais para espantar más vibrações energéticas, tão eficaz para este intento que mesmo os trouxas se deram conta desta capacidade da arruda. A substância chamada rutina é a responsável pelas principais propriedades da arruda. Ela é usada para aumentar a resistência dos vasos sanguíneos, evitando rupturas e, por isso é indicada no tratamento contra varizes. Muito usada na medibruxaria para aliviar dores de cabeça e, segundo os especialistas, isso pode ser explicado porque ela apresenta um óleo essencial que contém undecanona, metilnonilketona e metilheptilketona. Todas essas substâncias possuem propriedades calmantes e, ao serem aspiradas, aliviando as dores e diminuindo a ansiedade. Contraindicações/cuidados: Grandes doses (mais de 100mL de óleo ou aproximadamente 120g de folhas em 1 única dose) podem causar uma dor gástrica violenta, vômito, e complicações sistêmica, incluindo a morte. O efeito antispasmódico ocorre em doses relativamente pequenas. A planta somente deve ser utilizada sob orientação e/ou acompanhamento de profissional gabaritado. As furocumarinas foram associadas com uma fotossensibilidade, resultando em bolhas na pele após o contato com a planta seguida por exposição solar. Isso ocorre em pessoas que coletam a arruda fresca e também foi relatado em pessoas que esfregaram a arruda fresca na pele como um repelente de insetos. O óleo volátil é irritante, podendo resultar em danos renais e degeneração hepática se ingerido. Modo de usar: O óleo tem um gosto amargo forte, muito utilizado para o tratamento de parasitas intestinais. O extrato da arruda é potencialmente útil como um bloqueador do canal de potássio. Tem sido utilizada também para tratar muitos problemas neuromusculares e para estimular a menarca. Devido ao efeito antiespasmódico em doses relativamente baixas, a arruda não deve ser usada em manipulações caseiras. A planta da arruda e seus extratos, em particular o chá e o óleo, possuem efeitos antiespasmódicos nos músculos lisos.
Açafrão-do-Prado (GTX; TDX; TCX) Considerado um veneno mortal, devido a presença de colchicina , e seu uso terapêutico é muito restrito. Planta da família das Liliaceae, também conhecido como açafrão de outono, açafrão do prado ou mulher nua. É uma planta ornamental que produz uma flor que se assemelha ao verdadeiro açafrão, mas a floração ocorre no outono. Suas flores emergem do solo muito tempo depois que as folhas já morreram. Parte utilizada: Flores, bulbos e sementes. Plantio: Se reproduz por pedaços de rizoma com gemas. Esta planta, depois de adaptada ao local, vai se expandindo por baixo da terra e, de tempos em tempos, solta para o céu suas hastes florais e folhas largas. É uma planta perene, o que quer dizer que não termina, que não acaba, sendo muito resistente, difícil de ser destruída, pois qualquer pedaço de rizoma que tenha uma gema gerará outra planta em pouco tempo. Na sua colheita, época em que a parte aérea (haste, folhas, flores) seca, é retirada parte dos rizomas subterrâneos. É nessa época que a cor amarela destes é mais intensa. A temperatura ideal para o açafrão da terra está entre os 20 e os 35ºC. Esta planta não gosta de frio e sofre com temperaturas abaixo dos 12ºC. Gosta de solos argilosos, férteis (bem adubados, com bom conteúdo de matéria orgânica bem curtida) e bem drenados. Origem: Índia. Princípios Ativos: Colquicina, lipídios, taninos, açúcares. Propriedades: Analgésico, anti-inflamatório e depurativo. Indicações: Indicada em casos graves de gota, por reduzir as febres, dores, inchaço e eliminar o ácido úrico, entre outras doenças, tais como câncer e leucemia, porque inibe a divisão celular. Contudo, seu uso é controlado pelo Ministério da Magia.
Contraindicações/cuidados: O envenenamento por sementes ou flores é mortal, causando dores gástricas, diarreia e danos renais. Também pode causar anormalidades fetais, por isso não deve ser administrado às mulheres grávidas. O envenenamento por consumo das sementes ou das flores é frequentemente mortal. O envenenamento manifesta-se por salivação, vômitos, diarreia sangrenta, cãibras, paralisia geral, dor gástricas, danos renais, anormalidades fetais, perda de cabelo, desordens do sangue, dor muscular, fraqueza, formigando nas mãos e pés. O único contraveneno eficaz, mas não em todos os casos, é a tanina. Modo de usar: Fazer o chá por cozimento de 100g de rizomas fatiados em meio litro de água. Ferver por 5 minutos, abafar e coar.
Amor-Perfeito (GT1; TD3; TC2, 4 e 5) Da família das violaceae é pequena, com flores solitárias, de pedúnculo longo e cor variada (amarelo, violeta, branco). Chamam-na tricolor porque possui duas pétalas de cor violeta, duas amarelas e uma pétala branca, sendo encontrada às vezes em abundância nos campos e prados. Suas folhas são verdes, oblongas, dentadas. Parte utilizada: Folhas e flores. Plantio: É cultivadas por mudas e colhe-se a planta na primavera, sendo preciso deixá-la secar com cuidado, guardando-a em caixa hermeticamente fechada. Preferência por solos úmidos, ricos em húmus, temperaturas amenas e irrigação periódica. Origem: América do Sul. Princípios Ativos: Contém ácido salicílico, ácido ascórbico, ácido t-caféico, ácido cumárico, ácido gentísico, ácido heptanoico, ácido hidrociânico, ácido salicílico, arabinose, carotenoides, cumarinas, escoparina, galactose, glucose, orientina, rhamnose, rutina, saponaretina, saponarina, saponina, taninos , a-tocoferol, umbeliferona, vicenina, violantina, violaxantina, violutosídeo, yohimbina. Propriedades: Diurética, cicatrizante, anti-inflamatória, depurativa, laxante, febrífugo, fluidificante do sangue e alucinógena. Indicações: Usa-se como cosmético, contra o ressecamento, rugas e estrias. É empregada também em todos os casos de eczemas. É também empregada como ingrediente em poções do amor. Contraindicações/cuidados: Seu uso como diurético no caso de hipertensão, cardiopatia ou insuficiência renal moderada ou grave, só com controle médico. Há risco de perda incontrolada de líquidos, possibilidade de produzir descompensação tensional ou eliminação excessiva de potássio, com potencialização dos efeitos de cardiotônicos. Modo de usar: Folhas secas, pulverizadas ou misturadas com melaté (feridas); Infusão de uma colher de flores e folhas secas numa xícara de água quente, deixar por 3 minutos (afecções do sangue, debilidade nervosa, cansaço, doenças cardíacas nervosas, icterícia). Beber 3 xícaras diárias, durante uma ou 2 semanas; Pode-se fazer compressas desta infusão em infecções cutâneas e gargarejo para feridas na boca ou garganta, bem como lavar os olhos; Infusão - macerar, em um quarto de litro de água fria, 8 g de flores e folhas secas de amorperfeito, por uma noite. Pela manhã, adicionar, 100 g de leite açucarado e ferver. Filtrar o líquido, ingerindo-o em jejum. Continuar este tratamento por três semanas; Compressas com flores e folhas secas e esmagadas, misturadas com leite frio (feridas, chagas, úlceras).
Cardo-Santo (GT3; TD3; TC3 e 5) Da família das asteraceaes, é uma herbácea anual, rasteira de caule anguloso com folhas esbranquiçadas, compridas, espinhosas e dentadas. Suas flores são branco amareladas protegidas por brácteas, alternas e espinhosas. A planta quando ferida em qualquer de seus órgãos elimina um látex amarelo, que escurece à medida que seca. Atinge de 30 a 40cm de altura. Possui hastes caneladas, de tom vermelho, que partem de uma raiz branca fibrosa, metida verticalmente na terra. Os frutos são fracamente azedos e toda a planta possui gosto acentuadamente amargo. Parte utilizada: Folhas e caules.
Plantio: Plantio feito por estaqueamento, não sendo exigente quanto ao solo, temperatura, radiação solar ou irrigação. Origem: Nativa do Norte da África, Sul da Europa e Ásia ocidental.
Princípios Ativos: Lactonas, tanino, mucilagens e óleo essencial. Propriedades: É tônico estomacal, digestivo e aperitivo. Muito conhecido pelas suas propriedades antissépticas; muito usado para uso externo, para lavar feridas e inflamações da pele.
Indicações: O cardo-santo foi classificado entre os tônicos amargos, sendo o seu emprego aconselhado nos casos de falta de apetite, digestões difíceis. É ainda empregado como sudorífero e diurético. Favorece as funções do fígado e do pâncreas. Contraindicações/cuidados: Doses altas podem provocar queimaduras na boca e esôfago e diarreia violentas. Não é recomendado para crianças, não usar em pessoas com problemas de rins e gastrites. Modo de usar: O seu uso pode ser indicado sob a forma de infusão com 15 a 50g num quilograma de aguardente, com o suco espremido das folhas, que se toma na dose diária de lOOg.
Visgo-Branco (GTX; TD3; TCX) O Visco branco pertence a uma enorme família de cerca de 1400 espécies que vivem todas parasitariamente, podendo instalar-se em mais de uma centena de espécies de árvores (principalmente carvalhos, choupos, álamos e macieiras), sobre cujos ramos formam volumosas manchas arredondadas que se conservam verdes durante todo o ano. A disseminação da planta é assegurada pelas aves, sobretudo pelos tordos e melros, que ingerem os seus frutos, deixando sobre os ramos onde pousam as sementes não digeridas. Estas germinam, produzem um haustório que penetra na casca e que, por sua vez, emite raízes que se introduzem na madeira. O carvalho é uma das árvores que, na maior parte dos casos, resiste ao visco; devido à sua raridade, o visco do carvalho era considerado sagrado pelas civilizações antigas, havendo conhecimento de um cerimonial de purificação indispensável entre os druidas para fazer a sua colheita. Desde então, o visco conservou um papel tradicional de portador de felicidade para os lares que ornamenta aquando das festas de fim de ano. O Viscobranco tem cheiro desagradável quando seco e possui um sabor amargo. O fruto é uma baga de cor branca ou amarela, contendo sementes embutidas em uma pegajosa polpa glutinosa. Parte utilizada: Fruto e hastes. Plantio: É um arbusto semiparasita que cresce em troncos de outras árvores. Origem: É nativa da Europa e aparece até no Irã. É cultivada na Europa Central e China. Não ocorre na Austrália nem na América. Princípios ativos: Frutos contém lectina tóxicas e viscotoxinas; Os ramos têm os mesmos princípios ativos encontrados na folhas, mas em quantidades muito pequenas; Folhas contém Glicoproteínas, viscumina, lectina I, II e 111; Mucilagens (viscinas) galacturonas, arabino-galactanas; Triterpenos, a amirina(a-viscol), acetato de 8amirina, ácido betúlico, ácido oleanóico, ácido ursólico. Propriedades: Antiespasmódico, diurético, hipotensor, purgativo. Indicações: Albuminúria, arteriosclerose, circulação, edema, epilepsia, frieira, hipertensão, leucorreia, menopausa, nervos, tosse. Antiespasmódico e redutor da pressão sanguínea. Ele também é usado para ajudar a regular questões circulatório e os sentimentos de ansiedade leve a moderada. Também ajuda a reduzir a hiperatividade, a relaxar os vasos sanguíneos e a prevenir ataques de pânico. Tradicionalmente visto como tônico cardíaco, pode ser útil em fórmulas para hipertensão quando tomado oralmente, mas seu uso deve ser orientado por um profissional.
Contraindicações/cuidados: Aplicação parenteral, é contraindicada em pacientes com hipersensibilidade proteica e infecções crônico progressivas como febres altas e tuberculose, cardiopatas, usuários de cardiotônicos ou antidepressivos, hipertensos, insuficiência renal, hepatopatia, menstruação, lactantes, crianças. Altas doses desvitaliza a pessoa. A intoxicação com a planta pode levar à morte pela depressão dos centros respiratório e cardíaco. Entre os efeitos adversos estão os calafrios, febre alta, dor de cabeça. angina. distúrbios ortostáticos circulatórios e reações alérgicas. O uso interno envolve toxidade, e em doses além das recomendadas pode causar bradicardia, hipotensão, midríase. miose, alucinação, delírio, hipertensão, gastrenterite, náusea, vômitos e diarreia. O uso de preparações injetáveis inclui elevação da pressão, dor de cabeça, inflamação local, nódulos subcutâneos próximos à área, aumento de linfonodos. prurido, urticária. Pode ocorrer elevação da pressão intracraniana em pacientes com metástases no cérebro ou na medula espinhal. Todas as partes da planta devem ser consideradas potencialmente tóxicas, e esta toxicidade pode variar de acordo com o tipo da árvore hospedeira. Modo de usar: Sua maceração ao rum é usada como hipotensor, apresentando resultados convincentes em casos de hemoptises renitentes. Usa-se pílulas e outras aplicações à base de viscina, que é uma substância espessa extraída do visco, de fórmula química C8 H11 N, o que representa um reconhecimento cientifico de sua eficácia. Recomenda-se o seguinte preparado, sob forma de pílula: extrato aquoso de visgo, 0,05, pó de alcaçuz Q, cada pílula na dose de 4 a 8 por dia. Em solução injetável aplica-se a seguinte fórmula: extrato aquoso de visgo, 0,20, solução fisiológica, 1 cm 3; ou ainda uma xarope, à razão de 0,05 por colherada de chá; extrato aquoso de visgo, 0,50, xarope simples 200g. Pode-se empregar a maceração em vinho, dose de 130g por dia.
Papoula Dormideira (GTX; TDX; TCX) É uma planta herbácea ou pouco lenhosa, que cresce até lm de altura, outras vezes rasteira e ainda subarbustiva e trepadora, caules ramosos, pilosos ou glabros, armados, bem como os ramos, de muitos ou poucos acúleos esparsos, eretos ou curvos. Parte utilizada: Rizoma e raiz. Plantio: Cultivada como ornamental e prefere vegetar nos lugares úmidos, nas margens dos cursos de água e em terrenos alagadiços. Na Europa cultivam-na em estufas. É tão sensível esta planta que ao simples bater de palmas (sem mesmo tocá-la), ao seu redor, ela se transforma imediatamente, e seus folíolos levantam-se, as pinas aproximam-se e as folhas inteiras abaixam-se, pêndulas como se estivessem murchas, sendo que minutos depois, volta ao seu natural. Origem: É planta brasileira, porém levada ao mundo todo, especialmente na África tropical e na índia Holandesa. Propriedades: Emoliente, hipnótica, peitoral, sedativas. Indicações: A papoula é considerada eficaz no combate de vertigens, insônia, excitação nervosa, acessos de tosse, dores, nevralgias, asma, dispneia e diarreia. Suas sementes também servem para acalmar as dores. Como loção, podem ser aplicadas externamente para aliviar dores de ouvido e de dentes, como para atenuar irritações cutâneas e bucais. Contraindicações/cuidados: Desaconselhável por ser altamente alucinógena e viciante. O uso intermitente causa vasodilatação, provocando casos graves de hemorragia generalizada. Modo de usar: O extrato alcoólico das folhas pode transformar o abstêmio em um ébrio e o extrato alcoólico das raízes agiria de modo contrária, ou seja, curaria o vício de beber. As folhas, embora também suspeitadas de venenosas, são úteis em banhos contra os tumores e a leucorreia ou ainda em cataplasmas contra as escrófulas; conta-se que causa a hematúria nos animais que as comem e sua infusão em dose moderada, é amargo tônica e purgativa, sendo que, injetada nas veias ou no tecido celular subcutâneo, tem efeitos colagogos positivos, porquanto aumenta a secreção da bílis.
Videira Sagrada (GT3; TD3; TCX) Planta da família das Vitáceas. Planta perene, trepadeira, com tronco marrom acinzentado, lenhoso, friável, retorcido, ramos flexíveis e folhas grandes e repartidas em 5 lóbulos pontiagudos; As flores são cachos esverdeados, que crescem ao longo dos ramos e produz a fruta dourada chamada baga-sagrada. Cada planta pode produzir de 6 a 300 cachos; Determinados compostos flavonoides presentes baga-sagrada possuem ações benéficas não observadas em outras espécies de uvas. Parte utilizada: Folhas e frutos. Plantio: Plantio feito a partir de mudas, preferem solos arenosos e secos, sendo altamente resistentes a temperaturas baixas e a radiação solar. Necessita de irrigação constante, sendo ideal seu cultivo perto de fontes de água corrente. Origem: Nativa da Ásia e Mediterrâneo.
Princípios Ativos: Taninos , flavonoides e pigmentos antociânicos. Propriedades: Anti-inflamatórias, tonificantes, descongestionantes, reguladoras e estimulantes das glândulas de secreções. Têm ação colagoga, fortalece a circulação e estimulam os centros nervosos.
Indicações: Em dieta neuropática depurativa em que, durante alguns dias, só se come uvas, ajuda a desintoxicar o corpo, sobretudo em casos graves de falta de saúde. Embora não seja adequada para toda a gente, as utilização pode melhorar a saúde e a vitalidade, produzindo efeito tônico muito potente. São de cultivo e manejo controlados pelo Ministério da Magia, pois suas propriedades são semelhantes às do sangue de unicórnio. Contraindicações/cuidados: Desaconselhável por ser altamente alucinógena e viciante. O uso intermitente causa vasodilatação, provocando casos graves de hemorragia generalizada. Modo de usar: Infusão das folhas, diluída, administrada12/12h, por sete dias para vitalidade; frutos inteiros, in natura para ressuscitação de vítimas de falência múltipla.