Técnicas de envasamento

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Aaron Wolfgang


Introdução Além de contribuir para a aparência e decoração ambiente, os tipos de vaso na saúde das plantas. Quanto maior o vaso, mais espaço a planta terá para se desenvolver, portanto, a escolha do vaso é inicialmente determinada pelo porte da espécie a ser cultivada. Os formatos, por suas vezes, dependem da estética, do espaço e do material: os de madeira e vidro costumam ser retangulares ou quadrado; os cimentícios, de polietileno, metálicos ou cerâmicos podem ser redondos também. Vasos cônicos e altos exigem plantas menores para que não tombem. Os quadrados deixam o ambiente mais moderno.


Tipos de Vasos Cerâmica natural São vasos muito comuns, confeccionados em diversos formatos. Retêm umidade e, ao longo do tempo, ganham uma crosta esverdeada, a qual deve ser limpa periodicamente com escova de aço. Essa retenção de umidade mantém a terra fresca, mas a cerâmica tende a ressecar quando exposta ao sol, por isso, é de suma importância controlar a umidade do solo contido nesses recipientes.


Cerâmica esmaltada

Comparados com os de cerâmica, são vasos com maior durabilidade, também conhecidos como vietnamitas. Têm preço mais elevado, e permitem o plantio de árvores frutíferas.

Concreto ou cimento Altamente resistentes, estes vasos podem ser encontrados em vários tamanhos e formatos, com a vantagem de serem de custo reduzido. Devido ao peso, são de difícil transporte, sendo ideais para o plantio de cultivares de grande porte. Normalmente ficam em áreas externas e por serem pesados, podem comprometer a estrutura de onde estiverem repousados. São de longa durabilidade e fácil manutenção. Seu espaço interno é reduzido, por isso, é necessário que seja sempre ao menos cinco vezes maior que a planta a ser cultivada em seu interior.


vasos de concreto Madeira Leves, versáteis e elegantes, porém, nada práticos, uma vez que não servem para plantio direto. Seu interior deve ser revestido com outro vaso (plástico, cerâmica, zinco, etc.), pois em contato direto com a terra e a umidade, apodrece e se desfaz, prejudicando inclusive a saúde da planta e do solo. São, então, comumente usados como cachepô.


Vidro São vasos ornamentais, ideais para flores de corte e arranjos temporários. Exige bastante manutenção, pois não leva terra, mas água, a qual deve ser trocada ao menos duas vezes por semana, ou pedras, cascalhos e outros materiais secos. Em relação a outros tipos de vaso, seu custo é bastante elevado.


Polietileno São leves, de fácil manutenção e confeccionados em diferentes formatos, com muitas possibilidades de acabamentos. Contudo, tendem a desbotar com o uso e o passar do tempo.

Plástico Também são leves e de custo baixíssimo. Disponíveis em diversos tamanhos, formatos e cores, podem servir de base para vasos de vidrou ou madeira, mas também podem ser utilizados individualmente. Uma desvantagem é que tendem a esquentar demais quando expostos ao sol e esse calor é facilmente transferido ao solo, podendo ocasionar prejuízos a planta. São pouco duráveis, mas de fácil manutenção e transporte.


Metálicos Muito atrativos e requintados, são leves e podem conter rodízios nos pés, e com ou sem caixa para recolhimento da água. Podem ser utilizados em qualquer área, porém são muito onerosos.

Pedra Por ser de um material poroso, esse tipo necessita de um vaso de plástico no lado interno para contenção do cultivar. São pesados e de difícil manutenção e transporte, sendo confeccionados em formatos limitados.


Etapas de envasamento Para que as plantas envasadas se desenvolvam satisfatoriamente, o vasilhame que a abriga deve ter ao menos um orifício no fundo, o qual é chamado de dreno. DRENO

Para auxiliar nesse desenvolvimento, deve-se criar sobre o dreno o que chamamos de camada de drenagem. A camada de drenagem é composta por um material que evite a obstrução do dreno, podendo este ser um pedaço de cascalho, ou mesmo um caco de telha, seguida de argila, seixo, ou pedregulhos, e serve para facilitar o escoamento do excesso de água e impedir que a terra vá para o fundo do vaso.


Após a camada de drenagem, são adicionadas ao vaso porções de areia e terra, além do vegetal. CAMADA DE DRENAGEM

Acompanhe a seguir um passo a passo sobre como realizar um envasamento, na ordem de adição de camadas. O primeiro elemento a ser adicionado é o que vai impedir a obstrução do dreno. Este elemento pode ser um pedaço de cascalho, ou mesmo um caco de telha. Opte por materiais achatados, para facilitar a adição das demais camadas. A seguir, adicione a camada de drenagem, a qual pode ser composta por uma porção de argila, seixo, ou pedregulhos. Esta camada evita o escoamento de água, impedindo que o líquido se acumule, além de impedir que a terra desça para o fundo do vaso.


O terceiro elemento a ser adicionado é areia. Além de facilitar o escoamento do excesso de água, a areia evita o adoecimento das raízes.

O quarto elemento pode ser um composto orgânico, mas não é obrigatório, nem mesmo indicados em plantas novas. O ideal é adicioná-lo em transplantes de plantas adultas. Este composto é feito a partir da mistura de areia e humos e otimiza a fertilidade da terra. Caso tenha optado por não utilizar o composto, a camada seguinte deverá ser uma porção de terra e após esta, finalmente a planta. Se a planta for nova, abre-se um pequeno sulco na terra e deposita-se a planta, acomodando-se gentilmente suas raízes.


Mas se a planta for adulta, virá com uma porção de terra junto às raízes. Deve-se então acondiciona-la gentilmente sobre a areia, ou composto e completar o restante do espaço do vasilhame com terra. Para fins estéticos, podem ser adicionadas pedras decorativas.

A união das camadas de areia, composto e terra é chamada de substrato.

Planta

Terra

Vaso

Camada de drenagem

Composto

Substrato

Areia

Cascalho* Caco de telha* Dreno

* Lembrando que o cascalho pode ser substituído por argila, seixos e outras pedras e o caco de telha por qualquer outro material similar.


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