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(CapĂtulo 2)
lรกgrimas no rio Caronte leva alma que do corpo desistiu
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(CapĂtulo 4)
Encucado o jovem estudante se pergunta: ‒ Se Deus fosse um gramático, a morte seria um hiato dentro da existência?
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(CapĂtulo 5)
A sinceridade era o seu traรงo mais marcante. Jamais mentiu em toda a sua vida. No seu enterro apenas o coveiro estava presente. 76
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(CapĂtulo 6)
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Carlinhos ganhava a vida mentindo e enganando as pessoas. Esse ano decidiu regularizar sua profiss達o. Candidatou-se a deputado federal.
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(CapĂtulo 8)
sem trĂŠgua chove aos montes cega janela
“Era muito supersticioso. Dormia sempre ao lado esquerdo da cama. Num ímpeto de rebeldia dormiu aquela vez do lado direito. Não acordou mais.” Em Brevidades Cotidianas o espirituoso Bernardo Pacheco vem cheio de atitude, tanta que dispensa o uso de muitas palavras. Uma espécie de Comédias da Vida Privada em poucos pontos, misturada com A Vida como Ela É, só que sem as preliminares. Conta assim grandes histórias de amor, sexo e morte, sem escrúpulos. Com uma pitada de humor e imerso em crítica social. Não é necessário virar a página, pois em breve lhe salta o mistério. Enfim, microcontos de uma forma que você nunca viu na vida. Ou que já viu quando passou por algum causo arrebentando a sua rotina. Leia e aprecie, antes que algo lhe aconteça. Juliano Rodrigues Poeta e Escritor