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Capítulo Dois

Como a minha vida passou de praticamente boa, com exceção de ser um pouco solitária às vezes, para uma bagunça gigante em um espaço de uma semana foi além da minha capacidade de compreender.

Eu estava tão ferrada, e não era na versão boa e divertida.

Não foi só minha conta poupança que tinha literalmente sido eliminada duas semanas antes de assinar o cheque para as mensalidades escolares. Oh Deus, se fosse só isso. Poderia me recuperar. Eu poderia até mesmo esquecer isso, porque o que mais poderia ser feito?

Afinal, eu sabia que tinha sido minha própria carne e sangue que tinha me arruinado, minha própria mãe —Minha viciada em comprimidos e bêbada mãe que meus amigos mais próximos acreditavam que estava morta. De uma forma, isso não era muito diferente da verdade. Uma terrível mentira, mas eu não tinha falado com ela desde a adolescência e o álcool e as pílulas e Deus sabe o que mais que ela teve ao longo dos anos matou a mãe carinhosa e divertida, que me lembrava de quando era pequena.

Mas ela ainda era minha mãe. Portanto, a última coisa que eu queria fazer era envolver a polícia, porque sério, a vida dela já estava uma merda como era e, inexplicavelmente, após todo o drama e a dor de cabeça, um turbilhão de piedade sempre vinha à tona quando pensava nela.

Aquela mulher teve de experimentar coisas que nenhuma mãe jamais deveria.

Mas se apenas fosse somente minha poupança. Ao longo da semana passada, durante a fase final do semestre, que de alguma forma consegui completar sem perder minha mente, a ponta do iceberg afundou o Titanic.

Eu verifiquei meu crédito só por que...Bem, tive esta sensação horrível do pior. E tinha razão.

Cartões de créditos, que eu nunca tinha visto na minha vida tinham sido retirados em meu nome, e eles tinham sido estourados. Um empréstimo de estudante em um grande

banco que eu não tinha conhecimento existia também e tinha sido retirado, e ele custava mais do que quatro semestres.

Eu estava em dívida, no montante de mais de cem mil dólares, quando tudo foi dito e feito e isso acabou acumulando com minha própria conta, com os pequenos empréstimos de estudante que eu tinha tirado e o empréstimo do carro que agora não sabia se podia pagar.

Meu estômago e peito doíam quando eu pensava no quão ferrada eu estava, e precisou de tudo em mim para convencer a mim mesma a não perder a cabeça. Crédito e dívida faziam ou quebravam você neste mundo. Eu não seria capaz de conseguir um empréstimo se eu precisasse de um. Pior ainda, mesmo se eu conseguir juntar o dinheiro para terminar o colégio, qualquer emprego que eu me inscrevesse poderia levantar meus dados e baseara decisão que sair neles.

Na quinta-feira, após o último teste, eu tinha sofrido um pequeno colapso nervoso, que envolveu muitas lágrimas, até mesmo mais brownies duplos de chocolate e, talvez um pouco de sossego. Eu teria ficado assim pelo menos um mês, mas me recusava, absolutamente, me fechar no apartamento permitindo que a minha vida fosse sugada de mim novamente.

Obviamente, nenhum dos meus amigos sabia o que estava acontecendo ou qualquer coisa sobre mim. Diabos, eles pensavam que minha mãe tinha morrido e Teresa pensava que eu era dos arredores de Shepherdstown.

Tudo mentira.

E como eu diria a Teresa, ou pior ainda, ao Brandon? “Ah ei, eu tenho que ir para casa, e você sabe cometer um ato de homicídio e estrangular minha mãe — Sim, a que você pensou que estava morta, porque eu também sou uma péssima mentirosa — até brinco com a morte. Posso ir à sua casa e beber quando eu voltar?”

Essa conversa era humilhante demais para sequer pensar, porque então eu teria que contar sobre as drogas, o álcool, a absoluta falha na vida, e então a estranha separação entre a minha mãe e meu pai, que era realmente só foi pai até desaparecer e então essa conversa acabará por levar à dor e ao fogo que destruiu minha família inteira e quase me destruiu.

Então eu disse-lhes que ia passar o verão com a família toda, e com sorte, eles não acabariam lendo sobre mim na imprensa depois que eu matar alguém. Ninguém questionou esses planos, porque no ano passado eu tinha fingido ir para casa nas férias, quando na realidade tinha ficado em um hotel em Martinsburg, tinha até ostentado e usado o serviço de quarto...Comouma perdedora. A total babaca.

De qualquer forma...

Eu estava colocando os três F’s em espera e estava indo para casa. Esperando, rezando a cada Deus lá fora, que minha mãe ainda teria uma parte do dinheiro que tinha pegado e que o dinheiro havia sido substancial. Não tinha como ela ter gasto todo o dinheiro dela e o meu. Eu só precisava fazê-la —não sei —tentar resolver isto de alguma forma.

Era o plano A.

Plano B consistia apenas na realização que se ela não tinha um centavo no nome dela, então pelo menos —novamente com sorte —tinha alojamento gratuito para o verão, um verão onde eu estaria rezando que meu pedido de ajuda financeira iria passar. Eu também estava rezando para que conseguisse passar o verão em uma cidade longe e não assassinando minha mãe, assim poderia colocar em uso a ajuda financeira, se eu conseguir.

Minhas mãos tremiam quando segurava o volante e peguei a saída que levava à Plymouth Meeting, uma cidade, a poucos quilômetros da Philadelphia. Eu tinha pensado que iria vomitar tudo sobre mim enquanto os carvalhos grossos e nogueiras aglomeravam-se na estrada de duas pistas tinham, ficando no lugar das colinas. A viagem não tinha demorado muito tempo, um pouco menos de quatro horas de Shepherdstown, mas parecia que tinha sido eterna.

Agora eu estava parada no sinal vermelho em frente a uma loja de R$1,99, em uma cidade que eu nunca — nunca — quis voltar, descansando minha testa contra o volante.

Eu tinha ido para casa primeiro. Nada de carros. Nenhuma luz acesa.

Levantando minha cabeça um centímetro ou dois, voltei a apoia-la no volante.

Eu tinha pego uma chave que pensei que nunca —nunca —usaria novamente e entrei. A casa estava praticamente vazia. Um sofá e uma velha tela plana na sala de estar. A pequena sala estava vazia com exceção de algumas caixas pra abrir. Quase nada na geladeira. O quarto lá embaixo tinha uma cama, mas sem lençol. A roupa da minha mãe tinha sido empilhada no chão e estava uma bagunça, cheia de papéis e coisas que eu não quis olhar mais atentamente. Lá em cima, o quarto que tinha sido meu por alguns anos foi mudado completamente. A cama se foi, como foram à cômoda e a penteadeira, que minha avó tinha me comprado antes de falecer. Havia um futon que parecia um pouco limpo, e eu não queria saber quem estava dormindo lá. A casa não parecia habitada. Como se alguém, ou seja, minha mãe tivesse sumido da face da terra.

Bem, isso não era novidade.

Também não havia uma única foto na casa. Sem quadros de imagens nas paredes. Sem memórias. Isso não me surpreendeu.

Eu levantei minha cabeça e a deixei cair novamente no volante.

Ugh.

Pelo menos a eletricidade ainda estava ligada na casa. Isso foi uma coisa boa, certo? Isso significava que minha mãe tinha algum tipo de dinheiro.

Eugemi enquanto batia pela terceira vez minha cabeça no volante Uma buzina explodiu atrás de mim e eu, imediatamente, olhei pelo para-brisa. Luz verde. WHOOPS. Minhas mãos apertaram no meu, suspirei e continuei. Havia apenas outro lugar que ela poderia estar.

Ugh.

Era outro lugar que eu nunca —nunca —queria ver outra vez. Esforçando-me para respirar profundamente, eu segui pela estrada principal, provavelmente dirigindo abaixo do limite de velocidade E irritando cada carro atrás de mim, mas não pude evitar.

Meu coração bateu em meu peito enquanto eu fazia uma curva a direita e chegava aoque era consideradaa maior avenida na cidade, só porque era onde todas as franquias de fast food e restaurantes ficavam, cercando o shopping e centros comerciais. Cerca de

dez quilômetros abaixo a estrada era onde o Mona ficavaem frente o que parecia ser um clube de strip meia boca com várias motos alinhadas na frente.

Oh rapaz.

As ruas estavam congestionadas, mas quando atravessei a pista e estacionei no familiar lugar cheio de buracos e Deus sabe o que mais, não havia muitos veículos lá.

Então, novamente, era noite de segunda-feira.

Estacionando o carro sob o néon piscante do letreiro da parte de trás do lugar que atualmente faltava um “A” no nome Mona`S, inalei repetidamente e profundamente,

“Eu não vou matá-la. Não vou matá-la.”

Uma vez eu tinha certeza que não perderia a cabeça indo toda irritada pra cima dela, saí do meu Ford Focus e puxei, arrumando meu short jeans, ajustando também a macia e fluida blusa creme, que seria mais cumprida que meus shorts se eu não tivesse colocado a frente dela para dentro.

Meu chinelo fazia barulho no asfalto quando cruzei o estacionamento, segurando a alça da minha bolsa de uma forma que significava que eu poderia girar essa coisa ao redor como uma arma mortal.

Assim que me aproximei da entrada, eu endireitei meus ombros e deixei sair uma respiração baixa. A janela quadrada na porta estava limpa, mas rachada. A tinta branca e vermelha que costumava ser tão vibrante e atraente estava descascando como se alguém tivesse espirrado ácido através das paredes. A grande janela, tingida de preto e com um sinal de “aberto” chamativo, também estava quebrada no canto, formando fissuras de teia de aranha minúscula através do centro do vidro.

Se por fora parecia assim...

“Oh Deus”. Eu não queria fazer isso.

Meu olhar voltou para a janela escura e quadrada na porta e meus olhos azuis pareciam de uma maneira grandes demais e meu rosto muito pálido no reflexo, que também fazia a cicatriz que cortava minha bochecha esquerda, começando logo abaixo do canto do olho ao canto do lábio, mais visível. Eu tinha tido sorte. Foi isso que os médicos

e os bombeiros e todo mundo que tinha uma opinião havia declarado. Mais alguns centímetros, eu teria perdido meu olho esquerdo.

Mas estando de pé aqui, eu não me sentia sortuda. Na verdade, eu tinha certeza de que a sorte era uma cadela de coração frio que precisava morrer.

Dizendo a mim mesma que podia fazer isto, peguei a áspera maçaneta e puxei a porta aberta. Eu parei bruscamente me sentindo uma estranha dentro do bar, perdendo um dos meus chinelos quando o familiar cheiro de cerveja, perfume barato e frituras me

cercou.

Casa.

Não.

Minhas mãos estavam em um punhos. Este bar não era a minha casa. Ou não deveria ser a minha casa. Não importava que eu tivesse passado quase todos os dias, depois da escola escondida em um dos quartos ou que eu fugia para o piso principal para ver minha mãe, porque este era o único lugar onde ela sorria. Provavelmente porque ela estava geralmente bêbada quando estava aqui, mas não importa.

As coisas pareciam iguais. Parte, pelo menos.

Mesas altas e quadradas com o tampo desgastado. Bancos altos de bar com encostos. O barulho de bolas de bilhar batendo umas nas outras levou minha atenção para parte de trás do bar, depois do piso elevado que servia como pista de dança, além das mesas de bilhar.

Uma jukebox no canto tocava algum tipo de música country melódica enquanto uma mulher de meia idade, que eu nunca tinha visto antes, passava pela porta em frente à pista de dança. Seu cabelo loiro brilhante, obviamente não natural, foi empilhado em cima de sua cabeça. Uma caneta foi empurrada para trás da orelha. Vestida de jeans e uma camiseta branca, ela se parecia com um cliente, mas, novamente, Monanunca tinha sido um tipo que exige uniforme. Ela carregava duas cestas vermelhas com as asas de frango frito empilhadas até em cima enquanto ia em direção as mesas perto da jukebox.

Haviam guardanapos usados em baixo das mesas e manchas no chão que pareciam pegajosas. Outras partes pareciam que, simplesmente, precisavam ser

substituídas. Com a iluminação escura do bar, sabia que eu não estava nem vendo a metade.

O Mona parecia uma mulher que havia sido usada e deixada aqui para morrer. Não era sujo, mas como quase limpo. Como se alguém desesperadamente tentou ganhar uma batalha perdida e estava fazendo o melhor que podia.

O que não poderia ter sido a minha mãe. Ela nunca tinha sido boa na limpeza, mas ele costumava ser melhor. Havia memórias distantes borradas dele sendo melhor.

Enquanto eu estava congelada na porta, tempo suficiente para parecer uma idiota, enquanto observada o lugar, e como não vi minha mãe, decidi que seria uma boa ideia, não sei, me mover. Dei um passo em frente, em seguida, percebi que ainda tinha deixado uma das minhas sandálias na porta.

“Droga”. Virei-me, abaixando ,tinha cabeça enquanto colocava meu pé de volta na sandália.

“Parece que você precisa de uma bebida”.

Me virei em direção a uma profunda voz masculina, uma voz tão profundae suave que abraçou minha pele como se eu tivesse sido envolta em cetim. Comecei a notar que, dã, desde que eu estava em um bar, provavelmente parecia precisar de uma bebida, mas as palavras mordazes morreram na minha língua quando olhei para o balcão em forma de ferradura.

Em primeiro lugar, o cara por trás do bar parecia ter esticado, como se ele fosse esse desenho. Foi uma reação estranha. Devido a iluminação e a forma como eu estava de pé, não havia como ele ver a cicatriz, mas então, dei uma boa olhada nele e eu não estava prestando atenção para mais nada.

Oh meu, meu, meu...

Havia um homem atrás do balcão, o tipo de cara que nunca na história esperava ver por trás do bar do Mona.

Opa, alerta de barmen quente disparou.

Meu Deus, ele era lindo, deslumbrante da mesma forma que Jase Winstead era, até mais, não me lembrava de ver alguém que fosse assim como ele era na vida real, e eu só via o barman cara quente da cintura acima.

Ele tinha cabelo castanho que parecia uma cor rica e quente sob as luzes mais brilhantes do balcão. Era cortado perto do crânio nas laterais e um pouco mais alto em cima. Ondulado, fora penteado para trás de um jeito bagunçado, porém intencional, exibindo suas maçãs do rosto largas e altas. Sua pele era bronzeada, sugerindo algum tipo de ascendência estrangeira e exótica. Com uma mandíbula forte e esculpida que poderia cortar pedra, ele poderia ser o garoto-propaganda para anúncios de barbear. Sob um nariz reto que tinha um ligeiro desvio, mas extremamente pecaminoso, um par de lábios que nunca vi em um cara.

Bem, eu poderia olhar para aqueles lábios por horas, mais do que o tempo aceitável pela raça humana, Calla. Então, forcei meu olhar para cima.

Suas sobrancelhas pareciam ser naturalmente arqueadas sobre os cantos de seus olhos, que atraiam diretamente a atenção para eles.

Olhos castanhos.

Olhos castanhos que estavam lenta e casualmente flutuando sobre mim de uma forma que me fez sentir como uma carícia quente. Meus lábios se separaram ao inalar.

Ele estava vestindo uma camisa cinzagasta que se agarrava a um incrivelmente definido peito e ombros largos. Quer dizer, eu poderia realmente ver o corte do peito através da camisa. Macacos me mordam, quem sabia que isso era possível? Pelo que pude ver, até onde o bar deixava, havia um provavelmente igual estômago.

Se este cara fosse de Shepherd, ele teria destronado Jase como tenente da Brigada dos Caras Quentes. E o suspiro associado ao barman quente, definitivamente seria sentido em todo o mundo, em suas partes femininas.

Provavelmente emalgumas partes de rapazes, também.

Aqueles deliciosos lábios curvaram em um lado. Sim, ele tinha um sorriso quente.

“Você está bem, querida?”

Ele disse isso com mel da boca, como se fosse natural para ele. Não brega ou viscoso, mas uma ternura sexy que tinha aquecido minha barriga.

E eu estava olhando para ele como uma idiota.

“Sim”. Encontrei minha voz para dizer uma palavra, e tinha saído com a voz rouca.

Deus, eu queria me bater pelo chão quando o calor subiu para minhas bochechas.

Aquele meio sorriso sexy causou um nó quando ele estendeu um braço, ondulando seus dedos de volta em direção a ele.

“Porque não vem aqui e se senta?”

Okay.

Meus pés me mandaram para frente sem qualquer envolvimento do meu cérebro porque, sério, quem não responde quando o barman quente balança aqueles dedos longos para você assim? Eu encontrei meu rabo plantado num banco no bar, um com o assento rasgado e um pouco desconfortável.

Meu Deus, de perto ele realmente era uma obra-prima masculina de gostosura de dar água na boca.

Aquele meio sorriso não desapareceu quando ele colocou suas mãos na borda do topo do balcão.

“Qual é o seu veneno?”

Eu pisquei para ele, bem devagar, e tudo o que conseguia pensar era por que diabos ele estava trabalhando nesse lixo? Ele poderia estar em revistas ou na TV, ou pelo menos trabalhar na churrascaria no fim da rua.

O barman quente inclinou a cabeça para o lado enquanto seu sorriso se espalhava para o outro canto da sua maldita boca.

“Querida...?”

Eu resisti ao impulso de colar meus cotovelos nabalcão e olhar para ele, mesmo que já quase estivesse fazendo isso.

Ele riu suavemente enquanto se inclinava para frente, e eu digo beeeem pra frente. Dentro de um segundo, ele estava no meu espaço pessoal, sua boca a meras polegadas da minha, seusbíceps flexionados, esticando o material desgastado da camisa.

Oh meu Deus, eu só esperava que sua blusa rasgasse na lateral e caísse

“O que você gostaria de beber?” ele perguntou.

O que eu gostaria era ver sua boca se mover um pouco mais.

“hum ...” Meu cérebro havia esvaziado.

Ele arqueou uma sobrancelha enquanto seu olhar vagou a partir da minha boca para os meus olhos.

“Vou precisar pedir sua identificação?”

O que acordou meu quente estupor.

“Não. De modo algum. Tenho vinte e um.”

“Tem certeza?”

Calor inundando meu rosto novamente.

“Eu juro”.

“Jura?”

Meu olhar foi para sua mão, com o dedo mindinho estendido.

“Tá falando sério?”

Uma covinha começava a se formar em sua bochecha direita quando seu meio sorriso se transformou em um sorriso inteiro. Puta Merda, se ele tivesse um par de covinhas eu estava em apuros.

“Eu não pareço estar falando sério?”

Parecia que ele estava com péssimas intenções quando olhei para ele. Havia um brilho travesso em seus olhos dor de cacau. Meus lábios começaram a se contorcer, até que estendi minha mão e envolvi meu dedinho no dele.

idade. “Juro juradinho”, eu disse, pensando que era uma péssima maneira de verificar a

Aquele seu sorriso era maliciosamente delicioso.

“Ah, uma menina que jura jurado está atrás do meu coração”.

Sim, não tinha ideia de como responder a isso.

Em vez de me deixar ir, quando afastei minha mão, ele escorregou seus dedos para meu pulso em um agarro suave, mas firme. Quando os meus olhos começaram a querer saltar da minha cabeça, de alguma forma ele chegou mais perto, e seu cheiro... era bom. Uma mistura de especiarias e sabão que foi direto para as minhas partes íntimas.

Meu celular vibrou dentro da minha bolsa, tocando "Brown Eyed Girl". Enquanto procurava por ele, o quente barman riu.

“Van Morrison?” ele perguntou.

Concordei distraidamente enquanto meus dedos se enrolavam no pequeno celular. Era uma ligação da Teresa. Eu coloquei no Silêncioso.

“Bom gosto musical”.

Meus cílios levantaram enquanto colocava o telefone de volta em minha bolsa.

“Eu... hum, gosto mais dos clássicos do que essas bandas famosas de hoje em dia. Quer dizer, eles realmente cantavam e tocavam. Agora eles só andam por aí meio nus, gritando ou falando no meio das músicas. Nem é mais sobre a música em si”.

Apreciação iluminou os olhos dele.

“Você jura juradinho que ouve música antiga? Eu gosto de você”.

“Então você não é muito difícil de impressionar”.

Ele derrubou sua cabeça para trás, expondo o pescoço dele enquanto ria e, bem, surpresa se não era uma risada muito agradável. Profunda. Rica. Brincalhona. O som revirou minha barriga.

“Juras e música são muito importantes”, ele disse.

“Mesmo?”

“Sim”. —Diversão dançava sobre seu rosto.

“Como são palavras de escoteiros”.

O meio sorriso no cantos dos meus lábios espalhou-se em um sorriso inteiro.

“Bem, eu nunca fui uma escoteira, então...”

“Quer saber um segredo?”

“Claro”, eu respirei.

Ele colocou o queixo para baixo.

“Eu nunca fui um escoteiro também”.

Por alguma razão, eu não estava muito surpresa com isso. Especialmente quando ele ainda estava segurando meu pulso.

“Você não é daqui, ele anunciou”.

Não mais.

“O que faz você pensar isso?”

“Bem, esta é uma cidade pequena e o Mona normalmente tem seus clientes regulares, não pequenos e quentes pedaços de distração como você, então eu tenho certeza que você não é daqui”.

“Eu costumava.... Espere. O que?” Pequenos e quentes pedaços de distração? Perdi totalmente minha linha de raciocínio.

Ele soltou o meu pulso, não todo de uma vez, e não quebrou o contato visual. Ah não, deslizou lentamente seus dedos ao longo do interior do meu pulso, em seguida na

palma da minha mão para as pontas dos meus dedos, enviando uma onda de arrepios dançando pelo meu braço e, depois, fazendo uma rotina de jazz nas minhas costas.

Deus, isso me fez sentir louca, mas parecia que havia uma faísca lá. Algo tangível que se passou entre mim e ele. Totalmente insano, mas eu estava achando difícil de respirar e fazer sentido aos meus pensamentos.

Sem tirar os olhos de mim, ele alcançou o cooler e pegou uma garrafa de cerveja, girando sua tampa e a colocando no canto. Um segundo depois eu percebi que havia alguém sentado próximo a nós.

Eu olhei de relance para o meu lado, um cara jovem e bonito com algo perto de um corte de cabelo raspado. Ele assentiu com a cabeça para o barman quente quando ele agarrou o pescoço da garrafa.

“Valeu cara”.

E então ele havia sumido e estávamos sozinhos de novo.

“De qualquer modo”, disse o barman quente. “Que tal eu fazer para você minha bebida especial?”

Normalmente, quando um cara oferece para me fazer sua bebida "especial", eu correria para as colinas gritando ‘assassino sangrento’ e era o caos, mas, novamente, me encontrei concordando, totalmente firmando o fato de que que era superficial e, talvez, um pouco burra.

E totalmente fora do controle da situação, que era um... uma experiência única para mim.

Eu o vi se virar, e os músculos das costas se contraíram enquanto ele pegava a bebida mais cara atrás do bar. Não vi qual garrafa ele pegou, mas ele se movia com uma graça fluida, pegando um dos copos baixo de vidro, utilizado para pequenas bebidas misturadas e doses com gelo.

O fato de que me lembrei do tipo de copo me deu vontade de baterminha cabeça no balcão. Eu também resisti esse desejo —graças a Deus. Quando eu o vi fazer a bebida, tentei descobrir a idade dele. Ele deve ser pelo menos um ou dois anos mais velho que eu.

Depois de alguns segundos, ele colocou uma bebida mista impressionante na minha frente.

Era vermelha na parte superior, em seguida, graduando-se na cor do pôr do sol, com uma cereja de enfeite. Peguei o copo e tomei um gole. Minhas papilas gustativas sentiram o sabor frutado.

“Nem da para sentir o gosto da bebida”. “Eu sei”. Ele parecia convencido. “É suave, mas beba com cautela. Beber muito rápido e demais, vai derruba-la na sua linda bundinha”.

Associando o comentário de "linda bundinha" ao charme típico de barman, tomei mais um gole pequeno. Não tive de me preocupar em ser cuidadosa. Eu nunca exagero quando vejo qualquer forma de álcool.

“Como se chama?”

“Jax”.

Minhas sobrancelhas levantaram.

“Interessante”.

“Ah, é”. Ele dobrou os braços no balcão e se inclinou, me dando o que eu descobri rapidamente que era seu meiosorriso devastador.

“Então, você tem planos para esta noite?”

Olhei-o encarando. Era tudo o que eu era capaz de fazer. Além do fato de que, após alguns minutos de estar na presença dele, eu tinha quase esquecido do porquê estava aqui, o que não era ser sociável. Ele, com certeza, não poderia estar fazendo o que eu achava que estava fazendo.

Flertando Comigo.

Me chamando para sair.

Essas coisas simplesmente não acontecem na terra de Calla. Conseguia acreditar que coisas assim poderiam acontecer com meninas bonitas tipo Teresa, Brit ou Avery, mas eu definitivamente sabia que elas não aconteciam comigo.

O barman quente mudou seu peso para frente, o que fez coisas incríveis com os músculos em seus braços, e então, aqueles lindos olhos ficaram fixos nos meus, e eu esqueci como se respira por um segundo. O jeito que seus lábios estavam curvados naquele momento me dizia que ele sabia muito bem o efeito que estava causando.

“No caso de precisar esclarecer o que acabei de dizer, eu quero saber se você está livre parafazer algo comigo”.

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