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Capítulo Vinte e Sete

Jogada na cama com minha barriga para baixo, com um braço enfiado por baixo do travesseiro, com minha bochecha descansando sobre ele e o outro braço sobrado ao meu lado, eu vagarosamente acordei para sentir um toque, como uma pena, trilhando sobre meu quadril até a curva das minhas costas.

Eu me movi, pisquei, abrindo meus olhos e fui imediatamente cegada pela luz do sol que entrava no quarto. Gemendo, eu fechei meus olhos e tentei me cobrir. Meus ossos não pareciam estar presos a nenhum dos meus músculos e, de alguma forma, essa era uma sensação prazerosa. Assim como a leve pressão traçando minha pele.

Eu nunca dormi com a barriga para baixo antes e honestamente nem me lembrava de ter pegado no sono. Eu imagino que foi alguma hora depois que Jax tinha passado seu braço em volta de mim.

Meu corpo ainda parecia cansado, mas da melhor maneira possível. Tanto que...

Então meus olhos abriram, arregalados.

Tudo que eu vi quando meus olhos se ajustaram a luzforam as portas do armário de Jax e eu imaginei que ele era o responsável pelo que eu podia sentir como se fosse um desenho sendo feito na minha bunda, a não ser que algum artista tivesse subido na cama comigo.

Minhas costas estavam nuas.

Inferno, o lençol e as cobertas estavam enroladas nas minhas coxas e eu tinha certeza que Jax podia ver a bagunça que era a minha pele, assim como na noite passada quando ele me virou para me pegar por trás. Minhas costas estavam visíveis na noite passada e isso foi... algo okay porque eu duvidava que ele estava realmente prestando atenção.

Eu fiquei tensa e minha respiração era irregular enquanto me preparava para rolar para longe dele, o que o daria uma visão privilegiada dos meus seios. E, enquanto eu estavaconsciente queteria demostrar ou minha frente ou minhas costas para ele, eu tinha

certeza que tinha umas linhas estranhas feitas pelo lençol bagunçado naminha pele e isso, a cima de tudo, não seria sexy. Como se eu fosse totalmente o oposto de sexy agora.

“Não.”

Eu encarei o armário, considerando fingir que eu ainda estava dormindo mas tive que abandonar essa ideia porque era idiota, então eu resolvi brincar de ser a idiota. “Não o que?”

A mão de Jax segurou meu quadril nu. “Não esconda. Eu sei que você estava se preparando para fugir. Não.”

Meus olhos se fecharam e eu me forcei a ficar imóvel. Depois de um segundo, ele voltou a traçar carinhas felizes na minha bunda ou qualquer que fosse o que ele estava fazendo. Parecia que seus olhos estavam cavando buracos na pele descolorida e áspera, como se pudessem ver através das camadas como raio x.

“Você tem uma bunda linda.”

Uh.

“É serio. Sua bunda é extremamente linda, babe.” Ele continuou, e meus cílios levantaram enquanto minhas sobrancelhas franziam. “Você é uma das mulheres que somente nasceram com uma boa bunda. Nenhum tipo de exercício pode criar uma bunda assim.”

“Você está certo,” eu disse depois de uns segundos. “Eu acho que foram os Big Macs e os tacos que criaram essa bunda.”

Jax riu profundamente e isso me fez sorrir, então eu senti suas pernas se moverem sobre as minhas, seguida por seu cumprimento duro e quente pressionado sobre minha bunda. “Então nunca pare de comer esses Big Macs e tacos.”

Imediatamente eu estava molhada. Totalmente. Eu não sabia se era a sensação dele tão perto a minha parte mais sensível, ou o fato que ele tinha acabado de falar para eu nunca parar de comer os Big Macs e tacos. De qualquer forma, eu estava pronta.

“Eu posso fazer isso, “ eu disse com a voz tremula. “Comer Big Macs e tacos.”

Ele colocou um beijo no meu ombro enquanto seu joelho separava minhas coxas e sua mão deslizava entre nossos corpos. “Nós devemos estar saindo logo.”

Eu posso ter gemido algo negativo.

Sua risada dançou sobre meu ombro. “São quase dez. eu não tenho ideia de que horas seus amigos vão chegar.”

“Nós temos tempo,” eu disse a ele quando realmente não tinha certeza se tínhamos ou não.

A mão de Jax foi parar entre minhas pernas e meu quadril levantou quando seus dedos encontraram minha umidade. “Merda, querida, você é insaciável. Eu amo isso.”

Oh, meu coração fez uma pequena dança feliz quando ele usou a palavra amor mesmo que isso não significasse nada.

Sua mão desapareceu e eu esperei que ele saísse de mim e fosse pegar uma camisinha, mas ele não se moveu e, depois de uns segundos, eu comecei a sentir aqueles arabescos novamente. Me apoiando em meu cotovelo, eu olhei para ele sobre meu ombro.

Deus, só ele poderia parecer incrivelmente, ridiculamente sexy depois de ter dormido apenas algumas horas, com seu cabelo bagunçado e uma leve sombra em seu maxilar. Por um momento, eu meio que me perdi olhando para ele e quando eu percebi que ele estava encarando minhas costas. De verdade. Tensão se acumulou em meus olhos e depois do que pareceu uma vida, seu olhar encontrou o meu.

E eu disse o que precisava dizer. “Eu não gosto disso.”

Sua expressão ficou séria. “Por que, baby?”

Eu sabia pelo jeito que ele tinha perguntado que era algo genuíno e, por alguma razão, isso criou uma bola em minha garganta. Meus braços se moveram e eu voltei a descansar minha bochecha no travesseiro. “É feio,” eu sussurrei.

Jax estava quieto enquanto ele tirava algumas mechas de cabelo das minhas costas. “Você quer saber o que eu vejo quando olho para suas costas?”

“Que parece como o mapa das Montanhas Appalachia?” Eu brinquei, mas me sentia dura como ferro.

“Não, querida.” Ele inalou profundamente. “Eu vou ser honesto, okay? Eu não vou ficar sentado aqui e te dizer que o que eu vejo é algo fácil.”

Oh Deus. Meu coração caiu e eu pensei que ele fosse fugir.

“Mas não é pela razão que você acha,” ele continuou e eu senti, senti sua mão sobre a pior parte nas minhas costas e meu corpo todo pareceu reagir ao toque, mas eu não podia ir a lugar nenhum porque ele estava praticamente deitado sobre mim. “Quando eu vejo suas costas, o que eu penso é sobre a dor que você experimentou. Eu não sei exatamente como isso é, mas eu tive estilhaços perfurando minha pele e eu tenho certeza que isso não chega nem perto do que você sentiu. Mas quando a bomba acionou no deserto, eu vi soldados" meus amigos" serem queimados vivos.”

Eu apertei meus olhos fechados, mas suas palavras dispararam imagens na minha cabeça que eu não queria ver, mas precisava.

“E eu sei que não tem uma dose de analgésicos que pode realmente amortizar o tipo de dor que essas queimaduras fizeram e você sobreviveu a isso. Isso é o que eu penso quando eu as vejo. Também penso sobre como essas malditas cicatrizes moldaram sua vida. Como elas te derrotaram e ainda assim você é uma das meninas mais lindas que eu já vi e essas cicatrizes não mudam isso. Elas não são nada comparadas com seu sorriso, com seus olhos azuis ou com sua linda bunda.”

Oh meu Deus.

E ele não tinha terminado. “Você sabe o que mais eu vejo? Um lembrete físico de quão forte você é Calla, o quão corajosa você é. Isso é o que eu vejo quando olho para suas costas. Um mapa de braveza, de força e de coragem.”

Oh meu Deus.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Uma bola de emoções estava na minha garganta novamente, pronta para explodir e inundar a terra.

“E essa merda não é feia.” Ele baixou sua voz até virar um sussurro.

Eu me virei, me apoiando em meus cotovelos e olhei sobre meu ombro para ele novamente. Seu rosto estava embaçado. “Jax...”

“Essa merda é linda em seu jeito único, mas ainda assim linda.”

Algumas lágrimas caíram e eu sabia que eu realmente iria começar a soluçar, porque essa era a coisa mais perfeita que eu já tinha ouvido, e tudo que eu consegui dizer foi um sem graça. “Obrigada.”

Um lado de seus lábios se curvaram para cima.

Eu queria dizer mais e eu iria chorar mais, e era uma coisa boa que seu telefone começou a tocar porque eu estava a segundos de dizer a ele que o amava e que queria ter seus bebês. Não ter seus bebês agora, mas depois, mas eu imaginava que era cedo demais para dizer uma coisa dessas, mas por Deus, eu o amava.

Jax ignorou seu telefone enquanto me virava de costas. “Eu acho que você entendeu,” Apoiando um braço no travesseiro, ele afastou as lágrimas com sua outra mão. “Finalmente.”

A semente do entendimento esta lá, e era pequena e frágil, mas estava lá, enterrada em meu estômago como uma que tinha acabado de desabrochar. Precisava de amor e cuidado, mas eu estava começando a compreender.

Ele sorriu e disse, “Sim.” Então ele baixou sua cabeça, beijando minha bochecha esquerda assim que seu telefone começou a tocar novamente. Ele se afastou, atirando um olhar para o criado-mudo.

“Você deveria atender.” Minha voz era grossa.

Jax não parecia que queria, mas com um palavrão, ele saiu de cima de mim e pegou seu celular. Ele atendeu a chamada com um “O que?”

Eu tinha acabado de me ajustar contra o travesseiro, prestes a repassar todo seu discurso novamente de um modo meio obsessivo, quando Jax se sentou de repente. “Que?”

O tom em sua voz me fez ficar ansiosa e eu reagi. Me sentando, eu peguei o lençol e cobri meus seios.

“Sim, eu sou Jackson James. O que está acontecendo?” Houve um período de silêncio e, então, ele estava de pé e eu estava encarando seu traseiro definido. Ele olhou sobre seu ombro para mim, com o maxilar tenso. “Sim. Obrigado. Yep.”

“O que está acontecendo?” Eu perguntei logo que ele abaixou o telefone.

Jax pegou seu jeans e roupa de baixo do chão. “Você precisa acordar e se vestir querida.”

O seu tom dizia que não havia lugar para argumentar e eu sabia que algo tinha acontecido, então fiz o que ele pediu. Eu joguei as cobertas pro lado e me levantei. Jax já estava de jeans e logo estava na minha frente.

Fiquei sem ar quando eu vi o olhar que ele tinha. Oh não. Meu coração acelerou. “É minha mãe, não é? Eles acharam seu co...”

“Não, querida. Não é sua mãe.” Ele segurou minhas bochechas, seus olhos procurando os meus. “É Clyde. E é serio. Ele teve um ataque cardíaco.”

Uma das razões que eu queria ser uma enfermeira era porque eu odiava hospitais. Eles eram o centro de memórias de perdas, dor e desespero e de um modo, me tornar uma enfermeira era um jeito de superar esse medo. Mas mesmo por razões óbvias, eu não estava pensando na minha futura carreira e eu odiava eles ainda mais hoje que eu tinha em muito tempo, porque eu estava a beira de ter mais uma memória horrível atrelada a um hospital.

Nós estávamos na sala de espera do lado de fora do tratamento intensivo, e estávamos ali por pelo menos meia hora. Nós tínhamos chegado, onde fomos avisado que omédico de Clyde iria nos ver logo, mas ninguém tinha vindo.

Isso não podia ser bom.

O lugar estava vazio com a exceção de Jax e eu, e eu estava grata por isso porque eu mal estava me contendo. Quando Teresa ligou dizendo que estava a cinco minutos da casade Jax, eu tinha esquecido totalmente deles. Uma vez que expliquei o que aconteceu, ela disse imediatamente que iria para o Hospital Montgomery, mas eu disse para eles não virem e que eu os manteria informado. Primeiro, eu queria que eles aproveitassem odia em Philly e, depois, eu iria perder a calma se eles estivessem aqui.

Eu iria perder de qualquer maneira.

Agora eu encarava o quarto branco e estéril com cadeiras marrons e sofás. Tudo que eu sabia que que ele tinha tido um ataque cardíaco e que era feio. Clyde estava na cirurgia. Era isso.

“Querida, eu acho que você deveria se sentar,” Jax sugeriu.

“Não posso.” Eu passei pela fila de cadeiras. “Quanto tempo mais você acha que vai levar?”

Ele se inclinou para frente, apoiando seus braços em suas coxas. “Não sei. Esse tipo de coisa pode levar muito tempo.”

Concordando, eu cruzei meus braços sobre meu peito e continuei andando. “Eu sabia que havia algo de errado com ele, especialmente noite passada. Ele estava esfregando muito seu peito, ficando com o rosto vermelho ou extremamente pálido. E ele estava suando...”

“Calla, você não sabia. Nenhum de nós sabia. Você não pode se culpar por isso.”

Ele tinha um bom ponto, mas eu tinha visto o jeito que Clyde estava noite passada quando ele apareceu e correu para cima do sequestrador. Eu balancei minha cabeça enquanto a raiva crescia dentro de mim como uma sombra na noite. “Foda-se ela,” eu suspirei.

Jax se endireitou.

Eu olhei para ele por um momento então desviei o olhar. “Eu sei que ele deveria estar muito estressado por causa do bar e por causa dela estar desaparecida. Inferno, você está estressado! Você esteve cuidando do bar por ela e pelo que? Gorjetas e pagamento mínimo?”

Uma expressão estranha apareceu em seu rosto enquanto ele esfregava a mão em seu maxilar.

“Eu quase fui sequestrada ontem a noite por causa dela e Clyde estava lá. Ele não precisa desse tipo de stress. O que isso fez com ele?” Eu parei, descruzando meus braços e apertando minhas mãos em punhos. A raiva tinha virado veneno em meu sangue enquanto eu dizia. “Eu odeio ela.”

Jax piscou. “Babe...”

Perdi a respiração. “Eu sei que não devia mas não consigo evitar. Olhe o que ela fez com tudo mundo. E pelo que? Eu sei que sua vida foi difícil porque eu a vivi! Eu estava ao seu lado, Jax! Eu viviisso também, mas eu...”

“Nós provavelmente não estaríamos aqui hoje. Você sabe disso, certo?” ele disse com a voz baixa. “Ela nos deu isso.”

Ela nos deu isso.

Eu fechei minha boca, meus ombros tensos. Eu encarei seus olhos e tive que desviar o olhar. A queimação em meu peito doía. E tão rápido quanto o veneno entrou nas minhas veias, ele diminuiu e eu sussurrei. “Sim, ela nos deu isso.”

“Você não a odeia.”

Meus olhos se fecharam para evitar o fluxo de lágrimas. “Eu sei.”

A verdade era que às vezes eu queria odiá-la, porque ai eu não me importaria com o que acontecesse com ela e com o que ela tinha feito da sua vida. Eu não teria de me preocupar com quais drogas ela estava usando. Eu não teria que me preocupar se ela tinha um teto sobre a cabeça ou roupas limpas. Eu não teria que me preocupar e, merda, importar dói.”

Uma emoção crua esteve ali por tanto tempo antes de hoje, dessa semana ou até mesmo desse ano, começou a crescer em mim, e eu comecei a tentar controlá-la. Eu precisava focar em outra coisa. “Por que eles te ligaram?”

“Eu acho que sou seu contato de emergências.”

O que significava que eu não era. Eu não era o contato do homem que ajudou a me criar. Era burrice me sentir culpada sobre não ser o contato de emergência de Clyde, mas eu sabia que se eu viesse mais aqui, eu estaria na posição de ser contatada. Me assustava saber que isso poderia ter acontecido e ninguém teria me avisado.

E isso me atingiu com a força de um caminhão em alta velocidade.

Eu estava fazendo isso errado. Minha vida. Completamente errada, porque haviam sido minhas escolhas que levaram a minha saída dessa cidade e tinham sido

minhas escolhas que praticamente acabaram o relacionamento com o homem que tinha sido o único modelo na minha vida. Eu poderia ter mantido contato. Eu poderia estar por perto. Porra. Talvez se eu tivesse, minha mãe teria achado mais difícil de me cortar. Quem sabia? Mas eu tinha corrido na primeira chance que tive e eu sabia que Clyde não me culpava por isso, mas ainda assim. Eu disse a mim mesma que odiava o bar, mas minhas memórias mais felizes tinham sido ali. Eu mentia para mim mesma. Muito.

Se eu usava um mapa de coragem, bravura e força nas minhas costas, eu certamente não me comportava assim há muito tempo. Não desde que minha mãe roubou meu dinheiro e eu conheci Jax.

Meus joelhos estavam fracos, e eu não tinha ideia de como eu não cai de bunda no chão. “Oh meu Deus.”

Jax olhou para mim. “Querida, ele vai ficar bem.”

“Se eu não tivesse voltado aqui esse verão e se ele ainda tivesse esse ataque cardíaco, eu não teria como saber.” Eu parei na frente dele. “Jax, eu nunca iria saber, e se ele morresse? E se essa fosse a última oportunidade que eu teria de vê-lo?”

Sua expressão ficou tensa enquanto ele passava um braço em volta da minha cintura e me puxava para seu colo. Sua outra mão foi para minha bochecha. “Querida, se algo acontecesse com Clyde eu teria entrado em contato com você.”

Lágrimas caiam. “Mas como? Você não me conheceria ou teria um jeito de me encontrar. Você sabia sobre mim, mas isso é diferente.”

Aquela expressão estava novamente em seu rosto, mas sua mão deslizou para meu pescoço e ele guiou minha bochecha para seu peito. “Eu teria encontrado você, querida, mas você está aqui e é isso que importa.”

Fungando, eu passei meus braços em volta dele e fiz algo que não tinha feito a anos. Eu rezei, realmente rezei para que Clyde ficasse bem. E eu meio que me senti uma paga pau por estar rezando, mas eu fiz mesmo assim.

Eu fiquei ali até que a porta se abriu, então meafastei., esperando ver o médico, mas era Reece que entrou, usando seu uniforme. Ele estava trabalhando. Eu fiquei tensa e

ele deve ter visto isso em meu rosto e imediatamente correu para me tranquilizar. “Eu soube sobre Clyde. Só queria saber se está tudo bem.”

“Ele está fazendo uma cirurgia,” eu disse a ele. “Eu não sei nada mais que isso.”

“Conhecendo Clyde há uns anos,” Reece disse depois que se sentou ao nosso lado. “Ele é um homem forte. Ele vai passar por isso.”

Eu respirei, ainda sem certeza, e Jax passou sua mão pelas minhas costas. “Obrigada.”

Reece não disse muito mais, mas ele se sentava como se estivesse planejando ficar por um tempo, o que me deixou calma e aquecida. Quando a porta abriu novamente uns dez minutos depois, eu vi Teresa passando pela porta, seguida dos meus amigos e meu coração apertou.

Eu os encarei enquanto eles faziam seu caminho até onde eu estava. “O que vocês estão fazendo aqui?”

“Nós tínhamos que vir,” Teresa disse, se sentando do outro lado. Ela se inclinou e apertou meu braço. “Nós queríamos ter certeza que você estava bem.”

Cam e Avery ficaram na mesma posição que nós do outro lado as sala, ela em seu colo descansando sua cabeça contra o peito dele. “Nenhum de nós se sentiu bem.”

“Nós queríamos estar aqui com você,” Jase disse, se sentando ao lado de Teresa.

Eu abri minha boca, balbuciei um tipo de obrigada, e me virei, enterrando meu rosto no pescoço de Jax. Seus braços me apertaram mais e eu disse a mim mesma para não chorar, porque era idiota, mas eu estava transbordando emocionalmente, e eu fiquei daquele jeito até que meus olhos pareciam de alguma forma secos, então eu os agradeci novamente. Eu me recompus e consegui segurar e seguir a conversa ao meu redor.

Pelas próximas horas, Roxy e Nick apareceram em momentos diferentes, ficando até que eles tivessem que voltar para o bar. Roxy tinha ficado longe de Reece, mas quando ela saiu, ele misteriosamente levantou e saiu também. Eu imaginava o por que. Todos que trabalhavam no bar apareceram alguma hora, e foi bom para minha alma ver que tantas pessoas se importavam com Clyde.

Quando eu sussurrei isso para Jax, ele sussurrou de volta. “Eles também se preocupam com você.”

E ele estava certo. Como sempre. E isso estava ficando meio irritante.

A porta se abriu novamente logo depois disso e meu estômago caiu quando eu vi que era a médica. Eu comecei a me soltar, mas Jax me apertou ainda mais, e tudo que eu era capaz de fazer era encarar o médico.

“Como ele está?” Eu perguntei, meu coração batendo rápido.

Vestido de azul e parecendo extremamente exausto, a mulher passou sua pequena e delicada mão sobre seu cabelo salpicado de branco. “Você é da família?”

“Sim,” eu imediatamente respondi. Consanguínea ou não, Clyde era família.

Seus olhos passaram pela sala de espera. “Vocês todos são da família?”

“Sim, nós somos todos da família,” Jax respondeu, sua mão em meu estômago. “Como ele está?”

Ela andou para a pequena poltrona do outro lado onde estávamos sentados e colocou suas mãos nos joelhos. “Ele sobreviveu a cirurgia.”

“Oh, graças a Deus,” eu sussurrei, quase pulando contra Jax.

“Nós ainda não eliminamos todo o risco,” ela continuou dizendo e eu sabia pelos meus anos de faculdade que as próximas coisas que ela iria dizer eram sérias. “Ele sofreu um grande ataque por causa de vários bloqueios. Nós colocamos stents, porque normalmente...”

Eles normalmente viam uma recuperação mais rápida naqueles que tinham stents sobre os desvios. Enquanto a médica continuou, duas partes do meu cérebro funcionavam independentes da outra" a clínica e a pessoal. Mas, além de tudo, Clyde tinha sobrevivido a cirurgia e eu sabia que as coisas poderiam ficar muito piores nesse ponto, mas ele tinha sobrevivido e isso era ótimo. Lágrimas de alivio se formaram em meus olhos.

“Ele está dormindo agora e provavelmente vai ficar assim pelo resto do dia e agora, nós realmente precisamos deixar ele descansar” A médica levantou, sorrindo. “Se tudo se acalmar amanhã, pelo menos um de vocês pode visitá-lo se ele estiver bem.”

Eu levantei e Jax não me parou. “Obrigada" muito obrigada.”

Seu fraco sorriso permaneceu. “Agora todos vocês deveriam ir para casa descansar. Se algo mudar entre agora e amanhã, nós avisamos. Okay?”

Enquanto a médica saia, eu me virei e Teresa estava ali em pé. Ela passou seus braços em volta demim, e eu a abracei de volta. “Isso é bom,” ela disse. “Isso é muito bom.”

Piscando para afastar minhas lágrimas, eu concordei. “Eu sei. Clyde é forte. Ele vai superar isso.” Fungando, eu me afastei e sorri para ela. Jax estava de pé ao meu lado e ele pegou minha mão, entrelaçando seus dedos com os meus. Ele os apertou. “Obrigada,” eu disse novamente, totalmente emocionada enquanto me virava para meus amigos. “Obrigada.”

Avery sorriu em resposta e meus olhos caíram para sua cintura por alguma razão. Eu nãosei bem porque, mas eu vi que eles estavam sendo o casal tipicamente adorável do mundo inteiro; sua pequena mão estava na de Cam, suas palmas pressionadas juntas e seus dedos seguravam os dela.

Assim como os de Jax me seguravam.

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