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Capítulo Seis

O bar abriu à uma da tarde e, já que ninguém tinha entrado, Jax me colocou atrás do balcão do bar para fatiar limões e limas, com apenas um aviso.

“Por favor, não corte os dedos. Isso seria um saco”.

Eu revirei meus olhos e nem me incomodei de responder, trabalhando quietamente até que eu tinha todos cortados e prontos. Na maior parte do tempo, eu estava confortável atrás do bar se eu ignorasse a foto, que eu queria pegar e jogar fora.

Mas eu tinha coisas melhores para me preocupar.

De vez em quando, eu dava uma olhada rápida em Jax. Ele estava inclinado contra o balcão do bar, tornozelos cruzados e braços sobrados sob seu peito, e sua cabeça estava virada na direção da TV.

Quando saímos do escritório, ele me explicou que eu estaria no mesmo turno que ele, o que, aparentemente, começava às quatro da tarde e ia até o bar fechar. O que ele fazia no bar tão cedo hoje, eu não tinha ideia. Ele trabalhava nas noites mais movimentadas" de quarta a sábado" em turnos de dez horas.

Isso era além do meu horário usual para dormir, que era em torno das onze, mas eu poderia fazer. Eu tinha que fazer. Eu não tinha tempo a perder tentando conseguir um emprego no Outback como ele sugeriu.

Enquanto eu continuava a roubar pequenas olhadas, eu tentei novamente adivinhar sua idade. Eu poderia apenas ter perguntado, mas eu não tinha certeza se poderia. Ele não podia ser muito mais velho que eu, mas havia algo sobre ele que gritava maturidade. As maiorias dos caras na casa dos vinte anos que eu conhecia mal conseguiam sair da cama de manhã, incluindo a mim mesma, mas ele tinha esse ar de confiança e sabedoria que eu pensei que vinha com alguém mais velho" alguém com muitas responsabilidades.

Eu olhei ao redor do bar, vendo que ele ainda estava vazio e percebi algo, algo que estava o tempo todo na minha frente. Meu olhar voltou para Jax, seu cabelo agora seco e bagunçado, fazendo que as ondas castanho escuro caíssem do topo da sua cabeça.

Ele estava administrando o bar.

Tinha que ser ele.

Além disso, eu não tinha conhecido ninguém mais além de Pearl. Eu tinha visto os turnos no escritório e haviam mais dois garçons, Roxy e um cara chamado Nick. Outra atendente que trabalhava apenas de sexta e sábado chamada Gloria e, então, havia um tal de Sherwood que trabalhava na cozinha com Clyde.

Talvez eu estivesse enganada e fosse um deles, mas eu tinha uma intuição que não era, e eu não sabia o que pensar sobre isso. Mas eu estava curiosa. Porque ele iria investir tanto no Mona’s?

Fora do meu controle, meu olhar viajou para onde seu cabelo estava cortado logo acima da gola da sua camiseta, para suas costas e, então, viajando para seus jeans desgastados.

Deus, ele tinha uma ótima bunda. Uma obra de arte. Mesmo que seus jeans não fossem nada justos, mas a forma geral"

Jax, inesperadamente, virou seu pescoço, olhando sobre seu ombro para mim, justo quando eu estava olhando ele. Mais como encarando ele.

Um lado de seus lábios se curvaram para cima.

Ele tinha percebido.

Calor passou pelo meu rosto enquanto eu rapidamente desviava o olhar, pensando em vários xingamentos. Eu não estava admirando ele. Eu não precisava admirar ele. Quero dizer, eu passei muito tempo avaliando garotos porque isso nunca levava a nada mais.

Nunca poderia.

“E agora?” eu perguntei, limpando minha garganta enquanto eu lavava minhas mãos antes que eu terminasse com meus dedos sujos de limão perto dos meus olhos.

“Nós não temos um estoque então todo dia precisamos conferir se o bar está abastecido. Também precisamos fazer uma contagem de inventário. Isso já foi feito hoje, mas eu posso te mostrar como fazer. Tenho certeza que isso mudou desde a última vez que você esteve por aqui”.

Muitas coisas mudaram desde a última vez. Enquanto eu secava minhas mãos, eu me perguntei se minha mãe alguma vez tinha feito uma contagem de inventário. “Quem está administrando o bar?”

A linha em suas costas enrijeceu e ele se virou totalmente para mim. “Eu preciso te mostrar onde guardamos tudo. A cerveja é mantida refrigerada, fora da cozinha. Os destilados estão nos fundos”. “Ele se afastou do balcão e saiu, me deixando sem opção além de segui-lo pelo corredor”.

Quando paramos na frente do escritório, eu arrumei meu cabelo, passando ele pelo meu ombro esquerdo. “Eu sei que não é o Clyde”.

Ele pegou um molho de chaves. “Não sei do que está falando, querida”.

Eu franzi minhas sobrancelhas enquanto ele abria a porta. “Quem está administrando o bar? Mantendo tudo em ordem?”

A porta se abriu. “Viu essa lousa?” ele apontou com seu queixo para onde ela estava pendurada perto das prateleiras. “Qualquer coisa que sair daqui, precisa ser anotada. Qualquer coisa. Essa é a mesma planilha que fazemos o inventário”.

Eu rapidamente olhei para a planilha. Parecia autoexplicativa.

“O mesmo para tudo que entra. Tudo está bem arrumado aqui, então vai ser fácil encontrar”. Ele se virou, me apressando para fora do cômodo, mas quando ele tentou passar por mim, fiquei no seu caminho.

“Quem está administrando o bar, Jax?” Eu perguntei novamente e, quando seu olhar passou para além de mim, seus olhos se estreitando levemente, minhas suspeitas estavam confirmadas. “É você, não é?”

Ele não disse nada.

“Você vem administrando o bar e é por isso que esse lugar não é mais uma total lástima”.

“Total?” Seus olhos castanhos me encontraram.

Eu virei meu queixo para a esquerda. “Não é nada como costumava ser. As coisas estão organizadas e limpas. Mona’s está até dando lucro”.

“Não muito lucro”.

“Mas esse ano ele foi muito melhor do que foi durante os outros anos”. Eu apontei. “Isso é por causa...” minhas palavras ficaram presas emminha garganta quando suas mãos seguraram meus ombros. Eu engoli.

Ele baixou sua cabeça, seu olhar segurando o meu enquanto ele falava. “Não é só por causa de mim. Nós temos pessoas que se importam e Clyde sempre se importou. Isso é porque estamos melhor.Foi um trabalho em equipe. Ainda é”.

Nosso olhar ficou cara a cara e, como na última noite na cozinha da minha mãe, eu estava atordoada pelo silêncio da sua aproximação. Eu não gostava de ninguém assim tão perto, permitindo que eles vissem minha maquiagem.

“Nós temos um publico melhor vindo agora”. Ele continuou, e seu olhar me impedia de desviar ou me esconder. E merda, isso era muito desconfortável considerando que eu era ótima em me esconder. Sua voz ficou ainda mais baixa. “Policiais fora de turno. Alguns estudantes da faculdade comunitária local. Até motoqueiros que vem e não causam problemas. Sem as péssimas pessoas que a Mona tinha aqui, mesmo que o publico se exalte as vezes, isso ficou melhor”.

“Obviamente”. Eu murmurei.

Seus cílios impossivelmentegrossos baixaram, levando junto meu olhar parando na altura de seus lábios. Deus, como poderia ele ter uma boca assim? Aquele meio sorriso apareceu, aquecendo meu rosto todo. “Interessante”. Ele disse.

Eu pisquei. —“O que é interessante?”

“Você”.

“Eu?” Eu tentei dar um passo para trás, mas suas mãos apertaram mais meus ombros. “Eu não sou nada interessante”.

Sua cabeça inclinou para o lado. “Eu sei que isso não é verdade”.

Por que parecia que o peso das suas mãos em meus ombros era, possivelmente, a coisamais prazerosa que eu tinha sentido? Mesmo que ele estivesse apenas me tocando ali, eu sentia aquele peso percorrer todo meu corpo.

Oh Whoa, isso era ruim.

“Não sou”. Eu sussurrei finalmente e, então, a diarreia verbal estava de volta como uma vingança daMontezuma. “Eu sou a pessoa mais entediante que já existiu. Eu nunca fui a uma praia ou a Nova York. Nunca andei de avião ou fui a um parque de diversões. Eu não faço nada quando estou na escola e eu...” Eu parei, deixando sair um suspiro. “De qualquer modo, eu sou entediante”.

Uma sobrancelha levantou. “Okay”.

Deus, eu precisava achar uma agulha e linha para dar um jeito na minha boca.

“Mas, nós temos de concordar em discordar disso também”. Humor brilhava em seus olhos e, o como estávamos tão perto, eu percebi as finas linhas marrom escuro perto de suas pupilas.

Eu tentei me afastar novamente, mas não deu em nada. Meu peito levantou rapidamente quando inalei profundamente. “Por que você se importa tanto com esse bar?”

Foi sua vez de piscar. “O que você quer dizer?”

“Por que está colocando tanto empenho nele? Você poderia estar trabalhando em um lugar melhor, provavelmente lidando com menos stress que administrar um bar sozinho”.

Jax me encarou por um momento e, então, suas mãos deslizaram dos meus ombros, pelo meus braços, deixando um rastro de arrepio no seu caminho antes de caírem completamente. “Você sabe, se você me conhecesse melhor, você não teria de fazer essa pergunta”.

“Eu não te conheço”.

“Exatamente”. Ele passou por mim e voltou para o bar, me deixando parada no corredor, um pouco mais do que confusa.

Claro que eu não o conhecia. Eu tinha acabado de conhecer ele, ontem, então por quê? Era só uma pergunta. Eu me virei, trazendo meu cabelo sob meu ombro esquerdo novamente. Inalando. Exalando.

Eu tinha um problema.

Bem, eu tinha um monte de problemas, mas eu também tinha um novo.

Eu queria conhecer Jackson" Jax" James melhor e não deveria. Isso deveria ser a última coisa que eu gostaria de fazer, mas não era.

Ser bartender era difícil.

Porque, depois de praticamente crescer em um bar, eu os tinha evitado uma vez que sai de casa e havia anos desde que tinha estado dentro de um. Anos atrás, eu sabia como fazer a maioria dos drinks apenas de ter visto eles serem feitos várias vezes, mas agora? Eu, oficialmente, era uma merda nisso. Mais em um nível hard-core. O quase todos os drinks, meus olhos ficavam colados na receita que ficava colada perto do balcão.

Por sorte, Jax não levou isso mal. Quando alguém chegava, o que começaram a fazer por volta das três, um depois do outro, e pediam um drink que parecia em outra língua para mim, ele não fazia isso mais difícil. Em vez disso, ele apenas observava, dando leves dicas se eu usasse o mexedor errado ou colocasse um pouco de bebida demais.

Tendo trabalhado como garçonete, eu sabia que conseguiria sorrir para me livrar das piores situações. Com homens velhos e meio cegos, isso funcionava ainda melhor.

“Leve seu tempo, querida”. Um homem mais velho disse quando eu tive que jogar fora o drink depois de ter colocado, sem medir, bebida suficiente para matar o cara. “Tudo que tenho é tempo”.

“Obrigada”. Eu sorri e refiz o drink, o que era simplesmente gin e tônica. “Melhor?”

O homem tomou um gole e piscou. “Perfeito”.

Enquanto ele se afastava, voltando para a mesa perto da sinuca, Jax se moveu atrás de mim. —Aqui. Deixe-me te mostrar como fazer sem medir. Se aproximando, ele pegou um copo pequeno e a garrafa de gin. “Prestando atenção?”

Uh.

Ele estava parado tão próximo ao meu lado que eu poderia sentir o calor emanando do seu corpo. Ele poderia estar falando sobre quantas vezes Marte circulava o sol até onde eu sabia. “Claro”, eu murmurei.

“Nós não usamos o medidor, mas é bem simples. Basicamente, para cada contagem, você está colocando 7,5ml. Então se você estiver colocando 45ml, você vai contar até seis. Para cada 15ml, você vai contar até dois”.

Parecia fácil, mas depois de tentar algumas vezes, eu ainda não estava colocando a mesma quantidade em cada contagem, e tudo que estava fazendo era desperdiçar bebida.

“Isso fica melhor com a prática”. Ele disse, apoiando seu quadril no balcão. “Por sorte, a maioria das pessoas prefere cerveja, shots e uns drinks mais básicos”.

“Sim, mas alguém vai vir aqui e pedir por um especial do Jax e eu vou ficar parada como uma idiota”. Eu disse enquanto limpava a bebida que havia derramado no bar.

Jax riu. “Só eu faço ele, então você não precisa se preocupar”.

Eu o imaginei oferecendo bebidas para meninas com quem ele queria transar e, imediatamente percebi o quanto não gostava dessa imagem. “Bem, bom saber disso”.

“Você está indo bem”. Empurrando para fora do bar, ele colocou sua mão nas minhas costas enquanto inclinava seus lábios perigosamente perto da minha orelha, me fazendo enrijecer enquanto ele falava, ar quente dançando sobre minha pele. “Apenas continue sorrindo como você estava e qualquer homem vai perdoar você”.

Meus olhos se arregalaram enquanto ele andava para a outra ponta do bar, cruzando os braços enquanto um dos caras que estava sentado dizia algo a ele.

Eu acho que me esqueci de como respirar enquanto estava congelada ali, encarando as costas de algum cara careca de camiseta branca.

Não havia duvidas que Jax sabia flertar. Enquanto eu me afastava do balcão do bar, limpando meu rosto do que eu imaginei que fosse um sorriso estúpido, eu olhei para o fim do balcão.

Jax estava rindo. Ele tinha essa risada profunda, onde ele levantava seu queixo e soltava um profundo som como se ele não desse a mínima para o mundo. O som ficou preso no canto dos meus lábios. Com quem fosse que ele estivesse falando parecia ter a sua idade, o que ainda era um mistério. O rapaz também era atraente" cabelo castanho escuro, um pouco mais comprido do que eu preferia, mas não tão longo quanto o do Jase. De onde eu conseguia ver, ele também tinha ombros largos.

Caras quentes sempre andavam em bandos e deveria haver alguma explicação cientifica para suportar essa teoria.

Roxy chegou no começo da noite, e ela foi outra surpresa. Eu não era a garota mais alta, tendo mais ou menos 1,70m, mas ela era uma coisa minúscula. Mal passando de 1,50m, ela tinha uma massa de cabelo castanho claro com mechas vermelho escuro preso em um coque alto. Ela estava usando uma armação preta que complementava as feições de seu rosto e estava vestida mais ou menos como eu, em jeans e uma camiseta. Eu decidi imediatamente que gostava dela, principalmente por que ela estava usando uma camiseta do Supernatural, com Dean e Sam nela.

Seus olhos se arregalaram quando ela me viu do outro lado do bar, e Jax rapidamente a chamou,indicando para onde ele estava apoiado no balcão. O que quer que ele disse a Roxy fez ela olhar na minha direção.

Eu odiava ser a pessoa nova.

Quando ela, finalmente, terminou de falar com ele, ele voltou a conversar com o outro cara quente. Eu me forcei a inalar profundamente para me acalmar. Conhecer pessoas novas pela primeira vez era... Difícil. Teresa provavelmente nunca viu esse meu outro lado porque acabamos nos aproximando rapidamente devido nosso desinteresse

mutual na aula de Apreciação Musical, mas tipicamente eu não era boa conhecendo pessoas novas. Por mais patético que isso soasse, eu sempre me preocupei que eles ficassem prestando atenção demais na cicatriz no meu rosto, quando eu sabia que eles iriam, porque eu iria. Era a natureza humana.

Enquanto ela dava volta no bar rindo, eu me perguntei se as pessoas poderiam mesmo ver ela atrás do balcão. “Oi,” ela disse, estendendo uma mão. “Eu sou Roxanne, mas todos me chamam de Roxy. Por favor me chame de Roxy”.

“Calla”. Eu apertei sua mão, rindo. “Prazer em conhecê-la, Roxy”.

Ela tirou sua bolsa de seu ombro. “Jax disse que você estuda em Shepherd, enfermagem?”

Meu olhar foi direto para onde ele estava. Merda, ele trabalhava e falava rápido. “Sim. Você está na faculdade comunitária?”

“Yeppers peppers”. Levantando uma mão, ela ajustou seus óculos. “Nada tão legal quanto enfermagem. Estou estudando design gráfico”.

“Isso é incrível. Você sabe desenhar também?”

Ela concordou. “Sim. Desenhar e pintar meio que corre no sangue da minha família. Não é a profissão mais lucrativa, mas é algo que eu amo fazer. Imaginei que transformar isso em design gráfico fosse melhor do que levar a vida de uma artista faminta”.

“Estou com inveja”. Eu admiti, penteando meu cabelo sob meu ombro esquerdo. “Eu sempre quis saber desenhar, mas não consigo nem mesmo fazer um boneco palito sem que pareça estúpido. Duas coisas que realmente não tenho" jeito para artes e talento.

Uma risada escapou dela. “Tenho certeza que seu talento é outra coisa”.

Eu franzi meu nariz. “Conta não saber quando calar a boca?”

Roxy riu novamente, e eu vi Jax olhar para nós. “Esse é um verdadeiro talento. Vou guardar minha bolsa. Já volto”.

Quando ela voltou, nós trabalhamos juntas no bar e, como Jax, ela era super simpática e paciente. Os clientes adoravam seu senso de humor, o que incluía desenhos

nos guardanapos que ela distribuía e, aparentemente, tinha a ver com sua escolha de camisetas. Parecia que várias pessoas olhavam o que sua camiseta dizia antes de fazer um pedido.

O bar não estava muito cheio, mas enquanto a quinta feira ia passando, a parte das mesas foi enchendo e, porque eu era lerda demais, eu saio de trás do bar.

Jax pegou meu braço. “Você está esquecendo de uma coisa”.

“O que?”

Aquele meio sorriso apareceu enquanto sua mão segurava meu braço, me puxando em sua direção. Eu mordi meu lábio inferior enquanto cambaleava para frente, não tendo ideia do que ele estava tramando. Eu cheguei perto dele, perto o suficiente para, quando ele abaixou, seu braço roçou na minha coxa.

“Você precisa usar um avental se vai ficar do lado de lá”.

Minhas sobrancelhas levantaram quando eu olhei para o meio avental. “Sério?”

seja”. Ele levantou seu queixo para Pearl.

Eu suspirei quando vi que ela tinha um amarrado em sua cintura e o peguei. “Que

“Vai combinar com sua camiseta”.

Eu revirei meus olhos.

Jax riu. “Deixe-me te ajudar”.

“A última vez que olhei, eu sabia amarrar um avental sem" Eu congelei. De algum modo o avental estava de volta em suas mãos enquanto a outra estava em meu quadril, me segurando. “Oque está fazendo?”

“Te ajudando”. Ele se inclinou, levando sua boca para minha orelha esquerda e, imediatamente, eu virei minha bochecha. “Nervosa?” ele perguntou.

Eu balancei minha cabeça, descobrindo que eu não sabia mais como formar silabas, e que issoera vergonhoso.

Sem dizer outra palavra, ele me virou para que minhas costas estivessem de frente para ele e deslizou um braço entre a cintura e meu braço. Eu não me atrevi a me

mexer.

“Você pode respirar, você sabe”. Seu braço passou pela parte de baixo do meu estômago, mandando uma série de arrepios enquanto ele ajeitava o avental.

“Estou respirando”. Eu me forcei a dizer.

Ele tinha um tom de surpresa. “Você tem certeza disso, querida?”

“Sim”.

Pearl entrou no bar nesse momento, carregando uma bandeja de copos limpos. Ela levantou uma sobrancelha na nossa direção. “Ocupando suas mãos, Jackie boy?”

“Jackie boy?” eu murmurei.

Jax riu não muito longe da minha orelha. “Fazer nós é difícil”.

“Uh-huh” Pearl respondeu.

“E eu gosto de manter minhas mãos ocupadas com ela”, ele acrescentou.

Meu rosto parecia que tinha sido queimado pelo sol quando ele terminou o que levou um tempo absurdo se você pensar sobre isso. Quando eu senti o puxão final do nó sendo feito, ele segurou a lateral do meu quadril.

Raios sagrados em um quarto inflamável.

“Tudo certo”. Suas mãos deslizaram pelo meu quadril e, então, ele estava me dando um pequeno empurrão em direção ao fim do bar. “Se divirta”.

Atirando um olhar a ele por cima do meu ombro, meus lábios se partiram enquanto ele deixava sair aquela maldita risada que eu decidi que não, em nenhuma circunstância, acharia sexy. Nope. Nunca.

Era totalmente sexy.

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