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Capítulo Vinte e Três

Eu estava tremendo enquanto ficava na frente de Jax. Até meus dedos estavam se contorcendo. Eu o amava. Eu estava apaixonada por ele. Eu não tinha ideia de quando isso tinha acontecido, era um sentimento incrível e assustador, e puta merda, era algo esperançoso, porque mesmo que eu tivesse gostado de caras no passado, até sentido desejo por alguns, eu nunca tinha me apaixonado por um deles e nunca pensei que realmente fosse conhecer um cara o suficiente para me apaixonar por ele.

Mas eu tinha.

Os olhos de Jax estavam grudados no meu rosto e parecia que ele estava lendo algo na minha expressão, porque veio um som do fundo de sua garganta que enviou um calafrio por mim.

E ele estava em mim.

Suas mãos seguravam minhas bochechas e ele inclinou minha cabeça para trás enquanto sua boca alcançava a minha. O beijo era profundo e emocionante. Eu podia sentir ele e outro gosto meio salgado que eu sabia que pertencia a mim e isso ativou meus sentidos. Sua língua se movia com a minha, passando pelo céu da minha boca antes de ir mais profundamente. Tudo que eu precisava sentir estava naquele beijo.

“Você tem certeza disso?” ele perguntou.

Eu tomei um fôlego, mesmo que não tivesse expandido meus pulmões. “Eu estou aqui nua. Eu tenho certeza.”

Jax riu e o som dançou sobre minha pele. “Eu esperava que sim mas querida, você nunca fez isso antes e eu quero ter certeza que você esteja cem por cento comigo.”

Meu peito apertou enquanto eu concordava. “Eu tenho certeza, Jax.”

Ele fez aquele som novamente antes de me beijar. “Eu estou tão feliz de ouvir isso, você não tem ideia.” Então ele pegou minha mão e colocou sobre seu peito, sobre seu coração. “Você pode confiar em mim.”

Segurando minha mão, ele me levou para fora da cozinha, para longe das luzes, pela sala de estar escura, até as escadas. Meu coração estava acelerado enquanto nós subíamos e parávamos em seu quarto, na frente de sua cama.

Ele soltou minha mão e eu observei ele andar para a cômoda. Ele abriu uma gaveta e pegou um punhado do que pareciam ser embrulhos de alumínio. Minhas sobrancelhas arregalaram. Um, quantas ele precisava? Ele sorriu quando viu minha expressão e jogou algumas na cama. Então ele se virou para mim.

Com os olhospresos no meu, ele retirou sua camiseta antes de se mover para o cinto que usava. Desprendendo ele, ele abriu o botão e abaixou o zíper de seu jeans. Ele abaixou eles e a boxer preta rapidamente seguiu.

E ele estava tão nu quanto eu.

Ele era maravilhoso. Cada centímetro dele. Do topo de seu cabeço bagunçado, pelas suas maçãs do rosto e seus lábios cheios, seu pescoço, sobre os cumes do seu abdômen e estômago. Mais para baixo ele era ainda mais magnífico. Os músculos em cada lado de seu quadril chamaram minha atenção por um momento até que meu olhar foi para a fina parte de pelos onde ele era mais duro.

Bom Deus.

Eu suguei meu lábio inferior e senti um calor gostoso passar por minhas veias. Jax com certeza não deixava a desejar nesse departamento.

Um lado deseus lábios se curvaram. “Venha aqui.”

Com meu coração pulsando em todos os pontos, eu andei para onde ele estava ao lado da cama. Ele colocou suas mãos em meus ombros e me guiou para baixo, para que eu estivesse sentada na cama. Então ele se ajoelhou, passando seus dedos pela parte externa das minhas penas, das minhas coxas aos meus tornozelos. Uma vez que ele chegou nas tiras da minha sandália, ele a soltou.

“Próxima vez, eu quero você usando esses sapatos,” ele disse olhando para cima. “Você entendeu?”

“Essa é minha menina,” ele murmurou, movendo suas mãos para a outra sandália. Uma vez que ele tirou meus sapatos, suas mãos viajaram para a parte de trás das minhas pernas enquanto ele se levantava. Ele não parou. Passando pelo meu estômago, pela curva dos meus seios, ele, eventualmente, chegou as minhas bochechas e parou.

Seus lábios estavam nos meus novamente, se movendo vagarosamente, provando e provocando até que sua língua passou pela borda da minha boca. Eu abri para ele e foi aquela pressa novamente, o calor instantâneo. Enquanto ele me beijava, suas mãos deslizaram pelos meus braços e embaixo deles. Ele me levantou, me levando ainda mais para o meio da cama, enquanto ele subia nela, suas pernas em cada lado meu,

Eu perdi o fôlego enquanto ele me deitava e eu estava, de repente, encarando ele. Meus nervos explodindo na beira do meu estômago. E se eu fosse ruim? E se eu não gostasse? Nem todas as mulheres aproveitavam tanto o sexo. Eu sabia disso. E se...

“Nós podemos parar qualquer hora que você queira. Okay?” ele disse, sua voz em um tom que fez meus dedos do pé se curvarem. “Se machucar, você me avisa. Se você não estiver gostando do que está acontecendo, você me diz. Okay?”

“Okay,” eu respirei, me forçando a relaxar.

Ele me deuum grande sorriso e, então, seus lábios estavam nos meus. O beijo era diferente, mais profundo, mais impactante. Sua boca trabalhou a minha até que eu estivesse implorando por ar, até que minhas mãos estivessem em seus ombros. Meus nervos se acalmaram enquanto seus lábios se moviam dos meus, viajando pelo meu pescoço e sobre a linha da minha clavícula, com uma série de pequenos e quentes beijos e passadas da sua língua.

Deus, ele sabia como usar essa boca.

Eu fechei meus olhos enquanto seus lábios se moviam para meus seios, sobre as cicatrizes, perto demais do meu mamilo. Minhas costas arquearam, saindo da cama, quando ele sugou profundamente e o som que saiu de mim iria me assombrar durante anos. Ele trabalhou o cume dolorido enquanto seus dedos iam para meu outro seio. Cada puxada da sua boca, cada investida de seus dedos enviava um raio de prazer pelo meu

corpo diretamente para meu centro, onde a bola de tensão começou a se formar novamente.

Ele moveu sua boca para meu outro seio e repetiu aqueles movimentos sensuais, fazendo meu sangue pulsar em vários lugares interessantes. Meu quadril se movia contra o dele, acariciando seu cumprimento duro e eu estava ofegante enquanto aquelas pequenas sensações passavam por mim.

Sua boca continuou lambendo, provando eprovocando enquanto ele movia seu corpo, levando uma de suas mãos para entre minhas coxas. Eu podia senti-lo lá, me segurando e meu quadril reagiu por puro instinto, pressionando contra ele.

Ele levantou sua cabeça de meu seio enquanto deslizava um dedo dentro de mim. Eu arqueei minhas costas novamente, inalando profundamente enquanto ele adicionava outro. “Isso é bom?” ele perguntou.

“Sim,” eu disse, e balancei minha cabeça junto, para caso ele não ter entendido.

Seu sorriso virou algo diabólico enquanto ele baixava sua cabeça, sugando o pico no mesmo ritmo que a investida de seus dedos. As duas sensações juntas era como ter um raio em uma garrafa. Um fogo começou em meu sangue e meus dedos se enterraram em seu ombro. Sua mão virou, pressionando a palma contra o bolo de nervos e meu quadril se moveu contra sua mão novamente. A liberação se formou rapidamente e quando se quebrou, eu joguei minha cabeça para trás, meu gemido rouco enquanto o poder do orgasmo passava por mim uma segunda vez naquela noite.

Jax se afastou rapidamente, alcançando o embrulho na cama. Pequenas ondas de prazer ainda passavam pela ponta dos meus nervos enquanto ele se erguia sobre mim, alinhando nossos quadris. Eu o sentia ali, contra minha pele húmida, e meus olhos se abriram.

Eu malconseguia respirar enquanto olhava em seus olhos.

“Você tem certeza?” ele perguntou novamente, seus braços tremendo onde ele os tinha apoiado ao lado da minha cabeça. “Me diga que você tem , querida.”

“Eu tenho.”

Ele fechou seus olhos por um momento antesde voltar a olhar para mim. “Santo Deus, obrigado. Eu quero você tanto que parece que estou saindo do meu corpo.”

Eu teria rido se ele não tivesse apoiado todo seu peso em um braço enquanto alcançava entre nós, guiando a si mesmo em mim. O primeiro ponto de pressão roubou meu ar e eu tremi. Ele nem deve ter percorrido um centímetro, mas eu me senti esticando. Havia uma queimação e eu não tinha certeza se gostava ou não. Eu mordi meu lábio

Seu olhar estava fixo no meu enquanto ele movia sua mão para minha bochecha. “Ainda comigo?”

Eu concordei porque eu não tinha certeza se podia falar. Seu dedão passou sobre meu lábio, retirando ele de entre meus dentes. Ele moveu seu quadril, uma leve pressão que o levou mais profundamente. Minhas coxas se fecharam nele enquanto a sensação de queimação aumentava, ativando algo que não era somente dolorido, mas mais como

prazer.

Seu braço ao lado da minha cabeça tremeu devido ao controle que ele estava exercendo. “Você é tão apertada. Merda, Calla, você está me matando.”

Um pedido de desculpa estava na ponta da língua mas quando seu quadril se moveu novamente, as palavras saíram mais como um gemido.

Ele congelou, sua mão curvada em meu maxilar. “Eu preciso ouvir que você está pronta, querida. Eu preciso ouvir você dizer isso.”

Minha boca estava seca, mas eu forcei as palavras a saírem. “Eu estou pronta.”

Jax segurou meu olhar por um momento e, então, me beijou. Meus lábios estavam selados, juntos, naquele ponto, mas ele trabalhou até que eu os abrisse para ele e, enquantoo beijo se aprofundava, ele investiu para frente, indo até o final. O beijo suprimiu o gemido enquanto uma onda de dor passava por entre minhas pernas, seguida por uma queimação intensa. Ele estava em mim, sem se mover, e eu sabia nesse segundo que não era mais virgem. Yep. Com certeza.

“Você está bem?” Sua voz era gutural.

Eu engoli. “Okay.”

E isso era verdade. A dor tinha sumido. A queimação ainda estava ali. Não era algo ruim. Era só algo que estava ali.

“Bem, eu estou prestes a transformar isso de algo okay para algo incrível,” ele disse contra meus lábios e eu tinha certeza que isso iria acontecer.

Mas enquanto ele me beijava novamente, ele começou a se mover, vagarosamente se retirando até que estivesse na metade e voltando a investir. A sensação dele me esticando era algo estranho. Novamente, não era doloroso, mas algo mais, algo que toda vez que ele se retirava e investia novamente, eu sentia em meu corpo todo.

Jax continuou devagar, mantendo o ritmo, até que a queimação não era mais dolorosa, mas algo totalmente diferente. A queimação virou uma pequena onda de prazer que reagia com cada retirada e investida.

Me sentindo mais confortável com isso, eu deslizei minhas mãos para baixo, pela sua lateral, até chegar em seu quadril enquanto eu movia meu quadril no mesmo ritmo do

seu.

“Merda,” ele gemeu e eu descobri bem rápido que me mover junto a ele era uma coisa boa, uma coisa realmente boa, então eu fiz isso de novo e de novo, e suas próximas palavras eram ásperas contra minha boca. “Porra.”

Eu movi meu quadril, no ritmo que ele me deixou criar e aquela bola de sensações estava de volta, crescendo e crescendo. Eu movi minhas pernas, passando elas em volta do seu quadril e, de alguma forma, ele conseguiu ir mais profundamente. Seus beijos viraram algo feroz, sua língua investindo no mesmo ritmo que seu quadril enquanto minhas unhas arranhavam a sua pele.

“Mais,” eu me ouvi sussurrar, não tendo ideia de onde essa palavra veio, mas ele respondeu.

Ele me deu mais.

Muito mais.

Seus movimentos aceleraram enquanto sua cabeça caia para o espaço entre meu ombro e meu pescoço. A pressão em meu centro se tornou tudo. Qualquer vestígio de dor estava há muito esquecido. Nossos movimentos ficaram fanáticos e qualquer ritmo que

havia estava completamente perdido. Ele gemeu em minha orelha enquanto minhas costas arqueavam, minhas mãos puxando ele para baixo.

“Deus, Calla, eu amo sentir você,” ele sussurrou em meu ouvido. “Eu consigo sentir você contraindo. Fodidamente lindo.”

Eu perdi a respiração. Eu estava a beira de algo maior, algo mais bonito e poderoso estava acontecendo em meu corpo, e ele parecia saber isso porque seu quadril começou a bater contra o meu. A fricção era intensa, poderosa. Eu sussurrei seu nome enquanto meu aperto nele intensificava. Tensão se formou eexplodiu, o prazer intenso e nada como das vezes anteriores. Era mais profundo, mais concentrado.

Seu quadril bateu contra o meu, todo o controle perdido enquanto ele enterrava sua cabeça em meu ombro. Ele investiu, indo mais profundamente e parou por um momento antes que seu quadril se movesse. Meu nome era um gemido contra minha pele enquanto ele encontrava sua própria liberação. Eu o segurei, mais emocionada do que achei que ficaria após o sexo, apertando meus olhos fechados enquanto respirava profundamente.

Pareceu uma eternidade antes que ele se movesse, levantando sua cabeça o suficiente para colocar um beijo na lateral da minha garganta, logo abaixo do meu ponto pulsante. “Você está bem?”

“Sim,” eu sussurrei. “Isso foi...” não haviam palavras para descrever o que eu estava sentindo. Nenhuma.

Ele se apoiou nos seus braços e levou sua boca a minha. Ainda dentro de mim, ele me beijou suavemente. “Isso foi... perfeito.”

Eu abri meus olhos. “Foi. Eu não...”

“O que?” ele perguntou quando eu não terminei.

“Eu não sabia que poderia ser assim,” eu admiti, me sentindo meio boba. “Eu só não pensei que poderia ser assim.”

Algo como um sorriso apareceu novamente antes que ele me beijasse e saísse. Havia um pequeno desconforto e uma sensação estranha pela perda do que estava me preenchendo.

Meu corpo era apenas pele enquanto ele saia da cama e ia em direção ao banheiro. Quando ele voltou, ele tinha se livrado da camisinha e estava carregando uma toalha úmida. Enquanto ele se sentava na beira da cama, ao meu lado, e gentilmente limpava as provas do que havia acontecido, eu fiquei alarmada pela intimidade de seus movimentos. De alguma maneira parecia mais do que ele havia feito. Minha garganta estava presa enquanto ele se levantou para deixar o pano no banheiro.

Eu não disse nada quando ele voltou para cama, para mim, e colocou as cobertas sobre nós. Ele me virou para que eu estivesse olhando para ele enquanto seu braço estava sobre minha cintura, nossos joelhos dobrados e pressionados juntos. Ele brincou com uma mecha de meu cabelo, torcendo ela em seus dedos. O silêncio se esticou entre nós por tanto tempo que eu comecei a me preocupar que ele não tinha gostado tanto quanto eu, que ele não estava tão movido quanto eu estava.

isso.” “Obrigado,” ele disse.

Eu pisquei. “O que?”

Um sorriso engraçado apareceu em seus lábios. “Obrigado por confiar a mim

Eu engasguei.

“É uma coisa importante.” Seus cílios se moveram e seus olhos encontraram os meus. “O que fizemos. Foi sua primeira vez. Eu estou honrado.”

Isso era real?

“Então,obrigado.”

Jax fechou a distância entre nós, juntando nossos lábios no que deve ter sido o beijo mais doce possível, me fazendo perceber que isso era real. Não uma alucinação induzida pelo orgasmo, não havia dúvidas que eu realmente tinha me apaixonado por ele.

Meus dedos cravaram no peito de Jax e eu joguei minha cabeça pra trás, gemendo enquanto gozava. Suas mãos apalparam meus seios e seu quadril investiu para cima enquanto eu fazia nada além de cair em seu peito. Seus braços me circularam enquanto

ele gozava e eu me foquei na respiração, porque era algo fácil enquanto eu sentia seu corpo se desfazer a minha volta.

Eu estava sedada e não servia para nada além de respirar enquanto sua mão circulava a parte de trás da minha cabeça, pressionando minha bochecha contra seu peito. Eu podia sentir seu coração batendo tão rápido quanto o meu. Sorrindo, eu fechei meus olhos.

Como ele me convenceu a fazer isso dessa maneira—eu por cima—eu não tinha ideia. Provavelmente começou com ele me acordando na manhã desegunda com sua boca em meu seio, sugando e lambendo. Isso tinha levado a ele se mover dentro de mim muito mais devagar que a noite anterior, se isso era possível. E pode ter tido algo a ver com o jeito que ele me deixou nua da cintura para baixo na noitede segunda em sua cozinha, e como tínhamos recriado o que tínhamos feito na noite anterior, mas com seu pau e não sua língua.

Eu nunca, nunca iria olhar para o balcão da cozinha do mesmo modo.

Ou pode ter sido a terça feira à tarde, depois de termos ido ao lugar onde Ike deveria estar acampado, o que no fim foi uma total perda de tempo. Ele não estava lá. Ninguém tinha visto ele há dias. Ele tinha sumido, como cinzas em um furacão. Isso foi decepcionante porque eu esperava que esse fosse uma boa pista, mas esse desapontamento sumiu na caminhonete, voltando para casa de Jax.

Jax podia fazer várias coisas ao mesmo tempo como uma facilidade, como dirigir com uma mão no volante enquanto a outra estava nas minhas calças. E eu paguei pelo que ele tinha feito quando chegamos na sua casa, de joelhos e feliz no meio da sala. Havia algo incrivelmente safado sobre isso.

Talvez foi a terça a noite que tinha ajudado ele a me convencer de ficar por cima essa tarde, porque eu tinha certeza que depois de ontem a noite, eu sabia em primeira mão o que a frase ‘foder até explodir a cabeça’ realmente queria dizer.

E era algo bom.

Poderia, também, ter sido por causa dessa manhã, porque ele, definitivamente, era uma pessoa que gostava de sexo de manhã. Era quando levava mais tempo para ambos

e se tornava algo extremamente épico. Mas foi quando ele me interrompeu, tentando preparar um banho que eu terminei na sua cama, com ele de costas e eu por cima.

Eu estava nervosa, apesar de tudo. Com ele por cima, eu realmente não estava pensando na condição do meu corpo. Ele podia ver toda a minha parte da frente, mas isso tinha funcionado. Muito bem. Do jeito que eu achava que estar por cima poderia ser minha posição favorita entre todas.

“Nós precisamos nos arrumar para o trabalho,” ele disse.

“Eu não quero me mover.”

Ele riu. “Eu realmente não quero, mas...”

Eu suspirei. “Não podemos só ficar aqui, assim, para sempre?”

Isso levou ele a rir novamente enquanto ele dava uma palmada em minha bunda. Rindo, eu rolei de cima dele e terminei em uma pilha de ossos ao lado dele na cama. “Você pode tomar banho primeiro. Eu vou tirar um cochilo.”

Ele se virou de lado, parando seus dedos sobre a curva do meu quadril. “Nós podemos tomar banho juntos.”

Eu bufei. “Nós não iríamos tomar banho.”

“Por que não?” ele provocou, beijando meu ombro.

“Nós terminaríamos fazendo isso novamente e eu não tenho certeza se posso aturar mais um orgasmo sem perder alguns preciosos neurônios.”

Ele riu contra minha pele. “Você tem razão.” Então ele moveu sua cabeça, achando meus lábios e me beijando. “Eu não vou demorar.”

“Uh-huh.”

Jax demorava mais no banho que qualquer outra menina que eu conhecia. Eu estava constantemente impressionada que ainda havia água quente quando chegava a minha vez. Mas que seja. Um banho frio poderia ser uma boa coisa, do jeito que tudo estava caminhando.

Então eu fiquei ali deitada, entrando e saindo do sono, me deixando ir para aquele lugar quente e feliz que eu totalmente admitia que estava loucamente, profundamente e, talvez, idiotamente apaixonada por ele. Mas que seja. Eu não ligava sobre um possível coração quebrado, um término como se fosse o fim do mundo depois de todo o entorpecer do sexo.

Quando Jax finalmente saiu do banho, levou um pouco mais de tempo para me arrumar. Eu estava me movendo na mesma velocidade de uma tartaruga. Enquanto eu secava meu cabelo com o secador, do jeito liso e sem graça, porque eu estava além do ponto de gastar qualquer energia nele, eu imaginava como seria o trabalho agora que nós tínhamos totalmente feito isso. Como, várias vezes. Por toda a casa. O tipo de sexo que explodia em qualquer lugar.

Eu estava um pouco ansiosa enquanto ele dirigia para o Mona’s. Eu estava tentando de tudo para não me preocupar quando eu ouvir o telefone tocar na minha bolsa. Feliz pela distração, eu o peguei e descobri que eu tinha um e-mail do departamento financeiro de Shepherd.

Meu coração acelerou. “Oh Deus.”

“O que?” Jax perguntou, olhando para mim enquanto chegava na rua principal.

“Eu tenho um e-mail do meu consultor financeiro. Tem de ser sobre os

empréstimos estudantis, se eu consegui mandar meu pedido a tempo.” Eu disse a ele.

Seu olhar voltou para a rua. “E?”

“Eu estou com medo de ler.”

“Quer que eu leia?” ele ofereceu.

Eu poderia abraçá-lo e beijá-lo nesse momento. “Sim, mas você está dirigindo e se forem boas ou más noticias eu não quero morrer em uma pilha dos anos cinquenta.”

Ele bufou.

Inalando profundamente, eu abri o e-mail e esperei pelo download da mensagem. Claro que isso levou para sempre e eu estava prestes a bater minha cabeça contra o painel enquanto esperava, mas a mensagem finalmente apareceu. Eu rapidamente passei por ela,

olhando as palavras chaves. Quando eu achei a palavra parabéns entre as outras como taxas do empréstimo, eu soltei um grito, animada, e me virei para Jax tão rápido que quase me enforquei com o cinto de segurança.

Seus lábios se curvaram em um grande sorriso. “Eu estou presumindo que sejam boas notícias.”

“Totalmente! Eu fui aprovada. É dinheiro suficiente. O departamento vai adiantar e programar minhas aulas,” eu disse a ele, praticamente pulando em meu banco.

Ele se inclinou, colocando sua mão em meu joelho e apertou gentilmente. “Isso são ótimas notícias querida.”

E eram. “Esse é um peso gigante que saiu dos meus ombros. Pelo menos eu sei que vou conseguir terminar a faculdade. Isso é grande.” “É. Eu estou feliz por você.”

Pelo tom e o sorriso em seu rosto,eu podia dizer que ele estava realmente feliz por mim, e isso me deixou toda aconchegada e animada até que eu percebi que isso significava que eu estaria indo embora em Agosto, de volta a faculdade e Jax ficaria aqui.

Merda.

Como eu podia ter esquecido disso?

Parte da minha felicidade foi por água abaixo, não a maior parte, mas o suficiente para que eu estivesse irritada comigo mesma por deixar isso acontecer e frustrada porque eu, de repente, precisava definir exatamente o que éramos e o que significaria quando eu voltasse para a faculdade.

Quando entramos no Mona’s, e eu estava atrás do bar, cortando limões e algumas folhas frescas de menta, eu consegui encontrar um meio termo feliz entre os dois. Eu iria aproveitar o que eu tinha agora e não iria me preocupar com o que havia no futuro. Como o fato que eu precisava trazer minha mãe aqui até amanhã à noite.

E isso não parecia com algo que fosse acontecer.

O fato de Jax ter me beijado antes de desaparecer no escritório, na frente de Nick e Clyde, talvez tivesse algo a ver sobre não me preocupar com muitas coisas que eu não tinha controle.

“Esse é meu garoto,” foi o que Clyde disse antes de voltar para a cozinha.

Sorrindo, eu balancei minha cabeça enquanto movia a taboa para o lado. Dentre tudo, as coisas estavam boas, eu acho. Eu não era mais virgem. Eu estava apaixonada pelo cara que tirou minha virgindade e eu tinha certeza que ele gostava de mim. Muito. E minha ajuda financeira foi aprovada.

E eu tinha chegado viva na quarta a noite sem ninguém nos atropelando, ou corpos sendo jogados na porta da frente ou tendo usado Dermablend.

Eu decidi que foram três dias ótimos.

O bar estava calmo, só comigo e com Nick atrás do balcão quando um casal jovem entrou. No tempo que eu estava ali, eu sabia que eles não eram clientes regulares e eu os observei enquanto ocupavam dois bancos vazios.

Eles faziam um casal adorável" ela era baixa, como a pequena Roxy e ele era super alto, com um cabelo castanho bagunçado. A menina tinha os olhos azuis lindos, um contraste contra seucabelo escuro.

“O que eu posso pegar para vocês dois?” eu perguntei.

A menina passou uma mão por sua camiseta da Universidade de Maryland. “Só uma Coca, por favor.”

“E o menu.” O rapaz completou, colocando seus cotovelos no balcão do bar. “E outra Coca.”

“É para já.” Depois de pegar suas bebidas, eu entreguei a folha coberta com plástico para eles. “As batatas fritas são ótimas. Assim como as asas de frango, se você é fã do tempero do tipo Old Bay32.”

32 http://www.oldbay.com/Products/Old-Bay-Seasoning

Os olhos da menina se iluminaram. “Eu amo Old Bay. Eu acho que é um pré requisito para cursar a faculdade em Maryland.”

A Universidade de Maryland não era muito longe de Shepherd. “Vocês estão viajando?”

Ele concordou. “Visitando Philly hoje. Syd nunca esteve aqui.”

“Estão aproveitando?”

Syd concordou. “Ele me levou pela primeira vez em um jogo dos Phillies, mas eu não pedi nada para comer então, agora estou faminta.”

O cara olhou o menu. “Eu acho que vamos querer uma porção de fritas e de frango. Com osso. Dezesseis pedaços.”

Eu fui levar o seu pedido e quando voltei, o velho Melvin estava no bar, esperando por mim.

Oh não.

Eu sorri para ele, mesmo que ele parecesse como se estivesse prestes a desabar, mas meu sorriso se perdeu quando a porta se abriu e Aimee com dois ‘es’ entrou. Seu olhar viajou pelo bar, alémde mim, até o Nick, que parecia irritado.

Eu coloquei uma cerveja em um guardanapo na frente de Melvin sem ele pedir, esperando que isso de alguma forma fosse levá-lo a ir embora.

Não funcionou.

“O que é isso que eu ouvi sobre o corpo de Rooster ter sido jogado na sua porta?” ele perguntou, colocando sua mão em volta da garrafa.

O rapaz enrijeceu e os olhos da menina arregalaram.

“É uma vergonha que esses drogados estão fazendo com a cidade,” Melvin continuou, trazendo olhares para si. Ele tomou outro gole de sua cerveja. “Essa cidade costumava ser boa, um bom lugar. Agora eles estão ajoelhando e colocando buracos de bala em suas cabeças. Uma vergonha.”

“Kyler,” a menina sussurrou enquanto se movia para ele. “Um...?”

Ele não disse nada enquanto seu olhar vinha na minha direção. Antes que eu pudesse falar, Melvin decidiu que ele não tinha terminado. “Não posso dizer que isso sobre Rooster é uma pena. Quem não sabia o fim terrível que ele teria? Ele era nada além de um vagabundo e...”

“Você vai querer as asinhas ou as batatas hoje?” eu perguntei, esperando distraílo antes que ele mandasse o pobre casal correndo no meio da noite gritando sobre um assassinato.

Distraído pela minha pergunta, ele eventualmente balbuciou sobre um pedido de frango. Enquanto eu saia para fazer seu pedido, as fritas e o frango do casal ficaram prontos. Quando eu voltei, eu estava agradecendo aos céus que o amigo de Melvin tinha aparecido e eles tinham saído do bar.

“Desculpa sobre isso,” eu disse, colocando a cesta no balcão. “Nós normalmente não temos esse tipo de problema.”

O rapaz se inclinou. “Havia mesmo um cadáver na sua varanda?”

Eu pisquei. “Sim. Longa história.”

“Whoa,” ele murmurou, voltando a se sentar.

A porta abriu novamente e eu olhei para cima, vendo Katie caminhando para dentro. Eu sabia o exato momento que a menina a viu, porque seus olhos ficaram ainda maiores. Talvez tenha sido o fato de Katie estar usando um vestido vazado rosa sobre o

que parecia ser um biquíni. Ou roupa íntima. Eu não olhei tempo suficiente para adivinhar.

Sorrindo, ela andou para onde eu estava. “Menina. Olhe para você hoje. Apesar do fato que você teve cadáveres caindo em sua cabeça.”

Oh. Meu. Deus.

“Na verdade, você parece com alguém que foi comida recentemente,” ela continuou, e minha boca caiu aberta. “Sim, você parece. Você realmente parece.”

Eu estava seriamente começando a imaginar se ela tinha super poderes ou algo do tipo. Mas eu não ia discutir isso com estranhos sentados logo ao nosso lado. “Está no intervalo, Katie?”

“Nope. Indo para o trabalho. Pensei em passar aqui e ver se você não estava isolada em um canto, toda traumatizada ou coisa do tipo.”

“Eu estou bem,” eu disse a ela. “Mas obrigada por vir me ver.” E eu realmente estava agradecida.

Ela começou a dizer algo, mas Jax apareceu no fundo do corredor, vindo do escritório. Ele olhou para mim e piscou. Eu senti um sorriso estúpido se formando em meus lábios.

“Ele realmente entrou nas suas calças,” ela fingiu estar sussurrando, fazendo o cara ao nosso lado engasgar com um pedaço de frango.

Jax se afastou e antes que eu pudesse lidar com esse comentário, Aimee virou para nós, com uma elegante virada de seu pescoço.

dizer.” “Ele é tão quente, não?” ela disse, focando seus grandes olhos em mim. “Jax, quero

Revirando seus olhos, Nick se afastou dela e foi para o lugar onde ficavam as garrafas no fundo do bar.

Eu abri minha boca mas Katie não me deu tempo. “Cara, você está drogada? Porque eu tenho certeza que aquele cara quente que se chama Jax estava flertando para Calla aqui e nem viu você sentada. Só PSC33.”

Eu pressionei meus lábios juntos tão forte que eu achei que fosse explodir bem na cara de Aimee. Ela encarou Katie por um momento e, então se virou, indo em direção de onde Jax estava pegando copos e cestas vazias das mesas.

Eu suspirei.

33 PSC = Para Seu Conhecimento

Katie virou para mim. “Eu vou yippie-ki-yay aquela puta desse bar um dia desses. Guarde minhas palavras, entregue a Deus, e todas essas coisas.”

Por que, de repente, eu tive um vislumbre do Bruce Willis?

Então ela andou na direção oposta, indo para a porta.

Meu olhar foi para onde o jovem casal estava sentado, seus olhos arregalados e suas bocas em um leve sorriso. Eles olharam para mim juntos.

“Bem vindos ao Mona’s” eu disse, secamente.

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