10 minute read
Capítulo Oito
Cada linda coisa, exagerada, que meus autores escreveram sobre ser beijada eram totalmente verdade, e tinha se passado tanto tempo desde que fui beijada que eu tinha me esquecido como era.
O momento que seus lábios tocaram os meus, meu corpo se encheu de calor, e foi um beijo gentil, nada mais que uma leve passada de seus lábios sobre os meus – uma, então duas vezes. Como se ele estivesse desenhando bem devagar o formato dos meus lábios, levando tempo para se familiarizar.
Então ele pegou meu lábio inferior entre os seus, criando uma reviravolta em meu estômago. A mão que estava em minha bochecha se moveu e seus dedos foram para parte de trás da minha cabeça enquanto ele levantava sua boca da minha. Seus olhos queimavam um fogo azul. Havia essas perguntas em seu olhar e, quando eu não me afastei, sua mão segurou mais forte.
Colton me beijou de novo, completamente, e seus lábios eram uma incrível combinação de suave e duro, cetim esticado sobre ferro.
Minha mão caiu para seu peito e a outra para seu joelho enquanto eu sentia a ponta de sua língua traçando a borda da minha boca. Meus lábios se afastaram e o beijo se aprofundou. Eu senti o gosto de café em sua língua e eu sabia que ele sentiu o mesmo gosto.
No começo, eu realmente não me movi. Eu deixei ele guiar, levar esse beijo para um lugar que fez meu sangue ferver, mas quando sua língua tocou na minha, foi como se eu tivesse acordado. Meus sentidos vieram à tona. Cada ponta nervosa no meu corpo despertou de uma vez.
Isso... isso era o que eu estava sentindo falta.
Inclinando minha cabeça para o lado, eu coloquei minha mão em volta do seu pescoço, ancorando sua boca a minha. Eu o beijei de volta, devorando ele.
“Merda,” ele gemeu, e começou a se mover. Não para se afastar, mas para se levantar sobre mim, sua outra mão em meu quadril. Ele me levantou, e eu não era uma mulher pequena. Eu fiquei maravilhada com o fato que ele conseguiu me deitar de costas, sua boca nunca deixando a minha. Um cotovelo seu apoiado na almofada do sofá ao lado da minha cabeça, e ele manteve seu corpo longe do meu mesmo que seus lábios ficassem mais urgentes, o prazer que sua boca estava dando mais intenso.
Eu não sabia que um beijo poderia ser assim.
Como se ele estivesse tocando em cada parte de mim.
Eu me agarrei a ele, desejando que ele abaixasse seu corpo no meu para que eu pudesse sentir seu peso. Um calafrio passou pela minha pele enquanto meus dedos percorriam seus cabelos, próximo ao seu pescoço. Ele tinha gosto de decadência, uma profunda e rica masculinidade.
E quando ele levantou sua boca de novo, eu choraminguei pela perda. Realmente choraminguei. “Eu gosto desse som,” ele disse em uma voz rica e sensual. “Porra, realmente gosto disso.”
claro.” Colton me beijou de novo. “Tem algumas coisas que eu preciso deixar
“Isso requer uma conversa?” Sua risada em resposta reverberou pelos meus lábios. “Precisa.” Houve uma pausa enquanto sua boca percorria o canto dos meus lábios. “Mas eu sou multitarefa.” “Graças a Deus.” Eu sussurrei. Seu corpo tremeu com outra risada e, então, sua boca estava se movendo pela curva do meu maxilar. “Você não é bonita.” Meus olhos se abriram e arregalaram. “Licença?” “Eu não te acho bonita.” Sua boca encontrou o ponto sensível dos meus batimentos cardíacos. “Eu acho que você é incrivelmente linda.”
“Oh,” Eu ofeguei enquanto minha mão envolvia seu bíceps. Um calor crescendo em meu peito.
“Eu pensava que você era bonita há quase uma década atrás.” Aquela lambida quente contra meus batimentos fez minhas costas arquearem. “Com seu cabelo escuro e sua pele clara, você era como a Branca de Neve.” Aquela boca estava se movendo, descendo pelo meu pescoço, estilhaçando meus pensamentos. “Eu não tenho um tipo, Abby. Eu não gosto apenas das loiras ou similares.” Com sua outra mão, ele afastou minha blusa para o lado, expondo meu ombro. “Xadrez?” No começo, eu não tinha entendido ao que ele estava se referenciando, então eu senti a ponta dos seus dedos trilhando a alça do meu sutiã rendado. “Eu acho que o xadrez é subestimado.” Ele riu e beijou minha garganta. “E tem mais uma coisa que eu quero que você entenda, Abby. Você não é mediana. Você nunca poderia ser mediana.” Eu perdi o fôlego. “Você mal me conhece.” Trilhando minha garganta com beijos incandescentes, ele passou sua mão pela minha lateral, sobre minha cintura, até meu quadril mais uma vez. “Nada em você diz mediano. Nunca disse. Eu sei muito bem que isso não mudou.” Isso tinha de ser um sonho.
Sua mão apertou meu quadril enquanto ele trazia seus lábios de volta para o meu, me beijando devagar, profundamente. Seus olhos ainda tinham aquele fogo azul quando encontraram os meus.
Então ele vagarosamente trouxe seu corpo para baixo, sua parte mais dura pressionando contra a minha mais suave. Eu ofeguei ao sentir sua ereção. Calor me percorrendo. Um mormaço crescendo em mim, como fogo. Deus, eu não me sentia assim em...
“Isso é o que você faz comigo,” ele disse, sugando meu lábio enquanto seu quadril investia contra o meu. Desejo percorrendo minhas veias. Deus, ele era... não tinha palavras. “Você entendeu o que estou te mostrando?” ele perguntou, suas palavras imersas em luxuria.
Parte de mim entendeu. Mas havia essa outra parte que não conseguia compreender seu interesse e, finalmente, outra parte que queria parar essa conversa e voltar para os beijos.
Mas a segunda parte de mim venceu. “Onde você vê isso indo?” Ele não respondeu de cara, e naquele curto período de tempo fui invadida pela realidade. Talvez essa não fosse a melhor hora para essa pergunta, mas o que estávamos fazendo? Noite passada foi a primeira vez que nos falamos em anos e agora estávamos nos beijando? Inferno, estávamos fazendo mais do que beijar. Eu estava de costas e ele sabia que eu estava usando um sutiã xadrez.
E também sabia agora que todas as partes do seu corpo eram excepcionalmente proporcionais, algo que nem em meus sonhos mais ousados eu achei que presenciaria.
Eu acreditava em desejo instantâneo completamente. Eu já havia experimentado isso na academia, mas eu nunca tinha agido baseado nisso. Ou tinha? Eu nunca realmente tive a chance. Eu nunca me dei à chance.
Mas isso parecia rápido demais, porque era rápido. Talvez um novo recorde de rapidez, mas o cara que eu havia admirado de longe por tanto tempo achava que eu era bonita. E achava que não havia nenhuma parte de mim que me fizesse mediana.
Meu olhar foi para seu lindo rosto enquanto os segundos passavam. Duvida me atingiu. “Colton, eu...” Sua boca silenciou minhas palavras, mas a suavidade do seu beijo, todo carinho por trás disso, acalmou minha descrença. Quando ele falou, seu nariz estava junto ao meu. “Essa é uma pergunta difícil de responder, mas você sabe o que, Abby? Apesar de como você voltou a minha vida ontem, eu fiquei
animado em te ver. Eu vim essa manhã porque eu queria ver você de novo e não queria esperar uma oportunidade melhor. Eu sou impaciente assim,” ele adicionou, e eu senti um sorriso se formando em seus lábios contra os meus. “E eu beijei você e eu estou aqui porque eu quero você. Eu acho que você pode sentir isso.” “Eu sinto isso,” eu disse, minha voz falhando. Não tinha como eu não sentir isso.
“E eu acho que o jeito que você me beijou de volta me diz que você está aqui porque quer estar.” Ele me beijou suavemente, fazendo meu estômago se revirar. Ele levantou sua cabeça um pouco e olhou para mim. “Eu não sei onde isso vai dar ou o que esperar, mas eu sei o que eu quero e eu sou o tipo de cara que corre atrás disso. Por que eu iria querer esperar minha mensagem chegar? Não parece como algo que vai mudar em uma semana ou em um mês.” O tipo de cara que corre atrás.
Era realmente assim tão simples? Ele me queria, então ele estava correndo atrás de mim. Por que perder tempo? Poderia ser assim tão simples para mim? Porque eu queria ele. Eu queria tanto ele que já tinha virado uma dor física. E por que eu iria querer pensar no futuro, onde isso poderia parar? Nós éramos adultos, e não tinha como disfarçar o fato que ele estava atraído por mim. Eu conseguiria fazer isso?
Poderia desperdiçar a chance de sentir de novo? De viver?
Porque isso seria o que eu faria se ouvisse a pequena voz no fundo da minha cabeça. Nas horas que passei aqui e ali com Colton, eu senti mais nesses quatro anos desde que Kevin faleceu. Antes disso, eu só as palavras e histórias que eu editei me faziam sentir. Será que havia algo de errado em querer viver de novo, querer mais?
Eu esperava que não.
“Okay,” eu sussurrei, colocando minha mão trêmula em sua bochecha, trazendo sua boca para a minha.
Colton veio sem protestos, sua respiração oscilando antes de sua boca se unir a minha. Não havia nada de doce nesse beijo. Nossos lábios se afastaram, sua língua quente, demandando mais da minha boca. Ele assumiu o controle, como se fosse dele, e havia um jeito possessivo em seu beijo que afastavam as memórias de todos os outros.
Ele colocou sua mão contra minha bochecha, parado por um momento, então a trouxe sobre meu pescoço. Sua mão ficou ali, o toque gentil e tão estranho com a força do beijo. Eu gemi, meu corpo dolorido contra o seu, querendo derreter nele. Entre minhas coxas, eu pulsava e doía. Eu estava tão perdida no gosto e em sentir ele, mas aquela voz no fundo da minha cabeça voltou, dessa vez contando uma história diferente.
Eu poderia ficar nua na frente dele?
Falando em ficar nua, eu tinha certeza que os boy shorts13 da Hanes14 que eu estava usando eram, provavelmente, a coisa menos sexy que eu tinha, junto com meu sutiã xadrez.
Ele ainda estaria excitado uma vez que percebesse que eu tinha mais partes fofas que definidas?
Seu quadril investia contra o meu, afastando esses medos como cinzas ao vento. Ele sugou meu lábio inferior, a pequena mordida mandando uma onda de prazer pelas minhas veias.
Fazendo um som profundo vindo do fundo da sua garganta, ele levantou sua boca da minha. “Eu realmente preciso arrumar aquela janela.” “Que janela?” eu murmurei, entorpecida. Colton riu enquanto colocava sua cabeça no espaço entre a minha e meu ombro. “Fofo.” “O que?”
13 Calcinha com a lateral bem larga, imitando um micro shorts 14 Loja especializada em roupas confortáveis e básicas.
“Você é fofa.” Ele beijou meu pescoço. “Você pode ser fofa.” Abri meus olhos. “Eu achei que era bonita?” “Você é ambos.” Se levantando, ele pausou tempo suficiente apenas para me beijar de novo e ficar de pé com uma graça que eu tinha inveja. “É bom ser ambos.” “Uh-huh.” Eu ainda estava deitada lá, meio esparramada no sofá, tentando controlar meus pensamentos e minha respiração. Eu umedeci meus lábios que pareciam inchados.
Colton estendeu uma mão. “Se você ficar assim, eu vou ficar tentado demais.” Eu olhei para ele. “O que há de errado em ficar tentado?” Seus lábios se afastaram. “Merda, e você acha que eu lembro agora.” Isso trouxe um sorriso para meu rosto. Colocando minha mão na sua, eu deixei ele me puxar até estar sentada. “A janela,” eu o lembrei.
“Oh yeah, isso. Acho que precisamos arrumar isso antes de darmos um show para os vizinhos.” Meus olhos arregalaram. Puta merda, eu nem tinha pensado nisso.
Colton começou a se virar, mas parou. Um sorriso doce em seus lábios. “Quer saber? Fazia um bom tempo que eu não começava e terminava o dia com uma mulher. Fico feliz em ser com você.”