9 minute read

Capítulo Cinco

Sua pergunta apertou os nós de prazer dentro de mim como se ele tivesse pego eles com sua mão e apertado. Eu fui para trás, inalando profundamente enquanto meu estomago revirava. “Licença?” “Oh não.” Roxy sussurrou, virando de lado. Alguém balançou uma nota de vinte dólares como uma bandeira da paz e isso chamou sua atenção.

“Você é um idiota,” Katie disse a Nick antes de se virar para mim. “Mande ele pastar. O resultado é muito melhor no final. Te vejo domingo. Tchauzinho!”

Enquanto Katie ia embora, um tom rosado apareceu no meio das bochechas de Nick. Ele abaixou sua voz. “Eu pensei que tínhamos um acordo.” Talvez, quando eu entrei no Mona’s essa noite eu tinha caído em um universo paralelo? Parecia que eu estava ouvindo apenas metade de cada conversa que eu estava tendo. “Um acordo do que?” Ele inclinou sua cabeça para o lado. “Você não voltou ao bar em duas semanas.”

“Uh. Yeah. Estive ocupada.” Meu cabelo deslizou sobre um ombro enquanto me inclinava para frente, as pontas raspando na superfície do balcão. “Eu não acho que estou entendendo onde essa conversa está indo.” “Você não voltou desde a noite que ficamos,” ele explicou, seus olhos verde musgo gélidos. “Então eu imaginei que estávamos na mesma página.” “Obviamente não estamos.”

Nick olhou sobre seu ombro rapidamente, olhando bar. Seus ombros ficaram tensos quando seus olhos encontraram os meus de novo. Quando ele falou, sua voz estava tão baixa que eu mal conseguia ouvi-lo. “Aquela noite

foi apenas àquela noite. Uma vez. Não tem motivo nenhum para você voltar aqui, especialmente você.” Whoa. Tinha muita coisa errada nessa afirmação que eu nem sabia por onde começar. Raiva surgiu, amortecendo meus sentidos, e por isso eu estava grata porque por baixo de toda a raiva tinha um pouco de... Desapontamento. Eu não conhecia Nick assim tão bem, mas nos poucos minutos que passamos juntos eu pensei que estivéssemos na mesma página. Não na sua, obviamente. Sua página tinha a palavra imbecil escrita por toda a superfície.

“Deixe-me esclarecer as coisas,” eu disse, minha voz surpreendentemente nivelada. “Você pensou que eu não iria voltar aqui porque ficamos?” Ele não respondeu por um longo momento. “É assim que sempre foi. Uma noite. Você que disse isso.” É assim que sempre foi? Wow. Eu quase ri, exceto que nada disso era engraçado. “E só para esclarecer que ainda estamos na mesma página, você acha que eu vim aqui especialmente para te ver?” Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Bem, porque mais você iria vir? Alguém como você combina muito mais com os bares e clubes na cidade.”

Meus lábios vagarosamente se afastaram. “Alguém como eu?” “Você sabe que é linda. Você sabe...” “Pare exatamente aí,” eu ordenei, colocando ambas as mãos sobre o balcão. “Nós não estamos e, obviamente, nunca estivemos na mesma página, Nick. Você não me conhece. Eu não te conheço. E francamente, minha aparência não tem nada a ver com os bares que frequento.” Nick piscou enquanto seu rosto demonstrava surpresa. “Hey, eu...” “Você é inacreditável.” Eu fiquei de pé, pegando minha bolsa do balcão. “A última vez que chequei, esse bar não era sua ostra e você, com

certeza, não era a pérola no meio dela. Você pode conseguir dizer para outras pessoas – outras mulheres – o que eles podem ou não fazer, mas isso nunca, jamais, vai funcionar comigo.” Ele se afastou, suas sobrancelhas franzindo, mas eu não tinha terminado. “Eu nunca me arrependi de nada que fiz. Até agora.” Admitir a verdade me chocou mais do que deveria. Eu me virei antes que eu batesse nele com minha bolsa. Eu consegui dar dois passos antes de ouvi-lo chamar meu nome.

“Stephanie. Steph.” Ouve uma pausa, então ouvi, “Merda.” Suspirei e olhei sobre meu ombro, bem a tempo de ver Nick pular sobre o bar como a porra de um ginasta. Ele pulou longe do balcão por vários centímetros. Minha boca caiu no chão enquanto ele aterrissava perfeitamente e se levantada com um movimento fluido. Ele era algum tipo de superhomem? Esse movimento era meio... impressionante.

Roxy estava do lado de Jax atrás do bar. Ambos tinham parado no meio dos seus drinks. Liquido transbordava sobre o copo que Roxy estava segurando. Jax parecia dividido entre rir e gritar com Nick.

Meus músculos ficaram tensos enquanto Nick andava até onde eu estava. Ele passou sua mão sobre a minha, o aperto gentil. Ele era uns bons centímetros mais alto que eu, e ele ficava sobre mim, me fazendo querer socar ele no abdômen. “Nós precisamos conversar,” ele disse. “Eu acho que essa é a última coisa que precisamos fazer,” eu retruquei.

Seus olhos ficaram mais calorosos. “Vou ter de discordar. Vamos conversar.” Uma mecha do seu cabelo escuro caiu em sua testa. “Por favor.”

Uma grande parte de mim ainda queria atacar ele com minha bolsa, ou melhor ainda, introduzir meu joelho a uma parte sensível sua, mas o maior motivo, se não fosse único, era o bar inteiro encarando a gente. Nós – na

verdade, Nick, estava causando uma cena. Os olhos estavam todos virados para nós. Calor estava se acumulando em meu pescoço.

“Você vai me fazer ficar de joelhos e implorar?” ele perguntou, aqueles lábios se curvando no canto de novo. “Porque eu faço isso. Aqui.” “Você não faria.”

Seus olhos brilharam na luz baixa. “Faria.”

Meu maxilar doía de quão forte eu estava cerrando meus dentes. “Certo. Podemos conversar.”

“Perfeito.” Nick piscou e se virou, me puxando. “Nós não precisamos ficar de mãos dadas.” “Precisamos sim.” Ele olhou sobre seu ombro para mim, seus olhos grandes cheios de inocência. “Eu estou com medo que você vá mudar de ideia e correr de mim, então eu vou ficar muito triste.” Eu atirei um olhar a ele enquanto ele me guiava para fora. Todos estavam nos assistindo. Uma olhada rápida me disse que Roxy tinha se recuperado o suficiente para parar de molhar o bar. Nós seguimos por um corredor.

“Nick.” Jax apareceu na lateral do bar, perto de nós. “Não me faça ter de limpar o escritório mais tarde.” Minha boca caiu aberta. Eu estava a segundos de cuspir fogo pela boca. “Yeah, isso não vai ser necessário.” “Eu gosto dela. Muito.” Jax sorriu enquanto voltava para o bar.

“Claro que gosta.” Nick murmurou. Eu tentei gesticular para ele com minha mão livre, mas ele não viu enquanto me puxava pelo corredor estreito. Ele abriu a porta na nossa direita

e, depois que entrei, eu imediatamente agradeci por ter uma mão livre enquanto ele fechava a porta atrás de nós.

Jogando minha bolsa no sofá de couro preto, eu me virei para encarar ele. Agora que estávamos em um lugar privado, cada bomba de palavrão estava prestes a fazer sua apresentação. Eu andei em sua direção, minhas mãos fechadas em punhos enquanto abria minha boca.

Nick cruzou a distância entre nós num piscar de olhos. Ele era tão rápido que eu fiquei parada ali como uma idiota enquanto ele entrava em meu espaço pessoal, colocando suas mãos abaixo do meu maxilar. Suas mãos eram grandes e quentes e, ele abriu seus dedos, seu dedão passando sobre a pele ao lado dos meus lábios.

Seus olhos encontraram os meus, mas eles estavam calorosos como naquela noite em meu apartamento. “Eu vou ser brutalmente honesto com você agora.” “Como se já não tivesse sido?” Eu retruquei, tentando pegar seu pulso. Eu passei meus dedos em volta dele.

Nick sorriu, mostrando seus dentes brancos. “Viu. É isso.” “O que?” “A atitude,” ele explicou, me puxando para perto. “Quando você responde para mim, tudo que consigo pensar é em me enterrar profundamente em você de novo.” Minha boca caiu aberta de novo. Honestamente, era mais fácil eu simplesmente andar por aí com ela aberta.

“Eu normalmente não volto para o segundo round. As coisas sempre ficam... complicadas quando você o faz, mas com você...” sua voz caiu e sua respiração estava quente contra meus lábios. Meu corpo era um idiota porque um tremor de prazer se formou em meu estomago. “Yeah, eu estou disposto a abrir uma exceção nas minhas regras.”

No começo eu não tinha certeza se tinha ouvido ele direito. Ele não poderia realmente estar sugerindo o que pensei que estivesse, mas suas mãos deslizaram sobre meu pescoço até meus ombros. O espaço entre nós sumiu. Seu quadril estava pressionado contra a parte baixa do meu estomago e, oh yeah, ele estava falando sério.

Colocando minhas mãos em seu peito, eu o empurrei, forte. Nick cambaleou e no fundo da minha mente eu sabia que era apenas porque eu tinha pego ele de guarda baixa. “Você está falando sério?” eu disse.

“Da última vez que olhei, eu estava,” ele respondeu. “Então você deve ser o bastardo filho da puta mais burro possível,” eu retruquei me sentindo mais irritada a cada momento.

As linhas em volta da sua boca se torceram e ele desviou o olhar, pressionando seus lábios.

“Você acha que isso é engraçado?” Coloquei minhas mãos em meu quadril e olhei para ele. “O que é engraçado é o fato que você acha que vai ‘se enterrar profundamente em mim’ de novo. Eu prefiro puxar cada fio de cabelo do meu corpo, um por um, em vez disso.” Seu olhar voltou para o meu. “Você, com certeza, não teve problema em ficar nua comigo há duas semanas.” “Não tive. Então você abriu sua boca, cheia da gloriosa merda de porco e arruinou todo o calor e a graça.” “Gloriosa merda de porco?” ele repetiu, afastando o cabelo de sua testa. “Okay. Eu sei que sou um babaca. Acredite em mim, mas você e eu...” “Tivemos uma noite. Você estava certo. Nós ficamos. Você saiu do meu apartamento sem uma gota de expectativa entre nós e eu estava bem com isso. Era o que eu queria. Mas você, obviamente, acha que a porra do mundo todo gira em tordo de si.” Meus olhos se estreitaram. “Eu aproveitei o

que tivemos, mas só porque eu gosto de sexo não significa que eu estou desesperada, ou que sou uma puta, ou estúpida.” Ele deu um passo para trás enquanto suas mãos caiam para sua cintura. Seu rosto estava cheio de surpresa. “Eu nunca disse que você era uma dessas três coisas.”

“Não disse?” eu ri, secamente. “Você pode não ter dito exatamente essas três palavras, mas o fato de você achar que eu vim aqui apenas procurando por você insinua que eu estava desesperada. O fato que você acha que pode ficar comigo depois de falar daquele jeito me diz que você não me considera muito. E, depois de uma noite comigo, você acha que pode ditar onde eu posso ou não ir? Você deve me achar estúpida.” Suas sobrancelhas voaram para cima. “Steph...” “Não.” Eu levantei uma mão, o parando. Talvez meu dedo do meio estivesse estendido enquanto eu passava por ele e pegava minha bolsa. “Essa conversa termina com um... que tal você ir se foder?”

This article is from: