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Capítulo Vinte e Dois

Porque eu era uma manteiga derretida de proporções épicas, eu tinha prendido a foto do ultrassom com um imã em formato de coração na geladeira. Mais ou menos como quando eu era criança e meus pais colocavam minhas notas em exposição. Quero dizer, eles estavam orgulhosos das minhas notas, mas eu estava mais orgulhosa da minha semente de laranja.

Nick estava vindo aqui essa tarde. As coisas andaram ruins com seu avô durante a semana depois da consulta médica, então eu não o tinha visto muito e eu sentia sua falta.

Deus, eu realmente sentia falta do Nick.

Quando ele não estava por perto, eu pensava nele nos momentos mais estranho. Ver certas coisas me lembrava dele. Cheiro fresco e cítrico me lembrava do seu perfume. Quando algo acontecia no trabalho ou se Roxy ou Katie dissessem algo engraçado, eu não podia esperar para contar ao Nick.

Acho que relacionamentos eram estranhos assim, decidi.

Certa inquietação se formou. Relacionamentos também eram complicados. Nenhum rótulo tinha sido dito. Ele não me chamava de sua namorada, e vice-versa, mas o que estávamos fazendo parecia com isso. Exceto que eu ainda não tinha conhecido seu avô e ele não tinha conhecido minha mãe.

Minha mãe realmente iria gostar dele. Baseado em tudo que eu tinha contado a ela, sobre seu avô e tudo mais, ela já gostava, e enquanto eu sabia que seu avô não fazia ideia de quem eu era, eu ainda queria conhece-lo.

Eu ainda queria mais.

Seria se apaixonar... assim? Suspirei. Eu imaginava que era a sensação de sentir algo sem saber que a outra pessoa sentia o mesmo. Na verdade, eu sabia como isso era.

Eu tinha me resguardado para o cara perfeito – o relacionamento perfeito. Nunca me apaixonando por ninguém que fiquei. Caras que não tinham nenhum passado. Caras que já estavam estabilizados em suas carreiras. Ironicamente, era a situação mais imperfeita e o cara mais imperfeito que capturou meu coração.

Que tinha capturado meu coração.

Eu só não sabia onde Nick estava no meio disso tudo. Sim, ele se importava comigo. Eu tinha certeza disso pelo jeito que conversávamos. Sim, ele me queria. Isso era mais que óbvio. Sim, ele estava fazendo planos comigo. Planos que se centravam ao redor do bebê. Suas palavras ainda rodavam no fundo da minha mente.

Nós tiraremos o melhor disso tudo.

Meio como quando a vida te der limões, porra, mas eu não era um limão e, porra, tirar o melhor disso não iria nos manter ao longo prazo, depois que o bebê chegasse e as novidades se espalhassem. Os sentimentos tinham que ser mais profundos para nós.

Eu afastei essas nuvens da minha cabeça. De pé na cozinha, encarando o ultrassom, eu pressionei meus lábios juntos enquanto olhava para baixo. Havia uma leve mudança na forma da minha barriga. Nada notável. Ainda. Mas eventualmente eu estaria como Lorraine, na sala do médico, e meus pés estariam tão inchados que eu não poderia usar sapatos. Comecei a sorrir enquanto acariciava minha barriga. Considerando como eu estava comendo agora, eu teria um barrigão antes mesmo de chegar aos nove meses.

Andando até o sofá com um copo de suco de laranja, eu me larguei nele enquanto pegava meu notebook e voltava a fazer o ‘calendário das mamães’.

Esse calendário era uma péssima ideia e eu descobri isso quando Nick chegou. Quando deixei ele entrar e me beijar, eu estava tão distraída com tudo que tinha aprendido que queria correr para o sofá e me sentar de novo.

“Pensei que você queria sair para jantar hoje.” Ele comentou enquanto tirava sua jaqueta.

“Eu quero,” e peguei um travesseiro. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. “Você vai usar isso?” Confusa, eu olhei para mim mesma. Oh, eu estava usando uma calça de moletom grande e um casaco velho de Shepherd. “Desculpa. Eu meio que me distraí”

Ele se sentou ao meu lado. “Com o que?” Eu apontei para o notebook fechado em um dos travesseiros que tinha colocado no chão. “Eu peguei um desses calendários – num desses fóruns online chamado ‘calendário das mamães’.”

“Parece interessante.”

Eu atirei a ele um olhar. “Foi amedrontador.”

“O que?” ele riu. Ele não fazia ideia. Nenhuma. Segurando meu travesseiro contra meu peito, eu o encarei. “Eu aprendi que comecei a ter os sintomas de gravidez logo depois que concebemos. Meus seios ficaram sensíveis duas semanas depois que transamos. Eu nem achava que era possível ter sintomas assim tão rápido, mas você pode.” Eu apontei para o computador com meu queixo. “Você sabia que a estimulação dos mamilos é a única provada cientificamente que pode ajudar no parto?” “O que?” ele riu.

“Estou falando sério,” sussurrei. “Alguém mencionou nesse fórum e eu pesquisei no google, porque até parece né? Como se isso não fosse estranho, mas era verdade.”

Nick inclinou sua cabeça para o lado, seus olhos verdes dançando. “Eu estou mais que a disposição para ajudar nisso quando a hora chegar.” Eu ignorei seu comentário enquanto puxava minhas pernas contra mim. “Então eu fiquei curiosa sobre como os bebês realmente se parecem agora porque tinham essas mulheres falando que conseguiam ver os olhos e outras coisas no ultrassom, e tudo que eu consegui ver foi uma semente, então comecei a pesquisar.” “Okay.” “E eu... eu assisti esse vídeo de como o rosto de um bebê se forma no útero e, oh meu Deus, foi a coisa mais estranha que já vi na vida.” Seu rosto ficou tenso enquanto ele se inclinava, colocando uma mão em meu joelho enquanto ele olhava para longe. Eu vi um lado de sua boca se curvar. “Não pode ser tão ruim assim.” “Oh. Era.” Meus olhos arregalaram. “Imagine uma batata feita de argila como a cabeça. Conseguiu formar essa imagem em sua cabeça?” Nick fechou seus olhos e limpou a garganta. “Yeah.” “Okay. Agora imagine ela ficando deformada, como se estivesse derretendo. E, então, está sendo preenchida – como quando você é criança e coloca sua mão em cada lado do rosto e esmaga suas bochechas?” Ele piscou várias vezes enquanto olhava para mim. “Nah, acho que preciso de uma demonstração.” Largando o travesseiro, e coloquei minhas mais em minhas bochechas e as apertei, fazendo meu lábio saltar. Os olhos de Nick arregalaram e ele jogou a cabeça para trás, rindo profundamente. Eu abaixei minhas mãos. “Não é engraçado. Nem um pouco engraçado.”

“Deus,” ele riu. “E, então os olhos aparecem no lugar onde as orelhas deveriam estar.” Eu balancei minha cabeça. “Como isso é possível? EU nem mesmo quero saber, sendo honesta. E você não vai querer saber o que acontece com o corpo da mulher quando ela dá à luz.” Eu tremi. “Eu preciso de um adulto.” “Você precisa parar de assistir esses vídeos.” Movendo minha perna para o lado, ele se aproximou e se inclinou. Colocando suas mãos em meu quadril, ele me puxou, e eu fui, terminando em seu colo, montada em suas pernas. “E eu acho que você precisa de uma distração melhor.” Coloquei minhas mãos em seu peito. “Eu preciso de uma lavagem cerebral.”

Suas mãos deslizaram do meu quadril, indo apalpar minha bunda. “Você fez alguma pesquisa sobre hormônios na gravidez?” Enruguei meu nariz. “Não de verdade.” “Bem, você sabe o que sempre ouvi?” Suas mãos me apertaram enquanto ele me puxava mais para perto, meus dedos indo para seu ombro. “Mulheres grávidas tem sua libido aumentada.” Eu levantei uma sobrancelha.

“É verdade.” Ele se moveu, seus lábios passando sobre o ponto sensível abaixo da minha orelha.

Esticando meu pescoço, eu dei a ele espaço para explorar e, oh, ele explorou, deslizando seus lábios sobre minha pulsação. “Você sabe o que mais é verdade?”

Ele passou sua língua pela minha pele me fazendo tremer. “O que?” ele murmurou.

“Algumas mulheres produzem leite automaticamente quando ouve um bebê chorar,” eu disse a ele. “Mesmo se não for seu bebê. Eu posso um dia

estar andando no mercado e meus peitos simplesmente vão começar a espirrar leite.” Nick abaixou sua testa para meu ombro e eu senti seu corpo tremer.

Abaixei meu queixo, olhando para sua cabeça. “E a gravidez mais longa já registrada levou um ano e dez dias – um ano, Nick. A porra de um ano.”

“Steph, baby...” ele levantou sua cabeça, sorrindo. “Por mais que seja adorável isso, você tem que parar de ver e ler essas coisas.” “Mas eu preciso ler e assistir coisas. Se não, como vou aprender?” “Gerações e gerações antes de nós não tinham a internet para ir em fóruns ou médicos.” Ele deu um tapinha em minha bunda com ambas as mãos. “E as coisas funcionaram.”

Eu comecei a apontar que eu duvidava que as estatísticas de nascimento eram melhores antes da invenção da internet, mas Nick me beijou, realmente me beijou e quando seus lábios se moviam sobre os meus daquele jeito, deixava pouco espaço para pensar em qualquer outra coisa.

O beijo aprofundou enquanto eu deslizava minhas mãos até suas bochechas, a barba por fazer pinicando minha palma. Inclinei minha cabeça, trazendo ele mais para minha boca. Luxuria percorria minhas veias e eu sabia que se ele entrasse em mim naquele momento, eu estaria pronta.

“Você estava certo,” eu disse, beijando o canto de seus lábios. Eu coloquei vários beijinhos por todo seu rosto.

Nick deixou sua cabeça cair para trás. “Você vai precisar ser um pouco mais detalhista, porque eu estou certo sobre muitas coisas.” Eu ri enquanto provava a pele logo abaixo de seu maxilar, excitada pelo jeito como ele respirou profundamente. “Sobre os hormônios durante a gravidez. Porque eu tenho certeza que estou bem excitada agora.” Mordisquei

o espaço entre seu pescoço e seu ombro. “Mas, novamente, eu sempre estou quando você está por perto.” “É meu superpoder.” Ele levou suas mãos para minha lateral. “Fazer as meninas quererem arrancar suas calcinhas.” Sorrindo, me afastei um pouco, assistindo enquanto ele levantava sua cabeça. Sua garganta se movia enquanto seu olhar sombrio caia sobre mim. “Você devia ter cuidado com esse superpoder.” Se movendo, eu tirei meu casaco. “Use-o com sabedoria.”

Seu olhar caiu para meus seios cobertos por renda. “Eu estou usando ele com muita sabedoria nesse momento.” Ele levantou uma mão, passando seus dedos sob a alça do meu sutiã. Ele a puxou pelo meu braço e fez o mesmo com a outra.

O mesmo dedo trilhou a renda em cada taça antes de afundar entre elas. Ele me puxou em sua direção e seus lábios fizeram o mesmo caminho dos seus dedos.

Minha respiração já estava saindo ofegante enquanto eu me movia e soltava meu sutiã. Puxei as tiras para que não houvesse nada entre seus lábios e minha pele. Sua língua deslizou sobre o pico rosado antes de sua boca se fechar sobre ele. Minhas costas arquearam e eu ofeguei.

“Okay,” eu disse enquanto passava meus dedos pelo seu cabelo. “Eu acho que preciso...” um gemido cortou minhas palavras quando sua mão se juntou, cobrindo meu outro seio. “Pesquisar se os seios de uma mulher ficam sensíveis durante a gravidez.” Seu dedão e indicador fizeram algo malvado, e meus dedos apertaram em seu cabelo. “Eu tenho que dizer que sim,” ele disse, mordiscando e lambendo, o passar da sua língua gentil. “Eu acabei de te economizar tempo na pesquisa.” Eu beijei sua sobrancelha. “Como você é atencioso.”

Ele apalpou meus seios, levantando eles. “Você sabe, eu acho que eles ficaram maiores.”

“Um pouco.” “E esses...” sua língua passou sobre a ponta do mamilo de um dos meus seios e, depois, no outro. “Esses ficaram mais escuros. Apenas para você saber, estou amando essa coisa de gravidez até agora.” Perdi o fôlego. Amando. Amor. Nem um pouco próximos do que eu estava sentindo, mas meu coração apenas se afogou nisso. Indo para trás, libertei minhas pernas e me levantei. Nick me alcançou, mas eu balancei minha cabeça enquanto pegava a barra da minha calça de moletom e a arrastava para baixo.

“Porra,” ele gemeu. “Sem calcinha. De novo.” Eu dei a ele um sorriso inocente enquanto colocava minhas mãos em seus joelhos, afastando suas pernas. Me ajoelhei entre elas, assistindo ele enquanto movia minhas mãos pra seu cinto, desafivelando ele.

“Stephanie...” Meu nome soou como um pedido, e eu nem mesmo tinha chegado a melhor parte, o que me fez sentir bem, como uma deusa. Abri o botão do seu jeans e abaixei o zíper. Agarrando a lateral do tecido, ele levantou seu quadril enquanto eu o abaixava, apenas o suficiente para que a parte que eu queria ficasse acessível.

E eu não perdi tempo.

Me esticando em direção ao seu colo, eu envolvi minha mão nele enquanto o levava para minha boca. O quadril de Nick levantou do sofá enquanto ele deixava sair um som abafado. Sua mão parou na base de meu pescoço enquanto eu o levava, tão profundamente quanto conseguia. Ele tinha um gosto salgado e masculino, e enquanto movia minha mão, eu pressionei minhas coxas juntas. Eu nunca tinha ficado tão excitada por fazer

isso a um cara, mas eu tinha certeza que se continuasse assim, não haveria o grande evento para ambos.

Com mais uma lambida e um rápido beijo, eu voltei a ficar montada em seu colo. Com minha mão em volta dele, eu o guiei para dentro, seu aperto em meu quadril forte enquanto eu descia centímetro a centímetro. Talvez fosse a posição. Talvez fosse a gravidez. Eu não sabia, mas me senti incrivelmente apertada e minhas terminações nervosas estavam explodindo, todas de uma vez, ao delicioso vai e vem.

Deslizando minhas mãos sobre seu maxilar, eu me pressionei contra ele enquanto começava a mover meu quadril, indo e voltando vagarosamente. A lã do seu suéter provocava a ponta dos meus seios e o tecido áspero do seu jeans esfregava contra a parte de dentro da minha coxa.

Havia algo incrivelmente quente por estar completamente nua enquanto ele estava praticamente vestido. Acho que Nick concordava com isso, se fosse me basear na quantidade de coisas que ele estava sussurrando em meu ouvido enquanto estava montada.

Meu quadril se movia em círculos sobre ele, e não demorou muito para que eu pudesse sentir a tensão se acumulando na parte mais baixa da minha barriga. Coloquei minhas mãos sobre as suas enquanto me movia contra ele, nossas testas pressionadas juntas, nossas respirações quentes e ritmadas no espaço entre nossas bocas.

“Você está me matando,” ele disse, sua mão quebrando o contato com a minha e deslizando para minha bunda. “Você está me matando, porra, e eu não consigo pensar num jeito melhor para ir.” Agarrei seu braço e a parte de trás do seu pescoço enquanto aumentava o ritmo. A pressão ficou mais e mais apertada. “Oh Deus,” eu disse, ofegante, uma mecha do meu cabelo caindo em meu rosto enquanto jogava minha cabeça para trás.

disso.” Seus lábios estavam na minha garganta. “Eu nunca consigo me cansar

Nunca. Nunca era muito tempo. Nunca era para sempre. Nunca significava amor. Meu coração inchou enquanto um tremor me percorreu, e eu congelei, meu peito subindo e descendo, minha respiração falhando.

Estaríamos aqui, exatamente aqui, fazendo o que estávamos fazendo, se eu não tivesse engravidado?

“Você está bem?” Nick perguntou, segurando meu queixo com uma de suas mãos. “Stephanie?” “Yeah.” Pisquei, afastando essa linha de pensamento enquanto continuava a me mover, procurando a liberação que eu sabia que estava ao meu alcance.

Nick guiou minha boca a sua e me beijou profundamente enquanto a mão em minha bunda se movia ao meu centro, um dedo procurando e atingindo o ponto que fazia meu corpo tremer até que uma explosão de prazer aconteceu. A liberação me abalou enquanto eu me contraia ao seu redor. Sangue corria por mim enquanto eu gemia.

Ele se moveu tão rápido e antes que eu percebesse, minhas mãos estavam no braço do sofá e meus joelhos estavam enfiados na almofada. Nick estava atrás de mim e dentro de mim, suas investidas poderosas e profundas. Um braço estava me abraçando logo abaixo dos meus seios e ele me puxou para cima e para trás, me selando contra seu peito enquanto seu quadril se movia. Ele gozou com meu nome sendo dito em um gemido.

Eu nem mesmo me lembro de me mexer depois disso mas, de algum modo, eu terminei num sanduiche entre as costas do sofá e ele. Meu rosto pressionado em seu suéter e minhas pernas entre as suas.

“Deus,” Nick disse. “Porra.”

Eu fiz um som incoerente enquanto ele colocava sua mão na parte de trás da minha cabeça. “Você ainda está viva?” ele perguntou. “Mmm-hmm.”

“E você está bem?”

“Uh-huh.”

Houve uma pausa. “E você não está planejando se mover por um tempo, está?” “Uh-uh.”

“Yeah, isso é bom.” Nick levou sua mão para a parte baixa das minhas costas. “Nem eu.”

Sorri em resposta e, apesar dele não conseguir ver, a curva dos meus lábios parecia forçada, porque mesmo que meu corpo estivesse relaxado e dormente, eu não conseguia evitar me perguntar aquela maldita pergunta de novo.

Ele estaria aqui?

E não havia resposta para essa pergunta. E nunca haveria.

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