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Capítulo Vinte e Cinco

Enrolada em um chapéu peludo e um casaco pesado, Nick e eu estávamos desbravando os ventos da cidade em pleno Domingo. Ontem eu tinha ajudado a montar a arvore de natal em sua casa e, enquanto estávamos fazendo isso, ele descobriu que eu não tinha uma arvore. Então agora estávamos numa missão de encontrar a arvore artificial perfeita.

“Não importa o que está acontecendo, nós sempre tínhamos um bom Natal,” Nick disse enquanto vasculhávamos caixas de lâmpadas. Por algum motivo eu não tinha conseguido imaginar ele pegando a decoração de natal e a colocando sozinho todo ano. Ou que ele colocou todas essas lindas lâmpadas antigas em suas caixas. Era tão estranho com toda sua aparência masculina e forte, ou o fato que ele passava as noites da semana deslizando cervejas, mas de novo, havia muito sobre Nick que era surpreendente.

Agora o vento levantava a ponta do meu cabelo, jogando ele em volta do chapéu enquanto cruzávamos o estacionamento lotado. Uma vez do lado de dentro, Nick foi para a direita, pegando um carrinho de compras enquanto eu assistia uma criança cambaleando a lado de uma mulher que estava tentando colocar uma menina ainda menor no banco do carrinho, mas a pequenininha não estava deixando. Ela estava se debatendo em todas as direções possíveis.

“Aquela mulher tem suas mãos cheias,” Nick comentou. Eu olhei para ele e de volta para a mulher, que agora estava tentando afivelar a criança no banco. Eu queria perguntar e ele quantas crianças ele gostaria de ter, mas eu acho que no meio da Target não era o local apropriado e, provavelmente, nem era uma pergunta apropriada considerando a falta de status em nosso relacionamento.

“Eu nem posso imaginar,” eu finalmente disse, assistindo enquanto ela dava uma mão para o pequeno e empurrava o carrinho com a outra.

Nick sorriu. “Vamos lá.”

A parte de Natal estava de volta a loja, perto da sessão de eletrônicos. Claro, nós nos distraímos pela quantidade de mesas, então pelos filmes e, então, pelos livros. Quando finalmente chegamos na parte de natal, eu estava começando a suar por baixo do meu casacão. Eu tirei o chapéu e passei minha mão para abaixar a estática em meu cabelo.

Meus lábios viraram um bico enquanto andávamos até as arvores. “Tem tantas e elas parecem tão reais.” Ele me olhou de canto de olho. “Esse é o ponto.” “Que merda.” Eu toquei o galho de uma. “Minha mãe sempre compra uma viva, então eu nunca comprei uma dessas.” Nick me cutucou com seu quadril enquanto dava volta no carrinho. “Bem, então deixa eu a guiar sua escolha perfeita.” Eu sorri.

As grandes e altas arvores, aquelas com as pontas congeladas, que pareciam extremamente reais, foram as que me atraíram. “Eu não acho que vai caber,” Nick continuou comentando enquanto eu olhava uma arvore gigante e outra. “Que tal essa aqui?” Minha sobrancelha levantou. Ele estava apontando para um rosa choque. “Um. Não.” Ele riu enquanto se movia pelo corredor, até parar. “Na verdade, essa aqui seria perfeita.” Dessa vez ele estava falando sobre uma de um metro e setenta. Pinho. Passei meus dedos pelas pontas congeladas, feitas para parecer coberta de neve. “Eu gostei. Essa é a escolhida. Tem cerejas.”

Nick olhou para mim, sorrindo. “Eu acho que são azevinho.” “E não são a mesma coisa?”

Ele balançou sua cabeça. “Não, Stephanie. Não são.” “Há. O que...” uma dor forte no meu estomago cortou minhas palavras. Pressionando minha mão contra minha cintura, eu congelei completamente enquanto a sensação aliviava.

Nick andou na minha direção, seus olhos ficando arregalados, preocupação cobrindo suas feições. “Está bem?” Por um momento eu não respondi, porque eu não tinha certeza, mas a dor não voltou. “Yeah, estou bem. Acho que foi só uma cólica estranha.” Ele tocou minha mão e olhou ao redor. “Tem certeza?”

frito.” Eu concordei. “Foi apenas cólica. Provavelmente por causa do frango

“Você realmente comeu bastante frango.” Meus olhos estreitaram. “Não tanto assim.”

Um pouco da tensão aliviou. “Você comeu, tipo, seis pedaços. Dois deles eram meus.” Ele pausou, seus olhos verdes brilhando. “E meu biscoito. Você também comeu meu biscoito.”

Eu tinha comido seu biscoito. “Eu estava com fome.” Ele riu enquanto olhava de volta para a árvore. “Quer essa aqui?” “Acho que é perfeita, com os azevinhos.” Se abaixando, ele facilmente pegou a caixa estreita. “Olhe para você, aprende rápido.”

Ele riu enquanto colocava a arvore no carrinho e nós nos movíamos pelas decorações. Enquanto escolhíamos os ornamentos e uma guirlanda, eu esperei pela dor voltar, e fiquei aliviada quando não aconteceu de novo.

Nós fomos para a frente da loja, pegando um atalho na sessão de moveis para casa, o que nos fez andar pelo meio da parte para bebês. Minha atenção vagou pelo mar de coisas para crianças.

“Você quer dar uma olhada?” ele perguntou, seguindo meu olhar. Meu coração parou. “Tudo bem para você?” Ele me atirou um olhar estranho. “Por que não estaria?” Dei de ombros. “É bem cedo para estar começando a ver essas

coisas.”

“Mas você pode pegar umas ideias.” “Você tem razão.”

“Eu sempre tenho razão.” “Como você é modesto.” Eu andar para frente, vendo as mesas de troca. “Você realmente acha que preciso de uma dessas?” Nick me seguiu com o carrinho. “A não ser que você esteja planejando trocar o bebê no balcão da cozinha, eu diria que sim.” Eu ri imaginando a cena, meus dedos passando sobre a madeira branca. Um display de sapatinhos estava do lado da mesa.

“Oh meu Deus.” Eu peguei um par de mary-jane pequeno. Ambos os sapatos cabiam em minha mão enquanto me virava a Nick. “Olhe para isso! Olhe o quão pequeno eles são.” Ele balançou sua cabeça. “Tem uma parte de mim que nem consegue entender o quão pequeno o pé tem de ser para caber nesses sapatos.”

“Eu sei.” Sorrindo, eu mordi meu lábio. “Se tivermos uma menina, eu vou comprar esses sapatos.” “Você pode comprar dez deles se isso te faz feliz.” Meu olhar voou para o seu. Havia sinceridade ali. Eu não conseguia olhar para outro lugar. As palavras apareceram na ponta da minha língua e eu me forcei a olhar para longe. Eu coloquei os sapatos de volta no lugar. Daqui eu fui até um berço e uma cadeira de balanço que combinavam. Havia tantas coisas. Assentos para carro. Andadores de vários tamanhos. Cadeira de balanço. Poltronas. Fraldas e vários tipos diferentes de mamadeiras.

Parada no meio da sessão infantil, eu simplesmente olhei para tudo. “Acho que vou ter um ataque de pânico,” eu disse a ele, só sendo metade séria. “Quero dizer, eu preciso disso tudo. Isso é muita coisa. E aonde eu vou por tudo isso?” Nick pegou um pacote de copinhos para agua. “Correção. Nós precisamos comprar essas coisas e nós temos espaço. A casa do meu avô é minha. Está no testamento. Eu tinha pensado em vendê-la... bem, você sabe, e me mudar para algo menor,” ele disse, colocando as garrafas de volta. Ele voltou para o carrinho. “Mas parece inteligente manter a casa, especialmente com um bebe a caminho.”

Eu estava encarando ele de novo. “Você... você vai dizer que nós –tipo, eu e o bebê – poderíamos morar com você?” Ele levantou uma sobrancelha. “Não. Eu estava falando sobre aquele casal ali escolhendo andadores.”

Eu ainda estava encarando ele.

“Por que não? Você está certa. Você não tem espaço. Eu tenho. Isso funcionaria perfeitamente.” Ele se inclinou sobre o carrinho e pegou meu chapéu. Um pequeno sorriso estava em seus lábios. “E eu gosto da ideia de compartilhar a cama com você.”

Apesar deu saber que sua mente agora estava indo para um lugar bem feliz, eu estava embasbacada por sua oferta. Eu não sei porque estava tão surpresa. Nick tinha uma casa. Eu tinha um apartamento. Ele tinha espaço. Eu não. E esse era nosso bebê.

ainda. Morar junto era um grande passo, mas ter um filho era um maior

Deus, nós tínhamos feito tudo tão de trás pra frente, mas eu não me importava enquanto estava ali de pé, encarando ele.

Eu te amo.

Eu queria dizer essas palavras. Eu queria gritar elas a todo vapor, mas de novo, eu não conseguia faze-las passarem pela minha língua.

Quem diria que três pequenas palavras seriam tão difíceis de dizer?

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