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Capítulo Dois

“Tenha certeza de estar esperando por mim,” ele disse com um sorriso brilhante, pegando dois copos vazios enquanto eu me levantava do banco do bar. “Eu saio a uma. Vou chegar em vinte minutos ou menos.” Eu não respondi enquanto me afastava do bar, dando a ele um pequeno aceno. Não havia dúvidas que ele iria aparecer, e animação percorria minhas veias. Sorrindo para mim mesma, eu me virei.

A menina com os óculos rosa estava na minha frente, tão perto que eu quase esbarrei nela. Atrás do bar, ela parecia muito mais alta, mas com meu 1,75m, eu ficava acima dela. Uma mecha rosa em seu cabelo combinava com seus óculos, mas isso não foi tudo que percebi. De perto eu notei que ela tinha um olho roxo quase curado.

Mas que...?

Ela entregou sua mão. “Oi. Eu sou Roxy.” “Oi” Eu peguei sua mão, balançando. “Eu sou...” “Steph. Eu sei. Seus amigos me contaram sobre você,” ela explicou e eu imediatamente lutei para manter minha expressão branca enquanto eu enrijecia. Só Deus sabia o que eles tinham contado a ela. “Você frequentou a faculdade com eles.”

“Sim.” Meu olhar passou sobre ela, para onde Teresa e Jase estavam com Jax e Calla. Avery e Cam já tinham ido embora. “Eu fiquei surpresa em ver eles aqui.” “Posso imaginar.” Roxy sorriu, um tipo caloroso e real, enquanto olhava para mim. “De qualquer modo, eu ouvi que você acabou de se mudar, então eu queria dizer oi e que eu espero que essa não seja sua última visita ao Mona’s.”

Okay. Isso era uma afirmação estranha. “Eu gosto da... vibe desse lugar, então eu provavelmente vou voltar.” “Fico feliz em ouvir isso.” Seus olhos castanhos brilharam atrás dos seus óculos. “Deve ser uma merda mudar para uma nova cidade e não conhecer ninguém.” Eu concordei. “Meio que é. Eu não acho que você percebe o quão importante seus amigos são até que você está em um lugar onde nenhum deles está.”

Seu rosto foi coberto por simpatia. “Eu sei que isso pode soar aleatório, mas todo domingo Katie – uma menina mente aberta super legal – e eu tomamos café da manhã. Você é mais que bem-vinda para se juntar a nós três, ou quatro. Então você não vai estar em um lugar sem amigos.” Ela terminou com outro grande sorriso.

Huh. Ela era realmente... amigável, mas por algum motivo eu meio que me senti como se estivesse perdendo algo. Como se eu tivesse andado no meio de uma conversa.

Antes que eu tivesse a chance de descobrir como responder essa oferta, Roxy continuou. “E, também, Nick é um bom rapaz.” Minha expressão começou a perder um pouco da neutralidade. Será que seu jeito extra amigável estava ligado a Nick? Obviamente. Talvez ela gostasse dele e tinha visto a gente conversando, fazendo planos para nos encontrarmos mais tarde. E houve aquele olhar estranho que eu tinha visto sendo jogando na minha direção. Mantenha seus inimigos/competição perto? Um pouco da excitação que estava me percorrendo morreu.

Deuses, eu era tão cínica. E eu iria culpar experiências passadas.

“Você está interessada nele?” Eu perguntei, porque mesmo que eu pensasse que a conhecia, eu era nova nessa cidade e a última coisa que eu queria fazer era tomar o lugar de alguém.

Roxy me encarou por um momento antes de jogar sua cabeça para trás, caindo numa gargalhada enquanto seu rabo de cavalo balançava. “Ele olhava o ‘oh-la-la’ no jogo, mas eu tenho um homem que amo, muito obrigada, então não. Nick e eu somos apenas amigos. Eu só queria que você soubesse que ele é um cara legal e, bem...” ela interrompeu, dando de ombros. “Eu só queria dizer isso.” Eu realmente não fazia ideia de como responder a isso. “Okay. Isso é... uh, isso é bom de se ouvir.” Eu olhei sobre meus ombros, encontrando Nick encarando em nossa direção. Eu me virei para Roxy. “Bem, eu vou embora. Foi bom te conhecer.”

“Certo,” ela disse animada sorrindo. “Não seja uma desconhecida.” Sorrindo, eu passei por ela, acenei em direção para onde Teresa e Jase estavam e tirei minha bunda dali. Ar fresco me cumprimentou e eu tive que, realmente, ligar o ar quente dentro do meu carro. O outono estava definitivamente aqui e o inverno não estava muito atrás.

Na curta viagem de volta até o condomínio, meu foco continuava alternando entre o encontro inesperado com todo mundo de Shepherd para a conversa curta com Roxy até o que provavelmente aconteceria essa noite.

Eu não tinha ideia do que fazer com a conversa que tive com Roxy. Eu ainda sentia como se estivesse perdendo algo e, honestamente, eu não estava acostumada com um completo estranho sendo todo amigável e acolhedor, especialmente comigo. Mais que uma vez eu tinha sido acusada de ser uma puta e uma exibicionista.

A verdade era que eu não era maldosa nem não amigável. Eu só era péssima em conversinhas com pessoas que eu não conhecia e, mais importante, eu tinha um caso severo de ter cara de mal humorada.

Se eu ganhasse um dólar cada vez que uma pessoa aleatória me pedisse para sorrir, eu teria mais dinheiro que a Rainha da Inglaterra.

Logo que entrei em meu apartamento, eu peguei as caixas perto da porta e rapidamente as carreguei para a lixeira atrás do prédio. Enquanto eu as jogava pela abertura, eu encarei a grama perfeitamente cuidada. Não havia muito espaço na terra, desde que as árvores eram tão grossas, indo em direção ao céu escuro, seus galhos nus me lembrando de dedos esqueléticos. Virando-me, eu corri pelo estacionamento. De noite, com o som distante do trânsito, era meio estranho aqui atrás.

Quando voltei, eu olhei para o relógio sobre o fogão e andei pelo corredor, em direção ao meu banheiro. Era hora dos aparos – sempre tinha de haver hora para aparos.

Sorrindo, eu peguei uma lâmina nova do armário abaixo da pia e comecei a trabalhar, o tempo todo meu estomago fundo e se revirando em nós gotosos. Eu me senti meio louca enquanto me preparava, como se eu tivesse bebido um galão de energético.

Uma animação nervosa me percorria como um beija-flor persistente. Eu não tinha certeza sobre o que estava fazendo. Inferno, eu conhecia pessoas que tinham ficado com menos tempo entre o primeiro ‘oi’ e o ‘até mais’. Eu não seria estúpida essa noite. Se chegasse ao ponto onde nossas roupas estariam saindo ou se uma camisinha fosse necessária, eu a tinha, caso ele estivesse sem.

mais. O nervosismo vinha do fato deu estar fisicamente atraída a ele. Nada

Uma ficada de uma noite só te deixava vazia se você esperasse mais e eu não estava esperando nada além de um sorriso em meu rosto após isso. Sendo honesta, eu nunca, na minha vida toda, tinha esperado mais de um cara além do necessário, como respeito mútuo, segurança e, algumas vezes, amizade.

Eu nunca me apaixonei.

Não que eu não acreditasse nisso. Oh, eu acreditava. Mas eu queria o tipo de amor que meus pais tinham compartilhado um com o outro – o duradouro, o tipo que vai até o fim, e eu não tinha chegado nem perto de experienciar isso.

E até que eu o fizesse, eu não tinha problema em ter pequenas provas pelo caminho. Quero dizer, quem compraria um carro sem fazer um testdrive? Ninguém, eu acho. Eu ri de mim mesma.

Eu coloquei meus jeans de volta, deixando meus pés descalços e me decidi por uma blusa que tinha bojo embutido. Deixando meu cabelo solto, eu voltei para a cozinha, pegando um isqueiro do balcão. Eu acedi a vela que tinha colocado ao fim da mesa. Cheiro de abóbora inundou o ar enquanto eu voltava para a cozinha, colocando o isqueiro no cesto.

Um som alto de motor soou do lado de fora, e eu me virei, olhando para o relógio sobre o fogão. Uma e quinze. Será que poderia ser ele? Eu corri até a janela e cuidadosamente puxei a cortina e espiei o lado de fora, como uma total esquisita.

“Puta merda,” eu sussurrei. Era Nick.

Era Nick, em uma moto.

Eu me lembrava de ter visto ela estacionada do lado de fora na quinta, mas tinha me esquecido disso. Ele logo parou, perto da entrada e, enquanto ele saia da moto, ele tirou seu capacete. Eu assisti enquanto ele virava de costas, para a parte de trás do banco. Ele começou a levantar algo e foi aí que eu me forcei a me virar e me afastar da janela.

Andando ao redor, eu inalei profundamente e esperei enquanto meus batimentos aceleravam, sapateando em meu peito. Menos de um minuto depois houve uma batida na porta. Andando devagar, eu fui até ela e olhei pelo olho mágico, só para ter certeza que era ele antes de abrir.

“Hey,” ele me cumprimentou, seus lábios se curvando para cima. Uma sacola plástica azul estava em uma de suas mãos e o capacete enfiado no outro braço.

Eu dei um passo para trás. “Você disse depois da uma e vinte.” Ele me seguiu, fechando a porta trás de si com seus pés. “Ou menos. Você está se esquecendo dessa parte.” “Ah, eu estou.” Nick levantou a sacola enquanto passava por mim, indo para a cozinha. “Trouxe algo para nós.” Ele colocou a sacola no balcão e a abriu, pegando duas garrafas. “Tem um abridor?” Ligando as luzes, fui até as gavetas perto do fogão e peguei o abridor. “Apple Ale5? Eu gosto delas. Como adivinhou?” Ele pegou o abridor de mim e tirou as tampas com uma certa habilidade. “Eu imaginei que gostasse de algo doce.” Ele me ofereceu uma garrafa.

O vidro estava gelado contra minha palma. “Eu também gosto de forte...” Seu olhar correu para mim e eu sorri. “Minhas bebidas, é claro.” Nick riu. “Você realmente disse isso?”

“Eu realmente disse.” Sorri enquanto levava a garrafa até minha boca, tomando um gole.

Ele tirou sua jaqueta de couro, jogando ela sobre o balcão ao lado da sacola. “Eu acho que gosto de você.”

5 Uma cerveja com maçã na receita.

“Você precisa remover o ‘acho’ dessa afirmação,” eu disse a ele. “Para ficar mais realista.”

Outra risada rouca ecoou dele enquanto pegava sua garrafa. “Bem, desde que estamos sendo completamente honestos um com o outro, eu não estava realmente esperando você aparecer no bar.” Eu levantei uma sobrancelha enquanto abaixava minha garrafa. “Oh, mesmo?”

“Yep.” Sua garganta se movia enquanto ele engolia sua bebida. “Eu sabia que você iria aparecer. Era inevitável.” “Inevitável?” Eu repeti? “Essa é uma palavra bem poderosa.” Seu olhar pesado encontrou o meu e um redemoinho de emoções voltou com força. “É a verdade.” “Você é um bastardo convencido, não?” “E você é uma menina convencida?”

Eu ri e me inclinei sobre o balcão, do outro lado dele. “Talvez.” “Eu gosto disso. Eu posso dizer que você é o tipo de pessoa que não brinca em serviço.” Bebericando minha bebida, eu cruzei um tornozelo sobre o outro. “E você já pode dizer isso?” Ele concordou. “No momento que seus olhos encontraram os meus ontem, eu pude dizer que você é uma menina que sabe que pode parar o transito apenas por passar. Você tem confiança. Não tem um musculo tímido ou acolhido em seu corpo.” “E você pode dizer isso tudo apenas por ter olhado em meus olhos?” eu retruquei.

“Na verdade, eu pude dizer isso por causa daquele shorts minúsculo que você estava usando ontem.” Ele relembrou, me surpreendendo. “Não tem nenhuma mulher por ai com pernas tão longas quanto as suas que não saiba que cada cara que elas encontram vão imaginar essas pernas enroladas em suas cinturas.”

Eu pisquei, abalada por estar de novo fora do meu jogo com ele. Um momento se passou antes deu me recuperar. “Então, você gostou dos meus shorts?”

“Eu amei aqueles shorts, porra.” Ele sorriu enquanto levava sua garrafa até a boca.

Talvez eu devesse estar usando eles então. “Bem, parece que você me desvendou depois de duas breves conversas e, aqui estou eu, nem um pouco boa observadora como você. Eu não sei nada sobre você.”

“Não é verdade,” ele me repreendeu. “Você sabe meu nome e sobrenome. E onde eu trabalho.”

“Wow. Eu poderia escrever uma biografia sua agora.” Eu observei seus lábios se curvarem em um meio sorriso. “Que tal jogarmos um jogo? Uma pergunta por uma pergunta.” Ele inclinou sua cabeça para o lado, seus lábios franzidos. “Acho que consigo fazer isso. Primeiro as damas.” Tirando meu cabelo do meu ombro, eu tomei outro gole. “Quantos anos você tem?”

“Vinte e seis.”

“Você ainda é um bebê então.”

Ele franziu o cenho. “Quantos anos você tem?” “Vinte e três,” eu respondo.

“O que?” ele riu, a pele em volta dos seus olhos enrugada. “Isso não faz sentido.” Ele pausou. “A não ser que caras mais velhos normalmente são sua praia.” Eu bufei. “Não é sua vez de fazer uma pergunta. É a minha. Você morou aqui a vida toda?” “Indo e vindo. Eu nasci perto daqui.” Seus olhos brilharam. “Responda minha pergunta.” “Caras mais velhos não costumam ser minha praia, mas eu não acho que tenho ‘uma praia’, sendo honesta.” “Uma jogadora de oportunidades, então?” “Eu não acho que você entendeu como se joga esse jogo, Nick.” Ele piscou. “Falha minha.” “Você frequentou uma faculdade ou está na faculdade?” Eu perguntei. Nick levantou uma sobrancelha. “Isso não são duas perguntas?” “Oh, você me pegou. Escolha uma.” Ele abaixou seu queixo. “Eu fui para faculdade. É sua primeira vez vivendo longe de casa?” Eu tomei um gole enquanto observava seu dedão se movendo ao longo da garrafa. “Eu morei no dormitório enquanto estudava, mas é a primeira vez que moro em outro estado. Então, você se formou?” Ele concordou. “Me formei.”

A pergunta se formou na ponta da minha língua. Eu queria saber por que ele estava trabalhando como bartender. Eu estava curiosa, mas não de um jeito para julga-lo, porque não havia nada de errado em ser bartender. Ele provavelmente fazia mais dinheiro que eu, mas eu afastei essa pergunta.

Ela era muito... pessoal pra mim. Batendo com meus dedos sobre a garrafa, eu procurei uma boa. “Qual seu hobby favorito?” “Além de transar?” ele disse, seu olhar escondido em baixo de seus cílios grossos.

Meu estomago ficou vazio. Por Deus, isso era definitivamente jogar pra cima e, com certeza, somou pontos importantes enquanto meu corpo ficava excitado de várias maneiras ao ouvir isso. “Yeah, além disso?” “Hmm...” seu olhar foi em direção ao teto enquanto fazia bico, até que ele olhou diretamente para mim. “Se eu tiver que escolher uma coisa, tenho que ir com trabalhos manuais.” Uma pontada de prazer dançou por mim. “Por algum motivo eu acho que isso teve duplo sentido.” Um ombro levantou enquanto ele tomava outro gole. “E você? Qual seu hobby favorito?” “Além de transar?”

A risada de Nick era profunda, mas seu olhar não estava mais preguiçoso. “Yeah, além disso,” ele disse, repetindo minhas palavras. “Um...” seu dedão estava se movendo pelo gargalo da garrafa e eu não conseguia evitar imaginar aquela mão em mim, aquele dedão se movendo exatamente daquele jeito. Minha boca ficou seca e minha mente estava rolando em um lugar bem sujo. Eu levantei meu olhar. “Eu tenho de dizer assistir filmes. Eu, provavelmente, vi centenas e centenas.” “Interessante.” Ele me olhou de cima abaixo sobre a borda da garrafa. Eu coloquei minha cerveja de lado e segurei a beirada do balcão, uma mão em cada lado do meu quadril, esperando pela sua próxima pergunta. Ele estava demorando tempo demais.

“Você sabe o que?” Colocando sua cerveja de lado também, ele se afastou do balcão e eu me endireitei, minhas mãos saindo dele. “Eu não vim aqui para brincar de vinte perguntas.” Minha cabeça inclinou para o lado. “Bem, não brinca.” Eu sorri docemente, mesmo enquanto meus seios ficavam mais pesados e meu sangue parecia engrossar.

Ele estava usando aquele meio sorriso de novo. “E você não me queria aqui para responder perguntas também.” Eu encontrei seu olhar enquanto ele andava, parando exatamente na minha frente. Cada célula em meu corpo ficou super consciente da sua proximidade. “Se eu disser ‘não brinca’ de novo isso faz de mim repetitiva?” “Só um pouco,” ele murmurou, se inclinando e colocando suas mãos em meu quadril. “Então vamos mandar as perguntas e respostas para puta que o pariu e vamos logo para parte que nós dois queremos.” A bolha se moveu para meu peito e desceu, até a parte mais baixa da minha barriga. “Você não é um cara que fica dando voltas sem sentido, né?” “Nope.” Suas mãos estavam firmes em meu quadril e meus olhos encontraram os seus. Ele segurou meu olhar. “E nem você. Você já cansou dessas perguntas também.” “Cansei?” Minha respiração ficou presa quando seu aperto ficou mais

forte.

“Sim, você cansou.” Ele abaixou sua cabeça para que sua boca estivesse próxima ao meu ouvido. “Quer saber como eu sei isso? Você começou a ficar quente no momento em que eu disse que foder era meu hobby.” Ele levantou uma mão e sem quebrar o contato visual, passou seu dedão sobre o pico dos meus seios, procurando e encontrando meu mamilo. “E esses vem ficando mais duros a cada segundo.”

Oh, por Deus. O raio de prazer foi dos meus seios e se espalhou, carregando cada nervo. Eu estava presa, sem palavras, o que era algo novo para mim.

“E eu só queria agradecer a você por estar usando essa blusa.” Ambas suas mãos estavam de volta em meu quadril. “Eu gosto quase tanto quanto gosto daqueles shorts.” Eu coloquei minha mão em seu peito e deslizei-as para baixo ao longo do seu estômago, a ponta dos meus dedos seguindo os picos rígidos do seu estômago. “Então eu acho que você pode gostar do que tenho por baixo desses jeans.” Um som profundo reverberou deve enquanto suas mãos deslizavam para a parte de trás das minhas costas, indo para baixo, apertando minha bunda. “Eu mal posso esperar para descobrir.” “Então não espere.” Eu puxei sua camiseta e ele riu, rouco, em resposta. Olhando para cima, eu soltei sua camiseta. “Isso é apenas essa noite.”

“Então estamos acordados, não?” Ele deu um passo para trás e sua mão foi para seu bolso traseiro. Ele puxou sua carteira, abrindo-a. Ele tirou um pacote de alumínio que me fez rir.

“Uma camisinha na carteira?” eu disse. “Totalmente cliché.”

“E totalmente preparado,” ele respondeu com uma piscadinha. Ele jogou sua carteira e a camisinha no balcão. Pegando a barra da sua camiseta, ele a puxou para cima e para fora. Os músculos em seus bíceps e ombros flexionaram e esticaram enquanto ele jogava sua camiseta para onde sua jaqueta estava.

Bom Deus, tudo que eu consegui fazer foi encarar. O menino cuidava de si mesmo. Seu peito era bem definido e sua cintura fina. Seu estomago era uma obra de arte. Seu abdômen era definido, mas não exageradamente trabalhado. Ele me lembrava de um corredor ou nadador, e eu queria toca-lo.

“Sua vez.”

Todo ar escapou de mim. Eu não era uma pessoa totalmente não consciente de mim mesma, mas meus dedos tremiam de qualquer modo enquanto eu passava eles pela barra da blusa que estava usando. De um jeito estranho eu não entendia, nós éramos estranhos, mas isso deixava fácil tirar minha blusa. Talvez fosse porque não havia nenhuma expectativa entre nós ou porque seria apenas essa noite.

O olhar de Nick saiu do meu bem devagar e eu parei de pensar, em tudo. A provocação descrita em seus lábios e maxilar era como estar a um passo de uma área em chamas, mas o calor e a intensidade do seu olhar era o que havia começado esse fogo. A expressão era faminta e era como um tapa em meu peito, roubando o ar dos meus pulmões.

Silenciosamente, ele levantou uma mão e envolveu meu seio. O gemido que saiu de mim pareceu contido. Ele passou seu dedão sobre a ponta enrijecida e, então, pegou-a entre seus dedos. Minhas costas arquearam e um pequeno meio sorriso apareceu em seus lábios.

“Você é linda,” ele disse, sua voz pesada. “Eu aposto que o resto é tão incrível quanto.” Meu coração estava palpitando e minha voz rouca quando eu falei. “Você quer descobrir?” “Você ainda precisa fazer essa pergunta?” Eu sorri enquanto me movi, pegando seu pulso. Eu passei seus dedos pelo meu estômago até o botão do meu jeans. Ele não precisou de mais explicação. Nick quebrou o recorde de tempo me tirando do meu jeans.

“Você estava certa.” Seus dedos passaram sobre a tira em meu quadril enquanto ele me virava, sua mão seguindo seus movimentos, passando sobre a renda logo no meio. “Eu realmente gosto disso também.”

O fio dental era nada mais que um retalho fino de tecido, não era um escudo contra seu calor enquanto ele deslizava sua mão para entre minhas coxas. “Deus,” ele disse, sua voz em um sussurro grosso. “Você já está pronta.” Eu estava.

Eu estava pronta desde o momento que ele fez suas intensões claras. Com sua mão entre minhas pernas, ele me puxou contra si e eu pude senti-lo através do seu jeans, pesado e duro, pressionado contra mim. Minhas costas arquearam e um leve gemido escapou de mim quando seus dedos começaram a trabalhar, passando do lado de dentro do tecido, através da minha umidade. Eu peguei seu braço, segurando ele em mim, e o outro bateu contra o balcão. Eu me abracei enquanto ele curvava seu corpo contra o meu, seu peito colado em minhas costas. Tensão ganhou vida enquanto eu movia meu quadril contra sua mão, ficando por cima dela enquanto seu hálito quente passava pela minha testa.

“Nós podemos fazer isso aqui se é o que você quer. Eu posso te levantar, colocar essa linda bunda sobre o balcão. Ou contra a geladeira,” ele disse, seus lábios passando pelo lóbulo da minha orelha. “Ou eu posso te comer sobre a mesa ou sobre o sofá, te foder logo aqui.” Uma mão deslizou pela minha lateral, mandando um calafrio por mim enquanto se fechava em meu seio. “Ou eu posso apenas te virar, aqui, e te foder por trás.” Seus lábios passaram sobre meu pescoço, parando logo sobre minha pulsação. Ele mordiscou no mesmo momento que incluiu outro dedo, me fazendo ofegar. “Me diga o que você quer.” Bom Deus...

Essas palavras quase me mandaram sobre a borda e eu estava perto, tão perto. O cara tinha dedos mágicos e se ele continuasse desse jeito, isso teria terminando antes mesmo de começar. “Desse jeito.” Eu disse, ofegante. “Oh Porra.”

Minha calcinha estava no meu tornozelo e então, junto as batidas fortes do meu coração, eu ouvi o pequeno som do seu zíper sendo abaixado. A camisinha estava fora do balcão, nele, antes mesmo que eu tivesse a chance de ficar impaciente.

Nick segurou meu quadril e me levantou, me deixando na ponta dos pés, até que uma mão desapareceu e, um segundo depois, eu a senti entre minhas pernas. Eu não precisava ver para saber que ele era grande. Então eu senti ele. Ele me penetrou, centímetro a centímetro, e tão vagarosamente que cada terminação nervosa parecia super consciente enquanto ele me preenchia totalmente. A leve dor sumiu e a pressão era quase demais.

Um braço envolveu minha cintura, me puxando contra ele. Seu gemido era deliciosamente ríspido em meu ouvido, como uma droga. Ele começou a mover seu quadril, entrando e saindo de mim. Não havia nada calmo sobre isso. Cada investida era profunda e rápida, totalmente precisa. Isso era... isso era foder, e foi isso o que ele fez – o que eu fiz. Me jogando para trás, encontrando cada investida sua com intensidade similar.

Eu nem tive chance de controlar a liberação. Ambas minhas mãos estavam sobre o balcão e o espaço entre nós aumentou até que ele curvou seu corpo sobre o meu, me empurrando para cima e para baixo sobre o balcão. A baixa temperatura da superfície era um contraste contra minha pele quente.

Os sons dos nossos corpos se uniram, meus gemidos com seus sons encheram a cozinha. A tensão cresceu e cresceu, apertando até que meus dedos do pé começaram a formigar. Uma de suas mãos deslizou pelo centro das minhas costas, segurando meu cabelo enquanto ele me mantinha ali, seu quadril investindo contra mim.

Eu gozei em uma explosão e foi rápido e quase cegante. Eu gemi alto, meu corpo acalmando como se eu estivesse me alongando, e ele continuou a se mover, continuou investindo até que ele se pressionou fundo, agarrado em mim. Prazer me percorria, intensificado com cada investida. Seu grito rouco se juntou ao meu e ele estremeceu, seu corpo ficando imóvel.

Os tremores se espalharam. Pequenos espasmos passando por mim. Atordoada, eu deixei a frieza do balcão passar para minhas bochechas coradas. Depois do que pareceu uma eternidade, eu abri meus olhos e me encontrei encarando o cooktop. Meus lábios se curvaram em um sorriso preguiçoso.

Huh. Nunca pensei que estaria estreando a cozinha assim tão rápido.

Nick saiu de mim, sua mão passando pelo centro das minhas costas, parando por alguns segundos no meu quadril e, então, houve uma lufada de ar gelado passando pela minha pele. “Ainda está viva?” ele perguntou. Eu não queria me mover. “Ainda não sei.” Sua risada fez meu sorriso aumentar. Me levantando, eu me abaixei para pegar minha calcinha.

“Porra,” ele gemeu e eu percebi que estava dando a ele uma bela visão. “Sem palavras,” ele continuou. “Sem malditas palavras.” Puxando minha calcinha para cima, eu me virei. Sua calça já estava abotoada enquanto ele jogava a camisinha no lixo. Eu fui pegar minha blusa e, enquanto me abaixava de novo, fiquei surpresa pela quantidade de umidade entre minhas coxas.

Tinha sido a um tempo desde a última vez que transei, mas porra, isso parecia um pouco ridículo demais.

Vesti minha blusa, ajeitando a barra. Meu olhar encontrou o seu e ele me deu um meio sorriso. “Eu não tenho palavras também,” admiti. “Parece que ainda estamos na mesma página.” Pegando meu jeans do chão, ele veio em minha direção e, para minha surpresa, me ajudou a vestilo, suas mãos explorando no processo. Quando ele terminou, ele deu um passo para trás. “Está tarde.” “Está. Você está bem para dirigir?”

Uma surpresa momentânea passou pelo seu rosto. “Eu acho que tenho neurônios suficientes para chegar em casa.” “Foder até explodir o cérebro pode ser perigoso,” eu respondi. “Tenho certeza que envolve uma notificação para operações de maquinas e dirigir.” Nick jogou sua cabeça para trás e riu enquanto pegava sua jaqueta, colocando-a. “Deus, eu realmente gosto de você.” “Claro que sim.” Ainda sorrindo, ele balançou sua cabeça enquanto pegava seu capacete. “Você pode ficar com o que sobrou das cervejas.” Ele foi em direção a porta enquanto eu ia vagarosamente atrás dele. Ele a abriu e, então, se virou para mim. Seu olhar encontrou o meu, o verde mais claro e caloroso. “Hoje à noite foi...” “Apenas hoje à noite,” eu terminei para ele. “Eu me diverti.” “Claro que sim,” ele me imitou e eu ri. “Tome cuidado,” eu disse a ele. Nick abriu sua boca como se fosse falar algo, mas pareceu ter mudado de ideia. Ele se moveu rapidamente, indo para frente antes que eu soubesse o que ele iria fazer. Ele colocou um beijo no canto dos meus lábios, o toque breve e ainda assim intenso. Isso me tirou da minha névoa de prazer e forçou meus olhos a se arregalarem enquanto ele levantava sua cabeça. “Te vejo por ai.”

Eu não respondi, estava totalmente incapaz disso, enquanto ele se virava e andava para fora, fechando a porta atrás de si. Eu nem sei por quanto tempo eu fiquei ali de pé, mas, em algum momento, eu tinha levantado minha mão e tocado o canto dos meus lábios. A pele estava formigando.

Isso era o mais perto que qualquer cara tinha estado de me beijar a muito tempo.

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