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Capítulo Dezenove

Isso não estava acontecendo de novo.

Nick estava claramente mostrando o quão perto estava de matar alguém enquanto colocava a mão na beira do bar e se inclinava, seu rosto ficando perigosamente perto. “O que está fazendo aqui, Stephanie?” “Oh, cara.” Jax se virou e andou em direção a outra ponta do bar. Eu precisei parar e respirar. “Por que eu não estaria aqui, Nick?” Suas sobrancelhas arregalaram como asas prestes a voar, mas Reece interrompeu antes que ele pudesse responder. “Responda isso com cuidado, meu amigo, porque eu acabei de descer essa ladeira e ela é perigosa.” “Yeah, nós acabamos de ter essa conversa por você,” Roxy disse, seus olhos afiados atrás dos óculos do Harry Potter. “E Reece não mandou bem.” No canto dos meus olhos eu vi Calla andando em nossa direção, mas Jax a pegou e balançou sua cabeça. E ela, sabiamente, se manteve longe.

Nick estava ignorando todos. “Por que você não estaria aqui, em um bar? Você está grávida.” Eu abri minha boca, mas não havia palavras, então a bati fechada de novo. Nick não estava exatamente bravo, mas como assustado, e minha raiva cedeu a sua indecisão. Olhei ao redor e vi Roxy olhando como se estivesse a segundos de bater na cabeça de Nick com uma garrafa de bebida.

“É seguro para mim estar aqui,” eu disse, minha voz baixa. “Não estou bebendo. Não tem ninguém fumando. E eu duvido que vá haver uma briga com toda essa gente.” Eu conseguia sentir calor viajando do meu pescoço para meu rosto. “Eu até pesquisei na internet. Mulheres grávidas saem.” Então eu comecei a balbuciar e nem mesmo sabia o porquê, mas eu precisava me parar. “Eu estava entediada. Tudo que vim fazendo é ficar

sentada em meu apartamento noite depois de noite. É bem solitário e eu...” por sorte, me interrompi antes que dissesse que sentia sua falta. Nesse momento eu não sabia se seria algo bom.

“Hey, Nick, tem um minuto?” Eu olhei para o lado para ver um homem mais velho, grande, careca e com marcas de gordura espalhadas por sua camisa azul. Ele estava parado na porta da cozinha e eu assumi que fosse o cozinheiro.

Os ombros de Nick ficaram tensos enquanto ele suspirava e se endireitava. Seus olhos voaram para os meus. “Volto em alguns minutos.” Olhando para o lado, eu concordei. Nick passou suas mãos por seu cabelo enquanto se virava, andando de volta para a cozinha. Meu olhar caiu para meu ginger ale. As bolhas apareciam pelo copo e, de repente eu estava muito interessada nessas pequenas bolhas de felicidade de carbono, porque eu conseguia sentir vários olhares em mim. Me ajeitei em meu banco, meus pensamentos cobertos por névoa. Eu estava... incerta sobre ter vindo aqui hoje, e me senti... embaraçada. Estava errado? Quero dizer, eu podia entender ambos os lados dos argumentos, mas o que eu tinha dito a Nick era verdade. Todo esse tempo sozinha estava me afetando.

“Você está bem?” Roxy perguntou. Engolindo forte, eu concordei enquanto olhava para cima. “Yeah. Sim, estou bem.”

Um olhar de dúvida apareceu em seu rosto enquanto ela se virava em direção a um dos caras que estava jogando sinuca. Ela estava pegando garrafas de cerveja quando eu vi Nick sair da cozinha. Jax andou até ele e olhou para dentro quando Nick apontou nessa direção. Calla se juntou a ele e, mesmo que eu pensasse que minha cabeça estava presa nesse laço de miséria, eu não pude evitar de notar como Nick havia ficado tenso com ela chegando. Lembrando do que Roxy havia dito sobre seu comportamento em volta dela

chamou minha atenção. Ele, obviamente, não estava confortável. Isso era verdade, mas porquê?

Por que isso importava agora? Eu peguei minha clutch, segurando ela em meu colo enquanto meu olhar voltava para meu copo. As bolhas estavam menos ativas. Pela primeira vez que eu consegui lembrar, eu estava me sentindo fora de lugar e, por deus, isso não era bom. Quem diria que engravidar seria tão ruim para a autoestima? Mas, novamente, talvez não fosse a gravidez. Talvez fosse o fato que tudo que aconteceu nessas últimas semanas foram coisas fora do meu quadrado.

Engravidar. Reconhecer que eu queria mais com Nick. Tentar ter um relacionamento real. Engravidar. Não bater de frente com meu chefe. Estar longe da minha mãe. Tudo isso era novidade para mim.

O peso de tudo caiu em meus ombros e eu engoli um suspiro. Voltar para casa e me enrolar naquela tigela de doces parecia uma boa ideia.

“Hey.” Eu olhei para Reece. “Yeah?” “Não deixe isso te afetar,” ele aconselhou. “Nick é um cara. E caras normalmente são estúpidos. Acredite em mim. Eu sou um cara. Um cara estupido às vezes.” Agradecendo essas palavras, eu sorri um pouco enquanto passava meus dedos pelos desenhos em minha clutch.

Quando não disse nada, Reece continuou, sua voz baixa. “Durante o tempo que eu o conheço, ele nunca ficou a sério com ninguém. Ele, provavelmente, vai precisar de uma curva de aprendizado quando se trata do que dizer para não te irritar.” Eu não consegui evitar rir, mas pela minha experiência era tão inexistente quanto a dele nesse assunto, e eu não estava aqui para agir mal.

Bem, eu meio que agi mal daquela vez quando não respondi sua mensagem, mas pelo menos, esse tipo de comportamento era algo privado.

Quinze minutos se passaram e Nick tinha desaparecido de volta na cozinha com Jax. Eu não tinha ideia do que eles estavam fazendo lá, mas quando olhei para meu celular, eram quase nove da noite. Meu olhar voou para as portas da cozinha de novo, mas elas permaneceram fechadas. Roxy estava do outro lado do bar, fazendo três drinks de uma vez.

“Hey,” eu disse, saindo do banco. “Eu vou sair daqui. Você pode avisar a Roxy e Calla que eu disse tchau? Eu mando uma mensagem para Nick.”

Reece levantou seu copo que eu achava que era de agua e me olhou sobre a borda. “Yeah, posso fazer isso.” “Obrigada.” Eu comecei a me virar. “Dirija com cuidado.” Eu concordei e sair do bar. O ar gelado foi uma surpresa agradável. Uma vez em meu carro, eu mandei uma mensagem para Nick para avisar que estava indo para casa. O caminho até lá foi rápido e a primeira coisa que fiz quando cheguei foi ir ao meu quarto, tirar esses sapatos e tirar meu suéter. Eu o coloquei no cabide e me virei, planejando voltar para cozinha e recuperar a tigela de doces, mas meu olhar ficou na prateleira, ao lado da foto das férias de primavera, fixo na foto do meu pai.

Ele estava em seu uniforme marrom do exército e é assim que eu sempre me lembro dele. Mesmo quando ele estava em casa, em algum momento eu via essas calças camufladas. Elas eram o símbolo dele voltando para casa e que ele estaria indo embora logo. É possível amar odiar algo igualmente.

Ficando na ponta dos pés, eu passei meus dedos pela foto emoldurada enquanto exalava. Deus, eu sentia tanta falta dele, e eu não conseguia evitar de imaginar o que ele diria sobre ter um neto – como ele iria se sentir. Ele

estaria orgulhoso ou desapontado? Não importava o que, eu sabia que ele estaria me apoiando tanto quanto minha mãe.

Mordi meu lábio inferior enquanto abaixava minha mão. Agora eu realmente precisava daquele doce. Essa noite eu iria comer todas minhas emoções. Eu passei pelo corredor e cheguei ao banheiro quando ouvi uma batida na minha porta.

Franzindo o cenho, eu andei até a porta e olhei pelo olho mágico. Surpresa me abalou. Era Nick, mas isso não fazia sentido. Ele deveria estar trabalhando. Abrindo a tranca, eu abri a porta.

“O que...?” O resto das palavras foram perdidas na ação. Ele entrou, batendo e trancando a porta atrás de si. Meu coração pulou barra minha garganta. Nick passou um braço em volta da minha cintura, me levantando e me puxando contra seu peito. Sua outra mão estava na base do meu pescoço. Em poucos segundos a boca de Nick estava na minha e ele estava me beijando. Não havia nada vagaroso nem explorador nesse beijo. Era profundo e forte e, antes que eu percebesse, meus braços estavam em volta do seu pescoço. Eu me agarrei a ele, confiando na profundidade do beijo e de como me senti em seus braços. Como uma obra de arte rara. Era assim que ele beijava e era como ter um vislumbre do futuro.

Nick demorou a quebrar o contato, mas quando ele o fez, ele pressionou sua testa contra a minha. “Me desculpe,” ele disse, e o beijo tinha mexido tanto comigo que eu não percebi logo de cara do porque ele estava se desculpando. Ou porque ele estava falando. Eu só queria que ele me beijasse de novo. “Eu não quis soar como um canalha no bar,” ele explicou, me dando a dica. “Eu estava apenas surpreso em vê-la e preocupado por você estar lá, caso algo acontecesse.” Meus dedos estavam presos em mechas do seu cabelo. “Nada teria acontecido.”

“Yeah, a vida costuma me provar o contrário.” Seus lábios passaram sobre os meus enquanto falava, mandando uma série de calafrios pela minha coluna. “De qualquer modo, eu preciso aprender a pensar antes de falar.” Um pequeno sorriso apareceu em meus lábios. “Isso soa como um bom

plano.”

“Você acha?” Seu olhar estava pesado enquanto ele me beijava suavemente. Quando concordei, eu fui recompensada com outro beijo profundo. “Espere.” Perdi a respiração enquanto o braço em volta da minha cintura me tirava do chão. Instinto guiou minhas pernas em volta do seu quadril. Eu o senti ali, duro e pressionado contra seu jeans. Era como se um interruptor tivesse ligado dentro de mim. Quando ele me beijou, prazer me percorreu, mas sentindo ele agora mandou um nível totalmente de luxuria por mim.

Nick começou a andar, me carregando para o quarto enquanto falava. “Eu não pensei.” “Pensou no que?” Minha voz soava meio sem ar me fazendo não a reconhecer.

Com suas longas passadas, iriamos chegar no quarto em um segundo. “Eu não pensei o quão solitária você está.” Antes que eu pudesse responder, ele estava me beijando de novo, sua língua dançando sobre a minha. “Que você é nova nessa cidade, nova no trabalho e nova para mim.” Outro beijo profundo e arrasador limpou meus pensamentos. Ele parou no meio do meu quarto, a mão no meu pescoço apertando mais, se enrolando em meu cabelo. “Eu queria te dizer isso no bar, mas eu estava ajudando Clyde a arrumar a nova fritadeira. Aquela merda era realmente complicada. E quando eu saí, você tinha ido embora.” “Eu te mandei mensagem.”

Nick se moveu, me colocando na beira da cama. “Eu não olhei meu celular.” Se endireitando, ele tirou sua jaqueta de couro. Ela caiu no chão com um som forte. “Assim que vi que você tinha ido, eu falei com Jax. Ele me deixou sair.”

Eu umedeci meus lábios enquanto ele se abaixava, segurando a barra da sua camiseta. “Você largou o trabalho para vir aqui?” “Eu não gosto da ideia de você ficando sozinha.” Puxando a camiseta sobre sua cabeça, ele a deixou cair junto da sua jaqueta. “Porra. Eu não gosto nem um pouco dessa ideia.” Minha boca ficou seca enquanto eu dava uma boa olhada nele. As coisas tinham sido tão rápidas e calorosas quando ficamos que eu nem tive o tempo de apreciar toda a gloria do seu peito nu. Definido e duro, estômago ondulado e quadril estreito e esguio. Aqueles jeans estavam baixos e meus olhos seguiram a fina linha de pelo enquanto desapareciam por baixo do cos do jeans.

Ele tirou suas botas, logo depois as meias. Eu não sabia que ver o pé de um homem poderia ser uma sensação tão intima. Talvez eu só fosse estranha assim. “Você não deveria se sentir desse jeito,” ele continuou, trazendo meu olhar ao seu. “Eu não quero que se sinta.” “Eu sei que você tem muito em jogo e...” “Yeah, eu tenho.” Seus dedos foram para o botão do seu jeans, abrindo, até que o som do zíper sendo abaixado mandou um calafrio pela minha pele. “Mas tem tempo. Tem muito tempo e eu vou começar a usá-lo melhor.”

Seu jeans caiu e ele estava usando uma boxer preta justa.

“Eu apoio totalmente o uso desse tempo,” eu murmurei. Ele riu. “E é por isso que gosto de você.”

Uma pequena parte de mim queria saber o que mais ele gostava em mim, mas não foi isso que saiu da minha boca. “Fazia muito tempo desde que fui beijada.” Ele congelou, seus lábios curvando para cima. “O que?” “Eu... eu não beijei ninguém realmente desde o colegial,” eu admiti, me sentindo boba por dizer isso em voz alta. “Eu sei que isso soa como Uma Linda Mulher, mas isso não é só algo...” Um momento de incerteza me atingiu. “Deus, isso é uma coisa idiota para se dizer agora. Podemos esquecer isso e voltar a ficar nus?”

“Não.” Ele balançou sua cabeça. “Eu entendo.” Ele se aproximou, colocando uma mão em minha bochecha. “Você e eu...? Somos algo bem diferente não?”

Eu ri.

“A maioria das pessoas não entendem isso, provavelmente nem mesmo nos toleram, mas juntos... juntos fazemos sentido.” Havia uma verdade inegável em suas palavras, mas também havia essa parte de mim que se perguntava se ele chegaria nessa mesma conclusão – se eu estaria aqui com ele – se não tivesse engravidado.

Quando Nick estava nu, eu praticamente só conseguia me ficar nisso. Eu não vi essa última peça de roupa sair, mas aqui estava ele e, por Deus, era como ganhar na loteria masculina.

Cem por cento másculo, ele era uma obra de linhas duras, músculos definidos e beleza masculina. Ele não tinha vergonha nenhuma de estar aqui na minha frente, e não tinha como enganar o quão pronto ele estava. E seu tamanho? Whoa.

Meu coração pulando, eu inalei profundamente enquanto ele colocava seus dedos em baixo do meu queixo. Com certa pressão, ele me levantou. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios enquanto suas mãos deslizavam

pelos meus braços até a barra da minha blusa. Sem dizer uma palavra, ele a levantou sobre minha cabeça. Ela foi parar junto das suas roupas. A ponta dos meus seios já estava pronta, doloridas.

Seu olhar abaixou e ele fez um som no fundo da sua garganta que deixou meus joelhos fracos. “Esses...” Ele passou uma mão sobre a taça do sutiã e minha respiração ficou presa. “Você não tem ideia do quanto estive ansiando para ver eles.” Aquela mão subiu, sobre a renda preta e por baixo da taça. Seu dedão passou sobre a ponta e uma onda de prazer irradiou dali, se espalhando. “Tocá-los.” Sua outra mão foi para minhas costas e com a precisão dos seus dedos, ele desabotoou meu sutiã.

Minha pele começou a corar enquanto meu sutiã era removido. Nua da cintura para cima, eu mordi meu lábio enquanto eu deixava ele me olhar, e ele o fez. Ele olhou até que senti que ele estava gravando a imagem em sua memória, até que aquela vermelhidão se transformou em calor.

Então ele me segurou com ambas as mãos.

Minhas costas arquearam e um gemido abafado escapou de mim enquanto seus dedos faziam coisas insanas com minhas emoções. Eu coloquei minhas mãos em seu peito para me equilibrar enquanto ele explorava. Sua pele estava quente e eu podia sentir seu coração palpitando.

“Nick,” eu disse. Ele balançou sua cabeça. “Eu não pude aproveitar tudo quando ficamos. Estou corrigindo isso agora.” Oh Deus, ele realmente estava. Ele gastou tanto tempo ali que quando ele finalmente foi para meu jeans, eu estava quase fora de mim. Cada respiração era errática e meus batimentos estavam acelerados, profundos dentro de mim. Meus jeans foram retirados em um segundo.

Nick ficou de joelhos na minha frente, suas mãos em meu quadril. Seu cabelo pinicava minha pele enquanto ele me beijava logo abaixo do meu umbigo. “Isso é pra doce ervilha dentro de você,” ele disse, e meu coração

implodiu em uma pilha de gosma. “Yeah, eu estive fazendo minhas próprias pesquisas. E isso...” sua cabeça abaixou e ele me beijou de novo, sobre meu centro. Mesmo com o cetim entre seus lábios e minha pele, eu senti o toque direto dentro de mim. “E esse é pra você.” Minha mão tremia enquanto eu o tocava, deslizando meus dedos pelo seu cabelo. Um nó de emoções estava em minha garganta. Eu sabia ali, quando ele tinha beijado meu estômago, que eu podia seriamente me apaixonar por esse cara. Meu coração batia rápido.

Nick levantou sua cabeça, me olhando por entre seus cílios escuros. Aqueles olhos verdes brilhavam com o calor. “Eu acho que poderia passar anos aqui.”

“De joelhos?” Minha voz tremeu um pouco. Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Contando que você estivesse sobre mim.”

Minha risada era seca, irregular. “Você é demais.” “Não. Não sou.” seus lábios passaram pela minha coxa. “Eu acho que eu... yeah, eu preciso mudar isso.” Eu não entendi o que aquelas palavras significaram ou, talvez, eu entendi, mas estava com muito medo para acreditar nelas, mas, então, eu não estava pensando muito sobre isso porque seus dedos estavam trazendo o cetim para baixo do meu quadril, sobre minhas coxas, até que estivesse saído e eu estava completamente nua, assim como ele.

E, então, ele explorou, com suas mãos e seus dedos até que, finalmente, com sua linda boca. Uma mão segurava meu cabelo, inclinando minha cabeça para trás. Os beijos ficaram mais profundos, mais urgentes e poderosos. Minhas mãos deslizaram sobre ele para cima e para baixo, meus dedos envolvendo sua grossura. Seu quadril moveu e, então, minhas costas estavam contra a cama.

Suas mãos estavam sobre meus braços e ele me levantou, me levando para o centro do colchão, sua boca possuindo a minha. Nós éramos um emaranhado de braços e pernas, de mãos abusadas e mais beijos. Sexo... sexo nunca foi assim antes. Claro, tinha sido bom e eu tinha minha boa dose de orgasmos, mas isso era incrível porque não éramos apenas duas pessoas que queriam se aliviar. Havia paixão no jeito que seus lábios se moviam sobre minha pele, um desejo no jeito que suas mãos se familiarizavam com as várias elevações e uma intimidade quando ele se levantou, apoiando seu peso no antebraço, seu olhar segurando o meu enquanto ele se guiava para dentro de mim.

Meus lábios doíam e minhas mãos seguravam seu braço enquanto ele começava a se mover, devagar no começo, um ritmo provocante que era praticamente demais. Eu pressionei meus calcanhares em suas costas, minhas unhas arranhavam sua pele. Pressão crescia dentro de mim e suas investidas aumentaram, seu hálito quente dançando sobre minha bochecha, as palavras provocantes que ele falava em meu ouvindo me guiando. Ele estava sobre mim, em volta de mim e dentro de mim – uma parte de mim. Pele com pele. Nada entre nós. A tensão girou rapidamente, ficando cada vez mais apertada.

Isso não eram duas pessoas fodendo.

Esse foi o último pensamento quando o nó que estava dentro de mim eclodiu. Onda após onda de prazer me abalou. Joguei minha cabeça para traz e gemi seu nome e sabe-se lá Deus o que mais o que. Eu estava contraída em volta dele enquanto ele enfiava um braço sobre mim, selando meu corpo ao dele enquanto seu quadril investia contra mim. Seu outro braço me prendeu, me segurando no lugar. Ele estava se movendo freneticamente, seu quadril rápido, tornando a pressão demais. As ondas começaram de novo e o mundo pareceu cair enquanto outra liberação passava por mim.

Nick deu um grito rouco, segundos antes de enterrar sua cabeça no espaço entre meu pescoço e meus ombros. Ele enrijeceu, seu quadril pressionado ao meu. Um grande tremor passou por ele e eu o segurei, um longo momento passando antes dele se mover.

Ele levantou sua cabeça enquanto suas mãos deslizavam até seu lado. Seus lábios foram pressionados contra minha testa, deslizando depois para minha sobrancelha. Houve um beijo sobre a ponta do meu nariz antes dele realmente me beijar, carinhosamente.

E algo sobre esse beijo leve e preguiçoso foi mais poderoso que todos os outros.

Nick saiu de mim e, por causa da nossa última experiência, eu imaginava que ele fosse se levantar logo da cama naquela busca estranha por suas roupas. Mas ele não o fez. Com um braço ainda sobre mim, ele me puxou contra ele enquanto virava de costas, me juntando para que minha frente estivesse pressionada sobre sua lateral e minha perna enrolada a dele. Nós estávamos suados e corados, mas quando apoiei minha bochecha sobre seu ombro, não havia lugar mais confortável. Sua mão subia e descia pelas minhas costas. Nenhum de nós falou.

Enquanto estava deitada ali, meu coração pulando e meus pensamentos indo e vindo rápidos demais, uma lembrança de mais cedo ressurgiu. Eu estava me apaixonando por ele?

Nick virou sua cabeça na minha direção e seus lábios estavam em minha testa.

Não. Eu não estava me apaixonando por ele.

Porque havia uma boa chance deu já estar apaixonada por ele.

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