PROCIV # 54 (setembro de 2012) já disponível online

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P U B L I C AÇ ÃO M E N S A L DA A U TO R I DA D E N AC I O N A L D E P ROT E C Ç ÃO C I V I L / N .º 5 4 / S E T E M B RO 2 012 / I S S N 16 4 6 – 9 5 4 2

Proteção civil e cooperação internacional

Portugal na Europa

54 Setembro de 2012 Distribuição gratuita Para receber o boletim P RO C I V em formato digital inscreva-se em:

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Este Boletim é redigido ao abrigo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.


EDITORIAL

Cooperação, solidariedade e espirito de missão A proteção civil é hoje uma área onde a cooperação internacional se tem revelado indispensável, quer no que concerne à prevenção e redução de riscos e de desastres, quer no socorro e resposta a catástrofes que, pela sua dimensão, ultrapassam as capacidades nacionais dos países atingidos. Nesta época em especial, os países do Sul da Europa, ainda que enfrentando cada um, no seu território, a problemática dos fogos florestais, têm cooperado entre si e conseguido apoiar-se mutuamente. É nestes momentos, em que os países partilham os seus recursos para apoiar os vizinhos, que a cooperação assume o sentido de solidariedade única e nos deixa convictos de que existem valores que vão além das fronteiras. Chegados que estamos a meio da fase mais crítica do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF - 201 2), importa destacar o imenso esforço, empenho e abnegação de quantos o integram e têm colocado no cumprimento desta árdua missão o melhor das suas capacidades. Já vivemos este ano dias muito exigentes, enfrentámos aquela que foi porventura a maior operação de protecção civil de que há memória em Portugal e apoiámos a Região Autónoma da Madeira a combater uma sucessão de incêndios florestais de dimensão e complexidade atípicas para aquela Região. Lamentamos o desaparecimento de quatro operacionais, dois militares dos GIPS, uma Bombeira e um Bombeiro, que pereceram no cumprimento do dever e mais uma vez, em prol da comunidade que se disponibilizaram a servir. Perante o seu esforço e entrega fica o nosso mais profundo respeito. Os tempos que se seguem não serão seguramente mais fáceis! Mas é em momentos como estes que a tenacidade e a confiança não podem esmorecer. De facto, é em momentos como estes, que nos obrigamos a um esforço suplementar pelos valores que norteiam a proteção e o socorro em Portugal, continuando, sem hesitações, a defender as pessoas, os seus bens e o ambiente. Saúdo pois todos os operacionais, entidades e demais integrantes do DECIF - 201 2, a quem deixo uma palavra de reconhecido agradecimento pelo trabalho desenvolvido até aqui e uma mensagem de coragem para enfrentarmos com determinação as missões que ainda nos esperam. Também aos dirigentes e demais trabalhadores da ANPC uma palavra de apreço pelo vosso esforço competente e quantas vezes anónimo, evidenciando alto sentido de missão e grande serenidade, determinante na prossecução das nossas atividades, porque indiferentes aos alardes demagógicos e ignorantes de quantos nos imaginam “expectantes” naqueles que alguns consideram “momentos conturbados”. Os interesses que nos movem no setor são tão só os do serviço público contidos na Missão atribuída em Fevereiro de 2006 e até ao presente confirmada pelos sucessivosGovernos da República.

> É nestes momentos, em que os países partilham os seus recursos para apoiar os vizinhos, que a cooperação assume o sentido de solidariedade única e nos deixa convictos de que existem valores que vão além das fronteiras. <

Arnaldo Cruz Presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil

Projecto co-financiado por:

P U B LI C AÇ ÃO M E N S A L Edição e propriedade – Autoridade Nacional de Protecção Civil Diretor – Arnaldo Cruz Redação e paginação – Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo Fotos: Arquivo da Autoridade Nacional de Protecção Civil, exceto quando assinalado Impressão – Textype Tiragem – 2000 exemplares ISSN – 1646–9542 Os artigos assinados traduzem a opinião dos seus autores. Os artigos publicados poderão ser transcritos com identificação da fonte. Autoridade Nacional de Protecção Civil Pessoa Coletiva nº 600 082 490 Av. do Forte em Carnaxide / 2794–112 Carnaxide Telefone: 214 247 100 Fax: 214 247 180 nscp@prociv.pt www.prociv.pt

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BREVES

INEM alarga a utilização de computadores nas ambulâncias às corporações de Bombeiros

Incêndio no Algarve: Bombeiros do Algarve manifestaram total confiança na estrutura operacional da ANPC

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) iniciou o alargamento da tecnologia presente nos seus meios de emergência às ambulâncias cedidas aos corpos de Bombeiros e delegações da Cruz Vermelha. Numa primeira fase e até ao final do mês de agosto, 56 ambulâncias localizadas em corporações de Bombeiros vão passar a contar com um computador portátil e com a aplicação Mobile Clinic®. Trata-se de uma aplicação informática de registo clínico eletrónico que permite aos tripulantes das ambulâncias receber e enviar em tempo real informação sobre as situações de emergência médica para as quais foram acionados. A aplicação, que até agora existia apenas nos computadores portáteis instalados nos meios de emergência próprios do INEM, recebe automaticamente os dados enviados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) sobre o evento a que a ambulância tem que se deslocar. Substitui-se assim a comunicação que até aqui era efetuada via telefone, o que possibilita uma redução dos tempos de acionamento dos meios de socorro. O Mobile Clinic® permite ainda que os dados preenchidos pelos tripulantes, após efetuada a avaliação e estabilização das vítimas, sejam enviados diretamente para o hospital que irá receber o doente. Esta funcionalidade permite assim agilizar a entrada dos utentes nos serviços de urgência. Para alargar esta funcionalidade às ambulâncias localizadas em corporações de bombeiros o INEM efetuou um investimento de cerca de 250 mil euros. Este alargamento compreende ainda formação personalizada em cada corporação de Bombeiros, realizada pelo INEM. No futuro, este Instituto pretende expandir a aplicação Mobile Clinic® a todas as entidades do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) que possuam um protocolo de Posto de Emergência Médica com o Instituto.

Os elementos de Com ando dos bombeiros do algarve que combateram o grande incêndio de julho na região manifestaram, em declaração conjunta enviada ao Ministro da Administração Interna e à comunicação social, total confiança na estrutura operacional da ANPC, acrescentando que “só quem não conhece a particularidade e especificidade da Serra do Caldeirão e a influência do clima mediterrânico é que pode pôr em causa o comando e controlo da maior operação de proteção civil alguma vez vista em Portugal”. Lamentando as perdas patrimoniais, os mesmos responsáveis sustentam que o facto de não ter existido uma única vítima mortal ou ferido grave é um indicador “do trabalho feito por todos no terreno”, observando que no tempo do incêndio foi dada resposta por parte dos CB a 1.001 ocorrências, envolvendo 6.536 operacionais e 1.919 meios técnicos. Recorde-se que, por determinação da tutela, a ANPC elaborou um relatório pormenorizado sobre o incêndio florestal que assolou os concelhos de Tavira e São Brás de Alportel. O documento, entregue no dia 10 de agosto, está disponível para consulta em www.prociv.pt.

Transporte Pré-hospitalar: ANPC esclarece notícia publicada no Jornal i

reclamações recebidas, relativas ao transporte pré-hospitalar prestado pelos bombeiros nas ambulâncias. Sobre o estudo foi exarado despacho interlocutório por parte do Presidente da ANPC, o que significa que o mesmo consubstancia um trabalho em curso, que implica uma análise mais vasta, onde terão que ser equacionadas as medidas adequadas para implementar soluções aos problemas meramente diagnosticados, seu faseamento e custos de implementação. Não tendo qualquer carácter reservado, o trabalho não se encontra publicado, uma vez que não está ainda concluída a fase seguinte, isto é, encontra-se a ser objeto de validação através do cruzamento de dados com o Recenseamento Nacional dos Bombeiros Portugueses, entre outras diligências. Só após esta validação poderá ter continuidade. O que implica o envolvimento posterior das entidades com responsabilidades nesta área (INEM e ENB), a quem já foi enviado.

O Jornal i iniciou no dia 10 de agosto a publicação de um dossiê sobre o transporte pré-hospitalar a cargo dos bombeiros que refere a “falta de tripulantes nas ambulâncias de socorro”. Os números avançados pelo jornal têm por base dados de um inquérito efetuado pela ANPC às corporações de bombeiros de norte a sul do país. De acordo com a notícia publicada, “as ambulâncias para transporte pré-hospitalar não dispõem do número necessário de dois tripulantes com a formação adequada”. Na sequência desta notícia, a ANPC emitiu um comunicado em que esclarece que o estudo a que se refere aquele órgão de comunicação social representa a primeira parte de um trabalho mais vasto, que está a ser conduzido desde outubro de 2011, no seguimento da análise efetuada a algumas

Foto: Pedro Santos

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Proteção civil e cooperação internacional A proteção civil é hoje uma área onde a cooperação internacional se tem revelado indispensável, quer no que concerne à prevenção e redução de riscos e de desastres, quer no socorro e resposta a catástrofes que, pela sua dimensão, ultrapassam as capacidades nacionais dos países atingidos.

Projeto-piloto da União Europeia EUFFTR (European Union Forest Fires Tactical Reserve)

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Lei de Bases da Proteção Civil assume expressão da resposta europeia e que faria todo o sentido que este externa, ao prever que, no quadro dos compromissos trabalho fosse feito de forma integrada e estruturada no internacionais e das normas aplicáveis do direito seio da Comunidade e com a participação dos Estadosinternacional, a atividade de proteção civil possa ser membros. Após três anos de intensos debates nos principais fóruns exercida fora do território nacional, em cooperação com Estados estrangeiros ou organizações internacionais de europeus, em outubro de 2001 é criado o Mecanismo que Portugal seja parte, atribuindo esta Lei à Autoridade Comunitário de Proteção Civil, que não é mais do que Nacional de Protecção Civil a responsabilidade de coordenar uma força constituída por meios e recursos dos países que nele participam, adequada à emergência em causa, as intervenções no quadro do auxílio externo. Portugal, através da ANPC, tem vindo a promover com o objetivo de prestar apoio, a pedido do país afetado, a cooperação em matéria de proteção civil no quadro na eventualidade de situações de emergência grave, bilateral, através de vários acordos, nomeadamente com e facilitar uma melhor coordenação das intervenções Espanha (1992), França (1995), Rússia (1999), Marrocos de socorro dos Estados-membros e da Comunidade. (1992) e Cabo Verde (1998), mas a expressão mais visível Em janeiro de 2002 este Mecanismo entrou em vigor, da cooperação internacional tem vindo a ser desenvolvida tendo-se tornado na primeira ferramenta europeia no quadro do Mecanismo Comunitário de Proteção Civil, de resposta coordenada a situações de emergência de sendo fundamental fazer aqui um parêntesis, sobre proteção civil dentro ou fora das fronteiras europeias e conta, atualmente, com a natural evolução desta matéria. a participação de 32 países. A União Europeia terá ficado mais > Em outubro de 2001 foi criado Com a intervenção do Mecanismo nas desperta para a problemática da o Mecanismo Comunitário de operações realizadas na sequência do resposta a grandes emergências após o Proteção Civil, visando promover Tsunami no sudoeste Asiático, o ano sismo da Arménia de 1988, altura em e facilitar o apoio mútuo entre os que se iniciou o debate em torno desta Estados-membros, em situações de de 2005 constitui-se como um ponto de viragem a partir do qual várias matéria. Este mesmo debate cresceu emergência grave. < alterações foram introduzidas com exponencialmente em 1999 com o sismo da Turquia, ao qual acorreram vários países europeus, num vista a melhorar a capacidade de resposta a catástrofes. Desde então, destacam-se os esforços levados a cabo pela esforço aparentemente descoordenado para tentar apoiar as autoridades turcas no socorro às vítimas. Rapidamente Comissão Europeia e pelos Estados no âmbito da mobilise concluiu que era necessário melhorar a coordenação zação de equipas rápidas para reconhecimento e avaliação, P. 4

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o incremento da cooperação com as Nações Unidas, quer mento de uma capacidade de resposta rápida da União. ao nível institucional quer ao nível operacional, a melho- A oportunidade de treino e formação para peritos e equipas ria da articulação entre a dimensão da Ajuda Humanitária nacionais no quadro do Programa de Formação do Mecae da Proteção Civil, o desenvolvimento de um Programa de nismo, é, também, uma medida que veio dotar os peritos de formação conjunta que lhes perFormação Comum e a criação e operaciomite trabalhar em equipas multinalização de módulos de proteção civil. > A evolução do Mecanismo disciplinares de forma coordenada e É inevitável mencionar aqui o processo Comunitário de Proteção Civil complementar. de revisão do Mecanismo, em 2007, em para um novo patamar de que a ANPC representou Portugal nas cooperação, virá dotar a União de A ANPC tem, neste momento, negociações e obteve consenso durante um instrumento ainda mais eficaz mais de 40 elementos formados, a presidência Portu1guesa da União Eu- para facilitar a assistência entre os de várias entidades, designadamente quadros operacionais ropeia. Já nesta revisão, numa tentativa países < e técnicos da ANPC, da GNR e de melhorar a coordenação operacional e a eficiência da prestação do socorro, resultaram clarifica- do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa. das as competências da Comissão Europeia e da Presidên- É neste contexto que, após uma avaliação exaustiva da lecia do Conselho da UE nos cenários de emergências graves, gislação no período 2007–2009 e tomados em considerae, simultaneamente, foram definidos os procedimentos ção os ensinamentos retirados de situações de emergência a adotar no caso de intervenções em países terceiros, in- ocorridas nos últimos anos, a Comissão Europeia veio, no cluindo os relativos à designação de equipas de peritos de início deste ano, apresentar uma proposta de criação de um avaliação e coordenação. Enquanto ponto de contato nacio- novo Mecanismo. A ANPC considera que esta proposta que pretende fanal junto do Mecanismo, a ANPC tem participado ativamente, tanto como país beneficiário como país prestador zer evoluir o atual Mecanismo para um novo patamar de cooperação, vem dotar a União de um instrumento mede assistência. Analisando as ativações de Portugal no quadro do Meca- lhorado, capaz de apoiar, coordenar e complementar as nismo, é importante realçar o seguinte: • Portugal ativou o Mecanismo Comunitário de Proteção Civil entre 2003 e 2005 e, novamente, em 2009 e em 2010, num total de 1 2 ativações; • A situação de emergência foi sempre a mesma: incêndios florestais; • O tipo de assistência solicitado foi, da mesma forma, sempre o mesmo: meios aéreos de combate aos incêndios. • Vários países prestaram assistência a Portugal, com especial ênfase para os países do sul da Europa. Podemos dizer que somos um país já com alguma experiência adquirida enquanto país recetor de assistência internacional. Analisada a operacionalização destas assistências, importa destacar que desde o momento em que o pedido de assistência é formulado até que a assistência é prestada, decorrem, por norma, entre 24 a 48 horas. Este tempo reflete os elevados níveis de eficiência desta ferramenta, condição fundamental para fazer face a determinadas situações de emergência como os incêndios florestais. Mas Portugal não tem apenas ativado o Mecanismo para solicitar assistência. Por diversas vezes o nosso país prestou assistência internacional, designadamente na Argélia, Irão, Marrocos, Indonésia, Peru, China, Haiti, Chile e Itália, na sequência de sismos, e na Grécia e Espanha, na sequência dos incêndios florestais. Ao apoiarmos outros países em situação de emergência no quadro deste Mecanismo, para além da visível expressão de solidariedade demonstrada, temos a oportunidade de adquirir experiência nos teatros de operações, trocar conhecimentos e formas de atuar que se pretendem conjuntas e coordenadas, por forma a facilitar uma resposta europeia e o desenvolvi-

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ações dos países participantes na área da proteção civil, contribuindo para a eficácia dos sistemas de prevenção, preparação e resposta a catástrofes dentro e fora do espaço europeu. É irremediavelmente necessário criar um quadro comum que permita a resposta a emergências de grande escala, em especial aquelas que por afetarem vários Estados condicionam a disponibilização imediata de entreajuda. Hoje em dia, para poder responder a um qualquer pedido de assistência em matéria de proteção civil, a União Europeia depende exclusivamente da boa vontade e das decisões dos Estados, e no limite, poderá acontecer não ser possível responder a uma catástrofe, seja porque os Estados não se voluntariam, seja porque os recursos nacionais estão empenhados. Assim, sendo o objetivo da União o de garantir uma permanente e eficaz capacidade de resposta, então essa capacidade, embora dependente de disponibilidades voluntárias, não deverá libertá-las do cunho vinculativo do compromisso que também o voluntariado contém, sendo necessário assumir compromissos prévios,

à semelhança do que se faz em outras organizações, através dos quais, em determinados períodos temporais, a União saiba com o que pode contar, para responder cabalmente a uma situação de emergência. Com base nesta premissa, cada país poderá assim organizar-se operacionalmente por forma a dispor de uma reserva tática, pronta a intervir internacionalmente em caso de emergência, intervenção esta que deverá ser articulada de forma muito próxima com a Comissão Europeia, que terá um papel fundamental Santos de© R.coordenação, para evitar duplicações de esforços. Um trabalho conjunto entre a Comissão Europeia e os Estados é naturalmente chave de sucesso da cooperação internacional, e a criação de um novo Mecanismo traduzse num passo tão necessário como indispensável para a natural evolução da Proteção Civil a nível internacional.

Ana Martins Chefe do Núcleo de Apoio Técnico e Relações Internacionais da ANPC ana.martins@prociv.pt

Pedidos de assistência de Portugal no quadro do Mecanismo Comunitário de Proteção Civil Ano Situação Tipo de assistência País prestador

2003

2004

2005

2009

2010

Incêndios florestais

Incêndios florestais

Incêndios florestais

Incêndios florestais

Incêndios florestais

Meios aéreos

Meios aéreos

Meios aéreos

Meios aéreos

Meios aéreos

Alemanha + Itália

França + Grécia

França + Alemanha

[Reserva Tática de

Itália + Espanha

+ Itália

+ Itália + Holanda

Meios Aéreos da UE]

+ FFTR-UE

Ações previstas para 2012 no quadro do projeto técnico-policial Cabo Verde

> Novo quadro legal >>Tripulantes de ambulância e transportes >>> Revisão do sistema de comunicações Guiné Bissau

> Assessoria Jurídico Organizacional São Tomé e Príncipe

> Assessoria juridica >> Planeamento e Gestão de Emergência Angola

> Sistemas de Imformação Geográfica >> Análise de Riscos >>> Segurança Contra Incêndio em Edificios

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ara além da cooperação ao nível da União Europeia, a cooperação técnica com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) em matéria de Proteção Civil merece especial destaque porquanto prossegue, entre outros objetivos, o reforço do espaço lusófono e em particular a defesa do princípio da atenção especial a África, bem como a estratégia de desenvolvimento definida pelos países beneficiários em resposta a necessidades bem identificadas, promovendo a racionalização de meios, a eficiência e a eficácia da ajuda. Assim, a ANPC, no quadro do projecto de cooperação técnico-policial protocolado entre os Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Administração Interna e as autoridades dos PALOP, tem vindo a prestar, desde 2008, apoio formativo e assessoria técnica visando a capacitação dos serviços de proteção civil destes países. Para o presente ano, está previsto um conjunto extenso de acções de formação e assessoria, a realizar em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.

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Voluntariado

CORPO EUROPEU DE VOLUNTÁRIOS PARA A AJUDA HUMANITÁRIA O Corpo Europeu de Voluntários para a Ajuda Humanitária é uma iniciativa posta em marcha pela Direção Geral de Ajuda Humanitária e Proteção Civil da Comissão Europeia. Sustentada no Tratado de Lisboa, o seu objetivo é oferecer oportunidades de voluntariado internacional para os europeus em atividades de ajuda humanitária e proteção civil.

Foto: DG ECHO

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formação de um corpo de voluntários de ajuda humanitária, a nível europeu, prevista no Tratado de Lisboa, fora proposta durante a Presidência Grega do Conselho Europeu (2003) tendo a ideia sido retomada em 2010 pelo então Primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Pretendia-se, com este organismo, dar coerência e maior visibilidade à intervenção europeia em teatros de catástrofe, designadamente após os sismos do Haiti (2010) e Paquistão (2011). Assim, em novembro do mesmo ano, eram apresentados os princípios e áreas de intervenção de um futuro corpo de voluntários europeus para a ajuda humanitária, designadamente a identificação e seleção de voluntários e o treino e desenvolvimento de padrões comuns de boas práticas. Visava-se complementar e apoiar, não duplicando, as organizações humanitária existentes, tendo em conta a progressiva profissionalização da ajuda humanitária ocorrida nos últimos tempos. Em setembro de 2011, o Parlamento Europeu aprovou a constituição de um Corpo Europeu de Voluntários para a Ajuda Humanitária, tendo sido autorizado um orçamento de 1milhão de euros com vista ao desenvolvimento de ações preparatórias (consulta pública, conferências, seminários e ações-piloto), e prevista iniciativa legislativa durante © Paulo Santoso segundo semestre de 201 2 instituindo o Corpo Europeu de Voluntários para a Ajuda Humanitária (CEVAH), que se prevê estar operacional no decurso de 2014. A consulta pública, ao nível da União Europeia, efetuada em 2011, confirmou o interesse dos europeus nesta iniciativa, reforçada por sondagem do Eurobarómetro,

em fevereiro de 2012. Neste contexto, diversas organizações não-governamentais europeias, como a rede de ajuda humanitária NOHA, o Instituto Bioforce Développement, a Caritas Checa, a Save the Children Dinamarca e a Johanniter da Alemanha, lideradas pela organização britânica Save the Children, desenvolvem, desde 2011, atividades em cerca de 30 países em todo o mundo, no âmbito de dois projetos-piloto, com o objetivo de reforçar a resiliência das comunidades, promovendo competências locais no contexto da proteção civil e da resposta a catástrofes, testando, no terreno, o futuro corpo de voluntários europeus para a ajuda humanitária . A avaliação preliminar destes dois projetos-piloto tem providenciado informação valiosa com vista ao desenvolvimento de currículo para voluntários em ajuda humanitária, baseado nas boas práticas de organizações humanitárias, contribuindo para o enriquecimento de operações de voluntariado em curso, promovendo a cooperação entre diferentes organizações humanitárias em operações de proteção civil e contribuindo para o reforço das capacidades locais de resiliência e resposta a situações de crise e catástrofe.

Maria Paula Nunes Técnica Superior do Núcleo de Sensibilização, Comunicação e Protocolo da ANPC maria.nunes@prociv.pt

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AGENDA

1 2 a 13 setembro,Br u xelas, Bélg ica O Gru po de T r aba lho PROCI V r eú ne , no â mbito da Pr esidência Cipr iota do Conselho da Uni ão Eu ropeia . O Con sel ho d a Un ião Eu ropeia é o órgão pr i ncipa l de tom ad a de decisões d a UE. No seu seio, reú nem-se per iod icamente Gr upos de Traba l ho, aos qu ais são con f iad as f u nções de an á l ise técn ica e prepa ração de doc u mentos, nomead amente Decisões e Conclu sões do Con sel ho, que serão depois apresentados pa ra aprovação. O Gr upo de Traba l ho pa ra a P roteção Civ i l tem a denom i n ação «PROCIV» e nele pa r t icipam, como representantes n acion ais, u m elemento d a Representação Per m anente de Por t uga l ju nto d a Un ião Eu ropeia e pelo menos u m elemento d a Autor id ade Nacion a l de P rotecção Civ i l. É competência genér ica destes elementos a sa lvag u a rd a do i nteresse n acion a l.

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24 a 28 setembro,Lisboa CON F ERÊNCI A MU N DI AL DE ENGENH AR I A SÍSM ICA A Socied ade Por t ug uesa de Engen h a r ia Sísm ica vai promover no Cent ro de Cong ressos de Lisboa, este encont ro i nter n acion a l, onde serão abord ados d iversos tem as em á reas como a sismolog ia, engen h a r ia de est r ut u ras, redes de i n fraest r ut u ras, ava l iação de r isco sísm ico e ai nd a questões sociais e económ icas. No âmbito dos t raba l hos decor rerá ai nd a o 5WCEE Bl i nd Test Ch a l lenge, du rante o qu a l os pa r t icipantes são conv id ados a pre ver o compor tamento sísm ico de du as est r ut u ras de betão, geomet r icamente idênt icas, projetad as pa ra n íveis de ele vad a e bai x a ductabi l id ade, de acordo com as nor m as EC8. Mais i n for m ações em: w w w.15 wcee.org

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26 a 28 de setembro,Évora ENCON T RO NACIONAL DE HISTÓR I A DAS CIÊNCI AS E TECNOLOGI A O Cent ro de Est udos de H istór ia e Fi losof ia d a Ciência (CEHFCi) d a Un iversid ade de Évora, organ iza a 3 ª ed ição desta i n iciat iva, este ano sob o tem a “Ciência, Cr ise e Mud ança”, aprovado n a sequência d as conclu sões do II Encont ro, tendo em conta a sit u ação económ ica e pol ít ica que se v ive em Por t uga l e que tor n a pa r t ic u la r mente u rgente aprof u nd a r o est udo e o debate sobre a i nteração ent re a Socied ade, a Ciência e a su a H istór ia, o papel e respon sabi l id ade socia l d a ciência e dos seu s agentes e ai nd a sobre a ação d a cr ise e d a mud ança no con heci mento cientí f ico. Mais i n for m ações em: w w w.ciu hct.com

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