Civilização Islâmica

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CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA


O Corão, livro sagrado dos Muçulmanos, com folhas douradas. Século XVII. 2


Introdução

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A Caba ("O Cubo"), um edifício situado dentro da mesquita principal de Meca (Al Masjid Al-Haram)), na arábia Saudita, é o local mais sagrado do Islão. 4


No século VII, surgiu uma nova religião; o ISLAMISMO . Partindo da Península Arábica , os Muçulmanos conquistaram , em pouco mais de um século e com grande facilidade , um dos maiores impérios de todos os tempos. Este império ia da ÍNDIA à PENÍNSULA IBÉRICA ; mas , através de uma grande rede de rotas comerciais , a influência islâmica estende-se a outras regiões. 5


Mapa mostrando uma grande parte da expans찾o isl창mica 6


Este contacto com mundos tão diferentes permitiu aos muçulmanos criar uma civilização brilhante e requintada que nos leva ao mundo da fantasia e dos sonhos e desempenhar ,ao mesmo tempo , um importante papel de intermediários culturais .

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É na arte, particularmente na arquitetura, onde se revelam melhor as influências que os muçulmanos sofreram e, por sua vez ,transmitiram aos povos por onde passaram. na foto, parte do interior da maravilhosa e majestosa Mesquita de Córdoba.

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O Nascimento do ISLAMĂ?SMO

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Símbolo do Islamismo: Profissão de fé escrita em árabe - "Não há outra divindade senão Deus e Maomé é o Seu profeta" (Lá Iláha Il`Allah Muhammad Raçul Allah). A recitação destas palavras constitui uma das cinco obrigações do crente islâmico. 10


A Arรกbia antes de MAOMร

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Gravura representando um Príncipe do deserto da zona de Hijaz,( região no oeste da atual Arábia Saudita. É limitada a oeste pelo Mar Vermelho, a norte pela Jordânia, a leste pelo Nejd ao sul pelo Asir)9. a sua situação privilegiada fazia dela ponto de passagem das rotas caravaneiras. Essa situação tornava Meca uma das cidades mais ricas da Península Arábica que antes de Maomé já era um importante centro religioso e comercial. Esta cidade não acolhe bem a mensagem de Maomé que ameaçava arruinar a sua prosperidade.

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Quando Maomé iniciou a sua pregação, nos princípios do século VII , quase toda a Arábia era habitada por tribos nómadas que viviam da pastorícia e do comércio , em parte feito através do deserto , em caravanas de camelos . Essas tribos eram independentes e guerreavamse muitas vezes entre si . Portanto antes de Maomé não havia unidade política nem religiosa, na Península Arábica, ficando essas a dever-se a Maomé.

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Maomé rodeado de Profetas. Maomé selando a linha dos profetas; ele chamava os Árabes a uma nova religião, o Islão – a mais recente das religiões abraâmicas – e a adorar Allah, o Deus verdadeiro e único. Deus nunca fala diretamente aos homens, envia-lhes a sua mensagem por intermédio dos Profetas. Depois de Noé, Abraão, Moisés e Jesus, Maomé é para os muçulmanos o último mensageiro escolhido para recitar a “Lei Divina”. 14


A Pregação de MAOMÉ

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Gravura representando a “aparição do Arcanjo Gabriel ao Profeta.

Miniatura persa que retrata a ascensão de Maomé ao céu. 16


Maomé nasceu em Meca por volta de 570 D.C. Tendo ficado órfão foi educado pela avó em condições difíceis. Começou a dedicar-se á atividade comercial ainda novo, acompanhando as caravanas de camelos; como comerciante, viria a melhorar a sua situação económica e conhecer diferentes gentes e povos com diferentes civilizações e religiões. 17


Na Juventude, MaomĂŠ, foi pastor e depois condutor de caravanas da camelos pertencentes a Cadija, viĂşva de um rico comerciante.

Aos 25 anos casouse com Cadija e deste casamento teve sete filhos, dos quais apenas sobreviveu uma menina, FĂĄtima, que teve descendentes. 18


Quando tinha cerca de 40 anos, depois de ter casado com uma viúva rica ,foi tomado por uma súbita vocação religiosa , passando a isolar-se nas montanhas . Segundo a tradição foi num desses retiros que lhe apareceu o anjo GABRIEL comunicando-lhe a mensagem que ele devia pregar a todos os homens como profeta.

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O TEXTO REVELADO. O conjunto das revelações recebidas do arcanjo Gabriel por Maomé, compõe o livro sagrado do Alcorão (Recitação). Redigido de acordo com a tradição muçulmana numa língua imitável – o árabe -, este texto, cuja vulgata (tradução) só foi fixada cerca de vinte anos depois da morte de Maomé, é a principal base do islão. Esta página, decorada e caligrafada em estilo cúfico (de kufa no Iraque),foi extraída de um Alcorão do século IX. 20


A pregação de Maomé foi mal aceite na sua terra, Meca, por isso teve que abandonar Meca com a sua família e fugir para Medina. Passados alguns anos a nova religião acabaria por triunfar. Essa religião recebeu o nome de Islão que em árabe quer dizer submissão à palavra de DEUS.

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A partir de Meca, os partidários de Maomé iniciaram uma “Guerra Santa”,(Ghiad), que culminar, numa 1ª fase, com a conquista de Meca por Maomé.

Como Maomé não foi aceite em Meca, partiu, com os seus seguidores para Yatrib., mais tarde chamada Medina. A data desse acontecimento, 622, virá a ser o ano 1 da cronologia muçulmana. 22


A EXPANSÃO MUÇULMANA

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Depois de unificarem, política e religiosamente, a Península Arábica, os Muçulmanos expandiram-se em várias direções. Os dois principais motivos dessa expansão foram de natureza económica e religiosa.

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O Império Muçulmano

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O império muçulmano, ao tempo do expansionismo até 750. As barreiras ao avanço árabe ao tempo da dinastia dos Omíadas (661-750) foram: - Na Europa Ocidental, o reino Franco, correspondendo mais ou menos à França atual, e uma faixa do norte da Espanha atual (Astúrias...). - Na Europa Oriental, estava o Império Bizantino (capital era a cristã, ortodoxa, Constantinopla) e Lombardia, incorporando partes da Itália moderna, algumas ilhas mediterrânicas, e depois espraiando-se pela atual Áustria ... Grécia ... Balcãs ... Anatólia. - Na Ásia Oriental a Índia e a China dos Tang. Na Ásia Central as zonas do mar Cáspio até à Mongólia. - Em África, a «África Negra». 26


A pobreza e o superpovoamento da Arábia , bem como a vontade de dominar as principais vias de comércio entre o Oriente e Ocidente , juntamente com as motivações religiosas , levaram os muçulmanos a lançarem-se na conquista de novos territórios . A GUERRA era para eles JIHAD (GUERRA SANTA) pois permitia espalhar a sua religião. Aliás o ALCORÃO prometia a entrada no paraíso aos crentes mortos em combate. 27


Gravura mostrando o exercito muçulmano partindo a guerra. A guerra era, para eles, “santa”, (JIHAD), pois tinha como principal objetivo espalhar a sua religião. 28


Nos cem anos que se seguiram à morte de Maomé, os muçulmanos conquistaram um grande território que ia do rio Indo, na Ásia , à Península Ibérica e ocupava todo o Médio Oriente e o Norte de África. Nos primeiros tempos a capital foi Medina, depois à medida que as conquistas avançaram passou para Damasco (Síria) e mais tarde para Bagdad (no Iraque) . 29


Gravura representando Maomé e os quatro primeiros califas. (século XVI d.C.). Maomé precedido dos seus ascendentes, (dos quais se representa o seu avô paterno, Abd alMuttalib), surge num circulo de fogo, rodeado pelos califas «bem guiados».

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Ao alargamento do território correspondeu a expansão da religião pois, grande parte das populações conquistadas, converteram-se ao Islamismo. Num império tão vasto era difícil manter uma unidade política . A partir de meados do século VIII, algumas províncias começavam a escapar à autoridade do califa e o império desagregou-se em reinos independentes. 31


O Emirado de Córdova foi um emirado independente que existiu na Península Ibérica entre 756 e 929. Sua capital era Córdova (Córdoba). Após a conquista pelos muçulmanos, entre 711 e 718, o território ibérico foi transformado em província do Califado Omíada, cuja sede era Damasco. Em 750, os omíadas caíram devido a uma revolta e foram sucedidos pelos abássidas, que massacraram os membros da dinastia anterior. Um dos omíadas Abderramão I - escapou do massacre e em 756 chegou a Al-Andaluz (a Península Ibérica muçulmana). Após conquistar Córdova, Abderramão fundou o emirado e conseguiu a independência de Bagdad - sede do Califado abássida - em 773. O Emirado durou até 929, quando o emir Abderramão III se autoproclamou califa, fundando o Califado de Córdova, um reino independente.

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A Expans達o Comercial

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Mapa mostrando algumas das principais rotas comerciais atĂŠ ao fim do sĂŠculo VII, a. C. 34


Os muçulmanos eram essencialmente comerciantes. Criaram uma moeda de ouro o dinar para facilitar as trocas comerciais. Os muçulmanos dispunham também de influências fora do seu império territorial, tendo controlado uma vasta rede de ROTAS COMERCIAIS .

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Os muçulmanos tinham uma fantástica aptidão para o comercio; dai o terem controlado rotas comerciais marítimas e terrestres e criado uma forte moeda. – O dinar. 36


Diversidade e unidade da Civilização Islâmica

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Apesar da diversidade de povos que abrangem, os muçulmanos têm como principais elementos de união: Uma língua comum; uma religião e uma cultura própria. Na imagem, a palavra Alá (Allah) em árabe.

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Mesmo depois da divisão política do império, os muçulmanos continuaram a manter laços estreitos entre si. Esses laços foram: Uma língua comum; uma religião e uma cultura própria. A sua brilhante cultura constituiu-se a partir de elementos de diferentes origens. 39


Maomé, o fundador da Religião Islâmica e sua principal figura. À esquerda, Maomé monta Buraq (Irão, cerca de 1540), nesta gravura o Profeta aparece de rosto tapado e rodeado de criaturas celestes, é conduzido pelo Anjo Gabriel de Meca para Jerusalém. Na figura da direita, o Profeta, em oração, com o rosto envolvido por um circulo de fogo. 40


Como estiveram em muitos lugares puderam recolher e assimilar e depois divulgar muitos conhecimentos e técnicas, passando a desempenhar um importante papel de intermediários culturais. As principais cidades, BAGDAD; DAMASCO; CÓRDOVA etc., dispunham de ricas bibliotecas.

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Gravura mostrando um mercado em Damasco. 42


Ciências: Devem-se aos sábios muçulmanos

importantes progressos científicos: foram grandes médicos; químicos; (descobriram o álcool); astrónomos e matemáticos (criaram a álgebra e divulgaram no Ocidente um novo sistema de numeração “ os algarismos árabes “, que conheceram na Índia e “inventaram “ o zero).

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Duas gravuras mostrando cientista รกrabes nas suas Universidades. 44


A Bússola, em cima à esquerda, os astrolábios, em baixo à esquerda e um tratado de medicina, ao lado, à direita, são três dos exemplos do avanço científico dos islâmicos. 45


Literatura: A literatura é variada e imaginativa, contando com obras notáveis na poesia e na prosa como por exemplo: “AS MIL E UMA NOITES”.

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As histórias que compõe as Mil e uma noites tem várias origens. Não existe uma versão definida da obra. O que é invariável nas distintas versões é que os contos estão organizados como uma série de histórias em cadeia narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar. Este rei, desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando-as matar na manhã seguinte. Xerazade consegue escapar a esse destino contando histórias que captam a curiosidade do rei. 47


Na ARTE, notabilizaram-se como arquitetos.

Deixaram-nos monumentos de grande qualidade como por exemplo os palácios e as mesquitas. Na construção desses monumentos utilizaram como elementos mais característicos a cobertura em cúpula e o arco em ferradura.

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A imagem mostra um madeiramento com estrela; Egipto. Séc. XV, d.C. As composições de polígonos têm grande aceitação na arte islâmica. 49


O interior das mesquitas é muito decorado, com mosaicos e estuques pintados. Essa decoração é composta por elementos geométricos pois o Alcorão proíbe a representação de animais e da figura humana.

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A Mesquita Azul ou Mesquita do Sultão Ahmed é uma mesquita otomana de Istambul, Turquia. Foi construída entre 1609 e 1616. Está em frente da Basílica de Santa Sofia. É a única mesquita de Istambul que possui seis minaretes. A Mesquita Azul foi construída para ser maior, mais imponente e mais bonita do que a Igreja 51 de Santa Sofia. È considerada uma joia da arquitetura muçulmana e mundial.


Agricultura: Talvez a mais importante das

contribuições, para os portugueses, terá sido a da componente agrícola. Os árabes foram mestres no aproveitamento dos recursos de água divulgando aos habitantes da Península Ibérica inúmeras técnicas de irrigação, introduziram também no espaço Peninsular os citrinos que se revelaram de importância fundamental na gloriosa saga dos Descobrimentos Portugueses. 52


Laranjeira em flor.

Cerejeira em flor.

Amendoeira em flor.

Arroz pronto a colher.

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A nora.

A picota O aรงude.

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Linguística: Podemos também encontrar

inúmeras palavras portuguesas de origem árabe como por exemplo: Algarve; alfarroba; álgebra; almofariz; Almada; almofada; etc.

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Há na língua Portuguesa cerca de 600 palavras de origem árabe. Algumas são fáceis de identificar porque começam por al: (artigo definido árabe). No quadro ao lado mostramse algumas:

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Notas sobre a Civilização Islâmica

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O jogo de Xadrez, um dos muitos contributos culturais da “Civilização Islâmica”. 58


NOTA 1 – Essa saída ou fuga HÉGIRA, de

Meca para Medina aconteceu em 622 que depois foi considerado o ano 1 do calendário Muçulmano.

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A elite coraixita comerciante (tribo da qual provém o próprio Maomé), controlava a economia, portanto perseguiu o profeta e seus seguidores porque o monoteísmo e a condenação à idolatria eram uma ameaça às intensas atividades comerciais que se davam na cidade. Então o Profeta partiu, com os seus seguidores para Yatrib., mais tarde chamada Medina. A data desse acontecimento, 622, virá a ser o ano 1 da cronologia muçulmana. Ao lado, uma gravura representando a Hégira. 60


NOTA 2 – Os muçulmanos (crentes) acreditam num único DEUS (ALLAH), bem como na imortalidade da alma e na possibilidade de obterem a salvação eterna através da caridade e da oração.

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O Alcorão refere-se a Allah na Sura (capítulo) do Monoteísmo Puro (Ikhlas) do seguinte modo: "Ele é Allah, Único. Allah é o solicitado. Não gerou e não foi gerado. E não há ninguém igual a Ele".

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NOTA 3 – A religião islâmica contem muitas influências do Judaísmo e do Cristianismo que Maomé conhecera através dos seus contactos comerciais.

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Foi guiando caravanas de camelos, pertencentes à sua futura esposa, que Maomé conheceu as religiões monoteístas. 64


NOTA 4 – Há cinco obrigações religiosas a que

todos os muçulmanos estão sujeitos: afirmar que existe um só DEUS e que Maomé é o seu profeta; rezar cinco vezes ao dia , com o rosto virado para Meca ; jejuar durante o Ramadão; dar esmola aos pobres ; ir a Meca pelo menos uma vez na vida.

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A peregrinação (Haij) a Meca é um dos "cinco pilares do Islão". 66


NOTA 5 – O livro sagrado dos muçulmanos é o Alcorão, que , para os crentes , contém a própria palavra de DEUS , tal como foi transmitida a Maomé .

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Na gravura o livro sagrado do Islã, o Alcorão. A sua mensagem principal é a da existência de um único Deus, que deve ser adorado.

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NOTA 6 – Quando Maomé morreu em 632, uma grande parte da Arábia estava convertida ao Islamismo e formava um único estado. A Arábia passou a ser dirigida por um califa (sucessor ou representante) que era , ao mesmo tempo , chefe político e religioso .

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Califa: "sucessor" ou "representante") é o chefe de Estado em um Califado, e o título para o governante da Umma muçulmana, Umma comunidade islâmica governada pela sharia. O título de califa foi inicialmente usado por Abu Bakr, o sogro de Maomé, quando o sucedeu pela primeira vez como líder da Umma (comunidade do Islão), em 632, e tornou-se o título que se atribuía ao chefe primário do islamismo.

Na gravura, o 1º Califa, Abu Bakr pára a multidão em Meca.

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NOTA 7 – Os primeiros califas foram escolhidos entre os familiares de Maomé e foi por sua iniciativa que se iniciou a expansão que levou à formação do IMPÉRIO MUÇULMANO.

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A unificação permitiu que os árabes realizassem uma rápida expansão que deu origem a um imenso Império. Pela força das armas e da fé, os árabes formaram esse vasto Império num curto espaço de tempo. Dessa expansão, na Europa, resultou o confronto entre muçulmanos e cristãos europeus, que deu origem a uma rivalidade que duraria séculos. Ao longo da Idade Média o infiel muçulmano será o principal inimigo do cristão europeu. 72


NOTA 8 – Os muçulmanos tiveram bastante tolerância pelas “ Religiões de Livro “ – Cristianismo e Judaísmo. Não obrigando os praticantes dessas religiões a uma conversão forçada.

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Nas imagens, a Cruz, símbolo máximo do Cristianismo e o Códice do Vaticano, datado dos séculos IV e V d.C., um dos manuscritos mais antigos do “Novo Testamento” que chegou até nós.

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A Menorá (Candelabro), é um dos utensílios mais importantes que havia no Tabernáculo no deserto e no Templo Sagrado de Jerusalém. . Foi construída de uma só peça de ouro puro e adornada com gravuras e flores que lhe outorgavam um aspeto belo e imponente . Torá, o mais sagrado dos textos judaicos. Torá é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh e que constituem o texto central do judaísmo. 75


NOTA 9 – ARISTÓTELES, tornou-se conhecido na Europa Cristã através dos muçulmanos.

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Aristóteles e seu mestre Platão na “Escola de Atenas” (15091510),fresco de Rafael Sanzio, na Stanza della Segnatura, nos Museus Vaticano. Aristóteles é uma das mais brilhante mentes que a Humanidade conheceu.

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NOTA 10 - Podemos apreciar um dos mais belos exemplares da decoração islâmica no belíssimo salão árabe do Palácio da Bolsa da Cidade do Porto.

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Pela sua invulgar riqueza e incontornável simbolismo, o Salão Árabe é uma peça única e exclusiva, universalmente reconhecida como a joia do Palácio da Bolsa, encarnando a expressão máxima da arte neomourisca em Portugal. Inspirado no Palácio de Alhambra em Granada , produz em quem o visita uma fantástica maravilha visual.

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NOTA 11 – Também, para os portugueses, foi

importante a sua contribuição musical ,O FADO, atualmente património música da humanidade, tem raízes árabes...

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Quadro de J. Malhoa, “O Fado”.

Amália o exemplo máximo do fado, comummente aclamada como a voz de Portugal e uma das mais brilhantes cantoras do século XX.

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NOTA 12 – Chamavam-se MOÇARABES os

cristãos que viviam nos territórios muçulmanos e que continuavam a praticar a sua religião; chamavam-se. MUDÉJARES aos muçulmanos que viviam nos territórios cristão e que continuavam a praticar a sua religião. Quando foram obrigados a converter-se ao Cristianismo, passaram a chamar-se MOURICOS. 82


Arco com arabescos moçárabes no palácio de Alhambra em Granada. 83


Estilo mudĂŠjar no mosteiro de Guadalupe. 84


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