Supermix - A reinvenção dos supermercados

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Órgão oficial de divulgação da Associação Paranaense de Supermercados | nº 176 | julho agosto | 2020

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Entenda os efeitos a longo prazo da pandemia e como precificar de maneira adequada neste momento

A reinvenção dos supermercados Setor supermercadista na linha de frente Especialistas explicam as Medidas Provisórias e como se adequar sem correr riscos Dra Sandra Comodaro fala da importância da Reforma Tributária para o Brasil



SUMÁRIO POR DENTRO DO SETOR (13)

DE OLHO NO VAREJO

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NOTÍCIAS

PONTO DE VISTA

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ENTREVISTA

DRA SANDRA COMODARO FALA SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA E MEDIDAS PROVISÓRIAS

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ESPECIAL SUPERMIX

R-DIAS ENSINA COMO PRECIFICAR ADEQUADAMENTE PARA AUMENTAR A LUCRATIVIDADE DAS LOJAS

ACADEMIA APRAS

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ENTREVISTA

DR. JOÃO GRAÇA ESCLARECE SOBRE AS MUDANÇAS TRABALHISTAS COM AS MEDIDAS PROVISÓRIAS

PERFIL

VERDE MAIS SE DESTACA POR OFERECER EXPERIÊNCIA DE COMPRAS DIFERENCIADA AO CONSUMIDOR

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ESPECIAL SUPERMIX

VEJA ALGUMAS DICAS DE COMO GERENCIAR UMA POSSÍVEL CRISE EM SEU ESTABELECIMENTO

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APRAS EM AÇÃO

NESTA PANDEMIA, A APRAS ORIENTOU SEUS ASSOCIADOS E LUTOU PARA DEFENDER OS INTERESSES DO SETOR E DA POPULAÇÃO 3 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


PALAVRA DO PRESIDENTE

Caro leitor, Como atividade essencial, os supermercados foram um dos únicos setores que não fecharam nesta pandemia. Com as portas abertas, vivenciamos muitos momentos e tivemos que gerenciar diversos tipos de crises. Como principal aprendizado fica a necessidade de se reinventar, não apenas em momentos de estabilidade econômica, mas também em momentos difíceis. Como presidente da Apras, Associação Paranaense de Supermercados, vi o quanto o empresariado consegue se organizar para avaliar os riscos e traçar um caminho seguro, principalmente para a população. No primeiro momento desta pandemia, nós, supermercadistas, viemos à público para tranquilizar sobre o abastecimento, evitando que as pessoas continuassem fazendo estoque de produtos em casa. Após esta fase, tivemos que lidar com a divergência de informações, em que alguns orientavam o uso de máscaras e luvas, outros falavam para não usá-las. Tivemos ainda que utilizar todo o contingente do comercial para iniciar uma corrida em busca do tão raro álcool gel, que simplesmente sumiu do mercado nos primeiros dias. Havia também divergência entre os municípios, que lançavam decretos diferentes em cada cidade. Muitas redes que estão presentes em vários municípios tiveram que ajustar as operações de acordo com cada unidade. Ou seja, não tinha como lançar um protocolo padrão para toda a rede. Foi aí que vimos o quanto os empresários conseguem se unir para minimizar os problemas. Tenho como lema que um setor forte é fundamental para o sucesso dos negócios, por isso, me dedico tanto como presidente da Apras. Tivemos que nos adaptar ao momento e, mais do que oferecer o básico e o exigido pelo poder público, passamos a buscar soluções a mais para garantir a segurança dos nossos colaboradores e clientes.


Ainda no início da pandemia, enquanto buscávamos comprar álcool gel, muitas lojas já estavam instalando proteções de acrílico em todos os caixas. O fato é que a segurança se tornou um dos principais diferenciais de um estabelecimento. Outro diferencial é conhecer o hábito de compra do seu cliente para oferecer exatamente o que ele procura. Mas tudo o que conhecíamos sobre o consumidor precisou ser revisto, pois o desemprego e a redução das rendas mudaram a forma de comprar. O comportamento da população mudou nesta pandemia e os supermercados tiveram que revisar o mix e a exposição nas lojas para continuar atendendo satisfatoriamente. Outra grande mudança é a realização de reuniões e encontros virtuais. Antes, muitas reuniões eram realizadas em outras cidades, o que demandavam um custo com passagens aéreas e hotéis, sem falar na perda de tempo. Sem dúvida, essa mudança veio para ficar e nos tornaremos profissionais mais acessíveis e com uma visão mais digital. Por sermos um setor que continuou trabalhando, o nosso compromisso com a sociedade também se tornou muito maior. Além das medidas de segurança, buscamos soluções para ajudar a população. Uma forma foi começar a aceitar o cartão do auxílio emergencial, o que facilita a utilização do dinheiro sem a necessidade de correr o risco enfrentando filas para sacar o dinheiro. Além disso, a Apras aderiu ao projeto Vagas no Varejo, uma plataforma que conecta os interessados em conseguir uma oportunidade de emprego aos estabelecimentos varejistas que tenham vagas disponíveis. Após tantas mudanças nesses últimos meses, chegou o momento em que conseguimos adaptar melhor as nossas operações e que percebemos que foram muitos dias de trabalho árduo. Agora, com a volta gradativa dos outros comércios, o setor supermercadista será o principal exemplo para que todos consigam reabrir dentro das normativas. Não haverá mais as dúvidas que nos assolaram no início da pandemia, como a utilização de máscaras e luvas ou então a falta de álcool gel. Como um sobrevivente de diversas crises no decorrer desta minha trajetória de 45 anos como empresário, estou certo de que não faltará espaço no mercado para as mentes dispostas a se reinventarem. Porém, após esta pandemia, o mundo não será mais o mesmo e precisamos estar dispostos a nos adaptar às mudanças que já vieram e as que ainda estão por vir.

Pedro Joanir Zonta Presidente da Apras


DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2019/2021

EDITORIAL Caro leitor, após tantos desafios, chegou o momento de o setor supermercadista olhar para trás e ver que realmente é um setor essencial. Esta essência de garantir o abastecimento da população não é a única característica que ficou em evidência nesta pandemia. Os supermercados assumiram um papel fundamental perante a sociedade. Os empresários vieram à público para acalmar a população, pedindo para que não fizessem estoque de produtos, pois não havia risco de desabastecimento. Todos pensaram e agiram rápido, apesar da desinformação sobre o assunto. Muitos cuidados necessários foram adotados ainda antes que houvesse uma obrigatoriedade. Tudo foi muito bem calculado para garantir a segurança dos colaboradores e clientes. É certo que houve aumento das despesas, já que as medidas de segurança necessitavam de investimentos, mas ninguém pensou duas vezes para criar um ambiente protegido e seguro. Novas regras e normas também surgiram para ajudar os empresários, mas muitas dúvidas sobre elas fizeram o setor de Recursos Humanos trabalhar mais do que nunca em conjunto com os advogados trabalhistas. Agir em uma crise não é nada fácil, mas o setor se uniu para pensar em conjunto nas alternativas menos onerosas e complicadas. A Apras se manteve na linha de frente para defender os interesses dos supermercadistas e dos consumidores. A associação dialogou com o poder público e com a imprensa para esclarecer os problemas, explicar a viabilidade de alguns projetos e apresentar a melhor forma de trabalhar em meio a um cenário que poderia se tornar caótico, mas que se manteve estável durante todo este tempo. A organização dos empresários foi impecável, assim como a comunicação, que garantiu que os supermercados fossem ouvidos e vistos como um segmento que realmente é essencial para a sociedade. Passada a turbulência maior, preparamos uma Supermix focada em ajudar os supermercados a continuarem lutando contra esta pandemia e a manterem os seus negócios saudáveis e fortes. Boa leitura! Veronica Gavloski

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Presidente Pedro Joanir Zonta (Condor Super Center LTDA) Primeiro Vice-Presidente Carlos Beal Vice-Presidente Financeiro João Jacir Zonta Vice-Presidente Jurídico Cesar Moro Tozetto Vice-Presidente de Patrimônio Rodolfo Pankratz Vice-Presidente Eventos Carlos Alberto Tavares Cardoso Vice-Presidente de Expansão Roberto Bavaresco Vice-Presidente de Capacitação José Fernando Brecailo Junior Vice-Presidente de Segurança Luiz Alberto Leão Vice-Presidente de Relações Sindicais Luiz Mauricio Kurshaidt Hyczy Vice-Presidente de Segurança Alimentar Everton Muffato Vice-Presidente Relações Públicas Wanclei Said Vice-Presidente Regional Ponta Grossa Lilian Cristiane Cataneo Vice-Presidente Regional Irati Mateus Vinicius Bobato Vice-Presidente Regional Guarapuava Wilmar Millrath Vice-Presidente Regional Maringá Roberto Burci Vice-Presidente Norte Pioneiro José Carlos Molini Vice-Presidente Regional Londrina Marcelo Gasparoto Vice-Presidente Regional Pato Branco Fernando Delazeri Vice-Presidente Regional Cascavel Rudimar Erbert Diretor Adjunto Paulo Beal Diretor Adjunto Ademar Vedoato Diretor Adjunto Claudio Jose Tissi Diretor Adjunto Carlos Roberto do Vale Diretor Adjunto Jose Bruno Diretor Adjunto Helton Jorge Parizotto Diretor Adjunto Paulo César Ivasko Diretor Adjunto Álvaro Machado da Luz Diretor Adjunto Carlos Ely Diretor Adjunto Marco Antônio Michaelsen Conte Diretor Adjunto Noroli do Nascimento Conselhor Fiscal Efetivo Adailton Santos Conselhor Fiscal Efetivo Nelvir Rickli Junior Conselhor Fiscal Efetivo Eder Stedile Perboni Conselhor Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Conselhor Fiscal Suplente Joraci Boza Conselhor Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos Diretor Assuntos Representante Comercial Ottilio Mônaco Diretor Relações Internacionais Celso Luiz Gusso

Superintendente Valmor Antônio Rovaris

Vice-Presidente de Relações Públicas Wanclei Said Superintendente Valmor Rovaris Conselho Editorial WBC Comunicação Departamento Comercial Khailany Cardoso e Rinaldo Dalaqua - Fone: (41) 3263-7000 E-mail: supermix@apras.org.br | comercial2@apras.org.br Diagramação Renata Toscano Pré-Impressão (CtP) e Impressão Tuicial Indústria Grafica Tiragem Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Rua Santo Antônio, 917 – CEP 80230-120 Fone: (41) 3263-7000 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Produção editorial: WBC COMUNICAÇÃO Rua - Pedro Américo, 505 Bloco A - Conj. 301 Bairro - Novo Mundo - Curitiba - PR. Cep. 81.110-010 Editora e jornalista responsável: Veronica Gavloski E-mail : wbc.ai@terra.com.br


ENTREVISTA

Brasil dos impostos A urgência da Reforma Tributária para o desenvolvimento do país

Para permanecer no mercado, as empresas brasileiras precisam de muita resiliência, pois não é fácil investir em um país com uma carga tributária tão alta, complexa e rígida. A Dra. Sandra Comodaro, Sócia Diretora da Nelson Willians & Advogados Associados, conversou com a SuperMix sobre estes problemas que o empresariado passa e destacou a importância da Reforma Tributária neste cenário. A Dra. Sandra também falou sobre as Medidas Provisórias Trabalhistas criadas para ajudar as empresas nesta pandemia. SuperMix: As empresas sofrem bastante com a alta e complexa carga tributária brasileira. Como a senhora enxerga a tributação no Brasil? Sandra Comodaro: É uma discussão complexa, pois, em primeiro lugar, o Brasil possui a maior carga tributária de toda a América Latina, regida por um sistema legislativo complexo que leva as empresas que não possuem assessoria tributária especializada a recolherem valores manifestamente indevidos e/ ou descumprirem obrigações acessórias que geram multas elevadíssimas. Para se ter uma ideia clara sobre o assunto, além da carga tributária imposta, estudos indicam que cerca de 1,5% de todo o faturamento anual da empresa é gasto para o cumprimento destas obrigações e, a cada 200 funcionários contratados, pelo menos um trabalha na área contábil unicamente para o cumprimento destas obrigações. Isso, na visão do Banco Mundial, em 2018, representou a perda de R$ 60 bilhões para as empresas, com gastos relacionados à burocracia tributária. Nesse caótico cenário, sem adentrar na polêmica questão do retorno desses tributos em prol da sociedade, afirmo com a mais absoluta convicção que a atividade empresarial no Brasil é a mais desafiadora do mundo e isso, em grande parte, em função da elevadíssima carga tributária nacional. Digo isso porque, além da questão financeira,

essa complexidade é um fator de desconforto e imprevisibilidade no ambiente de negócios, pois na maioria dos casos, não permite se chegar numa conclusão única sobre determinada questão, cerceando a possibilidade de investimentos internos e estrangeiros. E mesmo naqueles casos em que temos planejamentos tributários sérios e especializados, estamos à mercê de riscos tributários, considerando que temos uma Receita Federal extremamente agressiva em suas fiscalizações. Eis que a nossa rotina nos mostra que qualquer sombra de inadequação do contribuinte (no recolhimento do tributo, na apuração ou no cumprimento da obrigação acessória) ao entendimento do órgão fazendário, autua-se e este que busque os seus meios de defesa e demonstre suas razões nos longos e exaustivos processos administrativos e judiciais. Ou seja, vivemos num sistema tributário complexo e perverso!

“Além da carga tributária imposta, estudos indicam que cerca de 1,5% de todo o faturamento anual da empresa é gasto para o cumprimento destas obrigações” 7 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


ENTREVISTA SM: Qual a importância da Reforma Tributária “Afirmo com a mais absoluta neste contexto? convicção que a atividade SC: Diante do cenário exposto, afirmo com convicção que a reforma tributária – para o Brasil – é uma empresarial no Brasil é a mais questão não apenas de desoneração para as empresas, desafiadora do mundo e isso, mas sim uma condição elementar para a vitalidade e real desenvolvimento futuro. em grande parte, em função da É indispensável que tenhamos um regime de tributação elevadíssima carga tributária simplificado, soma-se muito tempo e gastos financeiros com o cumprimento das obrigações tributárias no nacional” Brasil, é inadmissível termos um sistema tributário contendo mais de 3790 normas vigentes e uma carga que compromete – em algumas atividades – mais de SM: Como resolver a questão da arrecadação 30% do faturamento somente com tributos. federal, estadual e municipal? SC: A questão da arrecadação nas esferas federal, SM: A senhora acredita na aprovação da estadual e municipal vai muito além da questão Reforma Tributária? fiscalizatória, para o fim de tão somente apurar SC - Sim, acredito muito na aprovação da Reforma inadimplementos e realizar autuações fiscais. Tributária! Não podemos nunca perder de vista que a alta Independentemente de qualquer posicionamento complexidade tributária brasileira demanda que político ou partidário, é unanimidade no contexto os entes federados auxiliem os contribuintes com empresarial a necessidade da reforma. medidas efetivas que permitam a leitura com clareza Como eu disse anteriormente, além da simplificação do do que disciplinam as leis. sistema, a reforma tributária é uma condição elementar Constantemente, em nossa rotina de trabalhos nos para subirmos o degrau para o desenvolvimento futuro. deparamos com autos de infração lavrados em virtude É nítido e inadmissível pensarmos na manutenção de do descumprimento de obrigações acessórias ou, um sistema tributário tão oneroso para as empresas até mesmo, pelo não recolhimento dos tributos ou como o atual. recolhimento a menor. E isso não é em decorrência da intenção do SM: É possível que a União, Estados e contribuinte em não pagar o tributo ou deixar Municípios cheguem a um consenso? de cumprir determinada obrigação, e sim pela SC: Creio que sim, pelas mesmas razões ditas nos itens dificuldade de interpretar os dispositivos de leis que, anteriores. A complexidade do atual sistema, além de quando interpretados equivocadamente, resultam em desnecessário, é um motivo latente de tensão e de autuações fiscais elevadíssimas. pressão permanente para a sua aprovação em todos Outra questão relacionada a arrecadação que preciso os polos da sociedade. De modo que os governantes deixar consignado, é a necessidade de os entes em todos os âmbitos de gestão recebem cobranças federados realizarem a leitura do momento atual e feedbacks relacionados aos problemas atuais e a que estão passando as empresas e terem a necessária necessidade da aprovação da reforma. empatia para verificar que medidas deverão ser Além do mais, os benefícios com uma reforma tomadas para manutenção da vitalidade das empresas tributária e estrutural são elevadíssimos para o Estado nesse cenário de pandemia e também no cenário pós de maneira geral, pois simplificaria a rotina das pandemia. atividades fiscalizatórias, reduzindo o seu custo pessoal. É evidente a queda de faturamento, aumento do E, indiretamente, reduziria o custo das atividades endividamento e demais consequências correlatas, empresariais, elevando os lucros e investimentos, que sendo que, nesse contexto caótico que nos espera, são bases de cálculo para os tributos. medidas de suspensão de tributos, de parcelamentos Sendo assim, em razão do interesse comum e pela extraordinários e outras medidas de auxílio são pressão dos administrados, creio ser possível se chegar fundamentais para proteção das empresas e até num ponto comum entre os entes federados. mesmo da arrecadação tributária futura.

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ENTREVISTA

SM: Na sua opinião, qual a melhor opção de reforma? SC: Na minha visão, o modelo ideal de reforma é aquele que contempla três pilares básicos elementares, que a meu ver é a simplificação do sistema de normas, a redução da carga tributária incidente e a equidade junto aos contribuintes. Porém, antes de falar em reforma tributária, particularmente, não acredito que nenhuma seja efetiva sem que antes haja uma reforma administrativa que diminua o tamanho do Estado Brasileiro. Sobre a melhor proposta de reforma até o momento apresentada, simpatizo muito com aquela da proposta de EC nº 110/2019, de autoria do ex-Deputado Federal Luiz Carlos Hauly. Penso que esta proposta alinha algumas reformulações de competências tributárias de um modo a criar um regime de tributação unificado com maior simplicidade aos contribuintes e com a distribuição justa destes valores. Com a criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), com caracterizas de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), fundir-se-á o IPI, a COFINS, a COFINSImportação, o PIS, o IOF, o Salário-Educação, o ICMS e o ISS, por meio de uma tributação una, com alíquota padrão, facilitando a definição das bases de cálculo e simplificando as obrigações fiscais. E sem contar que essa reforma prevê uma maior segurança jurídica para pontos chaves da economia, com a manutenção dos benefícios fiscais anteriormente instituídos. Pelo menos durante o tempo de transição, que será de 15 anos. E com a aprovação dessa reforma, a Firjan afirma – por meio de estudos específicos – que o impacto seria de uma economia anual para as empresas de certa de R$ 127 bilhões, bem como resultaria na criação de mais de 300 mil novas vagas de emprego no mesmo período. SM: Neste período de pandemia, foram editadas algumas Medidas Provisórias para ajudar as empresas. O que destaca sobre elas? SC: Em 22/03/2020 foi publicada a Medida Provisória 927, que reconheceu que o estado de calamidade pública, para fins trabalhistas, constitui hipótese de força maior, e trouxe uma série de medidas trabalhistas válidas durante o estado de calamidade pública provocado pela pandemia do Covid-19. Esta medida provisória autorizou a adoção do teletrabalho; antecipação de férias individuais; concessão de férias

“Com a aprovação dessa reforma, a Firjan afirma – por meio de estudos específicos – que o impacto seria de uma economia anual para as empresas de certa de R$ 127 bilhões, bem como resultaria na criação de mais de 300 mil novas vagas de emprego no mesmo período”

Dra. Sandra Comodaro, Sócia Diretora da Nelson Willians & Advogados Associados

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ENTREVISTA

coletivas; aproveitamento e antecipação de feriados; banco de horas, para compensação em 18 meses, após o fim do estado de calamidade pública; suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho; e diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, referente às competências de março, abril e maio de 2020. Já em 01/04/2020, com o agravamento da situação financeira do país, o Governo Federal editou a Medida Provisória 936/2020, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda e dispõe sobre medidas trabalhistas complementares para enfrentamento do estado de calamidade pública e autoriza a redução da jornada de trabalho e suspensão do contrato de trabalho. O objetivo das medidas é a preservação do emprego e da renda; a garantia da continuidade das atividades laborais e empresariais; e a redução do impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública. Com o objetivo de regulamentar o pagamento e processamento do Benefício Emergencial de que trata a Medida Provisória nº 936, foi publicada a Portaria 10.486 de 22 de abril de 2020. Ainda, foram editadas as Medidas Provisórias 944, 945 e 946, pelo Governo Federal. A Medida Provisória 944/2020, publicada em 03 de abril de 2020, institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, que viabiliza a realização de operações de crédito com empresários, sociedades empresárias e sociedades cooperativas, excetuadas as sociedades de crédito, para o pagamento de folha salarial de seus empregados. Tal medida se destina a empresas de menor porte, uma vez que limitada a receita bruta anual da empresa.

“É preciso verificar a realidade de cada empresa e enquadrar as melhores alternativas, visando a continuidade das atividades e o equilíbrio da saúde financeira da empresa”

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Em 04 de abril de 2020, o Governo Federal regulamentou as medidas temporárias aplicáveis aos trabalhadores portuários avulsos, dentre outras matérias que não envolvem a parte trabalhista. Ainda, foi editada a Medida Provisória 946/2020, em 07 de abril de 2020, que extingue o Fundo PIS-Pasep e transfere o seu patrimônio para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, viabilizando recursos para que os trabalhadores tivessem acesso ao saque parcial do FGTS, valor este de R$ 1.045,00, possibilitando recursos financeiros para que os trabalhadores possam enfrentar este momento de dificuldades financeiras. SM: A alterações ficaram claras? As considera eficientes para ajudar o empresariado neste momento? SC: As Medidas Provisórias foram bem editadas, o que não presume a ausência de lacunas ou dúvidas acerca do tema, até porque vivemos um momento sem precedentes. O objetivo de cada Medida Provisória é claro, as dúvidas são em relação aos procedimentos e aplicação das medidas. SM: Como saber aproveitá-las neste momento da melhor maneira possível? SC: Depende da necessidade real de cada empresa, as Medidas Provisórias trazem diversas alternativas, desde a antecipação de banco de horas, até a suspensão do contrato de trabalho. É preciso verificar a realidade de cada empresa e enquadrar as melhores alternativas, visando a continuidade das atividades e o equilíbrio da saúde financeira da empresa. SM: Como garantir que essas Medidas Provisórias não criem riscos trabalhistas no futuro? SC: É fundamental seguir à risca as disposições das Medidas Provisórias, adotar todos os tramites estipulados, seguindo os prazos sinalizados. As empresas devem documentar todos os procedimentos adotados, através de acordos individuais bem redigidos e devidamente formalizados. Para isso, é indispensável uma boa assessoria jurídica.


ENTREVISTA

Adequações trabalhistas em tempos de calamidade pública Como já abordado pela Dra Sandra Comodaro na entrevista, foram criadas novas regras trabalhistas para ajudar as empresas a enfrentarem a pandemia. Para esclarecer as mudanças, o Dr. João Graça, do escritório Graça Advogados Associados, sanou as principais dúvidas dos empresários: SuperMix: Quais as orientações sobre demissões e admissões e durante a pandemia? João Graça: Não há alteração para demissão e admissão. SM: Quais as orientações sobre a Suspensão de jornada de trabalho? E da redução de salário? JG: A MP 936 possibilitou a Suspensão do Contrato de Trabalho por até 2 (dois) meses ou, ainda, a redução proporcional de jornada e salário. Nos termos da MP a redução salarial será de 25%, 50% ou 75%. Neste caso, os empregados farão jus a um benefício proporcional equivalente a 25%, 50% ou 75% do valor que teriam direito de receber caso usufruíssem do seguro desemprego. A redução salarial deverá ser acompanhada da respectiva redução da jornada de trabalho. É necessário que empregado e empregador estejam

de acordo tanto na suspensão quanto na redução salarial. É imprescindível a celebração de um acordo (escrito) com todas as disposições sobre o tema. Importante ressaltar que o trabalhador terá estabilidade no emprego por igual período que lhe for suspenso ou reduzido o salário. SM: Quais as orientações em relação aos colaboradores do grupo de risco (tempo de afastamento, forma de remuneração)? JG: Apesar de não ser imposição legal, é recomendável o afastamento de empregados que pertençam aos grupos de risco (maiores de 60, pessoas com imunodepressão e gestantes). Para tanto o empregador pode valer-se de duas medidas provisórias editadas pelo governo federal, a MP 927 (que trata da antecipação de férias e do banco de horas para compensação em 18 meses) e a MP 936 (que trata da suspensão do contrato de trabalho).

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ENTREVISTA SM: Como agir quando se esgotam as possibilidades de férias, banco de horas e suspensão temporária dos colaboradores do grupo de risco? JG: A MP 927 não limita a quantidade de férias a ser antecipada. Muitos trabalhadores sequer desejam afastar-se do trabalho. É importante lembrar que o benefício emergencial pago durante a suspensão do contrato de trabalho não é concedido para empregados que já recebam algum tipo de benefício previdenciário. Neste aspecto, grande parte dos aposentados não concordam com o afastamento do trabalho. SM: É possível dispensar o colaborador do grupo de risco? JG: Entendo que sim. Não há vedação legal neste sentido, mas o diálogo sempre deve prosperar com o colaborador principalmente num momento delicado como este. SM: Como proceder para antecipar as férias? Há alguma restrição ou risco? JG: O empregador deve comunicar o empregado com antecedência de 48 horas para antecipar o período aquisitivo de férias em tramite. Para férias futuras a antecipação dependerá de concordância do trabalhador. Isso deverá ser feito através de um contrato escrito. SM: Qual o período correto para a execução do pagamento das férias? JG: Nos termos do artigo 9º da MPT 927, o pagamento da remuneração das férias concedidas em razão do estado de calamidade pública poderá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente ao início do gozo das férias. Além disto, o terço de férias poderá ser pago até a data em que é devida a gratificação natalina (13º salário). SM: Em quais casos a Suspensão Temporária de Contrato pode ser feita? Quais são os riscos e as orientações? JG: A suspensão do temporária do contrato poderá ser realizada pelo período máximo de 60 (sessenta dias). Pode ser efetuada para qualquer empregado, desde que exista concordância. 12 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176

É recomendável que seja celebrado o acordo por escrito, constando todas as disposições pertinentes. Importante lembrar que o empregado terá estabilidade por igual período. SM: Quando o colaborador que foi infectado pelo vírus poderá voltar a trabalhar? JG: O empregado infectado deverá se afastar por 14 (quatorze) dias. Não havendo sintomas ou complicações, estará apto para retornar após esse período. SM: O que é necessário apresentar ao RH para JG: voltar a trabalhar? Caso o empregado tenha um atestado médico, deverá apresentá-lo. Contudo, como não há confirmação na maioria dos casos, apenas afastamento por suspeita decorrente da existência de sintomas, o empregado deverá retornar ao final do período de quarentena e não há documento a ser apresentado. SM: Quais as últimas orientações sobre decretos e normativas que têm validade no Ministério do Trabalho e Ministério da Saúde? JG: Cada município tem competência para legislar sobre o tema. Por exemplo, em Curitiba o Decreto Municipal exige no estabelecimento uma pessoa a cada 9m². Contudo, a utilização de máscaras e a manutenção do distanciamento mínimo de 2 metros entre as pessoas faz parte da regra geral, orientadas pelo Ministério da Saúde.

Dr. João Graça Graça Advogados Associados


POR DENTRO DO SETOR

Exportações crescem 270% na Cooperativa Vinícola Garibaldi Pela primeira vez, produtos da marca serão embarcados para Japão e Taiwa Vêm do exterior as boas notícias para os negócios da Cooperativa Vinícola Garibaldi. Enquanto o mercado doméstico sofre um leve desaquecimento consequente da pandemia e seus efeitos sobre a economia, as vendas internacionais estão rendendo uma safra de importantes conquistas. Fruto de um projeto gestado com planejamento e desenvolvido constantemente ao longo dos últimos dois anos, a Cooperativa Vinícola Garibaldi embarcará nos próximos dias cargas que ultrapassam o total de 15 mil garrafas para o Exterior. Mais do que transações comerciais, os negócios são um importante marco na abertura de novas fronteiras mercadológicas. O maior pedido está direcionado ao Japão, nação que recebe os produtos da marca pela primeira vez – ao todo, serão 4200 garrafas de Moscatel Rosé e outras 1100 de suco integral. Outro país com quem

a Cooperativa Vinícola Garibaldi inaugura relação comercial é Taiwan, com 500 garrafas de espumantes. As remessas para o Exterior também contemplam parceiros já tradicionais da cooperativa. A Nigéria está importando 3000 garrafas de Moscatel Rosé e de Moscatel Branco. Para a China, serão embarcadas 2880 garrafas de frisante, enquanto para o Canadá serão 2700 garrafas de suco integral e 750 garrafas de suco biodinâmico. E é para o mercado canadense que, em breve, a vinícola também ampliará suas vendas. A cooperativa já tem agendada uma remessa de espumantes da linha Garibaldi para ser enviada à província de Saskatchewan, no centro-oeste do Canadá. Até o mês de maio deste ano, o volume de exportações registradas pela Cooperativa Vinícola Garibaldi já é 270% maior do que o total registrado em 2019.

Cupons fiscais colaboram na captação de recursos para o Hospital Pequeno Príncipe

Utilizar o cupom como veículo de comunicação e captação de recursos financeiros para colaborar no tratamento contra a COVID-19. Essa é a forma que a Regispel encontrou para colaborar objetivamente no combate à pandemia do coronavírus. No Paraná, o projeto, batizado como Cupom Social-PR, completa 4 anos e tem como instituição beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba. Agora, ao adquirir bobinas Regispel o varejista paranaense pode contribuir com o maior hospital pediátrico do Brasil. Para esta etapa da campanha, uma novidade: o consumidor também poderá participar. “O cupom entregue ao consumidor, neste momento, terá uma função de suma importância.

Com a autorização de nosso cliente varejista imprimiremos no verso do comprovante um QR Code que possibilitará que o cliente faça uma doação diretamente ao Hospital Pequeno Príncipe”, explica Giancarlo Pizzutto, idealizador da campanha. “Os supermercadistas entregam diariamente milhões de cupons que possibilitarão a arrecadação de fundos para o combate da COVID-19 e atendimento do hospital”, complementa Giancarlo. Ao longo de 4 anos de campanha, mais de 300 milhões de cupons fiscais foram entregues aos consumidores com a divulgação da campanha. Hoje, o Pequeno Príncipe atende anualmente mais de 300 mil crianças em 32 especialidades de média e alta complexidade. 13 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


POR DENTRO DO SETOR

Startup da HIPE tem crescimento mensal de 150% em meio à pandemia A Startup Troco Simples, residente da HIPE Innovation Center, no Vale do Pinhão, em Curitiba, atingiu um crescimento mensal de 150% no volume de novos clientes devido ao sumiço das moedas no varejo nesta pandemia. Para 2020, a startup espera atingir a meta de 5 mil estabelecimentos participantes e 5 milhões de trocos digitais entregues. Além de ser uma solução para o problema da falta de troco, a inovação transforma o dinheiro físico em digital, o que se tornou uma grande vantagem para os lojistas e consumidores neste momento, já que evita a contaminação por vírus por não haver contato com moedas. Como o dinheiro digital pode circular sem atrito, pode ser utilizado para compras, saques e projetos sociais, além disso, ele rende até 6% ao ano. Presente em 400 estabelecimentos, a Troco Simples possui uma operação fácil, integrada diretamente aos sistemas de PDV das lojas.

“Neste momento de pandemia, oferecer ao cliente um plus acaba se tornando um grande diferencial e um incentivo na hora de escolher onde realizar uma compra. Além disso, sabemos que a segurança e a higiene se tornaram grandes diferenciais competitivos no varejo”, afirma o coordenador de projetos da Hipe, Ricardo Pontes. Segundo a Head de marketing da Troco Simples, Mariana Poczapski, a iniciativa também reduz os custos dos lojistas. “Proporcionamos economia com transporte de valores e reduzimos o custo com a aquisição de moedas, que também demanda bastante tempo e esforço. Outra vantagem é a redução de atritos com o consumidor por causa da falta de troco”, destaca. Para receber o troco digital, o cliente não precisa baixar o app ou realizar um cadastro, basta informar o CPF ao estabelecimento. Assim que baixar o app, o cliente pode utilizar o saldo em compras e outros serviços.

Simplus amplia cadastro de FLV, açougue, padaria e frescos em geral e pretende dobrar o número de produtos em sua plataforma As categorias de FLV (Frutas, Verduras e Legumes), açougue, padaria e frescos em geral têm ganhado cada vez mais espaço nas lojas físicas e no e-commerce, que atendem os novos hábitos e comportamento de consumo por produtos frescos para uma alimentação mais saudável e comida feita em casa. Esse setor representa um percentual do faturamento que pode chegar a 50% dependendo do posicionamento do varejo. Apesar disso, fazer o cadastro desses produtos sempre foi um desafio tanto para os varejos quanto os fornecedores por conta da variedade de espécies, origens, diferentes nomes, pesos, cores, tamanhos, modelo de vendas e principalmente pelo fato de não apresentarem codificação padronizada. Para atender a demanda do mercado, especialmente com o crescimento do e-commerce nos últimos 60 dias, a Simplus ampliou o cadastro de produtos e passou a cadastrar todos produtos sem códigos específicos. Os produtos dessas categorias são cadastrados na plataforma, que disponibiliza um catálogo com 14 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176

informações completas, como descrições, pesos, medidas, imagens, entre outras. Desta forma, o produtor, fornecedor ou distribuidor seleciona os itens que fazem parte do seu portfólio e que ficarão disponíveis para os varejistas. Já os varejistas podem pesquisar produtos de diversas formas na plataforma: por descrição, categoria, região, produtor, tipo de embalagem e outras características. Para Sven Imfeld, idealizador da plataforma e Diretor de Operações da Simplus, trata-se de um grande avanço para o mercado, que poderá consultar milhares de produtos, todos com informações e imagens padronizadas. “Será uma oportunidade para varejos conhecerem novos produtos e fornecedores e ampliarem o seu mix de ofertas aos consumidores. Além de serem sinônimo de saúde, a OMS recomenda a ingestão de 400 gramas de frutas, verduras e legumes por dia, o que tem motivado varejos a aumentarem suas áreas dedicadas a produtos frescos e orgânicos, incentivando produtores nacionais e locais”, destaca.


POR DENTRO DO SETOR

Integração entre a RP Info e a Mercafacil proporciona gestão de clientes estratégica aos supermercados Em média, um supermercado perde 30% dos seus clientes durante o ano. Nem sempre as empresas conseguem ter esta percepção, já que o faturamento pode estar estável, mas este percentual representa o quanto um negócio deixou de lucrar a mais por não saber utilizar as informações do seu ERP. Pensando justamente em solucionar este problema, a RP Info e a Mercafacil integraram as suas soluções para proporcionar ao varejo uma gestão de clientes eficaz, baseada em dados e em inteligência de mercado. Com as informações obtidas por meio dos sistemas da RP Info, a Mercafacil consegue saber quantos clientes entram na loja e acabam não voltando. Desta forma, a empresa cria um plano de ação para conseguir fazer este cliente retornar e se tornar fiel ao estabelecimento. Além disso, a Gestão de Clientes é importante para trabalhar o relacionamento, a qualidade e se manter próximo dos consumidores, não apenas por meio das ofertas, que podem até ser uma isca, mas que são temporárias e não fidelizam, já que não são mais um diferencial. Conhecer o cliente e saber como ele se comporta rendem informações que, quando bem usadas, trazem bons resultados para o negócio. Este tipo de trabalho se tornou tão relevante e estratégico que fez o termo CRM se tornar ultrapassado. Hoje, muito mais do que um CRM, as empresas devem ter um CBM, em que o B se refere a palavra Behavior, ou seja, significa que será feita uma gestão do comportamento

do cliente. O diferencial é que além do CRM, a Mercafacil se integra ao sistema da RP Info para trabalhar fortemente a questão de resultados, utilizando uma equipe de consultoria especializada em supermercados e varejo, assim como a RP Info. Líderes no segmento supermercadista, eles estão presentes em 24 estados, em mais de 900 lojas. O trabalho começa ainda no início do processo, que é convencer o cliente a passar os seus dados e saber como utilizar essas informações. Focados na mensuração de resultados, a Mercafacil possui uma plataforma com diversos canais para que o supermercadista consiga atingir o cliente, seja pelo whatsapp, SMS, e-mail ou aplicativo. Ele pode escolher a ferramenta e, no final, ver os resultados de sua campanha, que pode ser enviada de maneira personalizada e segmentada. Saber quem é o cliente, quando ele vai à loja e o que ele compra são informações que podem ser usadas para enviar para ele ofertas relevantes, além de campanhas de relacionamento, como em aniversários. É possível oferecer brindes ou algo diferenciado aos melhores clientes. Hoje, uma ação traz 10% a mais de retenção, em média, em um trabalho contínuo. Para que o supermercadista não desenvolva uma campanha sem um planejamento estratégico, eles também oferecem um mapa para saber onde estão os clientes ativos dele e onde ele precisa ter mais atenção. 15 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


POR DENTRO DO SETOR

Off Trade: o caminho para as cervejarias artesanais no cenário do COVID-19 A cervejaria paranaense Maniacs vem registrando crescimento – média de volume e faturamento constante nos dois últimos anos, 35% em 17/18 e 45% em 18/19, puxados principalmente pela maior penetração de mercado da Maniacs IPA em lata (que registrou crescimento de 130% das vendas em 2019) e dos produtos da Brooklyn, produzida e comercializada no Brasil pela Maniacs. A Brooklyn Lager e a Brooklyn East IPA, também em latas, apresentam excelente aceitação no autosserviço. As previsões da marca eram ousadas para 2020, com planejamento de ampliar em 84% o crescimento do ano passado e aumentar o número de PDV’s atendidos de mil para dois mil. Mas o mundo mudou e com ele veio a aceleração de uma tendência já em franca ascensão no Brasil: a maior participação das cervejas artesanais no canal off trade. “Nosso volume no off trade já é bem expressivo, com 55% de participação em faturamento, principalmente pela boa aceitação de nossas cervejas em latas”, afirma Iron Mendes, CEO da Maniacs Brewing e da Brooklyn Brewery Brasil. A busca do consumidor por novas experiências sensoriais, a partir da ampliação da cultura cervejeira no país, beneficiou o crescimento das duas marcas em supermercados e conveniências. “Esse comportamento também foi observado no constante aumento do consumo de cervejas premium nestes canais, mostrando uma tendência do consumidor”, reforça.

“Desde que a pandemia começou, já registramos um crescimento de vendas em 20% nas gôndolas dos principais players de varejo do Brasil. A tendência, no entanto, é que os supermercados adequem seus processos logísticos devido à mudança no perfil de compras, para então retomarem o crescimento. O setor precisa estar preparado para esse movimento”, destaca Mendes. Nessa hora o que fazer? A alternativa da Maniacs é ampliar o diálogo com o consumidor por meio dos canais digitais da marca e intensificar as ferramentas de merchandising e promotoria nos PDV’s em que está presente. “É o momento de acelerar a capilaridade de PDV’s, investir em presença de gôndola e nas informações disponíveis ao consumidor”, lista o executivo. Nos Estados Unidos, o principal mercado de cervejas artesanais do mundo, em 2019 a categoria representou 13,6% em volume e 25,2% em valor do total de cervejas comercializadas, uma receita de U$ 29,3 bilhões (R$ 169 bi), de acordo com dados da Brewers Association. Por lá, o off trade representa em torno de 65% do total do mercado, movimentando U$ 19 bilhões (R$ 110 bi) e mais de dois bilhões de litros de cervejas artesanais. “São dados que mostram a importância das cervejas artesanais para os supermercados. São produtos que agregam valor na categoria líquida das lojas e cada vez mais o consumidor vai procurar por cervejas artesanais no mercado perto de casa”, destaca Iron.

Linha de bebidas fermentadas com kefir da Piá cresce 14% no quadrimestre A linha de iogurtes probióticos com kefir da Piá cresceu 14% nos primeiros quatro meses de 2020, na comparação com o quarto quadrimestre de 2019. O surpreendente desempenho, segundo o gerente de marketing da Piá, é a crescente procura por produtos que aumentem a imunidade das pessoas. Comercializada nos sabores Natural e no exótico Baunilha Cítrica, a bebida probiótica foi desenvolvida com microflora dos grãos de kefir, adoçados com demerara, um açúcar a base de cana, minimamente processado. “Os grãos de kefir são colônias de levedura que fermentam o leite, gerando uma bebida com muitos benefícios para a saúde, como, por exemplo, o fortalecimento do sistema imunológico”, explica o gerente de marketing da Piá, Tiago Haugg. Haugg destaca que muitas pessoas antes do lançamento, em agosto de 2019 já preparavam receitas com kefir em casa, tanto por apreciarem o sabor, quanto pelas vantagens que oferece. “São produtos com saudabilidade e qualidade sensorial fantástica”, complementa o executivo. 16 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


NOTÍCIAS

E-commerce no Brasil cresce 51% durante pandemia No mês de maio, os principais sites de e-commerce brasileiros registraram 1 bilhão de visitas e um crescimento médio de 51% na sua audiência em relação a fevereiro, período anterior à pandemia. Os dados foram levantados pela Conversion, consultoria de performance & SEO, utilizando dados da plataforma SimilarWeb para contabilização de número de visitantes. No cenário analisado, destacaram-se os seguintes setores com os respectivos aumentos, em comparação ao início da pandemia: 1. Eletrônicos (136,72%); 2. Moda (95,27%); 3. Casa & Móveis (85,39%); 4. Pet (65,56%) e 5. Comida (61,40%). Apenas o setor de Turismo caiu (79%). “As pessoas estão mais em casa e começaram investindo em itens essenciais ou que não puderam ser comprados no varejo tradicional, que se encontra fechado”, afirma Diego Ivo, CEO da Conversion. “A pandemia acelerou fortemente o e-commerce e vai criar uma nova corrida pelas vendas online entre as empresas”, prevê Ivo. Durante a pandemia, o e-commerce foi o único canal de vendas para praticamente todos os varejistas (B2C – Business to Consumer) e até indústrias, que chegam ao online pela modalidade de vendas conhecida como D2C (Direct to Consumer). Vendas online aumentaram 51%. Pensando nesse movimento, a Conversion preparou um guia para e-commerce (https://www.conversion.com. br/blog/o-que-e-ecommerce/), que traz as melhores práticas para operação, site e marketing de sites de comércio eletrônico e também tem visto um aumento na demanda por estratégias online. “No primeiro momento as empresas tomaram um

Setores que mais cresceram:

verdadeiro susto, mas muitas empresas já perceberam que os canais online são a solução e os investimentos estão sendo retomados”, afirma o CEO da Conversion, que prevê um crescimento em 70% nos negócios da consultoria até o fim do ano. Uma nova corrida e-commerce no Brasil Seguindo a linha de empresas como Amazon, Facebook e Apple, que já superaram seu valor de mercado précoronavírus, no Brasil espera-se uma nova corrida pelo e-commerce, que se tornou a única modalidade de vendas para muitos varejistas.

Setor supermercadista registra faturamento de R$ 378,3 bilhões em 2019 O setor supermercadista registrou faturamento de R$ 378,3 bilhões em 2019, um crescimento nominal de 6,4% na comparação com 2018, de acordo a 43ª edição do Ranking ABRAS/SuperHiper, elaborado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados, em parceria com a Nielsen. Em valores reais (deflacionados) o crescimento no último ano foi de 2,5%. O resultado registrado em 2019 pelo setor representa 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O estudo destaca ainda que o setor encerrou o ano passado com 89,8 mil

lojas e 1.881,8 milhão de funcionários diretos ante 1.853,1 milhão registrado em 2018, gerando 28,7 mil vagas de emprego no País. “O ano de 2019 foi um muito significativo para os supermercadistas, principalmente, pela melhoria no ambiente de negócios, com início de importantes mudanças estruturais voltadas ao incentivo à simplificação e desburocratização. Isso se refletiu no mercado de consumo e, consequentemente, no desempenho do varejo alimentar”, declara João Sanzovo. 17 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


Isolamento social transforma o comportamento de consumo dos brasileiros Mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais despontam para compras de abastecimento A pandemia do novo coronavírus desafia todas as projeções econômicas e transformou o comportamento dos consumidores brasileiros. Uma das mudanças mais significativas, segundo o recém-lançado estudo Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, foi a inclusão de novos canais na rotina de compra da população, que agora busca fazer o abastecimento em mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais para evitar aglomeração. Antes da pandemia, isso se concentrava principalmente em atacarejos. No primeiro trimestre de 2020, em comparação com o último de 2019, mais de 2 milhões de lares passaram a comprar em pequenos varejos, mais de 1,2 milhão em varejos tradicionais e mais de 200 mil em supermercados da vizinhança. Para 60,2% dos entrevistados a mudança deve-se à necessidade de evitar aglomerações, 59,6% a fizeram para não ter grandes deslocamentos, enquanto 53,5% a justificam pelos preços acessíveis. O estudo da Kantar também segmentou os perfis de compra para cada tipo de canal de venda. Enquanto os minimercados atraem majoritariamente pessoas de 40 a 49 anos das classes CDE, com filhos adultos, o varejo tradicional é o preferido de quem tem até 29 anos e crianças pequenas. Outro canal que passou por uma reformulação em seu formato para atender necessidades mais específicas do consumidor foi o hipermercado, que agora ganha relevância em missões de reposição, com tíquete médio menor e menos itens no carrinho de compras. O atacarejo também passa por uma transformação, atendendo não apenas compras de estocagem, mas 18 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176

também crescendo nas de reposição, movimento de fidelização dos consumidores que o frequentam. Outros dados do relatório mostram que no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, o gasto médio em bens de consumo massivo subiu 7,7% e os preços 4,8%. E ao mesmo tempo em que a frequência de compra aumentou 4,6%, o que representa uma visita a mais por mês ao ponto de venda, a quantidade de unidades compradas por viagem diminuiu 1,7%. Este aumento no consumo foi detectado principalmente nas classes AB e DE. E-commerce e Delivery O comércio eletrônico ganhou espaço na preferência dos consumidores. Considerando toda a América Latina, houve um crescimento de 3,3 vezes nas quatro primeiras semanas após a decretação da quarentena, sendo 2,3 vezes no Brasil. 68% dos respondentes brasileiros dizem que os apps de entregas em domicílio os satisfazem totalmente no quesito velocidade, 63% na facilidade de uso, 64% na qualidade dos produtos e 77% na facilidade de pagamento. Compras por telefone ou Whatsapp e em sites ou aplicativos de supermercados também foram avaliadas:


NOTÍCIAS O delivery também veio para ficar. O sistema ganhou 38% de novos usuários no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo trimestre de 2018, sobretudo na classe AB (+11%). As três categorias mais beneficiadas foram fast food, pizzas e pratos/refeições, sendo os adultos e jovens adultos os públicos que mais impulsionaram o consumo de indulgências.

Cestas

Presença de bebidas alcoólicas

Outra alteração significativa foi no hábito de compra. No pré-isolamento o objetivo dos consumidores foi grande estocagem, especialmente das cestas de limpeza e alimentos. Já no final do mês de abril, alimentos e bebidas se destacaram, e o setor de higiene e beleza passou para segundo plano. A dinâmica de compra de fim de mês foi suavizada, com tendência de retração. Na semana de 4 de maio, em comparação com a de 9 de março, os brasileiros optaram por opções mais indulgentes dentro de casa. O consumo de ingredientes para doces e de cerveja cresceu: leite condensado 61%, creme de leite 45%, cerveja 42% e leite 39%. Por outro lado, houve queda na compra de itens como queijo, fraldas e frangos.

A partir de 20 de março, devido à necessidade de isolamento social, o consumo fora do lar de cervejas foi trocado para o dentro do lar. Só nos finais de semana houve um crescimento de 9% de ocasiões da bebida quando analisamos o primeiro trimestre de 2020 versus o mesmo período do ano passado. O mesmo aconteceu com vinhos, que ganharam 19% de novas ocasiões durante a semana e 6% aos sábados e domingos. Quase 90% de seu consumo é feito como acompanhamento de pratos.

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DE OLHO NO VEREJO

Supermercado Bahniuk inaugura segunda loja em União da Vitória No dia 2 de maio a Rede de Supermercados Bahniuk inaugurou a sua sétima loja, sendo a segunda unidade em União da Vitória. A nova loja gerou 40 empregos diretos e, ao todo, a rede emprega 300 colaboradores. O empreendimento se destaca por levar produtos de qualidade a preço justo, considerado um lema da empresa. Por se tratar de um ponto estratégico, o espaço também deve atender clientes de outros municípios. A rede atende os municípios de Mallet, Paulo Frontin, Paula Freitas e União da Vitória.

Bavaresco inaugura loja em Morretes Com um investimento de R$ 8 milhões, a rede Bavaresco inaugurou um supermercado em Morretes, no dia 18 de abril. Em meio à pandemia, o empreendimento gerou 135 empregos, contribuindo com a economia do município. Morretes foi escolhida pela rede devido à demanda da região por uma loja como esta, além de ser uma forma de atender os inúmeros pedidos da população local por um supermercado Bavaresco na cidade. O empreendimento conta com equipamentos modernos, que utilizam tecnologia de ponta e que se destacam por serem ecologicamente sustentáveis. A loja possui 16 check-outs, sendo convencionais e seis rápidos. Em uma área construída de 4.300m², sendo 2.500m² de área de vendas, o supermercado também conta com cinco lojas de apoio, entre vestuário, lanchonete, farmácia, perfumaria e acessórios para celular. 20 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176

Entre o mix, o supermercado possui produtos regionais e artesanais da própria cidade, cortes de carnes nobres Angus, padaria e confeitaria, hortifrúti diferenciado e um vasto mix de produtos diferenciados. Além da unidade em Morretes, a rede Bavaresco possui seis lojas em Paranaguá, uma em Pontal do Paraná e uma em Guaratuba, totalizando nove lojas e 1150 colaboradores.


DE OLHO NO VEREJO

Grupo Muffato inaugura loja em Curitiba com conceito “farm” e tecnologia de ponta O Grupo Muffato inaugurou no dia 28 de abril, em Santa Felicidade, Curitiba, um centro de compras com 14 mil m², sendo 4 mil m². O investimento de R$ 60 milhões representa a geração de 450 empregos, dos quais 250 diretos. O empreendimento possui os sistemas de auto-caixa e auto-caixa dinâmico (em que o cliente tem autonomia na hora do pagamento), shop & go (modalidade de compra em loja física com uso do celular, sem intermediação de caixa), delivery e click and collect (onde o cliente compra online ou pelo aplicativo da rede e recebe os produtos em casa ou retira na loja) e todas as soluções omnichannel. MAIA, Muffato Assistente Inteligência Artificial O canal de compras pelo Whatsapp ganha a inovação da assistente virtual Maia (Muffato Assistente Inteligência Artificial), que traz um mundo novo para a realidade do varejo supermercadista. A nova loja em Curitiba inaugura este serviço que, em breve, estará ativo em outras operações do Grupo. Toda a comunicação do cliente que optar pela compra por meio de whatsapp é realizada pela assistente virtual, que faz o cadastro, recebe os pedidos, oferece as opções de pagamento e finaliza o processo, encaminhando a lista do consumidor para a loja concluir a transação e entregar os produtos ao cliente em casa, com possibilidade de retirada na loja. O App Muffato conta com ofertas personalizadas e exclusivas para o perfil de cada cliente Clubeffato. Neste canal há recursos como o acesso a milhares de receitas culinárias e um passo-a-passo para o preparo

dos pratos, cujos ingredientes o cliente pode adquirir com um simples click através do delivery. E recebe comodamente as suas compras em casa ou retira na loja. Pautado nos princípios de sustentabilidade, o novo supermercado segue o novíssimo conceito “farm-totable”: do campo para a mesa. Circuito de sensações Todo o frescor dos alimentos é percebido na chegada do cliente ao mercado, tendo o primeiro contato com frutas, flores, verduras, legumes, pães especiais e uma infinidade de produtos. A partir daí, percorrerá um circuito de experiências que ativam todos os sentidos. É um espaço sensorial, que contempla design, iluminação, cores, formas, aromas e sabores em um espaço harmonizado e original. A seção de “saudáveis” (dietas especiais e fitness) é a maior do setor no País. São cinco corredores repletos de produtos com baixas calorias, sem glúten, sem lactose, especiais para atletas e todo o arsenal de novidades para este público crescente. Um detalhe: com supervisão permanente de uma nutricionista, para orientar os adeptos da vida saudável. A adega climatizada tem mais de mil rótulos de vinhos nacionais e importados, com supervisão de um sommelier. Há ainda as chamadas áreas de descompressão para um confortável “break” nas compras. Cafeteria, espaço para descanso com sofás, wi-fi gratuito e alameda de lojas tornam o Super Muffato Santa Felicidade um espaço múltiplo, para todos os públicos.

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DE OLHO NO VEREJO

Inauguração da quarta loja Irani Supermercados marca trajetória da rede A cerimônia de abertura da nova filial aconteceu somente com a presença de familiares e autoridades municipais, sem divulgação na mídia, a fim de não provocar aglomerações A história do Irani Supermercados iniciou em 1973, quando o Sr. Otávio Pegoraro, fundador da rede, chegou à Cascavel, montando um pequeno comércio alimentício no porão da casa da família, na BR-277. Depois foram estabelecidas as filiais do Parque Verde, em 1984, e do bairro Floresta, em 1986. Ao longo dos anos, a família Irani ampliou e modernizou as unidades localizadas nos bairros Floresta, Parque Verde e Pacaembu. Sendo esta última a matriz, que foi transferida do bairro Cascavel Velho, seu antigo endereço, para a Av. Brasil. Os ensinamentos deixados pelo fundador da empresa foram primordiais para a constituição da história da rede, para que seguissem alinhados ao seu propósito de “alimentar momentos especiais na vida das pessoas”. E, por isso, em 7 de maio de 2020, mais um capítulo especial é registrado na trajetória do Irani Supermercados: a inauguração da quarta filial da rede em Cascavel. Em uma estrutura com 24 mil metros quadrados de área construída e 4 mil metros de área de vendas, esta nova loja, que gera 300 empregos diretos, dispõe de 400

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vagas de estacionamento, caixas de autoatendimento, esteiras rolantes, layout e gôndolas modernas, corredores amplos, restaurante com capacidade para atender 250 pessoas, cafeteria e muitas outras. Esta obra foi planejada e executada respeitando o meio ambiente, contando com as mais modernas tecnologias. O novo Irani da Tancredo Neves dispõe da maior usina fotovoltaica em supermercados do Paraná, sistema que possibilita a preservação anual de, pelo menos, 2.500 árvores. Além disso, está equipado com soluções sustentáveis nos sistemas do setor de resfriados, congelados e ilhas de frios, bem como dispositivos para captação da água da chuva. Assim, conforme destaca Daniel Pegoraro Junior, Diretor Comercial do grupo, a abertura dessa nova filial é um marco para a história da rede, pois reafirma o compromisso de acreditar no crescimento econômico, especialmente em um momento de crise financeira global como a que estamos enfrentando, bem como no avanço do setor supermercadista, sempre pautado pela ética, respeito e comprometimento com fornecedores, clientes e toda a sociedade do Oeste do Paraná.


DE OLHO NO VEREJO

Condor inaugura hiper de R$ 40 milhões em Joinville Com um investimento de R$ 40 milhões, o Condor Super Center abriu a sua terceira loja em Joinville, Santa Catarina. Desde 2016, quando a rede rompeu a fronteira do Paraná e entrou em Santa Catarina, já investiu R$ 140 milhões em Joinville e contratou cerca de mil funcionários, contribuindo para a arrecadação de impostos e renda na cidade. Em uma área total de 10.900 m² sendo 3.200 m² de área de vendas, o novo hipermercado vai gerar 270 empregos e transforma o Condor na maior rede abastecedora da cidade. Segundo o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, a região do Boa Vista e Comasa necessitava de um hipermercado completo, que atendesse as famílias com qualidade e proximidade. “Com este empreendimento, os moradores da região não vão mais precisar se deslocar até outro bairro para fazer as suas compras e também serão beneficiados pela nossa política de preços competitivos, diversidade de produtos e conforto”, afirma. O novo empreendimento segue um conceito com linhas contemporâneas e minimalistas, o que torna o ambiente mais acolhedor e elegante. O conforto dentro da loja pode ser conferido desde a entrada, pois além de corredores amplos e bem distribuídos, a comunicação visual em estilo Germânico, design

funcional e cores harmônicas, sinaliza o local com muita facilidade, proporcionando um conforto visual. Todos os setores foram organizados de maneira inteligente e estratégica para proporcionar ainda mais praticidade nas compras. O hiper é uma loja completa, com setores de eletro, bazar, têxtil, mercearia, hortifruti, açougue com cortes especiais, padaria e confeitaria, fiambreria e bebidas, no qual o cliente encontra uma adega com grande variedade de rótulos nacionais e importados e um espaço com cervejas artesanais. A loja também conta com o Espaço Mundo Saudável Condor, projetado com uma grande variedade de produtos focados na saúde, bem estar e qualidade de vida, além de itens especiais para pessoas com restrições alimentares. Outro destaque do Hiper Condor Comasa Boa Vista é o departamento de perfumaria, que foi posicionado estrategicamente na entrada da loja e vai seguir o estilo de free shop, com Espaço Mulher e Espaço Homem. Para dar maior fluidez, conforto e segurança, a loja conta com um estacionamento coberto e descoberto, com capacidade de 2.500 vagas rotativas, além de um bicicletário coberto. Outra facilidade são as esteiras rolantes e elevador, que ligam o estacionamento à loja e proporcionam mais acessibilidade e agilidade.

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DE OLHO NO VEREJO

Festval compra lojas do Pão de Açúcar em Curitiba A rede de supermercados Festval comprou as quatro lojas do supermercado Pão de Açúcar em Curitiba, nos bairros Água Verde, Batel, Bigorrilho e Jardim Social. As unidades do Pão de Açúcar pertenciam ao grupo GPA, que ainda possui duas lojas da marca Extra na capital paranaense. Em 2003, a família Beal comprou das indústrias Milli a marca FESTVAL em Curitiba, assumindo o supermercado na época com três lojas e começando sua história na cidade. A rede hoje conta com mais de 2.300 funcionários e 12 lojas, sendo 11 lojas em Curitiba e uma em Pinhais.

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Verde Mais: um mercado focado na experiência do consumidor

Ambiente agradável, produtos selecionados, caixas sem filas e a praticidade de poder comprar tudo o que precisa em um único lugar; esta é a proposta da Verde Mais, fundado em 2016 por Helton Parizotto e Edemar Zamprogna. A primeira loja, no bairro Xaxim, aberta no meio da crise econômica brasileira, já demonstrou a ousadia dos empresários e a visão atenta às tendências mercadológicas ao comportamento do consumidor. A segunda unidade do Grupo foi inaugurada em 2018 no bairro Hauer incluindo uma praça gastronômica, growler station, entre outras novidades. Quatro anos

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depois do início da marca, a rede comemora a ousadia de entrar para um modelo de negócios mais voltado ao serviço e com alto potencial de fidelização de clientes. No setor de varejo há mais de 30 anos, os fundadores afirmam que o comportamento do consumidor vem migrando. Saindo de compras grandes mensais, o famoso rancho, para compras mais frequentes e menores. Por isso, ele opta por estacionar com facilidade, não pegar filas, estar em um ambiente diferenciado, entre outros confortos e facilidades. Parizotto afirma que “a Verde Mais acredita na


PERFIL

alimentação saudável e responsável. Nós nos baseamos em preço acessível e boa alimentação. Comer comida de verdade, com prazer em se alimentar”. O ambiente e o conceito da marca possuem um perfil mais natural, por isso tem sempre opções mais saudáveis e frescas para o cliente escolher. Mesmo assim o mix é bastante variado, incluindo uma mercearia tradicional com itens de limpeza, higiene, cereais, matinais e muito mais. “Com o dia-a-dia corrido você pode comprar tudo o que precisa em um só lugar, com muita praticidade e conveniência. Não precisa gastar tempo e dinheiro sem necessidade”, afirma Parizotto, idealizador do projeto. A arquitetura investe em tons amadeirados, paredes vivas, gôndolas mais baixas oferecendo visão de toda a

loja. As gôndolas e expositores refrigerados fazem com que a área de venda fique ainda mais convidativa, sem contar a iluminação focal, que faz toda a diferença. De acordo com Parizotto, o maior diferencial da marca está na experiência de compra e serviços oferecidos. “Hortifrúti verdadeiramente selecionado, cortes de carnes Angus, pães de fabricação própria e confeitaria fina, granel com muitas especiarias, adega com mais de 300 rótulos, cervejas artesanais, produtos premium, glúten free, lac free, veganos e orgânicos. A ideia é ter todos os setores de um supermercado comum, mas, oferecer MAIS. Temos o conceito FRESH MARKET onde o FRESH são os Produtos frescos traduzido do inglês e o MARKET a essência da mercearia e produtos de dia a dia” diz.

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PONTO DE VISTA

4 passos para criar a loja do futuro Embora o digital esteja em crescimento, ele veio para somar à experiência de compras do consumidor na loja física Apesar de todas as previsões tenebrosas sobre o desaparecimento do varejo físico, os dados da consultoria Statista mostram que apenas 11,5% de todas as transações nos EUA foram realizadas via e-commerce no último trimestre de 2019. Embora o comércio eletrônico continua em plena expansão em todo o mundo, as lojas físicas ainda têm um papel de destaque para os varejistas e continuarão a fazê-lo por um longo tempo. Mas é consenso que a aparência das lojas e a forma como os clientes interagem com elas continuarão a evoluir à medida que o comércio eletrônico continua seu rápido crescimento. Além disso, as exigências dos consumidores com as marcas continuarão a crescer. Pelo menos é o que revela uma pesquisa do Instituto Locomotiva. O levantamento indica que 81% dos entrevistados dizem estar mais atento a qualidade dos produtos, enquanto 83% querem ser mais ouvidos pelas empresas varejistas. E continuaremos a ver os limites entre varejo físico e comércio eletrônico desaparecerem. Então, como será a loja do futuro? Respondo essa questão listando os 4 passos que todo varejista deve seguir para inserir sua marca no varejo do futuro. Vending machines Mais frequente encontradas nos principais aeroportos, o modelo vending machines, ou máquinas de venda automáticas, são um exemplo de como os varejistas estão trabalhando para expandir os pontos onde os consumidores podem comprar seus produtos. Embora os varejistas não possam estar em qualquer lugar, eles podem ter pequenas quantidades de estoque, dentro de máquinas de venda automática, acessíveis aos consumidores. O truque para varejistas e marcas é determinar quais localizações geográficas são as mais econômicas e onde há mais tráfego de pedestres e quais locais são reabastecidos com mais eficiência. Os varejistas e as marcas que resolvem essas equações aumentam suas receitas. Foco no relacionamento Assim como o e-commerce não eliminou o varejo físico, as vending machines também não o fará. No entanto, as lojas continuarão a evoluir em uma direção diferente. Basta olhar para o setor bancário e ver como as instituições financeiras reinventaram o atendimento, focando no relacionamento com o público alvo. Lojas e marcas continuarão a encontrar caminhos para aumentar seu relacionamento com seus

consumidores e poderemos ver um aumento de oferta de outros serviços dentros das lojas, como salão de beleza, cafés, entre outros. Melhorar a gestão do estoque À medida que as vendas no e-commerce continuam a crescer, o fluxo do estoque também será mais intenso. Com isso, o aumento de transações - seja na loja física ou online, o novo desafio para as empresas do setor será melhorar a gestão do estoque e como o supply chain pode auxiliá-los na distribuição dos produtos para a loja e no direcionamento para os consumidores. Premissa básica: atender às necessidades dos clientes O adoção massiva de tecnologia no varejo já é uma realidade, mas será necessário uma “virada” na mão de obra. A loja do futuro exigirá uma força de trabalho mais afinada com as necessidades do cliente final. Os colaboradores deverão ser mais bem treinados para criar maior conexão com a marca e para assimilar as exigências dos consumidores. A necessidade de mão de obra qualificada não será limitada à loja, mas também nos armazéns, nas instalações de fabricação e nos serviços de entrega. As lojas terão uma aparência diferente no futuro. Por quê? Nós, como consumidores, estamos colocando uma demanda maior para os varejistas. Também estamos vivendo uma escalada em termos de relacionamento e inovação. Marcas e varejistas experientes continuarão trabalhando para transformar suas lojas e suas cadeias de suprimentos para não apenas atender, mas superar nossas necessidades. Antonio Brito é Sr Principal, Digital & Value Engineering, Infor LATAM

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PONTO DE VISTA

Inovar para vender em tempos de pandemia O mundo está mudando. Mais do que nunca é preciso rever nossa maneira de viver, nosso modo de enxergar as relações humanas e, claro, nossa forma de fazer negócios. Para uma empresa manter-se relevante e ter destaque em seu mercado de atuação, sempre foi necessário entender o que se passa a sua volta e mudar junto com o mundo. Porém, em tempos de pandemia, mudar virou sinônimo de “não quebrar”. E, convenhamos, ninguém sabe exatamente o que fazer, simplesmente porque nunca houve um momento semelhante na história da humanidade. Mas, uma coisa é certa: a velha fórmula de criar novas opções, novas maneiras de vender nossos produtos e, mais do que nunca, inovar será fundamental agora. E, neste caso, meus trinta anos de experiência comercial podem me dar certa vantagem, que tentarei compartilhar agora com vocês. Inovar não significa, obrigatoriamente, criar coisas inéditas e revolucionárias. Significa fazer COISAS DIFERENTES do que você vinha fazendo. Talvez ações que já tenham sido executadas no passado ou que são utilizadas hoje por outros ramos de atividade, mas que possam ajudar sua empresa, serão super bem-vindas. Quer um exemplo simples? Antigamente era comum a figura do “leiteiro” que entregava seu produto de porta em porta ou do “padeiro” que passava na rua com um carrinho cheio de pães. Por conta da pandemia, as padarias “ressuscitaram” estes serviços, fazendo delivery de todos os seus produtos. E nem precisaram contratar mais gente para tal. A maioria realocou um colaborador que, em último caso, seria demitido pela baixa no movimento. Ou seja, dois “problemas” foram resolvidos reativando uma ação comum décadas atrás e que estava em desuso nos dias de hoje. Por falar em inovar, um exemplo muito interessante aconteceu comigo dias atrás. Tenho um filho pequeno e compro muitos gibis para ele em uma determinada banca de jornal aqui da minha cidade. Faço isso semanalmente, pois acho importante cultivar o hábito de leitura logo cedo nas crianças. Pois bem, nesta quarentena nossa movimentação pela cidade ficou muito reduzida e limitada a saídas essenciais, então, acabei deixando este hábito de lado sem perceber. Foi então que recebi, na semana passada, um WhatsApp com fotos de CAPAS DE GIBIS vindos de um número desconhecido. Até que, enfim, veio uma mensagem: “Sr. Mauro, muito bom dia. Aqui é o Fulano, da Banca de Jornais da Padaria X. Gostaria de saber se o senhor e sua família estão bem de saúde? O senhor me deixou seu número de celular muito tempo atrás, quando encomendou uma revista comigo e, como sei que seu filho gosta de gibis e o senhor deve estar sem poder sair 38 30|| SUPERMIX SUPERMIX || EDIÇÃO EDIÇÃO 169 176

de casa, resolvi lhe mandar fotos das últimas edições que recebemos. Caso haja interesse, podemos entregar em sua residência, sem custo adicional”. Agora, DEPOIS DE FEITO, parece algo simples e óbvio de se pensar em fazer, né? Mas não é. Depois de feito, tudo – ou quase tudo – parece fácil, mas esta foi uma verdadeira aula de processo de vendas clássico. Veja: o jornaleiro lembrou que tinha o meu número de celular (contato do cliente), recordou que meu filho gosta de gibis (hábito de consumo/necessidades específicas), fotografou as capas das revistas (escolher a oferta/ forma de abordagem) e me mandou um WhatsApp (fazer contato) oferecendo uma vantagem (entrega sem custo). Clássico, eficiente e simples ao mesmo tempo. Isso é INOVAR sem complicação. O mínimo que o Sr. Fulano conseguiria com essa ação seria a minha simpatia e gratidão por lembrar-se de mim neste momento. E isso, por si só, já seria uma vantagem competitiva para ele no momento em que eu fosse comprar revistas futuramente. Mas, conseguiu mais do que isso: comprei OITO REVISTAS que foram entregues de bicicleta pelo FILHO DELE (e usando máscara). E não, não foi piedade ou algo assim, foi necessidade: meu filho está sem aulas (como todas as crianças) e preciso mantê-lo ocupado criativamente. Inovar, na prática, significa isso: enxergar novas soluções para os problemas. Amplie seu olhar para os outros segmentos de atuação que existem, para as soluções que eles adotam, verifique se servem para os seus clientes e adote-os ou descarte-os, mas movimentese. Em dias de isolamento social, ficar parado pode ser o pior para o seu negócio. Mauro Longo é executivo de vendas há mais de 30 anos, educador corporativo e palestrante. www.maurolongo.com


Como o omnichannel aproxima o cliente da marca O mundo está mudando. Mais do que nunca é preciso rever nossa maneira de viver, nosso modo de enxergar as relações humanas e, claro, nossa forma de fazer negócios.

O varejo e o comércio em geral sabem que não é mais suficiente ter um site para vender e se comunicar com o cliente. Embora as compras pela internet tendam a aumentar, a verdade é que o consumidor hoje adquire produtos e serviços em ambientes diversificados, nos meios físico e virtual. Nesse sentido, o omnichannel é uma estratégia cada vez mais necessária e utilizada pelas empresas a fim de estreitar a relação entre online e off-line e aprimorar a experiência do cliente, já que busca a excelência em todos os pontos de contato entre empresa e consumidor. Trata-se, portanto, de uma estratégia que adota vários meios de compra para proporcionar a melhor experiência ao consumidor. Une diversos canais de consumo como catálogos, lojas físicas, e-commerce, venda porta a porta, televendas etc. Há grande integração entre os canais: o cliente pode, por exemplo, ver o produto em um canal e comprar em outro. O omnichannel é, também, resposta à exigência do consumidor por uma experiência de compra mais proveitosa e confortável, com menos barreiras. É bom lembrar que, atualmente, os clientes não são mais leais a uma marca, mas sim a uma boa experiência. E o omnichannel é uma ferramenta para atender e superar as expectativas nesse sentido. Esse resultado é possível porque ele ajuda a melhorar vários processos. É capaz de proporcionar visibilidade única de todas as encomendas, em toda a rede de distribuição, de fornecedores a lojas, passando por centros de distribuição. Assim, é possível reduzir os custos de entrega e melhorar o controle de estoque, fornecendo excelência a esse processo. Com isso, garante-se pontualidade nas entregas e boa experiência ao cliente. Com uma única plataforma, é possível administrar cada pedido, em cada canal, além de se ter controle de todo o estoque em tempo real, o que proporciona informações confiáveis para o abastecimento das lojas, evitando desperdícios e trazendo ganhos para a empresa. Como foi dito, tudo é feito para que os pontos de contato com

o cliente sejam ágeis, eficientes e confortáveis para superar as expectativas do consumidor. Com o cliente satisfeito, é possível oferecer mais produtos e serviços, aumentar as vendas e fidelizar o comprador. O sucesso do omnichannel, no entanto, depende de a empresa ter, ou implantar, uma cultura organizacional de comprometimento com o cliente, em que todos os serviços e canais tenham o mesmo tipo de conteúdo, preços, promoções, descrição de produto, informação sobre entregas e pagamentos. Todos os canais precisam divulgar os mesmos conceitos, valores e informações. E é importantíssimo integrar a logística de entregas, devoluções e trocas. Mesmo sendo uma estratégia cada vez mais comentada, sua adoção ainda é relativamente pouco utilizada, o que abre espaço para que se torne um diferencial de mercado para as empresas que a implantarem.

Renan Mota é Founder da CoreBiz, agência especializada em omnichannel, que atua em três vertentes: tecnologia, experiência e marketing de performance.

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PONTO DE VISTA

Como manter seu negócio vivo em tempos de pandemia Com a pandemia do coronavírus, estamos navegando sobre forte neblina e não sabemos o tem pela frente, mas devemos olhar para frente sempre e retomar a confiança. O novo cenário com o coronavírus muda os hábitos e as prioridades de consumo são alteradas. O dinheiro circula com velocidade menor na economia, as empresas menos preparadas se obrigam a demitir funcionários e fechar as portas. Temos uma nova realidade econômica e social com a presença da Covid-19. Sabemos que uma crise tem começo, meio e fim, mas a pós pandemia, haverá grandes mudanças no mundo, com choque no consumo mundial, interrupções na cadeia produtiva, investimentos adiados, estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços fecharão. Nesse momento, os empresários, executivos e gestores precisam estar conscientes que o mercado não será mais o mesmo. As empresas terão um longo caminho para enfrentar o novo cenário com o coronavírus, e o segmento supermercadista teve uma demanda que explodiu no início da crise, mas deve se estabilizar no longo prazo, principalmente para alimentação e produtos de limpeza. Então, por onde podemos começar para iniciar a estratégia dos negócios nesse momento de pandemia? Primeiro, devemos olhar para dentro da empresa revendo custos, processo, pessoas, relacionamento e cultura. Depois, olhar para fora da empresa, buscando novas fontes de receitas, novos mercados e novos canais de comunicação. No ambiente interno, as empresas precisam rever o seu planejamento estratégico e ações para não deixar que o negócio pare completamente. Prioritariamente, devese reduzir os custos drasticamente, reduzir os custos desnecessários, renegociar dívidas e buscar novos créditos, fortalecer parcerias, novos fornecedores, renegociar contratos, estabelecer novos procedimentos para atender o cliente, valorizar o trabalho remoto e capacitar os funcionários para o novo momento do

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mercado, visando a segurança e processo de acordo com os procedimentos sanitários. No ambiente externo, rever as estratégias quanto aos investimentos em marketing, com foco em mídias sociais, verba para produtos com margem maior, antecipar as vendas através de vale compra ou vale presente, praticar os descontos e flexibilização de pagamento, buscar novos canais de comunicação, através de vendas online e plataformas digitais, e explorar novos mercados. O trabalho do profissional de marketing e vendas deverá ser permanente e eficaz. Além de informações sobre os concorrentes e os acontecimentos do ambiente macro e micro, os profissionais precisam utilizar novas ferramentas de marketing, em especial, as técnicas de pesquisa e modelagem, e aproveitar as vantagens da TI, as plataformas de CRM - Customer Relationship Management (gestão de relacionamento com o cliente) voltadas ao entendimento e antecipação das necessidades e potenciais do mercado. As pesquisas mercadológicas serão fundamentais nesse momento, com estudos sobre o potencial de mercado, avaliações da satisfação e do comportamento de compra do cliente ativo e inativo, monitoramento sobre os preços praticados, novos produtos substitutos e concorrentes entrantes, nova forma de distribuição, atividades promocionais e decisão de localização. Os profissionais de gestão de pessoas serão ainda mais importantes para o sucesso da empresa e engajamento dos colaboradores. Em tempo difíceis, a área de Recursos Humanos deverá ser mais transparente, intensificar a comunicação interna, criar espaços de orientação sobre os cuidados com higiene e limpeza, monitorar e oferecer assistência em relação a saúde dos funcionários, implantar condições mais flexíveis de trabalho, rever o regime de trabalho presencial para o teletrabalho, trabalho remoto ou outro tipo de trabalho a distância. Com certeza, o dialogo dos gestores com suas equipes será fundamental para o fortalecimento de todos, devendo visualizar modelos de negócio e


PONTO DE VISTA ambiente de trabalho diferentes e transformados no futuro. A inovação, especialmente para os pequenos varejos, será fundamental nesse momento de crise, devendo adotar novas tecnologias, rever os seus modelos de negócio e aumentar as transações de comércio e serviço a distância. O varejo deve diversificar sua atividade-fim, buscando se adequar a nova realidade. As plataformas digitais serão umas das aliadas mais importantes para os grandes e pequenos estabelecimentos, para as vendas on-line e de aplicativos de entrega a domicilio. As empresas precisam se adaptar aos ambientes digitais, pois os clientes passam mais tempo em casa e precisam da compra online. Com certeza, entramos nessa crise de um modo e sairemos dela diferente, portanto, avalie as ações implantadas para enfrentar esse momento. Use a toda a tecnologia a seu favor no relacionamento com os clientes e nos canais de venda, implante e otimize o e-commerce. As medidas implantadas durante a crise deverão permanecer e ser constantemente atualizadas. E não existem respostas certas ou estratégias simples em um cenário incerto. Enfim, para manter o seu negócio vivo em tempos de pandemia, a sua empresa precisa ser uma agente de transformação, buscando o relacionamento com a sociedade, envolvendo fornecedores, clientes e funcionários. Ser uma empresa que entregue segurança, ética e valores para a sociedade. Ser uma marca sustentável será o desafio das empresas, pois uma marca não sai do mercado por fazer apenas as coisas erradas, mas também sai por fazer as coisas certas durante muito tempo. Pense nisso!! Prof. Dr. Claudio Shimoyama, CEO do Grupo Datacenso, Consultor em Marketing Estratégico e Mentor empresarial.

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ESPECIAL SUPERMIX

Precificação baseada no consumidor aumenta a lucratividade do negócio Não possuir uma política de preços estratégica pode sufocar as margens de uma loja e, até mesmo, levá-la às ruínas. Decidir os preços dos produtos de maneira aleatória é prejudicial a um negócio e deixa a empresa à mercê da própria sorte. Porém, utilizar o pricing é uma maneira de garantir que os preços sejam otimizados, oferecendo maior rentabilidade, sem perda de vendas ou mantendo as vendas, mas com patamares superiores de margem. Com a pandemia, o consumidor mudou a sua maneira de comprar e os supermercados precisaram se tornar ainda mais estratégicos na definição dos preços de suas categorias. Para ajudar os supermercadistas neste momento delicado, que exige um cuidado ainda maior dos empresários para se manterem competitivos, o sócio fundador da R-Dias, Alexandre Ribeiro, compartilha os seus conhecimentos sobre pricing. “O que poucas empresas entendem é que fazer preço não é apenas uma prerrogativa puramente comercial, pois envolve uma perspectiva estratégica, e é a base da estratégia que precisa ser pensada para garantir que tenha a capacidade de oferecer um preço condizente para o consumidor”, afirma. Para não cair na superficialidade, é importante conhecer as estratégias de pricing e saber qual melhor se aplica ao seu negócio. Pensando na lógica de precificações, existem aproximadamente três formas de se fazer preço: 1 - Preço baseado no custo; Essa lógica estipula a margem de acordo com o custo do produto. Desta forma, é colocada uma margem para sempre garantir um certo lucro. Porém, o grande problema dela é que o preço pode acabar ficando fora da realidade de mercado, muitas vezes porque o custo de aquisição não está bom. Nesse caso, o supermercado não está preocupado com o consumidor e sim com a própria margem e se a concorrência estiver vendendo o produto mais barato ele terá problemas, pois o consumidor pode perceber isso e não querer mais comprar esse produto na sua loja. 2 – Preço baseado no mercado; Nesta lógica, o supermercado cria seu preço baseado no que é praticado na concorrência. Hoje, a maioria dos varejistas utilizam isso de alguma maneira. São pegos os produtos notáveis, aqueles mais sensíveis a preço, e é visto por quanto a concorrência vende. Esse método possui restrições, primeiramente porque não se pesquisa o preço de todos os itens do sortimento, então o que acaba acontecendo é que o varejista acaba colocando 34| SUPERMIX | EDIÇÃO 176

o preço apenas naqueles itens que são de maior giro. Desta forma, quando ele faz pesquisa de preço, ele sempre quer ser mais competitivo nessa curva A e coloca sempre preços mais baixos que a concorrência. Porém, além de não levar em consideração o consumidor, este método também não pode ser feito em todo o sortimento. E quando é feito isso apenas na curva A, não há nenhum tipo de compensação na curva B e C, o que seria essencial para garantir que haja equilíbrio e uma margem total melhor. 3 - Forma mista. Ao longo do tempo foi percebido que esses métodos eram insuficientes. Hoje, os varejistas usam mais o método misto. Nesta forma, os varejistas precificam a curva A baseada no mercado e a curva B e C no custo, ou seja, é um método misto que na prática não segue nenhum dos dois critérios na sua plenitude. Na prática, esta lógica de precificação não consegue ser suficientemente eficaz, devido à guerra de preços entre os varejistas e a pouca performance e margem baixa por outro.


ESPECIAL SUPERMIX A R-Dias criou uma quarta forma: precificação estratégica Percebendo que isso era crítico, a R-Dias criou uma nova forma, denominada de precificação estratégica. Este método é baseado em uma série de levantamentos e de pesquisas realizadas para entender qual o caminho mais apropriado para essa dinâmica de preços. A primeira coisa feita foi detectar que isso era estratégico, sendo assim precisaria começar a sua estrutura olhando para fora e não para dentro. Nos outros métodos, um se baseia no custo e outro no mercado, mas nenhum se baseia no consumidor, o que segundo Ribeiro é o maior erro desses métodos. “Nós criamos um método mais robusto e mais consistente, que permite trazer resultados expressivos, principalmente por se basear no consumidor para poder estabelecer os níveis de preço”, disse Ribeiro. A armadilha das ofertas

Achar que ser sempre o mais barato é a melhor solução custo é loucura e derruba as margens de todo mundo, para ser competitivo e forte no mercado é um equívoco. Segundo Ribeiro, muitas empresas cometem o erro de terem de 30% a 40% de suas vendas realizadas em produtos em oferta. O ideal seria entre 15% e 20%, mas segundo o especialista muitos supermercadistas se desesperam por falta de uma estratégia e de clareza do que fazer e acabam colocando oferta em tudo. “A oferta é um instrumento muito importante, pois o brasileiro a valoriza bastante, mas ela tem que ser feita de forma mais apropriada e estratégica. É preciso dar um jeito de ter uma margem de erro maior na oferta e de fazer de uma forma mais seletiva e adequada”. Um fato curioso na oferta é que muitas empresas que trabalham com o tabloide –que pode ser um instrumento de comunicação potente- mas que acaba criando problemas, pois a empresa acaba colocando muitos produtos em oferta no tabloide, o que acaba derrubando a sua margem. É essencial fazer isso de maneira seletiva, vai conseguir ter uma margem maior. Cabe destacar que o tabloide já pode ser superado e que muitos clientes não o utilizam mais. Muitas pessoas adotaram o aplicativo, que acaba oferecendo ofertas seletivas. Como as ofertas não vão para todos, mas são enviadas para um público específico, não se perde muito em ofertas. “A oferta tem que ter uma estratégia e objetivos claros e ser pensada de forma apropriada, por isso não deve ser feita sem medidas e sem cálculos de retorno”, explica. Posicionamento no mercado Para escolher uma estratégia, o mais importante é saber qual o posicionamento que a empresa quer adotar. “É preciso definir, primeiramente, uma estratégia de negócio, pois é o nível de serviço que a empresa oferece que vai basear o preço”, explica Ribeiro. Acompanhar a concorrência e ser o mais barato da praça não é uma estratégia, mas uma postura reativa. “Querer acompanhar todos os concorrentes a qualquer

estragando o mercado inteiro. Aí está a importância de tomar alguns cuidados e ter uma estratégia clara de negócio, com um posicionamento mercadológico sabendo exatamente o que pode cobrar e o quanto o consumidor estará disposto a pagar”, destaca. O preço é uma consequência do posicionamento mercadológico e eles precisam estar bem alinhados. Segundo Ribeiro, o consumidor tem que ser impactado com um preço justo, que é definido de acordo com a percepção do custo benefício que o cliente tem. Ele é quem vai ponderar se o preço que está sendo pedido pelo benefício é apropriado, ou não. O nível de serviço alto vai dar mais despesas, então é necessário o empresário entender qual é a lógica que ele tem que sustentar entre o posicionamento mercadológico dele e seu tipo de negócio. Por exemplo, o atacarejo tem que ter preços muito baixos e se ele tiver muitos serviços não vai conseguir entregar o benefício que oferece. Já nas lojas express, de vizinhança, a dinâmica já muda, pois elas vendem conveniência e normalmente possuem um sortimento pequeno. Então, suas despesas são mais altas e ela não precisa competir por preço exclusivamente, porque o consumidor sempre vai comprar em pequenas quantidades, a configurando como uma loja de fazer margem e não como um lugar de ter preço baixo. Outro cuidado é de como você quer que o consumidor te enxergue. Se a sua loja é mais popular, é preciso oferecer o nível de serviço, que pode até ser alto para uma loja popular, mas que não pode assustar o cliente. 35| SUPERMIX | EDIÇÃO 176


ESPECIAL SUPERMIX Já se tiver uma loja com piso chique, com iluminação e visual sofisticados, não dá para querer que ela seja popular, pois mesmo antes do consumidor ver o preço pode achar a loja sofisticada demais. Além disso, o mercado está muito mais complexo, o que exige que os empresários trabalhem com a maior eficiência possível. Antigamente, a concorrência era menor e menos acirrada, mas hoje em dia a concorrência está mais agressiva, tecnológica e com uma gestão de alto nível. As redes passaram a trabalhar com mais técnica, metodologia e eficiência. “O princing, hoje, é uma das ferramentas com maior capacidade de aprimoramento de resultados, tanto para que o varejista ganhe mais margem quanto para satisfazer melhor o consumidor”, diz Ribeiro. O desemprego, o susto e as

Mudanças nas categorias mudanças de comportamento, podem gerar impactos grandes e confusos nas categorias, mas a R-Dias percebeu que o melhor é olhar para o comportamento do consumidor e para os dados econômicos, pensando nas tendências. “Nós temos orientado todos os nossos clientes, para que se elas costumavam fazer as análises das categorias uma vez por semana, que elas passassem a fazer a análise de todas as categorias diariamente”, sugere Ribeiro. Nestas análises, o profissional deve listar todas as categorias que tiveram queda, ascensão, ou que tiveram mudanças de performance considerável. “São tantas categorias, que eu acho que o importante não é pensar em qual categoria, mas entender o mecanismo e a dinâmica, e isso tem um efeito muito especial na vida do comercial, que vai precisar mudar o jeito de ver, de pensar e de administrar as mudanças de comportamento do consumidor e os efeitos disso nas categorias”, explica.

Alexandre Ribeiro (CEO da RDias Especialistas em Varejo)

“O princing, hoje, é uma das ferramentas com maior capacidade de aprimoramento de resultados, tanto para que o varejista ganhe mais margem quanto para satisfazer melhor o consumidor”

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ESPECIAL SUPERMIX Precificação em tempos de pandemia Para R-Dias, os varejistas devem fazer uma séria análise sobre a precificação dos seus produtos neste momento de pandemia. Para isso, ele sugere os seguintes passos: 1º - Para precificar bem, fazer uma análise de perfil do consumidor que você tem na loja 2º - Entender quais categorias de profissionais estão tendo maior problema com o desemprego 3º - Entendido qual o perfil do consumidor que você tem na loja e quais profissionais estão perdendo o emprego, eleger produtos sensíveis nas categorias e ficar muito atento a eles 4º - Estabelecer uma estratégia clara, com quais categorias ela vai jogar para gerar a percepção de preço baixo 5º - Com base nisso, reposicionar a categoria de forma adequada para gerar essa percepção de preço 6º - Com o reposicionamento da categoria, vai aumentar a frequência de idas do consumidor à loja, especialmente se você apostar bem em perecíveis. “Eu teria muito cuidado com perecíveis nesse momento, não só com o preço baixo, mas em ter produtos de alta qualidade, porque isso faz o consumidor vir mais vezes à loja por ser um produto difícil de armazenar”. 7º - Aumentar a frequência de pesquisa de preço e fazer incursões de pesquisas junto ao consumidor para entender o nível de sensibilidade dele em relação aos preços que estão sendo praticados na rede. Ribeiro dá como dica pegar o ticket médio da categoria em valor e a quantidade total de itens no cupom daquela categoria, para saber se o consumidor está reduzindo suas compras ali ou não. Em seguida, uma investigação simples pode ser feita em loja, indo até o comprador da categoria, podendo abordar clientes e perguntar se ele está comprando menos do produto, se está comprando em outro lugar ou se ele deixou de consumir. “Esse seria um raciocínio muito importante para entender a sensibilidade a preço. Também faz sentido olhar para as categorias fazendo um cálculo de todas as categorias que tiveram um preço qual foi o comportamento de venda em unidades, para saber se aumentar preço diminui o volume ou não”, explica. Ribeiro acrescenta que algumas categorias estão sofrendo com a perspectiva de aumento do custo do fornecedor e isso tem que ser tratado com bastante presteza pelo comprador, portanto olhar para as categorias que tiveram aumento médio do preço acima de 1 ou 2% e para o volume dessas categorias para saber se perdeu, vai mostrar as categorias que estão mais sensíveis em vista de preço. Efeitos a longo prazo Segundo Ribeiro, há alguns efeitos importantes para serem pensados a longo prazo: • O nível de concorrência vai aumentar muito em função de ter menos dinheiro na praça, em decorrência do desemprego e mais gente brigando pelo mesmo dinheiro • Possível escalada, de briga de preço e que o varejista tem que arrumar um jeito de escapar ou vai queimar toda sua margem • Existe uma outra questão que o desemprego demora a voltar e o PIB demora para crescer, portanto será vivenciado um tempo longo deste “novo normal” • Além disso, essas mudanças vão fazer as categorias terem mudança de dinâmica, então produtos de marcas líderes tendem a perder mercado para produtos de custo benefício melhor. Na questão estratégica, tem um ponto muito relevante, muitas empresas já estavam vindo mal das pernas porque não estavam administrando bem o caixa, e a tendência é sofrer mais nesse momento, o que pode acabar concretizando o pior cenário, de não conseguir levar as operações adiante.

Outro ponto que será sentido a longo prazo é que novos concorrentes estão entrando para o mercado e o atacarejo também vem crescendo muito neste cenário que fortalece o argumento do preço baixo. Outra mudança é a intensificação do comércio eletrônico, e essa dinâmica, está trazendo novos concorrentes, como o Mercado Livre e outros que estão vendendo produtos de supermercado. Isso é um problema bastante razoável, pois eles possuem uma abrangência nacional e conseguem comprar qualquer produto em escala. “Eu não vou mais poder fazer preço vendo apenas o meu concorrente, eu vou ter que começar a entender qual é a participação desses novos entrantes na minha carteira de clientes para entender se eu preciso olhar para o eletrônico para fazer o preço de loja física”, pontua Ribeiro. Outro detalhe é que o supermercadista deve começar uma estratégia específica de preço para o e-commerce e as empresas que não entrarem no e-commerce vão ter que começar a se movimentar nesse sentido. “Faz sentido criar uma estratégia específica de como se posicionar no digital”, sugere o especialista. 37 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


ESPECIAL SUPERMIX

Case de sucesso

Boni se reposiciona no mercado e atinge resultados expressivos Desde janeiro deste ano, a rede Boni está adotando um novo posicionamento de mercado, em um projeto de 24 meses, que conta com o apoio de todas as áreas da empresa, atuando em conjunto com a R-Dias, que liderou o projeto oferecendo suporte técnico para proporcionar uma melhor experiência de compras aos clientes da rede. Desde então, o RH, comercial, operações e abastecimento estão trabalhando juntos para garantir o produto certo, no lugar certo, com o preço e volume corretos. As margens de 100% das categorias foram revistas, o que resultou em um crescimento de margem de 1,56p.p. Já em relação à massa de margem, a rede atingiu um crescimento de 12,26%. Houve, ainda, uma redução da participação de ofertas de 23,56% para 14,47%, adotando uma estratégia de ser mais agressivo em menos itens, garantindo assim a percepção de preços baixos quando comparado aos demais players. A rede 38 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176

também apostou em trabalhar preços regulares mais agressivos em categorias que tinham baixa performance. Foi desenvolvido um melhor processo de gestão, desde a concepção das ofertas, definindo um calendário anual, até a definição de resultados por tipo de promoção, passando por toda a definição de itens e mix de categorias a serem promocionados. Além da estratégia de competitividade por meio de preços, outras diversas ações foram adotadas, que juntas resultaram em um crescimento de 5,12% nas vendas. Entre as medidas, estão ações de incrementos de vendas em conjuntos com os fornecedores (Programa de Incentivo às Vendas), monitoramento semanal de competitividade com atuação conjunta do time comercial e inteligência de mercado. A rede Boni passou a trabalhar em renegociações comerciais com base em competitividade de mercado e em um índice de ruptura controlado, não deixando


ESPECIAL SUPERMIX faltar itens importantes, tanto aqueles que atraiam fluxo à loja quanto itens de margem e compra por impulso/conveniência. Para adotar todas estas medidas, a rede Boni fez um estudo de mercado, identificando as suas principais deficiências e oportunidades. Baseado nisso, fez uma nova definição dos papéis de categoria e estratégias diferenciadas para as categorias destino e formadoras de imagem e opinião. Outro resultado expressivo foi a melhoria no índice de competitividade em aproximadamente 2%. Atualmente, está realizando rodadas de negociações junto aos seus principais fornecedores para desenvolver planos em conjunto para atingimento de resultados. O objetivo é estreitar o relacionamento varejo x indústria, atuando por meio de uma gestão conjunta da categoria para proporcionar uma melhor experiência de compras ao shopper.

“Precificar de forma estratégica é muito mais do que ser barateiro ou oferteiro, é ser competitivo, satisfazer seu cliente e ainda manter a rentabilidade do negócio. Executar esse projeto dentro do Boni trouxe mais segurança e luz, para saber onde estamos e o que devemos fazer. Com uma estratégia direcionada temos uma ação contínua para não ficar navegando conforme a maré”

Éder Boni Presidente Grupo Boni

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ESPECIAL SUPERMIX

PA N DE MIA

Passada a turbulência, fica o aprendizado de uma crise sem precedentes

Quando começou a pandemia, ninguém estava preparado para ela, nem o poder público e nem os órgãos de saúde. Por se tratar de um setor essencial, os supermercados foram um dos únicos que continuaram abertos e tiveram que se antecipar a muitas situações, além de criar medidas que garantissem a segurança dos seus colaboradores e clientes. O advogado trabalhista Fernando Rodrigues afirma que, neste cenário caótico, o Brasil como um todo, assim como a maioria dos países, não estavam devidamente preparados para enfrentar a presente pandemia, mas que a organização dos supermercadistas foi fundamental para traçar planos e agir rapidamente. “As empresas, de modo geral, têm procurado rapidamente se adaptar às regras sanitárias impostas, por meio de decretos municipais, estaduais ou federais, bem assim, às exigências das secretarias do trabalho e demais órgãos de fiscalização”. Segundo Dr. Rodrigues, muitas dificuldades surgiram a partir da decretação do estado de calamidade pública: • A adoção das medidas sanitárias, de caráter obrigatório que vêm sendo determinadas pelos órgãos de controle governamental, destacando-se a obrigatoriedade e controle de uso de máscaras no interior dos estabelecimentos, especialmente pelos clientes; a adequação dos guichês de caixa, mediante instalação de barreiras acrílicas para proteção dos colaboradores; a necessidade de controle da quantidade de clientes no interior das lojas; disposição de locais para higienização das mãos e também de álcool em gel, dentre outras; • A forma de manutenção de diálogo com a clientela, a fim de que as medidas sanitárias impostas sejam respeitadas; • A dificuldade na política de afastamento de empregados pertencentes a grupos de risco de seus postos de trabalho; • As constantes alterações legislativas, a respeito de medidas sanitárias, trabalhistas e outras, criadas a partir da decretação do estado de calamidade pública. 40 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176

Sobre as dificuldades que poderão surgir, o advogado diz que é difícil prever, já que poderão existir problemas de ordem econômica e de gestão de pessoas, dentre outros. “Todavia, é provável que surjam problemas com a política de gestão de colaboradores pertencentes a grupos de risco, adequação das empresas às exigências de órgãos de fiscalização, além de possíveis problemas de ordem trabalhista, em razão das constantes alterações legislativas, especialmente por meio de utilização de medidas provisórias e portarias, cujo conteúdo poderá gerar futuros questionamentos judiciais”, alerta. Outro cuidado que deve ser redobrado, segundo Dr. Fernando, é com os furtos e roubos, em um futuro próximo. “Infelizmente, teremos um maior desemprego no país, o que certamente poderá refletir num aumento da criminalidade”. Para se proteger, ele sugere que os supermercados mantenham bons sistemas de câmeras de vigilância e de pessoal treinado para observar e abordar adequadamente eventuais ocorrências.


ESPECIAL SUPERMIX Além disso, outro problema que tem sido recorrente é com situações de grosseria de clientes em relação aos colaboradores, especialmente de pessoas que se recusam a cumprir as normas sanitárias. “A abordagem a tais clientes realmente é algo bastante delicado, visto que algumas vezes temos observado clientes intransigentes e violentos. Nestas situações, entendo ser recomendável alertar o cliente, com calma e educação, principalmente esclarecendo que as regras não são de imposição dos supermercadistas, mas sim, tratam-se de normas sanitárias, de ordem governamental, e de cumprimento obrigatório”. Caso o cliente ainda se recuse ao cumprimento de regras, mesmo após a orientação do supermercado, como por exemplo a utilização de máscaras, o advogado orienta que neste caso não se deva entrar em atrito com o cliente, podendo, contudo, informar alguma autoridade policial, principalmente se o cliente estiver causando tumulto na loja. Outra dica é utilizar o sistema de som da loja para realizar alertas, caso sejam verificados casos de clientes sem máscaras.

Como aprendizado de todo este momento de pandemia, fica a necessidade de políticas e práticas que possam assegurar um ambiente seguro aos trabalhadores e clientes das lojas. “Alguns ensinamentos, tais como, o hábito de lavar as mãos com frequência e de manter os locais de trabalho limpos, certamente contribuiria para redução de qualquer tipo de contaminação, seja por Covid-19, seja de qualquer outra ordem”, acrescenta. Outra medida aconselhável, na opinião do Dr. Fernando, é a adoção de comitês de crises nos supermercados, que poderiam ser criados a partir da reunião de gestores da empresa, especialmente dos setores de RH, juntamente com profissionais da área de saúde e segurança do trabalho, em conjunto com os setores jurídicos e de prevenção de perdas, de forma a discutir as ações a serem adotadas para cumprimento das normas sanitárias, de prevenção à saúde dos colaboradores e clientes, normas que atendam às exigências da legislação trabalhista e as demandas administrativas frente às exigências do Poder Público.

Crise de imagem Com o advento das mídias sociais, os cuidados com a imagem da empresa precisam ser intensificados, pois além da grande imprensa (TVs, jornais, rádios e portais) cada cidadão se tornou um comunicador. Por isso, precisamos estar atentos em cada detalhe, mas, principalmente, com o atendimento em loja. Nada pode ser negligenciado e cada crise precisa ser resolvida o mais breve possível e com a maior cautela. Não existe mais crise interna, pois qualquer ação pode repercutir e se tornar algo global. Por menor que seja o problema dentro de uma empresa, os gestores precisam ter a consciência de que pode se tornar um problema maior e muito mais abrangente. Basta uma foto, um vídeo ou apenas uma publicação de alguém insatisfeito para que um assunto viralize, sendo compartilhado por milhares de pessoas. Para ajudar o setor a gerir as suas crises, as editoras da Revista Supermix e assessoras de imprensa da Apras, Luciana e Veronica, reuniram algumas dicas básicas sobre o assunto. Primeiramente, nunca agir por impulso. Que tal antes fazer a si mesmo as seguintes perguntas: • O que eu devo fazer? • Como devo fazer? • Esta minha escolha condiz com os princípios da empresa? • Quais as consequências desta minha escolha? O fato é que devemos atuar sempre na prevenção. Nada é mais eficaz do que prevenir uma crise. Porém, caso venha a se instaurar uma, nada melhor do que estarmos devidamente preparados para agir em momentos

assim. Apelar ao bom senso ainda é o melhor. Mas as mesmas perguntinhas coringas também devem ser feitas em nossa consciência: “O que eu devo fazer? Como devo fazer? Esta minha escolha condiz com os princípios da empresa? Quais as consequências desta minha escolha?”. Os primeiros passos em uma situação de crise são: • Seja rápido, porém mantenha a calma; • Em caso de acidentes, nada deve vir antes do atendimento e da preocupação com o bem-estar dos envolvidos; • Informe o gestor responsável; Às vezes, um problema precisa que outras pessoas trabalhem simultaneamente, como o jurídico, o RH, etc. Analisar qual o responsável pelo assunto e contatálo. • Informe, imediatamente, à Assessoria de Imprensa; • Nunca seja rude com os jornalistas ou clientes; • Sempre mantenha a educação, por mais que a outra parte envolvida esteja sendo mal-educada; Na Era Digital, vivemos um período em que qualquer problema pode virar motivo para boicote. Casos isolados podem criar uma mobilização dos clientes para deixar de frequentar um estabelecimento. Portanto, mais do que trabalhar com a imagem de uma empresa, um bom gerenciamento de crise também permite que ela não deixe de lucrar. Um gerenciamento de crise adequado pode minimizar os impactos negativos e fazer com que a empresa saia com a imagem ainda mais positiva e fortalecida. 41 | SUPERMIX | EDIÇÃO 176


APRAS EM AÇÃO Comunicado inicial sobre o Covid-19

Comunicado Apras – medidas de prevenção

Atuação da Apras durante a Pandemia Comunicado sobre estocagem e risco de desabastecimento

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Comunicado sobre limitação da quantidade de produto por consumidor


APRAS EM AÇÃO Nota de esclarecimento sobre a alta de preço nos supermercados

Comunicado Apras – Acordo com a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho do Paraná e Procon

Desde o início da pandemia, a Apras tomou uma postura ativa para defender e auxiliar todo o setor supermercadista. A associação enviou diversos comunicados para o poder público e para a imprensa com o objetivo de estabelecer um diálogo próximo e transparente com toda a sociedade. Confira algumas matérias que comprovam a atuação da Apras nesta pandemia.

Apras esclareceu que a alta de preço foi um repasse da indústria e produto por consumidor

Comunicado Apras Ponta Grossa sobre novas medidas

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APRAS EM AÇÃO Apras atualizou e orientou associados sobre as novas medidas de enfrentamento ao Covid-19

Associados da Apras e o cadastro no Programa Cartão Comida Boa

Atuação da Apras durante a Pandemia Comunicado Apras Londrina – Funcionamento 24 horas

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Apras aderiu ao projeto Vagas no Varejo para minimizar o desemprego

Comunicado Apras Cascavel – Funcionamento dos supermercados


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COMITÊS: Projeto encadeamento produtivo Base tecnológica e Negócios Digitais 2019 - 2021 Parceria Apras e Sebrae O projeto “Encadeamento Produtivo - Base Tecnológica e Negócios Digitais” lançado em 2019, em Francisco Beltrão seguiu de forma presencial até o início de março. Em função da pandemia do Coronavírus, o projeto se reinventou e retornou no mês de maio de forma online. As aulas online com o tema Novo Varejo e os Novos Modelos de Loja foram ministradas pelo especialista Osmar Dalquano Junior, que abordou sobre com a transformação digital, conceituou a inovação, o poder da conectividade (internet e mídias sociais), a influência da nova geração na nossa economia e no formato dos negócios. Também foi apresentado os diversos tipos de canais do varejo (Multicanais), os clubes de assinatura

e alertou sobre a busca do mercado por empresários especialistas em gestão da informação. O especialista também mostrou aos alunos, grandes cases de supermercados, como a Amazon (EUA) e Alibaba (CHINA) e enfatizou que tudo isto é possível, mas se o setor trabalhar com excelência as pessoas, processos e tecnologia. No último dia de aula, o professor contou com a participação do especialista em marketing digital, Thiago Karas e da Arquiteta especialista em comunicação visual de supermercados, Cynthia Karan para um debate, um jornal falado, que mostrou como executar e realizar transformações e mudanças digitais.

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APRAS EM AÇÃO COMITÊ PREVENÇÃO DE PERDAS Comitê de Prevenção de Perdas da Apras debateu sobre ações adotadas em tempos de pandemia O Comitê de Prevenção de Perdas da Apras realizou uma reunião online para debater as ações adotadas pelos supermercados durante a pandemia e para discutir como proceder daqui para a frente. Desde março, os estabelecimentos estão tendo que se adaptar a novas medidas, decretos e resoluções, que mudam de um dia para o outro e que diferem de uma cidade para outra. Segundo o coordenador do Comitê de Prevenção de Perdas da Apras, Éder Motim, neste cenário, todos tiveram que escrever novos protocolos de gerenciamento de crise, pois ninguém previa algo desta magnitude e a área de prevenção foi fundamental para entender os impactos e adotar novas medidas. “Desde o início desta pandemia, estamos trabalhando todos focados para garantir a segurança dos colaboradores e clientes, além de aumentarmos ainda mais a nossa atenção com o abastecimento adequado das lojas”, destacou. Passado este primeiro momento, agora os supermercadistas iniciam uma nova jornada, que é buscar previsões de como a pandemia vai afetar as vendas e o comportamento do consumidor daqui para frente. “Os supermercados estão tendo um fluxo menor de clientes em suas lojas, porém houve aumento do tíquete, já que as pessoas estão buscando ir menos às compras”, afirmou Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas). Apesar desta redução atual no fluxo de clientes, as lojas tiveram que se adaptar a muitas mudanças, como

Carlos Eduardo Santos, Presidente da Abrappe

(Associação Brasileira de Prevenção de Perdas).

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a estocagem de alimentos feita por muitas pessoas no início da pandemia, além das questões culturais que dificultaram a exigência do uso de máscaras em ambientes coletivos. Segundo Carlos, as vendas podem ser afetadas nas próximas semanas e é necessário fazer estudos de cenário para ver o quanto isso vai impactar no caixa da empresa. Porém, as despesas vão continuar altas devido às medidas que tiveram que ser adotadas no momento atual. “Precisamos estar preparados para a queda nas vendas. Para isso, não podemos mais analisar o indicador de perdas de forma isolada, mas devemos estar cada dia mais ligados com a estratégia e atentos às perdas ampliadas. Além disso, devemos ter a consciência de que a prevenção de perdas protege o lucro da empresa”, complementou. Neste cenário, o presidente da Abrappe esclarece que será fundamental trabalhar a produtividade e a eficiência do negócio. Outro ponto importante, é estar atento ao consumidor para atendê-lo da melhor maneira possível. “O consumidor quer se sentir seguro e, neste momento, oferecer um plus pode ser diferencial de escolha”. O especialista completou a reunião dizendo que o comportamento da humanidade será diferente depois desta pandemia. “O cuidado com a saúde vai perdurar por muito tempo e o distanciamento social, o álcool gel e a proteção de acrílico nos caixas provavelmente vieram para ficar”, finalizou.

Éder Motim

Gerente Controller Rede Condor


ACADEMIA APRAS COMITÊ DE RECURSOS HUMANOS: Para dar continuidade ao trabalho da Apras junto ao Comitê de Recursos Humanos foi realizada no dia 22 de maio a primeira reunião online que teve como tema “O Papel do RH em meio à crise do Covid-19”. Por ser uma atividade essencial o setor de varejo continuou funcionando, mas está tendo que enfrentar um dos momentos mais difíceis que já passou, como ter que atender os clientes, mas enfrentando riscos com a saúde de seus colaboradores, um momento jamais vivenciado antes e que alterou totalmente o comportamento das empresas. O setor de RH foi um dos setores que mais enfrentou mudanças, pois teve que rever todo o trabalho, toda a equipe que poderia continuar trabalhando e buscar muitos outros profissionais para trabalhar em duas semanas apenas. A reunião trouxe informações sobre este momento de mudanças no ritmo de atividades, onde os empresários e colaboradores estão trabalhando na linha de frente e precisam de muita orientação. Para que essa reunião pudesse abordar temas relevantes, a Apras falou com os RH´s dos supermercados associados em todo o estado para levantar com antecedência as principais dúvidas e dificuldades, que esclarecidas durante a reunião do Comitê. A moderadora da reunião foi a gestora de RH do Condor Super Center, Charmoniks Maria da Graça Heuer que intensificou a importância do RH neste tempo de crise e destacou que como todo e qualquer profissional os departamentos de recursos humanos também não estavam preparados para esta pandemia. Segundo a gestora, o momento é de se adaptar e aprender muito com tudo que o mundo está passando. Foram convidados profissionais de grande experiencia na área operacional e jurídica para auxiliar os associados entre ele, o Advogado Trabalhista, Dr. Fernando Luiz Rodrigues, o Dr. João Alberto Graça, da Graça Advogados Associados e o Rivelino de Jesus Bugica, administrador, Especialista em Recursos Humanos e Departamento Pessoal.

Palestrante: Dr. Fernando Luiz Rodrigues (Advogado Trabalhista Supermercados)

Charmoniks fez uma explanação sobre as maiores dúvidas do RH e do DP e foi direcionando os questionamentos feitos pelos associados aos convidados. O Dr. Alberto Graça falou das novas Leis, Decretos e Normativas que surgiram durante a pandemia e explicou sobre aquelas que devem ser realmente aplicadas e atualizou a todos sobre estas. Também orientou sobre o novo comportamento que a empresa deve tomar com seus colaboradores e com os clientes da loja. Dr. Fernando Luiz Rodrigues explanou sobre a jornada de trabalho, forma correta de utilização de banco de horas, forma correta de liberar as férias antecipadas e abordou sobre a suspensão temporária. Já o Rivelino de Jesus Bugica explicou sobre os grupos de risco do Covid-19 que devem permanecer em casa, também esclareceu qual a melhor forma para proceder com os colaboradores afastados pelo contágio do Covid-19, além de orientar sobre o trabalho Home Office e os cuidados com as demissões e admissões. A reunião foi importante para que os participantes pudessem dividir suas tensões, dificuldades e compartilhar boas ideias.

Palestrante: Dr. Rivelino Bugica (Adv.Trabalhista Supermercados – Mgá)

Moderador(a): Charmonicks Heuer (Gestora de RH da Rede CONDOR)

Palestrante: Dr. João Alberto Graça (Graça Advogados e associados)

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A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DOS SUPERMERCADOS (E-commerce, Super APP´s, Canais Digitais) – Desafios e Benefícios Para ajudar os empresários a se reinventarem para sobreviver em momento de crise, a Apras realizou no dia 28 de maio a palestra online sobre a Transformação Digital ministrada pelo especialista em varejo e CEO da RDias, Alexandre Ribeiro e moderada pela assessora de comunicação MP Marketing, Rosana Claudia Alberti. O palestrante apresentou as transformações digitais que estão disponíveis para o setor, fez uma explanação sobre o cenário econômico e como a pandemia está atingindo o setor varejista e apresentou índices sobre o comportamento do consumidor no momento e do futuro bem próximo. Segundo Ribeiro, 80% das famílias estão inseguras e com medo da situação, 70% das famílias cortaram gastos e 40% estão com medo de perder o emprego. A partir destes dados, Ribeiro acha necessário que os empresários pensem sobre as vendas do setor versus taxa de desemprego e alerta que,

Moderadora: Rosana Claudia Alberti (Assessora de Comunicação MP Marketing)

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“quem está festejando as boas vendas, não está se preparando”. A palestra abordou sobre os benefícios e os desafios da transformação digital e destacou que um trabalho bem feito vai impactar diretamente nos lucros da empresa. Para Ribeiro, o mais importante no momento que estamos vivendo é incentivar as vendas e encantar os clientes. Outro alerta é de que as empresas não devem trabalhar com o e-commerce sem planejamento, pois para um trabalho completo e assertivo é necessário se preparar. Entre as dicas para trabalhar o e-commerce de forma correta para atender o cliente virtual, Ribeiro destacou os cuidados com os aplicativos de entrega, logística, pessoas preparadas para este tipo de atendimento e tempo de entrega.

Palestrante: Sr. Alexandre Ribeiro (CEO da RDias Especialistas em Varejo)


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COMO MANTER MEU NEGÓCIO VIVO EM TEMPOS DE PANDEMIA (Estratégias e Análise de Potencial) No dia 04 de junho, a Apras realizou a palestra online com o tema: “Como Manter meu Negócio Vivo em Tempos de Pandemia”, ministrada pelo proprietário da Datacenso, Claudio Shimoyama e moderada pelo SócioProp. Faz Consultoria, Francisco Flavio de Paula. Shimoyama iniciou a palestra lembrando a todos que neste momento o mais importante é lembrar do cooperativismo e que o setor deve se unir, pois “Juntos somos mais Fortes”. Seguindo esse pensamento, todos podem lutar em tempos de pandemia e que os empresários precisam dar grande importância aos colaboradores que estão na linha de frente e que ter um departamento de recursos humanos bem estruturado

Palestrante: Claudio Shimoyama (Proprietário Datacenso

fará toda a diferença. A partir da frase “Para onde estou indo”, o palestrante destacou que é fundamental que os empresários tenham foco para não perder o controle dos negócios, Paula alertou que todos devem se preparar para o recesso e que o empresário não deve ver o lucro somente com uma ótica de quantidade e volume, mas sobre a ótica de satisfazer os clientes. Os palestrantes finalizaram destacando que todos precisam se preparar para servir, pois o papel dos líderes é servir e não ser servido e alertaram que incêndios são apagados, porém um líder não pode apagar o mesmo incêndio várias vezes.

Moderador: Prof. Flavio de Paula (Sócio-Prop. Faz Consultoria)

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A PERFORMANCE DO LÍDER EM MEIO À CRISE E SEU DIFERENCIAL PÓS PANDEMIA Com o objetivo de alcançar os líderes e gestores de supermercados, a Apras realizou no dia 9 de junho a palestra online, “Performance do Líder em Meio à Crise e seu Diferencial Pós Pandemia, ministrada pelo especialista em gestão de pessoas e conflitos, Adriano Cruz e mediada pela psicóloga e empresária da Impacto Soluções. Criz começou a palestra que auxiliou sobre a melhor forma de agir com seus colaboradores e clientes com a reflexão que “nem o inverno mais rigoroso pode matar uma árvore que tem raízes” e, explicou que em tempos de pandemia o que deve ter mais valor é a história construída pelo líder e não uma crise momentânea capaz de abalar uma gestão. Ele falou sobre a Inteligência estratégica em que o líder

Palestrante: Adriano Cruz (Especialista em Gestão de Pessoas e Conflitos)

não pode apenas estar na defensiva, pois o deixaria cansado, mas que o gestor deve ir para o ataque, a fim de buscar crescimento e resultados. Durante a palestra também foi abordado que incentivar os colaboradores e preparar sua equipe é apresentar uma forma de apresentar a eles um novo horizonte, sendo este um grande diferencial em meio à crise. A criatividade, maturidade, bom relacionamento, fidelidade, honestidade e capacitação são os requisitos fundamentais para lutar e vencer. Para finalizar Cris concluiu que promover um ambiente saudável, valorizar as habilidades dos colaboradores, estar atento a seus comportamentos e estimular a mudança serão o grandes diferenciais Pós Pandemia.

Moderadora: Claudiane Zolim Pereira (Psicóloga, Empresária Impacto Soluções)

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NOVIDADES NAS GÔNDOLAS Linha de vinhos Marcus James se reinventa A Vinícola Aurora lança a nova linha Marcus James Reservado, voltada exclusivamente para o off trade, nas variedades de vinhos finos tintos Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Pinotage, Pinot Noir e brancos Chardonnay e Riesling. Desde 1986 no portfólio da maior cooperativa vinícola do Brasil, os rótulos desta linha somam 89 medalhas em importantes concursos do Brasil e do mundo, incluindo premiações em certames na França, Inglaterra e Argentina. O novo rótulo traz a distinção Top 10 da pesquisa Global Wine Power Brand, da Wine Intelligence, e mantém as cores dos atuais selos da linha Marcus James. Para atender à diversidade do público, a linha repaginada permanece com opções de vinhos seco (Tannat), meio seco (Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Pinotage e Chardonnay) e suave (Riesling). Também estão disponíveis em embalagem bag in box de três litros, nas variedades Merlot e Chardonnay, ambos meio secos.

Miolo Reserva: novos por dentro e por fora Com 30 anos no mercado, a mais tradicional linha de vinhos da Miolo acaba de passar por um processo de modernização. A transformação é visível na identidade, agora mais sofisticada, mas também nos próprios vinhos diante do resultado da Safra 2018. Outra novidade é o lançamento do Miolo Reserva Syrah, feito no Vale do São Francisco, disponível ainda este mês. A mudança começa pelo rótulo que passa a exibir uma identidade moderna e ao mesmo tempo sóbria e luxuosa. O lançamento Miolo Reserva Syrah é único com uvas cultivadas nos vinhedos próprios da vinícola Terranova, na Bahia. A elaboração leva em conta cada particularidade, tudo para colocar no mercado vinhos mais elaborados, dentro da tradicional categoria Reserva, uma escolha segura para consumidores que buscam opções de qualidade na faixa de R$ 50. Com a troca da roupagem, a Linha Reserva também incorpora no contra rótulo de seus vinhos o Selo da The Vegan Society, que certifica os produtos como 100% veganos e livres de alergênicos.

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NOVIDADES NAS GÔNDOLAS

Misturas para bolos Coamo Linha Fácil estão com novo visual A Coamo lançou quatro novos sabores de misturas para bolos da marca Linha Fácil: fubá, neutro, cenoura e milho cremoso. Os novos produtos chegaram aos pontos de vendas com novo layout, e para acompanhar a transformação, os demais bolos da linha – chocolate, pão de ló, baunilha, laranja, aipim e coco – também foram renovados e estão com o visual já consagrado e com mais destaque nas gôndolas dos supermercados. As novas embalagens serão trocadas, gradualmente, conforme os estoques forem renovados. As misturas de bolos da marca Coamo Linha Fácil trazem o verdadeiro sabor do bolo caseiro, com o conceito simples e prático que já conquistou milhares de clientes e consumidores. Para preparar um bolo, é preciso adicionar apenas ovos e leite às pré-misturas da Coamo.

Lacticínios Tirol amplia portfólio de iogurtes naturais Para somar ao portfólio da linha de iogurtes copo da Lacticínios Tirol, que já contempla os sabores desnatado natural, mel e cenoura e mel, e oferecer ainda mais opções ao mercado, a indústria lança em todo o território nacional a sua versão integral do produto. Como diferencial, o Iogurte Natural Tirol leva em sua formulação concentrado proteico de leite, que permite melhoria na textura e estabilidade. Comercializado em copo de 160g, é ideal para ser consumido puro ou para uso culinário, como acompanhamento de saladas e no preparo de receitas doces ou salgadas. Sem estabilizantes, é recomendado para todas as idades, por ser uma forma saudável e saborosa de suprir as necessidades de cálcio no organismo.

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NOVIDADES NAS GÔNDOLAS Orquídea lança mistura para bolo nos sabores Chocolate feito com Prestígio e Chocolate feito com Alpino. Lançamento marca a parceria entre Orquídea e Nestlé! Orquídea está com uma novidade no seu portfólio. Agora, além da Farinha mais lembrada pelos consumidores, da linha de massas e de biscoitos, chegam ao mercado dois lançamentos de mistura para bolo nos sabores chocolate feito com Prestígio e chocolate feito com Alpino. Uma parceria que só é possível graças ao profissionalismo e qualidade da Orquídea no mercado alimentício, fatores determinantes para viabilização da primeira associação de marca da Nestlé na categoria Mistura para Bolos. A saber: A Orquídea Alimentos possui uma das maiores capacidades de moagem de trigo da região Sul do Brasil: 36 mil toneladas por mês. Com um moderno pastifício, consolidou a marca Orquídea entre o varejo e o consumidor final, com capacidade para produzir 6.500 toneladas mensais de massa. A moderna fábrica de biscoitos produz 1.800 toneladas de biscoito por mês, entre biscoitos doces e salgados, wafers, recheados, sortidos e cookies. Com mais de 33 mil metros quadrados construídos inclui as unidades fabris de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, Centros de Distribuição em Garibaldi (RS), Itajaí (SC), Curitiba (PR) e São Paulo.

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NOVIDADES NAS GÔNDOLAS Bauducco Cereale investe na ampliação do portfólio de produtos integrais Em um momento em que o consumidor está ainda mais atento à escolha dos produtos, tanto considerando compras que atendam a todas as refeições, quanto para buscar equilíbrio nutricional, a Bauducco Cereale amplia seu portfólio oferecendo novas opções de consumo. O principal lançamento do ano é o Cereale Toast, que chega para expandir a atuação da marca, indo além da categoria de biscoitos. Outra inovação é o relançamento da linha Cereale Muffin, cujas receitas foram aprimoradas e os produtos estão mais nutritivos e saborosos. Para completar as notícias positivas, a marca também apresenta um novo sabor na linha de biscoitos integrais com pedaços de Coco & Uva Passa.

Bangalô dos Pastéis se reinventa e lança linha de congelados, massas e condimentos Pensando em adaptar sua atuação, contornando os obstáculos gerados pela pandemia, o Bangalô dos Pastéis, uma das principais redes de pastelarias do Brasil, acaba de lançar sua linha exclusiva de congelados, massas e condimentos, que já estão à venda em grandes supermercados. No portfólio de congelados do Bangalô dos Pastéis, o público encontrará sete opções de pastéis congelados, prontos para fritar: carne, mussarela, frango com queijo, chocolate preto, pizza, camarão e palmito. Os pasteis são comercializados em embalagens de 550g, com 5 unidades cada. Já a linha de massas é composta pela massa de pastel tradicional bem crocante, vendida em embalagens de 1kg e 2kg; pelas massas coloridas nas cores azul e rosa, disponíveis em embalagens de 1kg; pela massa de chocolate 70% cacau, também encontrada em embalagens de 1kg; e a massa de lasanha, de rápido cozimento e sabor inconfundível, disponíveis em embalagens de 500g. Para completar, a indispensável pimenta para acompanhar os pasteis salgados. O preparo do Bangalô dos Pastéis, sucesso nas lojas da rede, é vendido em frascos de 270ml e traz uma receita bem familiar, passada de geração para geração, com textura e traços visíveis de produto caseiro de altíssima qualidade.

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PREZADO LEITOR, O que você gostaria de ver na revista Supermix? Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o e-mail : comunicacao@apras.org.br

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