SUMÁRIO Maria Rafart fala sobre como manter a saúde emocional dos colaboradores Atualize-se com breves notícias sobre o cenário econômico atual
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Um giro no varejo: veja as novidades dos varejistas e fornecedores
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Ponto de Vista: Fim de ano gera otimismo do comércio
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Perfil: Conheça a história dos Supermercados Irani Apras em ação: Conheça a luta da Apras para a redução das taxas e vouchers de cartão
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Depoimentos - 50 anos da APRAS
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Promoção Super Marcas da Apras sorteou milhares de prêmios
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Academia Apras realizou ações para a capacitação e profissionalização do varejo
DNA de Marca Empresarial - Seu supermercado em outro patamar
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Espaço fornecedor: Alta performance e cuidados com o meio-ambiente
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O abismo tributário da judicialização
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Capa: Uma gestão orientada por dados
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Alimentos do futuro: Vapza se destaca com alimentos saudáveis, selecionados e prontos para o consumo
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Concorrência: Encare-a de forma positiva para aprimorar sua empresa
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Capa: Alimentos básicos retomam seus espaço nas refeições caseiras por conta da inflação
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A oportunidade saudável: Novos hábitos dos consumidores impulsionam setor de bebidas e comidas saudáveis
Capa: Anatomia da mudança
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A engenharia de refrigeração a serviço do varejo
Novidades na gôndola: Conheça os principais lançamentos de produtos
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PALAVRA DO PRESIDENTE Novos ares de esperança estão revigorando os ânimos dos brasileiros. A vacinação já mostra a sua eficácia na redução dos índices, o que sinaliza a possibilidade de um futuro mais normal. Os empresários também estão mais confiantes, já que as restrições estão cada vez menores e os negócios estão conseguindo recuperar as perdas com os repetidos abre e fecha dos últimos tempos. Agora, nos resta esperar que a roda da economia volte a girar normalmente. Com as empresas investindo e os comércios abertos, haverá mais emprego, o que, consequentemente, eleva o consumo. Como presidente da Apras, o meu conselho é que todos estejam de olho nas mudanças no cenário e preparados para atender às necessidades do consumidor neste período. Infelizmente, a inflação está impedindo que a retomada aconteça em um ritmo mais acelerado, por isso, estejam atentos aos índices econômicos para ajustarem as suas operações. Intensifiquem as negociações, revejam os custos e revisem seus estoques. Esta edição da revista está com muito conteúdo importante para te ajudar a entender essas mudanças sofridas pelo varejo nos últimos tempos. A matéria de capa, por exemplo, aborda a necessidade de se adaptar para atender a todas as gerações e como elas divergem, convergem e coexistem entre si. Outra matéria que merece atenção é a que aborda o tema do novo livro da Fátima Merlin, “Varejo Conectado: Decisões orientadas por dados”, que mostra como sair do feeling para começar a trazer dados para a gestão em todos os aspectos. Tivemos um ano de desafios, mas apesar das dificuldades, foi positivo. Aprendemos muito, nos reinventamos e vimos o quanto um setor forte é importante para o sucesso de um negócio. Agradeço a todos os diretores da Apras que estão engajados com a entidade e trabalhando alinhados aos interesses dos supermercadistas e dos consumidores paranaenses. Desejo a todos um ótimo final de ano, que Deus abençoe o negócio e a família de cada um e que tenhamos um 2022 cheio de saúde e de bençãos.
Carlos Beal Presidente da Apras
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EDITORIAL Esta é a última edição do ano da Revista Supermix, por isso, todo o conteúdo foi especialmente pensado para ajudar os supermercadistas a aumentarem a rentabilidade e a eficiência no período mais importante para as vendas do varejo. A matéria de capa aborda sobre as diversas gerações, que estão coexistindo entre si e desafiando os varejistas a se adaptarem para atender as particularidades de cada uma delas. Já o Especial Supermix traz um assunto muito atual e extremamente necessário, que inclusive foi tema do último livro da Fátima Merlin: “Varejo Conectado: Uma gestão orientada por dados”. Na matéria, Fátima mostra como sair do feeling para uma gestão mais inteligente. E após um ano tão tumultuado e com tantos problemas socioeconômicos, a Supermix entrevistou a psicóloga Maria Rafart sobre saúde emocional. Ela mostrou os sinais dos transtornos mentais e como as empresas e os líderes podem atuar na prevenção desses problemas em suas equipes. Aproveite também para ficar por dentro das novidades das indústrias e do varejo alimentar. Também não deixe de ler uma matéria sobre as altas da inflação, o impacto disso nos supermercados e as dicas do consultor Lauro Bueno, da Unitrier, para uma gestão adequada a este cenário. Boa leitura!
Veronica Gavloski Editora da Revista Supermix
EXPEDIENTE DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2021/2023 PRESIDENTE CARLOS BEAL PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE CARLOS ALBERTO TAVARES CARDOSO VICE-PRESIDENTE FINANCEIRO PAULO BEAL VICE PRESIDENTE JURÍDICO CESAR MORO TOZETTO VICE PRESIDENTE DE PATRIMÔNIO JACOB PANKRATZ NETO VICE-PRESIDENTE DE EVENTOS PEDRO JOANIR ZONTA VICE-PRESIDENTE DE EXPANSÃO JOÃO JACIR ZONTA VICE-PRESIDENTE MARKETING FABIANO SZPYRA VICE-PRESIDENTE TI CLEMENTE BAHNIUK VICE-PRESIDENTE DE CAPACITAÇÃO LILIAN CRISTIANE CATANEO VICE-PRESIDENTE DE SEGURANÇA HELTON JORGE PARIZOTTO VICE-PRESIDENTE RELAÇÕES SINDICAIS EVERTON MUFFATO VICE-PRESIDENTE DE SEGURANÇA ALIMENTAR LUIZ MAURICIO KURSHAIDT HYCZY VICE-PRESIDENTE RELAÇÕES PÚBLICAS CLAUDIO JOSE TISSI VICE- PRESIDENTE REGIONAL PONTA GROSSA NELVIR RICKLI JUNIOR VICE-PRESIDENTE REGIONAL CASCAVEL DANIEL PEGORARO JUNIOR VICE- PRESIDENTE REGIONAL LONDRINA MARCELO GASPAROTO VICE-PRESIDENTE REGIONAL IRATI JOSÉ MAURICIO SAVISKI VICE- PRESIDENTE REGIONAL GUARAPUAVA JOSÉ FERNANDO BRECAILO JUNIOR
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VICE PRESIDENTE REGIONAL MARINGÁ ROBERTO BURCI VICE-PRESIDENTE REGIONAL NORTE PIONEIRO LUIZ YONEO UEDA VICE-PRESIDENTE REGIONAL PATO BRANCO VINICIUS LACHMAN VICE-PRESIDENTE DE PARANAGUÁ ROBERTO BAVARESCO VICE-PRESIDENTE DE UNIÃO DA VITÓRIA FABIO STORCK VICE-PRESIDENTE DE CAMPO MOURÃO ALVARO MACHADO DA LUZ DIRETOR (A) ADJUNTO (A) WANCLEI SAID DIRETOR (A) ADJUNTO (A) ATANAZIO DOS SANTOS NETTO DIRETOR (A) ADJUNTO (A) WILSON VECCHIATE SANCHES DIRETOR (A) ADJUNTO (A) ARLEI LUIZ CAMILO DIRETOR (A) ADJUNTO (A) PAULO CÉSAR IVASKO DIRETOR (A) ADJUNTO (A) EDSON KELM DIRETOR (A) ADJUNTO (A) CARLOS ROBERTO DO VALE CONSELHO FISCAL EFETIVO JOSE BRUNO CONSELHO FISCAL EFETIVO EDER STEDILE PERBONI CONSELHO FISCAL EFETIVO ADAILTON SANTOS CONSELHO FISCAL SUPLENTE JOÃO BATISTA MOREIRA DOS SANTOS CONSELHO FISCAL SUPLENTE JORACI BOZA CONSELHO FISCAL SUPLENTE DIEGO DONAISKY DIRETOR ASSUNTOS REPRESENTAÇÃO COMERCIAL OTTILIO MONACO DIRETOR RELAÇÕES INTERNACIONAIS CELSO LUIZ GUSSO
REVISTA SUPERMIX Vice-Presidente de Marketing Fabiano Szpyra Superintendente Valmor Rovaris Conselho Editorial WBC Comunicação Departamento Comercial Khailany Cardoso - Fone: (41) 3263-7000 E-mail: supermix@apras.org.br Diagramação TudoCom - Vivas | Remix | Hubox Pré-Impressão (CtP) e Impressão Tuicial Indústria Grafica Tiragem Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Rua Santo Antônio, 917 – CEP 80230-120 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br / supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Produção editorial: WBC COMUNICAÇÃO Rua - Pedro Américo, 505 Bloco A - Conj. 301 Bairro - Novo Mundo - Curitiba - PR. Cep. 81.110-010 Editora e jornalista responsável: Veronica Gavloski / E-mail : wbc@wbccomunicacao.com.br
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ENTREVISTA
SAÚDE MENTAL Maria Rafart mostra como as empresas podem contribuir para o diagnóstico e o enfrentamento dos transtornos mentais em suas equipes
Mais do que os evidentes problemas de saúde, a pandemia também trouxe problemas de ordem socioeconômicas. Todo este contexto acabou afetando a saúde emocional das pessoas, que passaram a ficar mais ansiosas. Para ajudar os supermercados a atuarem na prevenção e no enfrentamento destes problemas, a psicóloga Maria Rafart, que atua na linha cognitivo-comportamental e que possui mais de 10 milhões de visualizações em seus vídeos de psicologia nas suas redes sociais, conversou com a Revista Supermix sobre o assunto. Veja as dicas da Maria para reconhecer os sinais dos transtornos mentais e como os líderes podem ajudar os seus colaboradores no enfrentamento desses problemas. SU PER MIX
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DE QUE FORMA A PANDEMIA AFETOU A SAÚDE EMOCIONAL DAS PESSOAS? A pandemia expôs algumas chagas. A precariedade do emprego, as relações familiares, o espaço apertado e dividido da casa, tudo passou a aparecer de forma mais incômoda. Todos tiveram que lidar com problemas que às vezes ficavam para baixo do tapete, e nem sempre as ferramentas mentais necessárias estavam à disposição.
QUAIS PROBLEMAS EMOCIONAIS QUE MAIS CRESCERAM COM A PANDEMIA? Indubitavelmente, a ansiedade. Disparado, o transtorno que mais se desenvolveu, ou apareceu. Ser ansioso significa ter uma preocupação excessiva com questões futuras que fogem ao controle, e a pandemia surgiu como um fenômeno que causa ansiedade por excelência: afinal, quem é que estava no controle total e absoluto de sua vida em março de 2020, e nos meses subsequentes?
QUAIS OS SINAIS DE ALERTA QUE AS PESSOAS DEVEM ESTAR ATENTAS?
“A DOENÇA MENTAL AINDA É MOTIVO DE PRECONCEITO NO AMBIENTE DE TRABALHO. O PRÓPRIO DOENTE SE ENVERGONHA DE DEMONSTRAR QUE PRECISA FAZER TRATAMENTO.” PSICOLÓGICO.
Os sinais de alerta da doença mental são o excesso, ou a falta, de alguns hábitos que você tinha antes, e que eram regulares. Quando você se preocupa mais do que o habitual, quando tem pensamentos que não abandonam a sua mente, ou quando dorme muito, ou dorme pouco. Ou quando come muito, ou come pouco, com relação ao que fazia antes.
COMO PROCEDER EM CASO DE ALGUM SINAL? O ideal é procurar ajuda, seja em seu grupo de apoio (familiares e amigos), seja profissional: psiquiatras e psicólogos.
COMO OS LÍDERES PODEM CONTRIBUIR COM OS COLABORADORES QUE ESTEJAM PASSANDO POR PROBLEMAS EMOCIONAIS? A doença mental ainda é motivo de preconceito no ambiente de trabalho. O próprio doente se envergonha de demonstrar que precisa fazer tratamento psicológico. Líderes acolhedores, que recebam seus colaboradores para oferecer ajuda e compreensão, são os que mais podem contribuir para a quebra destes paradigmas.
COMO OS LÍDERES PODEM AJUDAR NA PREVENÇÃO? Estar atento aos sinais de mudanças de comportamentos dos liderados e estar aberto a oferecer ajuda são as melhores formas de humanizar e prevenir as doenças mentais.
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EXISTE ALGUMA ATITUDE PESSOAL QUE A PESSOA PODE ADOTAR PARA PREVENIR OS PROBLEMAS EMOCIONAIS? Cada um tem o seu próprio grau de resiliência “de fábrica”, que é a capacidade de sair mais ou menos ileso de dificuldades e pressões. A boa notícia é que todos podemos desenvolver mais nossa capacidade de reação racional. Eu costumo ensinar, em meus cursos de inteligência emocional, que refletir, olhar para dentro, se auto reconhecer, é o primeiro passo para ser mais forte emocionalmente.
CASO A PESSOA JÁ POSSUA ALGUM DIAGNÓSTICO PRÉVIO DE TRANSTORNO MENTAL, O CUIDADO DEVE SER REFORÇADO? DE QUE MANEIRA? O fato de uma pessoa já ter passado, por exemplo, por períodos depressivos, pode indicar, sim, que ela seja susceptível a outros eventos, dependendo dos gatilhos a que seja exposta. O lado positivo é que quem já passou por episódios de transtornos mentais já conhece a dinâmica da doença, e consegue identificar mais precocemente o início de uma crise.
E NO CASO DAS PESSOAS QUE PERDERAM ALGUÉM PARA A COVID, QUAL O MELHOR CAMINHO PARA LIDAR COM O LUTO? O luto deve ser respeitado por aqueles que estão ao redor do enlutado. Cada um tem seu tempo de processamento. Nada de positivismo tóxico, que são aquelas frases prontas que praticamente forçam todo mundo a melhorar em um instante.
ALGUMA DICA PARA OS PROFISSIONAIS DE RH DAS EMPRESAS PARA ATUAREM NA PREVENÇÃO? O RH é o coração da humanização na empresa. Acolher quem está mal psicologicamente, e mostrar que a empresa tem políticas de compreensão e enfrentamento à doença mental é o melhor caminho.
QUAIS OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PARA UMA EMPRESA QUE ATUA NA PREVENÇÃO DE PROBLEMAS EMOCIONAIS DOS SEUS COLABORADORES? Os colaboradores são o melhor ativo de uma empresa. Pessoas com saúde mental são mais engajadas e produzem mais. Contudo, destaco a importância de não estigmatizar os colaboradores que estejam em sofrimento psíquico. Todos nós podemos passar por períodos de ansiedade, de depressão ou qualquer outro tipo de transtorno mental, e isto não é sinal de fraqueza. Uma conjunção explosiva de elementos ambientais, biológicos e comportamentais pode acontecer com qualquer um. Humanizar é compreender.
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NOTÍCIAS ATUALIZE-SE ÃO DA MERCADO FINANCEIRO ELEVA PROJEÇ INFLAÇÃO PARA 8,35% Preços ao Consumidor
Índice Nacional de A previsão do mercado financeiro para o cial do país, subiu, novamente, de 8% para Amplo (IPCA), considerada a inflação ofi iva na projeção. Para 2022, a estimativa de 8,35% neste ano. É a 24ª elevação consecut isões são de 3,25% e 3%, respectivamente. inflação é de 4,10%. Para 2023 e 2024, as prev de inflação que deve ser perseguida pelo A previsão para 2021 está acima da meta etário Nacional, é de 3,75% para este ano, BC. A meta, definida pelo Conselho Mon entual para cima ou para baixo. Ou seja, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto perc 5,25%. o limite inferior é de 2,25% e o superior de Fonte: Agência Brasil
OS FATORES QUE FAZEM DISPARAR RISCO DE APAGÃO NO BRASIL Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001, quando o país enfrentou um severo racionamento de energia. Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cenário torna elevado o risco de apagões (interrupções temporárias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor. Fonte: G1
OTAS COMEÇAM A VALER HOJE NOVAS ALÍQU DO IOF nceiras (IOF), que começam a
rações Fina As novas alíquotas do Imposto sobre Ope ito para empresas e famílias. O aumento, que valer hoje (20), aumentam o custo do créd s dezembro de 2021 e incidirá sobre operaçõe é de 36%, vai ser cobrado até o dia 31 de do a títulos e valores mobiliários. O objetivo de crédito, câmbio e seguro ou relativas ília. que deve substituir o Bolsa Fam governo é custear o Auxílio Brasil, programa Fonte: Agência Brasil
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NOTÍCIAS ATUALIZE-SE
DO MERCADO REDUZ PROJEÇÃO DA ALTA MA PIB EM 2022 DE 1,72% PARA 1,63%, INFOR FOCUS cimento da economia
para o cres A mediana das projeções do mercado no Relatório Focus, do Banco Central brasileira em 2021 permaneceu em 5,04% estimativas coletadas até o fim da (BC), divulgado no dia 20 de setembro com semana anterior. expectativas para a expansão do Para 2022, no entanto, o ponto-médio das de 1,72% para 1,63%. A expectativa é Produto Interno Bruto (PIB) foi reduzido m, já que, considerando apenas as de que novos cortes nas projeções aconteça dias úteis, a mediana deste crescimento apostas enviadas ao BC nos últimos cinco está em 1,55%. Fonte: Valor Econômico
POLÍTICA DE PREÇOS DA PETROBRAS CONTINUA PRESSIONANDO A INFLAÇÃO
A alta constante dos preços dos combustíveis, reflexo da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela gestão da Petrobras, continua a pressionar a inflação. Alimentação, com aumento de 1,05% em setembro, foi o item que mais subiu neste mês, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O aumento dos alimentos superou até mesmo a elevação do próprio IPC, que foi de 0,93%, acima de 0,88% do mês anterior. Fonte: Monitor Mercantil
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NOTÍCIAS ATUALIZE-SE MENTA CONSUMO NOS LARES BRASILEIROS AU RAS 4,01% NO SEMESTRE, APONTA ABileiro s acumulou alta real
nos lares bras No primeiro semestre deste ano o consumo na comparação com mesmo período de de 4,01% (deflacionado pelo IPCA/IBGE), relação ao mesmo mês do ano passado. 2020. Em junho houve queda de 0,68% em deste ano, o resultado também foi negativo Comparando o mês de junho contra maio quinta-feira (12) são do Índice Nacional de em 5,12%. Os dados, apresentados nesta ociação Brasileira de Supermercados), Consumo nos Lares Brasileiros ABRAS (Ass e Pesquisa da entidade. calculado pelo Departamento de Economia is a ABRAS, é resultado das medidas socia A alta acumulada no semestre, segundo da influência de um conjunto de fatores. e econômicas adotadas pelo governo, além ela do 13º salário dos aposentados e Entre eles, o pagamento da segunda parc zena de junho; a prorrogação do auxílio pensionistas do INSS, na segunda quin mil trabalhadores, e a maior cobertura de emergencial por mais três meses, para 106 ndo lote do Imposto de Renda Pessoa vacinação. O depósito da restituição do segu 6 bilhões que chegaram para 4,2 milhões Física (IRP) também contribuiu. Foram R$ de contribuintes. AS, Marcio Milan, o setor seguiu o ritmo De acordo com o vice-presidente da ABR responsável pela geração de quase 43 de investimentos e, de janeiro a junho, foi de novas lojas também quase dobrou. A mil novos postos de trabalho. A abertura foram 60 estabelecimentos inaugurados, expectativa era de abertura de 36, mas além de 70 reinaugurações no período. o otimismo e destaca como os principais Para o segundo semestre, a ABRAS mantém ada econômica, o pagamento do auxílio itens, que tendem a favorecer a retom terceiro lote da restituição do Imposto de emergencial a partir de 18 de agosto, o cial para mais de 110 mil mulheres chefes Renda, os R$ 82 milhões do auxílio emergen rativas como o Dia dos Pais, feriado de 7 de de família monoparental e datas comemo setembro, Dia da Criança e o Black Friday. gradual da economia, com o avanço da “Estamos confiantes com a retomada timentos programados pelo setor para vacinação, o retorno da normalidade, os inves auxílio social, que estão sendo debatidas o 2º semestre do ano, e com as medidas de a Milan. “Neste cenário mantivemos noss atualmente pelo governo federal”, diz o Índice Nacional de Consumo INC ABRAS projeção inicial de crescimento para noss setembro faremos uma nova revisão e nos lares brasileiros em 4,5% este ano. Em projeção", conclui.
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NOTÍCIAS ATUALIZE-SE
ABRASMERCADO
Em junho, a cesta *Abrasmercado subiu 1,34% em relação a maio. A cesta chegou ao valor de R$ 662,17, contra R$ 653,42 do mês anterior. Na comparação com junho do ano passado, o crescimento foi de 22,1%. Entre os produtos que impulsionaram o custo da cesta Abrasmercado estão o queijo muçarela (6,93%), o leite longa vida (4,69%), o frango congelado (4,38%), o açúcar (4,36%) e o extrato de tomate (3,70%). A muçarela foi o único item da cesta que, no acumulado do ano, teve queda (-1,20%). A cebola (-13,53%), batata (-9,19%), tomate (-5,84 %), xampu (-2,30%) e desinfetante (-1,63%) foram as maiores baixas apresentadas pelo Abra smercado. Destaque para a cebola que, apesar da queda registrada também em junho, ainda teve aumento de 11,84% no acumulado do ano. No acumulado dos últimos 12 meses a queda foi de 41,57% . A alta da cesta no Sul foi a segunda maior, com +2,05%. Lá a cesta subiu de R$ 709,59 para R$ 724,14. *A cesta Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta pelos 35 produtos mais vendid os nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.
MAIORES DO VAREJO BRASILEIRO ACELERAM EXPANSÃO E DIGITALIZAÇÃO NA PANDEMIA
Em um dos anos mais desafiadores da História, as principais empresas do varejo brasileiro mostraram resiliência, capacidade de inovação e aceleração das iniciativas digitais. Fruto de um profundo trabalho de pesquisa, coleta de dados e análise realizado pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) com apoio técnico da BTR-Educação e Consultoria, Varese Retail, Centro de Estudo e Pesquisa do Varejo (CEPEV–USP) e Käfer Content Studio, a nova edição do Ranking mostra que as grandes e médias empresas abraçaram a transformação digital e souberam se reinventar diante da crise. Um dado que mostra o nível de evolução da transformação digital do varejo durante a pandemia é o número de empresas do ranking que vendem online, que saltou de 54% para 70% em apenas 12 meses. O grande destaque ficou para os supermercados, em que, pela primeira vez, mais de 50% das empresas da lista está online. O número de redes do setor que passaram a contar com um canal digital mais que dobrou em 2020: 76 empresas contam com um e-commerce.
O setor com maior número de empresas no Ranking é o de Supermercados, com 145 representantes, dos quais três estão no top 10 do varejo. Das 50 empresas líderes em faturamento por loja, 49 são supermercadistas, lideradas por Andorinha, Higa e Formosa. Empresas com poucos pontos de venda e uma relevância enorme nos micromercados onde atuam. Sete das 10 empresas que mais aumentaram suas vendas atuam no setor de Supermercados, movidas especialmente pela expansão das vendas durante a pandemia.
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UM GIRO NO VAREJO
GIRANDO SOL VAI SORTEAR R$ 300 MIL EM PRÊMIOS PARA CONSUMIDORES Os 30 anos da Girando Sol serão comemorados com uma grande ação de valorização dos consumidores e ampliação das vendas. A Promoção Girando Sol 30 anos é a primeira da empresa voltada ao público final e segue até o dia 30 de novembro junto às lojas físicas e virtuais que vendem itens da marca. A promoção consiste em prêmios diários, semanais e um especial no encerramento. A oportunidade diária se dará com prêmios instantâneos de R$ 100,00, R$ 200,00, R$ 300,00, R$ 400,00 ou números da sorte extras para concorrer na modalidade sorteio girando a roleta no site www.girandosol30anos.com.br. Além disso, durante 11 semanas haverá o sorteio de R$ 10 mil e mais um de R$ 100 mil, realizados pela Loteria Federal. Para concorrer basta fazer cadastro no site com as informações pessoais e de compra, sendo que cada produto adquirido dá direito a um número da sorte para concorrer. Todos os prêmios serão entregues em cartão de débito, sem função saque. Ao comentar a iniciativa, o diretor Gilmar Borscheid resume: “essa ação é uma forma de agradecer aos consumidores por estarem junto conosco, escolhendo a marca Girando Sol e adquirindo os nossos produtos”. Ele ainda destaca que a promoção é uma forma diferente de se conectar com as pessoas, tendo em vista ações como feiras e outras que não puderam ser executadas em função da pandemia. Para sensibilizar e preparar a equipe interna, a empresa montou um showroom expondo o mix e os materiais de campanha, simulando um ambiente de supermercado com os destaques voltados à promoção.
MERCADORAMA PASSA A SE CHAMAR NACIONAL
O grupo Big começou a mudança do nome do supermercado Mercadorama para Nacional, rede gaúcha adquirida pelo BIG em 2005. As oito unidades de Curitiba passarão pela mudança de nome e a primeira é a loja do Jardim das Américas. A marca paranaense Mercadorama foi fundada em 1951 e seu fim foi anunciado em março deste ano.
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UM GIRO NO VAREJO
Com um investimento de R$ 152 milhões, a Tirol inaugura a sua primeira fábrica no Paraná, na cidade de Ipiranga. Em uma área construída de 33,1 mil m², a unidade fabril é voltada para a produção de leite longa vida (UHT), com capacidade inicial de 600 mil litros por dia, mas com potencial de ampliação para 1,2 milhão de litros e inclusão de outros produtos lácteos. Considerado o maior investimento industrial já realizado no município, a fábrica da Tirol de Ipiranga contribui com a geração de renda na cidade por meio de 160 empregos diretos, além da ativação de uma cadeia econômica na região com 150 fornecedores diretos, exclusivos para o abastecimento da unidade. “Ipiranga foi escolhida após estudos de diversos fatores, que enxergaram o potencial da cidade na captação do leite e no acesso ao mercado”, afirma o diretor comercial da Tirol, Jossemar Olivo.
TIROL INAUGURA FÁBRICA DE R$ 152 MILHÕES EM IPIRANGA
Planejada de forma linear, a fábrica é toda otimizada, balanceada e configurada com tecnologia de ponta e equipamentos de última geração. A modernidade do projeto também está presente no Centro de Inovação incorporado na unidade, que conta com uma estrutura voltada para o desenvolvimento de novos produtos. O espaço abriga uma parte da equipe técnica da empresa, que se divide entre Ipiranga e Treze Tílias. Segundo Olivo, o Paraná já é um dos maiores mercados de lácteos da empresa e este investimento faz parte dos planos de expansão no estado e na ampliação da distribuição nacional e internacional. A meta é se consolidar como uma das principais indústrias do setor no país. Detentora de um dos mais completos portfólios do segmento, a Tirol tem um mix de mais de 150 produtos, distribuídos entre leites, achocolatados, iogurtes, bebidas lácteas, requeijões, manteigas, queijos, cremes de leite, doces de leite e leites condensados. Atualmente, além da unidade fabril de Ipiranga, a Lacticínios Tirol possui fábricas em Treze Tílias, Pinhalzinho e Chapecó, em Santa Catarina.
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UM GIRO NO VAREJO
O varejo brasileiro ganhou, no dia 30 de setembro, o HIPE, um centro de inovação para os varejistas que desejam melhorar seu posicionamento no mercado e potencializar o seu negócio de forma inovadora. Durante uma live de lançamento, também serão apresentadas as iniciativas HIPE SPACE, com o Ambiente Físico, e Incubadora com o programa de préincubação. Também será apresentado o Instituto HIPE Lab, que iniciará suas atividades com o Laboratório Virtual de Autosserviço para o desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias.
LANÇAMENTO DO HIPE VAI REVOLUCIONAR O VAREJO BRASILEIRO
Em um espaço colaborativo de 2 mil m² para 300 posições de trabalho, o HIPE está localizado em Curitiba, no bairro Rebouças – coração do Vale do Pinhão – e tem como sponsors a RP Info, especialista em sistemas para gestão e automação para o varejo, e a Siga Cred, administradora de serviços financeiros. Apesar de registrar crescimento, a inovação no varejo brasileiro ainda possui muito espaço para expandir. Segundo a CEO do HIPE, Mariane Pocai, com os consumidores cada vez mais ambientados com a tecnologia, é essencial que o varejo se adapte e passe a oferecer uma experiência de compras mais tecnológica, moderna e atenta aos interesses e necessidades do cliente. “É nesse cenário que inauguramos o HIPE Innovation Center, que surge com o propósito de conectar, impulsionar e desenvolver pessoas, ideias e negócios para potencializar o ecossistema de varejo”, destaca. A estrutura do HIPE SPACE contará com salas privativas, espaço aberto para trabalho, salas de reunião, ambientes de descompressão e para os mais diversos eventos. Para integrar este ambiente físico neste primeiro momento, será pré-lançada a Incubadora, com um edital disponível para os interessados em participar do processo de pré-incubação. Também será lançado o laboratório virtual do HIPE Lab, um simulador de supermercado com ambiente de aproximadamente 500m², que funcionará também como um laboratório para pesquisas realizadas com o consumidor. A tecnologia cria uma experiência imersiva de compras e de gestão através de aplicações web e óculos VR, possibilitando demonstrações, testes e uma alta visibilidade de marca para o público-alvo.
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“Em um espaço em 3D, tanto os varejistas quanto o público vão poder fazer uma jornada de conhecimento em que poderão identificar quais são os parceiros do HIPE Lab e quais tecnologias eles estão desenvolvendo para melhorar os processos do varejo”, explicou COO do HIPE, Ricardo Pontes. Com o objetivo de gerar inteligência de mercado, o HIPE Lab não possui fins lucrativos e será responsável pelos laboratórios de testes, pelas pesquisas e estudos realizados por experientes profissionais do mercado, varejistas, consultores e membros do universo acadêmico, que estarão unidos para trazer informações de grande relevância para o varejo mundial. O HIPE foi idealizado para estimular a criatividade e a inovação de todos que passam por lá. Para isso, o próprio ambiente já nasce inovador, com cozinha compartilhada, espaço externo de convivência, espaço para happy hour, bicicletário e estacionamento para visitantes.
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UM GIRO NO VAREJO
BRF CONCLUI AQUISIÇÃO DA MOGIANA ALIMENTOS E SE TORNA UMA DAS PROTAGONISTAS NO MERCADO DE PET FOOD NO PAÍS
A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, através de sua subsidiária BRF Pet, concluiu hoje a aquisição das sociedades Paraguassu Participações S.A. e Affinity Petcare Brasil Participações Ltda., detentoras de 100% do capital social da Mogiana Alimentos, dona de marcas consolidadas no segmento de pet food nas categorias Super Premium e High Premium de rações para cachorros e gatos. A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) sem restrições, e somada à aquisição do Grupo Hercosul concluída no início de agosto, posiciona a BRF como uma das protagonistas deste mercado no País. Com forte atuação na região Sudeste, a Mogiana Alimentos conta com duas unidades produtivas, sendo uma em Campinas e outra em Bastos, ambas no interior de São Paulo, e com posição logística privilegiada. A BRF passa a contar com linhas tradicionais em seu portfólio, como Guabi Natural (líder de mercado em alimentação natural no segmento Super Premium), Gran Plus (vice-líder no segmento High Premium), Faro (Premium), Herói e Cat Meal (ambas do segmento Standard). “Estamos firmes no propósito de nos tornar uma das líderes em pet food no País e, com a conclusão dessa operação, teremos receitas líquidas combinadas nos últimos 12 meses de R$ 750 milhões. Nossa Visão 2030 está em execução e vamos explorar este mercado com seu enorme potencial de crescimento. Estamos animados para dar os próximos passos e consolidar nossa posição, agora com o time diferenciado da Mogiana.”, afirma Lorival Luz, CEO Global da BRF. Com investimento de R$ 1,35 bilhão somando as aquisições da Mogiana Alimentos e do Grupo Hercosul, a BRF Pet atinge aproximadamente 10% de market share, de acordo com dados fornecidos pela ABINPET – Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação. A integração da Mogiana começa em setembro e possibilitará ganhos de sinergia, principalmente na compra de grãos e insumos para a fabricação de rações, assim como aumento de intensidade e capilaridade nos canais de venda. “Nossa estratégia comercial será impulsionada pela ampliação do nosso portfólio, que ficará ainda mais completo ao receber marcas fortes e consolidadas, atendendo de forma completa os tutores de pets. Integrando as operações, também teremos ganhos com a expansão geográfica da nossa distribuição e melhoria no nível de serviço aos nossos clientes”, avalia Marcel Sacco, VP de Novos Mercados da BRF.
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RIO BRANCO ALIMENTOS DIVULGA SEU PRIMEIRO RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE A Rio Branco Alimentos, conhecida como Pif Paf Alimentos, reforça seus pilares de atuação ética, transparente e comprometida com o desenvolvimento sustentável, ao divulgar seu primeiro Relatório de Sustentabilidade. O documento, relativo aos exercícios de 2019 e 2020, detalha o desempenho econômico, social, ambiental, na governança corporativa e na gestão de pessoas, bem como o modelo de negócio, as principais práticas e as perspectivas. Os dados apresentam um momento positivo da companhia, que se mostra capaz de executar seu plano estratégico de crescimento, mesmo em meio a um ambiente de incertezas, como o da pandemia. Entre os destaques, estão expansão de mais de 23% tanto da receita operacional bruta, quanto da receita líquida, em 2020, na comparação com o ano anterior, e recorde histórico em investimento social. A empresa alcançou avanços significativos tanto nos resultados do mercado interno quanto do externo, em função de medidas que possibilitaram ampliar capacidade produtiva, base de clientes, portfólio de produtos e atendimento nos diferentes canais.
DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL Além do investimento social recorde, cerca de R$ 14 milhões foram direcionados para iniciativas de combate aos impactos da Covid-19 – sendo mais de R$ 1,5 milhão em doações de respiradores, materiais hospitalares e ao programa Estímulo 2020 Minas, por meio da Fundação Mendes Costa, instituição sem fins lucrativos, que coordena os projetos de responsabilidade social da Rio Branco Alimentos. A companhia, que possui a sustentabilidade como valor, implementou programas estruturantes, a fim de consolidar e integrar cada vez mais os compromissos da agenda ESG (Ambiental, Social e Governança, na tradução para o português) às estratégias do negócio. Também apresentou, pelo segundo ano consecutivo, o inventário GHG Protocol, que foi qualificado na categoria Selo Ouro, e aderiu à Rede Brasil do Pacto Global das Organizações das Nações Unidas (ONU), maior iniciativa empresarial sobre sustentabilidade do mundo. Internamente, em relação à valorização do capital humano, mais de R$ 12 milhões foram investidos em adequações, melhorias das condições de trabalho, requisitos legais e campanhas de saúde e segurança.
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CENTRAL DA PROPAGANDA COMPLETA 25 ANOS
Com 25 anos de história, a Central da Propaganda/ Minha Rádio, especializada em rádio indoor/rádio corporativa, se consagra como uma das maiores empresas desse segmento no Brasil. Nascida em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, começou sua trajetória oferecendo serviços como carros de som, animação de festas e eventos, comunicação visual, agência de publicidade e rádio indoor, com o passar dos anos o fundador e proprietário, Sandro Lech percebeu que deveria focar em apenas um serviço e como tinha um excelente relacionamento dentro dos supermercados e uma grande parceria com a Apras, decidiu aprimorar seu atendimento para atender o setor supermercadista. Líder absoluta na Grande Curitiba e em diversas praças do país, atualmente conta com mais de 3 mil pontos de rádio espalhados por 19 estados brasileiros nos mais diversos segmentos de mercado. A empresa oferece um software original que é instalado em cada cliente independente, com uma playlist exclusiva e direcionada para cada um e um locutor virtual único no mercado. São mais de 50 locutores, produtores e um time preparado para atendimento aos clientes.
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ZONTA RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO DE CAMPO LARGO GESTORA DE RH DO CONDOR É ESCOLHIDA COMO PROFISSIONAL DO ANO
O fundador e presidente do Condor Super Center, Pedro Joanir Zonta, recebeu o título de Cidadão Honorário de Campo Largo das mãos do prefeito Maurício Rivabem e do vereador André Gabargo. A homenagem foi proposta por Gabardo como um reconhecimento à atuação de Zonta no município. “Somente aqui na cidade são quase 500 empregos diretos gerados pelo Condor, além de todas as pessoas em situação de vulnerabilidade social que foram beneficiadas pelo Instituto Joanir Zonta com as duas grandes doações de alimentos realizadas nesta pandemia”, disse o vereador. Para Zonta, receber um título como este é motivo de muita alegria. “Eu espero retribuir este carinho para a população de Campo Largo, pois essa homenagem aumenta ainda mais o meu compromisso com a cidade e com as pessoas daqui”, destacou. O prefeito salientou a importância de Zonta para a cidade e relembrou a chegada do Condor no município, que serviu como inspiração e motivação para que outros empreendimentos, inclusive concorrentes, se modernizassem e crescessem. “O Condor traz renda para a cidade e ajuda as pessoas que mais carecem, por isso, podemos dizer com emoção que Zonta é um cidadão campolarguense”.
Em proposição feita pelo presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Tico Kuzma, a gestora de RH do Condor, Charmoniks Heuer, foi agraciada com o Prêmio Profissional do Ano. Ela está à frente do Capital Humano da rede supermercadista desde 2017, é formada em Magistério e Pedagogia com especialização em Gestão de Pessoas, Coaching, Relações Trabalhistas e Mestranda em Recursos Humanos e Gestão do Conhecimento. Segundo Kuzma, a profissional foi escolhida pelo seu desempenho e atuação em um setor que permaneceu na linha de frente nesta pandemia. “A Charmoniks representa todos os profissionais de serviços essenciais ao funcionamento da cidade que não pararam um segundo sequer e eu a parabenizo pelo excelente trabalho na gestão de pessoas”. A gestora agradeceu a homenagem e dedicou o prêmio aos 13 mil colaboradores do Condor. “Nossa empresa é movida pelo capital humano e me sinto honrada em receber um prêmio tão importante como este em um momento que colocou os profissionais de recursos humanos à prova”, disse Charmoniks.
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FESTVAL INAUGURA LOJA NO TINGUI
ESPAÇO GOURMET E CAFETERIA Ir ao supermercado é uma experiência que vai além das compras. Por isso, no Festval Tingui você encontrará um Espaço Gourmet e uma Cafeteria. Esses ambientes possuem detalhes que trazem aconchego para o dia, além de buffet de almoço com receitas preparadas por especialistas e itens perfeitos para o café.
SOMMELIER DE VINHO A adega é repleta de vinhos de diversos países. E entre tantas opções, é possível contar com o auxílio de um sommelier à disposição para tirar dúvidas e indicar os melhores rótulos de acordo com o paladar e o momento.
CONSULTOR DE AÇOUGUE
O Festval ganhou uma nova unidade, agora no bairro Santa Felicidade. Entre tantos diferenciais, a localização é um destaque dessa nova loja, que fica na rua José Valle, nº 525, a poucos metros do Parque Tingui – um ponto turístico de Curitiba. Afinal, não há nada mais prático do que visitar um belo parque e, antes ou depois do passeio, escolher os produtos disponíveis no Festval. Assim como as demais unidades da rede, o Festval Tingui possui uma estrutura com design único, que preza pelo bem-estar dos clientes.
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Para que o churrasco e as receitas fiquem ainda mais saborosas, a loja conta com cortes de carnes selecionados cuidadosamente. Para auxiliar o cliente na escolha do melhor corte para a sua necessidade, um consultor de açougue está sempre à disposição.
FLORISTA As flores são marca registrada das lojas Festval e, em cada unidade, é possível contar com um amplo espaço todo dedicado a elas. Para fechar com chave de ouro, o cliente pode escolher as flores e solicitar a montagem de um arranjo, sem custo adicional. Basta consultar a disponibilidade do profissional e escolher os detalhes para o buquê. A loja também conta com produtos importados, ótimas opções nacionais, produtos para quem possui restrição alimentar, uma padaria com produtos frescos e saborosos, adega completa e muito mais.
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SUPERDIA INAUGURA PRIMEIRA LOJA EM CURITIBA Rede investe R$ 25 milhões, gera 120 empregos diretos e estima redução de 20% no carrinho devido a oferta em grande escala
Curitiba recebeu nesta semana a primeira unidade do Superdia, novo modelo de negócios idealizado pela Rede Ítalo de Supermercados, que atua há mais de 23 anos no ramo supermercadista e soma 19 lojas entre Paraná e Santa Catarina. Com o slogan “Um novo conceito de compras”, a nova bandeira oferece ao cliente características mistas do atacado (menor preço) e do varejo (conveniência e rapidez de mercado). “Nossa proposta é atender todos que buscam preço baixo, qualidade e rapidez, desde a dona de casa aos pequenos transformadores, como donos de panificadoras, restaurantes, fast food, pizzarias, confeitarias e outros comércios do segmento alimentício”, explica Edy João Dal Berto, Diretor da Rede Ítalo de Supermercados. A primeira loja do Superdia foi inaugurada em Francisco Beltrão em abril deste ano, com investimento de R$ 30 milhões e a geração de 200 empregos diretos e indiretos. Agora, a marca investe mais R$ 25 milhões na abertura da unidade curitibana, gerando mais de 120 empregos diretos e cerca de 200 empregos indiretos. No planejamento da empresa está a abertura de mais quatro lojas em 2022 – em Pato Branco, Dois Vizinhos, Realeza e Capanema –, totalizando um investimento de R$ 100 milhões. “Nosso projeto de expansão prevê ainda a abertura de mais três lojas para Curitiba”, avisa Dal Berto. Com área total de 2,1 mil m², erguida em seis meses em um terreno de 6,3 mil m² (com projeto assinado pela Arquitetura Total Varejo, especializada no ramo), o Superdia Curitiba está localizado no bairro Novo Mundo, com fácil acesso e mais de 100 vagas de estacionamento. Como diferenciais, um hortifruti com um mix variado, balcão de carnes com atendimento ao cliente, beer cave, floricultura e panificadora com confeitaria. O Superdia Curitiba abriu as portas já oferecendo campanhas temáticas ao consumidor, como a Segunda da Economia (ofertas de cesta básica e limpeza), a Terça Gigante (produtos institucionais disponibilizados em tamanhos maiores), a Quarta e Quinta do Sacolão (novidades e ofertas em hortifruti), o Sextou (foco em cervejas, destilados, refrigerante, pizza e sobremesa), o Sábado do Churrasco (ofertas de carnes e todos os complementos para o churrasco) e o Domingo dia D (foco na venda em maior quantidade, no público dos transformadores). Também, a campanha do Mega Saldão (feita uma vez ao mês, com preços de saldo) e o tradicional Black Friday, com o objetivo de aumentar as vendas em mais 30%.
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O Supermercado Larissa inaugurou em Guamiranga uma loja moderna e ampla, com aproximadamente 4.000 m² de área construída, sendo 1.500 m² de área de vendas. Mais do que um supermercado, o empreendimento é um complexo comercial com lotérica, farmácia (pertencente ao Grupo Larissa) e loja de roupas.
SUPERMERCADOS LARISSA INAUGURA LOJA DE R$10 MILHÕES EM GUAMIRANGA
A loja, que recebeu um investimento de R$10 milhões, conta com estacionamento coberto e descoberto com fácil acesso, além de um layout pensado estrategicamente, com iluminação em led em todos os setores. Foi instalado um setor de produção com equipamentos de última geração para agilizar o atendimento ao cliente. Outro diferencial são as 20 câmaras frias e salas refrigeradas que dão suporte para manter a qualidade das carnes e frios, que são 100% inspecionados e de procedência qualificada. O cliente também pode aproveitar uma lanchonete espaçosa, um hortifruti planejado para apresentar a qualidade do setor, bem como uma área de frios com freezers e geladeiras sofisticadas. "Muitos desacreditavam, mas nós sabemos que Guamiranga além de suportar toda esta estrutura, terá muito mais destaque no cenário regional. Estando aqui, nós contribuímos com a economia local, bem como geramos oportunidades de trabalho”, afirma o diretor geral da rede, Acir Bobato. Com 32 anos de história, a rede de supermercados Larissa não para de crescer e de se destacar no setor supermercadista paranaense. “Com o passar dos anos fomos aperfeiçoando processos tanto operacionais quanto administrativos e notamos que precisávamos modernizar a rede. Por este motivo, um de nossos desejos era a nova estrutura na cidade de Guamiranga”, destaca Mateus Bobato.
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PONTO DE VISTA
FIM DE ANO GERA OTIMISMO DO COMÉRCIO
Consumidores e comerciantes esperam por compras de fim de ano, apesar da economia em crise Com o fim de ano chegando, as expectativas positivas do comércio começam a aflorar. Esse é o período mais esperado, com Black Friday e Natal, mas o que esperar desse ano, com alta dos preços, inflação e alta no desemprego? Vivemos um período em que os consumidores estão cada vez mais exigentes, principalmente porque o dinheiro é mais contado, apesar da facilidade de crédito. Outro perfil bastante evidente em tempos de pandemia é a compra online. No entanto, para fazer parte desse mercado deve-se ter uma marca respeitada e de qualidade reconhecida. Os cupons de descontos e cashback também são influenciadores positivos desse tipo de compra e podem fazer a diferença na hora de o consumidor escolher entre uma empresa ou outra. Quem garantir os maiores benefícios sairá ganhando. Quando o assunto é serviços, a expectativa também é de boas vendas, em especial no Paraná, que cresceu 6,8% nos sete primeiros meses de 2021, em comparação com janeiro a julho do ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Uma das atividades que alavancam as estatísticas é o turismo, que cresceu 7,7%, em razão do avanço das vacinações contra a Covid-19. Segundo o IBGE, desde o começo da pandemia, há ganho acumulando de 42,2% no setor.
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CONSUMO ESTRATIFICADO Se estratificarmos os hábitos de consumo por gênero, é evidente que as mulheres dominam o poder de compra. Hoje, no mínimo 70% das decisões de compra dependem, direta ou indiretamente, do sexo feminino. Já se a estratificação partir da faixa etária, as empresas devem ficar de olho nos teenagers. É difícil encontrar uma família em que os pais decidem sobre a compra de eletrônicos, equipamentos de lazer, viagens, automóveis etc. sem ouvir seus filhos antes. Em relação à classe social, surpreendendo os entusiastas das indústrias de luxo, as populações das classes C e D representam mais de 60% do mercado. Ou seja, eles são os consumidores potenciais de milhares de empresas e os responsáveis por grandes negócios. Com quase um ano e meio sisudo, é hora de mudarmos o humor. Com a vacinação em massa, isso já pôde ser sentido pelo comércio no dia dos pais. O consumidor está com ansiedade de viver uma normalidade e “tirar o atraso” quando se trata de consumo, depois de tanta retração. Mesmo com a economia não favorável, o clima que o consumidor busca é o de compensar a emoção adiada tantas vezes, em compras que ele não pôde fazer. Promoções, descontos e saldões agradarão em cheio esse público, e cabe ao comércio aproveitar essa demanda reprimida.
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0% 5% 0% 3% 0% 0%
Geral
Curitiba
13%
ESPERANÇOSO
PREOCUPADO
DESANIMADO
1%
15% 10% 13% 15% 15% 10%
Ponta Grossa
Maringá
Cascavel
Londrina
86% 85% 85% 87% 83% 85% 90%
Francisco Beltrão
Afinal, nesse jogo, todos podem sair ganhando. De acordo a pesquisa realizada pelo Datacenso, os gráficos acimarevelam que expectativa dos comerciantes está positiva para os próximos meses, provavelmente pelo desempenho das vendas dos últimos meses e que tradicionalmente melhora no segundo semestre. A maior parte dos comerciantes paranaenses está esperançosa com o rumo da economia e, principalmente, com o seu negócio, cujo índice apresentou crescimento em relação à pesquisa anterior, realizada pelo Datacenso. Enfim, com a chegada das vacinas e com o crescimento das vendas em relação ao ano passado, podemos concluir que teremos um final de ano mais feliz, pois os números da pesquisa revelam um consumidor mais animado e um comerciante mais esperançoso. Estamos na torcida para que as expectativas sejam atingidas.
Por Prof. Dr. Claudio Shimoyama, CEO do Grupo Datacenso
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CONCORRÊNCIA
ENCARE-A DE FORMA POSITIVA PARA APRIMORAR SUA EMPRESA Você já deve ter ouvido um ditado que diz “nenhuma estratégia sobrevive ao primeiro contato com o inimigo”. Esse dito militar pode ser aplicado ao mundo dos negócios tranquilamente. Por isso, analisar a concorrência é importante para qualquer negócio e deve fazer parte da estratégia das empresas. Não é segredo para nenhum empreendedor ou gestor de negócios que existe uma competição para conquistar espaços no mercado, cativar clientes e aumentar as vendas. Todo mundo trabalha em busca do sucesso comercializando seus produtos e/ou serviços. O concorrente, no entanto, não precisa ser visto como um vilão. Aliás, ele deve ser observado de maneira estratégica para que você identifique quais aspectos aprimorar no seu negócio. Sendo assim, como primeiro passo, recomendo que você identifique seus concorrentes. A concorrência influencia diretamente o que a sua empresa oferece e onde o oferece, seus preços e como precifica, seus níveis de rentabilidade e quão consistentemente as margens de lucro são construídas. Além disso, o concorrente age também, ainda que indiretamente, sobre a taxa de crescimento e a própria sobrevivência do negócio. Portanto, todas as decisões comerciais devem ser tomadas levando em consideração os concorrentes existentes ou potenciais, além das respostas prováveis para as ações.
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Para que a análise seja acionável é preciso “ir a campo” a fim de entender quais empresas vendem produtos ou serviços similares aos seus, quais empresas atingem um público-alvo semelhante, o que aconteceria se você mudasse suas ofertas para atrair um grupo diferente de clientes, quais motivos levam seus clientes potenciais a procurar seus concorrentes, que tipo de vantagens eles percebem, de que forma sua empresa é superior à concorrência, onde seu competidor é vulnerável e como você pode explorar isso – e vice-versa – além de entender a viabilidade de alterar a sua estratégia de marketing para alcançar o domínio em um nicho ou mercado específico. Outra dica que pode ser curiosa no início, mas que faz muito sentido é: admire seus concorrentes! Infelizmente, muitos empreendedores descartam ou ignoram seus principais concorrentes. Pensam e dizem que os clientes que preferem suas ofertas são simplesmente ignorantes ou estão sendo enganados. Como resultado, não conseguem observar grandes oportunidades e aprender a superar seus concorrentes em mercados difíceis. Uma das estratégias de negócios mais eficazes é sempre admirar os concorrentes bem-sucedidos. Nunca os desprezar. O indicado mesmo é estudá-los. Aprender com eles e com a análise da concorrência, respeitando o que eles estão fazendo bem e procurando formas de superar suas melhores características. OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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Feito isso, recomendo uma análise mais atenta relacionada aos preços praticados pela concorrência, especialmente no caso de produtos ou serviços similares. Com base nessa avaliação, será possível entender os motivos de uma possível falta de competitividade, averiguar se sua empresa é eficiente nos processos para que o preço se mantenha competitivo, se a condução do negócio não interfere na qualidade dos produtos e serviços e na produtividade da empresa, entre outros aspectos. Por fim, prepare uma estratégia de vendas baseada no preço utilizando as informações dos produtos que mais vendem e sua margem de contribuição. Crie um mix de produtos e serviços que tenham um ou mais itens extremamente competitivos e que compensem a perda de margem de outros produtos. Além disso, invista no treinamento da equipe de vendas para que argumentem tomando por base as informações dos concorrentes e os pontos fortes para negociar e convencer que seu produto ou serviço é a melhor escolha. Trabalhe, também, para que o cliente vivencie a melhor experiência de compra possível com a sua empresa. Se o cliente recebe um bom atendimento e o processo gera uma satisfação, tenha certeza de que considerará o preço condizente. O contrário também é verdadeiro: experiência ruim leva o preço lá embaixo, além de queimar a marca da empresa. Não se esqueça de que o mercado, o cliente e os concorrentes estão em constante mudança e você deve acompanhá-los sempre! Não é porque hoje você tem um preço que ajustou para continuar competitivo que deverá relaxar na análise e acompanhamento dos concorrentes. Pense nisso!
“PREPARE UMA ESTRATÉGIA DE VENDAS BASEADA NO PREÇO UTILIZANDO AS INFORMAÇÕES DOS PRODUTOS QUE MAIS VENDEM E SUA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO.”
*Haroldo Matsumoto é especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com forte atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia.
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PONTO DE VISTA
DNA DE MARCA EMPRESARIAL SEU SUPERMERCADO EM OUTRO PATAMAR
Quando os supermercados deixam de exibir diferenças significativas entre si, a essência do negócio passa a ser o desenvolvimento, a gestão, a construção e a ampliação dos negócios com base em uma marca competitiva, que possua um DNA diferenciado e sustentável, bem como um propósito mobilizador, porque é a marca do supermercado que define, no final de tudo, o sucesso do negócio. O branding ou a construção de marcas e sua gestão, pode ser um processo intrincado, doloroso, para alguns, como pode ser desafiador, entusiástico e compensador para outros, mas é inevitável e necessário que se inclua nos planos da empresa um branding estratégico, profissional e de resultados. Marcas fortes constroem um projeto de evolução. Os verdadeiros donos das marcas são os clientes e os consumidores. Portanto, para enten-
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der como essa evolução deve ser operada, é fundamental entender como o processo de escolha das marcas acontece na cabeça e no coração das pessoas. Responder a essas questões, por exemplo: quais tendências tecnológicas, sociais e econômicas, que influenciarão o comportamento do consumidor? Qual o melhor mix de produtos que atenderá a maioria dos meus clientes consumidores? Qual a expectativa do consumidor com relação aos serviços que ofereço e ao atendimento? O que deve ser feito? (e mais importante, até o que não deve ser feito) com a marca que já existe? A marca do supermercado tem que ser a verdadeira chave para gerar retornos substanciais sobre o investimento. O ROI é o rei. Há uma sensibilidade enorme para a necessidade de medir a eficácia dos resultados dos investimentos realizados em marketing. Para isso, é preciso coerência e consistência e, um DNA de Marca com Propósito pode ser a bússola, o norte do gestor para ele não cair em armadilhas de resultados rápidos que delapidam o valor e o amor pela marca. Antes, não havia diálogo, as marcas falavam massivamente, e o consumidor ponderava de forma simples se sim ou não. “eu vou lá comprar”, “eu não vou lá comprar”. Hoje: “se eu gosto desta marca de supermercado e acredito em seu propósito, eu compro seus produtos e serviços, compartilho com meus amigos, crio minha identidade, escrevo sobre ela, defendo e dissemino.” Eu tenho o poder de ajudar esta marca a se desenvolver!”
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Hoje, pessoas vivenciam marcas nas mais diversas situações: no universo online; no varejo físico; por meio do atendimento; em eventos e assim por diante. Um processo integrado e estratégico de marketing garante uma mensagem eficiente e consistente em qualquer ponto de contato com clientes atuais e potenciais. Algumas definições descrevem estaticamente as marcas, desprovidas do que têm de mais valioso: seu significado. É o significado que permite à marca agregar valor aos produtos/serviços/empresas a ela associados. É necessário se posicionar. Então o que é posicionamento de marca? Segundo Al Ries e Jack Trout, é conferir uma personalidade de tal modo distinta das outras que ela irá ocupar uma lugar próprio na cabeça e no coração do consumidor. Por isso, quando é definido um DNA com uma personalidade para um supermercado, a empresa não pode deixar que o consumidor confunda as marcas que pertencem ao mesmo segmento com a sua marca. Uma marca precisa se diferenciar. O posicionamento reflete a imagem da marca, que é a interpretação e a classificação da marca na mente e no coração do consumidor. O que se pensa e diz dela. Para Jacques Lendrevie, “a imagem de marca é caracterizada por um conjunto de ideias, convicções e sensações associadas à própria marca em função da comunicação, dos seus atributos e das experiências vividas pelo consumidor com o produto/serviço”. Símbolos e sinais também são coisas diferentes, sob a ótica do marketing. O sinal é o designativo de alguma coisa com pouca ou nenhuma carga emocional. O símbolo é a representação
“da coisa” acrescida de todos os seus apostos emocionais. O uso estratégico de uma marca pressupõe a transformação do sinal em símbolo. Pegue o exemplo do Tesco, gigante supermercadista britânico. Ele nunca foi só um supermercado, desde sempre foi posicionado como Tesco – um local onde a experiência de compra é única e inesquecível. Tem no seu DNA o servir, o estar atento ao cliente consumidor, por isso tem sido pioneira em criar experiências que são seguidas e copiadas pelo mundo afora. A ótica do Tesco, é transpor o pensamento de intermediário no processo de compra e venda para outra, de construir marcas com um DNA próprio. Um DNA que justamente ajude este novo consumidor, que quer ser ele próprio, a eleger aquela marca cuja, personalidade, valores, essência e propósito, melhor se relacione com o seu jeito de estar na vida. Todas as marcas carregam em si um código genético único e intransferível. Cada elemento/característica possui seu significado que identifica uma marca. Se a empresa trata uma marca apenas como um nome, está totalmente equivocada. O desafio em estabelecer uma marca através do branding, é desenvolver profundas associações positivas em relação a ela. Após mapear o DNA da marca com propósito, o gestor deve compartilhar, engajar e cuidar desse DNA. Ele precisa ancorar os elementos desse DNA em todos os contatos dessa marca com seus públicos de interesse. Seja em ações de endomarketing, seja na comunicação da marca, seja nas decisões estratégicas do negócio. Uma marca sem um DNA para apoiar o seu Branding, está fadada a ser somente mais uma marca e se tornar indiferente aos olhos do consumidor.
Veja mais aqui: https://mundodasmarcas.blogspot.com/2008/05/tesco.html
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Metodologia proprietária de Eliane DOIN – 2021
As empresas criam os produtos ou serviços, mas as marcas são constituídas por um processo cuidadoso e rigoroso que consiste em gerenciar as marcas tendo em conta o seu mercado alvo e o mercado onde atua. O Branding trata de cuidar da marca com carinho e de forma estratégica, com seriedade e serenidade nas decisões e, principalmente, que se alicerce em atributos emocionais que se fortaleçam na mente e no coração dos públicos de interesse de uma determinada empresa. Em suma… • Através do branding, as organizações: • Criam diferenças de percepção entre os supermercados; • Desenvolvem uma franquia de clientes leais; • Criam valor que se traduz em proveitos financeiros. Gerir uma marca requer paciência e visão. Os lucros a curto prazo podem até não acontecer e até demorar anos. O valor de uma marca estabelecida é em parte, devido ao fato de que hoje é mais difícil construir marcas do que há alguns anos atrás.
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Lembrando que, a principal função do DNA de Marca com Propósito, é criar e desenvolver marcas fortes de valor inestimável, com diferenciais realmente diferenciadores quer do ponto de vista racional, quer emocional, mas que resistam ao tempo, criando um mito de longevidade inigualável, alimentando o espírito do consumidor para que ele seja um defensor incondicional da marca.
Eliane DOIN é consultora e especialista em DNA de Marca Empresarial com Propósito. www.repertoriotalks.com.br
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O ABISMO TRIBUTÁRIO DA JUDICIALIZAÇÃO Não há dúvidas de que o Sistema Tributário adotado no Brasil possui elevada complexidade em sua instrumentalização, seja pelos legisladores quando da instituição dos tributos, seja pelos Órgãos Fazendários quando da aplicação da regra matriz tributária, seja pela própria pessoa física ou jurídica destinatária da norma quando da aplicação e interpretação do fato jurídico tributável. Motivo pelo qual a questão tributária brasileira é complexa e repleta de posições conflitantes entre os seus intérpretes, sem esquecer que o próprio Poder Legislativo não é dotado de rigor técnico adequado ao se tratar de matéria tributária, tratam-se de representantes populares passíveis de cometer equívocos na interpretação da Constituição Federal e na atividade legislativa de moldar a incidência tributária sobre a realidade econômica social. E como consequência lógica, estas divergências interpretativas serão, ao final, reduzidas à termo pelo entendimento adotado no Supremo Tribunal Federal, por sua função de ser o garantidor da manutenção ordem constitucional. Para mensurar o grau de importância do tema perante o Supremo Tribunal Federal, destaca-se que, a título ilustrativo, do total de Súmulas Vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal, 25% versam sobre questões relacionadas ao Direito Tributário e, com relação as Recursos Extraordinários com repercussão geral reconhecida, o índice chega a 28% dos casos com reconhecimento perante a Suprema Corte Constitucional, conforme estudos realizados pelo Ministra do Superior Tribunal de Justiça, Regina Helena Costa . Assim, a visão geral do direito tributário perante o Supremo Tribunal Federal é a de que o tema é o de maior relevância do ponto de vista econômico, tanto para o contribuinte que acredita ser injustiçado por determinada cobrança que considera inconstitucional, quanto para o ente tri-
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butante que além de postular a legitimidade da cobrança do tributo ainda busca levar o judiciário a crer que o indébito relacionado à tal tributo poderá ocasionar crises na estrutura de funcionamento do Estado em virtude do “rombo financeiro” decorrente de possível condenação. Como exemplo prático e atual não se pode deixar de anotar a denominada “tese do Século”, discutida no Recurso Extraordinário 574.706, que discute a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS – cujo desfecho ocorreu nesse ano de 2021. Estima-se que, na visão do Fisco Federal, a repercussão econômica da tese girará em torno de R$ 2 bilhões de “prejuízo” para o Fisco Federal. Em síntese, o ponto que se busca atingir é o de que o cenário atual de falta de segurança jurídica em relação a interpretação de determinadas questões tributárias em trâmite no Judiciário aumenta indiretamente o próprio custos dos negócios realizados pelas empresas e limita os investimentos devido à necessários provisionamentos para possíveis condenações de ações tributárias e, por certo, acaba por onerar ainda mais os custos das atividades empresariais. Por essa e por outras razões, é que no cenário empresarial atual torna-se elementar a realização de práticas de boa gestão tributária para o fim de alcançar níveis de eficiência empresarial satisfatórios, no que se refere à possibilidade de reduzir a carga tributária por meio de planejamentos inteligentes e pontuais com resultados objetivos e previsíveis perante a Fazenda Pública em todas as esferas, como meio essencial a otimizar não só a minoração dos custos tributários envolvidos como a majoração da lucratividade, sem que se faça necessário adentrar em todas longas batalhas judiciais para ter acesso aos valores recolhidos indevidamente no passado ou garantir o direito de não ser tributário por questões logradas em inconstitucionalidades. OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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ESPECIAL SUPERMIX
UMA GESTÃO ORIENTADA POR DADOS Saiba como sair do feeling e maximizar os seus resultados O varejo tem passado por grandes transformações nos últimos anos e a pandemia acabou acelerando muitas tendências, como a conectividade e a digitalização. Este contexto acaba exigindo do varejista um novo patamar de gestão, sobretudo no uso de dados e novos indicadores. Foi da necessidade de abordar este assunto que a sócia fundadora da Connect Shopper e especialista em varejo e comportamento do consumidor, Fátima Merlin, lançou seu último livro: “Varejo Conectado: Decisões Orientadas por Dados”. A autora afirma que hoje não temos espaço para feelings ou para frases como "eu sempre fiz assim". “Na prática, as decisões foram tomadas por muitos anos com base na experiência, na opinião de gestores, nos feelings, mas a complexidade atual exige mudanças”. Entre os desafios para esta transformação estão as questões culturais, tecnológicas e, principalmente, as pessoas. Segundo Fátima, formar e contratar gente com as habilidades necessárias pode ser o mais difícil para o varejo. Ela explica que mais do que ter acesso aos dados é essencial que eles sejam utilizados em todos os aspectos do negócio. “Diferentes dados possuem diferentes aplicações, então acaba tendo um desafio também de não só acessar os dados mas de ser qualificado para transformá-los em ações e decisões efetivas”. Mas apesar dos desafios, o resultado vale a pena. “Uma gestão orientada por dados é vital para as empresas, garante a saúde e a perenidade delas e traz maior agilidade, otimiza toda a operação e ajuda no direcionamento dos investimentos. Além disso, a seguridade nas estratégias da empresa e no seu crescimento permitem conhecer com maior
SU PER MIX
propriedade o seu cenário atual, as tendências, o mercado, a concorrência, o cliente e ser capaz de desdobrar todo esse conhecimento efetivamente no negócio”, garante. Mesmo com tantos benefícios, menos de 5% das organizações de varejo qualificam-se como orientadas por dados, segundo estudos da Harvard Business Review, o que mostra o tamanho da oportunidade que se tem. E esta gestão orientada por dados utiliza um conjunto de técnicas e métodos capazes de contribuir, de fato, com as diferentes áreas e frentes de negócio. São utilizados diversos indicadores com variadas aplicações, voltados para a área de RH, financeira e contábil, vendas, entre outras. O desafio é definir quais são os mais relevantes e como aplicá-los no negócio. “O volume de dados é absurdo e para que a gente possa ter uma empresa verdadeiramente orientada por dados é importante ter informações e profissionais de qualidade, processos bem estruturados, tecnologia, conhecimento sistematizado e realizar continuadamente o uso de indicadores para essa gestão efetiva”, afirma Fátima.
DESAFIOS • Disponibilidade excessiva de dados e de informações • Dificuldade em decidir o que considerar e analisar, quando e como • Falta de pessoas com perfil analítico • Falta de cultura no uso de dados • Sistemas antigos e limitados • Falta de estruturas e processos integrados para ter agilidade e consistência
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TECNOLOGIA PARA APOIAR TODAS ESSAS ETAPAS DESSA JORNADA Indicadores O varejista precisa enfrentar o desafio de escolher os KPIs (indicadores-chave), gerenciar eles e adotar um processo com ferramentas adequadas para isso. “A partir dessa gestão contínua dos indicadores-chave, é que de fato o varejista terá mais segurança na avaliação das atividades, na tomada de decisão, na correção de rota, no aperfeiçoamento das ações e processos, na maximização dos resultados da operação e na busca pela excelência dentro desses quesitos”. O que não faltam são metodologias capazes de ajudar nesta gestão de indicadores, como o BSC (Balanced Scorecard) desenvolvida no início dos anos 80, as pirâmides de performance, o gerenciamento pelas diretrizes, o PDCA, entre outras, cada uma com suas particularidades e com o objetivo de trazer de forma visual as métricas para que seja possível monitorá-las continuamente e melhorar de forma eficiente a empresa. Entre esses métodos mais tradicionais, Fátima cita o OKRs (Objectives and Key Results), que está na moda e busca uma forma mais flexível e enxuta de gestão estratégica. Os OKRs têm dois principais componentes: • O objetivo que é a declaração formal desejada pela empresa; • KRs (Key Results) que são os resultados chaves, as metas com impacto direto no atingimento dos objetivos.
SU PER MIX
Dentro desse contexto, o objetivo é qualitativo, já os KRs são quantitativos. Segundo Fátima, a recomendação é de não passar de três a cinco KRs para cada objetivo e eles devem ser avaliados regularmente e servir como uma ferramenta formal de gestão e comunicação, auxiliando nas diretrizes e focos de todos os colaboradores e de todas as áreas. Assim, é possível ter um alinhamento entre os colaboradores e, consequentemente, a maximização e melhor direcionamento dos esforços. No livro, foi publicado o case de um supermercado do interior de São Paulo com nome fictício “Tudo de bom”. O diretor financeiro da empresa participou com seu depoimento e aconselhou os leitores: “comecem pequenos, com poucos indicadores, mas os essenciais. A partir disso, vai incorporando nas rotinas e evoluindo, trazendo experiência, vivência e aí sim ampliando e incrementando”.
Empresa inteligente Com a busca por uma gestão orientada por dados, as áreas de inteligência do varejo estão crescendo. Da perspectiva mercadológica, temos a inteligência de mercado, comercial, empresarial, competitiva, entre outras. Entre os benefícios, estão: • Estudos de pesquisas e análises que permitem entender o cenário atual; • Avaliar as tendências considerando o que se aplica ou não ao negócio; • Antecipar e criar novas tendências, até para se sobressair da concorrência;
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• Fazer diagnóstico, estudar GAP's e as oportunidades; • Saber onde a empresa está, como está, até onde pode ir e como ir; • Superar resultados, antecipar e reagir às mudanças de ambiente externo; • Conhecer as características da concorrência e entender quem são os reais concorrentes; • Aperfeiçoar o planejamento e buscar novas oportunidades, gerando informações até mesmo exclusivas; • Realizar correlações diferenciadas e padrões poucos óbvios em função de diversos cruzamentos; • Reduzir riscos na tomada de decisão; • Direcionar as ações e personalizar o relacionamento com o cliente; • Fortalecer e consolidar a atuação da empresa no mercado e seu valor de marca. Para ajudar neste processo, Fátima explica como deve ser estruturada uma área de inteligência: • O primeiro passo é mapear os setores internos que serão possíveis clientes dessa nova área; • Mapear todas as principais necessidades, relacionamentos, avaliar seus problemas, expectativas em relação a área e criar um check list direcionado para que se possa entender as necessidades, inclusive o papel da nova área; • Em cada uma delas levantar fontes de dados internas e externas, primárias e secundárias, para que se possa fazer uma avaliação consistente dos ambientes internos e externos; • Comparar as informações que estão disponíveis, inclusive nas outras áreas, para avaliar GAP's e oportunidades entre o que temos hoje de dados e a necessidade real; • Estruturar a área de maneira efetiva para que se possa maximizar o resultado. Depois, criar um processo estruturado de coleta de dados, de informações, tanto internas quanto externas; • Criar um processo de briefing para melhorar e mapear problemas de escopo, prazo e expectativas junto às áreas demandantes;
SU PER MIX
• Organizar um processo de sistema de informação para definir um fluxo desde coleta, tratamento, seleção, organização, armazenamento, análise e interpretação de dados; • Transformar estes dados em conhecimento, ação e, se possível, um monitoramento, para de fato validar os resultados; • Estabelecer reuniões periódicas para que se possa comunicar os incites e o conhecimento gerado; • Democratizar o acesso à informação e trazer essa cultura de dados para o negócio; • Definir indicadores de performance com monitoramento regular. Uma das etapas que merece destaque é em como transformar dados em ações direcionadas ou incites acionáveis. Fátima ressalta que este é o momento em que é feito o desdobramento do conhecimento adquirido na prática do negócio. “A grande riqueza, em si, não está nos dados puramente, mas na capacidade de usá-los de maneira efetiva, concreta, analítica, integrada, consistente e acionável, permitindo tomadas de decisões relevantes, efetivas e que maximizem os resultados”. Para transformar dados brutos em ações efetivas, a especialista diz que é preciso adotar uma metodologia, processos efetivos, técnicas, tecnologia e ter disciplina para fazer com que as decisões dentro da empresa sejam baseadas em dados, com métricas e controle. Para isso, Fátima destaca a importância de contar com uma base de dados bem estruturada, com ferramentas de BI (Business Inteligence) que ajudam desde a coleta, passando pela qualidade de dados, com uma correta interpretação deles e proporcionando, assim, análises efetivas para a tomada de decisão. “Com o avanço da tecnologia os sistemas de BI estão cada vez mais amigáveis e possibilitam acesso rápido às informações”. A tecnologia possui um papel muito importante dentro do uso de dados para a tomada de decisão. Ela tornou-se mais acessível e virou uma grande aliada das empresas e dos gestores. “A tecnologia permite responder de maneira mais prática, ágil e inteligente todos esses processos, OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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De maneira resumida, o ciclo da inteligência passa por cinco passos: 1º - o planejamento, que é etapa de identificação das necessidades e do problema que quer estudar, resolver ou entender. Assim se estabelecem os processos que são necessários para que você possa de fato analisar e monitorar. 2º - etapa de coleta pensando sempre no garimpo de dados, no sentido de garimpar aquilo que é relevante, processar e armazenar, sejam dados internos ou externos e de fontes primárias ou secundárias. Nos dias atuais, com o "boom" de informações, selecionar aquilo que de fato é relevante é um processo complexo, por isso é imprescindível ter uma metodologia bem definida e clara e o processo bem estruturado de como será feito tudo isso, desde a aquisição do dado da coleta, interpretação, análise, disseminação e a aplicação prática de tudo isso, além da avaliação de resultados. 3º - interpretação é o momento que se analisa efetivamente os dados, transforma eles em incites acionáveis e inteligência para que se possa tomar as decisões a partir dele. 4º - etapa de disseminação, que consiste em compartilhar de maneira efetiva, prática e consistente os aprendizados, os achados, os incites gerados e a aplicação deles na prática, embasando as tomadas de decisão. 5º - etapa da avaliação, em que depois do plano de ação aplicado, é feito o acompanhamento, a mensuração e a avaliação dos resultados aferidos.
mas ela é apenas um meio e precisa ter uma integração com pessoas capacitadas que possam traduzir todo esse conhecimento em ações práticas e tomar as melhores decisões”, salienta Fátima. No livro, ela comenta sobre dois grandes pilares essenciais que contribuem para destacar a relevância do uso da tecnologia para a gestão orientada por dados. Um é sobre a integração das informações, que por meio de sistemas de gestão, software especializado, automação de processos e computação em nuvem, oferece maior praticidade e confiabilidade em toda a parte de coleta, manipulação, tratamento, compartilhamento e acesso às informações. E outro pilar é sobre a agilidade da tomada de decisão, em que a tecnologia permite trabalhar de maneira mais ágil, prática e resolutiva. Fátima conclui dizendo que não basta terminar por aí, pois a revisão e os ajustes devem ser contínuos. “Uma vez que a gente está inserido num mundo de transformações em um ambiente ambíguo, complexo, mutável e incerto, a gente precisa estar efetivando revisões contínuas dos planos estruturados”.
Questões para ajudar os varejistas na construção do plano de ação: Para quê e para quem esse incite é relevante? O que pode ou deve ser feito com base nele? O que seria o efeito possível e as consequências desses incites? O que tenho de retorno com isso?
FÁTIMA MERLIN é Master Business em Marketing pela FIA, Economista, atua há mais de 20 anos nas áreas de pesquisa de marketing, Trade Marketing, Shopper insights e Shopper Marketing. Sócia Fundadora e diretora executiva da Connect Shopper, Palestrante e Professora de Varejo, Pesquisa de Marketing e Comportamento do Consumidor.
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PRINCIPAIS INDICADORES DE VAREJO, OBJETIVOS E FORMA DE CÁLCULO Área da gestão
RH
Indicadores
Objetivo
Turn over
medir a rotatividade de funcionários
Absenteísmo
Medir o nível de absenteísmo na empresa
Custo com hora extra
Medir o quanto onera no orçamento de empresa
Satisfação dos clientes
Medir o grau de satisfação do cliente
Ticket Médio
Medir o valor médio de vendas por cliente
Resultado
Itens por venda
Medir o número médio de itens por venda
Esforço
Participação das Vendas por canal
Medir o peso de retorno de cada canal sobre o faturamento total da loja
Resultado
Participação das Categorias Destino no Faturamento
Medir a participação de determinadas Categorias de Destino sobre o faturamento total da loja
Resultado
Distribuilçao da loja
Medir como está a distribuição da loja na proporção da área de vendas e de estoque
perdas
E-commerce
SU PER MIX
Fórmula de cálculo
Unidade de medida
Period.
Nº total de funcionários desligados / Nº total de funcionários
%
Anual
Esforço
Média de dias de ausências / dias de trabalho
%
Mensal
Resultado
Gasto com hora extra / Custo total da folha
R$
Mensal
Índice escalonado
Mensal
Valor total de vendas / Nº clientes atendidos
R$
Mensal
Valor total de itens vendidos / Nº clientes atendidos
Itens
Mensal
Vendas realizadas em determinado canal / Valor total de vendas
%
Mensal
Vendas realizadas da Categorias de Destino / Faturamento
%
Mensal
Esforço
Área destinada para venda / Área total
%
Anual
Medir o quanto há de perdas por quebra, furto, perecibilidade
Esforço
Itens perdidos / Total de itens
%
Anual
Número de fornecedores
Medir a quantidade de fornecedores da loja
Esforço
Conferência do número de fornecedores
Fornecedores
Mensal
Frequência de compras
Medir a quantidade de vezes em que uma compra é realizada em determinado período
Esforço
"Periodicidade de realização de compras com os fornecedores"
Dias
Mensal
Participação das compras por fornecedor
Medir a participação de compras de determinado fornecedor em relação ao volume total de compras. (Grau de dependência)
%
Mensal
Número de visitantes
Medir a quantidade de usuários que acessam
Esforço
Conferência do número de usuários únicos no site
Visitantes
Mensal
Taxa de rejeição
Medir a quantidade de usuários que deixam o site logo na primeira página
Esforço
Número de usuários que desistem do site ainda na primeira página / Número de visitantes
%
Mensal
Taxa de conversão
Medir a proporção de vendas efetivadas em relação ao número de visitas
Resultado
Número de compras efetivadas / Número de visitantes
%
Mensal
Carrinho abandonado
Medir o número de desistências de compra (não efetivação da venda)
Marketing
Operacional
Tipologia Resultado
Esforço
Resultado
Grau de satisfação em escala
Valor das compras com determinado fornecedores / Valor total das compras
Esforço
Conferência do número de usuários que abandonam o carrinho de compras após acrescentar item
Usuários
Mensal
Reversa
Medir a quantidade de retorno de mercadorias (defeito, erro no pedido, arrependimento, etc.)
Esforço
Conferência do número de entregas que retornam por motivos de direito de arrependimento, erro na entrega, troca ou defeito.
Pedidos retornados
Mensal
Conta frete
Medir o custo de frete + custo de logística reversa + tributos
Esforço
Conferência do valor médio do frete (frete + reversa + tributos).
R$
Mensal
Tempo de vida do pedido
Medir o tempo médio desde o fechamento da venda até a entrega do pedido
Esforço
Conferência do tempo médio do fechamento do pedido à efetivação da entrega.
Dias
Mensal
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Financeiro
Faturamento
Medir o volume de vendas brutas
Esforço
Conferência do valor do faturamento
Faturamento por m2
Medir o desempenho do faturamento por área útil da loja
Resultado
Valor do faturamento / Nº de funcionários
Faturamento por funcionário
Medir o desempenho do faturamento pelo número de funcionários contratados
Esforço
Lucro Líquido da loja
Medir o resultado operacional da loja
Lucratividade da loja
R$
Mensal e Anual
R$ por m2
Mensal e Anual
Faturamento - (Custos das Mercadorias Vendida + Despesas Fixas + Despesas Variáveis)
R$
Mensal e Anual
Resultado
Lucro Liquido da Loja / Faturamento da Loja
%
Mensal e Anual
Medir o quanto de lucro é auferido do faturamento total da loja
Resultado
Lucro Liquido da Loja / Investimento total na Loja
%
Mensal e Anual
Rentabilidade da loja
Medir o desempenho do resultado na relação com o montante investido na loja
Resultado
Volume de Vendas à vista / Faturamento da Loja
%
Mensal e Anual
Participação de vendas a prazo
Medir a participação das vendas à prazo no faturamento total da loja
Resultado
Volume de Vendas à prazo / Faturamento da Loja
%
Mensal e Anual
Participação de Vendas à vista
Medir a participação das vendas à vista no faturamento total da loja
Esforço
Conferência do valor de recursos em caixa
R$
Mensal e Anual
Disponibilidade de caixa
Medir a disponibilidade de recursos em caixa
Esforço
Conferência do valor de recursos para capital de giro
R$
Mensal e Anual
Disponibilidade de capital de giro
Medir a disponibilidade de recursos para capital de giro
Esforço
Conferência do valor total de inadimplência dos clientes
R$
Mensal e Anual
Inadimplência
Medir o nível de inadimplência dos clientes com a loja.
Resultado
Volume de Compras à vista / Faturamento da Loja
%
Mensal e Anual
Compras à vista
Medir a participação das compras à vista no faturamento total da loja.
Resultado
Volume de Compras à prazo / Faturamento da Loja
%
Mensal e Anual
Compras à prazo
Medir a participação das compras à prazo no faturamento total da loja.
Esforço
Conferência do número de dias necessários para girar o estoque.
Dias
Mensal e Anual
Estoque em dias
Medir o tempo de cobertura de um estoque.
Esforço
Conferência do valor do estoque
R$
Mensal e Anual
Estoque em valor
Medir o valor monetário do estoque.
Resultado
Valor consumido no período / Valor de estoque médio no período.
Giros
Mensal e Anual
Giro de Estoque
Medir o número de vezes, durante um período, em que o estoque foi renovado
Resultado
(Disponível + Contas a Receber + Estoques) /Total do Passivo
%
Mensal e Anual
Índice de Liquidez
Medir a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações.
Esforço
Passivo/Ativo
%
Mensal e Anual
Endividamento
Medir a participação do capital de terceiros sobre o valor da empresa.
Resultado
(Valor das Vendas – Custos Variáveis) / Valor das Vendas
%
Mensal e Anual
Margem de Contribuição
Medir a contribuição dos lucros das vendas sobre os custos e despesas da loja.
Resultado
Custo Fixo / Margem de Contribuição
%
Mensal e Anual
Ponto de Equilíbrio
Medir a necessidade de vendas para empatar as receitas e os custos.
Esforço
Valores pagos com impostos / Faturamento
%
Mensal e Anual
Participação dos impostos
Medir o impacto financeiro da tributação sobre o faturamento total da loja.
Indicadores Varejo Sebrae
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ESPECIAL SUPERMIX
ALIMENTOS BÁSICOS RETOMAM SEU ESPAÇO NAS REFEIÇÕES CASEIRAS POR CONTA DA INFLAÇÃO ANÁLISE DA KANTAR APONTA QUE ARROZ E FEIJÃO FORAM OS PRATOS CAMPEÕES DE CONSUMO NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2021
A pandemia de Covid-19 impactou a renda ser previsível ou linear e as categorias de produdos brasileiros. Mesmo com a prorrogação do tos estão cada vez mais elásticas no quesito de auxílio emergencial, a quantidade das pessoas posicionamento e venda. que receberam o benefício foi menor, assim como Além disso, os altos preços dos produtos, o valor, o que não trouxe um impacto positivo atrelados a baixa na renda do brasileiro e o comno consumo no último ano. E ainda que a taxa prometimento no poder de consumo, geram um de desemprego esteja estável, 17% dos lares bramovimento que forçam o consumidor a buscar sileiros contam com ao menos uma pessoa que ainda melhores oportunidades de custo-benefício perdeu o trabalho após o início para realizar suas compras. da pandemia, segundo o estudo De acordo com Bueno, no “O REFLEXO DISSO TUDO LinkQ Covid da Kantar. Dentro que diz respeito aos valores É A DESVALORIZAÇÃO desse universo, 80% são lares gastos com alimentação no auto DA NOSSA MOEDA EM da classe CDE. serviço, um processo natural é a ÂMBITOS INTERNACIONAIS, O CEO e especialista em busca e a pesquisa por novos O AUMENTO DA TAXA DE varejo na Unitrier, Lauro Júnior pontos de venda (aumentando JUROS, A INFLAÇÃO SUBINDO Bueno, explica que embarcaainda mais a competitividade EM DISPARADA, EMPRESAS da na maior crise sanitária da entre os multiformatos de varejo FECHANDO AS PORTAS, história, estamos enfrentando alimentar), e então ganham DESEMPREGO AUMENTANDO E uma nova vertical de crise políainda mais espaço as lojas com POR FIM A QUEDA NO PODER DE tica e principalmente econômica conceito de venda baseada em CONSUMO DA POPULAÇÃO”. no Brasil, de forma ainda mais preços baixos X volume, a milatente nos últimos 20 meses. “O gração entre marcas de produreflexo disso tudo é a desvaloritos de uma mesma categoria, zação da nossa moeda em âmbitos internacionais, buscando produtos mais acessíveis e ainda a o aumento da taxa de juros, a inflação subindo em substituição de produtos (um exemplo claro é a disparada, empresas fechando as portas, desemsubstituição da carne bovina por carne suína e de prego aumentando e por fim a queda no poder de aves, ou ainda a substituição por embutidos ou consumo da população”. em especial, por ovos). A pandemia chacoalhou ainda mais o comAs refeições voltaram ao básico, muito importamento e as decisões de compra do consupactadas pelos aumentos de preços vistos nos midor. Segundo Bueno, esta jornada deixou de últimos períodos. Só no primeiro semestre deste
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ano, o preço médio pago pelos consumidores subiu 11,8%. Sendo assim, pratos como arroz, feijão e bife ou filé com salada foram as opções de escolha dos consumidores entre os que mais cresceram ocasiões de consumo no almoço e jantar dentro de casa. Em contrapartida, a tendência do “preparo mais elaborado” desacelerou fortemente. Houve queda da busca pela farinha de trigo, que vinha se destacando nos últimos estudos e agora perdeu mais de 2,3 milhões de lares compradores. Como resultado, menos bolos (-11,7%) e pães (-9,8%) sendo preparados em casa. Esse panorama sugere que os próximos meses serão desafiadores e requer preparo dos varejistas para o final do ano e para 2022. “Para a fatia do varejo alimentar (que ocupa exatamente o meio da cadeia de abastecimento: indústria – varejo – consumidor) se manter competitiva no mercado caberá o desafio de buscar melhores negociações nas compras junto aos fornecedores, ser ainda mais eficiente na gestão de custos, equalizar os estoques e otimizar ainda mais a sua capacidade produtiva junto a sua operação, visando equilibrar o repasse das altas nos preços a fatia consumidora, a fim de garantir parte da sua rentabilidade X bom posicionamento num mercado cada vez mais competitivo”, destaca o especialista. Ele acrescenta, ainda, que se não bastasse a alta nos custos dos insumos, principalmente as matérias primas de origem importada, no Brasil ainda temos que suportar uma carga tributária excessiva e equilibrar tudo isso frente a um mercado competitivo, a fim de atender aos anseios e expectativas do público consumidor.
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De acordo com o Consumer Insights, os brasileiros estão procurando categorias mais práticas e convenientes, como batatas congeladas e empanados, que se destacam em todas as classes sociais. Mas outra necessidade que volta a se destacar é a preocupação com a nutrição e saudabilidade. Em todas as refeições – café da manhã, almoço, lanches e jantar – há um aumento da busca por saudabilidade. O estudo mostra que os consumidores mais maduros estão atentos à dieta (26,7%), enquanto lares com mais crianças e adolescentes focam a preocupação na nutrição (9,1%).
LAURO JÚNIOR BUENO é CEO e Especialista em Varejo na Unitrier. A Unitrier é líder em assessoria e consultoria voltada a gestão de processos, produtividade e lucratividade para o varejo alimentar no Sul do Brasil, atuando no mercado há 12 anos. OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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COMO MINIMIZAR OS IMPACTOS DA INFLAÇÃO Para o CEO da Unitrier, uma gestão estratégica eficiente, movida a resultados e atenta a todos os movimentos de mercado, sem dúvidas é o melhor caminho para minimizar os impactos deste cenário de crise e picos de inflação.
Dicas do Lauro Bueno para tornar a gestão ainda mais eficiente em 2022 Invista na gestão da informação – Além de contar com boas ferramentas de tecnologia, como é o caso dos ERP’s, BI’s e as plataformas de inteligência artificial, invista na gestão de resultados e indicadores da sua loja. Os números, quando trazidos de forma segura, poderão ser grandes aliados na tomada de decisão. Reveja as suas operações – Aqui vale analisar desde a gestão da equipe, gestão dos processos e prevenção de perdas. Uma operação mais enxuta e saudável, poderá te levar muito mais longe. Faça um planejamento de custos (orçamento) de curto e médio prazo - Conhecendo o seu potencial de resultado (receita, custos, despesas, lucro e endividamento), fica mais simples entender qual o seu potencial de lucro. Planeje as suas negociações – Sabemos que o desempenho da lucratividade dos supermercados inicia na negociação. Uma boa gestão de fornecedores e das compras de produtos, poderão reduzir parte dos impactos de aumento nos preços para os consumidores ao final do processo. E não esqueça da análise e gestão de categorias continuamente (A curva ABC de venda e lucratividade dos produtos é um grande facilitador para o comercial). Repense os estoques – É crucial colocar em prática a gestão dos ciclos (operacional, econômico e financeiro), a fim de medir o potencial de redução ou aumento de estoques. O reflexo de um estoque mal planejado são as rupturas excessivas de produtos de alto giro e/ ou ainda os excessos de produtos de baixo giro que podem provocar um alto custo financeiro, impactando negativamente o seu fluxo de caixa. Esteja muito atento às possibilidades de compras em volume, antes das altas nos preços. Elas poderão ser uma grande oportunidade de ganho financeiro se bem feitas – ou não. Atenção especial para a precificação – Aqui vale equilibrar: “análise de mercado, por meio das pesquisas entre concorrentes” (cuidado com os multi-formatos e com o seu posicionamento. Não dá para entrar em queda de preços com todo mundo), atenção ainda para as estratégias de ações de vendas e promoções, para os objetivos de margem mínima e ideal frente a cada produto x categoria. Sempre procure entender, qual está sendo a resposta do consumidor frente a esses posicionamentos. Caso existam oportunidades de melhora no trabalho de pricing e sinta que a sua estrutura interna não esteja preparada, avalie a possibilidade de contratação de empresa de assessoria/ tecnologia especializada para explorar ao máximo o seu potencial de desempenho. Por fim, esteja preparado, pois momentos desafiadores, podem ser também momentos geradores de grandes oportunidades e de crescimento.
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ANATOMIA DA MUDANÇA DIFERENÇAS NO PERFIL DAS GERAÇÕES EXIGEM ADAPTAÇÕES DO VAREJO Os jovens de hoje consomem da mesma maneira que os seus pais ou avós? O poder aquisitivo, as necessidades e os interesses deles são os mesmos? Obviamente, existe uma grande diferença no comportamento de compra entre as gerações, o que exige um esforço dos varejistas em personalizarem os seus atendimentos e serviços. Philip Kotler no seu último livro “Marketing 5.0 – technology for humanity”, disse que “(...) hoje é a primeira vez que cinco gerações convivem juntas na Terra, com contrastes de atitudes, preferências e comportamentos (...)”. A membro fundadora do Observatório da Longevidade e diretora da Casa Barcelona Gestão de Marcas & Design de Negócios, Elza Tsumori, explica que Kotler se refere ao momento atual no mundo – onde os Baby Boomers e a Geração X e Millenials estão na posição de liderança, e as Gerações Y e Z, que são altamente digitalizadas, compõem a força de trabalho num período em
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que temos o maior mercado de consumo da História da Humanidade. “Esse cenário poderia ser altamente positivo, se não houvesse tantos problemas sociais e falta de harmonia nas relações intergeracionais. Estes são dois dos reflexos de uma sociedade pós-moderna que não sentia a premência de uma mudança radical nesses preceitos”, esclarece Elza. Ela exemplifica ao citar a inversão demográfica, que mostra que o aumento da longevidade humana colocou, lado a lado, essas diferentes gerações no século XXI e levou ao surgimento da Economia Prateada. Mas, por outro lado, essa longevidade não conseguiu resolver todos os problemas e, dentre muitos, destacou o do ageísmo (preconceito com pessoas idosas) e o consequente conflito intergeracional, e o do crescimento exponencial de inovações tecnológicas, que apesar de suas vantagens, não elimina e até agrava o fosso enorme de desigualdades sociais.
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PROBLEMA X OPORTUNIDADE Segundo o IBGE, 30% da população brasileira vai ser de 60+ em 2050. Ou seja, são 68 milhões de pessoas no mercado de consumo de alguma forma. Esta mesma fonte afirma que há mais pessoas acima de 60 anos no Brasil do que crianças até 5 anos de idade. No Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, já temos mais pessoas acima de 60 do que adolescentes de até 14 anos. Elza salienta que é necessário acabar com a ‘invisibilidade dos maduros’ e descer a faixa etária para 50+. “Apesar de ter poder aquisitivo, saúde e vontade de consumir, o público 50+ sente muita falta de produtos e serviços que satisfaçam a sua necessidade”. Para enxergar o quanto o mundo mudou, assim como os seus conceitos, Elza sugere ampliar o olhar e focar nas oportunidades. “É importante tomar conhecimento deste fato e ter a plena consciência de que é necessário estudar e agir com inteligência e com calor humano para transformar um problema em oportunidade, sem preconceitos. Aí conseguiremos focar na enorme oportunidade que temos pela frente e ter tempo para se preparar para acolher e atender este enorme nicho de mercado, que hoje já movimenta R$ 1 trilhão, de forma muito orgânica de crescimento”. Além de reconhecer seus próprios preconceitos e buscar uma autoeducação, a profissional também ressalta a importância de educar os colaboradores para que não tratem este público como exceção ou marginalismo. “Imaginem ter novas coleções, produtos e serviços que surgem de um simples olhar do que estas gerações
anseiam? Muitas vezes nem é necessário inovar tanto, mas sim, saber ouvir e transformar desejos em realidade”, aconselha. Outra oportunidade está em mesclar a equipe com gerações diferentes. Num outro extremo de novos modelos de negócios, já existem muitas empresas que reportam ganho de desempenho, novas ideias que são incorporadas na produção e um clima organizacional muito mais leve e feliz com a intergeracionalidade da sua equipe interna e de terceirizados. “Vejam também o surgimento de startups e investidores globais com novo olhar sobre a sociedade e seu modo de ser como a do Capitalismo Consciente e Empresas B, que estão crescendo a cada dia. E quando uma organização consegue fazer esta transversalidade interna, cria-se uma nova cultura e atrairá parcerias e clientes dos novos nichos de mercado. Entre eles, a da longevidade, da economia prateada”, alerta Elza. Para Afonso Arnaldi, formado em economia pela South Dakota State University nos EUA, pós-graduado em controladoria e finanças pela PUCPR, o Brasil é um país enorme e extremamente desigual e para compreender o comportamento de consumo das diferentes gerações é fundamental fazer um recorte de classes. Nas classes mais baixas houve uma evolução no padrão de consumo nos últimos 30 anos devido à estabilidade econômica, abertura de mercados e desenvolvimento econômico. Claro que, recentemente, devido à pandemia, seca e instabilidade política perdeu-se muito poder de compra e, consequentemente, houve empobrecimento da população.
COMENTÁRIOS PRESENTES NA PESQUISA DA FUNDAÇÃO DOM CABRAL, UNIMED E HYPE 60: • Campanhas de propaganda que não incluem personagens 50+ em atividades sadias e dinâmicas (sem caricaturas); • Nos pontos de venda que não pensam na acessibilidade, iluminação das lojas e atendimento; • No desenvolvimento de produtos que vai desde letras pequenas nos rótulos até a dificuldade de abertura de potes e embalagens; • Na experiência digital – que leva em consideração apenas jornadas de sucesso para Millennials; • Nas cores e formatos de roupa – que ainda insistem que as mulheres maduras usam apenas cores bege e sem graça.
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“De maneira geral essa grande massa de consumidores não tem orçamento disponível para grandes extravagâncias, batalhando dia a dia para comprar o básico para sobreviver, independente das gerações”, explica. Entretanto, um ponto a ser levado em consideração é a grande penetração de smartphones no Brasil, o barateamento de planos de celular com internet móvel e WhatsApp/Redes Sociais gratuitas. “Isso faz com que boa parte do comércio eletrônico nessa parte da população aconteça no WhatsApp, especialmente nas gerações mais jovens. Mas devido à desbancarização e falta de acesso a cartões de crédito, a finalização do pagamento ainda acontece em dinheiro”, esclarece Arnaldi. Já nas classes mais abastadas observamos com clareza diferenças no padrão de consumo. A geração X (nascidos entre 1965 e 1980), enquanto eram jovens, tinham a possibilidade de vislumbrar a compra de um imóvel ou carro, mas não tinham acesso a viagens internacionais ou produtos importados. “Hoje, com uma renda estável, se permitem esses luxos e estão começando a se aventurar nas compras online, especialmente em passagens aéreas e varejo online”, destaca. Por outro lado, a geração Y ou millennials (nascidos entre 1981 e 1996) vivem um cenário completamente diferente, o preço dos imóveis
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e carros nunca estiveram tão altos, e a oferta de serviços on demand como carros por aplicativo e aluguel por temporada fez com que esses jovens adultos deixassem de lado a ideia de comprar esse tipo de bem, não pela falta de interesse, mas pela falta de renda disponível. “Os jovens passaram a se permitir outros tipos de prazeres e luxos como delivery de comida, refeições fora de casa, ida a shows, museus e festivais, viagens internacionais, compra de artigos de vestuário, academias e bem-estar, postergando o sonho dos bens duráveis. Tudo extremamente ‘instagramável’ e imediatamente compartilhado nas redes”, ressalta o profissional. Ele lembra que o acesso a cartões de crédito sem anuidade se popularizou muito nos últimos anos devido às fintechs (startups financeiras) e seguido pelos bancos tradicionais, movimento que impulsionou as compras online e parcelamento. Além disso, a geração Y vive e trabalha com o celular o tempo todo, fazendo o dispositivo ser o principal meio para compras, pagamentos e trabalho. Existe um esforço por parte do varejista em incorporar tecnologias e tendências sem descontinuar abruptamente o que já vinha sendo feito. Arnaldi acredita que o maior desafio esteja na comunicação. “Entender o que a sua marca representa, quem ela quer atingir e qual imagem você
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quer passar levando em conta um recorte tão amplo da população é um grande desafio”. Ele diz que poucas marcas conseguem ser essa unanimidade independente da geração e muito poucas conseguiram fazer a transição do analógico para o digital com sucesso. “Como exemplos de sucesso no varejo posso citar o Magazine Luiza, que virou o Magalu, e as Lojas Americanas. Por outro lado, o Ponto Frio, agora só Ponto, e as Casas Bahia ainda estão presos na década passada, apesar dos grandes investimentos em tecnologia, mesmo que tardios, e marketing”, exemplifica.
NOVAS GERAÇÕES Segundo Arnaldi, a tecnologia vem mudando drasticamente e rapidamente todas as etapas da experiência de compras, tanto no varejo físico quanto digital, desde a fase de awareness (descoberta) até a conversão (fechamento da compra). “Todos os pontos de processo de compra já foram altamente impactados pela tecnologia. E a tendência é que esse processo apenas se intensifique”, prevê. Mas ele faz um alerta aos supermercadistas para abraçarem as inovações tecnológicas sem ficarem refém delas. Para isso, Arnaldi afirma que é importante ter em mente que apesar das gerações mais velhas demorem mais para aderir as tecnologias, eventualmente elas irão aderir. Um exemplo é o que ocorreu com os caixas eletrônicos, celulares e mais recentemente com o WhatsApp. Para atender as gerações mais novas, Arnaldi acredita que os supermercados podem atacar em quatro frentes diferentes: comunicação, aplicativos de entrega, programa de fidelidade e métodos de pagamentos.
COMUNICAÇÃO Na comunicação, lembrar que o público jovem já não assiste mais televisão linear da forma que se assistia antes. Obviamente, que programas de grande repercussão como BBB e esportes como Campeonato Brasileiro ainda têm uma grande penetração no público jovem. Mas de maneira
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geral essa população está na internet, consumindo conteúdo on demand através do YouTube, Instagram, Facebook, WhatsApp e em nichos no TikTok e Twitter. Então, estar nessas redes organicamente e anunciar nelas é fundamental, além de mais barato do que a mídia tradicional. “O awareness que era baseado em mídia tradicional (rádio, TV, jornal, revista), hoje mudou quase que completamente para o digital (google search, social media paga e orgânica), especialmente quando se trata de empresas médias ou pequenas, justamente por não terem orçamento para a mídia tradicional, que é muito cara”, destaca Arnaldi. Ele chama atenção para o fato de que ter uma agência de publicidade é ótimo, mas hoje em dia também é possível criar conteúdo orgânico e pago com pessoas do seu próprio time de marketing. Um bom exemplo disso é o movimento que as lojas físicas do Magazine Luiza fizeram com vídeos bem humorados e nada produzidos, que acabaram viralizando na internet.
APLICATIVOS DE ENTREGA Estar nos aplicativos de entrega também é fundamental para atender as demandas do público jovem que busca agilidade, facilidade e gosta de aproveitar as promoções e cupons oferecidos pelas plataformas. O setor de entregas explodiu na pandemia, especialmente nas grandes cidades. O serviço que inicialmente era para evitar o contato físico, se transformou em comodidade na rotina do dia a dia, cada vez mais atribulada, em que apesar do home office, continuamos sem tempo para nós mesmos. O desafio do varejo é usar as plataformas de maneira consciente e assertiva, entender que elas são um excelente canal de aquisição de novos clientes e visibilidade, mas se não houver um esforço do varejista para reter e fidelizar esses clientes, ele estará apenas pagando altas comissões de vendas para as plataformas e se tornando dependente delas para vender online. “Uma boa
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negociação com a plataforma é fundamental para não canibalizar as margens. Para aqueles varejistas com maior volume de vendas, negociar bem as comissões das plataformas é fundamental, lembre-se que as empresas de entrega estão em um momento de expansão e aquisição de mercado e estão dispostas a abrir mão de lucratividade por volume de vendas”, reforça Arnaldi.
PROGRAMAS DE FIDELIDADE Outro velho conhecido, mas que os jovens amam, são os programas de fidelidade, pode ser no formato selinhos, ou em aplicativo próprio como os cupons do McDonald’s, ou até mesmo plataformas como Meliuz, Dotz e Livelo. “Programas de cupons de desconto em aplicativos como o do McDonald’s e entrega no mesmo dia ou retirada na loja (omnichannel) ajudam não apenas na fidelização, mas também no processo de consideração de compra daquele produto”.
MÉTODOS DE PAGAMENTOS Por último, mas não menos importante, ter disponível os métodos de pagamentos mais recentes. Lembrar que os jovens normalmente são os primeiros a aderirem a uma nova tecnologia, e hoje são os maiores usuários das carteiras digitais como PicPay, Ame Digital, Iti e Paypal. O pagamento por aproximação, seja direto no cartão contactless ou nas carteiras Apple Pay, Google Pay ou Samsung Pay, também são muito utilizados, lembrando que para aceitá-los basta conferir se os terminais do seu estabelecimento estão habilitados com equipamentos NFC (muito comuns hoje em dia) e se o seu sistema operacional aceita esse tipo de transação. Não podemos esquecer do PIX, método que já é o segundo mais utilizado pelo brasileiro, atrás apenas do dinheiro. Arnaldi afirma que é possível negociar taxas extremamente baixas para aceitar esse método de pagamento com o seu banco e até mesmo ganhar dinheiro com os lançamentos do Banco Central Pix Troco e Pix Saque. “No setor supermercadista, temos o Autoatendimento, que é uma grande evolução, mas ainda precisa de melhorias na experiência do
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usuário. Eu pessoalmente tenho a impressão de que sempre a máquina vai apitar a chamar o atendente, o que é muito frustrante”, confessa Arnaldi.
ADAPTAÇÃO DURANTE A PANDEMIA Uma pesquisa recente da Appnovation apontou que 71% dos Millennials acreditam que as empresas tiveram dificuldade para adaptar novas estratégias digitais no momento da pandemia, e a maioria deixaria de se relacionar com essas marcas. Segundo o VP de Customer Success da Zendesk América Latina, Julio Gonzalez, para que isso não aconteça, as marcas precisam ser ágeis em adotar processos e tecnologias flexíveis e ágeis para identificar o que estes clientes esperam a todo momento. “Com todas as mudanças rápidas que estão acontecendo na sociedade e no nosso entorno, é de se esperar que o consumidor adote novos comportamentos e preferências, e a velocidade com que se transformam cresce exponencialmente. A responsabilidade das marcas cresce junto, e será necessário ter agilidade para reconhecer e agir com todas essas expectativas. Já se passou a época em que o cliente se conformava com o serviço demorado, impessoal e cheio de buracos como era há uma década, ou mesmo há um ano”.
Afonso Arnaldi
Elza Tsumori
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Gonzalez selecionou alguns exemplos de novos comportamentos e preferências:
Agilidade é o novo imperativo Quando clientes buscam o suporte de uma empresa, já é esperado que a expectativa deles seja uma experiência rápida e eficiente. Afinal, ninguém quer deixar seus clientes esperando ou repetindo informações, arriscando que tenham uma experiência negativa com a marca, especialmente se estiverem frustrados. Segundo uma pesquisa da Harvard Business Review, 56% dos consumidores já tiveram que explicar o seu problema ao menos duas vezes para o atendente e 62% tiveram que contactar várias vezes a mesma empresa até que a situação fosse solucionada. Não à toa, mais da metade (54%) dos consumidores consideraram esse fator o ponto mais negativo no atendimento durante a pandemia, como apontou o estudo Agilidade em Ação. Por este motivo muitos consumidores recorreram a novos canais digitais e ágeis, como o atendimento via WhatsApp, prática que cresceu 327% na América Latina durante a pandemia, segundo dados da Zendesk. Mas, para que a experiência do cliente seja de fato como ele espera diante de qualquer adversidade, é preciso ir além e implementar uma cultura ágil em toda a organização. Integrar dados dos clientes em tempo real através de diferentes áreas da empresa, adotar tecnologias flexíveis e escaláveis de atendimento e filtrar os chamados de suporte com inteligência artificial e automação. São investimentos que dependem de uma mentalidade ágil das lideranças e que impactam tanto a eficiência do time de atendimento quanto a percepção do cliente.
Clientes querem ter o poder de escolha Se antes as inovações do mercado conduziam os consumidores a adotarem novos hábitos, hoje a dinâmica é oposta, e quem dita o ritmo e as escolhas são os clientes. Na América Latina, dados do Agilidade em Ação mostraram que 75% dos clientes são mais propensos a comprar de marcas que oferecem diferentes opções de canais e formas de resolver os problemas, bem acima da média global (54%). Além de oferecer os canais de preferência e trazer personalização, 6 em cada 10 clientes latinoamericanos também preferem buscar soluções por conta própria, a exemplo do autoatendimento, que envolve recursos como centrais de ajuda e perguntas frequentes. E 68% acreditam que falar com chatbots de atendimento é eficiente para resolver problemas simples. Isso nos leva ao ponto que o cliente quer ter o controle da jornada dele, escolhendo se quer ou não falar com um agente humano, se quer falar por telefone, e-mail, WhatsApp ou mídias sociais, e se prefere que todo o atendimento seja via um aplicativo da marca. E reconhecer o seu cliente para entregar o que ele prefere, seja quando e onde ele precisar, inegavelmente é uma boa experiência na jornada dele.
Marcas devem ser empáticas com o cliente e a sociedade Com o consumidor mais fragilizado devido a todas as adversidades da pandemia, como impactos financeiros, emocionais e de saúde, ele passou a ter um olhar mais crítico na forma como as marcas o tratam. Na América Latina, 79% dos clientes preferem falar com atendentes que sejam empáticos com os problemas deles, como apontou a pesquisa CX Trends 2021. Além de serem mais empáticos, tratando os clientes de forma humanizada, a grande maioria também espera que as marcas cumpram papéis de responsabilidade social (78%) e que implementem ações de Diversidade, Equidade e Inclusão (70%), especialmente com as gerações mais novas. E o impacto disto não é pequeno, pois os clientes priorizam essas ações na hora de escolher e defender a marca.
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NOVIDADES NA GÔNDOLA
SADIA AMPLIA PORTFÓLIO DE CONGELADOS A Sadia traz mais uma novidade para o seu portfólio de congelados: coxinhas das asas e tulipas cozidas apimentadas, que podem ir direto do congelador para o micro-ondas (de dois a três minutos em potência alta) ou para a airfryer (pré-aquecimento de cinco minutos e fritura de sete a dez minutos). O produto está disponível no tamanho 400g, ideal para o consumo em casa. Sadia foi pioneira em apresentar a categoria de Coxinhas das Asas Empanadas ao mercado. Com a expansão, a linha entrega uma experiência completa para o consumidor, atendendo a demanda de mercado por produtos íntegros, temperados e práticos para se preparar, perfeitos para diversas ocasiões de consumo e para se explorar novos sabores e texturas.
L’OR APRESENTA SUA NOVA LINHA DE CAFÉ TORRADO E MOÍDO PREMIUM A nova linha de café torrado e moído premium de L’OR chega ao mercado nacional em três versões e com diferentes estilos de torra de grãos de café: L’OR Delicado tem um ponto de torra mais suave; L’OR Equilibrado com um ponto de torra médio e o L’OR Intenso oferece uma torra mais marcante. A torra é o coração do processo de fabricação do café e traz singularidades indispensáveis para o resultado de um café premium. A nova linha de L’OR já chega ao mercado com selo Gourmet da ABIC (Associação Brasileira da Industria de Café), que concede nota máxima de superioridade fornecida pela instituição, o que comprova a alta qualidade do produto. Além disso, a embalagem de cada produto possui um QR Code para que o consumidor acesse informações exclusivas sobre o processo de produção e os tipos de torra de cada café.
LEÃO AMPLIA PORTFÓLIO E LANÇA A LINHA DE CHÁS LEÃOZINHO A Leão Alimentos e Bebidas investe na nova linha de Chás Leãozinho, desenvolvidos a partir de ingredientes sem cafeína, açúcar e sódio. A linha é lançada com três opções, nos sabores Morango & Maracujá, Amora & Framboesa, e Laranja Cor de Rosa. Em formato de sachê, com rendimento de 300 ml, podem ser preparados com água em temperatura natural, gelada e quente. As embalagens elaboradas especialmente para esta linha propõem interatividade entre os pais e filhos. Ao apontar uma câmera do celular para o QR Code da caixa, é possível ver imagens em realidade virtual com informações sobre os chás.
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NOVIDADES NA GÔNDOLA
LACTA RELANÇA CAIXA FAVORITOS A Lacta, marca da Mondelēz Brasil, está relançando a sua caixa Favoritos. O produto ganha quatro novos sabores no portfólio e integra o visual da caixa à sua recém anunciada nova identidade; já a barra de chocolate Laka Oreo chega às prateleiras na versão de 165 gramas. A caixa Favoritos recebeu os sabores Lacta Coco e Ouro Branco Duo Nuts. Com nova identidade visual, a caixa Lacta Favoritos agora apresenta o propósito da marca de criar laços. A marca apresenta novidades também na parte interna da embalagem, que passa a receber imagens dos produtos e fotos de momentos especiais entre pessoas que se amam, reforçando o conceito de que há mais de 100 anos Lacta cria laços e fabrica seus chocolates com muito carinho.
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NOVIDADES NA GÔNDOLA
COPACOL LANÇA PEITO DE FRANGO A PASSARINHO TEMPERADO Sabor surpreendente e praticidade para cooperar com os amigos e a família. Essa é a estratégia da Copacol ao desenvolver produtos exclusivos a base de frango para conquistar ainda mais os consumidores que buscam alimentos saudáveis e precisam de agilidade na cozinha. A novidade é o Peito de Frango a Passarinho Temperado, embalagem de 800 gramas, que completa o mix distribuído em todo o País. A receita tradicional dos brasileiros agora em pacote, prontinha para ir para a panela, air fryer ou forno. Além de iguarias especiais, os cortes são congelados um a um, ficando soltinhos na embalagem. O tempero segue um rigoroso padrão de qualidade, sem a adição de glúten, atendendo a um crescente público cada vez mais atento a saúde e bem-estar durante as refeições do dia a dia.
AMARULA LANÇA NOVA VARIEDADE COM SABOR CAFÉ Chega ao mercado a Amarula Ethiopian Coffee, nova integrante da família de licores cremosos do grupo Distell, que já contava com a tradicional Amarula Cream e a Amarula Vanilla Spice. A novidade introduz à fórmula única do produto, feito com base na fruta marula, exclusiva dos solos africanos, mais um ingrediente do continente: o café da Etiópia. O Amarula Ethiopian Coffee chega às gôndolas para atender a uma necessidade de mercado indicada pelos próprios consumidores do licor, já que a sua mistura com café é algo enraizado no paladar dos apreciadores do produto não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. É um ritual criado pelos próprios consumidores e sempre reforçado pela marca
CARNE MOÍDA SUÍNA 500G O produto é uma opção prática e versátil de carne de porco in natura, que pode ser usado em diversos pratos da culinária brasileira. Além disso conta com um preparo rápido e que se adequa aos diferentes temperos, de acordo com a preferência do consumidor.. Com a expertise que a Pamplona tem no segmento de carnes suínas, essa é uma aposta da fabricante para diversificar o portfólio, assim como oferecer uma alternativa de proteína com excelente custo-benefício. Embalagem e distribuição A embalagem usada para o produto é um padrão reconhecido pelo mercado, com um formato tubular. Ela permite que a carne moída suína seja encontrada nas ilhas de congelados, ao lado das carnes bovinas, além de ser prático e não ocupar muito espaço no freezer do consumidor.
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NOVIDADES NA GÔNDOLA
NEUGEBAUER LANÇA MU-MU KIDS Com a proposta de unir toda a qualidade do chocolate Neugebauer e a tradição da marca MuMu, a empresa amplia seu portfólio com o novo Mu-Mu Kids. A novidade traz o autêntico chocolate Neugebauer no formato da icônica vaquinha MuMu com quatro recheios cremosos nos sabores chocolate, baunilha, morango e banana. São seis expressões diferentes da personagem que podem ser encontradas em cada sabor. O produto vem em porções de 15,6 gramas e chega para trazer uma experiência que une brincadeira a um chocolate gostoso, levando as crianças a terem um momento de descoberta divertido ao lado da vaquinha.
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PERFIL
SUPERMERCADOS IRANI COMPLETAM 48 ANOS
Dono de um espírito empreendedor e vocação para liderança, Otávio Pegoraro (In memoriam), ainda morava em Santa Catarina quando sonhava em ter o seu próprio negócio no ramo alimentício. Ao chegar com sua esposa Josefina Pegoraro e sua família em Cascavel (PR), em 1973, logo enxergou o grande potencial da região e decidiu realizar o seu sonho. O primeiro empreendimento foi batizado de Mercearia e Açougue Irani, nome escolhido em homenagem à cidade catarinense onde casou e teve seus 10 filhos. A loja tinha cerca de 60m² e funcionava no porão da casa onde a família morava. O quadro de colaboradores era composto pelos próprios membros da família que, sempre unida, trabalhava para dar continuidade aos anseios de todos.
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Este começo foi árduo e desafiador, mas não impediu que a família visasse o crescimento sustentável do negócio e, para isso, se pautaram na honestidade e seriedade. A variedade de produtos disponíveis para a comercialização não ultrapassava a marca de uma centena de itens. Os recursos financeiros, que também eram limitados, associados às dificuldades da época, provocavam muitas incertezas aos gestores do pequeno empreendimento. No entanto, as dificuldades enfrentadas não intimidaram a família Pegoraro. E, com a participação entusiasmada dos filhos na empresa, o negócio começou a demonstrar seus primeiros sinais de crescimento e, em 1976, a pequena mercearia se transformou no primeiro Mercado Irani. Enquanto o primeiro mercado dava sinais de prosperidade, surgia em todos a vontade de ampliar os negócios. O sonho se realizou em 1984 com a primeira filial da rede, no bairro Parque Verde. Dois anos depois, foi aberta a segunda filial, no bairro Floresta. Ambas foram totalmente ampliadas e modernizadas. Em 1994, a matriz foi transferida da BR-277 para a Avenida Brasil, no bairro Pacaembu e, em 2007, mudou novamente para o novo e moderno prédio, onde é o endereço atual, localizado nas proximidades do anterior. Em 7 de maio de 2020, com o objetivo de dar continuidade ao lema da rede de “alimentar momentos especiais na vida das pessoas”, seguindo sempre os valores e os ensinamentos deixados pelo fundador, a família Irani concretizou mais um capítulo de vitória em sua trajetória de quase meio século, inaugurando a quarta loja Irani, filial Tancredo Neves, um empreendimento amplo e moderno, que mostra o quanto a rede acredita no crescimento econômico e no avanço do setor supermercadista na cidade. Atualmente, os Supermercados Irani conta com quatro lojas em Cascavel, nos bairros Floresta, Parque Verde, Pacaembu e a mais nova filial no Alto Alegre.
PARCERIA ABRAS, APRAS E STONE Os supermercadistas associados podem usufruir de taxas especiais graças à parceria entre a Abras, Apras e a Stone. Os interessados podem entrar em contato com Daniel Argilji (21) 97125-2863. SU OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021 PER MIX
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SUCESSÃO FAMILIAR Para seguir o planejamento estratégico da empresa, foi criado um conselho de sócios, no qual fazem parte os cinco sócios fundadores da segunda geração, que auxiliam e ajudam na tomada de decisões. Hoje, a direção é composta por Daniel Pegoraro Júnior, que ocupa a diretoria comercial e marketing, e sua irmã, Danielle Pegoraro, que está à frente da diretoria administrativa e financeira. A administração também conta com outros membros da família que ocupam cargos comerciais e em área de gestão. Segundo Daniel Pegoraro Júnior, toda transição não é fácil e em empresas familiares isso é um pouco mais acentuado, pois envolve muita quebra de paradigmas, de processos e em alguns casos mudanças até de pessoas. “Tudo isso tem sua complexidade, mas quando todos têm um objetivo em comum e colocam os ideais da empresa em primeiro lugar, com um plano bem alinhado, é possível dar certo, como aconteceu na nossa empresa”.
APRENDIZADOS NA SUCESSÃO DA GESTÃO FAMILIAR Júnior destaca que são inúmeros os aprendizados e importantes legados que foram deixados desde o início com os avós, passando para os seus pais e tios, que sempre conduziram os negócios em busca da excelência, com seriedade, simplicidade, honestidade e, principalmente, com muita fé em Deus. “Um dos grandes ensinamentos que perpetuam toda a trajetória da rede é o de tratar bem todas as pessoas envolvidas no negócio, tanto os colaboradores, que são a linha de frente para cuidar bem da empresa, quanto os clientes, para que fidelizem e fiquem sempre conosco”, conta.
FUTURO A perspectiva para o futuro é de continuar crescendo e ser sempre reconhecido nacionalmente pelo serviço prestado e pela qualidade, além de gerar renda, empregos e impostos para contribuir de forma positiva com toda a sociedade. “Alimentar momentos especiais na vida das pessoas foi o lema que moveu o Iraní até aqui e que vai continuar a trilhar o nosso caminho até o futuro”, conclui Júnior.
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APRAS EM AÇÃO
ENTENDA A LUTA DA APRAS, ABRAS E FRENTE PARLAMENTAR DO VAREJO PARA A REDUÇÃO NAS TAXAS E VOUCHERS DE CARTÕES Em 2016, a Abras (Associação Brasileira de Supermercados) definiu como prioritária a ação para reduzir as taxas dos cartões de crédito e débito, inclusive vouchers. Desde então, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) vem trabalhando para esta conquista. Entre os feitos da Apras está um seminário realizado em 2016 com o objetivo de incentivar a concorrência. O evento, que era para receber 80 pessoas, precisou ser adaptado para receber o dobro devido ao grande interesse dos supermercadistas no tema. O seminário trouxe especialistas para abordar o tema “Gestão de cartões” e destacou o quanto pequenas reduções podem ser significativas no resultado de uma loja. Entre as conquistas neste tema, está a resolução do Banco Central que facilita a entrada de novos adquirentes e obriga que todas os cartões sejam aceitos pelas maquininhas. Já a Medida Provisória convertida na Lei 13.455/2017 autoriza a cobrança de valor diferenciados para pagamento com cartão de crédito. Em 2014, antes de toda esta luta para redução das taxas, praticamente 60% de todas as vendas dos supermercados eram feitas por meio de algum tipo de cartão. Em 2016, as empresas de cartão chegavam a ficar com 1% a 2% do resultado do setor. O cartão alimentação, por exemplo, chegava a custar até 5% do preço de venda de um produto e representava até 25% da margem do supermercado. Após todo este intenso trabalho, a Abras fechou um acordo com a Stone que reduzia a taxa dos cartões de débito para 0,65%. Já nos vouchers, os emissores não participaram da ação prioritária inicialmente, em 2016. Já em dezembro de 2017, o Ministério do Trabalho publicou a Portaria nº1.287, que príbe taxas negativas por parte das empresas que ofertam vouchers. Outra conquista foi quando o setor conseguiu o apoio do Ministério da Fazenda, por meio do Paulo Guedes, e os emissores de voucher passaram a participar da ação prioritária no final de 2020. Novamente, o intermédio de Paulo Guedes surtiu efeito positivo quando ele marcou uma reunião com o Secretário Bruno Bianco e Bruno Dalcomo para tratar do PAT (Voucher Alimentação). Como resultado da reunião surge a proposta de decreto para a regulamentação do voucher pelo Banco Central, além da da proposta de um arranjo aberto, ou seja, que não permite que um emissor negocie diretamente com a empresa usuária e com o supermercado, como ocorre hoje. No arranjo aberto, todos os vouchers devem ser recebidos por todos os emissores com taxas únicas. Com isto, a concorrência deve aumentar e as taxas devem cair.
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APRAS EM AÇÃO
APRAS LANÇA CANAL DO ASSOCIADO Com o objetivo de levar conteúdos exclusivos aos supermercadistas, a Apras lançou o Canal do Associado, que conta com webinars quinzenais voltados aos membros da entidade. Os temas estão sendo escolhidos a dedo para realmente fazerem a diferença nos negócios e proporcionarem um diferencial competitivo aos participantes. O conteúdo é exclusivo aos associados da Apras e os interessados que ainda não fazem parte da associação podem buscar mais informações para associarem-se no (41) 3263-7000.
REGIONAL CASCAVEL
MAIS DE 3.600 PESSOAS SE VACINARAM CONTRA A GRIPE NOS SUPERMERCADOS DE CASCAVEL Para facilitar o acesso da população à vacina contra a gripe, os supermercados de Cascavel receberam equipes de vacinadores entre os dias 23 de agosto e 3 de setembro para aplicar o imunizante nos clientes. Um total de 3.665 pessoas acima de seis meses de idade receberam suas doses nos supermercados da cidade graças a uma parceria da prefeitura com a Apras Cascavel (Associação Paranaense de Supermercados) e a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC). O objetivo da ação foi criar alternativas para estimular os moradores a buscarem pela imunização contra a Influenza. A proteção é importante para evitar o agravamento de síndromes respiratórias e, consequentemente, os óbitos.
REGIONAL LONDRINA
TRABALHANDO EM PROL DO SETOR A APRAS - Regional Londrina tem dado prioridade ao sucesso dos supermercadistas de Londrina e Região, ajudando-os a crescer, inovar e oferecer o melhor atendimento aos seus clientes. Não somente isso, a organização também tem se destacado por cumprir seu papel quando o assunto é responsabilidade social. Entre seus inúmeros feitos para Londrina e região, destacamos aqui os mais recentes: Desde o início da pandemia, a APRAS Londrina tem feito sua parte em prol do combate à pandemia de COVID-19 por meio de campanhas de incentivo à prevenção; doação de suprimentos a hospitais e instituições da região e participando de debates com os poderes legislativos sobre as medidas de enfrentamento da pandemia e a vacinação do setor supermercadista. Assim como muitas empresas, durante o período de 2020 a APRAS também sofreu um reposicionamento de marca e de modelo de negócio, começando o ano de 2021 como “UMA NOVA APRAS”. A instituição tem trabalhado em desenvolvimento de soluções tecnológicas e priorizado a comunicação com foco no digital. Para além da área da saúde, a associação reivindicou a construção de uma nova sede da Cooperativa de Crédito Sicoob, garantindo inúmeros benefícios e empregos para Londrina e região. Não há dúvida de que os principais valores da APRAS Londrina sejam a solidariedade, empatia e generosidade.
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APRAS EM AÇÃO
REGIONAL UNIÃO DA VITÓRIA
SUPERMERCADOS DE UNIÃO DA VITÓRIA JUNTAMENTE COM A PREFEITURA MUNICIPAL COMBATERAM DE FORMA EXEMPLAR A PANDEMIA DE COVID 19 A Pandemia da Covid-19 desestabilizou todas as áreas da economia mundial, e o setor supermercadista não saiu ileso. Alteração no horário de funcionamento, aumento no preço dos produtos e imposições de decretos com restrições e até mesmo lockdown foram alguns dos fatores que se somaram a toda a instabilidade econômica e sanitária. Como forma de impactar o menos possível o setor, em União da Vitória, todas as ações restritivas impostas pela Administração Municipal foram feitas em comum acordo e com um diálogo franco com os representantes de supermercados e mercados do município. Em maio de 2021, a prefeitura emitiu um decreto, o mais rigoroso de todos, como forma de diminuir a proliferação do vírus que estava com alto pico de contágio. “Um dia antes de assinar o Decreto, nos reunimos com diversos setores do município, entre eles o supermercadista, ponderamos a necessidade de medidas mais restritivas, ouvimos todos os lados, e então definimos as ações que seriam tomadas”, explicou o prefeito, Bachir Abbas. Entre as medidas estavam o cancelamento de aulas presenciais na escola, diminuição no horário de funcionamento do comércio, toque de recolher e fechamento de supermercados aos domingos, essas últimas que tiveram impacto diretamente nos supermercados do município. “Nós sempre deixamos claro que o nosso objetivo era impactar o menos possível a economia do município, mas chegamos a um ponto que as medidas seriam necessárias, pois estávamos falando de vidas, de pessoas que estavam morrendo por causa da Covid-19. Em conversa com os supermercados, todos entenderam a situação que o município estava passando, e também nos apoiaram nas nossas decisões, mesmo precisando diminuir o horário e alterar o seu funcionamento”, afirmou Bachir. Além do diálogo, a prefeitura também sempre apoiou os supermercados, com a distribuição de adesivos para a delimitação de distanciamento entre os clientes, e esteve aberta para ouvir as necessidades de cada empresário, diante da situação inédita para todos. “Graças ao engajamento dos nossos supermercados locais, e os altos padrões de controle sanitários, que já é de costume do setor, tivemos, pelo que sei, os melhores resultados em relação as demais regiões, sem, no entanto, termos adotados medidas mais restritivas”, afirmou o presidente regional de União da Vitória, Fábio Storck. Fábio também ressaltou que o apoio e o diálogo com o poder público foram essenciais para que o atendimento ao cliente e também os supermercadistas não fossem tão prejudicados como em outras cidades que tiveram medidas mais restritivas. “Aqui sempre foi priorizado o bom senso, e por ser desta forma conseguimos vencer muitos obstáculos de forma exemplar”, finalizou o presidente.
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DEPOIMENTOS 50 ANOS DA APRAS
“A Apras é muito importante para o sucesso dos supermercadistas, pois defende toda a categoria e mesmo não recebendo verba do governo, fala com o governo. Uma atitude amistosa entre todos os empresários é fundamental, pois se todos andam juntos, têm mais força para resolver e solucionar problemas”.
RUY SENFF EX-PRESIDENTE E FUNDADOR DA APRAS
“Parabéns, Apras, pelos 50 anos de integração do setor supermercadista. A representatividade social e pública clama aplausos pela firmeza nas decisões de todos que por essa entidade passaram. Parabéns, associados, por fazerem parte desta história”.
FERNANDO DELAZARI EX VICE-PRESIDENTE DA REGIONAL DE PATO BRANCO
“Dos 50 anos de história da Apras, participei de 47, o que é motivo de muito orgulho para mim, pois acredito nos ideais desta associação, que não mede esforços para manter o setor fortalecido”.
PEDRO JOANIR ZONTA VICE-PRESIDENTE DE EVENTOS DA APRAS
“Falar da Apras é falar de supermercado. Se não fosse a Apras acho que não existiria supermercado, pois ela tem feito muito para os seus associados. Um exemplo são algumas leis que são criadas, em que a Apras está sempre atenta e trabalhando para nos defender. Ela é uma instituição muito forte, sempre trabalhando em defesa dos supermercados. A Apras é tudo para mim!”.
ROBERTO BURCI PRESIDENTE DA REGIONAL MARINGÁ
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“Em 2003, a nossa empresa se associou à Apras, pois estávamos crescendo e o nosso fundador, Angelo Vardir Cataneo, sentiu a necessidade de estar mais próximo do setor. Em 2004, com seu falecimento, sua família se sentiu abraçada pelos colegas supermercadistas e a Apras então começou a ter um papel fundamental para que pudéssemos estar diretamente relacionados com muitas informações relevantes e necessárias para que a nossa empresa se mantivesse atualizada dentro dos cenários tão amplos e complexos que o setor supermercadista exige nas suas constantes transformações. O Ponto Verde, através das suas sócias: Leonor, Angelita, Lílian e Angela, parabenizam a Apras pelos seus 50 anos e agradecem por toda a contribuição dedicada aos supermercadistas. Obrigada, Apras, seu sucesso nos faz crescer também!”.
LÍLIAN CRISTIANE CATANEO VICE-PRESIDENTE DE CAPACITAÇÃO DA APRAS
“Falar dos 50 anos da APRAS para mim, que fui um dos presidentes da entidade, é uma grande honra, assim como foi ter representado a nossa classe. Esses 50 anos têm muita história importante - a APRAS teve (e tem) um papel fundamental para a representatividade do setor no estado. Também nos órgãos municipais, estaduais e federais, defendendo sempre a causa da classe supermercadista; sem dúvida, uma atividade essencial na vida de todos os consumidores. Somos bem representados como associação de entidade de classe pela APRAS e pelo Sindicato Estadual que nasceu dentro da APRAS. Vou além: creio que somos os mais bem representados do Brasil! Então, quero dar os parabéns à APRAS e a todos os supermercadistas do Paraná. Cada um, à sua maneira, construiu e tem uma parte na história desta relevante entidade”
EVERTON MUFFATO VICE-PRESIDENTE DE RELAÇÕES SINDICAIS DA APRAS
“Depois que entrei na Apras como diretor da Regional de Irati pude perceber a importância da associação, tanto nas questões jurídicas como políticas, para tentar manter e assegurar os direitos do setor. Outro ponto fundamental é o fato de contribuir com informação, formação e capacitação por meio da Academia Apras. A Apras tem o poder de nos deixar conectados com o futuro, um passo à frente do que está acontecendo e das tendências do mercado, isso fortalece a classe e deixa o setor supermercadista com mais representatividade no estado”.
MATHEUS BOBATO
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PROMOÇÃO SUPER MARCAS
DA APRAS SORTEOU MILHARES DE PRÊMIOS Os associados da Apras puderam incrementar as suas vendas com a Promoção Super Marcas da Apras, realizada nos meses de julho e agosto em diversos supermercados paranaenses. Foram 1223 contemplados com milhares de prêmios: 1 casa, 2 carros, 10 smartphones, 10 smart tv e 1.200 prêmios instantâneos. A ação consistia em reverter uma rasgadinha em compras acima de R$ 50,00. Então, bastava fazer o cadastro do Pincode no site da promoção. Na compra de três produtos participantes o cliente ganhava outra rasgadinha. Já os clientes PicPay tinham direito a números da sorte em dobro. A promoção foi um sucesso e registrou a participação de 661.530, que cadastraram 3.306.834 rasgadinhas.
INDÚSTRIAS PARTICIPANTES:
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ACADEMIA EMPRESARIAL APRAS A Academia Empresarial da Apras está oferecendo uma quantidade ainda maior de cursos neste segundo semestre. Ministrados por professores com grande experiência no setor supermercadista, os cursos são online e estão reunindo alunos de vários locais e cidades do Paraná, além de outros estados como Goiás, Espírito Santo e Mato Grosso. Outra vantagem de ser virtual é que os professores também podem ser de outras regiões, o que contribui para que a grade seja ainda mais completa e com os mais variados temas relevantes ao segmento. A Apras trabalha com os Cursos de Alta Gestão, Cursos de Gestão e Técnico-operacionais. A entidade também possui parcerias com grandes instituições, como o SEBRAE por exemplo.
CURSO DE ALTA-GESTÃO – ONLINE O Projeto Encadeamento Produtivo – Base Tecnológica e Negócios Digitais realizado em parceria com o SEBRAE, teve continuidade às aulas no mês de julho e agosto com a Oficina de Encarregados, com aulas de Gestão de Pessoas, ministrada pelo professor Marcio Godoy, e Gestão Comercial e Operacional de Loja, ministradas pelos professores Flávio de Paula e Lourenço Silva. O trabalho teve como objetivo capacitar os encarregados de setor e de loja.
- OFICINA DE AÇOUGUE: No mês de setembro foi trabalhada a Oficina de Açougue, que contou com aulas teóricas ministradas pelo professor Clóvis Renato Durans (Gestor de Projetos) e aulas práticas do professor Adilcélio Soprani (Consultor e ministrador de Cursos em Açougue). Os açougueiros das lojas que participam do projeto tiveram aulas por dois dias inteiros de cortes de carne bovina, suína e cortes temperados, além de desossa da carne até os cortes especiais.
Parceria:
CURSO DE GESTÃO – ONLINE Os cursos de Gestão da Academia Apras possuem grande procura, por isso a lançou novos cursos para serem ministrados de forma online. Assim, é possível alcançar muitos profissionais que ainda não tiveram a oportunidade de participar de trabalhos ministrados de forma presencial, como o Curso de Formação de Gestores do Varejo que iniciou neste trimestre.
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FORMAÇÃO DE GESTORES DO VAREJO CURSO NÍVEL GERENCIAL E DE LIDERES PARA O VAREJO - ONLINE No dia 11 de agosto iniciou o Curso de Formação de Gestores do Varejo (CFGV), que tem como objetivo capacitar novos líderes a atingir os conhecimentos necessários à atuação de gerenciamento e gestão de loja, desenvolvendo competências necessárias à gestão estratégica, comercial, administrativa e à gestão de pessoas. Um trabalho dirigido a Gerentes de supermercados, encarregados e profissionais que desejam crescer no setor, mas que também chama atenção de muitos empresários que buscam crescimento. O curso iniciou com as aulas do professor Osmar Dalquano com aulas introdutórias. Os alunos se encantaram com o trabalho desde o início e participaram intensamente dos Módulos seguintes. Já foram realizados o Módulo I: Gestão Estratégica e o Módulo II: Gestão Comercial.
- Análise Econômica e Tendências do Varejo O professor Osmar Dalquano (CEO da Sei de Cor – solução tecnológica e expansão comercial) ministrou a matéria de Análise Econômica e Tendências do Varejo. Ele trabalhou a Anatomia da Mudança e destacou as 10 maiores tendências globais em 2021. Entre estas estão o Desejo por Conveniência, a Realidade Figital, a Otimização do Tempo, a obsessão por segurança, os novos espaços de trabalho e várias outras. Ele trouxe muitos vídeos sobre novas formas de varejo como o Alibaba na China e Amazon que já está no Brasil. Os alunos puderam identificar as grandes mudanças que já está atingindo os mais variados tamanhos e formatos de loja.
- Marketing e Propaganda (E-commerce e Delivery) A professora Samanta Puglia (Consultora e Mestre em Gestão Empresarial) iniciou a Módulo I com Gestão Estratégica e falou sobre “Marketing e Propaganda (E-commerce e Delivery). Samanta tem mais de 20 anos de experiência profissional, responsável pela condução do processo de transformação digital das marcas Philco/Britânia; Mestre em Comportamento do Consumidor, com extensão internacional. Ela trabalhou as novas Estratégias do Marketing (B2B X B2C) e Marketing Mix e Estratégias de Preço. Ela deu ênfase no Novo Consumidor e na Transformação Digital, onde este consumidor prefere experiências personalizadas. Reforçou a todos os alunos que “O Futuro é Agora” e que já estamos caminhando para o Marketing 5.0 (5G) que é da Tecnologia à Humanização.
- Comunicação Visual e Trade Marketing O professor Bernardo Wouk (CEO Ecotrama Comunicação) deu continuidade à Gestão Estratégica e ministrou a matéria de “Comunicação Visual e Trade Marketing”. Ele abordou de forma prática, por meio de vídeos que trazem a análise do comportamento do novo consumidor ao visitar as lojas, focando na Sinalização dos Produtos e como estes atraem os clientes. Trabalhou a Comunicação Interna e Externa, bem como a Promocional, de Segurança e Digital; também ajudou os alunos diretamente, trabalhando as fotos das lojas que eles enviaram antecipadamente, fazendo uma análise dos espaços com todos e dando sugestões específicas.
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- Gestão de Compras, Vendas e Controle de Resultados (Gestão de Categorias) No mês de setembro foi realizado o curso de Gestão de Compras, Vendas e Controle de Resultados (Gestão de Categorias), ministrado pela professora Fátima Merlin (Economista, especializada em comportamento do consumidor, trade marketing, indústria e varejo, fundadora e CEO da Connect Shopper). Ela trabalhou a Gestão de Categorias na prática, como são os processos da gestão e qual o papel de cada setor da empresa dentro dela. Ministrou a todos sobre a importância do Conhecimento do Shopper & Consumidor e como melhorar a experiência de compra do Shopper. Ela também orientou a todos a fazerem uma análise do seu cliente e uma revisão de mix com maior frequência, garantindo uma Análise de Preços mais eficiente. Ela trabalhou as políticas de marcas, o mix margem e a competitividade, entre vários temas que levam a uma Gestão em que os benefícios e resultados são obtidos.
CURSO INVENTÁRIO: Como Prevenir Perdas e Monitorar seu supermercado No mês de julho e agosto, os empresários puderam participar do Curso “Inventário: Como Prevenir e Monitorar seu Supermercado”, ministrado pela professora Cleidiane Rosilei Krindges (Empresária da C.R. Krindges & Cia). Ela é contadora, consultora em supermercados, palestrante, especialista em Gestão Contábil e Financeira, Planejamento Tributário, Financeiro e Perícia Contábil. Com sua vasta experiência, orientou os supermercadistas para a importância do controle dos seus estoques por meio da realização de inventários, falou da preparação, da responsabilidade de execução para prevenir as perdas e como melhorar a gestão de compras e o fluxo de caixa. O curso teve uma avaliação excelente, tanto que pediram por um novo módulo, que já está sendo analisado pela Apras e Cleidiane Rosilei Krindges pela professora. (Empresária da C.R. Krindges & Cia)
CURSOS TÉCNICO-OPERACIONAIS - ONLINE: - Curso Atendimento 3.0 O “Curso Atendimento 3.0 - Atitude e Técnica aliados à Excelência no Atendimento” foi ministrado pelo professor Marcio Godoy (Consultor do Sucesso em Vendas) nos dias 12 e 19 de julho. O professor Marcio realiza palestras e treinamentos com foco em vendas, motivação e lideranças para vendedores e executivos de vendas. O objetivo do trabalho é a capacitação de profissionais da área técnico-operacional de loja, trazendo novas técnicas e tipos de atendimento mais eficazes, e realizando a motivação para as vendas a fim de obter um diferencial perante os olhos dos clientes.
Marcio Godoy (Consultor do Sucesso em Vendas)
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- Repositores Nota 10 O curso foi ministrado pelo professor Christian Nogarotto para Líderes do setor de Reposição, Repositores e colaboradores em geral que trabalham com o atendimento nas diversas áreas de atendimento em loja. Com as grandes e intensas mudanças ocorrendo nas lojas, os trabalhos com repositores têm sido realizados constantemente pela Academia, já que os colaboradores do setor precisam conhecer as novas tarefas e objetivo do cargo, recebendo uma visão mais técnica sobre o novo funcionamento dos supermercados. Além disso, é essencial conhecer ferramentas mais estratégicas para planejar e organizar o processo de reposição de produtos. O curso está contando com grande número de participantes, que interagem e trocam muitas experiências nas aulas.
- Prevenção de Perdas Setor de Perecíveis No dia 11 de agosto, o professor Gilmar Faria dos Santos ministrou o Curso de Prevenção, abordando todos os setores de perecíveis. O curso tem como objetivo fornecer informações teóricas e práticas para os profissionais do setor, compreendendo a importância com que o setor atrai clientes para as lojas e como uma operação eficaz e um trabalho intenso de prevenção pode reduzir as perdas e aumentar os lucros. Gilmar trabalhou os procedimentos com a seção de compras, recebimento, armazenagem, exposição, preparação e embalagem, também abordou sobre o layout que atrai as vendas e reduz as perdas, além do grande cuidado com os produtos fragmentados (técnicas, controle validade e qualidade), rastreabilidade, higiene e segurança dos alimentos.
- A Excelência do Trabalho em Frente de Caixa O Curso de Excelência em Atendimento em Frente de Caixa foi muito procurado no mês de setembro. O objetivo foi ajudar os profissionais a compreenderem e melhorar as atividades operacionais e rotinas diárias em frente de caixa, bem como alcançar um maior desempenho em equipe e aumento de resultados. Este trabalho foi ministrado pelo professor Christian Nogarotto, que trouxe aos alunos uma compreensão sobre a Frente de Caixa como um setor diferenciado no atendimento, onde é necessário que todos estejam mais preparados emocionalmente para atender os clientes, que estão cada dia mais ansiosos e sem paciência. Para isso, é muito importante que tenham grande sensibilidade com seus clientes e que atuem com um profissionalismo maduro. O curso será realizado novamente no último trimestre de 2021.
CURSO IN COMPANY- ONLINE: A Academia Apras capacitou os profissionais do SIEMERC – Sindicato dos Empregados em Comercio Varejista no mês de setembro. Eles foram treinados com o Curso de Excelência em Atendimento em Frente de Caixa, que tem como objetivo capacitar profissionais para que possam compreender e melhorar as atividades operacionais e rotinas diárias em frente de caixa, bem como alcançar um maior desempenho em equipe e aumento de resultados. Este trabalho foi ministrado pelo professor Christian Nogarotto, que trouxe aos alunos uma compreensão sobre a Frente de Caixa como um setor diferenciado no atendimento. Os interessados pelo Curso In company podem entrar em contato com a Apras Matriz e solicitar uma proposta de curso para treinar a equipe nas mais diversas áreas.
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CANAL DE ASSOCIADOS – NOVO TRABALHO: A APRAS iniciou este novo trabalho com uma visão de “Renovar o atendimento e relacionamento da Associação Supermercadista do Paraná com seus associados, visando o crescimento dos líderes empresariais e de sua equipe”. Com a missão de desenvolver uma dinâmica de relacionamento entre os associados, o Canal do Associado traz grandes profissionais e especialistas em áreas diversas áreas do conhecimento para compartilhar informações que atendam às necessidades dos supermercadistas, atacadistas e fornecedores. As ações promovem debates e trocas de ideias entre os associados e fornecedores para fortalecimento das relações de parceria, além de identificar as principais dificuldades dos associados para o fornecimento de informações assertivas e direcionadas ao dia a dia do negócio.
- Redes Sociais, Ecommerce, Tecnologia aplicada ao varejo para os próximos 5 anos
Profª Elizabeth Furtado Mestre FGV e ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing
O 1º Encontro do Canal do Associado foi no dia 21 de julho e contou com a presença do presidente da Apras, Carlos Beal, e do diretor de marketing da Apras, Fabiano Szpyra. Eles receberam todos de forma calorosa e deram as boasvindas à palestrante Elizabeth Furtado (Mestre FGV e ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing). Ela trouxe o Tema: Redes Sociais, Ecommerce, Tecnologia aplicada ao varejo para os próximos 5 anos. A professora ajudou os participantes a visualizarem o momento do E-commerce, as redes sociais como a plataforma de vendas e as perspectivas e tendências para o e-commerce. Ela lembrou sobre a evolução do Marketing Digital e que isto não é mais o futuro, mas sim o presente. Também incentivou a todos a buscarem o melhor conhecimento e a correrem atrás deste mundo digital, deixando a mensagem que “devagar não se vai longe”.
- Visão Econômica do setor: Conversando com especialistas e Supermercadistas sobre as Tendências do Varejo. O 2º Encontro foi no dia 18 de agosto e contou com a participação dos associados da Apras e da professora Renata Steffanoni Bernardes de Queiroz (Drª em Comunicação, Mestre em Administração e Gestora de Marketing) e o professor Jose Augusto Ruas, conhecido como Zeca (Doutor em Economia, Coordenador do Curso Economia na Universidade de Campinas). Eles foram recebidos pelo presidente da Apras, Carlos Beal, e pelo diretor de marketing da Apras, Fabiano Szpyra, que moderou a Webinar. O tema abordado tinha como objetivo compreender as mudanças na macroeconomia (ex: auxílio emergencial, do crescimento econômico e as perspectivas do crescimento econômico). Eles analisaram dados concretos do setor e como o supermercado reagiu durante a pandemia e no momento atual. Também fizeram análise de casos, soluções, alternativas, delivery, etc e concluíram falando como o setor varejista reagiu dentro deste Prof. Jose Augusto Ruas (Zeca) Profª Renata Steffanoni (Doutor em Economia, Bernardes de Queiroz contexto atual, usando de grandes estratégias. Coord. Curso Economia Univ. Campinas)
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(Drª Comunicação, Mestre Administração e Gestora em Marketing)
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- LOJA DE VIZINHANÇA X ATACAREJO No dia 22 de setembro, o encontro no Canal de Associados trouxe o professor Marcelo Ramalho (Professor da FGV-USP, Esalq, BSP, Autor, Consultor e Palestrante) e o professor Marcos Escudeiro (Mentor, estrategista e palestrante). O diretor da Apras, Roberto Bavaresco (presidente da Rede Bavaresco) recebeu os convidados e fez a moderação do encontro. O objetivo do encontro foi fazer uma análise de tendências opostas que convivem e crescem juntas em uma economia em transformação. Marcelo Ramalho falou dos exemplos mais atuais de lojas de vizinhança em nível mundial e como será o consumidor do futuro, que espera uma loja conectada, com experiência para atender, que valoriza o contato humano e que quer comprar com segurança. A compra não será decidida pelo lugar, mas pelo cliente e sua experiência. Ele também destacou que a tecnologia só faz sentido se for criada para as pessoas, que o cliente vai querer interagir mais e se não for aumentado o tempo de atenção com o cliente será perdida a conexão com ele. Marcos Escudeiro tem uma experiência de mais de 30 anos acompanhando o crescimento e desenvolvimento dos Atacarejos no Brasil e em outros países e fez uma análise muito importante sobre o Atacarejo e a Loja de Vizinhança. Primeiramente, passou muitas informações sobre a situação do país e que a tendência é a redução dos gastos familiares, em que atualmente as pessoas “Buscam preço”. O Atacarejo até então estava atendendo este público e buscava vender barato, mas ele acredita que o objetivo do Atacarejo está se confundindo com a Loja de Vizinhança, em que o foco está em bons preços, mas principalmente nos serviços. Ele disse que se o atacarejo não concorrer nos preços e passar a concorrer trazendo serviços, não conseguirá se manter, pois ter bons serviços requer investimento e consequentemente um aumento nos preços. A pergunta que todos fazem é se o Atacarejo é concorrente da Loja de Vizinhança? Mas a pergunta que todo empresário deveria buscar responder, segundo Escudeiro, é “Tenho consciência de qual o melhor modelo de loja para meu cliente?”.
Sr. Roberto Bavaresco (Empresário Rede Bavaresco)
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Prof. Marcos Escudeiro (Mentor, estrategista e palestrante)
Prof. Marcelo Ramalho (Prof. FGV-USP), Esalq, BSP, Autor, Consultor, Palestrante)
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COMITÊS: Comitê de Prevenção de Perdas: A Reunião do Comitê de Prevenção da Apras foi realizada no dia 22 de julho e abordou o assunto “Segurança nas lojas ajudam a reduzir perdas”. O coordenador do comitê, Éder Motin (Gerente Controller da Rede Condor) conduziu a reunião online, que contou com a visita de Karina Duarte (Coordenadora do Institucional Comitê Prevenção de Perdas da ABRAS). Foram convidados profissionais da área de segurança que trabalham em diversos segmentos. Carlos Henrique Silva Lima (Investigador de Polícia há 34 anos em carreira policial) trouxe grandes informações sobre as mudanças e os cuidados que foram identificados em tempos de pandemia. Outro convidado foi Alexandre Bernardino (Gerente de fiscalização e gestão de riscos Carrefour CWB/ PR), que comentou sobre a importância do circuito fechado de TV, com registros de imagens de tudo o que ocorre nas lojas. Ele falou sobre a importância de tratar com zelo e atenção as pessoas em situação de vulnerabilidade social que ficam na frente de caixa, os orientando a buscar por auxílio de assistente social para que possam ajudá-los e tirá-los da rua e das portas das lojas. Mais um profissional da área, Geonei Trevisan (Gerente Prevenção Perdas da Rede Condor), também participou da reunião e falou sobre as boas práticas em segurança patrimonial. A reunião foi encerrada pelo coordenador do comitê, Éder Motin que trouxe Indicadores de perdas da pesquisa da ABRAS 2020 do Paraná.
Comitê de Recursos Humanos: No dia 28 de julho, foi realizada a 3ª reunião do Comitê de RH da Apras, dirigida pela coordenadora do comitê, Charmoniks Heuer. O assunto principal foi sobre “O Impacto da LGPD Para o setor de RH”. Marco Antonio Andrade (Empresário da PRODEG) explicou o que é a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e orientou a todos sobre quais as atitudes que as empresas já devem estar tomando em relação a esta lei que está em vigência desde o dia 16 de agosto de 2020. Ele abordou os cuidados da LGPD no RH, como o setor deve adequar-se à lei e respondeu muitas perguntas sobre o assunto. A reunião também contou com a participação do Dr. Fernando Luiz Rodrigues (Advogado supermercadista), que tirou muitas dúvidas referentes às novas informações, leis e decretos relevantes ao setor de RH dos supermercados.
Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de curso in company que estão sendo feitos online. Nós iremos ajudá-los a identificar as suas necessidades. Você poderá participar do nosso trabalho online de qualquer lugar do estado, assistindo as aulas dentro da sua loja com professores de grande conhecimento e experiência!!!!!!
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A Programação dos Cursos da Academia Empresarial APRAS pode ser vista no site
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Londrina: Priscila no fone (43) 3323-7935 e-mail: londrina@apras.org.br
Ponta-Grossa e Irati: Anita no fone (42) 3236-3077 e-mail: pontagrossa@apras.org.br
Maringá: Andréa no fone (41) 3263-7000 e-mail: andrea@academiaapras.com.br
Pato Branco: Andréa no fone (41) 3263-7000 e-mail: andrea@academiaapras.com.br
Guarapuava: Andréa no fone (41) 3263-7000 e-mail: andrea@academiaapras.com.br
Cascavel: Laila no fone (45) 3223-9995 e-mail: cascavel@apras.org.br
Norte Pioneiro: Andréa no fone (41) 3263-7000 e-mail: andrea@academiaapras.com.br
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ALTA PERFORMANCE E CUIDADOS COM O MEIO-AMBIENTE Presente na casa dos brasileiros há mais de seis décadas, OMO ainda encontra espaço para inovar com produtos mais concentrados, eficientes e sustentáveis. Quando uma marca carrega o histórico de mais de seis décadas na casa dos brasileiros, pensamos primeiro em tradição. Mas no caso de OMO, embora essa reputação seja cultivada com carinho, os olhares estão voltados para a inovação e para o futuro. E isso é demonstrado não apenas nas missões e propósitos da marca, uma das mais importantes da Unilever no Brasil, mas também nos produtos que chegam todos os dias nas mãos dos consumidores. OMO tem investido no desenvolvimento de novas fórmulas e embalagens que entreguem o mesmo desempenho que o público já conhece e confia, mas que consigam ser muito mais amigáveis para o meio-ambiente. Isso, aliás, atende até mesmo uma demanda dos próprios consumidores, como mostrou uma pesquisa de agosto de 2020, encomendada pela Kantar, chamada “Who cares, who does”. Nela, 67% dos consumidores declararam que têm intenção de comprar de modo ambientalmente mais responsável e estão dispostos a mudar seus hábitos para ajudar o planeta, mas para isso precisavam encontrar produtos que juntassem performance e custo-benefício. Esse cenário confirmou as expectativas de OMO, que já trabalhava na criação de produtos mais sustentáveis. Um importante passo foi dado em 2019 com o lançamento de OMO Lavagem
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Perfeita para Diluir, apresentando um formato inovador para os lava-roupas líquidos no Brasil. A embalagem de 500mL rende 3L – ou 30 lavagens na casa do consumidor –, graças a uma tecnologia exclusiva de concentração que torna o produto mais sustentável, mais econômico e até mesmo mais prático, já que foi feito em tamanho menor e mais fácil de ser carregado e armazenado. A fórmula é seis vezes mais concentrada do que outros lava-roupas líquidos de 3L, reduzindo a quantidade de água e insumos necessários na fabricação, bem como a quantidade de plástico na composição da embalagem, 72% menor em comparação às embalagens de 3L. A diminuição das garrafas ainda permite que mais unidades sejam transportadas no mesmo caminhão e, consequentemente, demanda uma frota menor nas ruas, impactando também nas emissões de gases poluentes durante o processo de logística. É interessante também saber que essa nova embalagem é 100% reciclável e composta de 50% de plástico PCR (resina pós-consumo), o que possibilitou uma redução considerável no uso de plástico virgem nas embalagens. E como forma de educar o público sobre a utilização do novo produto, a marca fornece “starter kits” para facilitar o processo de diluição em um recipiente adequado e que poderá ser OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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O GRANDE DIFERENCIAL FOI ENTREGAR UM PRODUTO PODEROSO, MAS QUE NÃO INTERFERE NOS MÉTODOS DO CONSUMIDOR E AINDA PERMITE QUE ELE AJUDE O MEIO-AMBIENTE SEM MUDANÇAS DRÁSTICAS DE ROTINA.
utilizado por um longo tempo, incentivando assim, a reutilização de embalagens. Além disso, mostrou de forma objetiva como o inovador produto tem um preparo simples e sem segredos. O consumidor precisa apenas diluir todo o produto em água e misturar. É importante dizer também que nada muda na hora de dosagem do detergente na máquina, ou seja, é preciso usar somente uma tampinha, com o produto já diluído, para lavar uma máquina cheia de roupas. OMO entende que não é fácil mudar a forma como se usa um produto, ainda mais quando falamos de uma marca tão tradicional. Por isso, o grande diferencial foi entregar um produto poderoso, mas que não interfere nos métodos do consumidor e ainda permite que ele ajude o meio-ambiente sem mudanças drásticas de rotina. E a prova de que o mercado está aberto a essa mudança é que o conceito de OMO para Diluir foi expandido para todo o portfólio de lava-roupas líquidos da marca. Essa jornada de transformação dos produtos tem crescido cada vez mais dentro da marca. Recentemente, foi lançado um novo posicionamento no território da sustentabilidade em que OMO afirma que é possível ser imbatível na limpeza enquanto ajuda o meio-ambiente. E isso pode ser demonstrado através de diversas ações da marca, que integra o programa Futuro Limpo, da Unilever, cujo principal objetivo é zerar as emissões líquidas dos seus produtos até 2039. O portfólio de OMO, por exemplo, já conta com a maioria de ingredientes biodegradáveis e conta com cada vez menos petroquímicos. Há ainda iniciativas que envolvem o uso mais consciente e sustentável da água. É o caso do trabalho de proteção de rios e oceanos, eliminando totalmente das fórmulas o fosfato, substância que pode afetar a qualidade da água no retorno à natureza. Assim, as fábricas, que já reduziram em 39% o consumo de água nos processos produtivos, devolvem uma água mais pura do que receberam.
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ALIMENTOS DO FUTURO VAPZA SE DESTACA COM ALIMENTOS SAUDÁVEIS, SELECIONADOS E PRONTOS PARA O CONSUMO Há 27 anos presente no mercado, a Vapza Alimentos nasceu na cidade de Castro, nos Campos Gerais do Paraná e é pioneira e referência em alimentos embalados a vácuo e cozidos a vapor. A marca proporciona ao consumidor uma alimentação saudável, prática e segura, a partir de um processo tecnológico que promove o cozimento dos insumos, preservando suas propriedades nutricionais e oferecendo alta durabilidade. Em seu portfólio: grãos, tubérculos, vegetais e carnes. Com distribuição nacional e exportação para mais de 10 países, a empresa conta com certificações de qualidade e segurança alimentar nacionais e internacionais como a BRCGS, além de ter os selos Halal, Kosher, Vegan e Orgânico, atendendo todos os públicos que buscam comida de verdade. A Vapza se destaca não só pelo processo considerado inovador, mas por oferecer cerca de 45 produtos para o varejo e food service. Diferentemente do alimento in natura, que precisa de atenção ao condicionamento, segurança e qualidade dos ingredientes que, quando em contato com o oxigênio e a ação dos micro-organismos, se degradam facilmente, os embalados a vácuo e cozidos a vapor podem ser encontrados no varejo ao longo de todos os meses do ano, já que o processo permite estender a validade em uma média de 9 a 24 meses, mantendo a saudabilidade dos alimentos. O crescimento acumulado da empresa em 2021 é de 17%, com crescimento de 36% na linha de orgânicos. A expectativa com os lançamentos
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da linha Vapza Marvel é chegar com crescimento de 25% ao final de 2021. Somente na região sul do país, a Vapza possui 95 redes de varejo credenciadas e mais de 3.500 pontos de vendas. Para o ponto de FLV, a Vapza apresenta soluções como: otimização de espaço no ponto de venda, maior margem de valor na categoria, além de produto com valor agregado. Já nas rotisseries, as vantagens que a empresa traz giram em torno da segurança alimentar, rendimento, pois os alimentos não são desperdiçados, qualidade e sabor.
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BUONO DEMAIS PRA SER VERDADE Um gelato inspirado na tradição italiana, concebido pela criatividade brasileira e produzido com a inovação curitibana. Após meses de testes, foi elaborado para que você possa aproveitar um gelato autêntico, com uma carga calórica cerca de 50% menor do que a de sorvetes comuns. � � �
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41 3663 4240 e 3018 6880
ESPAÇO FORNECEDOR
A OPORTUNIDADE SAUDÁVEL NOVOS HÁBITOS DOS CONSUMIDORES IMPULSIONAM SETOR DE BEBIDAS E COMIDAS SAUDÁVEIS A indústria de bebidas e comidas saudáveis atingiu R$ 100,2 bilhões em 2020, com a aceleração de consumo na pandemia, de acordo com a Euromonitor Internacional. O setor cresceu 33% entre 2015 e 2020, e deve seguir crescendo pelo menos mais 27% até 2025. Na 7ª posição no mercado mundial de alimentos e bebidas saudáveis, o Brasil enfrenta o desafio de satisfazer consumidores que buscam aliar praticidade, boa alimentação, preço e o acesso a este produtos. Segundo um estudo de dezembro de 2020 da RG Nutri, especializada em nutrição e alimentação, 78% dos brasileiros passaram a se preocupar mais com a relação entre alimentação e saúde durante a pandemia. Se antes o segmento de saudáveis tinha uma demanda volátil, agora está bastante consolidado e com crescimento acelerado. A maior evidencia disso está nas gôndolas dos supermercados, onde ganham cada vez mais espaço, com a tendencia da dupla exposição, em especial nas redes regionais e em estabelecimentos menores, que primam pela venda dos produtos com maior retorno. Os produtos saudáveis, além da margem atraente, conseguem satisfazer justamente os consumidores mais exigentes. A americana ADM, uma das maiores companhias do setor de agronegócios do mundo, publicou pesquisa com as próximas tendencias mundiais. As demandas e exigências estão mudando rapidamente no mercado de alimentos. Cerca de 31% dos consumidores estão comprando mais itens “customizados” para sua saúde, e 50% deles
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manifestam preferência por alimentos e bebidas que contêm ingredientes naturalmente benéficos. Atender estas necessidades e desejos dos consumidores é uma crescente oportunidade de mercado, em especial com produtos de boa procedência, e evitando ao máximo as rupturas. O estado do Paraná sempre foi privilegiado em iniciativas de indústrias de alimentação saudável, tanto pela abundância de matéria prima e pelas características da população, quanto pelo apoio das redes supermercadistas que dão importância aos produtos saudáveis e às indústrias locais. Uma das marcas paranaenses que mais tem crescido e se destacado em todo o território nacional é a Vitao Alimentos, líder no segmento de alimentação saudável.
VITAO ALIMENTOS Pioneira no segmento de produtos saudáveis, a Vitao Alimentos é uma empresa 100% brasileira, com tradição em produtos com qualidade e inovação. Fundada em Curitiba no ano de 1988, com as linhas de farinhas, grãos, sementes e cereais integrais para dietas macrobióticas, recebeu o nome Vitao por inspiração do taoísmo, “VI” de vida e TAO, “o caminho do meio, a vida em equilíbrio”. Com a tendência de adoção de hábitos saudáveis pelos brasileiros, a empresa encontrou uma ótima oportunidade de mercado. Há 3 anos, iniciou uma nova etapa com foco no crescimento, sob a direção de Guilherme Curi, que assumiu como CEO da Vitao com o compromisso de mudar a gestão e o desempenho das vendas. OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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SUCESSÃO Pragmático, Guilherme ouviu clientes, compradores, a equipe, consultores e pavimentou um crescimento de 15% de faturamento ao ano. Investiu na adequação no mix, com o lançamento de 76 novos produtos, melhorias na distribuição, hoje com 10mil pdvs, um trabalho maior e mais profundo no trade, e redimensionamento da equipe, com a contratação de 60 novos funcionários. A direção de Guilherme, que fez sua formação na Baldwin Wallace University, em Ohio – EUA, é dinâmica, com decisões rápidas, focada em resultados e nas relações humanas transparentes e diretas. Todas as ações são orientadas pelo espírito de parceria. É uma empresa familiar e profissional ao mesmo tempo. A equipe de vendas da Vitao trabalha conectada diretamente com cada comprador, atendendo as necessidades com respostas imediatas, sem burocracias ou entraves hierárquicos. É também esta ótima relação com o mercado que embasa os lançamentos e melhorias dos produtos que passam pelo departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa. Assim, a Vitao oferece um mix completo e atencioso atendimento, que suprem boa parte da demanda de produtos saudáveis para os supermercadistas. Esta relação direta com respostas rápidas tem se mostrado muito eficiente. Os lançamentos nesse ano já representam 10% do faturamento.
PRODUTOS SAUDÁVEIS E GOSTOSOS Das duas fábricas da Vitao saem mais de 170 diferentes produtos de todas as linhas do segmento saudável (sem glúten, sem lactose, vegano, integral, zero açúcares e proteicos). Uma das unidades fabris é exclusiva para doces e geléias sem açúcar. Os lançamentos são planejados para ajustar o mix ideal e alinhar a marca com as tendências mundiais do mercado de saudáveis. A maioria dos novos produtos tem ao menos dois atributos diferenciais dentre veganos, sem glúten e zero açúcar, o que aumenta sua atratividade, segundo pesquisa do Instituto The Good Food Brasil.
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Os produtos Vitao primam não só pela saudabilidade, mas também pela apresentação e sabor. Trazem para o consumidor uma memória gustativa, a lembrança de estar comendo um produto próximo ao que ele estava acostumado. Há um cuidado especial para que os produtos zero adição de açúcar não tenham residual dos adoçantes após consumidos. OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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Além da variedade de sabores, os produtos são certificados pela sua qualidade. Os produtos integrais, por exemplo, têm a certificação do Whole Grain e os produtos veganos apresentam o Selo Vegano da certificação da SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira. A Vitao Alimentos está sempre trazendo inovação e lançando produtos com qualidade, tradição, sabor e segurança alimentar, proporcionando aos seus consumidores opções de alimentação saudável no café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar de forma saborosa e prática. A marca Vitao é sinônimo de produtos com qualidade, gostosos e saudáveis.
LINHA KIDS A VITAO, ouvindo consumidoras preocupadas com o bem-estar da família, em pesquisas de profundidade, lançou sua Linha Kids, com 18 produtos (chocolate, bolinhos sem glúten, snacks, pipocas e cookies) saudáveis e com variedade de sabor que sejam familiares ao paladar infantil (por exemplo snacks sabores cheddar, pizza e requeijão). Os Vitamigos são 4 personagens criados para conquistar o público infantil: uma estrela, um menino, uma menina e uma dragoa. Há versões infantis de produtos de sucesso da marca, com sabores atrativos para as crianças, como os cookies morango inspirados nos cookies integrais de morango cobertos com chocolate zero açúcar, que são únicos no mercado.
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A ENGENHARIA DE REFRIGERAÇÃO A SERVIÇO DO VAREJO O varejo vive em constante evolução buscando acompanhar as alterações de comportamento dos consumidores e as mudanças do mercado. Os equipamentos de refrigeração, que estão entre os mais importantes para a operação de um supermercado, seja pelo investimento inicial, custo operacional ou importância para garantir a qualidade e segurança alimentar dos produtos perecíveis, também evoluem para oferecerem, sempre, a solução adequada para cada tipo de negócio. Durante um longo período, 1980 – 2010, a tecnologia dos sistemas de refrigeração esteve estacionada em um patamar quase que sem alterações. Foram mais de 30 anos de projetos com o gás R22 dominando a cena e trazendo as respostas simples que dele eram esperadas. Sem demandas ambientais que restringissem sua aplicação, seguiu onipresente por décadas a fio. Os projetos de refrigeração de novos supermercados tinham por objetivo avaliar e escolher as melhores formas de expor os produtos perecíveis e harmonizar os balcões frigoríficos com a arquitetura da loja, tornando o ambiente do salão de vendas mais agradável para o consumidor, sem muito se questionar com o que aconteceria lá na casa de máquinas. O ano de 2010 foi um marco na história da refrigeração comercial brasileira, quando foi quebrada a hegemonia do R22, a quase única alternativa de escolha de projetistas, fabricantes, instaladores e supermercadistas. O Protocolo de Montreal trouxe regras claras para consumo dos HCFCs, como o R22, e o mercado reagiu a esta questão de forma tranquila e gradual, tomando
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as ações necessárias para este processo de transição. Neste momento, os gases denominados HFCs, tais como o R134a e o R404A, hoje muito conhecidos pelos supermercadistas, tornaram-se as grandes alternativas para redução da degradação da camada de ozônio. Anos mais tarde, tendo como foco a redução do impacto dos gases no aquecimento global, um acordo internacional elabora a Emenda de Kigali, uma emenda ao Protocolo de Montreal, que estende a ação de controle e redução do uso também para os HFCs, os gases adotados como alternativos ao R22. 126 países já ratificaram a Emenda de Kigali, a qual define regras e cria um cronograma gradativo de redução do consumo destes gases, orientando o mercado para ações de curto, médio e longo prazo, porém o Brasil encontra-se fora deste grupo de países. Há 22 meses o Projeto de Decreto Legislativo nº 1100/2018 encontra-se em regime de urgência aguardando entrar em pauta no plenário da Câmara dos Deputados. Sem a ratificação pelo governo brasileiro, o mercado nacional faz voo cego, apesar da indústria de máquinas e equipamentos já estar preparada com as soluções alternativas. Quando votada e aprovada, os supermercados brasileiros terão menos tempo de adaptação quando comparado aos de outros países que tomaram esta decisão com antecedência. O período de pandemia, que se arrasta há quase 2 anos, trouxe novas perspectivas sobre o conceito de vida no cotidiano, pisamos levemente nos freios, mas logo em seguida começamos a reaceleração, e toda retomada demanda energia, OUTUBRO | NOVEMBRO | DEZEMBRO | 2021
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diato, e o processo de transição deve ser iniciado muita energia elétrica, e é aqui que nos deparamos por todos àqueles que ainda não o fizeram, pois a com nossos velhos problemas. Nossa matriz eneradaptação às novas tecnologias será gradativa e gética é basicamente hidráulica. Com a escassez ao longo de alguns anos, principalmente na prede água, a geração de energia fica comprometida paração e capacitação dos recursos humanos. Já e os custos sobem quando da ativação de outros são dezenas de lojas no mercado brasileiro commeios de geração. Como maior consumidor indipletamente isentas, livres dos HCFCs e HFCs, ou vidual de energia elétrica em um supermercado, de qualquer tipo de gás que possa ser classificaa refrigeração volta à cena com a demanda por do como danoso ao meio ambiente. equipamentos e sistemas mais eficientes energeE o que esperar do futuro além de gases ticamente. Precisamos de uma transição efetiva menos poluentes e máquinas mais eficientes? com o intuito de reduzir ainda mais o consumo Na verdade, um mundo novo já está nas prande energia elétrica destas máquinas, além do que chetas de muitos técnicos e enjá foi conseguido com a inclusão genheiros iluminados com a visão de portas nos expositores frigoríE O QUE ESPERAR de um mundo digital. A Indústria ficos. Projetos de novas lojas, ou DO FUTURO ALÉM e o Varejo 4.0 fazem parte de um reestilização de antigas, passam a DE GASES MENOS novo modelo de gestão dos nedemandar foco na eficiência enerPOLUENTES E gócios, quase a um clic de nossas gética, exigindo do investidor a MÁQUINAS MAIS mãos. Bancos de dados gigantesanálise do custo total de operação EFICIENTES? NA cos com informações de tempena tomada de decisão sobre o inVERDADE, UM MUNDO raturas de balcões e câmaras são vestimento. NOVO JÁ ESTÁ NAS a base para que máquinas sejam Não bastasse as oscilações do PRANCHETAS DE preparadas para processos analímercado de energia, a comercialiMUITOS TÉCNICOS ticos e passem a tomar decisões, zação dos gases aplicados à refriE ENGENHEIROS objetivando garantir eficiência e geração resolveu assumir o protaILUMINADOS COM A qualidade no armazenamento e gonismo nestas últimas semanas. VISÃO DE UM MUNDO exposição de perecíveis. Os reajustes ocorridos nos últimos DIGITAL. Um mundo novo se desenha 2 anos decorrentes da variação à nossa frente, e não será para cambial se tornaram irrisórios a geração seguinte. Cabe aos gestores atuais perante aumentos de preço, sem prévio aviso, de entenderem como serão afetados pelas novas até 500%. O que explica tal situação? O que oritecnologias e como tirar delas o melhor proveito. ginou movimento tão abrupto? Não temos as respostas. Passada a tormenta, aguardamos redução dos preços e retorno às condições de normalidaENGENHEIRO ROGÉRIO MARSON RODRIGUES de, com a garantia de que não vai faltar gás para (Eletrofrio Refrigeração Ltda - 6.out.2021) distribuição e atendimento do mercado nacional, seja para manutenção ou projetos novos. Este movimento inesperado do mercado de gases foi um sinal de alerta, mesmo que não tenha ocorrido com esta intenção. Temos que reduzir o consumo dos HFCs ao mínimo possível, ou até mesmo interromper seu uso, eliminando a dependência da refrigeração comercial destes gases que estão sob o foco da Emenda de Kigali. As tecnologias aplicadas às máquinas e equipamentos para este fim já estão disponíveis para uso ime-
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