As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Corte e Conformação de Metais , podendo mesmo ser contrárias a estas. 18
Capa Operação de dobramento. Foto: M-edve-D /
Arte final: Vanessa C. Silva
Carta ao leitor
Projeções favoráveis ao setor metal mecânico no
novo ano
Previsões positivas no que se refere à fabricação de veículos leves em 2025, de acordo com o levantamento atualizado pela Anfavea no final de 2024, são um bom sinal para empresas que fornecem serviços de corte, estampagem e soldagem de chapas e perfis metálicos.
As projeções também são boas para diferentes áreas do setor metal mecânico e, inclusive, para empresas que realizam trabalhos de corte e dobra de tubos, quando o assunto é produção de eletrolisadores, necessários à chamada “economia do hidrogênio verde”, que já bate à porta. Os componentes mecânicos dos eletrolisadores são projetados para resistir a ambientes corrosivos e suportar altas pressões e são fabricados pelos processos mencionados acima.
No setor de implementos agrícolas estão acontecendo investimentos que abrangem a aquisição de novas máquinas para corte a laser, estampagem e conformação de chapas e tubos. Nessa toada, os investimentos também estão voltados para a aquisição de robôs industriais direcionados a operações de soldagem. O objetivo é intensificar a produção de equipamentos para o ramo canavieiro e florestal.
Informações e mais detalhes sobre o que está acontecendo nesses setores você confere na seção “Notícias” desta edição, a partir da página 6, que traz também novidades sobre uma tecnologia para diagnóstico remoto de máquinas industriais, chapas grossas para corte a laser de alta potência e soldagem como serviço, além de outros assuntos do dia a dia do ramo de corte e conformação de metais.
Na coluna “Tudo sobre prensas”, na página 20, elaborada em parceria com Natal Pasqualetti Neto, o leitor vai encontrar informações e considerações sobre o dimensionamento da mesa de prensas. O conteúdo abrange o cálculo de deflexão da mesa, para que ela seja utilizada em conformidade com as ferramentas a serem instaladas na prensa, e sua capacidade de suportar a carga aplicada no processo de estampagem, assim como outros tópicos.
Boa leitura.
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Adalberto Rezende Redator
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Corte e Conformação de Metais, revista brasileira que aborda o projeto e a produção de peças a partir de chapas e tubos metálicos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.
ISSN 1808-351X
Redação, Publicidade, Administração e Correspondência Alameda Olga, 315 – 01155-900 – São Paulo – SP – Brasil
CCM é enviada gratuitamente para 12.000 leitores qualificados de empresas diretamente ligadas às atividades de corte e conformação de metais.
Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)
Consumíveis para corte a plasma
Fazem parte deste guia empresas que comercializam consumíveis usados em máquinas de corte a plasma. Esses itens devem ser periodicamente trocados após sua deterioração e são essenciais para garantir a qualidade, precisão e a eficiência das operações de corte. Sua seleção e uso adequados podem contribuir, inclusive, para aumentar a vida útil do equipamento.
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, num total de 44 empresas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, dezembro de 2024/janeiro de 2025.
Notícias
Sergomel investe na produção de implementos agrícolas
ASergomel, empresa especializada na fabricação de implementos para os setores canavieiro e florestal, instalou novas máquinas industriais em sua fábrica, situada no município paulista de Sertãozinho. As máquinas se dividem em modelos para corte a laser, dobramento e estampagem de chapas e tubos. Novos robôs industriais também passaram a operar na fábrica e vão realizar processos de soldagem. A aquisição de equipamentos, bem como a execução de treinamento interno, fazem parte dos recentes investimentos da companhia. Esse e outros assuntos foram comentados por Adriano Terra, engenheiro de produto da Sergomel, que concedeu entrevista à Corte e Conformação de Metais. Adriano, que também está à frente dos trabalhos que envolvem a gestão de processos no parque fabril da empresa, comentou sobre os recentes lançamentos para o setor canavieiro e florestal.Trata-se da “Prancha carrega tudo” e do “Rodotrem 11 eixos”, implementos que passaram a integrar o portfólio da companhia. A Prancha carrega tudo, que pode ser usada para
transportar cargas indivisíveis, por exemplo, é fabricada com aços que apresentam alta ductilidade e que têm grande espessura. Conforme explicou Adriano, o projeto desse implemento teve como objetivo a criação de um produto robusto, porém leve, cujo conjunto é composto por peças reforçadas. O Rodotrem 11 eixos, desenvolvido para o ramo canavieiro, é fabricado com aços de alta resistência. Possui comprimento de 30 metros e largura de 2.600 mm, e pode transportar cargas com peso de até 91 toneladas. Adriano comentou que o projeto deste equipamento tem como destaque a redução da tara, o que proporcionou um aumento do volume da carga que pode ser transportada. Os trabalhos que estão sendo realizados na fábrica da Sergomel incluem a realização de treinamento interno que abrange a capacitação de profissionais para a operação de máquinas e robôs. Adriano contou que uma das premissas da empresa nesse sentido é dar oportunidades para profissionais e iniciantes egressos de instituições de pesquisa e ensino situadas na cidade de Sertãozinho. A companhia também
está investindo na implantação de sistemas industriais automatizados, com conclusão prevista para 2025. De acordo com o engenheiro, o investimento em novas máquinas industriais e robôs foi de R$ 10 milhões. O lançamento oficial dos implementos aconteceu na última edição da Fenatran 2024, realizada na capital paulista. Sergomel –www.sergomel.com.br
Laser azul de 6kW foi lançado pela Laserline
A alemã Laserline, que tem unidade brasileira em São Bernardo do Campo (SP), lançou na feira Formnext, que aconteceu em Frankfurt em novembro de 2024, um sistema a laser de diodo azul com potência de 6kW. Dentre as vantagens do uso do laser azul estão a maior eficiência na absorção de energia, tendo em vista seu menor comprimento de onda, que é absorvido mais eficientemente por metais e materiais reflexivos como cobre e alumínio. Isso permite cortes e soldagens mais rápidos e com menor consumo de energia. Também devido ao menor comprimento de onda, os lasers azuis proporcionam um ponto focal menor e mais preciso, além de reduzir os riscos de danos térmicos, por haver menor geração de calor no ambiente de processamento. O novo recurso vai permitir o uso de cobre como insumo na manufatura aditiva (impressão 3D). Seu comprimento de onda de 445 nm é absorvido por ligas de cobre de forma cinco vezes mais eficiente
Prancha carrega tudo, fabricada com aço convencional. Imagem: Sergomel/Divulgação.
Rodotrem 11 eixos fabricado com aço de alta resistência. Imagem: Sergomel/Divulgação.
do que a radiação infravermelha normalmente utilizada em sistemas de manufatura aditiva de metais. De acordo com um comunicado de imprensa da Laserline, isso contribui para criar poças de fusão extremamente livres da formação de poros (foto).
O aumento da potência para 6 kW permitiu alcançar velocidades de processo mais altas, aumentando o leque de aplicações e abrindo novas possibilidades para processos mais eficientes e com redução da emissão de CO2, também na execução de revestimentos.
A empresa anunciou ainda que está expandindo seu portfólio de lasers de diodo industriais com qualidades de feixe particularmente altas, adquirindo a participação majoritária na WBC Photonics, especialista em laser dos EUA. Laserline – www.laserline.com
Gerdau lança
chapas grossas que podem ser cortadas a laser
O portfólio da Gerdau passou a contar com uma linha de chapas grossas de aço que podem ser processadas, de acordo com recomendações da fabricante, por corte a laser de alta potência. A série de produtos, denominada “Chapa laser Gerdau ASTM
A572 50”, já está disponível para comercialização.
A Gerdau contou com a ajuda do CIT Senai – Centro de Inovação e Tecnologia –, com sede em Belo Horizonte (MG), instituição que foi responsável pela realização das análises metalúrgicas da liga de aço recém-lançada, o que contribuiu para a validação das novas chapas. De acordo com as informações fornecidas por Eduardo Buratto, gerente de marketing e portfólio da Gerdau, à reportagem da Corte e Conformação de Metais, a linha de chapas grossas foi desenvolvida com o objetivo de atender a uma demanda crescente do setor de corte a laser de chapas com grande espessura, sendo os produtos recomendados para corte em máquinas dotadas de sistema laser com potência superior a 10 kW. O executivo também comentou que o novo aço possibilita um processamento em maior velocidade e que mesmo que o material seja cortado em equipamentos com sistema de laser com potência menor do que a mencionada acima, a chapa apresenta uma melhor superfície de corte em comparação com outros processos.
Novo ponto de vendas no interior de SP
A cidade de Marília (SP) agora conta com um novo ponto para comercialização de aços da Gerdau. A unidade, que passou a integrar uma rede de mais de 70
lojas no País, foi inaugurada em novembro de 2024.
Conforme explicou Eduardo, a comercialização da linha de chapas grossas para corte a laser de alta potência pode ser feita pelo endereço eletrônico a seguir. A nova unidade em Marília está situada na Av. Santo Antônio, 1.854, bairro Somenzari. 17506040. Tel. (14) 3303-1700. Gerdau – https://mais.gerdau.com.br
Diagnóstico remoto reduz tempo ocioso de máquinas
Corrigir problemas na máquina antes que eles afetem a produção é o objetivo do sistema de diagnóstico remoto de máquina adotado pela Trumpf e exibido durante a última edição da feira Euroblech, ocorrido em outubro do ano passado, na Alemanha. Dentre as vantagens do uso da tecnologia estão a menor ocorrência de paradas desnecessárias e de perda de materiais, com o consequente aumento da disponibilidade contínua e da produtividade do maquinário. O novo recurso digital está disponível para as máquinas desenvolvidas pela empresa e permite que os técnicos analisem as condições do equipamento em operação, de forma confiável e, acima de tudo, remotamente, levando em conta dados que anteriormente não eram detectáveis, tais como o estado de sensores.
A própria máquina realiza as medições necessárias de forma independente e regular, gerando dados que são verificados pelos especialistas da Trumpf em busca de padrões de erros específicos que indiquem comportamento incomum.
Para isso, os dados são comparados com indicadores e valores-limites definidos por meio de algoritmos de busca automática, técnicas avançadas de inteligência artificial que automatizam o processo de
A Gerdau desenvolveu uma linha de chapas grossas de aço para processamento em equipamentos de corte a laser com alta potência. Imagem: Gerdau/Divulgação.
A empresa alemã Laserline lançou um sistema a laser de diodo azul com potência de 6 kW, indicado para o processamento de cobre por manufatura aditiva. Imagem: Laserline.
Notícias
seleção e otimização de modelos de aprendizagem de máquina. “Se, por exemplo, os componentes do eixo da máquina se desgastam devido à sujeira ou tensão, isso terá um impacto negativo no resultado da produção a longo prazo”, explicou Stefanie Rieker, gerente de produto da Trumpf. “Com o diagnóstico das máquinas, agora podemos evitar esses casos, porque podemos registrar e, acima de tudo, interpretar os dados relevantes. Se houver alguma anormalidade, reagimos imediatamente e entramos em contato com o cliente com recomendações de ação apropriadas”, concluiu. Trumpf – www.trumpf.com/pt_BR
da Trumpf detecta anormalidades antes que elas provoquem falhas nos equipamentos. Imagem: Trumpf.
Robôs humanoides manipulam peças estampadas em
célula de produção
A Figure, desenvolvedora de robôs humanóides sediada na Califórnia, anunciou a realização de testes com seus produtos em uma unidade norte-americana da montadora BMW, em Spartanburg, Carolina do Sul. Os robôs modelo F02 foram testados na inserção de peças metálicas estampadas em células para montagem da carroceria dos automóveis. Pesando 70 quilos, com capacidade de carga de 20 quilos, autonomia de cinco horas e velocidade de 1,2 m/s, o modelo F02 é capaz de completar de forma autônoma
Testado na BMW, o robô F02, da Figure, manipulou componentes metálicos estampados, com resultados promissores, posicionando-os em células de montagem de carrocerias. Imagem: Figure.
inúmeras tarefas humanas, com coordenação de ambas as mãos. Ele pode posicionar peças complexas com precisão milimétrica e mover-se dinamicamente, sendo ainda dotado de inteligência artificial (IA) e capacidade de aprender à medida que executa tarefas. Abrir portas, usar ferramentas, subir escadas e manipular itens são algumas das habilidades do autômato.
A parceira da Figure no fornecimento de IA para os robôs humanoides é a OpenAI. As empresas firmaram uma colaboração para desenvolver modelos de IA avançados especificamente para os robôs, visando capacitá-los a conversar em tempo real e trabalhar ao lado de humanos de forma mais eficiente. Outra parceira e investidora do projeto é a NVIDIA, que fornece uma plataforma abrangente de IA para várias empresas de robôs humanoides.
Desenvolvimento e atuação em fábrica chinesa
A fabricante chinesa de automóveis chinês GAC Group, também divulgou no final de 2024 a terceira geração de seu robô humanoide Gomate. O plano do grupo GAC é testá-lo em suas próprias fábricas antes que ele entre em pequena escala de produção, prevista para começar em 2026. O Gomate se move de forma flexível sobre
quatro ou duas rodas, adaptandose a diferentes ambientes. Possui bateria de estado sólido, que lhe confere autonomia de seis horas de trabalho.
Figure – www.figure.ai
Hypertherm e BLM celebram acordo de operação conjunta
A Hypertherm Associates (Estados Unidos) e o BLM Group (Itália) anunciaram um acordo de parceria estratégica com o objetivo de ampliar o alcance de mercado de suas respectivas linhas de produtos. As duas empresas trabalharão em conjunto para oferecer soluções completas para os clientes, tanto com os sistemas de corte a laser e curvamento de tubos da BLM quanto dos softwares e equipamentos de corte a plasma e jato de água da Hypertherm.
A parceria inclui um investimento em participação minoritária no BLM Group pela Hypertherm e um acordo comercial para promover a geração de demanda pelos sistemas de corte e curvamento de tubos da BLM, assim como sistemas robóticos 3D na América do Norte e na Europa.
A combinação do conhecimento da BLM em tecnologia de corte a laser e da experiência da Hypertherm em sistemas integrados representa uma oportunidade para ambas as empresas fortalecerem os vínculos com clientes e responderem às necessidades de um mercado em constante evolução.
Durante o desenvolvimento do acordo, a Hypertherm contou com a consultoria da Lincoln International e Advant Ntcm, enquanto a BLM teve consultoria do Studio Grimani & Pesce e Studio Gianni & Origoni.
A parceria estratégica permite que cada empresa mantenha sua atual
Sistema
Notícias
estrutura de liderança, operações e outras prioridades estratégicas. O BLM Group é uma empresa global de propriedade familiar, com sede e instalações de fabricação em Cantù e Levico Terme, na Itália. Já a Hypertherm Associates é uma empresa 100% de propriedade dos funcionários, com sede nos Estados Unidos, com instalações de fabricação de equipamentos a plasma em New Hampshire e de fabricação sistemas de jato de água em Minnesota e Washington. A unidade fabril de consumíveis para laser fica em Sasso Marconi, na Itália.
Fabricantes de equipamentos para trabalhar chapas e tubos anunciaram uma parceria estratégica que tem por objetivo a oferta de sistemas completos de fabricação.
Hypertherm Associates –www.hyperthermassociates.com BLM Group – www.blmgroup.com
Prima adquire empresa de automação industrial
A Prima Industrie SpA, por meio de sua marca Prima Power, anunciou no final de 2024 a aquisição da Sistec AM, empresa de automação industrial, em um movimento estratégico que visa aumentar o nível de automação das suas linhas e sistemas integrados de corte de chapas metálicas. Sediada em Pordenone, Itália, a Sistec AM é especializada em projetar, desenvolver e fabricar sistemas robóticos personalizados para processos de produção, possuindo atualmente uma ampla
gama de linhas robóticas, células e sistemas de montagem e de controle de alta tecnologia.
Giovanni Negri, CEO da Prima Industrie e Prima Power, declarou que a aquisição da Sistec AM é estratégica para a proposta de “Evoluir pela integração”, definida como um lema da empresa. A ação expande o seu portfólio de produtos, mas aumenta também a capacidade de antecipar e responder às necessidades dinâmicas dos clientes em termos de soluções integradas.
Daniele De Vecchi, CEO da Sistec AM, comentou: “Esta fusão sob a estrutura robusta da Prima Industrie, após uma colaboração duradoura, nos fornece uma plataforma para expandir nossas inovações tecnológicas e alcance de mercado. É uma confirmação de nosso compromisso compartilhado com a excelência em automação industrial e com a criação de valor agregado para nossos clientes”. Prima Industrie SpA –www.primaindustrie.com
RWAAS,
a soldagem robotizada como serviço.
A Valk Welding (Países Baixos) definiu um portfólio de serviços de soldagem automatizada destinado a empresas de manufatura que precisam de técnicas avançadas, mas também flexíveis ou temporárias, e que não têm condições de investir na compra dos equipamentos adequados. Denominado “soldagem robotizada como serviço” (ou RWAAS, de robot welding as a service), o pacote inclui o acesso a um robô de soldagem da Panasonic, incluindo os consumíveis necessários e a programação automática, a uma taxa mensal fixa. As empresas contratantes se beneficiam também da experiência de mais de 60 anos que a empresa
Empresa dos Países Baixos oferece serviços de soldagem automática com robôs avançados, tornando este recurso mais acessível a empresas de manufatura de qualquer porte. Imagem: Valk Welding.
tem no segmento de tecnologia voltada para a soldagem. São oferecidos ainda suporte técnico, treinamento e consultoria para otimizar a qualidade dos resultados e a eficiência da soldagem. Montado em uma estrutura em “C”, o robô para soldagem a arco comporta peças de diversas dimensões, em aço carbono, alumínio ou aço inoxidável.
Sua programação automática é resultado da parceria com a empresa de software ArcNC, que automatiza a programação offline de robôs de soldagem.
O sistema analisa arquivos oriundos de sistemas CAD 3D, identifica linhas de união e recomenda posições e sequências de soldagem, o que combina a velocidade e a precisão dos robôs de soldagem Panasonic com a conveniência dos robôs colaborativos (cobots). Valk Welding – https:// valkwelding.com
Soldagem livre de contaminantes
Os processos de união como soldagem e colagem podem produzir conexões fortes e duráveis, mas isso só é possível se as áreas de superfície correspondentes estiverem muito limpas e, principalmente, livres de resíduos orgânicos. Uma resposta para este desafio técnico foi criada pelo Instituto Fraunhofer de Técnicas de Medição Física (IPM),
na Alemanha. Pesquisadores da instituição desenvolveram um escâner que detecta contaminações e inspeciona grandes áreas, de forma completa e totalmente automática.
Contaminantes presentes em superfícies de componentes metálicos, tais como resíduos de lubrificantes ou agentes de desmoldagem, podem prejudicar etapas posteriores do processo de produção. A soldagem, a colagem e a vedação, em particular, são altamente sensíveis à contaminação orgânica. Os escâneres a laser do Fraunhofer IPM, denominados F-scanner, usam tecnologia de medição de fluorescência para verificar a limpeza dessas superfícies. “Recentemente, desenvolvemos sistemas F-scanner especiais para duas aplicações muito diferentes e os introduzimos nos processos de produção dos clientes”, informou Alexander
Substâncias orgânicas fluorescem sob a luz do laser e isso faz com que o F-scanner detecte até a menor contaminação, rastreando toda a superfície do componente em questão de segundos. Imagem: Fraunhofer IPM.
Blättermann, gerente do Grupo de Análise Óptica de Superfícies (Optical Surface Analytics Group) no Fraunhofer IPM. O F-Scanner permite a inspeção total da superfície dos componentes antes da soldagem, e a decisão sobre se um componente é aceitável ou não é feita automaticamente pelo algoritmo
do sistema com base em critérios específicos da aplicação. Isso garante a qualidade dos pontos de solda e, portanto, a confiabilidade de longo prazo dos componentes. O sistema já está em uso em um fornecedor automotivo alemão e deve ser implementado em vários clientes em 2025.
Os sistemas de inspeção são especialmente projetados para uso em ambientes de produção e têm um invólucro modular, à prova de poeira e respingos, com resfriamento ativo. Junto com a calibração automática, isso garante a máxima estabilidade e qualidade de dados, bem como manutenção e tempo de inatividade mínimos para os sistemas. A integração completa de vários escâneres nas linhas de produção também é possível, desde que planejada em projetos de acompanhamento. Instituto Fraunhofer (IPM) –www.ipm.fraunhofer.de
Notícias
Aumento da produção de eletrolisadores exige capacidade do setor metal mecânico
A Neuman & Esser (NEA), empresa global de origem alemã, anunciou a ampliação de sua fábrica de geradores para usinas de hidrogênio de baixo carbono, também chamado de hidrogênio verde. Localizada em Belo Horizonte (MG), a unidade teve sua capacidade quadruplicada, atingindo uma produção capaz de gerar 70 MW/ano de hidrogênio verde. As instalações passam a ocupar uma área de 3.500 metros quadrados, e a expectativa da empresa é aumentar a produção em até sete vezes em relação aos níveis atuais, além de expandir a capacidade de empacotamento de compressores de gases industriais, tais como H2 e CO2 e movimentar uma parte importante do segmento metal mecânico. “Nossa estratégia de fortalecimento abrange quatro frentes de atuação: fabricação de unidades compressoras para gases, sistemas de moagem e classificação de materiais sólidos, geradores de hidrogênio e serviços especializados”, afirmou o diretor presidente da NEA Brasil, Marcelo Veneroso.
Eletrolisadores
Os eletrolisadores são o coração dos sistemas de geração de hidrogênio e são produzidos pela NEA sob rigorosas especificações. São dispositivos que convertem água em hidrogênio e oxigênio utilizando eletricidade. Seus componentes mecânicos são projetados para resistir a ambientes corrosivos e suportar altas pressões. São fabricados por usinagem, corte e dobra de tubos, estampagem e caldeiraria, o que deve aumentar a
O fortalecimento do mercado de hidrogênio verde levou a Neuman & Esser a investir R$ 70 milhões na ampliação da sua unidade de produção de eletrolisadores em Belo Horizonte (MG). A ampliação movimenta toda a cadeia de fornecimento de componentes, tubulações e serviços de caldeiraria. Imagem: Neuman & Esser.
demanda por estes serviços, visto que a empresa adquire boa parte desses itens de fornecedores locais. Flanges usinadas em aço carbono, componentes para placas confeccionados em aço inoxidável ou revestidos para resistir à corrosão, além de carcaças diversas moldadas em plásticos de engenharia, são alguns dos itens necessários à montagem dos eletrolisadores.
Para armazenar e movimentar o hidrogênio a ser comercializado são necessários vasos produzidos com aços de alta resistência ou inoxidável, além de tubulações às quais são conectadas as flanges. A necessidade de montagem rápida desses sistemas representa uma demanda por processos mais eficientes e materiais mais resistentes, aumentando a demanda por aços especiais e plásticos de engenharia. Os vasos de pressão para armazenamento e transporte do hidrogênio podem ser produzidos em aços especiais ou por enrolamento filamentar (filament winding), que combina o uso de resinas termofixas e fibras de alta resistência. Esses materiais são escolhidos com base na sua resistência química, condutividade elétrica, durabilidade e custo, podendo variar em função das especificidades de operação.
Descarbonização em vista
A Neuman & Esser é a única empresa produtora de eletrolisadores na América Latina e mantém atualmente uma parceria com a Universidade Federal de Itajubá (MG), onde está instalada uma planta operacional de hidrogênio verde em pequena escala. Além de fortalecer a aliança com a academia, os investimentos anunciados vão promover a criação de 200 novos postos de trabalho diretos e indiretos, empregando uma mão de obra qualificada e bem remunerada. “Vamos promover também a multiplicação do conhecimento de produção de eletrolisadores, pois não há no mercado mão de obra qualificada ou sequer estrutura para qualificála”, comentou Rafael Serpa, gerente de vendas e aplicação da Neuman & Esser no Brasil. Rafael explicou ainda que há dois perfis para a clientela das usinas de hidrogênio verde: o mercado de exportação, que visa suprir a demanda de países que atualmente enfrentam restrição da oferta devido a problemas climáticos ou geopolíticos, a exemplo da Alemanha e Japão; e o mercado interno, movido pela necessidade de descarbonização de atividades industriais.
As empresas locais podem tanto se interessar por iniciar ações neste sentido quanto substituir o chamado hidrogênio cinza, produzido a partir do gás natural e com maior pegada de carbono, pelo hidrogênio verde, obtido por eletrólise da água. “A produção a partir do gás gera de 10 a 12 quilos de CO2 para cada quilo de hidrogênio, enquanto a eletrólise zera totalmente as emissões”, explicou Rafael.
A agenda ESG na indústria, que implica a descarbonização de processos produtivos, também deverá favorecer o ciclo econômico ligado ao hidrogênio, com a estruturação de um parque fabril que vai movimentar toda a cadeia de fornecedores e ferramentas de financiamento, além de promover a formação de mão de obra qualificada. Neuman & Esser –www.neuman-esser.com
Intersolar South America
Fotovoltaica
Tecnologias termossolares
Usinas de energia solar
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ees South America
Tecnologias de armazenamento de energia
Sistemas de armazenamento de energia
Hidrogênio verde
DE ENERGIA USO DE ENERGIA
Eletrotec+EM-Power South America
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Eficiência energética
Gestão de energia
Power2Drive South America
Infraestrutura de carregamento
Baterias de tração
Mobilidade elétrica
T H E S M A R T E R E S O U T H A M E R I C A E N F O C A I N O VA ÇÕ E S E M E N E R G I A
R E N O VÁV E L E E L E T R OM O B I L I DA D E
Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gestão de energia O B R A S I L L I D E R A A R E V O L U Ç Ã O E N E R G É T I C A G L O B A L :
Na vanguarda global da transição energética, o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de armazenamento de energia, tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de armazenamento de energia aprimora a estabilidade da rede, resultando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a par tir de fontes renováveis intermitentes. O aproveitamento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustentabilidade energética, estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países The smar ter E South America – a maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda questão da nova realidade energética,
abrangendo energia renovável, armazenamento de energia, redes inteligentes e eletromobilidade
Nossa missão é inspirar e facilitar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialistas e líderes do mundo todo para fazer avançar a pauta da energia sustentável Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:
EIXO LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
Notícias
Distribuidora de aços investe em internacionalização e capacitação
O Grupo Açotubo está conduzindo um programa de internacionalização que tem como premissa a expansão da sua atuação, em um primeiro momento, para o mercado de aços dos Estados Unidos e do México. No que se refere aos planos de desenvolvimento de seu parque fabril situado na cidade de Guarulhos (SP), a companhia está trabalhando em projetos voltados para a capacitação de mulheres em construção mecânica, incluindo operações de soldagem e corte e conformação de metais. Esses projetos não só visam incluir lideranças femininas, mas também capacitar pessoas de diferentes gêneros.
A empresa, que agora tem Ana Paula Sarmento como diretora de desenvolvimento internacional e inovação, está atenta à movimentação de setores que são expressivos consumidores de chapas metálicas naqueles países, tais como a indústria automotiva, de máquinas e equipamentos industriais, construção mecânica, implementos rodoviários, implementos agrícolas e bens de capital.
Ana Paula, que concedeu entrevista à Corte e Conformação de Metais , comentou que as
estratégias da Açotubo, tanto no que diz respeito ao mercado brasileiro quanto ao da América do Norte, envolvem a união de expertises de diferentes departamentos visando ao desenvolvimento de produtos e à elaboração de estudos. Conforme um comunicado da Açotubo, uma das medidas para a entrada no mercado de aços norte-americano é a renovação do grupo empresarial como associado do MSCI (Metal Service Center Institute), principal entidade que congrega os distribuidores e processadores de aço nos Estados Unidos. As etapas seguintes do programa de internacionalização, conforme explicou Ana, vão priorizar o desenvolvimento de produtividade e capacitação em plantas industriais situadas na Colômbia e Peru, onde o grupo empresarial já consolidou negócios. Açotubo – www.acotubo.com.br
Senai Cimatec promove mestrado e doutorado de gestão industrial
Um programa de mestrado e doutorado do Senai Cimatec tem como temas principais o uso de tecnologias voltadas para a indústria de manufatura, incluindo o setor metal mecânico e o de corte e conformação de metais, e a gestão de recursos no chão de fábrica.
Trata-se do Programa PPG Getec, que tem como objetivo a especialização de profissionais que atuam em áreas como, por exemplo, engenharia mecânica, fabricação de peças para veículos e linhas de pesquisa para o desenvolvimento de produtos, além de outros setores.
No que se refere às linhas de pesquisa, o programa se concentra em gestão e desenvolvimento industrial, aplicação de tecnologias para o desenvolvimento de
Programa de gestão de recursos e tecnologia na indústria, além de pesquisa para o desenvolvimento de produtos, visa capacitar profissionais do setor metal mecânico. Imagem: Senai Cimatec/Divulgação.
produtos e processos produtivos. Os trabalhos a serem realizados por meio do programa podem incluir a colaboração com empresas em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, assim como atualização de parques fabris, realização de cursos, iniciação científica e intercâmbio acadêmico, técnico, científico e cultural. Mais informações podem ser obtidas no site do Senai Cimatec. Senai Cimatec –https://seja.senaicimatec.com.br
Anfavea prevê aumento da produção de automóveis em 2025
A Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – atualizou os dados referentes ao desempenho da indústria automotiva em 2024. A entidade divulgou no final daquele ano informações sobre o índice de produção de veículos, emplacamento, exportações e novos empregos, entre outros tópicos. Além disso, foram feitas previsões positivas para 2025, um bom sinal para empresas que prestam serviços de corte, estampagem e soldagem de chapas. De acordo com a Anfavea, a produção de veículos entre o primeiro e o segundo semestre de 2024 aumentou em 26,2%. Em
Linha de produção da Açotubo em parque fabril em SP, onde poderão trabalhar pessoas de diferentes gêneros, a partir de programa de capacitação. Imagem: Açotubo.
Balanço do setor automotivo realizado pela Anfavea apontou aumento de 26,2% da produção entre o primeiro e o segundo semestre de 2024, com a criação de 100 mil empregos, entre diretos e indiretos. Para 2025, a previsão é que a produção de veículos leves aumente em 7,3%. Imagem: Usertrmk, Freepik.
se tratando separadamente da produção mensal de automóveis, o levantamento apontou que houve aumento de 25,1% em dezembro de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2023. A produção de veículos leves constatada entre janeiro e dezembro do ano passado teve acréscimo de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O índice de produção de veículos pesados também foi divulgado pela entidade. A produção de caminhões, em um comparativo do mês de dezembro de 2023 e o mesmo mês de 2024, aumentou em 36,8%. Também foi percebido acréscimo de 41,1% na produção de caminhões entre janeiro e dezembro de 2023 e o mesmo período de 2024.
O volume de ônibus fabricados aumentou em 19,2% em dezembro do ano passado em comparação com o mesmo mês de 2023, assim como foi percebido um aumento de 33,8% da produção anual, levando em consideração o desempenho do setor observado nos últimos 24 meses. No que se refere ao percentual de emplacamentos de automóveis e veículos comerciais leves, a Anfavea mostrou que de outubro a dezembro de 2024 o índice de modelos híbridos emplacados passou de 4% para 7%, ao passo que os elétricos saíram de 6,1% para 5,9% no mesmo período.
O índice de emplacamento de veículos híbridos plug-in entre os meses mencionados acima passou de 5,6% para 6,9%.
As exportações de veículos tiveram crescimento de 44,2% entre o primeiro e o segundo semestre de 2024, sendo a Argentina o principal destino tanto no ano passado como este ano.
Empregos em 2024 e projeção para 2025
O balanço realizado pela Anfavea apontou que 100 mil empregos foram criados na cadeia de produção de veículos brasileira em 2024. A entidade divulgou que 10 mil vagas diretas foram criadas entre janeiro e dezembro daquele ano. Conforme as previsões da instituição, a produção de veículos leves em 2025 terá aumento de 7,3%, ao passo que a produção de veículos pesados se manterá estável. As exportações de veículos leves terão crescimento de 6,3% e as de pesados 4,5%.
Anfavea – https://anfavea.com.br
Produção de aços aumentou em 16% em outubro último
Houve aumento de 16% na produção de aços no País em outubro de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil. Ainda conforme o instituto, o setor siderúrgico produziu no período analisado 3,08 milhões de toneladas de aço bruto, o segundo maior volume produzido naquele ano. Os dados mostram também que o índice de produção de aços em outubro último ficou muito próximo do observado no mês de julho, em que foram produzidas 3,09 milhões de toneladas. Ainda no mês de julho de 2024 foi percebido um crescimento de 6,6% na produção de aços em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O segmento de aços planos aumentou em 21,5% o volume produzido, em uma comparação com outubro de 2024 e o mesmo mês de 2023. O ramo de aços longos também aumentou a produção em 9,9% no período analisado. As vendas internas aumentaram entre setembro e outubro de 2023 e 2024, em que foi percebido acréscimo de 1,5% e 16,7%, respectivamente, somando um total, em 2024, de 1,93 milhão de toneladas de aços comercializadas.
As importações de aços registradas em outubro do ano passado somaram 598 mil toneladas, com taxa de penetração maior (20,1%) do que a percebida no mesmo período em 2023 (17,8%). Conforme foi divulgado pelo Instituto Aço Brasil, 62% do volume de aços importado pelo País em outubro último foram fornecidos pela China.
Instituto Aço Brasil –www.acobrasil.org.br
Indústria italiana de máquinasferramentas teve desempenho fraco em
2024
O ano de 2024 fechou com uma queda considerável de desempenho para os fabricantes italianos de máquinas-
Foi divulgado pelo Instituto Aço Brasil que o setor siderúrgico do País produziu 3,08 milhões de toneladas de aço bruto em outubro de 2024. Imagem: ABCEM/Divulgação.
Notícias
ferramentas, robôs e sistemas de automação, e a perspectiva para 2025 é de reversão dessa tendência, embora com certa moderação. Foi assim que Riccardo Rosa, presidente da UCIMU, associação italiana de fabricantes de máquinasferramentas, robôs e sistemas de automação, definiu o momento atual da indústria italiana, em coletiva de imprensa no final de 2024.
Com base nos dados preliminares preparados pela UCIMU, em 2024 a produção foi de 6.745 milhões de euros, apresentando uma queda de 11,4% em relação ao ano anterior, associada à forte contração das entregas dos fabricantes no mercado interno, que não ultrapassaram os 2.255 milhões de euros, ou seja, 33,5% a menos que em 2023. A medida dessa fraqueza é expressa pelos números do consumo das famílias, que caiu 34,8%, para 3,795 milhões de euros. Essa tendência também impactou o desempenho das importações, que caíram 36,5%, para 1.540 milhões de euros. O desempenho dos fabricantes italianos no mercado externo foi diferente, como destacado pelo número de exportações, que cresceram 6,3% em relação a 2023, para 4,490 milhões de euros, um novo valor recorde nunca antes alcançado.
De acordo com a instituição, que processou dados do Instituto Nacional de Estatística Italiano (ISTAT), no período de janeiro a agosto de 2024 (últimos disponíveis), os principais mercados de destino para os fabricantes italianos de máquinas-ferramentas foram os Estados Unidos (419 milhões de euros, um aumento de 17,8%), Alemanha (243 milhões de euros, com aumento de 12,3%), China (138 milhões de euros, uma redução de 15,3%), Índia (132 milhões de euros, aumento de 00%) e França (125 milhões de euros, ou uma redução de 9,3%) .
Exportação e produção em alta
Para 2025, os resultados esperados devem incluir um retorno à faixa positiva, mas com aumentos moderados. A produção deve aumentar 2,9%, atingindo 6.940 milhões de euros, tendo como principal motivador as exportações e a recuperação gradual da demanda no mercado interno. O consumo italiano de máquinasferramentas, robôs e automação deve aumentar para 4,070 milhões de euros, correspondendo a 7,2% a mais do que em 2024. As importações também devem se beneficiar dessa fraca recuperação da demanda interna, com um crescimento de 6,2% para 1,635 milhões de euros.
Riccardo Rosa comentou que “após o verão, ficou claro que 2024 seria um ano completamente perdido para a indústria italiana de máquinas-ferramentas, que, no entanto, tentou salvar o resultado final por meio de atividades no exterior. Essa era a situação e, mesmo assim, nosso departamento de estudos teve de revisar novamente para baixo as estimativas apresentadas em setembro, um sinal das dificuldades que nossas empresas estão enfrentando”.
Ele ponderou, no entanto, que 2024 mostrou a capacidade dos fabricantes italianos de orientar seus negócios rapidamente para as áreas mais dinâmicas do mundo, começando pelos Estados Unidos.
“No entanto, olhando além, o medo de que a nova administração dos EUA possa decidir implementar uma nova política tarifária sobre bens relacionados à nossa produção nos coloca em alerta e nos obriga a considerar cuidadosamente nossas atividades de internacionalização”, afirmou.
Green Deal e instabilidade social
Em relação ao Green Deal, pacto ecológico europeu, que pretende tornar o continente climaticamente neutro até 2050, Riccardo Rosa acrescentou que a Europa pretende prosseguir com o plano de transição dos motores a combustão para os elétricos, com o calendário e os procedimentos já consolidados, o que irá testar severamente a indústria transformadora no velho continente.
“O que estamos a assistir atualmente, com o fechamento de algumas fábricas de automóveis e a dispensa de milhares de trabalhadores, incluindo os de indústrias e atividades correlatas, pode desencadear um efeito dominó que poderá trazer um grave problema social para a maioria dos países da região, começando pela Itália. Não podemos permitir isso de forma alguma e, portanto, creio que é necessário que todos os órgãos representativos do mundo industrial façam suas vozes serem ouvidas, antes que seja tarde demais. Este é um jogo que envolve empresários, gestores, trabalhadores e instituições governamentais pelo interesse comum de defender a indústria, que é a base do sistema econômico na Itália e na Europa. Por esta razão reiteramos às autoridades governamentais a necessidade de refletir, desde o início do ano, sobre um novo programa de política industrial que possa acompanhar e apoiar o desenvolvimento das empresas a partir de 2026”, alertou.
UCIMU – www.ucimu.it
Alimentadores para prensas
As empresas listadas neste guia atuam no setor de fabricação e/ou comercialização de alimentadores de prensas. Indicadas para o atendimento de demandas de grandes linhas de produção devido à repetibilidade e à velocidade de procedimentos que proporcionam, os alimentadores automatizados são importantes em operações que abrangem o processamento de chapas e tiras metálicas. Bastante relevantes, estes itens têm sido aperfeiçoados no que diz respeito à incorporação de recursos eletrônicos como, por exemplo, sensores e painéis. Nos modelos mecânicos e pneumáticos, componentes também têm sido aprimorados para que não se tornem obsoletos.
NG Automação (11) 99249-0264 carlos@ngautomacao.com.br
P/A Brasil (11) 99937-3849 contato@pa.com www.pabrasil.ind.br
Acionamento mecânico
Acionamento pneumático
Acionamento elétrico Controle eletrônico
Controle mecânico
Largura máxima da chapa (mm)
Espessura máxima da chapa (mm)
Avanço máximo (mm)
Potência do servomotor (kW)
Força de tracionamento da chapa (kgf)
Força de fixação (kgf)
Velocidade máxima de alimentação contínua (m/min)
Empresa Telefone E-mail Fabricante País
Pivatic (*) www.pivatic.com sales@pivatic.com
Prodty (11) 99957-7258 sansao@prodty.com.br
Semac (11) 94554-1254 info@semac.com.br
Setrema (11) 4591-1801 vendas@setrema.com.br
Stampco (11) 96505-0007 vendas@stampco.com.br
Surnui (*) www.sz-sunrui.com info@sz-sunrui.com
Tecec (51) 99103-6754 vendas@tecec.com.br
(*) A empresa procura por representante para o Brasil.
Largura máxima da chapa (mm)
Espessura máxima da chapa (mm)
Avanço máximo (mm)
Potência do servomotor (kW)
Força de tracionamento da chapa (kgf)
Força de fixação (kgf)
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 40 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, dezembro de 2024/janeiro de 2025.
Tudo sobre prensas
Conceitos de dimensionamento da mesa da prensa
Considerações sobre o dimensionamento da mesa da prensa, sua capacidade de suportar a carga aplicada no processo de estampagem e cálculo de deflexão.
Nos meus descritivos técnicos, eu procuro não me aprofundar tecnicamente a fim de que o máximo de pessoas possam conhecer um pouco do universo das máquinas e equipamentos para estampagem de metais. Dessa maneira, este descritivo não entra em detalhes, mas indica o caminho para os técnicos e engenheiros interessados no cálculo estrutural.
Nas prensas para estampagem, como já comentei em descritivos anteriores, temos que dimensionar a mesa para que ela suporte a carga e para que a deflexão seja limitada conforme a precisão das ferramentas a serem instaladas na prensa.
De maneira geral, nas prensas para estampagem de metais, considera-se que a carga está distribuída em pelo menos 2/3 da área útil da mesa, e que ela tenha uma deflexão máxima de 0,125 mm/m. Lembrando que as ferramentas de maior precisão requerem uma deflexão ainda menor.
Análise de uma carga distribuída
Natal Pasqualetti Neto*
Observem que o momento fletor da carga distribuída em uma viga biapoiada é uma curva. Eu particularmente sempre fui fascinado pela geometria e matemática e, se a estrutura fosse construída seguindo os esforços que ela tem de suportar, ela teria similaridade com o diagrama de momento fletor.
Resistência de estruturas à flexão
A resistência ao momento fletor depende da geometria da estrutura. Se fizermos um corte transversal na estrutura, a figura encontrada deve ser alta e ter a maior parte da massa afastada do centro. No dia a dia, sobretudo no que se refere às estruturas metálicas da construção civil, um dos perfis mais conhecidos é a “Viga I”, mostrada na página seguinte.
Observem que as massas (abas) estão afastadas do centro. São as abas que proporcionam a resistência à flexão. A alma da viga é apenas a estrutura de sustentação das abas. Portanto, quanto mais alta for a viga e quanto mais as massas estiverem afastadas do centro, maior será a resistência à flexão.
Um erro que vejo muito, em se tratando de estruturas de mesa, é o aumento da espessura das chapas verticais (equivalentes à alma – ver figura da viga) com o objetivo de aumentar a resistência à flexão. As chapas verticais são apenas a ligação entre as chapas horizontais da parte superior e inferior da mesa (abas da viga – ver figura da viga) e não são as responsáveis diretas pela resistência à flexão. As chapas verticais têm que ser dimensionadas para ter resistência suficiente na sustentação das chapas superiores e inferiores (abas da viga).
NOTA: As chapas verticais, por serem mais esbeltas, estão sujeitas à flambagem. Assim, se faz necessário analisar a necessidade de uso de nervuras de reforço.
Torção da estrutura
Eu considero a parte da torção o fator principal para a definição do perfil ideal a ser adotado na mesa da prensa. Eu, em
particular, guardo comigo a minha apostila de torção da época da faculdade, a qual contém toda a teoria a respeito e, inclusive, o estudo da geometria dos diversos perfis.
Primeiro vamos analisar os casos abaixo, tomando como base um perfil bem simples, uma viga de perfil retangular. Esta viga está engastada e vamos aplicar uma carga em sua extremidade.
Caso 1: Na viga da figura a seguir, vamos aplicar uma carga no centro, na direção do centro de torção da viga.
NOTA: Como a figura é simétrica, o centro de força coincide com o baricentro.
Podemos observar que pelo fato de a carga estar na direção do centro de torção, haverá apenas a flexão da viga.
Caso 2: Na viga da figura na página seguinte, vamos aplicar uma carga em uma direção fora do centro de torção da viga.
Tudo sobre prensas
Neste caso, além da flexão temos também a torção na viga. Isso significa que teremos tensões compostas atuantes na viga.
Agora vou apresentar um perfil e deixo uma pergunta. Pela intuição, onde vocês pensam que é o centro de torção do perfil da figura a seguir?
Neste perfil, chamado de “U” ou “C”, ao contrário do que indica nossa intuição, o centro de torção fica fora da figura.
Disso conclui-se que um ótimo perfil para a mesa da prensa são dois perfis C, conforme figura abaixo.
Além de eliminar/minimizar a torção, temos as massas (abas) afastadas do centro com alta resistência à flexão. Além disso, o espaço entre os perfis permite a coleta de retalhos de metais que ali caem.
Natal Pasqualetti Neto é engenheiro mecânico pós-graduado em Automação Industrial pelo Centro Universitário FEI (São Bernardo do Campo, SP). Sócio Proprietário da NATAL Treinamento e Consultoria – www.natal.eng.br.
Saiba mais sobre prensas na coluna “Tudo sobre prensas”, no site da Corte e Conformação de Metais: <QR Code>
As máquinas dobradeiras para chapas metálicas oferecem vantagens como a precisão, repetibilidade, velocidade e redução de custos operacionais na fabricação de itens a partir de chapas metálicas. Neste guia estão disponíveis informações sobre a oferta nacional das ferramentas usadas nessas máquinas, com seus diferentes formatos, sistemas de fixação e materiais que podem processar.
Empresa Telefone E-mail
Inplaf (11) 96828-3517 mauro@inplaf.com.br
MDO (19) 99764-9173 remap@remap.com.br
Rolleri (54) 3039-0600 info@rolleri.com.br
Santa Rita (19) 98168-8750 rafael@santaritaequipamentos.com.br
Wilson Tool (11) 5624-2444 vendas@wilsontool.com.br
Rolleri, Itália
Sistema de fixação Para dobramento de Acessórios
Mecânico Pneumático Pino/botão para troca rápida Aço carbono Aço inoxidável Alumínio Cobre Latão Fixadores Adaptadores Outros
Wilson Tool, EUA; ToolsPress, Itália
(*) A empresa procura por representante para o Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 34 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, dezembro de 2024/janeiro de 2025.
Livros e informativos
Análise de falhas em equipamentos metálicos
Está disponível para download gratuito o livro “Análise de falhas: trincas e fraturas em equipamentos metálicos”, de autoria de André Pelliccione, da Petrobras, e Paulo Sérgio Carvalho Pereira da Silva, consultor. Os dois são especialistas em análise de falhas. O e-book foi lançado pela Petrobras por meio do Programa de Editoração de Livros Didáticos (PELD). A obra possui dez capítulos nos quais o leitor vai encontrar informações sobre comportamentos mecânico e metalúrgico relacionados a mecanismos de danos que promovem trincas e fraturas em estruturas metálicas e equipamentos. O capítulo 1 é dedicado à introdução e à contextualização da análise de falhas, enquanto os capítulos 2 e 5 trazem informações sobre os esforços e tensões que podem levar à ocorrência de fraturas em, por exemplo, tubulações e plataformas fabricadas com aço.
Nos dois últimos capítulos mencionados há seções em que são abordados
temas que vão desde a mecânica da fratura até os conceitos fundamentais da análise de falhas, além de tópicos que abrangem a relação de mecanismos de danos com a análise de falha. O novo livro também possui capítulos dedicados a discussões a respeito dos mecanismos de danos que promovem trincas ou fraturas e, inclusive, sobrecarga dúctil, sobrecarga frágil, trincamento assistido pelo meio, fluência, fadiga, casos particulares de fadiga e fenômenos de fragilização.
Fazendo um recorte da parte do livro que trata dos mecanismos de danos, as discussões abrangem desde os mecanismos de danos mecânicos e danos por corrosão, passando por tópicos relacionados aos mecanismos de danos por corrosão sob tensão e induzidos por hidrogênio, até os mecanismos de danos metalúrgicos.
A causa das falhas também é abordada em uma seção que envolve considerações sobre os diversos fatores que podem contribuir, de forma simultânea, para a ocorrência de uma falha. Por exemplo, existem casos em que há mais de uma causa de falha, e ainda sobre este tema, é mencionado na obra um caso de um vaso de pressão que sofreu fratura durante o teste hidrostático, em que o aço sofreu envelhecimento, o que levou à fragilização do vaso, durante a operação normal em elevadas temperaturas. De acordo com informações disponíveis no livro, a fratura que fragilizou o vaso mencionado acima ocorreu devido ao surgimento de uma trinca, que aconteceu durante o processo de soldagem do vaso.
As seções que compõem o capítulo
sobre a causa das falhas também se dividem em cinco partes dedicadas a temas relacionados à falha de material, falhas de projeto, influências da descontinuidade da fabricação de equipamentos metálicos, desafios do processo de montagem desses equipamentos e falha prematura, que pode ser causada, por exemplo, devido ao descontrole ou à alteração de alguma variável de processo.
Casos particulares de fadiga
A fadiga térmica, fadiga em parafusos e fadiga de contato, entre outros temas relacionados a este assunto, são abordados em uma parte do e-book que é dedicada a casos particulares de fadiga, no capítulo 9. Nele, o leitor vai encontrar explicações sobre fatores que podem contribuir para a ocorrência da fadiga em componentes de equipamentos metálicos, além de equações para o cálculo, por exemplo, do limite de escoamento, módulo de elasticidade e coeficiente de dilatação linear. Há também imagens que mostram componentes metálicos que sofreram fadiga, assim como ilustrações. As figuras proporcionam ao leitor uma visualização mais detalhada no que se refere à distribuição da força de tração nos filetes de parafusos, efeitos da fadiga em superfícies de elementos de fixação, trincas em peças metálicas fabricadas por usinagem, deterioração de superfícies que sofreram desgaste por contato e esforços aos quais são submetidos os dentes de engrenagens. No endereço eletrônico mostrado a seguir o e-book pode ser baixado gratuitamente: https://publicacoesup.petrobras.com.br/peld/catalog/book/49.
Ferramentaria de corte, dobra e repuxo.
O livro “Ferramentaria de corte, dobra e repuxo” faz parte da série de publicações chamada “Metalmecânica –Mecânica”, que é comercializada pela Senai-SP Editora. A obra possui 200 páginas e é fornecida em versão física. Ela tem como temas principais o desenvolvimento de projetos e a construção de estampos, ferramentas fundamentais para a fabricação de peças metálicas obtidas a partir do processamento de chapas em prensas para estampagem, por exemplo. A publicação traz informações sobre as etapas envolvidas na construção de
estampos, e, inclusive, ela tem capítulos dedicados às operações de corte,
dobramento e repuxo, abordando também detalhes desses e de outros
processos que fazem parte da rotina das ferramentarias.
Há seções onde o leitor vai se deparar com outros temas como, por exemplo, posicionamento da espiga, características dos óleos lubrificantes utilizados em processos de corte e conformação de metais, classificação de aços especiais usados na fabricação de ferramentas para corte, dobra e repuxo.
Além disso, o conteúdo abrange tópicos que vão de estudos da tira até a classificação e o funcionamento de prensas, passando ainda por temas relacionados à otimização de processos realizados no chão de fábrica.
A obra é comercializada pelo site da Senai-SP Editora (www.senaispeditora. com.br) pelo preço sugerido de R4 74,00.
Produtos
Corte com alimentação automática
A Starret, com matriz nos Estados Unidos e filial brasileira em Itu (SP), desenvolve e fabrica máquinas de serra de fita com sistema de alimentação automática. Um exemplo é o modelo S4225-H4 (foto abaixo), que é indicado para a realização de cortes em grandes escalas, podendo ser utilizado para cortar barras, por exemplo, com diferentes formatos e dimensões.
O equipamento conta com sistema de alimentação por roletes, com capacidade de tração de até 600 kg livres, além de sistema mecânico de limitação do comprimento de corte, que garante a repetibilidade. O perpendicularismo é de 0,3 mm a cada 100 mm de corte e a alimentação é de aproximadamente 0,4 mm.
A máquina também possui guias da fita fabricadas com metal duro, válvula de controle do avanço de corte, manômetro de tensionamento da serra, painel de operação ajustável, escova para limpeza da fita e conta com sistema de segurança nas portas. A refrigeração do conjunto é realizada por bomba recirculante. Tel. (11) 2118-8000.
Empilhadeira elétrica
A Tria, situada no município paulista de Campinas, comercializa empilhadeiras elétricas, que podem ser utilizadas para movimentação de cargas em parques fabris como, por exemplo, chapas, tubos e barras metálicas.
A sua linha de equipamentos conta com modelos que têm capacidade de carga de até 2,5 toneladas, os quais contam com bateria de lítio, que proporciona cargas rápidas.
As empilhadeiras elétricas, que têm design compacto, foram desenvolvidas de maneira a facilitar a sua movimentação em ambientes industriais, e, inclusive, em pequenos espaços. Os clientes podem contar com assistência técnica e reposição de peças.
Tel. (19) 3256-2800.
Rodízios em novas versões
A Schioppa (São Paulo, SP) passou a comercializar as linhas de rodízios com garfo giratório CS e CSX (foto ao lado),
que contam com sistema de molas para absorção de impacto, além de rodas feitas com ferro fundido cinzento que têm revestimento de poliuretano moldado, dureza de 90 Shore A e diâmetro de 4 a 10 polegadas.
Os rodízios, que são recomendados para carrinhos industriais usados para a movimentação de chapas e tubos, por exemplo, são comercializados em versões com capacidade para suportar cargas com peso de 80 kg até 300 kg. O cabeçote é fabricado com chapa de aço galvanizado e eles possuem versões com duas pistas de esferas e rolamento de esferas blindado. Dependendo do modelo, a velocidade máxima é de 4 a 10 km/h.
Também são comercializadas rodas em modelos como “Pace”, “Alpe”, “Ace” e “Alace”, entre outras versões. Os clientes podem consultar a empresa sobre a disponibilidade de modelos com sistema de freio com pedal único e duplo, assim como bloqueio de giro.
Tel. (11) 2065-5200.
Sinalização para máquinas industriais
A Soma Solution, com sede no município paranaense de Curitiba, integrou ao seu portfólio uma linha de dispositivos de sinalização que pode equipar máquinas industriais como, por exemplo, prensas, assim como ser utilizada em outras aplicações realizadas em parques fabris. Entre os produtos que passaram a ser comercializados pela empresa está o “Botão multifuncional”, que é recomendado para a sinalização do status de operações realizadas em máquinas operatrizes, por exemplo. Trata-se de um dispositivo que possui três botões com LED, cada um deles com uma cor diferente (foto).
Além disso, são comercializados indicadores luminosos, recomendados para a sinalização durante o funcionamento de máquinas, bem como para indicar áreas específicas em fábricas, e braços articulados, que podem ser usados em trabalhos que requeiram iluminação direcionada como, por exemplo, inspeção em ferramentas para prensas dobradeiras e reparo em estampos.
Tel. (41) 3023-0656.
Opinião
Ferramentaria e o setor automotivo: como jovens podem moldar o futuro da indústria brasileira
A capacitação de novos profissionais é essencial para garantir a competitividade e o futuro da indústria brasileira, em especial a automotiva.
Osetor automotivo tem uma relevância indiscutível para a economia global e, especialmente, para o mercado de ferramentaria no Brasil. Cada novo veículo produzido representa uma cadeia complexa de design, engenharia, fabricação e logística. Neste contexto, a ferramentaria ocupa um papel estratégico, sendo responsável pela produção de estampos e dispositivos que viabilizam a manufatura de componentes automotivos, desde a carroceria até o interior e o powertrain Para aqueles que estão iniciando sua trajetória no setor, entender essa dinâmica e sua conexão com iniciativas como as da Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais (Abinfer), o programa governamental Mobilização pelo Emprego e Renda (MOVER) e os novos cursos oferecidos pelo SENAI-SP é essencial para aproveitar as oportunidades que este mercado oferece.
O ramo automotivo e os números da ferramentaria
O desenvolvimento de um novo automóvel é um dos projetos industriais mais desafiadores e
complexos do mundo. Para exemplificar, tomemos a criação de um carro como o VW Golf, que exige investimentos de centenas de milhões de dólares apenas em ferramentais. Os números impressionam:
• Ferramental necessário:
- Estampos: 350 a 550 unidades, responsáveis pela conformação da carroceria e da estrutura interna.
- Moldes de injeção plástica: 100 a 180 unidades, que fabricam desde painéis internos até para-choques.
- Ferramentais de powertrain: 45 a 90 unidades, para
Luis Eduardo Albano*
componentes como blocos de motor e transmissões.
- Gabaritos e dispositivos de montagem: 500 a 1.000 peças, garantindo precisão no processo produtivo.
Esses ferramentais representam um volume de investimento que pode ultrapassar a marca de 500 milhões de dólares em um único projeto. Este é apenas o ferramental – sem contar os custos de design, engenharia e testes que fazem parte do desenvolvimento do veículo.
O impacto desse setor para o mercado de ferramentaria é direto e significativo. No Brasil, a indústria automotiva é um dos principais demandantes de ferramentais, sustentando a operação de centenas de ferramentarias nacionais e criando milhares de empregos diretos e indiretos.
A nova geração de profissionais de ferramentaria
Diante da relevância do setor automotivo e dos desafios enfrentados pela ferramentaria nacional, a capacitação de novos profissio-
nais torna-se essencial para garantir a competitividade e o futuro da indústria. Uma das iniciativas mais promissoras nesse sentido é o novo curso de ferramentaria do SENA-SP, desenvolvido em parceria com a Abinfer e as principais empresas fornecedoras do setor.
Este curso, que é gratuito, foi concebido com o objetivo de formar profissionais altamente capacitados, preparados para atuar tanto no mercado nacional quanto no internacional.
• Algumas Unidades do SENAI-SP já estão aptas a oferecer o curso:
- SENAI Roberto Mange (Campinas);
- SENAI Hermenegildo Campos de Almeida (Guarulhos);
- SENAI Mario Amato (São Bernardo do Campo);
- SENAI Suíço-Brasileira (Santo Amaro, São Paulo).
• Destaques do curso:
- Formação prática e teórica de excelência.
- Uso de equipamentos modernos e simulações reais de produção.
- Parceria com empresas líderes do setor, oferecendo estágios e oportunidades diretas de emprego.
- O aluno deverá, no início do curso, ter no mínimo 16 anos e no máximo idade que lhe permita concluir o curso antes de completar 24 anos. O aluno deverá ter concluído o Nível Fundamental.
Este é um chamado para os jovens que buscam uma carreira desafiadora e promissora. Participar deste
curso é abraçar a oportunidade de se tornar um profissional de elite, apto a competir em nível global e a contribuir para o fortalecimento da ferramentaria brasileira.
O planejamento estratégico da Abinfer
A Abinfer, por meio do seu planejamento estratégico, trabalha para fortalecer o setor em cinco pilares essenciais:
1. Mercado: promover a competitividade e a presença das ferramentarias brasileiras no mercado interno e externo.
2. Tecnologia: incentivar a modernização das empresas, com a adoção de ferramentas digitais e processos inovadores.
3. Qualificação: estimular a formação de mão de obra especializada, essencial para o avanço do setor.
4. Sustentabilidade econômica e ambiental: equilibrar eficiência produtiva com práticas ambientalmente responsáveis.
5. Tributos: buscar políticas fiscais que reduzam o custo Brasil e aumentem a competitividade das ferramentarias.
Reconhecimento e inspiração
O setor de ferramentaria é marcado por grandes nomes que inspiram e moldam gerações. Entre eles, destaca-se o Professor Yokota, um dos maiores especialistas na área de ferramentaria e usinagem do Japão. Presidente de honra da ABINFER, ele foi peça fundamental na fundação e evolução da associação. Com uma trajetória admirável, o Professor Yokota é um dos consul-
tores mais respeitados do Japão, contribuindo ativamente em conselhos de administração de empresas como FANUC, Makino e Nidec. Além disso, ele é frequentemente consultado pelo governo japonês e por associações para a formulação de políticas industriais estratégicas para o setor de ferramentaria. Para aqueles que desejam aprender com o Professor Yokota, sua palestra no 15º ENAFER é imperdível. Assista ao vídeo pelo link: https://www.youtube.com/ live/5UUEEmkuFgM?si=G9TKZDYEqib53dYy&t=5040.
Convite para saber mais e se inspirar
Para aqueles que desejam entender mais sobre as oportunidades no setor:
• Confira os detalhes do curso no site do SENAI-SP (www.sp.senai.br) e da Abinfer (www.abinfer.org.br).
• Assista à apresentação do Professor Roberto Spada, diretor de relações externas do SENAI-SP, no 15º ENAFER, disponível no YouTube: https://www.youtube.com/ live/5UUEEmkuFgM?si=Mn4F5yeT92xuykmE&t=19413.
• Mostre à sua família o impacto e a importância de uma ferramentaria através do vídeo promocional da Abinfer: https://youtu.be/ivFzbVRFJQQ?si=Y2_5EPRHAV7Gqc0P.
Esses materiais são excelentes pontos de partida para descobrir como a ferramentaria transforma ideias em realidade e como você pode fazer parte dessa indústria que molda o futuro.
*Luis Eduardo Albano é vice-presidente da Abinfer e empresário.