O foco do guia são as ferragens e acessórios para a instalação de redes de telecomunicações, em especial FTTH – Fiber to the Home, além de produtos para ERBs – estações radiobase, como suportes e plataformas.
Quais cabos são mais recomendados para conexões Wi-Fi 7 em edifícios?
O Wi-Fi 7 e o 5G abrem novas dimensões de conectividade em escritórios e edifícios comerciais. Para que os pontos de acesso sejam conectados às redes locais com eficiência, o cabeamento atrás das antenas deve estar apto a transmitir dados em velocidade ultrarrápida.
Edge data centers: a nova fronteira para os provedores de Internet
Provedores de Internet estão cada vez mais interessados em investir em data centers para prestar novos serviços e elevar a receita no B2B. A reportagem mostra alguns cases de edge data centers e os cuidados a serem tomados para entrar nesse mercado. ESPECIAL22
Guia
de distribuidores de produtos de redes
Veja a relação de empresas especializadas na oferta de sistemas de cabeamento estruturado, racks e gabinetes, sistemas de energia, produtos de redes ópticas, rádios e instrumentos de testes, entre outros itens neste levantamento voltado para os canais. SERVIÇO28
Amplificadores EDFA e Raman
Redes de fibra óptica de longa distância são fundamentais para a comunicação entre cidades e sistemas submarinos. Uma forma de fazer com que o sinal chegue com velocidade e segurança é utilizando amplificadores EDFA - Erbium Doped Fiber Amplifier e Raman.
REDES ÓPTICAS32
Monitoramento de radiações não ionizantes em equipamentos eletromédicos
O ambiente de campo eletromagnético nos hospitais está se tornando cada vez mais complexo e instável. O projeto eletromagnético deve considerar boas práticas de instalação e manutenção, garantindo que níveis adequados de EMC sejam alcançados.
Capa: Helio Bettega Foto: Deposit Photos
SEÇÕES
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.
EDITORIAL
investimento em edge data centers representa um movimento estratégico para provedores de Internet que desejam ampliar seu portfólio de serviços e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Com a crescente demanda por conectividade e baixa latência, a transformação de provedores em SSPs - Solution Service Providers tem se tornado uma necessidade. A chegada do 5G e a expansão da IoT - Internet das Coisas aumentam a necessidade dessas instalações para suportar a grande quantidade de dados gerados e a necessidade instantânea de processamento.
A localização estratégica, junto com seus recursos energéticos renováveis, tornam o país um destino atrativo para investidores. Edge data centers podem transformar o Brasil em um hub de armazenamento, processamento e exportação de serviços digitais, gerando novos negócios e oportunidades. A projeção do mercado global de edge data centers, avaliado em US$ 9,36 bilhões em 2022, com uma taxa de crescimento anual composta de 18,4% até 2030, reflete a utilização progressiva de tecnologias emergentes.
Como mostra a reportagem especial que começa na página 22, esse crescimento reforça a importância do processamento na borda para a evolução do cenário de TI. Os edge data centers permitem que os provedores ofereçam uma gama diversificada de serviços, além do tradicional link de Internet. Aplicações como CDNs - Content Delivery Networks, colocation, nuvem e IA - Inteligência Artificial tornam-se mais acessíveis e eficientes quando processados perto do usuário final. Essa proximidade melhora a experiência e aumenta a demanda por soluções tecnológicas avançadas.
No entanto, essa decisão requer não apenas visão e força de vontade, mas também uma abordagem cautelosa e bem planejada. É essencial que os provedores de Internet estejam cientes das complexidades envolvidas na construção e manutenção de data centers. O investimento exige um planejamento meticuloso, suporte de especialistas e uma escolha cuidadosa do portfólio de produtos para garantir a sustentabilidade a longo prazo.
A gestão da variação cambial é outro aspecto que não pode ser negligenciado. O mercado de data centers é fortemente impactado por flutuações econômicas, exigindo uma gestão financeira robusta para garantir sua viabilidade. O retorno sobre o investimento (ROI) é de longo prazo. Empresas que buscam rentabilizar apenas a infraestrutura levarão mais tempo para obter retorno. Em contraste, aquelas que oferecem serviços gerenciados de TI com alto valor agregado alcançam resultados financeiros mais rápidos e sustentáveis.
ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA.
Diretores: Diretores: Diretores: Diretores: Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )
Contatos: Contatos: Contatos: Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br)
REPRESENTANTES REPRESENTANTES REPRESENTANTES: Minas Gerais: Minas Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oswaldo@arandaeditora.com.br Paraná e Santa Catarina: Paraná Santa Paraná e Santa Catarina: Paraná Santa Paraná e Santa Catarina: R omildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com
Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Rio de e de São Paulo: de Paul o: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 – guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Rio Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br
INTERNATIONAL
China: China: China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com
Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker –Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it
Japan: Japan: Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp
Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr
Spain: Spain: Spain: Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es
Switzerland Switzerland Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon
Taiwan: Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers –Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA USA USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Diretor administrativo: Diretor administrativo: Edgard Lau reano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva
PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA PROJETO VISUAL E ELETRÔNICA Estúdio AP
SERVIÇOS SERVIÇOS SERVIÇOS: Impressão: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier
1808-3544
RTI Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de - Telecom e Instalações, brasileira infraestrutura e tecnologias comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Redação, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br
A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.
om as expectativas positivas do mercado de data centers no Brasil, impulsionado por aplicações de IA, nuvem e edge computing, as empresas demandam soluções de rápida implantação, flexibilidade e eficiência. Nesse cenário, os fabricantes de data centers modulares estão conquistando uma fatia crescente do mercado, como é o caso da Edgefy. Criada em setembro de 2023 a partir do spin-off da divisão dedicada à fabricação e implantação de data centers pré-fabricados da green4T, empresa de tecnologia e gestão de infraestrutura de dados, a Edgefy agora atua de forma autônoma e independente, após aquisição da Sismetal pela green4T, em 2019.
data centers modulares em turnkey, contêineres, salas seguras e racks para clientes finais e integradores, além da própria green4T e Rittal, que permanecem como clientes. Para comandar a área comercial, a empresa contratou o engenheiro Luis Tossi, profissional com mais de 35 anos de
“Com uma atuação dedicada a este segmento, ganharemos foco e agilidade para atender à crescente demanda por soluções flexíveis para novos data centers”, disse Antônio Bob, CEO da Edgefy, que também continua no Conselho de Administração da green4T. Nos últimos dois anos, a Edgefy dobrou a capacidade produtiva de sua fábrica em Sorocaba, SP. A empresa exportou mais de 200 data centers modulares para a Alemanha, Áustria, Índia, Marrocos, Panamá e Argentina, além de atender o mercado brasileiro, que também demonstra crescimento.
experiência no mercado brasileiro de missão crítica e vice-presidente da ABDC – Associação Brasileira de Data Centers.
conseguimos colocar o data center em funcionamento. Se fosse construído do zero, levaria no mínimo 180 dias. Na obra convencional em alvenaria, é preciso primeiro construir toda a infraestrutura local antes de montar os sistemas internos, como de incêndio, energia e refrigeração. Na solução modular, tudo é feito na fábrica, de forma mais rápida e econômica, otimizando mão de obra, implementação e escala”, afirma. Com a necessidade mínima de preparação, torna-se uma opção ‘pay as you grow’, reduzindo o Capex. Os módulos medem 3 m de largura por 3,25 m de altura, com comprimento de até 15 m. Para expansões, basta acoplar os módulos. Uma solução completa de 3 x 12 m pode abrigar 10 racks com até 90 kW de carga de TI, 2 UPS, quadros elétricos e máquinas de arcondicionado, incluindo as condensadoras e evaporadoras.
A Edgefy herda a longa história da Sismetal, com mais de 42 anos de mercado, 900 salas-cofre implantadas e 250 data centers modulares fabricados em 2022. Sob o guarda-chuva da green4T, a empresa produzia os data centers exclusivamente para projetos internos e para a fabricante alemã Rittal, sob um contrato global de licenciamento. Com marca própria, a Edgefy estruturou uma área para expandir as vendas dos
Segundo Tossi, os produtos pré-projetados, pré-fabricados e pré-comissionados simplificam o processo de construção de data centers em uma solução única e completa, que pode ser realocada e expandida a qualquer momento, com mínima preparação no empreendimento. “Essa abordagem reduz o tempo de implantação. Em 120 dias
Além dos data centers modulares, o portfólio da EdgeFy inclui salas-cofre certificadas pela NBR 15247 e EN 1047-2; salas seguras conforme NBR 10636; e data centers plug and play com 1 a 3 racks, de 3, 6 e 10 kW de carga, disponíveis nos modelos Mini Vault e Rack Edge. “A crescente digitalização e a expansão de dispositivos conectados tornam o edge computing essencial para empresas que precisam processar dados em tempo real e reduzir latências. Data centers em racks são uma escolha estratégica para otimizar espaço e organização, alinhando-se às demandas atuais de TI distribuída”, afirma Tossi. Os produtos são pré-certificados conforme Uptime Institute e TIA 942 e contam com linha Finame do BNDES. Com esse incentivo e as crescentes demandas por processamento de dados, a Edgefy está apostando no crescimento dos negócios em 2025 e nos próximos anos.
om a concorrência cada vez mais acirrada, muitos provedores de Internet buscam diferentes possibilidades de reduzir a ociosidade de suas redes de fibra. Surge, então, a Net de Todos Brasil, um provedor 100% digital e de baixo custo, desenvolvido pelo grupo BRCom, de São Paulo. O modelo de negócios envolve a criação de joint ventures com os provedores regionais, onde o provedor fornece a infraestrutura e realiza a instalação e manutenção do acesso, enquanto a Net de Todos se encarrega da gestão administrativa, financeira, logística, pós-venda, mas principalmente pela aceleração de crescimento (marketing e vendas) e pela fidelização (mitigação do churn). Segundo Carlos Eduardo Rangel, CEO do grupo BRCom e um dos idealizadores da Net de Todos, essa parceria combina a expertise dos dois lados, utilizando o conceito de rede neutra sem comprometer o controle sobre a oferta para o provedor regional.
O plano oferecido pela Net de Todos é único: R$ 69,90 por 300 Mbit/s, incluindo apenas dados, sem roteador Wi-Fi, e todo o processo de contratação e atendimento é feito digitalmente. Não há lojas físicas. O assinante pode instalar seu próprio equipamento ou comprar pelo site da Net de Todos em até 12 vezes sem juros. “O cliente tem o essencial, sem pacotes ou combos desnecessários ou serviços que nunca vai usar”, diz. Dessa forma, o provedor pode continuar oferecendo seus combos tradicionais triple play e serviços agregados, com tíquete mais elevado, como portfólio principal, mas também contar com uma outra marca para atingir um mercado geralmente negligenciado: as classes D e E.
Lançada há quatro meses, a Net de Todos Brasil já conta com duas operações: no Grajaú, região do extremo sul de São Paulo, e em Francisco Morato e Franco da Rocha, na região metropolitana. Nessas cidades, a parceria foi realizada entre a Net de Todos e a Completa Telecom.
“A partir desses primeiros cases, queremos buscar parceiros para formarmos novos consórcios”, diz o executivo. Segundo ele, o foco são provedores que atuam no mercado do tíquete em torno de R$ 100, com portas ociosas, que desejam melhorar a remuneração de sua rede e buscam por eficiência e economia em escala do negócio em si. A marca única Net de Todos ajuda a ocupar técnicos que possam estar parados e a evitar a perda de clientes para a concorrência, principalmente que operam no baixo preço, sem ou com pouca estrutura ou até mesmo formalidade.
“Não é porque é barato que o serviço precisa ser ruim ou não gerar margem de lucro”, diz o CEO, lembrando que no setor aéreo, por exemplo, existem muitas companhias que operam com sucesso o conceito de low cost. Além disso, a operação 100% digital segue a tendência dos negócios digitais, como o movimento dos bancos tradicionais para as fintechs.
Além de parcerias com provedores, a Net de Todos pretende colaborar com o governo e ONGs para promover a inclusão digital em regiões carentes. O grupo BRCom inclui, além da Net de Todos, a Completa Telecom; a Integra7 Integradora de Soluções; e a Atlas Outsourcing, que lançou recentemente as unidades de negócio Atlas Aceleradora de Crescimento, que reúne times de especialistas com métodos e tecnologias para prestar serviços de atração, captação e fechamento de vendas, e Atlas Pós-Vendas, que oferece serviços de fidelização com estratégias de mitigação de churns para provedores. O CEO destaca que, em um mercado saturado, a mentalidade do empreendedor deve mudar o quanto antes. “Muitos empreendedores como nós iniciaram seus negócios ao identificar uma demanda não atendida e aproveitaram da inovação da fibra óptica para capturar rapidamente uma fatia do mercado. No entanto, no atual mercado, a diferenciação torna-se essencial para manter e voltar a expandir a base de clientes. Criar oportunidades e enxergar a conectividade como um meio, e não como um fim, representam uma outra essencialidade para a transformação do negócio”, conclui.
Net de Todos – Tel. 800 215-7570 www.netdetodos.com.br
Governo de Minas, por meio de um trabalho liderado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico e sua agência vinculada Invest Minas, atraiu um investimento privado de R$ 300 milhões que vai gerar 1,1 mil empregos diretos no estado. A cidade de Leopoldina, na Zona da Mata, foi escolhida pelas empresas Supernova e Mapa Investimentos para abrigar o primeiro parque de data centers do estado devido à sua localização, mão de obra qualificada, além de questões como relevo e capacidade de fornecimento de energia elétrica. O cronograma prevê a implantação do projeto para o segundo semestre de 2025, com o início das operações até o final de 2026.
Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, o empreendimento fortalece um dos pilares da atual gestão: a inovação. “A instalação do parque da Supernova e da Mapa traz mais tecnologia para um estado que tem se destacado em investimentos no setor, com execução orçamentária recorde de R$ 472,2 milhões este ano em inovação”, ressalta Passalio. O modelo de negócio das empresas é conhecido como powered shell, ou seja, a infraestrutura de energia e conectividade será fornecida, juntamente com a edificação de missão crítica, que é construída sob medida e preparada para que o operador do data center implante seus equipamentos.
“Em outros países, o powered shell é muito comum, mas no Brasil somos pioneiros nesta oferta, que proporciona flexibilidade e celeridade na implantação de data centers. Eles garantem armazenamento, processamento e segurança de enormes volumes de dados, permitindo que empresas, instituições governamentais e a sociedade se beneficiem de soluções digitais eficientes”, explica o presidente da Supernova Wagner Avelar.
A Mapa, liderada por Bernardo Werneck, e a Supernova, liderada por Wagner Avelar, atuam em conjunto com investimentos e desenvolvimento de operações
INFORMAÇÕES
imobiliárias (Built to Suit ), M&A (Fusões e Aquisições) e operações estruturadas. As empresas já desenvolveram mais de R$ 2 bilhões em operações imobiliárias, incluindo o parque logístico BWDiase em Extrema, MG (Kronolog), além de operações de Built to Suit pelo país.
“A expansão das operações imobiliárias no setor fortalece a infraestrutura tecnológica do país. Esses empreendimentos impulsionam a qualificação da mão de obra, fomentam a inovação e consolidam o Brasil como um hub estratégico no cenário global. Ao conectar pessoas, negócios e governos, os data centers se tornam a espinha dorsal de um futuro mais conectado”, completa Werneck.
Site: www.mg.gov.br
O resultado é a economia de energia, fácil comissionamento e manutenção simplificada. Em um sistema de bombeamento primário com vazão fixa, as bombas distribuem constantemente uma quantidade fixa de água dos chillers para a instalação. Nesse design, a vazão não é alterada em resposta à variação de carga ou temperatura. Os chillers oferecem água gelada conforme a temperatura de set point definida pelo usuário.
Copel concluiu em dezembro a instalação de 65% de uma nova rede de transmissão de dados em alta velocidade entre usinas, subestações, redes de energia e os milhares de equipamentos que as interligam aos dois centros de operações da companhia e permitem operações automáticas. A iniciativa integra o amplo pacote de investimentos em automação que a companhia está realizando. Ao longo de 2025 serão instalados os equipamentos de telecomunicações para alcançar o total de 260 estações, com um investimento de R$ 51,5 milhões.
ada vez mais, os data centers buscam elevar os níveis de eficiência, reduzir os custos operacionais e aumentar a sustentabilidade ambiental. A Grundfos, empresa dinamarquesa especializada em soluções de bombeamento, com filial há mais de 20 anos em São Bernardo do Campo, SP, está apresentando ao mercado suas soluções de bombeamento inteligente e distribuído de água gelada para sistemas de refrigeração. Essas soluções reduzem o consumo de água e energia da instalação, melhorando os índices de PUE e WUE, além de garantir desempenho e confiabilidade.
“Em um sistema convencional, o data center conta com o chiller e bombas de grande capacidade que enviam água gelada para todo o sistema. Perto dos evaporadores, as válvulas de balanceamento regulam a vazão que vai passar para cada equipamento. Nossa proposta é substituir essas válvulas por bombas inteligentes, reduzindo a perda de carga. Dessa forma, teremos um sistema primário de pequeno porte e um sistema distribuído de maior eficiência”, disse Eduardo Spagnuolo, engenheiro de vendas da Grundfos Brasil, durante o DataCenterDynamics, realizado nos dias 5 e 6 de novembro em São Paulo.
Com o bombeamento distribuído da Grundfos, as válvulas são substituídas por bombas de circulação inteligentes. “Ao adicionar bombas em vez de válvulas, eliminamos os componentes que limitam o fluxo e, assim, eliminamos perdas de carga significativas da instalação. Isso possibilita que as bombas de velocidade variável entreguem vazão e pressão otimizadas para cada sistema, economizando energia e aprimorando a distribuição hidriônica”, explicou Spagnuolo.
As bombas oferecem eficiência até IE5 e podem ser usadas em data centers novos, retrofits ou até mesmo em sistemas modulares, cumprindo os requisitos até Tier IV, com redundância até 2N + 1. Os equipamentos são de fácil comissionamento e monitoramento, além de serem facilmente integrados a sistemas de automação predial (BMS) ou SCADA. Segundo o engenheiro, o produto é uma novidade mundial e foi lançado há cerca de dois anos nos Estados Unidos, na feira da ASHRAE. “Já temos alguns projetos no Brasil e esperamos que os sistemas comecem a operar no final deste ano e início do próximo”, afirmou Spagnuolo.
Grundfos – Tel. (11) 4393-5533
Site: www.grundfos.com/br
As 170 estações que já receberam a nova infraestrutura conectam a rede de fibra óptica que interliga as subestações de energia da Copel. Essa rede é exclusiva da Copel, ou seja, não está vinculada à infraestrutura de telecomunicações de terceiros. Essa estrutura garante tráfego de dados em alta velocidade e com redundância, o que confere segurança para a operação remota dos equipamentos automatizados nas instalações de energia da empresa.
A companhia já conta com 100% das subestações automatizadas, operadas a distância. Além disso, há 9 mil equipamentos de automação instalados ao longo de mais de 200 mil quilômetros de redes de distribuição, além dos dispositivos operando nas usinas e nos mais de 9,7 mil quilômetros de linhas de transmissão.
Esses equipamentos de automação contribuem para fornecer energia de melhor qualidade para a população. Isso porque caso haja algum problema na rede, eles atuam automaticamente e avisam a central de operações da companhia, que pode enviar uma equipe instantaneamente para consertar a rede. Além disso, em situações mais simples, como a queda de um galho sobre os cabos, eles conseguem restabelecer a rede de forma automática, sem intervenção humana, em poucos segundos.
Desde 2021, a informação repassada de maneira remota e em tempo real começou a ser oferecida para o cliente no
INFORMAÇÕES
nível individual de atendimento, com a instalação de medidores inteligentes em cada unidade consumidora. A modernização já conecta 1 milhão de imóveis diretamente com o centro de operações da empresa, dando agilidade aos serviços e reduzindo os desligamentos. Para implementar a rede própria, além dos equipamentos, a Copel também está investindo em softwares, proporcionando a interface necessária com os sistemas em uso nas instalações no Paraná, como também em outros estados em que possui ativos de transmissão e geração de energia. Além disso, garantirá uma camada adicional de segurança cibernética, pois todos os ativos estarão conectados a uma rede controlada internamente.
Copel – www.copel.com
governo do Estado do Rio Grande do Sul, a Sedec - Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a prefeitura de Eldorado do Sul assinaram, no dia 18 de dezembro, ato que sancionou a lei de criação do primeiro polo de tecnologia de data centers do país, viabilizando a construção da Scala AI City, empreendimento voltado ao processamento de dados de inteligência artificial da Scala Data Centers no município. Com investimento inicial de R$ 3 bilhões e previsão de gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos, o polo de Eldorado será o maior da América Latina.
A Lei Municipal 5949/2024 foi aprovada em 3 de dezembro e amplia o perímetro urbano para incluir a área destinada à construção da nova infraestrutura digital, além de simplificar os trâmites burocráticos, criando um ambiente mais propício para a instalação de data centers.
A instalação da estrutura terá reflexos em outras áreas, como na de energia eólica. “Isso pode acelerar ainda mais a implantação de parques eólicos, o que para o Estado também é importante, porque é um investimento que acontecerá aqui para gerar energia e atender essa demanda que vai aumentar com o avanço do projeto da Scala”, disse o secretário Ernani Polo. Segundo ele, já existem empresas deste setor em contato com a Scala, demonstrando interesse no fornecimento de energia renovável.
O prefeito de Eldorado do Sul, Ernani de Freitas Gonçalves, declarou que o empreendimento reposiciona o município como um centro de tecnologia e de inteligência artificial e irá contribuir com o desenvolvimento e geração de empregos na cidade.
Uma apresentação detalhada do projeto foi feita pelo vice-presidente sênior da Scala Data Centers, Luciano Fialho, ressaltando a presença internacional da empresa. Ele também falou sobre a visibilidade nacional do projeto, em razão da sua grandiosidade, que coloca o Rio Grande do Sul como centro de referência em infraestrutura digital. “A Scala AI City é muito mais do que um investimento em tecnologia. É um exemplo de como a inovação pode transformar vidas gerando empregos, capacitando mão de obra local e promovendo práticas sustentáveis”, disse Fialho.
Segundo o protocolo de intenções assinado em novembro entre o governo do Estado, a prefeitura de Eldorado do Sul e a Scala, além do investimento e da instalação do complexo, a empresa promoverá treinamento e capacitação de mão de obra, dando preferência à contratação direta e indireta de empresas estabelecidas no município ou em outras cidades do Estado (desde que em condições compatíveis com as de mercado).
Por parte de Eldorado do Sul, há o compromisso em dar suporte aos fornecedores da cadeia produtiva do projeto, promover a integração com as diretrizes estratégicas locais e, com apoio do governo estadual, auxiliar nas demandas com os órgãos municipais competentes para análise do empreendimento.
Eldorado do Sul foi escolhida por conta de sua disponibilidade de energia elétrica e espaço para expansão, além da conexão estratégica com o data center SPOAPA01 da Scala, localizado em Porto Alegre, que conta com infraestrutura de conectividade de baixa latência e posição privilegiada para integração com grandes hubs globais. A futura conexão com o cabo submarino Malbec, que liga São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires e tem previsão de passagem pela capital gaúcha, garante vantagem competitiva.
Site: https://estado.rs.gov.br/
Omnitrade, empresa portuguesa com unidade em São Paulo, fornece coberturas de alta performance para galpões frigoríficos e logísticos, fábricas, shopping centers, aeroportos, residências de alto padrão e data centers, bem como presta serviços de retrofit.
Presente desde 2011 no país por meio da Omnitrade Brasil, seu portfólio é composto por passarelas de circulação, lanternins (ventilação) e sistemas para proteção de trabalhadores em altura. O principal cobertura em TPOPoliolefina Termoplástica, adotada principalmente em data centers. Segundo
INFORMAÇÕES
Ricardo Santos, CEO da empresa, projetos para sites devem ser capazes de garantir estanqueidade, durabilidade e resistência à acomodação de equipamentos sobre a cobertura. “Por se tratar de uma cobertura plana, é fundamental realizar um estudo detalhado e usar materiais de impermeabilização de alta performance. Utilizamos membranas e placas de isolamento térmico mais espessas, proporcionando maior eficiência e durabilidade. Também há um cuidado especial com a impermeabilização das interferências por meio do uso de peças prémoldadas que asseguram um envelopamento preciso e completo”, explica.
alumínio. Outros diferenciais da Omnitrade Brasil incluem garantias que chegam a ser seis vezes superiores às exigidas pelo Código Civil e isolamento térmico já integrado com a cobertura”, afirma Santos.
A instalação é realizada por equipe própria. O primeiro produto aplicado são as telhas metálicas e logo depois as placas de isolamento térmico. O terceiro passo é a instalação da membrana termoplástica para impermeabilização, fixada mecanicamente com arruelas e parafusos no isolamento térmico e no deck metálico. Em seguida são executadas as emendas das sobreposições das membranas via termofusão, processo que garante o envelopamento total da cobertura. Todos os projetos são capazes de armazenar águas pluviais, evitando ainda o vazamento nos interiores da edificação. O CEO afirma não ser possível determinar o tempo exato de uma instalação pois é um parâmetro determinado pela complexidade, sistema utilizado e área da obra. No entanto, a produtividade média costuma variar entre 600 e 800 m2/dia.
“Importante frisar que a preparação civil da estrutura da cobertura demanda uma espessura mínima de 0,65 mm para acomodar e fixar telhas”, pontua.
As membranas são oriundas de países europeus e dos Estados Unidos. Já o isolamento térmico e as telhas metálicas são adquiridos de fabricantes brasileiros para otimizar o processo logístico.
“Sistemas de coberturas com membranas termoplásticas, além de serem significativamente mais leves em comparação com outros métodos, têm uma vida útil superior a 30 anos, uma durabilidade bem maior que telhas de
Atualmente, o mercado de data centers representa 30% dos clientes atendidos pela empresa, como é o caso da AWS. Para o CEO, o setor tende a crescer nos próximos anos em virtude da busca cada vez maior por energias limpas. “O Brasil é um país rico em geração de energias renováveis, com amplo território e muitos consumidores de tecnologia. Por isso, é considerado um mercado promissor, com expectativas de crescimento nos próximos anos. Diante desse cenário, temos a oportunidade de nos especializar ainda mais na composição dos sistemas e nos tornarmos referência nesse mercado”, finaliza Santos.
Omnitrade Brasil – Tel. (11) 97966-1355 n Site: https://omnitradebrasil.com/
conclusão baseada em dados concretos. No final emitimos a nossa opinião, mas o objetivo primário é consolidar as informações”, lembra Thiago Rodrigues, sócio fundador e CEO da Links Field. Nos estudos, o leitor encontrará informações como a evolução tecnológica das antenas e tabelas com a quantidade por operadora. “A partir de 2024, alguns clientes notaram uma degradação na rede 2G. Muitos precisariam trocar de rede móvel, o que causa um impacto econômico em virtude da necessidade de adquirir novos equipamentos. O mercado tem aproximadamente 40 milhões de dispositivos, sendo que aproximadamente metade ainda roda em 2G e 3G”, afirma Rodrigues. Diversos mercados atendidos pela Links Field (rastreamento, telemetria, pagamentos e IoT – Internet das Coisas) dependem de redes móveis, porém de formas distintas. Segundo Marcos Betiolo, sócio fundador e CTO da
Links Field, MVNO brasileira especializada em soluções de conectividade M2M e IoT – Internet das Coisas, disponibilizou estudos para conscientizar o mercado sobre os impactos do desligamento das redes 2G/3G no país e a transição para o 4G.
O primeiro, intitulado Guia de Transição da Tecnologia 2G/4G no Brasil (https://abrir.link/BBlgS), foi publicado em maio de 2024. Já o segundo, Impacto Econômico do Desligamento do 2G/3G no Brasil (https://abrir.link/saiiM), saiu em agosto do mesmo ano. A empresa cogita produzir uma terceira análise, ainda sem data de lançamento, intitulada O Impacto Técnico da Transição 2G/4G . Um dos capítulos do novo volume será dedicado ao impacto ambiental.
“Cruzamos números de entidades como Anatel, Conexis e Teleco para que os tomadores de decisão pudessem tirar uma
empresa, em alguns casos o impacto é mais brando. “No rastreamento, o veículo muitas vezes trafega por regiões cuja conectividade é baixa ou mesmo nula, mas o usuário não percebe. Já nos meios de pagamento, por terem uma interação humana mais direta, a oscilação ou ausência de sinal é mais perceptível. O 2G ainda atende bem alguns setores, fator que dificulta uma mobilização mais ampla em prol da atualização”, opina. Outro possível empecilho para a mudança de tecnologia apontado pelos especialistas é a ausência de uma data definitiva para o abandono das redes 2G/3G por parte da Anatel e de operadoras como Claro, TIM e Vivo. “A indefinição faz com que muitas empresas adiem a mudança. Já outras acabam optando pela troca justamente pelas queixas de seus clientes sobre degradações na rede”, diz o CEO.
INFORMAÇÕES
Um ponto que também afligia muitos setores, pelo menos até 2022, era o preço dos equipamentos. Na época, existiam poucos modelos com tecnologia 4G e o custo era muito alto quando comparado a um 2G. “Atualmente, muito por conta do advento da IoT, existem modelos 2G e 4G com valores similares. No mercado de pagamentos o 4G permite que o dispositivo não seja somente um facilitador na hora de receber transações monetárias, mas que também possa ser utilizado como CRM e ERP, agregando valor ao investimento”, explica Rodrigues. Em 2024, 20% da base de clientes Links Field migrou de tecnologia. A empresa encerrou o ano ultrapassando a marca de 500 mil dispositivos IoT no mercado. Para 2025, a meta é dobrar o valor, alcançando a marca do milhão. “Existem aproximadamente 44 milhões de dispositivos IoT no país. Há um grande potencial de crescimento, principalmente em tecnologias como Sigfox e LoRA, muito utilizadas em smart cities e que atualmente não conseguem dar conta do volume de informações geradas. A IoT, juntamente com 4G, soluciona o problema”, afirma Rodrigues, que acrescenta: “No agronegócio, por exemplo, a gestão de gado utilizando antenas é impraticável pois a quantidade necessária para cobrir uma fazenda inviabiliza o projeto. Já a telemetria via satélite é escassa pois depende de uma tecnologia ainda
incipiente. Nossa expectativa é que em 2025 já teremos alguns pilotos de monitoramento de rebanhos via satélite”, projeta. Outra aposta da Links Field é o aumento no uso do eSIM, versão virtual do cartão SIM físico. Além da evolução tecnológica, a aplicação do chip virtual reduz o número de chips físicos despejados na natureza. O exemplo vem da própria MVNO. Desde 2019, a companhia tem tomado medidas para zerar o seu impacto ambiental. Em 2024, a empresa fechou uma parceria com a Ambipar, gestora ambiental cujos serviços incluem descarbonização, valorização de resíduos e economia circular. “O uso do eSIM resolve parte do problema, mas ainda existe a questão do equipamento que utiliza o chip. Nos próximos anos, a estimativa é de que até 20 milhões de dispositivos incompatíveis com as novas tecnologias sejam descartados, sendo que muitos deles em locais impróprios.”, ressalta o CEO. No Brasil, a curva de adoção do eSIM ainda é lenta. De acordo com os especialistas, algumas causas podem ser apontadas. Uma é a falta de um argumento de venda por parte das operadoras para os usuários, que por sua vez carecem de informações sobre os benefícios da tecnologia. Outra é a estrutura tecnológica necessária para o seu pleno funcionamento. Uma das vantagens do eSIM é permitir que o usuário mude de operadora sem burocracia, sendo necessária apenas a
leitura de um QR Code. A função é primordial em dispositivos IoT em campo, pois a depender do número de equipamentos, a troca manual de SIM cards torna-se inviável. “O uso do eSIM demanda diversos protocolos e plataformas adicionais para funcionar adequadamente. No caso da Links Field, adquirimos um servidor em nuvem com 1000 protocolos certificado pela GSMA“, detalha Betiolo. Outro fator que pesa contra é o custo para o consumidor final. Produtos como carros conectados não são tão impactados porque o custo é irrisório perto do valor do automóvel. Já em outros equipamentos o aumento pode ser inviável. “Queremos ajudar a quebrar tal barreira”, completa.
Presente no Brasil desde 2019 e com sede em Barueri, SP, a empresa faz parte do grupo Links Field Networks, fundado em 2017 em Hong Kong. Seu portfólio inclui soluções como o SoftSIM, que transforma o SIM Card Plástico em um software, instalado em módulos, chipsets ou microprocessadores, e o Links Field LF+, cuja função é possibilitar uma contingência temporária de conectividade ao oferecer sinal em mais de uma rede. A cobertura do sinal utiliza a rede da Vivo, estando presente em todos os locais em que a operadora atua.
Links Field – Tel. (11) 3181-6116 Site: www.linksfield.com.br
NOTA
Correções – Na Pesquisa Marcas de Destaque, publicada na edição 295 (Dezembro de 2024), no item Conectores de Campo, o nome correto da empresa é Fibratech, não Fibertek, contato (47) 2125-1876. Além disso, na lista de telefones das marcas indicadas, faltou o telefone da V Solutions (VSol), fornecedora de soluções GPON: (11) 97116-4362. Pedimos desculpas aos leitores e às empresas pelos erros.
O MELHOR DO BITS
Data centers - A IA – Inteligência Artificial continua a reformular a indústria de data centers, uma realidade refletida nas tendências para 2025 projetadas pela Vertiv, fornecedora global de soluções para infraestrutura digital crítica e continuidade. Especialistas antecipam um aumento na inovação e na integração da indústria para dar suporte à computação de alta densidade, o escrutínio regulatório em relação à IA, bem como o aumento do foco em iniciativas de sustentabilidade e cibersegurança. Link: https://abrir.link/ujpVW.
Investimento - A Sonda Brasil, empresa de tecnologia com sede no Chile, inaugurou o COI - Centro de Operações Integradas, o primeiro da América Latina, dando um novo passo à sua área de Digital Communications, iniciativa local que será escalada em toda a América Latina e que foi criada no início de 2024 a partir do projeto da Infovia Digital do Mato Grosso do Sul, uma PPP - Parceria Público-Privada com o governo do Mato Grosso do Sul. Localizada em São Paulo, na sede da empresa, a nova estrutura envolve um investimento de US$ 2 milhões para os próximos dois anos e tem como previsão gerar receitas da ordem de US$ 5 milhões em até três anos. Link: https://abrir.link/XJJmb.
Parceria - A Master Internet, provedor de Internet com atuação em mais de 70 cidades de São Paulo e Minas Gerais, firmou parceria com a chinesa ZTE para a implementação da nova geração dos equipamentos DCI-BOX, o ZXONE 7000 C2D. O objetivo é aumentar a velocidade e a qualidade das conexões do provedor regional de Internet em sua área de abrangência, beneficiando os seus mais 145 mil clientes domésticos e empresariais. Link: https:// abrir.link/jlGjW.
Mercado - O mercado sul-americano de data centers está em rápida expansão. De acordo com pesquisa realizada pela JLL, empresa global de prestação de serviços imobiliários e gestão de investimentos, os próximos anos serão movimentados para o setor, em especial no Brasil, Chile e Colômbia, principais polos da região. O estoque atual dos três países é de 972 MW e deve crescer 67% nos próximos anos impulsionado pelo uso de novas tecnologias, como a IA - Inteligência Artificial e serviços de nuvem. Link: https://abrir.link/cFuin.
O melhor do Bits traz um resumo das principais notícias sobre o mercado publicadas no RTI in Bits, boletim semanal enviado por email para os leitores de RTI. Mais notícias podem ser encontradas no site: https://www.arandanet.com.br/revista/rti/noticias.
SERVIÇO
Guia de ferragens
O foco do guia a seguir são as ferragens e acessórios para a instalação de redes de telecomunicações, em especial FTTH – Fiber to the Home, além de produtos para ERBs – estações radiobase, como suportes e plataformas. O levantamento mostra quem são os fornecedores, seus respectivos portfólios e onde encontrar as empresas.
Empresa, telefone e e-mail
Afastador braço extensor 72x72 cm
Ajustador de fita inox em aço galvanizado
Preformada ¼ 6,4 mm dielétrica Drop óptico 1,3 mm figura 8 Ancoragem (6,8 a 13,4 mm) Amarração final (6,8 a 13,4 mm)
Preformada 3/16 4,8 mm
Preformada para fio FE-AA 100/160
Suporte isolador de ancoragemSIPA Anel guia tipo T aço galvanizado
Barra AC em aço galvanizado
AncoragemCIA Conector RE para haste 5/8” Cabeça autotravante Kit berço aço para fixação de caixa de emenda
DPR(11) 3934-2000 n ••••••••••••••••••••••••••• contato@dpr.com.br
Fibracem (41) 99946-0613 n
vendas@fibracem.com
Fibersul(41) 3275-4301
vendas@fstelecom.com.br
Infortel(51) 3076-3800 n
comercial@Inforteltelecom.com.br
LBRX(27) 99986-7974 n
milton@lbrx.com.br
Metalfield(11) 95271-0792 n
lemuel@metalfield.com.br
Next Indústria (43) 98433-5101 n
vendas@nextcable.com.br
PLP(11) 4448-8000 n
telecom@plp.com.br
Rota da Fibra (17) 3513-0062 n
comercial@rotadafibra.com.br
RS Connect (44) 99921-1010 n xxx contato@rsconnect.com.br
Steel Loop (19) 3861-6166 n
vendas@steelloop.com.br
Supri Nordeste (85) 3021-3235 n
contato@suprinordeste.com.br
Tecfiber(11) 98526-2450 n
vendas@tecfiber.com.br
TGL(15) 4141-3308 n
contato@tgltelecom.com.br
Ancoragem para cabo drop
Conjunto isolador
Alça
SERVIÇO
Empresa, telefone e e-mail Passarela para acesso Suportes para antenas Plataformas e bases para equipamentos Esteiramento para cabos Plástico espiral antichama Isolador mensageiroTIM Isolador cordoalhaTIC Tap bracket 1/4 “3/16” Suporte para degrau SD-1, SD-2 E SD-3 BAP 2 /3 /4 –Galvanizado a fogo RE vertical Suporte dielétrico Olhal reto rosca M12 Modificado tipo DM Meio vão tipo G Tipo 2 aço inoxidável Tipo 2 aço galvanizado Cadeirinha em aço galvanizado Plástica RP 3/16“ 1/4” alumínio Placa de identificação de cabos PCAM12 x 35mm PR BAP Preformado 3/16 4,8 mm Drop 1,30 figura 8 Preformado para fio FE-AA 100/160 Isolador porcelana 72 x 72 mm Haste aterramento SAE1020 16 mm Fita plástica 12 mm AISI 430 AISI 304 16 para sup ¾” 10 para sup ½” Fecho de aço inox dentado
CG3 Telecomunicações (11) 97690-2239 n •••• •
sac@cg3telecom.com.br
Ceitel(31) 3449-1000 ••
televendas3@ceitel.com.br
Dicomp (44) 4009-2826 n
cs@dicomp.com.br
DPR(11) 3934-2000 n
contato@dpr.com.br
Fibracem (41) 99946-0613 n
vendas@fibracem.com
Fibersul(41) 3275-4301
vendas@fstelecom.com.br
Ideal Antenas (35) 99134-7397 n
marcelo@idealantenas.com.br
Infortel(51) 3076-3800 n
comercial@Inforteltelecom.com.br
LBRX(27) 99986-7974 n
milton@lbrx.com.br
Metalfield(11) 95271-0792 n
lemuel@metalfield.com.br
Next Indústria (43) 98433-5101 n
vendas@nextcable.com.br
PLP(11) 4448-8000 n
telecom@plp.com.br
Para ERBs
Tubo Suporte Roldana Prensa fio para espinar
Empresa, telefone e e-mail
LaçoParafuso
Fita de aço inox
Passarela para acesso Suportes para antenas Plataformas e bases para equipamentos Esteiramento para cabos Plástico espiral antichama Isolador mensageiroTIM Isolador cordoalhaTIC Tap bracket 1/4 “3/16” Suporte para degrau SD-1, SD-2 E SD-3 BAP 2 /3 /4 –Galvanizado a fogo RE vertical Suporte dielétrico Olhal reto rosca M12 Modificado tipo DM Meio vão tipo G Tipo 2 aço inoxidável Tipo 2 aço galvanizado Cadeirinha em aço galvanizado Plástica RP 3/16“ 1/4” alumínio Placa de identificação de cabos PCAM12 x 35mm PR BAP Preformado 3/16 4,8 mm Drop 1,30 figura 8 Preformado para fio FE-AA 100/160 Isolador porcelana 72 x 72 mm Haste aterramento SAE1020 16 mm Fita plástica 12 mm AISI 430 AISI 304 16 para sup ¾” 10 para sup ½” Fecho de aço inox dentado
Abraçadeiras para RRU
Rota da Fibra (17) 3513-0062 n
comercial@rotadafibra.com.br
RS Connect (44) 99921-1010 n
contato@rsconnect.com.br
Supri Nordeste (85) 3021-3235 n
contato@suprinordeste.com.br
Tecfiber(11) 98526-2450 n
vendas@tecfiber.com.br
TGL(15) 4141-3308 n
contato@tgltelecom.com.br
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 113 empresas pesquisadas.
Fonte: Revista Redes, T Redes, T Telecom e Instalações elecom e elecom e Instalações e e , janeiro de 2025.
Este e muitos outros Guias de RTI RTI RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.
Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
Para ERBs Tubo Suporte Roldana Prensa fio para espinar
Quais cabos são mais recomendados para conexões Wi-Fi 7 em edifícios?
Matthias Gerber, Gerente de Mercado Redes Locais da R&M
OO Wi-Fi 7 e o 5G abrem novas dimensões de conectividade em escritórios e edifícios comerciais. Junto com tais tecnologias, surge a dúvida sobre como os pontos de acesso podem ser conectados às redes de dados locais. Para obter sucesso em tal empreitada, é preciso que o cabeamento atrás das antenas esteja apto a transmitir dados em velocidade ultrarrápida.
Wi-Fi 7 está pronto para o mercado. O padrão correspondente IEEE 802.11be já foi publicado. Dispositivos para pontos de acesso da sétima geração WLAN também estão disponíveis. Já temos roteadores e dispositivos móveis que suportam a tecnologia. Com os itens listados, é possível afirmar que nada pode impedir o Wi-Fi 7 de ser utilizado em escritórios e outras instalações comerciais. Será mesmo?
A resposta, infelizmente, não é tão simples como parece. O Wi-Fi 7, a próxima geração de transmissão de dados sem fio para aplicações locais, teoricamente atinge uma taxa de transmissão de 30 Gbit/s, ou seja, mais rápida que a tecnologia atual. Já as redes móveis 5G, gradualmente introduzida em edifícios, são ainda mais rápidas. Essas novas dimensões excedem as capacidades de desempenho do cabeamento LAN convencional estruturado e baseado em cobre.
O cabeamento é suficiente?
É fácil esquecer que há um cabeamento de rede por trás do WiFi. A Internet, mesmo sem fio, deve estar conectada a infraestruturas com fio para que os dados possam ser movimentados. O desempenho da infraestrutura passiva tem que corresponder ao desempenho das antenas, caso contrário, a transmissão de dados ultrarrápida simplesmente pode não funcionar. Além disso, as antenas Wi-Fi exigem uma fonte de alimentação.
Fig. 1 - Solução ponto a ponto com desvantagens significativas no uso
Para evitar problemas, usuários, empresas e empreendedores devem verificar se o cabeamento LAN no edifício é suficiente antes de mudarem para Wi-Fi 7 e 5G.
Cabo de dados de cobre
O cabeamento LAN convencional da Classe EA pode transmitir 10 Gbit/s em 100 m. Para obter larguras de banda maiores, diversas linhas podem ser operadas em paralelo. No entanto, isso leva a uma car ga de trabalho maior para o equipamento terminal e para o cabeamento. Como alternativa, a categoria 8.1 também pode ser usada para distâncias mais curtas, que pode transmitir 40 Gbit/s em 30 m ou 25 Gbit/s em 50 m (40GBase-T). No entanto, a disponibilidade de equipamentos terminais para este protocolo é muito limitada.
Fibra óptica
A solução mais atrativa é conectar os pontos de acesso usando fibra óptica. Idealmente, o equipamento terminal deve ser operado simultaneamente com energia via rede de dados PoE - Power over Ethernet. No entanto, é preciso lembrar que a fibra óptica não pode transmitir eletricidade.
Híbrido
O próximo passo lógico seria o cabeamento híbrido. Um cabo de energia é roteado paralelamente ao cabeamento de fibra óptica. Alguns fabricantes de dispositivos estão optando por essa solução e propagando o cabeamento híbrido ponto a ponto.
Tal medida tem uma série de armadilhas: se os cabos de conexão híbridos forem desenhados em um estado pré-montado, é possível ter uma taxa de perdas durante a conexão de até 20%. Se um plugue for danificado durante o patch com tal solução, todo o cabeamento instalado deve ser substituído.
3 -
Teto digital
O conceito de cabeamento LAN estruturado como um teto digital, ou seja, cabeamento de zona no teto, oferece uma abordagem mais prática. Algumas soluções de infraestrutura propostas no mercado combinam todas as vantagens das abordagens híbridas: cabeamento estruturado com fibra óptica e cabeamento de cobre de alto desempenho, opções de expansão simples, conexão simples em distribuidores preparados e tomadas compatíveis com serviços híbridos, bem como fornecimento de energia remoto com PoE. O conceito permite alcances de até 200 m de link permanente.
Conclusão
A última geração de tecnologia para redes sem fio dentro e ao redor de edifícios tem muito a oferecer. O Wi-Fi 7 tem uma faixa de frequência de 320 MHz, o que é duas vezes mais ampla que o WiFi 6E lançada em 2021. Isso cria uma maior capacidade para conexões simultâneas em diferentes frequências que podem ser mantidas permanentemente. O Wi-Fi 7 faz uso ideal da faixa de frequência e, portanto, provavelmente será menos suscetível a interferências. O acesso simultâneo a diferentes bandas de frequência reduz a latência por um fator de cerca de 100. Esses benefícios provavelmente desempenharão um papel importante diante do aumento das aplicações sem fio. O Wi-Fi 7 pode garantir transmissão de dados sem fio estável e ultrarrápida em empresas, escritórios e instalações comerciais. Isso traz um progresso significativo e abre as portas para novas aplicações. Crucialmente, a infraestrutura de rede passiva também suporta o aumento no desempenho da transmissão de dados sem fio.
Artigo publicado com autorização da R &M. O conteúdo original pode ser acessado no site: https://www.rdm.com/pt-br/blog.
Fig. 2 - Solução de teto digital de até 90 m com link permanente
Fig.
Solução de teto digital de até 200 m com link permanente
Edge data centers: a nova fronteira para os provedores de Internet
Sandra Mogami, da Redação da Revista
O O O O O
Provedores de Internet estão cada vez mais interessados em investir em data centers para prestar novos serviços e elevar a receita no B2B. O processamento na borda permite a entrega de conteúdos com menor latência e maior eficiência, ao posicionar a infraestrutura mais próxima dos usuários. A reportagem mostra alguns cases de edge data centers e os cuidados a serem tomados para entrar nesse mercado.
mercado de edge computing no Brasil ainda está no início, mas há um grande potencial de expansão. Os provedores de Internet têm demonstrado interesse em construir data centers para ampliar a receita.
A linha de crédito para a construção de data centers anunciada no final de 2024 pelo BNDES deve acelerar os investimentos no setor. Com orçamento de R$ 2 bilhões, a medida integra a Missão 4 da Nova Indústria Brasil, visando à digitalização das empresas nacionais. “Essa linha oferece taxas muito atrativas e o processo é relativamente simples e rápido”, diz Luis Tossi, vice-presidente da ABDC –Associação Brasileira de Data Centers e diretor comercial da Edgefy, fabricante de data centers modulares. Para projetos nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de juros é a partir de 6,3%; para as demais regiões, a partir de 8,5%.
“Até 2022, o objetivo dos provedores era instalar fibra e conseguir clientes. Agora, precisam pensar não mais como um ISP somente, mas como um SSP – Solution Service Provider, para oferecer um pacote de soluções que vão além do link, como segurança, data center e cloud”, diz Felipe Garanhani, sócio e diretor de vendas da Trusted Data, empresa de engenharia especializada em soluções de infraestrutura de edge computing. Com sede em Campinas, SP, a Trusted Data foi uma das pioneiras na oferta de data
centers para provedores. Foi criada há quatro anos, mas seus sócios já exploravam esse mercado desde 2018, por meio da modalidade TaaS –Technology as a Service, estruturada pela distribuidora WDC Networks, em parceria com os fabricantes onde atuavam antes de constituírem a Trusted Data. Além de Garanhani, o comando da empresa conta com Junior Carrara, conselheiro estratégico, e Matheus Moura, CTO.
“Na época, em nossas visitas aos provedores pelo Brasil, percebemos que a infraestrutura de data centers era precária e precisava ser profissionalizada. Nosso discurso de vendas reforçava a necessidade de investir em uma estrutura de qualidade e alto desempenho para evitar problemas de downtime e garantir o atendimento aos clientes”, conta Garanhani.
Hoje, com a consolidação do mercado de banda larga e o aumento da concorrência, o discurso mudou, mas o data center continua sendo um investimento atrativo para os provedores que buscam oportunidades de aumentar a receita, em especial no B2B.
Segundo ele, se há alguns anos os projetos para provedores envolviam poucos racks, geralmente de 1 a 12, hoje os contratos chegam 60 ou 100 racks. “Eles já não estão mais focados apenas nas necessidades internas de
O futuro da tecnologia: Liquid Cooling, IA e suas inovações
A tecnologia está repleta de possibilidades interessantes e o potencial para inovação é enorme.
Para lidar com a evolução acelerada da IA e suas cargas de trabalho, é preciso modernizar infraestruturas críticas para que possuam maior capacidade de processamento, por isso o Liquid Cooling é tão importante.
Conheça sobre os avanços da inteligência artificial, as possíveis soluções para o futuro e as opções de refrigeração líquida da Vertiv.
Leia o QR code e saiba mais.
armazenamento de dados, mas em crescer no mercado B2B”, diz.
O melhor exemplo é o contrato assinado com a Um Telecom para a construção de um data center no Parqtel, em Recife, PE, em parceria com a EBM Engenharia. “Este empreendimento representa um marco para o mercado de data centers edge no Brasil, especialmente para o Nordeste”, afirma.
A Um Telecom está expandindo sua infraestrutura para atender à crescente demanda por serviços de dados de alta velocidade e baixa latência.
A construção do data center começará ainda neste trimestre, com previsão de conclusão em 2025. A Um Telecom garantiu um financiamento de R$ 41 milhões do BNDES. A empresa investirá um total de R$ 150 milhões ao longo de três fases de desenvolvimento. O novo data center será uma instalação de 13 mil m2, projetada para suportar mais de 150 racks na primeira fase, com capacidade total de 1 MW.
“Os projetos cresceram 3, 4 vezes do tamanho que a gente estava acostumado a olhar no melhor cenário de alguns anos atrás. Temos conversado com provedores do Brasil inteiro”, diz Garanhani. A Trusted Data continua trabalhando com a oferta de TaaS junto com parceiros do mercado e também
com recursos próprios, somando hoje mais de 60 cases. Além da Um Telecom, a Trusted realizou os projetos e instalação da 4Edge e Click IP, citados mais à frente nesta reportagem.
O grupo conta ainda com a recémcriada Edge Connection, empresa de data center especializada em soluções de cloud, virtualização, backup e DRDisaster Recovery , na modalidade white label para operadoras, provedores de Internet e integradores (SSPs e MSPs). Localizada junto à sede em Campinas, a Edge Connection possui 12 racks, com possibilidade de dobrar a estrutura. “Muitos provedores compram o data center, mas existe um timing para que comecem a operar. Enquanto isso não acontece, ele pode iniciar suas vendas, por exemplo, usando o colocation ou cloud em nosso data center. Há ainda provedores que não querem investir em data center agora. Nesses casos, eles podem contratar a Edge Connection”, diz.
4Edge
Embora não seja um provedor de Internet, um outro exemplo de crescimento do setor é o da 4Edge, um data center edge inaugurado pela Informo Tecnologia em junho de 2023 em Bauru, SP. A empresa está planejando construir novas unidades em outras cidades do interior de São Paulo. “Nosso objetivo é estar próximo dos clientes e iniciaremos a construção de novas unidades de data centers edge interconectados em uma matriz a partir de 2025”, diz Marcio Renato Talhacolo, CEO da Informo.
Fundada e sediada em Bauru, cidade de médio porte a cerca de 300 km da capital paulista, a Informo atua há 18 anos com serviços gerenciados de TI, segurança e infraestrutura. Atende empresas de várias verticais da região, que buscam abrigar seus servidores e aplicações em data centers de alta disponibilidade. Para suprir essa demanda, a Informo começou a idealizar o projeto do data center no final de 2019. “O mercado no Brasil está coberto por data centers hyperscale concentrados nos grandes centros, como São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, distantes o suficiente para comprometer as latências,
Da esquerda para a direita, Junior Carrara, Felipe Garanhani e Matheus Moura, da Trusted Data: oportunidades no B2B
e as estruturas de borda ainda são em número bastante reduzido”, diz. O data center da 4Edge foi totalmente concebido, desde a escolha do terreno até o comissionamento das instalações, de acordo com os padrões de desempenho e confiabilidade, com infraestrutura redundante N+1 continuidade 24 horas por dia, 7 dias por semana. As novas instalações também seguirão esse padrão. “Usamos os equipamentos de energia, refrigeração e supressão de incêndio exatamente como nos data centers hyperscale, mas numa escala menor. O objetivo é entregar qualidade de acesso na borda, perto do cliente”, afirma. Segundo o executivo, o data center nasceu padrão Tier III do zero, em área própria, localizada em uma esquina para facilitar a dupla abordagem de conectividade das operadoras de fibra.
Instalações da 4Edge em Bauru, SP
“Se soubéssemos que o resultado seria tão positivo, teríamos investido no data center antes. Foi uma aposta certeira. O momento é bom e temos tido um ótimo retorno. Conseguimos expandir o portfólio com os clientes de base e com contratos que chegaram, atraídos pela nova solução, especialmente Totvs e SAP”, diz. A atuação da Informo como fornecedora de soluções de infraestrutura e serviços de TI facilita o cross selling de clientes para o data center, que atrai principalmente empresas de médio e grande portes de segmentos como indústrias, saúde e agronegócio, em especial do interior de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
O portfólio da 4Edge inclui serviços de data center, nuvem, proteção de dados, colocation e DR - Disaster Recovery e
ESPECIAL
microsserviços IP. Também em 2025, passará a ofertar análise de processos em GPU. Os clientes poderão contratar uma porção do servidor com IA – Inteligência Artificial embarcada. “Para uma empresa de pequeno ou médio porte, investir em IA em estrutura própria envolve elevados investimentos no ecossistema. Ter acesso a esses recursos num data center próximo possibilita contratar uma fatia, ou seja, usar a IA por um período, como algumas horas do dia”, diz. Segundo o CEO, a venda de serviços de data center está bastante aquecida. Um provedor de Internet que já tem uma base sólida, com uma série de clientes, parte de uma vantagem competitiva para fazer essa venda. “O único ponto é buscar uma parceria para que ele possa agregar os serviços de cloud, porque isso normalmente está fora da expertise do provedor, que sempre vendeu conectividade. E vender cloud é um pouco diferente”, ressalta. Hoje, o mercado é dividido entre empresas de TI, que querem explorar o mundo de cloud, com data centers próprios, como é o caso da 4Edge, e os provedores de Internet. Ambos convergem na entrega de serviços de cloud, cada um com suas especificidades. As empresas de TI têm o diferencial de já ter experiência com servidores e oferta de nuvem. Já as operadoras de telecom normalmente precisam buscar apoio profissional para montar essa oferta para o mercado”, conclui o CEO da Informo.
Desafios
Na avaliação de Luis Tossi, da ABDC, para que o investimento seja autossustentado, os provedores precisam vender serviços com valor agregado e não somente espaço. “O modelo de comercialização pode ser híbrido para hospedar CDNs, colocation, cloud e novas aplicações como IA - Inteligência Artificial”, sugere.
Além de um plano de negócios elaborado, os provedores precisam estar cientes da complexidade do projeto, que demanda suporte de especialistas, projetistas, consultores, integradores ou fabricantes. “Muitos acreditam que construir um data center é simples como puxar fibra no poste, mas a tarefa
envolve múltiplas especialidades em uma edificação pequena”, diz Tossi. Depois de pronto, o data center exige manutenção contínua. Por isso, a escolha do portfólio de produtos é crucial para garantir fornecedores e mão de obra local que sustentem a operação. “Não se pode tratar um data center como uma sala POP. São coisas diferentes”, diz Tossi.
Maykon Souza, cofundador do Grupo ClickIP, compartilhou os desafios enfrentados pela empresa na operação de seu data center recéminaugurado em Manaus, AM. “Estamos organizando e fazendo investimentos para apresentar uma cesta de serviços de TI ao mercado”, afirmou Souza.
Souza alertou os provedores regionais sobre os riscos do mercado, que está repleto de empresas sem a infraestrutura e o know-how necessários para construir data centers. “O mercado está num momento de euforia, e todo mundo quer construir data centers porque é a tendência. Mas é preciso ter um modelo claro de sustentabilidade econômica. Provedores que embarcarem nessa onda sem estarem preparados podem acabar quebrando”, aconselhou.
Atendendo às normas da TIA 942 Rated-3, correspondentes ao padrão Tier III, o empreendimento foi projetado para garantir disponibilidade e confiabilidade para empresas,
Souza ressaltou que o retorno sobre o investimento (ROI) em data centers é de longo prazo e que o retorno é mais rápido quando são oferecidos serviços gerenciados de TI com alto valor agregado. “Quem busca rentabilizar somente a infraestrutura levará mais tempo para ter o retorno do investimento”, disse.
indústrias, instituições e provedores de Internet com alta demanda de processamento e armazenamento de dados. Sua construção já recebeu aportes superiores a R$ 20 milhões. Ainda serão realizados investimentos dos ambientes de computação em nuvem. Com uma área construída de 685 m² em um terreno de 1200 m², o data center tem capacidade para 500 kVA e 240 kW dedicados ao espaço de TI, onde operarão 49 racks.
O Grupo ClickIP possui mais de 100 mil assinantes, divididos entre as empresas Intlink Fibra, Fiber Network, Wire Fibra e ClickIP Soluções. Juntas, elas fornecem serviços de Internet por meio de fibra óptica para Manaus e mais 22 municípios do Amazonas e Pará.
Vix Data Center
Com um investimento de R$ 54 milhões, o Grupo ConectJá inaugurou em julho o Vix Data Center em Cariacica, na região metropolitana de Vitória, ES. “As demandas superaram as expectativas, considerando o curto período desde a inauguração da empresa. Apesar de estarmos apenas no início do ano, já estamos observando manifestações de intenções de fechamento e, inclusive,
Luis Tossi, da ABDC: modelo de negócios deve incluir serviços de valor agregado
Data center da Click IP em Manaus, AM
concretizamos o primeiro projeto de 2025”, diz Rhonei Andrade Bergamin, CEO do Grupo ConectJá.
Fundado há 16 anos, o Grupo ConectJá atuava inicialmente com acesso via rádio a clientes residenciais. Em 2019, iniciou um processo de mudança de atuação para o mercado B2B, oferecendo desde conexões de Internet para clientes do varejo na Grande Vitória até serviços customizados como telefonia VoIP, servidores dedicados virtualizados e cloud privada. Hoje o grupo abrange diversas subsidiárias e áreas de atuação. Os recursos no Vix Data Center foram aportados majoritariamente pelo CEO Rhonei, pela própria ConectJá e pelo mais recente sócio do grupo, Marcus Buaiz.
No final de 2024, a empresa realizou investimentos significativos em uma infraestrutura robusta, com ênfase em projetos de DR - Disaster Recovery . “Já no primeiro trimestre de 2025, planejamos disponibilizar essa infraestrutura para os clientes. Estrategicamente, estamos focados em obter certificações ISO e Tier III, além de direcionar nossos investimentos para o desenvolvimento humano e profissional. O objetivo é nos tornar uma referência em tecnologia na região”, afirma. Assim como outros entrevistados desta reportagem, ele ressalta a importância da cautela. “Embora a estratégia de investimentos seja sólida, ela deve ser abordada com cautela, responsabilidade e um bom planejamento. O simples ato de investir em tecnologia não é suficiente. É essencial também focar nas pessoas e estabelecer critérios claros para o fechamento de parcerias”, diz. Um outro aspecto importante é evitar ofertas tendenciosas do mercado. “A gestão da variação cambial é um aspecto crucial para a sustentabilidade da empresa, dado que esse mercado é fortemente impactado por flutuações econômicas. É importante entender que áreas como edge data center, cloud e conectividade, embora complementares, possuem dinâmicas, níveis de profundidade e responsabilidades distintas, sendo que para atuar em data centers, é preciso maior especialização e atenção”, finaliza o CEO.
Vix Data Centers em Cariacica, ES
SERVIÇO
Guia de distribuidores de produtos de redes
Veja a relação de empresas especializadas na oferta de sistemas de cabeamento estruturado, racks e gabinetes, sistemas de energia, produtos de redes ópticas, rádios e instrumentos de testes, entre outros itens neste levantamento voltado para os canais.
E-mail
Pará Cabos AM (92)98414-3637 n contato@paracacbos.com.br
Tellycom CE (85)4042-1245 n comercial@tellycom.com.br
Sumay DF(61)3404-5958 n telecom@sumay.com.br
Ceitel MG (31)99197-0215 n vendas1005@ceitel.com.br
Loja Elétrica MG (31)4020-2882 n anel@lojaeletrica.com.br
Multirede MG (31)3469-0303 n contato@multiredebh.com.br
NetCia MS (67)98167-0006 n leonardo@ntcia.com.br
Plugmais MT (65)3648-5700 n atendimento@plugmais.com.br
Serra DistribuidorMT (65)98118-5796 n marketing.serradist@gmail.com
Lanbras PA (91)99100-6925 n vendas@lanbras.com.br
GMI DistribuidoraPB (83)3023-9590 n contato@gmidistribuidora.com.br
Grupo Centry PB (83)3502-1155 n comercial@grupocentry.com.br
Connectoway PE (81)97601-0219 n alline.costa@connectoway.com.br
Alca DistribuidoraPR (44)3023-0333 n silvio.fidelis@alcadistribuidora.com.br
DCA/Delta Cable PR (41)3021-1728 n dcaonline@dca.com.br
Dicomp PR(44)4009-2826 n cs@dicomp.com.br
Evolusom PR(44)3220-6480 n contato@evolusom.com.br
Grupo Premium PR (41)3201-5557 edimar.laurindo@outlook.com
Next Indústria PR (43)98433-5101 n vendas@nextcable.com.br
Cook Telecom RJ (21)99387-1021 n cook@cookenergia.com
Golden Networks RJ (21)98802-8170 n carlosjose@goldennetworks.com.br
Lantele RJ(,21) 99358-6967 n lantele@lantele.com.br
4eX Solutions RS (51)99114-5216 n comercial@4exsolutions.com.br
Agiliza Tecnologia RS(54)99679-7835 n comercial@agilizatec.com.br
Datacom RS (51)3933-3000 n comercial@datacom.com.br
DT Telecom RS (51)3429-3654 n contato@dttelecom.com.br
OIW Telecom RS (51)3653-6800 n vendas@oiw.com.br
Satcom RS (51)98062-4606 n satcombr@satcombr.com.br
Ektech SC(49)3199-1746 n comercial@ektech.com.br
FiberX SC(48)3205-2275 n contato@fiberx.com.br
Prime8 SC (48)3279-0495 n contato@prime8.com.br
3GS Technology SP-G (11)3164-1481 n comercial@3gstechnology.com
Cabos metálicos e ópticos Componentes de conexão Patch panels Canaletas, calhas e dutos Racks e gabinetes CFTV IP –Câmeras e acessórios
Sistemas de identificação Controle de acesso Caixas de emenda GPON XGS-PON ONU/ONT
Distribuição óptica OLT Ferramentas para emenda óptica Limpeza e inspeção de conectores DWDM
Sistemas de energia
Produtos VoIP Cabos ópticos Máquina de fusão Ferragens para redes externas Switches Conversores de mídia e módulo Gbic Roteadores Pontos de acesso sem fio Rádios digitais Antenas Baterias UPS Estabilizadores Instrumentos de testes OTDR
Telefone
Empresa
Cabeamento
Telefone Empresa
Cabeamento
Sistemas de energia UF
E-mail
3R Network SP-G (11) 93770-2340 n contato@3rnetwork.com.br
Adconnect SP-G (11) 4702-0118 n contato@adconnect.com.br
WDC NetworksSP-G (11) 3035-3777 n sac@wdccommerce.com.br
ZyxelSP-G (11) 91218-2841 n atendimento@zyxel.com.br
BelverSP-I (19) 98722-1180 n info@belver.com.br
FW Distribuição SP-I (19) 97172-5333 n j.lacerda@fwdistribuicao.com.br
Fonepinda SP-I (12) 3645-1739 n fonepinda@uol.com.br
Lidercon SP-I (16) 99993-3331 n lidercon@lidercon.com.br
PematelSP-I (19) 99116-5767 n pemateltelefonia@terra.com.br
Rota da FibraSP-I (17) 99188-5977 n comercial@rotadafibra.com.br
Shop Fiber SP-I (19) 98209-1506 n contato@shopfiber.com.br
Greatek SP-I (12) 99100-6131 n suporte@greatek.com.br
Cabos metálicos e ópticos Componentes de conexão Patch panels
Canaletas, calhas e dutos Racks e gabinetes CFTV IP –Câmeras e acessórios
Sistemas de identificação Controle de acesso
Produtos VoIP Cabos ópticos
Caixas de emenda GPON XGS-PON ONU/ONT
Distribuição óptica OLT Ferramentas para emenda óptica Limpeza e inspeção de conectores DWDM
Máquina de fusão
Ferragens para redes externas Switches Conversores de mídia e módulo Gbic Roteadores Pontos de acesso sem fio Rádios digitais Antenas Baterias UPS Estabilizadores Instrumentos de testes OTDR
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 437 empresas pesquisadas.
Fonte: Revista Redes, T Telecom e Instalações elecom Instalações elecom e Instalações elecom Instalações elecom , janeiro de 2025.
Este e muitos outros Guias de RTI RTI RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.
Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
Amplificadores EDFA e Raman
Marcelo Barboza, da Clarity Treinamentos
O amplificador EDFA – ErbiumDoped Fiber Amplifier, ou amplificador de Fibra Dopada com Érbio, bem como os amplificadores Raman, são tecnologias fundamentais nas redes de fibra óptica de longa distância. Ambos são capazes de amplificar sinais ópticos diretamente, porém contam com mecanismos distintos de amplificação.
para um nível intermediário e, ao interagir com o sinal óptico de 1550 nm, retornam ao nível de energia inicial, emitindo um fóton de 1550 nm. Este processo é conhecido como emissão estimulada e resulta na amplificação do sinal óptico.
Redes de fibra óptica de longa distância são fundamentais para a comunicação entre cidades e sistemas submarinos. Uma forma de fazer com que o sinal chegue com velocidade e segurança é utilizando amplificadores EDFAErbium Doped Fiber Amplifier e Raman. O artigo mostra as principais funcionalidades e diferenças entre as duas tecnologias.
EDFA - Funcionamento
O EDFA opera amplificando sinais ópticos que passam por uma fibra dopada com íons de érbio. O processo começa com a entrada de um sinal óptico, como de 1550 nm, no amplificador. Este sinal é combinado com um laser de bombeio, geralmente em 980 ou 1480 nm, através de um dispositivo WDM - Multiplexador por Divisão de Comprimento de Onda. Sua capacidade de amplificar sinais ópticos diretamente, sem a necessidade de conversão para sinais elétricos, revolucionou a transmissão de dados, tornando-a mais eficiente e econômica.
• Dopagem com érbio – A fibra óptica é dopada com íons de érbio, que são essenciais para o processo de amplificação.
• Excitação dos íons de érbio - O laser de bombeio excita os íons de érbio de um nível de energia mais baixo para um mais alto.
• Emissão estimuladaApós a excitação, os íons de érbio rapidamente decaem
• Janela de amplificação - O EDFA possui uma janela de amplificação, que é a faixa de comprimentos de onda ópticos que podem ser amplificados eficientemente. Esta janela depende das propriedades dos íons dopados, da estrutura do vidro da fibra óptica e das características do laser de bombeio.
O EDFA é composto por isoladores que previnem reflexões indesejadas que poderiam degradar o sinal; pelo dispositivo WDM que combina sinal óptico com o laser de bombeio; pela fibra dopada com érbio (meio onde ocorre a amplificação); e pelo laser de bombeio (980 ou 1480 nm) responsável por fornecer a energia necessária para excitar os íons de érbio.
DE ENERGIA
Intersolar South America
Fotovoltaica
Tecnologias termossolares
Usinas de energia solar
Gestão de energia GERAÇÃO
ees South America
Tecnologias de armazenamento de energia
Sistemas de armazenamento de energia
Hidrogênio verde
O
DE ENERGIA USO DE ENERGIA
Eletrotec+EM-Power South America
Engenharia elétrica
Eficiência energética
BRASIL LIDER A A REVOLUÇÃO ENERGÉTIC A GLOBAL: THE
SMARTER
Power2Drive South America
Infraestrutura de carregamento
Baterias de tração
Mobilidade elétrica
E SOUTH AMERICA ENFOCA INOVAÇÕES EM ENERGIA RENOVÁVEL E ELETR OM OBILIDADE
Na vanguarda global da transição energética, o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de armazenamento de energia, tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de armazenamento de energia aprimora a estabilidade da rede, resultando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a partir de fontes renováveis intermitentes. O aproveitamento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustentabilidade energética, estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países. The smarter E South America – a maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda questão da nova realidade energética,
abrangendo energia renovável, armazenamento de energia, redes inteligentes e eletromobilidade.
Nossa missão é inspirar e facilitar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialistas e líderes do mundo todo para fazer avançar a pauta da energia sustentável. Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:
Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde
Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gestão de energia
O EIXO LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
REDES ÓPTICAS
Aplicações
Redes de longa distância
Utilizado em redes de comunicação que cobrem grandes distâncias, como aquelas entre cidades ou continentes, para compensar perdas de sinal devido à atenuação da fibra.
Backbones de Internet
Essenciais para manter a integridade do sinal em infraestruturas de backbone onde grandes volumes de dados são transmitidos.
Sistemas submarinos
Amplificadores EDFAs são críticos em cabos submarinos, onde a regeneração de sinal precisa ser minimizada devido à dificuldade de manutenção.
Exemplos de aplicações
Transmissão transcontinental
Em sistemas que conectam cidades, EDFAs são usados a cada 80 ou 100 km para manter a qualidade do sinal, permitindo transmissões de até 10 Tbit/s.
Redes de telecomunicação submarinas
Em cabos submarinos, EDFAs são espaçados a cada 60 ou 70 km, suportando
transmissões de até 100 Gbit/s por comprimento de onda.
Amplificadores Raman
Os amplificadores Raman desempenham um papel crucial nas redes de fibra óptica de longa distância, proporcionando amplificação de sinal diretamente no domínio óptico, sem a necessidade de conversão para o domínio eletrônico. Esta tecnologia é baseada no fenômeno de espalhamento Raman estimulado, que é um efeito não linear em fibras ópticas.
Funcionamento
O amplificador Raman utiliza o espalhamento Raman estimulado para amplificar sinais ópticos. Neste processo, um laser de bombeio com alta potência (omega p) interage com a fibra óptica, transferindo energia para o sinal óptico (omega s) que se deseja amplificar. O sinal de entrada (omega s) é amplificado enquanto viaja na mesma direção ou na direção oposta ao laser de bombeio. A diferença de frequência entre o laser de bombeio e o sinal amplificado é crucial para maximizar a eficiência do processo, com o ganho máximo ocorrendo entre 10 e 15 THz de diferença.
Existem dois tipos principais de amplificadores Raman: distribuído
(DRA) e discreto. No primeiro, a própria fibra óptica de transmissão é utilizada como meio de amplificação. Um laser de bombeio de alta potência é injetado na extremidade distante e viaja no sentido oposto ao sinal, amplificando-o ao longo do caminho. Já o segundo emprega uma bobina de fibra dedicada como meio de amplificação, aumentando a interação entre os sinais de bombeio e de entrada.
Características e vantagens
Alta densidade de potência
O amplificador Raman pode transferir a maior parte da potência do laser de bombeio para o sinal óptico, aumentando significativamente a potência do sinal.
Flexibilidade de comprimento de onda
Pode ser ajustado para operar em uma ampla gama de comprimentos de onda, tornando-o adequado para diversas aplicações.
Compatibilidade com EDFA
Muitas vezes utilizado em conjunto com amplificadores de fibra dopada com érbio (EDFA) para maximizar a amplificação em redes de longa distância.
Importância em redes de longa distância
Os amplificadores Raman são essenciais para superar a atenuação de sinal em longas distâncias, transmitindo dados em alta velocidade sem a necessidade de regeneradores eletrônicos. Isso resulta em redes mais eficientes e de menor custo operacional, além de possibilitar o alcance de velocidades extremamente altas, como 400, 800 e até 1,6 Tbit/s.
Exemplos de aplicações
Redes submarinas
Amplificadores Raman são amplamente utilizados em cabos submarinos que conectam continentes, onde a atenuação deve ser minimizada ao máximo. Por exemplo, em sistemas de transmissão de 100 Gbit/s, os amplificadores Raman podem suportar distâncias superiores a 6000 km com potências de bombeio na faixa de 500 mW a 2 W.
Backbones de telecomunicações
Em redes terrestres de longa distância, como aquelas que conectam grandes centros urbanos, os amplificadores Raman são usados para ampliar a capacidade de transmissão. Eles permitem que sinais de 400 Gbit/s sejam transmitidos por distâncias de até 2 mil km sem a necessidade de regeneração eletrônica.
Redes metropolitanas
Em ambientes urbanos, onde a densidade de dados é alta, os amplificadores Raman ajudam a manter a integridade do sinal em redes de até 800 km, suportando velocidades de 800 Gbit/s com potências de bombeio adequadas para o ambiente metropolitano.
Conclusão
O amplificador EDFA é uma tecnologia indispensável para redes de fibra óptica de longa distância, oferecendo uma solução eficaz para amplificar sinais ópticos sem a
complexidade e o custo associados à conversão para sinais elétricos. A capacidade de suportar altas taxas de transmissão e longas distâncias faz com que o amplificador EDFA continue a ser uma peça-chave na infraestrutura global de telecomunicações.
Os amplificadores Raman são uma tecnologia que continua a transformar a forma como as redes de fibra óptica de longa distância são projetadas e operadas, oferecendo uma solução eficiente e escalável para as crescentes demandas por largura de banda. Sua eficácia depende de fatores da fibra como o comprimento, a atenuação e o diâmetro de seu núcleo. A escolha adequada desses parâmetros é crucial para otimizar a amplificação e garantir a qualidade do sinal.
O artigo é uma síntese de dois trabalhos: Amplificador Raman em Redes de Fibra Óptica de Longa Distância e Amplificador EDFA: Essencial para Redes de Fibra Óptica de Longa Distância. Ambos estão disponíveis na integra, em suas versões originais, no site do autor: www.claritytreinamentos.com.br.
Monitoramento de radiações não ionizantes em equipamentos eletromédicos
Haroldo Zattar e Marco Aurélio C. Santa, do Laboratório de Telecomunicações do Departamento de Engenharia Elétrica da UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso, e Artur K. Zattar, da UNIVAG – Centro Universitário de Várzea Grande
Atualmente, inúmeros equipamentos médicos possuem Wi-Fi para comunicação com o servidor para integração de dados. Por isso, o ambiente de campo eletromagnético nos hospitais está se tornando cada vez mais complexo e instável. Um bom projeto eletromagnético de equipamentos eletromédicos deve considerar as práticas de instalação e manutenção, garantindo que níveis adequados de EMC sejam alcançados principalmente em unidades de terapia intensiva e centros cirúrgicos.
No início do século XXI, a população passou a ter mais proximidade com dispositivos de alta tecnologia que geram campos eletromagnéticos em setores como energia, telecomunicações, aparelhos de informática, eletrodomésticos, equipamentos médicos e laboratoriais, entre outros [1]. Com a presença de uma alta diversidade de equipamentos num hospital, em especial uma UTI ou centro cirúrgico, e antenas em todos os locais, a equipe médica e funcionários ficam expostos a campos eletromagnéticos não ionizantes. Por isso, a preocupação com os efeitos nas pessoas deve ser avaliada continuamente por empresas especializadas em engenharia e medicina do trabalho baseada na NR15 –Atividades e Operações Insalubres. Por ser recente no Brasil, o tema ainda demanda muitas pesquisas e atenção, pois possui ação direta em profissionais que ficam próximos aos equipamentos. É preciso avaliar os efeitos da radiação não ionizante no espectro de 50 Hz a 300 GHz e em especial na faixa de 3 kHz a 300 GHz. Ao projetar e fabricar equipamentos eletromédicos, é preciso considerar a
compatibilidade eletromagnética (EMC). Também no projeto e construção de unidades hospitalares é importante prestar atenção à EMC entre equipamentos eletromédicos pois um aparelho pode provocar alterações funcionais em outro. Em especial, telefones celulares não devem ser usados próximos a aparelhos hospitalares, conforme indicado em diversos manuais de operação de eletromédicos. Consultórios médicos, laboratórios de exame, centros de imagem e de fisioterapia, clínicas e hospitais utilizam equipamentos eletromédicos que produzem altos níveis de interferência eletromagnética (EMI). Da mesma forma, também são utilizados equipamentos eletromédicos que podem ser sensíveis à EMI como máquinas de ressonância magnética (MRI), ablação cardíaca, ECG (eletrocardiograma), BIS (bispectral) e EEG (eletroencefalografia). Quando a transferência de energia ocorre através dos fios condutores de alimentação, diz-se que a EMI é conduzida; quando é via ar, sem conexão direta, chama-se EMI radiada; e quando há transferência de cargas elétricas diretamente de um equipamento ou de um corpo para
outro, ocorre uma descarga eletrostática. Qualquer uma das formas pode produzir perturbações no funcionamento dos equipamentos médicos.
Este artigo tem como objetivo apresentar medições de intensidade do sinal de campos elétricos e magnéticos, analisar a potência e o espectro do sinal de diversos equipamentos hospitalares e comparar com o valor fornecido pelo fabricante do instrumento de medição ou pela norma técnica e propor sugestões para minimizar os efeitos da radiação não ionizante. Um bom entendimento de EMC possibilita evitar problemas de EMI e, assim, proteger os sistemas médicos mais críticos.
O espectro de frequência
Ondas eletromagnéticas são oscilações formadas por campos elétricos e magnéticos variáveis que se propagam no vácuo e em meios materiais. Tridimensionais e transversais, viajam na velocidade da luz, transportando exclusivamente energia na forma de ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e gama, em ordem crescente de frequência e energia.
Ondas eletromagnéticas surgem com base na interação entre campos elétricos ou magnéticos variáveis. Todas as ondas eletromagnéticas apresentam frequência de oscilação, comprimento de onda e amplitude. São caracterizadas pela frequência ou comprimento de onda e são inversamente proporcionais, apresentando velocidade de transmissão de sinal constante.
As ondas eletromagnéticas podem propagar-se tanto em meios materiais quanto no vácuo. Por tratar-se de fenômenos ondulatórios, podem sofrer reflexão, refração, absorção, difração, interferência, espalhamento e polarização. As ondas eletromagnéticas foram descobertas pelo matemático e físico James Clerk Maxwell, que unificou as
equações da eletricidade e do magnetismo já existentes (equações de Faraday, Ampére e Gauss) em equações de onda [2]. Maxwell demonstrou que a velocidade dessa propagação é igual à velocidade da luz visível e que os campos elétricos e magnéticos são perpendiculares um ao outro e perpendiculares à direção de propagação (90º), conforme ilustrado na figura 1.
O espectro eletromagnético é a distribuição das ondas eletromagnéticas, visíveis ou não, de acordo com o espectro de frequência, e dividido em radiações ionizantes (raios X e gama). As radiações não ionizantes, foco deste trabalho, são as ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível, radiação ultravioleta. A figura 2 ilustra o espectro eletromagnético.
Campos elétrico e magnético
O campo elétrico (E) é uma grandeza física vetorial que mede o módulo da força elétrica exercida sobre cada unidade de carga elétrica colocada em uma região do espaço sobre a influência de uma carga geradora de campo elétrico. Quanto mais
Fig. 1 – Onda eletromagnética
Fig.
Tab. I - Níveis recomendados para os campos eletromagnéticos
próximas estiverem duas cargas, maior será a força elétrica entre elas por causa do módulo do campo elétrico naquela região. Desse modo, o campo elétrico E é medido em V/m.
Já o campo magnético é uma região do espaço em que as partículas estão sob a influência de forças magnéticas que atuam sobre cargas elétricas em movimento e corpos que possuem um momento magnético, independentemente do seu movimento, e o fazem por meio da força de Lorentz. O campo magnético está intimamente relacionado com o campo elétrico pois também é uma manifestação do campo eletromagnético. Assim, dependendo do quadro de referência do observador, o mesmo fenômeno de campo eletromagnético pode ser descrito como uma manifestação de um campo elétrico, magnético ou de ambos ao mesmo tempo.
Estudo e monitoramento de radiações eletromagnéticas não ionizantes
Radiação é a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material com uma determinada velocidade. Os elementos condutores de energia determinam as formas de radiação eletromagnética ou corpuscular. A radiação eletromagnética se caracteriza pela oscilação entre um campo elétrico e um magnético. Os campos variáveis criam sequencialmente um ao outro para manter a propagação da onda [3,4]. Um campo elétrico variável induz um campo magnético também variável, que por sua vez induz um campo elétrico, e assim por diante.
A radiação não ionizante (RNI) é a radiação eletromagnética que varia de
radiação de frequência extremamente baixa (ELF) até a luz ultravioleta. As radiações não ionizantes não podem provocar ionização e excitação dos átomos e moléculas. Entretanto, possuem energia suficiente apenas para excitar os elétrons que movimentam para um estado de energia mais alto. Sendo assim, mesmo que a radiação não ionizante não consiga quebrar os vínculos químicos dentro de uma célula humana e destruir seu DNA, não quer dizer que não possa provocar efeitos biológicos especialmente com muito tempo de exposição contínua. Pesquisas sugerem a associação da exposição com o desenvolvimento de problemas no sistema nervoso central, como depressão, nervosismo, ansiedade e distúrbios do sono em pessoas
pela CNIRP - Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes, avalizada pela OMS - Organização Mundial de Saúde tem sido adotada na maioria dos países como critério de proteção à exposição a campos eletromagnéticos. No Brasil podem ser citadas a resolução 303/2002 da Anatel, a Lei 11934/2009, a NBR 15415 - Métodos de Medição e Níveis de Referência para Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos na Frequência de 50 e 60 Hz, o projeto de lei 2576/2000 e as normas da Anvisa. Sobre as emissões eletromagnéticas, a Lei 11934 estabeleceu que fossem adotados, especialmente nos setores elétrico e de telefonia, os limites recomendados pela OMS com base nos Guidelines for Limiting Exposure to Time – Varying Electric and Magnetic
Medidor de diurese315-16
Bomba de infusão343-20
Monitor multiparâmetro340-4
Bisturi modo corte480-12
Bisturi modo coagulação540+ 4
Ventilador pulmonar770-37
Bomba de seringa109-19
expostas a campos eletromagnéticos [5,6,7,8]. A RNI possui energia menor que 10 eV e tem comprimento de onda maior que 200 nm [8,9].
Sendo assim, devido à utilização diária de muitos equipamentos eletrônicos simultaneamente numa UTI ou centro cirúrgico, é preciso que as indústrias atendam a diversas normas e diretrizes. Entre as diretrizes existentes, a publicada
Fields (Diretrizes para Limitação da Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos Variáveis ao Longo do Tempo) da CNIRP.
A CNIRP é uma entidade dedicada à pesquisa de soluções das importantes questões relacionadas aos possíveis riscos para a saúde humana derivados da exposição às radiações não ionizantes, que incluem todas as radiações e campos
Tab. II – Potência medida dos eletromédicos
Tab. III – Medida do campo eletromagnético de eletromédicos
Equipamentos Equipamentos
Bomba de infusão com pino terra75 **211,2 0,60,41,540,320,12
Bomba de seringa com pino terra48 *21 3,3 **0,90,50,2 0,160,13
Monitor multiparâmetro sem pino terra80 **64 ** 5 *0,60,50,50,180,140,9
Monitor multiparâmetro com pino terra3 *2 10,60,50,50,180,120,8
Ventilador pulmonar com pino terra3 *2 10,20,20,20,250,150,3
Ventilador pulmonar sem pino terra69 **46 * 23 *0,30,30,20,220,150,9
Cardioversor com pino terra74 **72 **20,80,30,20,150,120,5
Cardioversor sem pino terra 248 **201 **99 **0,80,60,2 0,280,220,13
Medidor de diurese com pino terra78 **68 **6 *0,60,50,50,230,170,8
Medidor de diurese sem pino terra108 **79 **8 *0,70,60,5 0,260,20,13
Eletrocardiógrafo sem pino terra 114 **82 ** 75**0,40,30,2 0,220,20,16
Eletrocardiógrafo com pino terra76 **66 **55 **0,70,30,20,90,70,6
Bisturi sem pino terra modo corte1291 ***846 *** 178 **11,3 **7 **0,2 1,151,20,22
Bisturi com pino terra modo corte856 *** 456 **74 **8,4 **0,50,2 0,670,270,4
Legenda: * Regular ** Não recomendado mais que 4 horas diárias *** Não recomendado ficar próximo
Sem marcação - Normal
do espectro eletromagnético que normalmente não possuem energia suficiente para ionizar a matéria.
Conformidade de equipamentos eletromédicos
Os campos EMF são divididos em três grupos principais: magnéticos, elétricos e
RF - radiofrequência. EMF são campos produzidos por cargas elétricas em movimento. A EMF de alta frequência é obtida pela radiofrequência. Esses campos eletromagnéticos de alta frequência estão na faixa de 100 kHz a 300 GHz e são usados em equipamentos médicos com Wi-Fi e/ ou Bluetooth. A maioria dos países impõe requisitos de EMC, wireless, exposição à radiofrequência e segurança para os
equipamentos médicos. Desse modo, vários padrões orientam testes, gerenciamento de risco, segurança básica e a garantia de bom desempenho é essencial. Por exemplo, equipamentos médicos vendidos no Brasil devem estar em conformidade com a quarta edição da IEC 60601-1-2, que define o desempenho básico e essencial de dispositivos médicos em relação a emissões e imunidade a
distúrbios eletromagnéticos. A FDAFood and Drug Administration dos EUA exige a conformidade com a edição 4.1 desde 17 de dezembro de 2023. Produtos médicos com funções sem fio que entram na União Europeia devem atender ao padrão ISO 14971 - Dispositivos médicosAplicação de Gerenciamento de Risco a Dispositivos Médicos. Esses e outros padrões impactam como as empresas demonstram conformidade, gerenciam a transparência e avaliam produtos para riscos potenciais.
Dispositivos médicos com recursos sem fio devem atender aos requisitos da FCCFederal Communications Commission na América do Norte e de ISED - Inovação, Ciência e Desenvolvimento Econômico no Canadá. Na União Europeia e no Reino Unido, os dispositivos estão sujeitos à DOC - Declaração de Conformidade. No Brasil, os equipamentos médicos devem atender às normas da Anvisa. Atualmente, inúmeros equipamentos médicos possuem Wi-Fi para comunicação entre o servidor e o cliente para integração de dados. Por isso, o ambiente de campo eletromagnético nos hospitais está se tornando cada vez mais complexo e instável.
EMC é a capacidade de um produto, equipamento ou sistema eletrônico funcionar sem sofrer interferências eletromagnéticas do ambiente e também não ser uma fonte de emissão. A EMC pode ser dividida em duas categorias: Interferência Eletromagnética (EMI) e Susceptibilidade Eletromagnética (EMS). Ambos os fenômenos podem ocorrer de duas formas: conduzida, quando o distúrbio é levado ao equipamento através de um condutor (cabo de alimentação, comunicação) e radiada, quando o distúrbio atinge o equipamento sem que haja contato físico (imersão em campos eletromagnéticos). Os equipamentos médicos devem passar por testes de segurança, EMC e possivelmente testes sem fio para atender aos requisitos regulatórios e de certificação [10]. A conformidade dos equipamentos médicos é realizada seguindo os requisitos da norma IEC-EN 60601-1-2Equipamentos Elétricos Médicos. Parte 12: Requisitos Gerais para Segurança Básica e Características Essenciais de Desempenho [11,12]. Os equipamentos médicos, anualmente ou quando passam por um processo de manutenção corretiva, devem utilizar um instrumento analisador
de segurança elétrica para fazer o laudo de conformidade adequado atendendo à norma principal e colateral: compatibilidade eletromagnética, requisitos, testes e outras normas como CISPR 11 - Equipamentos Industriais, Científicos e Médicos - ISM [13] , características de perturbações radioelétricas, limites e métodos de medição. O uso de muitos equipamentos eletrônicos no ambiente hospitalar, como soluções terapêuticas (equipamentos projetados intencionalmente para emitir energia eletromagnética) e de diagnóstico, requer gerenciamento adequado de EMC para garantir que potenciais EMI sejam minimizadas e possam trabalhar juntos sem problemas.
A norma IEC-EN 60601-1-2 se aplica a equipamentos e sistemas eletromédicos. Em comum com as normas EMC atualizadas, a IEC-EN 60601-1-2 define limites para emissões e níveis de imunidade. Os métodos de teste têm como referência diversas normas EMC. As IEC-EN 60601-1 e IEC-EN 60601-1-2 se aplicam a equipamentos e sistemas médicos elétricos. Essas normas definem como gerenciar a análise de risco e os limites para emissões e níveis de imunidade em
testes de compatibilidade eletromagnética, fazendo referência a vários padrões de EMC.
Da perspectiva da norma IEC-EN 60601-1, equipamento médico elétrico é descrito como tendo uma parte aplicada ao paciente ou tem transferência de energia para ou do paciente ou a detecção desse tipo de energia para ou do paciente. Isso inclui, por exemplo, monitores de EEG, sistemas de processamento de imagem, dispositivos de ECG, monitores de sinais vitais e dispositivos semelhantes que se conectam diretamente ao corpo de uma pessoa.
Medição de sinais em equipamentos
eletromédicos que geram radiações eletromagnéticas não ionizantes
A baixa compatibilidade eletromagnética de equipamentos
eletromédicos pode ser um problema sério em unidades hospitalares. Embora a EMI seja frequentemente considerada um incômodo de nível baixo, há casos em que falhas em dispositivos elétricos médicos devido à EMI causam alterações de funcionamento.
Para realizar as medições foi utilizado um analisador de espectro da marca Rhode e Schwarz/HAMEG modelo HMS-X e um medidor de campo eletromagnético tipo GQ EMF-390, que realiza a medição do campo elétrico em V/m, campo magnético em mG e em mW/cm2. A seleção de três pontos de medição se deve ao fato que a incidência de EMF decresce de modo exponencial à medida que o ser humano se distancia (D) da fonte geradora.
A forma de apresentação dos resultados será realizada pelo cálculo da média obtida de três medições sobre o equipamento com distâncias de 0, 15 e 30 cm. O tempo considerado para o cálculo temporal das médias foi de 2 minutos e a exposição média não pode ultrapassar os valores calculados na tabela II.
Com relação às radiações não ionizantes, o Anexo 7 da NR-15 –Atividades Insalubres não discrimina limites de tolerância, apenas determina que haja um laudo técnico emitido por um engenheiro de segurança do trabalho que indique haver ou não “proteção adequada” para os trabalhadores.
Em uma primeira análise parece tratar-se de uma avaliação qualitativa, entretanto existem fundamentações suficientes para que a avaliação da exposição às radiações não ionizantes seja quantitativa, exceto para os lasers.
Fig. 3 - Potência do sinal dos equipamentos médicos hospitalares
Entretanto a CNIR, baseada em estudos epidemiológicos, demonstrou, de forma consistente, que a exposição cotidiana crônica de baixa intensidade deve ser inferior a 0,3 µT. A CNIRP salienta que a proteção das pessoas expostas a campos elétricos e magnéticos pode ser garantida se forem cumpridos todos os limites e demais aspectos de suas diretrizes básicas. Para as medições que serão realizadas utilizaremos a tabela I fornecida pelo fabricante do medidor EMF 390 da GQ Electronics llc para comparar os resultados. Para os equipamentos que emitem sinal de RF também é de vital importância avaliar o nível de campo elétrico (V/m) [14]. De modo geral, para quem convive com radiação não ionizante, pelo menos 8h diárias o valor máximo sugestivo deve ser inferior a 40 V/m.
Medições realizadas
Os locais onde se deve ter maior cuidado e atenção num hospital são as UTIs - Unidades de Terapia Intensiva e os centros cirúrgicos. Nesses locais, observa-se uma quantidade considerável de equipamentos eletrônicos numa pequena área. Por exemplo, um leito de UTI possui uma cama elétrica, um monitor multiparâmetro, um ventilador pulmonar e ainda pode ter ligado a um paciente um umidificador aquecido, duas a 10 bombas de infusão, bomba de seringa, tomógrafo de bioimpedância, medidor de diurese digital e um monitor de parâmetros hemodinâmicos.
Todos os equipamentos eletromédicos geram campo magnético em todos os lados e não apenas na sua parte frontal, mas geralmente a incidência de EMF é maior na parte traseira, onde se localizam os transformadores, motores e fontes chaveadas. Desse modo, um bom planejamento na elaboração da instalação elétrica e procedimentos corretos de utilização da unidade hospitalar são de vital
importância para o perfeito funcionamento de todos os equipamentos [15].
As primeiras medições foram realizadas com o analisador de espectro com resultados mostrados na figura 3, com o intuito de apresentar a potência do sinal dos equipamentos comuns numa UTI e centro cirúrgico.
Pela análise da figura 3, é possível constatar que o sinal mais forte medido foi do bisturi quando acionado no modo coagulação. Na frequência de 540 kHz a potência do sinal foi de 4 dB. A tabela II apresenta o resultado resumido da figura 3.
A segunda medição apresenta os resultados obtidos com o instrumento de medição EMF 390, cujos valores estão na tabela III. As medidas foram realizadas numa sala sem outros equipamentos ou lâmpadas acesas e foram repetidas três vezes em períodos diferentes e apresentado a média considerando o medidor grudado ao equipamento em 15 e 30 cm de distância. A tomada utilizada possui aterramento e a resistência medida é inferior a 5 Ω. Os valores iniciais medidos foram 1 V/m, 0,03 uT, 3 nw/cm2 . Para essa situação foram realizadas medições com cabos de força tripolar e de 2 pinos para apresentar as diferenças que ocorrem nos valores medidos do campo eletromagnético de cada equipamento com e sem a presença do pino de aterramento. Para o caso das bombas de infusão e de seringa, os dispositivos possuem um sistema de proteção que interrompe o funcionamento dos equipamentos sem o pino terra ligado.
Com os números da tabela III é possível concluir que à medida que o ser humano se afasta da fonte, o nível de radiação reduz imensamente e passa a não ser prejudicial à saúde. Constatou-se também que é muito importante que nos hospitais exista um aterramento adequado de boa qualidade e que em todos os equipamentos seja utilizado cabo de força de 3 pinos. Nas medições realizadas, os valores obtidos de campo eletromagnético em todos os
equipamentos foram acima das normas técnicas. O equipamento que mais emitiu radiações não ionizantes foi o bisturi microprocessado, utilizado amplamente no centro cirúrgico. Em seguida foi o cardioversor, que emitiu sinais de radiação não ionizante, mas esse equipamento é pouco usado nas UTIs e centros cirúrgicos.
A terceira avaliação foi realizar a medição do campo eletromagnético em três UTIs de hospitais diferentes, medindo o sinal próximo ao paciente e no local onde a equipe médica prescreve o prontuário diário do paciente. Os resultados obtidos foram semelhantes, sendo 0,38 mW/m 2 , 41 V/m e 2,8 mg próximo à equipe de prescrição e de 0,21 mW/m 2, 46 V/m e 2,4 mG próximo ao paciente.
Conclusão
Os maiores níveis de densidades de fluxo representam áreas de maior concentração de equipamentos eletrônicos. Foi possível concluir que o aumento do número de equipamentos eleva a concentração de campos eletromagnéticos, assim como em UTIs e centros cirúrgicos.
Outro fator que pode explicar os maiores níveis de densidade de fluxo magnético próximos aos equipamentos médicos é a diminuição da densidade de fluxo magnético associada ao distanciamento da fonte. Quanto mais longe, menor a densidade de fluxo magnético. Foi constatado que a 30 cm de distância do eletromédico e utilizando o pino terra do cabo de força, o campo magnético diminui significativamente. Em distâncias acima de 30 cm o campo magnético tornou-se insignificante. Isso confirma que ocorre uma diminuição do campo magnético com o aumento da distância em relação à fonte, considerando uma distância acima de 30 cm da fonte.
Os equipamentos médicos são projetados para uso em ambientes eletromagnéticos com interferências de RF controladas. Para ajudar a evitar tais interferências, o cliente ou usuário dos dispositivos em uma UTI ou centro cirúrgico deve manter uma distância mínima entre os eletromédicos e os equipamentos de comunicação por RF móveis portáteis (transmissores).
Para que um equipamento médico não pare de funcionar devido à interferência eletromagnética, é preciso evitar de utilizálo próximo a outros dispositivos e deixar sua parte superior livre. Se for necessário colocar dispositivos ao lado ou sobre o eletromédico, procedimento não recomendado, verifique se ele funciona normalmente na configuração em que será utilizado.
Para bloquear maiores emissões, menor imunidade ou interrupção do funcionamento de um equipamento médico ou acessórios, é recomendado utilizar apenas acessórios e cabos especificados no manual dos fabricantes.
O uso de acessórios, transdutores e cabos diferentes dos especificados ou fornecidos pelo fabricante do equipamento
médico pode resultar no aumento de emissões eletromagnéticas, acarretando em mau funcionamento.
Equipamentos de comunicação RF portáteis, incluindo periféricos como cabos ou antenas externas, devem ser colocados a uma distância de pelo
REFERÊNCIAS
menos 30 cm de qualquer parte do equipamento médico em uso incluindo quaisquer cabos especificados. Caso contrário, pode ocorrer degradação do desempenho deste equipamento.
Também é recomendado utilizar no equipamento médico cabo tripolar
padrão Inmetro com os três pinos íntegros. Já a tomada deve ser aterrada com valor de resistência menor que 10 Ω e a rede elétrica deve apresentar tensão estabilizada e frequência de 60 Hz.
[1] Poole, C.; Kavet, R.; Funch, D.P.; Donelan, K.; Charry, J.M.; Dreyer, N.A. Depressive symptoms and headaches in relation to proximity of residence to an alternative- current transmission line right- of - way. American Journal of Epidemiology.v.137, n.3, p. 318- 330.1993.
[2] Halliday, D.; Resnick, R.; Walker, J. Fundamentos da Física: Eletromagnetismo. Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro 1º ed, 2018.
[3] Hayt, J.R.; William, H. Eletromagnetismo. 4a ed.Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2001.
[4] Matthew N. Sadiku, Elementos de Eletromagnetismo, Ed. Bookman, 5o edição.
[5] ICNIRP - International Commision on Non-ionizing Radiation Protection. Guidelines for limiting exposure to time-varying electric and magnetic fields (1Hz to 100 kHz). 2010.
[6] IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers. IEEE standard for safety levels
[7] ICNIRP - International Commision on Non-ionizing Radiation Protection. For limiting exposure to time-varying electric, magnetic and electromagnetic fields (up to 300 GHZ). 1998.
[8] ICNIRP - International Commision on Non-ionizing Radiation Protection. Guidelines for limiting exposure to time-varying electric and magnetic fields (1 Hz–100 kHz). Health Phys, n. 99, v. 6, pp.818-836, 2010.
[9] Allen, S.G. ET AL. Proposals for Basic Restrictions for Protection Against Occupational Exposure to Electromagnetic Non -Ionizing Radiations Recommendations of an International Working Group Set up Under the Auspices of the Commission of the European Communities . Physica Médica, V7, M.2, P.77 -89. 1991.
[10] NBR IEC60601-1-2:2017: Equipamento Eletromédico, parte 1-2: Requisitos gerais para segurança básica e desempenho essencial - Norma colateral: Perturbações eletromagnéticas - Requisitos ensaios. Rio de Janeiro, 2017.
[11] NBR/IEC 60601-1: Prescrições Gerais Para Segurança Elétrica de Equipamentos Eletromédicos. São Paulo (1994).
[12] NBR-IEC 60601-1-2: Norma Colateral: Compatibilidade Eletromagnética Prescrições e Ensaios em Equipamentos Eletromédicos. São Paulo (1997).
[13] CISPR 11 – ISM - Industrial, Scientific and Medical radio-frequency equipment - Electromagnetic disturbance characteristic - Limits and methods of measurement (2003).
[14] Electromagnetic field:Nabeel Kouka, MD, DO, MBA, FABMISSA New Jersey, USA april 9, 2000 - New Jersey, USA.
[15] Zevzikovas, Marcos. Efeitos da interferência eletromagnética conduzida em equipamentos eletromédicos no ambiente hospitalar. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 2004
As normas de cabeamento industrial fazem referência a classificações ambientais. O que isso significa na prática? A norma brasileira de cabeamento estruturado industrial leva em consideração as classificações ambientais?
Sim. As normas de cabeamento industrial utilizam a tabela MICE de classificação ambiental como referência.
O ambiente industrial é agressivo por natureza. Os cabos e hardware de conexão utilizados em espaços comerciais, por exemplo, não resistiriam às condições presentes em
interferência eletromagnética, entre outros. Conforme mencionado anteriormente, componentes passivos fabricados para operar em espaços comerciais não podem ser usados sob essas condições satisfatoriamente, e isso também é verdade para aqueles que apresentam os melhores níveis de desempenho e qualidade. Nesse caso, não se trata de nível de qualidade e sim de características construtivas adequadas aos ambientes industriais severos.
A umidade, por exemplo, causa a oxidação dos contatos dos conectores, alterando suas características elétricas de transmissão e provocando falhas no sistema de comunicação. Tomadas e conectores convencionais não podem operar sob ação de líquidos, seja imersão total ou parcial.
A vibração excessiva em uma conexão casada (acoplamento plugue-tomada) leva à deformação
e conectores metálicos. O aumento da temperatura causa elevação da atenuação e falhas na transmissão de sinais. Cabos e conectores fabricados para ambientes industriais devem garantir seus níveis de desempenho para uma escala de temperaturas normalmente entre -25°C e +85°C enquanto aqueles para aplicações em ambientes comerciais trabalham, tipicamente, dentro de uma escala de temperaturas entre -10°C e +60°C. Outro fator que deve ser considerado em ambientes industriais é a corrosão dos contatos proveniente de contaminantes líquidos, sólidos e gasosos presentes nesses ambientes. Esses elementos podem causar, inclusive, a corrosão das capas dos cabos utilizados comumente em ambientes comerciais. É importante observar que não somente os parâmetros elétricos de transmissão
ambientes industriais por muito tempo. Portanto, é necessário que cabos e hardware de conexão utilizados em tais locais atendam a certos requisitos específicos para garantia de desempenho.
Os fatores que configuram um ambiente severo são umidade direta e indireta, vibração, variações excessivas de temperatura, presença de contaminantes corrosivos, poeira,
Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
de seus contatos após vários ciclos, causando, portanto, danos físicos que levam à perda de sua película de proteção e consequente corrosão. A deformação na conexão casada leva ao mau contato que, eletricamente, significa um aumento da resistência de contato piorando o parâmetro perda de retorno e aumentando a atenuação do canal. Reflexões de níveis elevados nessas conexões implicam o aumento das taxas de colisões nas redes e consequente aumento da taxa de erro de bits (BER, Bit Error Rate) do sistema de comunicação.
Grandes variações de temperatura também causam alterações das características de transmissão de cabos
dos cabos sofrem deterioração no espaço industrial; os parâmetros mecânicos e construtivos dos cabos são igualmente afetados. Além disso, componentes de cabeamento para aplicações industriais devem apresentar boa isolação elétrica contra ruídos provocados por fontes externas de interferência eletromagnética (motores de grande porte, máquinas operatrizes, máquinas de solda, etc.). Para isso, é necessário que sejam utilizados componentes blindados, por exemplo, capazes de reduzir os níveis do ruído acoplado pelos condutores, diminuindo os erros e falhas na transmissão de sinais.
O uso de cabos blindados é previsto na NBR 16521 – Cabeamento
Estruturado Industrial, que está em fase final de revisão na comissão de estudo da ABNT responsável por essa norma. Os tipos de cabos blindados reconhecidos pela norma são os com blindagem em forma de folha (foil shield), malha (braid shield) e a combinação de ambos, ou seja, folha e malha.
A blindagem em forma de folha é efetiva contra campos elétricos e sua eficiência de blindagem aumenta com a ampliação da frequência em sua faixa de operação. A blindagem em forma de malha é efetiva contra interferência em baixas frequências, entre 10 kHz e 30 MHz. Sua eficiência de blindagem decai a partir de 10 MHz.
trançados (balanceado) com cada par blindado por uma folha metálica e não há uma blindagem geral. Na figura 1b, temos um cabo S/FTP (Shielded/Foil Twisted Pair), que é um cabo de pares trançados (balanceado) com cada par blindado por uma folha metálica e com uma blindagem geral em forma de malha. Na figura 1c, temos um cabo SF/UTP (Shielded Foil/ Unshielded Twisted Pair), que é um cabo de pares trançados (balanceado) cujos pares não são blindados individualmente, porém com duas blindagens gerais, uma em forma de malha e outra em formato de folha metálica.
Cada construção tem um objetivo diferente e, algumas vezes, existe para lidar com um tipo específico de fonte de interferência eletromagnética. Por esse
equipamentos para aplicações industriais. Os com alguma classificação IP apresentam um código, como por exemplo, IP 45, IP 66, IP 67, etc. A tabela I ajuda a entender melhor o que isso significa. Assim, um componente classificado como IP35, para citar um exemplo, significa que é um dispositivo que oferece proteção contra corpos estranhos pequenos e espalhamento geral de líquidos. O máximo de proteção que um dispositivo pode oferecer, segundo a tabela de proteção IP, é IP68. Um componente dessa categoria apresenta proteção total contra o ingresso de poeira e é totalmente à prova de contaminantes líquidos, podendo suportar alguma pressão em condição de imersão.
Já a blindagem combinada emprega folha metálica e malha no mesmo cabo. Ela é efetiva para emissões radiadas de alta frequência e descargas eletrostáticas. O parâmetro eficiência de blindagem desse arranjo diminui a partir de 100 MHz.
A NBR 14565 - Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais reconhece diversos tipos de cabos balanceados, inclusive blindados. O Anexo C dessa norma traz a nomenclatura normalizada para os diversos tipos de cabos balanceados, que é a mesma utilizada por normas ISO/IEC.
A figura 1 mostra os aspectos construtivos dos cabos blindados mencionados aqui e reconhecidos pelas NBRs 14565 e 16521.
A construção mostrada na figura 1a é de um cabo do tipo U/FTP (Unshielded/Foil Twisted Pair), que é um cabo de pares
motivo, é sempre muito importante a orientação de um especialista em interferência eletromagnética em sistemas de transmissão de sinais quando cabos blindados forem um requisito de projeto. Não basta apenas blindar. É preciso conhecer o problema específico de interferência a ser tratado para que a blindagem correta seja definida. As práticas de instalação também são críticas.
Sistema de classificação internacional de proteção (IP)
Há um sistema de classificação internacional de proteção conhecido como IP - International Protection comumente utilizado no ambiente industrial para indicar o nível de proteção de componentes, sistemas e
Componentes IP67, entretanto, são considerados pelos organismos normalizadores como uma ótima opção de proteção para sistemas de cabeamento estruturado em ambientes industriais. Um componente com grau de proteção IP67 apresenta proteção total contra o ingresso de poeira e pode resistir à imersão temporária em contaminantes líquidos. Conforme mencionei no início deste artigo, a tabela MICE define a classificação ambiental coberta pela NBR 14565 para o cabeamento industrial. A abreviatura MICE está relacionada à classificação do ambiente do local da instalação, dividida em quatro critérios que definem as seguintes características:
• M – Mecânica.
• I – Proteção contra o ingresso de contaminantes.
Tab. I - Parâmetros de proteção industrial IP – International Protection
IngressodecontaminantesI1I2I3
Climática/químicaC1C2C3
EletromagnéticaE1E2E3
• C – Climáticas e químicas.
• E – Eletromagnéticas.
A tabela II apresenta as características ambientais da classificação MICE.
inclusive a NBR 16521, levam em consideração a classificação ambiental como diretriz de projeto. Na prática, essas normas recorrem à tabela MICE como referência para a determinação dos componentes passivos do cabeamento (cabos e hardware de conexão) adequados.
Em um projeto de automação industrial, é muito comum termos classificações ambientais diferentes em partes diferentes da instalação. Isso também é previsto na NBR 16521 e é um assunto para uma outra edição de Interface Tab. II –
Um canal pode ser projetado para qualquer combinação do modelo MICE, por exemplo, M1I3C2E1. Nesse exemplo, o ambiente tem as menores classificações mecânica (M) e eletromagnética (E) e a classificação para ingresso (I) de contaminantes mais crítica. A definição da classificação ambiental da instalação deve ser precisa de modo a permitir a seleção dos componentes adequados do cabeamento. Para efeito de comparação, um ambiente de edifício comercial tem classificação (MICE) M1I1C1E1 e um ambiente industrial severo, M3I3C3E3
Para cada grupo M, I, C ou E, a classificação de um dado ambiente é determinada pelo parâmetro mais
exigente dentro de cada grupo. No entanto, a seleção dos componentes do cabeamento deve ser baseada nas demandas específicas de cada um dos parâmetros dentro do grupo MICE, que pode ser menos exigente que a classificação geral do grupo. Concluindo, as normas de cabeamento estruturado industrial,
A A A A A
identificação com a abreviatura IP para componentes para aplicações em ambientes industriais também é usada na literatura técnica do setor como Ingress Protection, ou proteção contra o ingresso de partículas e contaminantes líquidos.
Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.
Para saber mais
Mike Rearden, diretor de desenvolvimento de mercado e estratégia de soluções
da CommScope
Por que a Cat. 6A é uma solução de par trançado versátil e eficiente
A Categoria 6A é versátil e desempenha um papel importante na infraestrutura de rede do futuro. Antes de examinarmos suas vantagens, vamos discutir a importância da versatilidade como um conceito estratégico.
O lubrificante WD-40, que é fabricado pela WD-40 Manufacturing Company em San Diego, nos Estados Unidos, é um dos produtos mais versáteis do mercado, mas não era para ser assim. Ele foi desenvolvido para ser apenas um solvente de prevenção de ferrugem e desengraxante para a indústria aeroespacial.
Isso foi em 1953. Hoje, existem centenas de usos conhecidos para o WD-40, e as pessoas continuam encontrando novos usos o tempo todo. Dobradiça de porta rangendo? WD-40. Quer limpar insetos da grade do seu carro? WD-40. Tem ervas daninhas no seu gramado?
WD-40, e a lista continua. O WD-40 ficou conhecido por ser versátil, indo muito além de sua intenção original. Fazendo um paralelo, o cabo de par trançado Cat. 6A é considerado por muitos como o mais versátil disponível, e por um bom motivo. Como o WD-40, ele também continua encontrando novos usos além de sua intenção original.
O Cat. 6A também foi desenvolvido para resolver um problema específico: suportar
Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
Ethernet de 10 Gbit/s até 100 m. Para isso, precisávamos desenvolver um produto que mitigasse melhor a diafonia externa ou alien crosstalk (fenômeno de interferência eletromagnética que ocorre quando sinais de um cabo de par trançado afetam os sinais de outro cabo adjacente), à medida que a largura de banda da aplicação passou de 250 para 500 MHz.
O fator determinante foi a mitigação do alien crosstalk . Sem isso, o Cat. 6A não existiria. Por causa disso, temos a capacidade de implementar inúmeras aplicações com a confiança de que esses diferentes sistemas operarão consistentemente conforme o esperado.
Isso é especialmente verdadeiro à medida que a conectividade se move da parede para o teto. Considerando a variedade e complexidade dessas diferentes aplicações, como Wi-Fi 6, in-building wireless e uma infinidade de dispositivos PoE, fica clara a razão por ter a infraestrutura mais robusta possível.
Atualmente, tudo parece estar rodando sobre par trançado. A infraestrutura proprietária convergiu: o cabeamento de quatro pares agora suporta a maioria das aplicações prediais, levando a edifícios inteligentes e a uma forma totalmente nova de gerenciar essas aplicações.
Desde serviços de A/V até redes sem fio internas, de LAN cabeada até automação predial, redes de sensores e controle de acesso, o Cat. 6A tem quase tantos usos “alternativos” quanto o WD-40. É claro que nem todas as aplicações precisam de Cat. 6A, ou sua largura de banda de 10 Gbit/s, mas muitas precisam de pelo menos multi-Gigabit, e uma pessoa nem sempre saberá, quando for planejar e instalar o cabeamento, quais aplicações terá em cada trecho do cabeamento.
Muitas vezes, pessoas tentando economizar dinheiro (ou apenas
sendo “do contra”) tentam alegar que quase tudo pode rodar no velho e bom Cat. 6, e que poucas aplicações exigem velocidades acima de 1 Gbit/s.
No entanto, o mais importante é ressaltar que não temos ideia de quais novas aplicações rodarão em nossas redes nas próximas décadas. Há vinte anos, precisávamos de Cat. 6A para fazer uma coisa. Hoje, existe uma infinidade de aplicações rodando sobre par trançado, muitas das quais exigem as capacidades excepcionais do Cat. 6A e nada menos. Com a recente explosão da IA – Inteligência Artificial e a evolução contínua dos edifícios inteligentes, aqueles que ainda promovem o Cat. 6 em detrimento do Cat. 6A estão rapidamente ficando sem razões convincentes para sua preferência.
Quando você analisa as diversas normas ratificadas nos últimos anos, começa a perceber um padrão comum onde o Cat. 6A é recomendado ou exigido. É apenas uma questão de tempo antes de vermos essa especificação em todas as aplicações e locais que dependem de par trançado para sua infraestrutura.
De aplicações como Wi-Fi 6 e PoE++ a data centers e instalações nas áreas de saúde e educação, a recomendação para o Cat. 6A continua a crescer e evoluir.
Entre as aplicações que estão impulsionando a demanda pela versatilidade e desempenho oferecidos pelo cabeamento Cat. 6A podemos citar:
• Wi-Fi 6/6E - Embora o cabeamento Cat. 5e e Cat. 6 pudessem suportar as primeiras implementações do Wi-Fi 6 com 2,5GBase-T ou 5GBase-T, no futuro isso não irá mais acontecer. Os pontos de acesso 802.11ax (WiFi 6) de hoje permitem uma velocidade máxima de 6,77 Gbit/s, exigindo uma conexão 10GBase-T para suportar a maior taxa de
transmissão de dados possível. O TSB-162-A - Telecommunications
Cabling Guidelines for Wireless Access Points também recomenda a utilização de cabeamento Cat. 6A ou superior para todos os pontos de acesso sem fio.
• Computação de alto desempenho e computação de borda - Muitos mercados utilizam plataformas de computação de alto desempenho para suportar aplicações altamente intensivas em largura de banda, como streaming de vídeo, imagem médica, aplicações centralizadas, gráficos de alta qualidade, tecnologias de visualização e clustering de dados. Além disso, a computação de borda continua a crescer à medida que aplicações avançadas a demandam. A capacidade de transmissão de dados expandida do cabeamento Cat. 6A será fundamental para suportar as demandas dessas tecnologias.
• Redes de armazenamento (SAN)/ armazenamento conectado à rede (NAS) - A Ethernet de 10 Gbit/s permite uma infraestrutura de alta velocidade e econômica para armazenamento conectado à rede
(NAS) e redes de armazenamento (SAN). Além disso, ela pode oferecer capacidade de transporte de dados comparável ou superior, com latências semelhantes às de diversas outras tecnologias de rede de armazenamento, como Fiber Channel, ATM OC-3, OC-12, OC-192, e InfiniBand.
• Colaboração multi-site - Estão surgindo ferramentas de colaboração que permitem aos participantes de uma conferência escrever ou desenhar em um slide em branco, conectar-se a um site e se envolver em comunicação privada com o anfitrião da conferência ou qualquer outro participante. Essas ferramentas colaborativas exigirão cada vez mais largura de banda, e conexões Ethernet de 10 Gbit/s serão o principal link para habilitar a colaboração multi-site dentro de uma empresa.
• Grid computing – A computação em grade disponibiliza a capacidade de processamento de CPUs de desktops ociosos através da rede para grandes tarefas e oferece potência de processamento “através da rede” para suportar essas aplicações. Isso exige
conexões de alta velocidade entre as plataformas de computação participantes, tornando o Cat. 6A a escolha lógica para Ethernet. Refletindo sobre a versatilidade e o desempenho do cabeamento Cat. 6A, percebemos que ele tem sido fundamental para o desenvolvimento e a implementação de diversas aplicações que exigem muita largura de banda, das quais as empresas de hoje não podem prescindir. O uso de infraestrutura de rede Cat. 6A continua a ser recomendada para novas construções e promete permanecer relevante por muitos anos. A evidência disso é clara no crescente volume de vendas, que continua a subir quase duas décadas após o primeiro draft da norma. Embora você talvez nunca consiga tornar sua rede corporativa completamente à prova de futuro, é possível garantir que ela esteja pronta para o futuro com a estratégia de infraestrutura certa. A Cat. 6A é versátil e eficiente, um verdadeiro WD-40 da infraestrutura de rede.
D esafios para 2025 e além
Entramos em 2025 com uma série de desafios. Alguns tecnológicos, um econômico, outros de recursos humanos e formação, e outros ainda na esfera legal, nos recursos para o combate ao crime cibernético, principalmente fraude. Eles certamente não se resolverão durante 12 meses e, portanto, também ficarão para os próximos anos.
O principal desafio tecnológico é, como era de se esperar, a IA - Inteligência Artificial e a sua adoção no dia a dia das empresas, além de, infelizmente, no cotidiano dos grupos criminosos mundo afora. Como toda nova tecnologia, há muito o que amadurecer em processo de adoção, com muitas lacunas e pontas soltas que oferecerão oportunidades para a ação de atacantes. Um dos grandes riscos de uma adoção sem controle é o compartilhamento de informações confidenciais nas ferramentas de IA Generativa. O desenvolvimento da IA exige a evolução dos controles e tecnologias de defesa, pois os grupos criminosos contam também com a tecnologia para aperfeiçoar seus códigos de ataque e as fraudes. Isso, é claro, não é novo, mas espera-se uma propagação ainda maior do seu uso, sem os obstáculos que empresas e organizações enfrentam.
No caso do Brasil, o maior obstáculo é a sempre complicada situação econômica, com a consequente redução dos orçamentos e investimentos, que já são limitados. Infelizmente, nenhuma solução de segurança é barata, nem mesmo as de código livre. O desafio exige das empresas a priorização de investimentos sem afetar a qualidade e a eficácia dos controles de segurança. As organizações ainda têm que lidar com a falta de pessoal treinado, que por sua vez infla os salários e gera muita rotatividade. Boa parte das equipes tem um tamanho menor do que o ideal, o que aumenta a carga de trabalho e pode afetar a produtividade. Mas não são apenas os profissionais de segurança que exigem atenção. Uma boa estratégia de segurança exige o engajamento de todos os funcionários e executivos, o que se traduz em campanhas contínuas de treinamento e conscientização.
Já no aspecto legal, não podemos ter expectativas de que os órgãos policiais estarão sempre atualizados, mas o fato é que os criminosos possuem hoje uma certa área de conforto para atuar. Recebi, entre tantos outros e-mails fraudulentos, um phishing tradicional dizendo que eu estaria em um processo de execução extrajudicial por uma pequena dívida de R$ 50, e cobrando o valor acrescido dos custos judiciais de R$ 17, que deveria ser pago via Pix até uma determinada data não muito distante. O golpe está na
vítima fazer o pagamento, e o valor pequeno motiva a resolver logo o assunto.
O e-mail foi enviado por uma companhia registrada no cadastro nacional de pessoas jurídicas com o sugestivo nome de “Setor Extrajudicial Ltda”. A “empresa” possui contas correntes em diferentes fintechs de pagamento. Identifiquei a fintech para a qual o Pix estava endereçado. Era uma financeira legítima, e tentei contato. Não houve como. O único telefone é para a ouvidoria, que requer um número de caso, e a abertura de casos é para situações específicas, e sempre online. Há uma opção de fraude, que instrui a pessoa a buscar a polícia. Já o site da polícia civil não está preparado para receber denúncias de pequenos golpes online. Apesar de constar a opção de delito pela Internet, o formulário pede o endereço completo de onde ocorreu o delito, além de outras perguntas que não se aplicam ao crime cibernético. Assim, e pela quantidade de reclamações existentes, os fraudadores continuam a enviar suas mensagens sem serem muito incomodados. Não é um caso isolado, infelizmente. Pouquíssimas empresas possuem canais estabelecidos para denúncias do mau uso de suas marcas. A fintech escolhida pelo criminoso não tem culpa, mas sua marca está sendo usada de maneira que mancha a sua reputação. Assim como uma seguradora que estava sendo usada em um golpe de WhatsApp, e que não
disponibilizou nenhum meio para se fazer a denúncia. Impossibilitado de ser denunciado, o criminoso continuou por semanas o seu golpe usando a marca alheia. Embora alguns dos desafios estejam fora do nosso controle, podemos lidar com outros e preparar nossas organizações a lidar com eles e a superá-los. Um tema que precisa entrar na pauta de todas as empresas é o mau uso de sua marca na Internet. E-mails, principalmente, são enviados em nomes de companhias diversas, que são envolvidas à revelia em crimes e ações fraudulentas, ou podem até sofrer prejuízos quando clientes são enganados e pagam a terceiros ao invés de pagar à empresa. Há meios hoje disponíveis para impedir esse problema, e ao alcance de todos. Um deles é o BIMI, ainda pouco usado.
BIMI é um acrônimo para Brand Indicators for Message Identification , ou Indicadores de Marca para Identificação de Mensagens, na tradução livre. Trata-se de um padrão que permite que as empresas incluam nos e-mails por ela enviados o seu logotipo, que será apresentado ao lado do cabeçalho. Permite assim a identificação visual da legitimidade de uma mensagem. O padrão exige que o cliente do e-mail usado reconheça e seja compatível, e na lista atual há o Google, Yahoo e Apple, entre outros. O suporte está crescendo, e a Microsoft já anunciou planos para o suporte. Do lado de quem envia a mensagem, é necessário estar compatível com o padrão DMARC para autenticação de e-mails, e sua política para DMARC deve estar configurada para quarentena ou rejeição. Isso
significa que os provedores que recebam um e-mail que diz ser de uma empresa sem estar 100% autenticado irão rejeitá-lo ou enviá-lo à quarentena. Por fim, a companhia interessada deverá criar seu logotipo em um formato específico – SVG, adquirir um certificado VMCVerified Mark Certificate de uma autoridade certificadora, que irá garantir que o logotipo pertence à empresa, e incluir algumas instruções em seu registro DNS. O site para o padrão é o https:// bimigroup.org.
Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.
Rack
O Eaton Tripp Lite SmartRack é um rack refrigerado para sala de servidores, gabinetes de TI, micro data centers e aplicações de edge computing. Este sistema é projetado para ser montado no topo do rack, economizando espaço e melhorando a eficiência
energética ao permitir que o ar frio desça em cascata e o calor suba naturalmente por convecção. Apresenta capacidade de resfriamento de até 3,5 kW, sensores de temperatura e umidade que ajustam o resfriamento em tempo real, válvula de expansão eletrônica para máxima estabilidade e um evaporador de água que remove a umidade do ar sem necessidade de drenagem. Site: www.eaton.com.br.
UPS
A Schneider Electric disponibilizou o Galaxy VXL, um dispositivo de 500 a 1250 kW (400 V) que funciona como um UPS de três fases, com funções de segurança física e cibernética. Com 1,2 m² de tamanho e densidade de potência de até 1042 kW/m², o Galaxy VXL oferece altos
níveis de desempenho de potência, sendo voltado para ambientes de data centers hyperscale, serviços de colocation e IA - Inteligência Artificial, além de infraestruturas críticas e sistemas elétricos em grande escala, em edifícios comerciais e instalações industriais. Site: www.se.com.
Cibersegurança
O Flex Security da Embratel é um pacote de ferramentas de cibersegurança para ambientes computacionais que proporciona um modelo comercial flexível e escalável para o atendimento das mais variadas necessidades. A solução é composta por produtos para segurança perimetral de ambientes virtuais e em nuvem; aplicações web; estações de trabalho e servidores; implementação de política de acesso de confiança zero (zero trust) no acesso a aplicações internas; e solução de serviços de segurança em borda (SSE), para a elevação da proteção de usuários remotos e híbridos. Isso tudo por meio do uso de diversas tecnologias, como Firewall Virtual, WAF, ZTNA, SSE e EDR. Site: www.embratel.com.br.
Gestão de provedores
O ISPFY é um sistema de gestão para provedores de Internet que pode ser utilizado localmente, em nuvem através de servidores próprios da desenvolvedora ou em nuvens homologadas. Desenvolvida pela Codize Sistemas, a solução atua com diversos módulos, como Radius com suporte a IPv6, customização de documentos, desenho e gestão de redes FTTH, controle de firewall embarcado, mapeamento GPS de clientes, além de oferecer mais de 100 integrações com
bancos, SVAs, bots, mensageiros, OLTs, concentradores, rádios, entre outros. O usuário também pode customizar relatórios, templates e plugins. Site: https://www.ispfy.com.br/.
ONU híbrida
A Venko Networks está lançando uma ONU híbrida com múltiplas abordagens de acesso, incluindo GPON/ XGS-PON, 4G/5G e Ethernet, garantindo alta disponibilidade do serviço. O equipamento opera sobre fibra óptica, como uma unidade PON, mas em caso de falha do circuito principal, chaveia
automaticamente para uma rede wireless, 4G ou 5G Desenvolvida pela Azores Networks, dos EUA, a CPE é indicada a provedores de Internet. Site: https:// venkonetworks.com/.
Supressão de incêndios
O Hallós, da Hydor, é indicado para áreas que exigem alta disponibilidade operacional e mínima interrupção, como data centers, salas elétricas e instalações industriais vitais. O sistema utiliza o agente limpo FK 5-1-12, fluido que não conduz eletricidade nos níveis de sua aplicação, dispensando limpeza após o disparo, pois não deixa resíduos e não gera corrosões ou oxidações a circuitos
eletrônicos, comparado com outras soluções de supressão baseadas em sais de potássio. A linha Hallós está disponível em cilindros atualmente com volumes de 20, 45, 70, 120, 200, 300 e 360L. Site: https://hydor.com.br/.
Orquestração de redes
Desenvolvido pela Tech Solutio, o Pantheon é uma plataforma de orquestração e gestão multivendor com foco em operadoras e provedores regionais de Internet, que oferece uma gestão completa de redes, com análises precisas, provisionamento, configuração e diagnósticos de falhas de forma automática. A plataforma integra-se com diversos equipamentos via protocolos SNMP, SSH e API, além de utilizar IA –Inteligência Artificial embarcada para fornecer soluções mais precisas. Site: https://www.techsolutio.com/.
Ambientes de missão crítica
A C3 Consulting presta serviços de consultoria, assessoria e engenharia para projetos de missão crítica. Para estar em constante aprimoramento, a empresa faz parte de diversas associações, como a ABDC – Associação Brasileira de Data Centers e a NFPA – National Fire Protection Association, entidade norte-americana focada em projetos de sistemas de segurança contra incêndios. Site: www.c3consulting.com.br.
MARQUE EM SEU CALENDÁRIO
SAVE THE DATE
E X P O C ENTE R NO RT E, SÃO PAU LO, B RASI L
Parte de 26–28
A M A IO R F E I R A & C ONGR E SS O D A A M É RIC A L AT I N A
PA R A O S E T O R SOL A R
L ATA M’ S L AR GE S T EX HIB ITIO N A N D C ONFERENC E
F O R TH E SOL A R I ND U ST RY
IN TE R S O LA R: CO N EC TAND O O SE TO R S O LA R
A Intersolar é a principal feira para o setor solar, com foco em fotovoltaica, tecnologias termossolares e usinas de energia solar. Desde sua fundação mais de 30 anos atrás, a Intersolar tornou-se a mais importante plataforma para fabricantes, fornecedoras, distribuidoras, instaladoras, prestadoras de serviços, desenvolvedoras de projetos, planejadoras, além de novas empresas no setor solar.
PUBLICAÇÕES
5G Americas lançou o documento técnico Inteligência Artificial em Redes Celulares. Este relatório explora o potencial transformador da IA – Inteligência Artificial e ML – Machine Learning nas redes de telecomunicações, destacando seu papel em promover eficiência, escalabilidade e inovação no cenário em constante evolução do 5G. O destaque fica por conta dos avanços e oportunidades críticas para a integração da IA, com ênfase na melhoria da confiabilidade da rede, na otimização do uso de recursos e na promoção da inovação. A análise é a primeira de uma série de publicações da 5G Americas focadas em IA no setor de redes celulares. Com 30 páginas, o estudo pode ser acessado pelo link: https://abrir.link/bbzHp.
perdas de ativos tangíveis (propriedades, plantas e equipamentos), que somaram US$ 867 milhões. O estudo, que teve a colaboração de 528 empresas latino-americanas, revela que a IA - Inteligência Artificial generativa, que cria materiais como imagens, música e textos, dá origem a ameaças como violações de segurança/privacidade e infrações de propriedade intelectual, uma das maiores fontes de geração de valor no mundo corporativo. Incidentes cibernéticos também representam as maiores perdas em ativos intangíveis para essas organizações. A análise de 71 páginas pode ser consultada no link: https://abrir.link/SizhY.
estar cientes da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. Os consumidores informados também são muito mais propensos a sentir que seus dados estão protegidos, 81% no Brasil e no mundo, em comparação com aqueles que não têm esse conhecimento (44%). O estudo de 25 páginas pode ser acessado em: https://abrir.link/NyeJW.
Aon divulgou os resultados do Relatório Comparativo de Riscos Intangíveis e Tangíveis de 2024, realizado em parceria com o Instituto Ponemon. O material destaca que, na América Latina, a perda máxima provável de ativos intangíveis (informação e propriedade intelectual) roubados ou destruídos foi 19% maior (US$ 1,03 bilhão) em comparação às
Cisco divulgou a Pesquisa de Privacidade do Consumidor de 2024 (Cisco Consumer Privacy Survey ), uma análise global anual sobre a percepção e o comportamento dos consumidores em relação à privacidade de dados. A pesquisa destaca o papel fundamental da conscientização sobre os direitos de privacidade em promover a confiança e a segurança dos consumidores em tecnologias emergentes como a IA - Inteligência Artificial. Este ano, 53% afirmam estar cientes de suas leis nacionais de privacidade, um aumento de 17 pontos percentuais em relação a 2019. No Brasil, apenas 44% declararam
m Tecnologias Aplicadas à Segurança: Um Guia Prático, o autor Carlos André Barbosa De Almeida apresenta as ferramentas mais utilizadas na área de segurança privada e pública e como explorá-las em situações práticas. A obra apresenta os avanços que estão acontecendo na área de segurança, mostrando para o leitor como a tecnologia tem proporcionado o desenvolvimento de projetos cada vez mais sofisticados e eficazes. Editora InterSaberes (https://abrir.link/PZuxC), 230 páginas.
Índice de anunciantes
Abramulti ......................47
ALGcom ...............2ª - capa
ATN...............................19
Connectoway ...............29
Datacom .......................15
Dicomp .........................49
Fibracem ......................11
Forte Telecom ................5
Fujikura .........................17
HCT Brasil ....................34
iK1 Tecnologia .............18
Inventtis ......................45
ITTV ................................9
Nexusguard .........3ª - capa
...........................39 Olé TV ...........................35 Padtec ..........................44
TH E E VE N T F O R E L E CT R IC A L I NF RA ST R UCTU R E
A N D E N ER G Y M A N A G E M E N T
FORTALECENDO O SETOR DE INSTALAÇÕES E GESTÃO DE ELETRICIDADE
Parte de
ELETROTEC+EM POWER destaca-se como a feira para o segmento de infraestrutura elétrica e gerenciamento de energia. Desenhada para profissionais de projeto, montagem, manutenção & amp; operação de instalações industriais e prediais de média e baixa tensão, abrange materiais, equipamentos e serviços, inclusive para subestações, SPDA e aterramento, além de sistemas para edifícios inteligentes.
Mauricélio Oliveira, diretor-presidente da Abrint
2024: um ano de conquistas e transformações para a Abrint e os provedores regionais
O ano de 2024 ficará marcado como um período de grandes avanços e desafios superados para a Abrint. Nosso compromisso em fortalecer os provedores regionais e consolidar o protagonismo desse segmento no setor de telecomunicações foi reafirmado por meio de ações estratégicas que ampliaram a conectividade e democratizaram o acesso à tecnologia em todo o Brasil. Um dos pontos centrais do nosso trabalho foi a defesa da Norma 4, um marco regulatório que estabelece as bases para a atuação dos provedores regionais. A preservação dessa norma é vital para manter o equilíbrio entre grandes e pequenos provedores, assegurando um ambiente competitivo que privilegie a inovação e o atendimento diferenciado aos usuários.
Também avançamos na ampliação do acesso ao crédito para os provedores regionais. Em parceria com o BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento, contribuímos para criar linhas de financiamento mais adequadas às necessidades específicas dessas empresas, permitindo que elas possam investir em infraestrutura e aliviar pressões financeiras geradas por empréstimos a juros elevados. Além disso, iniciativas
Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI
como o Conecta Brasil trouxeram uma nova perspectiva, fomentando o desenvolvimento sustentável do setor.
Nossa presença foi sentida tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Os eventos promovidos pela Abrint, como o Encontro Nacional e o Abrint Nordeste, bateram recordes de público, consolidando-se como plataformas indispensáveis para troca de ideias e fortalecimento do setor. No exterior, participamos de importantes fóruns, como o Mobile World Congress, na Espanha, e o Simpósio Mundial de Normalização, na Índia. Essas participações reafirmam a relevância dos provedores brasileiros no contexto global de telecomunicações.
Além disso, mostramos nosso compromisso com as comunidades que dependem dos serviços prestados por nossos associados. Após as enchentes no Rio Grande do Sul, criamos um Fundo Garantidor que assegurou apoio imediato aos provedores locais, permitindo a rápida retomada das operações e garantindo a continuidade dos serviços em um momento crítico.
Apesar disso, 2024 apresentou obstáculos significativos. O crescimento das prestadoras de pequeno porte começou a desafiar as grandes operadoras, que intensificaram suas investidas regulatórias e ações para desestabilizar o mercado. Mantivemos nossa posição firme diante desses ataques, reafirmando o papel essencial das prestadoras de pequeno porte na inclusão digital do país, ao atenderem regiões frequentemente negligenciadas pelas grandes empresas.
É imprescindível destacar ainda o trabalho realizado pela defesa da democratização do espectro, especialmente no que diz respeito ao uso integral e não licenciado da faixa de 6 GHz. Essa luta não é
apenas técnica; é uma questão de inclusão digital. A possibilidade de restringir esse espectro prejudica diretamente o acesso a tecnologias avançadas, como o Wi-Fi 7, e limita a chegada de inovações ao mercado brasileiro. Durante todo o ano, trabalhamos para evitar que decisões equivocadas isolassem o Brasil das tendências globais, privando milhões de usuários de experiências de conectividade mais robustas e eficientes.
Entretanto, antes que o ano finalizasse, a Anatel decidiu destinar parte da faixa de 6 GHz para o uso licenciado, com leilão previsto para 2026. Tal medida, em nossa visão, representa um retrocesso para a competitividade e a inovação, especialmente pelos impactos negativos aos provedores regionais. Além disso, observamos com extrema preocupação como o ato foi conduzido, sem a devida participação social, análise e transparência necessária para temas dessa magnitude.
Diante desse cenário, a Abrint reafirma seu compromisso em 2025 de defender os interesses dos provedores regionais e fortalecer o ecossistema digital brasileiro. Enfrentaremos os desafios com foco em políticas públicas mais inclusivas e transparentes, garantindo que os provedores regionais tenham condições de ampliar sua atuação e contribuir ainda mais para a democratização da conectividade. O legado de 2024 nos inspira a avançar com ainda mais vigor, consolidando um futuro de conectividade e inovação para todos os brasileiros.
e atual diretor-presidente da Abrint. Graduado em engenharia elétrica e administração de empresas, tem vasta experiência no setor de telecomunicações. Desde 1997 atua como diretor da Interpira, provedor de Internet em Pirapora, MG.