Normas NBR ISO/IEC para projeto e construção de data centers
O artigo detalha o trabalho desenvolvido na ABNT para elaboração de normas NBR ISO/IEC para projeto e construção de data centers. Algumas normas da série já foram publicadas e outras devem sair ainda em 2025, incentivando a adoção de boas práticas e a criação de programas de certificação nacional.
ESPECIAL 118
Guia das instaladoras e integradores em telecom e redes
O guia traz uma relação de prestadores de serviços especializados e suas respectivas áreas de atuação, como fibra óptica, data centers, virtualização, segurança, automação e IoT – Internet das Coisas. Para facilitar a consulta, as empresas estão organizadas por Estado.
SERVIÇO24
Soluções DWDM em redes 5G: a evolução para a conectividade de alta capacidade
Com a crescente demanda por largura de banda ultra-alta e baixa latência, as redes de transporte precisaram evoluir para suportar os requisitos das novas aplicações. O DWDM tem papel fundamental na infraestrutura 5G para garantir eficiência, escalabilidade e confiabilidade no backhaul e fronthaul. REDES ÓPTICAS32
Guia de provedores de links de Internet
O levantamento traz a relação de fornecedores links de Internet no país, com informações sobre as áreas geográficas atendidas pelas empresas e detalhes sobre os serviços prestados, além da localização do PTT e com quem fazem peering/CDN e peering internacional.
SERVIÇO38
Empresas construtoras de data centers
O mercado brasileiro de data centers está em rápida expansão, impulsionado pelo uso de novas tecnologias, como IA - Inteligência Artificial e serviços de nuvem. A reportagem apresenta as empresas especializadas na construção de data centers, as obras realizadas e os cuidados a serem considerados para garantir eficiência, segurança e confiabilidade.
ESPECIAL 240
Capa: Helio Bettega Foto: Shutterstock
SEÇÕES
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.
EDITORIAL
Empresas construtoras de data centers no Brasil
O mercado de data centers no Brasil está experimentando uma expansão notável, impulsionada por avanços tecnológicos, demandas crescentes por serviços digitais e investimentos estratégicos. Projeções indicam que, até 2 030, o setor deverá movimentar entre R$ 59 bilhões e R$ 62 bilhões, com novos projetos emergindo em diversas regiões do país.
Um exemplo marcante é a iniciativa da Aurea Finvest, que anunciou a construção de um data center de 800 MW em Sumaré, SP, com previsão para início das obras em 2026. A abordagem da Aurea segue sua expertise no mercado imobiliário, integrando a infraestrutura de data centers em áreas de potencial logístico e operacional.
Outro destaque é a RT-ONE, uma empresa norte-americana que planeja construir um data center de 400 MW em Maringá, PR, voltado para o processamento de dados por meio de IA - Inteligência Artificial.
Entre outros anúncios importantes ocorridos recentemente, estão o da Scala Data Centers, que vai construir o primeiro polo de tecnologia de IA em Eldorado do Sul, RS, e o da Tecto, unidade de negócios de data center da V.tal, que adquiriu um novo terreno em Santana de Parnaíba, SP, para a construção do seu data center hyperscale, com 200 MW de potência.
O Brasil possui vantagens competitivas que atraem investidores, como abundância de energia renovável e áreas disponíveis. A expectativa é que, com investimentos adequados e políticas públicas favoráveis, o país se consolide como um hub estratégico de data centers na América Latina. Para sustentar esse crescimento, recomenda-se a criação de zonas francas e procedimentos especiais de conexão à rede de energia, além de incentivos fiscais para a importação de equipamentos. Identificar e superar gargalos na formação de mão de obra especializada também são cruciais.
Diante desse cenário, as empresas especializadas na construção de data centers são o foco da reportagem especial que começa na página 40. Empreendimentos de missão crítica exigem cuidados específicos desde a fase de projeto básico da construção civil, como o correto aterramento, a impermeabilização das estruturas e o uso de materiais apropriados para garantir máxima eficiência e disponibilidade ao longo de sua vida útil. Além disso, a execução dos serviços de engenharia, a instalação dos sistemas de energia e climatização, a gestão de obras e a operação assistida demandam um nível de especialização que apenas algumas empresas são capazes de fornecer.
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RTI Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de - Telecom e Instalações, brasileira infraestrutura e tecnologias comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Redação, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br
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DCA forma nova unidade de negócios para o mercado de data centers
O O O O mercado de data centers no Brasil está em plena expansão, impulsionado pelos elevados investimentos das gigantes mundiais de tecnologia. Neste cenário, a DCA, distribuidora de valor agregado especializada em soluções para infraestrutura de rede, conectividade e segurança eletrônica, decidiu formar uma unidade de negócios focada em data centers.
“Com a nova vertical, em operação desde janeiro, a DCA se tor na mais capacitada a oferecer uma proposta diferenciada para o mercado, com o suporte de equipes técnicas e comerciais dedicadas”, afirma Jorge Souza, Diretor de Receitas da DCA. Novos colaboradores estão sendo contratados e profissionais que já atuavam na empresa foram transferidos para a área, agora 100% focados em data centers.
Se antes as vendas da empresa para data centers eram mais orgânicas, agora o time vai atuar de forma mais agressiva. “Queremos unir esse ecossistema e formar um hub dentro do conceito de valor agregado”, diz o diretor. A expectativa é triplicar as vendas do segmento neste primeiro ano de operação. É um mercado dinâmico, que muda rapidamente e precisa de respostas ágeis. Queremos levar mais informação ao usuário final, que demanda uma estrutura robusta, mas muitas vezes tem dificuldade de acessar esse ecossistema”.
Além da proximidade com empresas de hyperscale, colocation, edge e on premises, a DCA pretende intensificar a colaboração com associações do setor, como a ABDC - Associação Brasileira de Data Centers e a BrasscomAssociação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, e acompanhar os trabalhos de projetistas, instaladores e
fabricantes. “Somos reconhecidos no mercado pelo amplo suporte técnico pré e pós-venda a integradores, para desenvolvimento de projetos e soluções personalizadas”, diz Souza. Com sede em Curitiba, PR, a DCA reúne um portfólio com mais de 25 marcas, destacando-se nas áreas de cabeamento estruturado, PON LAN, segurança eletrônica e equipamentos de teste. Desde sua fundação em 1994, a DCA é distribuidora master da Furukawa. Com o recente acordo fechado pela fabricante japonesa com a Nokia, a DCA passa a fornecer soluções da marca em seus projetos.
Além da Furukawa, a DCA possui acordos de distribuição no segmento de data centers com empresas como Eaton (sistemas de energia e gerenciamento de infraestrutura - DCIM), Fluke (equipamentos de testes), Zkteco (controle de acesso), Dahua (câmeras de monitoramento de segurança) e Brady (sistemas de identificação). “Estamos em negociação com outros fabricantes de subsistemas de data centers para compor e ampliar nosso portfólio”, acrescenta.
A nova unidade de negócios da DCA se destaca também pela logística ágil. A distribuidora conta com uma subsidiária internacional na Flórida, EUA, além de 12 escritórios regionais e três centros de distribuição (Curitiba, PR, Araquari, SC, e Bauru, SP), empregando 140 colaboradores. Com 4000 m² de área, o CD de Araquari, inaugurado em 2024, responde por 80% das distribuições da empresa.
Adicionalmente, a DCA oferece soluções na modalidade de locação (IaaS - Infrastructure as a Service) e conta com um portfólio financeiro para atender às necessidades de clientes e parceiros, o que deverá impulsionar ainda mais as vendas para data centers.
DCA – Tel. (41) 3021-1728
Site: www.dca.com.br
Aurea Finvest anuncia
data center de 800 MW em Sumaré
A A A A Aurea Finvest, empresa especializada em investimento e desenvolvimento imobiliário, está implementando um projeto ambicioso em data centers no Brasil. Depois de ter estruturado todo o investimento para que a Tecto, do grupo V.tal, iniciasse neste ano a construção de uma nova unidade em Santana de Parnaíba, SP, de 200 MW, a empresa divulgou que um outro de maior porte, de 800 MW, está em fase de obtenção de autorizações para ser erguido a partir de 2026, em Sumaré, SP.
A modelagem dos investimentos da Aurea segue sua experiência no mercado imobiliário, tradicionalmente concentrada nos setores de logística, comercial e residencial e que nos últimos anos passou a envolver o promissor mercado de data centers. A empresa procura áreas com potencial logístico e operacional para a implantação das centrais, adquire os terrenos e entra com os pedidos de acesso à rede básica de energia junto ao MME - Ministério de Minas e Energia, primeira etapa do processo burocrático. Em paralelo a esse processo, a unidade da Aurea voltada para data centers vai negociando com potenciais clientes, sejam grupos operadores das centrais, que prestam serviços de hospedagem de dados ou colocation, ou consumidores, caso de big techs, por exemplo.
De acordo com o diretor de engenharia da Aurea, Moisés de Souza, há as possibilidades, para fechar esses acordos, de repasse do terreno e todas as autorizações obtidas para a instalação do data center ou, no caso de interesse do stakeholder, a própria Aurea pode dar continuidade ao investimento, implantando o galpão e a infraestrutura de energia. No caso da Tecto, a empresa preferiu assumir o projeto na sua integridade, dada a experiência na implantação de outros de seus data centers no Brasil.
Já para o investimento previsto para Sumaré, em terreno de 680 mil metros quadrados adquirido em área agrícola do município, a expectativa, segundo
Jorge Souza, da DCA: meta é triplicar a receita da unidade em um ano
Souza, é ter o parecer de acesso à rede até o fim do ano. A negociação para conectar futuramente o empreendimento com a rede, por meio da subestação de Sumaré, da ISA Energia Brasil, também caminha de forma positiva.
R$ 5 bilhões
Com mais dois processos correndo em paralelo, para regularização fundiária junto à prefeitura da cidade, e de licenciamento ambiental com o órgão ambiental paulista, a Cetesb, o planejamento é ter o sinal positivo para a construção da central em Sumaré em meados de 2026. De acordo com o diretor, enquanto isso a equipe da Aurea já negocia com interessados em assumir o novo data center, o que será definido até a regularização estar concluída. Além do data center em Sumaré, Souza afirma que mais outros dois ou três devem ser anunciados em breve. Para sustentar todo o planejamento, a Aurea Finvest contratou no fim de 2024 a Delphos, consultoria financeira norte-americana especializada em mercados emergentes, para buscar investidores no exterior. A expectativa é de que, em uma primeira captação, sejam atraídos cerca de US$ 500 milhões em recursos de investidores dos Estados Unidos e de países da Europa e da Ásia. O volume deve ser ampliado para US$ 800 milhões mais para a frente. Para o executivo, a expectativa de atração de investimentos é elevada, por conta da alta competitividade do Brasil, com abundância de energia renovável, áreas disponíveis e mão de obra qualificada. “O Brasil é a bola da vez. É só não perder a janela de oportunidade”, disse. Não à toa, estudo Arizton Research aponta que os novos projetos de data centers no Brasil, até 2030, devem envolver investimentos anuais de US$ 6,5 bilhões.
Aurea Finvest – Tel. (11) 5039-7025
Site: www.aureafinvest.com.br
Empresa americana RT-ONE
vai construir data center de IA de 400 MW em Maringá
terão acesso às condições tributárias diferenciadas.
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A prefeitura de Maringá, PR, lançou no dia 23 de janeiro o processo de criação de uma ZPE - Zona de Processamento de Exportação no município com objetivo de promover o desenvolvimento industrial, ampliar a competitividade econômica e gerar empregos, a partir da concessão de benefícios e de incentivos fiscais e cambiais exclusivos. O projeto, que está respaldado pela lei federal de regulamentação das ZPEs, visa à instalação do maior data center da América Latina para o processamento de dados por meio de IA - Inteligência Artificial. Para o projeto maringaense, a RT-ONE, empresa norte-americana que trabalha com tecnologia de IA, proteção cibernética e processamento de dados na nuvem, com atuação em países como Estados Unidos, México e Suíça, anunciou investimento de R$ 6 bilhões para a construção de um data center de 400 MW no local. O empreendimento será voltado ao processamento de dados por meio de IA, tecnologia que exige até sete vezes mais consumo de energia do que sistemas convencionais, o que também exigirá investimentos na capacidade de alimentação do município.
“Estamos iniciando um projeto transformador para Maringá, que certamente colocará nosso município em posição de destaque nas áreas industrial e tecnológica, gerando emprego e renda para os maringaenses”, destacou Silvio Barros. O prefeito também ressaltou outras características da cidade, que contribuem positivamente para a aprovação da iniciativa. “Temos ao menos 12 instituições de ensino superior e, aproximadamente, 500 mil acadêmicos matriculados. Ou seja, uma grande rede de formação de pessoas e de qualificação de mão de obra, que
pode ser bem aproveitada pelas empresas. E temos, também, no aeroporto, uma estrutura apta para se tornar um hub de carga internacional, facilitando o escoamento da produção.”
Por meio de decreto de desapropriação, o prefeito Silvio Barros destinou para a ZPE um terreno próximo ao Aeroporto Regional de Maringá, que está alfandegado para operar cargas internacionais. Caso o projeto seja aprovado pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o espaço abrigará empresas voltadas majoritariamente à exportação – com no mínimo 80% de sua produção destinada ao mercado externo – e que
“Ter um data center operando dentro de uma ZPE nos coloca em condições de competir globalmente, com vantagens tributárias que viabilizam nossa atuação no mercado internacional”, explicou o CEO da RTONE Fernando Palamone. Ele ressaltou, ainda, que fatores como as universidades renomadas do município, a qualificação da mão de obra local, a infraestrutura energética e de água, e a capacidade do aeroporto foram determinantes para a escolha de Maringá. Com a aprovação da ZPE, as obras do data center devem começar em até seis meses, e a previsão é que as operações sejam iniciadas em até oito meses após o início da construção.
Site: www.maringa.pr.gov.br
Moisés de Souza, da Aurea: investimentos estimados em
Lançamento do processo de criação de uma ZPE - Zona de Processamento de Exportação pela prefeitura de Maringá . Foto: Ricardo Lopes/PMM
INFORMAÇÕES
Brasil deve movimentar
R$ 62 bilhões em data centers até 2030
U U U U m novo estudo da consultoria nacional Thymos, especializada no setor de energia, estima que os investimentos em infraestrutura de TI projetados para o mercado de data centers no Brasil devem oscilar entre R$ 59 bilhões e R$ 62 bilhões até 2030.
Para chegar a essa conclusão, os analistas da Thymos tomaram como base projeção de crescimento do consumo de energia no mundo, em um cenário utilizado pela Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) que considera o futuro da energia global com base em políticas já anunciadas ou implementadas pelos governos.
Para a consultoria, o crescimento substancial do consumo de energia em data centers é inevitável, principalmente por conta do crescimento da IAInteligência Artificial. A análise cita, como exemplo, que o setor de venture capital investiu US$ 225 bilhões em startups de IA nos últimos cinco anos, número superior aos US$ 143 bilhões investidos no mesmo período por startups que atuam em tecnologias de baixa emissão de carbono.
Vivensis e Nokia anunciam parceria estratégica para atender provedores
A A A A A Vivensis, fabricante nacional de antenas e receptores de TV via satélite e periféricos para games e áudio, firmou uma parceria com a Nokia para distribuir equipamentos de banda larga, IP e DWDM da marca finlandesa no Brasil, com foco nos provedores de Internet.
Dentro dessa projeção, a demanda total de eletricidade entre todos os setores (principalmente indústria, veículos elétricos, refrigeração, aquecimento) deve crescer por volta de 6760 TWh no mundo até 2030, sendo 80% do crescimento concentrado em países em desenvolvimento e economias emergentes.
Nesse cenário de acréscimo de consumo, os data centers responderiam por cerca de 10% da demanda total a mais, ou cerca de 676 TWh. Trata-se de praticamente o dobro da última média disponível de consumo de eletricidade do setor (excluindo atividades de mineração de criptomoedas), que segundo a IEA consumiu em 2022 uma faixa estimada entre 240 e 340 TWh (equivalente a 1% a 1,3% do consumo global).
Apesar do cenário de crescimento global, e de considerar o Brasil como candidato forte a se tornar um hub de data centers, o estudo chama a atenção para a necessidade de o país tomar atitudes para melhorar o ambiente de negócios. Para começar, há o conselho para que o governo federal crie procedimentos especiais de planejamento e de conexão à rede de energia para os novos empreendimentos. Outra recomendação é o país instituir zonas francas para a instalação das centrais, aos moldes das atuais ZPEs - Zonas de Processamento de Exportações. Dentro delas, os empreendimentos se beneficiariam com a redução de impostos sobre importações e vendas de equipamentos. As isenções fiscais também deveriam ir além dessas zonas com tratamento diferenciado, para facilitar compras de equipamentos, como computadores e componentes elétricos, e deveriam incluir também incentivos para o consumo de energia.
Ainda seria uma vantagem competitiva, para a Thymos, o país adotar política pública para reduzir custos de construção e operação dos data centers, incluindo infraestrutura física, energia, hardware, refrigeração, software, conectividade e segurança. Da mesma forma, o estudo considera importante identificar gargalos na mão de obra especializada para desenvolver programas ou parcerias com programas existentes, como o Brasil Mais TI e o MCTI Futuro.
O acordo resultou na criação da Vivensis Network, uma nova unidade de negócios liderada por Glayton Martinelli, com uma equipe comercial especializada, oferecendo suporte pré e pós-venda. “Trouxemos profissionais que atuam há anos no mercado de redes, que conhecem bem os provedores e que atuarão como nossos gerentes regionais. Em cada região do Brasil haverá um time de campo local para cobrir a capilaridade dos estados”, disse Yvan Cabral, CEO e sócio-fundador da Vivensis, durante o
evento de apresentação da parceria, realizado na sede da Nokia em São Paulo, no dia 23 de janeiro, com a participação de clientes e presidentes das principais associações de provedores do país.
A Nokia fornecerá suporte técnico, treinamento e orientação à Vivensis Network, visando atender às crescentes demandas dos provedores em todo o país. “Essa parceria combina inovação tecnológica, expertise global e um sistema eficiente de distribuição direta com grande conhecimento local. Queremos oferecer uma solução robusta para um mercado em rápida evolução”, disse o CEO. Os estoques ficarão concentrados em Curitiba, Minas Gerais e no futuro também no Nordeste.
Yvan Cabral, da Vivensis: capilaridade em todo o país
Para consultoria, crescimento substancial do consumo de energia em data centers é inevitável
INFORMAÇÕES
Rafael Mezzasalma, country manager da Nokia para o Brasil, enfatizou a importância da parceria para expandir o ecossistema de parceiros da Nokia no país. “É parte essencial de nosso plano estratégico e peça-chave para que nossas soluções alcancem clientes antes inacessíveis, ampliando o acesso do mercado brasileiro”, disse.
A linha de produtos inclui roteadores como o 7750 SR-1 e o 7250 IXR, gerenciados pela plataforma NSP, que suporta ambientes de rede de larga escala e múltiplos serviços integrados. O portfólio IP da Nokia oferece segurança e mitigação de DDoS baseada em rede, além de peering, tradução de rede (CGNAT) e agregação de banda larga (BNG), todos gerenciáveis pela mesma plataforma. O portfólio completo de soluções de fibra da Nokia também estará disponível, desde soluções de acesso GPON até infraestrutura de backbone, incluindo famílias de produtos DWDM.
A Vivensis, com 29 anos de experiência no mercado de tecnologia e telecomunicações e 850 colaboradores, possui fábrica em Manaus, AM, e escritórios em São Paulo e Curitiba, e uma rede de mais de 60 mil parceiros em todo o país, posicionando-se com uma capilaridade que poderá atender tanto grandes projetos quanto pequenos provedores. O CEO Yvan Cabral mencionou a possibilidade futura de produção de produtos Nokia, potencializando sua capacidade de montagem de circuitos eletrônicos. “Caso no futuro a Nokia decida produzir no Brasil, a nossa fábrica em Manaus está preparada para montar esses produtos”, afirmou.
A A A Ascenty, uma joint venture entre a Digital Realty e a Brookfield Infrastructure, provedora de serviços de data center e conectividade na América Latina, registrou um crescimento de 54% no valor de vendas em 2024, em
comparação com o ano anterior, e conquistou 119 novos clientes. Com isso, a empresa passa a atender aproximadamente 600 companhias de diversos segmentos, como financeiro, tecnologia, serviços, varejo e indústria.
Para Marcos Siqueira, CRO da Ascenty, os resultados positivos são reflexo de uma estratégia bem executada. “O ano de 2024 foi marcado por um aumento bastante expressivo em nossa base de clientes. Noto o mercado ávido por soluções de infraestrutura robustas, que apoiem as demandas cada vez mais complexas de armazenamento e tráfego de dados que novas tecnologias e novos hábitos da sociedade estão trazendo”, destaca.
A demanda por conectividade, inclusive, foi um dos pontos que marcaram o ano para a Ascenty, resultando em um aumento de 62% de vendas do cross connect e 160% de aumento de vendas de banda IP. O cross connect permite a integração com prestadores de serviços e provedores de cloud, reduzindo custos e aumentando a redundância. Reflete também em conexões diretas e de alto desempenho entre ambientes de data centers, melhorando a eficiência das redes empresariais.
Além disso, a Ascenty obteve um crescimento de tráfego expressivo em curto espaço de tempo. Foram registrados volumes de tráfego superiores a 1,3 Tbit/ s no IX.SP e 200 Gbit/s no IX.Fortaleza, graças ao serviço de Internet Exchange, que possibilita a troca direta e eficiente de tráfego de dados entre diversas operadoras com alta conectividade. A Ascenty conta com parcerias como o IX.br e DE-CIX para proporcionar maior escalabilidade e reduzir a latência.
O ServiceFabric, plataforma de orquestração e conectividade global da Digital Realty, foi habilitado por 59 clientes em apenas seis meses. A solução
integra fluxos de trabalho, aplicativos e nuvens, e está disponível em mais de 50 regiões. Seu objetivo é beneficiar setores como finanças, indústria, varejo e tecnologia.
Para 2025, a Ascenty prevê expandir ainda mais sua infraestrutura com novos data centers de classe mundial. “O setor continua em crescimento no Brasil e na América Latina. Vamos iniciar a operação do Santiago 03, nosso terceiro data center no Chile, com 16 MW, reafirmando nosso compromisso em atender à crescente demanda por infraestrutura de dados”, conclui Marcos Siqueira.
Além disso, a empresa fará investimentos em data centers no Brasil, com foco no interior de São Paulo, e em novas operações no México e na Colômbia. A estratégia levará em conta a eficiência energética, aproveitando a abundância de recursos naturais disponíveis.
Mapa e Supernova anunciam investimento em data centers de R$ 300 milhões
O O O O Governo de Minas Gerais, por meio de um trabalho liderado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e sua agência vinculada Invest Minas, atraiu um investimento privado de R$ 300 milhões que vai gerar 1,1 mil empregos diretos no estado. A cidade de Leopoldina, na Zona da Mata, foi escolhida pelas empresas Supernova e Mapa Investimentos para abrigar o primeiro parque de data centers do estado devido à sua localização, mão de obra qualificada, além de questões como relevo e capacidade de fornecimento de energia elétrica. O cronograma prevê a implantação do projeto para o segundo semestre de 2025, com o início das operações até o final de 2026.
Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, o empreendimento fortalece um
Campus Vinhedo: dois data centers com total de 61 MW. Foto: Divulgação Ascenty
“A instalação do parque da Supernova e da Mapa traz mais tecnologia para um estado que tem se destacado em investimentos no setor, com execução orçamentária recorde de R$ 472,2 milhões este ano em inovação”, ressalta Passalio.
O modelo de negócio das empresas é conhecido como powered shell, ou seja, a infraestrutura de energia e conectividade serão fornecidas, juntamente com a edificação de missão crítica, que é construída sob medida e preparada para que o operador do data center implante seus equipamentos.
“Em outros países, o powered shell é muito comum, mas no Brasil somos pioneiros nesta oferta, que proporciona flexibilidade e celeridade na implantação de data centers. Eles garantem armazenamento, processamento e segurança de enormes volumes de dados, permitindo que empresas, instituições governamentais e a sociedade se beneficiem de soluções digitais eficientes”, explica o presidente da Supernova Wagner Avelar.
A Mapa, liderada por Bernardo Werneck, e a Supernova, liderada por Wagner Avelar, atuam em conjunto com investimentos e desenvolvimento de operações imobiliárias (Built to Suit), M&A (Fusões e Aquisições) e operações estruturadas. As empresas já desenvolveram mais de R$ 2 bilhões em
operações imobiliárias, incluindo o parque logístico BWDias em Extrema, MG (Kronolog), além de operações de Built to Suit pelo país.
“A expansão das operações imobiliárias no setor fortalece a infraestrutura tecnológica do país. Esses empreendimentos impulsionam a qualificação da mão de obra, fomentam a inovação e consolidam o Brasil como um hub estratégico no cenário global. Ao conectar pessoas, negócios e governos, os data centers se tornam a espinha dorsal de um futuro mais conectado”, completa Werneck.
Site - www.mapainvestimentos.com.br
Techbaum: conectividade via satélite, Internet, voz e dados para telecom
A A Techbaum, com sede no Rio de Janeiro, é uma empresa especializada na área tecnológica, em vendas consultivas, com expertise e portfólio em conectividade, soluções para infraestrutura e gestão remota de TI para os mercados corporativo, energia, óleo e gás, agronegócio, telecom e data centers. O portfólio inclui tecnologias de marcas como Ruralweb, Mareste, ZPE Systems e Grupo Legrand. Fundada em 2015, ainda
sob o nome de HCS Telecom, a companhia foi vendida no final de 2020, processo que em 2022 resultou na alteração do nome para Techbaum. A empresa é amparada na experiência de sua CEO, Antonina Buriti, profissional com mais de 30 anos de experiência no mercado corporativo, tendo ocupado cargos de diretoria em companhias como Nokia e Siemens.
“Nossa filosofia é ser um parceiro do cliente, auxiliando nos processo de gestão e implantação. É um modelo de cooperação e suporte em que todos ganham”, diz Antonina.
O carro-chefe da Techbaum é a conectividade via satélite. As soluções são customizadas para aplicações com serviço fim a fim, o que inclui a instalação dos equipamentos no modelo de comodato, operação e manutenção. Já a tecnologia utilizada é a multiórbita, com características de satélites geoestacionários (GEO), como cobertura estável e contínua, e a latência reduzida dos satélites de baixa órbita (LEO), nas frequências de banda C (3,7 a 7,075 GHz), Ku (11,7 a 14,5 GHz) e Ka (26,5 a 40 GHz). Para atendimento regulatório e projetos ou localidades onde não é justificável a implantação da fibra óptica, a companhia oferece backhaul móvel para 4G voltado a demandas temporárias de curto prazo.
A integração é realizada com o Nodegrid, da ZPE Systems, comprada pelo Grupo Legrand em 2024. O produto permite chavear automaticamente links em função de parâmetros como latência, alteração do sinal (jitter) e perda de pacotes, além de concentrar o gerenciamento de switches, firewalls e roteadores em um único equipamento, uma medida que economiza espaço e deixa a gestão mais assertiva em um data center por exemplo. A ferramenta também apresenta recursos de virtualização de servidores, armazenamento, rede e orquestração.
Antonina Buriti, da Techbaum: conexão satelital e outras tecnologias para telecom
Já o gerenciamento, seja em redes operantes ou inoperantes, pode ser feito remotamente via console, por meio de acessos seguros em conformidade com os padrões do setor.
“Em locais com área reduzida é possível internalizar firewall, servidores e outras aplicações para que fiquem todos em uma mesma caixa. Já em sistemas geoestacionários, a configuração pode ser feita para priorizar um satélite, como Starlink por exemplo, e mudar automaticamente para outra banda caso a conexão caia”, explica Antonina.
No caso da Legrand, o portfólio engloba toda a linha de soluções para data centers. Entre os destaques estão os racks, que podem ser customizados de acordo com o projeto do contratante, e o cabeamento estruturado, instalado pela própria Techbaum.
“Fechamos a parceria com a Legrand em 2024 como um reforço para o portfólio de soluções para data centers. É um setor em franco crescimento por conta da demanda e por um movimento, feito por algumas empresas, de migrarem da nuvem de volta para instalações físicas, o que demanda a construção de mais centros de dados”, finaliza Antonina.
Techbaum – Tel. (47) 99198-9177 n
Site: https://techbaum.com.br/
INFORMAÇÕES
Provitel cresce com venda e assistência técnica de OTDRs e máquinas de fusão
A A Provitel, com sede em São Paulo, distribui e revende materiais e ferramentas para instalações de redes de energia e telecomunicações. Entre a gama de produtos comercializados, os destaques ficam por conta dos OTDRs e máquinas de fusão.
A empresa possui know-how não apenas na venda, mas também na assistência técnica e realização de treinamentos de capacitação para uso dos dispositivos.
Segundo o diretor comercial Magnus Cavalcanti, a maioria dos equipamentos recebidos para reparos são danificados por imperícia, um problema que costuma ser causado por falta de qualificação técnica, stress do técnico de campo e até mesmo falta de leitura dos manuais fornecidos pelos fabricantes. “Muitas vezes, são produtos novos já sem condições de uso. É um problema que atinge companhias de diversos portes e segmentos”, alerta. Fundada em 1991 por profissionais com anos de experiência no atendimento a operadoras do Sistema Telebrás, a empresa surgiu com o intuito de suprir a demanda do segmento de redes telefônicas. Hoje, o mercado de telecom corresponde a cerca de 60% do negócio. Para atendê-lo, a Provitel atua com um portfólio de soluções voltadas para energia, redes externas, cabeamento estruturado e fibra óptica de marcas como Fujikura, FiberFox, Yokogawa e Ripley Tools.
trocados a cada 3 mil emendas e adquiridos de fabricantes de confiança. Já OTDRs precisam ser calibrados a fim de reduzir a incidência de erros.
“Quando bem manuseado, um OTDR dispensa manutenção interna e pode durar até dez anos. Outra ação que auxilia bastante na conservação é a limpeza do conector. Já a calibração, apesar de não ser obrigatória, é exigida por clientes de grande porte, como é o caso da Petrobras, que costuma analisar o histórico anual e os certificados do procedimento. Os provedores, infelizmente, ainda não têm a cultura da calibração. Algumas contratadas ainda fazem, porém mais por exigência da operadora do que pela consciência da importância do processo”, afirma.
A IA – Inteligência Artificial tem sido gradualmente introduzida nas ferramentas. Cavalcanti diz que alguns modelos recentes de máquinas de fusão apresentam algoritmos mais modernos, capazes de ajustar duração e potência do arco em tempo real, usando a IA como auxiliar na correção da emenda mesmo com uma clivagem de qualidade abaixo da especificada. “Em OTDRs, a principal novidade é a aplicação de softwares com IA para a análise de eventos em redes GPON. Uma tendência são os multiprestadores portáteis com função de OTDR, a preços mais acessíveis, para aplicação em redes FTTx”, explica.
Johnson Controls: soluções para o aproveitamento de recursos energéticos de data centers
A A A A A norte-americana Johnson Controls, especializada em soluções para edifícios inteligentes, projeta para 2025 um cenário de crescimento para o mercado de data centers, consolidando o Brasil como o principal polo de desenvolvimento na América Latina. De acordo com Adhemar Magrini Liza, gerente geral da Johnson Controls no Brasil, cerca de 75% do volume de investimentos está concentrado no país, impulsionados por fatores como acesso à energia limpa e a proximidade com grandes centros urbanos. “O estado de São Paulo concentra 15 dos 22 projetos registrados, com uma demanda energética total de aproximadamente 2,6 GW. Isso reflete o interesse em atender à infraestrutura digital de um dos maiores centros econômicos do país, onde a conectividade e o consumo de serviços digitais crescem exponencialmente”, diz.
A Johnson Controls é proprietária de diversos fabricantes e divide suas marcas de acordo com os segmentos atendidos. Para data centers, fornece equipamentos voltados a HVAC - Heating, Ventilating and Air Conditioning, central e de precisão, bem como sistemas de controle, segurança patrimonial, detecção e combate a incêndio, todos com habilitação nativa a sistemas digitais com IA – Inteligência Artificial embarcada. Os sistemas de refrigeração podem ser realizados em diversas configurações, incluindo resfriamento em rack e modulares, propiciando aos operadores escalar a capacidade conforme a demanda.
Para aumentar a longevidade dos instrumentos, alguns cuidados devem ser tomados. O diretor alerta que máquinas de fusão e clivadores são responsáveis pela construção física de uma rede, demandando cuidado extra em seu manuseio. Consumíveis como eletrodos, por exemplo, devem ser
A Provitel também realiza calibração de certificadores de rede, mas apenas da Trend Networks. Todos os OTDRs e máquinas de fusão comercializados contam com três anos de garantia, exceto para o conector. A assistência técnica, cuja gestão é terceirizada e coordenada por Márcio Nunes, CEO da GRMATech, conta com um estoque de peças próprias para reparos.
Provitel – Tel. (11) 95470-0788 n Site: www.provitel.com.br
A economia de energia e água é viabilizada pela combinação de soluções de monitoramento, gerenciamento e eficiência que incluem sistemas de controle ambiental avançados, otimização do uso de ar-condicionado, resfriamento eficiente e gerenciamento de energia em tempo real. “Diversas instalações que utilizam tecnologia Johnson Controls conseguem obter um índice PUE que varia de 1,2 a 1,5, um resultado muito eficiente quando comparado com a média do setor, que costuma oscilar entre 1,5 e 2.
Magnus Cavalcanti, da Provitel: comercialização e manutenção de OTDRs e máquinas de fusão
ABR 2025
MO ST S UC CESSFUL SOLAR EV EN T BO OS TING NOR TH EA ST’S PV BUSINESS 23–24
FORTALEZA, BRASIL, CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ
INTERSO LA R SUM MI T NOR DESTE O P RINCIPAL
EVENTO DO S ETOR SO LA R BRASILEIR O PO TE NCIALIZA OS NEGÓCI OS FV N O NOR DES TE
INTERSO LA R SU MIT NOR DESTE BRAZIL’S
Conheça o potencial do Nordeste
O congresso de alto nível receberá 500 congressistas e 30+ palestrantes de primeira linha para discutir não só políticas, desafios jurídicos e marcos regulatórios, como também financiamento e soluções de integração com a rede. A missão do Intersolar Summit Brasil Nordeste é trazer informações aprofundadas, facilitar oportunidades de contatos de alta qualidade, expandir o uso de tecnologias FV nos âmbitos regional e nacional.
Inspirado em
INFORMAÇÕES
Essa eficiência reduz custos operacionais e diminui o impacto ambiental dos data centers”, explica
Thiago Ribeiro, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Johnson Controls.
De olho no futuro, a Johnson Controls passou a utilizar tecnologias de refrigeração líquida em ambientes com servidores de alta densidade, como é o caso de aplicações de IA. Segundo o gerente de negócios, a abordagem é vantajosa em centros de dados que lidam com cargas térmicas intensas por transferir o calor de forma mais eficiente do que os tradicionais sistemas a ar.
Adhemar Magrini Liza, da Johnson Controls: projetos de climatização em conformidade com metas de sustentabilidade
“Trabalhamos com chillers projetados para operar em conjunto com sistemas de refrigeração líquida, o que propicia um resfriamento eficaz e maximiza a performance dos equipamentos ao aumentar, em até dez vezes, a capacidade de processamento. Essas soluções não apenas atendem às crescentes demandas de processamento, mas também garantem eficiência térmica, sustentabilidade e otimização
do consumo de energia em ambientes de alta performance”, diz. Na parte de proteção de rede, a marca utiliza um programa próprio de cibersegurança cujas diretrizes proporcionam conexão segura entre todos os dispositivos ao ocultar ativos críticos de ameaças, bem como implantar políticas Zero Trust, onde nada é confiável e as permissões precisam ser explicitamente definidas. Ribeiro explica que a AES-256, criptografia utilizada no processo, garante a segurança no tráfego entre equipamentos, juntamente com políticas de proteção da identidade dos usuários e dispositivos, restringindo a autorização a IDs criptográficos e autenticação multifator. “O gerenciamento centralizado simplifica a
Thiago Ribeiro, da Johnson Controls: economia de energia e água via soluções integradas
orquestração e o manejo de políticas de segurança, dispositivos protegidos e usuários autorizados via um controlador definido por software”. Fundada em 1885, a companhia tem como característica o aproveitamento e a conservação de recursos energéticos, uma filosofia implantada por Warren Johnson, fundador da empresa e responsável por invenções que perduram até hoje no mercado, casos das baterias de armazenamento e termostato elétricos. No Brasil, a marca está presente com um parque fabril em Sorocaba, SP. Ao todo, a companhia dispõe de mais de 100 mil funcionários espalhados por 150 países. Seu portfólio é composto por soluções integradas para eficiência energética, automação predial, segurança, climatização HVAC e refrigeração industrial. A área de serviços inclui manutenção e comissionamento de sistemas, retrofit, integração inteligente e atualização de sistemas, reposição de peças e componentes críticos e centro de operações remoto.
“Auxiliamos os clientes a atingir suas metas de sustentabilidade ao entregarmos o projeto do futuro de setores como saúde, escolas, data centers, aeroportos, estádios, hotéis e manufatura via OpenBlue, nosso conjunto de soluções conectadas”, finaliza Magrini.
Johnson Controls – Site: digital.johnsoncontrols.com/servicosbrasil
R$ 8,5 bilhões. Os investimentos atuais são destinados principalmente à implementação da tecnologia 5G em cidades com menos de 100 mil habitantes. Link: https://abrir.link/IqjZR.
Mercado - O setor de telecomunicações investiu R$ 24,5 bilhões entre janeiro e setembro de 2024, segundo dados divulgados pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa as maiores operadoras de telecomunicações do país. O valor é o mesmo registrado no mesmo período de 2023, em valores nominais, e representa uma queda real de 4,6%. No terceiro trimestre, os aportes somaram
Nova vertical - A Um Telecom, empresa especializada em infraestrutura de serviços digitais, incluindo cloud, segurança da informação, conectividade, mobilidade (MVNO) e serviços gerenciados, apresentou a marca e composição corporativa da sua unidade de negócios de data centers. A Atlantic Data Centers terá os executivos Daniel Gomes e Joselito Bergamaschine nas posições de presidente e vice-presidente, respectivamente. A companhia também anunciou o início da obra do primeiro data center da marca, batizado de Recife1, localizado no Parqtel - Parque Tecnológico de Eletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco, no bairro da Várzea, em Recife. Link: https:// abrir.link/UHzQJ.
Parceria - A Engetron, fabricante brasileira de UPS IoT – Internet das Coisas, ao lado da Saft, fornecedora de baterias, e a Stulz, especializada em soluções de refrigeração para aplicações de missão crítica, anunciaram uma colaboração para desenvolver projetos completos de infraestrutura para data centers. As empresas trazem ao mercado soluções complementares que formam um ecossistema integrado diante dos desafios crescentes de eficiência, resiliência e sustentabilidade na era da IA - Inteligência Artificial. Link: https://abrir.link/aeWZX.
O melhor do Bits traz um resumo das principais notícias sobre o mercado publicadas no RTI in Bits, boletim semanal enviado por e-mail para os leitores de RTI. Mais notícias podem ser encontradas no site: https://www.arandanet.com.br/ revista/rti/noticias.
O MELHOR DO BITS
Normas NBR ISO/IEC para projeto e construção de data centers
Com a crescente demanda por processamento de dados, não apenas as big techs, mas também o governo, empresas privadas e provedores de Internet estão interessados em implantar data centers. Como garantir que as obras sejam executadas de acordo com as normas técnicas de projeto e construção? O trabalho de normalização na ABNT deve incentivar a adoção de boas práticas e a criação de programas de certificação nacional no Brasil.
Otrabalho de normalização atualmente em curso na ABNT –Associação Brasileira de Normas Técnicas, que conta com algumas partes já publicadas, deve incentivar a adoção de boas práticas e a criação de programas de certificação nacional de data centers. “Com esse conjunto de documentos normativos, as empresas poderão se apoiar em referenciais técnicos e cobrar sua aderência de quem está construindo”, diz Oripide Cilento Filho, gerente de Engenharia de Infraestrutura do NIC.br e coordenador do Subcomitê CE021:001.039 - Data center da ABNT. As
principais entidades de certificação de data centers hoje presentes no Brasil utilizam em seus programas de certificação especificações próprias ou normas regionais de outros países, com custos que muitas vezes inviabilizam a adesão das pequenas e médias empresas. A tabela I apresenta as principais características dos processos de certificação de data centers hoje existentes.
A Comissão de Estudos (CE) 39 da ABNT, estabelecida em 2021 junto ao CB-021 - Comitê Brasileiro de Tecnologias da Informação e Transformação Digital, tem como
Fig. 1 - Relação esquemática entre a série de documentos ABNT NBR ISO/IEC 22237
Sandra Mogami, da Redação da RTI
Origem Origem EUA EUA EUA EUA EUA Europa Europa Internacional Internacional Escopo principal da Elétrica Elétrica, Mecânica,Elétrica, Mecânica,Elétrica, Mecânica,Elétrica, Mecânica, diretriz ou padrão Mecânica Arquitetônica, Telecomunicações,Arquitetônica, Telecomunicações,Arquitetônica, Telecomunicações,Arquitetônica, Telecomunicações, de topologia Localização, Segurança,Localização, Segurança,Localização, Segurança,Localização, Segurança, Análise de riscos,Análise de riscos,Análise de riscos,Análise de riscos, Prevenção de incêndio,Prevenção de incêndio,Prevenção de incêndio,Prevenção de incêndio, EficiênciaEficiênciaEficiênciaEficiência
Tipo de organização Comercial Sem fins lucrativosSem fins lucrativosSem fins lucrativosSem fins lucrativos
Organização deNãoSimSimSimSim desenvolvimento deANSI (nacional)ANSI (nacional)Cenelec (regional) ISO (internacional) normatização oficial IEC (internacional)
Esquema deNãoSimNãoNãoNão acreditação
Certificação deSimSimNãoSimNão data center
AuditoresSomente Uptime Múltiplas organizações Não existente Múltiplas organizações Não existente Ano de publicação 2018 2024 (C) 2024A partir de 2019 2018 (TS) mais recente 2021 (IS) (partes 1, 2, 3, 4 e 6)
objetivo a normalização no campo de data centers, compreendendo métodos de avaliação, práticas de projetos, aspectos operacionais e de gestão para a eficiência de recursos, resiliência e sustentabilidade ambiental. Essa Comissão é um espelho do SC 39 do ISO/IEC JTC 1 (Sustainability, IT & Data Centres) e seu objetivo foi adotar para o Brasil a série da norma ISO/IEC 22237 - Information technology – Data centre facilities and infrastructures, que resultou na ABNT NBR ISO/IEC 22237 - Tecnologia da informação – Instalações e infraestrutura de data center.
pode ser adotada e reconhecida em qualquer lugar do mundo. Se a filial de uma empresa alemã deseja hospedar seus serviços em um data center certificado ISO/IEC no Brasil, ela pode adotar exatamente os mesmos padrões da matriz”, afirma. As primeiras discussões para a elaboração das normas brasileiras para data center tiveram início ainda durante os estudos da criação da ABDC –Associação Brasileira de Data Centers, onde o coordenador da CE foi um dos fundadores.
de requisitos é a parte de uma base normativa. “A demanda pelo ‘selo ISO’ existe e é crescente, em especial junto aos órgãos públicos, prefeituras e operadoras regionais, que poderão assim atestar a classificação de suas instalações e infraestruturas a clientes e usuários. Podemos seguir o exemplo da ISO 27.000, de segurança da informação. Hoje diversas empresas prestam o serviço de certificação com base no conjunto da série 27.000”, diz.
“Adotamos a ISO/IEC seguindo a premissa de ter sido desenvolvida em um organismo internacional, pela comunidade mundial, que estabelece referências consistentes para empresas e consumidores, garantindo confiabilidade e simplificando escolhas. Em um mercado global, uma norma ABNT, nacional, poderia ter uma eficácia reduzida em programas de certificação. Já uma certificação ABNT NBR ISO/IEC
A série ISO/IEC 22237 foi publicada em 2018, originalmente como TS (Technical Specification), e tem passado por revisões ao longo destes anos e se tornado um IS (International Standard). Exatamente como a ISO/IEC 22237, a NBR ISO/IEC 22237 - Tecnologia da Informação – Instalações e Infraestruturas de Data Center terá sete partes (figura 1). Algumas partes já foram traduzidas e publicadas como norma, outras estão em revisão, editoração e em consulta nacional. A expectativa é que até 2025 toda a série esteja publicada. Tab. I –
Segundo Cilento, algumas empresas e entidades independentes, além de participarem da Comissão, já demonstraram interesse em lançar programas de certificação no país com base na série ABNT ISO/IEC 22237. A certificação consiste no fornecimento, por um organismo independente, de uma garantia escrita, ou seja, um certificado de que um produto, serviço ou sistema em questão cumpre requisitos específicos. O cumprimento
ESPECIAL 1
Partes da ISO/IEC 22237
Parte 1 – Conceitos gerais
Publicada em junho de 2023, a NBR ISO/IEC 22237-1 – Conceitos gerais define os termos, princípios fundamentais e a estrutura básica para a classificação de data centers. Entre os pontos principais está a classificação de disponibilidade para data centers, que são divididas em quatro níveis (1 a 4). As classificações são determinadas com base na infraestrutura, redundância e capacidades operacionais do data center (tabela II). Além das classes de
do local, aspectos construtivos, design arquitetônico, resistência a desastres naturais e segurança física. Visa garantir que a estrutura física do data center atenda aos requisitos de resiliência e segurança (classes de proteção). A CE nesta parte considerou acrescentar um anexo informativo na versão nacional com sugestões de limites de distância do data center em relação a várias infraestruturas e instalações existentes, bem como de recursos naturais, como aeroportos, posto de gasolina, rios, lagos, etc. Isto ocorreu porque a
outras instalações e recursos naturais e estabelecemos uma referência mínima para instalações em áreas passíveis de inundações”, explica Cilento.
Parte 3 - Distribuição de energia
Publicada em agosto de 2023, a ABNT NBR ISO/IEC 22237-3 - Tecnologia da informação – Instalações e infraestrutura de data center – Parte 3: Distribuição de energia aborda sistemas de energia elétrica dentro do data center, incluindo topologias de fornecimento e distribuição de energia elétrica,
I nfraestrutura da série nfraestrutura da nfraestrutura da série nfraestrutura da
Fonte únicaFontes redundantesFontes redundantes Fontes múltiplas Distribuição de energiaCaminho únicoCaminho únicoCaminhos múltiplosCaminhos múltiplos (ver ISO/IEC 22237-3) com redundância——
Solução deTolerante a falhas manutenção/operaçãoexceto durante concorrentea manutenção
Controle ambientalCaminho único Caminho únicoCaminhos múltiplosCaminhos múltiplos (ver ISO/IEC 22237-4) com redundancia——
Solução deTolerante a falhas exceto manutenção/operação concorrentedurante a manutenção Cabeamento deCaminho únicoCaminho únicoCaminhos múltiplosCaminhos múltiplos Telecomunicações———— (ver ISO/IEC TS 22237-5) Conexões diretas ouInfraestrutura fixa comInfraestrutura fixa com diversosInfraestrutura fixa com diversos infraestrutura fixa com conexãoconexões de rede caminhos com conexões de redecaminhos e zona de distribuição de rede de acesso únicode acesso múltiplasde acesso múltiplas redundante e conexões de rede de acesso múltiplas
critérios de disponibilidade e confiabilidade, a Parte 1 introduz os conceitos de classes de proteção.
Parte 2 – Construção de edificações. Previsão de publicação para 2025
A ISO/IEC 22237-2 - Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 2: Building Construction, publicada como IS em 2024, está em estágio final na ABNT para tornar-se padrão NBR ISO/IEC.
Esta parte aborda os requisitos e aspectos de construção para data centers, incluindo considerações sobre a escolha
Comissão verificou que a norma ISO/ IEC aprovada, ainda que tenha listado área de risco no entorno do data center, não apresenta uma tabela sugestiva de afastamentos mínimos e indica apenas uma distância mínima de 1 km de uma pista de pouso e decolagem. Em outras normas, por exemplo, ANSI/BICSI 002 e TIA/EIA 942C, os afastamentos mínimos são maiores. Mesmo requisitos como cotas de inundações não estão cobertos nesta parte 2. “Por consenso na Comissão de Estudos, criamos uma tabela própria no anexo brasileiro (informativo) com as distâncias mínimas não apenas de aeroportos, mas para
redundância, proteção contra descargas atmosféricas, equipotencialização, sistema ininterrupto de energia (UPS), dispositivos de medição de consumo elétrico e localização de pontos de coleta de informações para análise e eficiência energética. Esta parte é crucial para garantir a disponibilidade contínua dos serviços de TI e a eficiência operacional do data center.
Parte 4 - Controle ambiental
Publicada em setembro de 2023, a ABNT NBR ISO/IEC 22237-4Tecnologia da informação – Instalações e infraestrutura de data center – Parte 4:
Tab. II – Classes de disponibilidade da ABNT NBR ISO/IEC 22237-1
Classe de Classe
Classe de de Classe de Classe
Classe de Classe de
CONSULTORIA ASSESSORIA ENGENHARIA
Consultoria, Assessoria e Engenharia em Projetos de Segurança e Inteligência Predial para Ambientes de Missão Crítica de TIC e Facilities de Energia Críticos.
Equipe com mais de 30 anos de experiência combinada em Engenharia de Segurança e Automação Predial para projetos de Ambientes de Missão Crítica de TIC e Tecnologia (Data Centers, Hubs e Headends de Telecom etc.. para TIA/EIA, UpTime, ICREA etc.).
Segurança Eletrônica, Controle de Acesso, CFTV e Intrusão
Automação Predial BMS, MCA e DCIM
Sonorização e Evacuação
Mecânica Industrial
Automação Com. e Instrumentação Industrial
Engenharia de Planejamento e Custos
ESPECIAL 1
Controle Ambiental trata dos requisitos e recomendações para sistemas de climatização, incluindo controle de temperatura, umidade, controle de fluxo de ar, controle de partículas, medições para eficiência energética em níveis de granularidade, segurança física dos sistema de controle ambiental, bem como topologias, requisitos e recomendações para cada classe. O objetivo é manter as condições ambientais ideais para o funcionamento ótimo dos equipamentos de TI. Esta Parte 4 apresenta ainda, no Anexo A, um resumo das condições ambientais por tipo de espaço do data center.
que a norma internacional for publicada. Esta parte trata de especificar os requisitos e recomendações para o cabeamento genérico para os equipamentos de TIC, para monitoração e controle dos diversos subsistemas (elétrico, climatização, detecção e alarme), encaminhamentos, espaços e invólucros (racks) para infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e os requisitos e recomendações destas infraestruturas de acordo com as classes de disponibilidade. As referências normativas utilizadas no documento original da ISO/IEC são principalmente ISO/IEC 11801 partes 1, 2, 5 e 6.
Tab. III - Classes de disponibilidade conforme NBR ISO/IEC 22237-1
que podem afetar o nível de proteção definido. Trata-se de requisitos e recomendações para subsistema de CFTV, controle de acesso e sistema e detecção e combate a incêndio. A tabela III apresenta um quadro comparativo do tipo de proteção esperada de acordo com a classe de disponibilidade do data center.
Parte 7
- Informações
operacionais e gerenciais
A ISO/IEC TS 22237-7 - Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 7: Management and operational information ainda é uma TS –Especificação Técnica, com perspectiva de
Tipo de proteção de proteção Classe 1 Classe Classe 2 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe
Proteção contra acessoÁrea pública ouÁrea acessível a todas asÁrea restrita a funcionários eÁrea restrita a funcionários e inquilinos específicos não autorizado semipública pessoas autorizadas inquilinos específicos (visitantes e que tenham uma necessidade identificada de (funcionários, inquilinos outras pessoas com acesso à acesso (visitantes e outras pessoas com acesso e visitantes) Classe 2 devem estar acompanhadas às áreas de Classe 2 ou Classe 3 devem estar por pessoas autorizadas a acessar acompanhadas por pessoas autorizadas a acessar áreas da Classe 3) áreas da Classe 4)
Proteção contraNenhuma proteçãoA área requer proteçãoA área requer proteção contra incêndioA área requer proteção contra incêndio por um incêndio internoespecial aplicadacontra incêndio por umpor um sistema de detecção (com sistema de detecção (com detecção antecipada sistema de detecção detecção antecipada opcional comcom pré-alarme) e, se necessário, de acordo pré-alarme) apropriado para umacom a avaliação de risco, por um sistema infraestrutura específica do data center permanente de combate a incêndio (por exemplo, geradores, disjuntores) e com sistemas de combate a incêndio não permanente
Proteção contra eventosSem requisitosDetecção de eventos apenasDetecção de eventos e mitigaçãoProteção contra eventos em ambientais internos espaços circundantes; detecção (exceto incêndio) e mitigação de eventos dentro do espaço
Parte 5 – Infraestrutura de cabeamento de telecomunicações
A ABNT NBR ISO/IEC TS 22237-5Tecnologia da informação – Instalações e infraestrutura de data center – Parte 5: Infraestrutura de cabeamento de telecomunicações. A publicação nacional, lançada em abril de 2024 da Parte 5, é na realidade uma TS, ou seja, uma especificação técnica pois a norma ISO/ IEC equivalente está em processo de revisão e deve ser concluída como um IS ao final e 2025 e início de 2026. A CE 39, neste caso, entendeu ser importante lançar um documento inicial para manter a série original e efetuar a revisão assim
Parte 6 - Sistemas de segurança
A ISO/IEC 22237-6 - Information technology – Data centre facilities and infrastructures – Part 6: Security systems, publicada como IS em 2024, está em estágio final na ABNT para tornar-se padrão NBR ISO/IEC. Esta parte especifica os requisitos e recomendações referentes à segurança física do data center com base nos critérios de classificação do data center e fornece designações para os espaços do data center e os sistemas empregados nestes espaços em relação à proteção contra acesso não autorizado, intrusão, eventos de incêndio internos e eventos ambientais internos e externos
se tornar uma norma internacional ISO/ IEC somente em 2027. “Os trabalhos de revisão desta parte se iniciaram muito recentemente e vamos decidir se iremos esperar pelo final da revisão da ISO ou se lançamos esta parte como uma TS, como ocorreu com a Parte 5, pois trata-se mais de processos de gestão e operação do data center após a construção e o início da sua operação”, diz Cilento. São os processos operacionais necessários para fornecer o nível esperado de resiliência, disponibilidade, gerenciamento de riscos, mitigação de riscos, planejamento de capacidade, segurança e eficiência energética com o data center já em operação.
Outros trabalhos
A CE 39, ainda dentro de suas atribuições, possui outros documentos produzidos pelo ISO/IEC JTC 1/SC 39 (Sustainability, IT & Data Centres), da qual se destaca a série ISO/IEC 30134 (Information technology – Data Centres – Key performance Indicators).
Nessa série da 30134, a comissão já publicou em abril de 2024 a parte 1, NBR ISO/IEC 30134-1 - Tecnologia da informaçãoData centers - Indicadores-chave de desempenho - Parte 1: Visão geral e requisitos gerais.
A CE elencou a adoção e os próximos trabalhos nesta série como sendo os seguintes projetos:
• Projeto ABNT NBR ISO/IEC 30134-2 - Tecnologia da informação - Data centers - Indicadores-chave de desempenhoParte 2: Eficácia do uso de energia (PUE). Existe um trabalho de tradução já executado, mas a comissão está aguardando a revisão desta parte pela ISO/IEC. A revisão está no estágio DIS (Draft Internacional Standard) e deve se concluir em 2025.
• Projeto ABNT NBR ISO/IEC 30134-7 - Tecnologia da Informação - Indicadores-chave de desempenho - Parte 7: Taxa de eficiência de resfriamento (CER).
• Projeto ABNT NBR ISO/IEC 30134-9 - Tecnologia da informação - Data centers - Indicadores-chave de desempenho - Parte 9: Eficácia do uso da água (WUE).
Existem ainda junto ao SC 39 da ISO/IEC outras publicações em processo de normalização já selecionados para novas publicações pela CE 039, dentre as quais podemos destacar:
• ISO/IEC 22237 Information technology - Data centres facilities and infrastructures - Part 31: Key performance indicators for resilience.
• ISO/IEC 30133 Information technology - Data centresPractices for resource-efficient data centres.
• ISO/IEC 30134 Information technology - Data centresKey performance indicators - Part 4: IT Equipment Energy Efficiency for servers (ITEEsv).
Com essas normas, o coordenador da CE 39 acredita que a qualidade dos data centers vai melhorar significativamente no aspecto de projeto, construção e mesmo a operação.
“A demonstração da conformidade com as normas assume maior importância para a confiança do consumidor à medida que os sistemas, como um data center, se tornam cada vez mais complexos do ponto de vista técnico. O mercado tem interesse em adotar as normas e criar programas de certificação mais acessíveis para as pequenas e médias empresas, que também desejam demonstrar que seus data centers estão em conformidade com uma determinada classe de disponibilidade”, conclui Cilento.
SERVIÇO
Guia das instaladoras e integradores em telecom e redes
O guia traz uma relação de empresas de engenharia e instaladores no Brasil, com detalhamento dos serviços prestados e suas respectivas áreas de atuação, como fibra óptica, data centers, virtualização, segurança, automação e IoT – Internet das Coisas. Para facilitar a consulta, as empresas estão organizadas por Estado.
Área de atuação Área Área de atuação Área
Instaladora JJEAM (92) 98419-3711 n vistec@ijje.com.br
LDA TecnologiaAM (92) 98452-8555 n deuzino@ldatecnologia.com
MáximaAM (92) 99351-9315 n maximaservicoseng@gmail.com
MicrobenAM(92) 98823-5697 n mary@microben.com.br
NRD HauradouAM (92) 98821-2360 n neyhauradou@hsi.eti.br
InstaltecBA (71) 3230-0789 n instaltec.com.br
InstanteBA (71) 99219-6586 n iramar@instante.com.br
DPMCE(85) 99987-8822 n comercial@infitech.com.br
E2D TechCE (85) 98893-9285 n comercial@e2dtech.com
KyriumCE (85) 98855-5666 n contato@kyrium.com.br
NúcleoCE (85) 3455-2724 projeto@nucleoinfo.com.br
StatusCE (85) 3104-0503 contato@status.eng.br
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BRQueirozSP-I (16) 99199-1078 n contato@brqueiroz.com.br
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MTCSP-I (19) 2104-1300 n atendimento@mtctelecom.com.br
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Tecbit SP-I (14) 99809-0251 n tecbit@tecbit.com.br
Tigs SP-I (12) 3411-6627 contato@tigs.com.br
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Nota: (1) (1) Troncos interurbanos, regionais, troncos urbanos, redes de acesso/distribuição, centrais de comutação. O termo “telefonia” é aqui usado como um rótulo identificador de mercado, não significando que as redes/instalações listadas se prestem unicamente a serviços de voz. (2) (2) ERBs, enlaces ERBs–central de comutação, centrais de comutação, troncos (interligação entre centrais).
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 2.826 empresas pesquisadas.
Fonte: Revista Redes, T Redes, Redes, T Redes, Redes, Telecom e Instalações elecom e elecom e Instalações e , fevereiro de 2025.
Este e muitos outros Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.
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Soluções DWDM em redes 5G: a evolução para a conectividade de alta capacidade
Com a crescente demanda por largura de banda ultra-alta, latência ultrabaixa e serviços de conexão flexíveis e inteligentes, as redes de transporte precisaram evoluir para suportar os requisitos das aplicações 5G. O
DWDM - Dense
Wavelength Division Multiplexing tem papel fundamental na infraestrutura 5G. Detalhamos aqui como essa tecnologia garante a eficiência, escalabilidade e confiabilidade das redes de transporte do backhaul e fronthaul do 5G.
Nos últimos cinco anos, o 5G tornou-se uma realidade, estando presente em 332 operadoras em 116 países e regiões. Essa tecnologia possibilita a conectividade massiva, promovendo inovações para indivíduos, residências e indústrias. Projeções indicavam que até o final de 2024 existiriam mais de 2 bilhões de conexões 5G e mais de 30 mil redes privadas 5G impulsionando transformações em setores e verticais. Com a crescente demanda por largura de banda ultra-alta, latência ultrabaixa e serviços de conexão flexíveis e inteligentes, as redes de transporte precisaram evoluir para suportar os requisitos das aplicações 5G. Para atender a esses desafios, a arquitetura da rede de transporte 5G incorpora tecnologias-chave definidas pela UIT - União Internacional de Telecomunicações desde 2015.
O DWDM - Dense Wavelength Division Multiplexing tem papel fundamental na infraestrutura 5G. Detalhamos aqui como essa tecnologia garante a eficiência, escalabilidade e confiabilidade das redes de transporte do backhaul e fronthaul do 5G. A tecnologia DWDM utiliza a fibra óptica como meio físico de transmissão adotada e possui grandes vantagens,
permitindo transmissão de sinais suficiente para atendimento do fluxo de dados na ordem de grandeza já bastante utilizada em Terabits por segundo (Tbit/s) e até mesmo Petabits por segundo (Pbit/s).
5G: Uma arquitetura mais ou menos complexa
Uma rede de transporte LTE tradicional possui oito camadas, enquanto a rede 5G foi projetada para operar com um total de cinco camadas (figura 1), reduzindo a complexidade da arquitetura de rede:
• ACC (Access Router) – Roteador de acesso responsável por conectar os dispositivos e estações-base à rede de transporte.
• mEG (Metro Edge Gateway) –Gateway de borda metropolitana que gerencia a conexão entre as redes de acesso e a infraestrutura metropolitana.
• mAEG (Metro Aggregation Edge Gateway) – Gateway de agregação metropolitana, consolidando o tráfego de múltiplos pontos de acesso antes de encaminhá-lo ao backbone.
Thyago Monteiro, CTO da Connectoway
Fig.
REDES ÓPTICAS
• mBB (Metro Backbone Router) – Roteador de backbone metropolitano, conectando diferentes regiões da rede metropolitana ao backbone central.
• 5G BB (Backbone Router) – Roteador do backbone principal, responsável pelo tráfego de alto volume entre redes metropolitanas e data centers centrais.
Simplificação de protocolos de rede e EVPN no 5G
Fig. 2 – A tecnologia substitui soluções tradicionais baseadas em MPLS/VPLS, proporcionando maior escalabilidade e interoperabilidade em redes modernas
de rede física conectando diretamente salas de data center. Soluções que usam DWDM com equipamentos denominados DCI - Datacenter
A arquitetura de rede do 5G busca reduzir a complexidade operacional e uma das estratégias para isso é a simplificação dos protocolos de rede. Especificamente, o número de protocolos foi reduzido de seis para dois, o que diminui significativamente a carga de trabalho de O&M (Operação e Manutenção). Essa mudança permite uma gestão mais eficiente, redução de latência e maior escalabilidade das redes móveis.
Um dos principais avanços nessa transição é a adoção do EVPN (Ethernet VPN), que unifica a transmissão de serviços de camadas 2 e 3. O EVPN possibilita uma implantação flexível, pois permite que redes de operadoras transportem múltiplos serviços de forma integrada, otimizando a eficiência e garantindo isolamento seguro entre diferentes aplicações. Além disso, a tecnologia substitui soluções tradicionais baseadas em MPLS/VPLS, proporcionando maior escalabilidade e interoperabilidade em redes modernas (figura 2).
DCI como solução
Para atendimento do transporte de dados do 5G, podemos segmentar a rede em três camadas: acesso, agregação e core (núcleo). Todas essas camadas requerem cabos de fibra óptica como infraestrutura
Interconnect se fortalecem por vários motivos. Tendo um bom custo/benefício, um eficiente custo do bit por segundo e uma característica bastante importante: a latência reduzida. O DCI, que se baseia nos princípios DWDM, trabalha interligando as camadas de acesso, agregação e core através dos anéis ópticos (figura 3). Isso permite a interligação com maior distância para rede IP dos roteadores e switches e seus protocolos SRv6/EVPN e plano de controle, SR-MPLS/SRv6 e EVPN.
Na prática, implantar dispositivos em locais AAU ( Active Antenna Unit ou Unidade de Antena Ativa) e salas de equipamentos onde instala-se as DU (Distributed Unit ou Unidade Distribuída) permite que sinais de múltiplas AAUs sejam transportados em uma única fibra óptica, compartilhada. Mecanismos de encapsulamento, gerenciamento e proteção OTN são introduzidos, e a solução fornece proteção e suporta topologias P2P, em cadeia, em anel, bem como sincronização de tempo de alta precisão Classe A+.
Essa solução apresenta alta confiabilidade, baixo custo e fácil operação e manutenção, além de economizar um grande número de fibras (figura 4). No entanto, o compartilhamento da fonte de alimentação entre dispositivos WDM ativos e AAUs deve ser considerado Dessa forma, as soluções DWDM também desempenham um papel crucial na interconexão de data centers. O crescimento do tráfego em nuvem, inteligência artificial e big data exige soluções ópticas de alta capacidade para conectar datacenters, provedores de cloud e operadoras de telecomunicações. As capacidades de cada canalização podem ser 100G, 200G, 400G e até 800G. Imaginando múltiplos caminhos, isso pode se tornar na ordem de grandeza de Pbit/s, que é 100 vezes mais rápido que Tbit/s. Resumidamente, os benefícios do DWDM para atendimento da tecnologia 5G com DCI incluem:
• Transmissão de altas taxas (100G/400G/800G) sem necessidade de regeneração de sinal em distâncias metropolitanas.
• Economia de fibra – Multiplexação de diversos canais no mesmo enlace óptico.
• Gerenciamento inteligente –Monitoramento em tempo real do desempenho óptico e predição de falhas.
• Baixo consumo de energia –Equipamentos modernos baseados em plataformas coerentes são altamente eficientes.
Fronthaul 5G Ultra-Lean para simplificar
Fig. 3 – O DCI se baseia nos princípios DWDM e trabalha interligando as camadas de acesso, agregação e core através dos anéis ópticos
O conceito de Ultra-Lean 5G Fronthaul refere-se a uma arquitetura de transmissão altamente otimizada para redes 5G, minimizando a complexidade da infraestrutura de transporte entre as unidades de rádio (AAUs) e as unidades centrais (CUs/DUs). Esse modelo visa reduzir o consumo de recursos de rede, melhorar a eficiência espectral e otimizar o uso de fibras ópticas (figura 5).
REDES ÓPTICAS
Os sites 5G podem fornecer um alto pico de throughput , o que significa que um grande número de recursos de transmissão é necessário nas redes 5G. Para os sites 5G, as redes de transmissão fronthaul devem atender a requisitos rigorosos em relação à largura de banda, recursos de fibra óptica, latência e sincronização de clock.
• CPRI e eCPRI devem atender ao requisito de latência ultrabaixa. De acordo com os padrões CPRI, o atraso de transmissão unidirecional não deve ser superior a 100 µs.
• Os serviços TDD 4G e TDD 5G exigem alta precisão de clock. A precisão do clock no fronthaul deve estar dentro de ±0,15 µs.
Fig. 4 – A solução apresenta alta confiabilidade, baixo custo e fácil operação e manutenção
• Na transição do 4G para o 5G, a largura de banda da interface CPRI aumenta mais de 10 vezes (de 9,8G para 100G), representando um grande desafio para as redes de transmissão fronthaul.
• O número de fibras ópticas disponíveis para os sites é insuficiente, tornando a redistribuição e instalação de novos cabos ópticos difícil, cara e demorada.
Entre as soluções recomendadas para enfrentar esses desafios estão:
• Uso da tecnologia eCPRI, permitindo uma divisão flexível CU/DU para a transmissão fronthaul, reduzindo a largura de banda necessária por AAU de 100 para 25 Gbit/s.
• Solução de multiplexação de fibra óptica para minimizar a quantidade de
fibras ópticas utilizadas. Atualmente, as principais soluções de multiplexação incluem CWDM/DWDM passivo e OTN ativo.
Tendências futuras para o 5GAdvanced e a evolução para o 6G De acordo com a visão predominante da indústria, os primeiros lançamentos do 6G não ocorrerão antes de 2030. Até lá, os provedores de serviços de comunicação (CSPs) precisarão depender do 5G e suas evoluções para suportar o crescimento exponencial do tráfego impulsionado por aplicações de IA. Nesse cenário, o 5G-Advanced surge como a tecnologia ideal para atender às crescentes demandas de conectividade.
Uma das inovações do 5GAdvanced é a tecnologia MBSCMulti-Band Single-Cell, que permite agregar portadoras em múltiplas faixas de frequência dentro de uma única célula, otimizando a experiência do usuário e a capacidade da rede. Recentemente, a operadora e& UAE atingiu uma velocidade recorde de 30,5 Gbit/s, combinando espectros de 1600 MHz em mmWave e 300 MHz na banda C, demonstrando o enorme potencial do 5G-Advanced
Fig. 5 - O modelo visa reduzir o consumo de recursos de rede, melhorar a eficiência espectral e otimizar o uso de fibras ópticas
para aprimorar a performance das redes móveis.
Além disso, a capacidade extensiva da rede e a arquitetura baseada em fatiamento da rede (network slicing ) permitem que os CSPs criem planos de serviço baseados na experiência do usuário, uma nova abordagem para monetização das redes de banda larga móvel. Provedores da China, Hong Kong, Tailândia e América do Norte já oferecem serviços inovadores baseados em slicing, como o VIP Uplink Service da China Unicom Guangdong, o QoS Living Network App da AIS Tailândia e
o Event Slicing da Verizon, mostrando o potencial do 5G-Advanced na construção de modelos de negócios sustentáveis para banda larga móvel. No mercado empresarial e de indústrias verticais, a tecnologia 5G Reduced Capability (RedCap) se destaca como uma solução acessível para a conectividade industrial em aplicações de IoT, oferecendo suporte completo ao network slicing para garantir a gestão de SLAs complexos. O 5G RedCap surge como uma solução ideal para aplicações de IA em B2B, enquanto o 5G-Advanced abre novas
oportunidades de mercado. Um exemplo inovador é a adoção da tecnologia ISAC - Integrated Sensing and Communication na China, onde CSPs testam serviços de aviação de baixa altitude para entregas logísticas. Essa abordagem não só cria novas fontes de receita para os provedores de telecomunicações, mas também apoia a expansão dos negócios do setor logístico. Os dados coletados por essas redes podem ser processados por modelos de IA para otimizar a gestão do tráfego aéreo, criando um modelo ganha-ganha entre operadoras, indústrias e autoridades reguladoras.
Veja a seguir quem fornece links de Internet no país. A relação traz informações de áreas geográficas atendidas pelas empresas e detalhes sobre os serviços prestados, além da localização do PTT e com quem fazem peering/CDN e peering internacional.
E-mail para atendimento ao cliente Telefone Fibra apagada Link IP/trânsito IP
Adv Net (11) 96179-1701 n projetos@advnetit.com.br
Adyl Telecom (54) 2121-8900 suporte@adyl.net.br
Aloo Telecom (82) 2123-3500 n atendimento@alootelecom.com.br
Br.digital 0800 600 5353 noc@br.digital
Brasil Tecpar 0800 644 069 n comercial@avato.com.br
Città(21) 3400-5000 n atendimento@cittatelecom.com.br
Dattas (19) 97405-0263 n guilherme@dattas.com.br
Eletronet(11) 94251-3917 n contato@eletronet.com
Focus (11) 5555-4913 n atendimento@focustelecomm.com
Forte Telecom0800 591 2011 contato@fortetelecom.com.br
Grupo Redes (11) 3195-6395 n comercial@gruporedes.global
Neovia (11) 97152-1082 n atendimento.corporativo@neovia.com.br
Smart 0800 042 4207 n comercial@smartsolucoes.com.br
Sothis (11) 3534-7000 n contato@sothis.com.br
Telium (11) 94544-3544 n comercial@telium.com.br
Ultranet (11) 3544-4444 comercial@ultra.net.br
USE Telecom (71) 3599-1000 comercial@usetelecom.com.br
ViaNet (99) 99148-1990 n suporte@vianetitz.com.br
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Peering/CDN Faz peering internacional com Campinas/SP Serviços de rádio
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 271 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, T Redes, Redes, Telecom e Instalações elecom e elecom e Instalações e , fevereiro de 2025. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
Região atendida
Empresa
Serviço
Empresas construtoras de data centers
O mercado brasileiro de data centers está em rápida expansão, impulsionado pelo uso de novas tecnologias, como a IA - Inteligência Artificial e serviços de nuvem. A reportagem a seguir apresenta as empresas especializadas na construção de data centers, as obras realizadas e os cuidados a serem considerados para garantir eficiência, segurança e confiabilidade durante todo o ciclo de vida da instalação.
Empreendimentos tecnológicos, como os data centers, exigem cuidados específicos desde a fase de projeto básico da construção civil, como o correto aterramento, a impermeabilização das estruturas e o uso de materiais apropriados para garantir máxima eficiência e disponibilidade ao longo de sua vida útil. Além disso, a execução dos serviços de engenharia, a instalação da infraestrutura de energia e climatização, a gestão de obras e a operação assistida demandam um nível de especialização que apenas algumas empresas são capazes de fornecer.
A reportagem a seguir apresenta as empresas especializadas na construção de data centers com serviços fim a fim (turnkey). Mais informações sobre empresas que atuam com projeto e engenharia de data centers podem ser encontradas nas edições de novembro de 2024 (https://bit.ly/3EyAcrA) e janeiro de 2025 (https://bit.ly/4jJD5pK) da RTI
Afonso França Engenharia
O grupo de construção civil Afonso França Engenharia, com 32 anos de mercado, possui um portfólio com mais de 410 obras executadas no Brasil.
Desde que começou a atuar no segmento de data centers, há 10 anos, a empresa já realizou projetos significativos para diversos clientes. A área de tecnologia representa cerca de 35% do faturamento do grupo, que está sediado em São Paulo e conta com 1200 colaboradores diretos. “Esta participação tem crescido consistentemente nos últimos anos e a empresa está envolvida com 90% do mercado brasileiro de data centers”, diz Fabio Pezutto, diretor comercial e marketing da Afonso França.
O contrato da CloudHQ é um dos maiores do seu portfólio no formato fim a fim, abrangendo serviços preliminares, construção, contratação de fornecedores e comissionamento. Localizado em Paulínia, SP, o projeto terá 288 MW de capacidade de TI. Outros clientes da Afonso França incluem a Odata, com dois data centers em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a empresa realizou dois retrofits para a Equinix, e em Jaguariúna, SP, entregou projetos para a Sky e para o Grupo Globo no Rio de Janeiro.
Segundo Pezutto, em 2023, a Afonso França Engenharia entregou à Tecto (V.Tal) o Big Lobster, um data center de 5000 m² de área construída em Fortaleza, CE. Agora, com a crescente
Sandra Mogami, da Redação da RTI RTI RTI RTI
procura por infraestrutura digital, a V.tal inicia a construção do Mega Lobster, que será três vezes maior. Este novo empreendimento terá capacidade operacional de 20 MW, distribuídos em 10 data halls. Durante o pico das obras, serão gerados mais de 350 empregos diretos e um investimento de R$ 550 milhões será realizado.
A Afonso França iniciou suas atividades em 1988, com foco na construção de centrais telefônicas, especializando-se em trabalhos de missão crítica. Hoje, a empresa se define como um ‘general contractor’, ou seja, entrega a solução fim a fim, desde a escolha do terreno, pré-construção, projeto e execução. Na etapa de construção, a empresa atua em todas as disciplinas, como civil, elétrica, mecânica e cabeamento.
O diretor aponta que a grande onda de investimentos impulsionada pela entrada em operação da IA - Inteligência Artificial está gerando uma euforia exacerbada. “É preciso ter cautela, pois ainda há muitos desafios regulatórios e financeiros”, alerta.
MSE Engenharia
A MSE Engenharia, grupo nacional com 45 anos de mercado e forte atuação no segmento industrial, está atualmente envolvida na construção de seis data centers hyperscale nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
“O mercado está absurdamente aquecido e acreditamos que a demanda vai aumentar ainda mais”, afirma Leonardo Castilho Carrascossi, diretor da MSE Engenharia. Segundo ele, um dos principais diferenciais da empresa é o ecossistema multidisciplinar construído ao longo dos anos, que abrange projetos, construção civil e instalações, garantindo agilidade e capacidade de mobilização para o cliente. Os processos estruturados da MSE, que incluem planejamento, controle de qualidade e produção, são fundamentais para manter o ritmo dos trabalhos e cumprir prazos apertados sem comprometer a qualidade e a segurança das equipes em campo.
“A alta taxa de juros no Brasil pode segurar os investimentos e a nova política de protecionismo dos Estados Unidos pode desviar investimentos que viriam para cá”, explica. Contudo, a demanda por capacidade de armazenamento e processamento de dados continua enorme. “Estamos capacitando as equipes, seja no pré-vendas, seja para operação. Não vamos tirar o pé desse mercado, mas estamos olhando com muito cuidado”, finaliza.
Site: https://afonsofranca.com.br/
estrutura de produção conta com fábrica, áreas de pré-montagem, máquinas e frota própria de guindastes, muncks, empilhadeiras e caminhões.
“Os projetos executivos detalhados, a industrialização prévia de todas as disciplinas na sede e o fortalecimento das estruturas produtivas e de logística fazem com que a mobilização da obra seja reduzida”, destaca Carrascossi. Com essa estratégia, a MSE antecipa a fabricação e a pré-montagem de tudo o que for possível, garantindo maior produtividade. Atualmente, a MSE tem cerca de 10 obras em andamento, incluindo projetos para data centers, farmacêuticas, aeroportos, galpões logísticos, papel e celulose e indústrias.
O setor de projetos do grupo, a LM/Spagnuolo, trabalha com softwares baseados nas tecnologias BIM (Building Information Modeling) e PDMS (Plant Design Management System), permitindo a compatibilização de todas as disciplinas envolvidas na construção.
Site: www.mse.com.br
A empresa detém expertise em todas as etapas da obra, desde a terraplanagem, fundação e estrutura até a montagem industrial, instalações elétricas, eficiência energética, combate a incêndio, HVAC, automação e demais complementos. “Essas características asseguram a padronização dos processos e o cumprimento dos prazos de entrega”, ressalta Carrascossi.
Com sede em Londrina, PR, e escritório em São Paulo, a MSE emprega mais de 3000 colaboradores e opera em uma área de 26,5 mil m 2, que inclui um parque industrial para pré-fabricação e industrialização de componentes. Sua
Racional Engenharia
A Racional Engenharia, uma das maiores empresas do setor de construção e engenharia no Brasil com atuação no mercado privado de edificações, conforme o ranking do Valor Econômico de novembro de 2024, é especializada em projetos de alta complexidade e missão crítica. A empresa está se fortalecendo em segmentos estratégicos como data centers e saúde, e atualmente executa três obras de data centers hyperscale na região de Campinas, SP. “Estamos trabalhando para as maiores empresas do setor”, afirma o diretor de engenharia e negócios Roberto Paiva, sem revelar nomes devido a contratos de confidencialidade.
Obras para a Tecto (V.tal) em Fortaleza
Leonardo Carrascossi, da MSE: ecossistema multidisciplinar
Data center da Telefônica Vivo, primeiro da América Latina a obter a certificação LEED de construção sustentável
Empresa 100% nacional e pertencente ao mesmo acionista desde sua fundação em 1971, a Racional iniciou suas atividades no setor industrial, que vivia um boom na época do 'milagre brasileiro'. Com o tempo, ampliou seu escopo para incluir shopping centers, logística, hospitais, infraestrutura e data centers, acumulando um portfólio de mais de 630 projetos executados até hoje. Entre os data centers entregues estão o Centro Tecnológico do Itaú, o BM&F Bovespa, a Telefônica Vivo, primeiro data center da América Latina a obter a certificação LEED de construção sustentável, da Tivit, do Grupo Pão de Açúcar e do Bradesco, com certificação Tier III.
A empresa também construiu o CLS – Cable Landing Station para a chegada do cabo submarino do Google na
Praia Grande, SP. Para o mesmo cliente, implantará o centro de engenharia e inovações no IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, na Cidade Universitária da USP, em São Paulo. O investimento faz parte de uma parceria entre a empresa norte-americana e o governo do estado, abrangendo frentes de trabalho como IA - Inteligência Artificial e segurança na Internet.
A Racional Engenharia pode ser responsável pela concepção do projeto, coordenação, contratação de projetistas, desenvolvimento de pré-construção e construção, desde a fundação até a entrega e comissionamento das instalações. Para os contratos das gigantes de tecnologia, a Racional desenvolve em conjunto com as empresas do mercado os projetos construtivos, e é responsável pelos serviços de engenharia e construção.
As obras envolvem cerca de 200 engenheiros e técnicos nos três projetos de data centers, além de mais de 3000 trabalhadores indiretos.
Com a chegada da IA, os negócios devem aumentar ainda mais, elevando
também os desafios de qualificação técnica dos profissionais e fornecedores. “Há um grande gargalo na formação de mão de obra de engenharia e montagem técnica. Se as empresas não se prepararem desde já, poderão enfrentar problemas no futuro”, alerta o executivo. Por isso, a Racional Engenharia planeja continuar focada em manter a capacidade técnica e o compromisso com entregas de alta qualidade a custos competitivos, além de desenvolver modelos construtivos e de gestão inovadores e atrair e desenvolver talentos.
Site: https://racional.com/
Vertin
A Vertin Construções Industriais é uma joint venture formada pela Consag Engenharia (85%), subsidiária da Andrade Gutierrez para o mercado privado, e pela CA3M, especializada em instalações elétricas e de instrumentação industrial. Fundada em 2023, a Vertin é relativamente nova no mercado, mas já traz um portfólio robusto de centenas de projetos realizados pelos seus controladores, principalmente nos segmentos de data centers e indústrias, incluindo fármacos, alimentos e bebidas.
Atualmente, a empresa lidera a construção de dois dos maiores data centers da América Latina, localizados em Barueri, SP, com capacidade total de 76 MW. “Em janeiro entregamos a parte civil e a estrutura de um dos prédios. Agora, em fevereiro, será a vez da segunda edificação, que também inclui as instalações elétricas, HVAC e sistemas de diesel, automação e o comissionamento da primeira fase (5 MW) do data center”, comenta Guilherme Odaguiri, Managing Director da Vertin.
A Vertin conduz o ciclo completo das obras, da concepção do projeto até o comissionamento
A Vertin conduz o ciclo completo das obras, desde a concepção e viabilidade do projeto, engenharia, construção até o comissionamento e operação. A empresa possui aproximadamente 50 colaboradores em seu escritório em Barueri, SP, e mais de 1500 pessoas somando mão de obra própria e dos seus parceiros estratégicos. “Reunimos uma liderança sênior com vasta experiência no setor em que atuamos e atualmente contamos com uma relação com os principais parceiros do mercado para esses tipos de obra”, destaca Odaguiri, que acumula 15 anos de experiência na Andrade Gutierrez antes de assumir o comando na Vertin.
Em agosto de 2024, a Vertin, juntamente com a Consag Engenharia e o Porto do Açu, assinou um Memorando de Entendimentos para estudar a viabilidade de implantação de data centers no complexo porto-indústria do Açu, localizado no norte fluminense. O acordo inclui análises de préviabilidade operacional e financeira, possíveis áreas e tipos de infraestrutura adequada, entre outros requisitos. A empresa tem recebido muitas consultas de potenciais clientes interessados em se instalar no local. Nesse modelo, o Porto do Açu oferece espaço, água e energia - com cerca de 1 GW disponível no grid. Caso as parcerias se concretizem, a Vertin será a responsável pela construção dos data centers.
Apesar das especulações do mercado imobiliário e das incertezas com relação à política internacional, a Vertin se mantém confiante.
“Acreditamos que é uma fase. Passado o período de ebulição, em 30, 40 dias o negócio vai continuar a fluir. É um mercado que não tem volta”, declara Odaguiri.
A Vertin está preparada para atender à esperada demanda no setor. “Nos últimos dois anos, trabalhamos no amadurecimento da nossa cadeia, gestão de processos e formação de um time de engenharia, com contratações importantes de executivos do mercado. Estamos com uma capacidade forte e um time especializado para acompanhar o crescimento”, afirma.
Segundo Odaguiri, a especialização e o desenvolvimento da cadeia de mão de obra são essenciais em um segmento em que não basta apenas entregar a obra. “Este é um mercado de operação, que exige prazo de entrega e qualidade. Ou seja, não basta entregar a obra a qualquer custo, mas sim com a qualidade necessária para que o cliente consiga operá-la sem impactos e sobrecustos ao longo dos anos”, ressalta.
Outro aspecto crucial é a segurança do trabalho. Em fevereiro, a Vertin alcançou a marca de mais de 1,5 milhão de horas sem acidentes com afastamento nas obras. “Por conta do ESG, as big techs valorizam muito essa preocupação”, finaliza Odaguiri.
Site: www.vertin.com.br
Zeittec
Fundada há 25 anos, em Curitiba, PR, a Zeittec é especializada na construção de data centers em regime turnkey, entregando soluções completas desde o projeto básico até o moving dos equipamentos ativos. “Realizamos desde a análise de risco e viabilidade do negócio, a construção convencional em alvenaria para provedores e pequenas indústrias até projetos mais complexos, com salas seguras certificadas e soluções modulares”, diz o diretor técnico Fabrício Costa.
Essa especialização permitiu à empresa conquistar importantes contratos no governo. “Um órgão público não tem como fatiar um projeto e fazer licitações separadas para cada sistema. Esse tipo de cliente precisa de uma solução ‘chave na mão’, pronta para rodar suas aplicações”, afirma o executivo.
Um exemplo foi o IBGE, que criou uma rede híbrida a partir do seu data center principal, construído pela Zeittec no Rio de Janeiro dois anos atrás. Em 2024, a empresa iniciou a implantação de soluções compactas em todas as sedes do órgão nas capitais brasileiras. “Este projeto colocou a Zeitec em todas as capitais do Brasil e destacou nossa solução de micro data centers, ou seja, data centers completos em um único rack inteligente”, diz.
Ainda na esfera pública, a Zeittec concluiu em 2024 o complexo de data centers do TCE-PR em Curitiba, que incluiu a entrega do data center principal em sistema de sala segura, conectado a um site de backup. No mercado de obras privadas, a Zeittec implantou o data center da nova planta do Electrolux Group em São José dos Pinhais, PR.
Data center do IBGE, construído pela Zeittec
Segundo o diretor, outro tipo de parceria que se destacou em 2024 foi a manutenção preventiva, assim como o monitoramento de ativos em NOC - Network Operations Center. Entre os clientes que usam o serviço estão a Sanepar, o Ministério Público do Mato Grosso do Sul, o Sebrae, o TRT-PR e o TCE-PR, que tem seus ativos monitorados pela Zeittec. O NOC recebe os dados de sensores presentes nos data centers, identificando qualquer anormalidade na operação antes que leve a falhas, elevando o uptime de clientes.
As perspectivas para 2025 são positivas. “O segmento público, carro-chefe da Zeittec, continua ativo e começou este ano com projetos bem interessantes”, diz o diretor.
As expectativas para data centers de IA – Inteligência Artificial também são promissoras. “No ano passado muitos clientes procuraram entender a tecnologia e os requisitos, solicitando simulações e estudos. Agora, em 2025, é o momento da consolidação. A IA vai sair do papel e criar os primeiros cases”, diz. Prova disso é a proposta recente para construção de um data center de alta densidade em São Paulo, com 60 a 70 kW por rack. “Apesar das oscilações do câmbio e impacto do produto importado no lead time, a demanda existe”, afirma o executivo. Diante desse cenário, a empresa projeta um aumento no faturamento de 30% para 2025.
Site: www.zeittec.com.br
Zopone Engenharia
A Zopone Engenharia, fundada em 1988 em Bauru, SP, atua no Brasil e América Latina realizando obras de infraestrutura nas áreas de telecomunicações, data centers, energia, edificações comerciais e industriais, empreendimentos imobiliários, MCMV – Minha Casa Minha Vida, urbanização e pavimentação.
Com mais de 6000 colaboradores e regionais nas principais capitais brasileiras e em Santiago, no Chile, a Zopone Engenharia já executou, em seus 37 anos de história, 38 mil
estações radiobase, 1556 km de linha de transmissão, 277 centrais de controle de comutação para telecomunicações, 42.600 TR de sistemas de ar-condicionado e 1384 MW de geração de energia, movimentando 809.500 m³ de concreto estrutural.
Marcelo Petta, gerente comercial para o mercado de data centers da Zopone.
Construção de data center com 7000 m² de área construída: uma obra da Zopone
A Zopone Engenharia ergueu 22 data centers em diversas localidades do Brasil. A empresa realizou diversas obras para operadoras de telecomunicações, como uma unidade com capacidade de 2 MW para a TIM e outra de 2,5 MW para a Oi, em São Paulo. Em São Leopoldo, RS, construiu um data center de 1,5 MW para a Telefônica, enquanto em Lapa, PR, destinou outro de 1,8 MW à TIM. Em Anápolis, GO, a Zopone finalizou um projeto de 2,2 MW para a Nextel. “Esses empreendimentos refletem a nossa expertise em atender às demandas energéticas e tecnológicas de grandes operadoras de telecomunicações no país”, destaca
De acordo com ele, o setor está em plena expansão e amadurecimento, impulsionado pelo crescimento da IA - Inteligência Artificial e pela saturação dos mercados de data centers nos EUA e Europa.
O mercado de data centers no Brasil apresentou um crescimento significativo em 2024 e projeta-se uma expansão contínua para 2025. Em 2024, foi estimado em 750 MW, com previsão de atingir 1,21 GW até 2029, representando um crescimento anual de 10,17% durante o período de 2024 a 2029. Esses investimentos refletem a confiança no potencial de crescimento do mercado brasileiro de data centers e indicam uma tendência positiva para 2025 e anos subsequentes. “O país pode se transformar em um polo estratégico para a era da IA, mas o sucesso dependerá de uma combinação de infraestrutura, políticas públicas e iniciativas privadas para superar os desafios e maximizar o potencial dessa transformação”, conclui o gerente.
Site: www.zopone.com.br
Paulo de Godoy, country manager da Pure Storage
Previsões 2025: menos hype, mais ROI e compromisso com a sustentabilidade
Nos últimos anos, o avanço exponencial da IA - Inteligência Artificial transformou o cenário corporativo, gerando uma onda de investimentos impulsionada pela promessa de inovação e eficiência. No entanto, o mercado começa a dar sinais de cautela, e o entusiasmo com projetos de IA tende a se transformar. À medida que o setor enfrenta desafios de sustentabilidade e regulamentação, 2025 promete ser um ano de realinhamento, no qual as empresas devem adotar uma abordagem mais seletiva e estratégica para a implementação de IA.
Confira abaixo alguns tópicos cruciais de mercado e do setor de tecnologia que merecem atenção para quem está nos preparativos para os negócios em 2025.
O limite da bolha da IA e mais rigor na seleção de projetos
As empresas serão mais seletivas em projetos de IA. Embora os dois anos desde o lançamento do ChatGPT tenham trazido um boom no investimento, tudo indica que as empresas reduzirão os gastos antes do advento da “fadiga da IA”.
Espero que o mercado se realinhe, mas o crescimento
Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
existente pode se tornar insustentável. Isso porque os projetos não estão entregando ROI – Retorno do Investimento, e muitas organizações não conseguirão convencer os líderes empresariais de que precisam investir em novas tecnologias quando os projetos existentes de IA ou GenAI não entregaram os benefícios prometidos. Embora a FOMO – Fear of Missing Out, ou seja, o medo de estar perdendo alguma coisa importante, ainda seja uma grande impulsionadora de investimentos, esperamos isso de forma mais moderada em 2025. As soluções de IA não personalizadas cairão em desuso. O processo RAG - Retrieval Augmented Generation, em português geração de recuperação aumentada, uma técnica utilizada para melhorar a precisão e a confiabilidade de modelos de IA generativa com dados obtidos de fontes externas, se tornará uma inclusão crucial para as empresas e assumirá como o método adotado de implementação de IA. À medida que os líderes empresariais exigem o ROI do investimento especulativo que já fizeram em IA, o RAG será crucial para o sucesso. Isso ocorre porque ele fornece uma abordagem padrão para personalização, melhorando resultados e reduzindo a possibilidade de alucinações - quando um grande modelo de linguagem (LLM) percebe padrões ou objetos inexistentes, criando saídas sem sentido ou imprecisas em vez de treinar e ajustar modelos individuais do zero.
IA e onda de data centers podem colocar metas de sustentabilidade em risco
À medida que a demanda por IA e, consequentemente, por
armazenamento de dados continua a crescer, a sustentabilidade estará novamente em destaque. A IA impulsionou o uso de recursos de computação, o que teve um impacto negativo nas metas de redução de energia e deixou a sustentabilidade de lado. Agora ela está subindo na agenda corporativa: a f orma como as empresas veem e implementam práticas sustentáveis estará novamente no radar da alta gerência. Os seguintes problemas estão previstos:
• Mais empresas discutirão a transição energética e como vão alimentar a demanda crescente por data centers. Com algumas das maiores empresas adotando energia nuclear para atender a essas demandas, haverá mais discussão sobre essa decisão.
• Como um método para destacar o impacto da sustentabilidade, a contabilidade de impacto será amplamente adotada em um nível sênior. Com foco em questões ambientais e custos associados, ela se tornará o meio de destacar os benefícios das iniciativas de sustentabilidade em uma linguagem que os executivos C-level e o conselho entenderão.
• Haverá um impulso para construir mais data centers em muitos países, estimulado em parte por novos governos que almejam sua nuvem soberana. No entanto, como manter ambas as metas de sustentabilidade e garantir que haja energia suficiente para abastecer essas infraestruturas, casas e empresas será uma questão que permanecerá no centro das atenções.
Já atingimos o ápice das nuvens?
Com maiores expectativas de regulamentação, mais
conhecimento sobre as desvantagens e conscientização a respeito dos custos que impulsionam a repatriação e restrições geográficas, 2025 pode ser o ano em que atingiremos o ápice da nuvem.
No lado da regulamentação, com a Lei de Resiliência Operacional Digital (DORA), que entrou em vigor no último dia 17 de janeiro na União Europeia, as ações dos provedores de serviços de nuvem serão colocadas em foco. Eles precisarão comprovar as etapas que tomam para conformidade, por exemplo, planos de teste e resiliência que são compartilhados com os reguladores. Os provedores de serviços de nuvem e os hyperscalers serão responsabilizados de uma forma que nunca foram antes e a falta de compliance forçará ações de remediação em todo o setor de serviços financeiros. Espero que alguns sejam transformados em exemplo para garantir uma
adesão mais rigorosa a essas novas regulamentações. Esse é um ponto importante para empresas brasileiras que conduzem negócios com a União Europeia. Além disso, vale lembrar que em 2016 a Europa estabeleceu um benchmark global para privacidade de dados com a GDPR – General Data Protection Regulation, que mais tarde influenciou a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, logo é preciso estar sempre atento.
A contenção de gastos está com os dias contados
Agora, falando estritamente sobre negócios, como 2024 foi um ano de eleições em muitos países, observamos bastante incerteza no cenário mundial. Tudo, desde dívida global até decisões políticas e investimentos do setor público, está em hiato, esperando por uma agenda dos novos governos. Há uma demanda reprimida por gastos
em muitos setores, que veremos se concretizar em 2025.
Muitos países estão discutindo sobre como lidar com a dívida global e investir em infraestrutura ao mesmo tempo. Veremos essa conversa se desenrolar no ano que vem, à medida que os novos governos buscam progredir em seus planos e investir no setor público, bem como incentivar o investimento do setor privado. Em um contexto de metas de sustentabilidade e rigor regulatório, a seleção criteriosa de projetos e o foco em soluções com retorno tangível serão essenciais para sustentar o crescimento da IA nas organizações. Ao mesmo tempo, a busca por equilíbrio entre inovação e responsabilidade deve guiar as práticas corporativas em direção a um futuro no qual a IA seja uma aliada sustentável e eficaz, consolidando seu lugar de forma mais madura e estratégica no mercado global.
por meio dos caminhos e espaços especificados na norma. Pode parecer um pouco estranho mencionar serviços de voz e dados, pois essa discriminação não faz muito sentido atualmente, mas os serviços de telecomunicações, por definição, ainda são esses. Os demais fazem parte do sistema de automação predial, hoje integrados aos de telecomunicações no que diz respeito ao projeto da infraestrutura para tecnologia nos edifícios.
A norma traz um anexo normativo que especifica sistemas de proteção contra incêndio e três anexos informativos que cobrem diretrizes para a redução dos efeitos de interferência eletromagnética (EMI) para cabeamento balanceado e considerações para suporte à alimentação remota em corrente contínua em cabeamento balanceado.
A ANSI-TIA-569-E especifica caminhos e espaços para edifícios monousuário e multiusuários em um campus. O esquema de distribuição de caminhos e espaços em um edifício monousuário é ilustrado na figura 1. Como o leitor pode notar, a estrutura de caminhos e espaços
especificada na ANSI/TIA-569-E é a mesma da NBR 16415. Na verdade, essa é a estrutura especificada em normas do sistema ISO - International Organization for Standardization de normalização, que é a base dos sistemas de normalização para cabeamento estruturado da ANSI - American National Standards Institute e ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Por esse motivo, as normas de cabeamento estruturado desenvolvidas nos âmbitos da ISO, ABNT, ANSI, CENELEC – Comitê Europeu de Normalização Eletrotécnica, entre outras, trazem especificações bastante alinhadas entre si. Ao contrário do que acontecia décadas atrás, as diversas normas de cabeamento estruturado hoje “falam a mesma língua”.
A ANSI/TIA-569-E especifica o seguinte:
• Compatibilidade ambiental.
• Diversidade dos espaços de telecomunicações.
• Espaços do edifício.
• Ambientes do provedor de acesso e provedores de serviços.
• Espaços de edifícios mono e multiusuários.
• Caminhos do edifício.
Por meio de anexos normativos e informativos, a norma cobre os sistemas de contenção de incêndio (firestopping ), diretrizes para a redução de interferência eletromagnética em sistemas de cabeamento balanceado e considerações para suporte à entrega de alimentação elétrica em corrente contínua em par trançado para sistemas PoE - Power over Ethernet.
Mudanças nas diretrizes para controle térmico ambiental em espaços de telecomunicações e TI
Os requisitos de temperatura e umidade relativa do ar em espaços de telecomunicações, objeto do primeiro adendo da TIA-569-E, estão em conformidade com a quinta edição das diretrizes térmicas da ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating, and Air Conditioning Engineers para ambientes de processamento de dados.
Nessa edição, a ASHRAE agrega algumas observações importantes à sua especificação térmica. Embora as recomendações para umidade relativa do ar estendam a escala em até 70% (o limite anterior era de 60%), isso está condicionado ao ambiente ter baixas concentrações de gases poluentes.
Se a presença de gases corrosivos estiver acima dos limites definidos, a ASHRAE agora recomenda que os operadores mantenham a umidade relativa do ar abaixo de 50%, que é inferior ao limite recomendado na edição anterior. As diretrizes para a avaliação do grau de corrosão fazem parte da quinta edição das diretrizes térmicas da ASHRAE.
Outra mudança importante é a inclusão de uma nova classe de equipamentos de TI, separada das classes preexistentes de A1 a A4. A nova classe, H1, contempla sistemas que integram uma série de componentes de alta dissipação de potência (processadores, aceleradores, memórias, controladores, etc.).
A tabela I mostra os valores de temperatura estabelecidos pela ASHRAE para equipamentos de TI classe H1.
Como o leitor pode notar, o sistema de normalização é dinâmico. As normas são atualizadas periodicamente e é importante que o projetista acompanhe essas atualizações, especialmente das normas que se aplicam diretamente a sua área de atuação. Atualmente, a
maioria das revisões das normas que se aplicam a cabeamento estruturado adotam uma mesma abordagem sobre suas especificações e recomendações. No passado, havia algumas normas com objetos semelhantes, de diferentes organismos de normalização, o que causava divergências e conflitos de informações. Algumas vezes, as revisões de normas similares de organismos de normalização diferentes seguem um cronograma bastante alinhado entre si hoje em dia.
Para finalizar, com relação à ANSI/TIA-569E, conforme discutido aqui, não houve muitas novidades de fato. O destaque mais importante é a atualização das especificações de parâmetros ambientais para espaços de telecomunicações que contêm uma alta densidade de equipamentos de telecomunicações e TI, o que tem sido bastante comum nos edifícios corporativos. Isto explica a redução do limite de temperatura máxima para esses espaços. Vale comentar que as novas especificações e recomendações em questão são as mesmas utilizadas para salas de computadores em data centers.
De modo a atender aos critérios de revisão periódica das normas técnicas, as atualizações contidas na TIA-569-E discutidas aqui, incluindo o primeiro adendo, serão em breve agrupadas em um único documento que dará origem à revisão F dessa norma (ANSI/TIA-569-F).
Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.
Fig. 1 – Estrutura de caminhos e espaços em um edifício monousuário
Cíntia Chagas Palestra com 20 de março
William Waack Palestra com 21 de março
IA e falsos positivos
Segurança cibernética era, até alguns anos atrás, um assunto dos nerds da empresa. Por ser um “assunto de TI”, ninguém nas esferas superiores de comando realmente se importava, e grande parte dos funcionários só tinham acesso ao tema nos treinamentos de integração dos novos contratados. Assim, conscientização e difusão de conhecimento e boas práticas eram uma prioridade de dez em dez gestores de segurança. Mas os anos passaram e a situação mudou. A digitalização dos negócios se intensificou ano após ano, e os executivos passaram a considerar os riscos cibernéticos como perigos de negócio. Matérias de ataques nas primeiras páginas dos jornais, as leis de privacidade e até mesmo os golpes diários via WhatsApp contribuíram para a mudança. Hoje, grande parte das pessoas nas empresas, senão quase todos, conhecem seu papel na segurança global da organização, mesmo que não o pratiquem. Os treinamentos melhoraram e até deixaram de ser monótonos, passando a ser periódicos em muitas corporações.
Com todo esse resultado, os profissionais de segurança finalmente puderam comemorar a redução de uma das maiores vulnerabilidades que temos: o ser humano. Mas celebrar não significa relaxar, pois a concientização dos usuários também pode significar mais trabalho. Pelo menos foi o que aconteceu em duas empresas, em histórias publicadas no site Not Always Right (https:// notalwaysright.com/) entre o final de dezembro de 2024 e início de janeiro de 2025. Em ambas, a alta direção decidiu fazer uma surpresa
aos funcionários enviando um cartão presente (gift card) por correio eletrônico a todo o quadro da empresa.
Ambas as companhias retratadas nessas histórias pareceram ter cumprido as suas metas de treinamento. Os usuários estavam treinados e aprenderam a identificar golpes, o que inclui desconfiar de presentes como gift cards que motivem o recebedor a clicar em um link. Também ensinam que atacantes podem personificar áreas e pessoas a fim de enganar a vítima e fazê-la cair no golpe, provavelmente para instalar malware ou roubar suas credenciais. Imagino que ambas tenham alertado a seus funcionários para serem ainda mais cuidadosos na época de Natal. Empresas com bom nível de maturidade nessa área também costumam treinar seus funcionários com simulações de phishing. Assim, todos já estavam esperando o próximo teste, mas não esperavam receber gift cards da diretoria que foram reportados como um ataque de phishing.
Ao chegar na área de segurança, cujos membros também receberam o e-mail, o evento ganhou prioridade absoluta. Primeiro porque havia sido enviado a todos os funcionários, ou seja, um disparo massivo. Segundo porque “personificava” a direção da empresa. Terceiro pois havia sido enviado de um e-mail interno. Podese imaginar o rebuliço, que provavelmente aumentou à medida que a análise da mensagem mostrava que ela era legítima, ou uma peça de arte no quesito de ataques. No fim, descobriram ser apenas um presente de fim de ano.
Não é possível afirmar que ambas as histórias do site sejam reais, mas é provável que sim. Elas mostram o desafio das equipes de operações de segurança nos dias atuais não só pelo volume crescente de novos ataques, que acabaram gerando como efeito colateral o aumento de
falsos positivos emitidos pelos sistemas de segurança, além de alertas vindos dos usuários, que mesmo não sendo reais, devem ser incentivados, já que os tais e-mails poderiam ter sido sim um ataque. E aqui reside um bom uso para a IAInteligência Artificial no aperfeiçoamento dos sistemas de correlação de eventos para a análise e geração de informação para o apoio à decisão dos analistas.
O trabalho tradicional dos analistas de SOC é investigar alertas gerados por suas ferramentas de segurança que são medidos por dois índices: o MTTD - Mean Time To Detection, ou tempo médio para detecção, e o MTTR - Mean Time to Resolution, ou tempo médio de resolução. O caso dos e-mails de gift card poderia ser rapidamente resolvido (baixo MTTR) por um sistema de proteção de mensagens internas com IA, que interpretaria todos os componentes das mensagens para concluir que eram legítimas. Mesmo que a qualidade desses alertas esteja crescendo a partir do uso crescente de IA pelos fabricantes, é comum que um evento envolva alertas de origens diferentes. Os dados de comportamento da conta do usuário que enviou o alerta ainda iriam enriquecer a conclusão ao acrescentar que nada ocorreu de anômalo.
Certamente, o principal desafio dos analistas de SOC - Security Operation Center está em tratar o grande volume de alertas. É verdade que os sistemas de correlação sem IA, como os antigos SIEM – Gerenciamento de Eventos e Informações de Segurança, já fazem grande parte do trabalho em reduzir os avisos, porém não têm a capacidade de interpretá-los e de aperfeiçoar essa interpretação a partir de seu próprio histórico. A diferença da IA está na habilidade de analisar múltiplos alertas, mesmo que gerados por
diversas fontes. Dessa forma, trazem mais que indícios gerados por dados correlacionados, e sim conclusões, reduzindo o tempo para que um analista decida sobre o que fazer, o que, imediatamente, aumenta o tempo despendido para tratar eventos reais.
Outro ponto de mudança com a IA é a interação com o analista. Um sistema de correlação sem IA exige que as perguntas sejam predefinidas no próprio sistema ou criadas por algum tipo de query. Já os sistemas que combinam IA com IA Generativa reconhecem as perguntas em linguagem natural. Não é necessário escolhê-las de uma lista. A IA também auxilia na redução da fadiga e consequentemente dos erros humanos, que estão intimamente conectados ao primeiro. Em um SOC, no qual nem sempre o efetivo de pessoal acompanha o crescimento da empresa (e dos alertas), a tecnologia permite obter um bom nível de produtividade e escalabilidade por manter a mesma quantidade de eventos prioritários a serem tratados. Há muito ruído e promessas milagrosas quando falamos de IA em cibersegurança, mas há também áreas nas quais ela pode fazer toda a diferença. O SOC é uma delas.
Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.
PRODUTOS
Retificador
Comercializado pela 2Flex Telecom, o retificador Infinite Power é projetado para fornecer uma saída CC nominal de
48 V com potência máxima de 3480 W. A solução é voltada para aplicações que demandam alta confiabilidade e eficiência energética. Site: https://2flex.com.br/.
Cordoalha dielétrica
A cordoalha dielétrica de 6,4 mm da TGL Telecom é fabricada pelo agrupamento de três fios trançados de aço, totalizando um diâmetro
externo de 4,8 mm.
Utilizada na sustentação de cabos, apresenta acabamento galvanizado a fogo. Site: https://tgltelecom.com.br/.
Bloqueio de chamadas
A Protect Spam é uma tecnologia que atua na identificação e bloqueio de chamadas indesejadas, garantindo mais tranquilidade aos usuários. Desenvolvida pela DMA - Digital Made Accessible, a solução combina recursos de IA - Inteligência Artificial, machine learning e a inteligência coletiva da Comunidade WeDMA. Todos os dias, mais de 3 milhões de números suspeitos são
reportados, ajudando a alimentar e aprimorar o algoritmo Protect AI, que identifica padrões de comportamento suspeitos e bloqueia ameaças em tempo real. Site: www.dialmyapp.com.br.
Cabeamento híbrido
A R&M desenvolveu um cabeamento híbrido para cobertura de Wi-Fi 7 e 5G em edifícios que combina fibra óptica e cabeamento de energia para pontos de acesso. O produto é baseado no
princípio do cabeamento LAN estruturado e integrado no cabeamento modificado do edifício, piso e teto. As antenas podem ser conectadas em pouco tempo para expandir ou personalizar a cobertura Wi-Fi. Site: www.rdm.com.
Roteador VPN
O roteador VPN Omada com portas 10G apresenta padrão corporativo, voltado para uso em empresas com muitas filiais. As portas de
10G aumentam a capacidade de transmissão de dados em companhias que trabalham com machine learning, setor que depende de transferência massiva de
dados, treinamento de modelos complexos e integração em tempo real. Apresenta 2 portas SFP+ 10GbE. Comercializado pela TP-Link. Site: https://www.tp-link.com/br/.
UPS
A TS Shara disponibilizou novos modelos da linha TS Universal, com capacidade de 1200 a 1400 VA. Com
tensão universal, o UPS conecta-se de forma automática a redes de 110, 115, 127 e 220 V, simplificando a instalação e tornando-se compatível com diversos ambientes. Site: https://tsshara.com.br/.
Receptor de TV digital e streaming
A Vivensis, fornecedora de tecnologia via satélite, apresentou o VX SMART, receptor de TV híbrido que agrega as funcionalidades de
um receptor de TV por satélite digital (TVRO) e as funcionalidades de uma smart TV, por meio do sistema operacional
Android TV. Desenvolvido em colaboração com a Globo, com intuito de criar um equipamento adaptado ao estilo e forma de uso da TV pelo telespectador brasileiro, o produto oferece suporte para resolução 4K Ultra HD, controle remoto Bluetooth inteligente com comandos por voz e certificação da Anatel, além de Wi-Fi de 2,4 e 5 GHz. Site: https:// www.vivensis.com.br/.
Resfriamento líquido
Com tamanho compacto, formato modular e até 320 kW de rejeição de calor, a CDU CoolPhase , da Vertiv, remove as barreiras tradicionais da necessidade de um chiller centralizado para implementar o resfriamento líquido direto ao chip, proporcionando
uma forma flexível e com ótimo custo-benefício para implementar racks de alta densidade onde eles forem necessários para dar suporte a aplicações avançadas. A unidade opera com a tecnologia de rejeição de calor através da economização por refrigerante bombeado (PRE), eliminando a necessidade de água gelada no site. Site: www.vertiv.com.
IA
O que acontece quando a IA - Inteligência Artificial satura a vida política e esgota o planeta? Como a IA está moldando a compreensão das sociedades? Em Atlas of AI: Power, Politics and the Planetary Costs of Artificial Intelligence, a acadêmica Kate Crawford revela, com base em mais de uma década de pesquisas, que a IA é uma ferramenta de extração de informações. Em vez de um foco em código e algoritmos, a autora oferece uma perspectiva material sobre o que é preciso para fazer IA e como ela centraliza o poder. Editora Yale University Press (https://abrir.link/okdei), 336 páginas.
IoT
Em Internet das Coisas para Iniciantes: da Teoria à Prática, o autor encontrará um guia introdutório para IoT – Internet das Coisas, que ensina a configurar dispositivos inteligentes e conectá-los a assistentes virtuais. Para isso, os autores Elio Molisani e
Marcia Sacay discutem o impacto da IoT na sociedade, abordando temas como cidades inteligentes, segurança da informação, legislação, privacidade, automação e acessibilidade. Editora Senac (https://abrir.link/FRqOb), 400 páginas.
5G
Abrint
endpoint de usuário para atender às necessidades de conectividade em evolução. Com 27 páginas, a análise em inglês está disponível no link: https://abrir.link/Plcns.
Cabos e fios
C3 Consulting
Connectoway ..................5
A 5G Americas disponibilizou a publicação A Rede Programável 5G e o Ecossistema de APIs, destacando a mudança da indústria em direção a redes definidas por software e o papel fundamental das APIs na entrega de serviços escaláveis, seguros e inovadores em diversos setores. O estudo também explora os avanços em segurança de APIs e conformidade regulatória que mantêm a confiança dos consumidores e a integridade da rede, além de examinar a inovação contínua e o desenvolvimento de dispositivos de
O Anuário Estatístico do SindicelSindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo traz à tona dados que revelam um panorama completo da cadeia produtiva do cobre no Brasil, com infor mações que vão desde produção, exportação e consumo até geração de empregos e arrecadação de impostos. Com base em fontes como IBGE, ABCobre e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o documento oferece uma visão aprofundada sobre um setor essencial para o crescimento econômico e a segurança elétrica do país. No momento, a entidade disponibiliza o anuário até a edição 2023, porém a versão 2024 estará disponível ainda em 2025. Site: https://abrir.link/cSrVP.
Gabriel
Santos, analista
de relações governamentais na Abrint
De gigantes tecnológicos a líderes em resiliência energética: avanços práticos nos data centers
Em tempos de crescente pressão pública e política para que empresas atuem de maneira comprometida em relação ao ecossistema, à sociedade e à governança corporativa, o setor de telecomunicações tem buscado alinhar paulatinamente o contínuo avanço tecnológico com práticas de responsabilidade ambiental. Nesse contexto, é um passo importante para entender que o compromisso não atende apenas às demandas por responsabilidade, mas também posiciona tais companhias como líderes em inovação em mais um campo do setor.
A indústria encontra uma oportunidade estratégica para liderar iniciativas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), o que possibilita obter resiliência energética por meio da reutilização de materiais e componentes, além de adotar soluções mais sustentáveis ao longo de seus processos de expansão, principalmente os que envolvem centros de processamento de dados (data centers).
Embora já sejam considerados peças vitais para a modernização, eficiência e maximização das operações dos provedores regionais de Internet, também podem representar um desafio derivado. De acordo com um relatório da Morgan Stanley, 45% das emissões de GEEs da indústria de tecnologia são decorrentes do consumo intensivo de energia dessas instalações. Globalmente, os data centers devem gerar cerca de 2,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono até o final da década, refletindo sua importância estratégica, mas de igual modo o seu impacto ambiental. Somente no Brasil, a expansão das instalações cresce a uma taxa de 7,6% ao ano, com orçamento de R$ 2 bilhões
Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI
anunciado pelo Ministério das Comunicações (MCom) e projeções de que o mercado ultrapasse US$ 7,8 bilhões ainda em 2026. Esse crescimento é estimulado pela progressiva adoção de soluções baseadas em IA - Inteligência Artificial, pela implementação de novas tecnologias e pela expansão da própria infraestrutura de fibra óptica em áreas remotas e de difícil acesso.
Em contrapartida, a operação tradicional dos data centers demanda sistemas de resfriamento intensivos em consumo energético para manter as temperaturas ideais de funcionamento dos milhares de servidores diariamente, podendo representar até 40% do consumo total de energia dessas instalações. Em escala global, o consumo energético dos centros de dados, que foi de 460 TWh em 2022, pode alcançar 1050 TWh em 2026, impulsionado pelo avanço da geração e processamento de dados. Para efeito de comparação, esse valor equivale ao dobro do consumo anual de energia de todo o Brasil.
Ainda assim, alguns avanços científicos ao redor do globo têm incentivado a adoção de alternativas eficientes, como resfriamento por imersão líquida e o reaproveitamento do calor residual. Essas engenharias revelaram redução do consumo energético em até 35%, melhorando a eficiência energética e diminuindo o risco de superaquecimento, que causam falhas nos servidores e interrupções nos serviços.
Portanto, o cenário mostra que a transição para fontes de energia alternativas não é apenas uma medida essencial para mitigar impactos ambientais, mas também uma oportunidade de reduzir custos operacionais e aumentar a competitividade das empresas de menor porte no curto e médio prazo do setor, incluindo chances de atrair multinacionais preocupadas com a agenda climática e com a conectividade digital em áreas afastadas dos grandes centros urbanos. Como resultado, negócios que demonstram compromisso genuíno com a conservação costumam ser percebidos de forma mais positiva pelos consumidores finais e governos locais, além de cativar investidores e oportunidades que valorizam abordagens éticas e responsáveis. Entretanto, o grande desafio é
estabelecer modelos de negócios que equilibrem essa expansão com responsabilidade ambiental e social, na busca por garantir um futuro sustentável sem comprometer a competitividade econômica e o aprimoramento do mercado.
Pequenos ajustes no gerenciamento dos data centers já podem fazer grande diferença para os provedores regionais que desejam ser parte da solução. A virtualização de servidores, a título de exemplo, reduz a dependência de equipamentos físicos, otimiza o consumo energético e libera espaço nas instalações. Além disso, parte dos provedores regionais já investe em soluções exemplares como fazendas solares para alimentar as operações corporativas, diminuindo a dependência de energia convencional e reduzindo os custos operacionais.
Enquanto isso, a sustentabilidade ainda passa por desafios complexos, principalmente em regiões com infraestrutura limitada ao redor do país, parte delas com alta dependência de combustíveis fósseis e falta de políticas governamentais inclusivas, que acabam atrasando a transição das entidades regionais para modelos mais eficientes. Por fim, o desenvolvimento de soluções para a atual conjuntura, que evidencia pouco a pouco mais aspectos de eficiência energética, precisa continuar em ritmo crescente e acelerado, alinhado ao pensamento de modernização e expansão sustentável dos provedores locais. A integração de inovação e de responsabilidade social e ambiental será a chave para moldar positivamente o futuro da infraestrutura digital global.
Gabriel Santos é analista de relações governamentais na Abrint. Com sólida formação em Ciência Política e MBA em Relações Institucionais e Governamentais, atualmente cursa Mestrado em Poder Legislativo e especialização em Assessoria Política, Governo e Políticas Públicas. Possui ampla experiência em Relações Governamentais, Consultoria Política e Legislativa, e Advocacy no terceiro setor, com expertise em monitoramento e atuação em processos legislativos e regulatórios em diferentes níveis de impacto, aliada a sua habilidade em desenvolver soluções eficazes e promover o fortalecimento das relações entre os setores público e privado.