RTI Março 2025

Page 1


Panduit ONE Partner Program SM

Capacitando Parceiros para Oferecer as Soluções

Mais Eficientes e um Valor Superior aos seus Clientes

O programa Panduit ONE℠ Partner é uma iniciativa global criada para fo capacitar e premiar integradores, instaladores e provedores de soluções trabalham com infraestrutura de redes físicas. Mais do que um programa parceria, é um ecossistema estratégico que proporciona vantagens comp certificações exclusivas e acesso a benefícios financeiros que impulsionam crescimento dos negócios.

Incentivos financeiros: Ganhos proporcionais às compras realizad novos projetos registrados.

Treinamento ilimitado: Acesso gratuito a certificações técnicas e d vendas.

Garantia de 25 anos: Tranquilidade e credibilidade para os clientes parceiros.

Ferramentas exclusivas: Portal avançado para suporte, gestão de projetos e capacitação.

A certificação é individual, mas deverá estar vinculada a empresa. consulte os termos e condições em : https://partners.panduit.com

Saiba mais e torne-se um parceiro

Ano 26 - Nº - 298

Março de 2025

RTI 25 anos

Nestas 298 edições, publicadas de março de 2000 a março de 2025, acompanhamos a evolução do setor no Brasil, desde o período pós-privatização até o cenário atual, com destaque para o crescimento dos provedores de Internet, dos data centers e infraestrutura de redes.

A evolução das telecomunicações no Brasil no século XXI

O artigo apresenta os serviços que cresceram ou decaíram desde 2020 até os dias atuais, as tecnologias de acesso emergentes e as mudanças nos hábitos de consumo proporcionadas pelo acesso rápido e de qualidade à Internet.

RTI 25 ANOS24

Tecnologia POL para redes locais corporativas

A tecnologia POL – Passive Optical LAN permite entregar, por meio da fibra óptica, diversos serviços e aplicações com qualidade igual ou superior ao cabeamento metálico tradicional.

FIBRA ÓPTICA30

Guia de serviços de streaming para provedores

O streaming de vídeo está entre os principais SVAs – Serviços de Valor Agregado oferecidos pelos provedores. Além de fidelizar clientes, o negócio traz oportunidades de negócios, com elevação da receita das empresas e monetização de anúncios regionais.

SERVIÇO36

O potencial da IA nos provedores regionais

Em um mercado altamente competitivo, a adoção de soluções baseadas em IA – Inteligência Artificial não é apenas uma tendência, mas uma ferramenta essencial para inovar operações, aprimorar a experiência do cliente e explorar oportunidades de negócio.

TECNOLOGIA38

O que o 400GBase-SR16 pode ensinar sobre a migração para velocidades mais altas

O artigo explora algumas abordagens que os data centers podem adotar para fazer a transição de suas configurações de fibra para designs mais recentes que os colocarão no caminho para velocidades de 1,6T e além, atendendo às necessidades de capacidade das próximas gerações de aplicações.

DATA CENTERS42

Agregação de link, empilhamento e protocolo VRRP para aumentar a disponibilidade

Alguns mecanismos de simples implantação em uma rede de dados podem ser úteis para evitar possíveis pontos de falha e melhorar a sua redundância. É o caso das tecnologias de agregação de link, empilhamento de switches e o protocolo VRRP – Virtual Router Redundancy.

REDES46

Guia de produtos para redes wireless

O levantamento traz a oferta dos fornecedores de antenas, rádios digitais, torres, postes e infraestrutura para a instalação de equipamentos sem fio para comunicações de longa distância.

SERVIÇO50

Capa: Rudek Wydra

SEÇÕES

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.

EDITORIAL

esta edição, a RTI celebra 25 anos de existência, consolidando-se como uma referência no mercado de redes e telecomunicações no Brasil. Desde sua fundação em março de 2000, a revista tem desempenhado um papel crucial na disseminação de conhecimento especializado e na atualização dos profissionais do setor. Como uma fonte indispensável de informações para engenheiros, analistas e gestores, a RTI oferece artigos técnicos, notícias, estudos de mercado e guias práticos que auxiliam na implementação e operação de redes de comunicação. Além disso, a revista se destaca por suas pesquisas anuais, como a “Pesquisa Marcas de Destaque nos Provedores”, que identifica as marcas de produtos mais utilizadas pelos provedores de Internet, e outras já realizadas no passado, como “Marcas de Excelência em Data Centers” e “Mercado de Cabeamento Estruturado”.

A RTI também contribui para o crescimento e a qualificação do mercado ao promover congressos, feiras e webinars que facilitam a troca de experiências e o networking, reunindo em São Paulo profissionais e especialistas de todo o Brasil. Entre os eventos organizados estão o Netcom, o Workshop de Compartilhamento de Postes e os Congressos de Fibr a Óptica, Cabeamento Estruturado, Provedores de Internet e Data Centers, estes dois últimos também realizados em outras cidades e regiões, especialmente no Nordeste.

A longevidade de um canal de comunicação está diretamente ligada à qualidade de seu conteúdo. Oferecer informações precisas, análises profundas e de alto valor agregado mantém os leitores fiéis e atrai novas audiências. Especializar-se em um nicho específico, como redes e telecomunicações, permite que a revista atenda a um público-alvo bem definido e engajado.

Uma marca que perdura por tanto tempo constrói um legado de confiança e credibilidade, criando um senso de pertencimento e fidelidade ao veículo. Isso é essencial em um mercado onde a reputação é fundamental para o sucesso a longo prazo.

Uma revista especializada que continua forte soube se adaptar às novas tecnologias e tendências digitais. Além dos 12 mil exemplares impressos, a criação de versões digitais, o fortalecimento do portal de notícias e o envio de newsletters semanais ( RTI in Bits ) ajudam a manter a relevância e o dinamismo da publicação.

Nesta edição especial, agradecemos aos nossos leitores, autores, aos colunistas Paulo Marin (seção Interface ) e Marcelo Bezerra (seção Segurança ), colaboradores, parceiros e anunciantes pelo contínuo apoio e dedicação que têm sido fundamentais para mantermos a excelência e a perenidade da RTI.

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA.

Diretores: Diretores: Diretores: Diretores: Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )

REDAÇÃO REDAÇÃO REDAÇÃO REDAÇÃO REDAÇÃO: Diretor Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza ( in memoriam ) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Repórter: Repórter: Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526)

SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO E PESQUISAS: DE PESQUISAS: Milena Venceslau e Sabrina Emilly dos Anjos Costa

PUBLICIDADE NACIONAL: NACIONAL: Gerente comercial Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti

Contatos: Contatos: Contatos: Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br)

REPRESENTANTES REPRESENTANTES REPRESENTANTES: Minas Gerais: Minas Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oswaldo@arandaeditora.com.br Paraná e Santa Catarina: Paraná Santa Paraná e Santa Catarina: Paraná Santa Paraná e Santa Catarina: R omildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com

Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Rio de e de São Paulo: de Paul o: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 – guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Rio Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br

INTERNATIONAL

China: China: China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com

Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker –Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it

Japan: Japan: Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp

Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr

Spain: Spain: Spain: Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es

Switzerland Switzerland Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon

Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch

Taiwan: Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw

UK: Robert G Horsfield International Publishers –Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA USA USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net

ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Diretor administrativo: Diretor administrativo: Edgard Lau reano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva

PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA PROJETO VISUAL E ELETRÔNICA Estúdio AP

SERVIÇOS SERVIÇOS SERVIÇOS: Impressão: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

1808-3544

RTI Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de - Telecom e Instalações, brasileira infraestrutura e tecnologias comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Aranda Editora Técnica Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Redação, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br

A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.

primeiro evento do ano para o mercado de provedores de Internet está prestes a acontecer. O Ibusiness será realizado nos dias 20 e 21 de março no Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu, PR. Promovido pela Redetelesul, associação que reúne mais de 300 provedores do Paraná, o encontro contará com uma feira com 70 expositores e uma programação de palestras técnicas, comerciais, regulatórias e motivacionais.

O evento vem crescendo a cada ano e atrai participantes, associados e não associados, de todo o país. Em 2024, reuniu um público de mais de 2600 pessoas. “Os visitantes poderão desfrutar de uma experiência enriquecedora para seus negócios e também estender sua estadia para explorar os pontos turísticos da cidade”, diz Marcelo Siena, presidente da Redetelesul e fundador da entidade, criada em 2007. Uma característica marcante do Ibusiness é ser um evento familiar: a ideia é que o provedor traga seus familiares para a cidade. Por isso, o evento é sempre agendado para uma quinta e sexta-feira, possibilitando que os visitantes estendam a viagem no final de semana. “Foz do Iguaçu é o lugar ideal para fazer passeios às Cataratas e compras na Argentina e Paraguai. Em todas as edições temos uma presença significativa de esposas e filhos”, afirma Siena. Ele lembra que muitos provedores são empresas familiares, mas nem todos os integrantes têm oportunidade de participar de eventos.

Segundo Siena, a Redetelesul foi pioneira em promover um encontro de provedores no formato de feira, em 2010. “Outras entidades seguiram nosso exemplo”, conta ele. Nestes 15 anos de realização (interrompidos apenas durante a pandemia), a programação tem sido organizada para fomentar negócios e networking.

Embora muitos visitantes do Ibusiness sejam do Sul, Centro-Oeste e Sudeste, há também um grande público de outros estados e até mesmo de países vizinhos. “Os provedores estrangeiros vêm se atualizar e buscar negócios porque nosso mercado está mais maduro do que nos outros países. No ano passado, recebemos uma comitiva de 30 provedores do Paraguai, além de argentinos”, diz Siena.

Entre os principais desafios para os provedores em 2025, o presidente da Redetelesul aponta a “comoditização” da banda larga. “Como é possível aumentar o faturamento se os provedores mantêm os mesmos preços há 12 anos? Esse número mágico dos R$ 100, R$ 99 está na cabeça das pessoas e não mudou. Não vemos movimentação de valores de banda larga no varejo para cima, só pra baixo”, diz. Ao mesmo tempo, os custos só aumentam, os equipamentos são, em grande parte, importados e sujeitos à cotação do dólar.

O aluguel dos postes está longe de uma solução ideal com as distribuidoras de energia. “O poste passou a ser um desafio que já não é nem mais urgente, passou a ser emergencial não só pelas questões técnicas, mas pela importância de custo. Em muitas operações, o aluguel de poste é o segundo maior responsável pelas despesas ou já é o primeiro”, diz.

O evento contará com diversos workshops e palestras com especialistas e autoridades. “Nossas temáticas abordarão expectativas, oportunidades, desafios, tendências e projeções para 2025. Também realizaremos um encontro das associações de provedores para debatermos temas convergentes para ser trabalhados ao longo do ano”, diz. Segundo ele, embora Redetelesul seja uma associação regional, a entidade tem uma participação muito efetiva no cenário nacional. “Precisamos estimular essas agendas que são convergentes”, diz.

Especialmente no Sul, as companhias de energia fiscalizam mais e isso acaba trazendo um custo extremamente elevado para o provedor. Para debater o assunto, a Copel, distribuidora de energia do Paraná, foi convidada a participar dos debates da Ibusiness. “Existem muitas discrepâncias no compartilhamento dos postes, como a cobrança de drops, e a Copel está fazendo isso de forma bem contundente”. Poste é um tema que vai estar em várias trilhas, como discussões de nível técnico e jurídico.

Diante desse cenário de aumento de custos, o provedor precisará se tornar multisserviços. “Isso ainda é um desafio, nem todo mundo conseguiu colocar isso no seu DNA. O provedor não pode ser uma empresa só de Internet, é preciso oferecer outros serviços, como telefonia móvel, mesmo que seja como MVNO – operadora de rede móvel virtual”, diz. Devido a essas tendências de mercado, a consolidação será inevitável. “Uma operação muito pequena dificilmente conseguirá rentabilizar o negócio por causa

desses custos. Haverá um movimento natural de consolidação, mas temos estimulado a nossos associados que essas sejam mais horizontais, que se associem com o provedor vizinho, com aquele que é parecido, para que fiquem regionalmente mais fortes. As consolidações verticais, como temos visto, de empresas que ficaram gigantes comprando outras pequenas, não possibilitam a melhora dos serviços na ponta. Então, essa é uma outra trilha que queremos estimular em diversos painéis, para que os provedores possam conviver com essa necessidade de escala”, diz.

A Anatel está intensificando suas fiscalizações para dificultar a operação de provedores informais. Os provedores regionais, que já representam mais de 50% do market share nacional, enfrentarão cobranças semelhantes às das grandes operadoras em termos de tributos e obrigações. No entanto, essa agenda de fiscalização pode ser benéfica, pois obriga os provedores a se organizarem adequadamente. “Na ponta, todos têm uma competição parecida. Somos veementemente contra o irregular”, afirma.

Além das discussões sobre questões macro, a agenda do Ibusiness inclui capacitação técnica com uma grade de treinamentos ministrados por consultores dois dias antes do evento, além de palestras motivacionais. No dia 20 de março, Cíntia Chagas, professora, colunista da Forbes e autora de best sellers, abordará técnicas de comunicação; e no dia 21 de março, William Waack, jornalista especializado em política e economia, será o palestrante de destaque.

Site: www.redetesul.wsweb.com.br

gestões regulatória e de engenharia, além da elaboração de projetos técnicos, a ferramenta, lançada no segundo semestre de 2024, reúne provedores dispostos a comercializar redes ópticas ociosas em Santa Catarina. No momento, a ferramenta não atende outras regiões, mas a CMoritz planeja, muito em breve, lançar um modelo de parceria e ter representantes comerciais em cada estado para expandir a atuação da ferramenta.

Segundo Carlos Moritz, diretor executivo e fundador da CMoritz Engenharia, a iniciativa surgiu em virtude de algumas exigências da Celesc –Centrais Elétricas de Santa Catarina para a aprovação do compartilhamento de postes. Ao ter o projeto validado pela concessionária, o provedor não recebe um prazo para a instalação da rede, porém passa a ter que pagar, no momento da aprovação, o aluguel dos pontos de fixação reservados cujo custo é de R$ 6,89 por ponto de fixação

valor a ser cobrado pela venda. Caso o provedor não envie um preço, a equipe da plataforma auxilia na definição com base em estimativas do mercado. Todas as etapas da negociação, do primeiro contato ao fechamento da parceria, são intermediadas pela equipe da CMoritz Engenharia, que recebe uma comissão por cada acordo firmado.

FiberShare, plataforma dedicada à venda e compartilhamento de redes aéreas ou subterrâneas e operações completas de provedores, chegou à marca de 750 projetos cadastrados.

Desenvolvida pela CMoritz Engenharia, companhia especializada em

“No pós-pandemia, muitas operadoras começaram a enviar projetos de compartilhamento para cidades com potencial comercial em busca de garantir o ponto de fixação, porém não lançaram. Isso fez com que o aluguel se tornasse um gasto desnecessário. Além disso, o processo de cancelamento junto à Celesc pode resultar em perdas iguais ou superiores ao valor investido. Tal cenário nos deu a ideia de desenvolver o primeiro marketplace de redes ópticas do Brasil, colocando em contato empresas que possam se interessar pelas redes paradas, amortizando o prejuízo de quem desenvolveu o projeto”, lembra Moritz. O processo de cadastramento no FiberShare é gratuito e não exige login e senha. A operadora precisa enviar o traçado da rede georreferenciada, que pode ser disponibilizada em arquivos KMZ (Google Earth), o projeto aprovado pela concessionária de energia elétrica, caso tenha, nos formatos PDF ou DWG, e por fim o

“A negociação entre os provedores costuma levar 15 dias. Já com a Celesc, por demandar fotos de 30% dos postes de forma intercalada, com começo, meio e fim, pode chegar a dois meses. Lembrando que a transferência de titularidade é feita pela CMoritz Engenharia sem custo adicional”, explica o diretor executivo. Para detalhar um projeto de forma assertiva, o FiberShare utiliza a tecnologia GIS – Geographic Information System para referenciar postes, caixas e passivos da rede. Os cabos são identificados por um ID, preservando o nome do provedor responsável. A plataforma ainda fornece informações como comprimento e o total de postes do trecho escolhido.

“No momento, todas as negociações precisam de intermediação da nossa equipe comercial, porém já estamos implementando a funcionalidade de carrinho de compras automático. A ideia é oferecer as duas opções de aquisição para os compradores”, projeta Moritz.

Com sede em Palhoça, SC, a CMoritz Engenharia já atendeu mais de 200 provedores e operadoras em 15 estados brasileiros e na Europa, tendo projetado mais de 60 mil km de redes ópticas aéreas e subterrâneas. A companhia também trabalha com planejamento de data centers na modalidade turnkey e recentemente passou a oferecer, junto da gestão regulatória, serviços de segurança do trabalho para provedores de Internet.

CMoritz Engenharia – Tel. (48) 3374-6420

Site: cmoritz.com.br

FiberShare – Tel. (48) 99665-0093 n

Site: fibershare.com.br

INFORMAÇÕES

boa experiência do cliente aumenta as vendas, promove a fidelização e melhora a imagem da marca. Ferramentas de atendimento, como centrais telefônicas e automação de processos, são fundamentais para o sucesso dos negócios. A Inventtis, de São Paulo, está crescendo no Brasil e no exterior com soluções de comunicação unificada que melhoram a jornada e satisfação dos usuários. Fundada em 2018 por Rafael Neco, que traz mais de 10 anos de experiência em consultoria e suporte na área de tecnologia e contact centers, a empresa desenvolve soluções que permitem a seus clientes vender mais,

customizadas. Já o Intelles possibilita a elaboração de relatórios de rastreamento em tempo real ou histórico, oferecendo uma solução completa de data lake que automatiza a extração de dados e gera alertas de KPIs para simplificar ações críticas. Por fim, o Verantti realiza a automação de processos (RPA - Robotic Process Automation), como emissão de boletos, nota fiscal e validação de dados, substituindo processos manuais e repetitivos por robôs de baixo código. “Com isso, a empresa pode executar processos 24 horas por dia, 7 dias por semana, eliminando erros operacionais e garantindo maior economia e agilidade”, diz Neco.

atender melhor, acessar dados facilmente e automatizar tarefas repetitivas.

Inicialmente, a Inventtis trabalhava em parceria com fabricantes globais, mas passou a desenvolver seus próprios softwares, proporcionando maior flexibilidade e autonomia para buscar soluções personalizadas. “Nós e nossos clientes podemos inovar e inventar”, explica o diretor Rafael Neco.

O portfólio da Inventtis compreende quatro soluções de SaaS - Software as a Service. A mais básica é a InConnecta, um PABX IP e contact center omnichannel que atende através de voz, chat, e-mail, SMS, app de mensagens e redes sociais, com recursos como controle das ligações, gravação de voz e filas de atendimento. “É possível criar bots de chat, voz e WhatsApp na mesma plataforma”, afirma.

A segunda solução, Affinin, é um CRM e ERP para gestão inteligente de clientes que permite a criação de telas, rotinas e demandas

As soluções operam na nuvem ou on premises, atendendo a demandas específicas de segmentos como bancos e hospitais, que preferem ter os sistemas rodando internamente. As plataformas também podem ser integradas a ferramentas de CRM e ERPs de mercado por meio do Cloud API, um middleware de API. Com escritórios e operações estabelecidas no Brasil, Colômbia e Estados Unidos, a Inventtis atende empresas em outros 12 países por meio de sua plataforma em nuvem, oferecendo comunicação unificada e suporte regionalizado. O setor de provedores de Internet é o que mais está crescendo. Um exemplo é a K2 Network, operadora regional com sede em São Bernardo do Campo, SP, atuando em cerca de 70 bairros dos três municípios do ABC paulista. A K2 oferece serviços de banda larga com rede 100% de fibra óptica. Fundada em 2017, a K2 implantou há cerca de três meses o InConnecta (PABX/URA) e o Affinin, integrados ao CRM e ERP nativos na empresa. Antes, o processo era manual. “Faltava essa centralização e, com isso, algumas infor mações podiam escapar”, conta Thiago Rodrigues, diretor comercial da K2.

Segundo Rodrigues, a K2 investe regularmente em ações de marketing e divulgação para captar novos assinantes, utilizando carros de som, outdoors, redes sociais, panfletagens e anúncios locais. Esses esforços geram diversos leads que chegam à empresa de diferentes formas,

como telefone, WhatsApp e e-mail. Sem um canal de mensageira e um sistema integrado de atendimento, havia o risco de perder potenciais contratos. Em breve, o provedor lançará um serviço de streaming de vídeo, o que deverá aumentar ainda mais a procura pelos canais de atendimento. Além do apoio às vendas, o sistema de comunicação unificada é fundamental para analisar a qualidade do atendimento em casos de problemas. “A ferramenta da Inventtis nos possibilita acompanhar o histórico de chamados, a frequência de reclamações e o nível de reincidência”, diz Rodrigues. Com aproximadamente 120 colaboradores, a operação da K2 é 100% interna. “Em nossa sede, temos várias áreas de apoio, como atendimento ao cliente, retenção, cobrança e suporte técnico níveis 1 e 2, além de um NOC e especialistas em monitoração e auditoria”, explica.

A integração da plataforma também será fundamental para a execução de planos futuros de expansão. “Ainda há muitas oportunidades para explorarmos dentro dessas três regiões em que atuamos”, afirma. Com o aumento da concorrência no mercado de banda larga, a única forma de se diferenciar é através do serviço. “Internet é uma commodity. Em vez de partir para a guerra de preços, como muitos provedores pequenos fazem, optamos por oferecer um serviço de excelência. Temos um call center próprio para capacitar os atendentes e garantir a evolução contínua, para que nossos clientes tenham uma boa experiência, fiquem satisfeitos e permaneçam conosco. As plataformas da Inventtis nos dão esse apoio”, conclui Rodrigues.

Inventtis – Tel. (11) 4118-3501

Site: https://inventtis.com/

Made4IT, empresa especializada em infraestrutura de TI, engenharia de redes e desenvolvimento de software, com sede em Apucarana, PR, está expandindo suas parcerias de serviços de consultoria, suporte e integração, além de fortalecer a área de treinamentos especializados em redes e servidores.

INFORMAÇÕES

“Já costuramos alguns acordos com fabricantes, distribuidores e integradores. O primeiro foi assinado com a linha IP da Huawei”, diz Luiz Puppin, executivo recém-contratado para liderar a área de parcerias estratégicas e treinamentos da Made4IT, com mais de 20 anos de experiência no mercado de redes.

Fundada em 2014, a Made4IT oferece consultoria especializada e suporte a roteadores que utilizam os protocolos BGP, BRAS e MPLS, como Huawei, Juniper, Cisco e Mikrotik, além de virtualizadores (hypervisores) como Proxmox. A empresa também realiza projetos sob demanda e presta serviços de NOC, com monitoramento 24×7 da infraestrutura.

A empresa conta ainda com soluções próprias, como o Made4Graph , um software com interface gráfica intuitiva em tempo real e histórico de todos os clientes PPPoE/IPoE, que inclui o TR069, protocolo que permite resolver problemas referentes ao assinante de Internet com agilidade, como troca de senha do Wi-Fi, reinicialização do roteador e reconfiguração de equipamentos de forma remota; o Made4Flow , uma ferramenta de análise de tráfego através de Netflow com detecção de ataques DDoS; e o Made4OLT, para gerenciamento e configuração de OLTs

de diferentes fabricantes em uma única tela de forma simples e rápida.

A Made4IT está certificada nos principais fornecedores, com especialistas habilitados em Cisco, Huawei, Juniper e Nokia. “Muitos integradores focam apenas em uma marca. Quando vendem um projeto envolvendo outros fornecedores,

muitas vezes precisam subcontratar especialistas para a integração. A Made4IT, por outro lado, é uma opção multivendor. Conseguimos fornecer uma integração completa como uma solução de serviço”, afirma Puppin. Entre seus mais de 700 clientes estão provedores de Internet e empresas do

setor corporativo, para quem presta serviços de telecomunicações, roteamento, IP e virtualização, no Brasil e em mais 10 países da América Latina. Além do portfólio de serviços, há dois anos a Made4IT lançou o Made4Study, uma plataforma de treinamentos online e presenciais com temas como monitoramento com Zabbix, BGP em roteadores Juniper, MPLS em Huawei e switching e roteamento Huawei, com instrutores bilíngues em português e espanhol. Com a chegada do novo executivo, o centro de treinamentos está sendo reorganizado, com agenda fixa de cursos e capacitações sob demanda para as equipes das empresas e uma plataforma EAD com cursos gravados. O provedor poderá, por exemplo, assinar um contrato anual e consumir o conteúdo gravado conforme necessário, em caso de novas contratações na empresa.

Para tanto, a Made4IT conta com quatro instrutores de redes e dois na área de servidores. Todos os treinamentos são práticos e focados no multivendor. “Conseguimos preparar laboratórios com equipamentos de diversos fabricantes”, finaliza Puppin.

Made4IT – Tel. (43) 98485-4013 n Site: https://made4it.com.br/

INFORMAÇÕES

s data centers estão se expandindo significativamente nas áreas de demanda mais concentradas da América Latina por computação em nuvem e redes 5G e, mais recentemente, por IA - Inteligência Artificial, incluindo Brasil, México, Chile e Colômbia. No entanto, a volatilidade econômica, em particular as flutuações cambiais, as incertezas políticas e o risco hídrico representam obstáculos ao retorno do investimento no longo prazo e reduzem parte da atratividade da região para o desenvolvimento de novos data centers, apesar da disponibilidade de energia renovável de baixo custo, segundo o relatório Data Centers – Latin America & Caribbean: Policy and water risks limit data center boom despite abundant renewable energy, publicado pela agência de classificação de risco Moody’s em 6 fevereiro de 2025.

De acordo com o Data Center Map, a América Latina abriga apenas 5,2% de todo o setor, mas os desenvolvedores globais estão investindo cada vez mais para expandir a presença geográfica a fim de alcançar essas regiões de crescimento elevado ou fortalecer suas posições existentes no mercado regional. Novos operadores e desenvolvedores estão entrando e construindo instalações na região, e os existentes continuam a expandir sua própria capacidade de data center. As expansões estão em andamento e iniciativas

governamentais, como incentivos fiscais e de investimento para o setor, também estão aumentando a oferta na região.

O Chile atraiu gigantes da computação em nuvem (hyperscale) com seu ambiente político favorável aos negócios e moeda estável. O México é o segundo maior mercado de data centers da América Latina, e recentemente foram anunciados investimentos consideráveis em Querétaro. Os investidores também estão desenvolvendo rapidamente novos data centers na Colômbia, principalmente perto da capital, Bogotá.

Tendo em vista que a maior parte da capacidade de data center atual e de curto prazo na América Latina atenderia à demanda de 5G e computação em nuvem, em vez de serviços de IA, o lançamento da plataforma de IA DeepSeek, de código aberto e de baixo custo, em janeiro de 2025, não mudaria materialmente a expectativa de crescimento dos data centers na América Latina. Na verdade, segundo o relatório, isso pode apresentar oportunidades de crescimento de empresas menores de IA na região, o que era considerado menos provável antes desse anúncio.

O Brasil tem o maior mercado de data centers da América Latina, com investimentos concentrados perto de grandes centros populacionais nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Somente São Paulo tem cerca de 500 megawatts (MW) em capacidade instalada, com outros 1400 MW em vários estágios de construção ou desenvolvimento, de acordo com o dataCenterHawk.

As condições favoráveis aos negócios e arcabouços regulatórios estáveis dão ao Chile e Uruguai vantagens sobre outros países da região, e eles já atraíram investimentos relativamente grandes para novos data centers de escala maior. Por outro lado, o ambiente de negócios do Brasil e a recente interferência política nas mídias sociais diminuíram o apetite de empresas de tecnologia desenvolverem data centers de IA em hiperescala, preferindo a infraestrutura 5G e de computação em nuvem.

Certas medidas governamentais e riscos cambiais representam obstáculos para o desenvolvimento de data centers de IA em hiperescala. O Brasil cobra impostos de até 60% sobre bens importados, o que torna a IA menos viável economicamente devido à necessidade de unidades de processamento gráfico (GPU, em inglês), que são importadas e caras. Um projeto de lei agora em análise no Congresso prevê uma compensação a artistas e autores pelo uso de seus trabalhos no treinamento de grandes modelos de linguagem (LLM, em inglês), o que encarece o pré-treinamento de IA. Enquanto isso, as flutuações cambiais tornam os serviços em nuvem menos atrativos para hiperescaladores, que cobram clientes em reais e acumulam custos principalmente em dólares dos EUA. O real caiu mais de 20% em relação ao dólar em 2024. Ainda assim, o interesse em investimentos em data centers relacionados à IA em hiperescala aumentou.

O mix de fornecimento de energia diversificada e renovável da América Latina oferece preços de eletricidade globalmente competitivos e, na sua maior parte, está prontamente disponível, mas a confiabilidade do abastecimento hídrico continua a representar um importante risco de crédito para a região. A energia renovável abundante da América Latina é particularmente atrativa para indústrias intensivas em eletricidade e inquilinos de data centers, que se comprometeram com metas de zerar as emissões de carbono. Mesmo assim, as condições climáticas variáveis e a infraestrutura limitada afetam a confiabilidade do serviço de abastecimento de água e as áreas mais atrativas para o desenvolvimento de data centers nem sempre têm o melhor acesso, mesmo em países com recursos hídricos abundantes, como Colômbia e Brasil. O Brasil detém cerca de 12% da água doce

INFORMAÇÕES

do mundo, mas o crescimento populacional, a demanda industrial e a variabilidade climática exacerbam o estresse hídrico periódico nas regiões Sul e Sudeste. Em 2024, o estado do Rio Grande do Sul enfrentou fortes inundações, que provocaram quedas de energia por 30 dias. O Nordeste semiárido, incluindo Fortaleza, CE, experimenta escassez crônica de água e infraestrutura limitada.

entre compradores e vendedores. No entanto, há uma demanda crescente por conexões mais significativas entre os participantes, especialmente entre provedores de serviços. O NetMeeting 2025 foi criado para atender essa necessidade, proporcionando um ambiente onde todos possam se apresentar, compartilhar suas demandas e ofertas e estabelecer conexões de propósito”, afirmou.

compartilhar suas demandas e ofertas. Além disso, haverá salas temáticas para discussões específicas, como cibersegurança, infraestrutura e SVA, e um espaço chamado Speed Network, onde os participantes poderão realizar reuniões rápidas de cinco a dez minutos.

Diferente de uma feira com estandes, os patrocinadores ocuparão um lounge junto de uma cafeteria, onde os participantes poderão fazer reuniões e também divulgar a marca.

Será usada uma ferramenta que torna possível a troca de contatos entre todos os executivos participantes do evento. A lista de contatos será fornecida aos participantes que autorizarem o compartilhamento dos dados durante seu credenciamento. “Certamente não são informações sensíveis”, ressaltou.

Para facilitar as conexões, o NetMeeting 2025 oferecerá salas de reuniões privativas, onde os participantes poderão agendar encontros mais aprofundados. “Queremos proporcionar todas as condições para que os participantes possam realizar negócios e estabelecer parcerias valiosas”, destacou Mendonça.

Durante o evento, será lançado o NetMeeting Clube, um clube de

NetMeeting 2025, que ocorrerá no dia 6 de maio no Wyndham Garden Convention Nortel, em São Paulo, é o primeiro evento de networking exclusivo para o segmento de provedores de Internet e serviços gerenciados (ISP/MSP). “Este encontro inovador promete transformar a maneira como os executivos do setor se conectam e fazem negócios”, diz Cesar Mendonça, diretor da Lancore Corp. e idealizador do NetMeeting 2025.

Com um portfólio de mais de 100 eventos regionais já realizados desde 2016, como ISP Meeting e FiberSkills, reunindo um total de mais de 40 mil participantes, o diretor explicou a motivação por trás da novidade: “Os eventos tradicionais, com características de feira, focam principalmente em transações comerciais

O executivo percebeu a demanda em seus próprios eventos regionais. “Em uma feira ou congresso convencional, apenas alguns provedores participam. A maioria não se integra ou se relaciona somente com quem já conhece ou colegas de amigos. A nossa ideia é dar oportunidade para quem hoje não é protagonista, ou seja, para quem está lá do outro lado do balcão”, disse.

O NetMeeting 2025 se destaca por seu formato diferenciado, que inclui atividades de quebra-gelo, crachás visíveis e coloridos e um espaço principal dedicado ao networking. “Queremos que todos os participantes se sintam integrados e tenham a oportunidade de se conectar com outros profissionais de maneira intencional e produtiva”, disse.

O evento contará com diversas atividades, incluindo apresentações rápidas de até um minuto, onde cada participante poderá se apresentar e

networking no setor. Esse clube permitirá que os participantes encontrem contatos de fornecedores e soluções de forma totalmente livre. Todos serão integrados ao clube, facilitando o acesso a informações sobre quem fornece o quê e quem busca quais serviços.

Futuramente, o NetMeeting 2025 apresentará o Prêmio de Integração, destinado a mostrar aos participantes a importância do

INFORMAÇÕES

engajamento; o Prêmio de Engajamento, para o networker mais engajado; e o Prêmio dos Melhores Provedores de Cada Região, que será decidido por votação dos próprios assinantes. “Queremos dar a todos a oportunidade de se destacarem e serem reconhecidos por suas contribuições ao setor”, explicou Mendonça.

As inscrições para o NetMeeting 2025 são pagas, mas há opções gratuitas para associações de provedores e parceiros patrocinadores. O evento espera receber até 1500 participantes ao longo do dia, com uma meta de reunir pelo menos 500 provedores de Internet, inclusive de fora do Brasil.

O evento acontecerá um dia antes do Abrint Global Congress (AGC), marcado para o período de 7 e 9 de maio no Distrito Anhembi, que deverá estimular a participação dos provedores no NetMeeting. “Basta viajarem um dia antes para São Paulo”, disse Mendonça. O Wyndham Garden São Paulo também fica na mesma região do Anhembi, facilitando a logística da hospedagem.

Além do NetMeeting, a Lancore seguirá com a agenda de eventos regionais ISP Meeting. Em 2025, estão agendados 28 encontros. Em 2024, foram realizados 25 encontros no Brasil inteiro.

Site: https://netmeeting.com.br/

com que os provedores passassem a buscar SVAs literários para ofertar a seus clientes”, lembra. O benefício fiscal com a isenção de ICMS é de R$ 5,43 por assinante.

O processo de criação da plataforma levou quatro meses, indo de junho a setembro de 2022. Para se diferenciar no mercado, a Digilivro adota algumas estratégias. Uma delas é a de editar os livros cujas licenças são adquiridas de diversas formas, sendo as mais comuns a compra definitiva ou a cobrança de acordo com o número de downloads.

“Somos cadastrados no SNEL –Sindicato Nacional dos Editores de Livros e na Câmara Brasileira de Livros, instituições que legitimam as obras através de seus respectivos

ISBNs – Padrão Internacional de Numeração de Livros”, afirma Franz.

Digilivro, editora e livraria digital com sede em Porto Alegre, RS, oferece um SVA – Serviço de Valor Agregado de livros e jornais digitais para mercados que trabalham com produtos de assinatura recorrente, como companhias de marketing digital, operadoras e provedores de Internet.

Em atividade desde 2022, a empresa foi criada baseada em uma observação de mercado feita pelo seu CEO, Luciano Franz. Na época, o profissional constatou que as grandes operadoras estavam passando por mudanças tributárias, fragmentando as contas de seus clientes com livros e jornais digitais. “O Superior Tribunal Federal (STF) com a Súmula Vinculante no 57, publicada em 2020, estendeu a imunidade tributária destinada a livros físicos, jornais e periódicos, também para obras digitais. A medida fez

para os nossos contratantes para que eles saibam mostrar as vantagens da plataforma para sua base”, diz.

Outro diferencial é o formato de entrega. Todo mês, a Digilivro envia mais de 1,5 milhão de mensagens, via e-mail, SMS ou WhatsApp, com um link, válido por 72 horas, para os clientes de seus contratantes baixarem a obra mais recente de forma gratuita. Caso queira, o usuário, por possuir cessão definitiva e transferência de propriedade, pode encaminhar a mensagem contendo as obras para outras pessoas terem acesso ao conteúdo, sejam elas assinantes ou não de empresas clientes da Digilivro. Segundo o CEO, é um diferencial que legitima a legalidade da venda ao cliente final.

“Infelizmente, algumas operadoras não cumprem a efetiva entrega, transferência definitiva da propriedade e a comunicação sobre a chegada de um novo livro a cada mês, uma obrigação presente na legislação que, quando não realizada, coloca em risco os provedores que não são clientes da Digilivro. A comunicação por e-mail e transferência definitiva de propriedade sob a forma de arquivos PDF ou DOC, por exemplo, tem um custo irrisório de R$ 0,02 por mensagem enviada e é negligenciado por muitas plataformas. Entramos em contato com os usuários para que fiquem cientes de seu benefício mensal. Oferecemos treinamento comercial

A Estante Digital, plataforma de acesso às obras, é white label. Nela, é possível alterar cores e incluir a logomarca do provedor ou operadora. O usuário, por sua vez, pode realizar a leitura das obras digitais, audiobooks e livros didáticos de três formas: online, no site ou diretamente no aplicativo, disponível na App Store e no Google Play, ou ainda fazendo o download do título para dispositivos compatíveis com arquivos nos formatos PDF ou audiobook. Uma vez baixado, a obra fica disponível por tempo indeterminado e pode ser lida offline ou até mesmo enviada para amigos e parentes. “Nossos concorrentes funcionam como um streaming de livros, ou seja, a partir do momento que o cliente para de assinar o serviço, ele perde o acesso aos produtos. A nossa pode ser configurada para o contratante como uma venda, pois transferimos a propriedade da obra para o usuário, que pode fazer o que bem entender com o arquivo”, ressalta Franz. Atualmente, o portfólio da Estante Digital é composto por mais de 300 obras com temas como literatura infantil, negócios, culinária, saúde e bem-estar, livros didáticos, jornais e periódicos. Os títulos são ofertados apenas em português e 90% são de leitura rápida, com até 30 páginas.

“Um livro longo é mais difícil de ser finalizado em apenas uma leitura. Nosso objetivo é ter obras possíveis de serem lidas de uma só vez, mas também oferecemos títulos com 900 páginas para agradar os que preferem leituras mais longas”, explica o CEO. No momento, a Digilivro atende 370 provedores. A plataforma é compatível com diversos ERPs do mercado, como IXCSoft, RBXSoft e RadiusNET. Até o final de 2025, a companhia pretende chegar a 600 obras disponíveis em seu acervo.

Digilivro – Tel. (51) 99314-1899 n Site: www.digilivro.com.br

N°1emTVpara provedores

Infraestruturae softwarepróprio, premiadaNeoe certificadaGoogle

Modelodenegócio commensalidade Fixa(+de80canais deusoilimitado)

INFORMAÇÕES

Virtueyes, empresa especializada em soluções de IoT –Internet das Coisas e M2M, de Novo Hamburgo, RS, pretende fortalecer a oferta de redes privativas para os mercados de agronegócio, mobilidade e cidades inteligentes.

Nas chamadas fazendas conectadas, por exemplo, um de seus cases mais recentes é o trabalho, ainda em andamento, na Fazenda Confiança, localizada em Baixa Grande do Ribeiro, PI. O empreendimento, pertencente ao Grupo Franciosi Agro, tem utilizado tecnologias da Virtueyes IoT Solutions para conectar equipamentos e disponibilizar Internet para os funcionários por meio de redes privativas. Ao todo, a fazenda dispõe de mais de 12 mil hectares.

“A escolha da tecnologia ideal depende do projeto de conectividade e sua aplicação. Em alguns casos utilizamos fibra óptica. Já em redes privativas, localizadas em desertos digitais, optamos pelo satélite”, explica Shandrus Carvalho, vice-presidente da Virtueyes.

Hoje, os clientes da empresa podem gerir tanto dispositivos de redes públicas quanto privadas. É possível, por exemplo, saber se um equipamento está online ou offline e por quanto tempo esteve conectado. Os recursos são disponibilizados via V.Eye, plataforma desenvolvida pela companhia que também consegue identificar possíveis instabilidades em redes privativas.

“Temos uma ver tente de venture capital que investe em startups.

Muitas das tecnologias desenvolvidas são do agronegócio, como medição de umidade do solo, automação de acionamento de pivô de irrigação e gerenciamento de produção de energia limpa. A Virtueyes também é dona de outras empresas, focadas em IoT, que gerimos via fundos de investimentos”, diz Carvalho.

Um dos exemplos é a Base Station Móvel. Desenvolvida em parceria com a Jacto Brasil, fabricante de equipamentos agrícolas, de Pompeia, SP, a solução é focada em conectividade e automação, com conexão satelital para possibilitar o uso de pulverizadores autônomos para operações mais eficientes e precisas, superando desafios em áreas de difícil acesso, bem como oferecer redes privativas de alta velocidade e e confiabilidade em regiões rurais.

“Por ser uma solução móvel, não é possível utilizar conexões via fibra óptica ou micro-ondas, ficando restrita ao satélite. Em 2024, fomos agraciados com o prêmio ABDI Digital Anatel de Redes Privativas na categoria Destaque em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação”, recorda o vice-presidente.

Fundada em 2006, a Virtueyes conta com mais de 1500 clientes ativos e superou a marca de 1,5 milhão de dispositivos conectados. A MVNO de IoT também atende as verticais de rastreamento veicular,

monitoramento e segurança eletrônica, utilities, logística e indústria 4.0. Em 2025, a empresa pretende continuar focando seus esforços em mobilidade, agronegócio e cidades inteligentes. Segundo Carvalho, tais segmentos são promissores por carecerem de serviços e produtos que se adequem plenamente às suas necessidades. “O propósito da Virtueyes é ser o melhor provedor de soluções IoT para esses três mercados”, finaliza.

Virtueyes IoT Solutions – Tel. (51) 3562-1777 n Site: www.virtueyes.com.br

NOTAS

Data center - A NicNet inaugurou no dia 18 de fevereiro seu novo data center em Cravinhos, SP, projetado para atender à crescente demanda do mercado B2B da região, com oferta de serviços de colocation e edge cloud para empresas dos setores de agronegócio, indústria, varejo e saúde. Construído pela Trusted Data, o data center dispõe de 12 racks e seguiu padrões Tier 3, garantindo alta disponibilidade e segurança para operações críticas das empresas locais. Site: https://abrir.link/amxTg.

Abrint Global Congress - A Abrint - Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações anunciou a realização da 16ª edição do seu evento anual, que passa a se chamar AGC - Abrint Global Congress. Com mais de 26 mil m2 de área de exposição, o evento terá mais de 260 expositores e uma expectativa de público superior a 35 mil pessoas em seus três dias de realização. O evento será realizado junto com o LACNIC, um dos principais encontros técnicos da América Latina voltados para infraestrutura e governança da Internet. O Abrint Global Congress 2025 acontece entre os dias 7 e 9 de maio. Já a edição 43 do LACNIC está agendada para o período de 5 a 9 de maio. Ambos serão realizados no Distrito Anhembi, em São Paulo. Site: https://abrir.link/oLIID.

Compartilhamento de postes – A Copel concluiu um extenso levantamento sobre as condições em que se encontra a fiação de telefonia e de dados instalada em 3,4 milhões de postes em todo o Paraná. O diagnóstico, chamado de Censo do Compartilhamento, tem o objetivo de avaliar se os cabos estão instalados de forma regular e detectar fios clandestinos. O censo foi iniciado em 2021 e concluído em 2024, com abrangência de 409 municípios, sendo 399 dentro do Estado e dez em áreas de divisa. Apenas em 2024, foram emitidas 37,5 mil notificações, resultando na regularização de 1340 quilômetros de redes. Site: https://abrir.link/IKjmk.

O melhor do Bits traz um resumo das principais notícias sobre o mercado publicadas no RTI in Bits, boletim semanal enviado por e-mail para os leitores de RTI. Mais notícias podem ser encontradas no site: https://www.arandanet.com.br/revista/rti/noticias.

RTI 25 anos

A RTI RTI chega todos os meses a 12 mil empresas no Brasil, com alcance multiplicado pelos conteúdos disponíveis no portal e eventos realizados ao longo dos 25 anos de história. Nestas 298 edições, publicadas ininterruptamente de março de 2000 a março de 2025, acompanhamos a evolução do setor no Brasil, desde o período pós-privatização até o cenário atual, com destaque para o crescimento dos provedores de Internet, dos data centers e infraestrutura de redes.

Nesta edição, a revista RTI celebra um quarto de século. Desde março de 2000, quando foi lançada a primeira edição, até hoje, foram produzidas 298 edições mensais ininterruptas. Isso inclui mais de 800 guias de produtos e serviços, 2100 artigos técnicos, 212 reportagens especiais, além de milhares de notícias, coberturas de feiras e 20 pesquisas de mercado.

Atingir os 25 anos é motivo de comemoração, especialmente em um país onde a taxa de sobrevivência de marcas ativas por mais de 10 anos é relativamente baixa.

Segundo o IBGE –Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apenas um quarto das empresas criadas em 2008 ainda operavam em 2018. Esse índice diminui com o avanço da idade.

Considerando a crise do mercado editorial que afetou jornais e revistas desde 2016, com o fechamento de várias publicações impressas e a mídia fragmentada em múltiplas demandas de consumo, a longevidade da revista é um verdadeiro ponto fora da curva.

A RTI é uma das poucas publicações especializadas

que mantêm o formato impresso até hoje. Com uma tiragem de 12 mil exemplares, a edição chega fisicamente a 4746 provedores de Internet, 3147 usuários finais (bancos, governo, empresas de varejo, utilities, hospitais, universidades, hotéis, seguradoras, entre outros) e 1744 prestadores de serviços (instaladores, integradores e projetistas), além de operadoras, empresas de data centers e fornecedores

Capas da revista RTI RTI RTI RTI desde seu primeiro número, em março de 2020, e edições comemorativas de 10, 20 e 25 anos

de produtos. Os leitores incluem engenheiros, técnicos e gestores que atuam em projetos, data centers, TI, instalação, operação e manutenção de redes, com alto poder de decisão nas empresas onde trabalham.

Com conteúdo voltado para as demandas do profissional de infraestrutura, seja ele de rede fixa, móvel, de cabeamento estruturado ou data center, a RTI se destaca de outras publicações setoriais por ser essencialmente técnica, com informações necessárias não apenas para atualização tecnológica dos leitores, mas também para seu trabalho diário.

Embora não seja uma publicação acadêmica, vale ressaltar seu caráter educacional. O periódico ajudou a instruir milhares de alunos, hoje especialistas consagrados no setor, que reconhecem o seu papel na multiplicação de conhecimentos. Muitos temas ainda não fazem parte da grade curricular das universidades, mas podem ser encontrados nas páginas da revista.

Além dos exemplares impressos, a versão digital das edições, com acesso aberto e gratuito, amplia o alcance da revista. Em março de 2020, foi lançada a newsletter RTI in Bits, que reúne as principais notícias do setor e enviada semanalmente para uma base de 50 mil assinantes. Também foram produzidos cerca de 30 webinars com especialistas convidados, transmitidos pelo YouTube. Essas ações combinam o dinamismo das divulgações online com a profundidade editorial dos conteúdos técnicos mensais.

Dessa forma, a RTI se fortalece a cada ano, adaptando-se a novas linguagens e tecnologias, mantendo a qualidade das informações que é sua marca registrada.

“A revista RTI produz conteúdos de grande relevância para os profissionais. Em um momento em que a Internet possui uma vasta quantidade de informações e a tecnologia está em constante evolução, é essencial contar com conteúdos técnicos bem elaborados e organizados por profissionais respeitados”, disse Gerson Ferreira, diretor e proprietário da Panther Tecnologia, de São Paulo, com mais de 30 anos de atuação no mercado de tecnologia, e leitor da RTI desde o início da sua carreira.

Contribuições e eventos

Junto com a difusão de informações técnicas por diversos meios, a RTI foi responsável pela criação de eventos de referência no setor, como o Netcom –Feira e Congresso de Redes e Telecomunicações, realizado pela primeira vez em 2004. Considerado um dos principais pontos de encontro e troca de conhecimentos entre profissionais do setor de infraestrutura de redes de telecom, o Netcom chegou à sua 11ª edição em 2024, reunindo cinco congressos simultâneos: Fibra Óptica, Provedores de Internet, Data Centers, Cabeamento e Instalações e Workshop de Compartilhamento de Postes.

Provedores de Internet e fibra óptica

A RTI foi um dos primeiros veículos a perceber a força dos provedores de Internet no Brasil. Em novembro de 2010, uma reportagem sobre FTTH - Fiber to the Home destacava os investimentos em GPON pelas operadoras regionais, prevendo que a fibra seria a principal tecnologia para as redes de acesso. Em 2011, publicamos o primeiro guia dedicado aos provedores regionais. Hoje, os provedores representam o maior grupo de acesso à banda larga fixa, com 33,5 milhões de assinantes, ou 55% do mercado de banda larga, dos 52 milhões registrados em dezembro de 2024.

Desde a primeira edição de 2000, a RTI trouxe artigos sobre os avanços das redes totalmente ópticas, das tecnologias WDM e DWDM e das novas fibras com elevada capacidade de transmissão. O país começava a viver a ascensão do DSL nas redes de cobre, mas nossos conteúdos já apontavam as tendências da fibra no mundo e como se preparar para atender às demandas por altas velocidades de Internet. Segundo dados da Anatel de 2024, hoje a fibra óptica representa mais de 70% de todas as conexões de banda larga fixa no país.

A RTI acompanhou os efeitos da pandemia de Covid-19 no aumento de tráfego na rede desde que começou a quarentena. Com a maior demanda por acesso banda larga, os provedores e operadoras registraram recordes de vendas de Internet e correram para expandir suas redes e elevar a capacidade.

A revista promove eventos para provedores desde 2013, apoia e participa das principais feiras e congressos realizados por associações e entidades nacionais e regionais.

Data centers

Com a expansão da IA - Inteligência Artificial, o tema vem atraindo a atenção de investidores e empresas interessadas em construir estruturas de alto desempenho e segurança para processamento e armazenamento de dados. Porém, já em 2007, a RTI trazia artigos técnicos sobre o tema e um guia de produtos para data centers (na época chamados de “CPD”). Em 2008, a revista pioneiramente realizou em São Paulo o 1° Congresso RTI de Data Centers.

No ano passado, a 15ª edição do evento reuniu cerca de 500 congressistas no Expo Center Norte, durante o Netcom em São Paulo, interessados em entender os rumos desse mercado, como receber a demanda da IA e como a estrutura precisará se adequar para suportar os novos serviços.

Cabeamento estruturado

O cabeamento estruturado sempre foi a essência da RTI. Desde sua primeira edição, o tema esteve presente em todas as publicações, seja com artigos técnicos de especialistas nacionais e estrangeiros, seja por meio da seção Interface de Paulo Marin. Colaborador da revista desde seu lançamento, Marin é coordenador da comissão CE 003:046.005 da ABNT/ Cobei, responsável pelo desenvolvimento do conjunto de normas brasileiras para cabeamento estruturado, todas apresentadas de forma didática e detalhada em nossas edições. A RTI também vem realizando congressos de cabeamento e instalações sob a coordenação do colunista, dentro do Netcom.

Evolução do setor

Na página 24, trazemos um artigo assinado por Eduardo Tude, presidente da Teleco, que mostra o avanço do setor de telecomunicações nestes 25 anos de história, um panorama de como estava o mercado na ocasião do lançamento da RTI, como está hoje e quais são as tendências para os próximos anos.

A evolução das telecomunicações no Brasil no século XXI

Na virada do século, o Brasil vivia uma fase de expansão acelerada dos serviços de telecomunicações, impulsionada pela privatização e introdução da competição no setor em 1998.

Nesta edição especial de 25 anos da RTI RTI RTI RTI RTI, apresentamos a seguir a evolução do setor de telecomunicações desde 2020 até os dias atuais. O artigo aborda quais serviços cresceram ou decaíram, as tecnologias de acesso emergentes e as mudanças nos hábitos de consumo proporcionadas pelo acesso rápido e de qualidade à Internet. Além disso, oferece uma reflexão sobre os rumos futuros e o que esperar para os próximos cinco anos.

Na telefonia fixa, as concessionárias corriam para atender às metas de universalização, que levaram o telefone fixo para todas a localidades com mais de 300 habitantes. A quantidade de telefones fixos cresceu de 17 milhões em 1997 para 30,9 milhões em 2000. Nesse mesmo ano, o celular já dava mostras de que iria tomar o lugar do telefone fixo, passando a ser o principal serviço de telecomunicações do Brasil, tendo crescido de 4,6 milhões em 1997 para 23,2 milhões no ano 2000.

O celular iria superar os telefones fixos em 2003 e, em 2010, era o líder absoluto do setor, com 203 milhões de

acessos, três vezes mais que a soma dos outros três serviços (telefonia fixa, TV por assinatura e banda larga).

A mobilidade foi a grande mudança apresentada pelo setor na primeira década do século XXI. Saímos de um mundo onde as comunicações eram entre locais fixos para um mundo de comunicação móvel e pessoal. Mas a voz continuava a representar a principal receita das operadoras. A receita de voz fixa atingiu seu maior valor em 2009 e a partir de 2010 passou a cair.

O advento da Internet

O Brasil possuía 5 milhões de usuários de Internet no ano 2000, que utilizavam na sua maioria uma conexão discada. A banda larga fixa estava começando e contava com apenas 158 mil assinantes, muito menos que

Fig. 1 – Evolução dos serviços de telecomunicações no Brasil. Em milhões

os 3,4 milhões da TV por assinatura. Os usuários cresceram muito na década seguinte, mas tratava-se de uma Internet utilizando a rede de fios de cobre das concessionárias de telefonia fixa, com o acesso feito a partir de PCs. A banda larga fixa cresceu e, em 2010, já contava com 15 milhões de assinantes, tendo superado os 9,8 milhões da TV por assinatura.

Em 2015, as principais tecnologias da banda larga fixa ainda eram o XDSL, com 52% dos acessos e o cabo com 32%. A fibra respondia por apenas 5% dos acessos.

O crescimento dos acessos em fibra – As empresas competitivas

A regulamentação estabelecida pela Anatel permitiu o surgimento de milhares de pequenos provedores de Internet em todo o Brasil, denominados

empresas competitivas, oferecendo incialmente acesso à Internet via rádio. A partir de 2015, passaram a adotar mais fortemente a fibra que, em 2019, se tornou a principal tecnologia de banda larga fixa no Brasil (31%), superando o xDSL (29%) e o cabo (29%).

Os acessos em fibra continuaram crescendo e, em 2024, 72% dos acessos já eram de fibra, 16% ainda eram a cabo, mas apenas 1% utilizava a rede de cobre (xDSL). Outras tecnologias se mantiveram neste período com cerca de 11% dos acessos.

O pioneirismo das competitivas levou a que elas como grupo superassem as empresas de grande porte (Claro, Vivo e Oi). Elas são responsáveis por 60% dos acessos em fibra do Brasil.

Também foram fundamentais para o aumento da velocidade a construção das redes ópticas de longa distância e a chegada de novos cabos submarinos no

Fig. 2 – Usuários de Internet. Em milhões
Fig. 3 – Evolução da banda larga fixa no Brasil

Brasil, com a capacidade crescendo de 80 TB em 2016 para 320 TB em 2018. No ano 2000 estavam sendo instalados os primeiros sistemas DWDM no Brasil.

Internet no celular – A Importância das tecnologias

A Internet provocou também mudanças no celular. O objetivo da 1ª e 2ª geração do celular foi dar mobilidade à voz, mas a banda larga móvel passou a ser o foco das gerações seguintes.

O uso de dados no celular se iniciou em 2008, com a chegada dos primeiros smartphones e das redes 3G, mas a utilização do acesso móvel a Internet para vídeos e outras aplicações só se tornou mais intenso a partir de 2014, com o 4G.

Em 2016, a receita de dados ultrapassou a de voz nas operadoras móveis e, em 2019, já representava 80% da sua receita. Contribuiu para esse resultado a chegada em 2015 dos aplicativos de mensagens, como o WhatsApp.

O 5G ampliou a velocidade das redes móveis e abriu a porta para novas aplicações, principalmente no mercado B2B.

O que esperar do futuro?

Velocidades maiores na banda larga fixa e móvel viabilizaram uma revolução na distribuição de conteúdo com o streaming de vídeo e a migração da telefonia fixa dos fios de cobre para VoIP sobre os acessos band larga fixa.

No final de 2024 apenas cerca de 30% dos telefones fixos ainda utilizavam a rede de fios de cobre e este processo de migração deve se acelerar com o fim das concessões da telefonia fixa e a desativação dessas redes pelas concessionárias.

As competitivas ocuparam um espaço importante na banda larga no Brasil, mas precisarão se transformar para sobreviver neste novo cenário, tornando-se mais eficientes e ampliando sua área de atuação para novos serviços como o móvel, diretamente ou através de MVNO –operadora de móvel virtual.

É importante olhar o futuro em duas dimensões. De um lado, continuar com os esforços para levar os serviços de telecomunicações aos locais mais remotos do Brasil:

Fig. 4 – Market share banda larga fixa

• 4G está disponível nos 5,5 mil municípios brasileiros, mas a cobertura se restringe em muitos casos à sede do município, não atingindo vilas menores e rodovias. O agronegócio passou a demandar também a cobertura de áreas rurais.

• Apesar dos avanços das redes de fibra de longa distância, muitos municípios brasileiros ainda não estão conectados com fibra ao backbone da Internet.

De outro, o Brasil precisa acompanhar a transformação digital por que passa a sociedade mundial. Caminhamos para

um mundo hiper conectado, com velocidades da ordem de Gbit/s e as aplicações e funções de rede sendo executadas por softwares na nuvem.

O avanço da IoT - Internet das Coisas e das tecnologias 5G e 6G vão mais uma vez transformar profundamente o setor de telecomunicações no Brasil, mas assim como aconteceu com a transformação de voz para dados, esta mudança deve ser lenta e ocorrer de forma gradual nos próximos cinco anos.

Eduardo Tude é presidente e sócio da empresa de consultoria Teleco. Atua desde 2002 como analista do mercado de Telecom, desenvolvendo projetos de consultoria, artigos semanais, relatórios setoriais e apresentando workshops. Engenheiro e Mestre em Telecom (IME 87 e INPE 81), é membro da Comissão julgadora do Global Mobile Awards, realizado pelo Mobile World Congress em Barcelona. Já atuou como professor especialista visitante da Unicamp e ocupou cargos de direção em áreas como sistemas celulares (Ericsson), redes ópticas (Pegasus Telecom) e Satélites (INPE).

Fig. 5 – Celulares por tecnologia. Em milhões

Tecnologia POL para redes locais corporativas

Os mercados corporativo e de integração estão ávidos por tecnologias que ofereçam conectividade de alta qualidade e que, ao mesmo tempo, sejam econômicas, escaláveis, sustentáveis e demandem baixa manutenção. Uma solução que atende a esses requisitos é a POL – Passive Optical LAN, que permite entregar, por meio da fibra óptica, diversos serviços e aplicações com qualidade igual ou superior ao cabeamento metálico tradicional.

Tatiane Figueiredo, Instrutora de Treinamentos Técnicos da Datacom

Assegurar uma conectividade de alta qualidade para clientes é um desafio notável para os setores corporativo e de integração. Geralmente, administradores de rede se deparam com perguntas fundamentais:

• Como aumentar a velocidade dos usuários?

• Como garantir a entrega estável de serviços e integrar, de forma eficiente, redes cabeadas e sem fio?

• De que forma é possível reduzir Opex (despesas de operação) e Capex (despesas de capital – investimento)?

• Como reduzir a quantidade de chamados de suporte técnico?

Para aqueles em busca de soluções que atendam parâmetros de sustentabilidade e economia, e que ao mesmo tempo apresentem operação eficiente, escalabilidade e baixa manutenção, a implementação de uma rede óptica passiva pode ser uma alternativa capaz de otimizar recursos e aumentar a eficiência.

Fibra óptica nas empresas

As tecnologias que possibilitam atuar com a entrega de conectividade via fibra óptica ganham um lugar de destaque nas opções de mercado. Se for possível alcançar a estação de trabalho, melhor ainda.

A fibra óptica tem se consolidado como opção de acesso dentro do meio

corporativo. Redes Ethernet tradicionais têm dado lugar às redes passivas ópticas, chamadas de POL –Passive Optical LAN.

Essa adoção depende de alguns fatores, desde a forma de instalação e operação ao custo e quebra de paradigmas. Redes ópticas são consolidadas no meio de transporte e na entrega de serviços residenciais realizados por provedores de Internet e operadoras de telecomunicações, mas ainda são tabus em redes locais. Trazer este olhar externo para dentro de estruturas como empresas financeiras, escolas, órgãos governamentais, hospitais e clínicas, hotéis e empreendimentos de lazer, bem como indústrias ou ambientes de atendimento de companhias aéreas e automobilísticas, é um nicho a ser explorado.

Até que se prove o contrário, a fibra óptica é uma tecnologia à prova de futuro e capaz de se adaptar aos mais diversos cenários. As grandes alterações são deslocadas para os ativos, que necessitam de upgrades periodicamente. Já a infraestrutura, segundo periódicos especializados, gira em torno de 30 anos, ou seja, uma durabilidade longa.

A tecnologia continua avançando a passos largos, e aplicações cada vez mais novas e complexas surgem para uso a distância. Não precisamos mais apenas de acesso à Internet, mas sim

de um sistema de conectividade preciso e eficaz. Imagine um médico realizando uma operação a distância, através do uso de câmeras e com movimentos milimétricos, e no quarto ao lado, um paciente se distrai utilizando um dispositivo móvel para assistir a um filme. No corredor próximo, uma enfer meira liga para casa informando que irá se atrasar. Enquanto isso, na recepção, um atendente realiza o upload de vários exames.

Dentro do ambiente de uma rede LAN, é possível ter serviços de dados, voz, vídeo, monitoramento de câmeras, sistemas de automação, rotinas de backup, acessos com e sem fio, além de dispositivos e sensores que facilitam a gestão do negócio. É por isso que a tecnologia PON –Passive Optical Network está ganhando visibilidade. Através de um único meio, a fibra óptica, é possível entregar diversos serviços e aplicações com qualidade igual ou superior à do meio tradicional, o Ethernet, que em muitos ambientes ainda depende de cabos metálicos e switches não gerenciáveis ou com recursos limitados.

A tecnologia por trás do POL: GPON nos provedores de serviço

Mudando um pouco o ângulo de visão, temos as equipes de TI, os administradores de redes e os integradores, que além de analisar os serviços entregues, se preocupam com os dispositivos ativos, cabeamento,

mão de obra, qualificação e possíveis fontes que possam gerar ruídos e degradar a comunicação. Sem falar na questão dos uplinks entre os ativos de rede, que em uma estrutura POL pode entregar para o usuário final, através de um único meio físico, 1, 2,5 ou até 10 Gbit/s. Já para uplinks, há 25, 40 e 100 Gbit/s.

A tecnologia PON é composta por uma rede óptica, geralmente ponto-multiponto, construída com o uso de divisores passivos, que tem o objetivo de ramificar a rede, sendo:

• ONU ou ONT (Optical Network Unit/Terminal) - Equipamento de acesso do usuário final;

• OLT (Optical Line Terminal)Dispositivo ativo localizado no núcleo ou na camada de distribuição/agregação da rede LAN, com o objetivo de concentrar e distribuir o tráfego proveniente das ONUs, além de permitir a configuração dos serviços e controle de banda para cada perfil de serviço;

• Splitter - Componente passivo que atua dividindo o sinal óptico, permitindo o compartilhamento do meio com mais usuários. A divisão pode ser feita nas razões de 2, 4, 8, 16, 32 e 64 portas, que entregam a mesma potência de sinal ou de forma desbalanceada, onde a saída divide em proporções diferentes, de acordo com a razão, por exemplo, 45/55, 40/60, 30/70 e assim por diante (figura 1).

A solução POL utiliza os benefícios das tecnologias GPON – Gigabit Passive Optical Network e XGS-PON –10 Gigabit-Capable Symmetric Passive Optical Network para melhorar a disponibilidade e a confiabilidade de redes LAN, ao mesmo tempo que reduz o Capex e o Opex.

As redes PON trabalham com menos ativos de redes na estrutura e permitem que a fibra chegue até a mesa de trabalho do usuário, seja em um ambiente interno ou até mesmo 20 km de distância entre os ativos. Trazem grandes benefícios no quesito segurança devido à criptografia nativa, sem contar que para a captura de pacotes necessita de equipamentos específicos. Outra vantagem é que a infraestrutura é passiva, ou seja, não há consumo de energia.

Abordando a tecnologia PON, as mais recentes são o GPON com 2,5 Gbit/s de downstream e 1,25 Gbit/s de upstream, normatizado pelo ITU-T G.984 e o XGS-PON, com 10 Gbit/s de downstream e upstream (simétrico), também pelo ITU-T G.9807. As

Fig. 1 – Estrutura de funcionamento de uma rede óptica passiva
Fig. 2 – Consumo de energia de uma solução tradicional com switches e uma solução POL

BASTIDOR 19” COM PORTAS BIPARTIDAS

ALTURA - 44U / 48U / 53U

PROFUNDIDADE – 1000 / 1200mm

LARGURA – 800mm

PAINEL DISJ. 3U 19" P/ 10+10 DISJUNTORES WEG CABO 16-50mm2

PAINEL DISJ. 3U 19" P/16 POSIÇÕES BARRAMENTO ÚNICO.

principais diferenças entre as tecnologias estão dispostas na tabela I.

Vantagens da implementação do POL

As vantagens na utilização do POL estão presentes em todas as fases, iniciando no planejamento da rede, implantação do cabeamento e equipamentos, operação e manutenção. Alguns exemplos são:

• Espaço - Com menos dispositivos em sua construção, ocupam menos espaço nos data centers e eliminam armários e racks na concepção da infraestrutura, o que gera um impacto significativo no custo do projeto. Se pensarmos em um atendimento de 512 pontos, teremos uma redução equivalente a 10 equipamentos.

• Energia - Consomem menos energia, pois é uma topologia composta de elementos passivos que não necessitam de alimentação. A necessidade de UPS e baterias para manter a autonomia mínima é reduzida se comparada a uma grande quantidade de switches. O processo de refrigeração também é diminuído devido ao seu consumo energético ser menor e os itens passivos não precisarem estar em uma sala técnica ou rack (figura 2).

• Temperatura - Uma das características dos equipamentos presentes na rede POL é a sua atuação em locais com temperatura operacional mais alta, como armários e racks outdoor ou em um shelter. Além disso, há módulos GPON e XGS-PON para temperaturas estendidas, facilitando e

operacionalizando este tipo de topologia.

• Otimização da infraestrutura - O cabeamento de cobre é muito mais pesado se comparado à fibra óptica, o que requer mecanismos de suspensão mais robustos. Os insumos para o cabeamento óptico são mais leves e menores (tabela II).

• Imunidade a interferências externasA fibra óptica é imune a interferências eletromagnéticas, ruídos e descargas elétricas atmosféricas devido a sua constituição ser de materiais dielétricos, sendo considerada uma excelente opção para uso em ambientes industriais e parques fabris. Caso ocorra um rompimento, não há faíscas ou riscos de curto-circuito que possam prejudicar a integridade das pessoas e do ambiente.

• Ativos gerenciáveis - A figura 3 expõe a hierarquia topológica de uma LAN tradicional e uma POL, comparando suas camadas. Percebe-se que o núcleo (core) se mantém em

ambas as topologias, afinal tem a função receber todo o tráfego Ethernet dos usuários e fazer o devido tratamento e encaminhamento de pacotes. As camadas hierárquicas de distribuição, agregação e acesso possuem uma composição diferente da tradicional. A gerência de rede e controle é centralizada na OLT, que recebe o tráfego do núcleo (core) e encaminha para rede POL, até chegar nos usuários, que são conectados nas ONUs.

• Alcance - Se comparada a uma rede de cabeamento metálico que não ultrapassa os 100 m por ponto de acesso, a rede POL suporta distâncias muito maiores. Pode abranger até 20 km, sem o uso de equipamentos ativos, com imunidade a interferências.

• Velocidade e qualidade de serviço - A tecnologia GPON oferece 2,5 Gbit/s para downstream no sentido OLT para a ONU e 1,25 Gbit/s no upstream em um único meio compartilhado, alocando a banda conforme o desejado pelo administrador de redes. No XGSPON, a entrega é simétrica de 10 Gbit/s. É possível realizar toda a segmentação do tráfego, além de priorizar os serviços essenciais ou mesmo os mais sensíveis a latência, como voz.

• Segurança - Criptografia nativa, tornando a rede mais segura do que as que utilizam criptografia somente nas camadas de sessão.

• Atualização - O procedimento de atualização de firmware é algo que causa receio aos técnicos e administradores de rede. Com a operação de uma OLT a criticidade da atualização é reduzida, visto que a rede está segmentada e o

– Principais diferenças entre as tecnologias

e XGS-PON Arquitetura Arquitetura

XGS-PON XGS-PON PadrãoITU-T G.984ITU-T G.9807

Padronização 2023 2016

λ Downstream 1490 nm 1577 nm

λ Upstream 1310 nm1270 nm

Usuários PON128256

Tamanho dos pacotesDe 53 a 1518 bytes9000 bytes (jumbo frame) Alcance20 km // 60 km (G.984.7)20 km // 60 km (G.9807.1)

Janela de atendimento20 km

Largura de banda Assimétrica Simétrica

2,488 Gbit/s de downstream9,953 Gbit/s de downstream 1,244 Gbit/s de upstream9,953 Gbit/s de upstream

Fig. 3 -Hierarquia topológica de uma LAN tradicional e uma POL
Tab. I

Tab. II – Tipos de cabeamento

Cat.5E100Mbit/s100MHz

Cat.61Gbit/s250MHz100

Cat.6A500MHz

Cat.710Gbit/s600MHz

Cat.7A1GHz100duplablindagem

Cat.840Gbit/s2GHz30

tempo de indisponibilidade por reboot é menor. Outro ponto é a redução da necessidade de atualização da infraestrutura de cabeamento. Com a evolução da tecnologia, apenas os ativos serão substituídos.

• Segmentação da rede - Construir e planejar uma topologia LAN com tecnologia PON traz para a equipe de TI uma maior confiabilidade dos serviços e da sua própria rede. O uso de recursos e protocolos camada 2 como Rapid Spanning-Tree e EAPS – Ethernet Automatic Protection Switching garante

a redundância e a convergência rápida das aplicações disponibilizadas aos usuários. É possível ter um design da rede com roteamento e até MPLS para a entrega de serviços entre redes maiores, tudo isso em um único equipamento.

• Gerenciamento - O uso de soluções PON permite a realização de um gerenciamento centralizado via plataformas gráficas e, a depender do fabricante, até gratuitas. Este sistema visa simplificar as atividades de gestão para que o operador atue de forma mais ágil ao possível problema,

inclusive, evitando o encaminhamento de um técnico ao local. A alteração das configurações também é um benefício das plataformas, além de toda a gestão de alarmes.

Conclusão

A rede POL caracteriza-se por uma infraestrutura de alta disponibilidade, que atende soluções de baixa e alta densidade, construída sob um conceito de arquitetura de rede com fácil gerenciamento, baixa manutenção e que permite unificar diversos serviços.

Sob o aspecto técnico, simplifica futuras expansões e está limitada apenas nos quesitos de distância e largura de banda, conforme as recomendações do ITU-T. Desta forma, assim que a rede cresce, apenas as extremidades necessitarão de ampliação.

Guia de serviços de streaming para provedores

Para aumentar o faturamento, o provedor de Internet precisa oferecer novos serviços ao assinante e se diferenciar no mercado. A oferta de streaming de vídeo está entre as melhores opções. O levantamento a seguir mostra as opções hoje disponíveis no mercado e seus principais recursos.

Licença One time Para OTT Para IPTV Modelo Modelo Integrador Desenvolvedor de plataforma nacional Plataforma internacional

Bit Health (31) 3190-0414 adm@bithealth.com.br

Campsoft (11) 5043-9867 n contato@campsoft.com.br

CDNTV Tecnologia (51) 3392-9584 comercial@cdn.tv.br

Celeti Hub (21) 4020-1697atendimento@celetihub.com.br

DJR TV 0800 000 0735 n contato@djrtv.com.br

EiTV(19) 98934-0272 n atendimento@eitv.com.br

ISP Solution (11) 98613-0509 n mkt@ispsolution.com.br

ITTV(79 ) 99900-6579 n comercial@ittv.com.br

MultTV (11) 4720-0005 n contato@multtv.com.br

Newco Programadora (11) 2186-6750 distribuicao@newcotv.com.br

NXTV (11) 5194-6075 n suporte@nxtv.com.br

OléTV(48) 4042-6262 contato@oletv.net.br

PlayHub (11) 95021-2536 n maria.souza@playhub.com.br

SAT TV (13) 3458-4040 n comercial.isp@sattvacabo.com.br

TIP Brasil (19) 3090-2255 contato@tipbrasil.com.br

TMW Telecom (51) 2011-0020 tmwpix@tmwpix.com

Watch Brasil (41) 93500-4848 n faleconosco@watch.tv.br

WePlay Music (11) 94155-0090 n ricardo@weplaymusictv.com.br

Youcast(11) 97559-2011 n comercial@youcast.tv.br

Zapping (11) 97272-7539 n comercialbr@zapping.com

Fonte: Revista Redes, T T Telecom e Instalações elecom e Instalações , março de 2025.

Possui middleware e DRM Entrega solução de VOD Gravação em nuvem PVR EPG e busca de conteúdo Analytics para leitura dos hábitos de consumo Independente do número de usuários Multi-DRM (certificada Widevine, Fairplay, Play Ready)

E-mail Por mês por assinante Possui headend próprio Replay e catch up

Quantos canais entrega no total? Existe custo adicional por canal? Sistema de player Possui solução white label O provedor pode ter aplicativo com marca própria? Está integrada com plataformas de CDN Tem geoblock Suporta UHD (4K) Produzido no Brasil Tem firmware próprio fechado, STB bloqueado Desenvolvimento nacional Homologada e certificada Anatel Homologada por programadores Integração com SmartTV (App para TV)

Transcoding próprio em HEVC com dual áudio e legenda

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 127 empresas pesquisadas.

Este e muitos outros Guias de RTI RTI RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Empresa
Licença

O potencial da IA nos provedores regionais

Em um mercado altamente competitivo e em constante evolução, a adoção de soluções baseadas em IA - Inteligência

Artificial não é apenas uma tendência, mas uma ferramenta essencial para inovar operações, aprimorar a experiência do cliente e explorar novas oportunidades de negócio. No caso dos provedores regionais, a tecnologia pode auxiliá-los a superar desafios como segurança digital e o processamento de grandes volumes de dados.

Maurício S.

popularização da IA – Inteligência

Artificial tem impulsionado soluções eficazes e avançadas no setor de telecomunicações e Internet, como o conceito de manutenção assistida. Seu uso permite prever falhas em equipamentos com base em dados históricos e em tempo real, ajudando a evitar interrupções de serviços.

Por meio da aplicação de algoritmos de machine learning, é possível analisar dados de diferentes dispositivos de rede e registros de manutenção para prever falhas antes que elas ocorram. Isso significa que, em vez de reagir a problemas, os provedores regionais podem agir de forma proativa, minimizando o tempo de inatividade e os transtornos para os clientes.

Entre suas principais aplicações, destacam-se a manutenção assistida, que antecipa falhas e reduz interrupções; a otimização da rede, que ajusta dinamicamente recursos para atender demandas; os assistentes virtuais, que oferecem suporte automatizado e

personalizado; a segurança cibernética, que detecta e previne ameaças em tempo real; e o desenvolvimento de novos serviços que ampliam o alcance e a eficiência dos negócios (figura 1).

O uso da IA permite potencializar as técnicas de manutenção ao analisar uma quantidade massiva de dados em diferentes momentos e modos de operação, sendo capaz de reconhecer tendências de degradação e padrões característicos dos modos de falha para o diagnóstico automático. Por exemplo, ao detectar uma tendência de superaquecimento ou aumento de taxa de erros em equipamentos, a IA pode alertar as equipes técnicas para que realizem uma inspeção

preventiva. Além disso, a redução de falhas melhora a reputação do provedor regional, tornando-o mais confiável para seus clientes.

Aplicações

Otimização da rede

A IA pode desempenhar um papel importante na otimização do desempenho da rede do provedor regional. Sistemas baseados na tecnologia podem analisar tráfego em tempo real e prever congestionamentos, otimizando a distribuição de largura de banda. Ao analisar continuamente dados de tráfego, algoritmos de IA podem identificar padrões de uso e ajustar dinamicamente a alocação de recursos. Isso previne congestionamentos na rede, melhora a eficiência e assegura uma experiência mais estável para os usuários.

Sistemas de gerenciamento de rede baseados em IA podem prever picos de demanda com base em eventos anteriores, como feriados ou lançamentos de novos serviços, e preparar a infraestrutura para lidar com o aumento de tráfego. Essa gestão inteligente de capacidade garante que os provedores regionais possam oferecer um serviço de alta qualidade mesmo em condições adversas.

São ferramentas capazes de solucionar questões de forma autônoma, fornecendo suporte 24 horas. A IA também pode analisar históricos de interação para oferecer soluções personalizadas, melhorando significativamente a satisfação do cliente. Um assistente virtual pode ser programado para diagnosticar o problema de conexão de um cliente e sugerir soluções ou, se necessário, encaminhar o caso para um agente humano com informações detalhadas. Isso reduz o tempo de espera de atendimento e a frustração do cliente.

Prevenção de fraudes e segurança cibernética

A segurança computacional é uma preocupação crescente em um mundo cada vez mais digital. A IA pode ser

novos serviços personalizados. Algoritmos de IA podem monitorar padrões de uso para personalizar serviços, como priorização de dados para aplicativos preferidos do cliente.

Uma IA é capaz de analisar os padrões de comportamento dos usuários para criar pacotes personalizados e estratégias de marketing direcionadas. Planos de Internet podem ser adaptados ao uso de cada cliente, ou recomendações de conteúdo são feitas com base nos hábitos de navegação.

Qual é a melhor IA?

O tipo de IA mais adequado para a rede de um provedor regional dependerá das necessidades específicas do negócio e das áreas de aplicação. No entanto, algumas abordagens e técnicas de IA são particularmente eficazes no gerenciamento e na operação de redes de telecomunicações:

Outro avanço é a implementação de redes autônomas capazes de configurar, monitorar e realizar reparos sem a intervenção humana. A IA pode automatizar a configuração e o gerenciamento de redes complexas, economizando tempo e reduzindo erros. Isso não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também reduz custos, permitindo que os provedores regionais invistam em inovações.

Assistentes virtuais

Chatbots e assistentes virtuais baseados em IA já são uma realidade e revolucionaram o atendimento ao cliente.

treinada para detectar atividades anômalas na rede, ajudando a prevenir diferentes tipos de ataques ou acessos não autorizados. Os algoritmos podem analisar padrões de tráfego em tempo real para detectar atividades suspeitas, como tentativas de invasão ou ataques DDoS –Distributed Denial of Service.

Além disso, sistemas de IA podem aprender continuamente com novas ameaças, adaptando-se para oferecer defesas robustas. Isso cria um ambiente mais seguro e protege os dados sensíveis que transitam pela rede.

Desenvolvimento

de novos serviços

A análise de grandes volumes de dados por meio da IA permite que os provedores regionais desenvolvam

• Machine learning supervisionado - Adequado para análise de tráfego, previsão de demandas e otimização de redes. Utiliza dados rotulados para treinar modelos que podem prever ou identificar padrões no tráfego como gargalos ou falhas iminentes. Pode prever picos de uso de largura de banda para alocação eficiente de recursos.

• Machine learning não supervisionado – Voltado para a detecção de anomalias em redes e segurança cibernética. Identifica padrões anômalos ou desvios no tráfego de rede sem necessidade de rótulos prédefinidos. Pode ser usado para detectar atividades incomuns como tentativas de invasão ou ataques DDoS.

• Aprendizado por reforço – Útil para configurar redes automaticamente e prever falhas. Funciona como um agente que aprende a tomar decisões mais eficientes ao interagir com a rede, baseando-se em feedback positivo (recompensas) ou negativo (penalidades) sobre suas ações. Com isso, é possível implementar redes que se ajustam de forma autônoma, adaptando-se às mudanças no tráfego em tempo real.

Fig. 1 – Uso da IA em telecomunicações

TECNOLOGIA

• Redes neutras profundas (deep learning) – Previsões complexas e reconhecimento de padrões em grandes volumes de dados. Modelos com múltiplas camadas de processamento aprendem representações complexas dos dados, úteis para prever o comportamento do usuário ou identificar falhas. Aplicam-se na análise de dados de telemetria para antecipar falhas críticas de equipamentos.

• Processamento de linguagem natural (NLP) – Atendimento ao cliente e automação de suporte técnico. Permite que sistemas compreendam e respondam

frequentemente é a abordagem mais completa, pois combina flexibilidade e eficiência. Ela permite que provedores regionais integrem modelos para manutenção preditiva, detecção de ameaças, otimização de largura de banda e suporte ao cliente em um sistema unificado.

Futuro da IA nos provedores regionais

O futuro da IA nas redes dos provedores regionais apresenta inúmeras oportunidades. Um dos destaques é sua integração com a IoT - Internet das

infraestrutura de forma visual, intuitiva e automatizada, tornando as operações mais simples e possibilitando uma resposta ágil a novos desafios que possam surgir.

Conclusão

A IA é uma poderosa ferramenta para os provedores regionais, capaz de transformar desde a manutenção preditiva até a criação de novos serviços. Com suas soluções, é possível aumentar a eficiência operacional, melhorar a experiência dos clientes e fortalecer a

Machine learning supervisionadoAnálise de tráfego, previsão de demandas,Previsão de picos de uso de largura de banda otimização de redespara alocação eficiente de recursos

Machine learning não supervisionadoDetecção de anomalias em redes, segurança cibernéticaIdentificação de tentativas de invasão ou ataques DDoS

Aprendizado por reforçoConfiguração automática de redes, manutenção preditivaRedes autoajustáveis que se adaptam dinamicamente às mudanças no tráfego

Redes neurais profundas (deep learning)Previsões complexas, reconhecimento de padrõesAnálise de dados de telemetria em grandes volumes de dadospara prever falhas críticas de equipamentos

Processamento de linguagem natural (NLP)Atendimento ao cliente, automação de suporte técnicoChatbots para resolução de problemas técnicos ou instruções de configuração

Sistemas especialistas com regras baseadas em IAGerenciamento de políticas de redeConfiguração de firewalls e roteamento de tráfego baseado em políticas

IA híbridaCombinação de técnicas para atenderSistema que prevê falhas (aprendizado supervisionado) múltiplos objetivos operacionaise interage com operadores via NLP

a perguntas dos clientes em linguagem natural. Em chatbots, auxilia na resolução de problemas técnicos básicos ou instruções de configuração.

• Sistemas especialistas com regras baseadas em IA – Usadas para o gerenciamento de políticas de rede com base em regras e heurísticas codificadas por especialistas para gerenciar e monitorar políticas de segurança e tráfego. Suas principais aplicações incluem configuração de firewalls e roteamento de tráfego baseado em políticas.

• IA híbrida – Adequada para operações complexas que demandam combinações de diversas abordagens. Reúne diferentes técnicas de IA, como machine learning, e regras para atender a múltiplos objetivos operacionais. Por exemplo, um sistema que usa aprendizado supervisionado para prever falhas e NLP para interação com operadores ou clientes. A IA híbrida

Coisas, possibilitando que dispositivos se conectem e funcionem de forma mais eficiente e inteligente. Redes habilitadas por IA poderiam dar prioridade automática ao tráfego de dispositivos críticos, como sensores médicos ou sistemas de segurança residencial, garantindo maior confiabilidade e desempenho.

Outra aplicação promissora é o uso de IA para aprimorar experiências de realidades aumentada (AR) e virtual (VR). Ao prever demandas e alocar recursos de rede em tempo real, a IA assegura uma experiência imersiva de alta qualidade, sem interrupções ou atrasos.

Além disso, os avanços em algoritmos estão impulsionando o desenvolvimento de plataformas de gerenciamento de redes cada vez mais sofisticadas que possibilitam a administradores monitorar e controlar toda a

segurança de equipamentos e sistemas. Em um mercado altamente competitivo, a adoção dessas tecnologias deixou de ser apenas uma vantagem para se tornar uma necessidade estratégica, indispensável para garantir liderança e relevância no setor. Para isso, é essencial que tanto profissionais quanto consumidores compreendam e aproveitem o potencial da IA explorando suas inúmeras aplicações e enfrentando os desafios associados à sua implementação. Além disso, as empresas precisam adotar plataformas que permitam escalar e integrar novas tecnologias de IA conforme seus negócios evoluem. Somente dessa forma será possível aproveitar plenamente os benefícios dessa revolução tecnológica.

Tab. I – Tipos de IA e suas aplicações nos provedores regionais
Tipo de IA Tipo IA Tipo de IA Tipo IA
Aplicações Aplicações
Exemplo Exemplo Exemplo Exemplo

O que o 400GBase-SR16 pode ensinar sobre a migração para velocidades mais altas

Ken Hall, arquiteto de soluções para data center da CommScope

EO artigo explora algumas abordagens que os data centers podem adotar para fazer a transição de suas configurações de fibra para designs mais recentes que os colocarão no caminho para velocidades de 1,6T e além, atendendo às necessidades de capacidade das próximas gerações de aplicações.

m dezembro de 2017, o IEEEInstitute of Electrical and Electronics Engineers adotou o padrão 802.3bs para velocidades de 200 e 400 Gbit/s. Entre outras coisas, o padrão abriu caminho para o desenvolvimento do 400GBase-SR16, que exigia 32 fibras multimodo por MPO, fornecendo 16 canais de 25G NRZ. Houve muita discussão sobre o 400GBase-SR16, no entanto, em poucos anos, ele se mostrou impraticável. Acontece que, naquela época, colocar 32 fibras em um único conector pode ter sido um passo grande demais. Então, qual é a lição aqui? Pode ser que, na busca por uma taxa de transferência cada vez mais rápida, a praticidade seja tão importante quanto a velocidade.

A migração de alta velocidade varia dependendo do modelo de negócios e do propósito do operador do data center. As organizações empresariais estão migrando de transmissão duplex para paralela de 10G para 40G, de 25G para 100G e além, a fim de aumentar a capacidade. Atualmente, líderes do setor estão prontos para migrar para 800G e 1,6T posteriormente. Os projetistas de rede estão explorando opções para garantir que possuam a infraestrutura correta para fornecer desempenho de alta velocidade, baixa latência e performance com custo efetivo.

Do lado do cabeamento, existem muitas instalações com links de 12 fibras (e algumas com 24 fibras). Algumas empresas mudaram precocemente de 12 para 8 fibras para suportar certas aplicações, enquanto outras optaram por pular de 8 fibras diretamente para uma infraestrutura de 16 fibras.

Situação atual

Para acelerar o desenvolvimento das taxas de dados, as aplicações duplex, como 10G, 25G e 50G, foram agrupadas em designs Quad, de 4 lane, para fornecer uma migração confiável e estável para 40G, 100G e 200G. A configuração escolhida foi o conector MPO de 12 fibras, o primeiro conector MPO a ser aceito em data centers. Havia uma variação de 24 fibras menos usada, mas o conector de 12 fibras era comum, conveniente e uma interface multifibra implantada com mais frequência nos módulos ópticos dos switches. Conforme os data centers migram para aplicações de 8 ou 16 fibras para melhorar o desempenho, as configurações de 12 e 24 fibras se tornam menos eficientes. Alocar a capacidade do switch usando troncos de 12 e 24 fibras se torna mais desafiador. Os números simplesmente não batem, deixando a capacidade

subutilizada nas portas do switch ou forçando a combinação de vários cabos de tronco em cabos hydra ou array para aproveitar totalmente as fibras do equipamento. Ironicamente, os cálculos que tornaram as fibras de 12 fibras perfeitas para aplicações duplex com menos de 400G de repente as tornaram muito menos atraentes com conexões paralelas a 400G e acima. Surgiu o design Octal, de 8 lane, ou seja, 8 vias de recepção e 8 vias de transmissão.

O que há de tão bom na conectividade de 16 fibras?

A partir de 400G, a tecnologia octal de 8 lane e os breakouts MPO de 16 fibras se tornaram os blocos de construção multipares mais eficientes para aplicações em trunk. A transição de implantações baseadas em quadri-lane para configurações octais dobra o número de breakouts, permitindo que os operadores de rede eliminem camadas de switches ou maximizem a apresentação de fibras e a densidade na face de um switch, ao mesmo tempo que suportam aplicações de taxa em linha. As aplicações atuais são otimizadas para cabos de 16 fibras. O suporte a aplicações de 400G e superiores com tecnologia de 16 fibras permite que os sites forneçam a capacidade máxima para switches ou servidores. Além disso, agrupamentos de 16 fibras oferecem suporte total a aplicações de 8, 4 ou 2 fibras sem comprometimento ou desperdício. Esse design de 16 fibras, incluindo transceptores correspondentes, cabos trunks/array e módulos de distribuição, torna-se o bloco de construção comum que permite aos data centers progredirem por meio de 400G e além. Quer migrar para 800G usando vias de 100G? Em breve, uma única conexão MPO16 ou duas conexões MPO8 em um trunk comum em um único transceptor se tornará uma opção que também oferece total compatibilidade retroativa. Uma vez que uma taxa de linha de 200G esteja disponível, esse mesmo conceito nos levará a velocidades de 1,6T.

E quanto aos meus links de 8 fibras?

Embora a configuração de 16 fibras possa ser a mais eficiente para velocidades acima de 400G, ainda existe algum valor nas implantações de 8 fibras, principalmente para os data centers que executam aplicações até 400G. Para aqueles que estão atualmente usando trunks de 8 fibras e precisam fazer uma atualização para 16 fibras, a pergunta é: qual é a melhor maneira de lidar com isso e quando? Essencialmente, você precisa duplicar o número de fibras na frente do painel para suportar o mesmo número de portas no painel. Uma maneira de fazer isso é trocar os conectores LC existentes na frente por conectores menores do tipo SN, desde que seja uma opção com o painel de fibras. A estrutura do tipo SN fornece o espaço necessário para pelo menos duplicar a contagem de fibras no mesmo espaço de um adaptador LC duplex, enquanto usa o mesmo tamanho e ferrolho comprovado.

Dois conectores MPO8 (traseiro) para 8 SN (frente) em um módulo cabem no mesmo espaço que um único conector MPO8 para um módulo com conector LC duplex de 4 vias. Essa mudança libera metade do espaço do painel, permitindo que os data centers dupliquem o número de fibras disponíveis e suportem o dobro de portas sem adicionar espaço no rack (que geralmente não está disponível no Dia 2 ). Cabos de trunks extras podem ser adicionados de forma simples e fácil com gerenciadores de cabos flexíveis. Isso gera benefícios significativos no gerenciamento dos desafios do Dia 2

Devo pular diretamente para troncos de 16 fibras?

Mas e se você estiver usando trunks de 12 ou 24 fibras e estiver pronto para mudar para uma configuração de 8 ou 16 fibras mais eficiente para corresponder às aplicações? A primeira consideração é o modelo de negócios. Deve-se considerar a opção de 8 fibras se a equipe de rede estiver avaliando aplicações que podem exigir uma conexão de 16 fibras?

Embora os breakouts de 8 fibras coexistam ao lado de soluções de 12 ou 24 fibras para aplicações de alta velocidade, quando comparados a um design de 16 fibras, existe uma forte justificativa de negócios para esquecer as implantações de trunks de 8 fibras. A diferença-chave entre os dois? Contagem de portas. A densidade típica de portas MPO é de 72 por unidade de rack. Se os trunks e aplicações forem baseados em 8 fibras, isso significa 72 portas. Se as aplicações usarem 16 fibras, essa mesma base de 8 fibras fornecerá apenas 36 portas. Trunks de 16 fibras correspondem à aplicação de 16 fibras com 72 por unidade de rack, mas também podem suportar 144 portas de 8 fibras no mesmo espaço.

A realidade para muitas organizações é que as aplicações de 8 fibras com capacidade de breakout de 4 vias terão uma vida de migração mais longa com base nas necessidades de capacidade. No entanto, a eficiência energética e o menor custo por Gigabit usando breakouts de 8 vias disponíveis com portas de 16 fibras podem mudar os modelos mais cedo do que o planejado originalmente. A transição de conexões de 8 para 16 fibras permite distribuir melhor a capacidade total do switch e, em alguns casos, eliminar alguns switches e seus custos associados. No caso de uma implantação nova, o investimento inteligente está nos trunks de 16 fibras, que suportam de maneira eficiente tanto os caminhos futuros quanto as aplicações sem desperdiçar fibras.

Idealmente, a decisão entre 8 e 16 fibras é melhor tomada de forma colaborativa pela equipe de cabeamento de infraestrutura e pela equipe de rede. No entanto, muitas vezes, a equipe de rede toma a decisão, e a equipe de infraestrutura deve encontrar a melhor maneira de fazer a transição.

E quanto às implantações de 12 ou 24 fibras?

Embora as configurações de 8 e 16 fibras sejam mais adequadas para as velocidades mais altas que nos levarão a

DATA CENTERS

1,6T e além, a realidade dentro de muitos dos data centers de hoje, incluindo as grandes instalações de hyperscale, é que muitos trunks de 12 fibras ainda estão em uso. Vamos supor que a decisão seja migrar de implantações de fibras duplex de 12 e 24 para aplicações paralelas de 8 e 16 fibras. Como fazer essa transição sem a necessidade de uma substituição completa?

Uma maneira de fazer isso é usando adaptadores e cabos de matriz, por exemplo, usando conectores LC na frente de um painel de conexões de fibras e uma matriz que termina em quatro conectores LC duplex conectados a um MPO de 8 fibras. Também é possível dividir um trunk de 24 fibras em três matrizes de 8 fibras ou dois cabos de 24 fibras conectados a três MPOs de 16 fibras. Uma desvantagem da solução de adaptador/MPO é a gestão de cabos. Os comprimentos dos desmembramentos precisam ser práticos para serem úteis. Além disso, os transceptores baseados em MPO têm pinos de alinhamento embutidos, o que requer cabos de equipamento sem pinos nas duas extremidades, solução que é a mais simples para técnicos em campo. No entanto, a combinação certa de pinos/sem pinos deve estar presente em todo o canal.

A conclusão é que existem muitas maneiras de fazer os números funcionarem; o objetivo é sempre o mesmo: suportar os requisitos de aplicação da maneira mais eficiente possível, sem deixar fibras paradas nas portas. Os operadores de rede devem priorizar soluções de infraestrutura que possam oferecer tanto as antigas configurações de 12 e 24 fibras quanto as configurações de 8 e 16 fibras sem exigir modificações demoradas nos painéis no campo.

Dividindo a capacidade dentro do painel

Outro requisito-chave é ter mais flexibilidade de design no painel de conexões. Em um design de plataforma

de fibra tradicional, componentes como módulos, cassetes e painéis com adaptadores são específicos do painel. Como resultado, a substituição de componentes com diferentes configurações significa também a troca do painel. O impacto mais óbvio dessa limitação é o tempo e os custos adicionais para implantar tanto novos componentes quanto novos painéis.

Ao mesmo tempo, os clientes de data centers também precisam lidar com custos adicionais de pedidos e estoque de produtos.

Em contrapartida, um design em que todos os componentes do painel são essencialmente intercambiáveis e projetados para se encaixar em um único painel comum permite que os designers e instaladores reconfigurem e implantem rapidamente a capacidade de fibra no menor tempo possível e com o menor custo. Da mesma forma, permite aos clientes de data centers simplificar seu estoque de infraestrutura e os custos associados.

Conclusão

Quanto mais complexo e denso o ambiente do data center se torna, mais desafiadora se torna a migração para velocidades mais altas. O grau de dificuldade aumenta quando a migração envolve a mudança (eventual) para diferentes configurações de fibras. É aqui que os operadores de data center se encontram. Como eles fazem a transição de suas implantações de 12 e 24 fibras para breakouts mais amigáveis para aplicações de 8 fibras e, especialmente, 16 fibras, determinará sua capacidade de aproveitar as capacidades de 800G e além, em benefício de suas organizações. O mesmo vale para o quanto de flexibilidade de design eles têm no painel de conexões. Esses são os desafios que os operadores de rede em instalações de nuvem e hyperscale estão enfrentando atualmente.

5G Router

Zero-Trust Network, VLAN, Authentication and Firewall

Deliver Robust Network, Cybersecurity VPN Gateway

Uninterrupted Network, High Density, Reliable DC Powered Switch Fast, Efficient WiFi6 Connectivity Network Management APP ACS on the Cloud, SD WAN Edge Router

Agregação de link, empilhamento e protocolo VRRP para aumentar a disponibilidade

Ochiro, Consultor de Rede e Instrutor de Treinamentos da FiberX

UAlguns mecanismos de simples implantação em uma rede de dados podem ser extremamente úteis para evitar possíveis pontos de falha e melhorar a sua redundância. É o caso das tecnologias de agregação de link, empilhamento de switches e o protocolo VRRP – Virtual Router Redundancy, detalhadas no artigo a seguir.

m dos pilares para entregar uma rede de qualidade para os usuários finais está na alta disponibilidade. Isto significa manter o serviço funcionando mesmo em meio a problemas, como rompimento de fibra e falha de funcionamento de um ativo. Quando se realiza o projeto de uma rede, é importante levar em consideração os possíveis pontos de falha e encontrar soluções para eles (principalmente aos mais críticos).

Neste artigo, apresentaremos alguns mecanismos que podem ser extremamente úteis e simples de serem implantados em uma rede de dados, visando melhorar a sua redundância: agregação de link, empilhamento de switches e o protocolo VRRP – Virtual Router Redundancy.

Tecnologia de agregação de link

Agregação de link consiste em realizar a conexão de mais de uma interface entre dois dispositivos, de forma que, caso uma das interfaces tenha problema, as demais conseguirão manter a comunicação.

Na figura 1, temos uma agregação de link de duas interfaces entre dois switches. Em um cenário normal, os switches balanceiam o tráfego entre as interfaces.

Após uma falha em uma das interfaces, todo o tráfego passa a ser

Fig. 1 - Em um cenário normal, os switches balanceiam o tráfego entre as duas interfaces

Fig. 2 - Após uma falha em uma das interfaces, todo o tráfego passa a ser encaminhado através da outra

Fig. 3 - Temos dois switches conectados formando um stack (lado esquerdo). Do ponto de vista lógico, tem-se apenas um switch na rede (lado direito)

Vinicius

REDES

encaminhado através da outra, mantendo o serviço operando normalmente. Outra grande vantagem é o aumento da banda disponível. No exemplo da figura 2, considerando que são duas interfaces de 10G, temos um total de 20G agregado entre os dois switches, quando ambas as interfaces estão ativas.

O limite de interfaces que podem ser agregadas depende do modelo do equipamento. Portanto, além da questão da redundância, a agregação de link se torna também uma alternativa interessante nos casos em que se necessita aumentar a banda sem precisar substituir os ativos.

Fig. 4 - Para os dispositivos conectados ao stack, é como se estivessem se comunicando com apenas um switch através de agregação de duas interfaces, simplificando a topologia lógica

Tecnologia de empilhamento de switches

O stacking ou empilhamento de switches consiste em conectar dois ou mais switches de forma que se comportem como apenas um switch lógico. Caso um dos switches desligue, os demais switches do stack poderão manter o funcionamento da rede.

Na figura 3, temos dois switches conectados formando um stack (lado esquerdo). Do ponto de vista lógico, tem-se apenas um switch na rede (lado direito).

Como os switches do stack se comportam como apenas um switch lógico, é possível realizar uma agregação de link utilizando interfaces de ambos os equipamentos, aumentando a confiabilidade da rede.

Conforme exemplo da figura 4, para os dispositivos conectados ao stack, é como se estivessem se comunicando com apenas um switch através de agregação de duas interfaces, simplificando a topologia lógica.

Fisicamente, porém, são dois hardwares distintos (figura 5). Caso

Fig. 5 - Fisicamente, porém, são dois hardwares distintos. Caso um switch tenha problema, o outro manterá o serviço rodando, resultando em impacto mínimo na rede

um switch tenha problema, o outro manterá o serviço rodando, resultando em impacto mínimo na rede. A quantidade de switches empilháveis depende do modelo dos switches, mas é comum conseguir empilhar mais de dois switches. Dependendo também do modelo e do fabricante, é possível realizar o empilhamento utilizando interfaces e cabos normais de serviço (interfaces de 1G, 10G, 100G), sem a necessidade de adquirir alguma placa e/ou cabos específicos.

Tecnologia VRRP

O VRRP - Virtual Router Redundancy Protocol é um protocolo que, como o próprio nome indica, visa implementar uma redundância através da criação de um “roteador virtual” (figura 6).

Dois roteadores são configurados fazendo parte de uma mesma rede. O default gateway dos dispositivos finais conectados a esta rede é o IP Virtual (VIP) do roteador virtual, e não o IP específico de algum dos roteadores. O VIP é “flutuante”, ou seja, pode alternar entre os roteadores dependendo de qual é o master.

Fig. 6 – No VRRP, dois roteadores são configurados fazendo parte de uma mesma rede

O master “assume” como dono do VIP e, consequentemente, todo o tráfego passa por ele. Mensagens de

anúncio de VRRP são encaminhadas pelo master à rede (figura 7). Assim, o roteador de backup, enquanto receber

Fig. 7 - O master “assume” como dono do IP Virtual e, consequentemente, todo o tráfego passa por ele

estas mensagens, sabe que o master está ativo. Quando ocorre uma falha no roteador master, o roteador de backup deixa de receber as mensagens de anúncio, detecta que o master está fora e passa a assumir como novo master da rede (assumindo o VIP), mantendo o funcionamento da comunicação dos dispositivos finais com a Internet.

Conclusão

Com estas tecnologias, é possível resolver boa parte dos problemas de disponibilidade de rede no qual a necessidade e forma de implementação de cada uma evidentemente dependerão de cada cenário.

Disponibilidade de recursos (ativos de rede, interfaces) e topologia da rede são fatores que determinarão o design destas soluções.

Guia de produtos para redes wireless

O levantamento a seguir traz a oferta dos fornecedores de antenas, rádios digitais, torres, postes e infraestrutura para a instalação de equipamentos sem fio para comunicações de longa distância, com informações sobre as frequências atendidas, tipos e aplicações dos produtos.

Telefone E-mail

Alfacomp (51) 3029-7161 n alfacomp@alfacomp.ind.br

ALGcom (54) 3201-1903 n recepcao@algcom.com.br

Antenas Aquário (44) 3261-7300 sac@aquario.com.br

BMJ(31) 99606-1580 n bernardo.brant@bmjtelecom.com.br

Brasilsat (41) 98851-4840 n comercial.estruturas@brasilsat.com.br

Fermion (21) 3609-8890contato@fermion.com.br

Furukawa Electric (41) 3341-4000 n

Hankell (71) 3172-8900 comercial@hankell.com.br

Ideal Antenas (35) 99700-9688 n contato@idealantenas.com.br

Intelbras (48) 2106-0006 n suporte@intelbras.com.br

JMC Comex (11) 4087-2165 n comercial@jmccomex.com.br

MetalPoty (88) 99205-8888 metalpoty@gmail.com

Tecnomafer (11) 99817-5525 n comercial@tecnomafer.com.br

Empresa

Rádios digitais micro-ondas

Alfacomp (51) 3029-7161 n alfacomp@alfacomp.ind.br

Brasilsat (41) 98851-4840 n comercial.estruturas@brasilsat.com.br

FIG(19) 98188-1732 n ronaldo@figengenharia.com.br

Furukawa Electric (41) 3341-4000 n

Grupo RC (17) 98153 3433 n jcarlos@gruporcjb.eng.br

Hankell (71) 3172-8900 comercial@hankell.com.br

Ideal Antenas (35) 99700-9688 n contato@idealantenas.com.br

Intelbras (48) 2106-0006 n suporte@intelbras.com.br

JMC Comex (11) 4087-2165 n comercial@jmccomex.com.br

MetalPoty (88) 99205-8888 metalpoty@gmail.com

Rezende & Carvalho (17) 99794-8887 n ronaldo@gruporcjb.eng.br

Siae (11) 99510-2036 n joao.redondo@siaemic.com

Supertower (34) 3229-2070 n contato@supertower.com.br

Tecnomafer (11) 99817-5525 n comercial@tecnomafer.com.br

Termotécnica (11) 5197-4000 coordenação.mkt@tel.com.br

Torres Ouro (41) 99171- 8273 n larissa.paola@torresourofino.com.br

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 200 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Redes, T Redes, Telecom e Instalações elecom e elecom , março de 2025.

Este e muitos outros Guias de RTI RTI RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Empresa

25 anos de segurança cibernética

Há 25 anos, juntamente com o surgimento da revista RTI, o mundo dava os primeiros passos do que hoje chamamos de transformação digital. Para recordar, os dispositivos móveis ainda não eram “smart”, mas já se ensaiavam alguns usos além da telefonia, embora nada parecido com os apps que temos hoje pois a tecnologia de conexão nem permitia isso. Nas empresas falava-se de como a tecnologia iria revolucionar a maneira como empresas e pessoas usavam a Internet. Hoje sabemos que as previsões não eram fantasia. Os dispositivos móveis se tornaram pequenos computadores com mais poder computacional que servidores do passado, e uma extensão nossa. Fazemos tudo, ou quase, via os apps de nossos aparelhos. Mas o avanço tecnológico não veio com um ambiente digital totalmente seguro. É compreensível, mas um pouco decepcionante.

Voltando no tempo, as empresas estavam conectando-se à Internet com mais capacidade a cada ano, mas ainda existiam companhias conectadas apenas com o roteador na borda. As tecnologias sob holofote eram os firewalls, os IPS –Sistemas de Prevenção e Intrusão e os scanners de vulnerabilidade. Outras tecnologias emergentes eram os gateways de acesso web e mais tarde os sistemas antispam. A alta gerência das empresas tratava o tema, nem o considerava como problema ou um assunto de TI. A cultura de segurança era próxima do zero, e havia pouco investimento nessa área.

O ano 2000 marcou também o início dos grandes ataques globais. Em fevereiro daquele ano um ataque DDoS – Distributed Denial of Service, chamado Mafiaboy, derrubou os sites mais importantes da época, o que levou Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos, a convocar uma reunião de emergência e prometer tornar a Internet um ambiente seguro. Os ataques também fizeram com que a segurança da Internet debutasse nas páginas dos grandes jornais. O Mafiaboy foi um prenúncio dos novos tempos. Os hackers também estavam investindo nos worms de rede, softwares que autonomamente procuram por novos alvos nas redes internas e na Internet. Assim, em 2001, o Code Red infectou mais de 350 mil computadores pelo mundo, e, dizem, reduziu em 40% a velocidade da rede mundial. Depois dele vieram o Nimda, também em 2001, e em 2003 o MS Blast e o SQL Slammer. O impacto e a repercussão dos ataques aumentaram a percepção de que não seria mais possível conviver com tal insegurança. Com isso, empresas começaram a criar planos estratégicos e políticas de segurança que ficaram muito em voga na época. O período também foi marcado pelo início da popularidade dos padrões e normas de boas práticas. Em 1999, foi publicada a segunda parte do British Standard 7799, ou BS 7799, que rapidamente ganhou aderência entre as companhias, que passaram a se certificar como padrão de qualidade em segurança digital. Ao longo dos anos vários outros padrões surgiram ou começaram a ser utilizados amplamente, como o COBIT, elaborado pela ISACAInformation Systems Audit and Control Association em 1996 e no Brasil a ISO/IEC 17799 – Security Techniques, de 2005, que mais tarde evoluiu dentro das normas editadas

pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

O efeito prático foi a evolução das áreas de segurança, aos poucos deixando de ser apenas uma caixa dentro de TI, o surgimento dos Security Officers, a preocupação com os usuários internos, o início das campanhas de conscientização e a adoção do conceito de Security Operations Center. Algumas empresas também começaram a vender serviços gerenciados de segurança. Faltavam softwares para suportar os esforços, e eles começaram a ser desenvolvidos para dar capacidade às empresas de gerenciar ativamente a sua segurança. Era o início dos sistemas de consolidação e correlação de eventos, precursores dos SIEM, SOAR e XDRs atuais.

Os primeiros anos do século 21, portanto, formataram a segurança cibernética como existe hoje, tanto do lado dos atacantes como dos defensores, seja pela estruturação dos grandes grupos de ataque, que começavam a flertar com a venda de serviços a grupos menores e sem tanta especialização, chamados na época de “script-kiddies”, assim como das áreas de planejamento e operação de segurança, que começavam também a colaborar entre si e a debater em grandes eventos, não só nos altamente técnicos, como a Black Hat. Do lado da indústria, o surgimento das equipes de inteligência de segurança. O ano de 2010 marcou duas grandes viradas. Para muitos, foi o ano em que a guerra cibernética tomou proporções globais com o ataque do Stuxnet às centrais nucleares do Irã. Não se sabe exatamente até hoje quem o desenvolveu, mas as suspeitas são claras para norte-americanos e israelenses, e nem como o worm escapou para atacar alvos em todo o mundo. A entrada dos Estados

nacionais na arena, seja com equipes próprias ou terceirizadas, canalizou recursos e sofisticou as técnicas e tecnologias utilizadas, gerando os APTs – os Persistents Advanced Threats, ataques estruturados contra alvos específicos. A segunda foi o início da adoção ampla da computação em nuvem, que mudaria por completo o ambiente de negócios, dos ataques e da segurança em geral. Um grande desafio nesses 20 anos foi a rápida adaptação dos hackers às novas tecnologias que iam surgindo uma atrás da outra, como Wi-Fi, e-mail e VoIP. A velocidade deles em buscar e explorar vulnerabilidades em muito ultrapassava a das empresas em entendê-las e protegêlas. Hoje o problema continua, mas a situação melhorou muito. No passado, as empresas lançavam sistemas internos e web sem ter a segurança como parte do processo de desenvolvimento. Primeiro se desenvolvia para depois corrigir. Os caminhos da indústria de segurança até a IA - Inteligência Artificial generativa e os modelos LLM – Large

Language Models atuais foram muitos, mas é interessante que as antigas tecnologias continuam em voga. Evoluíram com certeza, mas não deixaram a sua essência, como o firewall. Aos poucos, vimos o surgimento das técnicas de detecção por comportamento, do uso do machine learning, do Sandbox, da prática do threat hunting, os conceitos do acesso mínimo como o ZTNA – Zero Trust Network Access, dentre muitos. Assim também ocorreu com os atacantes. Da figura um pouco romântica dos gênios adolescentes do passado às quadrilhas de criminosos de hoje, sequestrando empresas inteiras e roubando seus dados em busca de resgates milionários. O worm do passado deu lugar ao ransomware, mas seus conceitos continuam em uso. O famigerado Wannacry, de 2017, usou técnicas criadas nos primeiros anos do século. O e-mail, que continua sendo uma ferramenta essencial de negócios, permanece como o vetor de ataque mais utilizado em golpes cada vez mais complexos de phishing e

fraudes. Os sites se tornaram uma plataforma para download involuntário de malware cujo código passou a ser ocultado dentro de arquivos de diversos formatos, entre eles o PDF.

A grande lição dos últimos 25 anos é que nunca se irá derrotar ou acabar com o problema da insegurança na Internet. Acho mesmo que era um sonho, já que não há como eliminar a insegurança física ou humana. O problema nunca foi a Internet ou suas tecnologias, e sim o ser humano. Aprendemos que precisamos conviver com o problema, de preferência preveni-lo, e, se algo acontecer, reagir rapidamente.

Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.

Como reduzir custos com armazenamento em nuvem

As empresas enfrentam um cenário econômico desafiador, com inflação alta, juros elevados e custos crescentes em serviços essenciais como a TI. O impacto do dólar nas despesas tecnológicas e a dependência de serviços, como as nuvens públicas, tornam a gestão financeira ainda mais complexa. Em um contexto onde otimizar custos é uma necessidade estratégica, repensar a infraestrutura tecnológica para equilibrar desempenho operacional com a lucratividade é fundamental para garantir competitividade em mercados cada vez mais desafiadores e voláteis.

Nuvens públicas e o problema do custo

Nuvens públicas, como AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, oferecem flexibilidade, escala global e acesso a tecnologias avançadas. No entanto, seus custos podem ser um desafio. Modelos baseados em consumo por demanda, combinados com cobranças em dólar, criam imprevisibilidade orçamentária e tornam essas soluções caras para aplicações com altos volumes de dados ou uso constante. Para muitas empresas, a migração total para nuvens públicas não é financeiramente sustentável, levando à busca por alternativas mais econômicas.

Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Como reduzir custos com nuvens públicas sem perder acesso às tecnologias proprietárias

Uma solução que tem se destacado é o modelo multicloud , que permite distribuir aplicações entre diferentes provedores de nuvem, escolhendo o ambiente ideal para cada necessidade. Nuvens públicas continuam sendo essenciais para aplicações que exigem alta elasticidade ou recursos proprietários, como IA - Inteligência Artificial e analytics em tempo real. Por outro lado, cargas de trabalho estáticas ou com altos volumes de dados podem ser realocadas para ambientes locais ou privados, reduzindo custos operacionais sem sacrificar desempenho.

O que é multicloud?

É uma estratégia que combina diferentes provedores de nuvem em uma única arquitetura. Essa abordagem oferece maior flexibilidade, permitindo que empresas aproveitem os pontos fortes de cada provedor e evitem a dependência de um único fornecedor. Além disso, a multicloud melhora a resiliência ao distribuir aplicações e dados entre diferentes ambientes, garantindo redundância geográfica e otimização de recursos. É uma solução particularmente eficaz para lidar com custos crescentes e demandas específicas de TI.

Como fazer multicloud na prática

Implementar multicloud envolve o uso de interconexões privadas para conectar diferentes ambientes com segurança e eficiência. Ferramentas como AWS Direct Connect, Azure ExpressRoute, Google Cloud Interconnect, Oracle FastConnect e

IBM Cloud Direct Link permitem criar conexões diretas entre data centers e nuvens públicas, reduzindo a latência e custos de transferência de dados.

Na prática, a distribuição das aplicações deve ser estratégica. Sistemas críticos que exigem elasticidade podem ser mantidos em nuvens públicas, enquanto ferramentas estáticas, como catálogos de produtos ou backups, podem ser movidos para ambientes privados ou locais. Essa abordagem reduz custos sem comprometer a flexibilidade e o desempenho necessários para aplicações dinâmicas.

Bare metal: a tecnologia que reduz custos em multicloud

Uma alternativa em alta no mercado brasileiro para otimizar custos em arquiteturas multicloud é o uso de servidores bare metal, também conhecidos como servidores dedicados. Diferentemente de ambientes virtualizados, o bare metal oferece recursos dedicados, eliminando a sobrecarga de hipervisores e reduzindo significativamente os custos por processamento, memória, armazenamento e transferência de dados. É uma solução ideal para aplicações que exigem desempenho elevado ou processam grandes volumes de dados.

Além disso, o mercado está vivenciando uma transformação significativa no ecossistema de virtualização. Após a aquisição da VMware pela Broadcom, concluída em 2023, o modelo de licenciamento passou a exigir assinaturas anuais, eliminando licenças perpétuas. Essa mudança aumentou os custos e reduziu a flexibilidade, levando muitas empresas a adotar alternativas mais acessíveis, como o Proxmox, uma solução open-source de virtualização.

Atualmente, muitos provedores de bare metal nacionais já oferecem servidores com o Proxmox préimplantado e gerenciado, tornando-o uma solução integrada de virtualização, semelhante às nuvens públicas. Essa abordagem combina o desempenho dedicado do bare metal com a conveniência de uma plataforma gerenciada, permitindo a criação de máquinas virtuais e containers de maneira simples e eficiente.

Adicionalmente, alguns desses provedores estão entregando interconexões diretas com as principais nuvens globais, como AWS, Microsoft Azure, Google Cloud e Oracle, em qualquer região onde operam. Isso facilita significativamente a implementação de estratégias multicloud, permitindo que empresas conectem de maneira segura e eficiente seus ambientes bare metal a serviços de nuvens públicas, aproveitando o melhor dos dois mundos.

Com essas características, o bare metal com virtualização gerenciada e conectividade direta está se

consolidando como uma alternativa poderosa às soluções tradicionais de nuvens públicas. Para empresas que buscam eficiência, controle e custo/benefício, essa combinação oferece a flexibilidade necessária para atender demandas complexas em arquiteturas multicloud.

Vantagens da interconexão e do multicloud

A combinação de multicloud com interconexões privadas oferece uma série de benefícios. A conectividade direta entre data centers e nuvens públicas elimina a necessidade de usar a Internet pública, reduzindo a latência e os riscos de segurança, como ataques DDoS – Distributed Denial of Services e com custos por GB de transferência trocado menor que pela Internet. Além disso, a redundância geográfica proporcionada por essa abordagem aumenta a resiliência, garantindo continuidade operacional mesmo em casos de falha.

Ao distribuir aplicações de forma inteligente, as empresas podem

maximizar eficiência e minimizar custos. Ferramentas de monitoramento e analytics, por exemplo, podem se beneficiar de nuvens públicas com alta capacidade de processamento, enquanto sistemas menos críticos ou estáticos são alocados em ambientes de custo mais baixo. Esse modelo híbrido permite atender às demandas operacionais com maior flexibilidade e segurança.

O multicloud, combinado com tecnologias como o bare metal e soluções de virtualização modernas, é uma resposta eficaz aos desafios econômicos e operacionais de 2025. Essa abordagem permite que empresas reduzam custos, mantenham o acesso a tecnologias de ponta e garantam resiliência em suas operações. Planejada adequadamente, a arquitetura multicloud não apenas otimiza a infraestrutura de TI, mas também se torna um diferencial estratégico, capaz de transformar custos em investimentos competitivos e sustentáveis.

Qual é o estado do cabeamento estruturado no mercado de tecnologia da informação e comunicação? É uma técnica obsoleta ou com tendência a isto?

Trata-se de uma questão recorrente entre os profissionais do meio. O cabeamento estruturado é uma técnica antiga e bem consolidada, com mais de 30 anos de existência.

Muitas coisas mudaram nesse período, porém ao meu ver, não se trata de uma técnica obsoleta ou que esteja próximo a isto. Vou justificar a minha visão sobre o tema ao longo deste artigo.

Parte 1

Aproveito o momento na CE - Comissão de Estudo do Cobei –Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações que coordeno para abordar o tema. Estamos revisando a NBR 14565 - Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais. A atual versão foi publicada em 2019 e, considerando o ciclo de revisão de normas estabelecido pela ISO - International Organization for Standardization

Fig. 1 - Topologia hierárquica de distribuição de um sistema de cabeamento estruturado para edifícios comerciais.

Fonte: NBR 14565:2019

e, consequentemente pela ABNT –Associação Brasileira de Normas Técnicas, que é de cinco anos, a revisão se faz necessária. Em cada ciclo de revisão há três resultados possíveis:

• Ratificação – Confirmação do documento sem alterações;

• Retificação – Revisão propriamente dita, com alteração de conteúdo;

• Cancelamento – Extinção da norma.

Vamos revisar alguns conceitos importantes sobre o cabeamento estruturado.

Sistema de cabeamento estruturado

2 - Esquema de transmissão do 100GBase-SR4 em conectores MPO

Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: info rti@arandanet.com.br.

Para tranquilizar o leitor, a NBR 14565 terá seu conteúdo revisado para torná-la ainda mais eficiente, moderna e prática para o projetista. E não somente a nossa norma, mas todas as normas de cabeamento estruturado de outros organismos de normalização que observam a ISO vêm seguindo o curso natural de revisão periódica. Isso indica que o cabeamento estruturado tem um futuro, ao contrário de certas previsões catastróficas. Portanto, novamente, o cabeamento estruturado está longe da obsolescência.

Trata-se de um sistema de cabeamento padronizado com uma hierarquia de distribuição bem definida, assim como meios físicos (cabos) e conectores (hardware de conexão) também padronizados. Os modelos de conexão, configurações do cabeamento, comprimentos mínimos e máximos de cabos, modelos de ensaios, etc. são definidos em normas técnicas pertinentes. A figura 1 mostra um exemplo de topologia de distribuição de um sistema de cabeamento estruturado para edifícios comerciais.

A topologia apresentada na figura 1 é comum a todas as normas de cabeamento estruturado para edifícios comerciais. Entretanto, alguma nomenclatura pode ser diferente. Portanto, juntar cabos e conectores sem qualquer critério não faz desse arranjo um sistema de cabeamento estruturado. Isso é muito importante compreender,

Fig.

pois para ser um sistema de cabeamento estruturado o projeto e a instalação devem estar em conformidade com as normas técnicas do setor (nacionais, regionais e/ou internacionais).

3 - Implementação do padrão 100GBaseSR10 usando um conector MPO de 24 fibras

Qualquer instalação de cabeamento que não atenda aos requisitos dessas normas não pode ser considerada um sistema de cabeamento estruturado.

Importante!

Otermo sistema de cabeamento estruturado também é utilizado no mercado como uma forma de identificar um cabeamento composto por cabos e hardware de conexão de um mesmo fabricante ou fornecedores de fabricantes terceiros homologados.

Cabos e hardware de conexão padronizados

Conforme definido anteriormente, um sistema de cabeamento estruturado deve ser projetado e instalado com cabos e componentes (hardware de conexão) padronizados, ou seja, não se trata de usar quaisquer cabos e quaisquer componentes. Por exemplo, os cabos reconhecidos pelas normas são os balanceados (pares trançados) e os ópticos com fibras ópticas monomodo e multimodo. Os cabos balanceados e ópticos são especificados por suas categorias. Os cabos balanceados entre as

categorias 3 e 8 (8.1 e 8.2) são reconhecidos pelas normas e as fibras ópticas monomodo categorias OS1 e OS2, e as multimodo OM1 a OM5 também são reconhecidas pelas normas para cabeamento estruturado.

Pode parecer estranho que cabos balanceados categoria 3, com largura de banda de 16 MHz, e até mesmo categoria 5e (100 MHz), ainda sejam reconhecidos, mas é importante entender que o fato de serem meios físicos reconhecidos não os torna obrigatórios. É comum encontrarmos no mercado declarações de que a categoria 5e, por exemplo, está obsoleta e não deveria ser mais reconhecida pelas normas.

Do ponto de vista de normalização (e também de mercado) esse discurso não faz sentido. É o mesmo argumento usado no passado quando a categoria 7 (600 MHz) foi normalizada. Alguns a consideravam

Fig.

inadequada em normas técnicas porque não havia aplicação com esse requisito de meio físico disponível na época. Aproveito para comentar que essa aplicação ainda não existe. Há aplicação que pode operar em cabeamento categoria 7, mas este não é seu requisito específico de meio físico.

As normas procuram olhar para o futuro. Uma categoria de desempenho que não tem uma aplicação hoje pode ser necessária para uma aplicação nova amanhã. Da mesma forma, elas mantêm especificações passadas. Quando nos referimos aos sistemas de cabeamento estruturado, passado e futuro convivem em normas técnicas e também na prática. É muito difícil (e arriscado) classificar essa ou aquela categoria de desempenho como obsoleta.

Desenvolvimento em conectividade passiva

Os desenvolvimentos em conectividade passiva (cabeamento) seguem a todo vapor. Há mudanças de abordagem, técnicas de instalação, miniaturização de componentes, etc. Vamos começar pelo cabeamento óptico.

Cabeamento óptico

A tabela I mostra os cabos de fibras ópticas monomodo reconhecidos pelas normas de cabeamento estruturado e suas características de atenuação. As fibras ópticas monomodo OS1 e OS2 são especificadas na IEC 60793-2-50. Muito provavelmente, essas fibras continuarão a ser utilizadas em sistemas de cabeamento estruturado por muito tempo.

A tabela II mostra as especificações de largura de banda modal para as fibras ópticas multimodo OM1 a OM5.

No caso das fibras ópticas multimodo (ver tabela II), as fibras OM3 a OM5 têm uma tendência de crescimento em utilização, especialmente para as aplicações

Parâmetro

OM5 suporta multiplexação por divisão de comprimento de onda na faixa de 850 a 953 nm.

Do ponto de vista de construção, é provável que os cabos ópticos com fibras multimodo do tipo BIMMFBend-insentivity Multimode Fiber, conforme especificação da IEC 60793-2-10, sejam usados de forma crescente em instalações de alta densidade de conexões.

As fibras BIMMF podem manter seu desempenho com raios de curvatura da ordem de 7 a 8 mm na instalação. As práticas de instalação para cabos ópticos com fibras multimodo convencionais requerem raios de curvatura bem superiores, de quatro a cinco vezes

Coeficiente de atenuação máximo (dB/km)

Categorias de fibras monomodo OS1aOS2

Comprimento de onda (nm) 131013831550131013831550

Atenuação (dB/km) 10,4

de altas velocidades, enquanto as fibras OM1 e OM2 não encontram uso em sistemas de cabeamento estruturado atuais.

Os requisitos de largura de banda modal são especificados na IEC 60793-2-10 - Optical Fibres –Part 2-10: Product Specifications –Sectional Specification for Category A1 Multimode Fibres. Além de suportar a mesma largura de banda a 850 e 1300 nm que a OM4, a

maiores que aqueles suportados pelas fibras BIMMF.

A IEC 60793-2-10:2019 descreve as subcategorias de fibras ópticas

A1-OM1, A1-OM2, A1-OM3, A1OM4, A1-OM5 e A1d. Essas fibras podem ser utilizadas em equipamentos de transmissão digital e cabos ópticos. As subcategorias A1-OM2, A1-OM3, A1-OM4 e A1OM5 se aplicam a fibras de índice gradual de 50/125 µm. Há várias

Categoria Núcleo (μ μ μ μ m)Largura de banda modal mínima MHz x km

Largura de banda comLargura de banda preenchimento total do núcleo modal efetiva 850 nm953 nm1300 nm850 nm953 nm

OM1 62,5200N/AN/AN/A

OM2 50500N/AN/AN/A

OM3 501500N/A5002000N/A

OM4 503500N/A4700N/A

OM5 503500185047002470

Fig. 4 - Exemplo de conector padrão MPO de 16 fibras
Tab. I - Cabos ópticos monomodo para sistemas de cabeamento estruturado
Tab. II - Largura de banda modal para fibras OM1 a OM5

Tab. III - Padrões IEEE para 100 GbE

AplicaçãoPadrãoQuantidade de Distância de transmissão (m) fibrasOM3OM4OM5

100GBase - SR2

100GBase - SR4

802.3cd2/canal70100100

802.3bm 4/canal70100100

100GBase - SR10 10/canal100150150

outras subclassificações para essas fibras, mas não entrarei em detalhes aqui por não ser o objetivo da discussão.

Fibras ópticas com menor sensibilidade ao raio de curvatura são bastante utilizadas em redes PON. A Recomendação ITU-T G.657 - Characteristics of a Bending-loss Insensitive

Single-mode Optical Fibre and Cable especifica as características do cabo de fibra óptica monomodo insensível à perda por dobras (macrocurvaturas).

Embora especificadas para redes

terminação de várias fibras e com dimensões reduzidas são utilizados amplamente em instalações de alta densidade, e isso é uma tendência. O conector padronizado para essas aplicações é o MPO, para 12, 24 e 16 fibras.

As aplicações 100G apresentadas na tabela III têm as fibras multimodo como meio físico reconhecido. Inicialmente, as diferentes versões do 100G foram especificadas para fibras OM3 e OM4. É importante comentar que essas tecnologias transmitem a 100 Gbit/s em dois, quatro e dez canais.

Tab. IV - Padrões IEEE para 400 GbE

Aplicação PadrãoQuantidade Distância de transmissão (m) de fibras OM3OM4OM5

400GBase - SR16

400GBase - SR8

802.3cd16/canal70100100

802.3cm 8/canal70100100

400GBase - SR4.2 4/canal30 a50 a50 a adistânciasnãoespecificadas.

PON, as fibras monomodo insensíveis a perdas por macrocurvaturas podem ser utilizadas também nos subsistemas de backbone do cabeamento estruturado.

Hardware de conexão óptico

Aplicações de altas velocidades, como 100G e 400G, têm as fibras ópticas multimodo otimizadas para laser como meio físico reconhecido. A tabela III apresenta as características dos padrões 100G. Em termos de hardware de conexão, conectores para a

Para exemplificar, a figura 2 mostra o esquema de conexão para transmissão no padrão 100GBase- SR4, em conectores MPO de 12 fibras.

Outra configuração possível, porém, não a última delas, para a implementação do padrão 100GBase-SR10 em conectores MPO é mostrada na figura 3.

Na configuração da figura 3, 10 fibras são utilizadas para transmissão (fila superior) e as outras 10 (fila inferior) para recepção. A tabela IV apresenta as características dos padrões 400G.

O padrão 400GBase-SR4.2 é inovador no mundo das aplicações Ethernet por empregar a técnica de multiplexação por comprimento de onda (WDM) para aproveitar a capacidade de largura de banda da fibra OM5. Conforme mostrado na tabela IV, o padrão 400GBase-SR16 opera em 16 canais, ou 32 fibras. A figura 4 mostra um exemplo de conector padrão MPO de 16 fibras. Para finalizar, os desenvolvimentos de aplicações de altas velocidades em fibras ópticas amplia o horizonte de utilização do cabeamento estruturado óptico. Aplicações como 100G, 400G, 800G e superiores necessitarão de uma infraestrutura de cabeamento padronizada e organizada ou, em outras palavras, estruturada. A densidade de conexões, especialmente em data centers, tende a crescer e a IA - Inteligência Artificial vem contribuindo para isto, levando ao desenvolvimento e uso de conectores de dimensões reduzidas e altas capacidades de terminação de fibras ópticas e desempenho de transmissão.

O cabeamento estruturado não está obsoleto, pelo menos no que diz respeito ao cabeamento óptico. Na próxima edição de Interface, vamos analisar o cabeamento estruturado balanceado. Até lá!

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.

Rack outdoor

Fabricado em aço galvanizado de 0,95 mm (teto, base e porta) e 1,25 mm (corpo), o rack outdoor 6U-LOCO, da AZLink, recebe pintura eletrostática em poliéster para maior

resistência nos diversos cenários em campo, garantindo segurança e durabilidade. Possui duas tomadas de ar com filtros nativos na parte superior da porta, compatíveis para instalação de microventiladores 90 x 90 mm, e apresenta padrão telecom de 19” com barramento de unidade ajustável. Site: www.azlink.com.br.

Sistema de pressurização

O Hydro MPC-E, da Grundfos, é um sistema de pressurização com bombas de frequência controlada voltado para aplicações de HVAC – Heating, Ventilating

temperatura do líquido que pode chegar a 60oC. Site: https://www.grundfos.com/br.

Rádio bidirecional

O X10d, da Motorola Solutions, é um rádio portátil bidirecional com recursos de Push-to-Talk (PTT), interoperabilidade dos rádios sob o padrão internacional DMR e capacidade de operar tanto no modo analógico quanto no digital. A solução oferece capacidade de 23 horas de conversação com carga rápida de bateria, classificação de proteção de produto IP55 resistente à poeira e água e um complemento de funções de proteção adicional para os profissionais em campo, incluindo botão de emergência, modo trabalhador solitário e monitoramento remoto. Site: www.motorolasolutions.com.

OLT XGS-PON

ITU-T G.9807.1, com cada enlace operando com taxas downstream e upstream de 9,953 Gbit/s. Site: www.datacom.com.br.

Carrinho porta-cabos

O carrinho porta-cabos KS1-90, da Porta Cabos, está disponível nos modelos alumínio fundido ou em aço, com rolamentos que trabalham em trilhos tipo

perfil C. A solução pode ser fabricada com bandejas fixas (simples ou duplas) ou giratórias. Apresenta largura útil de 45 mm e capacidade de carga de 25 kg. Site: www.portacabos.com.br.

Fechadura digital

produto permite o cadastro de seis administradores e até 100 usuários. Site: www.proeletronic.com.br

Microduto

de PEAD

O s microdutos da Polierg são fabricados em PEAD – Polietileno de Alta Densidade e podem ser

aplicados em instalações aéreas ou subterrâneas, na horizontal ou vertical. Suas estrias internas facilitam a passagem dos cabos por processo de sopro, evitando a fricção. Fornecidos em carretéis de 5 mil m, sem emendas. Site: www.polierg.com.br.

Roteador Wi-Fi portátil

and Air Conditioning em data centers. Com altura manométrica máxima de 161 m, atende pressão máxima de 16 bar e

O DM4616, da Datacom, é uma OLT em formato pizza box com 1U de altura pronta para instalação em racks de 19”, contendo oito interfaces, sendo metade XGS-PON e a outra parte de 10GbE, todas em conectores SFP+. Com capacidade máxima de até 1024 clientes XGS-PON por OLT, o equipamento é compatível com o padrão

A fechadura digital de sobrepor da Proeletronic é voltada para controle de acesso. Possui quatro formas de desbloqueio: biometria, senha numérica, tag e chave

física. O design dispensa o uso de maçanetas e puxadores e permite a instalação e abertura para dentro ou para fora. O

Fabricado pela Acer, o Connect M6E 5G Mobile WiFi é um roteador Wi-Fi portátil que suporta diversos dispositivos simultaneamente, permitindo que os usuários desfrutem de até 28 horas de conexão ininterrupta à Internet. Com suporte para SIM e eSIM, a solução pode acessar redes em mais de 135 países e oferece velocidade máxima de 9,6 Gbit/s e suporte a MU-MIMO. Site: www.acer.com.

PUBLICAÇÕES

s ataques altamente personalizados e baseados em IA – Inteligência Artificial vão potencializar os golpes digitais e as fraudes de phishing em 2025, afetando as operações das empresas e a segurança dos usuários. É o que prevê o estudo The Easy Way IN/OUT – Securing the Artificial Future, da Trend Micro. Os criminosos vão continuar criando novas maneiras de explorar áreas vulneráveis, aumentando o risco à medida que as companhias expandem a superfície de ataque. O relatório alerta para o potencial de gêmeos digitais maliciosos, em que informações pessoais vazadas serão utilizadas para treinar um LLM - Large Language Model, simulando o comportamento, a personalidade e o estilo de escrita de uma vítima. Quando implementados em deepfake, com vídeo e áudio combinados com dados biométricos comprometidos, podem ser usados em fraudes de identidade ou para enganar um amigo, colega ou membro da família. Com 32 páginas, a análise em inglês pode ser acessada pelo link: https://abrir.link/VqJKM.

da Capgemini (CRI - Capgemini Research Institute), revela uma divisão entre a forma como as instituições financeiras tradicionais e atuais veem seus investimentos em tecnologia de nuvem. A maioria dos bancos e seguradoras adota soluções em nuvem com o objetivo principal de impulsionar a eficiência operacional (84%), enquanto fintechs e insurtechs buscam acelerar as vendas (62%). A análise sugere ainda que apenas 12% das organizações de serviços financeiros podem ser consideradas “inovadoras na nuvem”. O estudo completo, com 40 páginas e em inglês, pode ser visualizado na íntegra pelo site: https://abrir.link/YAVss.

Outros benefícios da medida incluem maior interoperabilidade, escala, mensuração, eficiência e experiência do usuário. O documento também destaca a importância da inovação para atrair espectadores, já que tecnologias como IA – Inteligência Artificial generativa, publicidade indireta virtual, QR codes dinâmicos e controle remoto aprimorado tornam as campanhas mais interativas e imersivas. A análise completa está disponível no site do IAB Brasil: https://iabbrasil.com.br.

World Cloud Report for Financial Services 2025, do Instituto de Pesquisa

IAB Brasil divulgou o seu primeiro guia de 2025 com o tema TV conectada. Desenvolvido pelo IAB US e traduzido para o português, o relatório O Panorama dos Formatos de Anúncios para CTV: Como a Padronização Pode Impulsionar o Crescimento Programático e a Inovação parte da experiência americana e recomenda como adaptar formatos exitosos de anúncio à realidade brasileira. A associação defende que a padronização desses formatos pode expandir as oportunidades de mercado e o alcance das campanhas programáticas.

m Governança da Inteligência Artificial: Estrutura, Desafios e Práticas para Organizações Inovadoras , o leitor encontrará textos de diversos autores que auxiliam a compreender o papel crucial da governança na era da IA – Inteligência Artificial. Coordenada por Aguinaldo Aragon Fernandes, Ivanir Costa e Vladimir Ferraz de Abreu, a obra ensina a implementar práticas eficazes que alinhem os objetivos estratégicos de uma empresa com as possibilidades que a IA pode oferecer. Editora Brasport (https://abrir.link/mNaJA), 366 páginas.

Índice de anunciantes

2Flex .............................11

Abramulti......................61

Abrint Global Congress..63

ARJ Company ...............57

D2W..............................28

Datacom .......................21

DrayTek .........................45

Fibracem ......................15

Forte Telecom ..............25

Fujikura .........................31

Geraforte ......................29

Inventtis ......................51

ISPX ..............................47

ITTV ..............................37

JR Painéis Elétricos ....44

Kidde Fire Systems .....26

Maquimp .............20 e 44

MK Solutions ...............35

Moura ..............................7

Nexusguard .................12

NIC.br ...........................59

Olé TV ...........................19

Panduit .................2ª capa

PE Tubos ......................14

PlayHub ........................41

Rosenberger .......3ª capa

Seitec..........................33

SMH Sistemas .....4ª capa

Terzian..........................55

TGL Telecom ................53

TIP Brasil ......................13

UP2Tech ......................49

Vero..............................27

Watch Brasil ................17

FORTALEZA, BRASIL, CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ

INTERSO LA R SUM MI T NOR DESTE O P RINCIPAL

EVENTO DO S ETOR SO LA R BRASILEIR O PO TE NCIALIZA OS NEGÓCI OS FV N O NOR DES TE

INTERSO LA R SU MIT NOR DESTE BRAZIL’S

MO ST S UC CESSFUL SOLAR EV EN T BO OS TING NOR TH EA ST’S PV BUSINESS

Conheça o potencial do Nordeste

O congresso de alto nível receberá 500 congressistas e 30+ palestrantes de primeira linha para discutir não só políticas, desafios jurídicos e marcos regulatórios, como também financiamento e soluções de integração com a rede. A missão do Intersolar Summit Brasil Nordeste é trazer informações aprofundadas, facilitar oportunidades de contatos de alta qualidade, expandir o uso de tecnologias FV nos âmbitos regional e nacional.

Inspirado em

gerente de relacionamento institucional da Abrint

Telecomunicações em 2025: desafios e oportunidades para um setor em transformação

A Abrint consolidou, neste início de ano, algumas análises das principais tendências e perspectivas que nortearão a pauta de discussões sobre tecnologia, inovação e o setor de telecomunicações em 2025. No documento, já disponibilizado, abordamos temas que consideramos prioritários, incluindo neutralidade e regulação da rede, impasses na infraestrutura compartilhada dos postes, desenvolvimento da IA - Inteligência Artificial e investimentos em telecomunicações.

Defendemos a relevância da faixa de frequência de 6 GHz para usos não licenciados, como é o caso do Wi-Fi 6E e as futuras tecnologias de Wi-Fi 7. Tal tecnologia, dentre outros benefícios ao setor, amplia a capacidade de transmissão de dados, reduz interferências e melhora a qualidade dos serviços prestados aos consumidores. Para os provedores regionais, o uso dessa frequência representa uma oportunidade estratégica de aumentar a qualidade da experiência dos usuários na rede, assim como de atender às demandas das constantes novidades tecnológicas.

Além disso, a neutralidade da rede deve continuar sendo um princípio básico para o ramo e para aqueles que ainda desejam garantir um ambiente competitivo e livre de interferências e interesses comerciais na gestão do tráfego de dados. No entanto, lembramos que o panorama regulatório de 2025 apresenta desafios, sobretudo diante de novos cenários com imposição de

Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI

responsabilidades inoportunas aos provedores de Internet dentro do ecossistema digital. Também em nossos diagnósticos, observamos que a efetiva regulação conjunta do compartilhamento de infraestrutura dos postes com as redes ópticas é uma solução estratégica para expandir progressivamente a cobertura nas regiões mais afastadas, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional dos provedores regionais. Contudo, os desafios burocráticos e entraves regulatórios tendem a dificultar essa resolução no mercado, o que segue gerando conflitos entre as empresas do setor e as concessionárias de energia. Entendemos que as negociações entre Anatel e Aneel devem avançar para estabelecer condições mais justas e acessíveis para o uso compartilhado da infraestrutura.

Sobre a presença da IA -Inteligência Artificial no setor de telecom, sabemos que ela tende a ser cada vez mais expressiva, especialmente na operação dos provedores de Internet, onde já é possível perceber certa automação no atendimento ao cliente, além de otimização de redes e aprimoramento da experiência do usuário. Chatbots e assistentes virtuais representam um marco na digitalização do suporte ao cliente, garantindo respostas rápidas e disponibilidade contínua, por exemplo. Por outro lado, com o aumento do tráfego de dados e a digitalização de serviços, a segurança cibernética se torna uma prioridade absoluta para os provedores. Ataques DDoSDistributed Denial of Service, ransomware e phishing representam ameaças constantes, o que exige mais investimentos em soluções de proteção. Para mitigar esses riscos, os provedores devem adotar protocolos de segurança mais rigorosos, criptografia avançada e autenticação multifator. Conjuntamente, as mudanças no sistema tributário brasileiro através das novas legislações representam outro quadro de adaptações para os provedores em 2025. Com as repercussões gerais aprovadas em 2023, a Reforma Tributária demanda

um acompanhamento contínuo das atualizações nas diretrizes fiscais para evitar penalizações na gestão financeira das empresas, principalmente as de menor porte. Um cenário semelhante é a implementação da Nota Fiscal de Comunicação Eletrônica (NFCom) que, segundo o Sistema Nacional de Informações Econômico-Fiscais, tem o objetivo de simplificar processos e aumentar a transparência fiscal. Apesar da sua relevância, o projeto é complexo e exigirá um período de adaptação dos provedores, o que também traz preocupações com possíveis impactos operacionais que requerem remodelagem e capacitação das equipes.

Em toda essa conjuntura, a atuação de entidades representativas, como a Abrint, será crucial para assegurar políticas e regulamentações eficazes e equilibradas que incentivem a inovação sem seguir comprometendo a competitividade do mercado. Assim como dos veículos especializados, como a própria revista RTI, tradicional publicação do setor que completa 25 anos em 2025 e desempenha esse compromisso exemplar de apoiar a Abrint na divulgação dos desafios aqui citados. O setor de telecomunicações em 2025 será fortemente impactado por avanços tecnológicos, desafios regulatórios e a necessidade crescente de segurança digital. Percebemos que os provedores regionais que investirem em inovação, infraestrutura resiliente e práticas de adaptação estarão mais bem preparados para enfrentar os obstáculos e oportunidades do ramo. O e-book Tendências e Perspectivas do Setor em 2025, da Abrint, pode ser baixado pelo QR Code ao lado.

Rhian Duarte é cientista político com especialização em políticas públicas e gestão, com foco em inovação e digitalização. É gerente de relacionamento institucional, regulatório e comunicação da Abrint.

Indústrias Representantes de vendas
padronizar destacar valor

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.