FotoVolt Março 2025

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Baterias para armazenamento de energia

No momento em que se discute a ampliação do papel do armazenamento de energia em complemento à energia solar, o levantamento traz uma lista de fornecedores nacionais e internacionais, com informações sobre as baterias fornecidas e dados de contato, para orientação dos interessados.

Proteção diferencial-residual para sistemas fotovoltaicos

Sistemas de energia solar fotovoltaica têm experimentado um vigoroso crescimento em instalações residenciais e comerciais. A proteção contra choques ainda suscita incertezas e divergências, e o artigo analisa os requisitos normativos para aplicação de dispositivos diferenciais-residuais.

Produtos e serviços para segurança perimetral de usinas

Muitas vezes localizadas em regiões afastadas, usinas fotovoltaicas precisam de recursos que permitam identificar aproximações e tentativas de invasão. O guia lista fornecedores de produtos para vigilância e proteção, e também prestadores de serviços de controle e vigilância.

Evento consolida liderança na sua 5ª edição

Em 23 e 24 de abril Fortaleza recebe o Intersolar Summit Nordeste 2025, evento voltado à transição para uma economia de baixo carbono, tendo na pauta energia solar fotovoltaica, mercado de carbono, hidrogênio verde, armazenamento de energia, transmissão e eletromobilidade. A reportagem adianta para os leitores os temas e a dinâmica do Summit, composto de congresso e feira.

O papel estratégico das baterias no setor elétrico brasileiro

O armazenamento de energia registrou crescimento mundial de 175 GWh em capacidade instalada em 2024. Para 2025, as projeções indicam uma expansão global de 26,5%. No Brasil, o setor promete investimentos de R$ 44 bilhões até 2030, devendo desempenhar função crucial na integração das fontes renováveis e na segurança energética do País.

Softwares para projetos de sistemas fotovoltaicos

Os programas de computador para projetos de sistemas fotovoltaicos são ferramentas indispensáveis para os profissionais da área. O guia lista algumas empresas desse mercado com as principais características dos softwares ofertados.

Pesquisa & Inovação

Veículos elétricos

Projeto & Instalação

FO RTA L E Z A, B RA S I L, CENTRO DE EVENTOS DO C E A RÁ

O PRINCIPAL EVENTO DO SETOR SOLAR BRASILEIRO POTENCIALIZANDO OS NEGÓCIOS FV NO NORDESTE

BRAZIL'S MOST SUCCESSFUL SOLAR EVENT BOOSTING NORTHEAST'S PV BUSINESS

Conheça o potencial do Nordeste

O Nordeste é protagonista no cenário de energia solar fotovoltaica e o congresso Intersolar Summit Brasil Nordeste 2025 será o ponto de encontro dos maiores especialistas do setor. Serão dois dias de painéis e palestras com conteúdos exclusivos e debates estratégicos, trazendo informações consistentes sobre o mercado de energias renováveis. Esta é sua oportunidade para estar no centro das discussões do setor, expandir seus conhecimentos e conectar-se com profissionais líderes do mercado.

www.intersolar-summit-brasil.com

Participe e explore um mercado exuberante

O congresso do Intersolar Summit Brasil Nordeste 2025 receberá 500 congressistas de alto nível para ouvir mais de 30 palestrantes de primeira linha, discutindo políticas, desafios jurídicos e regulatórios e também financiamentos e soluções de transição energética. A exposição do evento contará com 100 expositores selecionados, que terão a oportunidade de interagir com os participantes do congresso e mais de 5.000 visitantes qualificados da região.

10h30 - 11h30 Cerimônia de abertura

11h30 - 12h30 Mercado de carbono: regulamentação e impacto na indústria solar Cerimônia de abertura com participação de autoridades e boas-vindas dos organizadores do evento.

Experiência e perspectivas do mercado de crédito de carbono.

12h30 - 14h00 Intervalo/Almoço

14h00 - 15h30 Geração solar centralizada: desafios e oportunidades

Experiências e desafios para implementação e operação de usinas fotovoltaicas, assim como o impacto do curtailment.

15h30 - 16h00 Intervalo/Coffee Break

16h00 - 17h30 Perspectivas de microrredes e geração distribuída no Nordeste

Visão geral do mercado de GD, com destaque para a questão da inversão de fluxo.

* Programação sujeita a alterações

10h30 - 12h00 Hidrogênio Verde: a nova fronteira energética do Nordeste

Mercados globais e o potencial da região NE como hub de hidrogênio renovável.

12h00 - 13h30 Intervalo/Almoço

13h30 - 15h30 Panorama do armazenamento de energia elétrica no Nordeste

Panorama do mercado brasileiro de armazenamento com foco especial em oportunidades nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Apresentaremos as principais oportunidades de negócio, projetos de referência, melhores práticas na implantação e operação de projetos, além de desafios técnicos e regulatórios.

15h00 - 15h30 Intervalo/Coffee Break

15h30 -16h30 Perspectivas do sistema elétrico e desafios da transmissão para cargas de grande porte Discussão do impacto de fontes não despacháveis sobre a operação do sistema elétrico. Avaliação da capacidade da rede de transmissão do NE para conexão de plantas de produção de hidrogênio.

16h30 - 17h30 Eletromobilidade: normalização e tecnologia

Atualização em normas técnicas para infraestrutura e visão geral da tecnologia.

www.intersolar-summit-brasil.com

Tem a s u rg e n t e s d a n o ss a t ra n s i çã o

Carta ao leitor

Um entrave para o pleno desenvolvimento da transição energética, na forma que está colocada, encontra-se nas redes elétricas. As dificuldades para acomodar o crescente volume de geração distribuída nos sistemas de baixa e média tensão, e os problemas com excesso de produção e/ou insuficiência de infraestrutura nas redes transmissoras, para escoar a energia das grandes plantas fotovoltaicas (e também eólicas), mostram que o País carece de entendimento comum e esforço conjunto para que o sistema seja readequado às novas demandas do tráfego de energias de fontes descentralizadas e não despacháveis. As incertezas trazidas por questões como inversão e fluxo de potência, na geração distribuída, e curtailment, na grande geração, já produzem cerceamento da plena realização do potencial do nosso mercado.

Os mercados são o que são, e ninguém estaria investindo em energia renovável se não esperasse com isso vantagens financeiras por mais que os empreendedores aleguem em seus press releases e peças de publicidade que o fazem movidos por “consciência ecológica” ou o que o valha. Como cada parte tem suas demandas, e essas costumam ser conflitantes, cabe à autoridade pública botar os mercados no rumo do melhor resultado para a sociedade, orquestrando esforços e distribuindo ônus e bônus equitativamente.

Recursos de tecnologia para essa acomodação existem, com destaque para o armazenamento de energia, principalmente o que utiliza baterias, cuja evolução tecnológica tem sido tão rápida quanto a queda de seus custos. Segundo a Agência Internacional de Energia, a demanda de baterias ultrapassou 1 TWh em 2024, enquanto a capacidade global de fabricação atingiu 3 TWh/ano. A parte maior desse mercado é dos veículos elétricos, evidentemente, mas cerca de 175 GWh destinaram-se ao armazenamento estacionário, como se lê aqui na matéria “O papel estratégico das baterias no setor elétrico brasileiro”, de Jucele Reis. E baterias são ainda componentes importantes das microrredes, arranjos de recursos energéticos que operam de forma semi-independente das redes públicas e são uma das respostas para a agregação sem traumas da geração distribuída.

Isso tudo sem esquecer de outro forte vetor da descarbonização e da transição energética: o hidrogênio verde. O Brasil tem condições ambientais para se tornar o maior produtor e referência mundial em hidrogênio e amônia verdes, cuja demanda mundial é prevista explodir proximamente. Já houve mais entusiasmo, na imprensa e nos meios empresariais, com a realização do potencial do País nesse campo, e é preciso discutir e verificar por que tantos dos planos de investimento anunciados não decolam.

Estes são apenas alguns dos ebulientes temas que terão palco no próximo Intersolar Summit Brasil Nordeste 2025, que se realiza neste abril em Fortaleza, Ceará, e sobre o qual esta edição de FotoVolt traz uma reportagem prévia. As principais discussões e conclusões deste evento que vem ganhando destaque crescente no calendário do Nordeste serão reportadas em edição posterior.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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ISSN 2447-1615

ABNT vai atualizar norma de segurança contra incêndios

AABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas anunciou em nota a reabertura de trabalhos técnicos para atualização parcial da ABNT NBR 17193:2025 - Segurança contra incêndios em instalações fotovoltaicas –Requisitos e especificações de projetos – Uso em edificações. O anúncio aconteceu apenas 20 dias depois da publicação da norma, em 4 de fevereiro. Segundo o comunicado, a decisão foi tomada em reunião entre a direção de normalização da ABNT, o CB-024 da ABNT - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, e a AbsolarAssociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

De acordo com a entidade, será formado um grupo de trabalho para “discutir pontos específicos da norma, buscando sempre a convergência e o consenso, com foco na melhoria contínua das melhores práticas estabelecidas para o mercado e para a sociedade”. Esse grupo, que deverá discutir a necessidade e elaborar propostas para uma emenda para a norma, foi criado em 18 de março, na reunião ordinária da comissão de estudo CE-024:102.007 –Segurança contra incêndio para sistema de energia solar fotovoltaica, que elaborou a NBR 17193 a pauta original da reunião era a continuação da elaboração da futura norma de segurança contra incêndio em usinas fotovoltaicas de solo.

Segundo apurou FotoVolt, a “atualização parcial” visaria quase exclusivamente a seção 7 da ABNT NBR 17193:2025, que institui a obrigatoriedade de os sistemas FV integrarem a função de desligamento rápido (ou rapid shutdown, como é mais frequentemente referida), a qual constou da norma por solicitação dos corpos de bombeiros. Acionado manual ou automaticamente, o recurso baixa o nível da tensão de corrente contínua da instalação para níveis aceitáveis para o organismo em instalações sujeitas a umidade algo como o nível de extrabaixa tensão prescrito pela norma de instalações elétricas de baixa tensão, a ABNT NBR 5410, pela Norma Regulamentadora NR-10 e mais recentemente, pela ABNT NBR 16384:2020. Desde a publicação da norma, representantes de fornecedores de inversores cujos equipamentos não incorporam o rapid shutdown vêm protestando nas redes sociais e outros canais, alegando que o texto foi publicado “de surpresa”, sem que houvesse consenso entre os membros da comissão. Entre setembro e novembro do ano passado houve pelo menos três reuniões para análise dos votos colhidos na Consulta Nacional realizada em agosto. Nesses encontros, segundo uma fonte que não quis se identificar, alguns fornecedores teriam proposto a retirada dessa exigência “mas sem oferecer uma alternativa para garantir a segurança contra os choques elétricos como exigido na NBR 5410, NR-10 e NBR 16384”, disse. Outro ponto de discordância seria a obrigatoriedade da adoção de função de interrupção de faltas a arco (AFCI, na sigla em inglês), que pelo texto da norma pode ser executado por dispositivo interno ao inversor ou por equipamento externo. Neste caso, a polêmica seria mais com relação a prazos para

adoção da obrigatoriedade: a norma aplica-se imediatamente, mas a portaria Inmetro 515/2023, que instituiu a exigência para inversores até 75 kW, não menciona prazo para comercialização de produtos não conformes, apenas para fabricação e importação (prazo este que se encerrou em 1º de dezembro passado). Inclusive a página oficial do Inmetro na internet, contendo esclarecimentos sobre a portaria, diz textualmente: “Não foram estabelecidos prazos para comercialização por fabricantes, importadores e distribuidores, de modo que inversores que não estejam em conformidade com essa portaria podem ser comercializados até a finalização do estoque.”

Aneel discutirá constrained-off de UFVs em CP

AAneel abriu a consulta pública 009/25 para discutir a aprovação de versão de módulos de regras de comercialização que estabelecem critérios e procedimentos para apuração e pagamento do constrained-off de usinas solares fotovoltaicas, ou seja, a compensação financeira por redução da produção de energia em usinas despachadas no SIN pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS. Aberta desde o dia 26 de fevereiro, para receber contribuições até 11 de abril, o objetivo é regular o título II-A da Resolução Normativa 1.030/2022, incluído pela RN 1.073/2023, que defi-

Grupo de estudo vai elaborar propostas de emenda; motivo seria rediscussão da obrigatoriedade do rapid shutdown
Aberta até 11 de abril, a Consulta Pública 009/25 debate critérios e procedimentos para apuração e pagamento pelos cortes para as usinas

ne as restrições de constrained-off em UFVs, além das classificações de eventos, o escopo quanto à modalidade de despacho de usinas, a forma de cálculo e valoração da energia não fornecida, alocação de riscos, responsabilidades e formas de pagamento.

A proposta discute limites de indisponibilidades de transmissão sem direito ao constrained-off, a determinação da geração frustrada por usina e da energia contratada, além de compensações internas aos contratos regulados. Os módulos a serem aprimorados serão os de encargos, consolidação de resultados, receita de venda de contratos de comercialização de energia elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs) e contratação de energia de reserva das regras de comercialização.

Os interessados poderão enviar sugestões pelo e-mail cp009_2025@ aneel.gov.br e mais informações estão disponíveis no link https://antigo. aneel.gov.br/consultas-publicas

Maiores produtores de módulos diminuem ritmo

Os dez principais fabricantes de módulos solares fotovoltaicos do mundo venderam um total de 502 GW em 2024, aponta levantamento da consultoria Infolink, de Taiwan. Esse volume foi 22% maior do que o registrado em 2023 (413 GW), mas poderia ter sido melhor e acompanhado o ritmo de crescimento de anos anteriores, segundo a análise da Infolink, não fossem a demanda lenta e o excesso de oferta. Em 2023, esses produtores entregaram ao mercado 78% a mais em comparação a 2022.

média dos anos anteriores. As empresas Jinko, Longi, JA Solar e Trina continuam a liderar o ranking, o que ocorre desde 2019. As quatro respondem por 63% do volume total de remessas globais das dez maiores.

É intensa a competição entre os fabricantes no segundo nível (volume 30% abaixo dos quatro líderes), que pela ordem são: Tongwei, Astronergy, Canadian Solar, GCL, DAS Solar e Yingli. Logo na sequência do ranking dos dez maiores, as empresas DMEGC e Risen empataram no 11º lugar, cada uma com 20 GW. Do 12º lugar em diante, com as empresas First Solar, Seraphim, Huayao e Hanwha, há uma diferença maior no volume comercializado.

Para 2025, de acordo com estatísticas da Infolink, as metas gerais de remessas de módulos devem girar em torno de 559 GW a 603 GW. Em comparação com as projeções anteriores para 2024, a nova previsão reflete expectativa de estabilidade entre os fabricantes. A partir da última pesquisa, no entanto, alguns fabricantes indicaram que ajustariam suas metas com

10 maiores fabricantes forneceram para a cadeia global 22% a mais do que 2023, o que representa queda no ritmo de anos anteriores

base nas condições dos pedidos ou até mesmo definiriam as metas deste ano com foco na minimização de perdas.

Sob o título de “South America Solar PV Market Outlook 2025”, o estudo revela ainda que Brasil e Chile serão responsáveis por 78% do total de instalações.

Os projetos de menor escala, até a minigeração, no limite de 5 MW, representarão 48% do total implementado, em razão do crescimento da geração solar distribuída em todos os países da região.

Mesmo com a adição considerável, a Wood Mackenzie avalia que as instalações fotovoltaicas na América do Sul atingiram seu ápice em 2024, principalmente por conta da desaceleração registrada em projetos de GD e de geração centralizada no Brasil. “O setor deve desacelerar à medida que os mercados maduros se estabilizam, mas o crescimento é esperado nos mercados emergentes”, disse o analista sênior de energia e renováveis, Felix Delgado.

Para ele, mercados maduros, caso do Brasil e do Chile, enfrentam problemas de infraestrutura de transmissão atrasada e aumento das tarifas de transmissão para energia solar de pequena escala. Mas esses cenários, por outro lado, estimulam projetos de hibridização de usinas solares com armazenamento.

O crescimento anual foi menor por causa dos desempenhos do terceiro e quarto trimestres em 2024, inferiores à

América do Sul vai adicionar 160 GW em solar até 2034

Omercado solar fotovoltaico na América do Sul vai adicionar 160 GW entre 2025 e 2034, aponta novo relatório da consultoria Wood Mackenzie.

Ainda no caso brasileiro, o maior da região, a consultoria cita os incentivos expirados na geração distribuída e o excesso de oferta de energia e atrasos na expansão da transmissão na geração centralizada como fatores para a desaceleração. Além disso, chama a atenção para o aumento dos impostos de importação sobre módulos solares no País e disputas de interconexão de distribuidores como outros obstáculos. “No entanto, as adições de capacidade continuarão a ser impulsionadas por contratos de compra de energia (PPAs) no ambiente de mercado livre e instalações de geração distribuída”, diz o relatório.

No longo prazo, porém, o relatório indica que Brasil, Chile e Colômbia es-

Projeção da Wood Mackenzie aponta que 78% das instalações serão no Brasil e Chile, apesar da desaceleração desses mercados

tão bem posicionados para capitalizar a crescente demanda por hidrogênio verde, impulsionando as adições de capacidade solar e diversificando o cenário energético da região.

Brasil soma 685 MWh em capacidade instalada de BESS

Ademanda por componentes para sistemas de armazenamento energia por baterias (BESS, na sigla em inglês) no Brasil aumentou 89% em 2024, em comparação com o ano anterior, aponta o novo Estudo Estratégico de Armazenamento de Energia, da consultoria Greener. A maior parte desses sistemas que serão montados com os componentes deve ser implementada ainda em 2025. Em 2024, foram instalados 270 MWh, 29% a mais do que em 2023.

Segundo o levantamento, com esse desempenho, até 2024 o País acumulou 685 MWh de capacidade instalada em sistemas de baterias. Cerca de 70% desse total foi implementado em sistemas isolados, sendo 304,5 MWh para sistemas individuais (SIGFIs) e microssistemas (MIGDIs) e 176 MWh para off-grid Apenas no ano passado esse contingente de BESS para sistemas isolados adicionou 269 MWh, um crescimento de 29% frente a 2023.

mula 70,79 MWh de armazenamento. Já em aplicações para atender modelos de negócios de energia como serviço (EaaS, em inglês) as demandas totalizam 50,96 MWh de armazenamento, sendo a maior parte para redução de consumo no horário ponta (load shifting), com 39,29 MWh, e os restantes 11,67 MWh para qualidade e back-up.

Na sequência, o destaque em capacidade instalada no País fica por conta do uso das baterias em residências, com 43,20 MWh. As aplicações com menor capacidade são projetos de P&D, com 16,50 MWh, microrredes, com 15,60 MWh, e instalações do leilão de sistemas isolados (Sisol), com 7,80 MWh.

Com o maior motivador para os investimentos em BESS, segundo apuração do estudo, sendo representado pela confiabilidade energética, que ganha força com o aumento das quedas de energia e interrupções de fornecimento, a estimativa da Greener é a de que o mercado de armazenamento com baterias junto ao consumidor movimente mais de R$ 22,5 bilhões em investimentos até 2030 no Brasil.

Em 2024 foram adicionados 270 MWh, 29% a mais do que no ano anterior

Em aplicações à frente do medidor (in front of the meter), em geração, distribuição e transmissão, o País já acu-

A projeção do mercado brasileiro em potência instalada até 2030 está disponível apenas na versão paga do estudo da Greener. Já no cenário global o mercado de armazenamento de energia a bateria deve ultrapassar os 760 GW de potência instalada até 2030, liderado por China e Estados Unidos, especialmente em aplicações de utilities

Curtailments somam 400 mil horas em 2024

Os cortes de geração de energia de usinas solares fotovoltaicas e de parques eólicos por conta do constrained-o , restrição de injeção da produção dessas renováveis no SIN pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS, somaram um total de 400 mil horas ao longo de 2024. A conclusão é de um balanço feito pela consultoria Volt Robotics, especializada em ciência de dados e inteligência arti cial aplicada ao setor elétrico.

Apenas 35% dos cortes tiveram motivação relacionada à diferença entre a oferta e demanda de carga instantânea. Segundo a análise, a oferta superior à demanda acontece de maneira mais recorrente nos nais de semana, quando boa parte das empresas consumidoras está fechada ou operando de forma mais pontual e reduzida.

Com o cenário, os prejuízos nanceiros em 2024 ultrapassaram a marca de R$ 1,6 bilhão aos geradores, com mais de 14,6 TWh médios cortados. Os cortes em 2024, segundo equivalência da Volt Robotics, representam 50 anos em horas cortadas nos empreendimentos renováveis em operação no Brasil.

Os prejuízos com os cortes ultrapassaram o R$ 1,6 bilhão, com 14,6 TWh médios cortados, aponta levantamento da Volt Robotics

De acordo com o relatório da Volt, foram afetadas com os cortes, chamados pelo jargão do setor de curtailment, 445 UFVs e parques eólicos, que caram impedidos de gerar em determinadas horas dos dias em 2024. A região mais impactada foi o Nordeste, com 330 mil horas, que representam 75% do total no Brasil. Os estados mais afetados foram Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.

Cerca de 65% dos curtailments estavam relacionados com problemas na rede elétrica, que incluem di culdades na infraestrutura de transmissão, como subdimensionamento das linhas, atrasos em obras e paradas para manutenção, além de possíveis instabilidades que poderiam ser causadas pela geração e eventuais falhas nos equipamentos.

Como solução, o estudo avalia que o caminho mais imediato pode vir da consulta pública da Aneel que estuda modelo para dividir os cortes entre todas as usinas renováveis, de modo que não haja um impacto muito signi cativo em alguns empreendimentos de forma localizada, como ocorre atualmente com algumas usinas sendo cortadas em 70%.

Outra solução de curto prazo seria estabelecer a exibilidade operacional com uma espécie de mutirão para resolver o atraso sistêmico de obras, principalmente em linhas de transmissão. Neste aspecto, seria preciso criar mecanismo para reduzir a in exibilidade e o despacho das termelétricas, ajudando essas usinas a reduzirem custo e, ao mesmo tempo, dando mais oportunidade às renováveis.

hábitos de consumo, para que sejam acompanhados os melhores horários para utilizar a energia elétrica dentro da faixa de maior disponibilidade (ou excesso) de geração renovável, como no início da manhã. Por m, outra saída seria a criação de modelo de tarifas inteligentes, com uma mais barata de manhã, no período de maior geração renovável, que estimule o consumo mais intenso neste mesmo horário, o que evitaria muitos cortes.

Absolar pede inclusão de UFVs no Leilão A-5

AAbsolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica pediu formalmente ao MME – Ministério de Minas e Energia que a fonte solar seja incluída no leilão de energia nova (LEN) A-5 de 2025, programado para agosto. Em ofício enviado ao ministro do MME, Alexandre Silveira, a Absolar reivindica a isonomia entre as tecnologias para requerer a participação das UFVs.

Pelas regras do leilão, que constam da Portaria Normativa MME 95/2024, só podem participar do certame empreendimentos hidrelétricos, incluindo centrais geradoras hidrelétricas (CGHs), pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas hidrelétricas (UHEs), estas com potência igual ou inferior a 50 MW. Além disso, são consideradas também ampliações de CGHs, PCHs e UHEs, desde que atendam aos limites de potência estabelecidos.

A consultoria ainda aponta como soluções o incentivo a mudanças de

Para a Absolar, a inclusão da fonte solar aumentaria o nível de competitividade do leilão e estimularia a redução do preço final ao consumidor. “Na prática, a inserção da fonte solar

Certame que vai ocorrer em agosto só contempla CGHs, PCHs e UHEs até 50 MW

fotovoltaica nesse leilão aumenta a competitividade entre as tecnologias participantes, trazendo mais competitividade aos leilões, podendo trazer tarifas mais baratas à população”, disse a diretora técnico-regulatória da associação, Talita Porto.

A associação ressalta, em comunicado, que no histórico de participação da fonte solar nos leilões dos últimos anos houve quedas nos preços médios de venda da eletricidade contratada. Desde 2019, a fonte é a mais barata nos certames, chegando a um preço médio de R$ 84,39 o MWh no LEN A-6 daquele ano. Já no LEN A-5 de 2022, a fonte solar chegou a R$ 171,41 o MWh.

China vai reduzir subsídios para geradores de renováveis

AChina está começando a reduzir seus subsídios para projetos de energia renovável, principalmente

Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC, na sigla em inglês), está tomando medidas para diminuir os subsídios que vinha dando nos últimos anos aos geradores, na forma de um apoio governamental para garantir preços especiais de compra de energia renovável injetada na rede pública.

Em comunicado, a NDRC alega, para a mudança de rumo, que “o custo do desenvolvimento de novas energias caiu significativamente em comparação com os estágios anteriores”. Além disso, a falta de necessidade de continuar a política subsidiada tem a ver com o fato de o país já ter atingido, seis anos antes, sua meta de descarbonização energética para 2030. Na atualidade, mais de 40% de sua capacidade total de geração de energia é de fontes renováveis.

Decisão vai retirar preço subsidiado para compra de energia da rede pública e é motivada por queda no custo das tecnologias e por cumprimento antecipado de meta

solar e eólica, após anos em que essa política de incentivos fez o país se tornar líder mundial na geração dessas duas fontes. Apenas em solar, a potência instalada hoje chega a 887 GW, quase cinco vezes a capacidade instalada do segundo colocado, os Estados Unidos (179 GW). Em eólica, o país asiático soma 521 GW, contra 145 GW dos EUA, também o segundo maior. Segundo noticiado pela agência Reuters, o departamento de planejamento econômico do país, a Comissão

Com a nova orientação, a agência de planejamento estatal afirma que projetos concluídos após junho deste ano passarão a enfrentar pagamentos por energia com base em “licitações baseadas no mercado”. Em complemento, a NDRC afirma ainda na nota que a expectativa com a nova política é não haver impacto no preço da energia para consumidores residenciais e agrícolas e que, para os setores industrial e comercial, as tarifas devem ser “basicamente as mesmas”.

Fortlev Solar inaugura novo CD

AFortlev Solar inaugurou um centro de distribuição em Ribeirão da Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Trata-se do terceiro da distribuidora de equipamentos solares do grupo Fortlev no País, que se soma ao que fica na sede da empresa em Serra, no Espírito Santo, e a um segundo em Camaçari, na Bahia. Embora a empresa não dê informações sobre a área útil do novo CD (e

nem sobre o valor do investimento), a meta é atender o estado mineiro, um dos principais mercados do setor solar fotovoltaico do País. A distribuidora tem portfólio de várias marcas de módulos, inversores e microinversores para kits fotovoltaicos, além de linha de baterias, estruturas metálicas, rastreadores solares, carregadores veiculares e carport

A empresa também distribui itens de fabricação própria, como o Lastro Solar, uma estrutura de polietileno para usinas solares de solo. Esses lastros são preenchidos com terra, areia, brita, concreto ou similares, que servem para sustentar a estrutura em que se fixam os perfis e os módulos. A empresa produz e distribui ainda uma caixa de passagem com plástico reforçado com fibra de vidro, utilizada para passagem de cabos em usinas solares.

GD adiciona mais de 738 MW em janeiro

Emjaneiro, foram instalados mais de 67,2 mil sistemas de micro e minigeração solar distribuída, o que resultou em um acréscimo de 738,3 MW de potência instalada, segundo dados de acompanhamento da Aneel. O número foi pouco menor do que o mesmo período de 2024, quando houve 69,5 mil novos sistemas com um total de 816,3 MW instalados.

Desse volume de novos proprietários de usinas de janeiro, 56,3 mil foram de consumidores residenciais, ou cerca de 84% do total, também similar em per-

Trata-se do terceiro centro da distribuidora, que tem também operações no Espírito Santo e na Bahia

centual ao ocorrido em 2024, quando 58,1 mil consumidores residenciais instalaram usinas solares, o que representou 83,6% do total.

Ao se considerar os beneficiados pelos créditos de compensação gerados pelas usinas, o universo envolve 114,2 mil unidades consumidoras, distribuídas por 4.154 municípios. Segundo dados da agência de 19 de fevereiro, o Brasil já soma 3,28 milhões de sistemas de MMGD conectados à rede de distribuição, com potência total instalada de 37 GW. Aproximadamente 4,93 milhões de unidades consumidoras utilizam os excedentes e os créditos da energia gerada nos sistemas instalados.

Os consumidores residenciais respondem por 79,63% das usinas em operação (2,6 milhões), 69,01% das unidades que utilizam créditos pela MMGD (3,39 milhões) e 49,04%

ABGD aposta em crescimento de 20% da geração distribuída

A geração distribuída deve crescer cerca de 20% em potência instalada em 2025, segundo estimativa da ABGD – Associação Brasileira de Geração Distribuída, que representa não apenas a GD solar, mas também as provenientes de outras fontes: PCHs, eólica, biomassa, biogás e, mais recentemente o hidrogênio verde.

Para a projeção da ABGD, isso deve representar mais de R$ 25 bilhões em investimentos privados e cerca de 100 mil novos empregos. “A GD reduz a dependência da rede elétrica convencional, proporcionando autonomia energética e impactos ambientais e socioeconômicos positivos. Além disso, a expansão da GD democratiza o acesso a soluções energéticas sustentáveis”, disse o presidente da associação, Carlos Evangelista.

Isso deve representar mais de R$ 25 bilhões em investimentos e 100 mil novos empregos

A projeção de crescimento é em cima dos 37 GW de potência instalada já atingidos pela geração distribuída, sendo que a maior parte, da fonte solar, concentrada em residências (18,18 GW), seguida por estabelecimentos comerciais (10,63 GW), instalações rurais (5,09 GW), indústrias (2,67 GW) e instituições do poder público (0,41 GW). No ranking estadual, São Paulo lidera com 5,33 GW, seguido por Minas Gerais (4,63 GW), Paraná (3,30 GW), Rio Grande do Sul (3,29 GW) e Mato Grosso (2,39 GW).

da potência instalada (18,10 GW).

O comércio representa 10,08% das usinas (330,12 mil), 18,53% das unidades com créditos de compensação (910,32 mil) e 28,69% da potência (10,59 GW). Já a classe rural fica com 8,61% das usinas em operação (281,99 mil), 9,97% das unidades beneficiadas com créditos (508,03 mil) e 13,77% da potência instalada (5,08 GW).

O estado de São Paulo foi o destaque no mês passado, em nú-

mero de sistemas instalados e em potência, com a entrada em operação de 13.465 usinas, totalizando 122,4 MW. Minas Gerais foi o segundo, com 83,2 MW, seguido de Goiás, com 76,4 MW. Em quantidade de instalações, Minas Gerais também ficou em segundo lugar, com 6.219 novas usinas, seguida pelo Rio Grande do Sul, com 4.900 instalações. A cidade no País com maior crescimento no mês foi Campo Grande (MS), com 1.112 usinas.

Desse total, 84% são do segmento residencial, com 56,3 mil, segundo dados da Aneel

Transformando energia Transformando energia em desenvolvimento

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Athon Energia adquire UFVs da GreenYellow

AAthon Energia comprou 23 usinas solares fotovoltaicas voltadas para a geração distribuída da francesa GreenYellow. As unidades somam capacidade instalada de 50,68 MWp e estão instaladas nos estados do Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal. A estimativa é que a geração de energia das usinas seja de 100 mil MWh por ano no total. Segundo comunicado, com a aquisição a Athon ampliará a capacidade operacional para mais de 210 MWp em GD, atendendo clientes corporativos com mais de 70 usinas. Trata-se da segunda aquisição da empresa, pois em dezembro de 2023 foram compradas 13 UFVs da Raízen Gera Desenvolvedora, que acrescentaram 50 MWp ao portfólio de geração da Athon.

Para dar andamento à sua expansão, a Athon tem utilizado novas formas de financiamento. Em outubro de 2024, a empresa realizou captação de debêntures incentivadas, no valor de R$ 605 milhões e com rating AAA emitido pela Agência Fitch. O fechamento da operação com a GreenYellow ainda está sujeito à aprovação de órgãos reguladores, incluindo o Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Crédito para solar do BV aumenta 12,4%

Ovolume de créditos contratados na plataforma Meu Financiamento Solar, fintech especializada em financiamento de GD solar do banco BV, cresceu 12,4% em 2024 na comparação com o ano anterior, somando um total de 45 mil propostas aprovadas pela empresa. A maior parte dos créditos liberados foi destinada a projetos contratados por residências e empresas

localizadas nos estados do Nordeste, com 32,73% do montante nacional.

Na sequência, a fintech atendeu mais as regiões Sudeste (24,21%), Centro-Oeste (20,63%), Norte (18,28%) e Sul (4,14%). Já por cidades, os destaques ficaram por conta de Cuiabá, no Mato Grosso, na primeira posição, seguida por Belém, no Pará, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Teresina, no Piauí, e Várzea Grande, também no Mato Grosso.

A maior parte dos projetos financiados em 2024 pela plataforma foi de sistemas entre 5,5 kW e 8,2 kW, utilizados em residências e que representaram 31% do total. Nestes casos, segundo comunicado da fintech, a economia para o consumidor varia entre R$ 500 e R$ 800 por mês. De todos os créditos

de 2024, as residências lideraram as contratações com 83% do total. A quantidade de parcelas escolhida variou entre 48 vezes, que representaram 47% das contratações, e 96 vezes, com 40%. O restante, 13%, escolheu volume menor de prestações.

Helexia capta debêntures para financiar usinas FV

Mais um grupo que investe em geração solar distribuída está aproveitando a oportunidade válida desde março de 2024 de o segmento fazer captações via emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura. Dessa vez foi a Helexia Brasil, empresa de

origem francesa, que anunciou a captação de R$ 170 milhões por meio do instrumento financeiro.

Sob coordenação do Crédit Agricole CIB, a emissão vai financiar 21 projetos de geração distribuída nos estados do Amazonas, Tocantins, Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte, que juntos somarão capacidade instalada de 56 MWp. A última captação importante da empresa foi concluída em julho de 2024, mas compreendeu a emissão de notas comerciais, pelo Itaú BBA, com total de R$ 240 milhões.

Essas notas comerciais estão sendo utilizadas para a implantação de 13 projetos de GD solar, com total de 51 MWp, nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo e Bahia. Antes disso, em março, mas dessa vez sob coordenação do Bradesco BBI, a Helexia captou R$ 260 milhões também em notas comerciais para financiar a construção de 28 usinas fotovoltaicas, com total de 81 MWp de capacidade, nos estados de Mato Grosso do Sul, Ceará, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia e Amazonas.

No Amazonas, inclusive, a empresa anunciou estar construindo quatro usinas fotovoltaicas. A primeira a entrar em operação, em obras desde junho de 2024, deve ser Açaí 07, com capacidade instalada de 6,95 MWp, no município de Iranduba. Na sequência, serão energizadas outras três UFVs, em construção em Manacapuru (Açaí 04), Presidente Figueiredo (Açaí 09)

Emissão foi de R$ 170 milhões e visa nanciar 21 projetos em sete estados, com potência total de 56 MWp
A ntech do banco liberou nanciamento para 45 mil propostas.

A D'Light completa mais um ano de história! Ao longo desta jornada, a empresa se consolidou como referência em materiais elétricos de média e alta tensão, proporcionando soluções inovadoras e conáveis para diferentes projetos.

Parabéns a todos os nossos colaboradores, clientes e fornecedores que escreveram e escrevem esta história de sucesso.

E que venham muitos mais anos de luz.

São 16 anos iluminando o futuro.

A energia é o que nos move.

e uma outra também em Iranduba (Açaí 06). Ao todo, as quatro usinas vão adicionar 12,88 MWp de potência instalada.

GreenYellow vai construir UFVs para a Claro

Aoperadora de telecom Claro fechou contrato com a francesa GreenYellow, especializada em projetos de GD solar e eficiência energética, que construirá duas usinas solares fotovoltaicas de autoconsumo remoto no estado do Amazonas para geração de

As usinas integrarão o portfólio de mais de 100 unidades geradoras de programa da Claro, que há sete anos adota a modalidade de autoconsumo remoto com plantas na Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal.

Serão duas usinas para autoconsumo remoto, com potências de 2,97 MWp e 3,3 MWp

créditos para unidades consumidoras da empresa.

As duas UFVs serão nas cidades de Iranduba e Itacoatiara, com 2,97 MWp e 3,3 MWp de capacidade instalada, respectivamente. Em Iranduba, a instalação, que deve evitar a emissão de 198 toneladas anuais de CO2 para a Claro, deve produzir cerca de 5,15 GWh anuais. Já a de Itacoatiara, com redução de 237 toneladas de carbono, deve gerar 6,17 GWh por ano.

Com a GreenYellow, a operadora tem parceria desde 2018. Com as duas usinas no Amazonas e mais uma em processo de finalização, serão ao todo 16 usinas em sete estados feitas pela empresa francesa. A Claro já tem 75% de seu consumo atendido por fontes renováveis. Ao se considerar a soma das frentes de geração distribuída e mercado livre, o programa forneceu à empresa mais de 1 TWh em 2023.

Sungrow fornece inversores para complexos híbridos

A

Sungrow, especializada na fabricação de inversores solares, fechou contrato de fornecimento para proje-

Os equipamentos vão atender dois projetos solares de 300 MW no total e que vão hibridizar parques eólicos da empreendedora na Bahia.

tos da empreendedora de renováveis Casa dos Ventos, tradicional no setor eólico e que recentemente passou a investir na fonte solar, com ênfase inicial na hibridização de seus complexos eólicos.

O acordo envolve o suprimento de inversores para projetos solares de 300 MW que serão instalados, no modelo híbrido, em dois empreendimentos eólicos. O primeiro é o complexo eólico Babilônia Sul, na Bahia, que opera com 360 MW de potência e que receberá mais 100 MWca de sistemas solares. A nova planta terá 12 inversores modelos SG8800UD-MV e 388 PVS-16MH fornecidos pela Sungrow.

Já o complexo eólico Babilônia Centro, também na Bahia, nos mesmos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, ainda em construção em sociedade com a ArcelorMittal, que será autoprodutora, terá 553 MW de capacidade instalada de energia eólica e outros 200 MWca de solar. Neste complexo híbrido greenfield haverá 24 inversores SG8800UD-MV com 970 PVS-16MH.

Solfácil capta R$ 1 bilhão para GD solar

Afintech Solfácil realizou captação no mercado de capitais de R$ 1 bilhão para financiamento de projetos de energia solar no Brasil. Com a operação, segundo comunicado, a empresa ultrapassa a marca de R$ 5 bilhões captados.

A empresa foi concebida por meio de vários instrumentos financeiros. Em 2021, ela criou um FIDC (fundo de investimento em direitos creditórios) verde e, em 2024, ingressou no mercado de CRIs (certificados de recebíveis imobiliários), levantando R$ 1,35 bilhão em duas emissões. A empresa afirma ser a maior emissora de títulos verdes do Brasil, o que seria atestado por dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Com essa estratégia de financiamento, ainda segundo seu comunicado, nos últimos cinco anos a Solfácil cresceu 107 vezes e hoje opera de forma rentável. No último ano, financiou R$ 1,5 bilhão em projetos solares, acumulando mais de R$ 4 bilhões em crédito concedido para mais de 145 mil sistemas solares.

Notas

Além disso, a empresa já estruturou 11 veículos de investimento no mercado de capitais, em parceria com bancos do Brasil e dos Estados Unidos, incluindo debêntures securitizadas, FIDCs e CRIs. Em rodadas de equity, a Solfácil já captou mais de R$ 800 milhões junto a fundos como SoftBank, VEF, Valor Capital Group e Banco Mundial, via IFC.

Aumento de vendas - A EcoPower anunciou aumento de 43% na venda de projetos fotovoltaicos. Dados da empresa mostram que em 2024 foram comercializados mais de 23 mil projetos fotovoltaicos frente a 13 mil em 2023. As vendas da rede de franquias corresponderam a 3,1% de todos os projetos de Geração Distribuída homologados no ano de 2024, conforme dados da Aneel. Para 2025, a empresa estima crescimento de 5% no volume de vendas em comparação a 2024, apostando nas vendas de baterias e sistemas híbridos, zero-grid e off-grid, com novas parcerias. A mobilidade elétrica também é outra aposta da empresa, principalmente vendas B2B. A companhia pretende inaugurar uma montadora de motos elétricas em Barretos, em conjunto com a Horwin.

Certificado renovado - A TTS Energia renovou recentemente a certificação no

programa de qualidade da AbsolarAssociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, recebendo o selo “AAA”, o mais alto concedido pela entidade às empresas de projetos e instalação de sistemas fotovoltaicos, também chamadas de integradores ou epecistas. Segundo a empresa, o selo “AAA” é um importante reconhecimento no mercado solar e reafirma o compromisso da empresa com a qualidade e sustentabilidade em todas as etapas dos projetos. A certificação nacional da Absolar tem o propósito de promover a competitividade a partir das melhores práticas empresariais e elevar os níveis de segurança, qualidade, desempenho e satisfação nos produtos e serviços entregues aos consumidores de energia elétrica e aos parceiros da companhia certificada.

Novo diretor - A GreenYellow anunciou recentemente Fernando Oliveira Silveira como novo diretor de Comercial no Brasil. O executivo assumiu com a missão de potencializar os negócios junto aos segmentos de mercado foco da empresa, como shoppings, indústrias e varejo, entre outros, para impulsionar as plataformas de geração solar e eficiência energética. Formado em engenharia elétrica pela UnicampUniversidade Estadual de Campinas e

Com o novo recurso, ntech já soma R$ 5 bilhões captados no mercado de capitais

com MBA na IESE Business School, Fernando possui mais de 20 anos de experiência no setor de energia, em empresas como Ultragaz, 2W Ecobank e Renova Energia SA. Além de liderar times comerciais, o executivo também tem conhecimento em áreas de logística, produção e instalação industrial.

Inauguração de usina - A RZK Energia inaugurou a usina solar Junco, em Teresina, com potência instalada de 6,3 MWp. O investimento total da companhia na expansão no Piauí é de aproximadamente R$ 200 milhões, abrangendo mais de seis usinas solares que entrarão em operação no estado. Além de Teresina, os municípios de Buriti dos Lopes, Geminiano, Pedro II e Santa Rita serão sede das instalações. Com potência média de 6,3 MWp, juntas, as usinas somarão 39 MWp e terão capacidade de atendimento a 17 mil unidades consumidoras e negócios de pequeno e médio porte.

Conquista de certificado - A Eneva anunciou ser a primeira empresa da América Latina a conquistar a certificação da norma ISO 56001:2024, posicionando-se também como a terceira empresa brasileira a alcançar esse marco. A companhia lançou uma Política de Inovação baseada em quatro pilares estratégicos: conformidade regulatória, alinhamento estratégico, fomento à cultura de inovação e gestão de projetos. A ISO 56001:2024 estabelece requisitos e orientações para empresas que buscam estruturar, implementar e aprimorar seus sistemas de gestão da inovação.

Geração de energia solar - A Embraer, em conjunto com a Florida Power & Light Company (FPL), vai expandir o uso de energia renovável nas unidades industriais dos Estados Unidos, com a instalação de 1900 painéis solares em Melbourne, Flórida, com capacidade de fornecer até 1800 MWh/ano. Trata-se do primeiro projeto de geração de energia solar da Embraer dentre todas as suas operações globais. A iniciativa reforça o compromisso da companhia em atingir a meta de operar com 100% de sua energia proveniente de fontes renováveis até 2030, em todas as suas instalações.

Baterias para armazenamento de energia

Empresa/Telefone/E-mail

Adelco (11) 4199-7528 Jorge.caracelli@adelco.com.br

AIMS Power (*) sales@aimscorp.net

BSLBATT (*) aydan@bsl-battery.com

Elgin (11) 3383-5776 relacionamento@elgin.com.br

Elo Energy Storage (43) 3178-6100 sac@elo.eco.br

EnerSys (11) 2462-7520 info@br.enersys.com

Engetron (31) 3514-5800 contato@engetron.com.br

Fulguris (11) 98730-2500 laercio@fulguris.com.br

Global (51) 3355-2300 globalbat@globalbat.com.br

Huawei (11) 98445-4674 lasupport@huawei.com

Koyosonic (*) export@koyosonic.com

Moura (81) 2121-1773 nyvia.porto@grupomoura.com

Must Energy (*) ventas@mustenergy.com

Nansen Solar (11) 94119-3723

vendas.solar@nansensolar.com.br

Powersafe (11) 99795-1542

oliveira@powersafe.com.br

Fabricante/ País

Da Redação de FotoVolt

Tecnologia

Chumbo-ácida Íons de lítio (Li-ion) Lítio-Fosfato de ferro (LiFePO4) Íons de sódio (Na-ion) Redox-Flow Outra (especificar)

(*) A empresa procura por representante para o Brasil

Ao nal de 2024 já havia no Brasil 685 MWh de capacidade instalada em sistemas de armazenamento de energia em baterias, e a fatia das aplicações junto a sistemas fotovoltaicos vem crescendo ano a ano. Aqui se apresenta uma lista de fornecedores nacionais e internacionais, com informações sobre as baterias fornecidas e dados de contato, para orientação dos interessados.

Tensão nominal (V) Capacidade nominal (C100) (Ah) Número de ciclos de descarga (20% prof. Descarga)

Dimensões

Empresa/Telefone/E-mail

RTA (11) 2171-3244 rta@rta.com.br

Saft (11) 4082-3298 marcos.soares@saft.com

SAJ (11) 91983-9004 brasil@saj-electric.com

Shenzhen XYC sales@xyc-battery.com

Sinopoly (*) sales@sinopolynewenergy.com

SolaX Power (34) 9667-0319 gilberto.camargos@solaxpower.com

Soprano (54) 99106-6191 energiasolar@soprano.com.br

Union (11) 99357-2392 sayar@unionsistemas.com.br

WEG (47) 99144-5342 estefano@weg.net

(*) A empresa procura por representante para o Brasil Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 71 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, março de 2025

Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/

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DATA: 7 A 9 DE MAIO DE 2025

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START-UPS

Criar visibilidade, ganhar confiança, moldar o futuro – a Start-up Area do The smarter E Europe oferece às empresas jovens exatamente o palco de que precisam para convencer investidores, inspirar visitantes e fazer contatos valiosos. Aqui, ideias inovadoras encontram um público especializado do mundo da energia. Em áreas empolgantes, as Startups apresentam seu potencial e se posicionam como forças motrizes da transição energética.

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THE SMARTER E | EUROPE

Data

7 a 9 de maio de 2025

Local da feira Messe München

Horário de funcionamento

9:00–18:00 | Quarta-feira

9:00–18:00 | Quinta-feira

9:00–17:00 | Sexta-feira

Pavilhões A1–A6, B0–B6, C1–C6, área externa

Área de exposição 206.000 m²

Expositores3.000 (esperado)

Visitantes 110.000+ (esperado)

Proteção diferencial - residual para sistemas fotovoltaicos

Sistemas de energia solar fotovoltaica têm experimentado um vigoroso crescimento em instalações residenciais e comerciais. Apesar de se tratar de tecnologia consolidada, a proteção contra choques ainda suscita incertezas e divergências. Este artigo analisa os requisitos normativos para aplicação de dispositivos diferenciais-residuais.

Em sistemas fotovoltaicos (SFV) para alimentação de instalações elétricas ligadas a redes públicas de distribuição (figura 1), os inversores fotovoltaicos estão em geral permanentemente conectados. Portanto, a proteção por dispositivos a corrente diferencial-residual (DR) para o circuito fotovoltaico de c.a. é dispensável.

[N. do T. – A referida dispensa de um dispositivo DR exclusivo para o circuito fotovoltaico depende da configuração da instalação. Uma discussão complementar pode ser apreciada em https://viniciusayrao.com. br/instalacoes-fotovoltaicas-residenciais/]

Contudo, tais dispositivos de proteção tornam-se obrigatórios sob certas condições, e mesmo quando não o são, sua aplicação geralmente faz sentido. A seguir são examinados diversos requisitos.

Frequentemente, no contexto da instalação ou operação de SFV, surge a questão da necessidade ou não de uma proteção DR. Estes dispositivos são prescritos pela norma DIN VDE

0100-410 [1] quando as condições para proteção por seccionamento automático da alimentação não puderem ser satisfeitas por dispositivos de proteção contra sobrecorrente (por exemplo, em esquemas TT).

[N. do T. – A série de normas DIN VDE 0100 que fundamenta este artigo está harmonizada com a série IEC 60364 e equivale, basicamente, à ABNT NBR 5410 e correlatas]

Além disso, dispositivos DR podem ser exigidos, por exemplo, em locais com risco de incêndio, de acordo com a norma DIN VDE 0100-420 [2] - Proteção contra efeitos térmicos, ou em insta-

lações agrícolas consoante DIN VDE 0100-705 [3].

Em caso de proteção DR, que tipo escolher?

Prescrições sobre o tipo de dispositivo a corrente diferencial-residual podem ser encontradas na norma DIN VDE 0100-712 [4] [parcialmente equivalente à ABNT NBR 16690], que trata de instalações para sistemas fotovoltaicos. Segundo essa norma, um dispositivo DR destinado a proteger o circuito de alimentação de corrente alternada deve ser sensível a todos os tipos de corrente. Note-se que, na Alemanha, são também admitidos dispositivos DR tipo B+. Há apenas duas exceções relativas a este requisito:

• Se o inversor ou o sistema tiver no mínimo uma separação simples entre o lado de c.a. e o lado de c.c., por exemplo, por meio de um transformador com enrolamentos separados; ou

• Se o fabricante do inversor fotovol-

Julia Eilers, da Doepke Schaltgeräte GmbH (Alemanha)
Fig. 1 – Gerador fotovoltaico instalado em residência

taico confirmar expressamente que nenhum dispositivo DR sensível a c.a. e c.c. é necessário.

Nestes casos, um dispositivo a corrente residual tipo A ou F é suficiente.

Especificações dos fabricantes de inversores fotovoltaicos

Os fabricantes de inversores fotovoltaicos geralmente informam em seus manuais que, em caso de falta, não ocorrem correntes contínuas lisas do lado de c.a. da instalação e, assim sendo, pode ser usado um dispositivo DR mais econômico, tipo A ou F. Todavia, tais afirmações devem ser verificadas criteriosamente.

Na prática, inversores sem transformador são mais comuns atualmente. Além de mais compactos e econômicos, eles têm uma eficiência superior à dos modelos com transformador. Sua desvantagem reside na falta de isolação galvânica.

Inversores sem transformador geralmente não são providos de dispositivo DR para supervisão do lado de c.c., e sim de uma unidade de monitoramento de corrente residual (RCMU, na sigla em inglês), conforme norma IEC 62109-2 [5]. Porém, esta unidade não substitui o dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual instalado do lado de c.a. para proteção contra faltas, por exemplo, em esquemas TT, ou para proteção contra incêndio. Este conceito é mencionado expressamente pelas companhias seguradoras alemãs (GDV) na diretriz técnica VdS 3145 - Sistemas fotovoltaicos [6].

Correntes residuais que não ocorrem do lado c.c., como as que têm origem em falhas de isolação no retificador ou no conversor elevador de tensão, ou ainda no módulo de correção de fator de potência do inversor, não são necessariamente detectadas por

Esquema de princípio com o ponto de falta

Ponte de seis pulsos

Forma da corrente de carga

Forma da corrente de falta

Característica de disparo AC AF BB+

uma unidade de monitoramento RCMU (figura 2).

Uma unidade RCMU opera dependente da tensão. Ela só pode servir para aumentar o nível de proteção do lado c.c. caso a proteção por isolação dupla ou reforçada, que é uma medida básica exigida, venha a falhar (ver DIN VDE 0100-712) [4]. O dispositivo de manobra associado a uma unidade RCMU não apresenta obrigatoriamente características de seccionamento. Já os dispositivos de proteção a corrente diferencialresidual (DR) devem funcionar independentemente da tensão e dispor de características de secionamento.

Observância dos requisitos normativos

Conforme mencionado, a norma DIN VDE 0100-712 [4] estabelece os requisitos para proteção por seccionamento automático da alimentação. Se um dispositivo DR for instalado para a proteção do SFV, aplicam-se as prescrições dessa norma.

Caso o fabricante do inversor confirme que a unidade RCMU integrada também pode detectar e interromper correntes residuais de c.c. lisas e, portanto, que o uso de um dispositivo DR do tipo A ou F é suficiente, a unidade RCMU assume, a rigor, a função de proteção por seccionamento automático da alimentação definida na DIN VDE 0100410 [1]. Segundo esta norma, dispositivos de proteção usados com essa finalidade devem ter característica de seccionamento, o que não é expressamente exigido das unidades RCMU. Ade-

Conversor de frequência com ponte de seis pulsos
Fig.2 – Esquemas básicos conforme DIN VDE 0100-530 Anexo A
Fig. 3 – Em instalações industriais, além dos custos de implantação, a segurança de operação é fundamental para evitar riscos de interrupção de serviço

mais, dispositivos de monitoramento ou supervisão de corrente residual tampouco são considerados dispositivos de proteção no conceito da norma DIN VDE 0100-530 [7]. Logo, eles não podem ser usados como meio de seccionamento automático da alimentação.

Conclusão

Instaladores que reconheceram corretamente que a proteção integrada ao inversor fotovoltaico não é um dispositivo DR, e sim uma unidade RCMU, têm questionado frequentemente em fóruns de discussão e em publicações técnicas, com razão, se o nível de proteção assegurado é suficiente. A já referida diretriz técnica das seguradoras alemãs VdS 3145 [6] recomenda por princípio o emprego de dispositivos DR para proteção contra incêndio.

A topologia dos inversores para SFV é semelhante à dos inversores de frequência. Eles contêm, entre outros, um circuito inversor para conexão à rede pública e um circuito intermediário de c.c. Portanto, em caso de falta, eles podem gerar correntes contínuas lisas. Daí ser recomendável prever um dispositivo de proteção a corrente diferencialresidual sensível a todos os tipos de corrente, também nos casos em que não houver requisito normativo ou por parte do fabricante. Se por razões puramente financeiras vale renunciar à proteção abrangente de um sistema elétrico, fica a critério do instalador (figura 3).

As informações fornecidas pelos fabricantes de inversores reativas aos dispositivos usados para proteção contra faltas devem ser examinadas com cuidado: perante uma falta, será que realmente não haverá corrente contínua residual lisa do lado de c.a. da instalação? O dispositivo de proteção integrado é de fato do tipo diferencial-residual,

Fig. 4 – Dispositivo a corrente diferencial-residual especial para SFV

ou se trata de uma unidade RCMU que não requer carac‑ terística de seccionamento e, portanto, não é adequada para seccionamento automático da alimentação confor me DIN VDE 0100 410 [1]?

Fabricantes de bombas térmicas, que também empre gam inversores, reconheceram há muito tempo o perigo das correntes contínuas lisas e exigem quase exclusiva mente dispositivos de proteção DR sensíveis a todos os tipos de corrente.

Atualmente, existem no mercado dispositivos de pro‑ teção a corrente diferencial residual que satisfazem a to dos os requisitos das normas e dos fabricantes, e são es‑ pecialmente otimizados para aplicação em SFV (figura 4). Graças a uma temporização curta mais longa, tais dis positivos são imunes a correntes de surto, e deste modo asseguram a alta disponibilidade do sistema protegido. A possibilidade de disparos intempestivos causados por operações de manobra ou descargas atmosféricas está praticamente excluída.

Referências

[1] DIN VDE 0100 410:2018 Errichten von Niederspannungsanlagen Teil 4-41: Schutzmaßnahmen – Schutz gegen elektrischen Schlag (IEC 60364 4 41:2005, modifiziert + A1:2017, modifiziert)

[2] DIN VDE 0100 420:2022 Errichten von Niederspannungsanlagen Teil

4-42: Schutzmaßnahmen – Schutz gegen thermische Auswirkungen (IEC 60364 4 42:2010, modifiziert + A1:2014)

[3] DIN VDE 0100 705:2007 Errichten von Niederspannungsanlagen

Teil 7-705: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art - Elektrische Anlagen von landwirtschaftlichen und gartenbaulichen Betriebsstätten

[4] DIN VDE 0100 712:2016 Errichten von Niederspannungsanlagen Teil 7-712: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Photovoltaik-(PV)-Stromversorgungssysteme

[5] IEC 62109 2:2011 Ed. 1.0 b Safety of power converters for use in photovoltaic power systems - Part 2: Particular requirements for inverters

[6] VdS 3145 (03): 2025 04 (Entwurf) Photovoltaikanlagen

[7] DIN VDE 0100 530:2018 Errichten von Niederspannungsanlagen Teil 530: Auswahl und Errichtung elektrischer Betriebsmittel – Schalt- und Steuergeräte

Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição SoHe PV 2024. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro.net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.

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Redução de 80% de infraestrutura e sem manutenção.

Evento consolida liderança na sua 5ª edição

Aenergia solar fotovoltaica é a fonte de energia de mais rápido crescimento no mundo. No contexto brasileiro, graças à vasta extensão territorial e abundante irradiação solar, o País ocupa posição privilegiada para explorar imenso potencial, e grande parte desses recursos concentra-se na sua região Nordeste. Segundo os bancos de dados da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, já estão operando na região 7,6 GW de geração solar distribuída, 20,4% do total nacional, e o ritmo segue acelerado, além de 9,18 GW de geração solar centralizada, quase 52% do total do segmento. Há ainda 4,47 GW em construção e outros 75 GW outorgados em grandes plantas solares, o que faz a região ter a maior expansão prevista de usinas fotovoltaicas até 2034, segundo o Plano Decenal de Energia do Governo Federal. Diante de um aumento de quase 200% na demanda por eletricidade no Brasil ao longo dos últimos 30 anos, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, a região Nordeste se destaca pelo seu potencial em contribuir significativamente para a matriz energética nacional, por meio das energias solar e eólica. E segundo

Em 23 e 24 de abril Fortaleza recebe o Intersolar Summit Nordeste 2025, evento voltado à transição para uma economia de baixo carbono. O congresso discutirá energia solar fotovoltaica, mercado de carbono, hidrogênio verde, armazenamento de energia, transmissão e eletromobilidade, entre outros. O Summit deve reunir mais de 5500 profissionais para discutir os potenciais das energias renováveis da região e do País, além de fazer negócios.

o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a capacidade de exportação de energia da região para o restante do País deve aumentar em 30% até 2029.

Também na corrida do hidrogênio verde o Nordeste larga na frente, com plantas em desenvolvimento em vários estados e a atração de bilhões de dólares em investimentos. Além disso, a região se volta para a eletromobilidade, sendo a que mais incentiva a compra de carros elétricos ou híbridos, e se prepara para um forte aumento da demanda de investimentos em armazenamento de energia, com apoio do fundo FNE verde.

Ceará desponta

Ainda de acordo com os dados da Aneel, o Ceará se tornou o maior produtor de energia solar do Nordeste em 2024. O Estado foi responsável por

21,5% de toda a potência instalada na região no ano passado e alcançou a nona posição neste ranking no Brasil. Além disso, o Estado deve atrair investimentos na ordem de R$ 168,9 bilhões para a construção de empreendimentos de hidrogênio verde até 2031, de acordo com estudo conduzido pela consultoria norte-americana IXL Center, contratada pelo Governo do Ceará e pela Federação da Indústria do Ceará (Fiec).

Este panorama promissor será amplamente discutido durante o 5º Intersolar Summit Brasil Nordeste, um evento focado na transição para uma economia de baixo carbono que acontece nos dias 23 e 24 de abril em Fortaleza, Ceará. Nele, serão abordados temas como inovações tecnológicas, regulamentações, políticas públicas, novas oportunidades de mercado e estratégias para investimentos e financiamentos no setor de energia renovável. O encontro é realizado pela Aranda Eventos, em cooperação com as empresas alemãs Solar Promotion International e Freiburg

Fotos: Aranda Eventos
Congresso e feira de 2024: evento cresce em relevância a cada edição

Monica Carpenter:

últimas tendências e inovações, e conexões com empresas líderes do mercado

Management & Mar‑

keting Internacional. “Reconhecido como um marco importan te no calendário de Fortaleza, o 5º Inter solar Summit Brasil Nordeste evidencia a pujança do setor de energia solar na região e em todo o País”, avalia Monica Carpenter, diretora da Aranda Eventos.

Impulsionando negócios

A programação do Intersolar Summit Brasil Nordeste 2025 contará com cerca de 30 palestras e mesas de discussão, além de uma grade de minicursos mi nistrados por especialistas nas áreas de cobertura do congresso. Segundo a co ordenação, a programação foi pensada para fornecer insights valiosos sobre o potencial energético da região Nordes te e seu papel nos esforços globais de descarbonização. Prevê painéis sobre geração distribuída e centralizada abordando, por um lado, desafios como o fluxo de energia reverso e, por outro, a necessidade de redução dos impactos do curtailment e soluções para produção de hidrogênio em larga escala. O evento também fornecerá um fórum para en tender os desafios mais amplos do setor elétrico, à medida que as fontes de ener gia intermitentes se expandem.

O congresso explorará ainda o cres cimento de sistemas de armazenamento de energia em baterias (conhecidos pela sigla em inglês BESS), seja para aplica ções fotovoltaicas, seja em outras funções de apoio às redes de energia, examinan do ainda soluções como as microrredes e aprofundando o terma do hidrogênio verde como uma nova fronteira energéti ca para a região, além de enfocar o cená rio regulatório e as oportunidades futu ras do mercado de créditos de carbono.

Já em sua quinta edição, hoje o Intersolar Summit Brasil Nordeste é um evento

Cerimônia de abertura e boas-vindas

16h30

Mercado de carbono: regulamentação e impacto na indústria solar –Experiência e perspectivas do mercado de crédito de carbono

Geração solar centralizada: desafios e oportunidades – Experiências e desafios para implementação e operação de usinas fotovoltaicas, assim como o impacto do curtailment

Perspectivas de microrredes e geração distribuída na região Nordeste –Visão geral do mercado de GD, com destaque para a questão da inversão de fluxo

Hidrogênio Verde: a nova fronteira energética do Nordeste – Mercados globais e o potencial da região NE como hub de hidrogênio renovável

Panorama do armazenamento de energia elétrica no Nordeste –Oportunidades do Nordeste e no Norte, projetos de referência, melhores práticas na implantação e operação de projetos, e os desafios técnicos e regulatórios

Perspectivas do sistema elétrico e desafios da transmissão para cargas de grande porte – O impacto de fontes não-despacháveis sobre a operação do sistema elétrico. Avaliação da capacidade da rede de transmissão do NE para conexão de plantas de produção de hidrogênio

Eletromobilidade: normalização e tecnologia – Atualização em normas técnicas para infraestrutura e visão geral da tecnologia

consolidado na região. A organiza‑ ção espera superar os números da edição de 2024, que atraiu mais de 5.000 visitantes e mais de 500 parti‑ cipantes da conferência, complemen‑ tado por uma exposição com soluções de 100 fornecedores. A área reserva da para exposição e congresso tem 7.500 m². “Ao longo dos dois dias, profissionais do setor de energia solar e renováveis terão a oportunidade de fazer networking, descobrir as últimas tendências e inovações em tecnologia solar e estabelecer conexões com empresas líderes do mercado”, diz Carpenter.

“A transição energética passou a ser uma agenda global. Nesse sentido, o mundo olha para o Brasil e enxerga o Nordeste como uma das regiões mais importan tes nessa tarefa. Dessa forma,

Florian Wessendorf (Solar Promotion Inter.)

Celso Mendes (Aranda Editora)

Jurandir Picanço Júnior (FIEC)

Luis Carlos Queiroz (Sindienergia - CE)

Rodrigo Sauaia (Absolar)

Markus Vlasits (NewCharge)

Fabiano Machado (APSIS Carbon Consult.)

Marina Mattar (Perspectivas)

Max Almeida (Earthood)

Rodrigo Sauaia (Absolar)

Camila Ramos (CELA)

Armando Abreu (Qair)

Francisco Habib (Casa dos Ventos)

Marcos Aurélio Izumida (Gridspertise)

Hanter Pessoa (H3 Energia)

Peter Salles Geib (Saft)

Everton Gurgel (San Francisco Solar)

Jurandir Picanço Júnior (FIEC)

Camila Ramos (CELA)

Brígida Miola (SDE - CE)

Gustavo Silva (Qair Brasil)

Markus Vlasits (NewCharge)

Jonas Becker (E1 Energia)

Maurício Gonçalves (3e Soluções)

Adalberto Moreira Campello (Grupo Moura)

Joaquim Rolim (FIEC)

Marcos Junior Soares de Lima (Enel Distrib.)

Eduardo Rego (Voltalia Brasil)

Rafael Cunha (movE Eletromobilidade)

Daniel Carvalho (DCC Energy)

Rafael Souza (Eletricarr)

o Intersolar Summit Brasil Nordeste se propõe a reunir os principais nomes do setor de energia fotovoltaica e áreas cor relatas, como hidrogênio verde, merca do de carbono e eletromobilidade, a fim de discutir as tendências, fazer contatos e pensar nos próximos passos para esses mercados”, ressalta ainda Florian Wessendorf, diretor gerente da Solar Promotion International GmbH.

Florian Wessendorf: mundo olha para o Brasil e enxerga o Nordeste como uma das regiões mais importantes [para a transição energética]

Série de inovação energética

O Intersolar Summit Brasil Nordeste é parte da série global que abrange 10 eventos em quatro continentes, e cujos últi mos números somados impressionam: mais de 206 mil visitantes, de

Intersolar Summit Brasil Nordeste 2025 – Programa do Congresso (em 14 de março)
Aranda
Eventos
Aranda
Eventos

36 Intersolar Summit Brasil Nordeste

Minicursos

Além da intensa programação de palestras e mesas de debates, o Intersolar Summit Brasil Nordeste tem programada uma grade de minicursos de duas horas com conteúdos mais específicos, dentro das áreas especializadas do congresso, além de uma palestra sobre revisão de norma técnica. A programação é a seguinte:

23/4 10h30 – 12h30: Projetos elétricos fotovoltaicos – Erros custam caro

Vinicius Ayrão

23/4 13h30 – 15h30: Estruturação de redes de recarga

Rafael Cunha e Cesare Quinteiro

23/4 16h00 – 18h00: Como aterrar equipamentos para que não queimem durante uma descarga atmosférica

João Cunha

24/2 10h30 – 12h30: Modelos de negócios de manutenção em microFV

Vinicius Ayrão

24/2 13h30 – 15h30: Sistemas inteligentes para transição energética

Camila Gehrke

24/2 16h00 – 18h00: Gestão de demanda para condomínios

Rafael Cunha e João Cunha

24/2 18h30: Palestra especial: Como anda a revisão da norma NBR 5410

João Cunha

Informações do evento

Datas: 23 e 24 de abril de 2025

Local: Centro de Eventos do Ceará - Pavilhão Oeste – Salões Taíba e Mundaú – Av. Washington Soares, 999 - Portões A, B e C, Fortaleza (CE)

Formato: Palestras de especialistas, debates entre executivos, pausas para networking, exposição

Tópicos: Geração Distribuída, FV em Larga Escala, Financiamento, FV + Hidrogênio Verde

Horários – Congresso: 10h30–17h30 Exposição: 10h00–19h00

Inscrições: https://www.intersolar - summit- brasil.com/

A disputada exposição

4900 expositores e de 10 mil conferencistas. No Brasil, além do Summit Nordeste, a série conta ainda com o Intersolar Summit Brasil Sul, que será realizado em 28 e 29 de outubro em Porto Alegre, RS, e com a grande Intersolar South America, programada para 26 a 29 de agosto em São Paulo, SP em realização conjunta com a ees (armazenamento de energia), a Power2Drive (eletromobilidade) e a Eletrotec+EMPower (instalações elétricas), integradas no hub de inovação energética The Smarter E South America

A feira do Intersolar Summit Nordeste deve contar novamente com mais de 100 expositores e atrair acima de 5000 visitantes, superando os números da edição do ano passado. Com toda a movimentação em torno dos mercados de energias renováveis no Nordeste, a exposição é disputada por grandes players nacionais e estrangeiros do setor solar, armazenamento de energia e áreas afins. Aqui, a lista dos expositores confirmados até a primeira semana de março: Nacionais

Aldo Solar

ArcelorMittal Tubarão

Axial Brasil

Blutrafos Solar

Brametal S.A.

Carmehil

CCM solar do Brasil

Centry

Chint Power Brazil

Connectoway Solar

Digital Grid

Dynamo Estruturas

D Solar

Ebara

Edeltec

Elgin

Internacionais

Foco Energia

Fortlev Solar

Fotovolt

Fotus Distribuidora Solar

Frontec

GIR-Gimi

Hopewind Brasil

Inox-Par

JH Power

JNG

Kraper

Livoltek

Megacomm

Metal Light

Meu Financiamento Solar

Modular Estruturas

Jiangsu Skyworth New Energy Tecnhology Co, ltd

Hoymiles Power Electronics Inc

Invt Solar Technology (Shenzhen) Co., Ltd.

Montê Tecnologia para Energia

Move Eletromobilidade

Nansen Solar

Ntcsomar Estruturas Fotovoltaicas

Powersafe Baterias Especiais

Pratyc

Propex do Brasil

PV Operation

Revtech Group

Romiotto

Ronma Solar Brasil

RT Energia e Tecnologia

Santander Financiamentos

Serrana Solar

SGV Solar

Sinergia Consultoria

Luxen Solar Energy Co., Ltd

PV Magazine SAJ

Sirius

Solar Group

Solar Life Energy

Solar Maxx

SolarZ

Soloz

Solplanet brasil

Soollar distribuidora

Sou Energy Solar

Sungrow do Brasil

Techlux Distribuidora

Transformadores União

Tvin Solar

Vouren Locação de Equipamentos

SofarSolar

Znshine Pv-Tech Co, Ltd

FotoVolt - Março - 2025

O papel estratégico das baterias no setor elétrico brasileiro *

O armazenamento de energia registrou crescimento mundial de 175 GWh em capacidade instalada em 2024. Para 2025, as projeções indicam uma expansão global de 26,5%. No Brasil, o setor promete investimentos de R$ 44 bilhões até 2030, devendo desempenhar função crucial na integração das fontes renováveis e na segurança energética do País, destacando-se como alternativa eficiente para a flexibilidade operacional.

Em 2024, o mercado global de armazenamento adicionou 175 GWh de capacidade instalada, segundo dados da Infolink Consulting. Para 2025, as previsões indicam que o segmento continuará em expansão, somando mais 221,9 GWh à capacidade instalada, o que representa aumento de 26,5% em relação ao ano passado. No Brasil, segundo perspectivas da Absae - Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia, serão investidos cerca de R$ 44 bilhões em sistemas de armazenamento de energia até 2030. Por sua vez, um estudo da consultoria Greener relata que a demanda por BESS (sigla em inglês para Battery Energy Storage System) cresceu 89% em 2024 no Brasil frente ao ano de 2023, sendo que grande parte dos equipamentos serão instalados em 2025.

Tendo em vista a integração das fontes renováveis e a segu-

rança energética, o armazenamento de energia deverá ser o novo protagonista no setor elétrico brasileiro. A expectativa é de que as baterias agreguem características que contribuam para a expansão das energias renováveis no Brasil. De acordo com Markus Vlasits, presidente da Absae, a partir de um relatório elaborado pela entidade, detectou-se que no fim de 2024

havia efetivamente ou em vias de implantação no Brasil cerca de 800 MWh de projetos BESS. “Ainda não batemos o gigawatt-hora, mas acredito que isso vai acontecer esse ano”, prevê. De acordo com Vlasits, o segmento deve ser movimentado em 2025 pelos leilões LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade) e Sisol (Sistemas Isolados). “Temos também um mercado cada vez mais pujante do lado do C&I, ou seja, projetos para off-takers comerciais e industriais, e o segmento agro”, acrescenta. “Este ano vamos deixar para trás o debate do conceitual, e efetivamente acelerar a implantação de projetos, como já está acontecendo”, afirma.

Para Luis Roberto Valer, diretor de soluções da Huawei, as baterias já são uma realidade no Brasil. “No caso particular da Huawei, por meio de parceria com a Matrix, fechamos contratos de 100 MWh para aplicações

Jucele Reis, da Redação de FotoVolt
(*) Matéria baseada nas exposições e debates sobre armazenamento de energia do Energyear Brasil 2025 (fevereiro 2025, São Paulo), acompanhados pela jornalista Jucele Reis.
Markus Vlasits (Absae): “Uma contratação excessiva de termelétricas e uma contratação experimental de BESS seriam um desserviço ao sistema elétrico brasileiro”

behind the meter. Te mos oportunidades também no setor da geração para mitigar os efeitos da grande inserção de fontes intermitentes, redu zindo o curtailment”, relata. Além disso, ele afirma que os sistemas de arma zenamento podem ser aplicados no segmento de trans missão, adiando investimentos. Outra possibilidade é a substituição parcial ou total de con densadores síncronos, hoje exigidos em algumas subestações. “Há uma grande movimentação do setor para atender os segmentos agro, hoteleiro e industrial, que utilizam a energia como insumo, e, por vários motivos, enfrentam problema de confiabilidade da rede. A bateria pode ajudar, inclu‑ sive, a reduzir a conta”, ressalta.

Luis Roberto Valer (Huawei): “Há uma grande movimentação do setor para atender os segmentos agro, hoteleiro e o industrial, que utiliza a energia como um insumo, e, por vários motivos, enfrenta problema de confiabilidade da rede”

imenso, com uma necessi dade de 100 GWh de BESS”, calcula Sá. Contudo, de acor do com o gerente de vendas, existem variáveis importan tes a serem consideradas, como a necessidade de utilizar a bateria por mui tos dias ao longo do ano para viabilizar o investi mento. “Temos uma curva de preços das baterias que continua a mostrar queda constante, enquanto os custos da energia e do die sel seguem uma trajetória crescente. Estamos muito próximos de alcançar um ponto de intersecção, no qual os projetos se tornarão mais viáveis”, comenta.

O segmento de irrigação é de fato um mercado de grande porte para a expansão dos sistemas de armazena mento de energia. Segundo André Sá, gerente de vendas de BESS da Cana dian Solar, os BESS podem ser utiliza dos em conjunto com usinas solares para atender à crescente demanda des se segmento. De acordo com um estudo da ANA Agência Nacional de Águas, no Brasil, há cerca de 55 milhões de hectares que ne cessitam de siste mas de irrigação. “Considerando que cada hectare demanda cerca de 1 quilowatt, estamos falando de um mercado

“Além disso, se o produtor adotar uma operação durante as horas de sol, é possível desligar o gerador por até 12 horas. Nesse cenário, o payback seria inferior a três anos, o que torna a substituição do diesel pelo BESS uma opção cada vez mais atraente”, completa.

Para Zilda Costa, vice presidente da ABGD Associação Brasileira de Geração Distribuída, a expansão do uso de baterias depende ainda de maior conhecimento por parte dos in vestidores de geração distribuída so bre o papel desempenhado por esses equipamentos no controle de frequência e tensão, desempe nho da usina e alavancagem das entregas de energia. Essa visão é compartilhada por Andrey Oliveira, diretor de soluções para microrredes da Huawei, que afirma ser essencial a união do mercado para evidenciar os benefícios que os sistemas de armaze namento de energia podem oferecer ao setor elétrico. “A instalação de um BESS no consumidor ou até mesmo na GD pode permitir a pos

Andrey Oliveira (Huawei): “A partir do momento em que a sociedade e o setor elétrico compreenderem os benefícios dessa tecnologia, veremos um crescimento e uma explosão desse mercado, assim como aconteceu com a energia solar”

tergação de investimentos em distri buição”, destaca. Ele acrescenta que há uma necessidade urgente de envolver a academia e contratar estudos a fim de demonstrar que o armazenamento de energia é uma solução rápida, que não requer licenças am bientais nem a construção de grande infraestrutu ra. “Estamos trazendo um benefício téc‑ nico e econô mico para o setor elétrico, além de um benefício econômico para quem está investin do”, explica. Ele reforça a importância de conhecer a tecnologia e a necessidade de contar com profissio nais qualificados que entendam o fun cionamento dos sistemas de baterias. “A partir do momento que a sociedade e o setor elétrico compreenderem os benefícios dessa tecnologia, veremos um crescimento e uma explosão desse mercado, assim como aconteceu com a energia solar”, conclui.

Regulamentação

Um dos principais obstáculos para a ampliação do uso da tecnologia, apon tado pelos especialistas, é a falta de regulamentação. A Aneel tem se dedi cado ao tema e trabalhado nos últimos meses na preparação de uma minuta. A meta, de acordo com Ricardo Tili, di‑ retor da Aneel, é aprovar o documento até maio.

A elaboração da regulação foi divi dida em três ciclos. O primeiro aborda a caracterização dos recursos de arma zenamento e definição dos serviços a

André Sá (Canadian Solar): “Temos uma curva de preços das baterias que continua a mostrar queda constante, enquanto os custos da energia e do diesel seguem uma trajetória crescente”

serem prestados, além de temas relacionados ao acesso à comercialização e possíveis ajustes para eliminar barreiras regulatórias aos serviços prestados ao sistema. O segundo ciclo, mais específico, trata da possibilidade de desenvolver sandboxes regulatórios, visando principalmente o empilhamento de receitas para viabilizar economicamente a tecnologia e promover mais benefícios ao sistema. “Neste momento, são discutidas questões mais detalhadas sobre o armazenamento descentralizado e novos modelos de negócios, incluindo o armazenamento após o medidor, ou seja, localizado nas residências ou empresas, que respondem à demanda do consumidor”, explica Tili. O terceiro ciclo detém-se em tópicos mais complexos, como agregadores, simulações nos modelos computacionais e seus impactos, e ainda exploração de novos modelos de negócios para mitigação de curtailment e constrained-off das usinas de geração, bem como aprofundar definições estruturais sobre o empilhamento de receitas. “Hoje a gente hoje pensa no armazenamento como um agente complementar na geração, transmissão ou mesmo depois do medidor”, diz o diretor.

A expectativa de ter uma resolução normativa em vigor até maio deste ano tem sido considerada uma indicação muito positiva pelo mercado. De acordo com Markus Vlasits, da Absae, a Aneel apresentou uma minuta muito ampla e robusta, que se propõe a regulamentar não só aplicações específicas, mas englobar as diferentes aplicações do armazenamento, seja centralizado ou distribuído. Contudo, ele ressalta que é preciso reconhecer a necessidade de aprimoramentos, principalmente no cálculo para a definição da tarifa de uso do sistema de distribuição ou de transmissão. “Não quero desmerecer o esforço analítico dedicado a essa proposta, mas é importante destacar que, inevitavelmente, a solução sugerida pela Aneel leva a custos mais elevados. A lógica proposta, na prática, elimina os sinais locacionais. Portanto, o modo como a TUSD é aferida — tanto para sistemas acoplados quanto, especialmente, para projetos autônomos — é, sem dúvida, um ponto de atenção”, destaca.

Outro ponto apontado por Vlasits é que um BESS acoplado a uma central geradora, solar ou eólica, pode reduzir a demanda de energia elétrica contratada por distribuidoras para utilizar o sistema de transmissão, ou seja, o

Must - Montante de Uso do Sistema de Transmissão. Segundo ele, essa redução do Must das geradoras renováveis é extremamente desejável para o sistema, especialmente devido aos gargalos enfrentados, principalmente no submercado Nordeste, devido aos picos de injeção das usinas. “Então, por que a agência gostaria de limitar, de maneira aparentemente arbitrária, a redução do Must em 15%? Podemos ter casos onde o potencial de redução pode ser menor, mas também situações específicas onde a redução poderia ser muito maior do que 15%”, explica Vlasits. Por esses motivos, ele considera a necessidade de ajustes do marco regulatório, principalmente para os REDs - Recursos Energéticos Distribuídos.

Mauro Fernando Basquera Júnior, gerente de engenharia Latam da Sungrow, destaca que a alta inserção de energia renovável, especialmente a solar, tem causado problemas operacionais, como o curtailment, exigindo flexibilidade do sistema elétrico, que pode ser suprida em grande parte pelos sistemas de armazenamento de energia. “As hidrelétricas hoje precisam fazer rampas de até 30 GW para equilibrar a oferta e a demanda. No entanto, as previsões para 2028 indicam que esse número saltará para 58 GW, refletindo

um cenário de maior instabilidade e complexidade para o sistema, que dificilmente será atendido com hidrelétricas”, afirma. Embora a solução mais plausível sejam as baterias, ele enxerga uma tendência de alta inserção de termelétricas no Brasil, ao contrário das matrizes energéticas globais, que estão privilegiando as baterias, com contratações básicas de termelétricas. Para o diretor, a solução no Brasil passa, inevitavelmente, por um leilão de baterias expressivo, que permita acelerar a instalação dessa tecnologia para garantir a flexibilidade operacional. Nesse contexto, com a crescente pressão para garantir a estabilidade do sistema elétrico, a resolução de gargalos regulatórios se torna fundamental, segundo ele. “A falta de regulação ainda trava o mercado, impedindo que soluções inovadoras cheguem rapidamente à operação”, completa.

Para Vlasits, o crescimento das fontes de geração não despacháveis traz novos desafios, cuja solução envolve o armazenamento, que precisará ser contratado e implantado em larga escala. Segundo ele, os leilões de reserva de capacidade são, atualmente, uma necessidade para o setor elétrico brasileiro, “não tanto como uma reserva, mas como uma ferramenta de flexibilidade operativa para atender principalmente o déficit de potência no [início do] horário noturno”. Ele observa que, como reflexo da participação crescente das fontes renováveis não despacháveis, o País vive uma situação paradoxal: há sobras de energia renovável em algumas horas do dia e déficit em horários específicos. “A escolha a ser feita é qual o portfólio de tecnologias mais adequado para atender a esse déficit. Não somos absolutistas, por isso reconhecemos a importância da geração termelétrica despachável, mas a questão é qual o mix de tecnologias a ser utilizado”, afirma. Ele ressalta que a sociedade precisa defender uma

escolha razoável. “Uma contratação excessiva de termelétricas e uma contratação experimental de BESS seriam um desserviço ao sistema elétrico brasileiro. Por que contratar, em 2025, novas usinas termelétricas que permanecerão em operação até 2045, com duração de despacho de 8 a 12 horas, quando o déficit noturno é de apenas 3 a 5 horas, dependendo de suplemento de gás natural, com CVU [Custo Variável Unitário] variando entre R$ 600 e R$ 1.500 por megawatt-hora, se é possível contratar uma tecnologia com CVU zero, validada e comprovada globalmente na escala de GWh, que oferece flexibilidade?”, conclui.

Fabricação nacional

A nacionalização das baterias também é um ponto de debate. Segundo Zilda Costa, da ABGD, embora o Brasil tenha condições de produzir todos os itens que compõem o BEES, faltam incentivos para o beneficiamento das células.

Zilda Costa (ABGD): “A expansão do uso de baterias depende ainda do maior conhecimento por parte dos investidores de geração distribuída do papel desempenhado por esses equipamentos”

“95% do lítio do mundo é vendido para a China e depois volta beneficiado, assim como o silício e outros minerais importantes para a produção de equipamentos essenciais à transição energética”.

Valer, da Huawei, acrescenta ainda que os fabricantes têm de garantir performance, capacidade, entrega, suporte e também a integração dos equipamentos. “Existem empresas que vendem soluções end-to-end, outras que vendem partes do escopo.

Esses equipamentos terão de ser integrados de maneira que se cumpra a performance esperada. Além disso, as tecnologias têm que ser adaptadas aos locais de insta lação, haja vista que o Brasil, um país continental, tem locais com alta umidade, outros com alto nível de cor rosão, outros com restrições para instalações de baterias muito próximos dos consumidores”. Ele salienta que, nesse contexto, são necessárias normas técnicas para desenvolver os projetos, além de capacitação e troca de experiências.

Mariana Coudel (Trina Storage Brasil): “Sem equipe local, o equipamento não será 100% otimizado nem tropicalizado para o mercado brasileiro”

Outro requisito, de acordo com Mariana Coudel, ge‑ rente de vendas da Trina Storage Brasil, é um alto grau de bancabilidade das empre sas para desenvolver proje tos, haja vista que, segundo ela, a maioria deles depen dem de financiamento. Ou tro ponto destacado como fundamental é a existência de suporte local. “Sem equipe local, o equipamen to não será 100% otimizado nem tropicalizado para o mercado brasileiro. Preci samos dessa equipe local não só na fase de desenvol vimento ou na venda, mas sim no pós‑venda durante os 20 anos de operação. Os investidores precisam ter esse respaldo”.

Além disso, segundo ela, também é preciso conside rar a capacidade de produção e o controle da cadeia de suprimento dos fabricantes. “Deve se buscar empresas que possam dar essa garantia estendida, pois são compa nhias que acreditam e têm confiabilidade técnica sobre o seu produto”, afirma. “Outro ponto também é ter compliance e normas de regulação. As empresas devem seguir não só as normas internacionais, mas também as locais, visando todas as adaptações”, completa.

Para além das questões de fabricação, Markus Vlasits salienta outro ponto importante e por vezes pouco de batido: a necessidade de conhecimento técnico por parte dos projetistas para dimensionar adequadamente os sistemas. “O profissional que faz o desenvolvimento do projeto deve saber traduzir o requisito do usuário final em uma especificação técnica que faça sentido”, conclui.

Softwares para projetos de sistemas fotovoltaicos

Os programas de computador para projetos de sistemas fotovoltaicos são ferramentas indispensáveis para os pro ssionais da área, estando hoje disseminados nos escritórios de engenharia e integradores de sistemas FV. Este guia lista algumas empresas desse mercado com as principais características dos softwares ofertados.

Empresa/Telefone/E-mail

Fabricante/País Sistemas FV em edificações Sistemas FV em solo (usinas) Modelagem 3D Modelagem BIM

Dimensionamento Geração de documentos Outros Opções comerciais

Cálculo de irradiação solar Componentes elétricos c.a. e c.c. Sistema de armazenamento Sistemas de aterramento Orçamento do sistema FV Simulação de rentabilidade Relatórios técnicos e financeiros Plantas, cortes, elevações Esquemas elétricos Aquisição do software Assinatura do software

Dewesoft (11) 98533-5348 angelo.carrocini@dewesoft.com

Dexxtra Solar (11) 3254-7447 contato@dexxtrasolar.com.br AzulSolPV/Itália

Hiper Energy (48) 2102-7703 info@hiperenergy.com.br

Solarize (21) 2148-0973 pvsol@solarize.com.br

Volts and Bolts (11) 99224-0010 vendas@mydia.com

Valentin/Alemanha

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 18 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, março de 2025

Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/

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AComo lidar com baterias no fim do ciclo de vida

“ O mercado de segunda vida já é uma realidade consolidada em diversos países, que há anos aproveitam as baterias após seu uso na aplicação automotiva para armazenar energia renovável produzida localmente ou para adiar projetos de expansão de rede”

rápida expansão da mobilidade elétrica impõe um importante desafio: lidar com as baterias após o fim do seu ciclo de vida veicular. Vale destacar que as tecnologias de baterias avançaram significativamente nos últimos anos, resultando em produtos cada vez mais duradouros e com capacidades ampliadas. Atualmente, baterias modernas podem ultrapassar facilmente 10 anos de uso intenso no veículo, mantendo uma capacidade significativa de armazenamento após esse período, possibilitando diversas aplicações secundárias. Sendo assim, este cenário cria oportunidades estratégicas diretamente ligadas ao conceito da economia circular, cuja essência é a redução do desperdício e a otimização do reaproveitamento de recursos. Entre os principais destinos possíveis para as baterias, destacam-se duas alternativas principais: o reaproveitamento para segunda vida em sistemas estacionários de armazenamento de energia (BESS - Battery Energy Storage Systems) e a reciclagem.

Segunda vida das baterias: redução de demandas e incentivo ao autoconsumo

O mercado de segunda vida das baterias já é uma realidade consolidada em diversos países, como Alemanha, Estados Unidos e China, que há anos aproveitam as baterias após seu uso na aplicação automotiva para armazenar energia renovável produzida localmen-

te ou para adiar projetos de expansão de rede. Uma das aplicações mais imediatas é o uso em sistemas estacionários para peak shaving, ou seja, para reduzir picos de demanda energética, evitando assim a necessidade de ampliação da infraestrutura elétrica das edificações. Essa estratégia proporciona economia direta para consumidores residenciais, comerciais e industriais, reduzindo custos operacionais e oferecendo maior eficiência energética. Além disso, permite maior capacidade de demanda da unidade consumidora por um período limitado de tempo, sem o aumento de demanda da entrada de energia, viabilizando aplicações nas quais há limitação da rede ou em que os custos para expansão sejam muito elevados.

dos projetos de armazenamento de energia, comparativamente ao uso de baterias novas. Essa economia ocorre porque baterias com cerca de 60% a 80% de sua capacidade original ainda oferecem desempenho suficiente para essas aplicações, reduzindo significativamente os investimentos iniciais.

Exemplos no Brasil: Celesc P&D Aneel e iniciativas da Energisa

A viabilidade econômica dessa aplicação pode ser mensurada através da comparação direta dos custos com ampliação da infraestrutura elétrica tradicional versus instalação de sistemas BESS. Estudos realizados pelo National Renewable Energy Laboratory (NREL) indicam que a utilização de baterias em segunda vida pode proporcionar reduções de até 30% nos custos totais

No Brasil, o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Celesc, regulamentado pela Aneel, realizou uma

1 - Carga e descarga da bateria na rede elétrica

Figura

aplicação concreta dessa tecnologia. O projeto utilizou baterias de segunda vida para armazenamento de energia em estações de recarga rápida para veículos elétricos. O objetivo foi mitigar picos de demanda energética, permitindo uma operação mais econômica e eficiente das redes de recarga. Esse projeto, pioneiro no País, demonstra a viabilidade técnica e econômica, e se impõe como uma inteligente alternativa para uso na mobilidade elétrica ou aplicações de geração distribuída (GD).

Outra iniciativa nacional relevante é o projeto desenvolvido pela Energisa, que utiliza sistemas móveis de baterias estacionárias instaladas em veículos, os quais permitem rápida conexão à rede elétrica, fornecendo energia em situações emergenciais ou reduzindo demandas temporárias em horários de pico, fortalecendo ainda mais a flexibilidade e robustez da rede elétrica. Além disso, a chamada estratégica nº 21 da Aneel para projetos de armazenamento de energia (BESS) incentivou diversas iniciativas no País, consolidando o uso dessas tecnologias e abrindo caminho para futuras aplicações, especialmente utilizando baterias de segunda vida.

Desafios técnicos e econômicos das baterias em segunda vida

Apesar das vantagens claras, existem desafios relevantes para a ampla adoção das baterias em segunda vida. O primeiro é garantir desempenho e segurança adequados das baterias para novas aplicações. Isso exige processos rigorosos de avaliação, triagem e reconfiguração, o que gera custos adicionais, e exige mão de obra especializada.

cionárias, a reciclagem surge como uma solução essencial. Ela permite recuperar metais valiosos, como lítio, cobalto e níquel, reduzindo a necessidade de extração de recursos naturais e mitigando os impactos ambientais negativos associados ao descarte inadequado esses metais, se descartados incorretamente, podem contaminar o solo e causar graves danos ambientais. Além disso, o alto valor econômico desses materiais reforça a importância e a necessidade da reciclagem das baterias.

Atualmente, tecnologias avançadas possibilitam taxas de recuperação de até 98% dos materiais contidos nas baterias de lítio. Países como Bélgica, Alemanha e Estados Unidos já possuem instalações robustas de reciclagem operando em escala comercial, com processos altamente eficientes e economicamente viáveis.

No Brasil, a reciclagem ainda está em fase inicial, embora já existam empresas pioneiras desenvolvendo processos eficazes. A infraestrutura necessária para uma reciclagem em larga escala precisa evoluir significativamente para atender a demanda futura, especialmente diante do crescimento acelerado da frota elétrica nacional.

Quando optar por reciclar ou utilizar como BESS?

Veículos elétricos

significativamente, reduzindo proporcionalmente esses custos.

Conclusão

O crescimento acelerado da eletromobilidade no Brasil impõe desafios ambientais e econômicos relacionados ao destino das baterias dos veículos elétricos, mas também apresenta oportunidades para desenvolver soluções sustentáveis e economicamente vantajosas. O uso estratégico das baterias em segunda vida como sistemas de armazenamento estacionário (BESS) permite reduzir demandas de energia na rede elétrica, incentivando o autoconsumo energético. Complementarmente, a reciclagem é essencial para o fechamento do ciclo produtivo, garantindo um mercado sustentável e racional economicamente. Essas iniciativas são cruciais para assegurar uma expansão responsável e consistente da mobilidade elétrica no Brasil.

Bibliografia

Reciclagem como solução essencial

Quando as baterias já não apresentam capacidade útil significativa para reaproveitamento em aplicações esta-

A decisão entre reciclar uma bateria ou reutilizá-la em sistemas BESS deve ser tomada após uma avaliação técnica detalhada do seu estado de saúde. Baterias que ainda possuem capacidade energética relevante podem ser reconfiguradas para sistemas estacionários, enquanto aquelas em estágio avançado de degradação devem seguir para reciclagem, garantindo recuperação dos materiais e minimizando impactos ambientais. Esses processos logísticos podem se tornar complexos e caros, principalmente em países como o Brasil, onde a infraestrutura ainda está em fase de desenvolvimento. Contudo, com o crescimento acelerado da eletromobilidade, espera-se que a escala aumente

National Renewable Energy Laboratory (NREL). “Battery Second Use for Plug-In Electric Vehicles Analysis”. Disponível em: https://www. nrel.gov/docs/fy19osti/71319.pdf. Acesso em: 15 de março de 2025. Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “Chamada Estratégica nº 21 - Projetos de Armazenamento de Energia”. Disponível em: https://www.aneel.gov.br/chamada-estrategica-21. Acesso em: 15 de março de 2025. Celesc. “Projeto de P&D ANEEL - Uso de baterias de segunda vida em estações de recarga”. Disponível em: https://www.celesc.com.br/ projetosped. Acesso em: 15 de março de 2025. Energisa. “Projeto Baterias Móveis para Conexão Rápida à Rede”. Disponível em: https://www. energisa.com.br/projeto-baterias-moveis. Acesso em: 15 de março de 2025. International Energy Agency (IEA). “Global EV Outlook 2024”. Disponível em: https://www. iea.org/reports/global-ev-outlook-2024. Acesso em: 15 de março de 2025.

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.

Quantidade de módulos em série em uma string

“ Há um problema de quali cação em sistemas de energia solar, que começa no projeto, mas se estende aos pro ssionais de montagem, de comissionamento e de operação e manutenção”

Determinar o número de módulos colocados em série em uma string deveria ser um assunto dominado por iniciantes em energia solar, sem que fosse preciso abordar esse assunto nesta coluna. No entanto, tenho encontrado falhas nesse quesito em revisões de projetos e inspeções; em alguns casos, essas falhas provocaram incêndios nos inversores.

Três casos reais

1) Usina de solo, 1000 kW, composta por seis inversores de 150 kW e um inversor de 100 kW, instalada no estado do Rio de Janeiro.

A tensão máxima de um inversor de 100 kW é 1000 V; já a de um de 150 kW é 1500 V. Por ocasião do desenvolvimento do projeto, o projetista do EPCista não observou esse detalhe e previu tensões de mais de 1200 V de Voc em STC. Felizmente a empresa responsável pelas tratativas com a concessionária de energia diagnosticou a falha, solucionando-a no projeto.

2) Usina de telhado composta por 10 inversores de 60 kW, instalada no estado do Rio de Janeiro.

Os inversores utilizados na usina possuem tensão máxima de isolamento de 1.100 V. O projetista considerou tensão de Voc em STC com tensões superiores a 1.100 V (o Voc esperado estava em uma das pranchas do projeto). Essas strings atingiram tensões na faixa de 1250 V em dias mais frios. Antes da energização pela Light, ocorreram in-

cêndios em seis dos 10 inversores.

3) Usina de telhado composta por dois inversores de 60 kW, instalada no estado do Rio de Janeiro.

Os inversores utilizados na usina possuem tensão máxima de isolamento de 1.100V, e os interruptores seccionadores de 1.040 V. O projetista considerou tensão de Voc em STC com tensões superiores a 1.040V em uma das strings, pois apenas se preocupou com a tensão máxima do inversor (limitou em 1.100 V). Essa falha foi diagnosticada apenas por ocasião do comissionamento de Categoria 2, após a usina estar em funcionamento.

Causa dos erros

Esses três casos ocorreram, respectivamente, em 2021, 2022 e 2025, em usinas de portes diferentes, projetadas e executadas por empresas de portes diferentes. Isso demonstra que há um problema de qualificação em sistemas de energia solar, que começa no projeto, mas se estende aos profissionais de montagem, de comissionamento e de operação e manutenção.

Entendendo a curva I x V

Um módulo fotovoltaico possui uma curva característica corrente (I) × tensão (V), que varia em função da irradiância e da temperatura. A fim de permitir a comparação entre diferentes módulos, essa curva característica e seus pontos principais (Voc,

Vmp, Isc, Imp, Pmp) são normalizados para uma irradiância de 1000 W/m2 e temperatura de célula de 25°C.

Os valores de tensão sofrem variações com a temperatura, sendo que a tensão aumenta com a redução da temperatura e a tensão reduz com o acréscimo da temperatura.

Os índices que determinam a variação de tensão pela temperatura constam nas folhas de dados técnicos dos módulos (datasheet), e são os coeficientes de temperatura.

Todos os datasheets apresentam três coeficientes de temperatura, expressos em %/°C:

• coeficiente de temperatura de Isc (corrente de curto-circuito);

• coeficiente de temperatura de Voc (tensão de circuito aberto); e

• coeficiente de temperatura de Pmax (potência).

Os coeficientes de temperatura de tensão e potência possuem sinal negativo, ou seja, indicam que tensão e potência variam ao contrário da temperatura, enquanto o coeficiente de corrente é positivo, ou seja, a variação é no mesmo sentido da temperatura.

Determinando o número máximo de módulos em série

1) Corrigindo o Voc

É preciso garantir que, em qualquer condição ambiental, a máxima tensão atingida pela string seja inferior à máxima tensão de isolamento do sistema. A máxima tensão em uma série é a Voc,

ocorrida na menor temperatura diurna registrada no local de instalação do sistema solar.

O primeiro passo é consultar os dados históricos meteorológicos da região para determinar a temperatura mínima que deverá ser adotada para fins de projeto. Como isso se trata de uma premissa de projeto, deve ser explicitada no memorial descritivo da usina.

Determinado a mínima temperatura para fins de projeto, é necessário corrigir a Voc em STC para a Voc real dos módulos.

A fórmula para correção do Voc é: Voc@temp_minima = (temp_minima – 25°C) × (Coef_Voc)*Voc@stc+Voc@stc

Número máximo de módulos em série

Dada a Voc@temp_minima, o número máximo de módulos em série será dado por:

Max_mod_serie = Vmáx / Voc@temp_minima

Exemplos

Considere os seguintes equipamentos:

a) inversor de 110 kW, com máxima tensão de entrada FV: 1000 V

b) Módulo de 585 W, com as seguintes características:

• Potência máxima (STC): 585

• Voc (STC): 52,45V

• Vmp(STC): 44,15V

• Isc(STC): 14,19A

• Imp (STC): 13,30A

• Coeficiente Isc: +0,050%/°C

• Coeficiente Voc: -0,23%/°C

• Coeficiente Pmax: -0,28%/°C

E agora leve em conta três cenários, com as seguintes temperaturas mínimas:

• Cenário 1: 25°C

• Cenário 2: 20°C

• Cenário 3: 15°C

No cenário 1, não é necessário fazer nenhuma correção de temperatura.

O número de módulos em série será dado por:

Max_mod_serie: 1000 / 52,45 = 19,06 → 19 módulos

No cenário 2, é preciso corrigir a Voc.

Voc@20 = (20 – 25) × (-0,23)*52,45+52,45

Voc@20 = (–5) × (-0,120635)+52,45

Voc@20 = 0,603175+52,45

Voc@20 = 53,0531V

A quantidade de módulos em série

será:

Max_mod_serie: 1000 / 53,0531 = 18,84 → 18 módulos

No cenário 3, tem-se:

Voc@15 = (15 – 25) × (-0,23)*52,45+52,45

Voc@20 = (–10) x (-0,120635)+52,45

Voc@20 = 1,2635+52,45

Voc@20 = 53,7135V

A quantidade de módulos em série

será:

Max_mod_serie: 1000 / 53,0531 = 18,61 → 18 módulos

Considerações

Quando não são feitas as correções por temperatura, há o risco de que o sistema tenha tensões capazes de romper sua isolação.

Nos exemplos dados, uma temperatura de 20°C já altera o limite de módulos que a combinação módulo x inversor pode ter. Ou seja, um mesmo sistema instalado em Porto Alegre e em Teresina terá diferentes limites de módulos em série.

Consequências para o mercado e empresas

Foi abordado apenas um dos muitos erros/falhas vistos em instalações fotovoltaicas no Brasil. O erro abordado pode ter consequências desastrosas (em um dos casos relatados houve danos patrimoniais) e levar empresas à falência, fora os riscos às pessoas usuárias das edificações onde o sistema está instalado.

O crescimento vertiginoso do mercado de energia solar fotovoltaica, principalmente o de mini e microgeração no Sistema de Compensação de Energia Elétrica, não foi acompanhado de capacitação/qualificação dos profissionais.

As empresas de energia solar (as chamadas integradoras) precisam, urgente, garantir a capacitação continuada de sua equipe, bem como ter critérios de avaliação para garantir a qualidade dos seus projetos e serviços. Os clientes de maior porte (indústrias e comércios) que contratam a instalação de usinas solares precisam ter meios de garantir que o produto entregue (a usina em si) foi projetado e executado de forma correta. Essa garantia pode ser através de engenharia interna capacitada (grandes grupos econômicos) ou uso de consultoria em engenharia especializada (engenharia do proprietário).

Limites desse texto

Limitei a análise apenas no Voc, pois ele trata de aspectos de segurança. No entanto, o projetista precisará garantir que a quantidade dos módulos em série utilizada esteja sempre na faixa de trabalho de MPPT do inversor. Nesse caso, deverá considerar temperaturas máximas e mínimas da célula e usar o coeficiente de Pmax para modificar o Vmp, e não o coeficiente de Voc.

Falhas na análise da série em função do Vmp resultarão em uma geração menor de energia, mas não em riscos para as pessoas e patrimônio. Até a próxima.

* Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em instalações fotovoltaicas, instalações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto e execução das instalações fotovoltaicas. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: fv_projetoinstalacao@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “Coluna Projeto e Instalação”.

Energia solar flutuante aumenta as emissões de gases de efeito estufa?

Painéis solares flutuantes em corpos de água doce são cada vez mais usados em função de vantagens como maior eficiência de geração (a água arrefece os módulos), redução da evaporação da água e a não-necessidade de ocupação de terras. Mas suspeitava-se que os painéis fotovoltaicos também produzem impactos adversos no ecossistema da água sobre os quais flutuam. Para verificar isso e quantificar os impactos foi realizado um estudo na Universidade de Cornell, nos EUA, cujos resultados foram publicados em 6 de dezembro passado no Environmental Science & Technology

N.Y.) com painéis solares, e detectaram aumento de 26,8% nas emissões de metano e dióxido de carbono em comparação com lagos sem painéis solares. Além disso, o oxigênio dissolvido em todos as lagoas diminuiu substancialmente. “Se você coloca energia solar flutuante, está reduzindo drasticamente a disponibilidade de oxigênio para organismos e mexendo com processos ecológicos: o modo como a decomposição ocorre, os micróbios, a maneira como o vento se move pela superfície da água está tudo conectado.”

Pesquisadores instalam módulos solares em três pequenos lagos em Ithaca, Nova York, para testar os efeitos no ecossistema dos lagos

Trata-se do primeiro estudo de campo a examinar os impactos ambientais da energia solar flutuante. “Há um surto de artigos sobre [impactos da] energia solar flutuante, mas são principalmente modelagens e projeções”, disse ao Cornell Chronicle, o jornal da universidade, o pesquisador Steven Grodsky, professor da área de recursos naturais e meio ambiente e líder de pesquisa sobre peixes e vida selvagem de Nova York na Faculdade de Agricultura e Ciências da Vida.

No verão de 2023, Grodsky e colaboradores cobriram três lagoas no Cornell Experimental Pond (em Ithaca,

Comparação de gases de efeito estufa e temperatura do lago com e sem módulos solares na superfície: aumento das emissões de metano e dióxido de carbono e diminuição do oxigênio dissolvido (OD) e da temperatura da água

Os módulos solares utilizados no estudo eram equipamentos desativados doados pela empresa de reciclagem Green Clean Solar. Eles foram instalados sobre flutuadores da Ciel & Terre e cobriram as superfícies dos lagos em 70% destas a cobertura máxima recomendada pela empresa. Se os painéis estivessem funcionando, cada lagoa teria gerado mais de 52 MWh por ano. As lagoas mediam 30 × 30 m cada e tinham profundidade média de 1,85 m.

A intervalos regulares de alguns dias eram coletadas amostras de água no centro das três lagoas cobertas e também de três lagoas de controle, para medir concentrações de oxigênio dissolvido e de gases de efeito estufa, bem como a temperatura da água e os níveis emissões de gases. Borbulhadores (funis invertidos presos a cilindros graduados) capturavam metano borbulhando na superfície da água.

O trabalho faz parte de um esforço mais amplo do laboratório de Grodsky para incorporar considerações ambientais e sociais em avaliações do potencial da energia solar flutuante — e para ajudar desenvolvedores e reguladores a tomar decisões mais informadas. “Se você olhar para a história das transições energéticas — da madeira aos combustíveis fósseis, por exemplo — tudo foi baseado na produção de energia, o meio ambiente não foi levado em consideração e agora temos injustiça ambiental e mudança climática”, disse Grodsky. “A ideia aqui é cortar isso pela raiz e repensar a maneira como abordamos essa transição energética.”

O estudo também oferece aspectos positivos da energia solar flutuante, ao compará-la à energia solar terrestre em termos no custo total de emissões, ou à energia baseada em combustíveis fósseis. Assim, os pesquisadores fizeram sugestões para compensar os impactos dos painéis, como reduzir o percentual de cobertura dos lagos, implantação em corpos d’água maiores ou que contenham menos material orgânico do que os lagos observados no estudo ou, ainda, a utilização bombas de oxigênio sob os painéis. “É tudo uma questão de compensações”, disse Grodsky. “Mas precisamos estar cientes do que está acontecendo para conseguir nos adaptar — talvez posicionando os módulos de forma diferente, ou projetando-os de forma diferente, ou mudando a porcentagem de cobertura.”

Jason Koski/Universidade Cornell
Nicholas Ray, Meredith Holgerson, et Steven Grodsky

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No Brasil

Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 23 e 24 de abril. Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www. intersolar-summit-brasil.com/nordeste

Geração centralizada – O congresso GC – Congresso Internacional de Geração Centralizada aborda assuntos sobre energia em geração centralizada com foco em fontes de energia renovável. A terceira edição do evento acontecerá em São Paulo, SP, em maio de 2025. O objetivo é reunir a cadeia produtiva do setor de energias renováveis a fim de incentivar discussões, novos negócios, parcerias e acordos. Mais informações em https://congressogc.com/.

Enase – Sob o macrotema “O setor elétrico na COP30: transição energética justa e inclusiva”, será realizado o EnaseEncontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico nos dias 11 e 12 de junho, no Hotel Windsor Oceânico, Rio de Janeiro. O evento pretende ser epicentro das discussões sobre a transição energética, especialmente com o Brasil sediando a COP30. Além da plenária principal, o evento terá três trilhas de conteúdo especiais: política, para debater as diretrizes da COP30, regulações para descarbonização, financiamento da transição e modernização do licenciamento ambiental; mercado, para explorar a evolução do setor elétrico, mercado livre, matriz energética, hidrogênio verde e desafios na transmissão e distribuição; e inovação, para apresentar tendências como armazenamento de energia, mobilidade elétrica, digitalização e novas tecnologias para eficiência energética. Mais informações: www.enase.com.br.

Energy Summit – Organizado em parceria com o Massachusetts Institute of

Technology (MIT), a segunda edição do Energy Summit acontecerá de 24 a 26 de junho, no Rio de Janeiro. A conferência reuniu mais de 10 mil participantes em 2024 e mais de 180 palestrantes em 2024. Este ano, a programação abordará temas relacionados ao futuro da energia, como hidrogênio, tendências da energia solar e eólica, avanço da biomassa e dos biocombustíveis, inteligência artificial e IoT no setor energético, computação quântica e novas soluções para armazenamento de energia, entre outros. Para mais informações, acesse o site https://energysummit.global.

FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www.fiee.com.br.

Cursos

Armazenamento de energia – A multinacional SolaX Power vai promover ao longo de 2025 roadshows por diversas regiões brasileiras. O intuito é oferecer aos integradores solares conhecimento acerca do mercado e das principais inovações tecnológicas de sistemas híbridos de energia solar. As próximas edições do evento serão realizadas nas seguintes datas e locais: Fortaleza (7/4); Recife (9/4); Salvador (11/4); Brasília (19/5); Goiânia (21/5); Palmas (23/5); Belo Horizonte (2/7); Uberlândia (4/7); Teresina (15/9); Belém (17/9); Manaus (19/9); Cuiabá (20/10); Campo Grande (22/10); São José do Rio Preto (24/10); Vitória (10/11); Rio de Janeiro (12/11); São Paulo (14/11); e Fortaleza (10/12).

Para mais informações, acesse o site https://kb.solaxpower.com.

Comissionamento – O treinamento MiniGD - Comissionamento e O&M (1 MW a 5 MW), oferecido pela Sungrow, destaca a importância da operação e manutenção (O&M) eficiente das usinas fotovoltaicas para maximizar o desempenho e a durabilidade dos sistemas de energia solar. Conta com módulos teóricos e práticos e aborda assuntos desde a instalação e comissionamento da usina, destacando as práticas e testes necessários além de documentações e questões normativas, até as atividades de O&M, passando por monitoramento, integrações do sistema Sungrow com medidores de energia e estações solarimétricas, e ainda manutenção preventiva e solução de problemas. Os cursos podem ser realizados tanto nas instalações do cliente quanto no Service Center da empresa, localizado em Osasco, SP. Informações pelo telefone: (11) 98821-9545.

No exterior

Intersolar Europe – A Intersolar Europe 2025, um dos principais eventos globais da indústria solar, ocorrerá entre os dias 7 e 9 de maio, no Messe München, em Munique, Alemanha. O evento faz parte do hub de inovação The smarter E Europe, conglomerado de exposições dedicadas à indústria de energia na Europa. O foco da feira é conectar negócios solares, destacando tendências de mercado, inovações tecnológicas e modelos de negócios emergentes. A edição de 2025 contará com cerca de 1450 expositores. A expectativa é atrair mais de 110 mil visitantes. Os temas principais incluem tecnologias fotovoltaicas, usinas solares e sistemas térmicos solares, com oportunidades para networking, participação em conferências lideradas por especialistas e exposição de soluções. Mais informações no site oficial do evento: www.intersolar.de.

Sistema all-in-one

A Canadian Solar fornece no mercado nacional o EP Cube, um sistema de armazenamento de energia all-in-one, integrando inversor híbrido, baterias e smart gateway. Segundo a empresa, a solução simplifica a instalação e reduz

a necessidade de componentes externos. O equipamento oferece diversas funcionalidades, como backup; time of use, otimizando o carregamento em horários de menor custo e fornecendo energia em horários de tarifa mais alta; e self-consumption. De acordo com a empresa, através de um aplicativo de celular, o usuário consegue visualizar informações detalhadas do seu sistema, incluindo o consumo da rede da concessionária, a geração do sistema solar, o consumo das cargas de backup e a injeção de energia excedente na rede. Possui instalação simplificada, design modular e um modelo de fácil expansão.

www.csisolar.com/br

Baterias

A Enerzee está fornecendo baterias para residências e pequenas empresas, em parceria com a multinacional brasileira WEG. Uma vantagem, destacada pela companhia, é a necessidade de pouco espaço para instalação. Os equipamentos contam com um sistema plug and play, que torna a implantação simples. Outro diferencial é a possibilidade

de gerenciamento inteligente do consumo de energia. O usuário pode programar a recarga da bateria nos horários em que a tarifa é mais barata e utilizar a energia armazenada nos períodos de pico, garantindo economia e previsibilidade nos custos, afirma a companhia. www.enerzee.com.br

Analisador de estações de carregamento

A Fluke lançou o FEV-350, um analisador de estações de carregamento de veículos elétricos. Projetado para fabricantes e suas redes de assistências técnicas, concessionárias e profissionais que instalam, reparam, inspecionam e mantém as estações de carregamento, o novo equipamento tem o objetivo de tornar os testes mais ágeis, garantir conformidade com normas regulatórias, além de avaliar, documentar e certificar o funcionamento das estações de recarga de acordo com as normas IEC 61851-1 e IEC/HD 60364-7-72. Possui interface com o software TruTest, da Fluke, garantindo que os resultados e relatórios sejam armazenados, organizados e documentados.

www.fluke.com/pt-br

Motor de próxima geração

O motor 46TS de próxima geração, projetado pela Wärtsilä para balancear as energias renováveis, fornece energia de base e opera com combustíveis sustentáveis. O equipamento é a evolução de uma linha de motores para usinas de energia, incluindo a plataforma de motores Wärtsilä 50 (W50). Entre as características do novo motor, a empresa destaca a eficiência, aprimorada para mais de 51%, que economiza combustível e reduz as emissões, com bom desempenho em condições ambientais extremas e em altas altitudes. O 46TS gera 23,4 MW/unidade, o que significa que me-

nos motores são necessários para alcançar grandes tamanhos de usinas. Oferece resposta rápida a flutuações, com tempo de aceleração ainda mais rápido (2 minutos) e sem requisitos mínimos de tempo de operação ou inatividade. Conta com instalação modular rápida e fácil, afirma a empresa. A Wärtsilä oferece serviços personalizados de suporte próximo ao cliente e por meio de monitoramento remoto.

www.wartsila.com/energy

Inversores monofásicos

A GoodWe fornece a linha de inversores monofásica PRO. O modelo MS G3 Pro, de 8 kW e 10 kW, conta com monitoramento de consumo de carga 24h, proteção AFCI e proteção contra surto CA e CC (DPS tipo II). Possui: 3 MPPTs, 20 A Imax por MPPT, uma entrada por MPPT, tensão CC máxima de 600 V, oversizing CC de até 180%, chave CC e Wi-fi inclusos. Já o modelo DNS G3 Pro, 5 kW e 6 kW, também possui monitoramento de consumo de carga 24h, proteção AFCI e proteção contra surto CA e CC (DPS tipo II), e suporta múltiplos protocolos de comunicação. Outras características: 2 MPPTs, 16 A Imax por MPPT, uma entrada por MPPT, tensão CC máxima de 600 V, oversizing CC de até 180%, chave CC e Wi-fi inclusos.

https://br.goodwe.com

Transição energética Uma pesquisa conduzida pelo Net Zero Industrial Policy Lab (NZIPL), laboratório de pes quisa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, destaca o Brasil entre os qua tro países com capacidade de liderar a transição energética em nível global. O estudo New industrial policy for a new world analisou o panorama tecnológico e político em se tores importantes para a eco nomia verde. O texto aborda a transição energética global e o potencial do Brasil para se tornar uma potência geo política emergente, aprovei tando seus recursos naturais e base industrial. Segundo o documento, o País tem os elementos necessários para liderar indústrias essenciais para a economia sustentável até 2050, como minerais es tratégicos, biocombustíveis e tecnologias de baixo carbono. Além disso, o estudo conside ra que a Nova Política Indus

trial (NIB) é uma iniciativa lançada para aproveitar essas oportunidades, destacando o papel do Brasil nos mercados globais de setores industriais verdes promissores. No entan to, os autores destacam defi ciências da estratégia, como a falta de foco específico em áreas tecnológicas, a distri buição dispersa de recursos, o que pode impedir um avanço significativo, e a ausência de um plano claro para colabora ção entre governo, empresas e sociedade civil. O relatório completo pode ser acessado em www.netzeropolicylab. com/brazil new world.

Mercado de armazenamento de energia A Greener lan çou recentemente a segunda edição do Estudo Estratégico de Armazenamento de Energia O novo relatório reflete um momento de significativa expansão da atividade de armazenamento em todo o mundo, impulsionada, prin

cipalmente, pela redução no preço dos equipamentos e pelo volume de investi mentos, que deve chegar a US$ 350 bilhões até 2030. No Brasil, a realização do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) de Armazenamento, prevista para 2025, também reforça o incentivo a projetos de grande porte no País. Com

foco em soluções atrás do medidor, microrredes e siste mas off-grid, o estudo destaca a análise de práticas globais no mercado de armazena mento; o mapeamento do mercado brasileiro, incluindo Sistemas Isolados e aplicações em C&I (Comercial e Indus trial); experiências práticas de implementação; as principais normativas e perspectivas para o setor; análise de Capex e estrutura de custos; e pers pectivas sobre o LRCAP de Armazenamento e os próxi mos passos para a expansão do mercado. O estudo aponta

ainda que o mercado brasi leiro de armazenamento de energia junto ao consumidor deve demandar investimentos acima de R$ 22,5 bilhões até 2030 e que o Brasil instalou 269 MWh em 2024, crescimen to de 29% em comparação com o ano anterior. Além disso, identifica que no último ano a demanda por componentes para sistemas de armazena mento de ener gia (BEES) no Brasil cresceu 89% em rela ção a 2023, e grande parte desses sistemas deve ser instalada ainda em 2025. O levantamento da con sultoria mostra que, até 2024, o País acumulou 685 MWh de capacidade instalada, sendo que 70% do armazenamento atende a sistemas isolados. No cenário global, o mercado de armazenamento de energia a bateria deve ultrapassar os 760 GW de potência instalada até 2030, liderado por China e Estados Unidos, especialmen‑ te em aplicações de utilities. A versão gratuita do estudo está disponível para download no link https://estudo arma zenamento.greener.com.br.

Transição energética e os caminhos para sustentabilidade e inclusão

transmissão e alivia a pressão sobre os reservatórios hidrelétricos.

“ Com a economia da geração própria solar, o cidadão pode investir recursos em saúde, educação, transporte, habitação e qualidade de vida, sobretudo para a classe menos abastada”

Atransição energética já não é um assunto futurista. Trata-se de uma urgência global, cada vez mais necessária, diante das crescentes mudanças climáticas e de seu vínculo indissociável com a queima de combustíveis fósseis, de alto teor poluente e emissores de gases de efeito estufa. Em um país tropical e de abundantes recursos naturais, como o Brasil, a transição energética está intrinsecamente relacionada com a necessidade de expansão das fontes renováveis, especialmente a solar, que ganha cada vez mais espaço e protagonismo.

O avanço dessa agenda estratégica depende da atuação mais abrangente dos setores público e privado, para viabilizar o desenvolvimento de grandes usinas solares e a instalação de sistemas fotovoltaicos de geração própria em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais, habitações populares e prédios públicos. Além dos já conhecidos benefícios para o meio ambiente, a tecnologia fotovoltaica é peça chave para redução da pobreza energética no País. Os sistemas solares ajudam a diminuir em até 90% os gastos com eletricidade. Esta economia é ainda mais relevante quando feito um recorte social com a renda per capita familiar em foco. Segundo dados do IBGE, a in ação do País acelerou para 1,31% em fevereiro, após registrar 0,16% no mês anterior. Trata-se da maior alta para um mês de

fevereiro desde 2003 (1,57%) e a maior taxa desde março de 2022 (1,62%). A alta foi in uenciada especialmente pelo aumento de 16,8% na energia elétrica residencial, que exerceu impacto de 0,56 ponto percentual no índice. Obviamente, essa elevação tem impacto ainda mais grave na população de baixa renda.

Com a economia da geração própria solar, o cidadão pode investir recursos em saúde, educação, transporte, habitação e qualidade de vida, sobretudo para a classe menos abastada.

Atualmente, os investimentos acumulados na geração própria solar superaram R$ 167 bilhões no Brasil, atingindo 36 GW de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos, de acordo com mapeamento feito pela Absolar. O segmento criou mais de 1 milhão de empregos verdes desde 2012, ano em que a Aneel publicou a Resolução Normativa nº 482/2012, com a nalidade de reduzir barreiras e facilitar o acesso dos consumidores à geração distribuída renovável. Nestes últimos 13 anos, este segmento arrecadou mais de R$ 50,2 bilhões para os cofres públicos.

Além de ser fonte limpa, renovável, sustentável e competitiva, a energia solar também contribui para a descentralização da geração, ou seja, fornece eletricidade próxima ou junto do local de consumo. Isso traz mais resiliência e versatilidade à rede, reduz perdas elétricas, desafoga a infraestrutura de

O desenvolvimento da matriz elétrica brasileira é imprescindível para garantir a segurança energética do País, auxiliando na redução de custos e na promoção da sustentabilidade. Isso é especialmente relevante no cenário atual, em que a sociedade e os setores produtivos avançam para incorporar cada vez mais equipamentos e máquinas elétricas, desde sistemas de ar-condicionado, sistemas industriais de refrigeração, aquecimento, processamento e transformação de materiais, até o advento de novos robôs, inteligência arti cial e de mais automação. Todas estas tecnologias demandam mais eletricidade, que precisará ser disponibilizada a preços competitivos e gerada de forma limpa.

A transição energética proporcionará um futuro mais promissor para as próximas gerações. Para que isso se torne realidade, é fundamental combinar os recursos renováveis do Brasil, incluindo hidrelétricas, solar, eólica, biomassa, biogás, entre outras fontes e tecnologias, como o armazenamento de energia elétrica e o hidrogênio verde. Esta medida estratégica reduzirá as emissões de poluentes e de gases de efeito estufa em grandes centros, nas zonas rurais e em comunidades remotas, diminuindo a pobreza energética, abrindo novas oportunidades de emprego e renda para a população e contribuindo para um sistema elétrico mais e ciente e uma sociedade mais igualitária e justa.

* Flávio Suchek é diretor executivo do varejo no banco BV, Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.

Flávio Suchek, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk*

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