EM Novembro | Dezembro 20254

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PESQUISA

Os Produtos do Ano 2024

Veja na matéria os resultados da pesquisa de EM sobre as marcas de produtos para instalações elétricas apontadas pelos revendedores como as mais vendidas em seus estabelecimentos.

GUIA – 1

Barramentos blindados para baixa tensão

Barramentos blindados pré-fabricados oferecem vantagens como rapidez e segurança na instalação, menores perdas elétricas, flexibilidade, baixa manutenção e economia de espaço. O levantamento apresenta a oferta de barramentos para instalações de baixa tensão no mercado nacional.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O desafio de integração das renováveis

O setor elétrico caminha para um modelo mais flexível e descentralizado, onde a integração de renováveis, a resiliência da infraestrutura e a gestão inteligente da demanda são fundamentais. Essa transformação representa oportunidade para inovação, mas traz a necessidade de políticas robustas e investimentos estratégicos para superar os obstáculos da operação do sistema.

GUIA – 2

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

O projeto de eficiência energética em Santo Amaro da Imperatriz

A eficientização da iluminação pública de uma cidade de 27 mil habitantes em Santa Catarina, baseado em luminárias LED, telegestão e dimerização e realizado via programa da Aneel/ Celesc, resultou em redução da carga de iluminação, do consumo de energia e da demanda de ponta, e em melhor qualidade da iluminação.

Engenharia, instalações e serviços técnicos especializados

O guia reúne prestadores de serviços de consultoria, execução, manutenção e vários outros para diversas áreas da engenharia elétrica, como geração de energia, linhas de transmissão, subestações, eletrificação rural, instalações de MT e BT, proteção contra raios, automação, etc. O guia fornece os meios de contato e a

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

Capa
Roberto Monticelli Wydra, Foto: Frame Stock Footage

Carta ao Leitor

Reformas necessárias

Iluminação pública (IP) precisa de muita energia elétrica. Os números variam, dependendo da fonte, mas a maioria diz que a IP consome pouco mais de 3% da eletricidade mundial, em média, e no mínimo 4% da brasileira. Significa que, no ano passado, 21,2 TWh (4% de 531 TWh) foram direcionados à iluminação dos logradouros nacionais. Sem falar no impacto ambiental que isto tem, muito sublinhado em países desenvolvidos mas pouco no Brasil, em função de que nossa eletricidade é muito menos dependente de hidrocarbonetos. Ainda assim o impacto existe, porque toda forma de geração elétrica cobra seu preço em termos ambientais.

Para as prefeituras, a conta de energia da IP pode representar de 40% a 50% dos gastos totais com eletricidade, também a depender da fonte da informação. Menos mal para o erário que a conta da IP hoje esteja bancada pela Cosip, a contribuição para custeio da iluminação pública. Ou seja, é bancada pelo munícipe.

LEDs podem reduzir em até 70% o consumo de energia em comparação com as fontes de vapores metálicos, de mercúrio e sódio, que hoje ainda equipam a maioria dos 18 milhões de pontos de IP que, segundo o Banco Mundial, o Brasil possui. Avançamos a passos lentos na modernização desse parque, porque faltam fontes recursos e por outros problemas. Mas uma importante fonte tem sido o PEE - Programa de Eficiência Energética da Aneel, que vem financiando projetos em várias áreas, incluindo a de iluminação pública, a exemplo do aqui relatado, realizado pela Celesc no Município de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina. Como se verá, ao longo de quatro anos foram substituídos ali quase 4,4 mil conjuntos de iluminação por aparelhos de LED, além de implantada telegestão do sistema e dimerização de luminárias em determinadas vias, medidas que resultaram em redução de 62% do consumo de eletricidade do sistema e economia de R$ 1,25 milhão por ano para o município. Acresça-se a isso a satisfação da população pelo fato de os LEDs terem maior fluxo luminoso, o que proporciona mais conforto visual e sensação de segurança, além de tornar a cidade mais bonita.

Projetos como esse, de eficientização energética de cargas com controlabilidade, também contribuem para melhorar as condições de operação das próprias redes de energia. E esse aspecto é apenas um dentre os muitos necessários à operação confiável do novo setor elétrico brasileiro, que agora se reconfigura com a disseminação de geração não despachável, principalmente a distribuída. A reportagem “Transição energética – O desafio de integração das renováveis”, que publicamos aqui, trata dessas mudanças e das necessidades que reguladores e agentes têm de enfrentar, algumas delas urgentes, para a implementação de uma nova dinâmica. Dolorida mas inescapável, a transição está a exigir composições que suplantem tanto resistências dos agentes mais tradicionais quanto radicalismos dos mais recentes.

DIRETORES

Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens

Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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PROJETO RudekWydra site: www.rudekwydra.com.br

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TIRAGEM 12 000 exemplares

ELETRICIDADE MODERNA , revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. TEL. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br

Quantum vai modernizar a iluminação pública

de Garopaba

A Quantum Engenharia, de São José (SC), venceu a concorrência pública de Parceria Público-Privada (PPP) envolvendo iluminação pública (IP), telecomunicações e energia solar para o município de Garopaba, em Santa Catarina. O contrato é referente a serviços de eficientização, operação e manutenção da IP, implantação, operação e manutenção da infraestrutura de telecomunicações e de usinas fotovoltaicas. Iniciando ainda em 2024, o prazo de vigência da concessão é de 25 anos, período em que a empresa será responsável por operar e manter os sistemas implantados.

O foco inicial será a atualização do parque de IP, substituindo lâmpadas de vapor de sódio por lâmpadas de LED nos 7040 pontos existentes no município. A mudança economizará energia e contribuirá para a implementação de outras tecnologias inteligentes. “A tecnologia LED entrega mais de 70% da percepção das cores, contra apenas 20% das lâmpadas comuns, ou seja, amplia a visibilidade à noite, oferecendo maior conforto visual e inibindo a ação de criminosos, o que também incentiva o uso dos espaços públicos à noite. Além disso, as lâmpadas LED consomem 60% menos energia elétrica e podem durar até 12 anos, o que resulta em grande economia com manutenção e reposições”, disse o engenheiro Thiago Müller Martins, gerente de parcerias e energia da Quantum Engenharia. Luminárias LED também têm 98% de seus componentes recicláveis e não possuem elementos tóxicos em sua composição.

Além da iluminação pública, as ações previstas na PPP da IP de Garopaba incluem implantação, operação e manutenção de

infraestrutura de telecomunicações por fibra óptica e via rádio para suprir a demanda de internet das 51 edificações públicas do município, através de links dedicados, além de sistema de videomonitoramento integrando 63 locais e implantação de novo pontos de acesso a WI-FI público. A PPP ainda prevê a implementação de usinas fotovoltaicas de geração distribuída para compensação do consumo de energia das unidades consumidoras de responsabilidade do município.

Garopaba, no litoral catarinense, vai ter seus mais de 7000 pontos de iluminação modernizados com tecnologia LED

A Quantum Engenharia já estava à frente de cinco outras PPPs de iluminação pública, em Porto Alegre-RS, Palhoça-SC, Ribeirão das Neves-MG, Nova Serrana-MG e Itajaí-SC, além de atuar com filiais de manutenção e modernização da iluminação pública em Florianópolis, São José, Blumenau, Araquari e São Francisco do Sul, em Santa Catarina, e em Santos, SP. A empresa também tem mais de 150 sistemas fotovoltaicos construídos para empresas e indústrias de diversos portes, prefeituras, tribunais de justiça, centrais elétricas estaduais, entre outros. Mais nove sistemas estão em construção.

Nova cordoalha mais resistente para cabos de T&D

A Belgo Arames, uma parceria entre as gigantes de aço ArcelorMittal e de arames Bekaert no Brasil, apresentou recen-

temente ao mercado nacional a primeira cordoalha condutora revestida com Bezinal (zinco e alumínio) produzida no País. O produto se destina principalmente à fabricação dos cabos ACSS - Aluminum Conductor Steel Supported (condutor de alumínio com suporte de aço), para linhas de transmissão e distribuição  Segundo a empresa, o revestimento apresenta durabilidade até três vezes maior em comparação com as cordoalhas existentes e sua aplicação é recomendada sobretudo em regiões litorâneas, em que a taxa de corrosão é superior à das outras regiões do País. O produto também é altamente indicado para a recapacitação de linhas de transmissão de energia, diz a empresa em nota.

“É a primeira vez que um produto com essa classificação é fabricado em território nacional”, disse à EM por e-mail o gerente de negócios da Belgo Arames, Sidnei Martins. Segundo ele, a tecnologia foi desenvolvida pela Bekaert, que fabrica o produto no exterior. “Assim que a Belgo Arames identificou a oportunidade e necessidade no Brasil, a produção da unidade de galvanizados, localizada em Contagem, MG, foi adaptada em torno de três meses para fabricar e classificar a resistência desse novo produto”, disse o gerente, que justificou a fabricação no Brasil pela diminuição de custos e insumos de produção e pela facilidade logística.

Os cabos ACSS são compostos por fios de alumínio totalmente recozidos dispostos sobre um núcleo de aço, estrutura que lhes confere alta flexibilidade e capacidade de operar com eficiência em altas temperaturas, sendo a sustentação provida pelo núcleo de aço, que suporta quase toda a carga mecânica. São condutores muito empregados em linhas de transmissão, principalmente, por causa da possibilidade de vencer vãos longos entre torres com alta capacidade de corrente. De acordo com Sidnei Martins, o uso da nova cordoalha nos cabos “oferece vantagens sustentáveis, pois reduz o número de manutenções e substituições de cabos. Além disso, sua capacidade de carga mecânica é até 25% maior e sua capacidade de condução de

Quantum-Divulgação

Aplicação é recomendada principalmente em regiões litorâneas, em que a taxa de corrosão é superior à de outras regiões

energia elétrica é superior em até 16%. Ela também é composta de materiais 100% recicláveis.”

A nova cordoalha Bezinal ACSS atende as especificações da norma brasileira ABNT NBR 15583 - Cordoalhas de fios de aço zincados para alma de cabos de alumínio e alumínio-liga - Requisitos e métodos de ensaio, e da norma ASTM (Sociedade Americana de Testes de Materiais) B500 Metallic Coated Stranded Steel Core for Use in Overhead Electrical Conductors Já os seus fios atendem às especificações da ASTM B802 - Zinc-5% Aluminum-Mischmetal Alloy-Coated Steel Core Wire for Aluminum Conductors, Steel Reinforced, e B803 - High-Strength Zinc-5% Aluminum Mischmetal Alloy-Coated Steel Core Wire for Use in Overhead Electrical Conductors. Embrapii

o setor elétrico brasileiro terá uma importante ferramenta para acelerar a transição energética e desenvolver soluções tecnológicas de alto impacto.

O apoio direto é oferecido a empresas que buscam inovar em energias renováveis e tecnologia sustentável. A nova estratégia visa aumentar a maturidade tecnológica dos projetos de PD&I no setor, com foco em controle e automação, eficiência energética, reciclagem e energias mais limpas, sustentáveis e renováveis. Para isso, a Embrapii conta com apoio de órgãos como a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica e parcerias estratégicas com o Sistema Indústria.

Em 11 anos de investimento em tecnologia e inovação para a indústria do País, a empresa completou R$ 5 bilhões em aportes para projetos em P&D, cerca de R$ 1,36 milhão por dia no período. Este montante representa um ticket médio de R$ 1,85 milhão por projeto.

Em 2023, a Embrapii apoiou 473 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e, em 2024, a meta é apoiar 600 novos projetos, um incremento de 25%. Para isso, contará com o programa de P&D da Aneel, que tem previsão de injetar R$ 227 bilhões em investimentos nos próximos anos, sendo que atualmente 346 projetos estão em andamento. Dos mais de 2.500 projetos de PD&I apoiados até 2023, 48% foram de micro e pequenas empresas. Neste período, a agência Aneel já concluiu 1.866 projetos de P&D.

Educação; da Saúde; e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Engie: desempenho no ACL auxilia resultados

Em sua atuação na comercialização de energia no mercado livre, a subsidiária brasileira da Engie registrou aumento de 55,1% no terceiro trimestre no total de consumidores livres com relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, seu market share é de 7,5% na comparação do total de energia livre negociada no País.

Apesar disso, a companhia teve lucro líquido no trimestre 28,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2023, alcançando R$ 666 milhões no período. A queda, segundo a avaliação da empresa, se deve a efeitos de sua venda de 15% de participa-

Empresa inicia obras do sistema Asa Branca

A Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial anunciou a expansão de sua atuação no setor elétrico, permitindo que empresas e startups tenham acesso direto aos recursos financeiros e intelectuais de suas 93 unidades credenciadas. Com isso, segundo a empresa,

A Embrapii é uma organização social de fomento a inovação na indústria em cooperação com instituições de pesquisa públicas ou privadas. Divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto.

A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da

A Engie iniciou as obras do sistema de transmissão Asa Branca, que abrange os estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, com um total aproximado de mil quilômetros de linhas e ampliação de cinco subestações associadas. O projeto foi arrematado no leilão de concessão de linhas de transmissão promovido pela Aneel em junho de 2023. As obras começam na Bahia, com a implantação do trecho entre a subestação Morro Chapéu II e a subestação Poções III, cuja licença de instalação foi emitida pelo órgão ambiental baiano, o Inema. O trecho inicial da linha de 500 kV com 334 km percorre o território de 19 municípios. Nesse trecho serão ampliadas duas subestações associadas.

Em setembro a Engie também arrematou o lote 1 no Leilão de Transmissão Aneel 02/2024, com cerca de 780 km de extensão, a ser implantado nos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O sistema inclui ainda a continuidade na prestação de serviços de 162,6 quilômetros de linhas de transmissão e duas subestações já existentes.

ção na TAG (Transportadora Associada de Gás), no início deste ano, e ao aumento em custos de material e serviços de terceiros. Mas a empresa apontou em sua apresentação de resultados do trimestre que essa queda do lucro foi atenuada pela redução dos custos com compra de energia elétrica para portfólio e pelo resultado positivo nas operações de venda de energia no mercado de curto prazo.

Outro ponto positivo foi o aporte de R$ 1,9 bilhão em novos projetos no terceiro trimestre, chegando a R$ 7,5 bilhões investidos nos nove primeiros meses do ano. Os valores se destinaram à conclusão de obras em complexos eólicos e fotovoltaicos, além do valor comprometido para a aquisição de ativos fotovoltaicos realizada pela companhia em fevereiro deste ano.

A Engie conta com 9290,2 MW de capacidade instalada própria, operando um parque gerador de 11 GW, composto de 109 usinas, sendo 11 hidrelétricas e 98 complementares — centrais a biomassa, PCHs, eólicas e solares. Em agosto, o conjunto eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte, foi finalizado, entrando 100% em operação comercial. Com 70 aerogeradores e capacidade instalada de 434 MW, é o quinto da empresa em operação, somando cerca de 1,7 GW de potência instalada eólica no País.

Cemig regulariza

20 mil ligações em ocupações

A distribuidora mineira Cemig conseguiu regularizar 20 mil ligações clandestinas de energia em comunidades e ocupações da região metropolitana de Belo Horizonte. Como parte do seu programa batizado de Energia Legal da Cemig, a iniciativa foi adotada a partir de 2023 e visa regularizar 240 mil famílias com um investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Além das regularizações, o programa também envolve a implantação de novas

redes, inclusão dos consumidores na Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) e doações de padrões de energia e lâmpadas eficientes para as famílias beneficiadas. Como consequências positivas, na avaliação da Cemig, a regularização elimina os riscos de acidentes elétricos e melhora a qualidade do fornecimento, levando oportunidades de renda às populações carentes do estado. “Por meio de uma forte interação entre nossas equipes, poder público, nossos fornecedores e as próprias comunidades beneficiadas, estamos levando uma energia de qualidade e de forma muito mais segura para milhares de famílias”, disse o engenheiro de expansão do sistema elétrico da Cemig, Carlos José Thiersch. Na ocupação Izidora, por exemplo, considerada uma das maiores em zona urbana da América Latina, a regularização envolveu investimentos de R$ 25 milhões para a construção das redes de distribuição, doação de padrões de energia e substituição de lâmpadas, atendendo mais de 4.500 famílias.

Eletrobras tem lucro elevado e investe mais em 2024

Com aumento de 387% no seu lucro líquido no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2023, alcançando R$ 7,195 bilhões, a Eletrobras aproveita o bom desempenho para intensificar seus

investimentos. Nos primeiros nove meses do ano, houve alta de 12,5% nos investimentos da empresa em comparação com mesmo período do ano passado, totalizando R$ 4,934 bilhões.

Entre os investimentos em implantação e ativos em ampliação no setor de geração, a Eletrobras desembolsou no período R$ 1,544 bilhão e, em transmissão, R$ 2,039 bilhões no acumulado de nove meses.

Em geração, o destaque fica por conta de dois projetos com obras em curso que, quando concluídas, vão adicionar cerca de 330 MW à capacidade instalada da empresa ainda em 2024: o parque eólico Coxilha Negra, com 302 MW, no Rio Grande do Sul, e a usina eólica de Casa Nova B, com 27 MW, na Bahia.

Em Coxilha Negra, que iniciou a operação teste em fevereiro de 2024, foi concluída a montagem de 55 dos 72 aerogeradores no final do terceiro trimestre. No final de setembro deste ano, 23 aerogeradores do Coxilha Negra 2 estavam operando comercialmente e outros 13 operando em teste. O avanço físico do empreendimento é de 93,8%.

Já em transmissão, a Eletrobras implementa 245 empreendimentos de grande porte, referentes a reforços, melhorias e empreendimentos de leilão, com receita anual permitida (RAP) adicional associada de R$ 1,8 bilhão entre 2024 e 2029.

A Eletrobras encerrou o terceiro trimestre do ano com 74 mil km de linhas de trans-

Programa envolveu comunidades e ocupações na região metropolitana de Belo Horizonte
Cemig
Divulgação
Em Coxilha Negra foi concluída a montagem de 55 dos 72 aerogeradores
Divulgação

missão, sendo 67,1 mil km próprias e 6,8 mil km em parcerias, e 404 subestações, considerando 295 próprias e 109 de terceiros. O investimento estimado em transmissão é de R$ 13,2 bilhões entre 2024 e 2029, com RAP adicional associada de R$ 1,8 bilhões.

ISA Cteep agora é Isa Energia Brasil

A ISA Cteep - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista adotou uma nova “arquitetura de marca” e passou a se chamar ISA Energia Brasil. Segundo comunicado, a marca agora traduz o crescimento e a evolução da companhia nos últimos anos. Ao longo de seus 25 anos de existência, a empresa deixou de ser exclusivamente paulista para ter atuação nacional, realizando a gestão de um

portfólio de 35 concessões de transmissão em 18 estados do Brasil, e por isso não se justificava a antiga razão social.

A empresa passa a ter uma identidade corporativa unificada entre marca, razão social e ticker na Bolsa de Valores do Brasil (B3) ticker é um código usado na Bolsa para identificar e negociar um determinado ativo , eliminando a redundância nos esforços de comunicação entre distintas nomenclaturas. A partir do próximo dia 18, as ações da companhia serão negociadas sob novos tickers na B3, passando de TRPL3 (ações ordinárias) e TRPL4 (ações preferenciais) para ISAE3 e ISAE4, respectivamente. “Nossa marca evoluiu para refletir quem somos: uma empresa nacional que impulsiona a transição energética nos quatro cantos do País”, comentou Ana Carolina David, gerente de comunicação e sustentabilidade da ISA Energia Brasil.

FACTS - A ISA Energia obteve em 18 de setembro aprovação da Aneel para implementar o primeiro projeto do sistema elétrico nacional com tecnologia de Sistemas de Transmissão CA Flexíveis (FACTS, na sigla em inglês) do tipo compensador estático síncrono série modular (sigla M -SSSC).

A tecnologia será implantada na subestação Ribeirão Preto, em São Paulo, após dois anos de estudos em conjunto com a EPEEmpresa de Pesquisa Energética e o ONSOperador Nacional do Sistema.

A tecnologia inédita no Brasil vai gerar maior flexibilidade operativa e estabilidade ao sistema de transmissão, pois otimiza o uso das linhas existentes e evita a execução de obras convencionais, como reconstrução de linhas de transmissão. Trata-se de um dispositivo de controle de potência modular e flexível que permite redirecionar o fluxo de energia dos circuitos sobrecarrega-

dos para outros que mais ociosos, maximizando o aproveitamento do sistema elétrico existente, conforme explicação de Claudio Domingorena, diretor-executivo de regulação, estratégia e inovação da empresa.

A solução proposta pela ISA CTEEP vai se desdobrar em duas fases no Estado de São Paulo: uma conjuntural e temporária na subestação Ribeirão Preto, que poderá ser instalada no primeiro semestre de 2025, e outra estrutural e permanente nas subestações Votuporanga e São José do Rio Preto, prevista para 2027, a fim de evitar obras adicionais envolvendo linhas de transmissão. A primeira atenderá a uma necessidade emergencial da região, em especial da demanda industrial por energia, enquanto

a companhia executa obras de reforço em linhas de transmissão, de forma a aliviar o sistema elétrico e antecipar o desenvolvimento econômico local. O investimento estimado é de cerca de R$ 75 milhões para a primeira fase na região de Ribeirão Preto, com custo adicional de R$ 15 milhões para o transporte e a instalação permanente dos equipamentos na segunda fase, contemplando a região de Votuporanga e São José do Rio Preto.

A agora ISA Energia Brasil é responsável por cerca de 30% da energia elétrica transmitida no País e aproximadamente 95% no Estado de São Paulo. Tem mais de 1.600 empregados e seu sistema elétrico é composto por mais de 31 mil km de circuitos (cerca de 28 mil em operação e 3,4 mil em construção), incluindo ativos próprios e controlados em conjunto, e 137 subestações próprias (129 em operação e oito em construção) com tensão de até 550 kV. Foi

criada em 1999 como Cteep, estatal que passou a operar a atividade de transmissão de energia elétrica da antiga Cesp - Cia. Energética do Estado de São Paulo, tendo em 2001 incorporado também os ativos de transmissão da antiga Eletropaulo. Em 2006, foi privatizada pelo governo paulista, sendo adquirida pela colombiana ISA –Interconexión Eléctrica S.A., até hoje sua controladora, com 35,82% do capital total.

Parque

eólico Morro do Cruzeiro entra em operação integral

A Aneel deu a última autorização para entrar em operação integral o parque eólico Morro do Cruzeiro, da Statkraft. Instalado

Nova

CPFL Piratininga instala solar para pacientes de UTI domiciliar

Auren volta a

ter lucro líquido no terceiro trimestre

no município de Brotas de Macaúbas, na Bahia, o parque, que teve suas primeiras turbinas inauguradas em agosto de 2024, tem capacidade total de 79,8 MW.

Com a última permissão da agência, o parque eólico passará a gerar cerca de 386 GWh por ano, por meio de suas 14 turbinas, o que equivale ao atendimento de consumo de mais de 190 mil residências.

Como diferencial, o empreendimento será até o fim de 2025 uma usina híbrida, visto que recentemente a Statkraft iniciou a construção no local do Morro do Cruzeiro Solar uma planta fotovoltaica que aproveitará a mesma conexão do parque eólico. Morro do Cruzeiro é uma ampliação do complexo eólico Brotas de Macaúbas, outro ativo da empresa em operação há mais de 12 anos e que tem capacidade instalada de 95,2 MW e 312,7 GWh de produção anual. No ano passado, a empresa divulgou que o complexo receberá o maior aerogerador onshore produzido no Brasil, o AGW172/7.X da WEG, de 7MW. O equipamento é resultado da união entre a WEG e a Petrobras para o desenvolvimento do primeiro aerogerador onshore desse porte fabricado no Brasil. A previsão é que entre em operação no segundo semestre deste ano.

Uma iniciativa da CPFL Piratininga vai apoiar clientes que dependem de equipamentos de suporte à vida (UTIs domiciliares) com a instalação de geradores fotovoltaicos (GFV) em 300 residências na sua área de concessão. Equipamentos de suporte à vida muitas vezes precisam estar conectados 24 horas por dia, tornando essencial a continuidade do fornecimento de energia. Os beneficiados têm de comprovar a dependência de uso dos aparelhos e serem cadastrados na tarifa social de energia elétrica. A iniciativa integra o Programa de Eficiência Energética Aneel e, além da instalação dos GFVs, inclui a troca de mais de 9 mil lâmpadas por modelos econômicos (LED) em 2,3 mil residências. O investimento totaliza R$ 5,1 milhões.

“Além de caro, o cuidado intensivo pode exigir atenção integral de membro da família, reduzindo ainda mais a renda. Foi observando condições como essa que desenvolvemos ações específicas para a redução no consumo de energia elétrica destes clientes”, detalha Walter Barbosa Júnior, gerente de Eficiência Energética. Com a iniciativa, a CPFL Piratininga estima gerar uma economia de 844,17 MWh/ ano, o equivalente a mais de R$ 670 mil/ ano, somados os clientes beneficiados. Dois tipos de sistemas serão utilizados na instalação dos geradores fotovoltaicos. O tradicional, com os módulos instalados no telhado das residências, ou com os módulos sobre poste metálico, estrutura que fica no terreno da residência para atender às moradias que não possuem condições para receber a estrutura no telhado. Na área da CPFL Piratininga, 200 casas terão sistemas em telhados e 100 em estrutura de poste.

A Auren, que atua em geração e comercialização de energia, teve lucro líquido de R$ 270 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2023, que havia sido impactado pelo pagamento de impostos relacionados à indenização pela Usina Hidrelétrica de Três Irmãos. Segundo comunicado da empresa, o lucro reflete o bom desempenho operacional de suas usinas, do segmento de comercialização e a entrada em operação de novos parques solares. Entre junho e setembro de 2024, a receita líquida da companhia atingiu R$ 2 bilhões, um valor 25,8% superior ao R$ 1,65 bilhão registrados no mesmo intervalo do ano passado. O EBITDA ajustado foi de R$ 484 milhões, um aumento de 6,9% em comparação com o mesmo trimestre de 2024, e uma margem EBITDA ajustada de 24%.

No segmento de comercialização, a Auren alcançou R$ 1,69 bilhão em receita líquida, crescimento de 39,5% sobre o terceiro trimestre de 2023. Segundo a empresa, o acréscimo está associado não só ao maior volume de energia negociado como ao au-

Com 79,8 MW, empreendimento teve autorização da Aneel para entrada em operação (na foto, a montagem do último aerogerador)
Divulgação
A Auren se tornou a terceira maior gerador do País com a incorporação da AES Brasil (na foto, usina de Água Vermelha, 1396 MW)
Arquivo

para Qualidade PROFISSIONAIS

É REFERÊNCIA NO MERCADO!

Materiais Elétricos Blindados 1°

Caixas de Ligação 2°

No Circuito

mento dos preços médios de energia, impulsionado pelo cenário hidrológico desfavorável e pelo maior despacho térmico. Um ponto importante também para a empresa foi conclusão da aquisição da AES Brasil. Com a combinação de negócios, segundo comunicado, a empresa se torna a terceira maior geradora de energia do País e a maior comercializadora. A companhia passa a operar com capacidade instalada de 8,8 GW, em um portfólio de 39 ativos distribuídos entre fontes hidrelétrica (54%), eólica (36%) e solar (10%).

Cemig substitui estruturas de madeira por metálicas

A estatal mineira Cemig está substituindo todas suas sete mil torres de madeira de linhas de subtransmissão (69 e 138 kV) por estruturas metálicas, para dar mais resiliência a sua rede, principalmente diante do aumento de queimadas no interior de Minas Gerais. São circuitos que interligam subestações, geralmente percorrendo longas distâncias em áreas rurais. O projeto vai até 2028, envolve investimento total de R$ 2 bilhões e substituição de 2500 km de linhas.

Desde 2019, a Cemig já substituiu 700 km dessas linhas, o que permitiu a troca de 1848 estruturas de madeiras por outras metálicas. Até 2028, a empresa vai investir cerca de R$ 1,5 bilhão para a substituição de mais 1800 km de linhas, representando mais 5 mil torres.

Divulgação

Fotos: Cemig

Além de trocar as torres para melhor resistência a queimadas, empresa também está recondutorando linhas de 69 kV para 138 kV

Empresa instala transformadores autorreguláveis

A Cemig instalou dois novos transformadores com regulação automática de níveis de tensão, fruto de desenvolvimento próprio em parceria com as empresas Reinhausen (MR) e Trael. Os equipamentos, batizados de SmartGreen, foram implementado nas cidades de Uberaba e Bocaiúva, no interior de Minas Gerais, e estão em período de testes.

Cemig Divulgação

Transformador regulador de tensão também deve melhorar integração da GD

O objetivo é regular a tensão fornecida aos consumidores em momentos de variação, o que ocorre principalmente em horários de pico. Os novos transformadores possuem um comutador embarcado que faz a regulação autônoma e automaticamente em tempo real. O grupo Reinhausen é o fabricante do comutador e o transformador de distribuição é da Trael. Nos casos de Uberaba e Bocaiúva, a tecnologia também deve melhorar a integração da geração solar distribuída.

Segundo comunicado da Cemig, as estruturas metálicas são mais resistentes a incêndios em áreas de matas, demandam menos manutenções preventivas e não necessitam de aplicação de tinta antichamas, como as estruturas de madeiras. Além disso, com a conversão das linhas de subtransmissão (que a empresa chama de distribuição de alta tensão), a Cemig passará a contar com 21 950 km de redes de 138 kV, no lugar das antigas de 69 kV.

A iniciativa faz parte de plano de investimento de R$ 49,2 bilhões da Cemig para um

período de dez anos, de 2019 a 2028. Do total de recursos previstos, R$ 33,2 bilhões serão investidos na concessão de distribuição, que atende 774 municípios mineiros. Até o ano passado, já foram investidos R$ 13,6 bilhões e, no primeiro semestre de 2024, foram destinados mais de R$ 2,4 bilhões em projetos de melhoria das instalações no estado.

Cogeração a biomassa tem

garantia física

recorde para 2025

O montante total de garantia física de usinas termelétricas a biomassa, que envolvem a produção movida a bagaço de cana-de-açúcar, licor negro, resíduos de madeira e biogás, teve acréscimo de 399,8 MWmédios, 17% acima do registrado em relação a 2023. O levantamento é da Cogen - Associação da Indústria da Cogeração de Energia e da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, que divulgaram os números em outubro.

Na análise dos dados, segundo as duas entidades, sem levar em conta a entrada dos empreendimentos novos, o balanço foi também positivo, com acréscimo de 93,9 MWmédios – 4% de crescimento real nas usinas já existentes. Com isso, a garantia física total de termelétricas a biomassa é de 2701,6 MWmédios, valor considerado recorde para a série histórica.

O levantamento foi feito com base na portaria do MME - Ministério de Minas e Energia nº 2848/2042, que define e revisa os montantes de garantia física de energia e de disponibilidade mensal das usinas termelétricas movidas a biomassa com Custo Variável Unitário - CVU nulo. Esses montantes de garantia física terão vigência a partir de 1o de janeiro de 2025 com término em 31 de dezembro de 2025.

“A cogeração vem sendo extremamente importante para ajudar o Operador Nacional do Sistema a enfrentar os desafios do

A garantia física total de termelétricas a biomassa é de 2701,6 MWmédios, valor considerado recorde para a série histórica

setor elétrico, especialmente em momentos com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, principalmente no subsistema Sudeste-Centro-Oeste. A cogeração traz resiliência e provê o sistema de forma distribuída, com potência e com capacidade para enfrentar as oscilações de tensão diante do crescimento da geração de fontes intermitentes na matriz elétrica brasileira no fim da tarde, especialmente as solar fo-

tovoltaicas”, afirmou o presidente executivo da Cogen, Newton Duarte.

Notas

Distribuição – A concessionária de distribuição de energia da EDP no Espírito Santo vai investir R$ 5 bilhões no estado, até 2030, em melhorias da rede, no atendimento ao cliente, em modernização de equipamentos e automação. Já como parte dos investimentos, a EDP inaugurou recentemente quatro subestações nas regiões de Vitória e do Caparaó, que juntas totalizam R$ 206,5 milhões, que atenderão mais de 500 mil habitantes em Cariacica, Viana, Vila Velha, Ibitirama, Muniz Freire, Alegre e Divino São Lourenço. As subestações têm comando automatizado e são monitoradas por centro de operação integrado em Carapina. Atualmente a empresa conta

com 117 subestações no estado, sendo 29 inauguradas desde 2020.

Eletrificação – A CPFL Energia incorporou mais 12 caminhões elétricos à sua frota operacional no estado de São Paulo. Parte do projeto batizado de Corredor Verde, os veículos atenderão demandas de distribuição nas cidades paulistas de Americana, Araraquara, Campinas, Itapetininga, Jaguariúna, Piracicaba, Ribeirão Preto, São Carlos e Sumaré. A empresa iniciou seu projeto piloto de eletrificação de frotas em 2019 e a operação efetiva se deu a partir de 2021. Foram adquiridos 22 veículos, instalados 16 eletropostos e criado um laboratório de mobilidade elétrica na cidade de Indaiatuba, onde 100% da frota da empresa já está eletrificada.

Ônibus elétricos – A Magnani Luz e Energia projetou e instalou 49 carregadores elétricos para cinco empresas de transporte

Cogen Divulgação

das cidades de Porto Alegre, RS, e São Paulo, SP. O investimento de R$ 20,8 milhões foi iniciado em novembro passado em parceria com a WEG. Em Porto Alegre foram implantados dois equipamentos de 180 kW para a Sudeste Transportes, quatro de 120 kW para a Nortran Transportes Coletivos e outros quatro de 120 kW para a Viação Teresópolis Cavalhada. Em São Paulo, 20 equipamentos foram montados para a Viação Metrópole, dois para a Viação Metrópole e 17 para a Movebuss, todos de 180 kW. A capacidade de armazenamento das

Carregadores para veículos com 12 m e capacidade para 74 passageiros

frotas de veículos elétricos, com capacidade para 74 passageiros, varia de 360 kW a 400 kW, com potência de abastecimento médio de 120 a 130 kWh, de modo que a recarga pode levar até quatro horas.

Transição justa – O governo do Rio Grande do Sul vai elaborar plano de transição energética justa e para isso já contratou serviço de consultoria de consórcio formado pelas entidades WayCarbon e a Centro Brasil no Clima, que receberão cerca de R$ 2,3 milhões para criar o chamado TEJ Plano Estadual de Transição Energética Justa. O contrato com o consórcio inclui a entrega de 14 produtos em três etapas ao longo de doze meses. Segundo o governo gaúcho, o plano estabelecerá diretrizes para um desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável, especialmente atendendo a meta de neutralizar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até

2050, mas de maneira equilibrada, promovendo inclusão social.

Hidrogênio – Além do plano de transição energética (vide nota anterior), o governo também assinou três novos memorandos de entendimento para projetos de hidrogênio verde, sendo dois com os municípios de São José do Norte e São Francisco de Assis. O primeiro é próximo ao Porto de Rio Grande e tem potencial para geração de energia eólica, já abrigando o projeto Ventos do Atlântico, que planeja instalar 150 torres de energia eólica offshore, e São Francisco de Assis tem potencial para geração solar e aproveitamento de biomassa para alimentar de energia elétrica unidades de eletrólise. O terceiro memorando foi assinado com a fabricante chinesa de aerogeradores Mingyang, que também tem interesse em atender projetos de hidrogênio verde no estado.

Nossa missão é oferecer soluções inovadoras para atender a todas as necessidades de gerenciamento de fios e cabos.

Graças ao nosso compromisso constante com a melhoria de produtos e serviços, a HellermannTyton conquistou, mais uma vez, o 1º lugar no Prêmio Qualidade, nas categorias Abraçadeiras e Identificadores. Agradecemos aos nossos clientes pela parceria e pela confiança contínua em nossa marca.

Divulgação

da Redação de EM

Apesquisa de EM “Os Produtos do Ano” tem sido, desde 1978, um “termômetro” eficaz do desempenho das marcas de material de instalações elétricas e de iluminação no canal da revenda, apontando aquelas mais vendidas nessas casas especializadas. O ponto de partida da pesquisa é um questionário enviado a revendedores espalhados pelo País. Esse questionário apresenta os objetivos da pesquisa e uma relação de 36 produtos de uso corrente nas instalações, perguntando ao comerciante, para cada item da lista: Qual é a marca de [nome do produto] mais vendida em seu estabelecimento? As respostas são rigorosamente espontâneas, sem estímulos do tipo múltipla escolha ou outro. Nesta edição, 124 revendedores e distribuidores enviaram suas respostas.

Como se verifica nas páginas seguintes, os itens pesquisados são componentes para

Os Produtos do Ano 2024

Veja aqui as marcas de dezenas de produtos para instalações elétricas apontadas pelos revendedores como as mais vendidas sem seus estabelecimentos.

linhas elétricas, dispositivos de comando e de proteção, lâmpadas LED, luminárias e dispositivos de controle de iluminação, componentes de sistemas de aterramento e proteção contra descargas atmosféricas e surtos, caixas, quadros, instrumentos e outros.

Os resultados estão publicados aqui na forma de tabelas, uma para cada produto pesquisado, mostrando a proporção de indicações recebidas por cada marca. Cada tabela tem também seu universo, que corresponde ao número de revendedores, dentre os pesquisados, que indicaram marcas para aquele produto. As porcentagens apresentadas na tabela referem-se então a esse universo específico, e não ao universo total (o número total de respostas obtidas no levantamento, que por sua vez é utilizado para compor tabelas com

informações adicionais, como se verá aqui adiante).

As tabelas também trazem os volumes de indicações recebidas pelas marcas na pesquisa de 2023, possibilitando visualizar como elas evoluíram no período. E, informação importante, a maioria das tabelas não contém todas as marcas citadas pelos revendedores: por razões de espaço, optou-se por não incluir aquelas que não atingiram pelo menos 2% de indicações em relação aos respectivos universos. Isso significa que, dependendo do grau de pulverização, da quantidade de empresas oferecendo determinado produto, uma marca que aparece em posição mais baixa na tabela pode estar à frente de outras que ali não estão mostradas.

As marcas vencedoras em cada item estão na lista ao lado. Para alguns produtos, estão indicados empates entre duas ou mais marcas na primeira colocação. Há casos em que esse empate é evidente, quando os percentuais de indicações são idênticos ou muito próximos. Mas nas outras situações, mesmo com o tratamento estatístico dos dados, nossa área de pesquisas não conseguiu apontar com segurança uma única marca como vencedora, daí se configurando o empate.

Os dados da pesquisa “Os Produtos do Ano” permitem também compilar outras informações sobre o mercado de material elétrico. As duas tabelas ao lado mostram o desempenho das 10 marcas que recebe-

ram mais indicações em relação ao universo total da pesquisa, com os produtos com que lograram esse feito, e os 10 produtos

As marcas mais vendidas

Intelli Conectores e terminais BT

Tramontina Conduletes 42 33,9

Intelli Hastes de aterramento 42 33,9

Hellermanntyton Abraçadeiras e identificadores para fios e cabos 40 32,3

Soprano Disjuntores industriais em caixa moldada 39 31,5

Paratec Sistemas de para-raios prediais (sistema completo) 35 28,2

Clamper Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) 33 26,6

Exatron Sensores/detectores de presença 33 26,6

Soprano Dispositivos DR (proteção diferencialresidual) 32 25,8

Steck Plugues e tomadas industriais 32 25,8

Os produtos mais presentes nas revendas

Produto

Fios e cabos BT

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

Interruptores e tomadas para instalação predial 103 83,1

Abraçadeiras e identificadores para fios e cabos

102 82,3

Disjuntores industriais em caixa moldada 102 82,3

Canaletas para instalação aparente 101 81,5

Contatores 101 81,5

Minidisjuntores (disjuntores modulares) 101 81,5

Plugues e tomadas industriais 101 81,5

Dispositivos DR (proteção diferencialresidual) 100 80,6

mais presentes nas lojas, independente de marcas. O gráfico traz a distribuição geográfica dos revendedores consultados*.

* Na página de EM na Internet encontra-se a relação dos revendedores e distribuidores que responderam à pesquisa de 2024, com as localidades em que estão sediadas. O endereço é https://www. arandanet.com.br/assets/pdfs/pa2024/consultados.pdf.

As marcas vencedoras de Os Produtos do Ano 2024

Produto

Abraçadeiras e identificadores para fios e cabos Hellermanntyton

Marca

Blocos autônomos para iluminação de emergência Segurimax

Bornes/conectores para trilhos JNG, WEG e Weidmüller/Conexel

Botões, botoeiras e sinalizadores WEG

Caixas de ligação (caixas de derivação)

Tramontina e Wetzel

Caixas para medidores TAF

Canaletas para instalação aparente Enerbras

Chaves seccionadoras de baixa tensão (de ação rápida) WEG

Comutadores (chaves rotativas) MarGirius, WEG e Sibratec

Conduletes Tramontina

Conectores e terminais BT Intelli

Contatores WEG

Dimmers (variadores de luminosidade) Exatron, Legrand e Qualitronix

Disjuntores industriais em caixa moldada Soprano

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) Clamper

Dispositivos DR (proteção diferencial-residual) Soprano

Eletodutos isolantes e acessórios Tigre

Eletrocalhas

Perfil Líder, Elecon, Eletropoll e Real Perfil

Eletrodutos metálicos e acessórios GFC

Ferragens para rede de distribuição Romagnole

Fios e cabos BT SIL e Corfio

Fusíveis tipos D e NH WEG

Hastes de aterramento Intelli

Interruptores e tomadas para instalação predial Tramontina

Lâmpadas LED Avant

Leitos para cabos

Eletropoll, Perfil Líder, Elecon e Real Perfil

Luminárias, projetores e refletores Avant, Lumant e Ledvance

Material elétrico blindado Wetzel

Minidisjuntores (disjuntores modulares) Soprano

Minuterias Exatron

Perfilados

Perfil Líder e Eletropoll

Plugues e tomadas industriais Steck

Quadros de distribuição para instalação predial Legrand

Relés fotoelétricos

Exatron e MarGirius

Sensores/detectores de presença Exatron

Sistemas de para-raios prediais (sistema completo) Paratec

Marca Produto

1º lugar Eletrodutos Metálicos e Acessórios

A GFC Indústria e Comércio de Tubos e Conexões

Ltda,foi premiada com o 1º lugar na categoria Eletrodutos Metálicos e Acessórios pela revista Eletricidade Moderna em 2024. Esta vitória segue o avanço da empresa, que foi 2ª colocada em 2023 e 3ª em 2022, destacando seu crescimento contínuo e reconhecimento pela qualidade, eficiência e inovação.

A conquista reflete o empenho da equipe técnica da GFC, sempre em conformidade com as normas NBR e certificação ISO 9001. Além disso, simboliza o compromisso da empresa em exceder as expectativas de alta qualidade e confiabilidade do setor.

Compromisso com a qualidade desde sempre

Atuando há mais de 15 anos, a GFC se consolidou no setor elétrico, com produtos confiáveis, que atendem as exigências de seus clientes.

Com uma equipe altamente capacitada, formada por engenheiros e técnicos especializados, a empresa sempre focou na satisfação dos clientes e excelência no atendimento.

Perspectivas para o Futuro

Essa conquista só reforça ainda mais que a empresa está no caminho certo e planeja fortalecer sua posição no mercado por meio de investimentos em novas tecnologias e produtos inovadores que atendam às demandas emergentes. A empresa também está investindo em um novo Centro de Distribuição, visando aumentar a capacidade de estocagem e aprimorar a cadeia logística para um sistema mais ágil e confiável.

Este prêmio não apenas reafirma a confiança do mercado na GFC, mas também motiva a empresa a continuar expandindo suas soluções e práticas sustentáveis, alinhadas ao compromisso com a inovação e responsabilidade social.

O desafio de integração das renováveis

Omercado de energia elétrica no Brasil está vivenciando uma transformação profunda: mudando de um modelo tradicional baseado em concessões e focado em tarifas públicas e mercado cativo, com fontes centralizadas de energia e investimentos de longo prazo, para um sistema mais descentralizado, onde os consumidores podem participar de forma mais ativa no mercado. Essa transição está alinhada com o crescimento das fontes renováveis, principalmente solar, e com o

Da

redação de EM

O setor elétrico caminha para um modelo mais flexível e descentralizado, onde a integração de renováveis, a resiliência da infraestrutura e a gestão inteligente da demanda são pilares fundamentais. Se essa transformação representa oportunidade para inovação, ao mesmo tempo traz a necessidade de políticas robustas e investimentos estratégicos para superar os obstáculos da operação do sistema, como mostra esta reportagem.

desenvolvimento de práticas de gerenciamento inteligente da demanda, além da digitalização de redes.

As políticas de precificação têm de se adaptar a essa nova realidade, migrando de um modelo baseado apenas nos custos da infraestrutura para uma abordagem que prioriza a gestão eficiente e a otimização do uso de energia. De acordo com Cyro Vicente Boccuzzi, presidente da ECO Engenharia e Energia e do Fórum Latino-Americano de Smart

Grid, a requalificação das redes para integrar recursos distribuídos é essencial, trazendo elementos como medidores inteligentes e tarifas dinâmicas, permitindo uma resposta eficiente da demanda, especialmente no setor de baixa tensão, onde consumidores menores podem contribuir com flexibilidade.

O setor também enfrenta o desafio crescente das mudanças climáticas. Desastres recentes, como incêndios, tempestades e apagões em vá-

BARRAMENTOS BLINDADOS

Eficiência máxima e segurança total na transmissão e distribuição de energia.

Economia de espaço: compactos, eliminam prumadas de cabos volumosos.

Instalação rápida: reduz o tempo em até 80% comparado aos cabos.

Melhoria de qualidade energética: menor queda de tensão e menos perdas.

Flexibilidade: sistema modular à sua necessidade de expansão.

Alta confiabilidade: fabricados e testados conforme as normas aplicáveis.

A WEG apresenta os barramentos blindados, a solução definitiva em transmissão e distribuição de energia. Flexíveis, compactos e robustos, nossos barramentos são a alternativa ideal aos cabos, oferecendo economia de espaço, eficiência e segurança inigualáveis em instalações elétricas.

Driving efficiency and sustainability

Transição energética

Cyro Vicente Boccuzzi (ECOee e Fórum LatinoAmericano de Smart Grid): “A requalificação das redes para integrar recursos distribuídos é essencial”

rias partes do Brasil e da América Latina, destacam a necessidade de redes mais robustas e resilientes. As projeções indicam vultosos investimentos para enfrentar tais desafios. O Brasil projeta cerca de R$ 40 bilhões até 2028 apenas para integração de fontes renováveis, com uma estimativa de R$ 60 bilhões para modernização dos medidores, o que permitirá gerenciar até 90% da energia consumida no setor de baixa tensão e fornecer serviços de flexibilidade para emergências. Adicionalmente, cerca de R$ 100 bilhões serão necessários para flexibilizar e adaptar o sistema, enquanto R$ 130 milhões serão destinados à resiliência contra eventos climáticos. Ao todo, essa modernização representará um investimento de cerca de R$ 350 bilhões, o equivalente a US$ 62 bilhões.

Desafios da operação

A transformação do setor elétrico brasileiro também traz novos desafios para a operação e a estabilidade do sistema. Com a integração de fontes renováveis e distribuídas, a rede precisa ser capaz de lidar com variações de geração e consumo em tempo real, o que demanda investimentos em infraestrutura inteligente. De acordo com Alexandre Nunes Zucarato, diretor de planejamento do ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, um dos principais efeitos da introdução em larga escala da geração assíncrona é a queda

da carga líquida observada pelos operadores ao longo do dia, permanecendo visível apenas na ponta noturna. Segundo ele, atualmente, o principal desafio é dispor de recursos suficientes para atender a demanda no horário de pico. “No passado, o País construía um conjunto de hidrelétricas e reservatórios para suprir a energia anual, e a modularidade ao longo do dia era um efeito secundário. Agora, porém, o cenário é outro: o Brasil se tornou um País com excedente energético, mas com limitação em potência, o que configura uma profunda mudança de paradigma”, explica.

Ainda segundo Zucarato, com essa nova realidade, a geração para a ponta, que antes era um subproduto, agora exige fontes específicas, como térmicas para suprir a demanda após o pôr do sol. “Estamos em uma fase onde o planejamento já considera leilões de reserva de capacidade para garantir o atributo da potência. Esse atributo essencial poderá vir de usinas reversíveis, resposta da demanda, ou diferentes formas de armazenamento, mas a necessidade de geração de potência é cada vez mais urgente”, afirma.

Estudos realizados pelo ONS indicam um crescimento anual da ponta de carga em torno de 3 GW. Com o cenário atual, em um horizonte de 4 a 5 anos, isso representa uma necessidade de 12 GW adicionais desse atributo. Segundo Zucarato, torna-se necessário retomar uma sistemática

Alexandre Nunes Zucarato (ONS): “O Brasil se tornou um país com excedente energético, mas com limitação em potência, o que configura uma profunda mudança de paradigma”

anual que forneça esse recurso de potência. “Nos últimos cinco anos, vivemos um período em que o recurso de potência não era escasso, mas a energia começava a sobrar. Agora, no entanto, alcançamos o final desse ciclo, em que a escassez de potência começa a se manifestar, e precisamos incluir urgentemente esse recurso no sistema”, alerta.

Curva do pato

Além da sobra de energia e da escassez de potência, a flexibilidade operacional torna-se um atributo essencial que ainda não se tem total capacidade de mensurar, de acordo com o diretor do ONS. Segundo ele, em um dia típico, devido ao volume crescente de geração solar, é preciso ajustar a geração hidrelétrica em cerca de 30 GW. “Esse é o desafio da rampa de carga líquida enfrentado pelos recursos centralizados”, ressalta. “Se projetarmos cinco anos à frente, essa rampa pode chegar a 60 GW. A ‘curva do pato’ cresce, assume proporções alarmantes, e transforma os desafios diários de operação em questões de extrema complexidade”, afirma. [N. do E.: “Curva do pato” é uma expressão criada pelo operador independente da Califórnia em 2013, para descrever a forma da curva de geração diária no sistema: um forte declínio no meio do dia (a “barriga do pato”), provocado pela forte presença das fontes fotovoltaicas, e uma rápida subida ao fim do dia (o “pescoço do pato”), quando as fontes solares saem (vide ilustração pág. 34).]

Em relação aos recursos energéticos distribuídos (REDs), o diretor do ONS chama atenção para a necessidade de atendimento a três critérios importantes: observabilidade, controlabilidade e suportabilidade. No caso da MMGD (mini e microgeração dis-

Divulgação
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Rede aérea

protegida com polímero de alta resistência ao trilhamento elétrico é uma alternativa para

evitar falta de energia nas grandes cidades.

São Paulo, dezembro de 2024 – A grande São Paulo, a exemplo de outros centros urbanos, tem enfrentado uma forte crise de interrupção do fornecimento de energia elétrica. No momento mais crítico, 3,1 milhões de pessoas ficaram sem energia e sem previsão para que o serviço fosse reestabelecido. Outro evento de mesmas proporções já havia ocorrido em novembro de 2023 o que indica que situações como essa serão cada vez mais frequentes.

Em meio aos debates levantados durante o apagão, a solução apontada para mitigar os problemas causados por instabilidades climáticas, como ventos fortes e tempestades, foi o enterramento de toda a rede de cabos elétricos, especialmente em São Paulo.

Além do transtorno para a rotina da população, as quedas prolongadas de energia causam prejuízos econômicos e sociais. No entanto, substituir a rede atual por uma subterrânea custaria, de acordo com cálculos da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecom Competitivas (TelComp), entre R$ 20 bilhões e R$ 80 bilhões. Estima-se que a cidade de São Paulo tem cerca de 20 mil km de cabos aéreos, com apenas 0,3% de rede subterrânea. Qual seria a alternativa viável para minimizar o risco de que milhares de pessoas sejam prejudicadas com a falta de energia elétrica?

É possível substituir cabos aéreos “nus” por cabos cobertos (protegidos). Esses cabos são revestidos com uma ou mais camadas de polímeros com características especiais, como exemplo temos o XLPE e HDPE (compostos para isolamento e cobertura de fios e cabos elétricos) de tecnologia 100% nacional, capaz de reduzir significantemente as interrupções do fornecimento de energia elétrica. E tudo isso com um investimento 10 vezes menor do que o enterramento de cabos, e sem causar transtornos para a população.

Solução viável com investimento em torno de 10 vezes menor quando comparado a utilização de cabos enterrados.

“A solução de redes com cabos que utilizam esses polímeros apresenta maior resistência aos eventos climáticos como contatos temporários de galhos e vegetação, o que garante maior estabilidade à rede elétrica, e ainda com menor custo de instalação quando comparada a redes subterrâneas”,explicaRodrigoBelloli,diretordaPolyexcel.Deacordocomo executivo, os cabos cobertos possuem capacidade de reduzir significativamente o número de quedas de energia comparado as redes com cabos“nus”.

A exemplo dessas redes, a Polyexcel desenvolveu um composto HDPE com características especiais para cabos cobertos que proporciona maior resistência a abrasão e maior capacidade de suportar solicitações elétricas mais severas. Esse composto possui maior resistência à abrasão e resiste a tensões de trilhamento elétrico da ordem de 6 kV enquanto os compostos tradicionais preveem tensões de 2,75 kV. Várias concessionárias de distribuição de energia já adotam a configuração de cabos protegidos dupla camada (XLPE / HDPE) em suas redes, o que as tornam mais resilientes e resistente às chuvas, ventos, quedas de árvores e outras intercorrências naturais reduzindo a necessidade de manutenções nas linhas de transmissão. Desde 2020 já foram produzidos milhares de quilômetros de cabos utilizando essa nova tecnologia de polímero de cobertura. Atualmente, a Polyexcel fornece essa solução para as principais empresas produtoras de cabos no Brasil e na América Latina.

CABO COBERTO DE ALTA RESISTÊNCIA AO TRILHAMENTO ELÉTRICO

3A-

3B-

Sobre a Polyexcel

Empresa brasileira que opera desde 2011, a Polyexcel é especializada no desenvolvimento e na produção de compostos poliméricos para cabos de Energia e Telecom. Primeira fabricante nacional de XLPE e HDPE “anti-tracking” sendo fornecedora das principaisempresasprodutorasdecabosnoBrasileAméricaLatina.

1- Condutor de alumínio
2- Semicondutora
Cobertura em XLPE
Cobertura em HDPE

Transição energética

tribuída), o desafio é a falta de medições diretas dessa geração, a observabilidade. Para obter uma estimativa, o ONS cruza dados da frota instalada de MMGD (disponibilizados pela Aneel) com um mapa de radiação solar para tentar prever a contribuição dessa geração ao sistema. “Isso afeta diretamente o que precisa ser compensado pela geração centralizada, que precisa ajustar sua rampa de carga para atender à demanda”, ressalta. A controlabilidade é considerada um obstáculo ainda maior. Conforme a geração distribuída, especialmente a MMGD, cresce, a curva de carga líquida — a “curva do pato” — ganha uma barriga cada vez maior e um pescoço mais alongado, aponta Zucarato. “Quando olhamos para o futuro, identificamos cenários em que a carga líquida restante para a geração centralizada diminui a tal ponto que fica restrita à geração centralizada inflexível, o mínimo necessário para manter a estabilidade”, afirma. “Em cenários extremos, não restaria nenhuma margem para ajustar a geração centralizada, o que representa um risco ao controle da frequência do sistema”, completa.

Para enfrentar esses desafios, Zucarato aponta para a necessidade de desenvolvimento de novas competências no setor elétrico, especifica-

mente em controle e balanço de carga e geração envolvendo os recursos energéticos distribuídos, tanto os de maior porte quanto a micro e minigeração. “Trabalhamos para desenvolver uma estrutura de operação em cascata: o ONS atuaria como coordenador da operação centralizada, mas com o apoio de um conjunto de operadores dos REDs”.

Essa orquestração da operação integrada nacional é um grande desafio, pois, de acordo com ele, as distribuidoras brasileiras evoluíram principalmente como operadoras de rede, mas não como operadores de recursos energéticos distribuídos. “Para que isso funcione, precisamos criar a figura de um operador de REDs, e a distribuidora pode ser um parceiro estratégico dos consumidores para cumprir essa função. Essa responsabilidade está em discussão na consulta pública sobre a renovação dos contratos das distribuidoras, mas também abre espaço para a atuação de agentes agregadores que possam operar usinas virtuais, fundamentais para apoiar o ONS”, destaca.

Coordenação das proteções

Por sua vez, a suportabilidade, embora menos visível, é um dos aspectos mais complexos da operação e essencial para a segurança do sistema

A “curva do pato”

elétrico, diz o diretor do ONS. Ele explica que no Brasil diversos sistemas especiais de proteção são distribuídos para manter o sistema dentro de uma “zona de segurança” operacional. O Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), por exemplo, atua para reequilibrar a carga quando ocorre uma perda de geração. Ele desliga cargas controladas quando o sistema detecta uma queda de frequência. Por sua vez, as instalações de micro e minigeração distribuída também possuem proteções próprias, muitas vezes programadas para desconectar os inversores em uma frequência de 59,5 Hz, o que é um descompasso em relação ao primeiro estágio do Erac, que é de 58,5 Hz. “Isso pode levar à desconexão em cascata: uma queda de frequência ativa as proteções da MMGD antes mesmo de o Erac atuar, o que agrava

o desequilíbrio ao invés de aliviá-lo, criando um ‘buraco’ de geração”, explica Zucarato. Ele diz que esse fenômeno não era um problema significativo quando a geração distribuída era pequena, mas hoje ela chega a 33 GW, com projeção de atingir 70 GW nos próximos dez anos. “Dada essa relevância, é fundamental coordenar as proteções das usinas de maior porte, da MMGD e outras fontes distribuídas com as proteções do sistema centralizado. Isso já está sendo feito através de regulamentações do Inmetro, que agora exige que os inversores sejam configurados para permanecer conectados em frequências que variem dentro de determinadas faixas”, alerta.

Com o crescimento exponencial da geração distribuída, o uso de tecno -

logias de gestão e monitoramento torna-se crucial, alerta o diretor de planejamento. “Não é possível administrar uma frota de milhões de pequenos geradores da mesma forma que uma operação centralizada controla centenas de grandes clientes. É necessário desenvolver um ecossistema robusto que viabilize a observabilidade, controlabilidade e suportabilidade dos recursos energéticos distribuídos, tanto de grande quanto de pequeno porte, permitindo que todos operem de forma coordenada com o sistema centralizado”, conclui Zucarato.

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O projeto de eficiência energética em Santo Amaro da Imperatriz

Willian dos Santos e Thiago Jeremias, da Celesc Distribuição

Desde 2018, o município de Santo

Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, teve três participações no Programa de Eficiência energética Aneel/ Celesc. As aprovações aconteceram por meio de chamada pública de projetos, destinados à atualização da iluminação pública, com os objetivos de economia de energia e financeira para o município e melhor conforto visual nas ruas, praças e avenidas da cidade.

Localizado na região metropolitana de Florianópolis, Santo Amaro da Imperatriz tem população de 27 272 habitantes, conforme o Censo 2022. Com economia basicamente apoiada na agricultura, o município vem destacando-se também pelo turismo, devido a seu manancial natural de águas termais.

O Projeto de Eficiência Energética do Sistema de Iluminação Pública de Santo Amaro da Imperatriz constituiu-se das três etapas (identificadas pelos códigos Aneel PE-05697-0047/2018; PE-056970061/2018; PE-05697-0066/2020), executadas entre os anos de 2018 e 2022, que contemplaram investimentos de mais de R$ 4,5 milhões (PEE + contrapartida do consumidor) e a modernização de mais de 4300 pontos (conjunto luminária + lâmpada + reator), que

A eficientização da iluminação pública de uma cidade de 27 mil habitantes em Santa Catarina, baseado em luminárias LED, telegestão e dimerização e realizado via programa da Aneel/Celesc, trouxe como resultados uma redução acentuada da carga de iluminação e do consumo de energia, diminuição da demanda de ponta e melhor qualidade da iluminação dos espaços púbicos e do patrimônio municipal.

1 – Medição e verificação final

representam mais de 92% da iluminação pública na cidade. A modernização consistiu na substituição de luminárias ineficientes (vapor de sódio, vapor de mercúrio e vapor metálico) por lâmpadas LED de menor consumo de energia e melhor fluxo luminoso. Um dos destaques foi a implementação de dimerização em luminárias em locais e horários de menor fluxo de veículos e de pessoas,

com o objetivo de obter redução ainda maior do consumo de energia de uma parte das novas lâmpadas.

A iluminação pública de qualidade e eficiente contribui para a qualidade de vida dos moradores, principalmente durante atividades noturnas para o lazer, os comércios, os eventos festivos e outros. Constitui também um importante componente para a segurança pública dos centros urbanos, no que se refere ao tráfego de veículos e de pedestres e à prevenção da criminalidade. A iluminação ainda potencializa a preservação e valorização de centros históricos e do patrimônio urbano.

O projeto foi inserido na tipologia de Iluminação Pública e na modalidade de Convênio a fundo perdido dos Procedimentos para o Programa de Eficiência Energética (Propee) [1] da Aneel. Nessa modalidade, os investimentos não retornam ao Programa Celesc após a conclusão da implementação do projeto, ou seja, a prefeitura está dispensada da devolução do dinheiro, salvo contrapartidas.

Santo Amaro da Imperatriz tradicionalmente tem utilizado na iluminação pública lâmpadas de descarga em alta pres-

Fig.

são, sendo os tipos mais empregados os de vapor de sódio e vapor de mercúrio, cuja eficácia luminosa é de, em média, 120 lm/W e 50 lm/W, respectivamente. A troca deste tipo de lâmpadas por tecnologia LED na iluminação pode trazer uma economia de até 85% no consumo de energia das cidades e de cerca de 40% nas contas públicas [2]. Atualmente, a iluminação de áreas públicas representa quase 20% do consumo mundial de energia elétrica e é responsável por 6% das emissões de gases de efeito estufa, o que insere o tema dentro das discussões sobre o aquecimento global [2].

O uso da iluminação em estado sólido empregando diodos emissores de luz (LED - lighting-emitting diodes) tem representado um grande avanço tecnológico nos últimos anos. Há uma década diversos estudos vêm apontando para a utilização dos LED também na iluminação pública [3, 4] com elevada eficácia luminosa, podendo chegar a 160 lm/W, e longa vida útil, alcançando até 100 000 horas. Excelente resistência mecânica, elevado índice de reprodução de cores, possibilidade de controle da intensidade luminosa (dimerização) e capacidade de emissão de luz branca são fatores que contribuem para a aplicação dessa tecnologia em iluminação pública. Além disso, são dispositivos que causam menos danos ao meio ambiente, por não apresentarem elementos tóxicos em seu interior, como os encontrados em alguns modelos de lâmpadas de descarga em alta pressão.

O projeto

O Projeto de Eficiência Energética do Sistema de Iluminação Pública de Santo Amaro da Imperatriz foi baseado em ações de modernização e evidenciou as reduções de custos de energia, a forma de cálculo das economias e a descrição da implantação dos equipamentos eficientes.

O projeto contemplou as atividades de: levantamento de informações dos sistemas existentes em campo, tratamento desses dados, análises das possíveis ações de eficiência energética na instalação e realização das ações iniciais de medição e verificação (ex ante); a execução das ações de eficiência energética definidas preliminarmente no diagnóstico energético, e a realização das ações finais de medição e verificação (ex post, figura 1), obtendo-se a economia de energia e financeira do projeto; e, por fim, a elaboração de relatórios de medição e verificação final, relatório de auditoria e relatório final do projeto.

Objetivos

Melhorar o aproveitamento energético do sistema de iluminação pública do município de Santo Amaro da Imperatriz, por meio da substituição de 4372 pontos com lâmpadas ineficientes com elevado consumo de energia por um sistema de iluminação pública de maior eficiência de tecnologia LED; bem como, promover a divulgação e cultura das boas práticas de utilização racional de energia elétrica entre os funcionários das instituições públicas, escolas e comunidades em geral do município.

O projeto objetivou, também, controle da intensidade luminosa (dimerização) em 50 pontos no município e redução

da demanda de potência no horário de ponta, contribuindo para melhoria na utilização do sistema elétrico da concessionária, redução do desperdício de energia elétrica sem prejuízo da qualidade na iluminação pública, e inclusive ampliando a sensação de segurança da população pela melhora da iluminação das ruas, praças e avenidas e demais logradouros da cidade (figura 2).

Execução do projeto

Os serviços de gerenciamento do projeto consistem no monitoramento e coordenação de toda a logística operacional de forma a garantir a viabilidade e a correta execução de todos os serviços necessários para o sucesso do programa. Em cada uma das várias etapas, o controle transcorre por acompanhamento de subatividades determinadas nos cronogramas físico e financeiro do projeto.

Para os custos por categoria contábil e a origens dos recursos, foi elaborado relatório econômico-financeiro (REFP) contendo as descrições dos tipos de custos diretos envolvidos no projeto.

Cabe ressaltar que, tomando como referência a metodologia e a aplicabilidade dos tipos de projetos conforme o módulo 4 dos Propee [1] e o Programa de Eficiência Energética Celesc [5] para a tipologia de projeto que envolve a categoria

Fig. 2 – Iluminação de ponte da cidade

Iluminação pública

iluminação pública, foram programados 12 meses para o prazo de execução e mais 3 meses de prazo de vigência do projeto.

Funcionamento do sistema de dimerização – A telegestão de iluminação pública foi algo inovador e muito relevante. As luminárias LED receberam um sistema de telemonitoramento e dimerização, algo inusitado para o município e que contribuiu ainda mais com a eficiência energética: em momentos de menor fluxo de veículos ou pessoas, entre 0h00 e 6h00, é possível dimerizar a potência das luminárias para 60% da nominal, assim reduzindo proporcionalmente o consumo de energia.

O sistema de telegestão de iluminação pública é composto por sensores, geralmente fotocélulas ou relês fotoelétricos, conectados a luminárias públicas (figura 3), para gestão, controle e telemetria, em tempo real, por meio de uma rede de conectividade entre os pontos e softwares de gestão. Em campo, o equipamento é composto por uma central (caixa Smartgreen, que contém um SIMcard de operadora de celular, figura 4) que se comunica com os pontos (postes onde estão as luminárias) mais próximos, num raio de 3 km.

A telegestão permite, por exemplo, programar o acionamento e o desligamento das lâmpadas de LED, identificar falhas, como lâmpadas queimadas ou acesas durante o dia, e regular a intensidade da luz emitida. Além disso, as equipes de manutenção não precisam mais sair às ruas para detectar possíveis erros, pois o próprio sistema envia notificações de reparo e seleciona os fornecedores mais apropriados para este fim.

O principal benefício da telegestão é oferecer um sistema de iluminação mais eficiente e seguro, uma vez que as falhas deste podem ser detectadas em tempo real e ações de correção acontecem de maneira mais efetiva. Outros benefí-

cios identificados: redução do consumo de energia, através de programações de dimerização e acionamento; redução do custo de operação com rondas e equipes de campo; utilização da medição do sistema de telegestão para faturamento pela concessionária de energia; e integração com sistemas de ERP legados.

No projeto, foram instalados equipamentos que controlam, a priori, somente as luminárias de 150 W em algumas avenidas próximas, as de maiores fluxos, e fazem comunicação por meio de sinal na frequência de telefonia móvel para ativar, desligar ou reprogramar a potência desejada (dimerizar) cada luminária. Estes ajustes são realizados via aplicativo do próprio fabricante, Smartgreen, pelo supervisor de iluminação pública do município.

Economia de energia e relação custobenefício – A energia economizada e a redução de demanda do projeto foram obtidas por meio de práticas de medição e verificação, seguindo os critérios estabelecidos em [1], e calculadas conforme equações (1) e (2).

Fig. 3 – Sensores fotocélulas na luminária
Fig. 4 – Central Smartgreen no poste

EE = EClb – ECdt (1)

RDP = DMPlb – DMPdt (2)

onde:

EE = energia economizada; EClb = consumida no período de linha de base; ECdt = energia consumida no período de determinação; e

RDP = redução de demanda na ponta; DMPlb = demanda média na ponta no período de linha de base; DMPdt = demanda média na ponta no período de determinação.

Para o cálculo da relação custo-benefício do projeto (RCB), foram utili-

zadas as variáveis Vida útil dos equipamentos (luminária LED) (equação (3)), FRC - Fator de Recuperação de Capital (equação (4)), e CA - Custo Anualizado (equação (5)).

Vida útil (anos) = Vida útil Utilização (h/ano) (3)

FRC = i x (1 + i)n (1 + i)n – 1 (4)

CA = {CE + [( CT – CTE) x CE CTE ]} x FRC (5)

onde: n = vida útil de cada equipamento; i = taxa de remuneração, fixada em 8%; CE = custo dos equipamentos com mesma vida útil; CT = custo total do projeto; CTE = custo total com equipamentos; e FRC = fator de recuperação do capital.

Fig. 5 – Descarte de lâmpadas, luminárias e reatores

Iluminação pública

Os cálculos do Custo Evitado de Energia (CEE) e do Custo Evitado de Demanda (CED) foram realizados seguindo os critérios estabelecidos em [1], sendo adotados os valores das tarifas aprovados pela Resolução Aneel conforme a data de abertura da ordem de serviço do projeto, e calculados conforme as equações (6) e (7).

B = EE x CE + RDP x CED (6)

RCB = Custo Anualizado

Benefício Anualizado (7)

onde B = benefício anualizado do projeto.

Descarte dos equipamentos anteriores –Todos os conjuntos (luminária + lâmpada + reator + condutor de cobre) foram descartados de acordo com as regras estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010), pelo Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente e demais normas aplicáveis à matéria, evitando que voltem a entrar em operação (figura 5).

Ações de marketing e divulgação – As ações de marketing consistem na divulgação do projeto e das ações executadas, buscando incentivar a participação de todos os envolvidos e disseminar o conhecimento e as práticas voltadas à eficiência energética, promovendo a mudança de comportamento do consumidor. Essas ações consistiram em exibição de placa

informativa de obra com as principais informações do projeto e confecção de folder e adesivos orientativos sobre o uso consciente e racional de energia elétrica (figura 6), além de elaboração de vídeo contextualizando a divulgação e evidenciando informações do projeto.

Treinamento e capacitação – As ações de treinamento e capacitação visaram estimular e consolidar as práticas de eficiência energética nas instalações beneficiadas com o projeto, bem como difundir os seus conceitos entre os funcionários da prefeitura de diferentes secretarias, alunos das escolas do município e a comunidade em geral. Foram realizados três workshops com participação de mais de 400 pessoas (figura 7).

Resultados alcançados

Os resultados e objetivos propostos foram alcançados e ocorreram como programado. A parceria entre o PEE Aneel/

Celesc e a Prefeitura de Santo Amaro da Imperatriz, na modalidade do Propee [1] de convênio a fundo perdido, teve diagnóstico energético realizado pela Cetel Engenharia e execução pela esco Quantum Engenharia.

A tabela na página 44 resume os números do “Projeto Cidade +Eficiente Iluminação Pública de Santo Amaro da Imperatriz”, mostrando que foram substituídos de 4372 unidades (luminária + lâmpada + reator) ineficientes por lâmpadas LED de menor consumo, com maior fluxo luminoso, baixa taxa de manutenção e maior vida útil, proporcionando melhor gerenciamento desse serviço público.

Os resultados dos projetos de eficiência energética Celesc/Aneel são mensurados em termos da energia economizada, redução de demanda no horário de ponta e da relação custo-benefício (RCB). Para que um projeto seja viável do ponto de vista da Aneel, a RCB deve ser menor que 0,8. No projeto aqui apresentado, obteve-se RCB de 0,45.

A energia economizada foi de 1890 MWh/ano, o que equivale ao consumo de 8680 residências de Santa Catarina. Essa energia economizada representa uma redução de emissão de 132,3 toneladas de dióxido de carbono, o gás do efeito estufa. Representa também o equivalente ao plantio de mais de 945 árvores nativas ou a retirada de circulação de mais de 110 carros populares.

Na comparação de potência instalada, ou seja, sistema antigo versus sistema

Fig. 7 – Ações de treinamento e capacitação do projeto
Fig. 6– Ações de marketing e divulgação

Iluminação pública

Projeto Cidade +Eficiente Iluminação Pública de Santo Amaro da Imperatriz – Resultados

Cód. ANEEL

Unidades substituída (luminárias + lâmpadas + reatores)

Potência Instalada antes (kW)

Potência Instalada depois (kW)

Redução potência instalada (%)

Energia economizada (MWh/ano)

Demanda evitada no horário de ponta (kW)

Relação custo/benefício

Economia monetária do sistema (R$/ano)

Investimentos contrapartida PEE (R$)

0047/2018

LED atual, obteve-se redução de mais de 60% da carga instalada, proporcionada pela eficiência energética dos novos equipamentos (certificados pelo Procel) e também pelo alto rendimento proporcionado pelo menor consumo de energia e maior fluxo luminoso.

Pode ser destacada também a demanda evitada no horário de ponta (18h30 a 21h30), de 429 kW, o que contribui para o alívio do carregamento do sistema elétrico nesse período.

É importante destacar que, do total de R$ 4 454 629,28 investido, 90% foram advindos do PEE Celesc e 10% foram contrapartida do município.

Conclusões

Com as ruas ainda mais iluminadas, Santo Amaro da Imperatriz está mais segura, bonita e principalmente econômica. A cidade mostra total alinha-

mento com a preservação ambiental por meio do de programa de eficiência energética da iluminação pública, demonstrando fazer o melhor uso do dinheiro público ao mesmo tempo em que traz conforto e segurança para moradores e turistas.

É importante apontar que na modalidade do Propee [1] de convênio a fundo perdido, o investimento não retorna para o Programa Aneel, ou seja, é dispensada a devolução do dinheiro pela prefeitura, após conclusão da implementação. Espera-se que a economia financeira proporcionada pelo do projeto venha a ser revertida em ampliação e reforços da iluminação pública no município.

Além das ações implementadas neste projeto, é de extrema importância que haja o comprometimento de todos os setores e pessoas envolvidas e/ou atingidas por esta eficientização. A conscientização, motivação e engajamento de todos é essencial para que os novos

procedimentos atinjam o êxito previsto, ampliando-se os resultados esperados advindos da racionalização do uso do insumo energia elétrica.

Endereços eletrônico no PEE Celesc e Youtube, canal

Oficial Celesc: Etapa 3: https://pee.celesc.com.br/scripts/visualiza-proje to. php?id=127 https://www.youtube.com/watch?v=nyJtmWvHcR8.

REFERÊNCIAS

[1] Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. Procedimentos para o Programa de Eficiência Energética ANEEL – PROPEE , REN nº 920 de 23 de fevereiro de 2021. Acesso em 26/07/2023, disponível em: https://www.in. gov.br/en/web/dou/-/resolucao-normativa-aneel-n-920-de-23-defevereiro-de-2021-*-306209537.

[2] IP Minas: Ampliação do parque de iluminação pública garante ruas mais iluminadas e seguras em Ribeirão das Neves . Publicado em 31/05/2021. Acessado em: 24/07/2023. Disponível em: https://www.ipminas.com.br/ iluminacao-publica-garante-ruas-mais-iluminadas-e-seguras/ .

[3] Maggi, Tiago: Estudo e implementação de uma luminárias de iluminação pública à base de LEDs. Cascavel, PR: UFSM, 2013. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Maria, 2013.

[4] Rodrigues, Cláudio Roberto Barbosa Simões: Contribuições ao uso de diodos emissores de luz em iluminação pública . Juiz de Fora, MG: UFJF, 2012. Originalmente apresentada como tese de doutorado, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2012.

[5] Celesc Distribuição S.A.: Programa de Eficiência Energética Celesc. Chamada Pública de Projetos . Acessado 26/07/2023. Disponível em: https://pee.celesc.com.br/chamadas-publicas.

[6] Celesc Distribuição S.A.: Iluminação Pública . Acessado 24/07/2023. Disponível em: https://www.celesc.com.br/iluminacao-publica.

[7] Celesc Distribuição S.A.: N-321.0008 – Fornecimento de Energia Elétrica para Iluminação Pública. Acessado 26/07/2023. Disponível em: https:// www.celesc.com.br/padrao-de-entrada..

[8] EVO – Efficiency Valuation Organization: Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance - Conceitos e Opções para a Determinação de Economias de Energia e de Água . Vol. 1. Jan. 2012. Acesso em: 26/07/2023, disponível em: http://www.evo-world.org.

Artigo baseado no trabalho “Iluminando o Caminho para um Amanhã Mais Verde: O Projeto de Eficiência Energética em Santo Amaro da Imperatriz com Lâmpadas LED, Telegestão e Dimerização”, apresentado no Sendi 2023 – Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica – Vitória, ES.

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Projin – (34) 3336-5910 projin@projinprojetos.com.br

Prolum – (35) 99819-9337 elder.prolum@gmail.com

Sealoc – (34) 3480-3087 contato@seaservicemg.com.br

SM&A – (31) 99342-7102 comercial@sma-eng.com.br

Tecfic – (38) 99118-7627 ivansolcity@gmail.com

Vert – (31) 98484-9440 tamietti@vertengenharia.com.br

Vetorial – (31) 99967-1290 vetorial@vetorial.eng.br

Vision – (31) 99195-7025 paulo.barreto@visionsistemas. com.br

Ultra Engenharia (31) 98628-1491 comercial@ultra.eng.br

Elektron – (66) 98438-3405 felix@elektroneletricidade.com.br

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JMG – (91) 98116-8996 contato@jmgservicos.com.br

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Replacom – (91) 99116-1414 replacom.engenharia@yahoo. com.br

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Santana Engenharia (81) 98421-6067 comercial@santanapaineis.com.br

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Artiere – (41) 3018-4444 sac@artiere.com.br

Ccpg – (42) 99972-1206 info@ccpg.eng.br

Eletrotrafo – (43) 3520-5000 vendas6@eletrotrafo.com.br

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Solfus – (41) 98405-1354 comercial@solfus.com.br

CBR – (21) 99548-4841 cbr@cbrengenharia.com.br

Eletro – (21) 99334-8099 adm-rj@eletro-estudos.com.br

Eletrosá – (21) 99603-2279 marcelo@eletrosa.com.br

Masalupri – (21) 97530-6222 masalupri@masalupri.com.br

Ponto – (22) 99203-3225 projetos@pontoengenharia.com.br

Rcatec – (21) 98387-5377 comercial@rcatecengenharia. com.br

RPM – (21) 96934-3536 contato@rpmengenharia.com.br

System – (21) 96969-4777 marcelo@systemengenharia. com.br

Wilson Teixeira (21) 99983-9173 buildingenergy@gmail.com

Servel – (84) 99231-9002 servel@srvl.com.br

Automasul – (54) 99195-6590 atendimento@automasul.com.br

Barros Eletro – (53) 99951-3874 contato@barroseletro.com

Carlos Hirdes – (51) 99987-4309 cfhirdes@gmail.com

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Dicel – (51) 3341-9800 thais.engroff@gruposingel.com.br

DP – (54) 99987-8781 engenharia@net11.net.br

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Notas: (1) Consultoria, estudos e diagnósticos; (2) Gerenciamento de projetos e/ou da execução; (3)Comissionamento e partida (start-up); (4)Reforma e modernização de instalações; (5) Incluindo as pequenas, mini emicrocentrais hidrelétricas; (6) Centraistérmicas a vapor, a gás, ciclo combinado,cogeração (incluindo biomassa e biogás); (7) Tipicamente, geração diesel parasuprimento de segurança, reserva ou emhorários de ponta; (8) Geradores eólicos,incluindo os instalados em indústrias,propriedades rurais e edificações; (9)Sistemas fotovoltaicos, incluindo osinstalados em edificações industriais,comerciais, residenciais, rurais e outras; (10) Instalações elétricas em atmosferasexplosivas; (11) Também conhecidoscomo “CPDs ”; (12) Instalações elétricasde edificações em geral — comerciais, deescritórios, residenciais, etc.; (13)Prumadas utilizando barramentosblindados, conectando todos osconsumidores de uma edificação; (14) Proteção contra raios, aterramento,proteção contra surtos, detecção dedescargas atmosféricas; (15) Eficiência energética: diagnóstico energético,análise das faturas de energia elétrica, projetos de otimização energética e de economia de energia, gerenciamento econtrole de energia, correção do fator depotência — tipicamente, área de atuaçãodas chamadas “Escos”; (16) Paraindústrias, edificações, lojas, etc.; (17) Iluminação de segurança ou deemergência.; (18) Instalações dedetecção e alarme de incêndio.; (19)Controle de acesso, alarmes, CFTV, etc.;(20) Segurança do trabalho emeletricidade (NR-10).; (21) Paraedificações comerciais e residenciais(edifício e casa inteligentes). Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 3.421 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Novembro / Dezembro de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

EM Aterramento

Dispositivos de proteção contra surtos para corrente contínua

Muitos profissionais da área elétrica se referem aos dispositivos de proteção contra surtos (DPS) para proteção dos módulos fotovoltaicos e o lado de corrente contínua (CC) dos inversores solares como DPSs CC. Essa denominação, embora não esteja errada, leva a equívocos, que este artigo procura esclarecer.

DPS CA ou CC?

Os DPSs de energia classe I ou II, e a maioria dos classe III, utilizados na proteção dos quadros de energia alimentados em corrente alternada (CA) também são apropriados para proteger aqueles cuja fonte de alimentação é em CC, mas não intermitente, como um retificador, por exemplo. Nesse caso, para os DPSs não importa se a tensão em seus terminais é CA ou CC, já que as sobretensões transitórias têm características impulsivas [1].

classe III, para que sejam instalados tanto em circuitos CA quanto em circuitos CC, o que está explicitado nas folhas de dados desses dispositivos:

1) Máxima tensão contínua de operação (Uc): 175 Vca/225 Vcc

2) Máxima tensão contínua de operação (Uc): 275 Vca/350Vcc

Um DPS está submetido na maior parte do tempo à tensão da instalação elétrica que ele deve proteger, sendo necessário que ele seja adequado para a magnitude e forma de onda dessa tensão, principalmente no caso dos DPSs de sinal, já que para os DPSs de energia a frequência será 0 Hz (corrente contínua) ou 60 Hz (corrente alternada). A magnitude e a frequência da tensão influenciam quando os DPSs irão atuar, sendo a frequência especialmente importante para os DPSs que utilizam varistores, devido às características capacitivas desses componentes.

Pelo que foi anteriormente apresentado, os fabricantes desenvolvem seus DPSs de energia, classes I, I+II, II e a maioria dos

3) Máxima tensão contínua de operação (Uc): 385 Vca/505 Vcc

DPSs fotovoltaicos

Já no caso dos DPSs fotovoltaicos (FV), basicamente para proteção dos módulos fotovoltaicos, diodos de by-pass e inversores solares, é fundamental levar em consideração que eles sejam auto protegidos ao final da sua vida útil com mecanismos que garantam que sejam desconectados da instalação em qualquer condição de operação do arranjo fotovoltaico. Devido às características da sua fonte primária de energia, a corrente de curto-circuito de um arranjo fotovoltaico varia em função da irradiância solar, o que torna muito mais complexo o dimensionamento de um dispositivo fusível de

proteção em série com o DPS [2]. Como os DPSs que utilizam varistores tornam-se quase um curto-circuito ao final da sua vida útil, podendo se inflamar, é essencial que eles sejam desconectados do circuito. Mas como um fusível de proteção do DPS dimensionado para a corrente de curto-circuito máxima do arranjo fotovoltaico pode não desconectar o DPS em condições de baixa irradiância, é fundamental que ele se desconecte através de seus próprios meios.

Por este motivo, os fabricantes de DPSs desenvolveram modelos especiais, com características mais rigorosas de desconexão, para que possam proteger com mais segurança e confiabilidade os circuitos em CC dos arranjos fotovoltaicos. Justamente porque são apropriados para o lado CC desses arranjos, eles passaram a ser chamados de DPS CC, quando deveriam ser tratados como DPS FV.

Devido ainda à necessidade de proteção dos arranjos fotovoltaicos tanto em modo comum como em modo diferencial, foram desenvolvidos DPS FV na configuração Y (figura 1), que serão explicados com mais detalhes em um próximo artigo nesta coluna.

Os DPS FV devem ser desenvolvidos, fabricados e ensaiados segundo as orientações das normas técnicas ABNT NBR 61643-31:2022 [3] e ABNT NBR IEC 61643-32:2022 [4], específicas para esses dispositivos. Enquanto a parte 31 dessa série de normas se refere aos requisitos e métodos de ensaio, a parte 32 é um guia

Fig. 1 – DPS FV e diagrama configuração Y

de aplicação, descrevendo os princípios de seleção, instalação e coordenação dos DPS FV .

Embora os DPSs sejam importantes em qualquer contexto, a proteção contra surtos dos arranjos fotovoltaicos através da instalação de DPSs FV é inexorável, principalmente para os inversores solares, devido à vulnerabilidade desses equipamentos às sobretensões transitórias [5].

Conclusão

Enquanto os DPSs convencionais são fabricados para funcionar em redes CA ou CC, e por isso não podem ser chamados de DPSs CA, os DPSs FV foram desenvolvidos para instalação apenas no lado CC de um arranjo fotovoltaico devido às suas características de autoproteção. Mas também para não os confundir e utilizálos em qualquer instalação CC, devemos chamá-los não de DPSs CC, mas sim de DPSs FV.

REFERÊNCIAS

[1] Santos, Sergio Roberto; Busse, Cleiton; Pimentel, Laís Venâncio. A importância da suportabilidade a surtos para as instalações elétricas. Anais do Eletrotec EMPower South America 2024. Agosto de 2024.

[2] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ABNT NBR 16690:2019 Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos - Requisitos de projeto.

[3] ABNT NBR IEC 61643-31:2022 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão Parte 31: DPS para utilização específica em corrente contínua — Requisitos e métodos de ensaio para os dispositivos de proteção contra surtos para instalações fotovoltaicas.

[4] ABNT NBR IEC 61643-32:2022 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão Parte 32: DPS conectado no lado corrente contínua das instalações fotovoltaicas - Princípios de seleção e aplicação.

[5] Rosa, José Márcio; Almeida, Bianca; Busse, Cleiton; Viotto, Felipe; Pimentel Laís; Santos, Sergio Roberto. Proteção contra surtos dos inversores solares. Embrastec. Disponível em https:// embrastec-1.rds.land/ebook-protecao-contrasurtos-do-inversor-solar

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, SergioRobertoSantos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_aterramento@arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.

Proteção em subestações consumidoras e prossumidores

Um assunto sobre o qual sempre me questionam é o da aprovação de estudos de curtocircuito junto às concessionárias de energia elétrica por ocasião da solicitação de ligação nova de uma unidade consumidora em média tensão, ou quando de solicitação de aumento de carga, ou ainda de instalações de sistemas de geração própria com paralelismo com a rede. O intuito deste artigo é esclarecer alguns pontos, já deixando claro que desta vez tem muita opinião pessoal aqui.

O orçamento de conexão

A Resolução Normativa no 1000 (REN 1000) da Aneel, de 07/12/2021, veio substituir uma série de resoluções, entre elas a REN 414 e a REN 482. Com isso, todos direitos e deveres das concessionárias de energia para com os consumidores, incluindo os que possuem geração própria de energia, estão reunidos em uma única resolução.

Para qualquer solicitação de ligação nova, aumento de carga, mudança ou alteração do ponto de conexão, instalação de geração em unidade consumidora existente, inclusive em MMGD – mini e microgeração distribuída, deve ser solicitado o orçamento de conexão. Nessa solicitação, devemos fornecer uma série de informações que permitirão à concessionária analisar sua rede, definir se há ou não capacidade de fornecer ou receber essa energia e as necessidades de adequação em seu sistema, e apresentar custos e prazos para essa adequação.

O projeto de subestação

Na maioria das concessionárias, esse processo demanda o fornecimento dos projetos e esquemas unifilares da entrada de energia. Sendo clientes com carga maior que 75 kW

Função de proteção

Função de proteção de subtensão

Função de proteção de sobretensão

Função de proteção de subfrequência

Função de proteção de sobrefrequência

Função de proteção contra desequilíbrio de corrente entre fases

Função de proteção contra reversão e desequilíbrio de tenão

Código ANSI equivalente

Potência instalada da microgeração ou minigeração distribuída

(1) (5) Sim Sim

Sim (1) (5) Sim Sim

Função de proteção contra curto-circuito 50 / 50N Sim (1) Sim Sim

Função de proteção seletiva contra curto-circuito 51 / 51N Sim (1) Sim Sim

Função de proteção contra perda de rede (proteção anti-ilhamento)

Relé de detecção de ilhamento (2) (3)

Relé de detecção de ilhamento (2) (3)

Relé de detecção de ilhamento (2) (3)

Função de verificação de sincronismo 25 Sim Sim Sim

Função de espera de tempo de reconexão 62 Sim (4) Sim (4) Sim (4)

Fig. 1 – Tabela 1-a do Prodist - Procedimentos de Distribuição (Aneel)

e demanda igual ou inferior a 2500 kW, essa unidade consumidora será atendida em tensão inferior a 69 kV (na prática, em média tensão).

Dependendo da potência da subestação, do tipo (se unitária ou não unitária) e se tem ou não geração própria, esse cliente pode precisar que a proteção da entrada de energia seja realizada através de um sistema de proteção secundária.

A proteção da entrada de energia

Como regra geral, temos que as subestações unitárias com potências menores ou iguais a 300 kVA podem ter sua proteção realizada por chave fusível na média tensão e por

disjuntor termomagnético na baixa tensão. Essa possibilidade consta da NBR 14039, a norma brasileira de instalações de média tensão, e está nas normas das principais concessionárias do País.

Porém, em subestações com potência superior a 300 kVA, a proteção precisa ser realizada por relé secundário microprocessado, que possua pelo menos as funções ANSI 50/51 e 50/51N. Clientes que possuam minigeração distribuída acima de 300 kVA necessitam de outras funções de proteção e, para algumas concessionárias, como a CPFL, qualquer minigeração precisa de um sistema de proteção secundária, com outras funções de proteção além da 50/51 e 50/51N. As funções necessárias estão na tabela 1-A do Prodist, transcrita aqui na figura 1.

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Parte de 26–28

A M A IO R F E I R A & C ONGR E SS O D A A M É RIC A L AT I N A PA R A O S E T O R SOL A R

L ATA M’ S L AR GE S T EX HIB ITIO N A N D C ONFERENC E

F O R TH E SOL A R I ND U ST RY

IN TE R S O LA R: CO N EC TAND O O SE TO R S O LA R

A Intersolar é a principal feira para o setor solar, com foco em fotovoltaica, tecnologias termossolares e usinas de energia solar. Desde sua fundação mais de 30 anos atrás, a Intersolar tornou-se a mais importante plataforma para fabricantes, fornecedoras, distribuidoras, instaladoras, prestadoras de serviços, desenvolvedoras de projetos, planejadoras, além de novas empresas no setor solar.

EM Profissionais

Dependendo da fonte geradora e entre concessionárias, teremos algumas diferenças (acréscimos ou decréscimos). A Light, por exemplo, em caso de fonte solar, apenas exige as proteções 59 e 59N.

Para que serve essa proteção

Entenda: todo projeto elétrico precisa garantir que, em caso de uma falha qualquer, um sistema de proteção desconecte o ponto de falha antes que os equipamentos se danifiquem ou que haja riscos para pessoas, animais e o patrimônio. Esse é um dever do responsável pelo projeto e não da concessionária.

O estudo de proteção que a concessionária pede serve, na verdade, para proteger a rede de distribuição dela e não as suas instalações. Esse ponto não está claro para muitos profissionais. Quando aprovamos um estudo de proteção na concessionária, seguimos um conjunto de regras (uma receita de bolo), não somos Profissionais de Proteção (com P maiúsculo). Para tornar-se um especialista em proteção, são necessárias muitas horas de estudo e dedicação. E para aprovar estudos em proteção em média tensão em concessionária são necessárias muito menos horas. Aliás, é possível aprovar mesmo sem entender, quando se trata apenas de subestações de consumo (sem geração própria).

Explicação dada, vamos ao que nos interessa. Quando aprovar o estudo de proteção

Uma novidade importante da REN 1000 foi ter deixado claro que o estudo de proteção não é obrigatório na solicitação do orçamento de conexão, mas deve ser apresentado em prazo de pelo menos 30 dias antes da vistoria da instalação.

Como realizar o estudo de proteção

Para realização do estudo de proteção, é necessário solicitar à concessionária os dados de curto-circuito no ponto de conexão e os

ajustes da proteção a montante. Com esses dados e os dados dos transformadores da unidade consumidora, podemos iniciar os estudos.

Para as funções de sobrecorrente temos:

• Função 50 (sobrecorrente instantânea de fase): O valor escolhido é normalmente entre 20% e 25% acima da corrente de inrush da instalação. O múltiplo adotado é definido pela concessionária em sua norma;

• Função 51 (sobrecorrente temporizado de fase): o valor escolhido é normalmente entre 5% e 30% acima da corrente de demanda da instalação, e garantindo uma seletividade de pelo menos 300 ms em relação ao relé a montante da concessionária;

• Função 50N (sobrecorrente instantânea de neutro): varia de concessionária para concessionária, mas o mais comum é em função do ajuste de sobrecorrente instantânea de fase; e

• Função 51N (sobrecorrente temporizado de neutro): varia de concessionária para concessionária, mas o mais comum é em função do ajuste de sobrecorrente temporizado de fase.

Para as demais funções, os ajustes são normalmente predeterminados pela concessionária, devendo apenas ser transcritos no estudo de proteção.

Sua instalação está protegida?

A concessionária não analisa se os condutores estão ou não protegidos, nem os transformadores. Quando tratamos de apenas um transformador, normalmente os ajustes para proteger a concessionária também

protegerão o transformador. Mas, em instalações com múltiplos transformadores, em havendo diferença muito grande de potência entre eles, dificilmente os ajustes da concessionária protegerão os transformadores de menor potência, devendo o projetista definir soluções pontuais e específicas para esses equipamentos.

Em instalações como shoppings, que possuem múltiplas subestações, é importante que haja estudos de coordenação e seletividade, visando garantir que em caso de alguma falha em uma parte da instalação, a atuação ocorra em uma proteção interna da unidade e não na proteção geral, para evitar que toda a instalação fique sem energia ao invés de apenas parte dela.

Resumo

• O estudo de proteção apresentado à concessionária visa apenas proteger a rede da concessionária, e não as instalações internas do cliente;

• A metodologia de cálculo e os ajustes propostos devem seguir as diretrizes da concessionária, tendo o projetista limites nas decisões referentes à proteção de entrada de energia que pode projetar; e

• O projetista deve garantir que todos os seus equipamentos e condutores estão devidamente protegidos. Nos casos onde os ajustes de proteção da entrada não garantirem essa proteção, deverão ser adotadas outras proteções, cuja responsabilidade pelo cálculo e os ajustes é do profissional.

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profissionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em_profissisonais@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “EM Profissionais”.

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26 –28 AGO 2025

E X P O C ENTE R NO RT E, SÃO PAU LO, B RASI L

O EV EN T O D E INF R AES T R UTU R A ELÉT R IC A

E G ES TÃ O D E E N ER G I A

TH E E VE N T F O R E L E CT R IC A L I NF RA ST R UCTU R E

A N D E N ER G Y M A N A G E M E N T

FORTALECENDO O SETOR DE INSTALAÇÕES E GESTÃO DE ELETRICIDADE

Parte de

ELETROTEC+EM POWER destaca-se como a feira para o segmento de infraestrutura elétrica e gerenciamento de energia. Desenhada para profissionais de projeto, montagem, manutenção & amp; operação de instalações industriais e prediais de média e baixa tensão, abrange materiais, equipamentos e serviços, inclusive para subestações, SPDA e aterramento, além de sistemas para edifícios inteligentes.

A IEC 60079-11, já na sétima edição, estabelece requisitos para o projeto, construção e ensaios dos equipamentos intrinsecamente seguros (e dos dispositivos associados que serão conectados aos circuitos intrinsecamente seguros), a serem utilizados nas condições atmosféricas definidas na IEC 60079 0 e com requisitos adicionais para uso em pressões atmosféricas estendidas na faixa de 60 kPa (0,6 bar) até 110 kPa (1,1 bar). A norma também é aplicável aos sensores conectados a circuitos intrinsecamente seguros, mas não aos elementos catalíticos para o Grupo IIC, ou Grupo IIB + H2.

A edição 7 trouxe um total de 159 mudanças: 52 “editoriais” (33%); 76 “extensões” (48%); e 31 “alterações técnicas” (19%).

Mesmo que ainda não tenha sido emitida a NBR correspondente, é importante conhecer algumas mudanças desta nova edição.

Distinção entre “apparatus” e “equipment”

O termo “apparatus” passou a ser usado para designar tanto os dispositivos intrinsecamente seguros quanto os dispositivos associados, tendo sido empregado em todo o texto; já o termo “equipment” passa a ser usado com o significado de “equipamento elétrico”.

Invólucros

Os gabinetes destinados a locais do Grupo IIIC devem satisfazer os requisitos de separação indicados nas tabelas 7, 8, e 9. O grau de proteção requerido será apontado na tabela, a menos que ele seja ga-

rantido pelo uso de separações, e não apenas pelo gabinete.

Dependendo do caso, o grau mínimo será IP5X, ou IP54.

Produto Impacto

Novos produtos, ainda não certificados

Produtos certificados pela edição anterior da norma e que já estão instalados e em uso.

Produtos que já foram certificados pela edição anterior da norma, mas ainda não colocados no mercado.

Se o projeto adotar a “separação reduzida”, o gabinete deverá ter um grau mínimo IP54 e deverão ser discriminadas as especificações dos prensa-cabos, adaptadores de rosca e elementos de vedação, de forma a respeitar o grau IP colocado no certificado. [Cláusula 6.2.4]

Desconexão

Outra mudança significativa é o requisito de que os circuitos devem permanecer intrinsecamente seguros, mesmo após a desconexão completa de um conector, para todos os conectores não infalíveis. Um conector é considerado infalível quando compreende pelo menos três elementos de conexão independentes para ‘ia’ e 2 para ‘ib’, dentro dos limites de condução de corrente especificados na norma. [Cláusula 6.4.2.2]

Também foram incluídos novos requisitos para as espessuras mínimas de cobre para trilhas dos circuitos impressos, o que também impacta nas conexões infalíveis. [Cláusula 6.4.2.4]

Avaliação térmica

A atual edição definiu que a dissipação de energia nas trilhas, ou nos fios, não deve ser maior que 1,3 W para a classe de temperatura T4, para temperatura ambiente (Tamb) até 40°C. Se Tamb ex-

É recomendado que os projetos sejam reorientados para atenderem aos requisitos da nova edição, mesmo que os certificadores aceitem avaliar pela edição anterior.

Entende-se que a nova edição não terá influência em produtos já colocados no mercado.

É recomendado que seja feita uma “análise de lacunas” – uma avaliação que considere as diferenças entre as edições 6 e 7. As especificações técnicas de alguns clientes poderão exigir conformidade com a nova edição.

ceder 40°C, os limites de energia devem ser reduzidos conforme especificado na IEC 60079-0, Tabela 4. [Cláusula 5.4]

A fórmula de avaliação térmica dos fios foi corrigida nesta edição. [Cláusula 5.4.3]

Relés

Esta 7a edição fornece explicações detalhadas sobre os requisitos para relés, incluindo o ensaio de rigidez dielétrica e as formas de conexão ao circuito intrinsecamente seguro. Agora, o espaço entre a bobina e os contatos do relé passa a ser considerado como uma falha para os relés que dependem de segurança intrínseca. Por outro lado, relés para circuitos ‘ic’ são obrigados apenas a cumprir com as normas industriais.

Além disso, nos casos que o valor da corrente, ou da potência, exceder o limite especificado para relés com separação reduzida, deverá ser atendido o critério de aceitação incluído nesta edição. [Cláusula 7.9.2]

Separação de partes condutoras

Foram incluídas as tensões para ensaios de rigidez dielétrica, que estavam ausentes na edição anterior. Além disso, o que antes era um anexo – a Tabela 8 de sepa-

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26–28

E X P O CENTE R NO RT E, SÃO PAU LO, B RA SI L

O EV EN T O ESSE NC IA L PA R A B AT ER I A S E S ISTEM A S D E

AR M AZE N A M E N T O D E E N ER G I A N A A M É RIC A L AT I N A

L ATA M’S KE Y EV EN T F O R B ATTE RI E S & E N ER G Y S

A ees é a feira internacional de baterias e sistemas de armazenamento de energia, e reúne fabricantes, distribuidoras, desenvolvedoras de projetos, integradoras de sistemas, usuários profissionais e fornecedoras de tecnologias inovadoras de baterias e soluções sustentáveis de armazenamento de energias renováveis, tais como hidrogênio verde e produção eletrolítica de gás.

Parte de

ração reduzida – agora está no texto da norma [Cláusula 6.5.3.2]

Estão descritos os ensaios de tipo e rotina necessários, esclarecendo quando cada um deles é aplicável. Dentre os exemplos de componentes sujeitos aos ensaios, estão as resinas e o verniz de revestimento do circuito impresso, em especial para distâncias reduzidas. [Cláusulas 6.5.6.2, 6.5.6.3, 6.5.6.5]

Supercapacitores

Os supercapacitores foram colocados na mesma categoria das células e baterias. [Cláusula 7.12.1]. Eles são capacitores com um valor de capacitância muito maior do que os capacitores comuns de estado sólido, mas que possuem limites de tensão mais baixos. Normalmente armazenam de 10 a 100 vezes mais energia por unidade de volume do que os capacitores eletrolíticos, podem aceitar e fornecer carga muito mais rápido do que baterias, e toleram muito mais ciclos de carga e descarga do que as baterias recarregáveis.

Ao contrário dos capacitores comuns, os supercapacitores não usam o dielétrico sólido convencional, mas sim uma capacitância eletrostática de camada dupla e uma “pseudocapacitância eletroquímica”, ambas contribuindo para o armazenamento de energia do capacitor. São usados nas aplicações que exigem ciclos rápidos de carga/descarga, com altas correntes.

Em equipamentos Ex i, é possível conectar supercapacitores em paralelo, sem

comprometer a segurança intrínseca. No entanto, é importante notar que os supercapacitores têm a capacidade de armazenar energia com base em sua capacitância especificada, mas não têm a capacidade de regular sua tensão. [Cláusula 7.15]

Baterias

Para os níveis de proteção “ia” e “ib”, se um vazamento de eletrólito aparecer durante o teste de temperatura máxima da superfície, deverão ser aplicados os requisitos de 7.12.3.

Na avaliação de ignição térmica, apenas uma única amostra precisará ser ensaiada para avaliar a conformidade no nível de proteção “ic”. [Cláusula 9.14.3.3]

O nível de proteção “ib” recebeu um ensaio alternativo para baterias recarregáveis de íons de lítio.

A edição 6 permitia o uso de baterias de íons de lítio, desde que elas fossem aprovadas nos ensaios. Além disso, era necessária uma declaração do fabricante para confirmar o uso seguro delas em dispositivos Ex i. A atual edição excluiu esta seção. Células e baterias de íons de lítio, ou de outros tipos, poderão ser utilizadas se passarem nos ensaios, eliminando a necessidade de uma declaração adicional.

Considerando que esta edição definiu que a bateria a ser ensaiada precisa ser nova e sem uso; cada ensaio deverá ter corrente e tensão contínuas, não sendo permitida qualquer queda repentina de

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.

corrente ou tensão; e, se o resultado do ensaio for uma explosão ou incêndio da bateria, será proibido usá-la para os níveis de proteção “ia” ou “ib”, notamos que os requisitos deveriam ser mais rigorosos com relação às baterias de íons de lítio, as quais estão envolvidas em incêndios e explosões espontâneas em diversos aparelhos, como telefones celulares, cigarros eletrônicos, bicicletas elétricas, patinetes, notebooks, brinquedos e até mesmo em lanternas para uso em áreas classificadas (há registro de explosão de uma delas quando estava em processo de certificação em laboratório americano).

A exigência na edição 6 de uma “declaração do fabricante” que a bateria li-íon era segura para uso em dispositivo Ex i, sem necessidade de ensaios adicionais, era inócua, não oferecendo qualquer garantia de segurança aos usuários.

Mesmo na edição atual, liberar uma bateria nova, sem uso, e que tenha explodido durante os ensaios para uso em áreas zona 2 (Ex ic), especialmente sabendo-se que as características de isolamento interno das baterias de íons de lítio sofrem deterioração com o tempo, é inaceitável.

Os riscos das baterias de íons de lítio estão detalhados no webinar realizado pela revista Eletricidade Moderna, disponível gratuitamente em: https://bit. ly/3juXiBo

O impacto das mudanças

Esta nova edição impactou os fabricantes de dispositivos Ex i, de diferentes formas, dependendo do estágio de desenvolvimento de seus produtos. A tabela, na página 70, apresenta um resumo dos impactos.

Parte de 26–28 AGO 2025

A Power2Drive é uma feira internacional focada em infraestrutura de carregamento e eletromobilidade, reunindo fornecedores, operadoras de postos de recarga, fabricantes, instaladoras e administradoras de frotas e energia. O evento destaca sistemas de recarga, veículos elétricos, baterias de tração e serviços de mobilidade, além de apresentar soluções inovadoras para energias renováveis e mobilidade sustentável.

NO BRASIL

Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 23 e 24 de abril de 2025. Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www. intersolar-summit-brasil.com/nordeste.

Sendi – A edição de 2025 do Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica será realizada entre 26 e 30 de maio, no Expominas, em Belo Horizonte. A programação inclui palestras com especialistas nacionais e internacionais cobrindo quatro áreas principais: Comercial, Inovação, Institucional e Técnica. As categorias contemplam mais de vinte temas relacionados à infraestrutura de fornecimento de energia, novas tecnologias, operação e gestão de sistemas, qualidade e eficiência energética, sustentabilidade, entre outros. Até o dia 9/12, a organização espera receber trabalhos técnicos de pesquisadores, acadêmicos e profissionais da indústria, inclusive estrangeiros. Mais informações sobre o evento: sendi.org.br

Enase – O Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico acontecerá nos dias 11 e 12 de junho de 2025 no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro, RJ. O evento pretende discutir as perspectivas para o setor elétrico, visando networking e negócios. Serão realizados painéis com a presença de especialistas e autoridades no setor. Mais informações em www.enase.com.br.

The smarter E – O evento The smarter E South America vai acontecer de 26 a 28 de agosto de 2025 em São Paulo, SP. Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-orga-

nização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br. FIEE – A 32 a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade , organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www.fiee. com.br.

Intersolar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro de 2025 será realizado no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www. intersolar-summit-brasil.com/sul .

CURSOS

Dimensionamento de cabos – A Cobrecom, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, oferece o curso Dimensionamento de fios e cabos elétricos , que aborda aspectos como escalas, pontos de carga e diagramas, quedas de tensão, circuitos de iluminação, seções dos condutores, entre outros. O curso é gratuito e on-line, e está disponível no site https://parceirodacons trucao.com.br. A empresa também oferece outros três cursos por meio da plataforma Parceiro da Construção, que tratam de temas como “Condutores elétricos: o que é preciso saber na hora de instalar”; “Condutores Elétricos: Aplicação dos Fios e Cabos” e “Introdução à Eletricidade”. Treinamento Ex – A Tramontina mantém a Cabine de Treinamento para instalações em ambientes com atmosferas explosivas e áreas industriais, localizada em Carlos Barbosa (RS). O ambiente está equipado com

painéis, luminárias, botoeiras, caixas de ligação, plugues e tomadas com proteções “Ex e” (segurança aumentada), “Ex d” (à prova de explosão) e “Ex t” (proteção contra ignição de poeiras), a fim de proporcionar uma experiência prática e teórica aos participantes. Os interessados podem obter mais informações por meio do site https://global. tramontina.com/atmosferas-explosivas ou telefone (54) 99981.1022.

Indústria – A Mitsubishi Electric promove diversos webinars gratuitos, com carga horária aproximada de uma hora. As sessões online abordam inteligência artificial em inversores de frequência, redes industriais, regeneração de energia elétrica, robôs industriais, certificação LEED, entre outras. Inscrições no site mitsubishielectric.com. br/webinars. A companhia lançou recentemente mais um curso em sua plataforma EAD: Configuração Rápida do Inversor FRE800, que visa abordar recursos como ligação de entrada e saída, parâmetros básicos para sua operação, configuração dos parâmetros, habilitação de seu funcionamento, parada de segurança e retomada dos parâmetros de fábrica. O curso está disponível no link https://mitsubishielectric.eadplata forma.app/.

NO EXTERIOR

Opal-RT – As conferências regionais da OPAL- RT abordam aspectos da simulação em tempo real. Os eventos compreendem workshops práticos, palestras e sessões técnicas cobrindo diversos tópicos, como sistemas de energia, conversão de energia, mobilidade elétrica, etc. Sob o slogan “Eletrizando o mundo além do tempo real”, o evento visa incentivar a inovação e promover soluções melhores e mais sustentáveis. Uma edição do evento será realizada na Índia (17 e 18 de dezembro). Informações em www.opal-rt.com.

Transição energética

Usinas eólicas e fotovoltaicas estão no cerne da transição energética e da descarbonização do setor no Brasil. Para prevenção de conflitos e sucesso dessa trajetória, deverão ser equacionadas capacidades energéticas renováveis, modus operandi dos empreendedores, condições de autorização da administração pública, administração de riscos de perda de qualidade, tipos de danos, impactos, poluição e outros incômodos associados.

Tudo é dito no Boletim do IPEA em 33 páginas, assinadas por Flavia W. Frangetto, Luiz Gilvan Meira Filho e Cristina Amorim. Os autores contextualizam demandas sociais reais e hipotéticas e comentam opções estrangeiras, especialmente da União Europeia.

Itaipu

A Binacional repassará R$ 81 milhões para uma cooperativa ligada ao Movimento sem Terra (MST). Assim será pelo convênio de assistência técnica e extensão rural para 2.500 famílias assentadas no Paraná, cedendo este montante para a CCA-PR – Cooperativa Central da Reforma Agrária do Paraná, com participação da Fundação Parque Tecnológico Itaipu, ligado à hidrelétrica. É um uso político de recursos de Itaipu, cujas tarifas poderiam custar metade das ainda praticadas pela usina hidrelétrica, cujas dívidas foram totalmente pagas e seu principal custo vinha sendo o serviço dessa obrigação. O ônus é dos consumidores de energia elétrica do Sul e Sudeste do país.

Pode-se lembrar que R$ 81 milhões é uma quantia modesta no caixa de uma empresa deste porte. Pode-se afirmar que 2.500 famílias merecem um benefício social, entre inúmeros exercidos no Paraguai e no Brasil, ações bastante distantes do fornecimento de energia

elétrica às sociedades. A questão é que o consumidor brasileiro não pode seguir substituindo os Tesouros federal, estadual e municipal em suas políticas públicas, arcando em suas faturas mensais de energia elétrica com tributos e encargos próximos de 50% do total.

Renováveis e operação

Desde 2019, o Nordeste brasileiro vem exportando energia elétrica para o Sudeste/Centro-Oeste e para o Norte, sendo kWh predominantemente solar e eólico, como observa o ativista Daniel Lima. Sem essa energia o sistema teria entrado em colapso, diz Lima. O fortalecimento das linhas de transmissão é como um cateter num ser humano que salva vidas. Todavia, cabe esclarecer que quando o sol se põe e os ventos fraquejam, fatalidade incontrolável, termelétricas e hidrelétricas têm substituído a intermitência das duas fontes renováveis. A gestão dessa complexidade – por parte do Operador Nacional do Sistema –passa por cima do manejo das grandes linhas de transmissão que bruscamente ficam, em termos pontuais, ociosas ou sobrecarregadas. Também será preciso atentar para o sistema como um todo aguentando geração sem inércias, ou seja, uma intermitência levada aos grandes centros de carga. Certamente a armazenagem de energia para essas vacuidades deverá despontar, seja sob a forma de baterias, das nucleares, da repotenciação de velhas usinas hidrelétricas, pela transformação de usinas em reversíveis, pela expansão da geração a gás e que tais.

Precarização da fiscalização

A Agência Reguladora de Serviços no Estado de São Paulo, que se responsabiliza por energia elétrica e gás, no qual o Estado é o Poder Concedente, vem so -

frendo com ação indevida do governo federal. O Tesouro Federal se apropria de quase metade da arrecadação na cobrança das faturas dos consumidores de energia elétrica, dinheiro carimbado para abastecer os cofres da Aneel –Agência Nacional de Energia Elétrica. É um encargo. No entanto, há muitos anos, o erário toma parte dessa verba para si, para diminuir o déficit público fiscal. Ou seja, transforma encargo em, na prática, imposto. Tudo nas costas da sociedade, da economia, da competitividade e produtividade brasileira. Cabe à Aneel repassar verbas para os Estados. Em São Paulo, deveria receber mais recursos na Arsesp, de modo a cumprir suas finalidades: fiscalizar, normatizar e mediar conflitos. O linchamento que floresce na mídia contra agências reguladoras, distribuidoras e agentes do setor elétrico tem raízes no Poder Executivo federal. Em consequência, a Arsesp tem apenas 24 fiscais para todo Estado de São Paulo para fiscalizar 7 distribuidoras, 12 permissionárias, dezenas de geradores (por exemplo usinas de açúcar e álcool), além das demais instalações de Transmissão – DIT. Vê-se assim a precarização do serviço.

Produtos

Iluminação industrial

A Tramontina, por meio da divisão IPEX, fornece soluções em iluminação para o mercado industrial, como a linha de luminárias LED High Bay UFO - Série Hélios, projetada para proporcionar eficiência energética, durabilidade e segurança em ambientes de fábricas, armazéns, oficinas, áreas de produção e centros de distribuição, entre outros. Os equipamentos oferecem grau de proteção IP65 e faixa de temperatura ambiente de -40°C a +50°C. Possuem diferentes configurações de potência (100 W, 150 W e 200 W) e alguns modelos dispõem de duas opções de LEDs,

proporcionando flexibilidade e eficiência luminosa de até 190 lm/W. Há opções de temperatura de cor de 3000 k a 5700 k. Contam com vida útil de 50.000 horas e baixo consumo de energia. Segundo a empresa, a instalação das luminárias é rápida e fácil, podendo ser fixadas no teto ou na parede, por meio de suportes angulares ou olhais, que permitem ajustes de ângulo para direcionar a luz conforme necessário. Para auxiliar os clientes na escolha da configuração mais adequada conforme o ambiente industrial, a Tramontina oferece suporte técnico especializado, incluindo estudos luminotécnicos básicos e sem custos adicionais. www.tramontina.com.br

Software

A versão 6.7 do software voltado para a área de energia Elipse Power, desenvolvida pela Elipse Software,

apresenta novas funcionalidades na ferramenta de arquivamento de alarmes e melhor desempenho nos objetos consultas e no gerenciamento de memória do sistema, afirma a empresa. Outro destaque da atualização é a otimização do gerenciamento de memória do sistema, o que resulta em um desempenho aprimorado e mais estável, especialmente em ambientes que demandam alto consumo de recursos. O Elipse Power oferece um ambiente integrado de comunicação, modelagem e análise, constituindo um moderno sistema EMS (Energy Management System)/ ADMS (Advanced Distribution Management System), com aplicação em centros de operação para geração, transmissão, distribuição e grandes plantas industriais. Com sua arquitetura integrada, permite acesso às informações necessárias para o processo de operação de redes de energia. Segundo a empresa, proporciona aumento da eficiência e redução de custos operacionais. www.elipse.com.br

Monitoramento

e controle de acesso

A Briskcom, provedora de soluções de conectividade e segurança via satélite, desenvolveu uma tecnologia de monitoramento e controle de acesso voltada ao setor elétrico, com o objetivo de reduzir furtos. Segundo a empresa, mecanismos de vigilância são essenciais para mitigar a inoperabilidade da energia devido às invasões. A solução permite que as equipes responsáveis monitorem ativos de parques operacionais à distância, controlando a entrada e saída de pessoas em locais com acesso restrito e, caso necessário, acionando forças de segurança públicas ou privadas. A visibilidade se dá por meio de um software próprio, que permite o re-

cebimento de alertas de segurança e programação de ações corretivas. Para a companhia, este modelo de monitoramento também fortalece a conectividade dos ativos em locais remotos, já que a comunicação em tempo real aumenta a produti-

vidade das operadoras e, em caso de problemas, agiliza os planos de contingência para os períodos prolongados de inatividade. www.briskcom.com.br

Inteligência Artificial

A Hitachi Energy lançou uma nova solução de previsão de energia baseada em inteligência artificial (IA), a Nostradamus AI Voltada às concessionárias, operadores de sistemas de energia, produtores de energia e comerciantes, a solução visa fornecer previsões altamente precisas para casos comuns de uso específico de energia. Segundo a empresa, a Nostradamus AI é um mecanismo moderno, que gera previsões estimadas 20% mais precisas do que as metas da indústria. A solução otimiza investimentos em energia, estratégias comerciais e oportunidades de receita, simplifica eficiências operacionais, planejamento de recursos e garante transparência para conformidade regulatória, afirma a empresa. Incorpora dados do usuário para fornecer previsões personalizadas específicas de energia, para gerenciar portfólio e tomar decisões. Segundo a empresa, os usuários podem conectar seus dados próprios e de terceiros e

parâmetros exclusivos aos modelos pré-ajustados e prontos para uso da Nostradamus AI para gerar previsões para carga do sistema, geração eólica, geração solar, preços de mercado, etc. O mecanismo de IA pode, por exemplo, gerar previsões para a geração renovável de uma única turbina eólica e fazenda solar ou milhares de pontos de carga diferentes, destaca a Hitachi. www.hitachi.com

Gestão otimizada

A Schneider Electric desenvolveu uma nova funcionalidade com inteligência artificial (IA) no aplicativo Wiser Home, que proporciona a gestão otimizada de energia para duas cargas residenciais: aquecedores de água e carregadores de veículos elétricos. Oferece monitoramento, controle e otimização de energia, bem como permite a gestão automatizada de cargas e o agendamento preditivo do consumo adaptado ao estilo de vida dos usuários. Como um algoritmo preditivo, a IA aprende com os hábitos e preferências dos usuários e utiliza previsões meteorológicas em tempo real, dados tarifários, limites contratuais de energia e capacidade de produção solar para otimizar a economia de energia. A funcionalidade de IA determina os momentos mais econômicos para alimentar o carregador de veículos elétricos ou aquecer a água, considerando previsões meteorológicas e tarifas dinâmicas.

www.se.com

A Arval, empresa especialista em soluções de mobilidade do Grupo BNP Paribas, lançou o Guia para Condutores de Carros Elétricos, que tem o objetivo de ajudar na condução e carregamento do VE, para uma melhor experiência. Segundo a empresa, uma das metas é ensinar a prolongar a vida útil da bateria do VE, além de outras importantes dicas para o dia a dia. A publicação é dividida em três grandes tópicos: Especificações (informações gerais da bateria), Carregamento e Condução. Entre as dicas, estão informações sobre o tipo de conector a ser utilizado, que vai depender do tipo de corrente elétrica usada. O carregamento lento (nível 1) usa conector do tipo A (20 A), e é indicado para ambientes domésticos ou qualquer tomada elétrica padrão. A recarga moderada (nível 2) usa conector tipo 2, e demora de 3 a 8 horas para carregar, disponível em casas com estações de carregamento dedicadas, local de trabalho e em estações de carregamento públicas. Já o carregamento rápido leva de 30 a 60 minutos para carregar a bateria e o ultrarrápido carrega a

Índice de anunciantes

bateria entre 20 a 40 minutos, dependendo da sua capacidade e da infraestrutura de carregamento. O guia também apresenta informações sobre como preservar a autonomia e a vida útil da bateria e como carregar com segurança e poupar tempo e dinheiro em casa. O guia completo pode ser acessado gratuitamente em www.arvalbrasil.com.br/sites/ default/files/157/2024/07/GUIA%20DE%20 CONDUTORES%20DE%20CARROS%20 EL%C3%89TRICOS.pdf

Proteção de redes elétricas híbridas CA-CC

O livro Proteção de sistema de rede de energia em grande escala híbrida CA-CC , publicado em parceria entre as editoras China Electric Power Press e Editora Bra-

sileira de Arte e Cultura, divulgado pelo Grupo CPFL, apresenta um estudo sobre a proteção de redes elétricas híbridas de corrente alternada (CA) e corrente contínua (CC). As redes híbridas CA-CC combinam corrente alternada e corrente contínua para melhorar a eficiência no transporte e distribuição de eletricidade. A CA é usada para distâncias curtas e médias, enquanto a CC é ideal para longas distâncias devido à menor perda de energia. Escrita pelo especialista Xinzhou Dong, a obra aborda os principais desafios e soluções na proteção de redes híbridas CA-CC, que têm se tornado essenciais em países como China e Brasil, que operam infraestruturas elétricas de grande escala. Entre as inovações destacadas, a publicação apresenta técnicas avançadas para prevenir falhas interligadas, incluindo proteções de distância imunes a sobrecargas e métodos de controle de maré de emergência, os quais permitem respostas rápidas em momentos críticos, evitando reações em cadeia que podem impactar a estabilidade da rede. O livro é indicado para engenheiros, técnicos e acadêmicos.

www.grupocpfl.com.br/noticia/livroexplora-inovacoes-tecnologicas-paraprotecao-de-redes-eletricas-hibridas-ca-cc-e

Problemas não dão trégua

Se cada mulher chinesa, usando seus direitos humanos, quiser usar uma caixa de cotonetes, a equação oferta-demanda não dá conta, não fecha. Menos ainda se cada mulher na Índia desejar e puder comprar uma banheira de hidromassagem. Pragmaticamente, deve-se reconhecer os limites da Terra, com suas injustiças e desigualdades. E sonhar com o impossível.

A ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, Marina Silva, pede nos fóruns internacionais mais e melhor financiamento para atacar o problema: como voltar a ter água limpa nos rios e recuperar os oceanos transformados em esgotos? A humanidade está conduzindo o planeta com extinções de vida. Urge revisitar o

comunicar e provar os ganhos dos consumidores brasileiros ou da economia nacional.

Muitos se lembrarão que o Congresso Nacional nos obrigou a manter no porta-luvas de nossos automóveis umas bandagens, algodão e outras aberrações úteis aos socorristas para médicos. Agora teremos que adaptar eletricamente nossas residências para recarregarmos as baterias elétricas dos possantes nas garagens. A rede aguenta? Muitas vezes – as edificações antigas – não.

Haverá os carregadores de parede (wallbox) mais eficientes e rápidos que os móveis que vêm de fábricas. Ganham os fabricantes de fiações, quilômetros de fios haverão de ser trocados, além de disjuntores e outros dispositivos. Convém destacar de imediato que os incêndios das baterias de lítio sobrepujam incongruências de carregadores. Entrementes, especialistas indicam que os menores preços de instalação do sistema são da ordem de 4 mil Reais, mas somando com serviços auxiliares essenciais para ativar o dispositivo em operação não raramente atingem custos de 10 mil

“Impedindo maior

racionalidade,

eficácia e eficiência no setor elétrico brasileiro não faltam tolos, ignorância e má fé”

Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

Acordo de Paris, de 196 países (os Estados Unidos não fazem parte).

Um detalhe que causa espanto é a proliferação mundial dos veículos elétricos, sobre os quais já reiterei o comentário de que não melhoram a mobilidade urbana, são mais silenciosos, mas atropelam mais, usam insumos de fabricação eletrointensiva e mineração complexa (terras raras, lítio, cadmio, chumbo). Ou seja, não representam nenhum nirvana, mas a fonte de inúmeras novas preocupações.

A invasão chinesa desses veículos no Brasil está se processando, enquanto se atrasa a produção interna dessas marcas e a fração brasileira de fabricantes concorrentes se esgarça, pressionando pela tributação mais severa dos produtos estrangeiros. É briga de gente grande sem esforço para

Reais. Naturalmente, há entusiasmo nos fabricantes nacionais e estrangeiros por essas milhões de unidades, prestes a serem demandadas pelo mercado brasileiro, que vem sendo bombardeado pela opção chique e pouco ecológica das modernas carruagens.

Da armazenagem de potência e de energia dessas baterias encruadas nas garagens dos domicílios, não vamos tratar aqui agora, diante de um consumo nacional que cresce 4,5% neste ano. O que acontecerá quando milhões de veículos se deslocarem em fins de semana longos, qual será a demanda pontual no carregamento da frota nacional? Como otimizar o parque existente gerador, transmissor e distribuidor de energia com a eletrificação da frota que se avizinha? Hoje temos um corte na oferta de hidrelétricas e de térmicas quando o sol e a ventania alimentam as usinas

solares e eólicas intermitentes. Temos grandes consumidores que cortam carga em troca de pagamento. E um Operador Nacional do Sistema entulhado dessas novidades. Carecemos de baterias de grande porte para armazenar sobras fora da ponta de carga (aliás precisamos reestudar as topografias de carga). Pensa-se em multiplicar usinas hidráulicas reversíveis (que enchem reservatórios fora de ponta e despejam água nas horas convenientes). E como administrar as nucleares? Vamos re-potencializar as velhas hidrelétricas?

Qual algoritmo possibilitará a otimização do uso das redes de transmissão?

Problemas não dão trégua. Novembro de 2024 começa com a perspectiva de alta nos preços finais da energia elétrica para os consumidores. A Receita Federal publicou seu entendimento que eleva o Imposto de Renda na Fonte (IRPF) das transmissoras de kW. Na solução de consulta 250 da Cosit (Coordenação Geral de Tributação), vêse que pretendem elevar a margem de presunção de lucro de 16% para o IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e de 12% para o CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Antes eram de 12% e de 8%.

Impedindo maior racionalidade, eficácia e eficiência no setor elétrico brasileiro não faltam tolos, ignorância e má fé. São dezenas de interferências desta ordem, mormente provenientes do Congresso Nacional, injetando desordem na gestão do setor, insegurança jurídica, ignorância atroz do mundo elétrico e seu funcionamento, sendo o pior evento o esforço político do Planalto em desfigurar a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica.

O retrocesso lembra o antigo DNAEE – Departamento Nacional de Energia Elétrica, desfeito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, de modo a poder praticar as subsequentes privatizações da Escelsa e Light-RJ. Na época (1996/7), as raposas tomavam conta do galinheiro, a participação privada no setor era menor do que dois dígitos. Hoje a Aneel fiscaliza, media atritos entre agentes e normatiza o setor, sendo parte do Estado e não do governo, por isso mesmo objeto da gula política do Poder Executivo.

Corra o Brasil para onde for, mas que tenha clareza de que não haverá cotonete ou banheira de massagem para todo mundo. Plante algodão à vontade, perfure a foz do Amazonas atrás de óleo, teremos o desafio de nos integrarmos à América Latina e ao mundo. Principalmente haveremos de reeducar o ser humano para outro convívio com a Terra.

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