OS AVANÇOS E AS TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA ELETROELETRÔNICA
SUMÁRIO CAPA Perfuração e instalação de duto com método nãodestrutivo – perfuração direcional sob a rua. Foto: A.Lesik/ Shuttersrtock.
AUTOMAÇÃO
18
Diminuição do tempo de transmissão de detecção do arco O artigo apresenta uma proposta para redução de energia incidente em cubículos de entrada de uma subestação pela redução do tempo de transmissão de detecção de arco para a subestação principal utilizando comunicação baseada na norma IEC 61850. Foram utilizados IEDs associados a uma rede de comunicação de alta velocidade para transferência do sinal de proteção.
GUIA – 1
24
Motores elétricos de indução de alto rendimento O levantamento traz as características das linhas de motores trifásicos de fornecedores nacionais e estrangeiros. Desde fevereiro último, só podem ser comercializados no Brasil motores com índice de rendimento mínimo IR3 (Portaria Interministerial Nº 1, 29/6/2017). Os dados de rendimento, informados pelas próprias empresas listadas, referem-se a motores típicos na condição de 75% de carga.
MANUTENÇÃO DE LTs
26
Uso de drones para inspeção de linhas de transmissão Os drones tendem a reduzir o tempo de inspeção das linhas e aumentar a segurança dos trabalhadores, elevando a eficiência dos serviços de manutenção. Este artigo faz uma análise econômica por meio de um estudo de caso, comparando custos da inspeção tradicional com os de implementação e uso de drones, e aplicando ferramentas de apoio à análise comparativa para identificar as condições de inspeção mais adequadas.
GUIA – 2
36
Produtos para instalações elétricas prediais O guia descreve a oferta atual de dezenas de fornecedores de mais de 160 itens de instalações elétricas de baixa e média tensão, incluindo conjuntos de entrada MT/BT, produtos para medição, disjuntores, transformadores, condutores de energia, acessórios para cabos, vedações, itens para aterramento, comando, automação, segurança e outros. O guia contempla fabricantes e importadores, mas não revendedores.
DISTRIBUIÇÃO
Seções Carta ao Leitor No Circuito EM Ex Agenda Produtos Publicações Índice de Anunciantes Momento
4 6 58 60 62 65 65 66
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.
48
Filosofia moderna de redes subterrâneas eficientes e de menor custo Sistemas subterrâneos de distribuição de energia são tecnicamente superiores, mas também são caros. Mas quanto são caros? E de que tipo de redes subterrâneas falamos? Este artigo relata como, com o emprego de técnicas e filosofia diversas daquelas adotadas nas redes subterrâneas tradicionais no Brasil, foi possível reduzir muito o custo de implantação e acelerar as obras de instalação, minimizando transtornos para os centros urbanos.
GUIA – 3
54
Fornecedores de eletrocentros Muito usados em mineração, óleo & gás, siderurgia, concessionárias de energia e usinas eólicas, solares, etc., os eletrocentros têm aqui descritas as características de sua oferta no mercado nacional. Dada a quantidade de dados, que são os mais importantes para orientação ao usuário, eles estão dispostos em duas tabelas (a segunda é continuação da primeira). O guia só inclui empresas que fornecem eletrocentros completos.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis
OS AVANÇOS E AS TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA ELETROELETRÔNICA
CARTA AO LEITOR
Soluções técnicas para economia, eficiência e segurança MAURO SÉRGIO CRESTANI, Editor
A
pressão sobre os custos recrudesce quando diminui a demanda e aumentam inadimplência e custos, a exemplo do momento atual, lançando as empresas à busca de maneiras mais econômicas de tocar seu negócio. Na indústria de energia elétrica não é diferente, e nesta edição de EM se abordam soluções para otimizar processos nas concessionárias, sejam os de expansão, como no caso dos sistemas subterrâneos urbanos de distribuição, sejam os de manutenção preventiva, como na inspeção de linhas de transmissão. Uns como outros são tratados do ponto de vista da economia, mas também da praticidade, agilidade e modernização. No primeiro caso, com o relato da evolução das técnicas, equipamentos e componentes que possibilitam hoje construir sistemas urbanos de distribuição subterrâneos com uma fração do investimento antes demandado. A filosofia tradicional de construção dessas redes no Brasil, trazida dos EUA pelas companhias elétricas norte-americanas e canadenses que aqui atuaram no século passado, baseia-se na construção em alvenaria de valas, câmaras e poços, para abrigar os equipamentos de rede e as linhas. Além de mais caro, o método obriga à interdição de áreas consideráveis por longos períodos no meio urbano. Já com a metodologia dita “europeia”, que vem ganhando cada vez espaço no País, o lançamento de dutos é feito diretamente no solo, seja com a abertura de valas, seja usando perfuratrizes direcionais que fazem o furo e lançam os condutos (no chamado “método não-destrutivo”). Transformadores e outros equipamentos são instalados em cabinas construídas na superfície. As companhias de transmissão de energia elétrica vêm adotando recentemente veículos aéreos não-tripulados (VANTs), ou simplesmente “drones”, em inspeções de linhas aéreas de alta tensão. Como se verá na matéria aqui publicada, a solução é utilizada especialmente nas inspeções chamadas “expeditas”, que abrangem todas as estruturas de uma linha (atividade antes realizada a distância pelas equipes, com binóculos, a partir do solo), ou mesmo nas inspeções “específicas”, em que se examinam mais detidamente pontos da rede com indícios de problemas frequentes. Mas, como acontece com toda nova metodologia, a adoção dos VANTs exige preparação e cuidados, com o estabelecimento de rotinas bem definidas para as inspeções e um cálculo cuidadoso do custo-benefício. É essa proposta do trabalho em questão: avaliar a eficiência e viabilidade econômica da solução comparando diferentes situações para um mesmo trecho de LT, e calculando o payback time do investimento. Não apenas a produtividade, mas também a segurança pessoal se tem beneficiado da evolução da tecnologia. Atualmente, em grandes processos industriais, a detecção e proteção contra arcos elétricos em subestações já é realizada por IEDs (intelligent electronic devices) específicos para essa função. No estudo de caso que publicamos, a esses dispositivos associou-se uma rede de comunicação de alta velocidade com protocolos especificados na norma IEC 61850. Como se verá, o resultado foi uma redução de mais de 80% na energia incidente do arco. E, ainda falando em racionalização, eficiência econômica e eficiência energética (aliás, conceitos indissociáveis, ainda mais quando, mais uma vez, a segurança elétrica do País encontra-se ameaçada), destacam-se aqui os guias de compras de motores elétricos de alto rendimento e de eletrocentros, ou subestações pré-fabricadas. E, claro, nosso tradicional levantamento sobre os fabricantes e importadores de produtos para instalações elétricas de edificações.
PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett eliane.giacomett@arandaeditora.com.br Ivete Lobo ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo e Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho – cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – Rua Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 99728-3060; romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 981-799-661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou, Zhejiang 310004 (86-571) 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal tel.: +49 202 27169 13. fax: +49 202 27169 20 www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy:Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan – tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082 grquaini@tin.it Japan:Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 – tel: +81-(0)3-3263-5065, fax: +81-(0)3-3234-2064 aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu Seoul 134-070 – tel: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414. jesmedia@unitel.co.kr Switzerland:Rico Dormann - Media Consultant Marketing Moosstrasse 7,CH-8803 Rüschlikon tel.: +41 44 720-8550, fax: +41 44 721-1474. dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1; Taichung, 408 tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967. global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden):Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188 ekania@btinternet.com USA:Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY 11566-5209 – tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568. arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PRODUÇÃO Sarah Esther Betti, Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva. CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (011) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 12 000 exemplares ELETRICIDADE MODERNA, revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e corres pondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br
ISSN 0100-2104
Motores |
Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas
TÃO COMPLETO QUE A SUA EMPRESA VAI QUERER IR CADA VEZ MAIS LONGE Desenvolvidos para proporcionar o máximo de flexibilidade e customização para o seu negócio, os Eletrocentros WEG oferecem uma solução completa para diversas operações e em áreas de difícil acesso. Com eles, é possível integrar em uma plataforma única, os sistemas elétricos e de automação, com otimização de espaço e sem limitação de dimensões. Além disso, são entregues montados, interligados e testados em fábrica, com a garantia da maior fabricante brasileira de eletrocentros. Do jeito que a sua empresa precisa para ir cada vez mais longe.
Transformando energia em soluções.
www.weg.net
NO CIRCUITO
A
Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou recentemente o ranking da continuidade do serviço de 2020 de concessionárias de distribuição brasileiras, que é baseado na média aritmética simples das razões entre os valores apurados e limites anuais dos indicadores globais DEC e FEC (respectivamente, a duração média e frequência das interrupções de energia no ano). De acordo com a Aneel, após registrar quedas consecutivas nos últimos anos, os indicadores DEC e FEC apresentaram, ao longo do ano passado, seus menores valores históricos, tendo sido registrado, na média, disponibilidade do fornecimento de eletricidade de 99,869% do tempo. Os consumidores ficaram 11,50 horas em média sem energia (DEC) no ano, o que representa uma redução de 10,51% em relação a 2019, quando registrou-se 12,85 horas em média. A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente, reduzindo de 6,69 interrupções em 2019 para 6,03 interrupções em média por consumidor em 2020, o que significa uma melhora de 9,87% no período. Os dois indicadores em 2020 ficaram abaixo dos limites estabelecidos pela Aneel. Apesar da melhoria da qualidade, o valor de compensações pagas ao consumidor aumentou, passando de R$ 628 milhões, em 2019, para R$ 630 milhões, em 2020. Já a quantidade de compensações foi reduzida de R$ 80 milhões para R$ 79 milhões. As concessionárias de distribuição (46, no total) foram avaliadas no período de janeiro a dezembro de 2020, e divididas em dois grupos: com mais ou menos de 400 mil clientes (respectivamente, de grande e pequeno porte). No grupo das distribuidoras de grande porte, a CPFL Santa Cruz obteve pelo segundo ano 6
EM MAIO/JUNHO, 2021
DGC
Sigla
Empresa
Região
Tab. I – Indicador de desempenho global de continuidade das distribuidoras com mais de 400 mil unidades consumidoras Posição
ANEEL AVALIA SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO
1o 0,56 CPFL Santa Cruz
Companhia Jaguari de Energia
SE
2º 0,61 Equatorial PA
Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A.
NO
3
Companhia Energética do Rio Grande do Norte
NE
3o 0,62 ESS
Energisa Sul-Sudeste - Distribuidora de Energia S.A.
SE
5o 0,63 EMT
Energisa Mato Grosso - Distribuidora de Energia S.A.
CO
5o 0,63 ETO
Energisa Tocantins Distribuidora de Energia S.A.
NO
7o 0,69 EMG
Energisa Minas Gerais - Distribuidora de Energia S.A.
SE
8o 0,70 Equatorial MA
Companhia Energética do Maranhão
NE
8o 0,70 EMS
Energisa Mato Grosso do Sul - Distribuidora de Energia S.A.
CO
10 o 0,71 EDP ES
Espírito Santo Distribuição de Energia S.A.
SE
o
0,62 Cosern
o
11
0,73 EPB
Energisa Paraíba - Distribuidora de Energia S.A.
NE
12
o
0,75 ESSE
Energisa Sergipe - Distribuidora de Energia S.A.
NE
13
o
0,78 Copel
Copel Distribuição S.A.
SU
13
o
0,78 CPFL-Piratininga
Companhia Piratininga de Força e Luz
SE
15
o
0,79 Coelba
Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
NE
16
o
0,81 Celesc
Celesc Distribuição S.A.
SU
16
o
0,81 Elektro
Elektro Redes S.A.
SE
18
o
0,82 Celpe
Companhia Energética de Pernambuco
NE
18
o
0,82 Cemig
Cemig Distribuição S.A.
SE
18o 0,82 RGE Sul
RGE Sul Distribuidora de Energia S.A.
SU
21o 0,83 CPFL-Paulista
Companhia Paulista de Força e Luz
SE
22o 0,85 EDP SP
EDP São Paulo Distribuição de Energia S.A.
SE
22o 0,85 Light
Light Serviços de Eletricidade S.A.
SE
24o 0,88 Enel SP
Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A.
SE
25o 1,00 CEB
CEB Distribuição S.A.
CO
25o 1,00 Enel RJ
Ampla Energia e Serviços S.A.
SE
Celg Distribuição S.A.
CO
Companhia Energética do Ceará
NE
Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica
SU
o
27
1,14
28
o
Enel GO
1,24 Enel CE
29 o 1,70 CEEE
consecutivo o primeiro lugar no ranking de qualidade do fornecimento de energia. A empresa também foi destaque em valores absolutos de DEC e FEC, registrando um índice de 4,89 horas sem energia – 3,30 horas abaixo do limite estabelecido pelo órgão regulador – e o também o melhor FEC absoluto com 3,68 de frequência de interrupções.
Em segundo lugar, ficou a Centrais Elétricas do Pará (Equatorial PA), e a terceira posição ficou empatada entre a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) e a Energisa Sul-Sudeste - Distribuidora de Energia (ESS). As distribuidoras que mais evoluíram em 2020 foram a CPFL-Piratininga, com um avanço
DGC
1o
0,12
Muxenergia
Muxfeldt Marin e Cia Ltda
SU
2
o
0,27
EBO
Energisa Borborema - Distribuidora de Energia S.A
NE
3
o
0,37
EFLJC
Empresa Força e Luz João Cesa Ltda
SU
4
o
0,42
Eflul
Empresa Força e Luz De Urussanga Ltda
SU
5
o
0,53
DMED
Dme Distribuição S.A.
SE
6
o
0,54
ELFSM
Empresa Luz e Força Santa Maria S/A
SE
Sigla
Empresa
Região
Posição no ranking
Tab. II – Indicador de desempenho global de continuidade das distribuidoras com unidades consumidoras menor ou igual a 400 mil
o
7
0,55
DCELT
Dcelt - Distribuidora Catarinense de Energia Elétrica Ltda
SU
8o
0,57
ENF
Energisa Nova Friburgo - Distribuidora de Energia S.A.
SE
9o
0,60
Chesp
Companhia Hidroelétrica São Patrício
CO
10 o
0,61
Hidropan
Hidropan Distribuição de Energia S.A.
SU
11o
0,62
Sulgipe
Companhia Sul Sergipana de Eletricidade
NE
12o
0,72
Uhenpal
Nova Palma Energia Ltda
SU
13o
0,73
Eletrocar
Centrais Elétricas de Carazinho S.A.
SU
14o
0,81
Demei
Departamento Municipal de Energia de Ijuí
SU
15
o
0,82
Cooperaliança
Cooperativa Aliança
SU
16
o
0,85
Cocel
Companhia Campolarguense de Energia
SU
-
Forcel
Força e Luz Coronel Vivida Ltda
SU
17
o
(1)
(1) A distribuidora, de forma reiterada, não apresentou a certificação do processo de coleta e apuração dos indicadores de continuidade.
de nove posições, e a Celesc, que subiu sete posições em comparação ao ano de 2019. As últimas colocadas foram: Enel GO (27o), Enel CE (28o) e CEEE-D (29o). As concessionárias que mais regrediram no ranking foram a Enel SP, que registrou queda de nove posições, e as empresas Celpe e CPFL Paulista, com recuo de seis posições em comparação a 2019 (veja tabela I). Das empresas com até 400 mil consumidores, as melhores foram: Muxfeldt Marin e Cia. (RS) em primeiro, Energisa Borborema (PB), em segundo, e a Empresa Força e Luz João Cesa (SC), em terceiro. As distribuidoras que mais evoluíram em 2020 foram a Uhenpal (avanço de quatro posições) e as empresas DCelt e Chesp, que subiram duas posições em comparação com o ano de 2019. As últimas nesse grupo foram Cooperaliança (15o), Co-
cel (16o) e Forcel (17o). As concessionárias que mais regrediram no ranking foram Cocel, Sulgipe, Hidropan, ENF e DMED, com recuo de duas posições em comparação a 2019 (tabela II). Foram excluídas do ranking as distribuidoras Amazonas Energia, CEA, Equatorial Alagoas, Equatorial Piauí, Energisa AC, Energisa RO e Roraima Energia, as quais estiveram sob o regime de designação, com limites de indicadores flexibilizados, não permitindo uma comparação adequada com as demais empresas, de acordo com a Aneel. Além disso, CEA e Forcel não apresentaram a certificação junto à Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade – SFE do processo de coleta e apuração dos indicadores de continuidade DEC e FEC, com base nas normas da ISO 9000, como exige a Aneel. Desta forma, a Forcel foi classificada na última posição, e a CEA já não partici-
paria do ranking em função da situação já descrita. De acordo com a Aneel, o ranking, publicado anualmente, é um instrumento que incentiva as concessionárias a buscarem a melhoria contínua da qualidade do serviço, e, desde 2013, é considerado na movimentação tarifária das distribuidoras.
BRASIL TEM NOVA EMPRESA DE MOBILIDADE ELÉTRICA
O
mercado brasileiro conta com mais uma empresa de consultoria com foco em mobilidade urbana elétrica. Batizada de Uenergy, a startup de tecnologia e soluções de mobilidade corporativa focada em veículos elétricos do Brasil, pertencente à UCorp, tem o objetivo de apoiar as organizações no desenvolvimento e implementação de um planejamento de mobilidade corporativa e elétrica. A consultoria é resultado da aliança estratégica entre a UCorp e as empresas Infra Solar, plataforma baseada em inteligência artificial para o mercado de energia, e InCharge, desenvolvedora de carregadores de veículos elétricos. De acordo com o CEO e fundador da UCorp, Guilherme Cavalcante, um dos desafios para impulsionar a mobilidade de carros elétricos está na infraestrutura para postos de carregamento. “Observamos que apesar dos esforços das empresas em estruturar um projeto de eletrificação de frotas, muitos deles tornam-se ineficientes por falta de consultoria durante as fases de estruturação e implementação. Por isso, queremos ser fonte de apoio às organizações no planejamento de mobilidade corporativa e elétrica”, ressalta o executivo. A empresa desenvolveu uma plataforma de gestão de energia em tempo real com uma abordagem tecnológica MAIO/JUNHO, 2021 EM
7
NO CIRCUITO de análise avançada de dados, por meio da inteligência artificial, com o objetivo de oferecer às empresas visibilidade dos dados de utilização de energia elétrica em tempo real, bem como conectar pontos de recarga a uma plataforma on-line. De acordo com a companhia, a gestão eficiente de frotas eletrificadas permitirá mais segurança nos deslocamentos, o mapeamento dos locais com alto índice de acidentes, gerando alertas, bem como indicadores de onde e quando carregar os veículos com eficiência, além da predição da necessidade de manutenção, o que permite reduzir custos. De acordo com a Fenabrave, o setor de carros híbridos e elétricos teve alta de 66,5% nos emplacamentos, em 2020. O mercado saltou de 11.858 unidades em 2019, para 19.745 em 2020. Outro impulso foi a recente aprovação do Projeto de Lei 1256/2019 pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que autoriza o Governo de São Paulo a promover uma política estadual para incentivar o uso de veículos eletrificados. A previsão é de que ocorra uma migração da frota de veículos do governo estadual para modelos elétricos. Até 2025, 10% da frota veicular da Polícia Militar, Polícia Civil e Detran deverá dispor de propulsão elétrica; e 5% no transporte coletivo. Para 2035, cerca de 90% dos veículos do Estado de São Paulo deverão ter motorização elétrica. Atualmente, a UCorp desenvolve projetos para diversos players do mercado, como VEC Itaú, BMW Sharing, Mercedes-Benz, EDP, ConectCar, Arval e Enel-X.
GE desenvolve equipamento para verificação de turbinas
A
GE Renewable Energy desenvolveu uma solução robótica para inspeções subaquáticas de turbinas hidrelétricas. Com base em veículos submarinos operados remotamente (ROV) equipados com sensores e câmeras, a tecnologia é capaz de verificar áreas difíceis de serem alcançadas em qualquer tipo de turbina hidrelétrica, sem a necessidade de tirar o equipamento da água. Segundo a GE, a nova metodologia de avaliação permite inspeções sob demanda e de alta qualidade com resultados equivalentes às inspeções visuais fora da água, sem a necessidade de que uma equipe entre no limitado espaço de uma turbina. Ainda segundo o grupo norte-americano, o projeto personalizado do ROV é o primeiro na área de avaliação de condições de hidrelétricas, “uma vez que a nova solução é capaz de realizar inspeções entre as palhetas do rotor de uma turbina em aberturas menores do que 200 mm”, diz a empresa em comunicado.
Casimiro Montenegro Filho (FCMF), desenvolveu um robô submarino para a inspeção de túneis de abastecimento de usinas hidrelétricas. O projeto de R$ 4,5 milhões visa garantir mais segurança às operações de verificação da integridade estrutural de locais inacessíveis. O robô está em fase de teses no Complexo Ceran, no Rio Grande do Sul, e a ideia é operá-lo de forma autônoma, ou seja, sem piloto. Por meio de um plano de funcionamento, o dispositivo percorrerá um túnel com aproximadamente 7 km, totalmente submerso, em inspeções periódicas. Nesta atividade, o robô mapeia em 3D as paredes internas do túnel por meio
CPFL CRIA ROBÔ SUBMARINO PARA INSPEÇÃO EM UHEs
A
CPFL Energia, em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a Fundação 8
EM MAIO/JUNHO, 2021
Sistema utiliza veículos submarinos operados remotamente (ROV) e permite detecção com mesmo nível da inspeção visual
O sistema pode detectar os mesmos defeitos observados em uma inspeção visual convencional: erosão, cavitação, corrosão, marcas de impacto e presença de corpos estranhos. O processo de validação da solução foi realizado em cinco usinas hidrelétricas do Canadá, com inspeção de comportas de captação, turbinas verticais e horizontais e os portões de jusante.
de dados obtidos por um sonar, verifica a integridade da estrutura e identifica possíveis obstruções da passagem da água, o que poderia prejudicar a eficiência do sistema da usina. Segundo comunicado da CPFL, o robô é uma solução de baixo custo e garante o funcionamento do sistema submerso de túneis de adução de usinas hidrelétricas, que, por causa das características do seu ambiente operacional, impossibilitam a ação de mergulhadores. O primeiro protótipo desenvolvido opera de forma cabeada e, de acordo com a empresa, já está em fase de construção um segundo protótipo, que terá a possibilidade de operar de forma autônoma.
ISA CTEEP INICIA TRECHO SUBAQUÁTICO DA IE BIGUAÇU Em parceria com o ITA e a FCMF, o projeto de R$ 4,5 milhões visa mais segurança nas operações
A
empresa de transmissão ISA CTEEP iniciou a obra do trecho subaquático na Baía do Norte da
OS MOTORES COM O MELHOR RENDIMENTO DO MERCADO! Proporcionando redução . no consumo de energia elétrica
DIFERENCIAIS
MOTORES TRIFÁSICOS
Rendimento aprovado pelo Inmetro
Bobinados com fio de cobre
Classe de isolamento F: Suporta até 155º C
Mais de 500 Postos autorizados em todo Brasil
NO CIRCUITO Interligação Elétrica (IE) Biguaçu, localizada no estado de Santa Cata rina, após obtenção da Licença Ambiental de Instalação emitida pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O investimento de todo o projeto é de R$ 641 milhões e o prazo estipulado para energização é setembro de 2023. O empreendimento, arrematado no lote 01 do leilão de transmissão reali zado em junho de 2018, conta com a ampliação de uma subestação e a cons trução de outra e de uma linha de trans missão de 230 kV com dois circuitos de 28 km cada, incluindo trechos aéreos, submarinos e subterrâneos. A obra visa a maior segurança e confiabilidade no fornecimento de ener gia elétrica na região metropolitana de Florianópolis. “Seguindo o critério de contingência das capitais do Brasil, Flo rianópolis deve ser abastecida por dois ou mais sistemas de transmissão. Atual mente, o município tem apenas um in terligado à rede básica. Com a IE Bigua çu, serão três, evitando a interrupção do fornecimento de energia, em caso de saída de operação dos circuitos exis tentes”, explica Dayron Urrego, diretor executivo de projetos da ISA CTEEP. Para a implantação da linha de transmissão no trecho submarino, serão utilizados seis cabos condutores, com extensão média de 13 km, lançados em valas executadas no leito marítimo, com profundidade de um metro, a partir da praia em Biguaçu. Em seguida, os cabos serão enter rados com o auxílio de um dispositivo com jatos d’água, técnica que mini miza o revolvimento e a dispersão de sedimentos, segundo a empresa. Além disso, serão aplicadas outras técnicas de preservação, como a baixa rotação do motor da balsa e o uso de cabos blinda dos e isolados. Ao término da obra, será realizada avaliação da restauração das condições morfológicas do leito após a implantação dos cabos na Baía Norte. Durante todo o período de instala ção da linha de transmissão desse tre 10 EM MAIO/JUNHO, 2021
Empresa convida EPE para P&D de planejamento
A
transmissora ISA CTEEP convidou a EPE - Empresa de Pesquisa Energética para participar do projeto de P&D Aneel chamado “Planejamento integrado e flexível de sistemas de transmissão”. O objetivo da pesquisa é fomentar a preparação do planejamento da transmissão de energia elétrica frente à crescente entrada das fontes renováveis intermitentes e da geração distribuída e de tecnologias de armazenamento.
Projeto P&D da Aneel visa criar planejamento para nova realidade do setor de transmissão
O acordo entre as empresas compreende o desenvolvimento de metodologias e o aprimoramento de ferramentas computacionais para auxiliar a avaliação do planejamento do sistema, considerando a análise de um portfólio de tecnologias que maximizem a flexibilidade da rede de transmissão. Além disso, está prevista a elaboração de propostas regulatórias para incentivar a adoção do portfólio mais eficiente e para assegurar a remuneração dos investimentos. Iniciado em meados de 2020 e com duração de 24 meses, o projeto tem investimento previsto de aproximadamente R$ 5 milhões e conta, também, com a participação das empresas de soluções tecnológicas no setor de energia elétrica, como as consultorias PSR, HPPA e MRTS.
cho, a companhia utilizará duas balsas, uma de lançamento dos cabos (75 metros de comprimento e 25 metros de largura) e outra de enterramento (21 metros de comprimento e 6,5 metros de largura), além de emitir o aviso aos navegantes pela Capitânia dos Portos e de manter barcos de apoio para garantir a zona de segurança da balsa – mais de 3 km – e acompanhamento de especia listas in loco e drones que vão possibi
litar a continuidade de atividades importantes, como a pesca.
ENGIE ASSINA PPP DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A
Engie, que atua em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas, assinou recentemente um contrato com a Prefeitura de Petrolina (PE) de PPP de Iluminação Pública do município, estruturado com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Com isso, a companhia passará a operar o parque de iluminação da cidade, com o compromisso de substituir as 37 mil luminárias por equipamentos de LED em um período de 12 meses. O contrato tem prazo de 20 anos e prevê a modernização, expansão e manutenção da infraestrutura de iluminação da cidade, beneficiando cerca de 350 mil pessoas. Além da substituição de luminárias, a Engie vai implantar um Centro de Controle Operacional e sistemas de gestão nas principais vias públicas da cidade, com o objetivo de economizar pelo menos 50% da energia consumida pela iluminação pública do município. Também está prevista a implantação de sistemas inteligentes de operação e monitoramento remoto para iluminação de realce e destaque das vias públicas mais importantes da cidade e investir em um projeto de iluminação de monumentos e pontos turísticos de Petrolina. A Engie opera cerca de 400 mil pontos de luz no Brasil, em cidades como Florianópolis, Joinville, Blumenau e Santos, além da PPP de Uberlândia que já está em fase de implantação. No mundo, o total é de 1,5 milhão de pontos. MAIO/JUNHO, 2021 EM
11
NO CIRCUITO NEONERGIA CRIA ALGORITMO PARA FALHAS
A
Neoenergia está desenvolvendo, em parceria com o centro de inovação da controladora Iberdrola, no Qatar, um algoritmo capaz de predizer possíveis falhas nos equipamentos de telecomunicação e de smart grid na rede de distribuição de energia. Segundo a empresa, o resultado tem precisão de análise superior a 90% em eventos que podem ocorrer em até 24 horas, garantindo maior disponibilidade dos dispositivos e reforçando a confiabilidade no fornecimento de energia. A inovação está sendo aplicada no Centro de Gerenciamento de Redes Inteligentes (Cegri), local que faz a gestão de todas as operações de telecomunicações e de redes inteligentes das distribuidoras da Neoenergia no Brasil. Além disso, a tecnologia faz o monitoramento dos equipamentos digitais utilizados nas operações das redes de energia, como religadores, medidores, sensores e transformadores inteligentes. O Cegri monitora mais de 75 mil dispositivos e coleta dados que chegam a 10 gigabytes por dia. O algoritmo,
12 EM MAIO/JUNHO, 2021
Projeto em parceria com a controladora Iberdrola tem precisão de análise superior a 90%
segundo a Neoenergia, transforma os dados em informação para contribuir na tomada de decisão. Para o desenvolvimento da tecnologia, foram utilizados quatro parâmetros. O primeiro é a perda de pacotes — a cada cinco minutos, o sistema envia uma mensagem aos dispositivos, para verificar o funcionamento dos padrões de qualidade. Esse ciclo de troca de informação entre o sistema e os ativos é acompanhado continuamente e, em caso de falha, o registro é feito. Da mesma forma, o tempo de resposta é outro parâmetro avaliado, que permite verificar o intervalo entre o envio e o recebimento da resposta a partir do comando remoto dado ao equipamento. Há ainda os parâmetros que verificam a disponibilidade e a conectividade dos ativos de rede, que avaliam se eles estão operando normalmente.
A antecedência da predição varia de uma hora, quando a precisão na identificação da falha pode chegar a 98%, e de 12 a 24 horas, quando o algoritmo consegue ser preciso 90% das vezes. Inicialmente operado nos supercomputadores do centro de inovação no Qatar, o algoritmo agora já roda nos servidores da Neoenergia. Isso foi possível por conta da instalação de ferramenta de hiperconvergência, que permite unificar as estruturas tecnológicas da companhia. Assim, é possível reduzir em até 60% a infraestrutura que está dentro de um data center convencional, otimizando processos de tecnologia.
PARQUE TECNOLÓGICO DE ITAIPU ATUALIZA SIMULADOR
O
Parque Tecnológico Itaipu (PTIBR) atualizou a plataforma de simulação em tempo real RTDS (Real Time Digital Simulator), que executa aplicações em sistemas elétricos. Instalada no Centro de Automação e
Sistema permitirá representação mais fiel dos sistemas modelados da Itaipu Binacional
Simulação de Sistemas Elétricos (AS. DT), o upgrade da plataforma ampliou a capacidade da instalação original do simulador, passando a ser o segundo maior da América Latina. Além disso, segundo o PTI-BR, o sistema permitirá uma representação mais fiel dos sistemas modelados. O RTDS é um hardware computacional capaz de fazer simulações de sistemas elétricos em tempo real, possibilitando testar equipamentos nas mesmas condições de quando instalados em campo.
Embora o foco do laboratório seja apoiar as atividades da usina de Itaipu, o AS.DT também atende demandas de outras empresas do setor elétrico. A demanda pela atualização do equipamento surgiu, principalmente, em função do processo de modernização tecnológica de geradores de energia elétrica e da necessidade de executar novas bibliotecas desenvolvidas para a plataforma. A ideia é permitir que o simulador dê suporte durante o processo de atualização tecnológica da usina. O novo RTDS tem maior capacidade de processamento, o que elimina um dos principais gargalos da versão antiga e permite realizar estudos e testes com maior fidelidade a sistemas reais. A nova versão portátil é mais robusta que o RTDS anterior e foi desenvolvida para possibilitar a representação de elementos de eletrônica de potência, como o HVDC (sistema de corrente contínua em alta tensão), que está ligado à usina e também passará por atualização.
WEG VAI PRODUZIR ELETROCENTROS EM MINAS GERAIS
A
catarinense Weg anunciou investimento em nova fábrica de eletrocentros em Betim, Minas Gerais. Embora sem revelar o valor do aporte, a unidade produtiva deve entrar em operação ainda neste semestre e visa atender demandas do setor de energia solar fotovoltaica e de mineração, ambos com forte penetração no estado mineiro. A fábrica vai ter 5 mil metros quadrados de área construída e empregará 100 pessoas nos próximos três anos, segundo comunicado da Weg. Os eletrocentros são salas elétricas construídas em contêineres compactos e projetados sob medida para usinas solares ou indústrias. Os eletrocentros, no caso dos utilizados em usinas solares, contêm inversores, sistemas de refrigeração, quadros auxiliares e
MAIO/JUNHO, 2021 EM
13
NO CIRCUITO
A nova fábrica em Betim visa atender os setores de mineração e de energia solar
cubículos de média tensão e, por serem modulares, são rapidamente conectados. Em 2020, a Weg já havia feito investimento em Minas Gerais, com a aquisição de fábrica em Betim para transformadores de alta tensão empregados em projetos de linhas de transmissão. Neste ano, essa unidade passou a produzir transformadores de força, reatores shunt e autotransformadores de força.
CCEE CRIA SIMULADOR PARA MEDIR IMPACTO DO PLD HORÁRIO
P
ara auxiliar o mercado na avaliação da influência do preço na contabilização, a CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica lançou um simulador do impacto do PLD horário por ramo de atividade (ACL). A ferramenta, disponível no portal da CCEE, permite que os usuários comparem a média mensal do PLD horário nos submercados e o perfil de consumo de empresas de cada ramo diante do preço. Além disso, é possível simular os impactos financeiros do perfil de contratação na contabilização de cada segmento econômico, podendo ser visualizada a interferência da flexibilidade contratual na exposição de um grupo de consumidores no Mercado de Curto Prazo. A tecnologia é importante porque a implementação do PLD horário torna o mercado mais dinâmico, com os valores variando ao longo do dia, com possibilidade de ganhos ou 14 EM MAIO/JUNHO, 2021
Ferramenta está disponível no site da entidade e permite comparação mensal do PLD horário nos submercados e perfil de consumo de empresas diante do preço
perdas financeiras conforme a contratação de energia dos agentes, o que requer mais atenção no gerenciamento. Para desenvolver o simulador, a CCEE utilizou dados públicos divulgados em relatórios da instituição. Com base no comportamento histórico e nos valores contabilizados, é possível avaliar os efeitos reais de alterações contratuais considerando uma média padrão. Como o simulador considera o consumo e o preço de períodos anteriores, a Câmara alerta que os agentes devem procurar outras informações e dados para realizar análises que visam tomadas de decisão, sendo a ferramenta apenas uma opção para facilitar entendimento da dinâmica do mercado de energia.
VTRM VAI ERGUER USINA EÓLICA-SOLAR
A
Aneel aprovou recentemente o projeto piloto de parque híbrido eólico e solar da VTRM, joint venture formada pela Votorantim Energia e a CPP Investments. Com operação prevista para o início de 2023, trata-se do primeiro do gênero no País e envolve investimento de R$ 189,98 milhões, com financiamento do BNDES. O projeto funcionará no modelo de parque associado, onde a estrutura da nova usina solar com capacidade inicial para gerar 85,2 MWp será instalada em
Projeto no Piauí contempla construção de usina solar de 85,2 MWp ao lado de parque eólico já existente
um terreno ao lado do já existente parque eólico Ventos do Piauí I, de 206 MW, com uma subestação de transmissão compartilhada. A energia do projeto solar complementará a produção do projeto eólico, cuja geração é mais intensa no período noturno. Além do Ventos do Piauí I, a VTRM opera os complexos Ventos do Araripe III, localizados na Serra do Inácio, na divisa dos estados Pernambuco e Piauí. Atualmente a empresa está construindo mais dois novos complexos na região, com investimento de R$ 2 bilhões e previsão de operação para 2023. Os novos projetos já nascem preparados para aproveitar o potencial combinado da força dos ventos com a energia do sol, complementares nessa região. Isso significa que novos projetos híbridos sairão do papel. No dia 19 de maio, aliás, a Aneel abriu a segunda fase de consulta pública para normatizar as usinas híbridas e associadas.
MG CONSOME MAIS ENERGIA DO MERCADO LIVRE
P
ela primeira vez, mais da metade da energia consumida no estado de Minas Gerais foi obtida no Ambiente de Contratação Livre (ACL), com 51% do total. O estado é o segundo do país com maior participação nesse mercado, per-
vocêestá preci sando decabospara redes dedi stri bui ção etransmi ssão? A g o r av o c êe n c o n t r o u ! Ac essenossosi t epel o QRCodeeent r eem c ont at o par amai or esi nf or maç ões!
a nci excele dade e quali
WWW. BOREALFI OSECABOS. COM. BR 12991140637|1239597308
v e nda s @bor e a l f i os e c a bos . c om. br
NO CIRCUITO dendo apenas para o Pará, com 56%, onde há grandes indústrias de alumínio, de perfil eletrointensivo. Estima-se que até 2025, com investimentos de mais de R$ 20 bilhões na construção do parque gerador, Minas Gerais vai expandir a oferta de energia em mais 5 GW, sendo que 93% da nova energia será para projetos no mercado livre, que responderão por R$ 18 bilhões do aporte previsto. Também a fonte principal desses investimentos será a solar, com 92% do total. De acordo com o Ranking Mundial de Liberdade Energética, produzido pela Abraceel - Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica, entre as 56 maiores economias analisadas no mundo, o Brasil figura em penúltimo lugar, mas pode chegar ao quarto lugar, ficando atrás apenas do Japão (1o), Alemanha (2o) e Coréia do Sul (3o), caso o PL 414/2021 seja aprovado este ano pelo Congresso Nacional. O PL trata da portabilidade da conta de luz para todos os consumidores.
STELLANTIS PLANEJA REDE PARA RECARGA RÁPIDA
A
montadora Stellantis, fruto da fusão entre a italiana Fiat e a francesa PSA, firmou parceria com o projeto Ecovagas, que pretende criar uma rede de recarga para veículos elétricos e híbridos no país em estacionamentos da empresa Estapar, mentora do projeto junto com a Enel Brasil. Pelo acordo, a Stellantis vai disponibilizar 200 pontos de recarga aos clientes dos futuros veículos elétricos Stellantis, que começam a chegar ao mercado brasileiro no segundo semestre do ano, com os modelos novo Peugeot 208 e-GT e Fiat 500e, além de outros modelos elétricos de marcas da Stellantis. Os equipamentos instalados em vagas dos estacionamentos têm tecnologia da Enel X e fornecem um carregamento inteligente, abastecendo 80% da bateria de um veículo elétrico em aproximadamente três horas. A expectativa das empresas é de que novos pontos de recarga sejam instalados ainda este ano, somando-se às 200 vagas iniciais já em instalação neste primeiro semestre. O foco das instalações será nos estacionamentos administrados pela Estapar em shoppings centers, aeroportos, hospitais, arenas, prédios comerciais e instituições de ensino, além de possíveis novos locais, inclusive fora das operações da Estapar. Na primeira fase, as estações de recargas estão sendo instaladas em 23 cidades em 10 estados, como São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Barueri (SP), Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Aracaju (SE), Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), Campinas (SP) e Fortaleza (CE). 16 EM MAIO/JUNHO, 2021
Montadora entrou em projeto da rede Estapar e da Enel, que disponibiliza recarregamento inteligente em estacionamentos
eletrificados com plug padrão americano, tipo 2, utilizado no mercado brasileiro. Além da Stellantis, o projeto também tem como parceiro a Volvo.
NOTAS Redução de emissões – A Soprano recebeu o “Certificado Empresa Renovável” que reconhece organiza-
ções que buscam reduzir a emissão de gás carbônico por meio da quantificação de energia proveniente de fontes alternativas. Durante todo o período de 2020, a companhia afirma que reduziu mais de 370 mil toneladas de emissões de gás carbônico. As certificações foram concedidas pela Ludfor Energia, empresa independente especializada em gestão de energia, seguindo as metodologias GHG Protocol Corporate Standart e Grenhous e Gas Protocol Iniciative Intergovernamental Panel On Climate Change (IPCC). Distribuição – A Steck mudou seu Centro de Distribuição, localizado na Vila Maria, zona leste de São Paulo, para Arujá, na Grande São Paulo. A decisão faz parte da estratégia de expansão de negócios da empresa. O novo Centro de Distribuição é 46% maior que o anterior. Possui 8 mil m² de área de armazenamento, 14 docas, 4332 posições de armazenamento e pé-
direito de 12 m. Segundo a empresa, a escolha pela região de Arujá deve-se à localização, próximo às rodovias Dutra e Ayrton Senna, e pela proximidade com sua fábrica, em Guararema. EPI – A Rockwell Automation divulgou recentemente que um projeto de segurança do trabalho reduziu pela metade o risco de queimaduras e dobrou a chance de sobrevivência de funcionários em caso de acidentes com chamas. Em sua planta fabril brasileira, em Jundiaí (SP), a empresa trocou vestes antichamas feitas de tecido misto por um traje de tecido com resistência à combustão derivada da característica molecular da fibra de carbono, diz a companhia. O projeto da Rockwell Automation conquistou a primeira colocação na Categoria Térmica do Prêmio DuPont de Segurança e Saúde do Trabalhador 2020, premiação do segmento de boas práticas no ambiente de trabalho.
MAIO/JUNHO, 2021 EM
17
AUTOMAÇÃO
Diminuição do tempo de transmissão de detecção do arco Flávio Andrade Costa e Filipe Barcelos Resende, da Vale S.A.; Paulo Marcos de Barros Monteiro, Luis Guilherme Uzeda Garcia e Agnaldo José da Rocha Reis, da Universidade Federal de Ouro Preto
U
m dos maiores responsáveis por lesões e mortes dos profissionais de eletricidade é o arco elétrico ou, mais precisamente, a energia incidente liberada durante a ocorrência deste. Conforme apresentado por [6] e [7], um arco elétrico é um evento de curtíssima duração (raramente atinge mais de um segundo), mas tem efeitos catastróficos. Dessa forma, é de suma importância utilizar
18
EM MAIO/JUNHO, 2021
mecanismos de controle para atenuação de seus efeitos. Em unidades de beneficiamento de minério de ferro, cada unidade produtiva possui dezenas de subestações (subestações secundárias), responsáveis pela alimentação direta da planta, incluindo peneiras, correias transportadoras, britadores, moinhos, etc. Esses equipamentos são alimentados através de painéis elétricos, os quais estão su-
Este artigo apresenta uma proposta para redução de energia incidente em cubículos de entrada de uma subestação pela redução do tempo de transmissão de detecção de arco para a subestação principal utilizando comunicação baseada na norma IEC 61850. Foram utilizados IEDs associados a uma rede de comunicação de alta velocidade para transferência do sinal de proteção. Veja aqui a solução proposta. jeitos a ocorrência de arco elétrico e oferecem risco para os colaboradores que interagem com a instalação. Para controlar a energia incidente liberada durante um arco elétrico, em cada um destes painéis, são utilizados IEDs Intelligent Electronic Device com sensores de arco elétrico incorporados. Essa solução é bastante efetiva na redução da energia incidente, uma vez que a proteção atuará para eliminar o arco em um tempo muito inferior ao convencional da proteção (seletividade clássica). A proteção contra arco elétrico ideal preconiza sempre o desligamento do dispositivo de proteção a montante do painel a ser protegido [5]. Essa premissa é facilmente atendida quando se tem um painel elétrico alimentado por outro painel, sendo os dois localizados na mesma sala elétrica. Contudo, o cenário torna-se mais desafiador quando há painéis de entrada das subestações com alto nível de energia incidente; nesses casos, o desligamento da proteção a montante exige acionar um dispositivo de proteção que está fisicamente distante do painel em questão, em alguns casos a quilômetros de distância. Este artigo apresenta uma proposta para a redução do nível de energia incidente em painéis de entrada de
subestações secundárias utilizandose comunicação baseada na norma IEC 61850 [2], que estabelece a forma de comunicação para subestações de energia elétrica. O estudo de caso foi realizado nas subestações de uma planta de beneficiamento de minério de ferro na cidade de Nova Lima, Minas Gerais, Brasil. Neste trabalho, o objetivo é realizar o projeto, implementação e avaliação de uma solução de automação que diminua o nível de energia incidente para um valor menor ou igual a 33.5 J/cm 2, ou reduza em pelo menos 50% o tempo de eliminação do arco elétrico. O projeto baseia-se na norma IEC 61850, que padroniza os protocolos utilizados dentro de uma subestação elétrica. Além dos benefícios de segurança, espera-se também ganhos operacionais, uma vez que há a possibilidade de operação remota. O trabalho piloto servirá de referência para a automação de outras subestações da empresa. Metodologia A unidade em estudo possui um conjunto de subestações secundárias com nível de energia incidente acima do valor desejado (superior a 33.5 J/ cm2) em seus painéis de entrada. Nos painéis internos a uma mesma subestação, a utilização de IEDs com a função de detecção de arco torna a proteção altamente eficiente e o desligamento imediato, uma que vez que o sinal de desligamento é realizado dentro da subestação e pelo mesmo IED. A dificuldade ocorre quando o dispositivo a ser acionado está na subestação alimentadora. A figura 1 mostra uma representação do problema e das zonas criadas com os relés de proteção para os dois cenários. O cenário mais crítico é representado pelo esquema B da figura 1, pois um arco elétrico no painel de 13,8 kV da subestação secundária exige o acionamento do disjuntor a montante do painel, localizado na subestação principal. Nesse ponto, é importante destacar que a premissa do desligamento à montante é necessária para garantir a proteção do line side dos painéis elétricos, uma vez que essa região não está
Fig. 1 – Esquema (A) - Desligamento na mesma subestação; Esquema (B) - Desligamento transferido para a subestação principal
coberta pela proteção geral do painel. O line side (ou entrada de cabos) está representado pela Zona 1, em verde, na figura 1. O desligamento a montante já ocor re normalmente pela proteção de sobrecorrente (seletividade convencional), mas o tempo geralmente é da ordem de 500 ms para garantir a coordenação com os demais dispositivos. Em se tratando de energia incidente, este tempo
é alto e pode causar sérios danos aos profissionais e equipamentos [7]. Dado que é necessário o acionamento da proteção a montante em um tempo inferior ao previsto pela seletividade, é possível utilizar recursos de comunicação para realizar o desligamento do circuito em caso de arco elétrico para os casos representados pelo esquema B da figura 1. A transferência do sinal de detecção de arco entre as
Fig. 2 – Arquitetura de comunicação proposta
MAIO/JUNHO, 2021 EM
19
AUTOMAÇÃO
Fig. 3 – Configuração da mensagem Goose para o Trip
subestações deve ser feita utilizandose uma rede de comunicação em alta velocidade e, como especificado pela norma IEC 61850, usando protocolos como o Goose - Generic Object Oriented Substation Event [3]. Estudos realizados em uma indústria petroquímica [1] mostraram que o protocolo Goose apresenta desempenho bastante satisfatório (baixo tempo de transmissão).
deve garantir confiabilidade bem como baixo tempo de transmissão das mensagens Goose, de forma a não impactar significativamente no ADTT - Arc Detection Transmission Time. Na figura 2 mostra-se o diagrama da arquitetura proposta. Na subestação principal, foi utilizado um controlador lógico programável (PLC) compatível com os protocolos da IEC 61850, o qual é responsável por habilitar uma saída digital para desligamento do disjuntor a montante. Este dispositivo foi necessário porque os relés existentes atualmente nessa subestação são antigos, não se comunicam em rede e sua substituição inviabilizaria o projeto financeiramente, e ainda despadronizaria a subestação. Configuração dos dispositivos: os equipamentos, incluindo os IEDs, PLC e switches, foram configurados para a transmissão da mensagem Goose. A mensagem de Trip é classificada como do Tipo 1A (alta prioridade) e o nó lógico utilizado é o PAFD, associado ao dispositivo lógico de proteção PRO [3]. A figura 3 apresenta a mensagem Goose configurada. Revisão de procedimentos: os ativos inseridos no sistema devem fazer parte do plano de manutenção periódica da subestação. Ressalta-se que a solução proposta não impede a ocorrência do arco elétrico, apenas atua para reduzir a energia incidente liberada. Assim, mantêm-se as medidas de controle e procedimentos existentes
Fases de implementação A seguir, são apresentadas as principais fases para o desenvolvimento do trabalho, desde sua concepção até implementação em campo. Levantamento de dados: estudo de viabilidade sobre qual subestação poderia ser utilizada como piloto no trabalho. Foram considerados itens como infraestrutura existente, distância entre a subestação principal e as subestações secundárias e o nível de energia incidente atual. Segmentação de rede: a segmentação da rede em VLANs - Virtual Local Area Network [5] foi realizada para limitar o domínio de broadcast e, consequentemente, manter a estabilidade da rede e desempenho dos equipamentos. Faixas de endereçamento IP com máscara /27 (255.255.255.224) foram definidas. Isso porque o número de IEDs em cada faixa é pequeno e os endereços IPs podem ser melhor aproveitados. Arquitetura de rede: a Fig. 4 – Oscilografia do relé durante o teste arquitetura a ser utilizada 20
EM MAIO/JUNHO, 2021
AUTOMAÇÃO Tab. I – Sequência de eventos e intervalos de tempo associados antes e após a solução
o tempo de atuação do disjuntor (tdj), conforme equação 3.
Sequência
Variável
told (ms)
tnew (ms)
Comentários
1
trelay
0
5
Detecção e processamento pelo relé de detecção de arco
t total = t rele + ADTT + tdj (3)
2
ADTT
500
3
Tempo de transmissão da detecção de arco para a subestação principal
3
tcc
80
80
Tempo de abertura do disjuntor montante
Os parâmetros tdj e t rele não podem ser alterados, uma vez que os tempos são intrínsecos aos equipamentos, conforme catálogo do fabricante. A redução desses tempos só seria possível substituindo os equipamentos por outros mais rápidos. Portanto, o parâmetro ADTT é a única parcela que pode ser reduzida, levando a uma redução da energia incidente. Os testes foram realizados simulando-se um arco elétrico na subestação secundária e transmitindo a informação de detecção do arco para a subestação principal. A figura 4 mostra um dos testes realizados. O tempo total entre o exato momento de detecção do arco e o efetivo desligamento da subestação foi de aproximadamente 88 ms, como mostrado na equação 4. Através do registro de logs do relé e do PLC, foi possível medir um ADTT de aproximadamente 3 ms, tempo máximo encontrado durante os testes (mínimo de 2 ms e máximo de 3 ms). Dessa forma, infere-se um tdj de 80 ms, o que está coerente com o tempo de abertura especificado pelo fabricante. A tabela I mostra os intervalos de tempo (trelay, ADTT e tcc) para cada evento antes e depois da implementação da solução. Ressalta-se que o ADTT representa 2,3% do tempo total.
para intervenção nos equipamentos, incluindo a utilização de vestimentas antichamas. Resultados e discussão O cálculo da energia incidente liberada para um painel elétrico (configuração fechada) em 13,8 kV, caso analisado, é dado pela equação 1 [4]. A variável En modela os efeitos da corrente de curto-circuito, nível de tensão, espaçamento entre as fases e tipo de aterramento do neutro.
E = 4,184 x En x (t/0,3) x (610/D)x
(1)
Sendo: - E: Energia incidente (J/cm²); - En: Energia incidente normalizada (J/cm²); - D: Distância do arco ao ponto analisado (mm); - t: tempo total de duração do arco elétrico (segundos); e - x: expoente da distância (x = 0.973 para painéis de 13,8 kV). Conforme a equação 1, a energia incidente é diretamente proporcio-
22
EM MAIO/JUNHO, 2021
nal ao tempo. Dessa forma, através de uma relação de proporcionalidade, pode-se obter a seguinte relação entre energia incidente e o tempo de duração do arco elétrico: Enew = Eold x (t new/told)
(2)
Sendo: - Enew: Novo valor de energia incidente (J/cm2); - Eold: Antigo valor de energia incidente (J/cm2); - t new: Novo tempo da proteção (ms); e - told: Antigo tempo de proteção (ms). Para a subestação utilizada como protótipo, o tempo de atuação da proteção (told) é de 580 ms, onde 80 ms é o tempo de abertura do disjuntor montante, como mostrado na figura 2, e 500 ms é o tempo de proteção configurado no relé. A energia incidente é de 60.54 J/cm2, calculada previamente conforme equação 1. O novo tempo de atuação da proteção deverá ser calculado incluindo o tempo de processamento do relé (t rele), o tempo de transmissão da detecção do arco (ADTT) e
ttotal = 5 + 2 + 81 = 88 ms
(4)
Agora, com o novo tempo encontrado pode-se calcular a nova energia incidente, baseado na equação 2. Logo, tem-se: Enew = 60,54 x (88/580) = 9,19 J/cm2 (5) Então, com a solução de comunicação utilizando os protocolos da norma IEC 61850 entre as subestações, o nível de energia incidente passou de 60.54 J/ cm² para 9.19 J/cm², reduzindo o seu valor em mais de 80%. Os resultados encontrados atingem os objetivos propostos, pois apresentam uma redução em mais de 50% no valor da energia incidente bem como está abaixo do limite estabelecido de 33.5 J/cm². Conclusão Este trabalho propõe a utilização de IEDs com a função de detecção de arco associados a uma rede de comunicação em alta velocidade para a redução de energia incidente em su-
bestações. Os protocolos utilizados nesta comunicação são especificados pela norma IEC 61850. Conforme mostrado pelos testes realizados, a energia incidente caiu substancialmente, atingindo os objetivos propostos. Além disso, a solução mostrouse eficaz e poderá ser replicada para outras subestações da empresa, uma vez que existem muitas outras subestações com a mesma topologia. Apesar da redução de energia incidente, procedimentos LOTO (Lock Out/Tag Out) devem ser seguidos, uma vez que a probabilidade de ocorrência do arco não é alterada. A infraestrutura apresentada neste trabalho também poderá ser utilizada no futuro para monitoramento e operação remota, visto que outras informações poderão trafegar nesta mesma rede até os sistemas de supervisão e controle.
vés dos seus colaboradores, possibilitaram a realização desse trabalho.
Agradecimentos: Os autores agradecem a contribuição e apoio da empresa Vale SA, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do Instituto Tecnológico Vale (ITV) que, atra-
Artigo originalmente apresentado no 7 Automining - Congresso Internacional de Automação em Mineração, realizado de 30 de novembro a 4 de dezembro de 2020, em Santiago, Chile.
Referências [1] Dixon, F., Yunas, M. T., Wedelich, V., Howard, J., Brown, H. E., Sauer, S. N., Xu, Y. M., Markello, T. and Sheikh, W. (2014) ‘Mitigating arc flashes using IEC 61850: Examining a case at a chemical and refining facility’, IEEE Industry Applications Magazine, vol. 20, pp. 64 –69. [2] IEC (2003) Communication network and systems in substations – part 1: Introduction and overview, 61850, International Electrotechnical Comission, Geneva, Switzerland. [3] IEC (2004) Communication network and systems in substations – part 8: Specific communication service mapping (scsm) – mapping to mms (ISO 9506-1 and ISO 9506-2) and to ISO/IEC 8802-3, 61850, International Electrotechnical Comission, Geneva, Sw0itzerland. [4] IEEE (2002) Guide for Performing Arc-Flash Hazard Calculations, 1584, The Institute of Electrical and Electronic Engineers Inc., New York, USA. [5] IEEE (2003) Standards for Local and Metropolitan Area Network - Virtual Bridged Local Area Networks, 802.1Q, The Institute of Electrical and Electronic Engineers Inc., New York, USA. [6] Queiroz, A. R. S., Senger, E. C., de Oliveira, M. F., Kumpulainen, L. and Chávez, R. (2015) ‘Reducing arc flash incident energy level in an offshore gas production unit using intelligent electronic devices – a case study’, IEEE Transactions on Industry Applications, vol. 51, pp. 129–133. [7] Resende, F. B. (2016) Proteção elétrica em subestações: Uma abordagem sobre a energia incidente, Master’s thesis, Universidade Federal de Minas Gerais.
MAIO/JUNHO, 2021 EM
23
GUIA – 1
Motores elétricos de indução de alto rendimento
Anhui Wannan – info@wnmotor.com www.wnmotor-en.com Cantoni – motor@cantonigroup.com www.cantonigroup.com Equacional – (11) 99959-9771 vendas@equacional.com.br Hercules – (47) 3281-1900 atendimento@herculesmotores. com.br Leadgo (1) www.leadgomotor.com sales@sdljdj.com Menzel info@menzel-motors.com www.menzel-motors.com
• • •
sob 1a consulta 600 sob 0,06 a consulta 1.880 0,13 a 760 1.000
0,12 a 800 0,04 a 1.400 0,1 a 750
•
• • • •
Nema 140, 440T.5800
125 K, 180 H até (ponto mais 1,25 quente)
69
89,3
93,7 96,1
•
•
IEC 60034-30-2 Nema MG 1
44, 54, 55, 56
1,15
F ou H
56 a 500
1
F ou H
55
81,7
90,6
95
63 a 500
até 1,25
F ou H, K
23 a 68
85
92
94
0,12 a 11
63 a 132
1a 1,25
F 155°
00 a 55
82,6
90,7
0,25 a 430
0,18 a 315
80 M1 a 355 L
1
100
55
83,6
91,8 95,2
75 a 25.000
200 a 900
0,16 a 60
0,12 a 45
0,25 m 0,18 a a 500 370 0,12 a 0,09 a até 690 500 375 até 0,12 a 1.000 1.200 0,12 a 0,09 a 550 400
EM MAIO/JUNHO, 2021
•
Nema MG-1
•
•
AISE
•
• •
80
1,25
80
56 a 355
1
155 F, <80 K
56 a 450
1
F/B F H
56 a 355
1,25
80
•
56 IEC e 21, 44 Nema
82,1
55
83
55 a 84,9 66 55, 56, 65, 83,5 66, 67 55
83
90,7
•
91,1 95,1
•
92,1 95,3
•
90,5
•
•
Nema MG-1
• •
95
91,6 95,2
Nota: (1) A empresa procura por Representante para o Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 18 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
24
EER 2010
23, 54, 55, 667, 68
IEC 63 a 225 e Nema 1,25 48 a 56 63 a 355
•
84,84 92,27
0,16 a 15
380 a 13.800 até 660
63 a 450
Outras
0,18 a 2.000
IEC 60034-30-1
0,25 a 2.700
NBR 17094
200 a 1.000
100 cv
kW
10 cv
cv
Normas
1 cv
Outra (V)
220 a 760
Nova Motores – (47) 3481-8400 atendimento@novamotores.com.br Regal- Marathon – (54) 3224-9600 vendas.brasil@regalbeloit.com SEW – 0800 770 0496 sew@sew.com.br VEM – low-voltage@vem-group.com www.vem-group.com/en.html WEG – (47) 3276-4000 motores@weg.net
Carcaça
Rendimento de motor típico, 4 polos, 75% de carga (%)
Grau de proteção IP
ABB Automação (11) 99606-9375 marcelo.falchi@br.abb.com
Potência nominal
Classe de isolamento ΔT = (K)
Até 440 V
Empresa Telefone E-mail
Tensão nominal (3f 60 Hz)
Fator de serviço FS
Da Redação de EM
Este levantamento traz as características das linhas de motores trifásicos de fornecedores nacionais e estrangeiros. Desde fevereiro último, só podem ser comercializados no Brasil motores com índice de rendimento mínimo IR3 (Portaria Interministerial No 1, 29/6/2017). Os dados de rendimento mostrados, informados pelas próprias empresas listadas, referem-se a motores típicos na condição de 75% de carga.
•
UL (cUR us)/ DoE Nema MG-1
MANUTENÇÃO DE LTS
Uso de drones para inspeção de linhas de transmissão Leila Yoko de Moura Tsuha, engenheira eletricista; Tarso Vilela Ferreira, professor da Universidade Federal de Sergipe; e Duan Vilela Ferreira e João Ricardo Correia Andrade, consultores independentes
A
prevenção de falhas em linhas de transmissão (LTs) de energia elétrica e das decorrentes interrupções de fornecimento requer a realização periódica de atividades de manutenção e monitoramento. A eficácia da manutenção se traduz na
redução de indisponibilidades e menor impacto na receita anual permitida a que a concessionária tem direito pela prestação do serviço público de transmissão. Dentre as atividades realizadas, são típicas a inspeção visual [1-3], de-
Fig. 1 – Inspeção visual por escalada (esq.) e com drone (dir.)
26
EM MAIO/JUNHO, 2021
Os drones tendem a reduzir o tempo de inspeção das linhas e aumentar a segurança dos trabalhadores, elevando a eficiência dos serviços de manutenção. Este artigo faz uma análise econômica por meio de um estudo de caso, comparando custos da inspeção tradicional com os de implementação e uso de drones, e aplicando ferramentas de apoio à análise comparativa para identificar as condições de inspeção mais adequadas. tecção de radiação ultravioleta (efeito corona) [4-6], inspeções termográficas [7-10], medição de corrente de fuga em isoladores [11-13], localização de faltas [14-16] e monitoração de descargas atmosféricas [17-19]. Estes tipos de inspeção podem ser combinados entre si em uma única campanha de inspeção, e realizada de forma terrestre (deslocamento com automóvel e a pé) ou aérea (com helicóptero). A inspeção em LTs detecta alterações físicas ou químicas no estado de componentes ou da instalação, que não os impedem de desempenhar sua função mas que, a curto ou longo prazo, podem prejudicar o fornecimento de energia elétrica [20]. A inspeção visual é a mais amplamente empregada. Associada a um cronograma de manutenção, permite a detecção prévia de defeitos e antecipa possíveis falhas, minimizando o risco de manutenções emergenciais corretivas. Nas inspeções terrestres, que envolvem deslocamento de equipe ao longo da linha, por automóvel e a pé, geralmente empregam-se binóculos e câmeras de alta resolução, podendo também ser agregados outros equipamentos como termovisores e câmeras de detecção de radiação ultravioleta.
As inspeções terrestres informações à estação de podem ser classificadas em solo para posterior procesexpeditas, específicas e misamento e armazenamento. nuciosas [20]: Pode-se citar também a • Nas inspeções expeditas, proposta de um sistema cooinspecionam-se do solo todas perativo para tarefas de insas estruturas, sem escalá-las. peção de LTs na China, em O uso de binóculos, lunetas que diferentes drones reae câmeras fotográficas com lizam diferentes funções, elevados zooms ópticos é incomo capturar imagem de dispensável; longa distância, capturar • as inspeções específicas imagem de curta distância Fig. 2 – Sequência de procedimentos são realizadas apenas em tree servir como ponto de cochos da linha onde um determunicação. Nesse caso, a minado defeito venha sendo experiência mostrou que a detectado com frequência, constiinspeção cooperativa empregando tuindo assim um ponto crítico; “bandos” de veículos aéreos pode • as inspeções minuciosas são reaalcançar uma eficiência muito lizadas em toda a extensão da limaior do que a inspeção tradicionha, com todas as estruturas sendo nal [29]. escaladas e todo tipo de defeito Outro exemplo é o sistema com anotado. sensores chamado LiDAR (Light Nos últimos anos, as inspeções Detection and Ranging) [30], deem LTs passaram a incluir veícusenvolvido para inspecionar LTs Fig. 3 – Representação da situação 2 los aéreos não tripulados (VANTs, de 500 kV. O sistema é levado por ou drones) como ferramentas de um pequeno dirigível de hélio não inspeção (figura 1). As aeronaves necessária. Contudo, em inspeções tripulado, guiado por GPS e scanner executam voos em baixa altitude específicas e expeditas, sua aplica- a laser que voa automaticamente ao e muito próximos das linhas [21]. ção tem-se mostrado viável e pro- longo da LT a uma distância limitaSuas vantagens incluem: rapidez de missora. da. O computador de bordo identifiacesso a informações sobre o estaDiante deste novo panorama, di- ca e extrai dados da nuvem de pondo geral da instalação inspecionada; versas pesquisas estão sendo desen- tos de laser obtida a partir do uso do independência da condição de ter- volvidas e investimentos realizados scanner na LT, permitindo detectar reno para locomoção; velocidade de visando à eficientização da tarefa anomalias e realizar controle e plainspeção; e diminuição do custo da de inspeção de linhas de transmis- nejamento de voo. inspeção, devido à redução do tempo são. Na pesquisa relatada em [21], Em linhas gerais, aponta-se que a necessário e à redução dos riscos aos foi desenvolvida uma plataforma de inspeção com drones traz benefícios quais se expõem os trabalhadores. monitoramento aéreo para inspecio- [31-35], contudo poucas são as publiHá diversas opções de drones espe- nar LTs de alta tensão, com uso de cações que quantificam esses benecíficos para tarefas de inspeção para ferramentas que possibilitam a um fícios, por exemplo com estudos de manutenção, com recursos que vão operador sobrevoar com um drone viabilidade econômica. da câmera de alta resolução [22, 23] a LT, capturar imagens georreferenConforme proposto em [36], a a instrumentos como termovisores ciadas das estruturas físicas e da re- produtividade está relacionada ao [24, 25], câmeras de ultravioleta [26, gião e, em tempo real, enviar essas melhor aproveitamento dos recursos 27] e lança-chamas [28]. Devido ao seu tamanho e à sua manobrabilidade, que impossibilitam a captura de imagens internas às torres de LT, os drones ainda não são utilizados para realizar inspeções minuciosas. Além disso, o ruído eletromagnético nas proximidades da linha de transmissão pode causar interferências que degradam a transmissão de dados entre o drone e o Fig. 4 – Representação da situação 3 controle, impedindo a aproximação MAIO/JUNHO, 2021 EM
27
MANUTENÇÃO DE LTS
Fig. 6 – Trecho do percurso da situação 2 (Google Earth) Fig. 5 – Trecho do percurso da situação 1 (Google Earth)
para realização de processos. Um crescimento da produtividade pode implicar o melhor aproveitamento de máquinas, pessoal, insumos, gerando assim uma redução de custos e ganhos de competitividade para as organizações. Neste artigo, buscou-se avaliar a eficiência e viabilidade econômica do uso de drones na realização de inspeções expeditas, em comparação com as inspeções expeditas convencionais. Para avaliação econômica, foi utilizado o indicador de payback time [37], que fornece a visão de tempo necessário para recuperação do capital aplicado em investimentos no cenário de um determinado negócio. Procedimentos metodológicos Os procedimentos estão resumidos no diagrama da figura 2. Definida a linha de transmissão à qual a metodologia será aplicada, os dados mínimos necessários para sua caracterização incluem comprimento, tensão de operação e quantidade e localização das estruturas. Também é necessário conhecimento acerca dos procedimentos de manutenção preventiva da LT em foco e uma composição de custos de inspeção expedita da mesma. Entrevistas formais com os profissionais responsáveis pela operação e manu28
EM MAIO/JUNHO, 2021
Tab. I – Especificações do drone Velocidade máxima sem vento
72 km/h
6 km tenção da LT são forte- Altura máxima de serviço Tempo máximo de voo (sem vento) 31 minutos (a 25 km/h) mente recomendadas. 4K Para compor os custos Resolução de vídeo Preço R$ 12 243,00 de inspeção, são apurados os custos com deslocamento durante a campanha de inspe- ciona visualmente, a partir do solo, ções expeditas na LT, incluindo cus- com binóculos — esta é a situação to de combustível e depreciação do tradicional; automóvel. Também é considerado o • Situação 2 – A equipe chega de custo da mão de obra envolvida, com carro à base da torre “de acesso” (toro levantamento da quantidade de re B, na figura 3) e a inspeciona com profissionais, salário médio bruto e uso de drone; depois, deslocando apeadicionais, e jornada de trabalho. En- nas o drone, inspeciona também uma cargos trabalhistas, capacitação dos torre a jusante (torre C) e uma a moninspetores em pilotagem de drones, tante (A); e custos de hospedagem e alimentação • Situação 3 – A equipe chega de podem ser também considerados em- carro à base da torre “de acesso” (C, pregando a metodologia apresentada, na figura 4) e a inspeciona com uso apesar de não terem sido considera- de drone; depois, deslocando apenas dos neste estudo de caso. Os custos o drone, inspeciona também duas de depreciação do drone e de reposi- torres a jusante (A e B) e duas a monção das baterias foram desconsidera- tante (D e E). dos, por se tratar de valores irrisórios A equipe de inspeção é considerada frente ao custo total de uma inspe- a mesma, bem como os equipamentos ção. Partindo do levantamento de to- utilizados nas três situações, com exdos esses custos, é calculado o custo ceção do drone, que não é empregado por quilômetro da linha inspeciona- na situação 1. As situações 2 e 3 foram da, o qual é posteriormente aplicado propostas com o intuito de maximizar em situações hipotéticas mas viáveis a eficiência das inspeções, tomando na prática, para fins de comparação. proveito da capacidade do drone de Foram considerados, para o estu- percorrer, por via aérea, os vãos entre do de caso, três situações de inspe- as torres. ção para análise, sendo todas variaEm cada situação é quantificada ções de inspeção expedita: toda a distância percorrida pela equi• Situação 1 – A equipe chega de pe, o tempo de deslocamento e o temcarro à base de cada torre e a inspe- po necessário para realização local da
Características
futuro.
BARRAMENTOS BLINDADOS www.vepan.com.br
vendas@vepan.com.br
MANUTENÇÃO DE LTS inspeção. O tempo de viagem do drone entre as estruturas também é considerado na quantificação. No levantamento da distância percorrida com o automóvel, considera-se que “rodovias” são vias terrestres pavimentadas, enquanto “estradas” são vias terrestres não pavimentadas. Para a definição do trajeto, dá-se preferência, sempre que possível, às rotas que percorram mais quilômetros em rodovias. Por fim, é realizada uma análise comparativa entre as situações consideradas, destacando suas desvantagens, vantagens e particularidades, bem como um cálculo de payback time e da quantidade de quilômetros de linhas inspecionados para
30
EM MAIO/JUNHO, 2021
a ocorrência do retorno do investimento. Resultados e discussão
Fig. 7 – Trecho do percurso da situação 3 (Google Earth) Tab. II – Distância percorrida pelo veículo Situação
1
2
3
Distância em rodovia (km)
15,350
24,768
16,210
Distância em estrada (km)
279,716
212,817
200,040
Escolha e caracterização da LT A linha que serviu de base para o estudo foi a LT Xingó-Jardins, de propriedade da Chesf - Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, e que conecta a subestação da usina hidrelétrica de Xingó, em Canindé do São Francisco (SE), à subestação Jardim, em Nossa Senhora do Socorro (SE). A linha opera em 500 kV e possui 160 km de extensão com 305 estruturas do tipo “cara de gato”. A distância média entre estruturas é, portanto, de 525 m.
Levantamento dos custos de inspeção Foi feito um levantamento dos insumos utilizados em cada uma das etapas de inspeção para a composição do custo unitário da atividade, por método e situação analisada. O drone empregado no estudo de caso foi baseado no modelo utilizado pela Chesf. Apesar das características semelhantes, o modelo escolhido aqui possui maior autonomia de bateria. Na tabela I apresentam-se suas principais características. A inspeção de cada estrutura pelo método tradicional (situação 1) foi considerada com duração de 30 minutos, contados a partir da preparação do inspetor. Com drone, a inspeção na mesma estrutura foi considerada como realizada em 20 minutos (tempos estimados por técnicos de inspeção de LTs). O tempo adotado para o deslocamento do drone entre uma torre e outra foi 1,3 minuto (distân-
Tab. III – Composição do custo total de inspeção Situação Mão de obra (no de colaboradores) Estruturas inspecionadas Tempo de inspeção (h)
1
2
2
2
3 2
305
305
305
152,50
110,5
124,46
11 437,50
8 287,50
9 334,50
Distância percorrida (km)
295,07
237,59
216,25
Consumo do veículo (litros)
28,90
22,90
21,00
Tempo de deslocamento (h)
9,58
7,51
6,94
718,50
563,03
520,35
Custo HH×horas (R$)
Custo HH×tempo de deslocamento (R$) Veículo (consumo+depreciação) (R$) Custo total de inspeção (R$)
cia média entre estruturas de 525 m percorrida à velocidade média de 25 km/h). O drone utilizado no estudo tem autonomia para alcançar a torre a dois vãos de distância (1050 m, considerando a torre “A” ou “E” da figura 4), inspecioná-la, e voltar ao ponto de partida (torre “C” na mesma figura). Para torres a dois vãos de distância, o tempo necessário total de voo do drone (deslocamento mais inspeção) é de 25,2 minutos, e para torres
273,65
206,18
204,10
12 429,65
9 056,70
10 058,95
a um vão de distância esse tempo é de 22,6 minutos. Ou seja, em nenhuma das situações o drone tem autonomia para inspecionar mais de uma torre, o que sempre força seu retorno à torre de acesso para a troca de bateria. O custo médio de deslocamento foi calculado levando em conta os valores de manutenção gastos no veículo usado pelas equipes de LT, somados ao valor do combustível (R$ 4,095) e de depreciação (20% ao ano). Nas distâncias percorridas com o automó -
MAIO/JUNHO, 2021 EM
31
MANUTENÇÃO DE LTS vel, considerou-se velociAplicação às situações e dade média de deslocamencálculo de payback time to de 60 km/h em rodovias Na tabela III apresenpavimentadas e de 30 km/h tam-se os dados referentes em estradas. ao custo para inspecionar O salário médio bruto as 305 estruturas da linha, e adicionais para os pronas três situações proposfissionais técnicos de LT tas, considerando a caracfoi levantado com base em terização de recursos apreedital de concurso de 2012 sentada em “Levantamento para técnicos eletricistas dos custos de inspeção”. No da Chesf [38]. tempo de inspeção, para as Para determinar a distâninspeções com drone, está cia percorrida pela equipe incluso o tempo de deslode inspeção com o automócamento do drone entre os vel em cada uma das situavãos das estruturas. ções avaliadas, traçaram-se Percebe-se, pela tabeas trajetórias hipotéticas la III, que, relativamente realizadas pelo veículo com à situação 1, as situações o auxílio do Google Earth. 2 e 3 apresentam reduções Fig. 8 – Composição dos custos de inspeção Nas figuras 5 a 7 apresende custo de 26,060% e tam-se imagens de satélite cisão não é devido ao método, mas 19,072%, respectivamente. considerando o mesmo trecho da li- dependente das particularidades da Considerando a metodologia adonha, e destacam-se os percursos reali- LT sob estudo. tada, a composição do custo por quizados pelo automóvel para as situações Na tabela II apresentam-se as dis- lômetro de linha inspecionado é re1, 2 e 3, respectivamente. tâncias percorridas pelo automóvel, presentada no gráfico da figura 8. É possível observar que, na situa- em estrada e rodovia, em cada situaComo esperado, verificou-se que ção 2, por não ser necessário chegar à ção, para a LT Xingó-Jardins. Perce- a maior parte do recurso empenhabase de todas as torres, a maior parte be-se que nas situações 2 e 3 a distân- do se deve à remuneração do pessoal do deslocamento é realizado em rodo- cia percorrida em rodovia aumentou (HH), seja durante a inspeção, provia, neste caso a BR-235. 9,418 km e 0,860 km, respectivamen- priamente dita, seja durante o desloNas demais situações, o desloca- te, em relação à situação 1. Adicional- camento. O custo total de inspeção mento no trecho é realizado majo- mente, houve uma queda de 66,899 diminui ao reduzirem-se os tempos ritariamente fora da rodovia. Este km e 79,676 km, nas situações 2 e 3, de inspeção e deslocamento, duas comportamento, ilustrado nas ima- em relação a situação 1, na distância das principais vantagens do uso de gens para um trecho específico da percorrida em estrada. drones. linha, é efeito da existência ou não de estradas acessos desde a rodovia até as torres a serem inspecionadas. Várias torres não possuem esse acesso direto, e portanto não é vantajoso retornar à rodovia para acessar a torre seguinte. Assim, o trajeto se dá via estrada entre as estruturas ou pela faixa de servidão da LT. Naturalmente, a escolha das torres “B” na situação 2 e “C” na situação 3 impacta na definição de se os percursos serão realizados majoritariamente por rodovias ou por estradas. Contudo, como não há garantia de que as torres com acesso direto à rodovia têm entre si duas ou quatro outras torres (o que favoreceria a situação 2 ou a situação 3, respectivamente), Fig. 9 – Quilômetros de linha a inspecionar para retorno financeiro na situação 2 fica evidente que o impacto dessa de32
EM MAIO/JUNHO, 2021
MANUTENÇÃO DE LTS
Fig. 10 – Quilômetros de linha a inspecionar para retorno financeiro na situação 3
O cálculo de payback time simples demonstra que o retorno financeiro destinado à aquisição do drone, levando-se em conta a jornada de trabalho de 8 horas diárias, aconteceria após 55 dias de trabalho considerando-se o método proposto na situação 2, e após 87 dias considerando-se o proposto na situação 3. Além do tempo de retorno, calcularam-se também quantos quilômetros de LT precisam ser inspecionados para que se recupere o investimento de aquisição do drone (a representação gráfica deste resultado é apresentada nas figuras 9 e 10). Para o estudo de caso em questão, se o método de inspeção expedita convencional fosse substituído pelos métodos propostos nas situações 2 e 3, o retorno do valor destinado à aquisição do drone (R$ 12.243,00) aconteceria após a inspeção de 589 km de LT considerando-se a situação 2, e após a inspeção de 839 km de LT considerando-se a situação 3. Caso se considerem os custos com hospedagem e encargos trabalhistas no cálculo, o retorno aconteceria ainda mais brevemente. Conclusão O uso do drone em atividades de inspeção de LT permite alcançar estruturas que estão localizadas em áreas de difícil acesso e diminuir o tempo da inspeção, propriamente dita, e o de deslocamento, os quais 34
EM MAIO/JUNHO, 2021
impactam diretamente no custo total do trabalho. Com o estudo descrito, verificouse que, dos métodos de inspeção com drone, o da situação 2 mostrou-se mais vantajoso financeiramente, com custos 10% menores que os da situação 3. Esta última, apesar de maximizar o uso do drone, demonstrou-se menos vantajosa devido às particularidades dos acessos às torres ao longo da LT adotada no estudo de caso. Assim, destaca-se que nem sempre a maximização do uso do drone na inspeção garante os melhores impactos financeiros, devendo a aplicação ser analisada do ponto de vista logístico, o que é fortemente dependente da LT a ser inspecionada. Por fim, constatou-se a viabilidade do investimento na adoção da inspeção expedita com uso de drone, com o retorno acontecendo após 55 dias de inspeções, antes de 600 km de linha inspecionados, em função da redução do tempo de trabalho provocar diminuição de cerca de 26% no custo da inspeção. É desejável, ainda, que se considerem fatores como custos de hospedagem e encargos trabalhistas nos cálculos, bem como a otimização das rotas de inspeção, priorizando-se, sempre que possível, torres com acesso direto a rodovias e flexibilizando a quantidade de torres adjacentes a inspecionar (uma ou duas, conforme a maior ou menor eficiência).
Agradecimentos – Os autores externam sua gratidão à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) pela oportunidade, pelas portas sempre abertas à pesquisa e por indicar informações que tornaram este trabalho possível. Agradecem também a Leonardo Lasalvia, Mário Pires, Flávio Gomes, Antonio Ricardo Martins e Divanilton Sabino por oferecerem seu tempo, conhecimento e experiência.
[18]
[19]
Referências [1] Lima, E. J., Bomfim, M. H. S., Bracarense, A. Q., Gontijo R. A., Mourão, M., Almeida, C. V. R., Barreto, A., Reis, M. A.: Robô Autônomo para Inspeção de Linhas de Alta Tensão. XX Congresso Brasileiro de Automática (CBA), Belo Horizonte, 2014. [2] Manica, C.R.; Biasotto, E.; Silva, T.F. Location of Faults in the Power System of the Federal University of Grande Dourados by Artificial Intelligence, in CLAGTEE, Mar del Plata, Argentina, 2017. [3] P. A. Kuntz, R. D. Christie and S. S. Venkata: A reliability centered optimal visual inspection model for distribution feeders, in IEEE Transactions on Power Delivery, vol. 16, no. 4, pp. 718-723, Oct. 2001, doi: 10.1109/61.956761. [4] B. Pinnangudi, R. S. Gorur & A. J. Kroese: Quantification of corona discharges on nonceramic insulators, in IEEE Transactions on Dielectrics and Electrical Insulation, vol. 12, no. 3, pp. 513-523, June 2005, doi: 10.1109 / TDEI.2005.1453456. [5] Davies, A. (Ed.). (2012): Handbook of condition monitoring: techniques and methodology. Springer Science & Business Media. [6] E. T. da Silva Júnior et al.: Corona Effect Detection in Energized Polymeric Insulators Using Machine Learning and Ultrasonic Emissions, in IEEE Latin America Transactions, vol. 16, no. 6, pp. 1587-1594, June 2018, doi: 10.1109/TLA.2018.8444153. [7] Bezerra, R. C., de Mello, D. R., Porfírio, D. M., de Araújo, F. E. R., Teixeira Jr, J. M. T., Pinheiro, J. C., & Leite, R. C.: Avaliação de Isoladores Poliméricos em Linha de Transmissão de 138 kV Estudo de Caso. IV Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos (SBSE), Goiânia, 2012. [8] Sampaio, D. J. B. S.; Sousa, V. G. S.; Costa, A. F.; Glatt, R.; Rubbo, D.; Sobrinho, P. M.: Intelligent Remote System for Automatic Thermographic Inspection, in CLAGTEE, Viña Del Mar, Chile, 2013. [9] Epperly, R.A., Heberlein, G.E., Eads, L.G.: A tool for reliability and safety: Predict and prevent equipment failures with thermography. (1997). IEEE Conf. Pet. Chem. Ind., 59 - 68. 10.1109/PCICON.1997.648167. [10] Davies, A. 1998. “Handbook Of Condition Monitoring: Techniques And Methodology”, 1st ed. Londres: Chapman & Hall, pp.85-88. [11] E. Fontana, S. C. Oliveira, F. J. M. M. Cavalcanti, R. B. Lima, J. F. Martins-Filho & E. Meneses-Pacheco: Novel sensor system for leakage current detection on insulator strings of overhead transmission lines, in IEEE Transactions on Power Delivery, vol. 21, no. 4, pp. 2064-2070, Oct. 2006, doi: 10.1109/TPWRD.2006.877099. [12] C. Melik, Zeng Dong, Lin Zhou and Ye Ziqing: Insulator leakage current monitoring, its application and advantages, China International Conference on Electricity Distribution (CICED), Shenzhen, 2014, pp. 1-4, doi: 10.1109/CICED.2014.6992264. [13] I. Ramirez, R. Hernandez and G. Montoya: Measurement of leakage current for monitoring the performance of outdoor insulators in polluted environments, in IEEE Electrical Insulation Magazine, vol. 28, no. 4, pp. 29-34, July-August 2012, doi: 10.1109/MEI.2012.6232007. [14] Marguet, R.: Improved fault localization method for electrical power distribution networks. Electric power. Université Grenoble Alpes, 2015. English. ffNNT: 2015GREAT015ff. fftel01171294f [15] R. Krishnathevar, E. E. Ngu: Generalized Impedance-Based Fault Location for Distribution Systems, in IEEE Transactions on Power Delivery, vol. 27, no. 1, pp. 449-451, Jan. 2012, doi: 10.1109/TPWRD.2011.2170773. [16] Zamboni, L.: Detecção e Localização de Faltas Em Sistemas Elétricos de Distribuição Usando Abordagem Inteligente Baseada em Análise Espectral de Sinais. Tese (Doutorado), Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, São Carlos, 2013. [17] Correia, M.: Análise dos efeitos das descargas atmosféricas em linhas de transmissão no estado do Paraná: 2019. 65 f.
[20]
[21]
[22]
[23]
[24] [25]
[26]
[27]
[28]
[29]
[30]
[31] [32]
[33]
[34]
[35]
[36] [37] [38]
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Engenharia Elétrica. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Cornélio Procópio, 2019. Novo, L. R. G. S. L.; Oliveira, A.J.B.: Sistema sensor para detecção de descargas atmosféricas em linhas de transmissão de energia elétrica. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. Visacro Filho, S: Descargas Atmosféricas: Uma Abordagem de Engenharia. São Paulo: Artliber, 2005. Cigré Brasil. Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica: Critérios de Avaliação de Isoladores em Serviço. Brochura técnica 002, Grupo de trabalho B2.03, 2008. Rangel, R. K.; Kienitz, K. H.; Brandão, M. P.: Sistema de Inspeção de Linhas de Transmissão de Energia Elétrica Utilizando Veículos Aéreos Não-Tripulados. 3rd CTA-DLR Workshop on Data Analysis & Flight Control, São José dos Campos, 2009. Syma (ed.). X25PRO, SYMA, 2020.[online] Disponível em: http://w w w.symatoys.com /goodshow /x25-pro-syma-x25pro-subvert-your-visual-enjoy-the-fly.html, Acesso em: 23 jul. 2020. DJI (ed.). Catálogo: Zenmuse X7 - Visão Cinematográfica em Ascenção. [S. l.]: DJI, 2020. Disponível em: https://www.dji. com/br/zenmuse-x7?site = brandsite&from = nav. Acesso em: 23 jul. 2020. Parrot (ed.). ANAFI Thermal White Paper. [S. l.: s. n.], 2020. 27 p. v. 1.4. Aerial Eletronics (ed.). Especificações: Pensar. [S. l.]: Nvidia Jetson, 2020. Disponível em: https://www.aerialtronics.com/ d o w nlo a d s / A e ria l t ro nic s _ P e n s a r_ Specifications_07.02.2018.pdf. Acesso em: 23 jul. 2020. NASA. NASA Langley s Ultraviolet Corona Detection System Lifts-Off on Drone, Jul 28, 2017. Disponível em: https://www. na s a .gov / la ngley / busin e s s / na s a -la ngley- s- ultr aviole tcorona-detection-system-lifts-off-on-drone. Acessado em: 23 jul. 2020. DAYCOR ROMPACT (ed.). Catálogo: Portable Subv Block Camera. [S. l.]: Ofil Ltd, 2020. 2 p. [ONLINE] Disponível em: https://pdf.directindustry.com /pt/pdf-en /ofil-ltd /daycor-rrompact/65565-766937.html#open. Acesso em: 23 jul. 2020. THROWFLAME (ed.). Catálogo: Waps TF-19. [S. l.]: Xmatter LLC, 2020. Disponível em: https://pdf.directinduhttps:// throwflame.com/tf-19-wasp/. Acesso em: 23 jul. 2020. Deng, C.; Wang, S.; Huang, Z.; Tan, Z.; Liu, J.: Unmanned Aerial Vehicles for Power Line Inspection: A Cooperative Way in Platforms and Communications. Journal of Communications Vol. 9, 2014. Pan, W.W.; Dou, Y.J.; Wang, G.L.; Wu, M.X.; Ren, R.G.; Xu, X.: Development and test of blimp-based compact LiDAR powerline inspection system. The International Archives of the Photogrammetry, Remote Sensing and Spatial Information Sciences, v.3, 2015. Phillips, A.: Future Inspection of Overhead Transmission Lines. EPRI, Technical update-May, 2008. Zilch, T. S.: Veículo aéreo não tripulado para monitoramento de linhas de alta tensão guiado pelo campo magnético. BS thesis. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2015. Z. Li, Y. Liu, R. Hayward, J. Zhang, J. Cai: Knowledge-based power line detection for UAV surveillance and inspection systems, 2008 23rd International Conference Image and Vision Computing New Zealand, Christchurch, 2008, pp. 1-6, doi: 10.1109/IVCNZ.2008.4762118. Jenssen, R. et al.: Automatic autonomous vision-based power line inspection: A review of current status and the potential role of deep learning. International Journal of Electrical Power & Energy Systems, v. 99, p. 107-120, 2018. L. F. Luque-Vega; B. Castillo-Toledo; A. Loukianov, L. E. Gonzalez-Jimenez: Power line inspection via an unmanned aerial system based on the quadrotor helicopter, Melecon 2014 - 2014 17th IEEE Mediterranean Electrotechnical Conference, Beirut, 2014, pp. 39 3 -397, doi : 10.110 9 / MELCON.2014.6820566. Moreira, D. A.: Administração da Produção e Operações. São Paulo: Cengage Learning, 2009. Woiler S.; Mathias, F. M.: Projetos: Planejamento, Elaboração e Análise. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. DOU. (2012). Concurso Público Para Provimento de Vagas e Formação de Cadastro de Reserva em Cargos de Nível Médio Técnico e Nível Superior, 19 mar. 2012. Disponível em: https:// w w w.che sf.gov.br/ e mpre s a / S t yleLibr ar y C anal / GestaoDePessoas/EditalAbertura_Chesf_012012PMO_I_e_ PS_I_ _DOU.pdf. Acesso em: 12 jan. 2020.
MAIO/JUNHO, 2021 EM
35
GUIA – 2
Produtos para instalações elétricas prediais
Veja, aqui, a oferta atual de dezenas de fornecedores de mais de 160 itens de instalações elétricas de baixa e média tensão, incluindo conjuntos de entrada MT/BT, produtos para medição, disjuntores, transformadores, condutores de energia, acessórios para cabos, vedações, itens para aterramento, comando, automação, segurança e outros. O guia contempla fabricantes e importadores, mas não revendedores.
Da Redação de EM
Entradas MT Disjuntores MT
Conjuntos MT/BT (1) SF6 (2) aberta a gás SF6 (3) Sem (4) compartimentação Com (5)
Empresa Telefone E-mail
Cubículos MT modulares com isolação a ar
seccionadora
Andaluz (27) 99223-9787 andaluz@andaluz.ind.br Chardon Group (11) 97544-4066 fdeluca@chardongroup.com Dbtec – (12) 98208-0356 comercial@dbtec.com.br Engeduto – (21) 99987-3046 vendas@engeduto.com.br Grupo Romagnole (44) 3233-8500 comercial@romagnole.com.br HB - Holec Barras (15) 99781-4898 vendas@hbindustria.com.br Holec By Wohner (11) 99229-1104 vendas@holec.com.br Ideal – (11) 97027-8672 vendas@ideal.ind.br JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br KIT Acessórios – (21) 98114-1538 vendas@kitacessorios.com.br
36
Postes para entrada
Caixas
Material
à prova de arco interno Pára-raios MT Chaves fusíveis MT Pequeno volume de óleo SF6 Vácuo Seccionador tripolar MT Fusíveis MT Óleo Fluido de Silicone Seco TPs e TCs de MT Armações, suportes (6) Isoladores BT Concreto Aço PRFV (7) Com medição (8) Medição individual (9) Leitura da Calçada (10) Para quadro de medição (11) Medição indireta (12) Caixa seccionadora (13) Centros de medição (14) Aço carbono Aço inoxidável Alumínio Fibra de vidro “Plásticas”
Conjuntos MT e MT/BT
Medição
Entradas BT
Transformador MT/ BT
•
• • • • • • • •
•
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • •
• • • • • •
•
•
•
EM MAIO/JUNHO, 2021
•
• •
• • • • •
• • •
• • •
•
•
•
• • • • • •
•
•
• •
•
•
•
• • • •
•
Entradas MT Disjuntores MT
Conjuntos MT/BT (1) SF6 (2) aberta a gás SF6 (3) Sem (4) compartimentação Com (5)
Empresa Telefone E-mail
Cubículos MT modulares com isolação a ar
seccionadora
L A – (54) 98124-4999 comercial@la.ind.br Mon-Ter – (11) 4487-6760 montereletrica@montereletrica. com.br Renova Condutores (11) 97178-0041 thais@renovacondutores.com.br Rio-Tech – (17) 4009-0500 comercial@rio-tech.com.br Rittal – (11) 3622-2377 info@rittal.com.br Strahl – (11) 2818-3838 vendas@strahl.com TEE Compenentes (19) 99783-4960 vendas@tee.com.br Termotécnica – (31) 98511-1264 atendimento@tel.com.br Varimaster Group (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br
Postes para entrada
Caixas
Material
à prova de arco interno Pára-raios MT Chaves fusíveis MT Pequeno volume de óleo SF6 Vácuo Seccionador tripolar MT Fusíveis MT Óleo Fluido de Silicone Seco TPs e TCs de MT Armações, suportes (6) Isoladores BT Concreto Aço PRFV (7) Com medição (8) Medição individual (9) Leitura da Calçada (10) Para quadro de medição (11) Medição indireta (12) Caixa seccionadora (13) Centros de medição (14) Aço carbono Aço inoxidável Alumínio Fibra de vidro “Plásticas”
Conjuntos MT e MT/BT
Medição
Entradas BT
Transformador MT/ BT
• • • •
• •
• • • • • •
• • • • • • • • •
•
• • • • •
•
• • • • • • • • • • • • • • • • • •
•
• •
• •
•
•
•
Notas: (1) Conjuntos de transformação MT/BT completos, incluindo “subestações unitárias” e “cabines primárias” pré-fabricadas (segundo padrão das concessionárias). (2) Chave seccionadora em invólucro selado e isolado a SF6. (3) Cubículos selados e isolados a gás SF6. (4) Tipo metal enclosed. (5) Tipo metal clad. (6) Armações secundárias e outros suportes para isoladores BT. (7) PRFV – Poliéster reforçado com fibra de vidro. (8) Postes com caixa de medição incorporada. (9) Caixas para medição direta em entradas individuais (edificações individuais). (10) Caixas para medição, em entradas individuais, com leitura voltada para a calçada. (11) Caixas para quadros/centros de medição (edificações de uso coletivo). (12) Caixas para medição indireta, seja a medição em AT ou BT. (13) Caixa para alojamento de dispositivo de proteção e seccionamento. (14) Centros de medição pré-montados (cubículos), para edificações de uso coletivo. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 568 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
Alumbra (11) 99394-6155 sac@alumbra.com.br Alumi Brasil (12) 98198-0648 comercial@alumibr.com.br Automatus – (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br BoreAL – (12) 99114-0637 vendas@borealfiosecabos.com.br Chardon Group – (11) 97544-4066 fdeluca@chardongroup.com Cobrecom – (11) 2118-3296 cobrecom@cobrecom.com.br
Prensa-cabos
Conectores para trilho
Conectores múltiplos (21)
Fitas isolantes
Derivador (20)
Compressão
mola/torção (19)
Versões
parafuso
bimetal
alumínio
cobre
Desconectáveis
Contráteis a frio
Termocontráteis
Enfaixadas
Modulares
Porcelana
Material Com molde e resina
Alumínio
Acessórios para cabos – Conexões Terminações e/ou Conectores (18) emendas (kits)
• • • • • •
• • • •
• •
• • •
• •
• • • •
• • • • •
• • • • • • •
• •
• •
• •
• • • • •
Condumig – (37) 3512-2327 contato@condumig.com.br
• • • • • • • •
Dacota Cabos – (19) 3634-3477 vendas@dacotace.com.br
• • • • • • • • •
Dersehn – (53) 98465-8816 dersehn@dersehn.com.br Engeduto – (21) 99987-3046 vendas@engeduto.com.br Grupo Romagnole – (44) 3233-8500 comercial@romagnole.com.br HB - Holec Barras – (15) 99781-4898 vendas@hbindustria.com.br Holec By Wohner (11) 99229-1104 vendas@holec.com.br JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br KIT Acessórios – (21) 98114-1538 vendas@kitacessorios.com.br Lamesa – (19) 3623-1518 vendas@lamesa.com.br Magnet – (11) 4176-7878 vendas@mmmagnet.com.br Mec-Tronic – Eletromar (81) 99278-7518 contato@mectronic-eletromar.com.br Pan Electric – (54) 99704-5001 vendas@pan.com.br Proauto Electric – (15) 98829-1226 caio.vieira@proauto-electric.com Renova Condutores (11) 97178-0041 thais@renovacondutores.com.br Sindal – (11) 3326-3144 sindal@sindal.com.br Soprano – (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br Steck – (11) 2248-7000 vendas@steck.com.br Strahl – (11) 2818-3838 vendas@strahl.com Termotécnica – (31) 98511-1264 atendimento@tel.com.br
Cobre
LS0H (17)
flexível (16)
multipolar (15)
unipolar (15)
Tipo de condutor/ cabo
isolado (15)
Material condutor alumínio
cobre
termofixa
Isolação
Fios e cabos isolados BT
termoplástica
Tipos de cabos multipolares
unipolares
alumínio
cobre
Empresa Telefone E-mail
Material condutor
Cabos MT
Linhas elétricas pré-fabricadas
Condutores
•
• •
• • • • • • • • • • • • •
•
• • • • • • •
• • • •
• • •
•
• • • • • •
• • • • • • • • • • • • •
•
• • • • • • • • • •
•
• •
•
• • • • • • •
• • • • • •
•
• • • • • • • • • • • • • • • • • •
•
•
•
• •
• • • • • • • • •
•
• • • • •
•
• • •
•
•
• • • • • • • • MAIO/JUNHO, 2021 EM
38
•
O núcleo inovador latino-americano para o futuro da energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO
THE SMARTER E SOUTH AMERICA - O CENTRO INOVADOR LATINO-AMERICANO PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
GUIA – 2
Tramontina – (54) 3461-8200 fabiana.mocelin@tramontina.com Varimaster Group (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br Wago Brasil – (11) 94596-9074 vendas.br@wago.com
• • •
• • •
Prensa-cabos
Conectores para trilho
Fitas isolantes
Derivador (20)
Compressão
mola/torção (19)
Versões
parafuso
bimetal
alumínio
cobre
Desconectáveis
Contráteis a frio
Termocontráteis
Enfaixadas
Modulares
Porcelana
Material
Conectores múltiplos (21)
Acessórios para cabos – Conexões Terminações e/ou Conectores (18) emendas (kits)
Com molde e resina
Alumínio
Cobre
LS0H (17)
flexível (16)
multipolar (15)
unipolar (15)
Tipo de condutor/ cabo
isolado (15)
alumínio
cobre
termofixa
termoplástica
Isolação
Material condutor
Fios e cabos isolados BT
Tipos de cabos multipolares
unipolares
cobre
Empresa Telefone E-mail
alumínio
Material condutor
Cabos MT
Linhas elétricas pré-fabricadas
Condutores
•
• • • •
• •
Notas: (15) “Condutor isolado” é o fio ou cabo dotado apenas de isolação, e “cabos uni ou multipolares” são os cabos dotados, adicionalmente, de cobertura. No caso dos condutores com isolação de XLPE, a isolação apresenta uma espessura grande o sufi ciente para que o cabo seja considerado equivalente a um cabo unipolar, para efeito de aplicação. (16) Cabos com classe de encordoamento 4 ou superior. (17) Cabos com baixa emissão de fumaças e gases tóxicos (LS0H = low smoke zero halogen). (18) Terminais e emendas. (19) Conectores nos quais basta enfi ar as pontas dos condutores — e, dependendo do modelo, também torcê-los. (20) Usado em caixa de derivação, dispõe de vários bornes, divididos em dois grupos (fase e neutro, ou fase e fase), possibilitando então conexão múltipla numa única peça. (21) Conectores múltiplos (conectores em barra) ou similares Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 568 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta.
Alumbra (11) 99394-6155 sac@alumbra.com.br
•
•
Andaluz (27) 99223-9787 andaluz@andaluz.ind.br Automatus (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br
Com Sem rosca rosca
•
• • •
• • •
•
• • • • • •
• •
Engeduto (21) 99987-3046 vendas@engeduto.com.br
• • • • • • • • • • • • • • • •
• • • •
•
HellermannTyton (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton.com.br Holec By Wohner (11) 99229-1104 vendas@holec.com.br
EM MAIO/JUNHO, 2021
• •
• • • • • • •
• • • • • •
HB - Holec Barras (15) 99781-4898 vendas@hbindustria.com.br
40
•
•
Dutotec (51) 98163-1922 vendas@dutotec.com.br
Grupo Romagnole (44) 3233-8500 comercial@romagnole.com.br
Caixas de passagem e de derivação
Fixador para eletrodutos (29) Metálicos Plásticos Fechados Com tampa (30) Piso celular Piso elevado Postes condutores (31) Perfilados Lisa Perfurada Aramada Leitos para cabos “Plásticas” (32) Metálicas Embutir Sobrepor (33) Tipo condulete De piso Para piso elevado
Resinas de vedação (22) Selagem corta-fogo (23) Pintura antichama (24) Buchas de passagem Abraçadeiras, coleiras (25) Identificadores (26) Etiquetadoras Fixadores para cabos (27) PVC Polietileno Aço Alumínio Rígidos Flexíveis
Empresa Telefone E-mail
Linhas elétricas - vedações, acessórios, condutos, caixas CanaSisteletas e Dutos Eletrocamas Eletrodutos e acessórios roda- de piso lhas de piso pés Conexões (28)
• • •
• • • • • • • • • • • • • • • • •
• •
•
•
• •
•
A maior feira e congresso da América do Sul para o setor solar EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO
A COMPLETA CADEIA PRODUTIVA SOLAR – EM TRÊS DIAS DE MUITOS NEGÓCIOS A feira enfoca toda a cadeia produtiva solar, dos avanços na tecnologia de células aos componentes de equilíbrio de sistemas, passando por aplicações práticas e novas tecnologias. Em 2021, a Intersolar South America espera mais de 20.000 visitantes ao Expo Center Norte de São Paulo, onde mais 250 fornecedoras de soluções FV destacarão seus produtos. Além da feira em si, a INTERSOLAR oferece várias apresentações, workshops e mostras de produtos relacionados à cadeia produtiva FV. No Palco de Inovações e Aplicações, expositores e parceiros da Intersolar e da ees apresentarão novidades e tendências do setor solar e sessões de treinamento profissional. Serão também realizados vários workshops interativos. Profissionais gabaritados ensinam as melhores práticas, ilustrando-os com estudos de casos. Antecipe-se à concorrência acrescentando os mais atualizados conhecimentos teóricos e práticos dos líderes em energia solar e armazenamento de energia.
GUIA – 2
Com Sem rosca rosca
Ideal – (11) 97027-8672 vendas@ideal.ind.br
•
JEA – (19) 99692-0762 antonio@jea.com.br JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br
•
KIT Acessórios (21) 98114-1538 vendas@kitacessorios.com.br
•
•
•
•
•
•
• •
•
• •
• • • • • • • • • • • •
• • • • • • •
Soprano – (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br
• •
Strahl – (11) 2818-3838 vendas@strahl.com Tramontina – (54) 3461-8200 fabiana.mocelin@tramontina. com
•
Usiluz – (51) 3351-1228 vendas1@usiluz.com.br
• •
•
• • • •
• • • • • • • •
•
•
• •
•
• •
•
• • • • •
Varimaster Group (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br Wago Brasil (11) 94596-9074 vendas.br@wago.com
• • • •
•
Proauto Electric (15) 98829-1226 caio.vieira@proauto-electric.com
Steck – (11) 2248-7000 vendas@steck.com.br
•
• •
L A – (54) 98124-4999 comercial@la.ind.br
Renova Condutores (11) 97178-0041 thais@renovacondutores.com.br
• •
• •
Kanaflex – (11) 98602-2907 mkt@kanaflex.com.br
Mec-Tronic – Eletromar (81) 99278-7518 contato@mectronic-eletromar. com.br
Caixas de passagem e de derivação
Fixador para eletrodutos (29) Metálicos Plásticos Fechados Com tampa (30) Piso celular Piso elevado Postes condutores (31) Perfilados Lisa Perfurada Aramada Leitos para cabos “Plásticas” (32) Metálicas Embutir Sobrepor (33) Tipo condulete De piso Para piso elevado
Resinas de vedação (22) Selagem corta-fogo (23) Pintura antichama (24) Buchas de passagem Abraçadeiras, coleiras (25) Identificadores (26) Etiquetadoras Fixadores para cabos (27) PVC Polietileno Aço Alumínio Rígidos Flexíveis
Empresa Telefone E-mail
Linhas elétricas - vedações, acessórios, condutos, caixas CanaSisteEletrocaletas e Dutos Eletrodutos e acessórios mas lhas roda- de piso de piso pés Conexões (28)
•
• • •
• • • •
• • •
Notas: (22) Kits de resinas intumescentes/expansíveis para vedação de passagens de cabos, particularmente em dutos subterrâneos, contra penetração de água, sendo usadas também para vedar dutos vazios. (23) Massa de selagem, sacos e outros sistemas para obturação de passagem de cabos, funcionando como barreira corta-fogo. (24) Consiste na aplicação (pulverização) de revestimento não-propagante de chamas a cabos em bandejas ou leitos, com o uso de pistola de pintura. (25) Para organização dos cabos, formação de chicotes. (26) Anilhos e clipes identificadores, etiquetas e porta- etiquetas. (27) Elementos para fixação de cabos diretamente sobre paredes, tetos ou outras superfícies contínuas (abraçadeiras, grampos, clipes fixadores e espaçadores, buchas, suportes para montagem de cabos em paralelo, etc.). (28) Luvas, curvas, buchas, arruelas, etc. (29) Elementos para fixação de eletrodutos sobre paredes, tetos, em estruturas metálicas, etc. (abraçadeiras, grampos, clipes fi xadores e espaçadores, suportes para montagem de eletrodutos em paralelo, etc.). (30) Também chamados de dutos abertos ou de calhas abertas para piso. (31) Para distribuição terminal das linhas elétricas e fixação de tomadas, sendo a chegada dos cabos pelo forro falso ou pelo piso elevado (neste caso, inclui os chamados “postinhos”). (32) Caixas de material isolante. (33) Caixas para instalação/montagem aparente. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 568 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
42
EM MAIO/JUNHO, 2021
A feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO
MOSTRE SEUS PRODUTOS NA ELETROTEC + EM POWER 2021 A inovação tecnológica tem impactos importantes sobre os sistemas elétricos de distribuição e as instalações consumidoras. O crescimento das novas fontes de energia renovável e da geração distribuída, as soluções de armazenamento atrás do medidor, os veículos elétricos, as redes inteligentes e a transformação digital são conceitos que exigem novos produtos e serviços. A proposta da ELETROTEC+EM POWER é destacar-se como a principal feira para o segmento de infraestrutura elétrica e gerenciamento de energia. Desenhada para profissionais da área de projeto, montagem e manutenção de instalações industriais e prediais de média e baixa tensão, micro e minigeração fotovoltaica, redes de distribuição urbanas aéreas e subterrâneas e iluminação pública. A feira realiza-se simultaneamente ao congresso ELETROTEC (sucessor do ENIE), tradicional ponto de encontro dos experts em instalações industriais e prediais, favorecendo um ambiente ideal para atualização técnica e geração de negócios, num mercado com forte potencial de expansão.
PARTICIPE, SEJA UM EXPOSITOR
GUIA – 2
Alumbra (11) 99394-6155 sac@alumbra.com.br
• •
Automatus (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br
•
• • •
Disjuntor-motor Contador-disjuntor (45) Partida convencional (46) Soft-starters
• • • • • • • • • • • • • •
Engeduto (21) 99987-3046 vendas@engeduto.com.br
•
Exatron – (51) 3357-5019 contato@exatron.com.br
• • •
Grupo Romagnole (44) 3233-8500 comercial@romagnole.com.br
• • • •
HB - Holec Barras (15) 99781-4898 vendas@hbindustria.com.br
•
• • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • • •
• • • • • • • •
• •
HellermannTyton (11) 2136-9090 vendas@hellermanntyton. com.br
• •
• • •
JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br
• • •
• •
• • • • • • • • • • •
Kienzle (11) 99601-8392 antonio@kienzle.com.br
•
Kraus & Naimer (11) 2198-1288 vendas@krausnaimer.com.br
44
Contatores
•
•
Mec-Tronic – Eletromar (81) 99278-7518 contato@mectronic-eletromar. com.br
•
• • • • • • •
Dutotec (51) 98163-1922 vendas@dutotec.com.br
Holec By Wohner (11) 99229-1104 vendas@holec.com.br
Uso externo
•
• • •
Clamper (31) 98316-7696 montagem@clamper.com.br Dbtec (12) 98208-0356 comercial@dbtec.com.br
•
Uso interno
Cartucho gG e gL
• •
Andaluz (27) 99223-9787 andaluz@andaluz.ind.br
Cabortel (11) 99175-2496 cabortel@gmail.com
Tipo D
Construção
Tipo NH
Função
distribuição comando para motores transferência (35) autoportantes de sobrepor de embutir “Plásticos” Metálicos De sobrepor De embutir Minidisjuntores Caixa moldada De potência (37)
Empresa Telefone E-mail
DPS (43) Tomadas e interruptores
Interruptor BT modular (38) Chave seccionadora (39) Seccionador-fusível (40) Interruptor DR Disjuntor DR Módulo DR (41) Relés DR (42) Classe I Classe II Classe III
Quadros BT - Montagens Quadros BT Dispositivos Disjuntores completas (34) Kits (36) fusíveis
Circuito de motores Proteção diferencial (DRs)
Relé para proteção de motor (44)
Conjuntos e dispositivos de BT
• •
• • •
• •
•
• • • •
EM MAIO/JUNHO, 2021
• • •
• •
•
•
•
•
•
A feira sul-americana para baterias e sistemas de armazenamento de energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO
OS SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO REDEFINIRÃO O SETOR ENERGÉTICO O mercado de sistemas de armazenamento em baterias tem um imenso potencial para domicílios, para redes ou para sistemas de armazenamento em larga escala de uso comercial ou industrial. Uma pesquisa de mercado pela Navigant Research indica que a receita mundial advinda de tais sistemas crescerá de $452 milhões em 2014 para mais de $16,5 bilhões até 2024, e a produção deverá chegar a um volume superior a 10 GW. Os sistemas de armazenamento são mais rentáveis em países com condições favoráveis de auto-consumo e os especialistas do setor prevêem que o mercado de armazenamento valerá bilhões de dólares dentro de alguns anos.
GUIA – 2
Mon-Ter (11) 4487-6760 montereletrica@ montereletrica.com.br
Disjuntor-motor Contador-disjuntor (45) Partida convencional (46) Soft-starters
Contatores
Uso externo
• • • • • • •
Proauto Electric (15) 98829-1226 caio.vieira@proauto-electric. com
•
Renova Condutores (11) 97178-0041 thais@renovacondutores. com.br
• • • •
Rio-Tech (17) 4009-0500 comercial@rio-tech.com.br
• • • • • • •
• • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Soprano (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br
•
• • • • •
• •
• • •
• • •
• •
•
Steck – (11) 2248-7000 vendas@steck.com.br Stemac – 0800 723 3800 stemac@stemac.com.br
• • • • • • •
Strahl – (11) 2818-3838 vendas@strahl.com
• • •
• • •
• •
•
•
•
•
• • • • • • •
• • • • • • • • •
•
• • •
•
• • •
•
TEE Compenentes (19) 99783-4960 vendas@tee.com.br
• • •
•
•
Termotécnica (31) 98511-1264 atendimento@tel.com.br
• • •
Tramontina – (54) 3461-8200 fabiana.mocelin@tramontina. com
• •
• •
•
• •
Usiluz (51) 3351-1228 vendas1@usiluz.com.br Varimaster Group (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br
Uso interno
Cartucho gG e gL
Tipo D
Construção
Tipo NH
Função
distribuição comando para motores transferência (35) autoportantes de sobrepor de embutir “Plásticos” Metálicos De sobrepor De embutir Minidisjuntores Caixa moldada De potência (37)
Empresa Telefone E-mail
DPS (43) Tomadas e interruptores
Interruptor BT modular (38) Chave seccionadora (39) Seccionador-fusível (40) Interruptor DR Disjuntor DR Módulo DR (41) Relés DR (42) Classe I Classe II Classe III
Quadros BT - Montagens Quadros BT Dispositivos Disjuntores completas (34) Kits (36) fusíveis
Circuito de motores Proteção diferencial (DRs)
Relé para proteção de motor (44)
Conjuntos e dispositivos de BT
• • • • • • • • • • • • • • • •
Wago Brasil (11) 94596-9074 vendas.br@wago.com
• • • • •
• •
• • • • • •
Notas: (34) Conjuntos já entregues montados ou parcialmente montados. (35) Para transferência de alimentação normal/reserva. (36) Kits compreendendo o invólucro (caixa ou armário) e os acessórios necessários à montagem do quadro na obra, como trilhos, barramentos, conexões para aterramento, moldura, etc. (37) Disjuntores para altas correntes. (38) De concepção modular, para montagem em trilho DIN. (39) Com mecanismo rotativo, de ação rápida, com ou sem porta-fusíveis. (40) De concepção modular, para montagem em trilho DIN. (41) Módulo DR acoplável a disjuntor. (42) Incluindo dispositivos especificamente de supervisão (isto é, sem desligamento automático). (43) Dispositivos de proteção contra surtos de/para montagem em quadros, tipicamente em trilho DIN. (44) Relés térmicos, relés para proteção de motores. (45) Contator-disjuntor integral: conjunto modular (disjuntor + contator, ou disjuntor + contator + módulo de proteção) em montagem monobloco. (46) Chaves de partida convencionais (partida direta, estrela-triângulo, compensadoras). Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 568 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta.
46
EM MAIO/JUNHO, 2021
Comando - automação - segurança Transformadores
Alumbra – (11) 99394-6155 sac@alumbra.com.br Automatus – (11) 99241-4679 sac@automatus.com.br BoreAL – (12) 99114-0637 vendas@borealfiosecabos.com.br Cabortel – (11) 99175-2496 cabortel@gmail.com Exatron – (51) 3357-5019 contato@exatron.com.br Grupo Romagnole – (44) 3233-8500 comercial@romagnole.com.br HB - Holec Barras – (15) 99781-4898 vendas@hbindustria.com.br Holec By Wohner – (11) 99229-1104 vendas@holec.com.br JNG – (11) 2090-0550 jng@jng.com.br Kienzle – (11) 99601-8392 antonio@kienzle.com.br Kraus & Naimer – (11) 2198-1288 vendas@krausnaimer.com.br Lamesa – (19) 3623-1518 vendas@lamesa.com.br Magnet – (11) 4176-7878 vendas@mmmagnet.com.br Mec-Tronic – Eletromar – (81) 99278-7518 contato@mectronic-eletromar.com.br MIT Meastech – (11) 4021-1424 info@meastech.com.br Pan Electric – (54) 99704-5001 vendas@pan.com.br Proauto Electric – (15) 98829-1226 caio.vieira@proauto-electric.com Renova Condutores – (11) 97178-0041 thais@renovacondutores.com.br Soprano – (54) 2101-7070 eletrica@soprano.com.br Steck – (11) 2248-7000 vendas@steck.com.br Termotécnica – (31) 98511-1264 atendimento@tel.com.br Tramontina – (54) 3461-8200 fabiana.mocelin@tramontina.com Usiluz – (51) 3351-1228 vendas1@usiluz.com.br Varimaster Group – (11) 97483-8551 chint@varimaster.com.br Wago Brasil – (11) 94596-9074 vendas.br@wago.com
Instrumentos (59)
Cabos de sinal (47) TC e TP de BT De comando De separação (48) P/ campainha (49) De segurança (50) Botões, sinalizadores Chaves rotativas (51) Auxiliares de comando (52) Relés de impulso Relé de tempo/temporizador Interruptores horários Minuterias Dimmers (53) Fotoelétricos (54) De presença (55) De fumaça Malhas pré-fabricadas Barras para aterramento Hastes de aterramento Cabos (56) Cordoalhas Conexões (57) Solda exotérmica Caixas de inspeção Massa calafetadora Barramentos BEP (58) Testador de continuidade Medidor de isolamento (60) Medidor de laço de falta (61) Terrômetro (62) Testador de DR (63) Instrumento multifunção (64) Microhmímetro (65)
Empresa Telefone E-mail
Aterramento Detectores
• •
• • •
• • • • • •
• • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• •
• • • • • • •
• •
•
• •
•
• • • • • • •
•
• • • • • • • •
•
• • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
•
• •
• • • • • •
• •
•
• •
• • • • • • • • • • •
•
• •
•
•
•
• • • •
•
•
• •
Notas: (47) Cabos de controle, comando e sinalização. (48) Transformador de separação conforme IEC 61558-2-4, incluindo versões em forma de tomada — as chamadas “tomadas para barbeador”, conforme IEC 61558-2-5. (49) Transformador para campainha conforme IEC 61558-2-8. (50) Transformador de separação de segurança conforme IEC 61558-2-6. (51) Também conhecidas como comutadores ou chaves comutadoras, são aplicadas como chaves seletoras, reversoras, estrela-triângulo, comutadoras para instrumentos, etc. (52) Relés diversos, contatores auxiliares. (53) Variadores de luminosidade. (54) Detectores e relés fotoelétricos. (55) Detector/sensor de presença. (56) Fios e cabos nus para aterramento. (57) Conectores, emendas, grampos, terminais, abraçadeiras e presilhas para aterramento. (58) Barramento de eqüipotencialização pronto para uso. (59) Instrumentos utilizados na verificação final da instalação elétrica. (60) Medidor de resistência de isolamento. O modelo mais conhecido e utilizado é o megôhmetro. (61) Medidor de fault loop, de loop impedance ou, como consta da NBR 5410, medidor da impedância do percurso da corrente de falta. (62) Medidor de resistência de aterramento. (63) Testador de dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual. (64) Também conhecidos como testadores de instalações elétricas, pois incorporam, num único instrumento, todas as medições/verificações exigidas pela norma de instalações (continuidade/resistência dos condutores de proteção, resistência de isolamento, impedância do laço de falta, resistência de aterramento, teste de dispositivos DR, etc.). (65) Para verificação da continuidade das ferragens da edificação, quando utilizadas como descidas dos para-raios, conforme norma NBR 5419. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 568 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
MAIO/JUNHO, 2021 EM
47
DISTRIBUIÇÃO
Uma filosofia moderna de redes subterrâneas eficientes e de menor custo*
N
este artigo se relata a experiência da Enel Distribuição Rio com a adoção de nova concepção e filosofia de construção de redes subterrâneas, que levaram a uma solução para o congestionamento das redes aéreas e a falta de espaço urbano, me-
lhorando muito a relação custo/benefício dos sistemas subterrâneos e obtendo a melhora de indicadores de qualidade, que é uma característica desse tipo de rede. Em 2017, a empresa tornou-se a distribuidora com maior quantidade de redes subterrâneas instaladas no País [1], o que só foi possível graças à mudança da topologia e a implantação de novas tecnologias, as quais proporcionaram a construção de sistemas com menor custo e maior velocidade. Um histórico A grande influência econômica que desde há muito tempo os Estados Unidos têm exercido no Brasil traduziu-se, em diversas áreas, na adoção entre nós dos padrões norte-americanos trazidos pelas empresas daquele país, que aqui se instalaram nos primórdios de vários setores produtivos nacionais, a exemplo do de energia elétrica ― o fato de termos adotado a frequência de operação de 60 Hz para nosso sistema elétrico é uma prova disso. Especificamente no que se refere a projeto e implantação de redes subterrâneas de distribuição, várias empresas do Brasil (e também
Vala com dutos na implantação de linha segundo filosofia europeia de redes subterrâneas
48
EM MAIO/JUNHO, 2021
Sistemas subterrâneos de distribuição de energia são tecnicamente superiores mas também são caros. Mas quanto são caros? E de que tipo de redes subterrâneas falamos? Este artigo relata como, com o emprego de técnicas e filosofia diversas daquelas adotadas nas redes subterrâneas tradicionais no Brasil, foi possível reduzir muito o custo de implantação e acelerar as obras de instalação, minimizando transtornos para os centros urbanos. de outros países da América do Sul) adotaram a filosofia norte-americana, que consistia na construção de grandes caixas de alvenaria subterrâneas, destinadas ao puxamento dos cabos, às derivações e à instalação de equipamentos. Mas, de modo geral, as concessionárias que implantaram esse sistema o fizeram de forma muito pontual, devido aos altíssimos custos envolvidos, aos elevados tempos de implantação e aos grandes impactos provocados pela execução das obras no espaço urbano (vide figura 1). Uma das empresas que adotaram a filosofia norte-americana foi a extinta Ampla Energia e Serviços, antiga distribuidora de energia elétrica para grande parte do Estado do Rio de Janeiro (a qual, por sua vez, era anteriormente a CERJ - Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro, estatal que “herdou” sistemas elétricos construídos por diversas outras companhias incorporadas ao longo do século 20). Porém, devido aos problemas mencionados acima, a capacidade da empresa para continuar implantando esse tipo de sistema foi sendo comprometida ao longo do tempo.
* Adaptação realizada pela Redação de EM do artigo “Projetos Subterrâneos: Redução de Custos dos Projetos”, de Severino P. de Oliveira Jr., André F. Zuma Correia, Albert R. Bizzo, Alessandro B. Alves, Alessandro B. Machado, Gleyton R. S. Gois e Tania M. B. Ribeiro, da empresa Enel (XXV SNPTEE, novembro de 2019).
mento dos cabos e emendas diretamente no terreno e instalar derivações e equipamentos em cabines de alvenaria na superfície (figura 2). Esse conceito, inteiramente distinto do anterior, leva a uma redução significativa dos custos com obras civis e a uma maior celeridade na execução, reduzindo também os transtornos e interdições de vias causados pelas obras (figura 3).
Fig. 1 – Métodos e situações típicas de implantação da “filosofia americana” de redes subterrâneas
Após a aquisição da Ampla pelo grupo italiano Enel, foi iniciada uma grande unificação de procedimentos e materiais, incluindo a implementação
de uma filosofia europeia de redes subterrâneas. Esta consiste, basicamente, em não utilizar caixas de passagem e emendas, mas sim realizar o lança-
Metodologia: projeto, materiais, equipamentos e técnica de construção A nova rede subterrânea foi inicialmente implementada em circuitos novos de subestações de distribuição, visando a particionar os alimentadores existentes que possuíam grandes quantidades de consumidores conectados. Um dos motivos da opção pela rede subterrânea tem sido o congestionamento existente das redes aéreas vizinhas às subestações, havendo trechos com três ou mais circuitos dividindo a mesma posteação.
MAIO/JUNHO, 2021 EM
49
DISTRIBUIÇÃO O processo de implantação começa com um estudo do traçado para a rede, visando a obter o percurso com menor custo, maior velocidade de execução, menor interferências com outros serviços e menores necessidades de autorizações. Fig. 2 – Equipamentos abrigados em cabines de alvenaria Esse estudo inicial na superfície torna-se também subsídio para a elaboração de um projeto simplificado (figura utiliza, primeiro, uma máquina portá4), que é enviado aos órgãos compe- til (cortadora de asfalto) de operação tentes para as liberações necessárias manual, que produz o corte inicial da (prefeituras, órgãos ambientais, conces- pavimentação. Em seguida, com a utisionárias de rodovias e outros). Depois lização de uma retroescavadeira, que de obtidas todas essas autorizações, as pode ser do tipo bobcat, é removida a obras são iniciadas. As autorizações são, camada superficial de asfalto e aberta na maioria dos casos, emitidas acom- uma vala de aproximadamente 1,5 m panhadas de condicionantes, como ho- de profundidade por 40 cm de largura, rários e dias de trabalho e alteração de para acomodação de dutos que abricaracterísticas construtivas de linhas de garão os cabos de potência provendo dutos (vide figura 7). isolação elétrica e mecânica (figura 7). Os cabos de potência (figura 5) posAntes da colocação dos dutos, é suem isolamento para 20 kV, condutor depositada no fundo da vala uma cade alumínio, blindagem de tubo de mada (“cama”) de 10 centímetros de alumínio e elemento de bloqueio con- areia lavada. Depois disso, os dutos tra infiltração de água. As emendas, são acomodados lado a lado sobre também com isolamento para 20 kV, essa camada ― para cada duto exsão tubulares, pré-expandidas e con- tra instalado, é necessário estender tráteis a frio, o que facilita a instalação a largura da vala em 20 cm. Após a e reduz os riscos de defeitos por pro- colocação dos dutos, outra camada blemas de execução. Os terminais têm de areia lavada é colocada e compacisolamento para 30 kV com um longo tada sobres estes, com espessura de comprimento de linha de fuga, o que cerca de 30 cm. Ao lado dos dutos, é aumenta a confiabilidade (vide figura lançado também um cabo para ater6). E equipamentos como transforma- ramento, o qual deve ser contínuo em dores, disjuntores e seccionadores blin- toda a extensão do trecho escavado e dados são do tipo para instalação em conectado às hastes de aterramento superfície (vide figura 2). nas subidas dos postes. A uma proEste tipo de construção de rede subterrânea tem como principal característica a simplicidade (sem galerias e caixas de passagem), o que permite a sua execução de forma rápida e segura e com transtornos reduzidos. O mais comum é realizar Fig. 3 – Passagem de cabo na nova forma construtiva, com a escavação pelo métomenor interferência nas vias do destrutivo, em que se 50
EM MAIO/JUNHO, 2021
Fig. 4 – Exemplo de projeto simplificado
fundidade de 40 cm em relação à superfície asfáltica, é colocada uma fita de sinalização da existência de cabos de energia elétrica. Em seguida, é feito o reaterro, com o material retirado inicialmente, depois uma compactação geral e, por fim, a recomposição asfáltica. A figura 7 mostra as camadas e componentes da construção e um duto lançado na vala. Também é possível utilizar um método não-destrutivo de escavação, sem abertura de vala, o qual é normalmente adotado para áreas onde o método destrutivo não é autorizado por órgãos como DNIT, DER, prefeituras, etc. Esse método utiliza uma sonda que executa a perfuração e também já deposita o duto no trecho. Trata-se de uma solução de engenharia para situações antes inviáveis, porém seu custo é maior do que o do método destrutivo. Uma vez que os cabos de potência precisam ter o menor número possível de emendas, é primordial realizar um planejamento de bobinas de modo a que o lançamento seja inteiriço. Como nessa topologia não existem caixas de passagem, é necessário abrir valas intermediárias no trecho para que os cabos sejam lançados. O lançamento do cabo deve, evidentemente, respeitar o limite de tração indicado pelo fabricante.
Benefícios, custos e viabilidade financeira O acelerado crescimento das redes de distribuição e o adensamento das cidades tem tornado difícil a implantação de novas linhas aéreas, devido à falta de espaço físico. As redes subterrâneas são uma solução para esses problemas e também contribuem para a redução do já mencionado excesso de circuitos na posteação aérea. Além disso, agregam ainda as vantagens inerentes aos sistemas subterrâneos: a diminuição das falhas na rede de distribuição (aumento da confiabilidade), pois esta fica menos exposta a agentes externos; a redução dos custos de manutenção, devido à menor necessidade de intervenções; a melhora da estética dos logradouros, tornando-os visualmente mais agradáveis; a conservação do meio ambiente, por dispensar a re-
Fig. 5 – Cabo de potência
MAIO/JUNHO, 2021 EM
51
DISTRIBUIÇÃO
tirada árvores para passagem da rede e também eliminar a necessidade de podas; e o aumento da segurança da população, pela redução do risco de acidentes por ruptura de condutores e contatos acidentais. Diferentemente do que ocorre em países mais desenvolvidos, no Brasil o padrão mais adotado pelas distribuidoras de energia elétrica ainda é a rede de distribuição aérea convencional. Isto porque Fig. 6 – Emendas e terminais os custos de um sistema subterrâneo em geral Analisando os custos de impleainda são de 10 a 20 vezes maiores do que os de um sistema aéreo, além de mentação de redes de distribuição de a rede subterrânea normalmente exigir energia elétrica subterrâneas adotados uma logística complexa para a sua im- por grande parte das distribuidoras do plantação, principalmente em grandes Brasil, e comparando-os com os custos obtidos pela Enel, é possível notar uma centros urbanos. No entanto, por meio da adoção de redução significativa. A figura 8 comnovas tecnologias e diversos critérios para os custos totais de construção de construtivos utilizados em outras em- um quilômetro de rede de distribuição presas do grupo Enel, principalmente subterrânea, considerando materiais, na Itália, a Enel Distribuição Rio con- mão de obra e custos indiretos associaseguiu construir redes de distribuição dos às obras civis e elétricas, dos sissubterrâneas de energia elétrica com temas padrão e Enel. Percebe-se nessa um investimento bem inferior aos figura que a diferença entre as duas geralmente praticados ― a título de formas de construção de rede subterexemplo, apenas em 2017 a empresa rânea atinge aproximadamente R$ 1 implantou cerca de 60 quilômetros milhão para um circuito, chegando a desse tipo de rede com investimento cerca de R$ 1,34 milhão para quatro de aproximadamente R$ 33 milhões. circuitos. Essa diferença deve-se, prin-
Fig. 7 – Camadas da instalação (à esquerda) com adição placa(s) de concreto (condicionante); e vala com duto instalado (à direita)
52
EM MAIO/JUNHO, 2021
elétrica que se está construindo. A princípio, os responsáveis não verificaram a necessidade de caixa específica para proteção das emendas, mas isso estava em reavaliação, a fim de reduzir os riscos de defeitos futuros. Identificou-se, também, a neFig. 8 – Comparativo de custo médio de 1 km de rede subterrânea em área não pavimentada (milhões de R$) cessidade de mapeamento das coordenadas onde se encontram as emendas, de forma a cadastrá-las nos sistemas ortogonal e cartográfico da empresa. Como se demonstrou aqui, a adoção da nova metodologia de construção de rede subterrânea, na qual se eliminam as caixas de passagem e instalam-se os equipamentos abrigados em cabines de Fig. 9 – Comparativo de custos de obras civis de redes subterrâneas (milhões de R$) alvenaria na superfície, conseguiu reduzir o custo cipalmente, à redução de custos asso- médio de construção da rede e aceleciados às obras civis. Com os novos rar a execução, reduzindo ao mínimo critérios construtivos, a empresa con- possível os impactos da realização das seguiu reduzir de 25% a 31% o custo obras. dessas obras, dependendo do número (de um a quatro) de circuitos lançados Bibliografia (figura 9). O principal motivo é a não [1] XIII edição da – E xpo e Fórum de Redes Subterrâneas de Energia Elétrica –, São Paulo, junho / 2017. utilização de caixas de passagens, as [2] Lima, Adriana Domene Barbosa : Estudo da viabilidade de implantação das redes de distribuição subterrâneas: quais, nas redes subterrâneas convenAspectos gerais e ambientais. SP, 2016. 61 f. Monografia cionais, têm de ser construídas a cada de Graduação em Engenharia Ambiental - Universidade Estadual Paulista, Niterói, 2016. 70 metros ― em uma obra de 1 km, [3] Corrê a, A .P. ; Borge s J.P. ; Nogueira, L.R. : Rede de isso representa 50% dos custos totais. distribuição subterrânea de energia elétrica. Estado de São Desafios e conclusão Os principais desafios encontrados no processo de construção das novas redes subterrâneas foram a falta de conhecimento das equipes sobre essa topologia de rede, o que demanda um esforço de treinamento e familiarização. Também foram citados problemas, durante a implantação, de interferência direta com as redes pluviais e de gás, além da necessidade de obtenção de algumas autorizações de passagens e ambientais ― problemas que, de resto, possivelmente aconteceriam independentemente do tipo de rede subterrânea de distribuição
Paulo, São José dos Campos, SP. [4] Seccia, Luciano : Desafios autorizativos para aplicação de redes subterrâneas no estado do Rio De Janeiro (análise comparativa com experiência na Itália e Romênia). 2017. Disponível em : < ht tp :// w w w.rpmbrasil.com.br/ palestras. aspx # >. [5] Enel Distribuição Rio : Rede de Distribuição Subterrânea até 15 kV (PE A- 037/ 2014 R- 00 ) . Disponível em : < ht tp :// intranet.coelce.com.br/AdmCont / Contenido.asp? Id_ registro = 32&PreView = true & emp = Ampla >. [6] Nakaguishi, Marcos Iss ao et al. : Estudo comparativo té cnico /financeiro para implantação de redes de distribuição subterrâneas. PR, 2 011. Monogr afia de Graduação em Engenharia Elétrica – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2011. [7] Velasco, D. N. G et al.: Análise comparativa dos custos de diferentes redes de energia elétrica no contexto da arborização urbana. Disponível em : < ht tp :// w w w.scielo. br/ pdf /rar v /v30n4 / 31690.pdf >. [8] Velasco, Giuliana Del Nero; Pereira Lima, Ana Maria Liner; Do Couto, Hilton Thadeu Zarate: Análise comparativa dos custos de diferentes redes de distribuição de energia elétrica no contexto da arborização urbana. Disponível em : < http:// w w w.s cielo.br/ s cielo.php ? s cript = s ci _ ar t tex t & pid = S0100-67622006000400022>.
MAIO/JUNHO, 2021 EM
53
GUIA – 3
Fornecedores de eletrocentros
Muito usados em mineração, óleo & gás, siderurgia, concessionárias de energia e usinas eólicas, solares, etc., os eletrocentros têm aqui descritas as características de sua oferta no mercado nacional. Dada a quantidade de dados, que são os mais importantes para orientação ao usuário, eles estão dispostos em duas tabelas (a segunda é continuação da primeira). O Guia só inclui empresas que fornecem eletrocentros completos.
Da Redação de EM
Potência nominal máxima do transformador Externo, isolação a óleo (kVA)
Temperatura de serviço (°C)
20
65
• • • • • • • •
•
20
•
25
65
• • • • • • •
2.500
5.000
105
•
• •
50
34 / 20
• • • • •
•
2.000
•
•
•
20
65
• • • • •
•
2.000
Flexmade – (27) 99913-0293 comercial@flexmade.com.br
•
• • •
• •
50
(*)
• • • • • • •
Friem – (11) 98797-2988 loredana.aresi@friem.com
•
•
• •
Grupo Alfa – (11) 94788-0804 jose.hildo@grupoalfa.eng.br
•
•
• • •
Ingeteam – (19) 99685-8823 marcos.batagini@ingeteam.com
•
•
•
Linshalm – (47) 99982-1163 vendas@linshalm.com.br
•
Lucy Electric – (41) 99162-0735 salesbrazil@lucyelectric.com
•
Fabricante
•
•
Cesar Sistemas – (62) 99930-0705 paulo@cesarcontainers.com.br
•
•
Clemar – (48) 99960-1841 lemos@clemar.com.br
•
•
DMS – (51) 98177-8103 comercial@dmseng.com.br
•
•
Elos – (41) 99294-8848 elos@elos.com.br
•
Erzeg – (47) 3374-6363 gilson@erzeg.com.br
54
EM MAIO/JUNHO, 2021
Gritec / Alemanha
Outros
• •
CBC – (51) 3061-1010 vendas@cbcoxicorte.com.br
Sala de operação
100
HVAC
1.000
Banco de baterias
1.000
•
UPS
•
•
Automação
20
•
Painéis MT/BT
7
Balfar – (44) 98457-0923 contato@balfarsolar.com.br
•
Transformador
45
• • •
Escalonável
4.000
•
Projeto próprio
5.000
Artecal – (31) 98297-6732 helton@artecal.com.br
Container 20’
• • • • • • • •
Semimóvel
55
Importador exclusivo do fabricante / País
Móvel sobre rodas
20
Empresa – Telefone E-mail
Fixa sobre pilotis
Interno, isolação a seco (kVA)
Compartimentos Grau de proteção: IP
Estrutura metálica
Vida útil da estrutura (anos)
Montagem
• •
•
2.000
20 / 55
•
15
54
• • • • • • • •
20
54
• •
• • • • • •
20
5
•
• •
30
55
• • • • • • •
•
• •
-5a 70 5.000
45
6.760
40
6.300
70
• • 6.300
• • •
•
•
Presticom – (47) 99242-3021 representacao@presticominstalacao.com.br Romagnole – (44 ) 3233 -8500 comercial@romagnole.com.br
•
65
• • • • • • • •
10
10
Temperatura de serviço (°C)
Outros
Sala de operação
HVAC
Banco de baterias
UPS
Automação
Painéis MT/BT
Transformador
Grau de proteção: IP
Vida útil da estrutura (anos)
Escalonável
•
Externo, isolação a óleo (kVA)
•
Potência nominal máxima do transformador
Compartimentos
Interno, isolação a seco (kVA)
Metta – (31) 99731-4356 metta@metta.ind.br Novemp – (11) 99408-7329 vendas@novemp.com.br
Container 20’
Semimóvel
Móvel sobre rodas
Fabricante
Fixa sobre pilotis
Importador exclusivo do fabricante / País
Empresa – Telefone E-mail
Projeto próprio
Estrutura metálica
Montagem
• • •
30
54
• • • • •
2.500
6.300
45
• • •
• •
30
55 / 65
• • • • • • • •
12.000
25.000
45
•
•
• •
20
54
• • • • •
5.000
8.000
85
Schneider – (47) 99144-0145 ronaldo.narciso@se.com
•
• • •
•
30
55
• • • • • • • •
10
500
40
Sempel – (31) 99161-7773 olimpio@sempel.com.br
•
• • •
• •
30
55
• • • • • • • •
5.000
5.000
35
SRA – (31) 99600-3425 raimundo.vasconcelos@sratech.com.br TMSA – (51) 2131-3397 comercial@tmsa.ind.br
•
• • •
• •
15
65
• • • • • • • •
2.500
10.000
40
•
• • •
• •
25
• • • • • • • •
5.000
5.000
40
Vepan – (11) 99133-4032 vendas@vepan.com.br Vision – (31) 3215-6200 comercial@visionsistemas.com.br
•
• • • • • •
30
54 / 65
• • • • • • •
10.000
10.000
40
•
• • •
•
30
55
• • • • • • • •
10.000
10.000
Volga – (62) 98305-0047 carlos.leopoldo@volga.com.br WEG – (47) 3276-4365 laisr@weg.net
•
•
•
15 / 20
55
• • • • •
2.500
•
• • • • • •
20
55
• • • • • • • •
•
•
10.000
100 50.000 15 a 45
125
•
36
Balfar – (44) 98457-0923 contato@balfarsolar.com.br Cesar Sistemas (62) 99930-0705 paulo@cesarcontainers. com.br
•
Clemar – (48) 99960-1841 lemos@clemar.com.br
•
35
DMS – (51) 98177-8103 comercial@dmseng.com.br
•
34,5
110
90
25
•
Elos – (41) 99294-8848 elos@elos.com.br Erzeg – (47) 3374-6363 gilson@erzeg.com.br
•
36
81
170
Flexmade – (27) 99913-0293 comercial@flexmade.com.br
•
Friem – (11) 98797-2988 loredana.aresi@friem.com
•
1.000 1.000
•
• • •
•
• • •
• •
• • •
•
•
• •
25
• • •
•
25
•
• •
•
Referências
• • • • • • • • •
• •
23,1
Sistema contra incêndio (especificar meio extintor)
• • • • • • •
•
Gritec / Alemanha
Compartimentos
Eletrocentro para usina solar fotovoltaica Inversor Transformador Painéis MT Óleo & Gás Mineração Papel & Celulose Concessionárias Outras
1
Artecal – (31) 98297-6732 helton@artecal.com.br
Outras
31,5
ABNT NBR IEC 62271-200
Corrente suportável de curta duração (1 s) kA
110
Tensão de operação máxima (kV)
110
Normas
Fabricante
Tensão suportável de impulso atmosférico (kV)
Importador exclusivo do fabricante / País
Empresa Telefone E-mail
Tensão suportável 1 min, 60 Hz (kV)
Módulo de média tensão
IEC 61850 Protocolo de automação Outros SCADA Sistema supervisório Outros Controle de acesso biométrico CFTV Detecção e alarme de incêndio
Nota: (*) De acordo com a necessidade do cliente. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 38 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
•
• • •
•
• • • • • • • • • •
FM 200.
• • • • • •
•
• • • • • • • • • • •
• • • • •
•
•
• • MAIO/JUNHO, 2021 EM
• 55
•
Ingeteam – (19) 99685-8823 marcos.batagini@ingeteam. com
•
Linshalm – (47) 99982-1163 vendas@linshalm.com.br Lucy Electric (41) 99162-0735 salesbrazil@lucyelectric.com
• • • 34,5
80
195
20
•
Sistema contra incêndio (especificar meio extintor)
Agente limpo NOVEC, FM 200.
•
•
• • • • • •
36
70
170
17,5 / 40
•
17,5 / 24 / 34,5
36 / 50 / 70
95 / 31,5 / 125 / 25 170
Novemp – (11) 99408-7329 vendas@novemp.com.br
•
34,5
90
150
20
Presticom – (47) 99242-3021 representacao@ presticominstalacao.com.br
•
36
80
170
31,5
•
•
• • • • • • • • •
• • • • • • •
Detecção / alarme automático – combate manual por meio de extintores ABC, detecção/alarme automático – combate automático por meio de cilindros de gás NOVEC ou FM 200, detecção/ alarme automático – combate automático por meio de agente FirePro.
• • • • • • • • •
• • •
•
• •
• • • • • • • •
•
• • •
40,5
85
185
40
Sempel – (31) 99161-7773 olimpio@sempel.com.br
•
17,5
34
110
31,5
• • • • • • • • •
SRA – (31) 99600-3425 raimundo.vasconcelos@ sratech.com.br
•
36
70
170
40
TMSA – (51) 2131-3397 comercial@tmsa.ind.br
•
17,5 / 36
38 / 70
95 / 31,5 / 170 50
Vision – (31) 3215-6200 comercial@visionsistemas. com.br
•
34,5
80
150
50
Volga – (62) 98305-0047 carlos.leopoldo@volga.com.br
•
17,4 / 24
38 / 50
95 / 125
WEG – (47) 3276-4365 laisr@weg.net
•
36
70
20 / 31,5 17,5 / 170 50
Sistema aerossol, FM 200, NOVEC, Inergen e CO2. Meio de extinção gás NOVEC FM 1230, sistema de FirePro.
• • • • • • • • • • • • •
• • • •
• • • • • • • • •
Extintor, FM-200, NOVEC.
• • • •
•
• •
• • • • • • • • •
Manual, automático.
• • • • • •
•
• • • • • • • • •
Conforme a necessidade de cada projeto. Sistemas de detecção e alarme automático e combate manual com extintores de CO2 ou de pó químico (Classe ABC) ou sistema de detecção e alarme automático e sistema de combate automático FM 200, NOVEC 1230 ou FirePro.
• • • • • • • • •
•
NOVEC / FM 200.
• • • • • • • • •
• • •
• • • • • • •
• • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • • • • • • • • FM 200, FirePro, gás CO2, aerosol, etc.
Nota: (*) De acordo com a necessidade do cliente. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 38 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, maio/junho de 2021. Este e outros 53 guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
56
EM MAIO/JUNHO, 2021
• •
•
•
•
• •
• • • • • • • • •
Schneider – (47) 99144-0145 ronaldo.narciso@se.com
16 / 20 / 25 / 31,5
•
• • • • • • • • •
•
38 / 50 / 70
• • • • •
NOVEC 1230.
95 / 34 / 34 / 15 / 15 / 12,5 36,2 70 / 36,2 145 / 36,2
38 / 50 / 70
•
• • • • • • •
Romagnole (44 ) 3233 -8500 comercial@romagnole.com.br
17,5 / 24 / 36
Referências
• • • • • • • • •
•
Metta (31) 99731-4356 metta@metta.ind.br
Vepan (11) 99133-4032 vendas@vepan.com.br
Compartimentos
Eletrocentro para usina solar fotovoltaica Inversor Transformador Painéis MT Óleo & Gás Mineração Papel & Celulose Concessionárias Outras
Outras
Normas ABNT NBR IEC 62271-200
Corrente suportável de curta duração (1 s) kA
Tensão suportável de impulso atmosférico (kV)
Fabricante Grupo Alfa – (11) 94788-0804 jose.hildo@grupoalfa.eng.br
Tensão suportável 1 min, 60 Hz (kV)
Importador exclusivo do fabricante / País
Empresa Telefone E-mail
Tensão de operação máxima (kV)
Módulo de média tensão
IEC 61850 Protocolo de automação Outros SCADA Sistema supervisório Outros Controle de acesso biométrico CFTV Detecção e alarme de incêndio
GUIA – 3
• • • • • • • • •
EM MISTURAS HÍBRIDAS
d
entre os fenômenos ainda não completamente modelados matematicamente, estão as explosões em atmosferas explosivas onde há combinação de pós combustíveis e gases inflamáveis, que podem ocorrer em determinadas indústrias, como a de plásticos. Em uma indústria desse tipo na Coreia do Sul, em uma parada de manutenção programada, a equipe foi encarregada de instalar uma boca de visita na lateral de um silo de alumínio, o qual era usado para o armazenamento de Polietileno de Alta Densidade (PEAD). A operação envolveu corte e soldagem do lado de fora do silo, a cerca de 30 m de altura. Houve uma explosão, e os relatórios apontaram que ela ocorreu durante a operação de soldagem, provocando a queda de trabalhadores que estavam em um andaime e a propagação do incêndio para outros dois silos e empresas vizinhas. A investigação apurou que havia pó de PEAD no interior das paredes do silo, e que as ferramentas usadas para criar a abertura no silo provavelmente o movimentaram e criaram nuvens dentro do silo. O pó de PEAD possui classificação de explosão St1, e os processos de corte e soldagem envolvem fontes de ignição. Este cenário de explosão “típico” ainda não está completo, pois o PEAD armazenado libera vapores de hidrocarbonetos monoméricos (por exemplo, etileno) em uma taxa decrescente após a fabricação, o que leva a recomendações de segurança para um “tempo de repouso”, a fim de permitir a desgaseificação e exaustão destes gases inflamáveis dos silos. E, neste caso, o PEAD havia sido produzido apenas três dias antes da explosão. Considerando este detalhe, pode-se concluir que a explosão ocorreu em função de uma mistura híbrida de gás de hidrocarbonetos e pó de PEAD. Neste caso, a explosão é mais forte do que as características explosivas dos componentes individuais. Estudos recentes identificaram que a mínima energia de ignição (MEI) da nuvem de pó é geralmente reduzida pela presença de um gás inflamável, mes58 EM MAIO/JUNHO, 2021
mo que a concentração deste esteja abaixo do seu LIE. Outro evento similar, também ocorrido na Coreia do Sul em 2018, envolveu um transportador pneumático de pelotas de polipropileno (PP), com alto nível de eletricidade estática. Embora este seja um fenômeno comum, neste caso específico a carga eletrostática ocasionou uma explosão dentro de um silo de PP. As características particulares do polipropileno podem, no caso de carregamento eletrostático, levar a vários tipos de descargas, como a do tipo “escova”. O PP não produz grande quantidade de pó quando transportado pneumaticamente, mas sua MEI pode variar, dependendo do tamanho da partícula, desde 50 mJ até 1000 mJ; e as MEI dos gases propileno e etileno são 0,28 mJ e 0,07 mJ, respectivamente. Então, quando há uma nuvem de pó combustível com MEI de 50 mJ e adiciona-se um gás inflamável, a MEI da mistura híbrida começa a cair. Apesar da planta possuir silos com instrumentos para medição da concentração de gases inflamáveis, havia incertezas sobre a precisão e confiabilidade das leituras, pois a aferição periódica não estava em dia. Esses acontecimentos mostram que os riscos de explosão de misturas híbridas precisam ser devidamente avaliados por uma consultoria especializada. Um estudo de classificação de áreas confiável deve balizar a confecção dos procedimentos de segurança e a implantação de medidas de controle adequadas. Se você tiver alguma dúvida sobre as misturas híbridas, envie um e-mail para em@arandaeditora.com.br com este título. O assunto poderá ser novamente abordado numa próxima edição. Estellito Rangel Júnior Engenheiro eletricista e primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC Esta seção propõe-se a informar e analisar temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos em análises de casos. Correspondência para Redação de EM, seção “EM Ex”; Alameda Olga 315; 01155-900 São Paulo, SP; e-mail: em@arandaeditora.com.br
6 A8
OUTUBRO
2021 SÃO PAULO EXPO das 13h às 21h
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM SEGURANÇA E PROTEÇÃO NO TRABALHO RESERVE SEU ESTANDE +55 11 5585-4355 • 3159-1010
WWW.FISPVIRTUAL.COM.BR
comercial@fieramilano.com.br
Acompanhe nossas redes sociais
Membro
Filiado
Local
Realização
Mídia Oficial
Eventos Simultâneos
Agência de Viagem
FispBrasil Rede Internacional
Organização e Promoção
AGENDA NO BRASIL Intersolar Summit – O Intersolar Summit Brasil Nordeste será realizado em Fortaleza, CE, em 25 e 26 de agosto. Voltado para especialistas brasileiros e internacionais, enfocará a energia solar e renovável na região. O congresso reunirá especialistas para discutir políticas, desafios legislativos e marcos regulatórios, bem como financiamento e soluções de integração de redes, e será realizado em paralelo com o 11o Congresso RTI Provedores de Internet e o 13o Congresso RTI Data Centers. O evento é organizado pela equipe da Intersolar South America, a maior feira e congresso da América Latina para o setor solar. Informações: https://www.intersolar.net.br/en/ home/summit- brasil-nordeste. UTCAL – O UTCAL - Utilities Telecom & Technology Council America Latina Summit vai ser realizado de 30 de agosto a 3 de setembro no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Mais informações: www.utcal.org, telefone (21) 2147-0600/0700 e email andrea.carvalho@utcal.org ou marcio. rymer@utcal.org. Feicon – A Feicon/Batimat acontecerá de 14 a 17 de setembro, no SP Expo, em São Paulo, SP. Mais informações: www.feicon.com.br. Manutenção e operação – A InovaFocus e a RPM Brasil promoverão o Cetecman 2021 5o Congresso Técnico sobre Manutenção nas Empresas de Energia Elétrica, nos dias 4 e 5 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca em São Paulo, SP. Simultaneamente, será realizado o Cenocon - 9o Fórum sobre Centros de Operação e Controle das Empresas de Energia Elétrica, cujo objetivo é incentivar a discussão sobre a importância dos centros de operação e controle no desempenho do sistema elétrico brasileiro. Mais informações sobre os eventos estão disponíveis nos sites: www. cetecman.com.br e www.rpmbrasil.com.br/ programa.aspx?eventoID=82. The smarter E São Paulo – O evento The smarter E South America foi recentemente reprogramado para os dias 18 a 20 de outubro de 2021. Realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EMPower South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é 60 EM MAIO/JUNHO, 2021
da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br. Redes subterrâneas – A 16a edição de Redes subterrâneas de energia elétrica será realizada nos dias 25 e 26 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. O evento é composto por um fórum um painel sobre cabos isolados, além de uma exposição. A ficha de inscrição pode ser acessada em www.rpmbrasil.com.br/ redes2020/r20_ficha_de_inscricao.pdf. Iluminação pública – A Ilumexpo 2021 - 8a Exposição e Fórum sobre Gestão de Iluminação Pública acontecerá nos dias 25 e 26 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. O tema geral desta edição será “A retomada da implantação das novas tecnologias, gestão e parcerias em iluminação pública”. Mais informações em http:// rpmbrasil.com.br/eventos.aspx?eventoID=87. Smart Grid – A 13a edição do Fórum LatinoAmericano de Smart Grid acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. Mais informações sobre inscrições em: www. smartgrid.com.br/eventos/smartgrid2020/ sg20_ficha_de_inscricao.pdf
CURSOS Fios e cabos – A IFC/Cobrecom, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, está disponibilizando diversos treinamentos gravados em links exclusivos para os interessados que solicitarem as apresentações. Entre os temas abordados estão: Módulo 1: “Processo Produtivo e de Qualidade dos Fios e Cabos”; Módulo 2: “Escolha de Cabos e Linhas Elétricas de Baixa Tensão”; Módulo 3: “Dimensionamento de Condutores Elétricos”. Para requisitar o conteúdo gravado, os clientes devem enviar um e-mail para marketing@ cobrecom.com.br. SPDA e MPS – A TEL programou diversos treinamentos para os próximos meses. De 29 de junho a 9 de julho, será realizado o curso SPDA + MPS Pleno. O escopo completo dos cursos e informações sobre inscrição podem ser obtidas no site https://tel.com.br/cursos. SPDA, proteção – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, promove diversos cursos sobre instrumentos de testes elétricos, proje-
tos de P&D e consultoria e modelagem e simulação de sistemas. De 12 a 14 de julho, será ministrado o treinamento Aterramento elétrico e influências em sistemas eletrônicos sensíveis. Também estão previstos: SPDA Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (teoria e prática) (15 a 16 de julho); Proteção de sistemas elétricos de potência (19 a 21 de julho); e Segurança cibernética em redes de subestações (22 a 23 de julho). Informações sobre estes e outros cursos podem ser obtidas em conprove@ conprove.com.br, (34) 3218-6800 e www. conprove.com.br.
NO EXTERIOR Cired – A Conferência Bienal Cired 2021 está agendada para Genebra, Suíça, de 20 a 23 de setembro. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas em www.cired.net. Smarter E Europa – A edição 2021 da Smarter E Europa, que compreende quatro eventos (Intersolar Europe, ees Europe, Power2Drive Europe e EM-Power Europe), será realizada em Munique, Alemanha, de 5 a 8 de outubro. Composta por conferência e exposição, a Smarter E é considerada a maior plataforma da Europa para a indústria de energia e o ponto de encontro mais importante para o novo mundo da energia. Mais informações: www.thesmartere.de. LightCon – O LightCon, evento composto por feira e congresso, será realizado de 6 a 7 de outubro, em Hannover, Alemanha. Informações em https://lightcon.info/en/ IMIC – De 26 a 28 de outubro, está programado o IMIC - Industrial Maintenance Innovation Conference no Bilbao Exhibition Centre, na Espanha. Mais informações: https://imic.bilbaoexhibitioncentre.com/en/. Fios e cabos – A feira Wire & Cable Guangzhou, inicialmente programada para 2020, vai acontecer de 21 a 23 de julho, no Complexo de Feiras de Importação e Exportação da China. Mais informações sobre o evento podem ser obtidos através de www.wire-cable-china.com e o e-mail wire@china.messefrankfurt.com. Light + Building – A Light + Building será realizada de 13 a 18 de março de 2022, em Frankfurt, Alemanha. Mais informações: https://light-building.messefrankfurt.com/ frankfurt/en.html.
PRODUTOS ILUMINAÇÃO PÚBLICA A Signify, detentora da marca Philips, lançou recentemente uma nova linha de produtos para iluminação pública focada no mercado brasileiro chamada Philips RoadForce . O novo portfólio, fabricado na planta de Varginha, MG, oferece, de acordo com a companhia, economia de energia na faixa de até 70% frente às soluções convencionais. As luminárias RoadForce apresentam eficácia luminosa real de até 190 lm/W, e estão disponíveis em diferentes fluxos luminosos, potências e temperaturas de
cor (4000 e 5000 Kelvin), além de dois tipos de ópticas. A nova linha utiliza tecnologia LED e conta com a Service Tag, um sistema de identificação com etiquetas em QR code que oferece suporte e acesso a informações das principais peças para casos de futura reposição. Por meio de um smartphone, basta escanear o QR code, que se encontra na embalagem e no produto, para obter as informações, explica a empresa. Quando utilizada em conjunto com sistemas de controle e telegestão, a solução da Signify oferece ainda um potencial adicional de redução dos custos de energia, manutenção e operação, garante a companhia. As luminárias podem se conectar automaticamente ao sistema de gestão inteligente Interact City, por meio de uma interface de controle, e são compatíveis com o gerenciamento de ponta a ponta que permite uma visão estratégica e inteligente da ilu62 EM MAIO/JUNHO, 2021
minação pública da cidade com informações em tempo real das atividades. As luminárias possuem certificação de qualidade em conformidade com Inmetro, afirma a fabricante. www.lighting.philips.com.br CABOS ISOLADOS EM HEPR A IFC/Cobrecom disponibiliza diversos condutores elétricos com isolação em HEPR, como o GTEPROM Flex 90ºC 0,6 / 1 kV; Multinax Flex HEPR 90 ºC 0,6 / 1 kV; e Superatox Flex HEPR 90 ºC 0,6 / 1 kV. De acordo com a empresa, a isolação em composto termofixo HEPR - High Grade Ethylen Propilene Rubber (borracha etileno-propileno de alto grau) permite temperaturas de até 90 ºC em regime permanente, 130 ºC em caso de sobrecarga e 250 ºC quando em curto-cir-
cuito; oferece mais resistência à ionização do que os outros compostos (PVC e Polietileno); apresenta baixa dispersão dielétrica; e é praticamente isento do fenômeno treeing (arborescências que se formam no material isolante provocando descargas parciais e deterioração do material isolante). Outra vantagem, segundo a companhia, é que o material também permite, por exemplo, reduzir a seção nominal do cabo isolado em HEPR em relação a um cabo isolado em PVC, o que, por sua vez, permite diminuir os tamanhos de eletrodutos, eletrocalhas, leitos
que acomodam os cabos em seu interior, reduzindo espaços e custo total da instalação. Os cabos isolados em HEPR são indicados principalmente para instalações industriais, comerciais de grande porte como shopping centers, hospitais, aeroportos, arenas esportivas, dentre outras. Podem ser instalados ao ar livre, como em eletrodutos, eletrocalhas, bandejas, leitos e perfilados, ou enterrados. www.cobrecom.com.br BATERIA DE ÍON DE LÍTIO A Einhell, multinacional alemã de ferramentas elétricas e máquinas estacionárias, lançou novos itens da linha de ferramentas à bateria de íons de lítio 18 V. Um dos destaques é a bateria 4-6 Ah Multi-Ah Plus, que permite a troca de corrente, entre 4.0 Ah e 6.0 Ah por meio de um simples botão. Segundo a empresa, com a seleção 4.0 Ah ativada, a vida útil da bateria é cerca de três vezes maior em comparação com outras. Já
ao selecionar a opção 6.0 Ah, ela apresenta máxima potência e oferece maior tempo de uso. O equipamento possui ainda display digital que mostra o nível de carga em porcentagem. https://einhell.com.br IMAGEADOR ACÚSTICO A Fluke Corporation fornece o imageador acústico de precisão Fluke ii910. O equipamento permite a inspeção em sistemas
de alta e média tensão em geração, transmissão e distribuição de energia e em linhas de gases e ar comprimido, tanques, mangueiras, adaptadores e conexões. Através da sua matriz acústica integrada, composta por microfones de alta sensibilidade, o ii910 identifica o ruído ultrassônico gerado por descargas parciais e vazamentos, gerando um espectro de níveis de decibéis por faixa de frequência, e com base em um algoritmo único calcula uma imagem de som, conhecida como SoundMap, que indica visualmente ao local da origem sonora, que é sobreposta em uma imagem visual. O equipamento permite a detecção e classificação de descargas parciais a uma distância de até 120 metros. De acordo com a empresa, os problemas podem ser identificados a uma distância segura, sem a necessidade de
cabos ou acessórios pesados. O Fluke ii910 dispõe de uma tela touchscreen capacitiva LCD de sete polegadas. Os dados capturados podem ser transferidos por meio de cabo USB direto para um computador, e os arquivos são carregados na plataforma de relatórios baseada em machine learning PDQ ModeTM, que fornece dados sobre as descargas, incluindo a identificação do tipo de descarga, e indicando a gravidade relativa. Outro recurso é capacidade de armazenamento, oferecendo gravação de vídeo de até 5 minutos e arquivo de até 999 imagens e 20 vídeos, além duas baterias com duração de pelo menos 6 horas cada. www.fluke.com/pt-br
PUBLICAÇÕES PUBLICAÇÕES Carbono zero – A Schneider Electric, o Grupo Enel, o Fórum Econômico Mundial e a Organização Internacional para a Cooperação Público-Privada publicaram recentemente o relatório “Cidades Carbono Zero: uma Análise Integrada”, que visa fornecer uma visão de como acelerar os processos de descarbonização e resiliências nas cidades. O estudo destaca a necessidade e os
benefícios derivados de uma abordagem integrada de energia ao planejar e administrar prédios, mobilidade, aproveitando uma infraestrutura de rede inteligente e digitalizada em um contexto urbano. De acordo com a publicação, as cidades hoje são responsáveis por quase 70% das emissões de carbono e consomem 78% da energia do planeta. O
relatório completo pode ser acessado em www.weforum.org/reports/net-zerocarbon-cities-an-integrated-approach. Segurança cibernética – De acordo com o relatório “A evolução do setor elétrico diante das ameaças cibernéticas nos ambientes de missão crítica”, elaborado pela PwC Brasil, a crise causada pela pandemia acelerou a digitalização de vários processos do setor elétrico e aumentou o risco das ameaças cibernéticas. O estudo indica que, desde o início do isolamento motivado pela Covid-19, todas as mudanças empreendidas pelas concessionárias, como adoção de trabalho remoto para a equipe de atendimento ao cliente, aperfeiçoamento de serviços por meio de novos canais digitais, aceleração de capacitações de análise de dados, além de esforços na geração de ganhos com a melhoria dos índices de qualidade, redução de custos e otimização da cadeia de suprimentos, precisam ser acompanhadas por um plano de segurança cibernética ágil e estruturado. Isso porque, ressalta o estudo, se, de um lado, as tecnologias permitiram avanços no ambiente de automação — como a possibilidade de operar grandes instalações, plantas e subestações de forma remota e centralizada —, também aumentaram drasticamente tanto a exposição das empresas a ameaças quanto os riscos de segurança cibernética. Segundo o estudo, a insegurança cibernética subiu uma posição entre as principais ameaças do setor, saindo do
5º lugar em 2019 (30%) para a 4ª colocação em 2020 (33%). As demais preocupações envolvem excesso de regulação, incertezas políticas e econômicas e conflitos comerciais. O relatório aponta ainda que os governos também estão atentos à vulnerabilidade digital de serviços essenciais, como os de energia e serviços públicos. No caso do Brasil, que ainda não possui uma regulamentação específica sobre segurança cibernética para as infraestruturas do setor elétrico, projeta-se que deverão surgir regulamentações locais para definir requisitos gerais de evolução da maturidade de segurança cibernética na indústria, ampliando a necessidade de preparação das companhias para adequações de segurança e evolução da capacidade de resposta aos incidentes. Segundo outro estudo da PwC, o Digital Trust Insights, 58% das empresas de energia e serviços públicos acreditavam que os serviços de nuvem sofreriam tentativas de ataques cibernéticos nos 12 meses seguintes à pesquisa, enquanto 57% temiam violações por ransomware - programa que bloqueia o acesso a dados e arquivos dos computadores. Diante dessas ameaças, empresas de energia em todo mundo têm investido cada vez mais na segurança digital, com 58% delas pretendendo aumentar o orçamento de cibersegurança em 2021. Mais informações sobre o relatório podem ser obtidas por meio do site www.pwc.com.br/pt/estudos/setoresatividade/energia/2021/a-evolucao-dosetor-eletrico.html
ÍNDICE DE ANUNCIANTES Accesso............................................... 51
Hércules Motores ..................................9
Restart.................................................52
Alumi ...................................................21
Ilumi Expo ...........................................64
Savan Iluminação................................22
ASW ........................................... 2 capa
Itaipu.................................................... 11
Sempel ................................................50
Boreal ..................................................15
Kanaflex ..............................................49
Senner .................................................30
Clamper ...................................... 3a capa
Kit Acessórios .....................................35
SEW ....................................................25
Dutotec ................................................30
Mi Omega............................................33
Trael ....................................................12
Edentec ...............................................13
MR .......................................................34
Vepan ..................................................29
Eletroteste ...........................................53
Novemp ...................................... 4a capa
Vgrow ..................................................17
Embrastec ...........................................10
Politerm ...............................................20
Watt Capital.........................................23
Exatron ................................................37
Redes Subterrâneas ...........................61
WEG ......................................................5
FISP ....................................................59
Reichembach ......................................31
a
MAIO/JUNHO, 2021 EM
65
MOMENTO DESDOBRAMENTOS DO AVANÇO DA ELETRIFICAÇÃO
O
PAULO LUDMER
carro elétrico vem se tornando irreversível, uma fatalidade no Brasil, que segue modelos de países hegemônicos. A substituição das frotas a combustão na Comunidade Europeia está sacramentada e se infiltra sem dificuldades nos mercados em desenvolvimento. Os veículos elétricos não facilitam substancialmente a mobilidade urbana, um problema nuclear nas áreas metropolitanas. Eliminam poluentes atmosféricos mórbidos (chumbo tetra etila, ácidos etílicos, monóxidos e dióxidos de carbono), mas demandam baterias, metais pesados, terras raras... Enfim, não abdicam de agredir a natureza. Aliás produzir, consumir e
A Comunidade Europeia busca, em camadas mais fundas de transformações, produzir a energia do hidrogênio. Portanto, seus esforços em inovação ainda não atingiram sua meta principal. O Brasil detém enorme potencial de um caminho próprio e singular rumo ao hidrogênio na avenida das biomassas e da abundância de água que dispõe (para não falar de vento, insolação, maremotricidade, biomassa anaeróbica, nuclear...). O que se vê no curto prazo é: 1) depreciação das plantas tradicionais de montagem de veículos automotores, impactando em sua imensa cadeia de fornecedores de peças, componentes e serviços; 2) diminuição da atratividade dos produtos brasileiros no mercado externo já orquestrado para assimilar os elétricos; 3) desmanche da qualificação da mão de obra a ser reeducada para um mundo novo, seja nas fábricas ou nas distribuidoras e oficinas; 4) urgência na adaptação dos comando legais que regem a produção, o uso, a
“Urge incluir o planejamento do setor elétrico a ser fortemente atingido, bem como o do petróleo e seus derivados, gás natural e hidrocarbonetos.” usar quase a totalidade das coisas são processos antinaturais. Entre uma e duas décadas, Brasil sucateará em larga escala as frotas tradicionais a diesel, gasolina e álcool. Haverá resiliência nos motores híbridos a biodiesel e etanol, considerando a grande importância política, econômica e social do setor sucroalcooleiro, bem como dos lobbies do milho, da soja e dos suínos no que concerne às adições compulsórias de biodiesel nos tanques de veículos comerciais. A aviação elétrica poderá ser a bola da vez nos esforços tecnológicos para enquadrá-la. Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.
66 EM MAIO/JUNHO, 2021
manutenção, o fornecimento de energia elétrica, enfim o universo jurídico do devir (vide que os edifícios em São Paulo já se obrigam a ser construídos com pontos de carga nas respectivas garagens, individuais e coletivas). Urge também incluir, entre as consequências desse porvir, o planejamento do setor elétrico a ser fortemente atingido, bem como o do petróleo e seus derivados, gás natural e hidrocarbonetos na rota dos etilenos e benzenos. Uma frota nacional de uns 20 milhões de carros elétricos (sem falar de caminhões, ônibus, tratores, etc., aqui não considerados) significa uma brutal produção de kWh destinado a uma clientela nova, havendo paralelamente uma monumental armazenagem individualmente fragmentada dessa energia elétrica.
Nos anos recentes até o momento, uma vez registradas as tímidas necessidades de adição anual na oferta interna de energia elétrica, não houve ameaças de falta do insumo por conta da anemia das atividades econômicas e sociais. O mercado de usinas geradoras em baixa era do comprador. Entrementes, usinas de energia elétrica são investimentos de capital intensivo de longa maturação, fato que não escapa aos fundos de investimento que já farejaram a provável inversão desses contornos: esperam forte pressão sobre investimentos em ofertas adicionais. A eletrificação da vida contemporânea só fará crescer vis-à-vis a rápida introdução da tecnologia 5G e a internet das coisas. Muitas mudanças alterando nosso cotidiano e comportamento foram antecipadas em uma década devido à pandemia da Covid-19. A saber: o modo de morar, de trabalhar, de se deslocar, de comprar, de se divertir, de estudar. São Paulo tem dezenas de torres sendo erguidas neste 2021. Hoje são mistas para trabalho, moradia, comércio, tem piscinas, academias, churrasqueiras, salas de cibernética. Não se morará como no século 20. Por sua vez, pegas no contrapé, as construtoras devem se rever, pois assistem o cliente comprando no litoral e no interior espaços maiores para morar e trabalhar, uma vez que prolifera o home office. Os novos prédios e as novas gerações não usam automóvel, tem menos estacionamentos e mais bicicletários. O universo do petróleo se ressentirá cada vez mais. Volta a prevalecer o modelo de cidade do império romano: quadriláteros de dez ou vinte quarteirões onde a vida completa se realiza. É visível o interesse das gigantes petrolíferas mundiais se redirecionando para fontes renováveis de energia, geração distribuída, biodigestão e inovação. Se obtiverem a produção de benzenos do carvão mineral (o etileno já procede da alcoolquímica), novo choque atingirá os crus. Há anos o publisher desta EM, José Roberto Gonçalves (também editor de meus dez livros de política energética pela Artliber) me orienta no sentido de prestar atenção no grafeno (condutor elétrico superior a qualquer outro), essencial aos carros elétricos. Pois o Brasil já o produz em escala expansionista e considerável. A ver.