EM Setembro | Outubro 2024

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GUIA – 1

Transformadores para instrumentos

O guia reúne a oferta de transformadores de corrente e de potencial para baixa, média e alta tensão disponíveis no mercado brasileiro. São detalhadas diversas características técnicas desses equipamentos, como classe de exatidão para proteção e medição, meio isolante, tensão nominal, nível de isolamento e normas atendidas, entre outras.

ARCOS ELÉTRICOS

Nova norma estabelece diretrizes para gestão de risco, mitigação de danos e seleção de EPIs

A norma brasileira sobre arcos elétricos em equipamentos de alta, média e baixa tensão, que está prestes a ir a Consulta Nacional, visa mitigar danos com métodos de cálculo de energia incidente, sinalização de riscos e seleção criteriosa de EPIs. A reportagem faz um mergulho no conteúdo com ajuda de dois destacados membros da comissão da norma.

GUIA – 2

Eletrocalhas, dutos, bandejas, canaletas, eletrodutos e leitos

O uso de condutos apropriados, como leitos, dutos de piso, eletrocalhas, eletrodutos, canaletas e bandejas, é fundamental para garantir a proteção dos cabos contra solicitações mecânicas e elétricas, além de proporcionar acessibilidade às linhas elétricas, facilitando a manutenção e futuras expansões. O guia apresenta diversos fabricantes com especificações dos produtos oferecidos.

GUIA – 3

Revendedores e distribuidores de materiais elétricos

O levantamento apresenta uma relação de produtos oferecidos por empresas de distribuição e revenda de material elétrico e de iluminação em todo o Brasil, organizadas de acordo com as siglas dos Estados onde estão localizadas. A lista inclui itens para instalações de baixa tensão, linhas elétricas, distribuição terminal, comando e controle, lâmpadas e luminárias LED e outros produtos para diversas aplicações elétricas.

ATERRAMENTO

Risco de choque em chuveiros localizados em subestações AT

O artigo analisa malhas de aterramento em subestações de alta tensão, focando nos riscos de choques elétricos no caso de chuveiros instalados em banheiros das salas de controle e destacando a segurança dos profissionais expostos a tensões de passo e toque em caso de curto-circuito, sugerindo ainda medidas preventivas.

Roberto Monticelli Wydra, Foto: PV productions (via Shutterstock) e IEE USP

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

Capa

DATE YEAR DESTINATION

NOVEMBER 19–20 2024 AUSTIN TEXAS

FEBRUARY 12–14 2025 GANDHINAGAR

FEBRUARY 25–27 2025 SAN DIEGO

MARCH 12–13 SUMMIT 2025 NAIROBI

APRIL 7–9 2025 DUBAI

APRIL 23–24 SUMMIT 2025 FORTALEZA

MAY 7–9 2025 MUNICH

AUGUST 26–28 2025 SÃO PAULO

SEPTEMBER 2–4 2025 MEXICO CITY

OCTOBER 28–29 SUMMIT 2025 PORTO ALEGRE

Carta ao Leitor

Uma norma de extrema qualidade e importância

“Imagine uma explosão de energia tão forte que brilha tanto quanto o Sol, atinge uma temperatura que é mais de três vezes a da superfície do Sol e cria uma onda de pressão comparável à explosão de uma granada. Agora imagine tudo isso a poucos centímetros de suas mãos.” Esta sugestão assustadora foi feita em maio por Angelo Verzoni, gerente de conteúdo de marketing da NFPA - National Fire Protection Association, dos EUA, para enfatizar o poder de destruição de um arco elétrico.

Verzoni, que no artigo convidava para um webinar com especialistas da entidade, forneceu estatísticas sobre acidentes com arcos, as quais transcrevemos aqui para dar ao leitor uma ideia do panorama. Elas se referem aos EUA, evidentemente, mas servem para montar um quadro. Um relatório da Fire Protection Research Foundation de 2015 estimava que entre 5 e 10 (acidentes com) arcos elétricos ocorriam em equipamentos elétricos diariamente nos EUA, totalizando cerca de 2.700 por ano. Num cálculo de balcão, baseado apenas nos tamanhos das economias de ambos os países, isso significaria para o Brasil algo em torno de 200 acidentes com arcos elétricos por ano.

Sempre que nos referimos à segurança e qualidade em energia elétrica no País, seja nestas páginas, seja em nossos webinars ou em conferências, enfatizamos o valor do esforço dos profissionais que, voluntaria e gratuitamente, dedicam-se à elaboração e aprimoramento de nossas normas técnicas, dispensando ao trabalho nas comissões e grupos de estudo da ABNT muito de seus preciosos conhecimento e tempo. Do produto do trabalho de um desses grupos falamos nesta edição: o GT de Energia Incidente da Comissão de Segurança em Eletricidade (CE003:064.012) do Cobei/ABNT, que elaborou o projeto 003:064.012-007: Arco elétrico – Gerenciamento de risco de energia incidente, precauções e métodos de cálculo, o qual, se prevê, deve ir a Consulta Nacional pela ABNT neste outubro.

A reportagem de Jucele Reis mostra e explica para os leitores o conteúdo do projeto, que fornece métodos para a análise do risco de arco, para a estimativa da energia incidente, critérios para adoção de meios de proteção e prescrições para mitigar os danos das faltas a arco. O mote foram as apresentações no congresso Eletrotec+EM Power, no final de agosto, feitas por dois destacados membros do citado grupo: Luiz Henrique Zaparoli, engenheiro eletricista e de segurança do trabalho na Eletrobras Furnas, e Marcio Bottaro, especialista do Laboratório de Ensaios de Vestimentas de Proteção Térmica do IEE-USP. Com os subsídios colhidos e entrevistas posteriores com ambos, a jornalista nos traz um alentado e detalhado retrato desse importante documento para a segurança do trabalhador.

DIRETORES

Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens

Alves de Souza (in memoriam)

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Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.

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Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima

PROJETO RudekWydra site: www.rudekwydra.com.br

Roberto Monticelli Wydra atendimento@rudekwydra.com.br

TIRAGEM 12 000 exemplares

ELETRICIDADE MODERNA , revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. TEL. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br

Abilux lançará ação de vigilância da qualidade

Em entrevista coletiva, o diretor executivo da Abilux – Associação brasileira da Indústria de Iluminação, Marco Poli, falou sobre esforços da entidade para aumentar o nível de qualidade dos produtos no mercado de revenda e distribuição. Em parceria com IPEM-SP - Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo e Procon-SP - Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor, a entidade vai lançar em breve uma campanha de verificação da qualidade, que consiste na coleta de amostras no mercado para ensaios de conformidade. A ideia é que a iniciativa em São Paulo se constitua em um “case” que possa ser replicado em outros mercados.

“O Inmetro tem uma atuação excelente no âmbito pré-venda, antes do produto chegar ao mercado. Mas no consumo pode-se deparar com produtos não conformes”, diz o diretor. A iniciativa foi motivada, entre outros, por recentes problemas de qualidade verificados em painéis de LED, disse.

Como parte dos esforços, a Abilux doou recentemente ao IPEM-SP um laborató-

rio de iluminação para verificações metrológicas, no âmbito de um convênio de cooperação entre a entidade e o instituto. A instalação vai permitir a realização de ensaios de instrumentos e produtos como lâmpadas, luminárias, plafons, spots e outros, segundo as normas e regulamentos do Inmetro, de modo a garantir a conformidade de requisitos técnicos de segurança e desempenho. A infraestrutura do laboratório conta com modernos equipamentos para realização dos ensaios, e o treinamento da equipe técnica está agora em fase final, disse Marco Poli.

Outra iniciativa da Abilux destacada por Marco Poli é a campanha para substituição de “watts” por “lumens” como informação de dimensionamento de lâmpadas e aparelhos. Segundo o diretor, a informação da potência demandada por um dispositivo não é adequada para o dimensionamento dos sistemas de iluminação, pois lâmpadas de mesma potência podem fornecer saídas de lumens distintas. A campanha vem sendo direcionada a fabricantes, no que se refere à marcação dos produtos, ao Inmetro e ao Procel, para adequação dos selos de eficiência energética, e por fim será levada aos comerciantes.

Aneel aprova mecanismo de resposta da demanda

A Aneel aprovou a operacionalização do programa de resposta de demanda, que se baseia na remuneração de grandes consumidores que reduzem ou deslocam de forma voluntária a demanda de energia. Conforme previsto na resolução autorizativa 12.600/2022, a medida é voltada a consumidores livres ou potencialmente livres e faz parte de sandbox regulatório, experimentação colaborativa entre o regulador, a entidade regulada e outras partes interessadas.

Com aprovação, programa pode ser adotado para um período de quatro meses por meio de leilões de contratação

Com a aprovação da operacionalização na modalidade sandbox, está prevista a contratação de ofertas de redução de demanda, por meio de leilões de disponibilidade, durante quatro meses (de 1o de outubro de 2024 a 31 de janeiro de 2025) para as regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste, com quatro acionamentos mensais durante quatro horas. As ofertas poderão ser de no mínimo 5 MW e no máximo 100 MW por submercado.

Pelo mecanismo, um consumidor ou grupo de consumidores informa semanalmente ao ONS quanto está disposto a reduzir de seu consumo na semana seguinte (mínimo de 5 MW), por quanto tempo (de quatro a 17 horas) e o valor que cobra por essa redução. O ONS, por sua vez, estima diariamente o montante de energia necessário para operar o SIN no dia subsequente e despacha as opções disponíveis, seguindo a ordem de mérito econômico até as opções mais caras.

Caso a oferta de um consumidor entre na lista de despacho do ONS, ele é comunicado para realizar a redução combinada no dia seguinte. O pagamento do preço estipulado pelo consumidor será realizado pela CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, sendo que o consumidor recebe remuneração calculada a partir da diferença entre o preço ofertado para redução e o Preço de Liquidação de

Diretor da entidade anuncia parcerias para coleta e ensaios de produtos, além de campanha para substituir “watts” por “lumens”
de redução de consumo
Freepik

Diferenças (PLD). O pagamento é feito por meio do Encargo de Serviços de Sistema (ESS).

A resposta de demanda existe no Brasil desde 2017, com a publicação da Resolução Normativa Aneel 792/2017, originalmente em modalidade piloto, quando foi restrito a grandes consumidores localizados nos subsistemas Norte e Nordeste. Em 2020, consumidores localizados nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste foram admitidos no projeto piloto, ampliando o escopo para a avaliação dos ajustes necessários. Em 2021, foi aberta a consulta pública 80/21 para debater aprimoramentos do programa piloto e a inclusão de um novo produto, o de disponibilidade. No ano seguinte foram publicadas a Resolução Normativa 1.040/2022, que estabeleceu os critérios e as condições do programa estrutural de Resposta da Demanda, e a Resolução Autorizativa 12.600/2022.

GWM cria baterias com carga ultrarrápida

A Svolt, subsidiária da montadora chinesa automotiva GWM, especializada em modelos de carros elétricos e híbridos, lançou uma linha de baterias de lâmina curta (short blade) para eletromobilidade, capaz de efetuar recargas em poucos minutos e para longas autonomias.

Para o mercado de veículos 100% elétricos (EVs), o modelo Svolt 6C é de uma bateria de lítio de carregamento ultrarrápido, do tipo níquel-cobalto-manganês (NCM), que se recarrega em cinco minutos e oferece autonomia de até 600 km. O mesmo modelo tem versões que chegam a ter uma capacidade total de armazenagem de 100 kWh a 120 kWh, o que fornece um alcance máximo de mais de 1000 km.

O outro lançamento para EVs é a bateria Svolt 5C, de lítio short blade, do tipo fosfato de ferro-lítio (LFP), que reduz o tempo de carregamento de 10% a 80% para dez minutos, com ciclo de vida superior a 3500 ciclos. Com isso, ela seria capaz de rodar mais de 1 milhão de quilômetros. Sua produção deve se iniciar em dezembro de 2024.

Para o segmento de veículos híbridos plugin, a empresa também passou a ter a bateria NCM Dragon Armor PHEV 800 V, projetada para arquitetura de plataforma de 800 V e para suportar carregamento ultrarrápido. Comparada às baterias PHEV tradicionais, segundo a empresa, ela garante redução de até 20% no volume que ocupa no veículo e uma densidade de energia de 250 Wh/kg.

Com a mudança, os modelos PHEV podem receber baterias que variam de 55 kWh a 70 kWh de capacidade, o que garante autonomia no modo elétrico de 300 km a 400 km, equivalente à de muitos veículos 100% elétricos. Projetada para a próxima geração de veículos híbridos da GWM, a bateria começará a ser produzida em julho de 2025.

Itaipu vai instalar solar flutuante em reservatório

A Itaipu Binacional vai instalar uma usina solar flutuante no reservatório da usina hidrelétrica de Foz do Iguaçu, PR. Em caráter experimental, a instalação terá

capacidade de 1 MWp. O edital para contratação do serviço, com valor estimado de U$ 1 milhão, está disponível desde o dia 25 de julho e prevê o fornecimento dos equipamentos, instalação, comissionamento e assistência técnica.

Poderão participar da licitação consórcios binacionais, formados por empresas brasileiras e paraguaias. Os módulos solares fotovoltaicos deverão, pelo projeto, ser posicionados no lado paraguaio do reservatório e a energia gerada vai atender parcialmente o consumo interno da própria usina.

Além da usina solar fotovoltaica, a Itaipu Binacional, o Itaipu Parquetec e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI – margem paraguaia) vão desenvolver um estudo sobre a sustentabilidade da usina solar flutuante no reservatório da UHE Itaipu.

O estudo visa elaborar análises de comparação de geração entre a usina flutuante e outras usinas solares em solo, análises de modelos de negócio para as legislações brasileira e paraguaia, avaliação de impactos na rede interna de energia da Itaipu e simulações para eventual expansão da usina flutuante e inclusão de sistemas de bateria. Além disso, a pesquisa vai levantar possíveis impactos ambientais da planta fotovoltaica no reservatório.

O prazo para a instalação dos painéis, a partir da assinatura da ordem de serviço,

Desenvolvimento é da Svolt, subsidiária do grupo chinês, e vai atender carros elétricos e híbridos
Planta fotovoltaica vai ter 1 MWp e demandará investimento de US$ 1 milhão

Comerc faz joint venture para projetos de usinas solares flutuantes

A Comerc, que atua em comercialização e soluções de energia, concluiu recentemente joint venture com a KWP Energia para atuar em projetos de usinas solares fotovoltaicas flutuantes. A operação ocorreu por meio da subsidiária Comerc Billings e garante participação 50/50 entre as duas empresas.

Negociação 50/50 envolveu a KWP Energia e visa projetos na represa Billings, em São Paulo

A meta da nova empresa é desenvolver projetos de UFVs flutuantes na lâmina d’água do reservatório Billings, em São Paulo, totalizando até 80 MW de potência alternada, com investimento estimado em R$ 400 milhões.

A KWP faz parte de uma sociedade de propósito específico (SPE) com a Emae (recentemente privatizada), feita a partir de duas chamadas públicas, em 2020 e 2021, para execução de projetos de usinas fotovoltaicas flutuantes na represa Billings. Em abril, o Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou transferência de parte das ações da SPE para a Comerc. Os projetos são na modalidade de geração distribuída.

será de 150 dias corridos, incluindo a entrega do projeto de engenharia, dos equipamentos elétricos, do sistema de controle e instrumentação, estrutura mecânica, obras civis e estruturais, construção, montagem e comissionamento. Outros 180 dias serão adicionados para assistência técnica, treinamento e aceitação final do produto, totalizando 330 dias para a execução do projeto.

O edital de licitação pode ser acessado em https://portaldofornecedor.itaipu.gov.br/ licitacoes/ef-0823-24.

ONS cria painel interativo de capacidade remanescente

O ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico lançou um painel interativo que mostra as indicações de capacidade remanescente para escoamento de novos projetos de geração de energia no SIN - Sistema Interligado Nacional.

Disponível no portal do operador na internet, na seção Energia do Futuro – Suprimento Elétrico, o painel traz os resultados de forma visual, permitindo ao usuário personalizar dois modos de visualização: mapa de margem e tabela de dados. Desenvolvida internamente, a ferramenta apresenta ainda dados sobre as oportunidades de conexão de novas centrais geradoras ao sistema de transmissão.

O mapa dinâmico do painel conta também com funcionalidades para acessar dados específicos sobre o horizonte de estudo, como região eletrogeográfica, unidade federativa, nível de tensão da conexão (kV) e evolução da margem de escoamento remanescente em nível de barramento (MW).

No chamado mapa de margem, o usuário pode visualizar a margem do barramento para o ano selecionado, sabendo a partir daí se há solicitações de acesso em análise, pareceres de acesso recentemente emitidos ou CUST assinados. Na seção tabela de dados, é possível verificar a evolução das margens ao longo dos anos para a localidade e o seu respectivo fator limitante.

O painel tem cerca de 600 pontos de conexão candidatos da Rede Básica (RB) ou de Interesse Exclusivo de Centrais de Geração para Conexão Compartilhada (ICG), considerando todas as configurações de transmissão previstas no horizonte de estudos do Planejamento Elétrico de Médio Prazo – PAR/PEL 2024, ciclo 2025-2029.

Cemig monitora focos de incêndios com satélites

A Cemig está utilizando um sistema de monitoramento via satélite para identificar focos de incêndio que estejam a até 1,5 quilômetro de suas linhas de distribuição e transmissão. A tecnologia foi criada pelo setor de meteorologia da estatal de energia mineira para evitar o impacto de queimadas em suas redes.

Além da integração do setor de meteorologia com seus centros de operação da distribuição (COD) e do sistema (COS), a Cemig, para atuar na prevenção de incêndios em sua infraestrutura, também conta com equipe de meteorologistas para operar o monitoramento em tempo real das condições climáticas da sua área de concessão, que abrange 774 municípios.

Os profissionais produzem boletins, avisos e alertas meteorológicos, enviados aos centros operacionais, que assim conseguem tomar ações focadas na região. Entre as medidas adotadas estão a mobilização de equipes – com uma antecipação de até quatro horas – para as áreas com potencial de serem impactadas. Neste ano, considerado o de maior potencial de impacto por causa das queimadas em alta, o sistema de monitoramento meteorológico da alta tensão, batizado de Geopat, tem contribuído, segundo a em-

Sistema foi criado internamente e visa evitar danos a linhas de distribuição e transmissão da empresa mineira

Cemig/Divulgação

No Circuito

presa, para minimizar os prejuízos e está sendo usado para garantir o fornecimento de energia para os mais de 9 milhões de clientes da companhia.

Ainda de acordo com a empresa, a utilização da nova funcionalidade permite reduzir o tempo de interrupção e evitar desligamentos. O sistema de monitoramento recebe informações de uma rede de satélites orbitais, que mapeiam, por meio de sensores térmicos, os focos de calor no território mineiro. Dessa forma, o setor de meteorologia cruza esses dados com as coordenadas georreferenciadas das linhas de distribuição e de transmissão de energia de alta tensão.

Como exemplo, no dia 30 de agosto o Geopat emitiu um alerta para o COD da Cemig sobre duas torres da linha de distribuição Alfenas 1 – Areado 2 69kV, no sul de Minas. De forma imediata, foram acionadas equipes de campo, que chegaram ao local e constataram que uma das torres havia sido danificada por uma queimada, o que prejudicou o fornecimento de energia para mais de 18 mil clientes.

Para restabelecer a energia, foram mobilizados recursos emergenciais da Cemig, como geradores de energia móveis. Com

isso, Dessa forma, as equipes de campo puderam trabalhar durante a madrugada para realizar a substituição da torre danificada e a recomposição da rede.

Begreen assina MoU

para H2V no RS

A Begreen, empresa criada para produzir amônia e fertilizantes a partir do hidrogênio verde, assinou memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o governo do Rio Grande do Sul para construir três fábricas no estado, nas cidades de Passo Fundo, Tio Hugo e Condor. As duas primeiras estão em fase de licenciamento ambiental e a terceira em processo fundiário.

Com o MoU, a ideia é ao longo dos próximos três anos os projetos passarem a se beneficiar dos incentivos e benefícios do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Hidrogênio, do governo gaúcho. As três unidades, se viabilizadas, somarão investimentos de aproximadamente R$ 150 milhões e deverão ter produção

anual de 8 mil toneladas de amônia anidra verde, intermediário principal de fertilizantes nitrogenados.

Com previsão de gerar 120 empregos diretos durante a construção das três fábricas, e mais outros 30 para a manutenção das unidades, o projeto tem como sócios as empresas Migratio, Torao e Pharo, donas da Begreen, além de parceria com a Universidade de Passo Fundo e o Tecnoagro, parque tecnológico de Passo Fundo que reúne empresas, a universidade e a prefeitura da cidade gaúcha. Este último vem testando em laboratório e em campo várias formulações com os produtos verdes.

“A construção das três unidades deve ocorrer em um ciclo de 20 meses cada, após a obtenção de todas as licenças ambientais

Meta é produzir amônia e fertilizante verde a partir do vetor energético

necessárias”, disse o diretor de operações da Begreen, Luiz Paulo Hauth. Segundo ele, a expectativa é as primeiras plantas entrarem em operação a partir do primeiro semestre de 2027. O hidrogênio verde será produzido por eletrólise da água com eletricidade renovável, o qual, em reação com o nitrogênio (captado do ar), produzirá a amônia.

Enel investe em projetos de resiliência da rede

A Enel Distribuição São Paulo está investindo em um programa de modernização de suas redes aéreas de distribuição. A meta, segundo a empresa, é aumentar a flexibilidade e a resiliência do sistema durantes eventos climáticos.

Empresa quer se antecipar a eventos climáticos

A Enel Brasil assinou protocolo de intenções como o Cemaden - Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para estabelecer cooperação na antecipação de situações meteorológicas e climáticas com potencial para causar impactos no setor elétrico.

A colaboração permitirá à Enel ter acesso à tecnologia e ao conhecimento de especialistas do Cemaden em áreas onde o grupo italiano atua no Brasil, ou seja, em distribuição e geração de energia. A ideia é o compartilhamento de know-how do centro servir de base para a empresa antecipar operações em campo e assim minimizar ou impedir impactos em seus ativos.

O protocolo de intenções formaliza intercâmbio de conhecimentos que já estava em curso entre as duas instituições. “Estamos analisando as necessidades apresentadas para desenhar um projeto que poderá apoiar não somente a Enel, mas todo o setor energético”, disse o coordenador-geral de operações e modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi.

Cooperação permitirá que empresa de energia utilize know-how e especialistas do centro de monitoramento do MCTI

Os seis primeiros meses serão dedicados ao entendimento de necessidades e potencialidades, que servirão para definir as possíveis ferramentas e plataformas para prover previsões de condições climáticas adversas nas regiões de atuação da Enel.

No Circuito

Uma das ações do programa é o chamado Projeto Resiliência de Rede, que conta com investimentos de R$ 36 milhões e está sendo executado em três bairros da sua área de concessão em São Paulo: Alto de Pinheiros, na capital paulista, Parque dos Príncipes, em Osasco, e Alvarenga, em São Bernardo do Campo. Essas áreas envolvem 60 mil consumidores. A ideia é ampliar a ação para outras regiões.

Esse projeto prevê a automação do sistema, com instalação de religadores e equipamentos de telecontrole — um aumento de 63% na área do projeto. Os dispositivos permitem o gerenciamento remoto da rede a partir dos centros de operação, resolvendo desarmes momentâneos da rede de distribuição e restringindo as falhas permanentes.

Hoje, cada telecontrole atende a 770 clientes nesses bairros. Com as novas instalações, cada equipamento passará a atender a cerca de 470 clientes, segundo comunicado da empresa.

A iniciativa também inclui a instalação, até dezembro, de novas interligações entre os circuitos e componentes de rede aérea protegida e isolada, em que os condutores são revestidos com camadas adicionais de proteção. A distribuidora vai fazer a substituição de 60,2 km de cabos por esses modelos compactos, mais resistentes ao impacto da vegetação.

A Enel, também ainda segundo seu comunicado, está ampliando as podas de árvores, com meta de chegar a 600 mil podas neste ano, o que seria o dobro em relação ao ano passado. Também está prevista a instalação de 400 novos religadores e 425 equipamentos de telecontrole na área de

concessão e novos cabos de média e baixa tensão compactos.

ISA Cteep vai implantar Facts

A Aneel aprovou a implementação no sistema elétrico brasileiro pela ISA Cteep, grupo de transmissão de energia, da tecnologia de sistema de transmissão de corrente alternada flexível, conhecida pela sigla em inglês FACTS (Flexible Alternating Current Transmission Systems).

Do tipo smart valves, a tecnologia será instalada provisoriamente, sob investimento de R$ 75 milhões, no primeiro semestre de 2025 na subestação Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, por conta de demanda industrial por energia elétrica na região.

Em uma segunda etapa o sistema será transferido permanentemente, em 2027, para as subestações Votuporanga e São José do Rio Preto, também no interior de São Paulo, sob novos investimentos de R$ 15 milhões para o transporte e a instalação dos equipamentos. Os estudos do projeto foram realizados pela empresa em conjunto com a EPE - Empresa de Pesquisa Energética e o ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Segundo comunicado da Aneel, a tecnologia gera maior flexibilidade e estabilidade ao sistema de transmissão ao redirecionar o fluxo de energia dos circuitos sobrecarregados para os mais ociosos. Isso evita a necessidade de obras convencionais, como reconstrução de linhas de transmissão.

Ideia é preparar rede de distribuição na região metropolitana da São Paulo contra eventos climáticos severos
Empresa foi autorizada pela Aneel a implantar projeto no interior de São Paulo
Divulgação

Para o diretor geral da Aneel, Sandoval Feitosa, o projeto atende a agenda de modernização e digitalização da agência. “Temos a convicção de que essa nova tecnologia permitirá uma otimização do sistema de transmissão, com postergação de investimentos, menor custo global de alternativas e possibilidade de uso dos equipamentos em outras localidades do sistema”, elogiou o diretor.

Amônia verde tem custo de produção competitivo no Brasil

A produção de amônia verde no Brasil, obtida a partir do hidrogênio feito a partir de fontes renováveis, principalmente solar e eólica, já registra alto grau de competividade em comparação com a produzida por métodos tradicionais com combustíveis fósseis. A afirmação consta de estudo da consultoria CELA - Clean Energy Latin America.

A consultoria CELA aponta que índice de custo de produção de hidrogênio verde e da amônia verde já são equivalentes ao das fontes fósseis

Para chegar à conclusão, a consultoria calculou o índice de custo de produção de hidrogênio verde (LCOH) e de amônia verde (LCOA). Segundo o cálculo, o LCOA está entre US$ 539 e US$ 1.103 por tonelada, enquanto na produção a partir do chamado hidrogênio cinza, com base em combustíveis fósseis, o valor ficaria entre US$ 361 e US$ 1.300 a tonelada.

Projetos de hidrogênio verde ultrapassam R$ 188 bilhões

Motivados pela sanção presidencial do marco regulatório do hidrogênio de baixo carbono, a Lei 14.948/2024, os investidores nacionais e internacionais interessados no potencial brasileiro do H2V devem começar a estruturar mais de 20 projetos de grande porte. Segundo estudo da CNI - Confederação Nacional da Indústria, essa fase inicial já representa um montante de R$ 188,7 bilhões.

Ainda de acordo com o levantamento da CNI, diversos portos brasileiros se estruturam para criar hubs de hidrogênio de baixo carbono, onde se concentrará cadeia de atividades de produção, transporte, entrega e uso final do vetor energético. Entre os investimentos identificados, o Complexo Portuário e Industrial do Pecém, no Ceará,

O índice da CELA, atualizado anualmente, foi desenvolvido a partir de modelagem proprietária e experiência em projetos da empresa com H2V no Brasil. A ferramenta mostra ainda ser possível produzir hidrogênio verde com custo nivelado entre US$ 2,83/kg e US$ 6,16/kg em algumas localidades estratégicas do país. Para chegar ao cálculo do custo da produção do hidrogênio verde, a consultoria levou em consideração as características brasileiras nos âmbitos regulatório, legal, tributário e de recursos renováveis, como energias solar, eólica e hidrelétricas, incluindo cruzamento de da-

é o destaque, responsável por R$ 110,6 bilhões dos investimentos previstos.

Lançado em fevereiro de 2021 pelo governo do estado, em parceria com FIEC - Federação das Indústrias do Ceará e UFC - Universidade Federal do Ceará, já foram assinados 39 memorandos de entendimento, segundo informações do governo estadual, além de seis pré-contratos. O estudo destaca também os portos de Parnaíba, no Piauí, com R$ 20,4 bilhões em investimentos, Suape, em Pernambuco, com R$ 19,6 bilhões, e Porto do Açu, no Rio de Janeiro, com R$ 16,5 bilhões. O projeto com maior capacidade de eletrólise ficará localizado no Porto de Parnaíba, com 10 GW de potência.

dos de investimento em plantas, operação e custo de capital.

A amônia é intermediário essencial para a produção de fertilizantes nitrogenados e produzida pela reação do hidrogênio com o nitrogênio. No caso da versão com fonte renovável, tem papel importante nas metas de descarbonização da produção agrícola nacional, além de poder atender a planos de autossuficiência em fertilizantes do Brasil, ainda dependente de importações.

Na atualização do índice de 2024, além da inclusão do LCOA inédito, a CELA

elaborou relatório com detalhes para tomada de decisão de projetos de H2V em 16 cenários diferentes a partir de 1.280 simulações, que pode ser adquirido pelas empresas interessadas através de contato com a CELA.

Connect Global adquire fabricante de condutores elétricos

O grupo Connect Global, especializado em condutores elétricos, adquiriu a Conduspar, empresa paranaense em processo de recuperação judicial desde 2023. Também do setor de condutores elétricos de média e alta tensão, com 37 anos de mercado, a Conduspar é localizada em São José dos Pinhais (PR).

A aquisição envolve os chamados ativos tangíveis – fábrica e equipamentos – e os intangíveis, sobretudo marca e certificações. Aprovada em Juízo, a marca Conduspar passa a ser produzida e comercializada pela Dipro do Brasil, empresa criada

para assumir a UPI (Unidade de Produção Isolada) Conduspar.

A Conduspar é focada em clientes de grande porte, como concessionárias de energia, usinas de energia renovável, plataformas de petróleo e empresas de navegação. Conforme comunicado, com a aquisição o grupo Connect Global se consolida no

mercado nacional de condutores elétricos em cobre e alumínio, atingindo faturamento anual de R$ 1,8 bilhão, produção de 3 mil toneladas/ano e 990 funcionários.

“Estamos entre os cinco primeiros fabricantes do mercado nacional, com marketshare de 14%”, disse o sócio e CEO do grupo, Oswaldo Soares Jr. Segundo ele, a empresa passa a ter qualquer tipo de condutor elétrico para o mercado de transmissão elétrica, concorrendo com fabricantes internacionais. O grupo reúne as marcas Cobreflex, voltada para o mercado de construção civil; Norphel, especializada na produção de cabos de redes; AREA, distribuidora de materiais elétricos; Dipro, com atuação no Paraguai, e Integra, empresa de software.

Com a nova controladora, a Conduspar deve dobrar o volume de produção e o faturamento, hoje de R$ 38 milhões, nos

próximos seis meses. Com capacidade de produção de 3 mil toneladas de condutores elétricos por mês, a empresa vinha operando com apenas 30% de sua capacidade instalada devido à recuperação judicial.

Pesquisa mira carvão da biomassa do coco

A Uece - Universidade Estadual do Ceará e a Energia Pecém, controladora de usinas termoelétricas no complexo do Pecém, assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) para executar projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI) voltado para a produção de carvão híbrido a partir da biomassa de coco.

A Conduspar estava em recuperação judicial desde 2023 e atua em condutores de média e alta tensão

Com previsão de duração de dois anos, o projeto, que será coordenado pelo laboratório de conversão energética e inovação da universidade, contará com investimento inicial de R$ 2,5 milhões da Energia Pecém. A pesquisa também envolverá profissionais, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação vinculados à Uece e ao Instituto Desenvolvimento, Estratégia e Conhecimento (Idesco).

O foco da parceria para domínio do biocarvão será a avaliação da queima associada com o carvão mineral para a geração de energia. Também faz parte do escopo do projeto o uso do biocarvão produzido a partir de resíduos de esgoto, aí a partir do processamento termoquímico do lodo de estação de tratamento.

O projeto terá doze etapas, envolvendo desde a viabilidade técnica, econômica e ambiental até a tecnologia demonstrada em ambiente operacional nas instalações da usina com a substituição do carvão mineral por carvão sustentável de forma gradativa. “Essa nova tecnologia produzirá combustíveis sólidos mais sustentáveis, que podem reduzir a emissão de CO2 na faixa de 20% a 45% como combustível da usina termoelétrica de Pecém I”, disse o presidente da Energia Pecém, Carlos Baldi. O Brasil é o maior produtor de coco da América do Sul, com uma produção superior a 2,7 milhões de toneladas do fruto no ano de 2022, sendo o Ceará o líder nacional. São geradas mais de 2 milhões de toneladas de resíduos anualmente. Cerca de 70% do lixo gerado nas praias do Nordeste é composto por cascas de coco verde, material de difícil degradação.

Copel reduz tarifa com organização de postes

Depois de criar um departamento exclusivo para fazer a gestão dos seus postes com as operadoras de telecomunicações, e adotar política para resolver problemas e usos irregulares, a distribuidora paranaense Copel anunciou ter conseguido reduzir em 2,1% a tarifa de energia no estado. O abatimento foi possível graças às novas remunerações conseguidas, após as ações, de operadoras de telefonia e de dados. Do valor arrecadado, 60% são destinados à modicidade tarifária, um abatimento direto no valor da tarifa, patamar definido pela Aneel.

Distribuidora paranaense criou departamento para fazer a gestão e regularizar uso de postes por empresas de telecomunicações

Segundo comunicado da Copel, os contratos de compartilhamento também passaram a custear a gestão das estruturas e viabilizaram um amplo plano de ações para regularizar os cabos de telefonia em todo o Paraná. Somente em 2024, até agora, as equipes da Copel retiraram 1.473 quilômetros de cabos de telefonia irregulares nos municípios paranaenses, com peso de cerca de 120 toneladas.

Paralelamente, a companhia emitiu 7.619 notificações às empresas de telecomunicações para que regularizassem suas fiações. Em 2023, foram retirados 2.786 km de cabos e emitidas 9.595 notificações.

O departamento de compartilhamento de estruturas atua em contato com as operadoras de telefonia e dados, prefeituras mu-

nicipais e demais instituições interessadas, como o Procon. Além do contato com as empresas responsáveis pelos cabos, a área conta com equipes próprias, que regularizam estruturas nas regiões do estado.

Total Energies financia núcleos de pesquisa

A francesa Total Energies inaugurou três núcleos de pesquisa em parceria com universidades brasileiras: a USP - Universidade de São Paulo, a Unicamp - Universidade Estadual de Campinas e a UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os núcleos são voltados para 40 projetos de transição energética e envolvem R$ 181 milhões em investimentos.

Com R$ 80 milhões do total investido, o Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da USP, passa a sediar o InnovaPower, que tem 13 projetos em carteira em geração solar, eólica e armazenamento, entre outros temas ligados à eletrificação. Cerca de 180 pesquisadores estarão envolvidos nos projetos.

Na UFRJ, foi inaugurado o SustLab RJ, centro de pesquisa voltado para projetos de gerenciamento e uso de CO2. São 16 projetos inicialmente financiados, com investimento total de R$ 65 milhões. O local tem a projeção de receber 150 pesquisadores nos projetos.

Já na Unicamp, a Total financia o ETRC Energy Transition Research Center, localizado no Cepetro - Centro de Estudos de Energia e Petróleo. De início, serão executados 11 projetos de tecnologias para descarbonização do setor de óleo e gás, nas áreas de otimização da completação e perfuração de poços e novas tecnologias de garantia de escoamento, captura e armazenagem de carbono (CCS), desenvolvimento de energias renováveis com base em solar, e biogás e novas tecnologias de baterias. No total serão R$ 36 milhões em investimentos, com mais de 120 pesquisadores.

Parceria da Uece com a Energia Pecém mira uso do biocarvão para termoelétricas

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Eldorado Celulose gera energia com efluentes industriais

A Eldorado Brasil Celulose, de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, inaugurou uma mini hidrelétrica, com sistema de bombas funcionando como turbinas (BFTs), que utiliza na geração os efluentes tratados da produtora de celulose de eucalipto. A tecnologia empregada usualmente com águas, segundo a empresa, foi pela primeira vez utilizada em efluentes industriais.

Duas turbinas foram instaladas para reverter o fluxo dos efluentes, antes do descarte no Rio Paraná, e assim gerar eletricidade no gerador. Cada uma delas tem capacidade de bombear inversamente, em sentido anti-horário, em média 2,5 mil metros cúbicos por hora, totalizando 5 mil metros cúbicos por hora.

Caxias do Sul quer gerar energia a partir de resíduos urbanos

A Universidade de Caxias do Sul (UCS) e a prefeitura da mesma cidade no Rio Grande do Sul fecharam acordo para iniciar segunda etapa de um projeto que pretende tratar os resíduos sólidos urbanos da região a partir da tecnologia de pirólise, que, por fim, gera gás de síntese para produção de energia elétrica.

O contrato prevê a instalação de unidade teste de geração de energia e de outros subprodutos de valor agregado no aterro sanitário Rincão das Flores, na localidade de Apanhador, em Caxias do Sul, com capacidade para tratar 5 toneladas por dia. O processo de pirólise promove a decomposição térmica do lixo, em reator com ausência ou deficiência de oxigênio. A parceria também envolve o acompanhamento dos processos de licenciamento ambiental junto ao órgão ambiental gaúcho, a Fepam - Fundação Estadual de Proteção Ambiental.

biodigestão para a produção do char (resíduo rico em carbono, utilizado na indústria de borrachas e polímeros), óleo de pirólise, gás de síntese, biogás, fertilizantes e energia elétrica a partir da decomposição dos resíduos.

ABB e EVE Energy vão implantar fábricas de baterias

A ABB, empresa especializada em automação com sede na Suíça, assinou memorando de entendimento (MoU, em inglês) com a fabricante de baterias EVE Energy. O acordo prevê a participação da ABB na implantação de novas fábricas da empresa chinesa, previstas para os próximos anos, em diferentes partes do mundo.

Segundo comunicado das empresas, a ABB vai colaborar na parceria oferecendo expertise na integração da instrumentação elétrica, implantação de controles digitais e estratégias de eficiência contínua para as novas plantas industriais.

A geração de energia será destinada ao consumo próprio da empresa no prédio administrativo, que contempla edifícios, além de auditório, restaurante e ambulatório. O projeto foi idealizado pelo diretor Industrial da planta, Carlos Monteiro, que levou o tema para a equipe de inovação e tecnologia da empresa que, em parceria com o professor Augusto Viera, da Universidade Federal de Itajubá, MG, desenvolveram o sistema. Segundo comunicado da Eldorado, a tecnologia também fez surgir uma nova nomenclatura, a de BFTEs, sigla para Bombas Funcionando como Turbinas com Efluentes.

O projeto de transformação de resíduos sólidos em combustível e/ou fertilizante está sendo desenvolvido pela UCS desde 2021. Sua primeira fase foi concluída em março de 2023, com a participação de 32 cidades. Na segunda etapa, além de Caxias do Sul aderiram ao projeto as cidades de Gramado, Flores da Cunha, Serafina Corrêa, Paraí, Monte Belo do Sul e Vista Alegre do Prata.

Depois da unidade piloto, de teste, a terceira e última fase do projeto prevê a implantação de uma unidade regional de geração de energia e produtos a partir de resíduos sólidos com capacidade de atender a uma área de quase 12 milhões de metros quadrados e uma população de 1 milhão de pessoas – o que representa o processamento diário de 70 toneladas de resíduos sólidos.

A fase 2 foi iniciada em 2 de setembro. O projeto contempla o uso das rotas de pirólise e

Juntas, as duas empresas também devem realizar pesquisas para desenvolver células de baterias, módulos e pacotes tecnológicos, além de buscar estratégias para ampliar a capacidade produtiva do equipamento, desenvolver padronizações técnicas e processos de segurança para trabalhadores e meio ambiente.

A EVE Energy está erguendo uma nova fábrica na Hungria para abastecer de bate-

Empresa instalou duas bombas inversas para reverter o fluxo dos efluentes antes do descarte no Rio Paraná
Em acordo com a EVE Energy, empresa vai colaborar com instrumentação elétrica e implantação de controles digitais nas novas plantas industriais

rias a indústria automotiva local e já havia anunciado a intenção de expandir sua presença na China e nos Estados Unidos. A companhia chinesa atua há 23 anos no segmento de baterias, fabricando modelos primários, de pequeno porte, de alta potência e até grandes unidades de armazenamento de energia.

Notas

Investimentos – A Hitachi Energy anunciou um investimento de mais de R$ 1,2 bilhão (aproximadamente US$ 200 milhões) no Brasil. O aporte está focado na expansão da fábrica de transformadores da empresa em Guarulhos, SP, e na construção de uma nova fábrica greenfield , com conclusão prevista para 2028. Segundo a empresa, o investimento visa aumentar significativamente a capacidade de produção no Brasil para melhor atender aos mercados doméstico e de exportação. O investimento faz parte dos US$ 1,5 bilhão anunciados anteriormente para aumentar a produção global de transformadores. Com a expansão em Guarulhos e a nova instalação, a empresa pretende criar 3.000 novos empregos, diretos e indiretos.

Autoprodução de energia – As empresas Nestlé Brasil e Enel Brasil firmaram acordo para criar três consórcios de autoprodução de energia eólica que irão abastecer cinco unidades fabris da Nestlé Brasil, localizadas nos estados de São Paulo (nas cidades de São José do Rio Pardo e Ribeirão Preto), Espírito Santo (em Vila Velha) e Minas Gerais (nos municípios de Ibiá e Ituiutaba). As usinas eólicas, localizadas no complexo Cumaru, no Rio Grande do Norte, foram construídas e são operadas pela Enel Green Power, divisão de geração renovável do Grupo Enel. A Nestlé deterá participação de 40% a 47% nas três usinas.

Reciclagem com desconto na conta – O Projeto Vale Luz, da Neoenergia, reciclou cerca de 1,47 mil toneladas de resíduos. A iniciativa, que integra o Programa de Eficiência Energética da Neoenergia, regulado pela Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, possibilita descontos na fatura de energia a partir da entrega de resíduos recicláveis como plásticos (garrafas PET, PP, PE e sacolas), metais (alumínio e ferro), papéis (revistas, jornais e papelão), vidro, eletrônicos e óleos vegetais. Segundo a empresa, o programa concedeu de janeiro a julho deste ano mais de R$ 798 mil em descontos na conta de luz de mais de 10 mil clientes das distribuidoras da companhia –Neoenergia Brasília (DF); Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS); e Neoenergia Pernambuco (PE). O projeto conta com tendas fixas e itinerantes, ecopontos e máquinas de coleta de embalagens pós-consumo (Retorna Machine) em diversos municípios das áreas de concessão.

EM Sintonia

Cogeração

Os cogeradores de energia estão preocupados especialmente com as chuvas de verão no Sudeste, onde se localiza a caixa d’água dos reservatórios hidrelétricos do País. Suas principais geradoras dependem da cana de açúcar (palha, caules) e outros componentes de preços e custos. Pouca chuva pode vir a incrementar a produtividade agrícola ou não, de região para região, induzindo a maior ou menor produção de etanol ou de açúcar.

Os incêndios anotados mormente em setembro de 2024 podem ter estragado a produção de lavouras de cana em crescimento ou barateado a colheita em outras regiões, mas de todo modo é certo que piorou a produtividade conjunta e o próprio montante a ser colhido nesta safra e na próxima.

Não bastassem essas imprevisibilidades, os incêndios florestais e campestres brasileiros elevaram a cotação do açúcar, tornando o seu plantio mais atraente ou, pelo menos, o direcionamento da produção das usinas mais voltada para esse mercado. E tem-se também o câmbio e os juros em movimentação de vaivém, função do déficit fiscal brasileiro e das diversas conjugações internacionais (essas incluem as guerras de Gaza e da Ucrânia, as ameaças em Taiwan e nos mares do sul da China).

MPs

A destacada consultoria de energia no País, a carioca PSR (rival da paulista Thymos), volta-se ao universo da energia no Brasil para alertar que Medidas Provisórias (há uma plêiade no Congresso Nacional) continuam válidas mesmo depois de caducarem.

Pequenas centrais

São Paulo é curioso ou misterioso? Primeiro, considere-se a força dos lobbies municipais, das elites que pescavam na infância nos pequenos rios afluentes da

bacia do Tietê/Paraná. Elas são saudosistas ou conservadores de suas veredas e seus pesqueiros. Depois inclua os lobbies que exercem sobre vereanças, paróquias, prefeitos e deputados estaduais. Todos juntos fazem o possível e o impossível para inviabilizar as pequenas centrais hidrelétricas capazes de aproveitar suas cachoeiras de pequeno porte. Assim, deposita-se o olhar nos 4,5 mil MW de potenciais paulistas, em aproximadamente 650 aproveitamentos, levantados em 2011, que rara ou lentamente vencem as burocracias impeditivas dos organismos estaduais de meio ambiente.

A inveja paulista inchou com os 19 aproveitamentos que a Aneel encaminhou para estudos ambientais, nenhum no Estado. Sete estão no Paraná, cinco em Minas Gerais e dois em Santa Catarina, sobrando um no Rio Grande do Sul, um no Rio de Janeiro, um no Mato Grosso do Sul, um no Amazonas e mais um em Goiás.

Resíduos para produção de energia

Em sua maratona no Brasil para consolidar suas ideias, os defensores de geração elétrica a partir de resíduos sólidos observam que 40% dos rejeitos vão para lixões e aterros controlados. Segundo eles, a meta é gerar 257 MW de energia de gás de aterros, 69 MW de biodigestão anaeróbica e 994 MW de combustão, no Brasil, até 2040. Advogam que o impacto na tarifa do consumidor seria de apenas 0,06% ao ano com economia de quase R$ 70 bilhões. No mundo existem 4100 usinas em operação; no Brasil, uma única em construção.

Política

O ex-governador do Ceará e ex-candidato à presidência da República (12 milhões de votos no País), Ciro Gomes, decidiu voltar a advogar. Escolheu a esfera da energia para atuar.

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Arcos elétricos

Nova norma estabelece diretrizes para gestão de risco, mitigação de danos e seleção de EPIs

Arcos elétricos em instalações e equipamentos de alta, média ou baixa tensão podem causar eventos catastróficos, com vítimas fatais, destruição do patrimônio e longas interrupções de serviço na indústria. Com o objetivo de fornecer métodos para uma análise de risco de arco, com cálculos para a estimativa da energia incidente, critérios para adoção de meios de proteção e prescrições para mitigar os danos causados pelas faltas a arco, o GT de Energia Incidente da Comissão de Segurança em Eletricidade (CE-003:064.012) do Cobei/ABNT tem se dedicado à elaboração de uma norma nacional sobre o tema. O documento, baseado em normas e padrões estrangeiros e adequados ao contexto brasileiro, considera também os mais recentes resultados de ensaios realizados em laboratórios de pesquisa ao redor do mundo. O projeto da norma 003:064.012-007, intitulada Arco elétrico - Gerenciamento de risco de energia incidente, precauções e métodos de cálculo, deverá ser submetido à Consulta Nacional em outubro.

O escopo da norma compreende ponderações anteriores ao estudo da energia incidente; processo de análise para o cálculo da energia incidente (seção que foi dividida em quatro subgrupos: análise do processo conforme IEEE

A norma brasileira sobre arcos elétricos em equipamentos de alta, média e baixa tensão, que está prestes a ir a Consulta Nacional, visa mitigar danos com métodos de cálculo de energia incidente, sinalização de riscos e seleção criteriosa de EPIs, reforçando a segurança em instalações elétricas. Aqui, um mergulho em seu conteúdo na visão de dois destacados membros da comissão da norma.

Std 1584; modelo conforme a IEEE Std 1584; cálculo da energia incidente para tensões acima de 15 kV; e cálculo de energia incidente para sistemas de corrente contínua); equipamentos de proteção individual; técnicas para redução de energia incidente; recomendações para operação e manutenção, gestão do estudo de energia incidente; sinalização dos níveis de energia incidente, entre outros aspectos.

A nova norma estabelece prescrições e recomendações para trabalhos em ten-

sões que variam de 208 V a 15 kV em corrente alternada. Para tensões superiores a 15 kV, ainda há discussões globais sobre as metodologias mais adequadas para realizar os cálculos de energia incidente, embora algumas abordagens já estejam disponíveis. Por isso, a norma inclui recomendações específicas e referências a estudos em andamento para esses casos, como metodologias do Epri – Electric Power Research Institute Report 2011, Terzija e Konglin, modelo físico do fluxo de calor pelo plasma de arco teoricamente derivado e HeatFlux.

Os arcos elétricos e seu altíssimo potencial de destruição – foto mostra ensaio de EPI no Laboratório de Ensaios de Vestimentas do IEE USP, o único laboratório de ensaios de arco elétrico da América Latina

Henrique Zaparoli (Eletrobras Furnas): “O objetivo principal é determinar as correntes de arco e o tempo de eliminação pelas proteções existentes, para então calcular a energia incidente e definir o limite seguro de aproximação”

O novo documento também abrange metodologias e parâmetros para o cálculo da energia incidente em sistemas de corrente contínua, apresentando modelos e um processo analítico para estimar a energia incidente a uma determinada distância de trabalho.

Luiz Henrique Zaparoli, que atua na manutenção e operação de usinas e subestações e na segurança do trabalho na Eletrobras Furnas e participa da elaboração da norma, destacou durante sua palestra no Eletrotec, realizado em agosto em São Paulo, SP, aspectos fundamentais do documento relacionados à operação e manutenção de instalações, como estabelecimento de medidas coletivas de engenharia para diminuir o valor da energia incidente, sinalização obrigatória e conscientização dos trabalhadores sobre os riscos, entre outros. “Não basta simplesmente calcular e fornecer EPI”, alerta.

Sinalização – Segundo ele, o projeto da nova norma brasileira determina que todos os equipamentos com risco de arco elétrico precisam ser sinalizados com relação à energia incidente, como barramentos, linhas de transmissão e painéis acima de 15 kV, painéis, barramentos, transformadores, reatores, inversores, geradores, capacitores, compensadores síncronos, motores e retificadores com tensão entre 0,208 e 15 kV; painéis, barramentos e banco de

baterias em corrente contínua até 1,5 kV; e circuitos de distribuição em média e baixa tensão. “A placa deve conter, no mínimo, indicação de perigo e risco elétrico, e também o valor de energia incidente calculado para distância de trabalho considerada no estudo”.

Ele ressalta que as etiquetas e placas de identificação nos equipamentos devem considerar o pior cenário de curto-circuito e as diversas configurações do sistema elétrico, aplicando um método integrado que avalie as variações de corrente no estudo da energia incidente. Esse processo deve seguir as diretrizes da norma IEEE Std 1584, incluindo a coleta de dados críticos, como tensão nominal, corrente de curto-circuito trifásico, modo de operação do sistema, distância entre fases, dimensões do invólucro, configurações de eletrodos, distâncias de trabalho e tempo de eliminação das correntes de arco.

Nas recomendações para operação e manutenção, a norma estabelece que é imprescindível que o estudo de energia incidente esteja incluído nas análises de risco rotineiras. Além disso, todas as informações exibidas nas placas de identificação dos equipamentos devem estar alinhadas com o relatório, memorial de cálculo, estudo de energia incidente e o prontuário da instalação. Caso sejam realizados novos cálculos ou modificações, é necessário atualizar o memorial de cálculo, atendendo às exigências de fiscalização. “É fundamental que o relatório esteja sempre em conformidade com as informações apresentadas nas placas dos equipamentos”, reforça Zaparoli.

Energia incidente - O especialista ressalta que, antes de especificar o EPI, é recomendável, como medida preventiva para aumentar a segurança dos trabalhadores, buscar a redução da energia incidente por meio de soluções técnicas para mitigar a severidade do risco térmico, como a diminuição dos tempos

de atuação das proteções e o uso de tecnologias de supressão de arco. A norma recomenda a definição de tempos máximos de exposição para correntes de arco, alinhando-se com práticas de segurança internacionais e otimizando a proteção do trabalhador. Tradicionalmente, segundo ele, a seletividade de proteção era baseada apenas nas correntes de curto-circuito. Com a introdução dos cálculos de energia incidente, especialmente em instalações mais antigas, identificou-se a necessidade de também considerar as correntes de arco nos estudos de seletividade. “Se as correntes de arco não forem detectadas pelas proteções instantâneas, o arco pode persistir por um período prolongado, resultando em uma energia incidente que compromete a segurança do trabalhador”, explica.

São recomendadas duas metodologias de cálculo, uma para tensões de 208 a 600 V e outra para tensões de 600 V a 15 kV. De acordo com Zaparoli, há várias técnicas para reduzir a energia incidente, como otimização dos ajustes da unidade instantânea/tempo definido/ short time (estudo de seletividade, reajuste, substituição do dispositivo de proteção); utilização de relés monitores de arco por luz e/ou pressão; utilização de aterramento por resistência de alto valor ou redução a corrente de curto-circuito por modificação das impedâncias; implementação da seletividade lógica; instalação de disjuntor e relé no primário do transformador de potência; painéis resistentes ao arco elétrico, comando remoto de dispositivo de manobra, encapsulamento isolante de barramentos, grupos de ajustes da proteção específicos para manutenção/parada e operação; modificação de procedimentos de trabalho com consequente modificação das distâncias de trabalho consideradas, bem como a definição dos níveis de energia incidente para cada uma das atividades. “O objetivo principal é determinar as correntes de arco e o tempo de eliminação pelas proteções existentes,

Izilda França
Luiz

Arcos elétricos

para então calcular a energia incidente e definir o limite seguro de aproximação”, afirma.

A distância de trabalho também é considerada um fator crítico para a segurança do operador durante a manutenção. Existem duas abordagens principais para o cálculo da energia incidente com base na distância de trabalho: o uso de uma distância única padronizada ou a definição de distâncias específicas para cada tarefa. A primeira opção simplifica os cálculos, mas pode resultar em especificações de segurança excessivas ou insuficientes. A segunda abordagem, mais trabalhosa porém mais personalizada, possibilita a escolha de vestimentas e procedimentos de proteção mais adequados e confortáveis a cada tarefa, sem comprometer a segurança.

No caso de subestações, usinas e sistemas industriais, o cálculo da energia incidente e a definição do limite seguro de aproximação deve ser realizado em todos os equipamentos sujeitos à intervenção de operação e manutenção, excetuando-se aqueles com tensões abaixo de 240 V AC e curto-circuito trifásico inferior a 2 kA, conforme definido pela norma IEEE 1584. Para sistemas de distribuição em média e baixa tensão, a norma permite a simplificação dos cálculos em pontos críticos, como o ponto de maior e menor corrente de curto-circuito. Já na baixa tensão, a norma prevê que o cálculo na saída do secundário transformador pode ser considerado para a instalação.

Ele destaca ainda que é possível especificar as vestimentas com base na tarefa e na distância de trabalho, evitando o sobredimensionamento ou subdimensionamento dos EPIs. “É importante evitar que o trabalhador seja sobrecarregado com EPIs excessivamente robustos que, além de dificultarem a execução das tarefas, podem gerar outros riscos associados à eletricidade”, destaca. Ele cita, a título de exemplo, a preferência pelo uso

de um bastão de aterramento de 1,10 m do ponto de ignição do arco do que um conjunto de aterramento com bastão de 37 centímetros, haja vista que, no caso do bastão menor, a energia incidente é maior, exigindo uma vestimenta mais pesada, com maior gramatura. “Se eu opto por fazer o mesmo aterramento com bastão maior, a energia incidente é menor e é possível trabalhar com uma vestimenta de gramatura menor, mais confortável”, afirma.

O especialista ressalta que o ATPV - Arc Thermal Performance Value, um dos parâmetros de classificação de arcos, deve ser maior que o valor da energia incidente, e a distância de proteção tem de ser superior ao limite de segurança de aproximação, além de estar acima da zona livre especificada na NR-10, que é referência brasileira para proteção contra choque elétrico.

A norma estabelece que a gestão do estudo de energia incidente deve ser realizada por um profissional habilitado, com conhecimento das metodologias normativas, utilizando uma base de dados atualizada e elaborando um memorial de cálculo que identifique todos os equipamentos incluídos no estudo. Qualquer alteração nos tempos de eliminação da falta, ajustes de proteção, modificações de equipamentos, substituições de dispositivos de proteção ou mudanças na configuração do sistema elétrico devem ser documentadas. Além disso, sempre que houver alterações nos procedimentos de trabalho ou nas distâncias de trabalho, é necessário reavaliar o estudo de energia incidente.

Seleção de EPIs

A escolha adequada de EPIs é considerada um dos principais gargalos na implementação da proteção contra efeitos térmicos de arcos elétricos. Nesse contexto, a nova norma brasileira, em desenvolvimento no Comitê Brasileiro

Marcio Bottaro (IEE-USP): “A obrigatoriedade legal reforça a necessidade de diretrizes claras, que orientem a escolha dos EPIs”.

de Eletricidade ABNT CB03, visa introduzir e aprimorar no ambiente de trabalho nacional a seleção, uso e manutenção dos EPIs com base em padrões internacionais, adotando como ponto de partida o Draft de relatório técnico (Technical Report) do PT901 do comitê internacional IEC TC78, o documento IEC DTR 63374 – Live Working – Guidance for ris assessment, selection, use, care and maintenance of personal protective equipment against the hazards of an electric arc, e as orientações relacionadas à seleção, uso e cuidados com base na metodologia de estimativa de energia incidente da NFPA 70E - Standard for electrical safety in the workplace. “No Brasil, o trabalho das comissões busca harmonizar essas orientações internacionais com a normativa local. Os procedimentos para a escolha de EPIs baseiam-se em dados e resultados de ensaios detalhados nesses guias”, afirma Marcio Bottaro, especialista em laboratório do IEE-USP, e que também participa da elaboração da norma.

Segundo as regulamentações brasileiras, como a NR-6 e a NR-1, o processo de seleção desses equipamentos deve ser documentado dentro do programa de gerenciamento de riscos das empresas. De acordo com Bottaro, a obrigatoriedade legal reforça a necessidade de diretrizes claras, que orientem a escolha dos EPIs. “Daí a importância de uma norma”, justifica.

No conceito internacional atual, adotado pela futura norma, o foco é adotar

Izilda França

Arcos elétricos

soluções técnicas e planejar atividades para minimizar as energias incidentes antes de planejar a especificação técnica de um EPI. As metodologias modernas priorizam o cálculo detalhado da energia incidente em vez de modelos simplificados por categoria, permitindo uma análise de riscos mais criteriosa e detalhada. A abordagem propõe estimar a severidade do risco, realizar uma análise aprofundada, e definir processos, políticas e procedimentos para reduzir a energia incidente. “Somente após essas etapas é que se trabalha com o risco residual para, então, selecionar o EPI adequado e definir a proteção necessária”, explica o especialista.

A nova norma brasileira sobre estimativa de energia incidente proveniente de acidentes com arcos elétricos adota um modelo internacional que classifica as vestimentas em dois grupos principais: aquelas que protegem contra energias incidentes de 1,2 a 12 cal/cm2 (calorias por centímetro quadrado) e as que protegem acima de 12 cal/cm2. Vale dizer que, de acordo com estudos realizados entre as décadas de 50 e 70, é considerada segura a exposição de um trabalhador a um nível de até 1,2 cal/cm². Acima desse valor, existe a probabilidade maior do que 50% de queimaduras de segundo grau ou superiores, reduzindo significativamente a chance de recuperação do trabalhador.

Ao estimar os efeitos térmicos de um arco elétrico, é fundamental que a proteção oferecida pelas vestimentas seja igual ou superior aos valores de energia incidente estimados. Essa proteção pode ser caracterizada por diferentes parâmetros de desempenho térmico ao arco elétrico, denominados resistência ao arco elétrico nas normas ABNT, dos quais o ATPV - Arc Thermal Performance Value é o mais comum. Outro parâmetro é o EBT - Breakopen Threshold Energy, que se baseia no ponto de rompimento do material. Já o ELIM, mais recente na comunidade europeia, é um parâmetro

que estabelece um nível de energia incidente sem ocorrência de queimaduras de segundo grau ou mais graves (0% de probabilidade), sendo mais conservador que o ATPV e o EBT. “O ATPV precisa ser maior que a energia incidente calculada, que muda de acordo com equipamento e distância de trabalho. Não existe especificação de vestimenta por nível de tensão ou tipo de instalação”, afirma o especialista.

De acordo com Bottaro, estudos recentes mostram que há uma variabilidade significativa nos resultados dos ensaios de resistência ao arco elétrico das vestimentas de proteção térmica. O especialista conta que em 2022 foi realizado um estudo de variabilidade com 207 amostras de materiais normalizados por gramatura. O estudo revelou uma variabilidade de 38% entre as amostras. Paralelamente, nos Estados Unidos, uma análise com 56 amostras apontou uma variabilidade de 40%. Segundo ele, esses resultados indicam uma preocupante variação na resistência ao arco elétrico, particularmente no ATPV, com diferenças de até 40% nas amostras ensaiadas, o que ressalta a necessidade de auditorias mais rigorosas de recebimento e vida útil do EPI. “Observamos, ainda, uma tendência entre os fabricantes de declarar o ATPV próximo ou acima da margem superior dos resultados históricos de ensaio”, destaca. Ainda segundo ele, uma avaliação temporal de 2018 a 2022 com seis materiais mais usados no mercado mostrou que a probabilidade de o ATPV estar acima do declarado pode chegar a 43%. “Isso acendeu um alerta”.

Outro ponto crítico, apontado pelo especialista, é a certificação dos EPIs no Brasil. Embora as vestimentas de proteção térmica já contem com processos de certificação, EPIs como protetores oculares, faciais e de cabeça ainda não possuem processo de certificação, somente obtenção de CA (Certificação de Aprovação) junto ao Ministério do Trabalho por meio de relatório de en-

saio único. Já outros EPIs, como luvas para proteção térmica específica para arco elétrico, devido à falta de tipificação normativa nacional, não possuem possibilidade de registro oficial de CA como EPI nessa categoria, sendo seus ensaios somente voluntários. “O objetivo é tipificar esses EPIs para que possam ser regulamentados”, explica Bottaro. Ele também alerta para o uso de impermeáveis no setor elétrico, que podem comprometer a proteção se não forem compatíveis com a resistência ao arco elétrico. “O ideal é estabelecer um programa abrangente de certificação de EPI, em conjunto com a legislação, e incentivar uso adequado dos equipamentos de proteção”, resume.

A norma também abrange a manutenção dos EPIs ao longo de sua vida útil. O documento incentiva a auditoria con-

tínua dos equipamentos e treinamentos para conscientizar os trabalhadores sobre o uso correto dos EPIs. Segundo Bottaro, nos últimos anos, houve um aumento significativo na demanda por auditoria de EPIs. “A auditoria é crucial para verificar a conformidade dos EPIs em uso, garantindo que os produtos mantenham os níveis de proteção ao longo do tempo”, ressalta.

O especialista destacou ainda que o Brasil está entre os poucos países capazes de realizar ensaios completos de desempenho e caracterização de EPIs para arco elétrico. O País conta com um laboratório independente para testes de requisitos de proteção térmica de EPI: o LEVe – Laboratório de Ensaios de Vestimentas de Proteção Térmica, do IEE-USP – Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo,

desenvolvido com apoio da ANP/Petrobras, acreditado pelo Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial e reconhecido pelo ILAC - International Laboratory Accreditation Cooperation, organismo internacional de acreditação de laboratórios. No mundo, só outros dois laboratórios realizam ensaios semelhantes de maneira independente: Kinectrics, no Canadá, e Aitex, na Espanha.

Eletrocalhas, dutos, bandejas, canaletas, eletrodutos e leitos

O uso de condutos apropriados, como leitos, dutos de piso, eletrocalhas, eletrodutos, canaletas e bandejas, é fundamental para garantir a proteção dos cabos contra solicitações mecânicas e elétricas, além de proporcionar acessibilidade às linhas elétricas, facilitando a manutenção e futuras expansões. A tabela abaixo apresenta diversos fabricantes desses elementos, com especificações dos produtos oferecidos, como materiais utilizados e conformidade com normas técnicas nacionais.

Empresa – Telefone E-mail

Amanco Wavin – (19) 3883-8000 atendimento.sac@wavin.com

Bandeirantes – (19) 99594-7225 contatovendas@bandeirantesperfis.com.br

Calhas Kennedy – (11) 91965-7804 vendas@calhaskennedy.com.br

Delta Perfilados – (11) 99607-8700 contato@deltaperfilados.com.br

Dispan – (19) 3466-9300 comercial@dispan.com.br

Dutoplast – (11) 2524-9055 qualidade@dutoplast.com.br

Dutotec – (51) 3181-0866 vendas@dutotec.com.br

Eletropoll – (47) 3375-6700 vendas@eletropoll.com.br

Engeduto – (21) 3325-0406 vendas@engeduto.com.br

Fortlev – (27) 2121-8300 faleconosco@fortlev.com.br

Hellermanntyton – (11) 4815-9090 vendas@hellermanntyton.com.br

Indusmack – (12) 3935-4545 vendas@indusmack.com.br

JEA Sul – (41) 99136-6140 gilberto@jea.com.br

Kanaflex – (11) 98602-2907 mkt@kanaflex.com.br

Da Redação de EM

Guia – 2

Empresa – Telefone E-mail

Krona – (47) 3431-7800 contato@krona.com.br

Marvitec – (11) 95787-1427 everton.hernandez@marvitec.com.br

Masster Plásticos – (47) 99785-0103 gerentecomercial@massterplasticos.com.br

Mastery – (11) 2023-6260 contato@masteryaramados.com.br

Niedax Brasil – (11) 99331-5192 atendimento@niedaxsistemas.com.br

OBO Bettermann – (15) 3225-1789 mkt.info@obo.com.br

PE Tubos – (11) 94705-1927 contato@petubos.com.br

Real Perfil – (11) 2134-0002 vendas@realperfil.com.br

Rojan – (11) 3858-4133 rojan@rojan.com.br

Eletrocalha

Empresa – Telefone E-mail

SPTF – (11) 2065-3820 sptf@sptf.com.br

Tramontina Eletrik – (54) 3461-8200 tramontina.elt@tramontina.com

Ultra Tubos – (11) 97649-8759 vendas@ultratubos.com

Valemam – (11) 99598-2222 vendas@valemam.com.br

Notas: (1) Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas. (2)Encaminhamento de cabos - Sistemas de eletrocalhas para cabos e sistemas de leitos para cabos. (3) Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro fundido. (4)Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou liga zinco-ferro pelo processo contínuo de imersão a quente. (5) Chapas e bobinas de aço revestidas pelo processo contínuo de imersão a quente. (6) Bobinas e chapas finas a frio e a quente de aço-carbono e de aço de alta resistência e baixa liga. (7) Indústrias do petróleo e gás natural - Perfis pultrudados - Parte 4: Sistema de bandejamento.

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 147 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Setembro / Outubro de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line , para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Risco de choque em chuveiros localizados em subestações AT

Durante visitas técnicas a subestações transmissoras de energia de alta tensão, foram encontradas nas salas de controles/relés dessas instalações banheiros com chuveiros elétricos. O assunto gerou dúvidas e debates entre os profissionais da equipe técnica, pois, embora nenhuma norma brasileira ou internacional ou literatura da área proíba essa prática, também não há nenhuma autorização explícita que permita a instalação desses equipamentos. Portanto, este artigo tem o objetivo de alertar, discutir e apresentar considerações para o dimensionamento seguro de malhas de aterramento de subestações AT onde há chuveiros elétricos instalados.

Tomou-se como base uma subestação transmissora de energia de 500 kV, na qual foram feitas ampliações para a instalação de um novo bay de conexão de uma LT 500 kV. O estudo de aterramento indicou as condições de segurança nas instalações da subestação através dos valores calculados de tensões de passo e toque máximas admissíveis, 805 V, e as tensões de passo e toque geradas nas instalações da subestação analisada considerando a malha de aterramento durante a ocorrência de faltas a terra.

(IEC PUC/MG)

Este artigo analisa malhas de aterramento em subestações de alta tensão, focando nos riscos de choques elétricos em chuveiros instalados nos banheiros das salas de controle e destacando a segurança dos profissionais expostos a tensões de passo e toque em caso de curto-circuito. Medidas preventivas, como dimensionamento adequado da malha de aterramento e remoção dos chuveiros, são sugeridas para mitigar os riscos. A análise baseia-se em equações e cálculos específicos para ambientes como banheiros com chuveiro.

A sala de controle da subestação analisada está localizada ao lado do pátio de equipamentos, inserida na região de controle de gradientes de potencial. Na análise do projeto, foi identificada uma malha de aterramento com meshs (reticulados) para controle de gradientes e hastes de aterramento em pontos específicos. Na região da sala de controle, foi instalado um anel de equipotencialização e hastes de aterramento para garantir o controle de gradiente de potencial no piso dentro da sala. De acordo com a interpretação do documento, dentro do limite da sala de controle não foram seguidos os reticulados da malha de aterramento do pátio de equipamentos.

Para avaliar o desempenho das malhas, foram levantadas as tensões de toque em alguns eixos da subestação. Devido à indisponibilidade de informações a respeito do gradiente de potencial dentro da sala de controle, as análises realizadas nesse estudo foram feitas a partir dos valores calculados para o eixo 2, que é o mais próximo da sala de controle, conforme mostrado na figura 1.

A figura 2 indica os valores de tensão de toque ao longo do eixo 2 da malha da subestação. É possível observar nas figuras 2 e 3 que a tensão de toque máxima 805 V não foi ultrapassada em nenhum ponto do eixo.

Ronan de Assis
e Maria Izabel Santos (PUC/MG e UFMG)
Fig. 1 – Malha de aterramento modelada no software com eixos para avaliar potenciais
passo
toque na subestação

Corrente de choque de longa e curta duração

Para explicar os cálculos apresentados no decorrer do artigo, é importante analisar as equações (1), (2) e (3), que determinam as máximas tensões de passo e toque seguras para um ser humano.

Para o cálculo dessas equações, duas correntes são importantes: a corrente de choque de longa duração (Ichld) e a corrente de choque de curta duração (Ichcd).

Ichld é a corrente de choque provocada por uma tensão de toque ou passo devido a uma corrente de defeito de longa duração. A corrente de choque de longa

duração permissível é o máximo valor de corrente que circula pelo corpo sem provocar fibrilação. Os valores máximos de choque de longa duração são dados na tabela I.

A corrente de choque de curta duração é a corrente de máxima de não fibrilação (para 99,5% das pessoas de 50 kg) no intervalo de tempo 0,03 ≤ t ≤ 3s, dada pela equação (1):

Ichcd = = (1) 0,116 0,116 √t √0,5

O valor de t, que é a duração do choque, é estabelecido pelo tempo máximo de eliminação da falta baseado no disposi-

tivo de proteção, sendo considerado um tempo menor ou igual a 0,5 s.

A corrente Ichcd é utilizada para determinar as tensões de passo e toque, conforme indicado nas equações (2) e (3):

V toque = (1.000 + 1,5 . Cs ρs) x (Ichcd)

V toque = (1.000 + 1,5 . Cs . ρs) x (2) 0,116 √0,5 ) (

V passo = (1.000 + 6 . Cs ρs) x (Ichcd)

V passo = (1.000 + 6 . Cs ρs) x (3) 0,116 √0,5 ) (

Fig. 2 – Gráficos de Vtoque ao longo do eixo 2 da malha geral de aterramento (o valor máximo admissível é indicado em vermelho)
Fig. 3 - Mapeamento da tensão de toque ao longo da malha da subestação – Pátio 500/230/69 kV (simulação software)
Fig.

Aterramento

Dimensionamento da malha de aterramento

Para a subestação analisada, levantou-se os valores de resistividade do solo em duas camadas, sendo 1520,33 Ω.m para a camada superficial de 1,94 m de profundidade e 369,4 Ω.m para a segunda camada (figura 6).

Os limites máximos admissíveis de segurança da memória de cálculo foram calculados conforme a seguir. O fator Cs representa a conexão elétrica entre os pés de uma pessoa e a camada superficial do solo e é calculado conforme a equação (4):

0,09 1 – ρ1 ρs ( )

C s = 1 – (4) 2hs + 0,09

Sendo:

ρ1 – Resistividade da primeira camada do solo, em Ω x m; ρs – Resistividade da camada superficial, em Ω x m (brita no pátio da subestação e solo natural no entorno da subestação); hs – Espessura da cobertura superficial do solo, em m.

Para o cálculo das tensões máximas admissíveis, foi considerado um tempo de atuação da proteção (ts) de 0,5 s, resistividade da brita de 3000 Ω.m e espessura da camada de 0,1 m:

0,09 1 – ρ1 ρs ( )

C s = 1 –2.(hs) + 0,09

0,09 1 –1.520,33 3.000,00 ( )

C s = 1 –2.(0,1) + 0,09

Cs ≈ 0,87 (5)

A tensão de toque máxima admissível (para pessoas de 50 kg, considerando a brita) pode ser avaliada através da equação (2). Sendo Cs igual a 0,87, ρs, referen-

Fig. 6 – Estratificação do solo calculada com bases nas medições de resistividade

te a brita e a resistência do corpo humano 1000 Ω, têm-se os valores de tensão de toque e passo dados pelas equações (6) e (7):

V toque = (1.000 + 1,5 . Cs ρs) x (Ichcd)

V toque = ((1.000 + 1,5 . (0,87) . (3.000)) x 0,116

√0,5 ) (

V toque = 806 V (6)

V passo = (1.000 + 6 . Cs . ρs) x

V passo = (1.000 + 6 . (0,87) . (3.000)) x 0,116

√0,5 ) (

√0,5 ) ( 0,116

V passo = 2.727 V (7)

Desconsiderando a brita e assumindo somente o solo, tem-se Cs igual a 1 e as tensões de Vtoque de 538 V e Vpasso de 1660 V.

Tab. I – Limites de corrente elétrica suportados pelos seres humanos (tabela 4 da norma ABNT NBR 15751:2013)

Corrente limite de largar de longa duração (I chl d)

Porcentagem da população que suporta Homens Mulheres

A malha foi dimensionada para tensão de toque segura de 805V (Vmáximo admissível

É importante ressaltar que, para o dimen sionamento da malha, foi considerado apenas um único tipo de cobertura de solo, o que não representa a condição real dentro da sala de controle.

Tensões máximas de toque e passo

Os valores de tensão foram recalculados a fim de analisar o impacto do material de superfície da sala de comando — a saber, concreto revestido com cerâmica — na se gurança do sistema.

A figura 5 (pág. 39) mostra que a resisti vidade para o concreto molhado é de 21 a 100 Ω.m, porém não há um valor para superfícies de concreto revestido com ce râmica molhada.

Para uma análise de sensibilidade, haja vista que não é possível medir a impedân cia da superfície ou utilizar um valor in dicado por norma, assumiu-se que o piso de concreto revestido com cerâmica mo lhada possui uma resistividade média en tre o concreto 100 Ω.m à brita 3000 Ω.m. Foram adotados os valores de 500, 1000 e 1500 Ω.m nos cálculos.

Cálculos para diferentes valores de resistividade da superfície

Os limites máximos admissíveis de segu rança de tensão de passo e toque, consi derando impedância de superfície de 500 Ω.m, mesma espessura da superfície de britas, 0,1 m e mesmo tempo de atuação da proteção de 0,5s, são dados pelas equações (9) e (10).

Refazendo os cálculos para uma resistivi dade da superfície de 500 Ω.m, tem-se:

Aterramento

0,09 1 – ρ1 ρs ( )

C s = 1 –2.(hs) + 0,09

Cs ≈ 1,633 (8)

V toque = ((1.000 + 1,5 . (1,633) . (500)) x 0,116

√0,5 ) (

V toque = 364,97 V (9)

V passo = ((1.000 + 6 . (1,633) . (500)) x 0,116

√0,5 ) (

V passo = 967,72 V (10)

Por sua vez, com os cálculos para uma resistividade da superfície de 1000 Ω.m, obtém-se:

Cs ≈ 1,161

V toque = 449,73 V

V passo = 1.306,81 V

Refazendo os cálculos para uma resistividade da superfície de 1500 Ω.m, resulta:

Cs ≈ 1,004

V toque = 534,63 V

V passo = 1.646,39 V

Análise dos resultados obtidos

Os resultados obtidos para as tensões de toque e passo para uma impedância da superfície entre 500 ≤ Z ≤ 3000 Ω.m, de 500 Ω.m, de 1000 Ω.m e de 1500 Ω.m foram tensões de toque (364,97 V, 449,73 V e 534,63 V) inferiores aos 805 V, que é a tensão de toque máxima admissível utilizada para dimensiona-

mento da malha de aterramento da subestação analisada.

Vale ressaltar que não é possível determinar com exatidão se as condições atuais da malha atendem aos limites máximos de tensão de passo e toque. Se for considerado valores inferiores de 3000 Ω.m de um tipo de solo diferente, o dimensionamento da malha de aterramento muda, para garantir que as tensões de passo e toque geradas e os valores das correntes de choque de curta duração não provoquem danos às pessoas que circulam sobre o piso do pátio da subestação.

Os cálculos apresentados nesse artigo permitem concluir que o tipo de superfície do piso influencia os valores de tensão de toque e passo e, consequentemente, o estudo de dimensionamento da malha de aterramento. Nesse estudo, não foi analisada a condição de uma pessoa descalça com corpo completamente molhado no

interior da subestação nem os impactos disso na segurança da malha.

Conclusão

Não há na norma valores típicos para medição de resistividade de solo para um piso de concreto revestido de cerâmica. Somente uma medição em campo e/ou laboratório poderia levantar valores precisos desse tipo de superfície.

Não foram encontradas no projeto da malha de aterramento das subestações medidas adicionais ou um estudo específico que garanta uma condição segura aos profissionais que porventura tomem banho dentro dos banheiros das salas de controle.

Além do tipo de solo, a ausência de um calçado isolante e o corpo molhado diminui drasticamente a resistência do corpo humano. Todas essas

Fig. 7 – Resistividade típica para materiais de superfícies (tabela extraída da norma IEEE-80/2000)

8 – Situações básicas de choque em subestações AT (figura 12 da norma IEEE-80/2000)

condições podem contribuir para o risco de choques elétricos devido a tensão de passo e toque durante um curto-circuito à terra na subestação.

É recomendável que não sejam instalados chuveiros nos banheiros das subestações AT em que não foi analisada a existência de uma área de

banho dentro da sala de controle da subestação.

Vale ressaltar que o risco de um profissional ser submetido a uma condição de choque nesse caso é baixo, visto que ele existe caso o trabalhador esteja tomando banho no momento exato de ocorrência de uma falta à terra dentro da subestação. Mesmo que a probabilidade seja baixa, deve-se evitar o risco.

REFERÊNCIAS

[1] IEEE Std 80-2013. Guide for safety in AC Substation Grounding; Institute of Electrical and Electronic Engineers, 185 p.

[2] Kindermann, Geraldo; Campagnolo, Jorge Mário: Aterramento Elétrico (Livro). Florianópolis: SagraDC Luzzatto, 3ª Edição, 1995, 214p.

[3] ABNT NBR15751 – Sistemas de Aterramento de Subestações – Requisitos.

[4] IEEE Std 80-2020. Guide for safety in AC Substation Grounding; Institute of Electrical and Electronic Engineers, 192p.

[5] Estudo dimensionamento da Malha de aterramento – Memória de cálculo – Setores 500/230/69kV –Subestação Transmissora de energia, 2023, 118p.

Fig.

Energia solar em consumidores no ambiente de contratação livre de energia

Os altos custos da energia têm exigido dos consumidores a busca de alternativas para sua redução. Os meios principais de diminuir esses custos são:

• eficiência energética;

• estudo tarifário; e

• geração própria de energia.

Uma forma de redução dos custos de energia é a migração do consumidor do ambiente de contratação regulado de energia (mercado cativo) para o ambiente de contratação livre (ACL) de energia, o chamado mercado livre.

No entanto, até janeiro deste ano, a maioria dos consumidores de energia conectados em média tensão não poderiam aderir ao ACL, pois não possuíam os requisitos necessários (potência contratada mínima de 500 kW). Esses consumidores, para a redução relevante dos custos de energia, precisavam de investimentos em eficiência energética ou passar a produzir sua própria energia.

A abertura do mercado livre de energia

Em janeiro de 2024, como dito, todos os consumidores de energia do grupo A passaram a poder optar por migrar para o ambiente de contratação livre. Para que isso fosse possível, novas regras e agentes foram criados, e vou destacar aqui a criação da comercializadora varejista. (Estou simplificando as particularidades do mercado livre de energia, pois desejo focar nesse artigo apenas nas oportunidades geradas pela abertura do mercado livre.)

A abertura permitiu que qualquer consumidor do grupo A, mesmo os que

possuem demanda contratada inferior a 500 kW, migrassem para o mercado livre de energia. A forma de fazer isso é através de uma comercializadora de energia varejista, ficando essa comercializadora com uma série de obrigações junto à CCEE e com isso simplificando as dificuldades que o mercado livre de energia acarreta para o consumidor.

A migração para o mercado livre pode resultar em redução de custos entre 20 e 35% (dependendo do volume de energia, do perfil de consumo e da concessionária de energia) sem a necessidade de grandes investimentos. Porém, apesar dessa redução, a migração acarreta o fim dos contratos anteriores e a negociação de outros, e com isso, dependendo do momento (crises hídricas, por exemplo), os custos podem resultar bastante altos.

Para um industrial, a incerteza em sua matriz de custos pode representar um problema estratégico, o que tem levado muitos consumidores a, mesmo migrando para o mercado livre de energia, investirem em sua própria geração de energia.

Um outro ponto a destacar é que muitos consumidores do grupo A que já investiram em usinas de energia solar fotovoltaica desejam migrar para o mercado livre de energia, a fim de reduzir os custos da energia que não produzem.

Com o advento da Resolução Normativa (REN) 482 da Aneel, que criou o sistema de compensação de energia para os consumidores do ambiente regulado, a geração própria de energia passou a ser financeiramente interessante e de relativa facilidade de instalação, principalmente

quando falamos de fonte de energia solar fotovoltaica.

O mercado livre e a geração de energia

Diferente do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), destinado à MMGD - mini e microgeração distribuída, onde os requisitos de cômputo financeiro da energia injetada e consumida são relativamente simples, no ambiente de contratação livre temos um grau razoável de complexidade e algumas exigências que inviabilizariam financeiramente usinas de potência relativamente baixa.

Por isso, consideraremos nesse artigo que clientes no mercado livre de energia não podem injetar energia na rede (isso não é verdade, mas para a grande maioria dos consumidores do grupo A que estão ou pretendem ir para o mercado livre de energia, essa injeção na rede não é viável financeiramente).

Clientes com MMGD que vão migrar para o mercado livre

Os clientes que são aderentes ao SCEE e estão no grupo A, podem migrar para o mercado livre mas não poderão mais injetar.

Na análise financeira, deve-se primeiramente verificar o quanto de energia é injetada na rede. Esse percentual de energia, com a migração para o mercado livre não poderá mais ser injetado e será perdido, e a análise econômica deverá refletir essa situação.

Para consumidores que têm uma quantidade representativa de energia injetada

EM Profissionais

(por exemplo, fábricas que trabalham apenas de segunda a sexta-feira), a migração pode não ser a melhor solução. A opção de ampliar a geração, visando gerar 100% da energia necessária, com a permanência no SCEE pode ser mais interessante do que a migração para o mercado livre.

Se, após a análise, ainda se entender que vale a pena a migração, uma série de adequações precisam ser realizadas. A partir do momento em que não é possível injetar energia na rede, é necessário controlar essa energia e proteger a rede da concessionária.

Existem poucos consumidores no quais não há possibilidade de o sistema de energia solar gerar mais energia do que a necessária para o consumo. São em geral consumidores com perfil de carga constante, como hospitais, e nos quais o sistema de energia solar atende apenas parte de suas necessidades de energia.

Para os demais consumidores, será necessário um meio de controle, que garanta que a fonte geradora não gere mais energia do que o necessário. No caso de usinas fotovoltaicas, chamamos esse sistema de grid zero ou zero export.

Então, a primeira adequação a ser realizada nesse consumidor será a instalação do sistema de controle, que precisará de hardware específico, que seja compatível com os inversores existentes, e de sinais de tensão e corrente da entrada de energia, sendo muitas vezes necessário o uso de TPs e TCs.

Mas isso é apenas controle. A concessionária não tem meios de garantir que os ajustes do sistema de controle sejam alterados, e portanto exige que haja uma proteção na entrada de energia do consumidor. Essa pro-

teção é realizada através de um relé secundário, microprocessado, com a função de direcional de potência (32), que deverá atuar ou no disjuntor geral da entrada de energia, ou no disjuntor do sistema de energia solar.

Além das adequações físicas citadas, é necessário que se realizem os trâmites junto à concessionária, para aprovação das medidas de adequação.

Clientes sem MMGD que vão migrar para o mercado livre

Os clientes que podem migrar para o mercado livre de energia e não possuem MMGD têm três possíveis opções de cenários:

a) Migrar para o mercado livre de energia e não realizar investimentos em gerar parte de sua energia;

b) Migrar para o mercado livre de energia e instalar uma usina de energia solar, gerando parte da energia; ou c) Instalar uma usina solar gerando boa parte ou toda energia e aderindo ao SCEE.

Na opção a não há grandes aportes do cliente, apenas adequação quando a entrada de energia é muito antiga. Em contrapartida, não há segurança energética.

Na opção c , o cliente tem um alto investimento inicial, pressupondo que tenha condições técnicas de montar a usina (espaço e capacidade de escoamento da energia pela concessionária), mas passa a ter previsibilidade dos seus custos de energia. Ou seja, além da redução de custos, também passa a contar com um mecanismo de defesa contra problemas tarifários futuros no Brasil. Na prática, o custo pela energia gerada passa a ser o LCOE.

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profissionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em_profissisonais@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “EM Profissionais”.

E a opção b, se bem projetada, permite um retorno do investimento mais rápido da instalação da usina solar quando olhamos o projeto como um todo.

As exigências técnicas para a opção b são as mesmas citadas anteriormente, uso do sistema de controle (grid zero) e de proteção (relé 32).

O (in)certo futuro da energia

Agora chegou minha hora de filosofar. No futuro, não vejo como indústrias e comércios de maior consumo não virem a gerar pelo menos parte de sua energia. Se não o fizerem, esses consumidores estarão expostos a riscos absurdos de variações de preço da energia elétrica, os quais podem ter impacto significativo em seus negócios.

O problema crônico das fontes de energia renovável solar e eólica é sua intermitência. Mas esse problema é superado pelo uso do armazenamento de energia, cujos custos vêm caindo. Bilhões de dólares têm sido investidos mundialmente em P&D sobre essa tecnologia, pois não há como passarmos pela transição energética sem sistemas de armazenamento.

Isso implica que, em algum determinado momento, os consumidores precisarão entender sobre energia e serem capazes de tomarem decisões e realizarem investimentos. Para os consumidores de menor porte (quando digo menor porte, estou falando de empresas com contas de energia de R$ 100 mil a R$ 200 mil), essa complexidade é razoável.

Temos então, os industriais, engenheiros e consultores, uma oportunidade de começar a entender melhor todas essas novas opções e necessidades, aproveitando a junção do mercado livre varejista com as usinas fotovoltaicas, de modo a estarmos melhor preparados para o futuro quando ele bater às nossas portas (o que ocorrerá em breve)

Até a próxima edição.

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EM Aterramento

Aterramento e equipotencialização

O aterramento e a equipotencialização são dois conceitos muito importantes para a segurança e confiabilidade das instalações elétricas de baixa tensão. Por isso vale a pena revisitá-los periodicamente.

O sistema de aterramento é composto do subsistema externo de aterramento e do sistema de equipotencialização, podendo ser definido como o conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento, interligados ou não, e pelas partes metálicas que atuam direta ou indiretamente com a função de aterramento, como pórticos e torres, armaduras de edificações, capas metálicas de cabos, tubulações, etc.

Em conjunto, o aterramento e a equipotencialização atuam como medidas de proteção contra surtos (MPS), segundo a norma técnica ABNT NBR 5419:2015 Versão corrigida 2018 –Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura . Cabe ao subsistema de aterramento dispersar as correntes da descarga atmosférica no solo e à malha de equipotencialização minimizar as diferenças de potencial e reduzir o campo magnético.

Como todo conceito, essas duas medidas não serão eficazes caso não sejam aplicadas corretamente. Por isso, o parâmetro relevante para ambas, a impedância, dependerá muito da geometria na qual os eletrodos de aterramento e os condutores de equipotencialização forem instalados, sempre levando em conta a frequência das correntes conduzidas pelo sistema.

Em relação à norma técnica de instalações elétricas de baixa tensão, a ABNT NBR 5410:2004 versão corrigida 2008, a infraestrutura de aterramento, que consta de sua subseção 6.4.1.1.1, deve ser projetada para:

– Que seja confiável e atenda aos requisitos de segurança das pessoas;

– Conduza as correntes de falta à terra sem risco de danos térmicos, termomecânicos e eletromecânicos, ou de choques elétricos causados por essas correntes; – Atenda também aos requisitos funcionais da instalação, quando necessário.

Para excluir peremptoriamente qualquer conflito normativo entre os objetivos da proteção contra descargas atmosféricas em relação às necessidades funcionais e de segurança das instalações elétricas de baixa tensão, a norma ABNT NBR 5410:2004/2008 informa que os eletrodos de aterramento projetados segundo os seus requisitos podem e devem ser utilizados conjuntamente pelo sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) da edificação, nas condições especificadas na norma ABNT NBR 5419:2015 –Proteção contra descargas atmosféricas.

Enquanto a definição de aterramento nas duas normas é objetivo e convergente, o conceito de equipotencialização é apresentado na norma ABNT NBR 5410:2004/2008 de forma vaga e um tanto confusa, como pode ser lido aqui:

“3.3.1 equipotencialização: Procedimento que consiste na interligação de elementos especificados, visando obter a equipotencialidade necessária para os fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos interligados resultante.”

Felizmente a norma parcialmente se redime na nota que complementa essa definição, muito mais inteligível:

“NOTA A equipotencialização é um recurso usado na proteção contra choques elétricos e na proteção contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. Uma determinada equipotencialização pode ser satisfatória para a proteção

contra choques elétricos, mas insuficiente sob o ponto de vista da proteção contra perturbações eletromagnéticas.”

Em termos mais práticos, tanto o aterramento quanto a equipotencialização têm como inimigos:

Medições de resistência de aterramento que não sigam as orientações da norma técnica

ABNT NBR 15749:2009 – Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistemas de aterramento porque, nesse caso, os valores obtidos serão incorretos.

Valores de resistência de aterramento como parâmetros de eficiência já que podemos ter uma baixa resistência mas uma alta impedância.

– Condutores de equipotencialização que não sejam retilíneos quanto menos retilíneo o condutor, mais impedância ele apresentará. – Sistemas de aterramento independentes para a mesma instalação pois isso compromete a proteção contra sobretensões.

– Ausência de inspeções periódicas como todo corpo metálico, cabos, fitas, hastes e conectores sofrem esforços mecânicos, térmicos e químicos que podem comprometer o seu desempenho.

No limite, um condutor de equipotencialização ideal deveria ter impedância zero para que, ao ser percorrido por uma corrente de surto, alta frequência, existisse sobre ele uma queda de tensão nula. Ou, escrito de outra maneira, para que a equipotencialização fosse perfeita, já que equipotencial significa potenciais iguais, o que na prática é impossível.

Mas como a engenharia não procura a perfeição, satisfazendo-se com o melhor possível, a impedância de um condutor de equipotencialização é uma limitação, mas não um impedimento para que ela seja utilizada como uma MPS, cabendo ao projetista da instalação aplicá-la corretamente, ou, em sentido contrário, não a utilizar quando as condições existentes não forem favoráveis, como distâncias excessivas entre os dois pontos.

Uma revisão sobre esse tema também deve ajudar a desfazer o equívoco de que a correta atuação dos dispositivos de proteção contra surtos

(DPS) depende de um bom aterramento (nesse caso, na verdade, de um baixo valor de resistência do eletrodo de aterramento). Embora a instalação de DPSs seja uma MPS distinta, de fato o DPS é um elemento de equipotencialização de condutores normalmente energizados em relação à terra, modo comum, ou de condutores normalmente energizados entre si, modo diferencial. Por isso, para a proteção contra os efeitos das descargas atmosféricas, mais importante do que um baixo valor de resistência do aterramento é que o seu eletrodo seja único para a edificação, ou estrutura, que deva ser protegida.

Por esse motivo a edição de 2015 da norma ABNT NBR 5419 suprimiu qualquer referência ao nada saudoso “valor de 10 ohms”, apresentando em seu lugar uma maior ênfase na unicidade (equipotencialização) do eletrodo de aterramento, conforme a seção 5.4.1 da parte 3 da norma:

“Sob o ponto de vista da proteção contra descargas atmosféricas, uma única infraestrutura de aterramento integrada é preferível e adequada para todos os propósitos, ou seja, o eletrodo deve ser comum e atender à proteção contra descargas atmosféricas, sistemas de energia elétrica e sinal (telecomunicações, TV a cabo, dados etc.)”.

Para concluir, o aterramento e a equipotencialização pertencem à infraestrutura da instalação elétrica, e como tal devem ser projetados corretamente para que seu trajeto seja otimizado. Como

o posicionamento dos barramentos de equipotencialização (BEP/BEL), dos painéis e do ponto de entrada dos cabos nos ambientes contribui, em muito, para a eficácia e eficiência do subsistema de aterramento como MPS, cabe ao projetista da instalação dedicar toda atenção necessária para que esses elementos estejam posicionados corretamente.

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, SergioRobertoSantos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_aterramento@ arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.

Revendedores e distribuidores de materiais elétricos

Da Redação de EM

Este levantamento apresenta uma relação de produtos oferecidos por empresas de distribuição e revenda de material elétrico e de iluminação em todo o Brasil, organizadas de acordo com as siglas dos Estados onde estão localizadas. A lista inclui itens para instalações de baixa tensão, sistemas fotovoltaicos, linhas elétricas, distribuição terminal, comando e controle, além de lâmpadas e luminárias LED, sistemas de energia ininterrupta e outros produtos para diversas aplicações elétricas.

Lâmpada halógena Lâmpada LED Luminária (13) Luminária LED (13) Reator Iluminação emergência Pára-raio predial (SPDA) Capacitor (14) Ferramentas elétricas Instrumentos (15) UPS (16) Produtos p/ gerenciamento de energia Produtos fotovoltaicos (17) Predial Industrial

Peres – (92) 98433-9007 mas.alves30@gmail.com

Plug Eletricidade (82) 98836-8081 plugeletricidade@uol.com.br

Conecta Materiais (75) 99103-7411 conecta.mat.eletrico@hotmail.com

CostaBahia – (71) 9125-5701 costabahia@costabahianet.com.br

Enetel – (71) 98131-4026 juvenal@enetel.com.br

Geração Elétrica (77) 98845-8667 jorge.timbo@gmail.com

Multielétrica – (71) 99956-0232 comercial@multieletrica.net.br

WL Atacadista – (61) 3465-9800 vendas@wlatacadista.com.br

Eletromil – (27) 3357-1000 vendas@eletromil.com.br

Evil Eletro – (27) 3336-3003 evileletrovitoria@gmail.com

MF Representações (27) 998112-6807 maed.marcelo@gmail.com

Adeel Materiais – (62) 3997-7670 felipe.adorno@adeel.com.br

Alset – (62) 99104-6977 vendas5@alset.com.br

Comercial Porto Velho (37) 3221-5533 edison@eletricaportovelho.com.br

Empresa –

Conti Materiais – (35) 98474-9737 pcvieira1965@hotmail.com

Delcoluz Materiais (31) 99139-3751 fralan1@uol.com.br

Edilson Elétrica – (32) 98405-1201 vendas@edilsoneletrica.com.br

Elétrica Cidade – (34) 3256-4944 eletricacidade@eletricacidade.com.br

Elétrica Lumate – (37) 98402-3765 lumatel.eletrica@gmail.com

Elétrica Minas – (37) 3222-9393 vendas@eletricaminas.com.br

Eletro Guimarães (32) 99166-0016 vendas@eletroguimaraes.com.br

Eletroferragens Lucas (31) 98737-9129 compras@grupolucas.com.br

Eletrotil Soluções (34) 99962-0000 eletrotil@eletrotil.com.br

Exponencial – (31) 3317-5150 vendas@exponencialmg.com.br

Itaú Materiais – (31) 98652-2473 vendas5@itaueletrica.com.br

Loja Elétrica – (31) 3218-8000 anel@lojaeletrica.com.br

Lucatech – (34) 99111-9161 engmariapaulab@gmail.com

MCA – (31) 98428-7668 mcaca.bh@terra.com.br

Moreira e Castro (34) 98832-9172 hidraluzfrutal@hotmail.com

Othon de Carvalho (31) 98225-2343 vendas@othondecarvalho.com.br

Projelmig – (33) 3221-8811 compras@projelmig.com.br

REI Materiais – (32) 99902-1326 reimatel@reimatel.com.br

Setta Fios – (34) 99225-0081 alan.jonnes@gruposetta.com

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Marques e Borba (67) 99981-9256 vendas@marqueseborba.com.br

Dambros – (65) 98463-0520 vendas3@dambroseletrica.com,br

Elétrica União – (65) 98114-1619 compras@eletricauniaovg.com.br

Eletro Fios – (65) 3618-2500 vendas@eletrofios.com.br

Eletro Tartari – (65) 3637-8000 etartari@terra.com.br

Eletro Transol – (91) 3204-7700 vendasbelem@eletrotransol.com.br

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RS Material – (86) 99982-1209 vendas@rsinstalacoes.com

Comag – (43) 99618-4262 comercial@comagcondutores.com.br

Coprosid – (44) 99996-4302 coprosid@coprosid.com.br

Eletro Conduluz – (43) 3374-9900 vendas@eletroconduluz.com.br

Eletrobit – (41) 99254-3501 eletrobit@eletrobit.com.br

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Eletrotrafo – (43) 3520-5039 vendas6@eletrotrafo.com.br PR

GHG Materiais – (42) 99978-0165 vendas@eletricaghg.com.br

JD Lima & Cia – (44) 99984-8486 comercial@jdlimaecia.com.br

Onix – (44) 3233-8500 marketing@onixcd.com.br

Patoeste Eletro – (42) 3621-3366 roberto@patoeste.com.br

Promercado – (41) 98409-5401 vendas@promercado.com.br

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Tecnologias de armazenamento de energia

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Infraestrutura de carregamento

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Mobilidade elétrica

T H E S M A R T E R E S O U T H A M E R I C A E N F O C A I N O VA ÇÕ E S E M E N E R G I A

R E N O VÁV E L E E L E T R OM O B I L I DA D E

Na vanguarda global da transição energética, o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de armazenamento de energia, tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de armazenamento de energia aprimora a estabilidade da rede, resultando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a par tir de fontes renováveis intermitentes O aproveitamento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustentabilidade energética, estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países The smar ter E South America – a maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda questão da nova realidade energética,

abrangendo energia renovável, armazenamento de energia, redes inteligentes e eletromobilidade

Nossa missão é inspirar e facilitar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialistas e líderes do mundo todo para fazer avançar a pauta da energia sustentável Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:

Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gestão de energia

LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA

Guia – 3

Rede Compacta – (41) 3083-1700 redecompacta@redecompacta. com.br

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Casa Moreira – (21) 99701-8444

Loufan – (21) 99536-6728 vendas@loufan.com.br

Multitec – (21) 99948-1033 multitec@multitecmed.com.br

Prime Elétrica – (21) 4063-6600 vendas@primemro.com.br

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Empresa

Andra – (11) 95270-7000 andra@andra.com.br SP-G

Brás Distribuidora – (11) 2894-6470 vendas@brasdistribuidora.com.br

Center Okinalar – (11) 99205-1508 vendas.okinalar@gmail

Coisa Comercio – (11) 4453-0255 coisacomercio@gmail.com

Diswal – (11) 94736-0749 diswal@diswal.com

Dlight – (11) 98935-3038 vendas@dlight.com.br

Elétrica Marmota – (11) 2076-6666 sac@marmota.com.br

Elétrica Metrópole (11) 2954-1900 elmetropole@uol.com.br SP-G

Elétrica Paulista – (11) 97174-0854 andre@paulistalampadas.com.br SP-G

Eletro Terrível – (11) 3959-6859 atendimento@eletroterrivel.com.br SP-G

Enérgika – (11) 95596-7897 vendas@energika.net.br SP-G

Heilind – (11) 91192-8281 sales@heilind.com.br SP-G

Iluminadora Transmontana (11) 2204-2129 daniel.dgp@hotmail.com SP-G

JT Indústria – (11) 3816-5711 e.joaotheodoro@uol.com.br SP-G

Lugo Comercial – (11) 4486-8400 vendas@lugo.com.br SP-G

Maquimp – (11) 97675-1505 maquimp@maquimp.com.br SP-G

Mastercabos – (11) 2341-3686 vendas@mastercabos.com.br SP-G

Ótima do Brasil – (11) 98370-6070 comercial@otimadobrasil.com.br SP-G

Pidegal – (11) 2973-4499 pidegal@pidegal.com.br SP-G

Portal Comercial (11) 99973-4462 feancisco@portaleletrica.com.br SP-G

Revimaq – (11) 96497-0895 vendas@revimaq.com.br SP-G

de energia Produtos fotovoltaicos (17) Predial Industrial

Salto Luz – (11) 4028-9647 paulo@saltoluz.com.br

Santil – (11) 3998-3000 santil@santil.com.br

TeNet – (11) 98850-8921 vendas@tenetdobrasil.com.br

Therba – (11) 99652-2076 contato@therba.com.br

Union Sistemas – (11) 97309-4094 comercial@unionsistemas.com.br

Vextrom – (11) 3672-0506 atendimento@vextrom.com.br

Viacabos – (11) 2141-4999 viacabos@viacabos.com.br

Virtus – (11) 94734-3098 vendas@virtusdistribuidora.com.br SP-G

APE Bauru – (14) 99745-6523 vendas@apebauru.com.br SP-I

CCI Materiais – (19) 99784-4202 vendas@ccimateriaiseletricos.com.br SP-I

Coreval – (12) 99145-7255 ademir.jose@coreval.com.br SP-I

Eletrica Ramiro – (13) 99755-5550 eletricaramiro@uol.com.br SP-I

Eletro Vale – (17) 3281-4190 eletrovale@yahoo.com.br SP-I

Ferlin Gaona – (16) 98115-1225 materil@ferlingaona.com.br SP-I

Grandel – (13) 2104-9400 vendas@grandel.com.br SP-I

Intherconnect – (16) 99138-3590 ademar@intherconnect.com.br SP-I

Itapuã Eletro – (16) 3951-2195 vendas@itapuaeletro.com.br SP-I

Manhattan – (14) 99741-9769 contato@moino.com.br SP-I

Servmontec – (16) 3961-4260 edson@servmontec.com.br SP-I

Notas: (1) Dispositivos de proteção diferencial-residual; (2) Dispositivos de proteção contra surtos; (3) Chaves seccionadoras de ação rápida, seccionadores-fusíveis e dispositivos correlatos; (4) Abraçadeiras, marcadores - para amarração e identificação de fios e cabos; (5) Eletrodutos e acessórios; (6) Eletrocalhas, bandejas, leitos; (7) Caixas de ligação, de passagem, conduletes; (8) Interruptores nas suas diferentes versões: simples, paralelo, intermediário; (9) Minuteria e temporizador; (10) Conjugado ou não com luz e/ou minuteria; (11) Relés térmicos e outros relés para proteção de motores; (12) Chaves de partida convencionais (partida direta, estrela-triângulo, compensadoras) e soft-starters; (13) Luminárias convencionais, projetores, spots, etc; (14) Para correção do fator de potência; (15) Amperímetros, multímetros, testadores de continuidade, medidores de isolamento, terrômetros, instrumentos multifunção, etc; (16) Sistemas de energia ininterrupta (no- breaks); (17) Módulos e/ou inversores FV; Cabos FV.

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.340 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Setembro / Outubro de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Portaria Inmetro 115/2022

Estellito Rangel Júnior

Publicada há dois anos, a Portaria 115/2022 ainda tem suscitado dúvidas entre os usuários de equipamentos elétricos destinados ao uso em atmosferas explosivas. Neste artigo, vamos complementar a seção Em Ex de maio 2022, com informações adicionais sobre a certificação de conformidade.

Há três modelos de certificação previstos na Portaria:

a) Modelo de Certificação 5 – Avaliação inicial consistindo de ensaios em amostras retiradas no fabricante, incluindo auditoria do Sistema de Gestão da Qualidade - SGQ, seguida de avaliação de manutenção periódica através de coleta de amostra do produto na fábrica, para realização das atividades de avaliação da conformidade e auditoria do SGQ;

b) Modelo de Certificação 1b – Ensaio de lote; e

c) Modelo de Certificação de Situação para Produto Importado (SPI).

As diferenças entre os modelos são apresentadas na tabela acima.

Os detalhes adicionais sobre as etapas são descritos a seguir.

Solicitação da certificação

O início do processo de certificação está condicionado a uma manifestação formal do Fornecedor solicitante da certificação, que deve ser feita diretamente a um dos Organismos de Certificação de Produtos acreditados e/ou designados pelo Inmetro, à sua escolha, que deve estar legalmente estabelecido no país, para o produto em avaliação, acompanhada

Avaliação inicial

Etapas do processo de certificação

Solicitação de certificação

Análise da documentação

Auditoria inicial do Sistema de Gestão da Qualidade

Plano de ensaios iniciais

Emissão do Certificado de Conformidade

Auditoria de manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade

Avaliação de manutenção

Avaliação de recertificação

Plano de ensaios de manutenção

Confirmação da manutenção

Avaliação de recertificação

da entrega de documentação, que inclui, dentre outros, os seguintes requisitos:

• Memorial descritivo contemplando o projeto do objeto em seus detalhes construtivos e funcionais, e a relação de seus componentes críticos, incluindo seus fornecedores e possíveis certificações existentes, traduzidos para o português, quando em idioma distinto do inglês ou espanhol.

• Manual do usuário com instruções no idioma português. Entende-se por Manual do Usuário, as informações sobre o produto que dizem respeito a: instrução de montagem, instalação, desmontagem, desinstalação, manuseio, funcionamento, limpeza, conservação, advertências e outras informações relevantes para o usuário.

• Identificação do lote de certificação, no caso do modelo 1b, incluindo quantidades e lote(s) de fabricação do(s) modelo(s) a ser(em) certificado(s).

Uma dúvida comum é se um fabricante com certificação ISO 9000 precisa se submeter à auditoria inicial do Sistema de Gestão da Qualidade. A resposta é sim, pois, mesmo mediante a apresentação de certificado válido, segundo a edição vigente da norma ABNT NBR ISO 9001 e emitido por um OCS acreditado pelo Inmetro ou membro do MLA do IAF, para o escopo de acreditação respectivo, o OCP deve proceder à auditoria inicial do SGQ na unidade fabril ou do prestador de serviço durante a etapa de avaliação inicial, com o objetivo de

verificar a conformidade do processo produtivo.

Plano de ensaios iniciais

Os ensaios iniciais, incluindo seus métodos e critérios de aceitação/rejeição, devem atender ao disposto no RAC específico do objeto, e ser realizados de acordo com os requisitos preestabelecidos na base normativa.

Deve constar no corpo do relatório de ensaio a identificação completa do modelo do objeto a ser certificado, de forma que o relatório de ensaio esteja claramente rastreado à amostra coletada. O OCP é responsável por avaliar se os dados constantes no memorial descritivo e no projeto, ou especificação do produto, estão em conformidade com a identificação técnica do modelo no relatório de ensaio apresentado.

Emissão do certificado

O Certificado de Conformidade, como um instrumento formal emitido pelo OCP, deve conter, entre outros itens:

a) numeração do certificado de conformidade;

b) razão social, endereço completo e, quando aplicável, nome fantasia do fabricante;

c) nome, endereço, número de registro de acreditação e assinatura do responsável pelo OCP;

d) data de emissão e data de validade (exceto Modelo 1b) do Certificado de Conformidade;

e) modelo de certificação adotado;

f) identificação do modelo do produto certificado, no caso de certificação por modelo, incluindo a relação de todas as marcas comercializadas;

g) identificação da família do produto certificada e de todos os modelos abrangidos, incluindo a relação de todas as marcas comercializadas;

h) identificação do(s) lote(s) de fabricação (obrigatório no caso do Modelo 1b);

i) identificação do número da Licença de Importação no caso de certificação pelo Modelo 1b; e

j) número e data de emissão do(s) relatório(s) de ensaio, bem como identificação do laboratório emissor.

Se for necessária mais de uma página para o certificado, todas as páginas devem ser numeradas fazendo referência ao seu próprio número e ao número total de páginas. Além disso, deve constar em cada uma das páginas o número do certificado e data de emissão. A página inicial deverá informar quantas páginas compõem o certificado completo, e constar no certificado a expressão “Certificado de Conformidade válido somente acompanhado das páginas de 01 a x”.

Avaliação de manutenção

Após a concessão do Certificado de Conformidade, o controle da certificação é realizado pelo OCP, para constatar se as condições técnico-organizacionais que deram origem à concessão inicial da certificação continuam sendo cumpridas.

É importante observar que, para o modelo de certificação 5, na fase de coleta/compra de amostras, tanto para produtos nacionais quanto para produtos importados na reali-

zação dos ensaios de manutenção, o OCP deve, obrigatoriamente, coletá-las/comprálas no comércio.

Recertificação

A avaliação de recertificação deve ser programada pelo OCP, de acordo com os critérios estabelecidos no RAC do objeto.

Obrigações do Detentor do Certificado

Dentre as obrigações, ele deverá aplicar o Selo de Identificação da Conformidade em todos os produtos certificados, conforme critérios estabelecidos no RAC específico para o objeto.

Modelo SPI

Este modelo de certificação não é aplicável para acessórios de instalação, luminárias, reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes, lanternas de mão, projetores, invólucros vazios, motores elétricos, caixas de ligação, válvulas solenoides e componentes para sinalização e comando, salvo quando esses fizerem parte de unidade modular de processo.

Cabe ao solicitante encaminhar ao OCP:

a) Declaração que a certificação não ultrapassa a 20 (vinte) unidades do mesmo modelo de produto, independente do Certificado de Conformidade.

b) Declaração que o objeto da solicitação não foi certificado em qualquer OCP, em período inferior a seis meses da solicitação.

c) Certificado de Conformidade emitido por terceira parte, válido para o equipamento completo, contemplando o modelo do produto, e contendo, no mínimo: tipo de proteção, grupo de gases ou pós, classe de temperatura ou

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.

máxima temperatura de superfície, e referência às normas técnicas.

d) Nota fiscal de entrada dos produtos importados.

e) Manual de instalação e de informações relativas às condições de utilização segura em idioma português, e na versão a ser disponibilizada ao usuário final.

Ressalte-se que não é aplicável a auditoria inicial do Sistema de Gestão da Qualidade e Avaliação do processo produtivo a este modelo de certificação.

No caso, os OCP podem emitir certificados de conformidade com base em certificações realizadas por Organismos de Certificação aprovados pelo IECEx, desde que seja verificado:

a) que os métodos de ensaio e as metodologias de amostragem são equivalentes aos definidos no RAC;

b) que a avaliação do Sistema de Qualidade tenha sido equivalente à definida no RAC; e

c) que os relatórios de ensaios foram emitidos por laboratório aprovado pelo IECEx.

Cabe ressaltar que as disposições da Portaria Inmetro 118/2015 também são aplicáveis.

Os produtos certificados de acordo com o modelo Situação para Produto Importado (SPI) devem ostentar no Selo de Conformidade, com o número do Certificado de Conformidade, e a versão em idioma português de todas as advertências, principalmente quando existir requisito especial de instalação no certificado original.

É importante esclarecer ainda que os certificados IECEx não são, portanto, aceitos diretamente no Brasil. Eles podem apenas servir de base para emissão de certificado brasileiro, como definido na Portaria Inmetro 115/2022.

No Brasil

Energia eólica – O evento Brazil Wind Power, composto por congresso e feira, será realizado de 22 a 24 de outubro, no São Paulo Expo, em São Paulo, SP. As palestras serão divididas em três palcos, de acordo com os temas: onshore, offshore e O&M. Segundo os organizadores, os debates vão abranger desde a economia e aspectos socioambientais até questões regulatórias, desenvolvimento e infraestrutura, além de inovação tecnológica, incluindo a produção de hidrogênio e práticas sustentáveis. Também serão abordados os cenários internacionais e os compromissos globais. Informações em: www.brazilwindpower.com.br.

Ambiente – O Lase - Líderes Ambientais no Setor de Energia, marcado para 5 a 7 de novembro em São Paulo, SP, visa debater aspectos de ESG, licenciamento, ambiente e gestão de relacionamento com intervenientes. No evento, grandes investidores do setor elétrico vão apresentar os aspectos sociais e ambientais de seus projetos a acionistas, governos e partes interessadas. O encontro reúne empresas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia, produtores independentes, órgãos ambientais, reguladores e legisladores, fornecedores de produtos e serviços para a área de meio ambiente setor elétrico. Informações: viex-americas.com. Workspot – O XI Workspot - Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos de Transmissão e Distribuição, Subestações, Materiais e Tecnologias Emergentes, evento técnico internacional promovido pelo Cigre-Brasil - Comitê Nacional Brasileiro do Comitê Internacional de Grandes Redes Elétricas e tendo como anfitriã a Taesa - Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A., vai acontecer de 25 a 27 de novembro, no Rio de Janeiro. Os temas preferenciais, inscrições e mais informações sobre o evento estão disponíveis em https://cigreworkspot.com.br.

Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em 23 e 24 de abril de 2025. Constituído de congresso e feira, o evento enfocará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https:// www.intersolar-summit-brasil.com/nordeste . Sendi – A edição de 2025 do Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica será realizada entre 26 e 30 de maio, no Expominas,

em Belo Horizonte. A programação inclui palestras com especialistas nacionais e internacionais cobrindo quatro áreas principais: Comercial, Inovação, Institucional e Técnica. As categorias contemplam mais de vinte temas relacionados à infraestrutura de fornecimento de energia, novas tecnologias, operação e gestão de sistemas, qualidade e eficiência energética, sustentabilidade, entre outros. Até o dia 9/12, a organização espera receber trabalhos técnicos de pesquisadores, acadêmicos e profissionais da indústria, inclusive estrangeiros. Mais informações sobre o evento: sendi.org.br. The smarter E – O evento The smarter E South America vai acontecer de 26 a 28 de agosto de 2025 em São Paulo, SP. Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br.

FIEE – A 32a edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela RX Brasil e a Abinee - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipamentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmentos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais informações em https://www.fiee.com.br. Intersolar Summit Sul – Em 28 e 29 de outubro de 2025 será realizado no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www.intersolar-summit-bra sil.com/sul .

Cursos

Mercado de créditos de carbono – A Universidade do Carbono, instituição educacional que visa ca-

pacitar profissionais para o mercado de ativos ambientais, vai realizar o curso, em formato online, Soluções baseadas na Natureza: mercado e projetos de carbono, que abordará, entre outros temas, as mudanças climáticas, o planejamento financeiro de projetos, a regulamentação do mercado e técnicas de monitoramento e mensuração florestal. As aulas, que contam com tradução simultânea português-inglês, ocorrem ao vivo aos sábados, das 8h às 12h, com duração de 18 meses. As inscrições estão disponíveis em https://conteudo.pecege.com/ universidade-do-carbono-mercado-e-projetos-decarbono. Mais informações: universidadedocarbono@pecege.com ou (19) 2660-3337.

Energia na América Latina – A Olade - Organização Latino-Americana de Energia oferece um programa de formação executiva, que abrange diversos temas relacionados ao desenvolvimento energético da região através de 16 cursos, organizados em cinco eixos temáticos: tecnologias, hidrocarbonetos, transição energética, políticas energéticas e integração energética regional. Os cursos serão ministrados em diferentes modalidades (e-learning, virtuais e semipresenciais, webinars e oficinas de trabalho). Para mais informações, acesse https://capevlac.olade.org.

Elétrica e iluminação – A Tramontina realiza o Educa+, plataforma virtual de cursos e treinamentos gratuitos. A iniciativa está dividida em ambientes, entre os quais se destaca o Conectar+, com conteúdos sobre elétrica e iluminação. Os cursos e treinamentos EAD (Educação a Distância) disponíveis nessa seção são direcionados a eletricistas, instaladores, arquitetos, decoradores, estudantes e clientes da marca, abordando normas e especificidades de produtos utilizados em instalações elétricas residenciais, comerciais e industriais. Para participar dos cursos, basta acessar a plataforma e criar um login no site https://global.tramontina. com/educa.

Indústria e energia – A Siemens promove cursos presenciais e à distância com o objetivo capacitar clientes, estudantes e interessados em temas de indústria e energia. Para processos produtivos, com linha de produção de uma indústria que possui equipamentos ou sistemas Siemens, os cursos são ministrados no Sitrain, localizado na sede da companhia, em São Paulo. Na Power Academy, que fica na planta de Jundiaí, o foco está no setor de energia, nos segmentos de geração, transmissão e distribuição com foco na digitalização de subestações. Os treinamentos e cursos disponíveis podem ser

conferidos nos sites https://www.siemens.com/br/pt/produtos/servicos/energia/poweracademy-brasil.html e https://www.siemens.com/br/pt/produtos/servicos/industria/ servicos-treinamentos/sitrain.html.

Proteção de sistemas de energia - A Universidade SEL oferece treinamentos em proteção de sistemas de energia, abrangendo tópicos que vão desde princípios fundamentais de sistemas de energia até aplicações e testes práticos de produtos SEL, em versões presenciais e on-line. O calendário completo 2024 está disponível em https://selinc.com/pt/selu/ calendario.

Proteção – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, realiza treinamentos para qualificação profissional, dirigido a engenheiros, tecnólogos e técnicos, sobre vários temas, como geradores síncronos; transformadores e reatores de potência; subestações de média e alta tensão; relés de proteção; descargas parciais; transformadores de corrente e potencial convencionais e não convencionais; harmônicos, etc. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em https://conprove.com.

Indústria – A Mitsubishi Electric promove diversos webinars gratuitos, com carga horária aproximada de uma hora. As sessões online abordam inteligência artificial em inversores de frequência, redes industriais, regeneração de energia elétrica, robôs industriais, certificação LEED, entre outras. Em 22 de outubro, o tema será “Scada e seus benefícios para as operações industriais”. Já em 19 de novembro, o foco é a transformação da indústria e sociedade por meio da IA e automação universal. Inscrições no site mitsubishie lectric.com.br/webinars.

Capacitação técnica – Por meio da plataforma Centro de Treinamentos, a Schneider Electric oferece capacitações e cursos nas áreas técnicas para engenheiros, eletricistas, técnicos, operadores e estudantes da área de tecnologia. Os cursos – com duração média de dois dias – podem ser realizados no formato online (com aulas ao vivo), presencial (no Centro de Distribuição Inteligente e Innovation Hub de Cajamar – SP) ou nas locações dos clientes. São oferecidos cursos sobre controladores lógicos, interfaces gráficas, sistemas de supervisão, relés de proteção, equipamentos de média e baixa tensão, sistemas de energia ininterrupta e monitoramento e ar-condicionado de precisão. Mais informações sobre os treinamentos estão disponíveis em https://loja.se.com/software-e-servicos. SPDA – A Termotécnica Para-raios realiza diversos cursos voltados a profissionais da área, como o curso de SPDA, que aborda, entre outros temas, estrutura e tabelas da nova norma, avaliação da necessidade de SPDA, análise do afastamento do SPDA das demais instalações e massas metálicas, dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo, etc. Outro curso ministrado é o de MPS, que trata de características de um raio nas instalações de energia e de sinal, efeitos e danos de um raio em equipamentos eletroeletrônicos, princípios básicos e níveis de proteção de equipamentos, características dos protetores, etc. Informações: www.tel.com.br.

No Exterior

Opal-RT – As conferências regionais da OPAL-RT abordam aspectos da simulação em tempo real. Os eventos compreendem workshops práticos, palestras e sessões técnicas cobrindo diversos tópicos, como sistemas de energia, conversão de energia, mobilidade elétrica, etc. Sob o slogan “Eletrizando o mundo além do tempo real”, o evento visa incentivar a inovação e promover soluções melhores e mais sustentáveis. As próximas edições serão realizadas no Reino Unido (28 e 29 de novembro), Japão (29 de novembro), Coreia do Sul (4 de dezembro) e Índia (17 e 18 de dezembro). Informações em www.opal-rt.com.

Produtos

Medidor monofásico

O medidor de energia monofásico, da linha Ambiente Conectado, fornecido pela Steck, foi projetado para monitorar o consumo de energia em tempo real utilizando um smartphone. É voltado para o gerencimento e otimização do uso de energia em residências, escritórios e comércios. O dispositivo mede tensão, corrente, potência e força eletromotriz, oferecendo um panorama detalhado do consumo energético, segundo a empresa.

Além disso, sua montagem e configuração permite o monitoramento da energia elétrica em tempo real e com comunicação sem fio. O módulo pode ser instalado de maneira flexível como um acessório inteligente para dispositivos de proteção e controle, já que funciona com qualquer tipo de disjuntor de até 63 A. O equipamento, que funciona via Wi-Fi, pode armazenar um histórico de consumo por mais de três anos, permitindo análises detalhadas e comparações ao longo do tempo. O usuário pode gerar relatórios diários de consumo em kWh, com a possibilidade de inserir as taxas regionais, inclusive bandeiras tarifárias, para obter uma previsão precisa dos custos de energia. Outro destaque do produto é a possibilidade de criar alertas personalizados. Especificações técnicas: alimentação: AC100-240V 50/60Hz; frequência de operação: 2,412GH-

z-2,484GHz; corrente básica: 10 A; corrente de partida: 50 mA; corrente máxima: 63 A; categoria de sobretensão: III; Ui: 400 V; Uimp: 4 kV; IP20; etc. www.steck.com.br.

Teste de segurança

A SecuControl fornece o ST Switch para testes de sistemas de energia. Os equipamentos não possuem partes metálicas expos -

tas, eliminando riscos de choque acidental, contam com curto-circuito automático dos TCs antes da isolação, pinos codificados para prevenir erros, abertura visível através de janela integrada, compatíveis com rasgos de painel das FT. www.secucontrol.com

Câmera termográfica

A Fluke Corporation lançou recentemente a Fluke iSee, uma câmera termográfica portátil desenvolvida para inspeções elétricas, mecânicas, AVAC, etc. Com um design compacto e leve, projeta imagens termográficas de alta qualidade e precisão (resolução de 256 x 192 pixels), podendo se conectar a dispositivos Android com entrada tipo C. A Fluke iSee permite medições de temperatura de até 500 °C, tem sensibilidade térmica de 50 mK (0,05 °C) e exatidão de

± 2% ou ± 2 °C. Outras funcionalidades incluem registro de qualidade em vídeo e possibilidade de personalizar a visualização da imagem com mais de dez paletas de cores padrão ou personalizadas. Segundo a empresa, o novo equipamento possui outros diferenciais, como captura de altas e baixas temperaturas em tempo real, emissividade regulável, alarme de temperatura em tempo real, modo de captura automática de intervalo de tempo, bem como comparação de imagens infravermelhas e visíveis, facilitando a localização, comparação e arquivamento de dados. https://www.fluke.com

Sistemas de ancoragem

A Incotep possui uma linha de hastes desenvolvidas especificamente para fundações de linhas de transmissão. O portfólio conta com hastes Threadbolt , produzidas pelo processo de laminação a quente com ressaltos em forma de rosca helicoidal de passo amplo; hastes monobarra, produzidas a partir de barras de aço maciças, com processo de laminação a frio; e hastes autoinjetáveis, fabricadas com tubo sem costura, com seção vazada em toda sua extensão, que permite injetar calda de cimento, a fim de agilizar a instalação. www.incotep.com.br

Isoladores e ferragens

A TexPi oferece ao mercado isoladores e ferragens elétricas para linhas de transmissão, distribuição e subestações 15 a 1000 kV.

A empresa possui estoque com mais de 2000 m 2 de isoladores e ferragens já testados. Conta ainda com laboratório elétrico de alta tensão, mecânico e químico. Segundo a empresa, os produtos

e soluções fornecidos atendem a normas técnicas (NBR, Ansi, IEC, etc.), de qualidade (ISO 9000, 14000) e segurança do trabalho (NRs, ISO 45001). www.texpi.com.br

Segurança cibernética

O destaque da TI Safe ICS Cybersecurity é a assinatura de segurança cibernética industrial. Entre os benefícios da solução, a empresa destaca: detecção antecipada de ameaças, redução de riscos e custos, proteção imediata e resposta rápida a incidentes, entre outros. O sistema possui certificado internacional IEC 62443-2-4 pela TÜV-SÜD da Alemanha e conformidade com regulamentações. assinatura.tisafe.com

Monitoramento

A HM fornece comutadores em carga e sem carga, mecanismos de acionamento, filtros de óleo online e monitoramento. Um dos destaques da empresa é o monitor para comutador e transformador HMJK-I Monitoramento Como funções básicas, o equipamento conta com indicação de posição do comutador; cálculo da vida útil e desgaste dos contatos; configuração de temperatura de óleo e pressão; forma de onda de corrente do motor durante a operação; sequência de chaveamento do comutador, limites e sincronização de unidades multichaves, entre outras características. www.huaming.com.br

Manual de iluminação pública

A Abilux - Associação Brasileira das Indústrias de Iluminação, com o apoio da APM Associação Paulista de Municípios, lançou recentemente o Manual de Defesa dos Municípios na Iluminação Pública – Aquisição de Luminárias LED, que visa apresentar aos gestores públicos os conceitos de certificação das luminárias viárias, principais riscos de aquisição de produtos fora da norma que trazem problemas aos usuários e lesão ao patrimônio público, bem como medidas de mitigação nas futuras aquisições. A iniciativa da Setorial de

Iluminação Pública da entidade contou com apoio de laboratórios nacionais. A publicação tem o objetivo de orientar os gestores das administrações municipais na defesa do patrimônio público com a promoção da qualidade do serviço de iluminação para os cidadãos, na defesa dos direitos do município e como se proteger e buscar reparação em eventuais danos decorrentes ao fornecimento de luminárias que não atendem os requisitos legais previstos na Portaria nº 62/2022, do Inmetro O manual está dividido em cinco partes: conceitos de certificação de luminárias viárias; aspectos apresentados nas luminárias viárias que podem demonstrar a inconformidade ou indícios de adulteração de componentes; mecanismo de contenção para mitigar os riscos de aquisição de luminárias viárias com tecnologia LED; e informações adicionais e/ou complementares. Disponível para acesso no site da Abilux: https://abilux.com. br/docs/ABILUX_Manual-de-defesa-dosmunicipios.pdf.

Resenha Elétrica

A Cobrecom, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, lançou recentemente a Resenha Elétrica, podcast que aborda assuntos relacionados à carreira de profissionais da área elétrica. Também disponível no formato

videocast, os episódios terão como convidados especialistas nas áreas dos temas escolhidos. A apresentação fica por conta de João Riva e serão publicados no YouTube e Spotify da Cobrecom. Os podcasts serão mensais, com conteúdo voltado a engenheiros e eletricistas, até estudantes do setor, especificadores e vendedores das lojas de materiais elétricos e de construção. Também serão abordados assuntos da rotina dos trabalhadores, como finanças, utilização de tecnologias na carreira e no dia a dia de trabalho, atendimento, entre outros. www.cobrecom.com.br

Brasil, um veleiro ao acaso

A política energética brasileira não se entende e se inviabiliza. Ela espelha a deficiente governança e o patrimonialismo aplicado ao Estado, em níveis antes pouco vistos. Ela se coaduna com a fragmentação, em meio a negócios de laços, nos quais os mais poderosos membros da elite rica da Nação ditam os rumos do país, em benefício de seus interesses.

Também a condução do Brasil se esfarela ante um Congresso Nacional assumindo o protagonismo esquizofrênico na produção incessante de comandos legais, um cipoal impossível de sintetizarmos, raramente interpretando reais urgências e necessidades nacionais mais elevadas. Ressaltese que, também neste quadro, o Poder Judiciário

agrupamentos deles mudaram o manejo da presidência de coalizão.

Dessa forma, o controle de relevante montante do dinheiro público mudou de mãos, saiu do Executivo, atravessou a Esplanada, num tear em que o Palácio do Planalto perdeu o leme absoluto de suas propostas configuradas em Medidas Provisórias ou Projetos de Lei.

Em consequência, herdamos um aumento da imprevisibilidade de toda ordem e sua irmã gêmea, que é a insegurança jurídica. Uma ilustração é a constante pseudopromessa de energia barata, mediante artifícios e em verdade através de subsídios, verdadeiras perfumarias para inglês ver,

“Herdamos um aumento da imprevisibilidade de toda ordem e sua irmã gêmea, que é a insegurança jurídica. Uma ilustração é a constante pseudopromessa de energia barata”

Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

perde confiabilidade, com arremedos de legislar no vácuo das urgências, sob a bandeira de sustentáculo da democracia, porém contaminado por protagonismos e voos bastante contestados por parte da sociedade.

O poder executivo está minoritário, contando o Partido dos Trabalhadores com noventa deputados federais e menos de dez senadores, conjunto este sempre disposto a negociar. Este perfil acabou transferindo uma substancial parte da gestão do orçamento federal para parlamentares singulares ou agrupados em legendas de aluguel. Há grupos articulados paroquiais e uma infinitude de aplicações descontroladas, capilarizadas, incoerentes que, em suma, dispensaram o toma lá da cá das gestões anteriores, por meio das quais o Palácio conquistava seus votos. As verbas obrigatórias atualmente liberadas a congressistas ou

sendo os ônus arcados nas costas dos consumidores pagantes (ilustra bem esse processo o fato de que os ladrões de energia são perdoados, todos os adimplentes rateiam entre si o rombo dos gatos).

Brasília age no templo do intervencionismo, como se houvessem intermináveis recursos disponíveis e nenhuma restrição fiscal, gera constantemente mais despesas e não encontra receitas para a gastança. O essencial é a deterioração da transparência gerencial, de um lado, e o surgimento de um Estado à margem do Estado oficial.

Todo o alvo de uma boa política energética é que se pratiquem preços finais reais, aderentes aos custos efetivos incorridos, até porque os insumos no Brasil são abundantes e originalmente competitivos. Essa simples toada aqui se tornou impossível diante da floresta de artifícios — as políticas públicas claramente da alçada dos Tesouros, em

nosso país são suportadas pelos consumidores. Cerca de 50% do preço final da energia elétrica de um domicílio é composto de encargos e tributos estranhos ao usuário.

Conjugado com essas monumentais dificuldades de governança, estão em curso fenômenos climáticos intensos, sendo os mais visíveis para nós as enchentes que afogaram parte do Rio Grande do Sul, e a devastação de nossos campos, rios e florestas pelo fogo. Nada afasta da minha cabeça o quão criminoso possam ser esses incêndios protegidos pela certeza da impunidade. Tudo às vésperas da reunião dos países mais importantes do planeta, a curto prazo em preparação pelo Brasil, encontro no qual o clima é o protagonista. O nosso despreparo se desnuda até quando por motivos políticos o Planalto não consegue executar a velha boa ideia de uma autoridade climática. Ministérios divergem, disputam e paralisam a implantação. Na esquina também estão as invasões das marés em regiões litorâneas vulneráveis — menciono a última praia ao sul de Pernambuco, São José da Coroa que visitei, onde quarteirões foram postos abaixo pelas águas em poucos anos. No Rio de Janeiro, o caso de Altafona, estampa recente dos jornais. O nível médio do oceano vem subindo, por ora centímetros anuais. Mas sempre há um ponto de não retorno que a ciência estima que ocorrerá, embora não tenha meios de antecipar com precisão.

O Brasil é um veleiro ao acaso.

Cito o professor da Universidade de São Paulo, Ricardo Abramovay, há uma insaciável fome de recursos naturais das quais dependem a oferta de bens e de serviços, promovendo o que considera a tríplice crise planetária: mudanças climáticas, erosão da biodiversidade e poluição, capazes de barrar o crescimento econômico (no sentido que tem hoje). Com estatísticas convalidadas na ONU, o professor mostra a partir de uma lista de insumos essenciais para a humanidade que: desde 1970 a população mundial dobrou, o Produto Bruto quintuplicou, tudo isso requerendo fornecimentos 3,5 maiores de metais, químicos e petroquímicos, para não falar do minério água. Abramovay, todavia, ensina que mesmo em ritmo menor do que o Produto Bruto, a extração de riquezas não para de aumentar comprometendo ecossistemas, água, ar limpo, estabilidade climática e biodiversidade, sem necessariamente dissolver a desigualdade social. É ingênuo pensar que depende de decisões individuais mudar padrões de alimentação, moradia, mobilidade e uso de energia. Não à toa potências aeroespaciais buscam vida em outros planetas.

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