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Notícias 8
Seguros para solar FV 26 As coberturas de seguro para usinas fotovoltaicas Problemas na construção, no transporte, roubos de equipamentos, intempéries severas, raios, incêndios ― seja qual for o caso, o setor de seguros oferece cobertura e vem lançando inovações que integram serviços e facilidades para o segurado. Esta reportagem traz um panorama de modalidades disponíveis e do que vem por aí nesse mercado, que cresce no mesmo ritmo da atividade solar fotovoltaica no País.
Guia 32 Equipamentos de cravação de estacas para usinas de solo O levantamento traz detalhes do portfólio de fornecedores de máquinas (venda ou locação) e prestadores de serviços de instalação de estacas em solo para a construção de usinas solares, detalhando ainda as características dos equipamentos. O usuário pode orientar-se por tipos de estacas, posicionamento, potência do motor e a modalidade de cravação, se por rotação ou percussão, com os respectivos dados.
Instalação 34 Execução de conexões elétricas em sistemas fotovoltaicos A instalação incorreta de cabos em sistemas fotovoltaicos com ferramentas inadequadas, como alicates universais, implica não apenas risco de perdas financeiras pelo mau desempenho do equipamento, mas também alto risco de incêndio. No artigo, uma orientação profissional para a execução das conexões.
Microrredes 38 Veículos elétricos para suporte à rede durante faltas Uma frota de veículos elétricos fornecendo energia à microrrede quando esta opera em modo ilhado e ocorrem faltas é examinada nesse artigo. Os resultados indicam que o suporte vehicle-to-grid nestes casos ajuda a manter a frequência dentro dos limites operacionais e evita a desconexão de cargas sensíveis, inversores e outros equipamentos da microrrede.
Produtos 52 Agenda 54 Publicações 57 Índice de anunciantes 57 Colunas
Projeto & Instalação 44 Veículos elétricos 48 Solar FV em foco 58 Capa Helio Bettega (foto: Bilanol/Shutterstock) As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.
Sumário
Carta ao leitor 4
Carta ao leitor
Usina nass sola larres, seguros e as mudan ançças do clima Mauro Sérgio Crestani, Editor
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quantidade de sinistros a que estão sujeitas as usinas solares fotovoltaicas de todos os portes, num universo tão amplo e disperso pelo País, é bastante elevada. Vamos nos aproximando de 3 milhões de sistemas de geração distribuída e de 19 mil usinas centralizadas, segundo dados da Aneel colhidos quando do fechamento desta edição. O Brasil, assim, tem oferecido um amplo leque de oportunidades para fornecedores de toda sorte de produtos e serviços para a indústria de energia elétrica de fonte solar, aí incluídas com destaque as companhias seguradoras e corretoras de seguros. Como se constata na reportagem publicada nesta edição de FotoVolt, essas empresas têm-se empenhado nos últimos anos em acompanhar o rápido crescimento do setor de energia solar fotovoltaica com a oferta de produtos desenvolvidos ad hoc, por assim dizer ― seguros que cobrem desde acidentes no transporte dos equipamentos, passando por riscos de engenharia e de responsabilidade civil nas obras, até os riscos operacionais e patrimoniais após a conexão do sistema às redes distribuição ou transmissão. Sem mencionar o aumento dos episódios de roubos de cargas de módulos, que alimentam o mercado paralelo, e, sinal dos tempos, eventos climáticos severos que danificam os equipamentos em operação, gerando não apenas custos de reparos e substituição mas também custos de inatividade da instalação, no todo ou em parte. Danos da natureza, como vendavais e chuvas de granizo, intensificam-se no Sul e Sudeste brasileiros. No Sul, especificamente, têm sido algo frequentes ciclones extratropicais. Como também informam as fontes ouvidas na reportagem, danos desse tipo já são as maiores causas das indenizações pagas aos segurados. É curioso que o aquecimento ambiental, cuja origem está majoritariamente na queima de hidrocarbonetos para produção de eletricidade, e que vem fazendo recrudescer os eventos naturais, esteja a ameaçar hoje as formas de geração elétrica de fontes renováveis, que estão aí justamente para combatê-lo, como alternativas viáveis e limpas. (Fôssemos dados a crendices, poderíamos até pensar em tais episódios como contraataques do Tinhoso.) Mas, em sério, as coisas ainda vão piorar bastante antes de melhorar. No ano passado, para cada unidade de capital colocada em investimento em combustíveis fósseis, apenas 0,9 unidade era aplicada em formas limpas de energia, informou o executivo Seb Henbest, do HSBC, na abertura do Congresso Intersolar Europe 2023, em Munique. Mesmo o Brasil segue aumentando sua exploração de petróleo. Até que se inicie uma queda esperada na extração, teremos elevado nossa produção do óleo em 50% no final desta década. Com isso, a participação do País na oferta global de petróleo vai ampliar-se dos atuais 3% para 4%, o que não é pouco, nem animador.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Pricilla Cazarotti – priscilla.cazarotti@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 10.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615
EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, SP
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A maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade
INTERSOLAR SOUTH AMERICA _ ___ A maior feira & congresso da América Latina para o setor solar
A Intersolar South America é a maior feira & congresso da América Latina para o setor solar, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares. Simultaneamente, no Congresso Intersolar South America, especialistas renomados esclarecem assuntos atuais do setor. Com vistas a alavancar o alto potencial de energia solar da América Latina, a Intersolar South America congrega fabricantes, fornecedoras, distribuidoras,
prestadoras de serviços e parceiras da indústria solar no esforço de criar um meio-ambiente mais limpo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é mundialmente o principal ciclo de feiras e congressos para o setor solar.
EES _ ___SOUTH AMERICA O evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina A ees South America e o evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina, enfocando soluções de armazenamento de energia para apoiar e complementar sistemas energéticos com número crescente de fontes renováveis de energia, e integrando prossumidores e veículos elétricos. A ees South America congrega investidores, concessionárias,
instaladoras, fabricantes e empreiteiras do mundo todo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Juntamente com a ees Europe em Munique e a ees India em Gandhinagar, o ciclo de feiras ees está representado em três continentes.
ELETROTEC+EM-POWER SOUTH AMERICA _ ___ O evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia
A Eletrotec+EM-Power South America é o evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia, enfocando tanto tecnologias de distribuição de energia elétrica quanto serviços e soluções informáticas para gestão de energia aos níveis de rede, de serviços públicos e de edificações. A feira é voltada para
profissionais e empresas dos ramos de projeto, montagem e manutenção de infraestrutura elétrica atuando em geração distribuída a partir de fontes renováveis, redes de distribuição aérea e subterrânea, subestações transformadoras, iluminação pública, instalações industriais e prediais.
POWER2DRIVE SOUTH AMERICA _ ___ A feira e congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletro-mobilidade na América Latina Em 2024, a Power2Drive South America fará sua estreia como a feira & congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletromobilidade na América Latina, enfocando a relevância do carro elétrico na matriz energética e na sustentabilidade do transporte no futuro, e apresentando soluções inovadoras de carregamento, conceitos de bateria e modelos de negócios para uma eletromobilidade sustentável. A Power2Drive South America é o ponto de encontro ideal para
fabricantes, fornecedoras, instaladoras, distribuidoras, administradoras de frotas e de energia, fornecedoras e eletro-mobilidade e novas empresas. A feira é uma oportunidade para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Juntamente com a Power2Drive Europe em Munique e a Power2Drive India em Gandhinagar, o ciclo de feiras está representado em três continentes.
Notícias
Brasil é o sexto lugar em ranking mundial de geração solar Brasil subiu para o sexto lugar no ranking global de capacidade operacional solar, segundo dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês), apurados pela Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar. A classificação se baseia na potência instalada até o fim de 2023, quando o País registrou 37,4 GW entre usinas de geração distribuída e centralizada, o suficiente para subir duas posições no ranking.
Reprodução
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Em capacidade adicionada, o levantamento da Irena aponta ainda que o País teve o quarto melhor desempenho global em 2023 (na foto, parte do complexo São Gonçalo, da Enel Green Power, com 864 MW de capacidade)
FotoVolt - Abril - 2024
los Estados Unidos (137,7 GW), Japão (87,1GW), Alemanha (81,7 GW) e Índia (72,7 GW). O Brasil está na frente da Austrália (33,4 GW), Itália (29,8 GW), Espanha (28,7 GW) e Coréia (27 GW).
Medida provisória estende prazo de subsídios para renováveis assinatura pelo presidente Lula da Medida Provisória 1212, no dia 9 de abril, vai permitir que aproximadamente 34 GW em projetos solares, eólicos e a biomassa sejam implementados no País até março de 2029, segundo previsão do MME. O motivo é o prazo adicional de 36 meses dado pela MP para que os projetos de renováveis entrem em operação ainda com descontos nas tarifas de distribuição (TUSD) e transmissão (TUST). A prorrogação é uma alteração do disposto na lei 14.120/2021, que concedia o prazo de dois anos para a entrada em operação de projetos que tivessem sido outorgados até março de 2022 para manter os subsídios. Esse cronograma, que provocou a chamada “Corrida do Ouro” no setor, gerou um estoque de 88 GW em projetos outorgados, mas que não conseguiram entrar em operação no prazo por conta da inviabilidade comercial provocada pela baixa demanda e sobrecontratação de energia. Com o novo prazo, o governo federal espera que sejam gerados cerca de R$ 165 bilhões em investimentos privados, gerando 400 mil empregos. A expectativa oficial é também que os novos
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Para a Irena, ao se analisar a potência adicionada apenas em 2023, o Brasil teve o quarto melhor desempenho do mundo, com 11,9 GW adicionados. De acordo com estimativa da Absolar, apenas no ano passado esses projetos representaram mais de R$ 59,6 bilhões de novos investimentos, um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2022 no País. Aliás, a tendência é a de que, pelo menos neste ano, ocorra manutenção do ritmo acelerado de crescimento. Segundo dados da Aneel consolidados até o dia 10 de abril, o setor já soma 41,3 GW de potência instalada, sendo 13 GW em usinas de grande porte centralizadas e 28,3 GW em sistemas de geração distribuída. O ranking da Irena tem liderança absoluta da China, Lula e Silveira assinam MP: expectativa do governo é viabilizar 34 GW em projetos com 609,3 GW, seguida pe-
Valter Campanato /Agência Brasil
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projetos se adequem ao cronograma de implantação de linhas de transmissão leiloados nos últimos anos. Para serem elegíveis aos novos benefícios, os projetos precisam iniciar as obras em até 18 meses, além de aportar garantia de fiel cumprimento em até 90 dias da publicação, equivalente a 5% do valor estimado do projeto. Se por um lado a extensão de subsídios às renováveis tem potencial, segundo estimativa do ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, de encarecer a conta de energia a partir de 2029 em até R$ 19 bilhões anuais via CDE, por outro a MP 1212 também contempla medidas para diminuir as tarifas do mercado regulado no curto prazo. Para isso, a alternativa da MP, cuja validade de todas as suas proposições ainda depende da aprovação do Congresso Nacional em até 120 dias, é antecipar o recebimento de R$ 26 bilhões da privatização da Eletrobras para pagar os débitos da Conta Covid e da Conta Escassez Hídrica. Com a quitação dos empréstimos tomados pelas distribuidoras em nome dos consumidores durante os períodos da Covid e da crise hídrica de 2021, a estimativa do governo é de que sejam removidos R$ 11 bilhões da conta de energia do mercado regulado, o que resultaria em redução entre 3,5% e 5% nos reajustes anuais da tarifa.
Financiamento cai quase à metade em 2023 volume de financiamento via instituições financeiras e mercado de capitais para a geração de energia solar no Brasil, tanto em grandes usinas centralizadas quanto em pequenos sistemas em telhados e terrenos, caiu no ano passado e atingiu a marca de R$ 18,3 bilhões em 2023, uma queda de 48% ante os R$ 35,1 bilhões verificados no ano anterior. O dado é fruto do estudo recente da consultoria Cela Clean Energy Latin America.
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retrocede no volume usina solar Mendubim, com 531 MW de créditos destinados de capacidade, uma das seis maiores no setor. “O volume de fotovoltaicas do Brasil. A solenidade banco BV, com sua fintech voltada para financiamento de projetos solafinanciamento caiu de contou com a presença de lideranças res distribuídos, a Meu Financiamento Solar, foi considerada pelo estudo forma significativa, apedas quatro empresas sócias do emsobre geração distribuída da consultoria Greener como a instituição mais sar do forte crescimento preendimento, todas de capital de orilembrada por empresas envolvidas nas vendas de projetos solares. das novas instalações de gem norueguesa ― Scatec, Equinor, O resultado se baseia em entrevistas com distribuidoras de equipamentos energia solar no Brasil. Hydro Hein e Alunorte ―, e de reprefotovoltaicos, das quais 88% citaram o BV como a alternativa mais empregaIsso reflete o aumento sentantes dos governos federal, estada. Em segundo lugar, o banco Santander aparece com 71% das respostas, das taxas de juros do dual e municipal, além do governo da seguido por Losango e Banco do Brasil, ambos com 29%; BTG, Sol Agora e País, e consequentemente Noruega. Solfácil, as três com 18%; e CEF, Sicoob e Sicredi, com 12% cada. Os 35% das linhas de financiaA composição acionária do projeto restantes foram diluídos em várias instituições financeiras. Ao todo foram citadas 49 financiadoras de GD. mento, fazendo com que contava, inicialmente, com os sócios consumidores e empreScatec, Hydro e Equinor, os quais As distribuidoras, em média, citaram três linhas de financiamento, sendo que endedores priorizassem teriam partes iguais no empreendiempresas com cinco anos ou mais de atuação apontaram, em média, quatro. Em contrapartida, as que iniciaram as atividades a partir de 2020 indicaram, o capital próprio (equity) mento. Mas no início do mês passado em média, duas linhas de financiamentos. nos projetos solares de a Alunorte adquiriu 10% do empreengeração distribuída”, dimento e assumiu o compromisso de Outra conclusão do estudo referente a financiamentos foi a de que, ao longo de 2023, 32% dos kits solares – compostos por módulos fotovoltaicos, diz Camila Ramos, CEO comprar 60% da energia produzida. inversores e sistemas de montagem, cabeamento e de proteção – foram da Clean Energy Latin A empresa firmou termo de compra de comercializados por meio do financiamento solar. America. energia (PPA) por vinte anos. A comSegundo comunicado do BV, no quatro trimestre de 2023 a linha de finan“Além disso, o auposição se divide agora em 30% para ciamento para sistemas solares chegou a um montante contratado de R$ mento das taxas de cada um dos sócios iniciais (Scatec, 4,6 bilhões. Ainda de acordo com o banco, a intenção é nos próximos anos inadimplência nos fiEquinor e Hydro Rein) e 10% para a investir na diversificação da carteira. nanciamentos no País e Alunorte. para projetos solares de Com investimento de cerca de geração distribuída fizeram com que R$ 2,1 bilhões, o projeto abrange área Segundo o levantamento, que apuas instituições financeiras diminuíssem de 1,2 mil hectares, equivalente a rou os desembolsos das principais sua exposição neste tipo de projeto. Já 1,2 mil campos de futebol, com períinstituições financeiras que promovem para a energia solar na geração cenmetro de 38 quilômetros. É composto o fomento da geração de eletricidade tralizada, a maior queda no financiacom a tecnologia fotovoltaica, entre por 13 usinas em uma área operacional mento foi nas emissões de debêntures, públicas, privadas, cooperativas de de 900 hectares e mais 300 hectares apesar do financiamento via BNDES crédito e fintechs, a queda dos créditos de área de preservação ambiental. As e BNB ter caído um pouco também”, para as usinas de grande porte solar primeiras operações comerciais comeacrescenta. (geração centralizada) foi de 39% no çaram em fevereiro deste ano, pelas Este ano a Cela passou a acompaúltimo ano, com R$ 8,4 bilhões destiusinas Mendubim 11 e 9 e, sequencialnados aos empreendimentos, contra os nhar o volume de financiamento para mente, as demais foram sendo acionaR$ 13,7 bilhões no exercício anterior. das, até a última data de início da opea energia eólica também, e o valor Já os financiamentos para sistemas ração comercial, em março de 2024. atingiu R$ 10,8 bilhões em 2023. Com A construção total compreende isso, o valor total de financiamento via de geração distribuída no local de coninstituições financeiras para as renovásumo caíram 61% em 2023, com R$ 4,7 974 mil módulos solares instalados em veis atingiu R$ 29,1 bilhões bilhões aplicados no ano, enquanto as em 2023. usinas solares remotas de geração distribuída (geração compartilhada e autoconsumo remoto) tiveram recursos de R$ 5,2 bilhões, uma queda de 45% em comparação com os R$ 9,4 bilhões em 2022. De acordo com a Cela, o montante de financiamento em 2023 para os oi inaugurada oficialmenempreendimentos de energia solar te em 9 de abril em Assu, Complexo de 531 MW é constituído por 13 usinas em área de 900 hectares significa o primeiro ano que o País no Rio Grande do Norte, a
BV é financiadora mais lembrada em pesquisa da Greener
UFV Mendubim é inaugurada no Rio Grande do Norte
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Módulos com até 26,5% de eficiência são lançados no Brasil
trackers, 2.560 inversores, transformadores elevadores de tensão e 83 eletrocentros distribuídos em 31 circuitos de média tensão. Estes foram conectados chinesa DAH Solar está trazendo ao a uma subestação elevatória, composta mercado nacional módulos fotovolpor dois transformadores de potência taicos com células retangulares capazes de 280 MVA cada, onde a tensão de de gerar mais do que modelos com céoperação é elevada para 230 kV, para lulas quadradas tradicionais, garante a fins de transmissão. O local está a 6 empresa. Com tecnologia topcon n-type quilômetros da subestação Assu 3, e dimensões de 182 mm x 192 mm nas que se conecta ao Sistema Interligado células, a nova linha de módulos DHNNacional, e a área, considerada exce72R18, de +600W, maximiza a eficiênlente para a geração de energia solar, cia na produção, gera mais energia em tem inclinação máxima de 5%. altas temperaturas e apresenta menor A construção teve início em julho índice de degradação ao ano, afirma de 2022 e, no auge da obra, havia mais comunicado da DAH. Segundo a emde 1,6 mil trabalhadores em campo presa, testes mostraram que as células simultaneamente. Para a construção, que compõem os módulos podem atinMendubim selecionou e capacitou gir eficiência de 26,5% na conversão da 240 mulheres sem formação profissioenergia solar pela elétrica. nal para atuarem na área de renováveis, sendo 120 treinadas para montagem dos painéis solares e 120 para atuação em qualificações diversas. O empreendimento também adotou várias medidas para minimizar o impacto do projeto ao meio ambiente, como a decisão de não remover a camada superficial do De classe +600 W, equipamentos usam células retangulares topcon n-type solo (tradicionalmente, em projetos similares, são retirados O equipamento da DAH Solar é 15 centímetros de cobertura do solo), projetado para promover economia de de modo a diminuir o impacto amespaço e mais potência por metro quabiental e preservar a microbiologia drado do que outros módulos. De acordo solo. Da área construída, foram do com Leonardo Rodrigues, gerente resgatados mais de 6,2 mil animais da técnico para Latam da DAH Solar, um fauna originária local, direcionados módulo fotovoltaico de 630 W de potênpara reservas legais na mesma bacia cia com células quadradas precisa de hidrográfica onde se situa Mendubim. área maior e tem eficiência menor do A grande maioria (95%) desses anique um módulo de célula retangular. mais era composta por cobras, lagarA linha DHN-72R18 está disponítos e tatus. Também foram plantadas vel no formato regular com borda, no 340 mil mudas diversas, compostas modelo fullscren (de borda infinita ou por espécies nativas do bioma Caatinsem moldura na parte frontal, modelo ga, para garantir maior biodiversidapatenteado pela DAH) e também no de, proteção do solo, conservação da de vidro duplo. A empresa oferece água e a redução da erosão na região. 15 anos de garantia contra defeitos de
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fabricação e 30 anos de potência linear de saída de 87,4%. A DAH Solar tem fábrica em Hefei com capacidade de produção de 5 GW por ano em módulos e 5,5 GW em células fotovoltaicas, com certificações CQC, Líder, ISO 9001, ISSO 14001, OHSAS 180001, TÜV, CE, CEC, Inmetro e FIDE. A empresa está presente em mais de 100 países e, desde 2017, no Brasil.
Complexo Boa Sorte entra em operação em Minas Gerais omeçou a operar recentemente em Paracatu, MG, o complexo solar Boa Sorte, de 438 MW de capacidade instalada. O empreendimento é uma sociedade entre a Atlas Renewable Energy, a Hydro Rein, braço de soluções em energia renovável da norueguesa Hydro, e a Albras, produtora de alumínio primário em Barcarena (PA) e joint-venture entre o grupo norueguês e a japonesa NAAC. O complexo, composto por várias usinas solares fotovoltaicas, vai gerar energia para a Albras, o equivalente a cerca de 12% da demanda total da companhia no Brasil, em um contrato de 20 anos, no período de 2025 a 2044. O complexo vai gerar um total de 920 GWh anuais. O projeto Boa Sorte é resultado de empréstimo indexado em dólares pelo BNDES. No ano passado, aliás, no mesmo modelo financeiro, a Albras fechou outra parceria com a Atlas para a construção do complexo Vista Alegre, de 768 MWp, em Janaúba, MG, ainda em construção e cuja energia, em um PPA de 21 anos, também será toda comercializada com a produtora de alumínio. A Albras é considerada uma das maiores consumidoras individuais de energia do País, em razão do processo eletrointensivo do alumínio. Segundo cálculos da Atlas, o complexo Boa Sorte foi instalado em área equivalente a 1.152 estádios de futebol
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Com 438 MWp, usinas do complexo vão gerar para a produtora de alumínio primário Albras, uma das maiores consumidoras individuais de energia do País e demandou 16.584 toneladas de estruturas metálicas. A construção envolveu cerca de 2.900 trabalhadores, sendo 14,4% mulheres, percentual considerado acima da média do setor, revela a empresa.
Juros maiores para projetos solares e eólicos no Fundo Clima s projetos de energia solar e eólica têm as maiores taxas de juros para acessar os recursos recordes e recémdisponibilizados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, o Fundo Clima, cujo objetivo é financiar projetos, estudos e empreendimentos voltados para a redução de emissões de gases de efeito estufa e dos efeitos da mudança climática. Em contrato assinado pelo BNDES e o MMA - Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o fundo passou a disponibilizar R$ 10,4 bilhões. As taxas definidas em 8% ao ano para os projetos das duas fontes renováveis foram estabelecidas, segundo a explicação do BNDES, por conta do alto amadurecimento desses mercados, que dispensam mais incentivos. Já os projetos de restauro de floresta serão os mais beneficiados, com taxas de apenas 1% ao ano. Todas as demais áreas, como financiamento para compra de ônibus elétricos, obras de resiliência para adaptação climática das cidades, descarbonização da indústria e agricultura, terão taxas de juros de 6,15% ao ano. “A taxa de juros que estamos oferecendo é equivalente à de um país que
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tem grau de investimento, captando recurso em dólar. Com uma diferença: quem pega financiamento não tem risco de câmbio porque a Fazenda garante essa taxa [por meio de um fundo garantidor contra risco cambial]. Então, é uma taxa muito competitiva e a demanda é muito forte. Vamos liberar com muita rapidez esses recursos”, disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Embora não tenha sido informado pelo governo o quanto cada segmento terá disponível dos recursos, o BNDES vai abrir uma plataforma eletrônica com informações sobre cada projeto contemplado, incluindo desembolsos e andamento da iniciativa. São disponibilizados recursos nas modalidades reembolsável, administrados pelo BNDES, e não-reembolsável, que são operados pelo MMA. De acordo com informações da Agência Brasil, trata-se do maior volume de recursos da história do fundo, criado em 2009, e que desde então possui uma carteira de contratos em vigor que soma R$ 2,5 bilhões. Nos últimos quatro anos, o fundo teria ficado praticamente parado, segundo a avaliação do governo federal. “Saímos do volume de recursos de R$ 400 milhões [em média, por ano] para R$ 10 bilhões“, disse a ministra do MMA, Marina Silva, durante a assinatura do contrato com o BNDES no dia 1º de abril. As áreas de atuação do fundo envolvem desenvolvimento urbano resiliente e sustentável, indústria verde, logística de transporte, transporte coletivo e mobilidade verde, transição energética, florestas nativas e recursos hídricos e serviços e inovação verde.
Randon testa semirreboque frigorífico equipado com energia solar Randon, fabricante nacional de reboques e semirreboques para caminhões, iniciou uma fase de testes de
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Lucas Bergmann
modelo de semirreboque movido a energia solar. Batizado de Randon Solar, o produto-conceito, em modelo frigorífico, foi entregue a um cliente da empresa, a Transportes Tozzo, de Chapecó, SC, para ser utilizado sob monitoramento e coleta de dados durante quatro meses.
O sistema tem potência de até 15 kW e sua energia é utilizada para alimentar o aparelho de refrigeração híbrido O semirreboque utiliza em sua parte superior módulos solares fotovoltaicos flexíveis de alta eficiência, ultrafinos e resistentes a variações climáticas. A energia gerada é utilizada para alimentar o aparelho de refrigeração híbrido, o que reduz uso de diesel durante a operação. A potência instalada com o sistema completo pode chegar a até 15 kW, com possibilidade de geração de até 11,5 mil kWh por ano. A tecnologia é dotada de um algoritmo de gerenciamento de energia, o que permite a operação do sistema sem necessidade de intervenção do motorista. Todos os dados, como status do sistema e desempenho da geração solar fotovoltaica, podem ser acessados por aplicativo para dispositivos móveis ou por meio de uma interface disponível no produto. Os dados preliminares de operação do semirreboque atestaram, segundo a Randon, que houve melhora na ergonomia do motorista, em função da redução de ruído do sistema frigorífico. Além disso, há uma economia anual de até 1,8 mil litros de diesel, com uma redução de até 6 toneladas de gás carbônico lançadas na atmosfera por ano. A autonomia do produto é de cerca de 22 horas para cargas refrigeradas e de 5 horas para cargas congeladas.
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Huawei e Revo ofertam solar como serviço em parceria Huawei Digital Power, unidade de negócios de energia solar do grupo chinês de tecnologia e dispositivos inteligentes, uniu-se à Revo Energia para ofertar no mercado brasileiro o suprimento de energia solar fotovoltaica como serviço, modalidade de negócio conhecida pela sigla EaaS, da expressão em inglês Energy as a Service. A oferta é voltada para clientes de baixa tensão, com contas mensais de energia de até R$ 15 mil, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. A ideia é instalar sistemas solares fotovoltaicos em telhados e terrenos residenciais e comerciais ou propriedades rurais com equipamentos da Huawei, sob contratos médios de serviço de dez anos. Com o modelo de EaaS, a expectativa é que os clientes economizem até 20% em suas contas de energia já no primeiro mês. Ao final do contrato, toda a usina instalada passa a ser do cliente. “Esse tipo de serviço já é comum na Europa e nos Estados Unidos. Se usarmos como exemplo um comércio como uma padaria com conta de consumo de energia de R$ 8 mil por mês, em média, será possível essa padaria economizar até R$ 20 mil em um ano”, disse Silvio Antunes, da Revo. A Huawei Digital Power e a Revo Energia realizaram evento no armazém inteligente da Huawei, em Sorocaba (SP), para apresentar o Programa de Relacionamento do Parceiro Revo – Prorevo, que oferece o novo modelo de negócio.
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Lemon expande áreas de oferta de GD compartilhada Lemon Energia, especializada em geração solar distribuída compartilhada, ampliou sua atuação em mais três áreas de concessão. A primeira abrange as operações da CPFL Piratininga no interior e no litoral paulista,
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Bonö oferta serviços para apoiar projetos de integradores Bonö Energia, especializada em engenharia e projetos de energia solar, passou a ofertar seus serviços para
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integradores e instaladores. A proposta é qualificar as empresas para o atendimento de projetos de usinas de maior porte, voltados para grandes consumidores de energia. O novo portfólio de serviços ofertado para esse mercado inclui engenharia, construção e consultorias para elaboração de projeto executivo, planejamento e gestão de obra, além das etapas de comissionamento, vendas e orçamento. A Bonö informa ainda em comunicado que reforçou os serviços do chamado EPC (do inglês engineering, procurenment and construction) para competidores do mercado solar fotovoltaico que implantam usinas com potências superiores a 1 MW.
Sistema fotovoltaico instalado pela Bonö Energia na Klabin, dentro do terminal portuário de Paranaguá (PR) Faz parte da estratégia criar uma rede de prestação de serviços que inclui consultorias de vendas e de engenharia focadas em minigeração distribuída. “Queremos garantir maior precisão técnica e eficiência operacional das obras, além da simplificação do processo de construção”, disse o CEO do grupo Bonö, Marcelo Abuhamad. “Por meio de serviços especializados, com know-how técnico de mais de 450 MW de projetos, nosso objetivo é dar mais suporte ao mercado, que quer contar com serviços de quem já viveu na pele o dia a dia de ser integrador”, completa.
início de abril, no Terminal de Guarulhos, em São Paulo, a primeira usina solar fotovoltaica capaz de abastecer totalmente uma planta industrial do Sistema Petrobras. A economia anual prevista com energia é de cerca de R$ 1,8 milhão, evitando também a emissão de 246 toneladas por ano de gases causadores do efeito estufa na unidade. O investimento na planta da Transpetro, que é subsidiária da Petrobras, foi de R$ 12 milhões. A usina tem 2,8 MWcc/2 MWca de potência e produzirá energia suficiente para atender as operações do Terminal de Guarulhos e os dutos de entrega de derivados para as companhias distribuidoras de combustíveis e de querosene de aviação para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, e ainda a Base de Carregamento Rodoviário de Guarulhos (Baguar). A usina tem 33 mil m2 de área construída, 700 metros de perímetro cercados e 22,8 mil metros de cabos para interligação dos módulos solares. Além da usina solar fotovoltaica, o Terminal de Guarulhos tem projetos para a captação de águas pluviais para utilização como água de serviço, instalação de um sistema de recuperação de vapor (URV) na Base de Carregamento Rodoviário de Guarulhos e projetos sociais com as comunidades vizinhas. Segundo a Transpetro, o Terminal de Guarulhos é uma das suas unidades de referência para estudos e implantação de iniciativas disruptivas em sustentabilidade e novas tecnologias. A empresa opera 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilôme-
Transpetro inaugura solar para suprir planta industrial
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Transpetro - Petrobras Transporte inaugurou no
Usina ocupa 33 mil m² de área, tem 700 metros de perímetro e 22,8 mil metros de cabos interligando os módulos solares
Transpetro/Divulgação
com 27 cidades. A segunda e terceira envolvem municípios do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, as duas áreas sob concessão da distribuidora Energisa. Com os novos atendimentos proporcionados por créditos gerados por usinas solares nessas áreas de concessão, das quais a empresa não revela detalhes, a capacidade é para absorver mais 3,5 mil clientes, chegando a um total de nove regiões atendidas pelo serviço. Em 2023, a Lemon já havia dobrado sua base de clientes, para 10 mil, e projeta acelerar o ritmo neste ano, com a meta de atingir 30 mil pequenos negócios com a GD compartilhada. Segundo comunicado da empresa, há negociações em andamento com outras usinas solares das três novas regiões para poder atender mais clientes ao longo de 2024. A Lemon já atuava no Mato Grosso do Sul junto a clientes conectados à rede da Elektro. Com as usinas na área de concessão da Energisa, conseguiu ampliar o serviço para mais 74 municípios. Na região, a Lemon fez parcerias com quatros usinas solares que possuem capacidade de atender até 2 mil novos clientes. Com operações no interior de São Paulo desde o ano passado por meio de operações de usinas na área da CPFL Paulista, com a expansão na concessão da CPFL Piratininga a oferta passa a envolver as proximidades de Sorocaba, Jundiaí e Indaiatuba, incluindo também a cidade de Santos, no litoral paulista. De acordo com a empresa, ao todo cerca de 800 unidades consumidoras paulistas poderão aderir ao serviço. Já em Mato Grosso, atendido integralmente pela Energisa, três usinas vão gerar créditos para até 800 clientes.
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HY Solar chega com meta de 500 MW de módulos em 2024 fabricante chinesa HY Solar está estruturando sua entrada no País desde janeiro deste ano para passar a vender sua linha de módulos solares fotovoltaicos em todo o território nacional, para geração centralizada e distribuída. Segundo o responsável pela operação no Brasil, Raphael Arguelho, a meta é trabalhar com uma rede de no máximo 12 distribuidoras de equipamentos solares e alcançar até o fim do ano 500 MW em vendas. Reprodução
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os concorrentes do mercado. “Com a nossa tecnologia conseguimos um módulo com mesma dimensão e peso dos monofaciais de 540 e 550 W”, explica. A HY começou a produzir seus próprios módulos há apenas um ano. Isso porque originalmente fabricava equipamentos de beneficiamento de silício. Após um período nesse mercado, a estratégia passou a ser produzir as suas próprias células solares, o que a fez chegar hoje a uma capacidade total de 40 GW, em três fábricas na China. Nesse segmento a HY passou a fornecer as células – ainda hoje – para grandes fabricantes de módulos, como Trina, Longi e GCL. Com a estratégia de entrar no mercado de módulos, a capacidade total de fabricação é de 16 GW, sendo que no primeiro ano já foram comercializados 4 GW, revela Arguelho. Além do mercado chinês, as vendas seguiram para Austrália, Chile e Paquistão e, agora, a ideia é fincar bases no Brasil. “Nossa intenção é ter um trabalho mais aproximado com o distribuidor e não tratar o módulo como uma simples commodity”, disse. Com esse cronograma de atuar via distribuidores, o planejamento envolve também ter escritório local e entreposto de importação em 2025.
Fabricante quer atuar com no máximo 12 distribuidoras, com módulos N-Type de 450 a 705 W; primeiro contrato de 200 MW já foi fechado
Schneider implantará projetos solares na Amazônia
Um primeiro contrato, segundo ele, já foi assinado com uma grande distribuidora e contempla 200 MW em módulos. O nome da empresa, explica, só poderá ser revelado quando a carga chegar ao País, condição estabelecida pelo acordo. Com produção 100% dedicada a módulos N-Type, a HY vai disponibilizar ao mercado brasileiro modelos de 450 a 705 W de potência, tanto mono como bifaciais. Conforme Arguelho, a empresa tem uma grande vantagem competitiva nos módulos bifaciais de 570 W e 590 W, por serem até 10% mais leves do que
o se tornar signatária em março do Movimento Impacto Amazônia, que faz parte do Pacto Global da ONU, a Schneider Electric, empresa francesa especializada em gerenciamento e automação de energia, anunciou que vai intensificar a implantação de projetos para levar energia renovável, com destaque para a solar, para cerca de 20 mil pessoas da Amazônia legal. A empresa já tem atuado na região com algumas iniciativas. A ideia, segundo a gerente de sustentabilidade e responsabilidade social da Schneider, Milena Rosa, é engajar outras empresas parceiras para juntas
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entregarem mais lanternas solares, alimentadas com módulos fotovoltaicos, a moradores de áreas remotas. As lanternas solares têm vida útil de cerca de oito anos e são resistentes à intempéries. De acordo com comunicado da empresa, cada carga da lanterna dura entre seis e 40 horas, dependendo do uso. Em ação iniciada em 2023, 10,5 mil pessoas foram beneficiadas, das quais 7 mil dentro da Amazônia Legal. Outra iniciativa foi a implantação de usina solar fotovoltaica na comunidade de Tumbira, a 64 quilômetros de Manaus (AM), em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável. O sistema substituiu geradores a diesel, que funcionavam durante três a quatro horas por dia. O projeto foi iniciado em 2012 e renovado em 2023. Para 2024, a companhia estima que mais de 20 mil pessoas sejam beneficiadas por outros sistemas fotovoltaicos cujos projetos estão em andamento. O Movimento Impacto Amazônia foi lançado em setembro de 2023 para engajar empresas brasileiras na elaboração de ações para combater o desmatamento da floresta, em conjunto com outros sete movimentos que foram criados para acelerar as metas de sustentabilidade da Agenda 2030 da ONU. Segundo a Schneider, com essa adesão a empresa segue, ao todo, oito iniciativas da agenda.
ONGs criticam gás em Programa de Aceleração da Transição Energética movimento Coalizão Energia Limpa, que reúne algumas organizações da sociedade civil, emitiu nota criticando a inclusão do gás natural como fonte passível de apoio para a expansão da geração e transmissão de energia no Projeto de Lei 327/21, que estabelece o Programa de Aceleração da Transição Energética, o Paten. O PL teve seu texto base aprovado no dia 20 de março na Câmara dos Deputados e seguiu para análise no Senado Federal.
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Segundo aponta a nota das organizações, uma alteração – incluída no artigo 3º, parágrafo 1º, inciso II – torna novas usinas termoelétricas a gás e novos gasodutos elegíveis dentro do Paten. Para a coalizão, a inclusão do gás natural atrasa a transição energética e enfraquece o que deveria ser o principal propósito do programa: equilibrar a integração das fontes solar e eólica com o sistema elétrico brasileiro, o que o tornaria mais resiliente. “Essa adaptação inclui reforçar as redes de transmissão e rever a atribuição das hidrelétricas. O processo também deve amplificar esforços para aumentar ganhos de eficiência energética em todos os usos finais, bem como mecanismos de gerenciamento do lado da demanda. Por fim, é preciso ampliar condições para o desenvolvimento do mercado de tecnologias de armazenamento de energia, que trarão contribuição significativa para a segurança e à resiliência do sistema”, defende o documento. Embora o movimento – que reúne Idec, ClimaInfo, Iema, Inesc, Arayara, Instituto Pólis e o Observatório da Mineração – reconheça que o uso do gás é estratégico para o setor industrial, o mesmo não vale para o setor elétrico. “Para atender aos desafios de descarbonizar uma matriz elétrica em
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crescimento, é necessário qualificar as fontes e tecnologias capazes de proporcionar a transição energética em tempo hábil”, observa a nota. O Coalizão Energia Limpa foi formado para ter posicionamento crítico ao papel do gás na matriz elétrica e para defender a descontinuação de seu uso até 2050.
que totalizam mais de 110 MWp, localizadas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia. O planejamento é que esses parques sejam conectados até o início de 2025. Segundo comunicado, a Trinity comprometeu mais de R$ 450 milhões no desenvolvimento dos projetos envolvidos na transação. No mercado brasileiro de geração de energia, a Brookfield é proprietária e opera mais de 90 ativos de geração centralizada, incluindo usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa, Trinity vendeu seus ativos de gecom cerca de 3,5 GW de capacidade ração solar distribuída no Brasil instalada. Além disso, o grupo tem para a IVI Energia, empresa do grupo pipeline de mais de 2,4 GW em desencanadense Brookfield Asset Management. A negociação também envolve volvimento em geração centralizada e parceria para o desenvolvimento de outros 300 MW em desenvolvimento novos projetos entre as duas empresas. em geração distribuída por intermédio O investimento é da IVI Energia, que constrói, realizado por meio gerencia e opera do fundo BGTF usinas solares Brookfield Global de GD principalTransition Fund, mente para clienvoltado para protes comerciais e jetos de transição residenciais. energética. O acordo enSegundo o globa a compra e CEO da Trinity, o desenvolvimenJoão Sanches, to de projetos de com a transação usinas de geração a empresa vai A Trinity comprometeu mais de R$ 450 milhões no solar fotovoltaica desenvolvimento dos projetos envolvidos na transação acelerar os planos
Trinity vende ativos de GD solar para a Brookfield
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de crescimento no desenvolvimento de ativos nas duas modalidades de geração, tanto a distribuída como a centralizada. “Estamos vendo oportunidades relevantes de geração surgirem, preços de energia mais atrativos e, agora com a transação, seguiremos fortalecidos para capturá-las com maior robustez”, disse.
As usinas estão localizadas em Betânia, Boa Viagem e Amontada, no Ceará, Fazenda São João e Goytacazes, no Rio de Janeiro, Ceará Mirim, no Rio Grande do Norte, e Santarém, no Pará. Já em construção, as plantas devem começar a gerar energia no mês de maio. A capacidade total do projeto é de 26,5 MW, e a geração será injetada nas redes elétricas e compartilhada com redes de negócios próprios e de parceiros da Raízen a partir da geração de créditos concedidos pelas distribuidoras locais. A BYD contribuiu com estudos, dimensionamento da demanda, pro-
BYD e Raízen têm parceria para nove usinas solares BYD firmou parceria com a Raízen Gera Desenvolvedora, joint venture entre a Raízen e o Grupo Gera dedicada a projetos de geração distribuída, para ampliar a capacidade de geração de energia limpa. A aliança envolve a utilização da expertise da BYD em full EPC (Engenharia, Compras e Construção) no desenvolvimento do projeto, que engloba nove plantas solares fotovoltaicas.
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As plantas serão distribuídas em quatro estados e vão ter capacidade total de 26,5 MW
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cessos de engenharia executiva, planejamento de aquisição, implantação, execução e gerenciamento das plantas da Raízen Gera Desenvolvedora. “Nós começamos esse projeto na parte de concepção e engenharia em setembro de 2023 e acabamos de entregá-lo com uma potência representativa. A parceria vem para comprovar e consolidar a expertise da BYD nesse mercado de usinas solares”, afirma Sócrates Rodrigues, diretor de projetos da BYD Energy, em comunicado da empresa. Segundo a BYD, o diferencial para a escolha da empresa neste projeto é sua capacidade de centralizar todas as etapas em um único lugar.
Absolar e ApexBrasil têm acordo para atrair capital para renováveis
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Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica divul-
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gou no final de março que está para ser oficializada uma parceria com a ApexBrasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos que visa atrair mais capital estrangeiro para o processo de transição energética no País, com destaque para o desenvolvimento da fonte solar, do hidrogênio verde e do armazenamento por baterias. A parceria, segundo comunicado da Absolar, prevê a ampliação de acordos internacionais com competidores internacionais do setor de energias renováveis e com representantes de governos. A meta é atrair mais capital externo para a chamada neoindustrialização verde, intenção do governo federal de incrementar a cadeia produtiva nas áreas de energias renováveis e tecnologias correlatas. De forma concreta, as iniciativas devem contemplar a busca por novos investimentos nas missões estabelecidas pelo CNDI - Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, do plano de industrialização batizado de NIB Nova Indústria Brasil. Os novos projetos e consequentes aportes também devem ser incluídos nas diretrizes do novo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, nas áreas de transição e segurança energética. Para atender a parceria, a Absolar pretende fazer com que seus associados estruturem portfólio de projetos para investidores estrangeiros de países considerados estratégicos. Serão organizados ainda pela associação atendimento exclusivo para os grupos internacionais com interesse no Brasil e uma agenda de visitas empresariais.
Aneel lançou chamada estratégica para hidrogênio diretoria colegiada da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou em março a Chamada Estratégica de Projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) nº 23, com foco no “Hidrogênio no Contexto do
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Setor Elétrico Brasileiro”. A iniciativa visa explorar o potencial do hidrogênio abordando aspectos técnicos, econômicos e regulatórios para sua integração ao setor elétrico, impulsionando o desenvolvimento de tecnologias, modelos de negócio e infraestrutura necessária para produção, armazenamento e utilização do energético. A chamada é estruturada em duas modalidades: “Peças e Componentes” e “Planta Piloto”. A primeira foca no desenvolvimento e nacionalização de tecnologias para a cadeia de produção, e a segunda visa a implementação de plantas para produção de hidrogênio, utilizando fontes de eletricidade de baixo carbono. Além das tradicionais renováveis hidráulica, solar, biomassa e eólica, a chamada inclui a possibilidade de adoção de fontes como nuclear e termelétrica, desde que ocorra a compensação da emissão de gases de efeito estufa no respectivo processo de produção, conversão ou armazenamento de hidrogênio. A chamada convoca entidades interessadas a apresentarem propostas, e delineia requisitos, resultados, critérios de avaliação e prazos. O processo incentiva a colaboração entre diferentes atores do setor elétrico, da indústria e da academia, fomentando uma rede de inovação energética no país. A expectativa é que a iniciativa estimule o avanço tecnológico e promova benefícios econômicos e ambientais, alinhando o setor elétrico brasileiro com as metas de sustentabilidade e inovação. “Além de contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa, a integração do hidrogênio ao setor elétrico tem o potencial de promover a atração de investimentos na ampliação das redes elétricas e do parque gerador nacional, existindo ainda sinergias operativas que podem facilitar a inserção de fontes de geração não despacháveis, particularmente as fontes renováveis. (...) O hidrogênio, especialmente quando produzido a partir de fontes renováveis, apresenta-se
como uma alternativa promissora para a descarbonização da economia brasileira”, diz comunicado da Aneel.
Complexo solar Futura I colabora com lucros recordes da Eneva arte dos resultados financeiros positivos registrados no quarto trimestre de 2023 pela Eneva, empresa integrada que atua em energia e gás natural, se deve à geração do Complexo Solar Futura I, localizado em Juazeiro, na Bahia, e que entrou em operação em maio de 2023. O complexo tem 837 MWp de potência instalada e conta com mais de 1,4 milhão de módulos solares fotovoltaicos.
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Com as 22 UFVs do complexo de 837 MWp em plena operação, grupo Eneva teve maior EBITDA da história no quarto trimestre de 2023 Com seu processo de estabilização concluído ao longo do quarto trimestre, o complexo passou a contar com todas as 22 UFVs 100% operacionais, o que impactou em crescimento no EBITDA (lucro antes de impostos, amortização, depreciação e juros) de R$ 61 milhões no trimestre, comparado ao mesmo valor de 2022. No resultado total da empresa, contando seus outros negócios, o EBITDA foi de R$ 1,036 bilhão, um crescimento de R$ 473 milhões, ou 84%, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O resultado de EBITDA da Eneva foi considerado o melhor para um quarto trimestre na história da companhia. Com o desempenho no período, o EBITDA da companhia totalizou R$ 4,3 bilhões em 2023, mais do que o dobro dos R$ 2,1 bilhões registrados
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em 2022, representando resultado recorde de EBITDA anual da Eneva. A receita líquida também foi a maior para um quarto trimestre para a empresa, atingindo R$ 2,7 bilhões. Segundo o CEO da Eneva, Lino Cançado, o resultado foi impulsionado também, entre outros fatores, por otimização nos custos e despesas. “Com isso, as despesas gerais e administrativas caíram R$ 121 milhões no trimestre na comparação com o mesmo período de 2022 e os custos fixos totais das nossas operações diminuíram R$ 95 milhões no período”, disse Cançado. Outro ponto importante para o desempenho no quarto trimestre foi a volta do despacho de usinas termelétricas a gás, durante o período marcado por forte calor e pouca chuva, o que gerou recorde no consumo de energia no sistema elétrico brasileiro. “Para garantir a segurança energética do país, o ONS acionou algumas termelétricas e, como as da Eneva são mais competitivas, ligamos quase todas as nossas usinas”, disse o diretor financeiro, Marcelo Habibe. O complexo Futura I fechou, também em maio, a primeira venda de energia, para a indústria de gases industriais White Martins, que entrou na negociação na figura de autoprodutora, garantindo a entrega de 100,6 MW médios de 2023 a 2035 para consumo em suas unidades produtivas no Brasil. Além do Futura I, que consumiu R$ 3,2 bilhões em investimentos, o complexo ainda tem a possibilidade de expansão, com a construção dos parques Futura II e Futura III que, juntos, poderão somar 2,3 GW de capacidade instalada ao projeto.
Unipac passa a produzir flutuadores para solar da Ciel & Terre Unipac, de Pompeia, SP, do grupo Jacto, começou a produzir flutuadores plásticos para energia solar flutuante da marca Hydrelio, sob licença
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cas para gerar créditos aos seus clientes, em modalidade de autoconsumo remoto: UFV Estância, 5,52 MWp, em Fernandópolis, SP, e UFV São Lourenço do Sul, 880 kWp, no Rio Grande do Sul. Com as duas novas operações, a GDSun atinge a marca de 65 usinas no País, com capacidade instalada Sob licença da empresa francesa, produção faz parte de acordo com total de 168,4 MWp em 13 estados. o grupo KWPar, formado pelas brasileiras Sunlution, KWP e CTBM O plano de investimentos da empresa é atingir 500 MWp de capacida francesa Ciel & Terre International, dade instalada até 2025, com preferência por projetos greenfield. proprietária da patente do equipamento. A produção faz parte de parceria com o grupo KWPar, formado pelas Baterias no leilão federal – O ministro empresas brasileiras KWP Energia, de Minas e Energia, Alexandre SilSunlution e CTBM. veira, disse em março em evento em Os flutuadores produzidos pela Houston, Estados Unidos, que pretenUnipac já foram instalados na usina de incluir baterias no leilão de reserva solar fotovoltaica flutuante Araucária, de capacidade, previsto para acontecer cuja primeira etapa de 7 MWp de poainda este ano. Segundo ele, a medida tência entrou em operação em janeiro está sendo estudada pelos técnicos do Ministério de Minas e Energia. Mas na Represa Billings, em São Paulo. isso ainda é incerto. Há correntes no A KWPar foi responsável pela engegoverno que afirmam faltar regulanharia, customização e instalação na usina da Emae - Empresa Metropolimentação para isso. Por ora, só estão tana de Águas e Energia e atuará em garantidas no edital usinas hidrelétrioutros projetos, segundo comunicado. cas e termelétricas. A Ciel & Terre detém a tecnologia patenteada Hydrelio desde 2011, com Fábrica de carregadores Kinsol – Rede instalações em todo o mundo. No de franquia de integração de energia Brasil, antes da licença agora divulsolar fotovoltaica, a Kinsol inaugurou gada pela Unipac, a tecnologia já foi fábrica para produzir estações de reimplementada em outros projetos, carga de veículos elétricos em Vacaria, por meio da Sunlution, integrante do no Rio Grande do Sul. Segundo a grupo KWPar. São exemplos a usina empresa, a unidade tem capacidade solar flutuante Fazenda Figueiredo mensal para até mil estações de recarem 2018, em Cristalina (GO), o projeto ga wallbox de corrente alternada e de 100 a 150 estações de corrente contípiloto na UHE Sobradinho, na Bahia, nua. A fábrica, cuja partida ocorreu em 2019, e um projeto piloto da EMAE em 13 de março, contou com investina represa Billings, que culminou na mento total de R$ 4,8 milhões, gerou implantação da UFF Araucária neste 16 empregos e tem planejamento de ano. contratar mais 40 funcionários até o fim do ano. As estações são fruto de projeto brasileiro, tecnologia europeia, design americano e velocidade chinesa, disse o CEO da Kinsol, Mauricio GDSun e o autoconsumo remoto – Crivelin. A GDSun concluiu a energização de duas novas usinas solares fotovoltaiDivulgação
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Problemas na construção, no transporte, roubos de equipamentos, intempéries severas, raios, incêndios ― seja qual for o caso, o setor de seguros oferece cobertura e vem lançando inovações que integram serviços e facilidades para o segurado. Esta reportagem traz um panorama de modalidades disponíveis e do que vem por aí nesse mercado, que cresce no mesmo ritmo da atividade solar fotovoltaica no País.
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Riscos de engenharia e de responsabilidade civil em obras, por um lado, e riscos operacionais e patrimoniais (que se avolumam com as mudanças climáticas), por outro ― mercado em alta o crescimento acelerado do setor com o desenvolvimento de produtos específicos para proteger (e indenizar) os agentes da infinidade de riscos diários dos projetos solares. A ordem do dia entre seguradoras e corretoras é encontrar meios de ofertar coberturas completas, sem gaps nas apólices com potencial para surpreender os segurados depois da ocorrência dos sinistros. Serviços agregados ao seguro também têm sido uma ferramenta para cativar os clientes. Uma seguradora que tem aumentado sua participação em projetos de
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om a mesma velocidade que a fonte solar viu aumentar sua potência instalada nos últimos anos, chegando a se consolidar hoje como a segunda mais importante da matriz elétrica nacional, também cresceram no País os riscos inerentes à construção e operação das usinas solares. Isso não por razões técnicas das instalações, mas muito mais por conta do atual gigantismo do setor, que chegou a 41 GW de potência instalada no começo de abril, provenientes de 2,5 milhões de usinas de GD (28 GW) e 18,2 mil usinas centralizadas (13 GW). Em um universo tão amplo e disperso por todo o País, não fica difícil imaginar a quantidade de contratempos, intempéries e danos a que estão sujeitas as usinas durante suas implementações e em seus longos períodos de operação, acima dos 20 anos. Esse panorama logicamente exigiu uma resposta do mercado de seguros, cujos competidores têm se empenhado nos últimos anos para acompanhar
renováveis, utilizando dessas estratégias, é a Tokio Marine. Seguindo política global do grupo de apoiar
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Antes da criação do proprojetos de descarbonizaduto integrado, o padrão ção, a empresa tem criado para os projetos de renovásoluções especialmente veis ― o que ainda é o mais “desenhadas” para enercomum no mercado ― era gia renovável, que hoje já fazer um seguro de risco representam cerca de 30% de engenharia, para a fase do total da sua carteira de implantação, e outro de vigente de seguros de risco patrimonial, também grande risco, avaliada em chamado de riscos diversos R$ 900 milhões, segundo e equipamentos, para a revelou o diretor de segu- Sidney Cezarino (Tokio Marine): fase operacional. “Mas esse ros patrimoniais, Sidney seguro integrado cobre gaps de tipo de abordagem com entrada em operação Cezarino. duas apólices só é possível Um marco desses de dar 100% certo em um mundo peresforços foi a criação do produto bafeito, quando não há gap de entrada tizado como “seguro energia sustenem operação”, explica Cezarino. tável integrada”. Trata-se de solução A cobertura completa faz o produto que reúne, em uma única apólice, os ser voltado principalmente para proseguros de riscos de engenharia, de jetos maiores, tanto solares como eóliresponsabilidade civil em obras e os cos, ou para os fabricantes de equipachamados riscos nomeados/operamentos/distribuidores, que incluem cionais, patrimoniais, que estendem na apólice os demais envolvidos nas a cobertura para o primeiro ano de implementações, principalmente os operação após a conexão do sistema à integradores, responsáveis pela monrede da concessionária de energia (distagem e comissionamento das usinas. tribuição ou transmissão). Com cobertura de riscos de enSegundo Cezarino, o produto foi genharia e responsabilidade civil, criado por conta das avaliações da esse seguro cobre danos da natureza, unidade de Power da seguradora, que incêndio, explosão, roubo ou furto; conta com uma equipe de engenheiros danos consequentes de erro de projeto que estuda os processos e os equie consequentes de risco do fabricante; pamentos envolvidos nas obras para despesas de desentulho; responsabilientender como funcionam os projetos, dade civil geral e cruzada sem fundadesde sua concepção até a implantações com lucros cessantes de terceiros; ção e operação das usinas. “A ideia é além de responsabilidade civil do poder elaborar o seguro de forma corempregador para cobrir acidentes do reta para o segurado”, diz. trabalho e risco de transporte de equiEm uma dessas análises, explica pamentos para a obra. o diretor, foi detectado um problema Já nas coberturas do risco operaciopela equipe. “Eles perceberam que nal, depois que a usina é conectada, o havia uma zona cinzenta na fase de produto contempla eventos de causa transição entre o fim do projeto e externa, incêndio, raio e explosão, alaa operação, muito porque algumas gamento e inundação, vendaval, furapartes da usina entram em operação e cão, ciclone, tornado e granizo, além outras continuam em obras”, afirma. de roubo ou furto qualificado, danos Acrescentando-se a isso os atrasos elétricos e queimadas em zona rural. comuns para a conexão de renováveis Essa cobertura, após o término do à rede, principalmente em solar, era primeiro ano incluso no pacote, pode comum haver risco de “descobertura” ser renovada pelo gerador, em seguros de algum dano durante esses gaps enpatrimoniais. tre a construção e a operação.
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Serviços na apólice Além do produto com a apólice integrada, que abarca demandas também para outras fontes renováveis, a Tokio Marine tem um produto específico para solar. Trata-se do seguro RD Placa Solar, que cobre sistemas solares, após a montagem, contra incêndio, raio, explosão, roubo e furto qualificado, vendaval, granizo, qualquer dano de causa externa aos bens a serem instalados e danos elétricos. Como prova do crescimento da fonte, de acordo com Cezarino, no último ano o volume de solicitações pelo produto cresceu 136%. Até mesmo para melhorar esse produto para solar, aliás, e diminuir os riscos do segurados, em outubro de 2023 a Tokio Marine incluiu como benefício da apólice um serviço oferecido de forma gratuita pela empresa Ecoassist. Trata-se de pacote que envolve a limpeza dos módulos até duas vezes por ano, manutenção preventiva dos equipamentos, identificação da falhas, pontos quentes, microrrachaduras, trincas ou danos nas superfícies. Oferecido de forma gratuita aos segurados da carteira RD Placa Solar, o serviço também pode ser contratado por outros proprietários de usinas (pessoas físicas ou jurídicas) com seguros de até R$ 2 milhões. Há também a possibilidade de contratação direta com a empresa, para os segurados, do serviço de descarte dos módulos, com logística reversa e destinação adequada ambientalmente. Esse tipo de serviço que melhora a operação com manutenção preventiva é vantajoso para os dois lados. O segurado tem uma operação menos sujeita a danos, com possibilidade de ter suas tarifas de seguro menores no futuro, e a seguradora tem menos probabilidade de precisar fazer indenizações. Com esse mesmo propósito, para parques renováveis de grande porte a Tokio Marine fez outra parceria, em
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“Toda a nossa comunicação e esforço de marketing é focado em ajudar o integrador”, diz o diretor. A ideia motivadora da criação da plataforma, segundo Filho, foi atender integradores que compravam de distribuidores que não ofereciam soluções de seguros na aquisição dos sistemas. Isso porque muitos kits e equipamentos, a depender do porte dos distribuidores/fabricantes, já saem “amarrados” com as apólices para cobrir toda a cadeia de implantação, como é o caso do produto da Tokio Marine. Com a aquisição dos sistemas sem seguro, esses integradores acabam por fechar contratos com produtos das seguradoras representadas pela Elétron (Liberty e Essor). Nesse Corretoras caso, são utilizados os modelos tradicionais No cotidiano da oferta do mercado. O pridos produtos para segurar as meiro, da Liberty, é o usinas solares, as corretoras “produto de risco de fazem aproximação comerengenharia”, que cobre cial principalmente junto a o período da instalação integradores e distribuidores. e montagem do sisteSão raras as contratações feitas diretamente com os geraMauro Filho (Elétron Seguro Solar): ma, e inclui também responsabilidade civil dores/consumidores. Outra estratégia focada no integrador sobre danos ao procaracterística mais recente é a prietário da obra. O outro, para depois de que, com a demanda em alta, dado de instalada a usina, é chamado de o número crescente de instalações de “riscos diversos equipamentos”, para GD, o uso de plataformas eletrônicas danos externos, que no caso da Elétron como meio para chegar ao mercado se é um produto da Essor Seguros. tornou comum. No caso de riscos diversos, uma Isso ocorre na corretora especiaestratégia comercial adotada para conlizada Elétron Seguro Solar, de Curivencer os integradores é a de propor tiba, PR, que se autodenomina como a eles que ofereçam um ano inicial do insurtech por usar um portal para seguro como diferencial na venda das cadastrar e atender seus segurados. usinas para os clientes. “Fica muito Embora também atenda distribuidomais barato [para o integrador] dar um res, de acordo com seu diretor, Mauro ano de seguro grátis no começo da obra Filho, a empresa tem atualmente 4183 do que dar um desconto, o que é muito integradores cadastrados, considepedido hoje em dia, em razão da alta rado seu público-alvo. Em operação concorrência”, revela o diretor. Alguns desde 2019, a estratégia eletrônica fez integradores, com pós-venda mais esa empresa ter acumulado hoje 375 truturado, também podem oferecer a mil seguros emitidos para solar, com renovação dos seguros depois do téremissão média de 2,2 mil apólices por mino do primeiro ano de operação. mês na plataforma. Divulgação
2023, dessa vez com a canadense Clir, empresa especializada no mapeamento remoto de todos os dados que podem acarretar riscos nas usinas solares e eólicas. Com uma base global de dados de sinistros, a empresa consegue gerar informações e fazer recomendações operacionais para os segurados evitarem acidentes ou danos. Segundo Cezarino, o objetivo é ajudar o segurado a diminuir seus riscos. “É uma forma de a gente agregar um serviço que vai ajudar o segurado, porque o risco dele vai melhorar e a probabilidade de ocorrer sinistro vai diminuir. Isso vai se reverter lá na frente em benefícios de taxas, franquias melhores”, explica.
Também a corretora Umbria Private, uma das primeiras a entrar na área solar, atua com as opções dos dois tipos de apólices, de risco de engenharia e diversos. Segundo o responsável José Eduardo Simões, a primeira apólice acaba sendo praticamente compulsória, porque é uma garantia para o integrador sobre todos os riscos inerentes à fase de instalação. Já o seguro de riscos diversos tem caráter praticamente facultativo, com o integrador oferecendo para o dono da usina ou até dando como diferencial na venda. Como já tem uma carteira grande na área, por estar no segmento solar desde 2013 fazendo corretagem para a Berkley, sua principal seguradora, a Umbria tem ainda contratos de seguro mensais com integradores médios e grandes. “Com esse modelo de facility eles nos avisam no mês seguinte todas as obras que foram realizadas no anterior para que emitamos uma apólice. Não é preciso ficar analisando caso a caso”, diz. Por outro lado, para integradores pequenos, há uma operação que agrega em apenas uma apólice mensal todas as obras seguradas de vários integradores. “Depois enviamos um certificado do seguro para cada um”, completa. De acordo com Simões, em média são emitidas de 250 a 300 apólices por mês. José Eduardo Simões (Umbria Private): contratos mensais com Vendavais integradores médios e Além de em grandes geral o seguro para solar ter um valor baixo, em média entre 0,5% e 1% ao ano sobre o valor da obra, o seguro de riscos diversos, também durante a vida útil da usina que pode ser até de 25 anos, tem sido cada vez mais requisitado, afirma Simões, da Umbria. Isso porque, a
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Transformando energia em desenvolvimento
Indústria e Assistência Técnica Cuiabá-MT • Brasil (65) 3611-6500 Assistência Técnica Ananindeua-PA • Brasil (91) 3255-4004
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depender das regiões, principalmente no Sul e Sudeste, têm ocorrido muitos sinistros que danificam os módulos, como vendavais, chuvas de granizo e, no caso do Rio Grande do Sul, até ciclones extratropicais. “Hoje é um seguro também bastante contratado. Até porque as intempéries têm crescido no Brasil por conta dos efeitos da mudança climática”, disse Simões. Segundo ele, as notificações de danos da natureza são atualmente as principais causas de indenizações. Em segundo lugar estão os furtos de cabos de cobre e até mesmo roubos de cargas com módulos. Compartilha dessa mesma análise o diretor da Elétron Seguro Solar, Mauro Filho. Para ele, de longe os eventos climáticos já se destacam como os maiores causadores de sinistros. Segundo levantamento interno da corretora, em 2023 as chuvas de granizo e os vendavais foram responsáveis por 72% dos sinistros notificados entre os seguros contratados. “E metade foi no Rio Grande do Sul, onde houve registro de ciclones”, revela. No caso da Elétron, a segunda causa de acionamento de indenizações também foi o furto de equipamentos, com destaque para cabos de cobre e também inversores, que têm maior va-
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lor no mercado. Esses danos patrimoniais responderam por 16% do total dos sinistros. Também a Tokio Marine enfrenta aumento nos casos de roubo, segundo Sidney Cezarino. A empresa tem registrado casos de roubos de cargas de módulos em caminhões. “Isso sugere mercado paralelo”, diz. Na sequência, para completar o total das indenizações acionadas pela Elétron, as ocorrências envolveram danos elétricos e quedas de raios. Incêndios, apesar da preocupação do Inmetro em instituir proteção contra interrupção de arco elétrico ― por meio de nova portaria (515/2023) para exigir dispositivos de segurança em inversores ―, não têm sido causa importante de acidentes, na avaliação da corretora. As coberturas para os eventos são acordadas nas apólices. No caso dos produtos da Elétron, para eventos da natureza e roubos e furtos são limitados a 50% do valor do projeto e de danos elétricos a 30% do valor. Já as franquias em usinas de até R$ 100 mil são de no mínimo R$ 500,00 para cobrir 10% dos prejuízos por sinistro. Para sinistros causados por vendaval, furacão, ciclone e granizo são de no mínimo R$ 1 mil para 20% dos prejuízos. Para projetos acima de R$ 100 mil,
são de no mínimo R$ 3 mil (10% dos prejuízos) e a partir de R$ 5 mil (20%) para eventos do clima.
Evoluções A perspectiva de a fonte solar continuar a crescer nos próximos anos também deve fazer as seguradoras serem mais criativas para vender novas apólices, com aprimoramentos nos tipos de coberturas. A Tokio Marine, por exemplo, segundo o seu diretor Sidney Cezarino, está estudando um novo produto, o chamado seguro paramétrico. De acordo com ele, esse produto visa gerar indenização para os proprietários das usinas caso eles não tenham, em um período acordado para entrega de energia em contrato, fonte de suprimento suficiente para a geração. Isso significa, no caso da solar fotovoltaica, não ter incidência solar, em eólicas, não ter vento, ou na hídrica, vazão baixa. “É algo que está em desenvolvimento”, revela. Uma nova corretora, a Conduta Plus, que atua em solar com produtos de riscos de engenharia e riscos diversos, também divulga estar desenvolvendo, junto com uma seguradora, um produto simplificado para o setor.
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De acordo com o diretor de qualquer origem. de RE (ramos elementares) “Seria para indenizar e novos negócios da Conum percentual especíduta Plus, Marcos Gollin, fico sobre o que ele [o trata-se de seguro que vai empreendedor] deixou garantir cobertura desde de ter de benefício o início da instalação até o financeiro durante o final do prazo com extenperíodo que ficou sem são de “perfeito funcionagerar, o que se chama mento”. lucros cessantes ou “Nós estamos tentando benefícios extras”, Marcos Gollin (Conduta Plus) estuda também colocar algumas oferecer cobertura de lucros cessantes disse. coberturas adicionais que Esse conceito de ainda estão sendo discutidas, seguinlucros cessantes, porém, para o diretor do regulamentação da Susep [Superinda Tokio Marine, Sidney Cezarino, tendência de Seguros Privados]”, afirma. pode se referir a várias situações de De acordo com Gollin, a ideia surgiu indenização já contidas nas apólices da própria seguradora, que procurou tradicionais. “No risco de engenharia, a Conduta Plus para o desenvolvina área de montagem de um parque, mento. se por exemplo há um incêndio, vai Segundo Gollin, uma cobertura atrasar a entrada em operação, a usina que a seguradora estuda incluir é de deixará de gerar no prazo contratado e lucros cessantes para quando a usina será indenizada. Isso é lucro cessante”, ficar um tempo sem gerar por dano diz. “E na operação, se acontecer al-
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gum dano, a indenização também será no mesmo conceito”, completa. A Conduta Plus tem origem na corretora Harmonia, que em 2014 fez sociedade com a inglesa Howden. Em 2022, a empresa vendeu sua parte no acordo e ficou até o ano passado em um período de non compete. Há cerca de oito meses a empresa voltou ao mercado de forma independente. “O seguro de energia ainda tem participação pequena na corretora, de 5% aproximadamente, mas há uma grande possibilidade de expansão na área”, diz Gollin.
Websites das empresas mencionadas na reportagem: https://www.tokiomarine.com.br/seguros/ seguro-energia-sustentavel/ https://www.eletronseguros.com.br/ https://www.condutaplus.com.br/ https://solar.umbriaprivate.com.br
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Equipamentos para cravação de estacas em usinas de solo
O levantamento traz detalhes do portfólio de fornecedores de máquinas (venda ou locação) e prestadores de serviços de instalação de estacas em solo para a construção de usinas solares, detalhando ainda as características dos equipamentos. O usuário pode orientar-se por tipos de estacas, posicionamento, potência do motor e a modalidade de cravação, se por rotação ou percussão, com os respectivos dados.
Da Redação de FotoVolt
Cravação por percussão
Posicionamento laser
Potência do motor (kW)
Torque máximo (Nm)
Rotação máxima do eixo (rpm)
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30 a 75
38.000
0 a 180 700 a 1.400 800 a 1.200 400 a 2.000
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73 HP
2.465 lbs
Getefer (11) 99900-5433 getefer@getefer.com.br
HMC/EUA
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Marvitec (11) 94071-7830 administrativo@marvitec.com.br
Orteco/Itália
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•
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Portal (11) 99538-5999 atendimento@portalengsolar.com.br
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Nacional
Power Solar (11) 98354-9164 luiz@powersolarfundacoes.com.br
•
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Nacional
Vermeer (19) 99637-9043 brasil@vermeer.com
Massa (kg)
Posicionamento GPS
•
Energia de impacto (J)
Perfil de aço
Fabricante da máquina
•
Estaca helicoidal
ENGM (51) 3560-1504 atendimento@engm.com.br
Estados em que atua
Importada/País
Presta serviços de cravação
Empresa, Telefone e E-mail
Locadora de máquinas
Cravação por rotação
Frequência de impactos (n/min)
Guia
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1.250 lbs
570 a 1.180
2.100
• 35,4 a 47,5
1.200
570 a 1.180
4.070
• 36,5 a 44,7
950
1500 bpm
4.685,60 a 7.057,90
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 32 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, abril de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
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Execução de conexões elétricas em sistemas fotovoltaicos Franziska Bauroth, da Rennsteig Werkzeug GmbH (Alemanha)
A
aquisição de um sistema fotovoltaico (SFV) é um investimento para muitas décadas, e o rendimento do sistema depende em larga medida da qualidade dos serviços de instalação. O cabeamento dos módulos fotovoltaicos tem um peso relativamente pequeno nos custos totais. No entanto, uma economia mal direcionada, por exemplo, o uso de cabos de baixa qualidade, ou uma instalação tecnicamente mal executada, pode ter consequências graves tanto para a segurança, quanto para o rendimento do sistema. A resistência de longo prazo contra influências externas extremas, e a eficiência do cabeamento e de suas conexões, são fatores importantes para o desempenho de um SFV. Os módulos fotovoltaicos devem ser interligados corretamente, com cabos curtos para minimizar perdas, e apresentar boas conexões. Para ligação dos módulos ao inversor, vale ter em mente a seguinte regra: após a instalação, por muitos anos não deve ser necessário qualquer reparo no cabeamento. Portanto, espera-se uma longa durabilidade dos cabos solares. Quando ocorrem problemas nas conexões, raramente eles
A instalação incorreta de cabos em sistemas fotovoltaicos com ferramentas inadequadas, como alicates universais, implica não apenas risco de perdas financeiras pelo mau desempenho do equipamento, mas também alto risco de incêndio. Aqui, uma orientação profissional para a execução das conexões.
camente correta do cabeamento. A execução profissional com ferramentas manuais possibilita otimizar o trabalho de confecção do cabeamento. Conexões por crimpagem [do inglês to crimp, moldar ou unir por constrição mecânica], vedadas contra ingresso de gás e resistentes à corrosão Fig. 1 – Sistema de alicates para instalação de conectores fotovoltaicos e a intempéries proporcionam perdas mínimas e boa transmissão de energia, são atribuídos aos cabos, e sim, predominantemente, a falhas de instalação. mesmo depois de muitos anos de Além da escolha de comprimentos operação. Sistemas de crimpagem são oferecidos por diversos fabricanerrados, verifica-se também o uso de conectores instáveis e sem vedação tes da indústria solar, e constantesuficiente contra penetração de água. mente aperfeiçoados. Profissionais Aqui, o tema segurança contra incênde instalação devem acompanhar tais dio adquire relevância. O maior risco desenvolvimentos e ter condições de instalar, fazer manutenção e reparos decorre frequentemente de conexões inadequadas. Nelas, o forte aumento em SFV de acordo com as instruções da resistência ôhmica se traduz em dos fabricantes. A seleção de ferraelevação de temperatura. Defeitos mentas e acessórios apresentada neste deste tipo podem ser praticamente artigo visa auxiliar na realização desses objetivos. excluídos por meio da execução tecni-
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Soluções para instalações novas e reparos Os requisitos para os materiais elétricos para instalação de um SFV tecnicamente perfeito são rigorosos. Conectores e cabos solares, por exemplo, devem ser crimpados com alicates e insertos de tal modo que resultem conexões elétricas conforme as normas. Naturalmente, reparos num SFV demandam os mesmos requisitos de qualidade das ferramentas. A remoção da isolação de um cabo solar com um alicate de corte adequado é um exemplo entre muitos. Para instalar conectores fotovoltaicos existem alicates com insertos específicos. Além disso, foram desenvolvidas soluções especiais que combinam três passos do processo: alicates com o inserto multitarefa CSC (Cortar – Desencapar – Crimpar, na sigla em inglês) estão disponíveis para seções de 4 mm2 e 6 mm2 (figura 1).
Execução de conexões fotovoltaicas O primeiro passo é o corte (figura 2). O alicate D15 apresenta uma geometria de corte especial retificada, que permite cortar com precisão e sem esmagar o cabo. O inserto CSC também corta liso e sem deformação (à direita na figura). Estes resultados satisfazem a pré-condição para os próximos passos do processo, após o corte do cabo na medida certa. PEW 12 com inserto multitarefa
Alicate de corte D15
Fig. 2 – Corte do cabo solar com alicate de corte ou com inserto multitarefa PWE 12 com inserto multitarefa
Alicate para desencapar cabo solar
Fig. 3 – Remoção da isolação do cabo com a lâmina de corte ou com inserto multitarefa
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O segundo passo é remover a isolação do cabo (figura 3). O alicate de desencapar foi desenvolvido para a dureza dos materiais isolantes dos cabos solares. Dois pares de lâminas cortam a isolação do cabo em toda a circunferência. A uniformidade dos resultados é obtida por um batente que limita o comprimento do cabo com precisão e repetibilidade. Depois do corte, um dos pares de lâminas segura a isolação cortada, enquanto o outro desencapa a isolação. Após a inserção do cabo, todo o processo de remoção da isolação transcorre automaticamente com uma única pressão manual. A solução mostrada à direita da figura 3 proporciona a mesma qualidade de corte, com a lâmina e o batente integrados. O terceiro passo do processo é a crimpagem (figura 4). O alicate de crimpagem mostrado neste artigo permite solucionar quase todas as tarefas práticas de conexão, tanto em serviço estacionário quanto móvel. O sistema possui insertos para diversos tipos de conecPEW 12 PEW 12 com o inserto com o inserto tores. A cavidasimples multitarefa de para acomodar o contato auxilia o exato Fig. 4 – Crimpagem com o inserto simples e com o posicionameninserto multitarefa to do próprio contato e do cabo solar (figura 4, à direita). Uma quarta e última operação é a montagem do invólucro do coChave de montagem nector (figura 5). para conectores solares Para tal, existem ferramentas para apertar ou soltar Fig. 5 – Montagem do invólucro do conector solar prensa-cabos nos conectores MC4. Na chave de montagem estão integradas funções para rosquear o invólucro do conector com um momento de torção definido, bem como para destravá-lo na desmontagem.
Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição especial 11/2023. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro.net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.
Microrredes
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Veículos elétricos para suporte à rede durante faltas Vittória Emanouella M. S. Andrade, Marcelo Cabral Cavalcanti, Gustavo Medeiros de Souza e José Filho da Costa Castro, da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco; Rodolfo Quadros e Antonio Roberto Donadon, da Unicamp – Universidade Estadual de Campinas
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m termos gerais, as microrredes podem ser descritas como sistemas integrados compostos por recursos energéticos distribuídos (REDs) e cargas elétricas operando como uma única rede autônoma, em paralelo ou “ilhada” em relação à rede de distribuição. Quando desconectadas do sistema elétrico, as microrredes geralmente ficam enfraquecidas, uma vez que as fontes internas podem não apresentar os mesmos níveis de inércia e confiabilidade da rede elétrica interligada convencional. Nesse sentido, ao operarem em modo de ilha, os REDs devem contribuir para a segurança da microrrede. Os veículos elétricos, quando equipados com tecnologias com possibilidade de exportação de energia para a rede (V2G – vehicle-to-grid), podem constituir uma estratégia natural para prestar apoio em caso de perturbações. As baterias dos veículos elétricos, quando habilitadas para operar em modo de regulação e suporte à rede, podem ser utilizadas para auxiliar no controle da tensão e frequência da
microrrede, podendo substituir fontes poluentes, como geradores a diesel. Neste trabalho, com base nos modelos de célula e de conversor, são implementadas estratégias de controle. O controle de conversores bidirecionais de potência é projetado utilizando o modelo médio de circuitos não lineares (conversor c.c./c.c. e conversor c.a/c.c). Os resultados são obtidos por meio de uma microrrede a ser implantada num campus universitário equipada com sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS, na sigla em inglês) de 500 kW/800 kWh, geração diesel de 200 kVA, geração solar fotovoltaica de 400 kWp e conexão à rede de distribuição em 11,9 kV, como mostra a figura 1.
Uma frota de veículos elétricos (VEs) fornecendo energia à microrrede quando esta opera em modo ilhado e ocorrem faltas é examinada neste artigo. Os resultados indicam que o suporte vehicle-to-grid nestes casos ajuda a manter a frequência dentro dos limites operacionais e evita a desconexão de cargas sensíveis, inversores e outros equipamentos da microrrede.
Utilizando o suporte de veículos elétricos com estratégia V2G, a operação em modo ilhado é possibilitada mesmo durante a ocorrência de um curto-circuito monofásico interno (suporte para melhora do desempenho das características de sustentabilidade durante faltas ― em inglês, fault ridethrough). Veículos elétricos conectados a uma microrrede por meio de conversores bidirecionais podem auxiliar nos serviços auxiliares durante o ilhamento da microrrede, utilizando V2G, oferecendo suporte em cenários com diferentes configurações de uso dos veículos. Para este trabalho, a estratégia adotada determina que veículos com estado de carga (SoC, na sigla em inglês) abaixo de 40% sejam recarregados, enquanto veículos com SoC acima de 80% sejam disponibilizados para suporte à microrrede. Com base nesta estratégia, foram realizados dois testes de aplicação de curtos-circuitos em dois pontos da microrrede, com e sem apoio de veículos elétricos, de modo a demonstrar a capacidade dos VEs em auxiliar a microrrede ilhada.
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Suporte à rede com V2G
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distribuição (parques eólicos, sistemas fotovoltaicos, cogeraDentre os potenciais benefícios Carregadores 25 × 10 kW - V2G ção distribuída, etc.) para evitar da adoção de estratégias V2G, que um curto-circuito na rede especialmente em microrredes, 11,9 kV podem-se citar: (1) Reduzir o de alta tensão provoque uma Veículos elétricos Alimentador BESS × 60 kWh 25 principal custo total de propriedade das perda generalizada de geração. 500 kW/800 kWh 11,9 kV frotas; (2) Participantes no mercaEm uma rede elétrica contendo do energético podem negociar e muitos geradores distribuídos sujeitos a desconexão por subotimizar seu equilíbrio; e (3) Operadores de redes podem otimizar tensão/frequência, é possível os investimentos e estabilizar seus haver uma reação em cadeia sistemas. que também coloque off-line ouPainéis Gerador a diesel Geração solar A frequência elétrica é um tros REDs. Isto pode ocorrer no de BT Gerador a gás fotovoltaica (futuro) indicador instantâneo de fornecaso de uma queda de tensão/ 400 kWpico cimento de energia adequado. frequência que faça com que um Fig. 1 – Diagrama conceitual da microrrede CampusGRID com recursos Quando há um desacoplamento dos geradores se desconecte da energéticos distribuídos (RED) entre a carga e a potência fornerede. Como as quedas de tensão cida pelos geradores da microrrede, a são em geral causadas por geração PL Carga dos veículos frequência sofre desvios do valor de menor do que a carga nas redes de disreferência. tribuição, a remoção de uma geração P(W) ∆f – KP + Conforme descrito em [1], um pode fazer com que a tensão caia ainda Banda morta Droop Limite de injeção/ controle droop de frequência pode ser mais. Isto pode reduzir a tensão o suconsumo usado para ajustar o ponto de potênficiente para causar a saída de outro Fig. 2 – Malha de controle de ajuste de ponto de potência ativa cia ativa de uma interface de inversor do VE para suporte à rede [1] gerador, diminuindo ainda mais a tensão e causando uma falha em cascata. de veículo elétrico, conforme ilustrado P P na figura 2. Já a figura 3 mostra esqueNas microrredes, devido à baixa inércia máx associada aos conversores formadores maticamente a configuração de droop que pode ser implementada para essa de rede conectados, os desvios de freestratégia de controle de interface de quência ou quedas de tensão podem ser Consumo VE fneg f0 rede de VEs. ainda mais críticos. Eventos internos à f Em eventos de baixa frequência, os microrrede podem causar interrupções Banda morta Pmín carregadores veiculares V2G injetam generalizadas devido a interrupções a máxima potência disponível nos em cascata dos vários geradores/recurPConsumo PInjeção conversores, operando com injeção sos energéticos distribuídos. Fig. 3 – Estratégias de controle para VEs operando em modo de potência e controle de tensão (de Os requisitos técnicos podem variar, de regulação, usando conversores de carregadores com capacidade V2G [1] modo semelhante a um gerador fotodependendo da regulamentação de voltaico). O carregador pode ser cada região. A figura 4 ilustra uma remodelado em termos de caracterísgião/curva geral de FRT para geradores 1,0 Operação normal V1 ticas de eficiência, tempo de ativana rede de distribuição, conforme [3]. LRVT Permanece conectado ção, tempo de aceleração/desaceleV2 Proteção Pode desconectar, ração, exatidão e precisão [2]. anti-ilhamento ilhamento de curto prazo Nível de tensão (p.u.)
Simulações de fault ridethrough com suporte V2G
Subestação 69/11,9 kV
V3
Deve estar desconectado
0
0
t1
t2 t3 Tempo (seg)
t4
t5
Fault ride-through (FRT) ― às Fig. 4 – Requisitos de low voltage ride-through (LVRT) em relação vezes undervoltage ride-through ao tempo conectado sob condições anormais e proteção anti-ilhamento [3] (UVRT) ou low voltage ride-through (LVRT) ― é a capacidade geralmente dos de menor tensão ou frequência da atribuída aos geradores elétricos de permanecerem conectados em períorede elétrica. É necessária ao nível da
CampusGRID – Descrição geral da topologia da microrrede
O layout do sistema de média tensão da microrrede CampusGRID é ilustrado na figura 5. O ponto de acoplamento comum (PAC) é o barramento 01. Existem conexões de transformadores de 11,9/0,220 kV ou 11,9/0,380 kV nos barramentos 04, 06,
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Microrredes
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Tab. I – Recursos energéticos distribuídos indicações das respectivas seções transna microrrede versais dos cabos e sua quantidade por Características fase. 18 Barra Subsistema da microrrede gerais 21 20 Nas simulações, a microrrede está 17 400 kW 23 Gerador solar FV equipada com os seguintes REDs 400 kWpico 16 (vide tabela I): BESS com bateria de Sistema de armazenamento 500 kW 15 08 de energia em bateria (BESS) 800 kWh íons de lítio de 500 kW/800 kWh; siste23 22 18 Gerador diesel 200 kW ma fotovoltaico de 400 kW/400 kWpico, 24 14 Carregadores de EV com 25 × 10 kW modelado como 138 strings de 7 mó05 capacidade V2G 25 × 60 kWh 25 13 12 dulos de 415 W cada, com irradiação 10 11 de 1000 W/m2; e 500 05 06 Potência ativa (kW) Potência reativa (kvar) gerador diesel de 04 450 08 07 200 kW. 02 09 03 400 O inversor do sis01 350 tema fotovoltaico é Fig. 5 – Layout do sistema elétrico da microrrede e limites 300 físicos modelado como um 250 inversor PWM senoi200 dal de malha aberta 08, 11, 13, 14, 16, 18, 19, 23 e 25; deri150 baseado em IGBTs. vações ou alteração de tipo de cabo, 100 O inversor do BESS como de seção transversal e de isola50 é modelado usando mento (02, 03, 05, 07, 09, 10, 12, 15, 17, 0 20, 22, 24); e divisa com outro alimenuma topologia mul0:00 2:00 4:00 6:00 10:00 10:00 12:00 14:00 16:00 18:00 20:00 22:00 0:00 Tempo [horas] tinível descrita em tador (21) do sistema de distribuição. [4]: o CMLI - Cascade Fig. 7 - Curva de carga de dia típico O diagrama unifilar com a topoloh bridge Multi Level gia da rede de energia de média tenTab. II – Dados de pico de carga da microrrede Inverter. Ambos os modelos estão são CampusGRID é ilustrado na figuBarramento de Potência Identificação da carga kvar ra 6. A rede MT é composta por cabos disponíveis no artigo em referêncarga (lado BT) ativa (kW) cia [5]. nus (4/0 AWG), cabos blindados (70 19 Poço/Campo FEF 49 965 13 251 A carga elétrica da microrrede e 185 mm2) e cabos isolados (25 mm2) 16 Administrativo FEF 71 732 43 510 operando em nível de tensão nominal varia ao longo do dia. Normalmen06 Biblioteca 108 008 52 488 de 11,9 kV e são representados em te o ponto mais crítico para análise 25 Biblioteca de obras raras 101 794 67 235 Academia multidisciplinar 180 947 10 030 23 preto. As redes de baixa tensão estão de segurança/confiabilidade e di13 Cabine/Quadras FEF 39 857 23 239 mostradas em laranja, bem como as mensionamento da reserva opera11 Estação elétrica 78 328 3 577 cional em sistemas elétricos é 04 Iluminação pública 01 13 042 7 871 4/0 AWG 70 mm² 70 mm² 25 mm² o pico de carga. Nas micro14 Iluminação pública 02 10 585 8 309 redes, durante picos de car3×240 mm² 4/0 AWG Total 654 258 229 510 25 mm² 70 mm² 70 mm² ga, o sistema pode ficar mais suscetível a eventos 2×240 mm² 2×240 mm² Tab. III – Cronologia e caracterização dos eventos de perturbação 2×150 mm² 4/0 AWG de perturbação dena microrrede vido à menor reserva 4/0 AWG Evento Instante Características da situação 70 mm² de energia. A figu2×185 mm² Energização do sistema elétrico da microrrede, do BESS e 1×95 mm² A t =0,000 ra 7 mostra a curva 25 mm² 4/0 AWG dos inversores fotovoltaicos de carga diária para 1×120 mm² Sistema operando em condição normal após todos os 1×95 mm² um dia típico. Para as 4/0 AWG B t =0,016 transitórios de energização, em regime de pico de carga, 70 mm² sistema fotovoltaico com irradiação máxima, BESS carregado simulações, foi con– – – – – mm² 70 mm² 25 mm² siderada a demanda 4/0 AWG C t =0,020 Ocorrência de curto-circuito trifásico na rede de distribuição 2×185 mm² de ponta. A carga é Abertura da chave do PAC e interrupção do fornecimento 185 mm² 185 mm² 70 mm² 25 mm² dividida nas barras D t =0,040 através do sistema de distribuição, início da operação ilhada, 70 mm² BESS é o equipamento formador da rede de baixa tensão da 185 mm² 2×185 mm² 1×35 mm² O gerador diesel é acionado e sincronizado (ajudando a microrrede conforme PAC E t =E estabilizar a' frequência) Fig. 6 – Diagrama unifilar da microrrede CampusGRID a tabela II. Potência [kW, kvar]
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Resultados Como a alimentação da rede através dos veículos elétricos provém das baterias e dos conversores eletrônicos dos carregadores, os tempos de resposta a eventos de perturbação podem ser mais curtos do que o necessário para, por exemplo, partir e sincronizar geradores a diesel. Para demonstrar a utilização da estratégia V2G na microrrede, foi simulado um evento de curto-circuito com a seguinte cronologia: em t=0,02 (ponto C) ocorre um curto-circuito trifásico durante o pico de carga na rede de distribuição, o relé identifica o evento e após milissegundos a chave do PAC é aberta e a alimentação da microrrede pela rede distribuição é interrompida (ponto D). Após alguns segundos, no ponto E, o grupo gerador diesel é acionado e sincronizado como principal fonte de geração (incorporando a função de formação de rede anteriormente sob responsabilidade do BESS). A cronologia dos eventos está descrita na tabela III. A figura 8 ilustra a tensão e a corrente no barramento de conexão da microrrede ao sistema de distribuição. A microrrede inicia a operação ilhada em t=D, de forma que a corrente no alimentador principal é zerada. A figura 9 ilustra a tensão no barramento do PAC da microrrede, demonstrando que após a abertura do PAC e o isolamento da microrrede, a tensão é restaurada no lado das cargas/microrrede. São avaliados dois cenários: cenário A, onde não há suporte de veículos elétricos, e cenário B, em que é simulada a contribuição de 25 VEs, cada um equipado com um conversor de 10 kW [6] (e 60 kWh de capacidade nominal de bateria), fornecendo até 250 kW. O grupo de veículos elétricos é conectado à microrrede na barra 05, através de um transformador elevador de 0,22/11,9 kV - 300 kVA. A figura 10 apresenta o perfil de tensão nas barras 2, 3, 4 e 5, que compõem o ramal da microrrede ao qual
Microrredes
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12000
B C
12000
6000
RMS18.1 RMS18.2 RMS18.3
D
4000
A
0
C D
1500
RMS1.1 RMS1.2 RMS1.3
100
Tensão RMS [V] – barras de 11,9 kV
8000
2000
B
E
10000
Corrente RMS da distribuidora (A)
Tensão RMS da distribuidora (V)
42
8000 6000
D
4000 2000 0
500
C
10000
A 0
0,01
0,02
0,03
0,04
Tempo (segundos)
0
Tempo (ms)
Fig. 11 – Perfil de tensão nas barras 2, 3, 4, 5, e 6 – cenário B
Fig. 8 – Medição de tensão e corrente no barramento de alimentação da concessionária auxílio no controle de tensão 2 e frequência. 1,5 Na figura 12 é mostrada a 1 frequência do 0,5 barramento 5, ao qual os car0 regadores estão -0,5 conectados, no cenário A (sem -1 a ação dos VEs -1,5 operando com D C -2 carregamento 0 Tempo (segundos) inteligente na Fig. 9 – Medição de tensão – barramento do PAC da microrrede estratégia V2G), e na figura 13, a frequência no mesmo barramento está conectado um grupo de veículos para o cenário B (com VEs/V2G). elétricos, no cenário A ― sem alimentação através dos VEs/V2G. A figura Observa-se que, utilizando toda a po11 mostra o perfil de tensão nas mestência dos VEs, é possível reduzir a mas barras mas para o cenário B, conamplitude das variações de frequênsiderando a utilização da frota de cia. Portanto, o grupo de VEs opera VEs para fornecimento de energia e adequadamente suportando o controle de tensão e 12000 frequência na B C microrrede. 10000 Vabc
Tensão RMS [V] – barras de 11,9 kV
Tensão no PAC [V]
×104
8000
Conclusões
6000
D
4000 2000 0
A 0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
Tempo (segundos)
Fig. 10 – Perfil de tensão nas barras 2, 3, 4, 5, e 6 – cenário A
0,035
0,04
0,045
0,05
Nas microredes, a margem de reserva de energia tende a ser crítica para o funcionamento ade-
quado e para garantir a capacidade de sustentação durante perturbações. Este trabalho apresentou a utilização de uma frota de veículos elétricos para suporte durante a ocorrência de faltas, quando a microrrede opera em modo ilhado. Os resultados indicam que o fornecimento de energia pelos VEs (uma estratégia de operação utilizando o conceito V2G), principalmente durante eventos de falta como curtoscircuitos, ajuda a manter a frequência dentro dos limites operacionais e evita a desconexão de cargas sensíveis, inversores e outros equipamentos ou REDs internos à microrrede. Em trabalhos futuros serão considerados veículos elétricos e seus carregadores de forma distribuída, conectados aos diversos barramentos da microrede. Adicionalmente, aspectos complementares serão considerados na modelagem e controle de carregadores de VEs, como atrasos e estratégias inteligentes para maximizar o desempenho da operação da microrrede. Agradecimentos - Os autores agradecem à Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e ao projeto MERGE (Microgrid for Efficient, Reliable and Greener Energy) por fornecerem os dados para a realização das simulações. Disclaimer: Para evitar problemas de privacidade, a localização e dimensionamento dos REDs simulados neste trabalho podem não corresponder inteiramente ao equipamento real que está sendo implantado na microrrede.
0,05
Microrredes
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60,2
60,1
60,1
60,05 60 59,95 59,9
60,05 60
A
B
C
59,95
Uma variação de frequência menor é observada nas barras 4, 5 e 6.
59,9
59,85 59,8
Barra 4 Barra 5 Barra 6
60,15
Frequência [Hz]
Frequência [Hz]
60,2
Barra 4 Barra 5 Barra 6
60,15
43
59,85 0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
0,035
0,04
Tempo (segundos)
Fig. 12 – Frequência nas barras 4, 5 e 6, sem a ação dos VEs operando com carregamento inteligente na estratégia V2G (cenário A)
Referências [1] Lopes, J. A. P.; Soares, F. J.; Almeida, P. M. R.: Integration of electric vehicles in the electric power system. Proc. IEEE, vol. 99, no. 1, pp. 168– 183, 2011, doi: 10.1109/JPROC.2010.2066250. [2] Zecchino, A.; Thingvad, A.; Andersen, P. B.; Marinelli, M.: Test and modelling of commercial V2G CHAdeMO chargers to assess the suitability for grid services. “World Electr. Veh.” J., vol. 10, no. 2, 2019, doi: 10.3390/wevj10020021. [3] Popavath, L. N.; Kaliannan, P.: Photovoltaic-STATCOM with low voltage ride through stra-
0,045
0,05
59,8
0
0,005
0,01
0,015
0,02
0,025
0,03
0,035
0,04
0,045
0,05
Tempo (segundos)
Fig. 13 – Frequência nas barras 4, 5 e 6, com VEs/V2G (cenário B)
tegy and power quality enhancement in a grid integrated Wind-PV system. “Electron.” vol. 7, no. 4, pp. 1–11, 2018, doi: 10.3390/electronics7040051. [4] Delavari, A.; Kamwa, I.; Zabihinejad, A.: A comparative study of different multilevel converter topologies for Battery Energy Storage application. Can. Conf. Electr. Comput. Eng., 2017, doi: 10.1109/CCECE.2017.7946773. [5] Ortiz, L.; Orizondo, R.; Águila, A.; González, J. W.; López, G. J.; Isaac, I.: Hybrid AC/DC microgrid test system simulation: grid-connected
mode. “Heliyon” vol. 5, no. 12, 2019, doi: 10.1016/j.heliyon.2019.e02862. [6] VIRTA: Vehicle-to-Grid (V2G): Everything you need to Know, 2022. [Online]. Disponível em https://www.virta.global/vehicle-togrid-v2g. Apresentado no “Cired Workshop on E-mobility and Power Distribution Systems”, realizado em Porto, Portugal, este trabalho foi traduzido e adaptado pela Redação de FotoVolt para esta publicação, sob autorização da coordenação do evento e dos autores.
Projeto & Instalação
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A importância do comissionamento de usinas fotovoltaicas “ Investidores têm negligenciado alguns pontos, com
”
o objetivo de reduzir os custos dos empreendimentos .
Comissionamento: o que é? Não encontrei uma definição em normas ABNT sobre o que é comissionamento. Optei então pela definição que nos oferece a Wikipedia: “Comissionamento é o processo de assegurar que os sistemas e componentes de uma edificação ou unidade industrial estejam projetados, instalados, testados, operados e mantidos de acordo com as necessidades e requisitos operacionais do proprietário.” Ora, sabemos que o objetivo de uma usina de energia é gerar energia elétrica, então o comissionamento seria um processo que se inicia no projeto e continua durante a operação da usina, até a sua desativação (que, pelo menos
Itens negligenciados • Bons projetos e soluções de drenagem e terraplanagem; • Estudos de proteção contra surtos; • Especificação técnica e controle de qualidade de transformadores de potência; • Especificação técnica e controle de qualidade de fabricantes de subestações; • Requisitos de sinais e monitoramento de componentes elétricos para permitir supervisão e automação da usina; • Controle da qualidade e do processo de execução; • Ensaios de comissionamento realizados por profissionais e empresas qualificadas; e • Documentação da usinas. A seguir, discorro sobre alguns desses pontos. IBTS
A
quantidade e a potência total de usinas de minigeração fotovoltaica no sistema de compensação de energia elétrica (SCEE) cresceram bastante nos últimos anos no Brasil e, com isso, uma série de dificuldades vem ocorrendo. Nos últimos 3 meses, a quantidade de problemas, verificados pessoalmente por mim, ou que a mim chegaram por informações de outros engenheiros, cresceu assustadoramente. De modo que tratarei do assunto em uma séria de colunas, a começar por esta. Vou iniciar, aqui, falando sobre comissionamento.
Vinícius Ayrão*
no setor de óleo & gás, é chamada de descomissionamento).
Sua importância O comissionamento bem realizado tende a maximizar a performance da usina, garantindo o retorno do investimento.
O mercado nacional Apesar da importância do comissionamento para a rentabilidade do projeto, investidores têm negligenciado esse ponto, com o objetivo de reduzir os custos do empreendimento (capex). Em muitos casos, busca-se a combinação ideal de módulo × inversor × estrutura. Utilização de inversores com maior eficiência e tecnologias melhores, uso de módulos bifaciais e trackers, por exemplo, são medidas adotadas pelas empresas de energia com maior grau de maturidade. No entanto, diversos outras medidas necessárias ainda são negligenciadas.
Drenagem e terraplanagem Não sou engenheiro civil, não tenho nem competência legal e muito menos técnica para falar sobre o assunto, mas alguns pontos posso ressaltar. As usinas de solo de miniGD ocupam uma área considerável e a modificação do terreno irá afetar o escoamento das águas em caso de chuvas. A retirada da cobertura vegetal vai desproteger o terreno e pode haver erosão e arrastamento de terra para terrenos adjacentes ou para córregos e fontes de água. Avaliar esses impactos antes do início das obras é fundamental para evitar custos maiores durante a execu-
GERENCIAMENTO
ESTRUTURAS METÁLICAS
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Projeto & Instalação
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instalações elétricas fotovoltaicas temos uma norma específica que trata dos ensaios de comissionamento, a NBR 16274 [1]. O interessante é que essa norma é anterior à norma NBR 16690, que estabelece os requisitos de projeto para instalações fotovoltaicas [2]. Em função do número de novas usinas, estão surgindo mais empresas que realizam os ensaios de comissionamento, o que é bastante salutar. No entanto, temos visto muitos ensaios Estudo de proteção Fig. 1 – Terminais corretos (à esquerda) e incorretos (à direita) na mesma instalação de comissionamento realicontra surtos zados de forma errada e/ ou com relatórios de baixa qualidade. Transformadores a seco subdimenEsse assunto é o mais polêmico ― E também temos questões como: e nem precisaria ser. O Brasil é um sionados para o uso em invólucros que quem deve fazer os ensaios, o executor país com um alto índice de descargas passam a precisar de ventilação forçaou uma empresa terceira? ― o que ainatmosféricas, então, seria de se supor da constituem um exemplo bastante da não foi pacificado no mercado. que daríamos a devida atenção à procomum. Essa solução é mais barata, E os ensaios de comissionamento teção contra surtos. mas uma falha no ventilador vai parar Os principais fabricantes de inversão a última chance de o investidor ter a produção de energia, caso haja uma sores afirmam que o seu DPS interno um “raio-X” de como está seu ativo anproteção, ou vai levar à queima do é o suficiente e que não é necessário tes de energizá-lo. Por isso, irei tratar transformador. Qualquer uma dessas mais detalhadamente da NBR 16274 hipóteses será mais custosa do que o instalar mais proteção. Mas, em muitos nesta coluna, na próxima edição. uso de um transformador projetado e modelos, a proteção está incorporada Até lá. fabricado para suas condições de traao inversor, de modo que, acabando balho reais. a vida útil do DPS interno, o inversor precisa ser substituído. Referências Mesmo nos casos em que o fabriControle na qualidade e [1] ABNT NBR NBR16274: Sistemas fotovoltaicos cante troca o equipamento em garando processo de execução conectados à rede — Requisitos mínimos para dotia, ainda temos o custo da mão de obra cumentação, ensaios de comissionamento, inspeção de retirada e reinstalação do inversor O melhor projeto do mundo não e avaliação de desempenho e o custo decorrente da não geração de resiste a uma execução ruim. Vou citar [2] ABNT NBR 16690: Instalações elétricas de arranenergia no período de inatividade do um exemplo de um erro aparentejos fotovoltaicos – Requisitos de projeto. equipamento. mente pequeno que verificamos em uma usina que inspecionei este mês. Os cabos de CABT são de alumínio, o Especificação técnica * Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com que exige o uso de terminais específigrande experiência em instalações fotovoltaicas, instae controle de qualidade cos. O terminal correto foi projetado, lações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro de transformadores de mas parte da usina foi instalada com da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distripotência o terminal correto e outra parte não buída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e (figura 1). Um transformador é composto basiSanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta camente por núcleo (ferro), enrolamene discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto to (cobre ou alumínio), resfriamento e execução das instalações fotovoltaicas. Os leitores Ensaios de comissionamento (óleo ou resina) e sua carcaça e estrupodem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: realizados por profissionais tura (ferro). Ou seja, todos os materiais fv_projetoinstalacao@arandaeditora.com.br, mencioe empresas qualificadas são commodities e não haveria justifinando em “assunto” “Coluna Projeto e Instalação”. cativa técnica para grandes variações Apesar de não termos uma definide preços entre os fabricantes. Mas elas ção do que é comissionamento, para ção ou após a finalização das obras das usinas. E dada a importância desses atividades, elas precisam ser realizadas por profissionais experientes. As consequências de um projeto e uma execução ruim nesses aspectos são catastróficas. Um profissional experiente e qualificado é, a priori, um profissional mais caro. No entanto, contratar esse profissional sairá muito mais barato do que o custo de não tê-lo.
ocorrem. E ocorrem porque os produtos são diferentes, têm qualidades diferentes.
Veículos elétricos
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Qual o carregador mais adequado?
Rafael Cunha*
“Muitas empresas começaram a trazer diversos modelos de carregadores, cada vez mais baratos, incluindo equipamentos que mal passaram por testes e certificações” e local de instalação do carregador. É natural para quem atua no mercado escutar questionamentos sobre o elevado tempo de recarga, porém, a depender do tempo médio de permanência do usuário, isso passa a ser irrelevante. Por exemplo, um carregador de 3,6 kW instalado em um estacionamento de um shopping center talvez não seja uma boa ideia, já que o tempo médio de permanência de um usuário é de cerca de duas horas ― dessa forma seriam providos cerca de 7,2 kWh ao veículo do usuário, acrescentando a este algo próximo de 42 km de autonomia, o que representa um ganho muito pequeno. Porém, o mesmo carregador instalado na garagem da residência do usuário, na qual o veículo permanecerá por cerca de 8 horas em carregamento, proverá algo próximo de 29 kWh, ou 172 km, o que é muito superior ao deslocamento médio dos condutores. No caso de aplicações residenciais, aplicam-se normalmente os carregadores de 7 kW, pois fornecem a potência máxima c.a. dos carros, a depender do veículo, e a diferença de preço é pequena em relação à menor potência. Porém, não é raro encontrar carregadores de 22 kW para aplicações residenciais, já que alguns carros permitem tal potência de recarga, mas por outro lado assim se onera a instalação, que agora é trifásica. Binh Nguyen/Canary Media
A
té o ano 2020 eram poucas as empresas que atuavam no ramo da mobilidade elétrica, e ainda mais restritas as que atuavam com distribuição de carregadores, sendo possível contá-las nos dedos. A variedade de equipamentos era muito menor, é verdade, porém não era possível adquirir um carregador sem antes ter uma conversa com um vendedor capacitado, pronto a trazer respostas aos questionamentos do comprador e indicar a este o melhor equipamento para a sua aplicação. O mercado cresceu, e de forma acelerada, de modo que hoje, em 2024, temos dezenas de empresas que já atuam no mercado de mobilidade elétrica, e estão disponíveis diversos carregadores para compra direta pelos marketplaces online, sem nenhuma intermediação de especialistas, o que aumenta a responsabilidade da escolha para o comprador. Mediante tantas opções disponíveis, é natural que o consumidor ou intermediador novo no mercado não saiba exatamente como fazer uma seleção adequada de carregador para veículos elétricos. Este tema já foi abordado anteriormente nesta mesma coluna, porém passado algum tempo o mercado dos carregadores está completamente diferente. São muitas opções, e boa parte destas de qualidade duvidosa, por isso é importante abordar novamente o tema, agora com uma visão de aspectos de qualidade não tão facilmente percebidos pelos usuários comuns.
Seleção de carregadores A escolha de um equipamento dentre muitas opções deve envolver aspectos técnicos, financeiros e logísticos. É essencial, para o sucesso da sua aplicação, selecionar um fornecedor de confiança no mercado, que tenha histórico e principalmente um pós-vendas, bem como com um prazo de entrega adequado para atender à sua demanda. Porém, não abordaremos este tipo de qualificação de fornecedor ou prazo de entrega, pois são questões gerais para qualquer tipo de produto, não sendo diferente no mercado dos carregadores. Os critérios mais relevantes aqui destacados são os técnicos, versando mais especificamente sobre potência, proteções, conectividade e protocolo de comunicação.
Potência Saber determinar a potência mais adequada para a aplicação desejada é ponto chave para o sucesso da operação, e esta seleção deve levar em conta alguns critérios básicos como tipo do veículo a ser carregado, uso do veículo
Veículos elétricos
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Proteções Outro critério relevante é observar se o carregador a ser analisado já possui as proteções obrigatórias internas ou se estas devem ser instaladas no painel alimentador. As proteções obrigatórias pela NBR 17019 são: DR Tipo A – proteção diferencial-residual de 30 mA, proteção residual-diferencial em corrente contínua de 6 mA e uso de DPS, a depender da configuração da instalação. Há fabricantes que inserem todas as proteções internas no carregador, de modo que na instalação basta o uso de um disjuntor para proteção do circuito terminal. Outros fabricantes, buscando redução de custos ou por razões de design, suprimem as proteções internas, e portanto o instalador deve provê-las no painel alimentador, gerando um custo adicional na instalação.
Conectividade A interface de comunicação dos carregadores é essencial para a previsão de um bom projeto, apesar de ser comumente ignorada. A necessidade de se fazer gestão dos carregadores, cobrar pelas recargas, realizar balanceamento de carga, torna essencial uma comunicação à internet estável dos carregadores. Ainda, instalações em garagens de edifícios geralmente elevam os desafios, já que os sinais de telefonia têm forte atenuação pelas ferragens e construções, e o sinal WiFi, caso usado, deve ser muito bem-posicionado. Portanto, deve ser verificado o modo de conexão do equipamento para fazer os ajustes via equipamentos de rede, e estes serem considerados no projeto, já que pode ser necessária uma infraestrutura segregada para a rede de sinais.
Protocolo Por fim, o último critério e talvez mais impactante nos dias de hoje é o protocolo de controle e monitoramento dos carregadores. Talvez essa afirmação soe estranha ou alarmista para alguns, já que o OCPP (Open Charge
Point Protocol) na sua versão mais utilizada, a 1.6J, foi lançado em 2015, portanto como seria possível isso passar a ser um problema no atual mercado? Explico: com o rápido crescimento do mercado nacional, muitas empresas do Brasil e de fora começaram a trazer diversos modelos de carregadores, cada vez mais baratos, incluindo equipamentos que mal passaram por testes e certificações, muito menos por validações de implantação do OCPP. O protocolo de comunicação possui diversas regras de negócios que devem ser implementados tanto no carregador quando no sistema de gerenciamento, de modo que a cada solicitação o carregador retorne de maneira adequada, com respostas previstas pelo protocolo. Um exemplo simples é o envio do comando de Remote Start, o qual solicita um início de recarga ao carregador, sendo que este deve responder com uma aceitação ou rejeição da solicitação. A má implementação é sutil e passa desapercebida, já que somente em uma operação real é detectada. O problema tem se tornado mais recorrente e mais sério do que parece, inclusive grandes marcas que têm se aventurado com carregadores estão cometendo o mesmo erro, usando sua fama no mercado para ganhar clientes com carregadores de baixo custo, porém a operação se mostra desastrosa, já que o carregador não atua conforme o protocolado, gerando transtornos muito grandes. Esse tipo de falha não é simplesmente corrigida por um pósvendas, mas é corrigida no desenvolvimento de firmware, o que muitas vezes não acontece no Brasil, gerando uma enorme cadeia de pessoas até que o pedido de correção seja executado. Outro problema frequente nesse sentido é a omissão de parte da implementação do Smart Charging, módulo responsável por permitir a alteração da potência dos carregadores, de modo que o fabricante implementa apenas uma pequena parte a fim de vender o produto com tal funcionalidade, mas que na prática não permite todas as flexibilidades que o módulo oferece.
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Conclusão O carregador é um ativo importante para um empreendimento que pretenda atrair usuários de veículos elétricos, pois pode ressaltar a boa qualidade ou evidenciar uma má experiência ao usuário final. A correta seleção de um carregador tem de ir além de usar grandes marcas de mercado ou adquirir apenas por causa do bom preço; precisa ser uma definição consciente e que atenda os critérios do projeto e da operação. Um equipamento com problemas de implementação de firmware pode ser tão incapacitante para uma operação de uma rede de recarga quanto um dimensionamento incorreto de disjuntor ou um equipamento sem conexão à internet. Ao longo de 6 anos atuando com operação de carregadores e monitoramento remoto, a atual incerteza da qualidade dos protocolos é inédita para mim, e deve ser bem observada. A análise destas falhas não é simples, mas é possível solicitar a empresas qualificadas inspeções antes de realizar grandes investimentos em tais equipamentos. O carregador é parte central da mobilidade elétrica, pois é com ele que o usuário, gestor e rede elétrica interagem. Garantir uma boa escolha do carregador é levar ao usuário uma boa experiência de usabilidade, incentivando cada vez mais a entrada de novos adeptos.
Referências [1] Agência Nacional de Energia Elétrica: Resolução Normativa Aneel Nº 1.000. Brasília: Aneel, 2021. Disponível em: https://www2.aneel. gov.br/cedoc/ren20211000.html [2] Open Charge Point Protocol 1.6 - OCA
* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.
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Produtos
Módulos solares A chinesa DAH Solar fornece os módulos solares da linha DHN-72R18, de + 600 W, que possuem células retangulares de 182 mm x 192 mm, e contam com a tecnologia Topcon N-Type, que, de acordo com a empresa, maximiza a eficiência na produção de energia, mesmo em altas temperaturas, e apresenta menor índice de degradação ao ano. O equipamento é mais leve e compacto, e promove economia de espaço e mais potência por metro quadrado do que os módulos convencionais de células quadradas, afirma a empresa. Ainda segundo a DAH, as células TopCon N-Type que compõem os módulos da marca podem atingir eficiência de 26,5%. A linha está disponível no formato regular com borda, no modelo fullscreen e também no Bifacial Double Glass. A empresa oferece 15 anos de garantia contra defeitos de fabricação e 30 anos de potência linear de saída em 87,4%. https://pt.dahsolarpv.com
Flutuador plástico O flutuador plástico Hydrelio, fabricado sob licença no Brasil pela Unipac, é projetado para suportar módulos fotovoltaicos sobre a lâmina d’água. Fabricado com tecnologia de ponta, tem aplicações em diversos setores, incluindo energia, saneamento e agronegócio, podendo ser instalados, por exemplo, em represas de irrigação nas fazendas. O Grupo KWPar é responsável pela engenharia, customização e instalação desta tecno-
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logia no Brasil. Já a Ciel & Terre detém a tecnologia patenteada como Hydrelio desde 2011, com instalações em todo o mundo. https://unipac.com.br
Inversor híbrido monofásico A Fox ESS lançou recentemente uma série de inversores híbridos monofásicos – modelos H1 (3~ 6 kW) e K (7~10,5 kW) – e os inversores trifásicos H3 (5~12kW) e H3-PRO (15~30 kW), os quais podem trabalhar com até 10 unidades simultaneamente. Segundo a empresa, os equipamentos fornecem energia mesmo que haja queda por parte da rede de distribuição, proporcionam redução dos custos de eletricidade, geração de créditos de energia solar e independência energética através de baterias. Os inversores contam com proteções para garantir tanto a segurança dos componentes internos como a dos equipamentos conectados, como proteção contra polaridade reversa CC (Corrente Contínua), curtos-circuitos e sobretensão CA (Corrente Alternada), superaquecimento e anti-ilhamento; monitoramento de isolamento e de corrente residual. A companhia ressalta que o sistema eletrônico lógico (conhecido como MPPT, ou rastreamento do ponto de máxima potência) tem a capacidade de se ajustar a uma ampla faixa de tensões de entrada dos arranjos fotovoltaicos, obtendo melhor aproveitamento da geração solar que incide nos módulos. O produto inclui uma saída EPS (Fonte de Alimentação Emergencial), que permite a conexão de um quadro auxiliar dedicado às cargas críticas. Caso ocorra alguma falha da energia elétrica, essas cargas essenciais são, automaticamente, alimentadas pelo banco de baterias, destaca a empresa. https://br.fox-ess.com
Painéis solares flexíveis A NeoSolar fornece os painéis solares ZTF100M, de 100 W, e ZTF200M, de 200 W, da marca Ztroon. Leves e flexíveis, os modelos são indicados para instalação em estruturas, como, por exemplo, a cobertura de uma van, estruturas para campings ou um barco. Segundo a empresa, os produtos são ideais para sistemas off grid em locais remotos e de difícil acesso, em motorhomes e barcos, além de sistemas de segurança isolados, de iluminação, telecomunicações, bombeamento solar e até geração distribuída (especialmente em projetos nos quais é importante reduzir o peso dos equipamentos). Os módulos são equipados com uma estrutura de laminação ETFE, possuem grau de proteção IP67, e são produzidos com células de silício monocristalinos, sem vidro e quadros de alumínio. Segundo a empresa, por serem mais leves, os painéis flexíveis ZTroon são mais fáceis de transportar e instalar. Contam com certificação Classe A do Inmetro. www.neosolar.com.br
Espeto LED Solar O espeto LED solar, fabricado pela Ourolux, funciona em duas temperaturas: branco quente (3000 k) e branco frio (6500 k), ambas de 3 W e 50 lm. Proporciona iluminação autônoma e 100% alimentada por energia solar, sendo indicado para locais sem infraestrutura elétrica. É plug and play, ou seja, não necessita de configuração manual. Possui também um direcionador vertical de luz e não inclui sensor de movimento.
Produtos
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O equipamento pode ser aplicado em iluminação externa de jardins, chácaras, quadras, fachadas e piscinas. Possui proteção contra água e poeira. https://ourolux.com.br
Módulos e inversores A LEDVance Renewables traz ao Brasil os seus primeiros produtos destinados à energia solar fotovoltaica, voltados a residências e C&I (comércio e indústria). Os módulos fotovoltaicos estão disponíveis nos modelos monocristalinos com 120 e 144 células Half-Cut, com faixa de potência de 440-460 Wp e 530-550 Wp. Têm 12 anos de garantia e 25 anos de vida útil. Já os inversores estão disponíveis nos modelos monofásicos e trifásicos. Próprios para sistemas monofásicos, os microinversores de 1 kW e 2 kW possuem eficiência máxima de 97,3%, sobrecarga de corrente
contínua de até 20% e monitoramento de ponto de potência máxima (MPPT) para maximizar a geração de energia, ativado para cada painel. Já os inversores monofásicos de 3 kW, 5 kW e 6 kW têm eficiência máxima de 97,4%, monitoramento remoto e, respectivamente, 1 e 2 MPPT; e os inversores de 8 kW e 10,5 kW possuem eficiência máxima de 97,8%, com monitoramento remoto e 3 MPPT. Para os sistemas trifásicos, são fornecidos os inversores 15 kW e 30 kW, que possuem eficiência máxima de 98,5%, com 2 e 3 MPPT, respectivamente; 50 kW, 60 kW e 120 kW, com eficiência máxima de 98,6% e 5 e 10 MPPT, respectivamente; e 80 kW, 100 kW e 110 kW, que contam com eficiência máxima de 98,5%, nas opções de 6 ou 8 MPPT e função de recuperação noturna. www.solar.ledvance.com.br
Módulos fotovoltaicos A linha de módulos solares Polaris, da GoodWe, com potência de 550 Wp, foi projetada para atender às necessidades de uma variedade de aplicações, seja para instalação em coberturas de carport, de galpões, pavilhões e pátios. Trata-se de uma BIPV (solução FV integrada à construção). Segundo a empresa, um de seus destaques é a disponibilidade de vidro duplo temperado, que é resistente a ventos fortes. Outras vantagens destacadas são o design modular e as duas opções de fixação, o que facilita a instalação, afirma a fabricante. Além disso, conta com estrutura de drenagem integrada, a fim de prover uma cobertura protegida e sem vazamentos. Outras características: dimensões de 2327 x 1160 x 30 mm, eficiência de 20,4%, impermeabilização e refrigeração estrutural, configuração da função RSD.
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porte. Pode ser aplicado em sistemas on grid e off grid, ou seja, o inversor tanto injeta energia na rede elétrica quanto conta com um backup de baterias para o armazenamento de energia solar. Possui saídas online para as cargas essenciais, resultando em tempo de comutação nulo, que, de acordo com a empresa, é ideal para projetos que necessitam de máxima estabilidade e garantia de funcionamento contínuo. https://nhs.com.br
Inversor monofásico com carregador A SolarEdge fornece o inversor monofásico que permite aos proprietários residenciais carregarem os seus carros elétricos diretamente do sistema de energia solar instalado num telhado ou em solo, além de possuir sistemas de monitoramento para a gestão dos painéis fotovoltaicos. O equipamento, que também é integrado com a internet
https://br.goodwe.com
Inversor híbrido O NHS QUAD, inversor híbrido desenvolvido e produzido no Brasil pela NHS, conta com versões trifásicas, que suportam mais cargas conectadas. Disponível nas potências de 10,5 kW (127/ 220V) e 15 kW (220/380V), o equipamento é indicado para comércios de médio e grande porte, laboratórios e clínicas, indústrias em geral, empresas de TI e agronegócios de médio e grande
e permite o monitoramento online do consumidor em relação ao desempenho do dispositivo e ao consumo de eletricidade, é capaz de carregar um veículo elétrico até 2,5 vezes mais rápido do que um carregador padrão, afirma a empresa, pois possui um sistema chamado ‘solar boost’, que utiliza os painéis solares e a rede de energia de forma simultânea. Suporta conexão de rede e está integrado à plataforma de monitoramento da companhia. Os proprietários residenciais podem rastrear o status, controlar e definir as programações do carregamento. www.solaredge.com/br
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Agenda
No Brasil Greener Summit 24 – O Greener Summit 24 vai ser realizado nos dias 7 e 8 de maio, em São Paulo, SP. O objetivo é debater questões regulatórias, jurídicas e econômicas locais e as tendências que devem nortear o futuro do mercado solar. É a sexta edição do evento, que reúne empreendedores, estruturadores de ativos, investidores, financiadores e demais tomadores de decisão. Entre os temas a serem debatidos estão: funding e o capital estrangeiro, desafios da conexão à rede elétrica, abertura do mercado livre e GD, PPAs, O&M, etc. Mais informações: https://greenersummit.com.br. Eventos Absolar – O próximo encontro da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Mercado Livre Absolar, vai acontecer em 9 de maio, em São Paulo, SP. Informações: https:// www.absolar.org.br/eventos. Fórum Estadual de Energia Solar – Em 8 de maio acontece o 4º Fórum Estadual de Energia Solar na Universidade de Caxias do Sul (UCS), com programação de 12 horas de palestras, debates e exposição. Realização do APL Metalmecânico e Automotivo da Serra Gaúcha, Sebrae, Sicredi e UCS. Mais informações em www.forumdeenergiasolar.com.br. CBENS – A próxima edição do CBENS Congresso Brasileiro de Energia Solar, evento bienal da ABENS - Associação Brasileira de Energia Solar, será realizada de 27 a 31 de maio em Natal, RN, com organização do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). Informações em www.abens.org.br/evento. php?evento=3. Rio Energy SumMIT – O Energy SumMIT, realizado em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), acontecerá no Brasil pela primeira vez de 15 a 17 de junho, no Porto Maravilha, Rio de Janeiro. O evento terá como palestrantes renomados professores do MIT e pretende reunir mais de 10 mil pessoas. O foco
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das discussões são transição energética e sustentabilidade no mundo. Mais informações: https://rd.mittechreview.com. br/energySumMIT_webinar.
Enase – O Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico acontecerá nos dias 19 e 20 de junho no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro, RJ. Mais informações em www.enase.com.br. The smarter E – O The smarter E South America acontece de 27 a 29 de agosto de 2024 no Expo Center Norte, em São Paulo, congregando os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America - Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia; e Power to Drive South America Feira de produtos e serviços para eletromobilidade. Organização de Solar Promotion International GmbH, Freiburg Management and Marketing International e Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br. Intersolar Summit Sul – Em 29 e 30 de outubro acontece no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre, RS, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Sul, em formato congresso & feira, abordando entre outros temas solar FV com armazenamento, agrivoltaicos, FV off grid, etc. Realização: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https:// www.intersolar-summit-brasil.com/sul. 360 Solar – Realizado pela Elektsolar Innovations, o 4º 360 Solar acontece em 7 e 8 de novembro de 2024 em Florianópolis, SC, constituído por congresso e exposição de produtos e serviços para energia solar e tecnolgias relacionadas. Mais informação: https://360solar.com.br/.
Cursos Senai-SP – O curso de aperfeiçoamento profissional Energia Solar Fotovoltaica Tecnologias e Aplicações, do Senai SP, tem
carga horária de 24 horas, com uma turma programada para Osasco, em 11/6 e 20/6. Inscrições em www.sp.senai.br/ curso/energia-solar-fotovoltaica-tecnologias-e-aplicacoes/89542.
Gratuitos – tecnologias, instalação – A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, oferece uma série de treinamentos gratuitos online sobre energia solar, com temas como aplicação técnica e comercial para sistemas FV, tecnologias e boas práticas de instalação. Visite https://loja.elgin.com.br/energiasolar/cursos-e-treinamentos-de-energiasolar.
No exterior SNEC 2024 – A 17ª Conferência e Exposição Internacional de Geração de Energia Fotovoltaica e Energia Inteligente será realizada em Xangai, China, de 13 a 15 de junho, com organização da Asian Photovoltaic Industry Association e outras entidades chinesas e internacionais. Em 2023, a feira teve mais de 270 mil m2 de exposição com 3100 expositores de 95 países. Acesse: https://pv.snec.org.cn/. The smarter E/Intersolar Europe – Principal evento mundial do setor de energia solar, composto por feira e congresso, a Intersolar Europe 2024 vai acontecer de 18 a 21 de junho no centro de exposições Messe München, em Munique, na Alemanha, sob a plataforma de soluções de energia The smarter E Europe. Mais informações podem ser obtidas em www. thesmartere.de. RE+ – A exposição e conferência de energias limpas RE+ acontece de 9 a 12 de setembro em Anaheim, Califórnia, EUA. O evento reúne os predecessores Solar Power International, Energy Storage International e Smart Energy Week. Esperam-se mais de 40 000 profissionais e 1350 expositores. Realização da Smart Electric Power Alliance (SEPA) e Solar Energy Industries Association (SEIA). Website: www.re-plus.com.
Atendimento ao leitor
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Consultor(ia)
Manutenção
Consultor(a)
Escritório de arquitetura
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3) Usuário(a) final Concessionária de energia elétrica ou cooperativa de eletrificação Telecomunicações
Indústrias em geral
Comércio e serviços
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Publicações
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Documentário sobre benefícios da solar – A série documental “Expedição Solar”, produzida pelo Studio Motion Filmes, aborda iniciativas de sete países (Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Emirados Árabes, China, Japão e Austrália) em prol de projetos
voltados à transição energética. A produção, dividida em sete episódios, trata do uso de fontes renováveis no combate às mudanças climáticas e mostra como cada uma das regiões visitadas têm abordado o tema. O documentário, disponível na plataforma de streaming PlayPlus, conta com o apoio de diversos players do setor fotovoltaico. A série ilustra os benefícios da geração distribuída para diversos setores. O primeiro episódio,
“Brasil: Terra do Sol e do Vento”, mostra a aplicação da energia fotovoltaica na prática, e conta com a participação de Ramon Nuche, diretor geral da AESolar para a América Latina, que mostra cases de uso de FV em setores variados como o automotivo, o
industrial e até no turismo. A partir de maio, a primeira temporada da série estará disponível nos principais serviços de streaming, em 63 países, podendo ser encontrada em plataformas como Apple TV, Amazon Prime e Google Play. https://www.playplus.com
Relação de consumidores e renováveis – Um estudo global da EY sobre o comportamento dos consumidores
mostra que três em cada dez brasileiros entrevistados consideram o uso de energias renováveis a principal questão em termos de sustentabilidade a ser resolvida pelas empresas. A redução das emissões de gases de efeito estufa e a diminuição da poluição da água e do solo são considerados importantes por 28% dos pesquisados. Em quarto lugar, os respondentes apontam embalagem sustentável, com 24%. Já em relação à sociedade em geral, os consumidores brasileiros apontam as seguintes questões como as principais a serem enfrentadas: combate das mudanças climáticas e dos seus impactos (29% das respostas); proteção dos ecossistemas sustentáveis e da biodiversidade (28%); e manutenção de água potável e promoção do saneamento básico (26%). Os impactos causados pelo aquecimento
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global, conforme mostra o relatório, estão aumentando o engajamento dos consumidores nessas questões, que exigem atitudes consistentes e urgentes das empresas. Globalmente, 45% dos consumidores globais dizem que estão sendo impactados por eventos climáticos extremos, e 44% afirmam que enfrentam escassez de água. Em relação aos custos, mais da metade (52%) dos respondentes dizem que sentiram aumento nos custos de energia. O estudo é baseado em entrevistas feitas em setembro de 2023, e contou com 22 mil respostas de consumidores com idade entre 18 e 80 anos, de 28 países. https://www.ey.com/pt_br/ agencia-ey
Índice de anunciantes Absolar..................................................... .....................................................47
.....................................................21 Ludufix.....................................................
..............................................20 Power Solar ..............................................
Dlight....................................................... .......................................................15
...................................................37 Marvitec ...................................................
...................................................41 Renesola...................................................
...............................................4ª capa FiberX ...............................................
.................................................35 Metallight .................................................
...................................................18 Romiotto...................................................
................................................14 Geodesign ................................................
.................................................30 e 45 ................................................. Mi Omega
.............................................3ª capa Serrana .............................................
.........................................................17 Gimi.........................................................
.....................................................33 Nansen.....................................................
..................................................2ª capa Solis ..................................................
...........................................10 e 11 Inox-Par ...........................................
....................................................19 Novemp....................................................
.........................................................29 Trael.........................................................
...............................................56 Instituto HF...............................................
................................................31 NTC Somar................................................
.........................................................43 Tsun .........................................................
...................................................13 Intelbras...................................................
....................................................23 Pextron ....................................................
Solar FV em foco
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Energia solar: um alívio para o sistema elétrico brasileiro
Ramon Gomes, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *
A combinação da geração solar com baterias, tanto em usinas “centralizadas quanto na geração distribuída, reforça a segurança do sistema elétrico, melhora a qualidade de atendimento e traz mais autonomia e independência aos consumidores .
”
O
crescimento da energia solar fotovoltaica no País tem contribuído significativamente para aliviar o sistema elétrico nacional nos períodos de verão e durante as ondas de calor. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a maior demanda diária por energia elétrica no Brasil acontece atualmente por volta das 14h00, quando o sol está brilhando intensamente. A fonte solar contribui para diversificar e aumentar a robustez da matriz elétrica brasileira, com competitividade e sustentabilidade. A tecnologia fotovoltaica é altamente versátil, possui ágil implantação e contribui para a eficácia da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), sobretudo nos momentos de alterações climáticas mais severas. Nestes momentos, devido aos maiores picos de demanda elétrica e imprevisibilidade das chuvas, aumentam as incertezas sobre os níveis dos reservatórios das hidrelétricas e a pressão pelo aumento no acionamento das usinas termelétricas fósseis, mais caras e poluentes. Veja o exemplo da geração própria solar, que opera nos telhados e fachadas de centros urbanos ou em seus entornos. Esta modalidade, ao aproximar a geração de eletricidade dos locais de consumo, reduz o uso da infraestrutura de transmissão, aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias, o que contribui para a confiabilidade e a segurança em
momentos críticos, tais como temos vivenciado atualmente. Adicionalmente, as grandes usinas solares contribuem para reduzir a pressão sobre os recursos hídricos de usos múltiplos, cada vez mais estratégicos para a sociedade, bem como auxiliam na diminuição da necessidade de acionamento de termelétricas fósseis. Com isso, contribuem também para acelerar a transição energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa na geração de eletricidade no Brasil. O aumento recorde no consumo de energia elétrica, causado, em grande medida, pelas ondas de calor dos últimos meses no Brasil, reforça a importância do debate sobre a transição energética e a necessidade de o País caminhar para uma economia cada vez mais sustentável e neutra em emissões. Neste cenário, o uso de fontes renováveis combinadas às tecnologias de armazenamento de energia elétrica se destaca. A combinação da geração solar com sistemas de baterias, parceria possível tanto em grandes usinas centralizadas quanto nos pequenos e médios sistemas de geração distribuída, reforça a segurança do sistema elétrico, melhora a qualidade de atendimento e traz mais autonomia e independência aos consumidores. Os preços desses sistemas e seus componentes estão caindo rapidamente no mercado internacional, o que abre um leque cada vez maior de aplicações viáveis e competitivas.
A implementação de sistemas de baterias aumenta o controle sobre a injeção da eletricidade gerada nas redes elétricas. Isso pode ampliar ainda mais a participação das fontes renováveis nas matrizes elétricas dos países, tornando as renováveis “despacháveis”, flexíveis e mais versáteis para exercer atividades também de suporte operativo ao sistema. O ganho de escala, o aumento da eficiência e a evolução tecnológica de ponta fazem da energia solar um dos principais vetores da transformação sustentável em curso no Brasil e no mundo. Este processo de melhoria é potencializado pela qualificação da mão de obra no Brasil ― cada vez mais preparada ― e pela disponibilidade crescente de melhores equipamentos, incluindo módulos fotovoltaicos mais eficientes, inversores com tecnologias que possibilitam minimizar perdas, sistemas de estruturas e rastreadores solares mais confiáveis, entre outros. Portanto, é fundamental que a sociedade brasileira fortaleça o debate sobre a importância da energia solar ao País, apoiando os necessários incentivos que possibilitem a crescente adoção da tecnologia pela população, pequenos negócios, produtores rurais e prédios públicos, especialmente considerando a oportunidade que o Brasil possui de assumir um papel de liderança e protagonismo nesse processo.
* Ramon Gomes é Diretor Regional da Valmont Solar, Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar, e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.
ESTOQUE PRODUÇÃO E EXPEDIÇÃO
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15 MIL m²
DE ÁREA TOTAL
Aponte a câmera do seu celular e assista ao vídeo imersivo no novo pavilhão Serrana Solar.
Em 2024, inauguramos a expansão da área fabril da Serrana Solar, totalizando 15 mil m², dos quais 7 mil m² são dedicados ao estoque, à produção e à expedição, visando melhor atender nosso Integrador parceiro e o seu cliente.