FotoVolt | Agosto

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Notícias 8

Sobretensões 32 Proteção de inversores de string contra danos causados por raios Para que a eficiência dos sistemas fotovoltaicos não seja comprometida, é preciso proteger os equipamentos contra descargas atmosféricas e surtos de tensão, conforme mostra o artigo.

Proteção 40 Otimização do projeto de malha de aterramento de usinas FV Partindo de uma malha projetada com software tradicional, o trabalho descreve otimização com software que simula a malha inteira e faz apenas alterações locais, resultando em grande economia.

Feira 48 The Smarter E South America promete recorde de público e expositores A principal feira e congresso do mercado solar fotovoltaico e de armazenamento da América Latina promete realizar a maior das suas edições este ano em São Paulo. Veja os lançamentos.

Questões da globalização 70 Bastidores de fábricas de equipamentos fotovoltaicos na China Depoimento de brasileira com anos de experiência em indústrias chinesas aponta diferenças em relação ao Ocidente e alerta quanto aos cuidados para fazer negócios com empresas do país.

Gestão do investimento 78 A adequada manutenção de usinas fotovoltaicas A manutenção das plantas solares FV é fundamental para a sua segurança e rentabilidade. E quanto mais planejada for essa manutenção, mais eficiente ela será, como demonstra o artigo.

Sistemas agrivoltaicos 86 Melhoria da eficiência em usina fotovoltaica utilizando agricultura O artigo relata os efeitos do plantio de culturas em uma fazenda solar existente, notadamente na temperatura dos módulos, na produção de energia, nos custos de manutenção e outros fatores.

Veículos elétricos 96 Estações de recarga em garagens subterrâneas A crescente demanda por veículos elétricos e estações de recarga pode implicar sobrecargas, mas é possível garantir a operação segura mediante adequado arcabouço normativo e regulatório.

Comunidades de energia 104 Demanda de ponta de consumidores BT vs. injeção de energia FV na rede Em alta na Europa, as comunidades de energia permitirão que consumidores de BT participem do mercado de energia. O artigo aborda as demandas de pico, o autoconsumo e a autossuficiência.

Veículos elétricos 116 Pesquisa & inovação 120 Agenda 130 Produtos 134 Publicações 137 Índice de anunciantes 137 Solar FV em foco 138

Capa Helio Bettega (foto: Silarock/Shutterstock) As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.

Sumário

Carta ao leitor 6




Carta ao leitor

As cadeias produtivas nacionais e o pragmatismo Mauro Sérgio Crestani,Editor

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m meio a uma miríade de assuntos quentes das “energias inteligentes”, o próximo The smarter E South America abrigará discussões importantes sobre a industrialização e a cadeia de suprimentos na América Latina, com destaque para o Brasil. Recentemente o governo brasileiro anunciou o novo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, que destinará para investimentos em transição e segurança energética o valor de R$ 540 bilhões, dos quais a geração elétrica, a eficiência energética e a universalização do atendimento (Luz para Todos) devem receber parte considerável. E uma vertente importante dessa estratégia reside em prover de maior robustez o parque industrial brasileiro de produtos fotovoltaicos e de armazenamento de energia. O mundo todo pensa nisso. Com diferenças regionais, a necessidade de diversificação da cadeia produtiva no setor fotovoltaico tem sido uma preocupação geral. A China concentra mais de 80% da produção, o que estabelece uma dependência desconfortável dos mercados globais quanto a abastecimento e preços, ademais agravada recentemente por divergências geopolíticas ― os europeus, por exemplo, preocupam-se com o fato de que seu ambicioso plano de expansão de renováveis, com o qual pretendem sobrepujar a dependência energética em relação à Rússia, esteja sujeito a humores e ou decisões não necessariamente pragmáticas, ou de mercado. O “sonho de consumo” da União Europeia (e, claro, da maior parte do mundo) seria implementar algo com o impacto do Inflation Reduction Act, a lei norte-americana que, apesar do nome inadequado, tem entre seus grandes objetivos combater as mudanças climáticas, para isso destinando US$ 360 bilhões para gastos e isenções na rubrica “energia e clima”, incluindo o desenvolvimento do parque fabril de produtos para as usinas solares. Infelizmente, para a União Europeia, as várias instâncias e parlamentos nacionais dos países membros tornam muito desafiadora a tarefa de costurar consensos mínimos (a esse respeito, ver “Em foco, o renascimento da indústria fotovoltaica europeia”, reportagem publicada em FotoVolt nº 59, de julho último). O Brasil também discute maneiras de diminuir o nível de dependência e diversificar fornecedores na área. A dificuldade está em acertar a dosagem. A indústria chinesa de produtos fotovoltaicos, acumulares de energia e eletromobilidade exibe uma força muito difícil de igualar por qualquer outro país. Eles têm “produtos para todos os bolsos e todos os padrões de qualidade”, diz a engenheira Renata Sommer em excelente artigo desta edição, ressaltando o nível de excelência de que o país é capaz no que se refere a produtos fotovoltaicos. Quando se fala em desenvolver uma cadeia de valor nacional, deve-se atentar para a continuidade do desenvolvimento da energia solar. De nada serve implementar uma indústria local “por decreto”, barrando a competição estrangeira, se isso resultar em preços internos que vão sufocar o mercado. Com todo o incentivo norte-americano, todo o esforço da Europa para reshore sua indústria fotovoltaica e outras iniciativas mundo afora, inclusive brasileiras, a China continuará a ser dominante no cenário mundial, em que possa pesar alguma redução de sua fatia de mercado. Daí a importância de saber como lidar com os chineses, conhecer-lhes as peculiaridades culturais e formas de pensar e negociar, de maneira a estabelecer e manter parcerias profícuas. Para isso, o artigo de Sommer sobre os bastidores de fábricas chinesas é muito revelador, além de uma leitura bastante agradável.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 10.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615



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UFPBinstalaUFV comrastreamentopróprio UFPB - Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, colocou em operação usina solar fotovoltaica de 241,8 kWp no seu Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional. A nova unidade conta com uma solução customizada baseada em inteligência artificial e se une ao sistema fotovoltaico já instalado em junho do ano passado no Centro de Tecnologia, no campus I da UFPB. Com capacidade de gerar até 520 MWh por ano, o suficiente para atender cerca de 280 residências, a instalação foi realizada em uma estrutura com módulos tracker da STI Norland, que recebeu 372 módulos Canadian Solar de 650 W cada. O sistema conta ainda com dois inversores da Huawei, empresa responsável pelo investimento para o projeto gerido pela Fundação de Educação Tecnológica e Cultural da Paraíba (Funetec-PB), ligada à UFPB. O projeto foi executado pela L8 Energy em parceria com o Cear - Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB e com a chinesa Huawei.

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“A planta da nova usina foi pensada para garantir o máximo aproveitamento de energia, com módulos que se movem em direção à incidência dos raios solares, a partir de um sistema baseado em algoritmos”, disse o diretor da L8, Guilherme Nagamine. Dados do Cear apontam que a tecnologia aumentou em 6% a capacidade de geração da usina em comparação com sistemas convencionais.

Plataformaindicaatratividade deGDsolar

consultoria Cela - Clean Energy Latin America, especializada em assessoria financeira e consultoria estratégica do setor de energia renovável, lançou uma plataforma que mostra a atratividade financeira dos projetos de geração distribuída solar em telhados e usinas remotas no Brasil. A ferramenta será gratuita inicialmente, por tempo limitado. A plataforma incorporou sistema de inteligência de mercado, atualizado mensalmente, que se baseia nas tarifas publicadas para cada área de distribuição de energia do País. Ao fazer a consulta, o usuário visualiza a atratividade financeira de projetos de GD em várias localidades e em diferentes modelos de negócios (autoconsumo, autoconsumo remoto, geração compartilhada). Além disso, os dados levam em conta diferentes enquadramentos regulatórios, como direito adquirido ou pré lei 14.300/2022, regra de transição e regra definitiva ― Projeto financiado pela chinesa Huawei tem potência instalada de 241,8 kWp pós marco legal. O índice de atratividade leva A usina conta com sistema de em consideração critérios, como regurastreamento solar desenvolvido por lação, tanto para o modelo de negócios pesquisadores do Cear, em cooperaselecionado e tamanho do projeto, ção com a Huawei. Para encontrar o como em que regra da Lei 14.300 o melhor ângulo de posicionamento dos projeto se enquadra (se GD I, II ou III). módulos, o sistema tracker desenvolviTambém contempla tarifas das distrido utiliza ferramentas de inteligência buidoras para consumidor B3, fator de artificial que fazem o cruzamento das produção (considerando variações de informações de geração de energia. projetos em telhados, estruturas fixas

e trackers), operação e manutenção (O&M), o capex, os impostos sobre a energia e as isenções tributárias relacionadas a cada estado e cada modelo de negócios da GD. Para gerar as informações, a plataforma também foi alimentada com o histórico de mais de dez anos do mercado de geração distribuída no Brasil e integra as mudanças regulatórias trazidas pela publicação do marco regulatório de 2022, que passou a vigorar com uma série de regras e cobranças tarifárias aos novos sistemas fotovoltaicos instalados.

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Desenvolvida pela consultoria Cela,serviço se baseia nas tarifas das diversas áreas de distribuição do País e se sincroniza com questões regulatórias Segundo a Cela, o serviço online é voltado para investidores em geração distribuída, fundos, empresas e instituições financeiras que investem ou pretendem investir na modalidade. Também atenderá credores de GD, instituições financeiras que financiam projetos e organizações que desejam avaliar a viabilidade dos diferentes modelos de negócios da área. O acesso da plataforma é pelo link https://cela. com.br/entrar/

EcoPowerquerdifundirsolar nabaixarenda rede de franquias de instalação de sistemas solares EcoPower lançou um programa para ampliar o acesso de famílias das classes C e D. Batizado de Programa Meu Solar, a ação é válida para todos os estados brasileiros e visa

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principalmente atender consumidores de cidades do interior, com a oferta de kits solares com preços a partir de R$ 7,4 mil. Segundo a EocPower, serão oferecidos sistemas que variam de 2,2 kWp a 6,6 kWp, nas modalidades on grid e híbrido. O programa se baseia no fato de que, das sete classes de consumo listadas na modalidade de geração distribuída pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em junho, a residencial representou 78,7% de todas as instalações, totalizando 1.535.226 sistemas. Além do financiamento, o programa também prevê a distribuição de um fogão cooktop de indução para os primeiros dez clientes de cada estado, para promover economia adicional ao reduzir os gastos com botijões de gás. Com isso, a solução visa se tornar mais atrativa para pequenos e médios empreendedores. A campanha também teve subsídios da fornecedora de equipamentos solares Weg, de bancos e de outras empresas para reduzir custos de juros bancários, cabos elétricos, estruturas e módulos fotovoltaicos.

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SunMobilançaassinatura deenergiasolarparaSP

RiovaiinstalarUFVematerro desativado

Sun Mobi, especializada na oferta de serviço de assinatura de energia solar a partir de usinas de geração remota, vai passar a oferecer essa modalidade de contratação para pequenas e médias empresas localizadas na região metropolitana de São Paulo e na própria capital, com 24 cidades atendidas no total. Segundo a empresa, trata-se da primeira iniciativa do gênero na região.

prefeitura do Rio de Janeiro anunciou recentemente o vencedor da licitação da Parceria Público-Privada (PPP) do projeto Solário Carioca, que prevê instalação de miniusina solar fotovoltaica de 5 MW de potência instalada no bairro de Santa Cruz. Com a participação de duas empresas, o grupo vencedor foi o Consórcio Rio Solar, com o lance de 20,5% de desconto sobre a tarifa vigente da Light. A usina ocupará o terreno do antigo aterro sanitário de Santa Cruz, hoje desativado, e abastecerá imóveis públicos, gerando economia anual prevista de pelo menos R$ 2 milhões para o município. A estimativa é que a energia gerada abasteça cerca de 45 escolas municipais ou 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPA). O investimento privado será de R$ 45 milhões em um período de 25 anos. Está prevista a instalação de mais de 11 mil módulos solares que devem ser instalados em até um ano após a assinatura do contrato, prevista para agosto. Além desta usina, a prefeitura do Rio já mapeou ao menos mais quatro outras áreas para implantação de usinas fotovoltaicas do tipo na cidade. O diretor de estruturação de projetos da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Lucas Costa, explica que o projeto é um marco na transição energética da cidade. “É um projeto em que o município ganha em diversas frentes: primeiro, pela produção e utilização de energia limpa e renovável pela prefeitura; depois, pela redução de custos significativa, viabilizando direcionar estes recursos poupados para outras políticas públicas; e finalmente, por dar uma destinação sustentável a um antigo aterro sanitário, um terreno inutilizado pelo uso anterior”, diz. O projeto foi estruturado em parceria com o grupo C40 cities e a agência

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A partirde usina de 2,5 MWp em Cajamar,consumidores da área de concessão da Enel poderão aderirà modalidade

A operação para gerar os créditos de compensação para os interessados se dará a partir de usina solar fotovoltaica de 2,5 MWp instalada em galpões localizados em Cajamar, no interior de São Paulo, na área de concessão da Enel. A ideia é atender edificações de todos os portes, entre casas, apartamentos, imóveis alugados, comércios e indústrias. O foco especial, segundo a Sun Mobi, são pequeA ideia é ofertarkits solares a partirde R$ 7,4 mil para consumidores nos negócios, como restaurantes, das classes C e D padarias, condomínios e demais empresas de comércio e serviços, De acordo com a vice-presidente além de consumidores residenciais. da EcoPower, Náchila Oliveira, o pro“Esse tipo de contrato de fornecigrama tem ainda a meta de fomentar mento de energia solar tem crescido a percepção de economia energética. exponencialmente no País, impulsio“Queremos promover a ideia de que a nado pela ausência de necessidade economia doméstica deve ser pensada de investimento num sistema próprio de forma integrada. Com o fogão de de geração de eletricidade no telhado indução, levamos às famílias a percepou num pequeno terreno, além da ção de que a economia com a energia facilidade do processo de adesão”, solar pode se expandir para além da disse o sócio da Sun Mobi, Guilherme conta de luz”, explica. Susteras.

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alemã GIZ pelo programa CFF - Cities Finance Facility. A expectativa é retirar pelo menos 40 mil toneladas de carbono por ano da atmosfera com a implantação do Solário Carioca.

As alegações principais das distribuidoras para as suspensões dos projetos são relacionadas a possíveis incapacidades para receber em suas redes a energia injetada pelos novos sistemas, sob risco de eventuais inversões de fluxo de potência em subestações. Essa também seria a razão de muitas concessionárias só admitirem a possibilidade de injeção de energia evantamento da Absolar - Assosolar durante o período da noite, o que ciação Brasileira de Energia Solar evidentemente inviabiliza os projetos. Fotovoltaica aponta que há aproximaNa análise da Absolar, as alegações damente 1 GW em projetos de geração não têm comprovação técnica e tamdistribuída represados pelas distribuibém não observam as exigências da redoras de energia no País, em um total gulação. Para a vice-presidente de gede mais de 3.100 pedidos de conexão ração distribuída da Absolar, Bárbara cancelados e suspensos. Rubim, as distribuidoras não apresentam estudos e análises técnicas para comprovar a situação da rede, o que torna a argumentação frágil. “Algumas análises disponibilizadas pelas distribuidoras são tão absurdas que constituem mero documento copiado e colado, enviado de forma idêntica a projetos completamente distintos Projetos teriam sido cancelados porprovocarem inversão de fluxo de potência. e em localidades diferenAbsolarcontesta e considera ações como“boicote deliberado” tes”, afirma. Segundo Rubim, a associação está realizando reuniões O mapeamento da Absolar foi realizado por meio de consulta a 715 com membros da Agência Nacional de empresas integradoras de instalações Energia Elétrica, do Operador Naciosolares fotovoltaicas durante o período nal do Sistema Elétrico e do Ministério de 14 de julho até o início de agosto de Minas e Energia para tentar resoldeste ano. Segundo cálculos da assover o problema. “Vamos, inclusive, ciação, que considera o represamento apresentar um relatório completo desde projetos como “boicote deliberado sa pesquisa a todas essas autoridades”, das distribuidoras”, os cancelamentos diz. e suspensões causam prejuízos superiores a R$ 3 bilhões. Segundo a pesquisa, as distribuidoras com maior quantidade de projetos nessa condição são a Cemig, de Minas Suno Asset, gestora de recursos Gerais, a CPFL Paulista, no interior do grupo Suno, anunciou a condo estado de São Paulo, a RGE, no Rio clusão da alocação dos R$ 50 milhões Grande do Sul, a Coelba, na Bahia, e a captados em uma oferta 400 — aberta Elektro, em parte do território paulista a investidores comuns — para investir e no Mato Grosso do Sul. em projetos fotovoltaicos, por meio

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cializadoras de energia. Além disso, embora o foco do fundo seja em projetos solares, o pipeline permite ainda a diversificação de investimentos no mercado energético, sendo possível incluir outras fontes, como eólica e biogás.

Gestora está construindo usinas no Ceará,Pernambuco e Minas Gerais

SolarEdgelançagerenciamento pararesidências

de fundo imobiliário do mercado com investimentos em energia limpa batizado de SNEL11. Com o montante, a Suno adquiriu terrenos localizados em om escritório em São Paulo inauguAmontada (CE), Petrolina (PE) e João rado em junho de 2022, a israelense Pinheiro (MG) para instalação de usiSolarEdge Technologies está lançando nas solares de geração distribuída. no Brasil a linha SolarEdge Home, portCom obras já iniciadas e término fólio de produtos de gerenciamento previsto para dezembro deste ano, de energia para residências. O pacote segundo a Suno, em João Pinheiro o inclui inversores inteligentes (Home projeto inclui duas usinas solares com Hub e Home Wave), otimizadores de potência instalada total de 3,4 MW. Em potência, baterias, além de interface de Petrolina, serão quatro usinas solares backup e sistema operacional inteligencom potência instalada de 1,3 MW te para o controle. cada, conectadas na rede da Celpe. Já Segundo a empresa, a solução perem Amontada, no Ceará, o fundo reamite aos proprietários das casas aulizará a construção de uma usina com mentar a economia e a autossuficiência potência de 1,2 MW, utilizando rede de energia por meio da otimização da da Enel-CE. geração, do consumo e do armazenaPara a Suno, a intenção com o fundo mento. Isso ocorre com a maior capSNEL11 é se consolidar no desenvoltação de energia proporcionada pelos vimento e na democratização de um otimizadores de potência (corrente fundo com foco em geração distribuída contínua acoplada) e pelo armazenade energia, combinando atividade de mento das baterias. alto retorno e eficiência às teses sofistiO sistema é administrado por um cadas, antes só acessíveis a investidores aplicativo, batizado de mySolarEdge, qualificados por meio de FIPs. pelo qual os consumidores podem geO retorno médio projetado é de 25% ao ano para os primeiros 11 anos do fundo — os terrenos são arrendados pela gestora por 25 anos. Após esse período, os módulos solares passam a pertencer à Suno, que fechará parcerias com comer- Pacote de soluções inclui inversores inteligentes,otimizadores de potência e baterias

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renciar e rastrear de forma online o uso da energia, a economia e a redução de emissões de carbono. Já as baterias são disponíveis em aplicações monofásicas, com potência de 5 kW e energia útil de 9,7 kWh, com a opção de ser conectadas até três por inversor, entregando energia de até 29,1 kWh para a residência. Além disso, permitem sincronismo com os inversores adicionais e outros dispositivos residenciais inteligentes do ecossistema. A empresa atua com dois tipos de soluções compatíveis com baterias, sendo o Home Wave para aplicações para aprimoramento de autoconsumo e o Home Hub para aplicação com foco em backup.

H2Veeletromobilidadeatrairão R$2,2triparasolar studo do Portal Solar, franqueadora de projetos fotovoltaicos, indica que a demanda extra por energia elétrica no Brasil para atender a eletrificação da frota de veículos e a produção de hidrogênio verde (H2V) deve movimentar o mercado nacional de energia solar fotovoltaica em cerca de R$ 2,2 trilhões até 2050. O protagonismo solar nas próximas três décadas, segundo o Portal Solar, adicionaria nesse cenário cerca de 540 GW em sistemas solares fotovoltaicos centralizados e distribuídos, muitos deles acoplados com baterias para armazenamento de energia. Mesmo sem desconsiderar outras fontes, o estudo destaca a competitividade da solar como determinante. O estudo foi feito a partir de cruzamento de dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais. Entre as principais conclusões da revisão dos dados e estudos, a franqueadora aponta a queda de preços de equipamentos, a melhora na geração por metro quadrado dos módulos e a rapidez

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Governo do Ceará assina pacto pelo hidrogênio verde

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governo do estado do Ceará aderiu oficialmente ao Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável, iniciativa que visa fomentar a produção do insumo no Brasil e até então composta pela Abeeólica - Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias, Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Abiogás - Associação Brasileira do Biogás e pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio).

Conclusão é de compilado de estudos e dados feito por franqueadora de projetos fotovoltaicos na instalação de projetos de baixo custo da geração descentralizada como fatores propulsores da fonte. Segundo ressalta o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer, esses diversos fatores positivos fizeram, por exemplo, com que o mercado de energia solar crescesse 36 mil vezes no Brasil entre 2012 e 2023, saindo de 8 MW para quase 30 GW de capacidade instalada, colocando a fonte solar fotovoltaica como a se-

A formalização se deu por meio da assinatura de termo de adesão pelo governador Elmano de Freitas, durante cerimônia na sede do governo, em Fortaleza, em 9 de agosto.

Para a vice-presidente de investimentos e hidrogênio verde da Absolar, Camila Ramos, a participação do Ceará, que está estruturando um hub de hidrogênio no Complexo Portuário e Industrial do Pecém, é fundamental para tornar o Brasil líder na produção, consumo e exportação do combustível verde. “Também pode fortalecer a reindustrialização verde na região, com a atração de novas fábricas, mais capital internacional, geração de empregos locais, novas oportunidades de negócios e novas tecnologias”, disse.

Além de estruturarhub de H2Vno Pecém,estado cearense agora faz parte de iniciativa de fomento liderada porassociações de renováveis e pelaAHKRio

O governo cearense já assinou 31 memorandos de entendimento (MoUs, na sigla em inglês) com empresas com planos de produzir energia renovável e hidrogênio verde no complexo do Pecém nos próximos anos. Empresas como AES Brasil, Qair, Sou Energy e Neoenergia são algumas das que assinaram os MoUs. A última a demonstrar o interesse formal de participar do hub, em junho último, foi a britânica Lightsource bp, especializada em projetos de energia solar fotovoltaica, entre eles o complexo solar Milagres, de 212 MW, em Abaiara, no Ceará, e que deve entrar em operação no início de 2024. Segundo o governo do Ceará, com a entrada no Pacto, diversas iniciativas em prol do desenvolvimento do hidrogênio renovável devem ser pensadas em conjunto: “um arcabouço regulatório; um novo mercado de aplicação de hidrogênio renovável; a promoção do desenvolvimento socioeconômico através da economia de hidrogênio renovável e do hidrogênio de origem renovável; além da disseminação das oportunidades de hidrogênio renovável aos seus associados e à sociedade, fazendo com que seja trabalhada a viabilidade econômica da produção e uso de hidrogênio renovável de diversas formas.”


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gunda maior da matriz elétrica, atrás apenas da hídrica, com aproximadamente 110 GW. O estudo elaborado pelo Portal Solar aponta que a transição energética total da atual frota de veículos circulantes do Brasil traria uma demanda adicional de 403 TWh/ano, volume que se aproxima da capacidade total de geração energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) e exigiria o equivalente a cinco novas hidrelétricas de Itaipu. Já em hidrogênio verde, segundo o Portal Solar, se o Brasil quiser atender 10% da demanda europeia futura (de 3.350 GW até 2050), teria que instalar 268 GW adicionais de projetos renováveis para a produção de hidrogênio verde e seus derivados nos próximos 27 anos. Esse cenário desconsidera a necessidade de investimento para servir ao mercado doméstico – em particular o transporte de carga por caminhões, a siderurgia e outros usos energéticos industriais.

PlanoSafravaiimpulsionarsolar noagronegócio nova edição do programa federal para incentivo ao agronegócio, o Plano Safra, versão para 2023 e 2024, vai ajudar a impulsionar a adoção da energia solar fotovoltaica pelo segmento, na análise da Absolar - Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica. O plano tem um montante de investimentos disponíveis de R$ 364 bilhões, 27% a mais do que a versão anterior. “Com a atualização [do plano], há linhas de crédito para geração própria de energia solar disponíveis para produtores rurais de todos os portes e em todas as regiões do Brasil”, diz o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk. Segundo ele, o governo entendeu a sinergia entre o agro e a solar fotovoltaica, com as diversas aplicações possíveis na produção rural.

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“A tecnologia é extremamente versátil e pode ser utilizada, por exemplo, no bombeamento e na irrigação de água, na refrigeração de carnes, leite e outros produtos, na regulação de temperatura para a produção de aves, na iluminação, em cercas elétricas, em sistemas de telecomunicação, no monitoramento da propriedade rural, entre muitas outras funcionalidades”, disse Koloszuk. Um dos destaques da atualização de linhas de crédito, o RenovAgro, novo

A avaliação é da Absolar,que considera as várias formas de incentivo ao financiamento da energia sustentável previstas no programa federal


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nome do programa ABC, será um dos instrumentos capazes de impulsionar o uso da fonte solar nos projetos. Por meio dele, é possível financiar práticas como a recuperação de áreas degradadas e a ampliação de sistemas de integração em lavouras, a adoção de práticas conservacionistas de uso e o manejo e proteção dos recursos naturais. Entre as práticas financiáveis, está o uso de sistemas para geração de energia renovável e outras que envolvem produção sustentável e a baixa emissão de gases causadores do efeito estufa. Além do RenovAgro, outros programas financiam práticas sustentáveis de produção, como o Inovagro, o Proirriga, o Moderfrota e o Moderagro, que também têm em sua concepção o incentivo à produção agropecuária de baixa emissão de carbono. Dos recursos disponibilizados, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos (+28%). Os recursos de R$ 186,4 bilhões (+31,2%) serão com taxas controladas, dos quais R$ 84,9 bilhões (+38,2%) com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões (+26,1%) com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões (+22,5%) serão destinados a taxas livres.

ClubedaFecomerciários instalacarportde312kWp

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Agro já investiu mais de R$ 15,5 bi em energia FV no Brasil

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s propriedades rurais já investiram mais de R$ 15,5 bilhões em sistemas de geração de energia solar fotovoltaica no Brasil. O levantamento é da Meu Financiamento Solar, fintech do Banco BV especializada em financiamento de geração solar distribuída, feito com base em dados oficiais da Aneel.

Em um universo de 200 mil consumidores do agronegócio, em grandes empreendimentos e pequenos produtores, de acordo com o levantamento há no País atualmente quase 170 mil conexões de sistemas solares no campo, em um total de 3,1 GW de potência instalada. Isso representa 14% de toda a capacidade de GD solar. A tecnologia fotovoltaica está presente em 4,9 mil municípios brasileiros com pelo menos um sistema de energia solar instalado no meio rural. Segundo a diretora da Meu Financiamento Solar, Carolina Reis, pesa a favor da expansão da solução no agronegócio brasileiro a alta competitividade dos produtores nacionais. “Como um dos principais insumos da atividade produtiva rural é a energia elétrica, o uso de energia solar nas fazendas é atualmente uma das grandes soluções para elevar ainda mais a competitividade, a qualidade e a sustentabilidade do manejo agrícola e pecuário no Brasil”, explica. Outro ponto relevante na energia solar no campo, continua Carolina, é proporcionar eletricidade para áreas onde a rede elétrica ainda não chegou ou que ainda funciona de forma precária e instável, muito dependente de geradores a diesel. “A energia solar deixa a produção no campo mais limpa e sustentável e agrega valor à marca do produtor rural. E tudo isso se reflete na oferta de um alimento mais barato na mesa dos brasileiros”, afirma.

O carport tem 312 kW de potência, com 837 módulos solares instalados. Segundo a EcoPower, a miniusina deve gerar economia mensal de R$ 26.460,00 para a Fecomerciários, com a média de produção de 55.250 kWh por mês. A energia seria suficiente para abastecer 157 residências de médio porte, com consumo de 350 KWh cada. Segundo a gerente de novos negócios e parcerias da EcoPower, Joana Vanelli, o projeto utilizou uma estrutura com dois quadros gerais de baixa tensão (QGBTs) autoportantes e dois autotransformadores de 127/220/600V e 600/220/380V, equipamentos que segundo ela vão oferecer mais eficiência na utilização da usina. “O cliente deve obter o retorno do investimento conforme o prazo previsto de 62 meses e o percentual de 1,61% de economia com o projeto”, afirma

oi homologada recentemente uma miniusina solar fotovoltaica em formato de cobertura de estacionamento (carport) no Complexo Eco, em Avaré, SP, um clube social de eventos e lazer da Fecomerciários - Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo. O projeto envolveu investimento de R$ 1,64 milhão e foi implementado Com investimento de R$ 1,64 milhão,projeto foi implementado pela EcoPower pela integradora EcoPower.

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Vanelli. De acordo com o presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, o valor economizado será reinvestido na infraestrutura do local.

Igrejasaderemàenergiasolar m junho último foi energizado um sistema fotovoltaico de 15,95 kWp na Igreja Santíssimo Sacramento na Vila Maceno, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. A Igreja da Maceno, como é conhecida, é a mais recente de uma série de igrejas católicas da cidade a aderir à energia solar fotovoltaica por meio da atuação da franqueada local da integradora Kinsol. Já são quatro os templos com geradores FV, que começaram a ser implementados em 2022. A primeira a adotar a solução foi a Basílica de São José do Rio Preto, cujo projeto nasceu a partir da sugestão de um fiel ao padre da congregação. Por conta de sua edificação antiga, de 90 anos, antes da instalação do sistema foi necessário trocar o telhado, que apresentava sinais de desgaste. Após três meses de obras, a Kinsol implementou os módulos no novo telhado, totalizando potência instalada de 27,9 kWp. A partir da microusina na basílica, que entrou em operação em julho de 2022, outras igrejas católicas locais

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passaram a manifestar interesse e pedir cotações à Kinsol, fechando novos contratos. Em setembro, foi a vez da energização de telhado solar de 34,68 kWp na Igreja de São Francisco e em dezembro na Igreja Santa Rita, com 22,95 kWp. No total, segundo a Kinsol, as igrejas envolvidas nos projetos investiram o montante de R$ 409 mil e a economia anual resultante é de R$ 48 mil. As contas de energia, que antes das microusinas variavam entre R$ 3 mil e 5 mil mensais, foram reduzidas para uma média de R$ 120 a 180 por mês. Isso significa que o retorno sobre o investimento se dará em cerca de três

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Programa incentivaGD porassinatura emescolas

Juntos Energia, empresa especializada em geração distribuída compartilhada, firmou parceria com o Sinepe/ Sudeste MG - Sin- Parceria entre aJuntos Energia e o Sinepe/Sudeste MG querestimularadesão de escolas dicato dos Estae até de residências de pais dos alunos belecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste solares mineiras. Isso vale também de Minas Gerais para estimular que para pais de alunos, colaboradores das escolas e residências de escolas e professores. professores e pais de A Juntos Energia também foi resalunos se inscrevam no ponsável, segundo comunicado da serviço de GD solar por empresa, por criar parceria com o Corassinatura ofertado pela reios em Minas Gerais, em 2022, para empresa. permitir a pessoas físicas e jurídicas de todo o estado solicitarem a portabiO programa, batizalidade da conta de energia da Cemig do de “Pacto pela Enerpara o modelo de GD. De forma gragia Limpa nas Escolas”, tuita, os pedidos podem ser feitos em permite que escolas aproximadamente 1000 agências dos A basílica da cidade e mais três igrejas instalaram telhados solares para garantir da região sudeste de Correios, que receberam material de economia anual de R$ 48 mil Minas Gerais, cobertas ponto de venda e sinalização. pelo Sinepe, se inscreanos. A expectativa é que a economia vam gratuitamente no programa de Em 2021, a Juntos Energia foi incorpermita que os recursos antes gastos assinatura de geração compartilhada porada pelo fundo de private equity amecom energia sejam direcionados para da Juntos Energia, que utiliza créditos ricano Alothon Group e pela comerciaprojetos das comunidades. de compensação de várias fazendas lizadora e geradora Elétron Energy.

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AXSEnergiadestinará R$200miparaUFVs AXS está investindo mais de R$ 200 milhões no Estado de São Paulo para construção de 14 usinas fotovoltaicas. Seis unidades estão em processo de construção e uma unidade, a de Macatuba, já está conectada. Ocupando 10 hectares, a usina tem 8.700 módulos fotovoltaicos e capacidade de geração de 8.9 GWh por ano, suficiente para atender aproximadamente 800 residências e estabelecimentos comerciais.

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Empresa opera em outros quatro estados e vai implantar14 usinas em território paulista,para venda de energia porsistema de assinatura Integrante do Grupo Roca, a AXS opera nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Goiás e São Paulo ofertando plano de assinatura de energia solar para pequenos comércios e residências. Segundo o diretor de operações da AXS Energia, Alysson Paolinelli, “o cliente que realizar a assinatura, no mês seguinte já tem 10% de desconto (na conta de energia)”. Ele informou também que neste momento a AXS Energia tem outros 95 terrenos com pareceres de acesso aprovados, além dos 14 no estado de São Paulo.

como previsto e pedido por boa parte do setor elétrico, foram vetados pelo presidente Lula artigos polêmicos, entre eles, na questão solar, o que obrigava as distribuidoras de energia a comprarem, com preços acima do mercado, o excedente de energia gerado pelos telhados e usinas de solos previstos de serem implantados pelo programa. Apesar disso, não foi vetada a possibilidade de que o excedente de energia elétrica de beneficiados do programa seja comercializado com órgãos públicos das esferas federal, estadual ou municipal. Aí trata-se inclusive de inovação ao setor de geração distribuída, pelo qual nem o novo marco regulatório havia permitido esse tipo de negociação. Outra inovação da lei foi permitir que a GD solar fotovoltaica do programa poderá ocorrer na modalidade remota, por meio de consórcio, cooperativa, condomínio civil voluntário ou edifício ou qualquer outra forma de associação civil constituída pelas lideranças locais. Além da energia própria, e da tarifa social, também os participantes do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) terão ainda redução de no mínimo 50% em relação ao valor mínimo faturável aplicável aos demais consumidores. Para a Absolar, a inclusão da solar no programa, cujos investimentos, pelo texto da lei, foram inseridos nos

MCMVterásolarcom vetopresidencial geração solar distribuída foi incluída no programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), com a sanção presidencial no dia 13 de julho ao PLV 14.620/2023 aprovado pelo Congresso Nacional. Mas,

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Programa garante telhados solares,usinas remotas e até venda de excedentes para órgãos públicos,mas sem obrigatoriedade de a compra serpordistribuidoras


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itens com custo incluído no valor a ser repassado aos agentes (construtoras), deve agregar mais 2 GW de potência solar instalada ao País, tendo em vista a previsão de 2 milhões de moradias populares até 2026. Embora a ABGD tenha também elogiado a fonte no programa, sua sugestão de estabelecer que os investimentos fossem feitos por instaladores locais não foi acatada na lei, que como dito foi redigida para que as compras dos módulos sejam incluídas nos itens no financiamento aos agentes do programa.

Renaulttorna-seautoprodutora emUFV montadora Renault entrou como sócia autoprodutora do Complexo Fotovoltaico de Castilho, na cidade de mesmo nome em São Paulo. A negociação envolve um dos cinco parques solares do complexo, que no total terá 270 MWp, de propriedade da Comerc Energia.

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Montadora vai utilizara energia em suas fábricas no Paraná e no centro administrativo O contrato de compra de energia (PPA), no modelo de autoprodução por equiparação, começará com 85% da energia gerada pelo parque de 50 MW, até chegar a 100% em dezembro deste ano. A compensação será feita nas fábricas da Renault em São José dos Pinhais, no Paraná, e no seu centro administrativo. O complexo Castilho iniciou sua operação-teste no começo de 2023. Foram investidos no empreendimento R$ 925 milhões. Desse total, cerca de


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Albiomavaiconstruirnovos projetosdeGD

R$ 500 milhões correspondem a usinas Para alcançar seu objetivo, a empreque atenderão PPAs assinados com a sa assinou um contrato guarda-chuva indústria Eucatex, da área de construpara o suprimento de 50 MWp em ção civil, tintas, moveleiro e de revenda equipamentos, incluindo um modelo Albioma vai iniciar em breve a consmadeireira; e com a empresa PremieRde tracker nacional elegível a finantrução de novos projetos de geração pet, do grupo Grandfood, produtora ciamento por bancos de fomento. Sedistribuída solar e de bioenergia nas de rações animais. Dos cinco parques, gundo comunicado, os novos projetos áreas de concessão em Mato Grosso três são voltados para os dois grandes devem iniciar construção em breve e Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia, clientes e os demais são negociados em para cumprir os prazos regulatórios de Minas Gerais e Pernambuco. A meta PPAs como o da Renault ou de forma interconexão previstos na lei 14.300. é chegar a 100 MWp, ampliando seu pulverizada no mercado livre. O investimento conta ainda com atual portfólio de 31,6 MWp. os trabalhos de assessoria A Renault já fazia uso de financeira da Watt Capital, energia elétrica 100% limpa responsável pela análise de por meio de contratos para projetos do tipo GD I em geconsumo de energia hídrica. ografias específicas. As áreas “Esse projeto permite que a de interesse para a viabiliRenault do Brasil continue utização de novos projetos são lizando energia elétrica limpa nas concessões da Energisa em seu processo produtivo e Mato Grosso e Mato Grosso ainda se torne autossuficiente do Sul; Enel Ceará; Coelba, na geração, contribuindo com na Bahia; na Cemig, em Mio sistema energético brasileiro nas Gerais, mas apenas na de forma sustentável”, disse o presidente da montadora no Empresa queratingirportfólio de 100 MWp em várias áreas de concessão no Brasil,com área da Sudene; Equatorial Piauí, em especial próximo Brasil, Ricardo Gondo. solare bioenergia

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a São João do Piauí; e na Celpe, preferencialmente próximo a São João do Belmonte, em Pernambuco. Nessas áreas, o interesse é avaliar projetos a partir de 1 MW. De acordo com o sócio-diretor da Watt Capital, Eduardo Tobias, a ideia é viabilizar clusters para capturar ganhos de escala na implantação e na gestão dos futuros ativos, dado que os projetos são individualmente pequenos. Por essa razão, a Albioma busca projetos próximos de suas usinas operacionais fotovoltaicas e de bioenergia nos estados de Goiás, São Paulo, Pernambuco e Piauí, mas também blocos de projetos que viabilizem novos clusters.

Lightsourceterárecursos doFDNEparaUFV

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britânica Lightsource bp recebeu a sexta parcela de financiamento do

FDNE – Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, da Sudene, para a construção do complexo solar fotovoltaico Milagres, em Abaiara, no Ceará, de 212 MW, que deve entrar em operação no início de 2024. Foram desembolsados nessa parcela R$ 47,74 milhões, totalizando até o momento o repasse pelo fundo de R$ 355,15 milhões. No total, o FDNE será responsável pelo financiamento de R$ 422,95 milhões para a construção do complexo com cinco parques solares, de um total de R$ 782,65 milhões previstos de serem investidos no empreendimento. Os parques tiveram os projetos aprovados pela diretoria colegiada da Sudene em outubro de 2021. O Banco do Brasil é a instituição financeira responsável pelo repasse dos recursos do FDNE para a Lightsource bp. O complexo solar, na fase de implantação, deve gerar 800 empregos diretos e 2 mil indiretos. Quando estiver em operação, a estimativa é a de

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que sejam gerados dez postos de trabalho diretos e 30 indiretos. A previsão de geração é de aproximadamente 460 mil MWh por ano, o suficiente para abastecer aproximadamente 212 mil residências. Sua conexão ao SIN - Sistema Integrado Nacional será por meio do seccionamento de uma linha de transmissão de 230 kV existente, de propriedade da Chesf, que conecta as subestações Milagres e Bom Nome.

ComeçainstalaçãodeUFVs doacordodeBrumadinho a região Central de Minas Gerais, os municípios de Paraopeba e Pompéu estão recebendo instalações de produção de energia solar em prédios e equipamentos das duas prefeituras. As usinas serão custeadas com recursos do acordo de Brumadinho, que busca reparar os danos causados pelo rompimento das barragens da Vale,

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taica em propriedades ligadas à agricultura familiar, no intuito de fortalecer as atividades agrícolas locais. O andamento dos projetos pode ser consultado no portal da auditoria. Outras 11 cidades da região atingida receberão 95 usinas solares fotovoltaicas. São elas: Biquinhas (3 usinas), Caetanópolis (6), Curvelo (5), Custeadas com recursos do termo de reparação,usinas se localizam Felixlândia (1), Florestal (1), em Paraopeba e Pompéu,MG Maravilhas (21), Morada Nova de Minas (12), Pequi (11), São José da há 4,5 anos. As obras para construção Varginha (9), Juatuba (18) e Papagaios das usinas fotovoltaicas têm prazos de (8). Elas estão entre os 26 municípios conclusão previstos de 10 meses em considerados atingidos pelo rompiParaopeba e de 15 meses em Pompéu. mento das barragens da Vale, em BruAs iniciativas fazem parte do grupo madinho, ocorrido em 25 de janeiro de de projetos definidos após a consulta 2019, que vitimou 272 pessoas e propopular realizada em novembro de vocou uma série de danos ambientais, 2021 e aprovadas pelo Governo de econômicos e sociais. Minas, Ministério Público de Minas Gerais, Ministério Público Federal e Defensoria Pública de Minas. A consulta popular foi realizada em Brumadinho e nos outros 25 municípios atingidos, contando com a participação de mais de 10 mil pessoprojeto social Litro de Luz e a Neas. Os cidadãos propuseram projetos e xans Foundation, fundação mantiindicaram temáticas prioritárias para a da pela Nexans Brasil, renovaram uma execução de cerca de R$ 4 bilhões em parceria para ampliar o acesso à eletriações de reparação socioeconômica, cidade nas comunidades menos favocontribuindo para a seleção de iniciatirecidas do País. A ONG Litro de Luz vas a serem executadas pela mineradofoi selecionada para ser uma das orgara nas cidades atingidas. nizações apadrinhadas pela empresa em 2022. Em abril deste ano, a primeira O projeto de construção de usinas ação realizada pela parceria aconteceu fotovoltaicas compõe o Programa de no centro comunitário de Bongaba, coReparação Socioeconômica (Anexo I.3) munidade quilombola de Magé, no Rio do Termo de Reparação e é fiscalizado pela auditoria da Fundação Getúlio Vargas. O objetivo é promover o uso de energia limpa e reduzir o gasto público dos municípios com energia elétrica, permitindo investimentos em outras áreas prioritárias como saúde e educação. Ainda, em alguns municípios, serão fornecidas e instaladas usinas para Aliança já instalou geradorFV e postes de iluminação em comunidade geração de energia fotovol- quilombola e agora fornecerá capacitação aos moradores

Parceriamiraacessoàenergia solarparacomunidades

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de Janeiro. A região ganhou um novo sistema de iluminação através da instalação de um gerador solar fotovoltaico e de 30 postes de luz, buscando, assim, a produção de energia elétrica de forma mais sustentável. Ao todo, 460 pessoas foram beneficiadas por essa ação. Além do novo sistema, a Nexans Brasil foi responsável pelo treinamento dos quilombolas para a manutenção dos sistemas solares instalados. Com a extensão da aliança por mais um ano, a segunda etapa terá como foco a capacitação dos moradores da comunidade Bongaba em instalação de geradores solares. A previsão é que a ONG promova quatro aulas presenciais e práticas na sede da Nexans Brasil entre fevereiro e abril de 2024. “O novo projeto proporcionará oportunidades de melhorar a qualidade de vida e gerar um futuro energético sustentável aos moradores de Bongaba”, afirmou em nota Lorena Hang Coutinho, analista da Nexans Brasil. Com o objetivo de apoiar iniciativas para o fornecimento de energia para classes menos favorecidas, todo ano a fundação da Nexans seleciona projetos sociais em diversos países para apadrinhamento. A Litro de Luz, organização social presente em mais de 15 países, visa a melhorar a qualidade de vida das pessoas através de soluções de ilu-

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minação mais sustentáveis e incentivo aos moradores para se tornarem agentes de transformação.

ShanghaiElectricfornece bateriasVRFBparaaEuropa chinesa Shanghai Electric Energy Storage Technology anunciou a conclusão do teste de aceitação de fábrica para seu sistema de baterias de fluxo redox de vanádio (VRFB), que agora está a caminho de Zaragoza, na Espanha, para um projeto comercial de armazenamento de energia. Esta é a primeira vez que a empresa entrega produtos de bateria de fluxo desta monta para um parceiro europeu.

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Empresa embarca sistemas de baterias de fluxo redox de vanádio em grande escala para projetos na Espanha Pelo acordo com um provedor de soluções de armazenamento de energia da Espanha, a Shanghai fornecerá sistemas VRFB sob medida para os

projetos locais de energia renovável. A Shanghai Electric também está discutindo com parceiros locais projetos de sistemas múltiplos fornecidos em contêineres e a construção de projetos em escala de MW. A empresa lançou recentemente um sistema de armazenamento de energia de 500 kW/3000 kWh, que classifica como um marco importante no desenvolvimento da tecnologia de bateria de fluxo redox de vanádio. A bateria de 500 kW apresenta configurações 4s2p, o que a torna a maior de módulo único entre as baterias de fluxo de longa duração da China. A eficiência na parte c.c. do sistema supera 85%, com a eficiência energética geral de 90%, reduzindo o custo de eletricidade para US$ 0,028 por kWh. Com eletrólito composto por água e sais inorgânicos, o sistema é capaz de operar em temperatura e pressão normais, sem riscos de incêndio ou explosão, oferecendo 20 mil ciclos de carga e descarga sem perda de capacidade, garante a empresa. O equipamento é projetado como um sistema de armazenamento de energia de alta potência e longa duração para projetos de energia eólica e solar fotovoltaica, com estrutura expansível. Segundo a Shanghai Electric, o módulo é transportável, rápido de



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instalar e implantar e adequado para locais com condições ambientais adversas.

Notas JA Solar apoia o GRAACC - A fabricante de módulos fotovoltaicos JA Solar se tornou recentemente parte do programa Empresa Investidora do GRAACC, hospital especializado em oncologia pediátrica, localizado em São Paulo. Segundo a JA Solar, o valor encaminhado para a instituição contribuirá diretamente na sustentabilidade do hospital, cujas despesas ultrapassam R$ 15 milhões ao mês. O GRAACC possui parceria técnico científica com a Unifesp - Universidade Federal de São Paulo que possibilita, além de diagnosticar e tratar o câncer pediátrico, o desenvolvimento de ensino e pesquisa. Rede varejista adere à GD solar - A francesa GreenYellow já conectou quatro das seis usinas de geração solar distribuída envolvidas em contrato com a rede varejista gaúcha Quero-Quero. O acordo firmado em 2021, que totaliza 7,80 MWp de potência instalada de GD, já alcançou 5,63 MWp com a conexão das usinas no Sul do País. Segundo comunicado das empresas, a energia já é suficiente para atender com créditos de compensação 60% das operações das lojas da Quero-Quero. As fazendas solares conectadas estão localizadas nas cidades de Venâncio Alves (duas unidades) e de Santa Cruz do Sul, ambas no Rio Grande do Sul, e em Alto Paraná, no território paranaense. Até o momento, foram instalados mais de 9.620 módulos solares fotovoltaicos nos projetos. A produção total de 10 GWh anuais já estão disponíveis para a Quero-Quero. Duas outras usinas do contrato estão em processo de implantação e devem ser conectadas no segundo semestre. Tracker da Trina é avaliado - A TrinaTracker recebeu o “Relatório sobre Revisão de Tecnologia do Sistema de Rastreamento de Eixo Único: Vanguard-1P”, emitido pela DNV, especialista independente em energia e provedor de garantia, indicando que toda sua linha de produtos foi revisada pela entidade. A DNV aplicou um sistema de avaliação para cobrir todos os aspectos do negócio de rastreadores, incluindo, entre outros, o design e cálculos estruturais de dois projetos de amostra, recursos da cadeia de suprimentos, sistemas de controle de qualidade e segurança ambiental, desempenho e perspectivas do mercado, confiabilidade, garantia e desempenho de operação e manutenção (O&M). A equipe DNV também revisou vários relatórios do rastreador Vanguard 1P ao longo do ciclo de vida, incluindo teste em túnel de vento, manuais de instalação e outros. Segundo


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o relatório, as certificações e design, fabricação e serviços disponíveis da TrinaTracker estão de acordo com os requisitos internacionais comuns de qualidade e gestão ambiental. A DNV considera ainda que o sistema Vanguard 1P pode atender aos requisitos de projeto estrutural com base nas informações fornecidas e sem realizar cálculos independentes e que fornece erros de rastreamento mais precisos e períodos de garantia contra corrosão. Evento destaca solar e mobilidade elétrica - Durante o evento Biosfera BMW, em que foi lançado o veículo elétrico BMW iX1, a NHS destacou o inversor híbrido Quad, desenvolvido e fabricado no Brasil. Segundo a empresa, a tecnologia garante que os veículos possam ser carregados mesmo em situações de queda de energia, já que é on e off grid, e conta com um backup de baterias para o armazenamento de energia solar. Outro destaque foi o algoritmo, desenvolvido pela Energy Source, que otimiza a seleção correta dos módulos das baterias usadas dos veículos elétricos. A solução analisa e seleciona os módulos aptos a serem enviados para o processo de reúso “Second Life”, permitindo prolongar sua vida útil em até dez anos. Shangai Electric recebe prêmio - A Shanghai Electric foi reconhecida como a 48ª marca mais valiosa da China em uma pesquisa anual, publicada pelo World Brand Lab, um instituto especializado em marketing digital e valorização de marcas, que lista as 500 marcas mais destacadas do país, de acordo com dados financeiros, força da marca e comportamento do consumidor. Recentemente, em parceria com o governo municipal da cidade de Nantong, a Shanghai Electric estabeleceu a Hengxi Photovoltaic Technology Co., Ltd, que visa formar um cluster industrial fotovoltaico e fortalecer a sinergia do setor solar da cidade, com a fase inicial do projeto que deverá ter capacidade de produção de 4,8 GW com células solares de heterojunção (HJT) de alta eficiência e módulos. Lemon expande solar por assinatura - A Lemon Energia está expandindo sua oferta de energia limpa para o interior de São Paulo, na região atendida pela CPFL Paulista, por meio de três usinas de energia solar que irão atender pequenos e médios negócios locais, no modelo de assinatura digital, com desconto de 10% na conta de luz. A primeira usina solar está pronta e já vendeu toda a sua oferta. As outras vão entrar em operação no segundo semestre. Com a entrada das três usinas solares em seu marketplace, a startup prevê que São Paulo responderá por cerca de 20% de sua operação até o fim de 2023.




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Proteção de inversores de string contra danos causados por raios

A transição energética,valorizando fontes renováveis,é irreversível, motivada em grande parte pela eficiência dos sistemas fotovoltaicos. Em 2021,apenas na Alemanha, aproximadamente 5,3 GW de energia solar foram instalados.Para que esse processo não seja comprometido devemos proteger as usinas fotovoltaicas contra as descargas atmosféricas e os surtos de tensão[1,2].

Maria José Lopez, gerente regional para a América do Sul da DEHN SE

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Os riscos para os inversores Atualmente os sistemas fotovoltaicos (SFV) trabalham com tensões de até 1500 Vcc, sendo que, em sistemas com inversores de string, os maiores comprimentos de cabo estão no lado c.a. da instalação, com os inversores posicionados próximos aos painéis solares. Caso uma UFV seja atingida por um raio, nos captores do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) ou diretamente nos módulos fotovoltaicos, a distribuição

[3]. Os extensos cabos de energia no lado c.a. atuam como condutores de equipotencialização, equalizando o potencial de referência dos módulos com o potencial do terra remoto, correspondendo nesse caso ao aterramento do transformador elevador da usina. Devido à interligação do sistema de aterramento da UFV, seguindo a IEC TE 62337, todos os seus componentes metálicos estarão galvanicamente conectados. Nesse caso, se um raio atingir um módulo ou um captor não isolado, sua corrente será conduzida através dos painéis para o Visinskiradnik e gyn9037 (Depositphotos)

uando uma usina fotovoltaica (UFV) utiliza inversores de string (figura 1), eles devem ser protegidos em seu lado c.a. por dispositivos de proteção contra surtos (DPS) classe 1, mesmo que os próprios inversores já incorporem DPS classe 2. Caso a UFV seja atingida por uma descarga atmosférica direta, parcelas da corrente de impulso (10/350 µs) podem ser conduzidas para dentro de seus inversores, danificando-os total ou parcialmente, caso estes não estejam devidamente protegidos.

da corrente de impulso dependerá da disposição dos cabos de energia, algo explicado na norma IEC TR 63227

String FV

Inversor

Fig.1 – Diagrama de uma UFV com inversores de string

Quadro de distribuição c.a.

Transformador elevador

Rede de energia



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Sobretensões

solo, propagando-se em seguida em todas as direções a partir desse ponto. Isso levará ao aumento no potencial do terra local (figura 2). Como os transformadores normalmente estão distantes dos painéis, seu aterramento estará em um outro potencial de referência, o que conduzirá as correntes impulsivas pelos caminhos de maior diferença de potencial e menor impedância. Por isso, parcelas da corrente da descarga atmosférica serão injetadas através dos DPS do lado c.a. do inversor, fluindo em direção aos transformadores, onde serão então distribuídas pelos seu sistema de aterramento (figura 3). Como os inversores são instalados próximos aos módulos fotovoltaicos, sendo interligados a um sistema de aterramento único, conforme a IEC TR 63227, existirá uma ligação equipotencial evitando que parcelas da corrente do raios sejam esperadas no lado c.c. dos inversores. Portanto exclusivamente DPS classe 2 são suficientes no lado c.c. do inversor, porque neste ponto somente existirão correntes de surtos induzidas (8/20 µs). A presença de correntes parciais de impulso no lado c.a. em SFV com inversores de string é algo descrito também na norma IEC 61643-32 [4]. No entanto, como a maioria dos inversores de string possuem apenas DPS classe 2 em seu lado c.a., é necessária proteção adicional com DPS classe 1 para desviar com segurança as correntes parciais de impulso, com alta energia, para que o inversor não seja danificado ou destruído.

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SPDA classe III: 100 kA

30 m

30 m Aprox. 106 kV

30 m Aprox. 53 kV

30 m Aprox. 35 kV

Aprox. 3,2 MV

30 m Aprox. 27 kV

Aprox. 21 kV

Premissa: Solo homogêneo Resistividade do solo: 200 Ωm Ponto de impacto: módulo FV

30 m 60 m 90 m 120 m 150 m 180 m 210 m 240 m 270 m 300 m Distância 1 m Difer. de potencial em um terra remoto 3185 kV 106 kV 53 kV 35 kV 27 kV 21 kV 18 kV 15 kV 13 kV 12 kV 11 kV

Fig.2 – Aumento de potencial no terra local aconteça, devem ser utilizados protetores certificados, evitando falhas no inversor e os custos decorrentes dessas falhas (custos de aquisição e instalação, interrupção da geração, etc.). Caso uma energia excessiva alcance o DPS classe 2 no inversor, o DPS classe 1 a montante, com maior capacidade, deve atuar para dissipar a energia associada às correntes de impulso. Para que o DPS classe 1 cumpra seu objetivo, ele deve ser construído com a tecnologia mais adequada para desviar correntes impulsivas. Centelha-

dores são componentes comutadores de tensão, com um tempo de atuação na faixa de nanossegundos. Após um tempo extremamente curto, o valor da sobretensão cai para o valor da tensão do arco, normalmente na faixa da tensão de alimentação do sistema. Esta característica do centelhador equivale a uma espécie de função wave breaker (quebra-ondas), possibilitando que o impulso de corrente seja “desligado”, reduzindo consideravelmente o tempo em que ele é conduzido através do DPS. Essa redução limita a área

DPS classe 1 para o lado c.a. do inversor Ao se utilizar DPS classe 1 no lado c.a. de inversores, deve-se garantir a coordenação dos estágios de proteção. Se o DPS classe 1 não estiver coordenado com o DPS classe 2 integrado ao inversor, este poderá ser danificado ou mesmo destruído. Para que isso não

DPS c.a. classe 1 DPS FV classe 2 Correntes parciais de impulso

Fig.3 – Corrente parcial de impulso conduzida do ponto de impacto para o aterramento do transformador



36

I [kA]

Sobretensões

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I [kA]

Corrente total

Corrente total

Corrente conduzida pelo DPS classe 1 (centelhador)

Conversão de energia no DPS classe 2

Conversão de energia no DPS classe 2 corrente conduzida pelo DPS classe 1 (varistor)

Redução do tempo do impulso função “wave breaker”

t [ms]

t [ms]

Fig.4 – Comparação entre um DPS classe 1 baseado em centelhadores e um DPS classe 1 baseado em varistores da curva tempo vs. corrente a um valor extremamente baixo (figura 4). Mesmo com altas correntes de impulso, apenas uma pequena quantidade de energia é liberada para o inversor, sendo em seguida dissipada pelo DPS classe 2 incorporado a ele. Os varistores, por outro lado, são componentes limitadores de tensão. Ao usar DPS classe 1 baseados em varistores, a tensão é limitada durante toda a condução da corrente de impul-

Na configuração 3+1,dois DPS sempre estarão em série (L–L ; L–PE), com uma tensão contínua de operação de 440 Vca. Com essa conexão em série, a tensão máxima contínua de operação (Uc) do DPS se eleva para 880 V, sendo um valor adequado para tensões em redes de 800 Vca [5].

so, conduzida por esse tempo para o inversor (figura 4).

Proteção contra surtos no lado c.a. com DPS 440V na configuração 3+1 Para proteção do inversor, também é recomendada a utilização de DPS na configuração 3+1, consistindo em quatro centelhadores instalados juntos do lado c.a. do inversor (figura 5).

Teste de coordenação entre o DPS classe 1 e o DPS classe 2 incorporado ao inversor Como visto, para proteger os SFV de forma confiável durante surtos de tensão ou corrente, poderá ser necessário, dependendo da tensão suportável de impulso (SWC) do equipamento a ser protegido (por exemplo, inversores) e do cabeamento do sistema elétrico (comprimento do cabo, roteamento etc.), o uso de duas


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ou mais classes de DPS. Nesses casos, uma coordenação eficaz dos DPS deve ser considerada, para que o DPS a jusante não seja sobrecarregado. Além F1 – F3 disso, as sobretensões que sur4 × DBM 1 440 FM gem devem ser limitadas de modo que a tensão limite esteja abaixo da rigidez dielétrica dos equipamentos a ser protegidos. Para verificar isso, um teste de Fig.5 – DPS 440 V FM na configuração 3+1,com sinalização remota coordenação deve ser realizado de acordo com norma IEC 61643-12:2020 [6], para garantir a coorgas atmosféricas para esses sistemas. denação entre o DPS classe 1 e o DPS Caso o DPS correto não seja utilizado classe 2 incorporado ao inversor. em cada ponto da instalação, ela continuará vulnerável aos surtos de tensão ou corrente, mesmo que exista neste Conclusão caso uma falsa sensação de segurança. As descargas atmosféricas são responsáveis por aproximadamente 25% Referências das falhas em SFV. Isso se deve em [1] Santos, Sergio Roberto: A proteção contra desparte ao desconhecimento das particargas atmosféricas de usinas fotovoltaicas. Revista FotoVolt nº 50, agosto de 2022, pág. 42-49. cularidades da proteção contra descar-

Sobretensões

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[2] Lopez, Maria José; Santos, Sergio Roberto: A proteção de linhas de sinal em usinas fotovoltaicas. Revista FotoVolt nº 56, abril de 2023, pág. 54-59. [3] International Electrotechnical Commission: IEC TR 63227:2020 Lightning and surge voltage protection for photovoltaic (PV) power supply systems. [4] International Electrotechnical Commission: IEC 61643-32:2017 Low-voltage surge protective devices - Part 32: Surge protective devices connected to the d.c. side of photovoltaic installations Selection and application principles. (Equivalente à norma brasileira ABNT NBR IEC 6164332:2022 Dispositivos de proteção contra surtos de baixa tensão Parte 32: DPS conectado no lado corrente contínua das instalações fotovoltaicas - Princípios de seleção e aplicação.) [5] DEHN SE: Protection of 800V AC String Inverters Against Lightning Damage on the AC Side (white paper). [6] International Electrotechnical Commission: IEC 61643-12:2020 Low-voltage surge protective devices - Part 12: Surge protective devices connected to low-voltage power systems - Selection and application principles. Artigo traduzido do inglês pelo engenheiro Sergio Roberto Santos, da Lambda Consultoria Ltda.




Proteção

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Otimização do projeto de malha de aterramento de usinas FV

Wirestock Creators

Mário Leite Pereira Filho, da EngSim Serviços, e Carlos Moreira Leite, da Officina de Mydia

Utilizando como exemplo o projeto de uma malha de 35 hectares que utilizou um software tradicional para essa aplicação,este artigo descreve uma otimização realizada com um software capaz de simular a malha em sua totalidade e fazer somente alterações locais para atender o critério de potencial de toque. A otimização resultou na economia de 82,6 % dos cabos originalmente especificados.

O

projeto de malhas de aterramento para usinas solares fotovoltaicas apresenta desafios específicos, destacando-se as dimensões da área do empreendimento, com valores típicos de alguns hectares, substancialmente maior do que nas subestações convencionais de transmissão de energia elétrica. A norma técnica mais usada é a IEEE Std 2778 [1] juntamente com a IEEE Std 80 [2]. Deve-se atender aos requisitos de segurança contra choque elétrico buscando-se ainda o uso ótimo dos materiais. Este artigo apresenta uma estratégia de projeto da malha para otimizar o uso de materiais explorando os recursos de um software capaz de simular toda a malha existente e não apenas partes, utilizando como exemplo a malha analisada em um artigo clássico publicado sobre o assunto (Ma & Dawalibi, 2010 [3]).

Descrição da malha analisada A malha considerada no artigo tomado como exemplo [3] tem 35 hectares e está acoplada a uma subestação

de transmissão de 220 kV. A análise é feita somente sobre a malha da instalação solar. A figura 1 mostra a planta da instalação. O solo foi modelado em três camadas horizontais. A tabela I mostra os valores utilizados. A corrente injetada na malha da subestação é de 21,4 kA, com tempo de interrupção ts = 0,217 s. A norma aplicável na época da publicação do artigo era a IEEE 80 [2], Tab. I – Estratificação do solo 1

2

3

Resistividade (Ω.m)

430

220

80

Espessura (m)

0,91

40,6

uma vez que ainda não existia a IEEE 2778 [1]. O valor admissível do potencial de toque foi calculado para pessoa de 50 kg e Cs = 1 (sem revestimento), pela fórmula:

Em [3], os autores optaram por não utilizar o valor de resistividade do solo da primeira camada (430 .m), mas sim o menor valor medido durante o levantamento da resistividade, de 75 .m, justificando maior garantia de segurança para os operadores. Dessa forma, a tabela II mostra os valores de potencial de toque calculados para as duas resistividades. O



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Proteção

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A solução proposta no artigo de 2010 [3] resulta no uso de mais de 46 km de cabos, pois o arranjo de alta densidade de cabos e hastes usado nos cantos da malha teria que ser estendido a toda a malha, com custos certamente bem altos. Portanto, no presente artigo relatamos os resultados de uma investigação da solução com a malha completa, para avaliar os ganhos possíveis na solução.

Tab. II – Potenciais de toque admissíveis Resistividade (Ω.m)

430

75

Etoque50 (V)

410

277

Site da instalação de geração de energia FV

Conjuntos 220 kV PVCS nº 1

596 m

potencial de passo não foi Planta de calculado, pois é um critério Arranjo 1 Arranjo 2 energia PCS 1 PCS 2 normalmente atendido quanexistente do a malha atende ao critério de potencial de toque. Arranjo 3 Arranjo 4 O potencial de toque será PCS 3 PCS 4 Cerca da propriedade aqui calculado para a configuração da figura 4 de Ma & PVCS nº 2 Arranjo 5 Arranjo 6 Dawalibi [3], onde ocorrem PCS 5 PCS 6 Arranjo 9 os maiores valores. A figura PCS 9 2 mostra o leiaute da malha Arranjo 7 Arranjo 8 Arranjo 10 simulada no artigo original. PCS 7 PCS 8 PCS 10 Pode-se observar que, exceto nos locais numerados de 656 m 1 a 8, onde se espera maior valor de potencial de toque, a Fig.1 – Planta básica da instalação distribuição dos condutores foi simplificada, os suportes verticais dos condutores da malha e das interligações, enquanto o software utilide apoio não foram representados e a zado em nosso estudo para a otimiretícula da malha é cerca de 30 vezes zação [5] considera potencial médio maior do que a real. Isto foi feito para constante em cada seção da malha e reduzir a quantidade de condutores, somente impedâncias de interligação uma vez que o simulador tradicional entre malhas. Neste caso, foram conutilizado [4] restringia o número de sideradas três malhas interligadas, condutores. a da subestação de 220 kV e as duas Deve-se ressaltar que o simulador das instalações solares. em questão considera a impedância

Resultados obtidos Validação de resultados iniciais Foi executada uma simulação com o software que permite analisar o cenário completo do sistema de aterramento [5] usando a mesma geometria da figura 2, para uma verificação preliminar de resultados. A figura 3 mostra um mapa de cores no canto esquerdo superior da figura 2 em uma área de 25x25 metros, suficiente para caracterizar o padrão de potenciais. O valor máximo do potencial de toque é de 244 V no interior da retícula e 302 V na diagonal exterior. Espera-se que o valor do potencial de toque máximo seja mais alto em nosso modelo. No artigo original [3], o valor de 238,4 V está bem próximo dos 244 V.

Planta de energia existente

595

592,5

2

1 590

587,5

585

Cerca da propriedade

3

582,5

8

580

577,5

575

4

5

6

Fig.2 – Leiaute da malha simulada originalmente(figura 4 de[3])

7

572,5 0

2,5

5

7,5

10

12,5

15

17,5

20

Fig.3 – Detalhes dos potenciais de toque na região 2 da malha da figura 2

22,5

Vtoque (V) 404 350 295 240 186 131 76 22



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596 594 592 590 588 586 584 582 580 578 576 574 572

750 700 650

0

5

10

15

20

25

600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

0

200

400

600

Fig.4 – Planta da malha com hastes nos apoios

Solução considerando todas os postes de apoio Esta solução consistiu em considerar no modelo todas as hastes de apoio dos módulos fotovoltaicos. O padrão de fixação é típico da indústria, com um reticulado de 4,52 x 4,55 metros, e mantendo o cabo ao redor do perímetro das malhas solares. Os apoios foram considerados como vigas C com 1,6 m de comprimento e perímetro de 100 mm.

Foram utilizadas 13 660 hastes cial de toque máximo de 277 V é atene 6,86 km de cabos, representando dido em todas as regiões do canto da um adicional de cabos de 2,92 km malha, área mais crítica. além daqueles cabos da malha de Os cabos adicionais têm apenas 220 kV. 0,68 km de comprimento, com total A figura 4 mostra o padrão de cabos de 7,54 km. Em relação à soresultante. Observe-se o detalhe lução proposta em [3], isto representa no canto esquerdo superior, eviredução de 38 km de cabos, equivadenciando as hastes e o cabo no lente a uma economia de 82,6%, tanto perímetro. em custos de material quanto de insA figura 5 mostra o mapa de talação. cores no detalhe do canto superior Ressalta-se que se fosse usado o vaesquerdo. Pode-se observar que, lor tradicional do potencial de toque exceto na diagonal externa e no inmáximo de 410 V, a malha da figura 4 terior da reticula no canto, os potenciais 595 de toque atendem o critério de 277 V. 592,5 A redução do 590 potencial de toque pode ser alcançada 587,5 Vtoque (V) colocando-se três 398 346 cabos de aproximada585 294 242 mente 20 metros cada, 190 582,5 138 dois deles a 0,7 metro 86 34 do perímetro com pro580 fundidade de 0,3 metro, e outro ao longo da dia577,5 gonal. A figura 6 mos575 tra o mapa de cores do potencial de toque. 572,5 0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5 Pode-se observar Fig.5 – Detalhes do potencial de toque da malha com os apoios/hastes que o valor do poten-


Proteção

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já atenderia o limite normalizado, sem necessidade de outras intervenções no projeto.

Referências 595

592,5

590

587,5

Conclusões

45

585

Vtoque (V) 271 233 195 157 118 80 42 4

A malha de 582,5 aterramento de plantas foto580 voltaicas apre577,5 senta desafios devido a suas 575 dimensões. Dessa forma, a 572,5 0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5 disponibilidade Fig.6 – Detalhes do potencial de toque malha com hastes nos apoios e reforço nos cantos de uma ferramenta de software que permita analisar o cenário problema em pontos específicos, sem necessidade de fazer aproximações completo do sistema de aterramento genéricas que resultem em projeto traz benefício econômico, permitindo intervenções pontuais para resolver o superdimensionado.

[1] IEEE STD. 2778: IEEE Guide for Solar Power Plant Grounding for Personal Protection. New York: IEEE, 2020. [2] IEEE STD. 80: IEEE Guide for Safety in AC Substation Grounding. New York: IEEE, 2000. [3] Ma, Jinxi; Dawalibi, Farid P.: Grounding Analysis of a Solar Power Generation Facility. In: Asia-Pacific Power and Energy Engineering Conference, 2010, Chengdu. Proc.. New York: IEEE, 2010. [4] Sestech - Safe Engineering Services & Technologies, ltd.: “MALZ – Frequency Domain Grounding / Earthing Analysis”. https:// sestech.com/en/Product/Module/MALZ (acesso em 12/05/2023). [5] Officina de Mydia: “TecAt Plus - Dimensionamento de malhas de terra para subestações elétricas, usinas FV, distribuição primária e secundária, telecomunicações, proteção atmosférica (SPDA) e baixa-tensão”. https://www.mydia. com/grounding/grounding_tecat.htm (acesso em 12/05/2023). Trabalho apresentado no congresso Eletrotec+EM Power 2023, 29 a 31 de agosto de 2023, São Paulo. Adaptado para publicação em FotoVolt com autorização dos autores.




Feira

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The Smarter E South America promete recorde de público e expositores

A

feira e congresso The Smarter E South America, que tem entre seus quatro eventos paralelos do setor de energia a Intersolar South America, considerada a principal do mercado solar fotovoltaico da América Latina, promete ter sua maior edição em 2023, entre os dias 29 e 31 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo. A expectativa dos organizadores, uma parceria entre a Aranda Eventos com as alemãs Solar Promotion e a Freiburg Management and Marketing International, é de recorde de público para visitar os mais de 500 expositores. Além da Intersolar, que chega neste ano à sua 10ª edição, o evento conta ainda com a Eletrotec+EM Power South America, de instalações elétricas e gestão de energia, a ees South America, voltada para o setor de baterias e sistemas de armazenamento de energia, além da mostra especial Power2Drive South America, de eletromobilidade. Cada uma das feiras contará também com congresso paralelo. Juntos, estes devem atrair cerca de dois mil congressistas. O crescimento no número de expositores é expressivo, já que em 2022 marcaram presença 400 empresas brasileiras e estrangeiras, que atraíram um público superior a 44 mil pessoas. Entre os expositores, além de fabricantes e distribuidores de equipamentos

As três feiras do evento vão contarcom mais de 500 empresas e cerca de 50 mil visitantes de todos os segmentos representados (células e módulos solares, componentes fotovoltaicos, sistemas de montagem e acessórios de instalação, rastreamento, tecnologias de produção FV, etc.), haverá estandes de integradores, institutos de pesquisa e de prestadores de serviços, incluindo aí empresas de soluções de digitalização e instituições financeiras com foco no financiamento de sistemas solares. Veja aqui alguns dos produtos, soluções e serviços que serão apresentados na feira.

Instaladora A AleoSolar, especialista em instalação, manutenção e limpeza de projetos fotovoltaicos, vai divulgar na feira os ser-

viços para execução de projetos de energia solar que oferece. Segundo a empresa, o quadro de funcionários é

certificado e qualificado, e a companhia segue as atuais normas de regulamentação de segurança visando um sistema preventivo e livre de acidentes. www.aleosolar.com.br

Proteção à corrosão A ArcelorMittal vai destacar em seu estande na Intersolar South America


Feira

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o Magnelis, um revestimento metálico com resistência à corrosão que afirma ser pelo menos três vezes superior ao zincado. Além de proteção em contato com o solo, possui capacidade de autocicatrização, que protege as regiões perfuradas, bordas e arranhões. Segundo a empresa, o Magnelis reduz a cadeia logística, pois elimina a etapa de galvanização após a conformação da estrutura, e é mais sustentável, pois prolonga a vida útil das estruturas solares, reduz manutenção, custos, lead time, maximizando o retorno do investimento.

ma para operação, gestão e controle de todos os processos de empresas integradoras. Possui diversos módulos, como: comercial, contratos, projetos, obras, compras-produção-estoque, suprimentos-patrimônio, app do instalador, financeiro, RH e pós-venda/assistência. Segundo a empresa, por meio da solução é possível centralizar processos e informações da integradora, desde a emissão de proposta comercial, passando pelo gerenciamento de tarefas, prazos, estoques até o controle de satisfação dos clientes no pós-venda. www.aster.app.br

Tracker A Axial vai apresentar o tracker 1VTwin, que conta com dual-row e tecnologia homocinética, permitindo, segundo a empresa, total adequação ao terreno

https://brasil.arcelormittal.com

Tracker A Array vai apresentar na feira o protótipo do tracker Array STI H250, considerado o modelo carro-chefe da empresa no mercado latino-americano, que foi atualizado e teve o software aprimorado. Em seu estande, a com-

panhia contará também com datasheets interativos de todas as soluções de tracker de seu portfólio para a região, a fim de mostrar as diferenças entre os modelos e apontar o mais adequado para cada tipo de projeto. https://arraytechinc.com

Software para integradoras Projetado especificamente para o segmento de energia solar, o sistema Aster ERP Solar, que será mostrado na exposição pela Aster, é uma platafor-

e diminuindo trabalhos civis. O equipamento usa o acionamento homocinético como elemento chave, possibilitando que ambas as fileiras trabalhem coordenadas, mas sem necessidade de mantê-las alinhadas e paralelas entre si, considerando o desnivelamento do solo. Através de um único motor autoalimentado, a solução foi desenhada para resolver a transmissão entre as fileiras através da junta homocinética, combinada com uma estrutura robusta, sistemas de bloqueio e de amortecimento, desenvolvidos para operar em qualquer região do Brasil, suportando todas as cargas de vento. www.axialstructural.com

Módulos solares O módulo Axiperfect, indicado para instalações em telhado, será o desta-

49

que da Axitec na Intersolar. O equipamento tem potência de 425 Wp, 108 células, dimensões de 722 mm x 1134 mm e eficiência de 21,8%. Já os módulos bifaciais Axibiperfect, de 570 Wp e 144 células, têm eficiência de 22,07%, e são adequados principalmente para instalações em solo. A empresa oferece 15 anos de garantia de fabricação e 30 anos de garantia de desempenho (87,4% da potência nominal). www.axitecsolar.com/pt-br

Kits fotovoltaicos A Bold Energy fornece kits completos, que incluem módulos, inversores, estruturas de fixação e acessórios. A empresa possui uma plataforma própria e exclusiva voltada aos integradores para elaboração de orçamentos personalizados, com o objetivo de agilizar o processo de planejamento e otimização dos projetos fotovoltaicos. Além disso, oferece treinamentos, consultorias e suporte técnico. www.boldenergy.com.br

Instalação de painéis A Boltinox vai expor na feira seus fixadores de painéis solares de aço inoxidável. Segundo a empresa, tais equipamentos devem atender as exigências de resistência mecânica e de corrosão, levando em conta as condições extre-




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Feira

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Solução de monitoramento

mas presentes no local de instalação, a fim de aumentar a estabilidade e a longevidade do sistema. Os fixadores de aço inoxidável ajudam a evitar a corrosão, principalmente a galvânica, um processo eletroquímico que ocorre quando o aço comum entra em contato com o alumínio. www.boltinox.com.br

Pirâmide solar O Grupo Bonö Energia vai mostrar em seu estande um projeto que fez parte de uma licitação realizada pela prefeitura de Curitiba: a primeira usina solar da América Latina construída

sobre aterro sanitário desativado. Foram mais de 8500 módulos fotovoltaicos para geração de 4,55 MWp distribuídos em 49 mil metros quadrados de área, que deve gerar cerca de 30% da necessidade dos prédios públicos de Curitiba. O projeto gerou diversos desafios, como instabilidade do solo; deformações por conta da decomposição dos resíduos de lixo (chorume e gás); impossibilidade de fazer perfurações; sustentação da estrutura da mesa fotovoltaica; alta incidência de umidade e chuvas na região; obrigatoriedade de contratação de mão de obra de Curitiba.

A Dualbase vai mostrar uma solução para monitorar a geração de energia solar em conformidade com a norma IEC 61724-1:2021. Customizável, a tecnologia mede diversos dados para acompanhamento do desempenho

são adequados para uso em telhados ou BIPV, possuem certificações nacionais e internacionais de qualidade e segurança, como o Inmetro, ISO 9001, ISO 14001, entre outros. A DAH Solar também vai apresentar o Solar Unit, que, segundo a empresa, reúne as vantagens de um módulo fotovoltaico de alta tecnologia e os benefícios dos microinversores. A solução é como um módulo fotovoltaico com saída em corrente alternada, pronto para ser conectado à rede elétrica. Segundo a empresa, permite maior flexibilidade para os projetos, uma vez que é possível a instalação de módulos fotovoltaicos em diferentes orientações e com ângulos de inclinação distintos, acompanhando os desenhos dos telhados. https://pt.dahsolarpv.com

Segurança e monitoramento A Dicomp, fornecedora de serviços multissoluções para energia solar, telecom, segurança eletrônica e automação industrial, apresentará soluções para usinas solares durante a Intersolar South America 2023. A em-

https://bonofotovoltaico.com.br

Módulo full-screen O módulo full-screen, destaque da DAH Solar na feira, é uma tecnologia patenteada globalmente pela empresa. O módulo não tem a tradicional moldura, evitando o acúmulo de sujidade e água e aumentando a geração de energia em até 15%. Os equipamentos

presa vai destacar sistemas voltados a garantir a segurança e monitoramento das usinas, com tecnologia de CFTV conectadas às verticais de telecom, automação e energia solar on e off-grid. https://loja.dicomp.com.br

das usinas, como radiação solar, temperatura, umidade, vento, perda de eficiência devido a sujeira, entre outros. Segundo a empresa, o sistema destaca-se pela robustez e confiabilidade e torna o gerenciamento do processo de geração mais preciso, permitindo otimização de resultados. www.dualbase.com.br

Microinversores, armazenamento Por meio da parceria com a APsystems, a Ecori vai expor os novos microinversores DS3-H, DS3-LV e QT2220. Outra novidade é o APstorage, sistema de armazenamento para diferentes necessidades de projetos. Além disso, no estande da empresa haverá um espaço onde serão ministrados treinamentos sobre diversos temas do mercado. A Ecori também apresentará o portfólio da SolarEdge com diversas opções para projetos trifásicos, com ênfase para a linha Synergy e os otimizadores de potência. Também estarão expostos outros itens que integram projetos, como estruturas de solo, o inversor GoodWe GW80KN-MT, o módulo JA 545 W bifacial e o módulo Canadian 665 W monofacial. www.ecorienergiasolar.com.br

Software para projetos FV A Electro Graphics vai apresentar na feira uma novidade do seu software



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Feira

para projetos fotovoltaicos SOLergo: em sua série 2023, o sistema realiza o cálculo da cobrança do custo de compensação, obtido através do Fio B, que incide sobre a energia compensada dos geradores até 500 kW e também sobre o Fio A e outros encargos para geradores acima de 500 kW. Com a Série 2023, segundo a empresa, também é possível realizar o dimensionamento dos cabos de acordo com a norma ANBT NBR 16612, que especifica os requisitos mínimos para a qualificação e aceitação de cabos singelos de condutor flexível para uso em corrente contínua em instalações de energia fotovoltaica. O SOLergo 2023 também aumentou as possibilidades de gerenciamento e representação tridimensional do layout do gerador e apresenta uma nova interface gráfica. www.electrographics.com.br

Sistema solar híbrido Durante a feira, a Elgin fará uma demonstração de um sistema de energia

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solar híbrido em funcionamento. A simulação ocorre em paralelo com uma bateria de lítio, e visa expor a permanência dos equipamentos ligados em casos de queda de energia, além de outros diferenciais do produto. Outra solução a ser apresentada é o carregador veicular elétrico, disponível em duas versões: 7,4 kW/220 V e 22 kW/380 V.

seu “Espaço Enerzee”, um showroom sensorial onde são apresentadas soluções para casa inteligente, desde os sistemas fotovoltaicos, passando por eletrodomésticos por indução, dis-

www.loja.elgin.com.br

www.enerzee.com.br

pensando o uso do gás, até as opções em mobilidade, como carros, motos e bicicletas elétricas.

Projetos, serviços

Testador multifuncional

A Enersolar vai divulgar na exposição os serviços que realiza, como geotecnia, terraplanagem, cravação de estacas, instalações eletromecânicas, EPC ou BOS e projetos executivos, entre outros.

A Fluke vai apresentar na mostra o testador multifuncional Fluke SMFT1000 com traçado de curva I-V A para verificar o desempenho e a segurança de sistemas fotovoltaicos, além de gerar relatórios para o cliente. Desen-

www.enersolar.eng.br

Sistemas fotovoltaicos A Enerzee, que participará pela primeira vez da InterSolar South América, vai mostrar suas soluções para o segmento e apresentará o formato de



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volvido para profissionais do setor fotovoltaico, que prestam serviços de instalação, comissionamento e manutenção para sistemas operando em até 1.000 V CC, o SMFT-1000 realiza testes fotovoltaicos em conformidade com a norma IEC 62446-1. Segundo a empresa, por meio do software TruTest da Fluke, os dados de medição dos testes de instalação e comissionamento do sistema solar podem ser importados, organizados e analisados para gerar relatórios. Conta com medidor de irradiância IRR2-BT, que se conecta sem fio ao SMFT-1000 para transmitir dados em tempo real, a fim de fornecer medições de curva I-V precisas. Caso a conexão sem fio seja interrompida, o IRR2-BT continuará registrando dados por até 17 horas, que poderão ser posteriormente combinados aos testes realizados com o testador. www.fluke.com/pt-br

Skid solar A Gimi vai destacar o Skid Eco Solar, que visa abrigar os equipamentos de proteção, controle, transformação e distribuição de energia para sistemas solares. O equipamento tem papel central para conexão e distribuição da energia, pois abriga os inversores e converte a energia proveniente dos

módulos, de corrente contínua para alternada, em níveis de tensão adequados, afirma a empresa. O quadro geral de baixa tensão concentra e interliga ao transformador, que eleva a tensão para conexão à rede da concessionária. Segundo a empresa, a solução permite a centralização dos equipamentos elétricos em um único local, o que facilita a manutenção, a monta-

gem, o monitoramento e o controle da energia elétrica, diminuindo os períodos de inatividade e os custos associados. A estrutura também concentra os dispositivos de proteção e controle, minimizando os riscos elétricos e possibilitando uma resposta rápida a possíveis problemas, destaca a Gimi. https://gimi.com.br

Estrutura em fibra de vidro O Grupo Santa Catarina vai mostrar na feira sua estrutura para painéis fotovoltaicos em fibra de vidro. Segundo a empresa, o produto oferece resistência à flexão, tração e ao impacto, e também é imune à corrosão e intempéries, não enferruja e resiste mesmo em ambientes altamente agressivos, assegurando o desempenho e vida útil das instalações. Possui peso reduzido, o que facilita, de acordo com a GSC, o transporte e auxilia na diminuição de custos. www.gsc.ind.br

Inversor A HandySolar, por meio de sua parceria com a Nansen, vai expor na Intersolar o inversor ASN-8SL, que oferece eficiência de 97,80%, 2 MPPTs independentes e baixa tensão de inicialização. Possui instalação simples, com monitoramento remoto 4G/Wifi e interface interativa em português. Possui proteção IP66 e AFCI (opcional) e chave seccionadora integrada. O equipamento conta com 10 anos de garantia e suporte técnico local da Nansen. https://handysolar.com.br

Estação solarimétrica A estação solarimétrica Hukseflux, que será apresentada pela empresa na exposição, mede uma ampla gama de parâmetros críticos para a produção de energia solar, como temperatura, umidade relativa, velocidade e direção do vento, precipitação, radiação solar global horizontal, no plano dos módulos, albedo, radiação solar direta e difusa, e temperatura de contato do módulo. Tem interfaces disponíveis Ethernet (Modbus/TCP) e/ou RS485 (Modbus RTU), dentre outras. Conta ainda com o sistema HBSoiling, que permite analisar perdas de eficiência devido à sujeira nos painéis solares. Atende as normas ISO 9060:2018 e IEC 61724-1:2021. https://huksefluxbrasil.com.br

Haste ponta brocante A haste ponta brocante, destaque da Inox-Par na Intersolar, possui ponta autoperfurante, que descarta a necessidade de furo prévio para aplicação. Segundo a empresa, tal característica oferece mais eficiência e rapidez durante a instalação de estruturas fotovoltaicas em vigas metálicas. A companhia destaca ainda que a ponta autoperfurante se assemelha à ponta de uma broca e sua resistência e capacidade de corte podem ser comprovadas em campo, uma vez que uma única peça pode realizar até 10 perfurações. www.inoxpar.com.br

Microinversor O microinversor TSOL-MP3000, da marca TSUN, será destaque no estande da Loja Elétrica Solar. Com potência de 3 kW, possui seis entradas que suportam painéis de até 700 W cada e corrente máxima de entrada de 20 A. De acordo com a fornecedora, os



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seis MPPTs individuais maximizam a geração de energia em instalações em telhados complexos ou com sombreamento, e o design plug-and-play proporciona facilidade e redução no tempo de instalação. Outra vantagem do equipamento, segundo a Loja Elétrica, é a tecnologia de fundição de metal e a inclusão do cabo CC estendido, que conferem design estrutural exclusivo e grau de proteção IP 67, aumentando a vida útil do microinversor. A fabricante oferece garantia padrão de 12 anos, incluindo o módulo de comunicação, que é integrado ao equipamento. www.lojaeletrica.com.br

Inversores 800 V A Mazer vai lançar na feira uma linha de inversores que opera em 800 V. Até então a companhia focava apenas em clientes dos segmentos residencial e C&I (Comercial e Industrial), fornecendo inversores de no máximo 110 kW de potência. Além de inversores para usinas utilizando tensões de alimentação desde 380 Vca a 800 Vca, a companhia agregou no seu portfólio rastreadores solares (trackers), equipamentos CA para subestação,

softwares para O&M das plantas e módulos de alta potência. A Mazer também fornece soluções completas, utilizando inversores de 200 kW e 250 kW da Huawei, e módulos bifaciais de maior potência, com até 660 Wp, da fabricante Trina Solar. www.mazer.com.br

Financiamento A fintech Meu Financiamento Solar, especializada em financiamento para projetos de painéis fotovoltaicos no Brasil, estará presente na Intersolar South America apresentando a solução financeira destinada à aquisição de carregadores de veículos elétricos, tanto para uso residencial quanto para estabelecimentos comerciais, cuja compra pode ser feita de forma individualizada ou integrada com a instalação de painéis solares em telhados de residências e empresas. Segundo a empresa, a intenção é atender, por meio totalmente digital, os proprietários de painéis fotovoltaicos, de veículos elétricos e híbridos e consumidores em geral. https://meufinanciamentosolar.com.br

Armazenamento de energia A Micropower Energia, parceira da Tesla no País, vai destacar na exposição suas soluções de armazenamento de energia, atuando nos segmentos de geração solar e microrredes. A em-

presa mostrará o projeto da microrrede totalmente isolada e 100% renovável instalada em Xique-Xique – Remanso/ BA, no qual atuou no desenvolvimento e instalação. A iniciativa proporciona o acesso à energia elétrica para mais de 100 famílias e, consequentemente, maior qualidade de vida e benefícios socioambientais, afirma a empresa. https://mpcenergy.com.br

Estruturas A Milatec vai expor suas estruturas para carports, desenvolvidas com a tecnologia Light Steel Frame (estruturas em aço leve), que permite montagem 100% parafusada e instalação rápida.


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A empresa participou recentemente do projeto da maior usina de garagem

solar de Sergipe, localizada no Hospital Primavera, que conta com 1256 módulos e 277 vagas. https://site.milatec.ind.br/solar

Monitoramento A Miomega vai destacar na feira o Solar Box, uma solução de monitoramento que utiliza SMUs Kernel Sistemi, fabricadas na Itália, para a montagem de Combiner Box monitoradas. A caixa combinadora SolarBox com monitoramento está disponível com tecnologia de sensores de monitoramento shunt ou hall. https://miomega.com.br

Tracker O novo tracker da MTR Solar, que vai ser apresentado na feira, é desenvolvido com tecnologia 100% nacional em Juiz de Fora, MG. De acordo com a empresa, o tracker é adaptável às condições de clima e solo de diferentes regiões do País e programa o posicionamento dos módulos solares considerando a posição solar em cada estação do ano. Por meio da correção da angulação dos painéis, a produção de energia pode ser até 30% maior, afirma a empresa. O equipamento tem um giro de -55° até 55° e conta com um elemento de máquina que serve como apoio

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fixo para a transmissão mecânica em elementos girantes (eixos e rolamentos), patenteado pela MTR-Arcol, cujo objetivo é reduzir o esforço mecânico do motor e, consequentemente, o custo de manutenção. O tracker também conta com um “amortecedor”, que alivia o efeito de ações do tempo como chuva forte e ventania em diferentes regiões e estações do ano que possam causar impacto na estrutura. https://mtrsolar.com.br

Inversor híbrido O inversor híbrido ou on-grid com baterias, da Nansen Solar, vai ser o destaque da companhia na feira. Além de converter a corrente contínua em corrente alternada, o equipamento trabalha simultaneamente com baterias, possibilitando a operação on-grid e off-grid. O inversor híbrido da Nansen, disponível em 6 kW e 12 kW, possui homologação Inmetro, conforme Portaria nº 140/2022. nansen.com.br

Inversores monofásicos A linha de inversores monofásicos – composta por quatro modelos: NXN3K (3kW), NXN5K (5kW), NXN6K5 (6,5kW) e NXN8K (8kW) – vai ser o destaque da Nexen na feira. Todos os inversores apresentam baixa tensão de partida, o que proporciona ganho de geração no começo e fim do dia, afirma a empresa, e possuem DPS (dispositivo de proteção contra surtos), otimizando o uso de string box. Os equipa-

mentos são compactos, leves e robustos, suportando 40% (NXN5K e NXN6K5) e 50% (NXN3K e NXN8K) de sobrecarga. https://nexen.com.br

Sistemas Scada A Proauto Electric, em parceria com a Webdom, vai levar para a Intersolar 2023 uma solução para sistemas Scada, desenvolvida especificamente para geração solar em usinas fotovoltaicas. O Scada monitora todos os dispositivos incluídos em uma instalação fotovoltaica, otimizando a geração de energia, e alerta sobre as condições climáticas, mostrando visualmente diversas informações, como níveis de incidência solar, posicionamento dos trackers, estado de limpeza dos mó-

dulos solares, estado dos inversores, velocidade do vento, além de outros parâmetros para otimizar a geração. https://proauto-electric.com

Estação solarimétrica A estação solarimétrica para instalações fotovoltaicas, destaque da Romiotto na feira, tem a função de acompanhar a eficiência da instalação. O equipamento conta com comunicação unificada em RS485 no protocolo RS485, e pode ser composta por célula de referência monocristalina (escala de 0 até 1200W/ m2 ±0,3%); sensor de temperatura ambiente com defletor (escala -55 até +80°C ±0,5%); sensor de temperatura da superfície do módulo fotovoltaico (escala de -30 até 80°C ±0,5%); pluvi-



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ômetro para medição de quantidade de chuva (0 até 144mm/h ±2%); e anemômetro para medição de velocidade do vento (0,9 até 40m/2 ±5%).

motor do sistema de irrigação, submerso ou de superfície, sendo indicado para o abastecimento de água em residências ou agronegócio.

www.romiotto.com.br

www.serranasolar.com.br

Microinversor

Projetos FV

A Serrana Solar fornece kits fotovoltaicos on e off grid, carregadores veiculares wallbox, microinversores, etc. Na feira, a empresa vai mostrar os microinversores, que possuem 4 MPPTs individuais, monitoramento remoto com WiFi individual por microinversor até 100 metros e garantia de 15 anos com troca do inversor. Outro destaque será o driver bomba solar, que possui partida suave, controle de velocidade do motor, proteções de tensão e temperatura do motor. Com potência para atender motores de até 110 CV, o driver pode ser acoplado diretamente ao motor do poço artesiano ou ao

A Snef Brasil executa projetos de sistemas fotovoltaicos, desde a engenharia até o start-up, tanto em geração centralizada quanto distribuída. A empresa conta com departamento de engenharia multidisciplinar: civil, elétrica, mecânica, controle e automação, telecom. Atua em todo o território nacional e realiza projetos básico e executivo, implantação e execução do BOP ou EPC, operação e manutenção, serviços de construção e montagem eletromecânica. A empresa destaca a execução de mais de 670 MWp de UFVs, a fabricação própria de string box, EPC de subestações e bays de conexão até 500 kV, além de O&M, testes e comissionamento. www.snef.com.br

Estruturas de fixação A SolarGroup vai apresentar o novo KIT 1200 para telhados cerâmicos,

fibrocimento e metálicos. Segundo a empresa, o produto tem design inteligente e prático, vem em caixa, o que facilita transporte e armazenagem, além de manuseio simples e rápido, permitindo otimizar o tempo e reduzir custos logísticos. www.solargroup.com.br

BIPV, solar flutuante A Solar Tritec destacará na feira o sistema solar de tecnologia de BIPV (Building Integrated Photovoltaic) no Brasil, que visa integrar energia solar com edifícios verdes, arquitetura única e práticas de construção sustentáveis. Também vai apresentar um sistema de suporte flutuante para módulos solares. www.tritec-energy.com/en

Inversores trifásicos BT A Solplanet, empresa pertencente ao grupo AISWEI, mostrará na Intersolar sua nova linha de inversores trifásicos de baixa

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potência ASW LT-G2 PRO, projetados para operar em 380 V, e disponíveis nas potências de 3 kW, 4 kW, 5 kW, 6 kW, 8 kW e 10 kW. Segundo a empresa, os inversores são capazes de se adaptar a diferentes tamanhos e necessidades dos projetos, proporcionando maior flexibilidade aos projetistas. Cada inversor é equipado com recursos de monitoramento remoto e telemetria, permitindo que os usuários acompanhem o desempenho do sistema em tempo real, possibilitando a identificação rápida de problemas e a tomada de ações corretivas. A empresa oferece suporte técnico. https://solplanet.net

Seguidor solar A Soltec, dedicada a projetos fotovoltaicos com seguidores solares, apresentará na Intersolar South America 2023 o seguidor SFOne, um rastreador bifila projetado para módulos mais longos de 72 e 78 células. O equipamento se caracteriza pelo sistema Dy-Wind, uma tecnologia para o projeto de estruturas resistentes ao vento, e pelo sistema Diffuse Booster, indicado para condições de baixa luminosidade e que proporciona maior desempenho dos painéis solares, segundo a companhia. É autoalimentado, graças ao seu módulo dedicado, o que confere, de acordo com a empresa, melhor custo operacional e redução de tempo de montagem em 25%. www.soltec.com

Inversor off-grid A unidade de Energia Solar da Soprano destacará na Intersolar o inversor off-grid monofásico 220 V, modelo S5-EO1P(4-5)K-48 da Solis, desenvolvido para regiões isoladas ou com ocorrência frequente de quedas de energia. Conta com garantia de 10

anos, tensão de 48 V e é capaz de operar em paralelo com até 10 unidades, permitindo um sistema com potência total de até 50 kW. Possui estrutura compacta para facilitar a instalação, além de medidas de proteção e monitoramento de falhas, a fim de garantir a segurança dos equipamentos e das baterias, afirma a empresa.

portfólio online completo, abrangendo todos os projetos já realizados, além de contar com avaliações dos clientes, informações detalhadas sobre os equipamentos utilizados e as opções de pagamento. Segundo a empresa, a solução oferece aos clientes acesso a todas as informações relevantes para escolher qual empresa realizará o seu projeto. A plataforma também permite solicitar cotações de até cinco empresas e o acompanhamento da apresentação das propostas, que devem ser realizadas em até 72 horas.

www.soprano.com.br

www.sunalizer.com.br

Estruturas de fixação em PRFV

ESS residencial

A Sou Energy vai divulgar na mostra o início da fabricação de perfis em PRFV projetados para o mercado fo-

A Sunwoda fornece sistemas de armazenamento de energia residencial, comercial e industrial. A solução residencial tem o objetivo de economizar custos de eletricidade, armazenando energia fora do horário de pico e excedente de geração solar para suprir eletricidade durante os períodos de pico ou falta de energia. Na feira, um dos destaques da companhia será o MonaWall 5, projetado para instalação em parede e ao ar livre, que possui as seguintes características: monitoramento de tempo, manutenção e atualizações remotas, temperatura operacional -10 ℃ a 50 ℃, classificação de proteção do invólucro IP65, resfriamento convecção natural, garantia de 10 anos, certificações IEC62619/CE/UN38.3, máx. corrente de carga/descarga 100 A/100 A, interface de comunicação CAN 2.0, escalabilidade máx. 8 em paralelo, máx. 40 kWh, energia utilizável (100% DOD) 5 kWh, tensão nominal 51,2 V, tensão de corte de carga/descarga 44,8V~55,2V, corrente nominal de carga/descarga 50 A/50 A, energia nominal 5 kWh.

tovoltaico. O material é 75% mais leve que o aço, oferece segurança, economia e qualidade, além de contar com 25 anos de garantia, afirma a empresa. Os perfis em PRFV podem ser cortados ou furados sem comprometer sua vida útil, não conduz eletricidade e não oxida, o que contribui para a segurança operacional e retorno do investimento. https://souenergy.com.br

Plataforma de negócios A Sunalizer vai apresentar na exposição sua plataforma para empresas do setor solar, que permite exibir um

https://en.sunwoda.com



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Homologação de projetos FV A Taranis Solar é um escritório de engenharia especializada em homologação de projetos fotovoltaicos, que visa facilitar o processo burocrático da homologação e a aprovação junto as concessionárias brasileiras. Desde 2015, a Taranis já homologou cerca de 8.010 projetos entre micro e minigeração e mais de 192 usinas entre

1 MW e 5 MW. Além disso, a empresa, juntamente com uma equipe de engenheiros químicos, desenvolveu a película protetora Wax Dìon, um produto capaz de proteger os módulos solares contra os danos causados pelas chuvas ácidas e acúmulo de sujeira, prolongando o tempo de vida útil dos módulos. https://taranissolar.com.br

Otimizador de potência O TS4, otimizador de potência a nível de módulo, vai ser apresentado pela Tigo na Intersolar. Com o otimizador, a empresa visa resolver problemas

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de mismatch, sombreamento, diferentes orientações, aumento de potência na mesma string, etc., proporcionando mais flexibilidade. O equipamento funciona com qualquer marca de inversor, garante a empresa. A companhia também afirma que o monitoramento a nível de módulo reduz custos de manutenção das instalações, fornecendo alertas de baixo rendimento, de falha no funcionamento, etc. Também conta com desligamento rápido, seguindo norma mundial da NEC, a fim de proteger as instalações.

com material de aço patinável da linha USISAC Convert, que, segundo a companhia, dispensa o processo de galvanização e proporciona redução no lead time de entrega dos equipamentos, agilizando o cronograma de instalação e reduzindo os custos relacionados. www.valmontsolar.com

Tubos, perfis A voestalpine Meincol estará presente na Intersolar South America com sua linha de tubos, perfis e conjuntos soldados para seguidores solares (trackers), estruturas fixas e estruturas para carport. A empresa destacará seu parque fabril para processamento de peças tubulares (laser, dobra e processos agregados),

https://br.tigoenergy.com

Tracker em aço patinável A Valmont Solar vai apresentar na Intersolar soluções em trackers. Um dos destaques é o tracker fabricado

além do sistema de Soluções Construtivas Metsec para coberturas e fechamentos laterais. Com duas unidades industriais, a empresa afirma atender os mais rigorosos padrões de qualidade e normas nacionais e internacionais. www.voestalpine.com


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Combiner box Soluções de Combiner Box serão apresentadas na feira pela Weidmuller. O produto conta em seu sistema de monitoramento e comunicação com a tecnologia sem fio LoRaWAN, com sensores modulares e robustos, gateways e conversores de mídia que permitem, com um ponto de concentração de dados utilizando caixas de comunicação, atingir longas distâncias de cobertura, evitando problemas encontrados em usinas com sistemas de comunicação cabeados. Junto das caixas de comunicação, controladores dedicados agregam a possibilidade

de aquisição facilitada de diversos sensores climáticos via comunicação Modbus, desenvolvimento de sistemas dataloggers, além de sistemas Scada para usinas GD de menor escala. www.weidmueller.com.br

Liga térmica O idea Thermal-Link (iTCO), que vai ser mostrado na feira pela Xiamen, consiste em uma liga térmica, resina de fluxo, eletrodo e Feede Heater (FH), selados em uma carcaça plástica ou cerâmica. Os dois eletrodos são conectados com liga térmica, e quando a temperatura atinge o ponto de fusão, a liga se funde e corta a conexão elétrica. Ao mesmo tempo, há um aquecedor de alimentação (FH) embutido com proteção independente contra superaquecimento, que é capaz de aquecer a liga térmica, fornecendo calor suficiente para fundir e cortar os pontos de conexão elétrica.

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Ou seja, o iTCO também pode receber sinais do sistema de controle para fundir e cortar a conexão. Segundo a empresa, a liga térmica funciona com o Battery Management System (BMS), o qual, quando detecta uma corrente anormal, envia um sinal para acionar

o iTCO para cortar o circuito de carga. No caso de falha do BMS, o iTCO também pode detectar o superaquecimento e cortar o circuito de carregamento. www.setfuse.com


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Bastidores de fábricas de equipamentos fotovoltaicos na China Renata Sommer

O depoimento de uma brasileira que trabalhou durante anos na China e hoje visita com frequência indústrias chinesas do setor fotovoltaico aponta as diferenças socioculturais em relação ao Ocidente e alerta quanto aos cuidados necessários para se fazer negócios no país,o maior fabricante mundial desse setor.

Fotos: Renata Sommer

Questões da globalização

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China continua me surpreendendo, mesmo tendo morado e trabalhado lá durante seis anos. Realço os dois lados, pessoal e profissional, pois a experiência foi distinContrastes: processos de produção manual ainda dividem a cena com moderníssimas linhas automatizadas e fábricas totalmente dust-free ta em ambas as esferas. Enquanto na vida pessoal me senti em casa rapidaChina tem pontos positivos e negativos. Se no geral, em vários âmbitos, mente, no lado profissional o choque cultural foi enorme. Algumas das temos muito o que aprender com eles, práticas malvistas pela mentalidade o que se dirá dentro do setor fotovolocidental têm na China um caráter taico, em que os chineses dominam normal; para eles o mais importante a tecnologia de ponta e a produção mundial. Aqui, vou relatar algumas é viabilizar o negócio, e frequentemente o cliente ouve o que está decuriosidades vividas dentro e fora de sejando. O chinês vai “dar um jeito” fábricas, destacando como a perceppara atender a demanda. Precisa de ção chinesa pode ser diferente da dos preço baixo? Ok, economiza-se na ocidentais. Senti um contraste entre a rua e matéria-prima. Precisa de mais quantidade do que ele pode oferecer? o escritório quanto ao fator No problem, ele pega o que falta com social. Nos parques e nas praoutro fabricante. Interessante que essa ças, é comum ver grupos de prática é exercida também por fabripessoas fazendo atividades, o que é bem o que se imagina cantes Tier 1, que, para absorver uma demanda grande, encomendam de de uma sociedade onde o colefábricas pequenas, com menor custo tivo está acima do indivíduo. de produção. Como todo lugar, a Por outro lado, tem também o

fator competitividade, que se inicia já na infância: cada criança recebe dos pais a meta de ser o número 1 da sala. Nos meus primeiros dias de trabalho em uma fabricante de painéis solares, chocou-me o fato de, na hora do almoço, cada funcionário pedir sua comida por aplicativo, sentar-se em frente ao celular com fone de ouvido e assistir a séries. Ou seja, integração zero entre colegas. Imagine-se o choque para uma brasileira! Renata Sommer, ex-vendedora técnica de um fabricante de módulos na China e atualmente gerente da Unidade de Negócios Solar da Simerx, empresa que realiza controle de qualidade de produtos chineses e faz negociações de compra para clientes brasileiros. https://www.linkedin.com/in/renatasommer



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Questões da globalização

Demorei para entender o clima de trabalho. Meu treinamento foi feito com videoaula preparada pelo dono da empresa e também em horas diárias diretamente com ele: centralização total. Nem minha vizinha de mesa, uma latina, falava comigo durante o trabalho. Ficava desconfortável até para perguntar algo sobre o sistema, então novo para mim. Até que um dia uma colega me disse no banheiro: “não podemos falar muito no escritório, tem câmeras e microfones por todo lado”. O controle e a falta de confiança estão presentes em todo o país. Mesmo para entrar no metrô passamos por uma segurança em nível de aeroporto ― uma grande diferença em relação à Alemanha (meu segundo país), onde entramos no metrô diretamente, sem nem mesmo uma catraca e muitas vezes sem verificarem se o ticket foi comprado. Certa vez, em Shanghai, fui abordada por um policial na rua. Eu estava sem meu passaporte mas tinha a foto do documento no telefone. Ele preferiu usar o celular dele para me rastrear via reconhecimento facial: colocou a câmera na frente do meu rosto e puxou todos os meus dados. Confiança é um tema importantíssimo na China. O conceito Guanxi para relações interpessoais de confiança é muito presente. Tradicionalmente, muitos grandes acordos são firmados após um jantar regado a baijiu (literalmente traduzido como “bebida alcoólica branca” ou “uma branquinha”) com até 73% de álcool. Eles acreditam poder confiar mais depois de conhecer a pessoa em seu estado embriagado: que caiam as máscaras! Com minha formação de engenheira de produção, meu cargo de vendedora internacional ia se tornando cada vez mais técnico com minha corrida atrás de informação. Essa busca foi bem-vinda no início, pois meu trabalho profissional trouxe benefícios para a empresa. Fiz a certificação Inmetro,

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entendi mais sobre os benefícios fiscais no Brasil, escrevia conteúdo para artigos sobre o processo, controle de qualidade, matéria-prima, equipamento, manutenção, etc. Mas houve um certo conflito quando descobri algumas práticas muito comuns na China, que iam contra minha forma de trabalho. Meu Guanxi na comunidade de expatriados de Shanghai me levou à Simerx. Fundada por brasileiros em Shanghai há 20 anos, a empresa surgiu da necessidade de o Brasil comprar e desenvolver produtos chineses com segurança e de forma competitiva. Foi uma mudança perfeita para eu poder atuar em linha com minhas convicções e agregar valor dentro da cadeia fotovoltaica. A partir de então, tenho a oportunidade de visitar muitas fabricas de módulos, células e inversores.

Quantidade produzida e qualidade do produto podem apresentar grandes divergências entre discurso comercial e operação. Quando indago sobre a capacidade produtiva, frequentemente a resposta inclui a produção de parceiros. Esta é uma afirmação muito comum e a capacidade de produção pode ser até 100% menor do que dizem, isto é, o vendedor não trabalha para uma fábrica, de fato. Chegam a fazer toda uma superprodução para parecer que possuem operação própria ― já recebi vídeo mostrando operários na linha de produção, uniformizados com o logo e nome da marca de uma fábrica fictícia. O maior investimento deles está no material de marketing e no time comercial internacional. O escritório fica em área nobre, os funcionários falam outros idiomas. Uma empresa me afirmou ter uma produção de 2 GW/ ano mas quando visitei a fábrica fiquei surpresa ao ver uma única linha de

módulos, sendo em grande parte ainda manual, e painéis de mais de 2 m2 sendo transportados a mão de uma estação de trabalho para outra. Além da quantidade produzida, a qualidade do produto também pode apresentar grandes divergências entre discurso comercial e operação, no que se refere a quantidade de testes feitos, índice de retorno, qualidade da matéria-prima usada, potência nominal e outros. O início da visita, quando se checa a entrada de insumos, já nos dá a primeira ideia: em muitas fabricas vi a seleção das células por cores, o que demonstra que trabalham com células grau B ou C, pois células de grau A já vêm separadas. Procuro conversar em chinês com os operários. Vi uma vez um teste de luminescência com uma fissura que cruzava quatro barramentos e perguntei ao operário se aquela imagem estava boa: hao bu hao? Ele respondeu com uma afirmação: hao. Em outra, vi um módulo de 144 células perc passando pelo flash test. Aquele tamanho de módulo deveria gerar 550 W, mas na tela vejo 508 W. Quando pergunto ao diretor, ele responde: “esse lote vai para um cliente africano, que está pagando um valor muito baixo”. Ficou a dúvida se o cliente realmente sabia o que estava comprando, já que a etiqueta marcava 550 W. No Brasil, os preços operados estão muito baixos, o que faz com que recebamos produtos com baixa qualidade também. Visualmente, seria impossível distinguir um painel com células de alta eficiência e um com matéria-prima mais barata. Mas a diferença de valor é muito significativa, visto que a célula FV é responsável pela maior parte do custo de produção. Quando fazemos a inspeção da qualidade, nosso time pega uma amostragem e refaz os principais testes. Se ainda não conhecemos bem o fornecedor, a amostragem é muito alta, e vamos diminuindo a proporção com a gestão da qualidade. Quando encontramos



Questões da globalização

produto abaixo da tolerância acordada, o lote todo pode ser rejeitado ou um valor de desconto negociado, a depender da preferência do cliente. A questão da língua também é muito importante. Como temos no time muitos profissionais que falam chinês fluentemente, mesmo funcionários brasileiros, conversamos diretamente com as pessoas que estão na linha de produção, controle de qualidade, além de gestores e proprietários das empresas. A conversa em inglês nem sempre fica esclarecedora. Eu muitas vezes prefiro falar por telefone para ver se entendi corretamente, e uma vendedora me confessou pessoalmente: “a primeira vez que você me ligou, fiquei em pânico”. A verdade é que muitos não falam inglês e usam um tradutor para ler e responder e-mails. Por isso é que às vezes a mensagem se perde na tradução e pode haver certa confusão na definição do negócio. Dificuldades de comunicação e chances de desentendimentos não estão apenas na língua, mas também na cultura e forma de se expressar, que pode ser peculiar. Na Alemanha, costumamos ser bem diretos e dizer logo quando há algo errado no trabalho. Já na China o confronto pode ser bem delicado. Devemos tomar cuidado

para abordar o problema de modo que não os façamos sentir-se mal (situação que chamam de lose face, tradução literal do termo tiu lien, que expressa o conceito de perder o respeito dos outros, especialmente em público), mas ao mesmo tempo temos de ser rígidos e não aceitar desvios. Por outro lado, eles podem ser bem indiscretos, por exemplo entrando em nossa esfera privada, já que na sociedade coletiva o conceito de privacidade não é tão

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rígido. Já ouvi coisas do tipo: “vocês, mulheres com sangue europeu, envelhecem com uma elegância...”, e a pessoa sorrindo, como se estivesse mesmo me elogiando. Tive a oportunidade de visitar as mais modernas produções de células perc e topcon, onde quase não há intervenção humana, com robôs movimentando as peças de uma estação a outra. E muitas fábricas de inversores e módulos que visitei são dust-free, os Gary Shi

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Modernidade dos controles impressiona – profissional demonstra sistema que monitora,rastreia,documenta e controla o processo produtivo de inversores


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equipamentos todos com proteção e as pessoas com EPIs dos pés à cabeça, submetidas a jato de ar antes de pisar o chão de fábrica, o qual brilha de limpeza. Acredito que todos os leitores já devam ter visto vídeos mostrando instalações assim. No caso de módulos, as fábricas modernas são 100% automatizadas. Os operadores fazem apenas o controle de qualidade e manutenção de equipamento. Mesmo o suprimento de matéria-prima é feito por elevador, vindo de outro piso, e depois de prontos mais um elevador os leva a uma área com condições ideais de temperatura e umidade, para que possam secar após a laminação. No caso dos inversores, ainda se vê muito trabalho manual com as peças eletrônicas delicadas, mas ainda assim a modernidade dos testes e controles de produção impressionam. A China continua um mundo muito diferente e, com o atual isolamen-

Questões da globalização to geopolítico, algumas diferenças podem ser reforçadas, além de haver um intercâmbio cultural e profissional muito menor depois da pandemia de covid-19. Embora as cadeias de suprimento estejam se diversificando, para diminuir a dependência em relação à China, o país ainda mantém a liderança em muitos produtos e, no setor fotovoltaico, tem a hegemonia mundial, com mais de 75% de produção de módulos e mais de 95% da produção de wafers. Portanto, quem atua no mercado solar não tem como não cooperar direta ou indiretamente com a China. E como nesse ramo o payback e o investimento são de longo prazo, é de extrema importância que se saiba exatamente o que se está adquirindo. Uma verificação da qualidade pode trazer lucros ao longo da vida útil da instalação, pagando-se muitas vezes. Além da questão da qualidade, há também a garantia e segu-

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rança em caso de problemas, o que se torna bem mais tranquilo quando temos uma estrutura montada no país, facilitando muito a negociação para resolver mal-entendidos. Em último caso, estamos na mesma jurisdição, o que nos coloca em posição privilegiada. Enfim, é preciso ter muito jogo de cintura e muita vontade de aprender. A cultura é milenar e tem ensinamentos e hábitos que adotei em minha vida. Em termos de produtos, eles têm para todos os bolsos e todos os padrões de qualidade. E, no setor fotovoltaico, possuem os melhores equipamentos produzidos no mundo.


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A adequada manutenção de usinas fotovoltaicas Leonardo Bastos, da Letech Energia, e Sergio Roberto Santos, da Lambda Consultoria

Como em qualquer instalação elétrica,a manutenção das usinas fotovoltaicas é fundamental para a sua segurança e rentabilidade. E quanto mais planejada for esta manutenção,mais eficiente ela será, como demonstrado neste artigo.

P

Roman Zaiets/Shutterstock

or algumas caracterísbrando o lema “coticas muito específinhecimento é poder”, cas, usinas fotovoltaium gerenciamento cas (UFV) são instalações eficiente de informacomplexas, vulneráveis a ções é fundamental fatores ambientais. Por este para que uma UFV motivo, deve-se considerar seja conservada de a manutenção de uma UFV forma eficiente. já na sua fase de projeto, Como reforço ao evitando transformar cusconceito de integratos de capital (capex) em ção entre projeto, custos operacionais (opex) construção, operação de difícil previsão [1]. Um Pode sernecessário separaras atividades de manutenção elétrica entre equipes,ou empresas,diferentes, e manutenção, quanexemplo se relaciona à to mais monitorada até porque a periodicidade da manutenção dos módulos e inversores pode serdiferente da estabelecida proteção contra descargas for uma UFV, mais para a subestação atmosféricas (PDA), que rápido e fácil será se não for prevista em projeto tornará trário de outros tipos de instalação, identificar problemas incipientes e uma UFV vulnerável a um fenômeno a limpeza dos painéis é fundamental atuar para solucioná-los [4]. Por isso, responsável por 25% das falhas em para a eficiência dos SFV, essa limpea automação de uma usina é um assistemas fotovoltaicos (SFV) [2, 3], za, mesmo que automatizada, permite pecto importante para a sua confiabicausando prejuízos que poderiam ser visualizações diárias de problemas lidade, seja no curto, médio ou longo evitados, mas que a manutenção corque possam comprometer o funcionaprazo. A obtenção em tempo real dos retiva não poderá impedir. mento da usina. parâmetros de um inversor solar, por Embora a periodicidade da maAs inspeções devem ser documenexemplo, pode possibilitar a identifinutenção dependa das características tadas no cronograma de manutenção cação de falhas que possam não estar da UFV (potência, fatores ambientais mantido pelos responsáveis pela usina, ligadas diretamente a este equipae disponibilidade de prestadores de o que nem sempre é feito. Essas informento, ajudando a solucioná-las mais serviço), muitos aspectos da manutenmações são importantes para indicar rapidamente. Por outro lado, o nível ção preventiva podem ser realizados de automação da usina também intendências de variações em parâmetros por meio de inspeções visuais, feitas importantes do sistema ao longo do fluenciará a estratégia de manutenção, pelos próprios operadores, caso sejam tempo e possibilitar previsões sobre o a qualificação da mão de obra e até a treinados para isso. Como, ao condesempenho futuro da usina. Relemdisponibilidade de componentes.


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Manutenção de módulos fotovoltaicos

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cia de partes móveis, isto só ocorrerá se for realizada uma manuUma UFV é uma instalação elétrica tenção periódica. Essa ao tempo e seu principal componente, periodicidade inclui a o gerador fotovoltaico, é muito vulnelimpeza dos módulos rável aos fatores ambientais. Por este e vistorias elétricas e motivo, a manutenção da usina enmecânicas. Atividades volve as engenharias civil, mecânica e em módulos fotovolelétrica. Neste caso, até a forma como taicos só podem ser a vegetação é tratada influenciará a feitas por pessoas quavida útil da infraestrutura (figura 1), lificadas, mesmo que já que certos tipos de herbicida, com seja apenas limpeza Fig.2 – Limpeza de módulos fotovoltaicos(imagem: Sophonnawit/Depositphotos) glifosato, aceleram a oxidação de me(figura 2) ― a sujidade tais [5]. é um dos principais fatores de perda Embora os módulos fotovoltaicos possibilitando avaliar o estado em que de eficiência em SFV ―, pois profissiopossam gerar eletricidade por muitos se encontram. nais não qualificados podem provocar anos, com até 80% da sua eficiência Outro aspecto importante, nem pequenos danos nos módulos, criando original, principalmente pela ausênsempre observado, é a verificação as condições para que dos diodos de by-pass, que evitam a estes se degradem proformação de pontos quentes em célugressivamente. las fotovoltaicas devido a problemas Ao mesmo tempo, a de sombreamento. Diodos de by-pass eficiência dos módulos abertos ou curto-circuitados podem pode ser avaliada através danificar as células caso não sejam da obtenção das suas substituídos. curvas I-V, que fornecem os valores dos seus Manutenção de inversores principais parâmetros solares elétricos. A curva I-V relaciona a tensão e a A manutenção dos inversores corrente na saída de um inclui sua limpeza, verificação das módulo fotovoltaico ou suas conexões elétricas e mecânicas Fig.1 –Termocaptores de aço galvanizado a fogo corroídos pela ação de de um conjunto deles, herbicidas(imagem:Termotécnica Para-Raios) e análise do seu desempenho. Tais



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tarefas devem seguir as instruções dos fabricantes e ser executadas por profissionais tecnicamente capacitados. Para que esse trabalho seja eficiente, é necessário registrá-lo e conservar esse registro, para que o histórico desse equipamento esteja disponível, permitindo acompanhar seu desempenho ao longo do tempo e programar o momento ideal para possíveis intervenções. Caso o inversor funcione fora do seu regime operacional, suas chances de falha aumentarão, além de ocorrer a redução da sua vida útil [6].

cia não é fruto de voluntarismos, mas sim do conhecimento, neste caso altamente especializado. Se todos os aspectos envolvidos na conservação dos sistemas fotovoltaicos não forem corretamente estudados, eles terão sua confiabilidade, segurança e vida útil comprometidas, com todas as consequências decorrentes desse fato.

Referências

Manutenção na média tensão da usina Outro aspecto importante na manutenção das UFV é a separação entre a manutenção dos sistemas de corrente contínua (c.c.) e de corrente alternada (c.a.). Módulos fotovoltaicos e inversores solares têm características muito diferentes de transformadores e disjuntores, principalmente os de média e alta tensão [7]. Neste caso, não apenas o conhecimento técnico mas também aspectos da segurança do trabalho devem ser levados em consideração. Por isso, pode ser necessário separar as atividades de manutenção elétrica entre equipes, ou empresas, diferentes, até porque a periodicidade da manutenção dos módulos e inversores pode ser diferente da estabelecida para a subestação da usina, por exemplo. Enquanto a ausência de manutenção causa falhas, intervenções desnecessárias causam aumentos de custo. Como o nível dos nossos profissionais em instalações de média tensão é alto, não existe carência de mão de obra nessa área, mas deve ser evitada a contratação de empresas pouco qualificadas. A manutenção em uma subestação de energia, ou cabine primária, é muito mais do que a limpeza de isoladores, o reaperto de parafusos e a troca de óleo de transformadores.

Fig.3 – Informações obtidas portermografia(imagem: Letech Energia) É fundamental a realização de ensaios e medições (figura 3), para identificação de pequenos problemas que podem se tornar grandes aborrecimentos. Ao contrário da perda de um módulo fotovoltaico ou um inversor, o defeito em um transformador ou no seu disjuntor pode parar uma UFV, o que é inadmissível. A manutenção das instalações de média tensão deve ser realizada por meio do comissionamento de todos os seus equipamentos, tais como disjuntores, transformadores de potência a óleo ou a seco, transformadores de potencial, transformadores de corrente e chaves seccionadoras. Como a manutenção é responsável pela segurança dos próprios eletricistas da usina, ela também deve verificar o estado de conservação dos equipamentos de proteção coletiva e individual (EPC e EPI) [8].

Conclusão Uma estratégia eficiente de manutenção de uma UFV pode maximizar sua rentabilidade. Porém essa eficiên-

[1] Dantas, Stefano Giacomazzi; Pompermayer, Fabiano Mezadre: Viabilidade econômica de sistemas fotovoltaicos no Brasil e possíveis efeitos no setor elétrico. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Maio de 2018. [2] Santos, Sergio Roberto: A proteção contra descargas atmosféricas de usinas fotovoltaicas. Revista FotoVolt nº 50, agosto de 2022, pág. 42-49. [3] Lopez, Maria José; Santos, Sergio Roberto: A proteção de linhas de sinal em usinas fotovoltaicas. Revista FotoVolt nº 56, abril de 2023, pág. 54-59. [4] Morais, Carolina Vasconcelos da S.; Pontes, Isabel Cristina da C.: Boas práticas de operação e manutenção em Usinas Fotovoltaicas para uma Maior Eficiência e Confiabilidade. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Julho de 2022. [5] Estudo desenvolvido pelo departamento de engenharia de aplicação, pesquisa e desenvolvimento da empresa Termotécnica Para-Raios. [6] Souza, Thiago Miranda de: Estudo de técnicas de manutenção preventiva em instalações fotovoltaicas. Universidade de Brasília. Maio de 2021. [7] Conrado, Deyvison Muniz: Estudo dos principais aspectos de manutenção em sistemas fotovoltaicos on-grid. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Março de 2021. [8] Pereira, Edmar; Rodrigues. Francisco; Santos, Sergio Roberto: Ensaios elétricos em equipamentos de proteção coletiva ou individual. Revista “Eletricidade Moderna” nº 564, março-abril de 2022, pág. 24-29.





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Melhoria da eficiência em usina fotovoltaica utilizando agricultura Julian Leaf, Liran Ben-Altabet, Annette Penny e David Meninger, da Geo Teva Environmental Consultants; Yuval Kaye, do Ramat Negev Agricultural Research Center; e Evyatar Erell, do Departamento Geografia e Desenvolvimento Ambiental da Universidade Ben Gurion do Negev (Israel)

O

O artigo relata os efeitos do plantio de culturas sob e entre fileiras de módulos fotovoltaicos de uma fazenda solar existente no deserto de Negev,em Israel.A investigação incluiu a comparação da temperatura dos módulos com e sem a vegetação,a diferença na produção de eletricidade e a contribuição do valor das culturas e da redução dos custos de manutenção da usina.

s sistemas agrivoltaiça de vegetação; cos prometem maiomonitorar os efeiControle res benefícios para tos microclimátiáreas de terreno limitadas cos da vegetação Cultura: [3], refletidas em um ínem uma fazenda Pelargonium dice de equivalência de solar de grande área > 1 [Nota do Tradutor: escala; avaliar os “land equivalente ratio”, efeitos do somno original], por meio do breamento dos Vegetação de cobertura uso duplo da mesma área painéis sobre as de solo: Dichondra para produção de eletrilavouras em clicidade e para agricultura. ma quente e seco; Simulações mostram que e descrever as há compensações entre dificuldades prámaior densidade de arran- Fig.1 –Três lotes experimentais,cada um com 0,22 hectare de área: um lote de controle,um lote agrícola ticas de se adap(Pelargonium)e um com cobertura de solo não intensiva(Dichondra) jos solares e maior protar uma fazenda dução agrícola, tanto com solar existente módulos fotovoltaicos monofaciais pode levar a um aumento na produção por meio da adição de agricultura. [2] quanto com módulos bifaciais [8]. de eletricidade de aproximadamente O estudo foi conduzido em resSabe-se que as fazendas solares geram 1% em relação a um telhado sem vegeposta a uma chamada de propostas uma ilha de calor diurna localizada tação [7]. da Israel Electric Corporation, que Os objetivos do trabalho aqui rela[1], o que pode levar a uma redução buscava realizar pesquisas para na potência de saída dos painéis. Por tado foram implantar um estudo piloto desenvolver a infraestrutura de eneroutro lado, estudos acerca de telhados em uma fazenda solar fotovoltaica cogia sustentável de Israel. Como se fotovoltaicos exploraram sinergias enmercial operacional, para: estabelecer a trata de um país pequeno e em rátre arranjos solares e telhados verdes, magnitude do adicional de produção de pido desenvolvimento, considera-se indicando que a presença de plantas eletricidade proporcionado pela presenimperativo maximizar o uso da ter-



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ar, umidade, velocidade e direção do vento e radiação solar), (ii) abaixo dos arranjos (temperatura do ar, umidade e saldo líquido de radiação [N. do T.: “net all-wave radiation”, no original]) e (iii) nos módulos (temperatura em vários locais em cada arranjo). Em cada um dos três lotes, foram registradas potência, tensão e corrente elétricas para séries de 10 módulos próximas ao centro de cada lote, e foram feitas medições de temperatura, umidade e Metodologia saldo líquido de radiação. A temperaO experimento foi conduzido em tura dos módulos solares foi medida uma instalação solar fotovoltaica exisa três alturas em relação ao solo, em tente no deserto de Negev (31,01N, cada lote. Os dados, medidos em inter34,76E). No local, as fileiras de valos de 1 segundo módulos fotovoltaicos monofae registrados em ciais são montadas no solo em um equipamento estruturas voltadas para o sul, Campbell CR1000 a suportando seis módulos cada cada minuto, foram em ângulo de inclinação fixo de posteriormente aproximadamente 30 graus. calculados para O local tem um clima desérprocessamento em tico caracterizado por verões intervalos de 10 quentes e ensolarados, com temminutos. A tabela I peratura média diária máxima resume a instru(julho) de cerca de 34 oC, e invermentação utilizada nos amenos com máxima média no estudo. diária (janeiro) de cerca de 19 °C. Fig.2 – Contraste entre superfície do solo não tratado(em primeiro plano)e o lote de teste plantado A média anual da radiação solar Resultados horizontal global é de 2.365 kWh m-2. As medições foram realizadas conMicroclima e temperatura A precipitação média anual é de tinuamente durante o verão e outono dos módulos 105 mm, sem chuva entre maio e de 2020 e inverno de 2021. A infraessetembro. Em comparação com o lote de trutura de monitoramento foi instalaTrês lotes (com 45x50 metros cada) controle, a temperatura do ar (figura da para medir variáveis micrometeoforam escolhidos para o teste dentro 3a) e a temperatura dos módulos fotorológicas em três níveis: (i) para todo da instalação fotovoltaica (figura 1): voltaicos (figura 3b) nos lotes de teste o local de pesquisa (temperatura do um lote de controle, com manuten2,00 4,0 ção padrão da instalação fotovoltaica 1,75 3,5 (contenção do crescimento de plantas 1,50 3,0 por meios mecânicos e pulverização 1,25 2,5 1,00 2,0 química) e dois lotes de teste com 0,75 1,5 vegetação plantada sob os arranjos 0,50 1,0 e entre as fileiras: um com gerânio0,25 0,5 0,00 0,0 limão (Pelargonium graveolens) [N. do 0 3 6 9 12 15 18 21 6 8 10 12 14 16 18 T.: “lemon geranium”, no original], para (a) (b) Hora do dia Hora do dia representar uma cultura comercial, e ∆T Ar Con-Pel ∆T Ar Con-Dic Con-Dic Sup. Con-Dic Meio Con-Dic Inf. outro com violeta australiana (DichonFig.3 –(a)Diferença de temperatura do arentre o lote de controle e os lotes de teste das duas culturas;(b)diferença de dra repens e Viola hederacea) [N. do T.: temperatura dos módulos entre o lote de controle e o lote de teste plantado com Dichondra.Em ambas as figuras,valores “australian viola”, no original], plantada maiores indicam que os módulos nos lotes de teste eram mais frios(dados de agosto de 2020) ∆T módulocontrole-dichondra (oC)

como cobertura do solo com menor exigência de cuidados intensivos. A vegetação foi plantada em abril (depois das chuvas sazonais, mas antes do calor mais extremo da estação). A preparação do local incluiu aração, adubação e instalação de irrigação por gotejamento ― todos procedimentos padrão para as lavouras da região. As culturas em ambos os lotes de teste foram de plantas selecionadas por seu crescimento rápido, baixa altura e capacidade de criar uma cobertura completa da superfície. A cobertura total do solo foi alcançada em dois meses (figura 2).

∆T arcontrole-teste (oC)

ra e desenvolver as fontes locais de energia. As metas atuais são definidas para se produzir 30% da demanda de eletricidade de Israel a partir de fontes renováveis até 2030, sendo a maioria de fonte solar (Decisão 465 do Parlamento). Este é um aumento significativo em relação aos 3,7% de eletricidade produzida a partir de fontes renováveis em 2019 [6].



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irrigação. O abastecimento de água foi medido separadamente para cada zona nos lotes de teste, com o objetivo de avaliar o efeito do sombreamento na evapotranspiração. Na fase inicial de estabelecimento, as plantas Dichondra sob os arranjos demandaram em média 118 m3 por dia por hectare sob o sol e 90 m3 por dia por hectare na sombra, uma redução de 24%, e as plantas Pelargonium demandaram 68 m3 por dia por hectare sob o sol e 47 m3 por dia por hectare na sombra, uma redução de 30%. Durante o período de 26 de junho a 29 de setembro, uma vez que as plantas amadureceram, a irrigação foi reduzida para 75 e 45 m3 por dia por hectare (Dichondra e Pelargonium, respectivamente), e as diferenças na irrigação caíram para apenas 6,5% e 11,3%. O crescimento das plantas foi avaliado por duas métricas: morfologia da planta e biomassa da cultura. As plantas Pelargonium, crescendo em sombra parcial sob os arranjos fotovoltaicos, atingiram altura média de 64 cm, em comparação com apenas 42 cm no espaço entre as fileiras de módulos, e tinham folhas substancialmente maiores e de um verde mais profundo (figura 5). No entanto, a biomassa colhida no final de agosto da área ensola-

Tab. I - Instrumentos e locais de medição Instrumento Parâmetro Local Termopares tipo T Temperatura do módulo Módulos Campbell hygrovue5 Temperatura do ar, umidade relativa Sob os arranjos Apogee Net Radiometer Saldo líquido de radiação Sob os arranjos CR Magnetics CR5210 Corrente elétrica Módulos Phoenix Contact SCK-M-I-8S-20A Tensão elétrica Módulos Temperatura e umidade relativa do ar, GMX500 Local velocidade e direção do vento Kipp & Zonen CMP3 Radiação solar global Local

Efeito da sombra na vegetação Para possibilitar o crescimento das culturas naquele clima é necessária

(a)

(b)

Fig.5 – Folhas de Pelargonium da área sombreada(a) e da área ensolarada(b)– As plantas na sombra resultaram mais altas e com folhas maiores,mas a biomassa total foi maiornas plantas ao sol

Modelo Faiman para temperatura do módulo fotovoltaico: confirmação e ajuste Uma chave para aumentar a produção de eletricidade dos arranjos fotovoltaicos é diminuir sua temperatura. Uma correlação amplamente utilizada para estimar a temperatura do módulo (Tm) em diferentes condições ambientais [4], que foi derivada de dados empíricos em um local de teste no deserto em Israel, é dada na equação (1).

onde Ta é a temperatura do ar [oC], E é a radiação solar incidente [W m-2], W é a velocidade do vento (m s-1] e U0 e U1 são constantes empíricas iguais a 6,85 e 25, respectivamente. A correlação de Faiman é muito simples e, apesar das entradas limi1,6 tadas, é bastante robusta. No entan1,4 to, não contempla a descrição do 1,2 efeito das diferenças na cobertura 1,0 do solo que afetam a absorção da 0,8 radiação e a velocidade do vento 0,6 adjacente ao arranjo. Para resolver %_DIC_POT_MED 0,4 esta limitação, mantendo a simpli%_DIC_POT_SP 0,2 cidade da formulação original, uma 0,0 6 8 10 12 14 16 18 pequena modificação é aqui proposHora do dia ta, com base em dados empíricos do Fig.4 – Padrão diurno das diferenças na produção de energia entre presente estudo: o lote de teste com Dichondra e o lote de controle(média de julho Aumento (%)

foram significativamente menores durante o dia, mas quase iguais à noite. A diferença foi substancialmente maior na fileira superior de módulos do que nas fileiras inferiores: a face inferior desses módulos foi exposta a menos radiação solar refletida pelas plantas (albedo 0,20-0,22) do que pelo solo desértico exposto (albedo 0,35), e também a menos radiação infravermelha vinda da vegetação mais fria. A superfície abaixo dos módulos na parte inferior de cada fileira estava em sombra profunda e tinha um equilíbrio radiante semelhante em todos os lotes de teste, independentemente da cobertura do solo. A produção de eletricidade dos arranjos nos lotes de teste foi comparada com a saída de energia de uma série semelhante de módulos no lote de controle, em três alturas acima do solo. Para reduzir o erro potencial das diferenças entre os módulos individuais, a saída foi medida para séries de 10 módulos. O aumento de produção foi em média de 0,7% na fileira inferior de módulos (cerca de 1 metro acima da superfície) e de 1,2% na fileira superior (cerca de 2,5 metros de altura) (ver figura 4). A melhoria medida é consistente com a saída corrigida para a temperatura do módulo usando o coeficiente de temperatura dado pelo fabricante (-0,41%/oC).

rada foi equivalente a 51 toneladas por hectare, em comparação com 38 toneladas na área semissombreada abaixo das fileiras superiores do arranjo fotovoltaico, e apenas 23 toneladas sob as fileiras mais baixas, onde as plantas estavam em sombra profunda.

de 2020).Observe a diferença entre os valores apenas da fileira de módulos superior(SP)e os da média de todo o lote(MED)



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onde a é a absortividade do módulo, e as constantes revisadas U0 e U1 são iguais a 6,85 e 18, respectivamente. O valor de a é 0,91 para um arranjo acima de uma superfície plantada e 0,95 para um arranjo acima de um solo desértico de cor clara, de modo a considerar uma maior reflexão devido ao albedo da superfície mais alta e o aumento do fluxo incidente na face inferior. As correlações entre a temperatura do módulo medida e a modelada para um dia representativo mostraram excelente concordância para ambos os tipos de cobertura de superfície (y = 0,9929x, R2 = 0,9976 para o lote de controle; y = 1,0036x, R2 = 0,9977 para lote com vegetação ― figura 6) .

Pelargonium

T modelada módulo (°C)

70 60

y = 1,0036× R² = 0,9977

50 40 30 20 20

30

40

50

60

70

T medida módulo (°C)

Fig. 6 – Correlação entre a temperatura medida do lote de teste de Pelargonium e a temperatura modelada usando o modelo revisado de Faiman(dados de 3 de agosto de 2020)

Valor de equivalência de área (IEA) O índice de equivalência de área (IEA) foi calculado para contabilizar o benefício adicional das culturas no lote de teste. Os custos incluíram equipamentos agrícolas (irrigação, ferramentas, máquinas), água, fertilizantes, mudas e mão de obra. Os benefícios foram resultantes de um aumento modesto na produção de eletricidade, do valor agregado dos produtos agrícolas, da redução das necessidades de pesticidas e de remoção de plantas, e da melhoria da infraestrutura de drenagem (através da estabilização dos solos por meio das raízes das plantas cultivadas). O prin-

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cipal benefício foi atribuído à cultura agrícola, que devido à menor produção nas áreas sombreadas foi comparável a cerca de 2/3 da produção agrícola de um lote totalmente exposto. O IEA resultante nos lotes de teste foi de 1,67.

Discussão e conclusões A introdução de plantas abaixo e entre arranjos fotovoltaicos monofaciais nos dois lotes de teste rendeu um aumento médio na produção de eletricidade de 1,2% durante o verão, em comparação com um lote de controle não tratado. Isso é consistente com a temperatura mais baixa dos módulos medida nos lotes de teste. O IEA calculado para os lotes de teste foi de 1,67. Com base nessas descobertas, recomenda-se aqui o plantio de vegetação agrícola entre as fileiras de módulos, bem como sob as fileiras mais altas, devido à sua capacidade de resfriar esses módulos e à relativa facilidade de colheita nessas áreas. Sob os módulos mais baixos, recomendamos o plantio de uma cobertura de solo não intensiva para estabilizar esses solos e reduzir a erosão, minimizando assim danos de longo prazo à infraestrutura do arranjo FV durante eventos de chuvas extremas, e para inibir o crescimento indesejável de ervas daninhas. Foram enfrentados desafios na adaptação de uma fazenda solar existente para incluir produtos agrícolas, relativos a limitações na capacidade de colheita com base no tamanho do maquinário necessário. Além disso, a altura relativamente baixa dos arranjos (0,7 m acima do solo no nível mais baixo) limita os tipos de culturas que podem ser cultivadas em locais semelhantes, devido a preocupações de sombreamento. Grande parte da melhoria na produção de energia em nosso estudo é atribuída à redução da radiação de ondas longas recebida na parte de trás dos módulos, o que resultou em uma temperatura mais baixa. Desenvolvi-


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mentos em energia solar fotovoltaica bifacial (por exemplo, Guerrero-Lemus, 2016 [5]) podem compensar esse benefício. No entanto, a interação entre a produção de eletricidade solar e o cultivo é complexa e afetada pela forma de implantação dos arranjos. Por exemplo, um estudo com várias alturas de módulos bifaciais na Índia indicou um maior rendimento de colheita para arranjos colocados em um nível mais alto, mas com um menor rendimento de energia (Vijayan, et al. 2020 [9]). Ainda assim, o IEA de tais áreas aumentou para 1,54 em comparação com uma fazenda fotovoltaica com inclinação ideal, sugerindo um potencial significativo para o uso misto da terra utilizando módulos bifaciais. Na continuação deste estudo, pesquisas investigarão variações de módulos solares e sua disposição (rastreamento de eixo único acoplado com arranjo N-S das fileiras, monofacial vs. bifacial, e alturas variadas de arranjos acima do

solo), exame de tipos de plantas com diferentes regimes de evapotranspiração, e exploração do potencial ecológico de preservação de corredores de vida selvagem em áreas sensíveis, com a plantação de flora local em vez de culturas agrícolas. Agradecimentos – Esta pesquisa foi financiada pela Israel Electric Corporation. Agradecemos aos operadores do local, da EDF Renewables, por seu apoio e colaboração neste projeto.

Referências [1] Broadbent, A.; Krayenhoff, E.S.; Georgescu, M. 2019: The observed effects of utility-scale photovoltaics on near-surface air temperature and energy balance. “J. Appl. Met. Clim.” 58, pp. 989-1006. [2] Dinesh, H.; Pearce J. 2016. The potential of agrivoltaic systems. “Renew. Sust. Energ. Rev.” 54, pp. 299-308. [3] Dupraz, C.; Marrou, H.; Talbot, G.; Dufour, L.; Nogier, A.; Ferard, Y. 2011: Combining solar photovoltaic panels and food crops for optimising land use: Towards new agrivoltaic

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schemes. “Renew. Energ.” 36, pp. 2725-2732. [4] Faiman, D. 2008: Assessing the outdoor operating temperature of photovoltaic modules. “Prog. Photovoltaics”, 16, pp. 307–315. [5] Guerrero-Lemus, R.; Vega. R.; Kim, T.; Kimm. A.; Shephard, L. 2016: Bifacial solar photovoltaics – A technology review. “Renew. Sust. Energ. Rev.” 60, pp. 1533-1549. [6] Ministry of Energy, 2019: Energy Economy of Israel. (Hebrew) [7] Ogaili, H.,;Sailor, D. 2016: Measuring the effect of vegetated roofs on the performance of photovoltaic panels in a combined system. “J. Sol. Energy Eng.” 138(6), 061009 (8p). [8] Sun, X.; Khan, M.; Deline, C.; Alam, M. 2018: Optimization and performance of bifacial solar modules: A global perspective. “Appl. Energ.” 212, pp. 1601-1610. [9] Vijayan, R.; Jeevalakshmi, S.; Varadharajaperumal, M. 2021: Optimizing the spectral sharing in a vertical bifacial agrivoltaics farm. “J. Phys. Appl. Phys.” 54, 304004 (7pp).

Trabalho apresentado na AgriVoltaics2021 Conference, realizada por Fraunhofer ISE, INRAe e Conexio pse. Publicado em FotoVolt segundo regras da AIP Publishing e com autorização dos autores. Título original: “Improvement of electrical efficiency in a PV solar farm utilizing agriculture”. Tradução de Celso L.P. Mendes.




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Estações de recarga em garagens subterrâneas Alexander Kleinmagd e Stefan Veit, da TÜV SÜD (Alemanha)

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A crescente demanda porveículos elétricos e estações de recarga pode implicar sobrecarga da infraestrutura elétrica.A experiência alemã,com mais de um milhão de veículos elétricos e projeções ambiciosas,indica que é possível garantir a operação segura dessa complexa rede mediante um arcabouço normativo e regulatório.

m seu programa de proteção camente preparada. do clima, o governo alemão Os projetistas deplaneja ter de 7 a 10 milhões vem atentar principalmente para a de veículos elétricos (VE) licenciados até o ano de 2030 [2]. O estado fonte de alimentaincentiva a transição para a eletroção do prédio, já mobilidade com um prêmio amque a infraestrutura biental de até € 9 mil ― dependende recarga nunca do da tecnologia do veículo (hidrodeve sobrecarregar a instalação elétrica gênio, híbrido ou elétrico puro). da edificação como Desta forma, aumenta também a necessidade de infraestrutura de um todo. SobrecarFig.1 – Estimativas indicam que,numa primeira fase,cerca de 5% a 20% de todas as vagas de garagens subterrâneas serão providas de pontos de recarga para VE(Fonte:TÜV SÜD) gas podem causar recarga, que a Alemanha contempla com o Plano Diretor para Infrasuperaquecimento Considerar os limites estrutura de Estações de Recarga. Os e risco de incêndio. Ao dimensionar de potência atuais 56 mil pontos de recarga (dados a potência de alimentação, o número de 03/2022) [3] devem ser expandidos De acordo com estimativas atuais, de veículos e sua capacidade máxima num primeiro estágio de desenvolvide carregamento desempenham um para 1 milhão até 2030 [4]. Para fazer papel importante, de um lado, e as frente aos requisitos de espaço, a Lei mento cerca de 5% a 20% de todas as do Condomínio Alemã (WEG, na sigla vagas de garagens subterrâneas exiscaracterísticas de recarga, de outro. em alemão) foi atualizada [5]. tentes na Alemanha serão equipadas Em particular, tratando-se de edifícios residenciais, também deve ser consiDesde a entrada em vigor da nova com pontos de recarga para veículos legislação de modernização de imóelétricos (figura 1). Uma lei específica derado que altos picos de carga ocorsobre infraestrutura de eletromobilidarem se, além da infraestrutura de recarveis residenciais naquele país, em dezembro de 2020 [6], e da alteração do de em edifícios (GEIG, na sigla em alega, equipamentos elétricos potentes, Código Civil Alemão [7], os locatários mão) [8] regulamenta o equipamento como fogões elétricos ou aquecedores e a instalação de infraestrutura básica de água, estiverem em operação sitêm direito a reivindicar a reforma do imóvel alugado para instalação de para recarga de veículos elétricos em multaneamente. Como os VE geraledificações existentes e a construir. mente são conectados no início da uma estação de recarga na garagem subterrânea ou no terreno do edifício Em caso de novas edificações, a noite, ciclos de recarga de várias horas - desde que isso seja razoável para o instalação posterior de um ponto de consecutivas podem levar o sistema recarga deve ser possível e estar tecnielétrico ao seu limite. locador, respeitados seus interesses.



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Atualmente, a legislação alemã não especifica a capacidade de carregamento que deve estar disponível num ponto de recarga individual. Por conseguinte, a potência deve ser determinada mediante um planejamento técnico compatível, que leve em conta as condições de contorno locais e os requisitos dos usuários. De um lado, o tempo de recarga deve ser adequado e, de outro, é necessário assegurar que a potência máxima de alimentação da edificação, ou a potência nominal do sistema elétrico, não seja excedida. Sistemas inteligentes de gerenciamento de carga limitam o pico de demanda de energia da rede elétrica e, ao mesmo tempo, suavizam a curva de carga. No entanto, a recarga de VE individuais pode às vezes demandar mais tempo durante períodos de pico de carga. Sistemas de gerenciamento de carga oferecem vantagens particularmente quando a energia disponível é renovável (por exemplo, de geradores fotovoltaicos). Desde que a concepção técnica esteja correta, a utilização da energia produzida em equipamentos de autogeração pode ser otimizada. Além disso, sistemas de armazenamento de energia com baterias armazenam a energia gerada durante o dia nas horas de sol e a disponibilizam no período noturno para recarga de veículos elétricos. No entanto, estas possibilidades técnicas aumentam a complexidade do sistema. Muitas funções relevantes para a segurança são frequentemente controladas por software e, em caso de falha, podem resultar num risco aumentado de incêndio. Portanto, os requisitos para a conexão em rede de sistemas individuais também aumentaram: além de fatores como a segurança funcional, a segurança cibernética tem se tornado cada vez mais importante. Ademais, os sistemas nestas aplicações exigem verificações e manutenção regulares.

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Seleção do modo de recarga [Nota do Tradutor – No âmbito da ABNT, os requisitos para os modos de recarga dos SAVE – Sistemas de Alimentação para Veículos Elétricos – são definidos nas normas NBR IEC 61851 e NBR IEC 62196. Já a norma NBR 17019 estabelece os critérios para a instalação elétrica fixa de carregadores, tendo como origem a norma IEC 60364-7-722:2018.] A recarga condutiva de veículos elétricos pode ser realizada por meio de tomadas, estações de recarga de parede (wallboxes), ou estações de recarga de piso (totens). No que tange à potência máxima de recarga e conexão à tomada há quatro modos distintos normalizados. Ao selecionar o modo de recarga, deve-se considerar que as tomadas convencionais com contato para o condutor de proteção (PE) disponíveis no comércio na Alemanha (tomadas Schuko) não são dimensionadas para carga contínua de 16 A. Modo de recarga 1 – Conexão mediante tomada convencional de uso doméstico. Bicicletas ou patinetes elétricos podem ser ligados a uma tomada doméstica convencional ou a uma tomada industrial monofásica ou trifásica (CEE) no modo de recarga 1. A recarga realiza-se com até 16 A e uma potência de pico máxima de 3,7 kW. Modo de recarga 2 – Para vagas de estacionamento em garagens subterrâneas, este é o modo de carregamento normalmente utilizado. As wallboxes têm uma potência de recarga de 11 kW ou 22 kW por ponto de recarga. Modo de recarga 3 – Neste modo, com potências mais elevadas de até 43,5 kW, é necessário um conector especial (por exemplo, tipo 2), que possibilita a comunicação entre a estação de recarga e o veículo elétrico. As estações de recarga são conectadas diretamente à instalação elétrica fixa da edificação e requerem um circuito próprio. Modo de recarga 4 – Diferentemente dos modos de recarga anteriores, o

modo 4 utiliza corrente contínua para a transmissão de energia entre a rede elétrica fixa e a bateria do VE. A tecnologia de recarga em corrente contínua, com cabos e um acoplamento especial ao veículo, permite atualmente potências de recarga de até 350 kW. Na prática, contudo, em função da tecnologia disponível nos VE, as potências não ultrapassam 150 kW. A tensão contínua neste caso é de 400 V ou 800 V. Em razão do elevado investimento tecnológico e financeiro para a construção de estações de recarga do modo 4, suas aplicações se destinam geralmente a locais públicos e equipamentos de infraestrutura ― por exemplo, restaurantes nas rodovias. Em garagens subterrâneas privadas ou comerciais prevalecem os modos de recarga 2 e 3.

Observância das normas relevantes Na Alemanha, as regras geralmente reconhecidas da eletrotécnica estabelecidas nas normas da série DIN VDE 0100 orientam os profissionais no projeto, execução e ensaios de instalações de baixa tensão. Requisitos especiais para a construção de equipamentos de recarga estão reunidos da norma DIN VDE 0100-722 [9]. Seus objetivos são principalmente a proteção contra choque elétrico, curtos-circuitos e sobreaquecimento, bem como medidas contra sobrecarga da rede de alimentação. A norma prescreve, por exemplo, que cada ponto de recarga disponha de um circuito terminal próprio e seja protegido separadamente. Se as estações de recarga empregadas não dispuserem de dispositivo de proteção diferencial-residual próprio interno, ele deve ser previsto ou adicionado à infraestrutura a montante. Devido à tecnologia de recarga ou aos retificadores que a integram, podem ocorrer correntes de falta contínuas



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lisas que interferem no funcionamento dos dispositivos DR tipo A. Por isso, são necessários dispositivos DR tipo B. Em alternativa, um RDC-DD (Dispositivo de Detecção de Corrente Contínua Residual, na sigla em inglês) instalado na estação de recarga abrange também as necessárias medidas de proteção adicionais de um dispositivo DR tipo B. Este dispositivo, desenvolvido especialmente para a infraestrutura de recarga de veículos elétricos, detecta correntes de falta contínuas lisas. Merece destaque neste contexto a seleção de componentes de acordo com as prescrições dos fabricantes. As indicações para aplicação das normas devem ser observadas integralmente. Medidas de proteção contra sobretensões de origem atmosférica (raios) ou decorrentes de operações de manobra na rede estão definidas na norma DIN VDE 0100-443 [10]. Tais medidas são obrigatórias para evitar danos à infraestrutura de recarga causados por surtos de tensão. Outro destaque é a coordenação das medidas de proteção individuais adotadas. Conforme DIN VDE 0100-600 [11], o instalador deve testar as estações de recarga e a respectiva infraestrutura antes da primeira colocação em serviço. O proprietário, o operador ou o instalador podem requisitar especialistas independentes, como a TÜV SÜD, que verificam, por exemplo, a consistência dos protocolos de medição e de colocação em serviço apresentados. Para estações de recarga em edificações de uso comercial, os regulamentos alemães de prevenção de acidentes [12] e as normas técnicas para serviços em eletricidade [13] determinam uma redução dos intervalos entre os ensaios periódicos da instalação: a segurança técnica deve ser verificada anualmente, em vez de a cada quatro anos. Mas esta maior frequência de ensaios não é relevante apenas para recintos comerciais. Dependendo das condições ambientais das garagens subterrâneas,

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não é admissível uma interpretação genérica da norma para espaços residenciais [13]. Conforme o tipo de utilização e a situação local, também neste caso são exigidos intervalos mais curtos entre os ensaios de rotina.

Atender aos requisitos das seguradoras Ensaios periódicos são importantes também para as apólices de seguro. Em geral, as seguradoras requerem ensaios periódicos da instalação elétrica fixa de acordo com a diretriz VdS 2871 [14]. Em certos casos, a seguradora pode exigir ainda que a infraestrutura de recarga seja construída conforme as diretrizes VdS 3471 [15] e 3885 [16]. Tal exigência pode ir além das prescrições da norma DIN VDE 0100-722 [17] no âmbito do projeto e execução.

Garagens e vagas de estacionamento Na Alemanha, os requisitos para construção e operação de garagens de qualquer porte são definidos pelos respectivos decretos estaduais, com base num decreto modelo [18]. No estado de Hessen, por exemplo, o número de vagas de garagem que deve ser provido de conexão para estações de recarga de VE, relativo ao número total de vagas, é de no mínimo 5% [12]. Já o artigo 8º da Diretiva da União Europeia sobre Eficiência de Edificações [21] prescreve que a possibilidade de conexão para vagas de garagem deve ser considerada no projeto, abrangendo as linhas elétricas e o espaço para expansão dos quadros de distribuição. Para garantir os requisitos de prevenção contra incêndio, é geralmente solicitado um parecer do Corpo de Bombeiros no processo de emissão do alvará de construção. Nesta fase podem surgir outras prescrições quanto

à infraestrutura de recarga, de acordo com a legislação estadual pertinente. Como a experiência do Corpo de Bombeiros com incêndios em veículos elétricos varia conforme a região, a TÜV SÜD recomenda tratar deste assunto com a devida antecipação.

Medidas de segurança contra incêndio As linhas elétricas da infraestrutura de recarga também estão sujeitas a requisitos mínimos dos regulamentos de construção, cujo documento mais importante é a Diretriz Padrão de Requisitos de Segurança contra Incêndio para Tubulações (MLAR, na sigla em alemão). Requisitos especiais para as linhas elétricas e quadros de distribuição aplicam-se principalmente quando tais equipamentos estão instalados em rotas de fuga (figura 2). Por exemplo, linhas que atravessam compartimentos de incêndio (paredes, tetos) devem preservar o tempo mínimo de resistência ao fogo desses elementos,

Fig.2 – Requisitos especiais para a infraestrutura de recarga aplicam-se principalmente nas áreas que integram rotas de fuga(Fonte:TÜV SÜD)



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Balancear a carga da rede de alimentação Cargas oscilantes assimétricas não podem ser completamente evitadas, mas é possível minimizar estes eventos mediante distribuição dos circuitos nas três fases. De acordo com a norma DIN VDE 0100-100 [23], “todos os aparelhos elétricos devem ser selecionados de modo a não causar efeitos negativos sobre os demais, e a não prejudicar a rede de alimentação em serviço normal.” [N. do T. – Ver ABNT NBR 5410:2004, seção 4.1.12]. Além das linhas elétricas e dos dispositivos de manobra, este conceito vale analogamente para as estações de recarga. Efeitos prejudiciais podem resultar, por exemplo, de operações de recarga permanentes supridas por apenas dois condutores de fase. Este efeito se agrava perante múltiplas operações de recarga simultâneas.

por meio de dispositivos de selagem que impeçam a propagação de fogo e de fumaça. O Corpo de Bombeiros pode apresentar exigências adicionais para construções novas ou reformas. Por experiência, estas exigências não se limitam à execução da infraestrutura de recarga. Em geral também é verificado em que local os pontos de recarga devem ser dispostos na garagem subterrânea. Entre os aspectos críticos contam-se, entre outros, a facilidade de acesso dos bombeiros para combate ao fogo, bem como as possibilidades de remoção dos veículos após um sinistro. Sejam quais forem os motivos determinantes das exigências apresentadas, o consenso entre todos os envolvidos no projeto é urgentemente necessário. Além disso, os componentes mais importantes da instalação ― tais como botões com chave para os bombeiros, vagas de garagem providas de estações de recarga, etc. ― devem ser assinalados nas plantas de segurança contra incêndio da edificação.

cessos de aprovação e na verificação da documentação técnica.

Referências [1] www.bmwi.de/Redaktion/DE/Pressemitteilun gen/2021/08/20210802-erstmals-rollen-einemillion-elektrofahrzeuge-auf-deutschenstrassen.html. [2] www.bundesregierung.de/breg-de/themen/ klimaschutz/klimaschutzprogramm-20301673578. [3] www.bundesnetzagentur.de/DE/Fachthemen/ ElektrizitaetundGas/E-Mobilitaet/start.html. [4] www.bmvi.de/SharedDocs/DE/Anlage/G/ masterplan-ladeinfrastruktur.pdf?_ blob=publicationFile. [5] Gesetz über das Wohnungseigentum und das Dauerwohnrecht (Wohnungseigentumsgesetz –WEG) vom 15. 03. 1951; neugefasst durch Bek. v. 12. 01. 2021 I 34. [6] Gesetz zur Förderung der Elektromobilität und zur Modernisierung des Wohnungseigentumsgesetzes und zur Änderung von kosten- und grundbuchrechtlichen Vorschriften (Wohnungseigentumsmodernisierungsgesetz –WEMoG) vom 16. Oktober 2020. [7] Bürgerliches Gesetzbuch (BGB) vom 2. Januar 2002 (BGBl. I S. 42, 2909; 2003 I S. 738); zuletzt geändert durch Art. 2 G v. 25. 06. 2021 I 2114. [8] Gesetz zum Aufbau einer gebäudeintegrierten Lade- und Leitungsinfrastruktur für die Elektromobilität (Gebäude-Elektromobilitätsin-

Conclusão A operação de estações de recarga em garagens subterrâneas é segura, desde que a instalação seja profissional. No que tange a todas as questões de instalação de estações de recarga em edifícios residenciais, os instaladores e operadores podem requisitar o suporte técnico de especialistas independentes. Estes podem verificar os projetos de infraestrutura, acompanhar a execução, assessorar nos pro-

frastruktur-Gesetz – GEIG) vom 18. März 2021 (BGBl. I S. 354). [9] DIN VDE 0100-722 (VDE 0100-722):2019-06 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 7-722: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Stromversorgung von Elektrofahrzeugen. [10] DIN VDE 0100-443 (VDE 0100-443):2016-10 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 4-44: Schutzmaßnahmen – Schutz bei Störspannungen und elektromagnetischen Störgrößen – Abschnitt 443: Schutz bei transienten Überspannungen infolge atmosphärischer Einflüsse oder von Schaltvorgängen. [11] DIN VDE 0100-600 (VDE 0100-600):2017-06


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Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 6: Prüfungen. [12] DGUV Vorschrift 3 DA Durchführungsanweisungen Elektrische Anlagen und Betriebsmittel vom April 1997, aktualisierte Nachdruckfassung Januar 2005. [13] DIN VDE 0105-100/A1 (VDE 0105-100/ A1):2017-06 Betrieb von elektrischen Anlagen – Teil 100: Allgemeine Festlegungen; Änderung A1: Wiederkehrende Prüfungen. [14] VdS 2871:2020-03 (07) Richtlinien für die Prüfung elektrischer Anlagen – Prüfrichtlinien nach Klausel SK 3602 – Hinweise für den anerkannten Elektrosachverständigen. [15] VdS 3471:2021-02 (02) Ladestationen für Elektrostraßenfahrzeuge. [16] VdS 3885:2020-12 (01) Elektrofahrzeuge in geschlossenen Garagen – Sicherheitshinweise für die Wohnungswirtschaft. [17] DIN VDE 0100-722 (VDE 0100-722):2019-06 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 7-722: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Stromversorgung von Elektrofahrzeugen. [18] Musterverordnung über den Bau und Betrieb von Garagen und Stellplätzen (M-GarStVO) – Fassung vom 4. September 2020. [19] Verordnung über den Bau und Betrieb von Garagen sowie über die Zahl der notwendigen Stellplätze (Garagen- und Stellplatzverordnung – GaStellV) vom 30. November 1993 (GVBl. S. 910) BayRS 2132-1-4-B; zuletzt geändert durch § 3 der Verordnung vom 7. August 2018 (GVBl. S. 694). [20] Verordnung über den Bau und Betrieb von Garagen und Stellplätzen (Garagenverordnung – GaV) Vom 17. November 2014; Gesamtausgabe in der Gültigkeit vom 01.01.2015 bis 31. 12. 2022. [21] Richtlinie (EU) 2018/844 des Europäischen Parlaments und des Rates vom 30. Mai 2018 zur Änderung der Richtlinie 2010/31/EU über die Gesamtenergieeffizienz von Gebäuden und der Richtlinie 2012/27/EU über Energieeffizienz. [22] Verordnung über technische Mindestanforderungen an den sicheren und interoperablen Aufbau und Betrieb von öffentlich zugänglichen Ladepunkten für elektrisch betriebene Fahrzeuge1 (Ladesäulenverordnung – LSV) vom 9. März 2016 (BGBl. I S. 457); zuletzt geändert durch Art. 2 V v. 02. 11. 2021 I 4788. [23] DIN VDE 0100-100 (VDE 0100-100):2009-06 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 1: Allgemeine Grundsätze, Bestimmungen allgemeiner Merkmale, Begriffe.

Artigo publicado originalmente na revista alemã ep – Elektropraktiker, edição 05/2022. Copyright Huss Medien, Berlim. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.


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Demanda de ponta de consumidores BT versus injeção de energia FV na rede Robbert Claeys , Hakim Azaioud e Jan Desmet, do EELab/Lemcko, Universidade de Ghent - Kortrijk, Bélgica

As comunidades de energia renovável permitirão que os consumidores de baixa tensão participem ativamente do mercado de energia,e vários países estão introduzindo tarifas de uso da rede baseadas em capacidade para consumidores residenciais.O artigo explora a variação dinâmica das demandas agregadas de pico diárias dessas comunidades nos índices de autoconsumo e autossuficiência fotovoltaica.

Artysteyr/Shutterstock

N

a última década, o surgimento de recursos de energia distribuídos (REDs) de pequena escala, como instalações fotovoltaicas (FV) e turbinas eólicas, levou gradualmente os sistemas elétricos a uma operação mais descentralizada, afastando-se do modelo tradicional de geração de energia centralizada de alta potência. Esses recursos distribuídos são considerados tecnologias de baixo carbono e, portanto, desempenham papel importante no “European Green Deal”, o roteiro da União Europeia para um mix de energia neutro em carbono. O papel dos REDs locais foi ainda reafirmado pela formalização das Comunidades de Energia Renovável (CERs) na diretiva europeia 2018/2001, sobre a promoção do uso de energia de fontes renováveis [1]. CERs podem possibilitar a usuários finais individuais participarem ativamente do mercado de energia por meio da troca de energia renovável produzida localmente. Embora as discussões sobre a implementação legal e financeira dessas CERs ainda estejam em andamento em muitos estados membros, o advento das comunidades de energia reacendeu o interesse nas pesquisas sobre as

vantagens da agregação de consumidores de baixa tensão e unidades de produção de pequena escala na rede de distribuição.

Pesquisa relacionada A abordagem tradicional sobre o impacto da agregação concentra-se no pico anual de demanda para dimensionar os ativos de rede capazes de suportar esses picos. A natureza não simultânea das demandas de pico individuais leva a uma demanda de pico agregada menor, o que significa que os ativos

de rede podem ser dimensionados de acordo com a quantidade esperada de consumidores conectados. Várias propriedades foram então introduzidas para estudar e quantificar a simultaneidade das demandas de pico nas redes de distribuição, como a demanda máxima pós-diversidade (DMPD) [2], o fator de coincidência (FC) [3] ou o fator de diversidade (FD) [4]. Embora essas características sejam informativas para fins de planejamento da rede e dimensionamento de ativos, elas têm aplicação limitada para a operação de uma comunidade de



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Frequência

energia. Um dos serviço de estatísticas 80 objetivos dessas da União Europeia.], 60 comunidades que é baseada no 40 é possibilitar o consumo anual Y autoconsumo [do inglês Yearly, anual] 20 coletivo. E uma sem nenhuma infor0 mação adicional obdesvantagem 2000 4000 5000 8000 10 000 12 000 14 000 Consumo anual (kWh) dos REDs é tida em pesquisas. As três categorias de sua natureza Fig.1 – Distribuição do consumo anual dos agregados familiares considerados,com as linhas verticais indicando os intermitente e domicílios considevalores divisórios entre as três classes definidas pela classificação do Eurostat dependente do radas são definidas tos de dados utilizados, seguidos da da seguinte forma [11]: clima. Consequentemente, informaanálise da dinâmica de agregação e • Pequenos consumidores: 1000 kWh ções sobre as propriedades temporais sua influência sazonal nas demandas ≤ Y < 2500 kWh; do consumo são fundamentais para de pico diárias, e, posteriormente, o • Consumidores médios: 2500 kWh a implementação bem-sucedida e efiimpacto correspondente na integração ciente de comunidades energéticas. ≤ Y < 5000 kWh; e de instalações fotovoltaicas de grande • Grandes consumidores: 5000 kWh Além disso, com vários países prestes escala. ≤ Y < 15 000 kWh. a instituir tarifas baseadas em capaciA figura 1 mostra a distribuição dade para consumidores residenciais [5], é necessário expandir a visão sodo consumo anual dos domicílios Conjuntos de dados bre o comportamento das demandas no conjunto de dados considerado: Dados individuais de residências de pico para além da demanda anual, são 253 pequenos consumidores, 627 São aqui utilizados dados de meconsumidores médios e 326 grandes de modo a oferecer às comunidades didores inteligentes obtidos de 1299 consumidores. Essas categorias de soluções técnico-econômicas otimidomicílios flamengos em uma área comunidades (pequenos, médios ou zadas. O surgimento de infraestrutura suburbana. Esses dados, fornecidos grandes consumidores) são consideavançada de medição permite uma pelo operador da rede de distribuição radas no restante deste trabalho, mas abordagem mais granular, oferecendo flamenga, foram registados por leitura deve ficar claro que essa classificação informações adicionais sobre os perfis automática de medição com intervalos é uma aproximação de comunidades de tempo de 15 minutos. O âmbito da de consumo sob agregação. Estudos energéticas reais, onde diferentes análise apresentada aqui limita-se ao anteriores usando dados de medição classes de consumidores podem estar com resolução de tempo de 1 hora ou período de um ano. Além disso, os presentes. Mas há grande probabili15 minutos já determinaram, entre domicílios com aquecimento elétrico dade de homogeneidade no consumo outros: um efeito positivo da agregaforam a priori excluídos, pois a alta anual dos consumidores da mesma ção de consumidores na precisão da simultaneidade e sazonalidade desse área. O exemplo arquetípico de uma tipo de consumo em áreas residenciais previsão de carga agregada para uma comunidade de energia é um prédio hora à frente [6]; um menor custo do ofuscaria os resultados apresentados de apartamentos, onde os consumisistema e redução da volatilidade do aqui mais adiante, em “Dinâmica das dores participantes são geralmente preço da eletricidade, ao se agregarem demandas de pico diárias”. caracterizados por um baixo consumo unidades descentralizadas de armaDado que pesquisas anteriores reanual. Da mesma forma, pode-se suzenamento de energia [7]; e benefípor que as unidades em um bairro de velaram que as unidades familiares mansões tenham um consumo anual cios da resposta da demanda agregaindividuais têm impacto significativo da por meio de incentivos financeiros mais alto, o que levaria a uma comunos perfis de consumo individual e em redes inteligentes [8]. nidade energética de grandes consuagregado [10], este trabalho explora Como contribuição para este camcomo se dá esse impacto sobre o commidores. De fato, pesquisas anteriores po em rápida evolução, este trabalho revelaram uma estreita ligação entre o portamento de consumo da comunivisa explorar a dinâmica das demantipo de habitação, o tamanho da residade. No entanto, informações necesdas de pico sob agregação, com atendência e o consumo [12], justificando sárias para classificações mais avançação especial para a simultaneidade a abordagem de categorias de comudas suscitam preocupações quanto à nidades de energia aplicadas neste com o rendimento dos sistemas FV. privacidade, e por isso aqui se utiliza São a seguir apresentados os conjuntrabalho. a classificação do Eurostat [N. da R.:



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Perfis agregados de consumo da comunidade

Dinâmica das demandas de pico diárias

Uma metodologia de bootstrapping, isto é, amostragem aleatória com substituição, é subsequentemente usada para gerar perfis de consumo agregados para diferentes tamanhos de comunidade. Cada comunidade de N usuários finais é caracterizada por um perfil de consumo agregado no ponto de acoplamento comum (PAC), ou seja, a cada passo de tempo t, as demandas dos domicílios individuais são somadas. Níveis de agregação de N = 5 até N = 35 são considerados, e 1000 perfis agregados são construídos para cada tamanho de comunidade N e para cada uma das três classes de domicílios mencionadas, permitindo uma análise distributiva das propriedades consideradas.

Conforme mencionado acima em “Pesquisa relacionada”, a pesquisa tradicional sobre o impacto da agregação foca no pico de demanda anual para dimensionar ativos de rede, como linhas e transformadores. Consequentemente, o escopo desta seção é limitado ao aspecto temporal, pois é bem conhecido o impacto da agregação de consumidores na amplitude da demanda de ponta. Por outro lado, uma análise temporal das demandas de pico diárias pode lançar luz sobre os mecanismos por trás do comportamento das amplitudes correspondentes. Para isso, o horário de pico (HdP) das demandas de pico diárias é calculado para todos os dias do ano nos níveis de agregação considerados para cada comunidade categórica artificial gerada. Posteriormente, determinam-se os valores médios das distribuições do HdP diário, de forma a avaliar qualitativamente o impacto do aumento da dimensão da comunidade de diferentes tipos de consumidores. Os resultados dessa análise são apresentados na figura 2, onde é dado o valor médio do horário da ponta de demanda diária para cada dia do ano. O número de tamanhos de comunidade exibidos é limitado para facilitar a interpretação visual. Pesquisas anteriores investigaram a ocorrência de picos de demanda durante a semana em comparação com finais de semana ou feriados, e diferen-

Dados de rendimento de energia FV

Horário médio da ocorrência do pico

Seguimos a metodologia apresentada em [13] para simular os perfis de rendimento das instalações fotovoltaicas consideradas. Tais perfis foram modelados a partir de dados de irradiância fornecidos pelo Royal Meteorological Institute (RMI). O modelo de transposição de Hay & Davies foi depois empregado para calcular a irradiância no plano para as orientações consideradas [14]. Finalmente, a saída de energia c.a. do sistema foi calculada via FVLib, um pacote Python de código aberto [15]. (a)

(b) N = 10 N = 20 N = 30

ças significativas foram observadas [16]. Consequentemente, esses dois períodos de tempo são exibidos separadamente. Múltiplas tendências podem ser observadas na figura 2. Primeiro, um aumento no tamanho da comunidade tende a corresponder a um HdP mais tardio durante a semana, e uma influência sazonal é induzida pela agregação de consumidores. Em segundo lugar, um comportamento significativamente diferente é encontrado para comunidades de pequenos consumidores em comparação com as outras duas categorias. Os picos tendem a ocorrer mais cedo para comunidades de pequenos consumidores, e ao se aumentar o tamanho da comunidade não se induzem mudanças significativas no comportamento do HdP. Isso contrasta com comunidades de consumidores médios e grandes, onde a agregação induz uma forte dependência sazonal durante a semana, o que é ausente em comunidades menores. Uma mudança no valor médio sob agregação observado pode ser causada por diferentes movimentos na distribuição. Isso é ilustrado na figura 3, que mostra os gráficos de densidade de HdP para quatro dias, dois dias de inverno e dois de verão (sendo em cada caso um dia útil e um dia de fim de semana), escolhidos para ilustrar os mecanismos por trás da mudança do HdP médio sob agregação da figura 2. (c)

Dia útil Fim de semana

2013-01 2013-03 2013-05 2013-07 2013-09 2013-11 2014-01 2013-01 2013-03 2013-05 2013-07 2013-09 2013-11 2014-01 2013-01 2013-03 2013-05 2013-07 2013-09 2013-11 2014-01

Dia do ano

Dia do ano

Dia do ano

Fig.2 – Média da ocorrência diária de HdPpara comunidades de(a)pequenos,(b)médios e(c)grandes consumidores.As linhas inteiras correspondem aos dias da semana,enquanto as linhas tracejadas indicam finais de semana e feriados oficiais.As férias de verão são sombreadas em cinza


&21),$%,/,'$'( (),&,È1&,$ ,129$d®2 3$5$ 68$ 86,1$

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)$%5,&$'2 &21)250(

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3RWrQFLDV N9$ N9$ H N9$ &ODVVHV GH WHQVmR N9 D N9 Ô1,&2 3$,1(/ %5$6,/(,52 $3529$'2 3$5$ 7(16®2 '( 9&$

&$%,1( 35,0É5,$ &ODVVHV GH WHQVmR N9 D N9 3URMHWR WHVWDGR FRQIRUPH $%17 1%5 ,(& +202/2*$'$6 1$6 35,1&,3$,6 &21&(66,21É5,$6 '2 3$Ì6

$FHVVH R 45 &2'( H VDLED PDLV

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Comunidades de energia

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Médios Grandes

Pequenos

Densidade

% de picos depois das 18h00

Densidade

Densidade

Dia de inverno Dia de verão do HdP e a sazonaO valor médio dessas dislidade induzida sob tribuições multimodais pode agregação têm impacser considerado uma média to na integração das ponderada das distribuições renováveis em comupara as densidades centradas nidades energéticas em: 1) meio-dia, 2) início da de várias dimensões. noite (18h00), e 3) final da Dois índices são intronoite (22h00). duzidos para estudar Dois mecanismos levam à a integração de enermudança observada no HdP gia FV nessas comusob agregação. Primeiro, um nidades: o índice de tamanho crescente de coautoconsumo (IAC) e munidade leva a picos mais o índice de autossufipronunciados nas curvas de ciência (IAS). O IAC é densidade. Os picos indivia relação entre a enerduais estocásticos que ocor10 15 20 10 15 20 gia fotovoltaica conrem durante o dia desapareHora do dia Hora do dia cem do gráfico de densidade sumida diretamente e N = 10 N = 20 N = 30 Dia útil Fim de semana em favor dos HdPs, onde o Fig.3 – Gráficos de densidade para dias de meio de semana(linhas cheias)e dias de fim de semana a energia fotovoltaica consumo é mais onipresente (linhas tracejadas)no inverno(esquerda)e verão(direita)para as três categorias de comunidades total produzida, enquanto o IAS é a parte em todos os consumidores da consideradas do consumo que pode comunidade ― por exemplo, ser suprida instantaneamente pela à noite durante a semana. Esse efeito dança no HdP médio no final da noite instalação fotovoltaica. O IAS é impode ser atribuída apenas ao aumento é mais pronunciado em comunidades portante para os usuários finais, pois da densidade de picos nesse horário, maiores, pois nelas o indivíduo contriestes desejam minimizar a quantidade bui menos para o perfil agregado. Em em comparação com o início da noite. de energia comprada. Adicionalmensegundo lugar, o aumento da densite, como um maior IAC corresponde dade sob agregação no final da noite FV sob agregação de a uma menor quantidade de energia supera o aumento no início da noite. consumidores injetada na rede, esta medida interesNossa hipótese é que esse primeiro sa aos operadores de rede, além de mecanismo é a força motriz para a Coloca-se agora a questão de desser relevante para os usuários finais rápida mudança do HdP em níveis cobrir se o comportamento observado em determinados de agregação mais baixos. Comunidade de pequenos consumidores regimes de renuNo entanto, em níveis de meração. agregação mais altos, o auDuas orientamento da densidade no final ções são consideda noite é o principal fator. radas para este Isso é ilustrado na figura 4, Comunidade de médios consumidores estudo exploraonde a porcentagem de picos tório: a instalação diários ocorridos após as tradicional orien18h00 é exibida para um ano tada ao sul, com inteiro. Aumentar o tamanho rendimento máda comunidade de 10 para Comunidade de grandes consumidores ximo anual [N. da 20 consumidores induz uma R.: No Hemisfério mudança significativa no núNorte, ao contrário mero de picos que ocorrem à noite. No entanto, para audo que ocorre no 2013-01 2013-03 2013-05 2013-07 2013-09 2013-11 2014-01 mentos adicionais no tamanho Hemisfério Sul], é Dia do ano comparada com da comunidade, esse efeito N = 10 N = 20 N = 30 Dia útil Fim de semana a mesma instalasatura, e a partir deste nível Fig.4 – Percentagem dos picos diários que ocorrem depois das 18h00 para mil comunidades categóricas constituídas de N usuários finais ção orientada a de saturação qualquer mu-


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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Condutores

2,5mm2 a 6mm2

Diâmetro externo condutor

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Classe de Sobretensão

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Material de contato

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Tensão nominal (Vdc)

1500V

Corrente Nominal 2,5/4/6mm2

25A/35A/45A

Classe de chamas (flamabilidade)

UL94: V-0

alta estabilidade e segurança nas conexões para todo o sistema.


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Comunidades de energia

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5 10 15 20 25 30 35

5 10 15 20 25 30 35

IAC: painéis FV orientados a oeste

Pequenos Médios Grandes

IAS: painéis FV orientados a oeste

% FV

Pequenos Médios

90 11 0 13 0 15 0 17 0 19 0

Grandes 50 70

10 30

90 11 0 13 0 15 0 17 0 19 0

5 10 15 20 25 30 35 50 70

5 10 15 20 25 30 35 10 30

Tamanho da comunidade

três diferentes dimensionamentos de sistema FV. Além das melhorias tradicionais no IAC sob agregação, relatadas anteriormente na referência [17], foram encontradas diferenças de até 1,5 ponto percentual entre categorias de comunidades de tamanhos semelhantes. Comunidades de pequenos consumidores tendem a produzir o maior IAC para instalações orientadas para o sul, enquanto a comunidade de melhor desempenho para instalações orientadas para oeste depende tanto do dimensionamento do sistema fotovoltaico quanto do nível de agregação. Para instalações sobredimensionadas,

Tamanho da comunidade

IAC (%)

170% FV

IAC (%)

100% FV

IAC (%)

30% FV

pequenos consumidores superam as oeste. Enquanto a instalação orientada as comunidades de pequenos consude médios e grandes consumidores no a oeste tem um rendimento anual sigmidores superam as outras duas caque se refere ao IAC e IAS de instalanificativamente menor, de 76% do da tegorias de comunidade. No entanto, ções orientadas ao sul, exceto para coinstalação orientada ao sul, os painéis essa tendência se inverte para instalamunidades pequenas com sistema FV orientados a oeste podem oferecer váções subdimensionadas. subdimensionado. rias vantagens, como injeInstalação orientada ao sul Instalação orientada a oeste Por outro lado, o ção mais baixa na ponta, melhor tipo de comaior autoconsumo e munidade para insmaior simultaneidade talações orientadas entre consumo de início a oeste depende do de noite e geração renonível de agregação vável [13]. e do dimensionaPara este estudo, asmento fotovoltaico. sumiu-se uma única insComunidades talação de grande escala de consumidores conectada no PAC, o que médios e grandes 10 20 30 10 20 30 significa que é desconsiTamanho da comunidade Tamanho da comunidade apresentam mederada a distribuição geCategoria de comunidade lhor desempenho ográfica de consumidores Pequenos Médios Grandes para instalações e não é aplicada nenhuFig.5 – IAC médio para diferentes categorias de comunidade,com instalações fotovoltaicas orientadas a sul subdimensionadas, (esquerda)e a oeste(direita)e de três tamanhos: 30%(em cima),100%(no meio),170%(embaixo) ma restrição relacionada enquanto comuà qualidade de energia nidades de pequenos consumidores na rede, que constituirão temas de um Este exemplo ilustrativo é subseapresentam maior IAC e IAS para insestudo futuro. O sistema fotovoltaico quentemente expandido para todos talações sobredimensionadas. considerado é dimensionado de modo os tamanhos de FV e níveis de agregaEste comportamento das instalaque o rendimento anual da instalação ção considerados, bem como de IAS. ções orientadas a oeste é examinado orientada ao sul seja igual a uma deA figura 6 mostra as categorias de cona figura 7, que mostra a porcentagem terminada fração do consumo anual munidades com o maior valor médio do total de energia FV produzida que da comunidade, variando de 10% até de IAC e IAS para cada combinação de é instantaneamente consumida nos 190%, cobrindo uma faixa desde subnível de agregação e tamanho de FV, períodos diurno (entre 8h30 e 18h00) e dimensionamento até sobredimensiodesconsiderando a diferença numérica noturno (de 18h00 a 22h30). Comuninamento da instalação para uma deterentre o melhor e o segundo melhor dades de pequenos consumidores têm minada comunidade. tipo de comunidade. Comunidades de O comportamento do IAC médio IAC: painéis FV orientados ao sul IAS: painéis FV orientados ao sul sob agregação é dado na figura 5 para

% FV

Fig.6 – Comunidades com a maiormédia de IAC(esquerda)e IAS(direita)para diferentes tamanhos de sistema fotovoltaico com painéis orientados para o sul(em cima),e as mesmas instalações orientadas para o oeste(embaixo)


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Comunidades de energia

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Dia Noite

% de FV instantaneamente consumida

da noite e o final da menor autoconsumo noite, com a densidade durante a noite, inno final da noite audependentemente do mentando mais rapitamanho do sistema damente sob agregaFV. Isso pode ser ção do que no início atribuído ao consuda noite. mo mais consistente Em segundo lugar, durante a noite para a integração de instaos outros tipos de lações fotovoltaicas foi comunidade. Para examinada para cateinstalações sobredi10 20 30 40 160 170 180 190 % FV % FV gorias de comunidamensionadas, isso Categorias de comunidade des. Constatou-se que é compensado pelo Pequenos Médios Grandes as comunidades de pemaior autoconsumo Fig.7 – Percentagem de FV total produzida poruma instalação orientada a oeste que é consumida instantaneamente,para instalações subdimensionadas e sobredimensionadas quenos consumidores diurno, resultando superam as de médios em um maior total e grandes consumidores no que se comportamento temporal dos picos de IAC e IAS em comunidades de refere a IAC e IAS, independentemende demanda diários, ao longo do ano. pequenos consumidores. No entanto, te do tamanho da comunidade. No Comunidades de pequenos consumipara instalações subdimensionadas, entanto, descobriu-se que a comunidores se comportaram de forma difeas comunidades de médios e grandes dade categórica ideal para instalações rente das de médios ou grandes consuconsumidores têm um autoconsumo orientadas a oeste depende tanto do midores, que apresentaram forte samaior durante o dia, resultando em tamanho da comunidade quanto do tazonalidade. Foram identificados dois maiores IAC e IAS. manho do sistema FV. Nas instalações mecanismos responsáveis pelo deslosubdimensionadas, as comunidades camento do horário de pico de demanConclusão de médios e grandes consumidores suda: 1) os picos de demanda individuais peraram as de pequenos consumidores ao longo do dia foram encobertos pelos Este trabalho explorou a dinâmica devido ao maior autoconsumo durante picos ocorridos em horários de consudas demandas de pico sob agregação, a noite. Em contraste, as comunidades mo mais consistente em domicílios com uma classificação dos consumide pequenos consumidores tiveram residenciais, ou seja, durante a noite dores baseada no consumo anual. melhor desempenho para instalações em dias de semana, e 2) dois períodos Em primeiro lugar, verificou-se que sobredimensionadas, devido ao alto noturnos foram identificados com um o aumento do tamanho da comuniconsumo diurno. número significativo de picos, o início dade teve impacto significativo no


FotoVolt - Agosto - 2023

Reconhecimento - Os autores agradecem ao operador da rede de distribuição da região de Flandres, Fluvius cvba, por fornecer os dados anonimizados de medição digital usados neste trabalho.

Referências [1] Directive 2018/2001 of the EU Parliament on the Promotion of the Use of Energy from Renewable Sources. [2] Boggis, J.: Diversity, bias and balance, in “Distribution of Electricity”, 1953, pp. 357-362. [3] Bary, C.: Coincidence-Factor Reationships of Electric- Service-Load Characteristics, “Transactions of the AIEE”, 1945, 64, 9, pp. 623-629. [4] Chatlani, V. P., et al.: Statistical properties of diversity factors for probabilistic loading of distribution transformers, 39th North American Power Symposium, Las Cruces, NM, 2007, pp. 555-561. [5] Directorate–General For Energy (EC): Study on tariff design for distribution systems, 2015. [6] Sevlian, R.A., Rajagopal, R.: A model for the effect of aggregation on short term load forecasting, 2014 IEEE PES General Meeting | Conference & Exposition, National Harbor, MD, USA, 2014, pp. 1-5.

Comunidades de energia [7] Gissey, G.D., et al.: Value of energy storage aggregation to the electricity system, “Energy Policy”, 2019, 128, pp. 685-696. [8] Gkatzikis, L., et al.: The Role of Aggregators in Smart Grid Demand Response Market, “IEEE Journal on selected areas in communications”, 2013, 31, 5, pp. 1247-1257. [9] Armendariz, M., et al.: Coordinated microgrid investment and planning process considering the system operator, “Applied Energy”, 2017, 200, pp. 132-140. [10] Sun, M., et al.: Analysis of diversified residential demand in London using smart meter and demographic data. IEEE Power and Energy Society General Meeting (PESGM), Boston, MA, 2016, pp. 1-5. [11] Eurostat. Energy Statistics – Electricity Prices for Domestic and Industrial Consumers, Price Components”, Dsoponível online: https:// ec.europa.eu/eurostat/ cache/metadata/ en/nrg_pc_204_esms.htm, acessado em fevereiro de 2021. [12] Bedir, M., et al.: Determinants of electricity consumption in Dutch dwellings, “Energy and Buildings”, 2013, 58, pp. 194-207. [13] Azaioud, H., et al.: Benefit Evaluation of FV Orientation for Individual Residential Consumers, “Energies”, 2020, 13, (19), 5122.

115

[14] Davies, J.A., et al.: Calculation of the solar radiation incident on an inclined surface. ‘Proceedings of the 1st Canadian Solar Radiation Data Workshop”, Toronto, ON, Canada, 17–19 April 1978, pp. 59–72. [15] Holm, W.F., et al.: pvlib python: A python package for modeling solar energy systems, “Open Source Softw”. 2018, 3, 884. [16] Claeys, R., et al.: A Novel Feature Set for Low-Voltage Consumers, Based on the Temporal Dependence of Consumption and Peak Demands, ”Energies”, 2020, 14, 139. [17] Roberts, M. B., et al.: FV for Apartment Buildings: Which Side of the Meter?, Asia Pacific Solar Research Conference, Melbourne. 2017.

Adaptado de “Peak demand dynamics of low-voltage consumers under aggregation and its impact on upstream PV injection”, apresentado na Cired 2021 Conference, sob autorização dos organizadores e autores. Tradução e adaptação da Redação de FotoVolt.


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OCPP - Open Charge Point Protocol

Rafael Cunha*

O OCPP desempenha papel crucial na revolução da mobilidade elétrica e na “transformação do mercado de energia, promovendo interoperabilidade entre

sistemas de carregamento e veículos,permitindo um ecossistema coeso e eficiente.

Open Charge Alliance

Veículos elétricos

116

A

importância de padronizar protocolos de comunicação se dá pela necessidade de eficiência e confiabilidade na transmissão de informações entre dispositivos. Tais protocolos estabelecem regras, formatos e procedimentos que regem o envio e recebimento dos dados, provendo maior segurança para o desenvolvimento de novas soluções, possibilidade de integrações, previsibilidade e compatibilidade com maior gama de produtos e players do mercado, entre outras vantagens. No início dos anos 2000, o mercado de eletromobilidade era ainda nascente, poucos modelos de veículos elétricos estavam disponíveis e havia algumas centenas de carregadores públicos nas ruas da Europa. Porém, com o ritmo acelerado do mercado, observou-se a necessidade de se padronizar o modo de comunicação dos carregadores e, em 2009, foi iniciado pela atual ElaadNL (centro holandês de pesquisa e desenvolvimento em infraestrutura de recarga) o desenvolvimento de um protocolo aberto para tratar dessas comunicações, o qual foi lançado ao mercado no ano seguinte. Nascia então o OCPP (Open Charge Point Protocol) 1.0. Após o desenvolvimento do protocolo 1.0, e em vista da necessidade de melhorias, a ElaadNL lançou em 2011 o OCPP 1.2, e em 2012 o OCPP

1.5. A partir da versão seguinte (2014), o protocolo passou a ser desenvolvido em conjunto com outras empresas especialistas no tema, dando-se então início à OCA – Open Charge Alliance, a qual é a atual responsável pela evolução e melhoria do protocolo.

durante o desenvolvimento de suas próprias aplicações, compartilhando valiosos insights por meio de fóruns especializados. Como dito, a evolução do OCPP teve seu ponto de partida com a versão 1.2, lançada em 2010, seguida de uma atualização em 2012, com a versão 1.5. Esta última trouxe avanços substanciais em aspectos de segurança, introduzindo autenticação de usuários via token e a implementação do Transport Layer Security (TSL). Além disso, aprimorou o monitoramento, permitindo a definição de limites de carga, supervisão em tempo real e atualizações nos registros de transações. A versão 1.5 conquistou um espaço significativo no cenário brasileiro, embora

Evolução técnica do protocolo O OCPP é um protocolo em constante evolução, fruto da colaboração da Open Charge Alliance com uma ampla comunidade global. Essa abordagem colaborativa tem fortalecido a confiabilidade e a aplicabilidade do protocolo, uma vez que empresas e pesquisadores contribuem para seu aprimoramento OCPP 1.0

0CPP 1.5

2010 2009

0CPP 1.6

2014 2012

OCPP 1.2

Fig.1 – Cronograma de desenvolvimento do OCPP

0CPP 2.0.1

2018 2015

Open Charge Alliance

2020 OCPP 1.5



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Veículos elétricos

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SOAP VPN

Central System

Carregador

Veículo elétrico

Fig.2 – Diagrama do OCPP1.5 Smart Charging

WEBSOCKET

Central System

Carregador

Veículo elétrico

Fig.3 – Diagrama do OCPP1.6 demandasse uma comunicação via VPN devido à estrutura de envio de dados unidirecional, do carregador ao Central System. Para atender às necessidades de evolução, a OCA concentrou esforços na versão 1.6 do OCPP, lançada em 2015 e amplamente adotada nos carregadores brasileiros. A versão 1.6 manteve a mesma arquitetura da 1.5, facilitando sua implementação para sistemas de gerenciamento que já estavam familiarizados com esta. Além das melhorias de segurança, introduziu a funcionalidade Smart Charging para um controle de carga mais eficiente, além de suportar a tecnologia Plug and Charge e comunicação bidirecional, eliminando a necessidade de VPN. A versão atual, OCPP 2.0.1, foi desenvolvida para enfrentar desafios contemporâneos do mercado brasileiro. Possui uma gama abrangente de funcionalidades, permitindo a gestão remota completa, monitorando operações, ciclos de recarga e possibilitando

o envio de comandos diversos para configurações e ações no carregador. A inovação Smart Charging é uma solução para a instalação concentrada de múltiplos carregadores, aplicando um controle de demanda baseado em monitoramento ativo. Entretanto, a transição para o OCPP 2.0.1 demanda uma arquitetura de sistema diferente, tornando sua implementação mais complexa e abrangente. Embora alguns carregadores com essa versão estejam disponíveis no mercado, os sistemas de gerenciamento ainda não estão totalmente preparados para operá-los de maneira otimizada. Portanto, a versão 1.6 permanece uma escolha prudente devido à sua compatibilidade sólida com o contexto nacional.

Funcionalidades para o novo mercado de energia O mercado de energia tem se modernizado frente à complexidade das novas tecnologias e mudanças no modo

Tarifa dinâmica

Smart Charging

WEBSOCKET

Central System

Fig.4 – Diagrama do OCPP2.0.1

Carregador

V2G

Veículo elétrico

de se consumir a energia elétrica, com alterações nas curvas de consumo, mudanças nos fluxos por conta do crescimento da geração distribuída, mercado de curto prazo com tarifa horária, tarifa branca, e outras recentes mudanças que trouxeram maior dinâmica para os controladores da rede elétrica, porém com maior ajuste e otimização por parte do usuário da energia. O veículo elétrico, por conta de seu sistema de baterias significativo, passa a ser a principal carga de consumo de energia elétrica em boa parte das residências. Além disso, com potências de recarga cada vez maiores, tais veículos também alcançam níveis de demanda consideráveis. Nesse contexto, o OCPP 2.0.1 traz funcionalidades compatíveis com esse novo mercado, permitindo ao usuário maior flexibilidade e melhor uso do processo de recarga. A nova versão do OCPP tem como nativas diversas novidades em relação às versões anteriores, e algumas merecem destaque pois alterarão significativamente as formas de uso dos carregadores: • Tarifa dinâmica para transações – Essa funcionalidade permitirá que o operador da rede de recarga insira diferentes tarifas ao longo do dia, de tal maneira que, quando mudar o valor da tarifa em meio a uma recarga em andamento, apenas a parte proporcional da transação será contabilizada com a nova tarifa, o que não ocorre nas versões anteriores do OCPP. Assim, o operador poderá repassar ao usuário o custo real da energia em determinado horário, e o usuário conseguirá ter maior previsibilidade do valor da recarga, podendo escolher os horários do dia com a menor tarifa. • V2G (Vehicle-to-Grid) – A funcionalidade V2G permite que o veículo exporte energia elétrica para a rede. Esse mecanismo pode operar como um sistema de alívio para a rede elétrica, de modo a contribuir com o operador da rede em horários de pico, injetando


Veículos elétricos

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energia, e carregando nos momentos de maior demanda disponível. A partir da modernização da regulamentação e do avanço da tecnologia, o usuário poderá receber incentivos financeiros por contribuir com serviços para a rede utilizando o seu veículo elétrico. • Plug and Charge – O sistema de se conectar o veículo e este iniciar automaticamente o carregamento já está incorporado na nova versão do protocolo, de modo a trazer comodidade ao usuário, já que o próprio veículo será capaz de se autenticar mediante as regras previstas de custo da recarga, por exemplo, e ao final o valor da transação é descontado automaticamente. • Gestão de demanda local – A funcionalidade Smart Charging ganhou uma nova ferramenta: a possibilidade de conectar o carregador a um gerenciador de demanda local e este modular localmente a potência dos diversos carrega-

dores a ele conectados. Essa funcionalidade é capaz de beneficiar o operador, de modo a mitigar o risco de uma ultrapassagem de demanda ou de atingir os limites técnicos da instalação, sendo que o usuário consegue contribuir com a modulação da recarga mediante um desconto na tarifa, por exemplo. O OCPP desempenha um papel crucial na revolução da mobilidade elétrica e na transformação do mercado de energia. Sua adoção generalizada promove a interoperabilidade entre os sistemas de carregamento e os veículos elétricos, permitindo um ecossistema coeso e eficiente. Com as evoluções introduzidas nas novas funcionalidades da versão 2.0.1, o OCPP dá um passo adiante, trazendo impactos profundos para o mercado de energia. A integração do Vehicle-to-Grid (V2G) oferece uma abordagem pioneira para a gestão inteligente da demanda de energia, transformando os veículos elétricos em recursos flexíveis para

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equilibrar a rede e integrar energias renováveis. Além disso, a modulação de tarifas de energia e o gerenciamento avançado de carga contribuem para uma utilização mais eficiente da eletricidade, incentivando práticas sustentáveis e preparando o terreno para um futuro energético mais resiliente e inteligente. A evolução do OCPP continua, com cada nova versão refletindo o compromisso contínuo de aprimorar a infraestrutura de carregamento de veículos elétricos, apoiando o avanço sustentável rumo a um futuro mais limpo e eficiente. * Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.


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Pesquisa & inovação

Bateria solar: simultaneamente célula FV e acumulador de energia

fotoeletroquímicos, explicam as características de alto desempenho do dispositivo na captação de luz solar e armazenamento de energia. O artigo foi publicado na edição de julho de m trabalho de colaboração entre 2023 da revista “Advanced Energy a Universidade de Córdoba, na Materials”. Espanha, e o Instituto Max Planck de A estrutura física do dispositivo consiste em “um vidro de alta transPesquisas de Estado Sólido, na Alemanha, apresentou o projeto de uma baparência, que possui um revestimento teria solar feita de um material abuncondutivo (para permitir o transporte de carga) transparente e uma série de dante (extraído da ureia), não tóxico e facilmente sintetizado, composto camadas de materiais semitranspade nitreto de carbono 2D. O pesquirentes (com diferentes funcionalidades), e outro vidro condutivo que sador Alberto Jiménez-Solano, do Defecha o circuito”, descreve o pesquipartamento de Física da universidade, sador. É essencialmente uma espécie em conjunto com uma equipe do insde sanduíche feito de várias camadas tituto em Stuttgart, Alemanha, realicujas espessuras foram estudadas zou um estudo no qual se exploraram para maximizar o nível de absorção as características de design de um e armazenamento de luz. Nesse caso, dispositivo com base nesse material. o sistema proposto pode absorver a “O grupo da professora Bettina V. luz em ambos os lados, e os pesquisaLotsch, no Instituto Max Planck, conseguiu sintetizar o material, capaz de dores descobriram que a luz incidindo absorver luz e armazenar a energia na parte traseira tinha certas vantagens ― algo que eles conseguiram para uso posterior sob demanda”, explica, “e nos ocorreu usá-lo para criar elucidar “criando um desenho teórico uma bateria solar.” inicial de acordo com as restrições experimentais”, uma vez que este projeto de pesquisa básica não ficará apenas no papel, mas também explorará os limites experimentais, chegando a designs viáveis para essas baterias solares. O dispositivo apresentado teria uma grande versatilidade, permitindo obter tanto uma corrente alta e pontual (como a necessária para um flash de fotografia) quanto uma corrente menor mas sustentada no tempo (como a necessária para um celular). Os próximos passos serão estudar o funcionamento do dispositivo em diversas situações fora do laboratório, adaptando-o às diferentes possibilidades e necessidades de Design óptico da bateria solar: a)Cálculo da absorção por unidade de volume na seção da estrutura da bateria solar; b)Perfis de absorção do dispositivo de bateria solar em comprimento de onda de 350 nm,com iluminação pela frente(azul)e por trás fabricação. (laranja); c)Fotocorrente interna que uma bateria solar com diferentes espessuras de camada ativa K-PHI fornece sob 1 sol de O artigo por ser livremente iluminação,com iluminação pela frente(azul)ou por trás(laranja); d)Tempo necessário para carregar toda a bateria solar acessado via o link https:// via iluminação pela frente(azul)ou por trás(laranja),para diferentes espessuras de camada ativa K-PHI; e)Influência da onlinelibrary.wiley.com/doi/ espessura da camada de coleta na relação do tempo de carregamento entre a iluminação traseira e frontal(compare com(d)), calculada para dispositivos com quatro espessuras de camada ativa 10.1002/aenm.202300245.

Advanced Energy Materials

U

O conceito de “bateria solar” nasceu para facilitar o processo de armazenamento da energia elétrica produzida com a luz solar e resolver problemas ambientais com a extração, reciclagem ou escassez de materiais das baterias convencionais, como o lítio, por exemplo. Uma bateria solar combina, em um único dispositivo, células solares que captam e convertem a energia da luz com o armazenamento dessa energia, permite que esta seja usada quando necessário. Para chegar ao novo projeto, as equipes de Córdoba e de Stuttgart primeiro tiveram de encontrar uma forma de depositar uma fina camada do material (nitreto de carbono e potássio 2D, poli(heptazina imida), K-PHI), de modo a criar uma estrutura estável para iniciar a fabricação de um dispositivo fotovoltaico. Isto porque o material está normalmente na forma de pó ou em suspensões aquosas de nanopartículas. Esse primeiro trabalho permitiu à equipe apresentar agora o projeto de bateria solar no qual, combinando simulações ópticas e experimentos

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Pesquisa & inovação

FotoVolt - Agosto - 2023

NREL testa ondas sonoras para tornar as células solares mais baratas

para que o substrato possa ser usado novamente. O problema é que o processo leva horas e deixa um resíduo que requer uma etapa de polimento, a qual é relativamente cara e limita a s ondas sonoras podem contrieconomia potencial do método. Em buir para tornar as caras células contraste, o lascamento leva segunsolares III-V mais acessíveis, de acordo dos, criando uma fratura controlada com uma pesquisa recém-publicada, dentro do substrato quase paralela à liderada por cientistas do Laboratósua superfície. Essa fratura permite rio Nacional de Energia Renovável que a célula seja facilmente removida, (NREL) do Departamento de Energia dos EUA. Usadas em um novo prorevelando uma nova superfície livre de cesso chamado “lascamento acústico” contaminantes de dentro do substrato, [accoustic spalling, no original], as one que não requer polimento. das sonoras têm o potencial de reduzir O processo hoje usado cria facetas significativamente o custo na fabricarelativamente grandes no substrato ção desse tipo de célula solar altamenque consomem material extra e podem te eficiente. exigir planarização, através de poliAs células solares III-V são assim mento ou outros métodos antes que chamadas porque são cultivadas usano substrato possa ser reutilizado. Este do elementos último avanço usa dos grupos III fragmentação acúse V da tabela tica, ou ondas sonoperiódica. ras, para controlar a Embora sejam fratura, suprimir a altamente efiformação de facetas cientes, o custo e melhorar o niveladessas células mento do substrato. tem limitado “A superfície resulta seu uso a aplimenos corrugada”, cações espadiz Schulte. “Porciais, como na tanto, quando você alimentação de desenvolve nela um satélites. Renovo dispositivo, é duzir os custos Célula solar de arseneto de gálio – tecnologia ainda é possível obter uma de fabricação alta eficiência com muito cara para aplicações na Terra é considerado relativamente pouca fundamental para aplicações terresou potencialmente nenhuma reprepatres, e uma maneira de conseguir isso é ração da superfície”. reutilizando repetidamente o substrato Pesquisas adicionais são necessáno qual as células são cultivadas. rias para determinar quantas vezes “[O desenvolvimento] é super o substrato pode ser reutilizado após promissor para a reutilização do subsser submetido ao lascamento acústico, trato”, disse Kevin Schulte, cientista que é chamado de Sonic Lift-Off pela do grupo de FV cristalinos de alta efiempresa Crystal Sonic Inc., de Phoenix, ciência do NREL e principal autor do comercializadora da tecnologia desenartigo detalhando o sucesso do procesvolvida na Arizona State University. so, publicado na revista “Joule”. A tecOs pesquisadores conseguiram fazer nologia hoje existente usa uma camada uma célula em um substrato previade ataque de sacrifício, que permite mente fragmentado com uma eficiênque uma célula seja retirada de um cia de 26,9%, certificada pelo NREL. substrato de arseneto de gálio (GaAs) “Acho que não há nenhuma diferença Dennis Schroeder, NREL

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nesse desempenho em comparação com a eficiência que poderíamos obter em um substrato totalmente novo”, disse Schulte. O Escritório de Tecnologias de Energia Solar do Departamento de Energia dos EUA financiou a pesquisa. Além de Schulte , assinam o artigo publicado na “Joule” outros seis coautores do NREL, dois da Crystal Sonic e duas pesquisadoras da Colorado School of Mines. O link para a publicação é https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/ S2542435123002167.

Minas Gerais vai desenvolver projeto de pesquisa agrivoltaica

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m trabalho conjunto de pesquisa e desenvolvimento de projetos agrivoltaicos, que compartilham em mesma área a geração solar fotovoltaica com a produção agropecuária, foi aprovado em edital de chamada pública de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI Aneel) da estatal de energia mineira Cemig. Com investimento total de R$ 10,5 milhões, as pesquisas serão desenvolvidas ao longo de 30 meses e contarão com a participação, além da Cemig, da Epamig - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais e do CPQD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações. O projeto será conduzido nos campos experimentais da Epamig, de Mocambinho (Cemo) e de Santa Rita (CESR), localizados respectivamente nos municípios de Jaíba e Prudente de Morais, regiões Norte e Centro-Oeste do estado. O método de pesquisa contará com três instalações agrivoltaicas para permitir a realização de análises comparativas. O objetivo é determinar quais serão as combinações de modelos de módulos e as melhores culturas para aumentar a produtividade global das atividades. Como meta, a ideia é permitir



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Pesquisa & inovação

que as produções de energia e agropecuária sejam na mesma área de cultivo para ampliar o valor de uso do solo. Na fase inicial, serão instaladas unidades pilotos para testar culturas variadas em diversos arranjos até se chegar a tecnologias adaptadas às condições de clima e solo. Após isso, essas tecnologias devem ser transferidas a agricultores das diferentes microrregiões de Minas Gerais, segundo afirmou o diretor de operações técnicas da Epamig e um dos coordenadores do projeto, Trazilbo de Paula. “Faremos uma avaliação completa do sistema agrivoltaico customizado para Minas Gerais, envolvendo aspectos técnicos, regulatórios, econômicofinanceiros, sob as perspectivas do produtor rural, da distribuidora de energia e do provedor da solução do sistema integrado”, disse o gerente comercial do CPQD, Carlos Alberto Previdelli.

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Cunrui. O projeto fornecerá eletricidade verde estável para data centers na região. A Energy Vault lançou no final de 2018 seu primeiro grande sistema EV1, de 5 MW/35 MW, na Suíça, que tem sido utilizado desde 2020 por clientes da empresa para testes de aplicações e de protocolos de serviços auxiliares à rede. A atual versão EVx é mais flexível para atender necessidades de maiores potências e variedade de uso, além de oferecer degradação zero do meio de armazenamento, alta eficiência, vida longa e cadeia de suprimentos sustentável, garante a empresa. A Energy Vault, cuja sede é em Lugano, Suíça, vem disputando com a francesa Gravitricity a primazia mundial dos grandes sistemas armazenamento de energia por gravidade com a movimentação de sólidos e não de água ― como nas hidrelétricas reversíveis, O armazenamento que hoje representam 90% de toda de energia por gravidade a capacidade de alcança o mercado real armazenamento de energia do mundo empresa Energy Vault anunciou e em relação às no início de agosto que iniciou quais a “gravitricio comissionamento de um grande dade”, como é chaGESS (gravity energy storage system), mada, promete ser de 25 MW/100 MWh, em Rudong, mais econômica e província de Jiangsu, nas proximida- Torre do sistema EVx – empílhamento e desempílhamento de blocos de várias toneladas cada,para formar o maior sistema desse tipo em escala de rede do mundo sustentável. Mas des de Xangai, China. Construído ao enquanto a solução lado de um parque eólico e uma inda Gravitricity se baseia no içamento terconexão da rede nacional, de modo Segundo a companhia, a China e abaixamento de grandes pesos em anunciou recentemente projetos de a aumentar a capacidade e equilibrar poços subterrâneos, a da EV é baseada vários GWh de armazenamento de a rede por meio do armazenamento e no empilhamento e desempilhamento energia por gravidade, como apoio entrega de energia renovável, o sistema de grandes “tijolos” acima do solo, teve o comissionamento iniciado pelos à sua iniciativa “Zero-carbon parks”, comandados por inteligência artificomponentes de eletrônica de potência que devem utilizar a tecnologia da cial. (Veja mais sobre as duas soluções Energy Vault. Uma subsidiária da e os sistemas de elevação. A empresa em FotoVolt nº 39, de julho de 2021, China Tianying, Jiangsu Nengying prevê que o GESS esteja totalmente página 44, https://abrir.link/yrWy0). interligado à rede no quarto trimestre New Energy Technology Development deste ano, tornando o EVx (nome coCo., divulgou acordo com o governo da região de Huailaim, província de mercial) o primeiro sistema de armazenamento de energia sem bombeamento Hebei, para construir mais uma planta hidrogravitacional em escala de rede de armazenamento de energia por do mundo. gravidade de 100 MWh na cidade de

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Business Wire

Com base nos resultados superiores a 75% de eficiência de ciclo completo (RTE, de round trip efficiency) obtidos com a primeira torre EV1 de 5 MW, que foi interligada à rede na Suíça em meados de 2020, a Energy Vault espera que o novo sistema EVx, que recebeu aprimoramentos em relação àquela versão, tenha RTE acima 80%, o que segundo a empresa coloca o novo sistema de gravidade como líder em eficiência de armazenamento de energia em relação a todas as outras formas com processos mecânicos, termodinâmicos, de ar comprimido ou sistemas de bateria de fluxo. O projeto é uma parceria da Energy Vault com a Atlas Renewable e a China Tianying. A construção foi iniciada em março do ano passado e enfrentou duas paralisações relacionadas à Covid.







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Agenda

No Brasil Ecoenergy - O Ecoenergy - Congresso Brasileiro de Geração de Energia Renovável tem como objetivo incentivar e identificar oportunidades de melhorias para investimentos, projetos e operações no setor de energias renováveis. O evento, organizado pela Fiera Milano com a curadoria feita pela Blue Ocean Business Events, acontecerá no WTC Events Center, em São Paulo, nos dias 20 e 22 de setembro. Informações: https://congressoecoenergy.com.br. Veículos elétricos - Em sua 18ª edição, o VE Latino-Americano de 2023 acontecerá entre os dias 5 e 7 de outubro, no Expo Center Norte, na cidade de São Paulo, SP. O evento, que é conhecido como o Salão da Mobilidade Elétrica e Cidades Inteligentes, visa apresentar as principais tendências e novidades da eletromobilidade, reunindo setores como veículos elétricos pesados, leves e levíssimos, baterias, componentes, infraestrutura e serviços. Na edição 2022, o evento movimentou mais de R$ 60 milhões em negócios e recebeu 3 mil visitantes por dia. Informações em https://velatinoamericano.com.br. Hidrogênio verde - A Câmara BrasilAlemanha de São Paulo (AHK São Paulo), em conjunto com Guia Marítimo, Hiria e NürnbergMesse, promoverá Imersões em Hidrogênio Verde no Brasil, em conjunto com o Hydrogen Dialogue Latam, de 16 a 20 de outubro. O evento é realizado desde 2020 na Alemanha, e na edição brasileira terá o Congresso Brasil-Alemanha de Hidrogênio Verde da AHK São Paulo em sua programação. O objetivo é potencializar as discussões sobre oportunidades de negócio e a viabilização do hidrogênio verde como solução global para a descarbonização e proporcionar networking entre produtores, investidores, pesquisadores, empreendedores, operadores logísticos e grandes consumidores. In-

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formações em https://www.ahkbrasil. com/iframes_site_ahk_typo3/v2/ Listagem_eventos_detalhes.aspx?id =5876. Sendi - O XXIV Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, organizado pela EDP e promovido pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, será realizado em 7 a 10 de novembro em Serra, ES. O evento visa promover a troca de experiências entre as empresas distribuidoras de energia elétrica, fomentando ideias para o desenvolvimento da qualidade dos serviços prestados. Paralelamente às sessões técnicas, será realizada a feira ExpoSendi. Mais informações em www.sendi.org.br.

Cursos Minas Solar - A Genyx e o Sebrae-MG estão realizando o evento de capacitação e tendências sobre energia solar chamado “Minas Solar na Estrada”. O tour, que reúne diversas empresas e especialistas do setor para discutir sobre mercado, tendências, oportunidades, novos modelos de negócios, gestão e empreendedorismo e ambiente regulatório, tem sido realizado em diversas cidades do estado. Os próximos ocorrerão em Juiz de Fora (agosto), Uberlândia (21/09) e Itaúna (26/10). A iniciativa tem o objetivo de inserir, de forma competitiva e sustentável, pequenos negócios de Minas Gerais na cadeia de geração distribuída fotovoltaica e gerar desenvolvimento econômico por meio da produção de energia para os municípios do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Informações: https://loja.sebraemg.com.br. Capacitação - A Blue Sol oferece um programa de capacitação na área de energia solar, que aborda desde a introdução à tecnologia até a execução (projeto e instalação). O objetivo é abordar o dimensionamento e a instalação

do sistema fotovoltaico conectado à rede e o procedimento para solicitação de acesso junto à concessionária de energia. O treinamento contempla nove cursos online, incluindo um específico para a área de vendas. As aulas são gravadas e todo conteúdo pode ser baixado. Além disso, a empresa oferece um treinamento prático presencial de Instalação de sistemas fotovoltaicos, que é ministrado em três localidades distintas: São Paulo, Búzios e Curitiba. Informações: https://bluesol.com.br/ curso-de-energia-solar/treinamentocompleto. Projetos e fundamentos – O Canal Solar realiza diversos cursos voltados ao setor fotovoltaico, oferecidos nas versões online ao vivo/presencial e exclusivamente online ao vivo. O curso avançado Projeto de sistemas FV com PVSyst e Solergo, em formato EAD, é destinado a profissionais de engenharia, técnicos ou profissionais de outras áreas que possuem conhecimentos básicos de eletricidade e sistemas fotovoltaicos. Também são oferecidos em formato EAD os cursos Fundamentos da energia solar fotovoltaica e Energia solar FV – Módulo comercial – vendas. Informações: https:// cursos.canalsolar.com.br. Sistemas on e off grid e híbridos – A Neosolar oferece vários cursos voltados ao segmento solar, como Energia solar off grid com bateria, cujo objetivo é apresentar desde os fundamentos da energia solar até o cálculo dos equipamentos para uso em diversas aplicações; Energia solar: sistemas híbridos com bateria, que visa ensinar como dimensionar um sistema utilizando inversores híbridos com apoio da rede elétrica, gerador ou baterias, apresentando as vantagens oferecidas por esses sistemas; e Energia solar on grid – microgeração distribuída, que oferece uma visão geral sobre legislação, instalação, equipamentos, dimensionamento, custos e o funcionamento dos sistemas de energia solar fotovoltaica conectados


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Organização e Promoção


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Agenda

à rede. A entidade também oferece os cursos Mapeamento aéreo com drones para desenvolvimento de projetos de energia solar, Normas de instalação e comissionamento em energia solar e Carro elétrico: mobilidade elétrica e carregadores – Online e ao vivo. https://www.neosolar. com.br/cursos-energia-solar. Tecnologias, instalação – A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatização, refrigeração, iluminação, automação e costura, oferece uma série de treinamentos gratuitos para profissionais e empresas que atuam com geração de energia solar no Brasil. Os cursos abordam temas como aplicação técnica e comercial para sistemas fotovoltaicos, tecnologias e inovações no setor e boas práticas de instalação e também apresentam o portfólio de produtos da Elgin. Informações em https://loja. elgin.com.br/energia-solar/cursos-etreinamentos-de-energia-solar. Fios e cabos – A IFC/Cobrecom oferece diversos treinamentos gravados, entre os quais o de Cabos para instalações em sistemas fotovoltaicos. Para requisitar o conteúdo, o interessado deve enviar e-mail para marketing@ cobrecom.com.br.

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No exterior Baterias - A exposição e conferência europeia Battery Tech vai acontecer em Munique, Alemanha, em 4 e 5 de setembro. O objetivo do evento é explorar novas tecnologias de baterias e sistemas de gerenciamento de bateria para uso em veículos elétricos de última geração e também híbridos. Inscrições e informações: www.batterytechnology-conference.com. Power Summit - Em 20 e 21 de setembro, vai acontecer em Milão, Itália, o evento International Power Summit, que visa reunir os principais tomadores de decisão em aquisições e desenvolvimento de plantas, manutenção, técnica e engenharia, gestão de ativos e de projetos, etc. Entre os temas abordados, estão: modelos de energia como serviço para a nova revolução energética, digitalização e análises avançadas na geração de energia, novas tecnologias em energia eólica, solar e hidrelétrica, inteligência artificial e aprendizado de máquina para previsão de falhas e a manutenção dinâmica da usina, financiamento de projetos de energia, o papel da energia nuclear, avanços e perspectivas futuras da energia geotérmica na Europa, potencial e oportunidades de hidrogênio verde da Europa, entre outros. Infor-

mações: https://pmi-live.com/events/ international-power-summit/ Energias renováveis - A 6ª edição do Summit Internacional Türkiye’s Power acontecerá em Istambul, Turquia, de 25 a 26 de outubro. O evento, que também conta uma exposição, vai abordar temas ligados a energias renováveis e pretende reunir operadores de projetos de construção, expansão e modernização, funcionários do governo, órgãos reguladores, provedores de tecnologia e serviços, investidores internacionais e locais. Entre os principais temas estão: transição verde global, soluções e equipamentos inovadores, investimento, financiamento privado, empréstimos, gerenciamento de ativos e do sistema de energia, armazenamento de energia, etc. Mais informações em https://turkiyespower.com. SWC - De 30 de outubro a 4 de novembro, será realizado o ISES Solar World Congress 2023, em Nova Delhi, Índia. Entre os temas a serem debatidos estão: tecnologias de células fotovoltaicas; modelagem de sistemas, inteligência artificial, digitalização; teste, certificação e monitoramento; avaliação de recursos solares; fornecimento de energia rural, etc. Informações em www.swc2023.org.


RESERVE A DATA! 5 e 6 de dezembro de 2023 C. de Convenções Rebouças - São Paulo (SP) Vem aí a 3ª edição do evento que reúne os principais profissionais do setor solar fotovoltaico em busca de se atualizar sobre as novidades regulatórias e de mercado.

Rodada de negócios

Área de exposição

Sessões simultâneas do congresso

Para mais informações: eventos@absolar.org.br


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Produtos

Geradores portáteis A EcoFlow lançou recentemente uma nova geração de geradores portáteis. O PowerStream é um sistema solar portátil com bateria projetado especificamente para varandas. O equipamento conta com um microinversor que pode ser conectado a painéis solares de até 800 W, sem a necessidade de grandes perfurações nas paredes ou estruturas da casa, garante a empresa. A energia solar é convertida de corrente contínua para corrente alternada e redirecionada para alimentar eletrodomésticos, conectando o sistema a uma tomada elétrica convencional. O excesso de energia produzida pode ser armazenado na bateria EcoFlow. Já o PowerOcean é um sistema modular de armazenamento de energia elétrica, que requer instalação profissional e funciona como fonte alternativa de

energia em caso de falhas no fornecimento. A solução pode ser configurada com uma bateria de 5 kWh LFP ou em sistemas com até nove baterias, com capacidade total de 45 kWh. Possui inversor híbrido, com saída de até 10 kW. https://eu.ecoflow.com

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EN 62852 + (Amd.1:2020) 1500V e tem classificação IP68. Desenvolvido para seções de fio de 14AWG/2,5mm2 a 10AWG/6mm2. https://krj.com.br

Cabos para sistemas FV O Grupo Prysmian fornece a linha Voltenax Grid 0,6/1kV, aplicável em redes subterrâneas de baixa tensão com uma nova opção de cabo Anti-PID. Segundo a empresa, embora os fabricantes de inversores para sistemas fotovoltaicos tenham se esforçado para criar funções Anti-PID (o efeito PID provoca a degeneração dos módulos fotovoltaicos, reduzindo seu desempenho), elas, no entanto, provocam aumento da tensão eficaz (RMS) na saída dos inversores que ultrapassa o nível de tensão entre fase-terra estabelecido na classe de tensão nominal de um cabo 0,6 kVca, sendo necessário o desenvolvimento de um cabo para esse contexto. A Prysmian aumentou a espessura de isolação, a fim de que o novo cabo seja capaz de suportar, durante toda a vida útil, níveis de tensão causados durante o funcionamento de proteções Anti-PID. O cabo é constituído por fios de alumínio nu, têmpera dura (H19), encordoamento classe 2

Conector para painéis solares A KRJ apresentou recentemente ao mercado o conector solar KSE 4. Projetado para conexões em painéis fotovoltaicos, o equipamento possui um mecanismo de travamento especial que, de acordo com a empresa, o torna adequado para o ambiente externo. O KSE K4 KRJ é certificado com as normas UL: 6703 1500V e TUV:IEC 62852:2014 + (Amd.1:2020);

sistemas de alimentação fotovoltaica (regime de tensão alternada), com tensão de operação de até 1,8 kVca (faseterra) e 3 kVca (fase-fase). https://br.prysmiangroup.com

Kit fotovoltaico A rede de franquias de energia solar Energy Brasil lançou um kit fotovoltaico em parceria com a BYD, composto por painel, estrutura, cabos, conectores e inversor. A solução da marca visa atender a cadeia de geração distribuída, desde micro até minigeração. energybrasilsolar.com.br

Baterias de lítio A Elgin, fabricante e distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatização, refrigeração, iluminação, automação e costura, oferece soluções

para armazenamento a bateria de lítio 5 kWh|100Ah. Uma das apostas da companhia é a ampliação dos negócios de tecnologias que combinam sistemas fotovoltaicos com baterias de lítio. A tecnologia, segundo a empresa, é compatível com toda a linha de inversores híbridos. loja.elgin.com.br

e forma redonda compacta; isolação de composto termofixo de polietileno reticulado (XLPE) e cobertura de composto termoplástico de polietileno do tipo ST7. Pode ser aplicado em



ideiadois

Networking

Especialistas à disposição

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Publicações

FotoVolt - Agosto - 2023

Solar na Amazônia e CCC Um estudo da TR Soluções calcula que o custo de opera‑ ção e manutenção dos siste‑ mas isolados de energia solar fotovoltaica na Amazônia devem pressionar a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), encargo da tarifa de energia elétrica pago pelos consumidores do Sistema In‑ terligado Nacional (SIN). Para a consultoria especializada em tarifas de energia, o enca‑ recimento do encargo ocor‑ rerá mesmo com a prevista redução da carga atendida por meio de usinas termelé‑ tricas a diesel na região, que deve diminuir de 3801 GWh previstos para 2024 para 1835 GWh em 2027, em razão da interligação de sistemas isolados ao SIN, principal‑ mente em Roraima em 2025.

Isso porque essa redução será compensada pela evolução dos custos de operação e ma‑ nutenção de usinas solares fo‑ tovoltaicas instaladas por meio de programas federais de uni‑ versalização de energia. A Re‑ solução Normativa 1.016/2022 da Aneel aponta um valor de referência de R$ 6.646,67 por MWh (relativo a 2015), ou seja, de R$ 10.753,80 por MWh em valores atuais. Conside‑ rando a quantidade de siste‑ mas prevista para a região, o impacto anual na CCC deve

ser da ordem de R$ 1,3 bilhão em 2027. Além disso, segun‑ do o estudo da TR, caso as regras atuais se mantenham o orçamento da conta deve aumentar por conta das des‑

pesas das distribuidoras com sobras de energia; flexibiliza‑ ção das perdas; e descontos no valor médio considerado para a energia usada pelos con‑ sumidores no SIN (ACRmédio, usa‑ do para o cálculo da compensação das distribuido‑ ras), entre outros pontos. O orça‑ mento da CCC para 2023 é de R$ 12 bilhões, o correspondente a 36% da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). As projeções in‑ dicam que, em 2027, o custo da CCC deve seguir na faixa de R$ 11 bilhões por ano. O estu‑ do completo está disponível em https://www.trsolucoes. com/conteudo/articles/ccc_ com_menos_diesel_e_mais_ baterias_quais_serao_os_efeitos_ para_o_consumidor

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Inversores - A Goodwe ela‑ borou um e-book com informa‑ ções sobre inversores de arma‑ zenamento e baterias e como tais tecnologias po‑ dem impulsionar o desempenho das instalações. A publi‑ cação define e abor‑ da o papel dos pro‑ dutos, como também lista os tipos de in‑ versores disponí‑ veis no mercado (hí‑ bridos, retrofit CA, off grid, etc.). A em‑ presa também divul‑ ga os equipamentos que fornece. O e-book pode ser acessado em https://news. goodwe.com/vejacomo-os-inversoresde-armazenamento-ebaterias-poderao-melhorara-performance-de-suasinstalacoes?utm_campaign= brazil_d_2507_-_material_rico_ inversores_de_armazenamento &utm_medium=email&utm_ source=RD+Station.

Índice de anunciantes 2P.........................................50 e 51 Absolar........................................136 Allog .............................................22 AP Systems ............................68 e 69 Boltinox .................................3ª capa CBGD...........................................135 Cobrecom ......................................33 Cogecom .......................................81 Dah Solar...............................30 e 31 Domínio Solar................................67 Dualbase.......................................15 Dutoplast.......................................99 Ecoenergy....................................131 Econtro Absolar............................133 Ecori.......................................5ª capa Elgin .............................................89 Embrastec .....................................41 Enersolar.......................................36 ENGM............................................18 Eurotubos ....................................115 Exatron .......................................125 Fluke.............................................93

Foxess ...........................................28 Geodesign............................102, 103 Gimi..............................................83 GIR - Gimi Itaipu Renováveis..........117 Growatt...................................2ª capa Haina ............................................20 Hellermanntyton............................66 Hoymiles .......................................13 Huawei ..................................38 e 39 IEM ...............................................92 Inox-par.................................10 e 11 Isoeste Metálica............................101 Izi Estruturas..................................43 JA Solar.........................................25 JR Painéis......................................92 KRJ .............................................111 Loja Elétrica ...................................91 Ludufix..........................................71 Marvitec ........................................29 Megatron.......................................58 Metal Light ....................................63 Mi Ômega......................................24

MO Energy.....................................62 Modular.......................................119 Nansen ..................................94 e 95 New-Fix.........................................53 Novemp.........................................87 NTC Somar.....................................61 Ohmini ........................................121 Ourolux.........................................59 Pedro (Alto Rendimento).................54 Pextron .........................................35 Polienge ........................................74 Portal Eng Solar .............................44 Presticom.....................................114 Prysmian.......................................65 Reicon ...........................................80 Renesola........................................21 Ribeiro Solar..................................26 Romagnole ....................................45 Romiotto................................84 e 85 SAJ........................................46 e 47 Setfuse ........................................123 Sengi Solar..............................4ª capa

Serrana Solar.........................76 e 77 Setta Energy ................................109 Sofar.............................................14 Solar Group ...................................27 Solar Tritec ....................................97 Solis ..........................................4 e 5 Solplanet.....................................107 Soprano.........................................17 Sou Energy...................................105 Trael .............................................73 Tsun ..............................................75 Valmont.........................................55 Voestalpine ....................................19 Volts and Bolts ...............................23 W/Nunes.......................................57 Wallbox.........................................79 Weg ................................................7 Weidmüller..................................113 Wetzel...........................................37


Solar FV em foco

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FotoVolt - Agosto - 2023

Brasil na rota internacional da energia solar

Márcio Trannin, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *

“Avantagem representada pela matriz elétrica

do Brasil precisa ser consolidada com metas claras para não sermos ultrapassados pelas demais nações .

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ois dos grandes pilares da atual geopolítica mundial são a transição energética e a descarbonização das economias. Não por acaso, pelo menos 135 países já possuem metas objetivas para eletricidade gerada a partir de fontes renováveis que, além de mais competitivas em preço do que as fontes fósseis, não emitem gases de efeito estufa, nem poluentes prejudiciais à saúde. Várias das principais nações do Metas para 100% de eletricidade de fontes limpas planeta, incluindo Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, Chile, de perder protagonismo global nesse Canadá, Alemanha, França e Itália, processo. lançaram planos ambiciosos para Como eletricidade é insumo básico atingir a neutralidade de carbono nas de qualquer setor produtivo e atividade atividades econômicas nas próximas econômica, há também uma oportunidécadas. Também estabeleceram dade de fortalecer a competitividade da datas específicas nas quais toda sua economia nacional com maior ambição. eletricidade passará a ser inteiramente Se acelerarmos o passo para ser uma proveniente de fontes renováveis ou das primeiras nações a atingir matriz fontes sem emissão de gases de efeito elétrica 100% limpa e renovável, podeestufa, conforme levantamento inédito remos vender commodities, produtos e feito pela Absolar, disponível na tabela serviços verdes ao resto do mundo, com ao lado. menores taxas e melhores condições de O Brasil possui uma grande vantafinanciamento. gem frente aos demais países, pois já Outra oportunidade para o Brasil é possui uma matriz elétrica majoritapromover a tão esperada reindustrialiriamente baseada em fontes limpas e zação, que pode (e deve) ter entre seus renováveis, que representaram mais de principais catalisadores a aceleração do 85% do suprimento elétrico total em processo de transição energética a partir 2022. Porém, esta vantagem precisa ser das fontes limpas e renováveis. consolidada com programas efetivos O setor solar fotovoltaico brasileiro e metas claras para que o País não seja já está se mobilizando. Recentemente, a ultrapassado pelas demais nações, as Absolar assinou acordo de cooperação quais já possuem planos claros para com o Center for International Economic atingir 100% de fontes limpas e renováand Technological Cooperation, entidade veis. Sem isso, o Brasil corre risco real governamental chinesa de colaboração

econômica e tecnológica, e a China Photovoltaic Industry Association, associação do setor solar fotovoltaico chinês. O acordo busca acelerar o desenvolvimento dos mercados de energia solar nos dois países, a fim de ampliar a atração de novos investimentos, geração de empregos e renda e criação de oportunidades de negócios bilaterais em energia solar. Como parte desta iniciativa estratégica, as três organizações vão realizar conjuntamente um evento anual, o China-Brazil Solar PV Industry Exchange Forum, com o intuito de compartilhar conhecimentos e fortalecer vínculos comerciais. Em 2023, a primeira edição foi realizada na China. Já em 2024, o Brasil sediará o encontro. Esta iniciativa pode se configurar como um grande vetor para intensificar a transição energética e a reindustrialização do Brasil a partir das tecnologias fotovoltaicas. Com o forte crescimento da energia solar, em pouco tempo teremos condições de tornar a matriz elétrica brasileira ainda mais limpa, renovável e acessível a todas as camadas da população. A Absolar e o setor privado estão empenhados em posicionar o País como liderança no combate às mudanças climáticas e na oferta de produtos e serviços sustentáveis ao mundo, atraindo investimentos internacionais e gerando empregos de qualidade em todas as regiões do Brasil. * Márcio Trannin é Vice-Presidente do Conselho de Administração da Absolar e CEO da SunCo Capital; Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar; e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar Associação Brasileira da Indústria Solar Fotovoltaica.


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