FV - Julho - 2022

Page 1


Compatível com baterias, preparado para o futuro

2.0 vezes potência de saída

DPS Tipo II CC/CA

Monitoramento de autoconsumo 24h

MIN 2500-6000TL-XH

SHENZHEN GROWATT NEW ENERGY CO., LTD. www.ginverter.pt

info@ginverter.com

Centros de Suporte no Brasil Maringá e São Paulo +55 (44) 3122-3636

+55 (44) 3123-3650

br.service@growatt.com


Notícias 8

Segurança 30

Ensaios de inversores fotovoltaicos de acordo com a norma IEC 62109-2 A norma IEC de segurança elétrica de inversores fotovoltaicos requer avaliação da resistência de isolamento e da corrente residual desses inversores por meio de ensaios realizados com uso de uma carga RC variável. O artigo propõe uma carga RC chaveada eletronicamente, validada experimentalmente, e estuda a possibilidade de os parâmetros de ensaio influenciarem na medida de corrente residual.

Guia 42

Inversores para sistemas fotovoltaicos O guia relaciona diversos fornecedores de inversores fotovoltaicos que atuam no mercado nacional, com seus dados de contato. São indicadas as principais características desses equipamentos, como dados de entrada (potência, tensão e corrente máximas, faixa de tensão de SPMP e número de rastreadores, e número de conexões por string) e de saída (monofásica ou trifásica, potências, correntes, rendimento, etc.).

Conferência 46

As oportunidades e desafios do setor na Intersolar South America Realizada de 23 a 25 de agosto no Expo Center Norte em São Paulo, a The smarter E South America 2022 contará com uma feira com 380 expositores e os congressos Intersolar, de energia solar fotovoltaica, ees, de armazenamento de energia, e Eletrotec+EM Power, sobre instalações elétricas. A matéria traz um resumo comentado da extensa programação da Intersolar.

FV + eletromobilidade 52

Dimensionamento de carport solar com estações de recarga de veículos elétricos O artigo descreve o planejamento e o projeto de um sistema fotovoltaico on-grid do tipo carport, com a finalidade de gerar energia elétrica em quantidade suficiente para compensar o consumo de estações de recarga de veículos elétricos que serão abrigados no local.

Veículos elétricos 60 Pesquisa & inovação 64 Agenda 68 Produtos 70 Publicações 72 Índice de anunciantes 72 Solar FV em foco 74

Capa Foto: ME Image (via Shutetrstock) As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.

Sumário

Carta ao leitor 6




Carta ao leitor

Os motivos de euforia e os de preocupação para o setor solar Mauro Sérgio Crestani, Editor

U

ma matéria desta edição de FotoVolt antecipa para o leitor o conteúdo da programação da Intersolar South America 2022, que acontece em São Paulo nos próximos dias 23 a 25 de agosto. Mesmo com o grande prestígio de que o evento desfruta como principal ponto de encontro do setor solar fotovoltaico da América Latina, o que por si já configura suficiente atrativo, a matéria tem o fito, primeiro, de fornecer um incentivo adicional, descortinando aos interessados o riquíssimo cabedal de assuntos preparados pela coordenação, e depois de orientar a seleção de sessões a serem acompanhadas pelo futuro participante, de acordo com suas demandas e interesses particulares, posto serem muitas as opções ofertadas e além disso com realizações simultâneas. Muito além de uma mera lista de nomes das sessões de painéis, o material fornece contexto para cada assunto tratado, sublinhando oportunidades oferecidas e desafios postos aos agentes neste momento ímpar do desenvolvimento da indústria de energia solar fotovoltaica no País. As oportunidades são de fato abundantes, refletidas na elevada carga de entusiasmo da comunidade dedicada à energia fotovoltaica. No momento em que se escrevem estas linhas, a fonte solar estava prestes a assumir a terceira posição na matriz elétrica brasileira, ultrapassando as usinas termelétricas a gás natural, biomassa e biogás em potência nominal instalada. Essa maior participação na matriz tem também a ver com o fato de que o governo passou finalmente a incluir nos cálculos a geração distribuída. Ora, a GD cresce exponencialmente e nela, como se sabe, a fonte solar fotovoltaica é mais que preponderante. Hidrelétricas ainda respondem por mais da metade da matriz elétrica, o que eleva nosso percentual de energia limpa e renovável para níveis acima da média mundial, mas por outro lado gera preocupações em face das mudanças climáticas, uma vez que os períodos de estiagem prolongada vêm se repetindo e agravando. Na Intersolar South America será sobejamente discutida a questão da maior participação das grandes usinas solares nos leilões do mercado regulado de energia e também a ampliação da presença da fonte em empreendimentos voltados ao mercado livre, cujo interesse cresce fortemente. Entre os temas certamente estará o fato de as usinas solares permanecerem excluídas do leilão de energia nova A-6 do governo. Para os certames previstos para 16 de setembro próximo, o Ministério de Minas e Energia incluiu a fonte solar apenas para o leilão A-5, deixando-a de fora do A-6, que é o que contrata os maiores volumes de energia. Isso a despeito dos reiterados pleitos de isonomia dos agentes do setor representados pela Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. A questão preocupa porque a agenda do ministério já prevê pelo menos mais dois leilões de energia no ano que vem, sendo um deles A-6. Da mesma forma, usinas solares ainda não são consideradas para os leilões de reserva de capacidade, área na qual poderiam dar contribuição importante em conjunto com sistemas de armazenamento de energia. Também resta muito trabalho adiante para transpor dificuldades ainda impostas à atividade da geração distribuída. No congresso, a GD solar conta com pelo menos quatro blocos de painéis abordando aspectos variados, e ali certamente terão presença as barreiras que os projetos de geração solar ainda enfrentam para acessar as redes elétricas, em função de descumprimentos de prazos e/ou exigências esdrúxulas de companhias distribuidoras de energia ― o que também é objeto da coluna “Solar FV em Foco”, na última página desta edição.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 8.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615



08

Notícias

Cooperação entre a UFSC e a alemã GIZ vai produzir hidrogênio verde

FotoVolt - Julho - 2022

E

O

Amanda Miranda/UFSC

ceria com o Ministério de Minas e Energia pela expansão do mercado de hidrogênio verde no País. O projeto incentim parceria com a GIZ - Deutsche va o desenvolvimento Gesellschaft für Internationale Zude novas tecnologias sammenarbeit (Sociedade Alemã para relacionadas ao H2V e Cooperação Internacional), a UFSC seus derivados, apoia a Universidade Federal de Santa Catarealização de estudos e rina começa a investir em pesquisa pesquisas sobre o tema, para a produção de hidrogênio verde, o fomenta a educação H2V. O acordo vai assegurar a obra do profissional e também novo bloco do laboratório da UFSC, já a implementação de em construção, que servirá como vitriO professor Ricardo Rüther mostra as obras do laboratório de H2V do Grupo plantas e laboratórios ne da viabilidade e aplicação industrial Fotovoltaica de produção do comda tecnologia do H2V. Envolve também bustível sustentável. gurada Planta Solar Piloto de Módulos a capacitação de professores, pesquiPara o diretor do Projeto H2Brasil, Bifaciais, uma parceria do Laboratório sadores e estudantes ― o professor Markus Francke, citado em reportaFotovoltaica da UFSC com a CTG Ricardo Rüther, coordenador do Grupo gem do site “Notícias UFSC”, o Brasil Brasil, e que avalia esses módulos Fotovoltaica da universidade, recentetem grandes recursos solares e eólicos instalados em diferentes tipos de solo, mente passou por treinamento na Alee por isso está muito bem posicionado em conjunto com trackers da STI Normanha sobre as bases do projeto. para produzir hidrogênio verde a cusland (ver notícia à página 14). Outra A proposta inclui um reator para a tos muito competitivos. “As iniciativas parte da energia virá do sistema solar produção de amônia verde, produto atualmente em andamento têm grande já existente no telhado do laboratório. comumente utilizado como fertilizanpotencial para catalisar o processo de No total, serão investidos R$ 12 mite. Isso será possível a partir da junção viabilização de toda a cadeia de valor do hidrogênio produzido pela energia lhões para a produção de energia elédo H2V, desde instituições acadêmicas solar combinado, em reação, com o nitrica, hidrogênio e amônia verdes no de pesquisa e desenvolvimento, pastrogênio. Segundo o professor Rüther, laboratório do Grupo. A previsão é de sando pelo setor industrial e comercial além do reator, o projeto irá adquirir que o potencial máximo de geração seja até o usuário final dessas tecnologias um eletrolisador, para produção do de 4,1 Nm3/h de hidrogênio verde e limpas”, afirmou Francke. H2V, e uma célula de combustível para produção máxima de 1 kg/h de amôO foco no hidrogênio verde está nia. A produção diária vai depender reconversão deste em energia elétrica. hoje muito aguçado por causa da neda geração fotovoltaica de cada dia. Para garantir a produção de hicessidade de substituir combustíveis A cooperação faz parte do Projeto drogênio verde, diz Rüther, parte da fósseis na geração de energia, por um H2Brasil da GIZ, que trabalha em parenergia necessária virá da recém-inaulado, e da urgência que tem a Europa Governo fluminense que desenvolver H2V com White Martins de diminuir sua dependência energética em relação à Rússia. Por outro lado, governo do Rio de Janeiro assinou um memorando de entendimento (MoU) com a indústria de gases industriais no Brasil o H2V pode ter impacto diWhite Martins para tornar viável a produção de hidrogênio verde no estado, a partir das fontes renováveis solar e eólica. O acordo prevê parceria e articulação junto a instituições de governo, empresas, agências de fomento, sociedade reto na descarbonização da Amazônia, civil e agências reguladoras. em substituição ao combustível fóssil Segundo o presidente da White Martins, Gilney Bastos, a empresa, que é controlada pela alemã Linde, domina todas hoje usado para gerar eletricidade nos as etapas da cadeia produtiva do hidrogênio verde, o que torna sua participação estratégica para o desenvolvimento da sistemas isolados. O projeto da UFSC fonte no estado. “Temos uma equipe dedicada ao desenvolvimento de negócios na área de hidrogênio verde trabalhane GIZ visa então “testar a produção de do de forma integrada com os centros de pesquisa e engenharia da Linde. Esta é uma área estratégica para a compahidrogênio a partir da energia solar, nhia, que está apta a investir em projetos de hidrogênio verde no Rio de Janeiro e em todo o Brasil”, disse o executivo. aqui no nosso ambiente supercontroPresente em evento de anúncio da assinatura do MoU, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também ressallado, (...) usar essa experiência e cotou a importância do combustível renovável nos planos de longo prazo para o estado. “O hidrogênio verde é considenhecimento e replicá-los nas centenas rado o combustível do futuro e inseri-lo na matriz fluminense é estratégico não só pelos benefícios ao meio ambiente, de minirredes espalhadas na região mas também pela possibilidade de contribuir para transformar a qualidade de vida da população a partir da redução Amazônica”, diz Rüther, na reportade custos”, afirmou Castro. gem citada.


Notícias

Plano Safra 2022-2023 amplia crédito para energia solar a produtores rurais nova edição do Plano Safra 20222023, divulgado no final de junho pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, prevê R$ 340,88 bilhões para investimentos em projetos no agronegócio, cerca de 36% a mais do que no ano anterior, e amplia os recursos e opções de financiamento para produtores rurais que buscam investir em energia solar. Segundo CEO da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia, o plano inclui crédito para geração própria de energia acessíveis por produtores rurais de todos os portes e em todas as regiões do Brasil. Dos recursos disponibilizados no Plano Safra, R$ 246,3 bilhões serão destinados para custeio e comercialização e R$ 94,6 bilhões para investimentos. Também serão alocados R$ 2 bilhões para subvenção ao seguro rural, R$ 53,6 bilhões para o Pronaf (+36%) e R$ 6,19 bilhões para o Plano ABC+ (+22,6%), entre outros programas. Um dos destaques foi a inclusão da utilização de energias renováveis no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), bem como a atualização da descrição de itens financiáveis como crédito

A

rural. Com isso, os programas de financiamento do Plano Safra que já incorporam o uso de energia solar pelo agronegócio são: Pronaf, Inovagro, Prodecoop, ABC e Pronamp. Somadas, estas linhas representam R$ 40,6 bilhões para investimentos em projetos no meio rural, um aumento de 50% em relação aos R$ 26,9 bilhões da edição anterior.

Emissões de CO2 da produção de módulos: Trina Solar anuncia certificação

09

módulos monocristalinos P-type de 210 mm, de 410 W a 670 W. Os resultados mostraram que os módulos avaliados se destacam na indústria por suas baixas emissões de carbono. Na China, as emissões médias da avaliação do ciclo de vida dos módulos fotovoltaicos, da produção inicial até o produto final, são de cerca de 550 kg CO2_E/kW. Os módulos Vertex de 210 mm da Trina Solar registraram 400 kg CO2_E/kW, sem o uso de materiais especiais de silício. Tomando como base o ciclo de vida do produto de 30 anos, esses módulos têm fator de emissão de eletricidade inferior a 0,01. As emissões de carbono da energia térmica são mais de 100 vezes maiores.

Trina Solar anunciou ter recebido da TÜV Rheinland o certificado de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) para seus módulos Vertex de 210 mm. Segundo a Trina, é a primeira empresa solar a receber essa certificação de baixa emissão de baixo carbono para módulos de 210 mm. A avaliação ACV segue os métodos e requisitos da Certificação de baixa emissão de carbono será cada vez mais ISO 14040/ISO 14044 para importante para escolha dos produtos FV realizar testes de emissões de carbono do ciclo de vida e outros indiAlém de testar elementos relacionacadores do objeto avaliado. Os produdos a potenciais influências no aquetos, amostrados das principais fábricas cimento global, a Trina Solar informou de produção da Trina Solar em todo o em nota que realizou uma análise mundo para testes e Empresa constrói fábrica para certificação, cobrem

A

impulsionar células N-type

A

Affendi Shahidan/Shutterstock

Trina Solar deu início no final de junho à construção de seu projeto “Parque Industrial da Nova Energia” em Xining, capital da província central chinesa de Chingai. A nova planta atenderá quase toda a cadeia de fabricação fotovoltaica, desde a produção de polissilício até módulos baseados na tecnologia 210 e células do tipo N. A fábrica será construída em duas etapas, previstas para finalização no final de 2023 e no final de 2025. Ao todo, terá capacidade anual de 300 mil toneladas de silício industrial (100 mil t na primeira etapa), 150 mil toneladas de polissilício de alta pureza (100 mil t, idem), 35 GW de monossilício (15 GW), 10 GW de camadas de wafer (5 GW), 10 GW de células (5 GW), 10 GW de módulos (5 GW) e 15 GW de auxiliares para módulos (7,5 GW).

Programas já representam R$ 40,6 bilhões para investimentos no meio rural, 50% a mais do que na edição anterior

Com a nova unidade, a Trina se adianta à demanda de mercado cada vez maior por painéis fotovoltaicos N-type. A unidade dará à fabricante uma linha de produção com capacidade de desenvolver produtos para a próxima geração da tecnologia e, assim, entregar produtos com maior valor agregado para os clientes., afirmou em comunicado.

Trina Solar/Divulgação

FotoVolt - Julho - 2022


10

Notícias

abrangente de ACV dos módulos Vertex em mais de 10 indicadores que afetam o meio ambiente, incluindo consumo de energia, uso de matéria-prima, chuva ácida, eutrofização, toxinas e resíduos, entre outros. “Os resultados mostram um excelente desempenho dos módulos”, diz a nota. A redução das emissões de carbono é uma tendência global que continuará afetando portfólios de produtos, desenvolvimento de tecnologia, produção e gerenciamento da cadeia de suprimentos em todos os setores.” A certificação de baixa emissão de carbono será cada vez mais um fator importante na consideração dos clientes na escolha dos produtos”, afirmou a empresa.

Eletrotec 2022 terá conferência sobre normalização e sete minicursos e 23 a 25 de agosto próximo acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, o Eletrotec EM-Power, congresso e feira sobre instalações elétricas, infraestrutura de energia e gestão energética, realizado pela Aranda Eventos e Congressos. A programação inclui, além de uma conferência especial de atualização sobre a normalização brasileira na área elétrica, sete minicursos, sendo três deles dedicados exclusivamente a instalações fotovoltaicas: proteção contra descargas atmosféricas; projeto, desenvolvimento e entrega de usinas de minigeração distribuída; e

Reprodução

D

Evento faz parte da Plataforma The smarter E South America

FotoVolt - Julho - 2022

aterramento de grandes usinas fotovoltaicas. Além destes haverá cursos sobre aterramento de instalações de média e baixa tensão e de instalações solares, carregadores de veículos elétricos, segurança nos serviços envolvendo eletricidade, e patologias de instalações elétricas (veja a programação ao final deste texto). O dia 23 do Eletrotec EM-Power está reservado para uma grande conferência em que os coordenadores de importantes comissões do Cobei/ABNT farão exposições sobre o andamento dos trabalhos de elaboração ou revisão das normas, discutindo novos tópicos e tendências que devem ser incorporadas a futuras edições. Entre as normas que serão objeto de palestras estão a ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão; a NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas, NBR 16690 - Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos, e NBR 16149 - Sistemas fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a rede elétrica de distribuição. O Eletrotec EM-Power é sucessor do ENIE - Encontro Nacional de Instalações Elétricas e integra o evento internacional The Smarter-E South America, que ainda conta com o principal evento de energia solar do continente sul-americano, a Intersolar South America, e a ees South America, dedicada a baterias e sistemas de armazenamento de energia. A programação completa dos minicursos é a seguinte: 24/08, 9h30 – Aterramento em instalações de BT e MT e em usinas fotovoltaicas, com João Gilberto Cunha (Mi Omega)



12

Notícias

24/08, 12h30 – Proteção contra descargas atmosféricas em sistemas fotovoltaicos, com Sergio Roberto Santos (MPS Energia) 24/08, 15h30 – Instalação de carregadores para veículos elétricos, com Rafael Gosuen Cunha (movE) 25/08, 9h30 – Segurança nos serviços com eletricidade - A importância da norma técnica ABNT NBR 16384, com Edson Martinho (Abracopel) 25/08, 12h30 – Usina de energia solar de minigeração – Do desenvolvimento à entrega para operação, com Vinicius Ayrão (consultor de FV) 25/08, 15h30 – Patologias das instalações elétricas, com Paulo E. Q. M. Barreto (Barreto Engenharia) 25/08, 15h30 – Aterramento de grandes usinas fotovoltaicas, com Paulo Edmundo F. Freire (Paiol Engenharia) Informações e inscrições disponíveis na aba “Minicursos Eletrotec” em: https://www.euvou.net.br/ thesmarteresouthamerica2022/ Home?utm_campaign=s1266_-_ fotovolt_on_grid&utm

Crise global eleva custos de referência das renováveis queda contínua no LCOE (sigla em inglês para custo global de referência nivelado de eletricidade) das fontes renováveis, registrado desde 2010, sofreu desaceleração no primeiro semestre deste ano, por conta dos aumentos de preços de matérias-primas, frete, combustível e mão de obra. Segundo pesquisa da BNEF BloombergNEF, os custos retroagiram aos níveis de 2019, com as estimativas de LCOE para implantação de novas usinas solares em larga escala subindo para US$ 45/MWh, enquanto as de eólicas onshore foram para US$ 46/MWh. O LCOE da fonte solar fotovoltaica de eixo fixo saltou 14% e da eólica onshore 7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da perda de terreno, o resultado recente ainda marca uma redução de 86% e 46%, res-

A

FotoVolt - Julho - 2022

pectivamente, desde 2010 em termos nominais. Os projetos de energia renovável mais baratos do primeiro semestre de 2022 foram capazes de alcançar um LCOE de US$ 19/MWh, como em parques eólicos onshore do Brasil, US$ 21/ MWh para fazendas solares fotovoltaicas com rastreadores no Chile, e US$ 57/MWh para eólicas offshore na Dinamarca. Se os custos de transmissão offshore forem excluídos, a última estimativa cai para US$ 43/MWh. O setor de armazenamento de baterias foi também particularmente afetado pela volatilidade dos preços das commodities. O LCOE benchmark de bateria está em US$ 153/MWh, uma alta de 8,4% em relação ao primeiro semestre de 2021. Os preços do carbonato de lítio, um dos principais insumos para sistemas de baterias de lítio-ferro-fosfato (LFP), subiram 379% em relação ao ano passado. A análise de sensibilidade da BNEF mostra que os custos do sistema sujeitos aos preços das commodities de 2022 devem ser 22% maiores, registrando US$ 323/ kWh em junho de 2022, em comparação com US$ 264/kWh do mesmo mês de 2021. Apesar do aumento temporário dos custos para as renováveis, segundo a pesquisa, a diferença para a geração de energia de combustíveis fósseis continua a aumentar, em razão da elevação dos preços dos combustíveis e do carbono. Novos projetos eólicos e solares onshore são agora cerca de 40% inferiores aos benchmarks globais da BNEF para novas energias a carvão (US$ 74/MWh) e gás (US$ 81/MWh). Na avaliação da consultoria, mesmo que a demanda por tecnologias de baixo carbono no setor de energia tenha caído fortemente no segundo semestre de 2021, a oferta tem se esforçado para se manter em alta, apesar de vários adiamentos de investimentos, demissões de funcionários, aposentadoria antecipada de ativos e interrupções de produção. Os fluxos comerciais foram

interrompidos por desafios na logística e no transporte, barreiras comerciais e mudanças nas relações após a guerra na Ucrânia. “Esses aumentos de custos marcam um período difícil para as renováveis, mas não um ponto de inflexão. Vemos um retorno às trajetórias de declínio de custos de tecnologia de longo prazo à medida que a demanda continua forte, as pressões da cadeia de suprimentos diminuem e a capacidade de produção, particularmente na China, volta a ser ocupada”, comentou Amar Vasdev, coautor do relatório na BNEF.

Elétron e Kroma construirão usina solar em Pernambuco empresa de soluções de energia Elétron Energy e a comercializadora Kroma Energia firmaram sociedade para investir na construção do complexo solar fotovoltaico São Pedro e Paulo, no município de Flores, em Pernambuco. Com potência instalada de 101,35 MWp, e previsão de entrar em operação em 2023, o empreendimento tem 30% da energia negociada em leilão de energia nova, no A-4 de 2018, e o restante vendido em PPAs no mercado livre. Com valor de investimento total de R$ 340 milhões, sendo o BNB - Banco do Nordeste responsável por R$ 218 milhões do montante, as obras já foram iniciadas em junho de 2022, com previsão de conclusão para março de 2023. O empreendimento no sertão pernambucano deve atrair 500 empregos diretos e 100 indiretos. A energia a ser gerada será suficiente para atender 400 mil consumidores. O complexo solar contempla quatro usinas e ocupará área total de 189 hectares com aproximadamente 191 mil módulos fotovoltaicos. Serão erguidos os parques São Pedro e Paulo I, V, VII e VIII, com 34,43 MWp, 33,35 MWp, 26,68 MWp e 6,89 MWp, respectivamente.

A



14

Notícias

FotoVolt - Julho - 2022

STI Norland avalia rastreadores em usina piloto da UFSC

fixas para o sistema de referência, além de realizar o comissionamento das ruto de projeto de P&D Aneel da estruturas. CTG Brasil, a usina solar fotovolPor meio da taica piloto de 100 kWp que entrou usina piloto, será em operação no fim de maio na Uniavaliada a variação versidade Federal de Santa Catarina, do albedo (refletiviem Florianópolis (SC), vai também dade) do solo e seu avaliar a influência de rastreadores impacto no desemsolares, fornecidos pela empresa penho de módulos espanhola STI Norland, no desemsolares bifaciais, penho de módulos solares bifaciais. Em operação desde maio, usina de projeto de P&D Aneel da CTG Brasil também estudará entre outros asinfluência dos trackers nos módulos solares bifaciais O objetivo principal da pesquisa, pectos. As análises porém, é estudar como o beneficiavisam melhorar a previsibilidade de desempenho dos módulos bifaciais mento do solo pode aumentar a prodesempenho de UFVs, aumentar a e como é possível caracterizar esses dutividade dos sistemas fotovoltaicos, produtividade e prolongar a vida útil equipamentos para que as simulações contando com a participação ainda do dos rastreadores e outros equipamensejam mais precisas, além de otimizar Instituto Senai de Inovação em Enertos utilizados. Durante os dois anos qualquer característica de construgias Renováveis Senai (ISI-ER) e da previstos para as análises, o projeto ção do sistema que possa aumentar Universidade Estadual Paulista - Ilha instalado no Grupo Fotovoltaica da o desempenho das futuras usinas. A Solteira. UFSC pesquisará diferentes tecnoempresa colaborou com o projeto forDe acordo com a STI Norland, os logias fotovoltaicas em quatro solos necendo cinco trackers, torre anemoméestudos ajudarão a entender como os diferentes, para que sejam estudadas trica, controladores e duas estruturas rastreadores solares têm impacto no STI Norland/ Divulgação

F


Notícias

FotoVolt - Julho - 2022

as condições de desempenho ao longo das estações do ano. Para o coordenador de engenharia da STI Norland, Paulo Henrique, entre as principais dificuldades enfrentadas pelo setor de energia fotovoltaica hoje se destacam a escassez de referências e de parâmetros de desempenho de acordo com as diferentes condições climáticas e especificidades de uso. “Com esse tipo de parceria poderemos ver resultados de geração previstos teoricamente e, a partir disso, é possível fazer ajustes ou mudanças necessárias para melhor otimização dos produtos STI e para ter maior ganho de geração”, diz.

MME lança videoaulas sobre baterias e eletromobilidade MME - Ministério de Minas e Energia, em parceria com a agência de fomento alemã GIZ, colocou em seu

O

canal do YouTube dez videoaulas para profissionais do setor aprimorarem conhecimentos técnicos sobre armazenamento de energia e mobilidade elétrica. No programa, batizado de Profissionais para Energias do Futuro, as aulas são ministradas por docentes do ITEMM - Instituto de Tecnologia Edson Mororó Moura, de Recife (PE). As videoaulas começam com as temáticas básicas do setor. A primeira delas traça um panorama das principais tecnologias dos sistemas de armazenamento de energia (BESS, na sigla em inglês): lítio manganês spinel (LMO), lítio níquel cobalto alumínio (NCA), lítio manganês cobalto (NMC), lítio ferrofosfato (LFP) e lítio tatanato (LTO). Já a segunda videoaula discorre sobre os componentes do BESS (baterias, sistema de gerenciamento da bateria e da energia e inversores), a função de cada um deles e o modo como são integrados. As outras aulas ― cada uma delas em formatos de no máximo 10 minu-

15

tos ― são sobre as aplicações do BESS, desenvolvimento de novos sistemas de armazenamento, microrredes, mobilidade elétrica, testes para avaliação do BESS, infraestrutura para suprimento de energia para veículos elétricos e testes de baterias para mobilidade elétrica. As videoaulas estão disponíveis via o link https://www.youtube.com/play list?list=PLh68XGrJ318fURAiy6Y1LQS Ci_cWWmL9p

Vendas de carros elétricos da BYD batem as da Tesla om foco na integração entre a energia solar fotovoltaica e a eletromobilidade, a chinesa BYD bateu recorde na comercialização global de carros elétricos. No primeiro semestre, a companhia vendeu 641 350 unidades, superando pela primeira vez a concorrente norteamericana Tesla, com 90 mil veículos a mais negociados no período.

C


Notícias

FotoVolt - Julho - 2022

unidade de proanos pela própria câmara e pela Aneel dução de módulos (do 26º LEN ao 36º LEN). A maior solares fotovolparte dos novos empreendimentos netaicos também na gociados serão instalados no Nordeste, mesma cidade do nos estados do Rio Grande do Norte, interior paulista. Bahia, Piauí e Paraíba, e farão a capaciEm 2020, para dade atual de 27,2 GW das duas fontes suprir a produção passar para 33 GW em 2026. A estimados ônibus elétritiva é a de que essas novas usinas oferHan EV: modelo de luxo elétrico teve primeiro lote de pré-venda esgotado no Brasil cos, a companhia tem juntas ao SIN cerca de 1.646 MW médios todos os anos. abriu sua terceira fábrica, em Manaus (AM), dedicada Para o presidente do Conselho de “A BYD segue firme seu propósito à produção de baterias de ferro-lítio. Administração da CCEE, Rui Altieri, de liderar a transição à economia verA empresa também é responsável por o crescimento das fontes renováveis, de e o desenvolvimento sustentável dois projetos de monotrilho no Brasil, além do ganho ambiental e da geração para mitigar as mudanças climáticas. em Salvador (BA) e em São Paulo. de empregos, dará mais confiabilidade Acreditamos na solução integrada ao SIN. “A diversificação da matriz ajuda energia solar fotovoltaica com os da a reduzir a nossa dependência da veículos elétricos. Queremos mostrar hidrologia e dos reservatórios de água, ao mundo que é possível termos um que ainda são os nossos principais refuturo de baixo carbono com muitos cursos de energia, e garante um maior empregos verdes na nova indústria conforto para enfrentar impactos em sustentável”, disse o diretor de Markeegundo levantamento da CCEE tempos de mudanças climáticas”, diz. ting e Sustentabilidade da BYD Brasil, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, até Adalberto Maluf. O resultado semestral represen2026 será injetada no tou alta de 315% em comparação ao Sistema Interligado mesmo período de 2021. O mês de Nacional (SIN) uma junho foi o que mais colaborou com o potência total de desempenho, com a venda de 134 036 5 942,102 MW de veículos eletrificados, um aumento de energia proveniente 162,7% em relação ao mesmo mês do de parques eólicos e ano anterior. Os principais modelos de usinas solares fotoda marca foram os responsáveis pelas voltaicas. Pelo cálculo maiores vendas em junho, sendo o carda CCEE, serão invesro elétrico Song o destaque, com 32 658 tidos R$ 34 bilhões unidades no mês, uma alta de 116%. com a nova capacidade, sendo R$ 27,9 biNa sequência, o sedan de luxo eléSerão 241 novas usinas, sendo 192 parques eólicos e 49 UFVs, todas elas contratadas trico Han EV (foto) vendeu 25 439 lhões para eólicas e nos últimos leilões de energia nova unidades. Recentemente apresentado R$ 6,3 bilhões para ao mercado brasileiro e com vendas solares fotovoltaicas. marcadas para o segundo semestre, Do total, que entrará em operação entre janeiro de 2023 e janeiro de 2026, o modelo já teve esgotado o primeiro serão 192 parques eólicos, com 4,5 GW, lote de pré-venda. Já o primeiro veículo de passeio comercializado pela BYD e 49 UFVs, com 1,4 GW, totalizando 241 Voltalia, empresa produtora de energia renovável e prestadora de no Brasil, o TAN EV, um SUV de sete novas usinas. Atualmente a fonte eólica conta com 813 usinas, com 21,9 GW lugares 100% elétrico, registrou venda serviços, iniciou o desenvolvimento de de potência instalada, e a solar fotovolmais um cluster para produção de enerde 8134 unidades comercializadas glotaica, com geração centralizada, soma balmente. gia limpa, agora no Sudeste. Depois de 187 usinas, com 5,3 GW no total. outros dois no Nordeste ― Serra Branca A BYD está no Brasil desde 2015, Os dados coletados pela CCEE são (híbrido solar-eólico com potencial de quando passou a montar ônibus elétricos em sua fábrica em Campinas (SP). de projetos contratados em leilões de 2,4 GW, no Rio Grande do Norte) e A partir de 2017, foi inaugurada sua energia nova realizados nos últimos Canudos (eólico, potencial de mais

CCEE: solares e eólicas vão acrescentar 5,9 GW até 2026

S

Shutterstock

BYD/divulgação

16

Voltalia inicia cluster fotovoltaico de 1,5 GW em Minas Gerais

A



18

Notícias

de 1 GW, na Bahia), chegou a vez de Arinos, em Minas Gerais, cluster fotovoltaico com capacidade potencial superior a 1,5 GW. Segundo comunicado da empresa, o projeto é dedicado à geração de energia para portfólio próprio e para terceiros, inclusive já com parcerias firmadas, como com a CTG Brasil e outras. Após os atingimentos dos marcos de desenvolvimento acordados entre a Voltalia e os parceiros, estes comprarão parte significativa das plantas solares no cluster Arinos, pouco antes do início efetivo da construção. “A Voltalia possui equipe dedicada em todas as etapas do desenvolvimento, desde avaliação do potencial e obtenção dos melhores locais, até o lançamento da construção, uma vez obtidas as licenças e autorizações necessárias. Desde a sua criação, a companhia já vendeu aproximadamente a metade dos projetos desenvolvidos”, afirma Robert Klein, CEO da Voltalia no Brasil. Segundo ele, a empresa tem ainda um pipeline de 5,1 GW de futuros projetos em desenvolvimento no Brasil. Com o lançamento de Arinos, a Voltalia confirmou sua capacidade de realizar projetos de grande escala no Brasil como produtora de energia renovável, assim como prestadora de serviços. A empresa desenvolve esses grandes clusters eólicos e solares há quase dez anos. O grupo internacional de origem francesa produz e vende eletricidade gerada a partir de instalações eólicas, solares, hidráulicas, de biomassa e de armazenamento que possui e opera. Tem uma capacidade de geração em operação e em construção de mais de 1,7 GW, e conta com 1280 colaboradores em 20 países. Está no Brasil desde 2006, com portfólio de geração que inclui ativos eólicos, solares, hidrelétrica e complexos híbridos (além Serra Branca, há um sistema isolado no Amapá, com térmica a diesel e solar). A empresa também atua em

FotoVolt - Julho - 2022

geração distribuída por meio da subsidiária Helexia.

GreenYellow associa-se a Mobilize e estreia em mobilidade elétrica francesa GreenYellow, do mercado de geração solar distribuída e eficiência energética, anunciou parceria com a Mobilize, empresa de soluções de mobilidade inteligente, energia limpa e dados do grupo Renault, também francês, e passa a atuar no mercado de mobilidade elétrica no Brasil. O acordo torna a GreenYellow uma das empresas selecionadas para fornecer e instalar eletropostos ou carregadores elétricos para uso das frotas de empresas que contratam o serviço de locação de veículos da Mobilize. O negócio segue o modelo de locação do ativo com o agregado de serviços de operação e manutenção (batizado em inglês como as a service). Esse mesmo tipo de oferta já é utilizado no Brasil pela GreenYellow em projetos de eficiência energética e geração solar FV. Pelo modelo ofertado, a GreenYellow realiza o investimento inicial para implantação dos eletropostos, com as adequações necessárias de infraestrutura de energia. “A empresa tem, com base na experiência no setor de energia, todo potencial para estar ao lado dos clientes, ajudando-os a fazer os ajustes de infraestrutura, fornecimento de energia limpa e adequações dos contratos de energia a fim de atender o novo consumo de eletropostos em suas unidades”, disse o diretor comercial da GreenYellow, Marcelo Varlese. Segundo ele, a empresa agora se posiciona como um integrador de mobilidade, com condições de atender às empresas de perfis mais variados, a exemplo dos varejistas que desejam oferecer o serviço aos seus clientes, bem como as empresas com frotas elétricas.

A


FotoVolt - Julho - 2022

19

Startup oferta serviço de assinatura digital para GD solar startup Nextron Energia, depois de conseguir captação de R$ 11,5 milhões em operação financeira de venture capital, passou a ofertar serviço digital para conectar consumidores com geradores de energia renovável por meio de assinaturas para geração distribuída. A empresa batiza o serviço de “uberização” de energia verde, já que as assinaturas são feitas por intermédio de aplicativo ou pelo site da empresa de forma simplificada. “A Nextron chegou para ‘uberizar’ a energia, conectando de forma dinâmica o consumidor de energia residencial e comercial a um projeto de energia renovável da sua região através de uma assinatura que pode reduzir a conta de luz em até 20% sem a necessidade de instalar módulos solares no telhado”, diz um dos sócios da startup, Ivo O. Pitanguy. A empresa conta de início com o fornecimento de duas usinas solares fotovoltaicas, uma no Mato Grosso do Sul e outra no Rio de Janeiro. A expectativa é até o fim do ano ter oferta de 200 MW, o que seria suficiente para suprir a demanda de cerca de 36 mil Reprodução

A

As assinaturas são feitas por intermédio de aplicativo ou pelo site, de forma simplificada


20

Notícias

clientes com conta de energia média de R$ 1 mil por mês. Com o modelo de contratação de GD, a ideia da Nextron é fomentar também a construção de mais usinas solares no País. “Os investidores têm apetite para construir fazendas solares, mas não encontram uma solução eficiente que lhes permita capturar a melhor rentabilidade, e de outro lado há os consumidores de energia que não sabem que existe uma alternativa simples para economizar na conta de luz,” resume Pitanguy. A captação que viabilizou a operação da Nextron foi liderada pelo Valor Capital Group e teve participação da Barn Investimentos, fundo de venture capital com foco em greentechs (startups de tecnologias verdes). A captação teve participação ainda de vários outros investidores com foco em energia. O investimento será destinado à contratação de pessoas, especialmente nas áreas de tecnologia e novos negócios,

FotoVolt - Julho - 2022

em produto, marketing e em operação comercial.

SolarEdge abre em São Paulo escritório comercial SolarEdge, fornecedora israelense de inversores fotovoltaicos e sistemas inteligentes de energia, como otimizadores de potência, inaugurou um escritório comercial em São Paulo como parte de plano de expansão de suas operações no País. Além dos inversores e outras soluções fotovoltaicas, a empresa detém tecnologia para armazenamento de energia, carregamento de carros elétricos, UPS, powertrains de veículos elétricos e serviços de rede. Com escritórios em 34 países e mais de 4 mil colaboradores ao redor do mundo, a companhia já conta com operações comerciais no Brasil, através de distribuidores, e oferece soluções para projetos de energia centralizada e

A

distribuída. Faz parte do portfólio de tecnologias ainda softwares para monitoramento da geração de energia em instalações fotovoltaicas. O interesse na expansão comercial tem a ver com a crescente aceitação de sua tecnologia no Brasil. Em maio, por exemplo, a distribuidora Ecori, de São José do Rio Preto (SP), especializada na solução de MLPE (sigla em inglês de “eletrônica de potência a nível de módulo”), fez o que é considerado seu maior pedido de inversores simplificados com otimizadores de potência da SolarEdge. Segundo divulgado na época, foram encomendados dezenas de milhares de otimizadores de potência modelos P950 e P1100 e milhares de inversores da linha trifásica comercial. Os otimizadores de potência da SolarEdge são conectados em cada módulo fotovoltaico, tornando-os inteligentes, com controle individualizado. Além disso, os otimizadores conseguem aumentar a geração de energia dos sis-


Notícias

FotoVolt - Julho - 2022

temas com rastreamento constante do ponto de potência máxima (MPPT, na sigla em inglês) e também monitoram o rendimento de cada módulo, transmitindo os dados de desempenho à plataforma de controle em nível de módulo.

GD solar reduzirá conta de energia de todos os consumidores, diz estudo crescimento da geração solar distribuída no País vai baratear a conta de luz de quem não gera energia em 5,6% na próxima década. A conclusão é de um estudo da consultoria Volt Robotics encomendado pela Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, que toma como base a projeção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2031) de que a GD chegará em 2031 a 37,2 GW instalados, mais do que triplicando

O

os atuais 11 GW instalados. De acordo com a consultoria, essa expansão resultará em mais de R$ 86,2 bilhões de benefícios sistêmicos para a sociedade. No estudo, intitulado “Contribuições da Geração Própria de Energia Solar na Redução da Conta de Luz de Todos os Brasileiros”, esses benefícios foram calculados com a contabilização de todas as componentes envolvidas: bandeiras tarifárias, custo da energia da rede, perdas no sistema, encargos setoriais, combustíveis e outros. A entrada dos sistemas de GD deve influenciar de forma positiva a frequência de acionamento da bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica, que segundo o estudo deve ser reduzida em cerca de 60% para os consumidores brasileiros até 2031. Caso os cenários incluam novas crises hídricas, a diminuição da ocorrência das bandeiras tarifárias mais caras aos consumidores chegará a 17%. Em relação ao custo da energia elétrica, rateado por todos os consumidores, o

21

crescimento da GD solar deve diminuir em R$ 34 bilhões no período, proporcionando redução de 2,2% nas tarifas de energia elétrica. Já em encargos setoriais, também arcados pelos consumidores, a redução seria de R$ 11,5 bilhões até 2031, representando queda de 0,8% nas tarifas. Outro benefício deve ser a redução do risco financeiro sobre a variação dos preços dos combustíveis, com queda de R$ 24,2 bilhões, o que representa 1,5% a menos nas tarifas. O incremento da autogeração diminuiria ainda as perdas elétricas nas linhas de transmissão e redes de distribuição, com uma economia calculada pelo estudo em R$ 8,2 bilhões em dez anos, ou 0,5% a menos nas contas de luz. Haveria ainda alívio sobre a demanda no horário de pico, registrado atualmente entre 10h e 16h. Como este é justamente o período no qual a GD solar tem pico de entrega ao sistema, a redução calculada seria de R$ 1,6 bilhão.


22

Notícias

A expansão da GD, constata ainda o estudo, tem impacto na redução de preços entre os submercados elétricos do Nordeste e Sudeste, estimado em R$ 8,5 bilhões até 2031, trazendo uma queda de 1,5% no bolso dos consumidores. Isso porque, na prática, os sistemas fotovoltaicos em telhados e pequenos terrenos diminuem a sobrecarga dos sistemas de intercâmbio, diminuindo os custos da energia elétrica para quem compra e consome no Sudeste e melhorando os patamares de preços de quem vende energia produzida no Nordeste. Por fim, há efeitos sobre o clima. Com mais geração solar distribuída, a projeção de redução de emissão de gases de efeito estufa seria, em cenários médios, de 67 milhões de toneladas de CO2 até 2031. Já em cenários com crise hídrica, e consequente maior acionamento de termelétricas poluentes, a redução nas emissões seria de 121 milhões de toneladas de CO2.

Canadenses desenvolvem barreira acústica fotovoltaica de alto desempenho Mitrex, fabricante canadense de materiais integrados fotovoltaicos para uso como fachadas, telhados, grades ou janelas, lançou recentemente uma linha inédita de barreiras acústicas fotovoltaicas (PVNB, na sigla em in-

glês). Segundo a Mitrex, o produto é o primeiro a obter nível de isolamento de ruídos comparável às barreiras convencionais utilizadas em estradas e rodovias, com classificação de coeficiente de redução de ruído de até 0,7, seguindo os testes da norma ASTM C423. Desenvolvidos em colaboração com empresas especializadas em barreiras sonoras, a Durisol e a Silentium, os PVNBs da Mitrex aliam também alta geração de energia solar fotovoltaica. Em média, cada quilômetro de rodovia com as barreiras FV representaria uma usina com potência superior a 1,2 MW. A capacidade de geração das barreiras oscila de 22 W/0,09 m2 (ou por 1 pé quadrado, na métrica canadense) até 37,4 W/0,09 m2 quando em modelo bifacial. Outra conquista do novo produto da Mitrex é no aspecto estético, que foi aprimorado para uso em estradas. Segundo a empresa, os PVNBs podem ser oferecidos em qualquer design, incluindo opções opacas, semiopacas e transparentes. A tecnologia desenvolvida pelas empresas também contou com a colaboração conjunta do Ministério dos Transportes de Ontário, que ajudou a estabelecer diretrizes de aprovação de produtos para o novo sistema, integrando painéis PVNB absortivos da Mitrex nos projetos existentes de sistemas de parede de ruído aprovados pelo ministério para as rodovias canadenses.

À medida que as novas diretrizes do ministério foram criadas, as duas empresas especializadas em absorção de ruído, tanto a Durisol como a Silentium, selecionaram alguns de seus sistemas de parede de barreira de ruído existentes em toda a América do Norte para readequá-los com a tecnologia fotovoltaica.

OIW, do setor de telecom, entra no mercado solar fabricante e distribuidora de equipamentos para telecomunicações OIW Telecom Solutions, de Taquari (RS), iniciou recentemente atuação no mercado de energia solar fotovoltaica. Empresa com receita bruta anual de R$ 320 milhões no último exercício, a OIW pretende atender com distribuição de equipamentos solares uma rede de 10 mil integradores do País. A nova unidade de negócios, batizada de OIW Solar, se volta para consumidores residenciais e usuários do comércio, escritórios, indústria e grandes usinas, com portfólio de soluções personalizadas para os nichos de mercado em suas diferentes escalas. O planejamento é utilizar a base logística da OIW em todo o País, que conta com seis pontos centrais localizados no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Ceará, Mato Grosso e Santa Catarina. Para iniciar as operações, a distribuidora celebrou acordo com três

A

Fotos: Mitrex/divulgação

A

FotoVolt - Julho - 2022

Pela primeira vez, sistema alcançou padrão de isolamento sonoro similar ao de barreiras convencionais para estradas



24

Notícias

fabricantes internacionais de módulos fotovoltaicos e inversores: as chinesas Risen, DAH Solar e Growatt. Segundo a OIW, os acordos com os fornecedores envolvem suporte e garantia entre 10 e 12 anos para os produtos e uma retaguarda direta para as equipes da OIW. A operação conta ainda com fornecedores nacionais de estruturas de fixação, cabos, conectores e proteções. Além da base logística, a nova unidade de negócios utiliza também a estrutura de comércio exterior e de operações portuárias da OIW. Segundo comunicado da empresa, só nos últimos dois anos esta atividade respondeu pela importação de mais de 1 milhão de quilômetros de fibra óptica, além de milhares de equipamentos para infraestrutura de redes de telecom. De acordo com o gerente da OIW Solar, Leandro Farina, o novo negócio de distribuição se iniciou com as vantagens estratégicas da empresa em capilaridade e agilidade de movimentação de produtos, com o suporte de áreas de armazenamento para itens de tecnologia que somam 14 mil m2 em galpões no Brasil. “Além do lastro financeiro e a nossa reputação internacional como importador, contamos com pontos de presença e escoamento próximos dos grandes portos do País”, disse Farina.

FotoVolt - Julho - 2022

Na expectativa da OIW, até o final de 2022 a unidade solar deverá atingir receita bruta da ordem de R$ 80 milhões. Atualmente, a OIW tem 180 funcionários e está presente em sete estados do Brasil, com duas fábricas de produtos de telecomunicação e vários centros de distribuição.

SPIC Brasil compra participação majoritária de projetos da Canadian SPIC Brasil comprou 70% da participação acionária de dois projetos solares da Canadian Solar que serão instalados no Brasil. Com o acordo, as duas empresas se comprometeram a investir mais de R$ 2 bilhões nas usinas solares fotovoltaicas, que juntas somam potência instalada de 738 MWp e cuja entrada em operação está prevista para o fim de 2023. Com início de ambas as obras programado para o fim deste ano, a maior UFV será a Marangatu, no município de Brasileira, no Piauí, com capacidade instalada de 446 MWp. A outra, a Panati-Sitiá, será implementada em Jaguaretama, no Ceará, com 292 MWp. As duas usinas vão ocupar área total aproximada de 2.200 hectares.

A

Segundo comunicado das empresas, cerca de 75% da energia gerada pelas UFVs Marangatu e Panati-Sitiá já estão negociadas em PPAs de longo prazo e o restante será comercializado de forma pulverizada no mercado livre. Além disso, as empresas também afirmam que, quando em operação, as usinas serão as maiores da fonte solar FV instaladas no país, gerando energia suficiente para suprir mais de 900 mil residências/ano no Brasil. Com a conclusão da venda da participação majoritária dos projetos, a Canadian Solar contabiliza a monetização de 2,3 GWp vendidos em usinas solares em escala de utilities no Brasil. A empresa ainda tem um pipeline remanescente de 1,6 GWp de projetos solares para ser contratados. “O grupo SPIC já possui vasta experiência na implementação de projetos solares, sendo um dos principais concorrentes no setor em todo o mundo. Essa aquisição marca o primeiro investimento solar da empresa no Brasil e a parceria com a Canadian Solar é estratégica”, disse a CEO da SPIC Brasil, Adriana Waltrick. A conclusão do acordo entre as empresas ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).



26

Notícias

FotoVolt - Julho - 2022

Pernambuco licita UFV de 65,5 MWp para suprir prédios públicos governo de Pernambuco lançou edital para licitar uma usina solar fotovoltaica de 65,5 MWp de potência instalada. A ideia é firmar uma Parceria Público-Privada (PPP) para que o concessionário construa e opere a UFV, constituindo sociedade com o governo na modalidade de autoprodução e negociando a energia gerada, via mercado livre, com 52 unidades consumidoras do grupo A (alta tensão) da administração pública estadual. A previsão de investimentos na usina é de aproximadamente R$ 210 milhões, incluindo a implantação e reinvestimentos em equipamentos durante o contrato. O estado pretende ter uma economia de R$ 62,3 milhões ao longo de 28 anos da concessão. Ao final desse período, a usina será revertida para o poder público. As 52 unidades que serão atendidas têm consumo médio total de 9,3 GWh por mês. Como as unidades migrarão para o ACL nos seis primeiros meses da concessão, até o sétimo mês o concessionário deve se comprometer a atender o consumo delas com compra de energia de terceiros no mercado livre. A partir daí, o fornecimento também pelo ACL será por meio da usina de autoprodução, cuja vantagem principal é a redução de encargos de consumidor. A UFV será instalada em área de 140 hectares no município de São José de Belmonte e deverá gerar 10,4 GWh por mês durante o primeiro ano, segundo especificação do edital. Além disso, precisará usar tecnologia de rastreadores solares, com módulos monocristalinos e inversores string, com fator de capacidade mínimo de 28,98%. O cronograma estabelece o prazo de 36 meses para a entrada em operação, sendo que a entrega das propostas está marcada para o dia 26 de agosto. Mais informações e a íntegra do edital podem ser acessadas em http://www.parcerias.pe.gov.br/licitacao_ppps. html

O

Notas Pesquisa de satisfação – A Ginlong Technologies (Solis) realizou em junho e julho uma pesquisa de satisfação para descobrir maneiras de melhorar seus produtos e serviços e atender melhor às necessidades de seus clientes em todo o mundo. Segundo a empresa, é importante ouvir distribuidores, instaladores e outras partes interessadas da indústria para entender como melhorar. A empresa convidou a responder à pesquisa usuários Solis e de outros produtos e serviços da indústria solar FV. A empresa usará os resulta-


FotoVolt - Julho - 2022

Notícias

27

dos para analisar processos e áreas de desenvolvimento de produtos que podem ser aprimorados para uma melhor experiência do cliente. Parceria AE Solar/CorSolar – A AE Solar, fabricante alemã de módulos Tier1, reforçou parceria com a CorSolar, empresa do grupo Melo Cordeiro, com um contrato de 40 MW, que corresponde a cerca de 80 mil módulos solares. O Grupo Melo Cordeiro investiu na aquisição de um novo galpão para armazenar módulos, inversores e outros componentes de seus parceiros, e que também abriga um laboratório de ensaios para realizar testes de qualidade por amostragem. O acordo com a AE Solar prevê garantia aos integradores credenciados da CorSolar de 15 anos nos produtos e 30 no desempenho. A parceria vai além do fornecimento de módulos, abrangendo atendimento especializado, equipe de engenharia para treinar a equipe comercial da CorSolar e a indicação de clientes que procuram a AE Solar para a compra de módulos. A AE Solar também agrega chips NFC antipirataria aos seus módulos fotovoltaicos, que garantem que o produto é original. Indicador Solfácil – A Solfácil apresentou recentemente o Radar Solfácil, um indicador que, a partir da análise dos pedidos de financiamentos de projetos residenciais feitas à empresa, avalia o comportamento do consumidor e desempenho dos sistemas fotovoltaicos e contribui para a precificação e criação dos projetos pelos integradores. Com atualização trimestral, a média de R$/Wp (preço/ potência-pico total do sistema) de cada região ou até mesmo estados do Brasil, dá aos integradores a oportunidade de um posicionamento competitivo, além de oferecer as marcas de inversores mais utilizadas e a variação de preço por mesorregião do Wp produzido pelos sistemas fotovoltaicos já instalados. Para ter acesso ao relatório, basta acessar https://lp.solfacil.com.br/radar-solfacil. Solar na Açotubo – O Grupo Açotubo, fabricante de tubos, conexões, aços inoxidáveis, soluções integradas e sistemas de ancoragem, instalou energia solar fotovoltaica nas suas filiais do Paraná e de Minas Gerais, usando ao todo 331 módulos solares que produzem 16 565 kWh/mês. O retorno total do investimento, que foi de R$ 840 mil, se dará em três anos, diz a empresa. Para facilitar o processo de manutenção e instalação dos equipamentos, foram selecionados fornecedores nos estados onde as unidades estão localizadas.




Segurança

30

FotoVolt - Julho - 2022

Ensaios de inversores fotovoltaicos de acordo com a norma IEC 62109-2 Henrique Bizzi Morari, Lucas Vizzotto Bellinaso e Leandro Michels, da UFSM - Universidade Ferderal de Santa Maria

I

A norma IEC 62109-2, de segurança elétrica de inversores fotovoltaicos, requer avaliação da resistência de isolamento e da corrente residual desses inversores por meio de ensaios realizados com uso de uma carga RC variável. O artigo propõe uma carga RC chaveada eletronicamente, validada experimentalmente, e estuda a possibilidade de os parâmetros de ensaio influenciarem na medida de corrente residual.

Circulação através da madeira ou outro material condutor (falha na

nversores fotovoltaicos Considerando que equipotencialização) sem transformador a elevada capacitância têm sido amplamente parasita não pode ser adotados para aumentar a eliminada, e por ser eficiência e reduzir os cuscomplexo eliminar a tensão pulsada entre tos de sistema fotovoltaico. o circuito da string e Grande parte das topologias a terra, a norma IEC de inversores sem transfor62109-2:2011 (“Seguranmador caracterizam-se por potencialmente produzir ça de conversores de enerCorrente de modo comum: por ambos os condutores elevada corrente de fuga de gia para uso em sistemas modo comum [1]. Correntes de energia fotovoltaica – de fuga além dos limites não Fig. 1 – Corrente de fuga excessiva (>300 mA) Parte 2: Requisitos partisão aceitáveis devido aos culares para inversores”) conhecidos riscos: correntes maiores cipais motivos para ter impedância [2] define os seguintes requisitos: que 300 mA podem causar fogo se reduzida são: – medição da resistência de isolação a cada inicialização; – a redução da isolação elétrica entre o circularem através de madeira e outros – limitação da corrente de fuga em recircuito da string e a terra, provocada materiais combustíveis, como mostrado na figura 1; e valores maiores por danificação de cabos, conectores, gime permanente; e que 30 mA inviabilizam o uso de DRs módulos, entre outros (figura 3); e – detecção de variações súbitas da corconvencionais para segurança contra rente de fuga. – a elevada capacitância parasita exischoques elétricos (figura 2). Os procedimentos de teste de tente entre as células e o frame dos As correntes de fuga em sistemas corrente de fuga definidos pela IEC módulos fotovoltaicos, que resulta fotovoltaicos ocorrem quando há ten62109-2 requerem uma carga RC variem reduzida impedância caso exista ável. A literatura científica apresenta tensão pulsada entre o circuito da são entre o circuito da string e a terra poucos trabalhos sobre sistemas de e uma impedância reduzida. Os prinstring e a terra [1].



32

Segurança

teste de corrente de fuga de inversores fotovoltaicos. As patentes descritas em [3–7] empregam diferentes métodos de variação de carga para realizar esse teste, como reostatos eletromecânicos, semicondutores operando na região linear e comutação mecânica entre cargas fixas. Em [8], o autor Fig. 2 – Choque elétrico propõe uma carga resistiva variável usando resistências ponderadas para realizar testes dinâmicos de fontes de energia. Em [9], uma carga resistiva com resistências ponderadas foi usada para controlar a frequência de um microgerador hidráulico. Nenhum estudo foi encontrado com resultados experimentais de um sistema de teste de segurança com inversores fotovoltaicos. Um estudo foi desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria propondo uma carga RC comutada de estado sólido capaz de realizar todos os testes de isolação e corrente de fuga requeridos pela IEC 62109-2. A solução é composta de resistências ponderadas e capacitâncias, similares às cargas de [8] e [9], usando dispositivos de comutação com semicondutores. Este método de controle de carga é diferente daqueles reivindicados nas patentes registradas [3–7] e tem a vantagem de controlar a resistência e a capacitância através de software supervisório. Testes experimentais foram realizados empregando um inversor fotovoltaico comercial, do tipo monofásico e sem transformador. Os resultados obtidos demonstraram que a sensibilidade dos tempos de atuação da proteção contra variações abruptas da corrente de fuga do inversor pode variar para diferentes ângulos da tensão da rede durante o qual estas ocorrem. As principais contribuições deste estudo são:

FotoVolt - Julho - 2022

Resistência de isolação Contato de pessoa com condutor vivo

– propor uma nova topologia de carga RC a ser aplicada nos testes de resistência de isolação e corrente de fuga da IEC 62109-2; e – analisar os parâmetros de teste, como tensão c.c., tensão c.a. e ângulo de fase c.a. em que a falha ocorre e sua influência nos resultados de teste de um inversor fotovoltaico monofásico sem transformador. Este estudo é importante para a indústria de inversores fotovoltaicos, laboratórios de teste e comitês de normas técnicas.

Norma IEC 62109-2 A norma IEC 62109-2 trata de requisitos de segurança e procedimentos de ensaio para inversores fotovoltaicos autônomos (off-grid) e conectados à rede (grid-tied).

Para inversores não isolados, a norma determina que antes de iniciar sua operação e conectar-se à rede, o inversor deve medir a resistência entre a entrada do módulo fotovoltaico e a terra. Se o valor da resistência de isolação medido for inferior a (VPV,max / 30 mA) Ω, onde VPV,max é a tensão de entrada máxima do inversor, o inversor deve indicar a ocorrência de uma falta e não se conectar à rede. Dessa maneira, evita-se a conexão do inversor com a rede na ocorrência de diversos problemas como aterramento indevido do lado c.c., falha de isolação e contato humano com terminal do sistema fotovoltaico, entre outros. Caso a resistência mude para um valor superior ao limite, é permitida a conexão com a rede. O ensaio para verificar se o inversor cumpre os requisitos de proteção contra resistência de isolação consiste na inserção de uma resistência conectada entre os terminais do sistema fotovoltaico e a terra. O inversor é aprovado no requisito caso indique a falha na isolação e não se conecte quando a resistência inserida é inferior à permitida.

Corrente residual Inversores não isolados devem monitorar constantemente o valor eficaz

Falha de isolação de condutor com o telhado metálico

Corrente de modo comum: por ambos os condutores

Fig. 3 - Perda de isolação elétrica



34

Segurança

FotoVolt - Julho - 2022

Tab. I – Tempo de desconexão, definido pela norma, (rms) da corrente de fuga sempre que devido a elevação súbita na corrente residual estiverem conectados à rede. Magnitude da variação súbita Tempo máximo para Para inversores com potência de até da corrente de fuga desconexão 30 kW, se a corrente de fuga medida 30 mA 0,3 s apresentar um valor eficaz constante 60 mA 0,15 s superior a 300 mA, o inversor deve desconectar-se da rede. Inversores de 150 mA 0,04 s potência superior a 30 kW devem desconectar-se ao medir uma corrente de c) A resistência é ajustada para condufuga constante superior a 10 mA por zir uma corrente de fuga de aproximakW de potência. A desconexão com damente 10 mA inferior à corrente em a rede deve ocorrer em no máximo que a proteção atuou; e 0,30 s e a falha deve ser indicada pelo d) Outra resistência é conectada em inversor. O inversor pode reconectar-se paralelo, ajustada para conduzir uma à rede se medir uma resistência de isocorrente de fuga de aproximadamente lação superior ao limite. 20 mA. Conforme definido em [2], o inverNo passo “b” é obtido o valor da sor deve desconectar-se da rede caso corrente de fuga em que a proteção detecte uma elevação súbita no valor do inversor atua, que deve ser inferior rms da corrente de fuga. A tabela I àquela definida na norma. No passo apresenta os valores de variação e os “c” é obtido o tempo de atuação da respectivos tempos máximos de desproteção do inversor. O tempo de atuação deve ser medido a partir do conexão. A figura 4 apresenta o circuito elétrico indicado pela norma IEC vFV+ 62109-2 a ser empregado nos envg saios. O procedimento para ensaiar vFVa proteção contra corrente de fuga constante excessiva, indicado pela norma, segue os seguintes passos: SR2 SC vS vS vS SR1 a) Uma resistência ajustável é conectada entre a terra e um dos teriR2 v iR1 vR1 iC vC R2 R1 C R2 minais de entrada do inversor; b) A resistência é reduzida lentamente até que a corrente de fuga do inversor exceda o limite máximo e o inversor desconecte-se da Fig. 4 – Carga RC variável conectada no lado CC do inversor rede; fotovoltaico, de acordo com IEC 62109-2 R1

R2

C

Fonte FV Microcontrolador

Sistema supervisório

Fig. 5 - Sistema de ensaio de corrente de fuga

Inversor fotovoltaico

Carga RC variável

Corrente de fuga

Fonte c.a.


FotoVolt - Julho - 2022

35

momento em que a segunda resistência é inserida até o momento em que a corrente chega a zero. Para ensaiar a proteção contra variações bruscas na corrente de fuga, o procedimento é o seguinte: a) Um capacitor variável é conectado entre um dos terminais de entrada do inversor e a terra; b) O valor da capacitância é aumentado até que o inversor se desconecte da rede devido à corrente de fuga constante excessiva; c) A capacitância é, então, reduzida de forma que a corrente de fuga seja aproximadamente 150% do valor da variação de corrente sendo testada (45 mA para o teste de variação de 30 mA, 90 mA para o teste de 60 mA e 225 mA para o teste de 150 mA) inferior à corrente em que a proteção atuou; e d) Uma resistência variável, ajustada para conduzir 30 mA, 60 mA ou 150 mA é conectada em paralelo com o capacitor. O tempo de atuação da proteção do inversor deve ser medido a partir do momento em que a resistência é conectada até o momento em que a corrente vai a zero. O ensaio deve ser realizado para os três valores de corrente definidos na tabela I (30 mA, 60 mA e 150 mA). Por fim, destaca-se que caso ocorra a desconexão do inversor pelos motivos expostos, este pode reconectar-se à rede quando identificar que a resistência de isolação é superior ao limite mínimo estabelecido em [3]. Para tanto, é necessário realizar um procedimento de medição da resistência de isolação.

Sistema de ensaio O sistema de ensaio desenvolvido neste trabalho é composto por uma carga RC variável controlada eletronicamente e um sistema supervisório, como mostrado na figura 5. O hardware desenvolvido permite a verificação dos requisitos para os ensaios de resistência de isolamento e de corrente residual apresentados acima.


36

Segurança

Carga RC variável

FotoVolt - Julho - 2022

icm,rms (mA)

monitoramento e comando de um operador.

Em [8], é proposta uma carga 400 resistiva variável controlada eletro300 nicamente, utilizando oito resistores 366,14 mA Resultados 200 em série, com valores de resistência experimentais em escala binária, ou seja, se a pri100 meira resistência for de R, as outras Os resultados experimen0 tais foram realizados para: serão de 2·R, 4·R, 8·R e assim por 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Tempo (s) i) validar a carga RC desendiante. volvida, testando a resoluNeste trabalho, para as resisFig. 6 – Faixa de operação da resistência, para tensão aplicada de 150 Vrms ção e o alcance da corrente tências e capacitâncias também é através da carga; ii) obter os possíveis utilizada a escala binária, porém os O microcontrolador KL25z possui as valores de resistência da carga, para elementos são conectados em paraseguintes funções no sistema de ensaio: a realização de ensaios de resistência lelo. São empregadas 10 resistências – amostrar a corrente de fuga medida de isolação; e iii) aplicar os ensaios da acionadas por chave semicondutora em um sensor de efeito hall de 300 mA; IEC 62109-2 em um inversor FV monobidirecional, composta por MOSFETs, – calcular o valor médio e rms da cortotalizando 1024 combinações. Na rente de fuga através de janela móvel; fásico sem transformador comercial, carga capacitiva, são empregadas oito estudando também a influência de – obter o ângulo de fase instantâneo da capacitâncias acionadas por TRIAC, parâmetros de teste nos resultados. tensão da rede; totalizando 256 combinações. – comunicar-se com o software superResultados para a carga RC Dessa forma, as cargas resistiva visório através de comunicação serial; e e capacitiva podem apresentar 256 – enviar comando às chaves semiconA fim de validar o funcionamento valores diferentes de resistência e cadutoras para acionar as combinações da carga RC desenvolvida, foi aplicada de resistência e capacitância. uma tensão c.a. 60 Hz nos terminais pacitância equivalentes, que podem, O sistema supervisório Labview possui da carga. A corrente na carga resistiva teoricamente, ser variadas de forma as seguintes funções: e na carga capacitiva foi variada contilinear, dependendo do estado das cha– receber do KL25z o valor rms e o vaves semicondutoras que controlam a nuamente de zero até o valor máximo, condução de cada elemento. lor médio da corrente de fuga; com o objetivo de avaliar a faixa de operação da carga. – automatizar os procedimentos dos Sistema supervisório A carga resistiva foi testada apliensaios da norma IEC 62109-2; – comunicar a resistência e capacitâncando-se uma tensão de 150 Vrms. Na A carga RC é controlada através do cia desejada para o microcontrolador figura 6 é mostrada a variação contíkit de desenvolvimento FRDM KL25z, KL25z; e nua do valor rms da corrente na carga da fabricante NXP, e de um software – oferecer uma interface gráfica para resistiva. Observa-se que a corrente é supervisório desenvolvido em Labview.


Segurança

FotoVolt - Julho - 2022

variada de 0 a 366,14 mA. Os degraus de corrente são de 360 µA, devido à resolução de 10 bits. Essa faixa de operação permite o ensaio de inversores de até 35 kW de potência. A carga capacitiva foi testada com uma tensão de 110 Vrms, que é a componente de 60 Hz de tensão alternada presente entre os terminais de entrada e a terra durante o ensaio de inversores monofásicos de topologia ponte completa com saída c.a. em 220 Vrms [11]. Na figura 7 é mostrada a variação contínua do valor rms da corrente na icm,rms (mA)

carga capacitiva. Observa-se que a corrente é variada de 0 a 413,18 mA. Os degraus de corrente são de 1,63 mA, devido à resolução de 8 bits.

Resultados de ensaio de inversor O sistema desenvolvido foi utilizado no ensaio de um inversor fotovoltaico monofásico sem transformador. Os dados de placa do inversor são apresentados na tabela II. Para a realização do ensaio, os terminais da carga RC foram conectados entre o polo positivo da entrada do inversor e o terminal de neutro da saída.

413,18 mA

200 100 0

0

5

10

15

20

25

30

Para o inversor apresentado, foram realizados os ensaios de corrente de fuga constante e de variação rápida de corrente de fuga. Foram avaliados o nível de corrente em que o inversor se desconecta e os seus tempos de atuação para cada ensaio.

Ensaio de resistência de isolação – Os procedimentos do ensaio de resistência de isolação foram aplicados ao inversor. De acordo com o procedimento, a carga resistiva foi ajustada para o valor de 15 kΩ, aplicando-se a máxima tensão de entrada c.c. (450 V) com o inversor desligado. O inversor não se conectou à rede elétrica Tab. II - Dados de placa do inversor e acusou falha de isolamenParâmetro Valor to na entrada c.c.. Assim, o equipamento foi aprovado no Potência nominal 1,5 kW ensaio. Tensão c.a. nominal 220 V (rms) / 60 Hz

400 300

37

35

Tempo (s)

Fig. 7 – Faixa de operação da resistência, para tensão aplicada de 110 Vrms

Faixa de tensão MPPT

125 V – 400 V

Tensão MPP nominal

360 V

Tensão c.c. máxima

450 V

Ensaio de corrente de fuga constante – Para este ensaio foram obtidos os valores do


38

Segurança

trip level (nível de corrente de fuga constante em que o inversor desconectou) e do trip time (tempo em que a proteção do inversor atua após a corrente atingir o trip level). A figura 8 mostra o valor da corrente de fuga do inversor durante a primeira etapa do ensaio, em que a corrente é variada continuamente, através da carga resistiva, até que se desconecte e a corrente vá a zero. O valor obtido para o trip level foi de 127 mA, inferior aos 300 mA que a IEC 62109-2 define como limite. Na segunda etapa do ensaio, a corrente foi mantida próxima ao trip level, com o inversor conectado, e, então, a resistência foi reduzida de modo que a corrente ultrapassasse o trip level. O trip time é contado a partir do momento da redução da resistência, até o momento em que a corrente vai a zero. A figura 9 mostra a forma de onda da corrente e o seu valor rms no instante da desconexão. O tempo obtido foi de 42,34 ms, inferior ao limite de 300 ms da norma.

FotoVolt - Julho - 2022

icm,rms (mA)

150

Trip level = 127 mA 100

50

0

0

5

Tempo (s)

10

15

Fig. 8 – Valor rms da corrente de fuga durante o ensaio de corrente de fuga constante icm (mA)

300

1

icm icm,rms

200

0,8 0,6

100 0,4 0

0,2

Trip time -100

10 ms/div

0

Fig. 9 – Forma de onda da corrente durante o teste de trip time para corrente de fuga constante icm (mA)

400

200

0

-200

Trip time

Ensaio de variação rápida de -400 40 ms/div corrente de fuga – Este ensaio Fig. 10 – Forma de onda da corrente para o ensaio de variação rápida de 30 mA foi realizado de acordo com o procedimento da norma, icm (mA) para a obtenção dos tem200 pos de atuação da proteção do inversor para aumentos rápidos de 30 mA e 60 mA 100 na corrente de fuga.Com a carga capacitiva conduzin0 do uma corrente de 82 mA, foi provocada bruscamen-100 te a condução de 30 mA através da carga resistiva. Trip time O trip time obtido foi de -200 20 ms/div 207,43 ms, inferior ao limite de 300 ms da norma. A fiFig. 11 – Forma de onda da corrente para o ensaio de variação rápida de 60 mA

gura 10 mostra a forma de onda da corrente de fuga do inversor no momento da desconexão. Com a carga capacitiva conduzindo uma corrente de 37 mA, foi provocada bruscamente a condução de 60 mA através da carga resistiva. O trip time obtido foi de 90,14 ms, inferior ao limite de 300 ms da norma. A figura 11 mostra a forma de onda da corrente de fuga do inversor no momento da desconexão. Não foi possível realizar o ensaio de variação rápida de 150 mA, pois no ensaio de corrente de fuga constante, descrito acima, verificou-se que o inversor desconecta com 127 mA, que é inferior a 150 mA. Assim, considera-se que o inversor está automaticamente aprovado no ensaio de variação rápida de 150 mA.

Sensibilidade dos resultados dos ensaios ao ângulo da tensão da rede De acordo com a norma IEC 62109-2, os ensaios descritos acima devem ser repetidos cinco vezes para cada terminal de entrada, e o inversor tem de ser aprovado em todas elas. Porém, a norma não especifica o instante em que deve ser realizada a comutação da resistência nos ensaios de trip time. O instante de comutação está relacionado ao ângulo da tensão da rede elétrica em que ocorre


KIT FOTOVOLTAICO

ON GRID Aponte a câmera do celular * (43ƙ7& Programa Cashback, Seguro Instalação Liberty Seguros e mais.

jul 22 . Imagens ilustrativas

VANTAGENS EXCLUSIVAS INTEGRADOR SERRANA

KITS FOTOVOLTAICOS COMPLETOS PARA SUA USINA SOLAR

Informações completas sobre produtos Serrana Solar

OFF GRID Até 120 kVA

DRIVER BOMBA SOLAR

Até 110 CV

CARREGADOR VEICULAR WALLBOX

7kW e 22kW


40

Segurança

FotoVolt - Julho - 2022

da norma IEC a comutação da resistência no Trip time (ms) 250 62109 referenlado c.c.. Assim, o inversor tes à proteção, fotovoltaico foi ensaiado cinco bem como os vezes para cada um dos se200 procedimentos guintes ângulos da tensão da Corrente constante para a realizarede: 0°, 90°, 180° e 270°. Os Variação rápida de 30 mA 150 ção de ensaios, resultados são apresentados na Variação rápida de 60 mA a fim de certififigura 12. 100 car a adequação Os resultados de trip time dos inversores foram analisados através da aos requisitos análise estatística da variância 50 de segurança. (ANOVA), empregando um níFoi apresenvel de significância de 5% [12]. 0 tado um sisteOs seguintes resultados foram 0° 90° 180° 270° Ângulo ma para ensaio obtidos para os ensaios: de inversores • Ensaio de corrente constante: Fig. 12 – Resultados de trip time em função do ângulo instantâneo da tensão da rede em que ocorre fotovoltaicos de o trip time foi estatisticamente acordo com os procedimentos descrisensível ao ângulo da tensão da rede ensaiado, verifica-se que os resultados tos na IEC 62109, e para tanto foram em que ocorre a falta. O maior trip time de ensaios da IEC 62109-2 podem desenvolvidos uma carga RC va(50–60 mA) ocorre para o ângulo de efetivamente depender do ângulo da riável e um sistema supervisório. 90°, e o menor trip time (42 mA) para tensão da rede em que ocorre a comuOs resultados experimentais moso ângulo de 0°. Assim, considera-se tação da resistência no lado c.c.. Astraram que a solução de sistema de que o pior caso ocorre para o ângulo sim, é necessário, para cada inversor ensaio desenvolvida é adequada para de 90°. analisado, encontrar os piores casos realizar ensaios de acordo com a nor• Ensaios de variação de corrente de 30 de pontos de operação a fim de garanma. Com a carga RC descrita, é possítir maior repetibilidade dos resultados mA e 60 mA: em ambos os ensaios, não vel realizar ensaios de corrente de fuga dos ensaios. houve diferença estatística nos resultade inversores de até 35 kW. dos de trip time em função do ângulo Foram apresentados resultados de da tensão da rede em que ocorre a Conclusões ensaios de corrente de fuga em um comutação da resistência. Assim, não inversor fotovoltaico comercial, utiliexiste um ângulo que possa ser consiA corrente de fuga é um grande zando o sistema desenvolvido, o qual derado como pior caso. problema de segurança em inversores foi aprovado nos testes. Além disso, fotovoltaicos. Esse trabalho apresentou A partir dos resultados da análise foi analisado o comportamento do as causas do problema e os requisitos estatística do inversor monofásico


Segurança

FotoVolt - Julho - 2022

inversor frente a diferenças no ângulo de fase da tensão da rede em determinadas etapas dos ensaios. Dessa forma, é possível determinar o ponto de operação do inversor em que o seu comportamento é menos satisfatório, e, assim, garantir a repetibilidade dos resultados.

Referências [1] R. S. Figueredo, K. C. M. de Carvalho, N. R. N. Ama, and L. Matakas: Leakage current minimization techniques for single-phase transformerless grid-connected PV inverters — An overview, in 2013 Brazilian Power Electronics Conference, 2013, pp. 517–524. [2] International Electrotechnical Commision: Safety of power converters for use in photovoltaic power systems. Part 2 - Particular requirements for inverters. IEC 62109-2, 2011. [3] Shanghai Electrical Apparatus Res Inst Group Co LTD. Guo Xinxin; Li Xinqiang; Zheng Luhai; Wang Aiguo; Ju Dingli: Tester for detecting residual current of photovoltaic grid-connected inverter. CN203929851, 05 nov. 2013.

[4] Glarun Power Co LTD. Hu Xu; Pei Le: Test platform for small photovoltaic grid-connected inverter. CN202870278, 10 abr. 2013. [5] Guangdong East Power Co LTD. Chen Shusheng: Photovoltaic inverter leakage current protection action test device. CN105223519, 06 jan. 2016. [6] Zhongneng Yidian New Energy Tech Co LTD. Chen Shusheng: Photovoltaic inverter leakage current protection motion automatic testing device. CN105445590, 30 mar. 2016. [7] Guangzhou Sanjing Electric Co. Sanfu Mo: Residual current and insulation test system of grid-connected inverter. CN202362435U, 01 ago. 2012. [8] Oliveira, R. G., Ferreira, L. H. C., & Ribeiro, E. R. (2017): Modeling and simulation of controllable AC series resistive load. In 2017 Brazilian Power Electronics Conference (COBEP) (pp. 1–6). IEEE. https://doi.org/10.1109/ COBEP.2017.8257311 [9] Castillo, G., Ortega, L., Pozo, M., & Dominguez, X. (2016): Control of an island Micro-hydropower Plant with Self-excited AVR and combined ballast load frequency regulator. In 2016 IEEE Ecuador Technical Chapters Meeting (ETCM) (pp. 1–6). IEEE. https://doi. org/10.1109/ETCM.2016.7750868 [10] Vazquez, N., Rosas, M., Hernandez, C.,

41

Vazquez, E., & Perez-Pinal, F. J. (2015): A New Common-Mode Transformerless Photovoltaic Inverter. “IEEE Transactions on Industrial Electronics”, 62(10), 6381–6391. https://doi. org/10.1109/TIE.2015.2426146 [11] Morari, H. B., Bellinaso, L. V., Frohlich, R., (2018): Leakage current testing system applied to photovoltaic inverters – design and simulation. In 2018 11th Seminar on power electronics and control (SEPOC). [12] Sawyer, S. F.: Analysis of Variance: The Fundamental Concepts. “The Journal of Manual & Manipulative Therapy” Vol. 17 No. 2 (2009), E27-E38.


42

FotoVolt - Julho - 2022

Guia

Inversores para sistemas fotovoltaicos Da Redação de FotoVolt

O guia relaciona diversos fornecedores de inversores fotovoltaicos que atuam no mercado nacional, com seus dados de contato. São indicadas as principais características desses equipamentos, como dados de entrada (potência, tensão e corrente máximas, faixa de tensão de SPMP e número de rastreadores, e número de conexões por string) e de saída (monofásico ou trifásico, potências, correntes, rendimento, etc.).

Potência aparente máxima (kVA)

Corrente máxima (A)

Tensão nominal (V)

Rendimento (%)

Distorção harmônica (DHT) (%)

Certificação Inmetro

3a 275

3,3 a 275

15 a 198,5

220 a 800

97,3 a 99

<3

Deye (21) 3827-5503 marketing@deyebrasil.com.br

0,4 a 150

1.000

13 a 40

25 a 850

1 a 6 1 a 24

0,3 a 110

0,33 a 121

1,4 a 175,4

127, 220, 380

96,5 a 98,7

<3

1,6 a 66

250 a 1.100

11 a 13,5

48 a 950

1a4

1 a 60

1,1 a 66

4,7 a 92

127, 220, 380

91,5 a 98,6

< 3, • <5

3,9 a 312

550 a 1.500

13 a 26

70 a 1.300

3a 208

3,3 a 250

15 a 180

220 a 800

97,5 a 98,48

<3

22,5

900

18,7 a 37,2

320 a 850

2

1a3

15

15

40

220

91

9

600

12,5

80 a 550

2

1

6

6

26,1

220, 230, 240

97,4

<3

200 a 2.340

1.000 a 1.500

325 a 1.950

1

1 a 24

100 a 2.340

1,1

290 a 2.250

200 a 630

98,78 a 99,23

<3

4,5 a 150

1.000

12 a 175

80 a 1.000

1 a 2 2 a 22

3a 100

13 a 152

220 a 380

98,5

<5

2.700 a 3.500

1.500

4.000

851 a 1.300

até 24

3.120 a 3.590

3.000

600 a 690

98,9

<3

Ecosolys (41) 3025-3950 contato@ecosolys.com.br

Elgin (11) 3383-5999 energia.solar@elgin.com.br

Fimer 0800 0007795 contato@fimer.com

Foxess (11) 96582-1052 robson.meira@fox-ess.com

Friem (11) 98240-2881 tecnico@friem.com

Fronius (11) 98245-0883 pereira.davi@fronius.com

GE (31) 99752-7735 ricardo.fernandes@ge.com

Friem/Itália

1a3

1 a 12 1 a 24

Potência nominal (kW)

10 a 12 1 a 24

Monofásica Trifásica

50 a 1.450

Número de conexões para string

15 a 360

(11) 94861-3555 contato.br@chint.com

Número de rastreadores

500 a 1.500

Chint Power

Faixa de tensão SPMP (V)*

Corrente máxima (A)

Importado

Potência máxima (kW)

Empresa/Telefone/E-mail

Saída (c.a.)

Tensão máxima (V)

Entrada (c.c.)



44

Guia

FotoVolt - Julho - 2022

Corrente máxima (A)

Tensão nominal (V)

Rendimento (%)

Distorção harmônica (DHT) (%)

Certificação Inmetro

191

127 a 800

99

<3

6

6

27,2

130

98,4

<3

5a 250

6,25 a 125

25 a 178,6

220, 800

98,4 a 99,03

<3

1,6 a 80

1,6 a 88,8

7,8 a 128,8

220, 380

97,4 a 99

<3

0,7 a 125

10% nominal

3,5 a 180,4

220 a 400

97,2 a 98,8

<3

100

120

100

220

96

3

1 a 3 1 a 10 •

3a 50

3a 50

15 a 80

127, 220, 380

98,1 a 98,8

2e3 •

1 a 12 1 a 24

1,6 a 250

1,6 a 250

12 a 30

220 a 920

98 a 99,3

<3

3a9

30,45 a 120

127, 220, 380

97,5 a 99,2

<3

2

150

150

32

1.100

99

<3

1 a 14 1 a 28

0,7 a 255

0,7 a 255

4,4 a 184

127 a 800

99,5

<3

80 a 520

1a3

1a3

3a 100

3a 10

15,7 a 45,9

220

98,1

<3

100 a 1.000

2 a 10 1 a 10

3a 125

3,3 a 137,5

15 a 158,8

220 a 500

98,1 a 98,8

<3

0,8 a 8,4

1a 10

7,87 a 78,74

127 a 380

> 90

<3

2a 2,5

Tensão máxima (V)

Corrente máxima (A)

3 a 250

800 a 1.500

60

80 a 1.500

(44) 3122-3636 br.service@growatt.com

10

550

13,5

70 a 550

Hopewind

5,5 a 250

550 a 1.500

13 a 60

90 a 1.500

2 a 12 2 a 24

1,95 a 104

450 a 1.100

10 a 38

70 a 1.000

1 a 6 1 a 12

0,7 a 125

360 a 600

18 a 19,2

40 a 1.000

1 a 12 1 a 2

100

1.000

500

50

3,6 a 65

500 a 1.100

12,5

50 a 900

1,6 a 250

70 a 1.500

11 a 50

100 a 1.500

17.400 a 135.000

600 a 1.000

30,45 a 48,25

400 a 1.000

www.solaxpower.com.br bryan.cheng@solaxpower.com

150

630

24,1

180 a 1.000

Solis

0,7 a 225

600 a 1.500

11 a 150

50 a 1500

3 a 10

600

22

4,8 a 200

600 a 1.100

15 a 30

2 a 20

12 a 48

400 a 300

Empresa/Telefone/E-mail

Importado

GoodWe (81) 4042-1222 marketing.br@goodwe.com

Growatt

(11) 98123-0890 alex.hsu@hopewindelectric.com

Intelbras (48) 2108-3157 amanda.daniele@intelbras.com.br

SAJ (11) 96320-7954 brasil@saj-electric.com

1 a 12 1 a 24

2

1

Monofásica Trifásica

Potência máxima (kW)

Número de conexões para string

3a 250

Número de rastreadores

3a 250

Faixa de tensão SPMP (V)*

Potência aparente máxima (kVA)

Saída (c.a.)

Potência nominal (kW)

Entrada (c.c.)

Seko (11) 94750-1151 vendas@sekoeletronica.com.br

Serrana Solar (54) 3039-9999 serrana@serranaenergia.com.br

Sofar (11) 99820-34798 marcio.correia.santos@sofarsolar.com

SolarEdge 0800 528 1001 tomer.ko@solaredge.com

SolaX Power (*)

(19) 99613-3803 leids@ginlong.com

Soprano (54) 99268-2392 felipecorrea@soprano.com.br

Sunways (19) 99665-3670 carlos.trotta@sunways-tech.com

Technomaster (51) 3589-1894 vendas@technomaster.com.br

10

12

2

WEG (47) 3276-4000 automacao@weg.net

2 a 2,5

11.600 11.600 a a 100.000 100.000

(*) A empresa procura por representante para o Brasil

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 70 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, julho de 2022. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/



Conferência

46

FotoVolt - Julho - 2022

As oportunidades e desafios do setor na Intersolar South America Da Redação de FotoVolt

E

m junho de 2022 o setor solar fotovoltaico ultrapassou 16 GW de potência instalada no Brasil, sendo mais de 11 GW como geração distribuída, junto ao ponto de consumo, e mais de 5 GW operacionais nas grandes centrais geradoras. Desde 2012 o Brasil acumulou investimentos da ordem de R$ 85 bilhões na fonte solar fotovoltaica, gerando cerca de 480 mil empregos e evitando a emissão de 23 milhões de toneladas de CO2 por conta da geração de eletricidade. Em maio, a publicação “Global Market Outlook for Solar Power”, da SolarPower Europe (associação europeia do setor solar), apontou o Brasil como o quinto país do mundo com a mais alta projeção, até 2026, de energia solar fotovoltaica em potência adicional na matriz elétrica, podendo atingir 54 GW. Neste ambiente de cres-

cimento e entusiasmo será realizada a conferência The smarter E South America, hub de inovação que acontece de 23 a 25 de agosto em São Paulo, cons-

Realizada de 23 a 25 de agosto no Expo Center Norte em São Paulo, a The smarter E South America 2022 contará com uma feira com 380 expositores e os congressos Intersolar, de energia solar fotovoltaica, ees, de armazenamento de energia, e Eletrotec+EM Power, sobre instalações elétricas. Veja, aqui, um resumo da extensa programação da Intersolar.

tituído por uma grande exposição de produtos e serviços e três congressos: Intersolar South America, maior evento do setor solar da América Latina, a ees South America, sobre baterias e sistemas de armazenamento de energia, e Eletrotec+EM Power, da área de instalações elétricas, infraestrutura de eletricidade e gestão de energia. Apresentamos aqui um resumo da extensa programação do congresso Intersolar, cuja elaboração foi coordenada pela Absolar Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, parceira dos organizadores Solar Promotion, Freiburg Management and Marketing e Aranda Eventos & Congressos. Em grande parte, as informações a seguir se baseiam em uma apresentação que fizeram no início de julho, via Internet, o presidente do comitê da conferência, Rodrigo Lopes Sauaia, que é CEO



48

Conferência

da Absolar, e o consultor Celso L.P. Mendes, da Aranda Eventos, também membro do comitê.

Os grandes campos de aplicação A programação foi montada objetivamente para atender demandas das principais aplicações da energia solar fotovoltaica no Brasil: geração distribuída, geração centralizada para o mercado regulado, geração centralizada para o mercado livre, leilões para os sistemas isolados e aplicações offgrid. No congresso, esses temas serão cobertos em dois blocos de painéis que acontecerão simultaneamente em dois espaços do centro de eventos Expo Center Norte: as salas Cantareira 3-4 e Cantareira 6. No setor de energia solar fotovoltaica não há assuntos absolutamente estanques. Todos os segmentos convivem com atividades ditas transversais, comuns, como financiamento, logística, tributação, cadeia de suprimentos e outros. Além de, evidentemente, esses segmentos estarem inseridos no panorama geral do setor elétrico brasileiro. Assim, o congresso Intersolar South America já em sua cerimônia de abertura (dia 23 de agosto, 11h, sala Cantareira 3-4) reunirá autoridades e especialistas para discutir o setor elétrico brasileiro, a energia solar e seu importante papel na expansão da

FotoVolt - Julho - 2022

matriz elétrica do País nas próximas décadas. Para fornecer uma visão ainda mais abrangente, no mesmo espaço, às 14h do dia 23, o painel “Panorama do Setor Elétrico Brasileiro” vai aprofundar informações sobre a indústria de eletricidade no Brasil e como a solar poderá ter papel de protagonismo na expansão dos diferentes segmentos de mercado: geração distribuída, geração centralizada nos mercados regulado e livre, leilões de sistemas isolados, etc.

Geração distribuída Sendo o segmento que hoje mais cresce no País, a geração distribuída (GD) solar é contemplada em várias sessões ao longo dos três dias, isoladamente ou em conexão com outros segmentos. Para iniciar, às 16h do dia 23, haverá sessão dedicada integralmente ao novo marco legal da geração distribuída e perspectivas de mercado (sala Cantareira 3-4). A Lei 14.300, sancionada em 6 de janeiro último, trouxe segurança jurídica para o setor ao introduzir mudanças que começam a entrar em vigor no ano que vem. As apresentações oferecerão uma visão objetiva das perspectivas e da influência que essas modificações vão exercer do ponto de vista regulatório, de mercado e do retorno sobre os investimentos.

O tema prossegue no dia 24 às 9h com “Fazendo negócios na geração distribuída solar fotovoltaica” (Cantareira 3-4), em que empresários e outros profissionais do segmento compartilharão sua experiência e conhecimento sobre modelos de negócios que funcionam, com diferentes abordagens e focos. Esta seção faz “dobradinha” com a que se inicia à 14h00 do mesmo dia 24, intitulada “Experiências de sucesso de geração distribuída solar fotovoltaica”, que oferecerá aos participantes oportunidade de ouvir empresários experientes apresentando sua trajetória, os projetos que deram certo e por quê, bem como os desafios, percalços e “armadilhas” que tiveram de superar. Entre essas duas sessões, na mesma sala e às 11h teremos “Financiamento na geração distribuída solar fotovoltaica”, que completa o conteúdo de GD solar da conferência com um mergulho nas formas atualmente disponíveis de financiamento, um dos grandes alavancadores do desenvolvimento da fonte solar nesse segmento.

Geração centralizada

O financiamento, aliás, é um dos principais “temas transversais” do setor, presente em toda a cadeia de fornecimento e segmentos. “Financiamento para geração centralizada solar fotovoltaica” (24 de agosto, 14h, sala Cantareira 6) vai enfocar os mecanismos, ferramentas e instrumentos de financiamento para viaArmazenamento e hidrogênio – Os painéis do ees bilizar usinas de grande porte, congresso ees (de energy storage systems) é dedicado a baterias e sistemas de armazenamento de energia, incluindo também tanto para o tradicional mercado o chamado hidrogênio verde, que é aquele produzido por eletrólise com eletricidade proveniente de fontes renováveis. O armazeregulado quanto para o mercanamento de energia tem muitas aplicações, é versátil e oferece oportunidades para ampliação dos usos da energia solar, incluindo a do livre de energia elétrica. Na eletrificação de localidades isoladas, além de suprir demandas e necessidades específicas do setor elétrico, seja em geração, transelaboração de conteúdo e coormissão ou distribuição. Outro vasto campo a ser explorado é representado pelas aplicações ditas “atrás do medidor”, dentro das instalações residenciais e empresariais, sem contar o armazenamento sobre rodas, os veículos elétricos, que no futuro também virão a denação, esta sessão contou com dar suporte e prestar serviços às redes. O congresso ees terá quatro sessões no dia 25, todas na sala Cantareira 6, iniciando às 9h a parceria da empresa CELA por um painel sobre hidrogênio verde, que vai explorar tendências tecnológicas, mercados e modelos de negócios no Brasil, avaClean Energy Latin America, liando oportunidades tanto aqui quanto em outros países. Seguem-se: “Armazenamento de energia em larga escala no Brasil e que presta assessoria financeira no exterior” (11h), com um panorama das aplicações, em especial como reserva de capacidade para o sistema elétrico, serviços a empresas e investidores do ancilares para a rede e modernização da transmissão de energia; “Novas tecnologias de armazenamento de energia” (14h), setor de energia renovável. em que serão avaliadas tendências para diferentes tecnologias de baterias, perspectivas quanto a matérias-primas e as alternativas Ainda tratando de geração tecnológicas possíveis para o armazenamento estacionário; e, por fim, “Armazenamento de energia fora da rede”, que destacará centralizada, com o passar dos estratégias para descarbonizar a geração de eletricidade na bacia amazônica e outras regiões com ecossistemas sensíveis. anos a energia solar fotovoltaica

O


ESTAREMOS E ES T RE TA REM EMOS O PRESENTES E TEREMOS MUITAS NOVIDADES! LANÇAMENTOS Novos fixadores e trilhos

LIMPADOR LIM MPADOR 2P

PLATAFORMA 2P

Ven Venha testar e conhecer de perto! conh

Comprar estruturas nunca foi tão fácil!

TEMOS SOLUÇÕES PARA

TODOS OS TIPOS DE TELHADOS!

Visitou nosso estande? Poste uma foto com nossa hashtag: #tamojuntocoma2p Fique por dentro dos nossos conteúdos!

FALE COM A GENTE:

(11) 97507 1020 Matriz: Atibaia - SP Filial: Itajaí - SC

@2pacessorios

www.2pacessorios.com.br


50

Conferência

tornou-se a mais competitiva nos leilões do mercado regulado. Dos seis leilões realizados a partir de 2019 que contaram com participação de empreendimentos solares fotovoltaicos, a fonte apresentou o menor preço em cinco deles. Por isso, às 9h do dia 24 (Cantareira 6), em “Geração centralizada – Principais drivers e regulamentação”, vai-se expor e discutir o arcabouço desse mercado em termos de leis e regulamentos. Agentes do setor trarão suas perspectivas sobre o tema com o objetivo de ajudar as empresas a entenderem melhor o universo das grandes usinas. Às 16h, nos mesmos dia e sala, será a vez das apresentações e debates de “Solar FV no mercado livre de energia elétrica”, descortinando o imenso potencial para as usinas solares de grande porte no ambiente de contratação livre (ACL), que possui regras diferentes do ambiente regulado. Mas antes disso, ainda às 11h de 24 de agosto, “Sistemas híbridos e plantas solares FV” tratará de grandes projetos fotovoltaicos desenvolvidos em conjunto com geração de energia por outras fontes, como eólica e hidrelétrica. Em 30 de novembro do ano passado a Aneel aprovou resolução normativa regulamentando as usinas híbridas no País, com regras para a outorga, contratação do sistema

FotoVolt - Julho - 2022

de transmissão, incluindo descontos nas tarifas de uso, e tarifação dos empreendimentos, o que permite o desenvolvimento desses projetos com maximização do aproveitamento de recursos e de infraestrutura.

Integração sul-americana O mencionado estudo internacional “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, lançado em maio pela SolarPower Europe durante a Intersolar Europe, em Munique, dava conta de que a fonte solar acabava de ultrapassar a marca de 1 TW de potência instalada. Nesse relatório, o capítulo dedicado ao mercado solar no Brasil e o capítulo que apresenta o panorama e perspectivas da energia solar na América Latina, destaque principal desta edição do estudo, foram elaborados pela Absolar. Em sintonia com esse destaque para a região, no dia 25, às 11h (Cantareira 3 e 4), haverá o painel “Mercados solares da América Latina”. Com a participação de entidades representativas do setor nos outros países da região, a sessão apresentará a evolução da tecnologia solar FV nesses mercados, seus marcos legais e regulatórios, incentivos adotados, barreiras e desafios que precisam ser superados, com foco na interação com o Brasil.

Tecnologia e inovações O uso da energia solar fotovoltaica tem sido crescentemente atrelado a outras formas de aproveitar o recurso solar e tecnologias que promovem sinergia para a transição energética e otimização dos recursos. É o caso da combinação da solar com a agricultura, no que se chama de agrofotovoltaica (instalação de módulos fotovoltaicos no mesmo espaço das lavouras), dos elementos FV integrados às fachadas ou telhados das edificações, substituindo o material construtivo, no que é chamado de BIPV (de building integrated photovoltaics), das usinas solares flutuantes, e das microrredes de energia em que a solar é integrada a outras fontes e ao armazenamento. Essas novas modalidades integradas, assim como os recentes avanços da própria tecnologia solar fotovoltaica, serão objeto de dois encontros durante a conferência, a começar por “Inovações fotovoltaicas chegando ao mercado” (24-8, 16h, Cantareira 3-4), que apresentará o que há de mais novo em termos de BIPV, fotovoltaicas flutuantes, microrredes urbanas e integração com veículos elétricos, e usinas virtuais de geração distribuída. E em 25/8, 16h, na mesma sala, “Tecnologia solar fotovoltaica” abordará as novas tecnologias que despontam


FotoVolt - Julho - 2022

promover o aumento da fabricação de equipamentos e componentes em território nacional com custos competitivos, abordando logística, tributação, EPC para grandes usinas, formação de mão de obra e atendimento ao Cadeia de suprimentos cliente final. e melhores práticas E por falar em mão de obra, a capacitação profissional vai ser assunto Toda a trajetória de bens e servitambém de uma sessão que abrigará ços do setor solar fotovoltaico, desde os chamados “temas transversais” do a extração de matérias-primas até a setor. No dia 25, às 9h, também na concretização dos mais sofisticados sala Cantareira 3-4, o painel “Melhoprodutos e sistemas em operação, deres práticas: qualidade, segurança, pende de uma cadeia de suprimentos treinamento e normas” apresentará economicamente eficiente e ágil. No as atividades da Comissão de Estudo dia 25, 14h, “Oportunidades e desaEspecial número 253, criada no ano fios para a cadeia de suprimentos“ passado pela ABNT para fazer o acom(sala Cantareira 3-4) tratará de como panhamento e promover siDados gerais nergias em prol The smarter E South América 2022: Intersolar / ees / Eletrotec EM-Power da evolução Local: Expo Center Norte – Pavilhões Verde, Branco e Vermelho das normas Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme, São Paulo – SP técnicas aplicaInformações e inscrições: www.thesmartere.com.br. das a equipainternacionalmente, aprofundando as informações no que diz respeito à sua aplicação e também à cadeia de valor.

Conferência

51

mentos, componentes e sistemas fotovoltaicos no Brasil. Também será apresentada e discutida a Portaria nº 140/2022 do Inmetro, que em março último atualizou o regulamento técnico de qualidade e os requisitos de avaliação da conformidade para os equipamentos fotovoltaicos utilizados no Brasil. Por fim, além da já mencionada capacitação profissional para solar FV, o painel abordará qualidade e segurança de equipamentos e sistemas e os impactos de raios e incêndios em usinas solares.


FV + eletromobilidade

52

FotoVolt - Julho - 2022

Dimensionamento de carport solar com estações de recarga de veículos elétricos João Vitor Fernandes Nascimento, Murillo Henrique de Campos Lima, John Edward Neira Villena e Fernando Nunes Belchior, da UFG - Universidade Federal de Goiás

P

Cálculo das horas de sol pleno (HSP) no local determinado Com a informação das coordenadas geográficas do local e suas dimensões, para se encontrar a quantidade de irradiação

de HSP no plano horizontal apresentados na tabela I.

Determinação da taxa de desempenho (TD) Roschetzky Photograph/Shutterstock

ara o projeto, primeiramente realizou-se a determinação do local e o levantamento de suas dimensões. O local escolhido é o estacionamento em frente ao Centro de Aulas E (CAE) na Universidade Federal de Goiás (figura 1), na cidade de Goiânia. Foram utilizadas as dimensões reais do local e suas coordenadas geográficas. Porém desconsiderou-se o possível sombreamento (nulo, para este estudo) e a inclinação do terreno. Conforme mostra a figura 2, o estacionamento é composto por duas fileiras de vagas, de 52,5 e 50 metros, com 40 vagas no total, cada uma com 2,5 metros de largura e 5 metros de comprimento. As coordenadas geográficas, de acordo com o Google Maps, são latitude 16°40’40.13”S e longitude 49°14’30.75”O.

Este artigo descreve o planejamento e projeto de um sistema fotovoltaico (SFV) on-grid do tipo carport, com a finalidade de gerar energia elétrica em quantidade suficiente para compensar o consumo de estações de recarga de veículos elétricos que serão abrigados no local.

solar diária média mensal disponível no estacionamento em questão, foi utilizado o programa SunData do Cresesb Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sergio de S. Brito [1]. O programa fornece informações de irradiação considerando plano horizontal ou plano inclinado, sendo a primeira opção mais conservadora do que a segunda para o estudo de caso. Foram adotados neste estudo os dados

Tab. I – Irradiação solar no plano horizontal no local dos estudos – Horas de sol pleno (HSP) Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média

HSP 5,45 5,52 5,12 5,02 4,75 4,56 4,78 5,68 5,57 5,61 5,39 5,51 5,25 Latitude: 16,677823° S; Longitude: 49,241911° O; Município: Goiânia, GO; Distância: 2,7 km Fonte: Cresesb [1] – Adaptado

A eficiência do SFV é determinada pela análise antecipada dos fatores, naturais e intrínsecos, que podem implicar uma perda de desempenho durante o seu funcionamento e o quanto estes influenciarão numericamente no dimensionamento. Dessa forma, foi Tab. II – Impacto das perdas na eficiência do sistema fotovoltaico do estudo de caso Valor Natureza Faixa adotado Perdas de irradiação Inclinação e orientação 3 a 7% 4% Sombreamento 0 a 3% 0%* Sujidade 1 a 4% 4% Perdas no SFV Reflexão 1 a 3% 1% Temperatura 7 a 18% 11% Incompatibilidade elétrica 1 a 3% 1% Cabos c.c. e c.a. (ohmicas) 0,5 a 1% 1% Inversor 2 a 7,5% 3% Total: 25% * Perdas não consideradas nesta análise.



54

FV + eletromobilidade

adotado valor de TD de 75%, portanto com perdas de 25%, detalhadas na tabela II.

Escolha dos módulos FV Após análise dos modelos disponíveis e consideração de seus valores de potência, foi escolhido o módulo da Trina modelo TSM-DE18M(II), de Fig. 1 – Estacionamento em frente ao Centro de Aulas E (CAE) na UFG 510 Wp, do tipo monocristalino, com 150 células fotovoltaicas, peso de 26,5 kg e dimensões de 2,187 m (altura), 1,102 m (comprimento) e 0,035 mm (profundidade).

Escolha do modelo de estrutura carport

FotoVolt - Julho - 2022

do carport (figura 4). Com isto, a garagem solar atinge área de 326,41 m2 composta por 135 módulos. A mesma configuração será encontrada no conjunto de vagas do lado oposto, mesmo que possuam modelos diferentes de instalação, pois ambos diferem somente no sentido da sua orientação e não em suas dimensões. Portanto, considerando as duas fileiras de vagas do estacionamento, o SFV será composto por 270 módulos de 510 Wp de potência, cobrindo uma área total de 652,82 m2. Contudo, para o cálculo da potência do gerador fotovoltaico, foi considerado

As garagens solares nem sempre ficam orienFig. 2 – Representação dimensional do estacionamento em questão tadas ao Norte Verdadeiro, pois dependem da disposição de veículos elétricos, foi considerada das vagas já existentes no local de a totalidade da área útil do local de instalação do projeto. É este o caso em instalação. De acordo com as dimenquestão (figura 2). Sendo assim, é imsões já mencionadas dos módulos portante escolher modelos de carport escolhidos, conhecendo a área útil que melhor compensem os impactos do estacionamento e levando em da orientação geográfica (figura 3). consideração a configuração de 3×5 Foi escolhido o modelo A para o módulos para cada duas vagas de lado com 52,5 metros e o modelo B estacionamento, calculou-se a quanpara o lado com 50 metros, de maneira Fig. 3 – Modelos de carport tidade máxima de módulos solares a aproveitar a melhor inclinação e direpara o SFV. ção possíveis. O método de dimensioSegundo namento considerou 15 módulos foo manual de tovoltaicos para cada duas vagas (3×5 montagem do módulos em configuração retrato). fabricante da estrutura, o real comprimento Dimensionamento da vaga coberta da potência do gerador com este mofotovoltaico (Pgfv) delo de painéis Para dimensionar um SFV de maior é de 6,536 m, potência e alimentar a maior quantipor conta da dade possível de estações de recarga inclinação de 5° Fig. 4 – Representação da vista lateral do carport modelo B instalado, em milímetros


Integrador Solar Cadastre-se em nosso e-commerce e tenha acesso a

+ de 8 mil Kits Solares

Acesse: loja.elgin.com.br


56

FV + eletromobilidade

espaçamento lateral de 8 mm entre módulos, chegando-se a 650,72 m2 de área disponível para implantação. Então, utilizando a equação (1), tem-se que:

A potência máxima do gerador fotovoltaico, com a configuração escolhida para o estudo de caso, é de 137,7 kWp.

Escolha do inversor Adotando um fator de dimensionamento do inversor (FDI) igual a 0,7, tem-se, através da equação (2), que a potência do inversor (Pinv) será de:

Definição da configuração das strings e seus modos de conexão

FotoVolt - Julho - 2022

Veículos elétricos e estações de recarga Apresentam-se a seguir cenários de aplicação de estações de recarga (ERs) no local do estudo de caso, para abastecimento de veículos elétricos (VEs) com a energia renovável gerada pelo SFV. Contudo, por não haver como antever que tipos de carros utilizarão as ERs, foram escolhidos determinados modelos de automóvel e estação, como descrito a seguir.

Veículo elétrico a bateria (VEB) – Nissan Leaf Atualmente existem centenas de modelos de VEB, cada um com suas especificidades. A capacidade de bateria varia de veículo para veículo, embora a faixa de variação seja limitada. O modelo escolhido foi o Nissan Leaf MY22 Edition (figura 6), campeão entre os carros elétricos vendidos no Brasil em 2021, segundo a ABVE [2]. Esse modelo conta com uma bateria de 40 kWh de lítio-íon laminada, motor elétrico de 110 kW e potência máxima de 149 cv. Segundo o fabricante, a

Devido à configuração física dividida da UFV, decidiu-se utilizar 18 strings com 15 módulos conectados em série em cada um dos lados. A figura 5 mostra o diagrama unifilar da string 1, mas as strings são todas iguais. Fig. 5 – Diagrama unifilar típico das strings As conexões entre os módulos FV e as entradas do inversor fotovoltaico foram projetadas como segue: da MPPT1 até MPPT8, uma string para cada entrada, isto é, 16 strings, e para as MPPTs 9 e 10, uma string para a primeira entrada de cada uma, totalizando as Fig. 6 – Nissan Leaf Premium – 100% elétrico [3] 18 strings do SFV.


FotoVolt - Julho - 2022

57

autonomia é de até 272 km e a garantia da bateria é de oito anos [3].

Estação de recarga – Wemob Parking 22 kW Assim como para os VEs, existem várias opções de estações de recarga no mercado (e com diferentes potências): estações de recarga lenta, semirrápida, rápida e ultrarrápida. As estações lentas são indicadas para residências, as semirrápidas para condomínios e estabelecimentos comerciais, e as rápidas e ultrarrápidas para rodovias. Portanto, para este estudo de caso, optou-se por um modelo semirrápido. A Wemob Parking 11/22 kW com dois cabos foi escolhida para o estudo de caso. Ela oferece recarga monofásica até 7,4 kW e trifásica de 22 kW, cabo de 4,7 metros com plugue tipo 2, uso livre ou com controle de acesso via cartão RFID, comunicação via wi-fi, ethernet e celular. É um equipamento que já possui todas as proteções integradas, além de medição de energia consumida e tempo de uso. Por possuir dois cabos, é possível abastecer dois VEBs ao mesmo tempo, ambos com até 22 kW, conforme mostrado na figura 7. A comunicação entre a estação de recarga e o veículo elétrico pode ocorrer quando a estação estiver liberada, sendo que o usuário deve se identificar para liberar a recarga. O usuário conecta o cabo ao veículo elétrico e a estação informa ao veículo a corrente máxima permitida ou programada. O veículo trava o conector e informa à estação que está pronto para recarregar. Então a estação energiza o circuito do conversor embarcado e a recarga é iniciada. Fig. 7 – Wemob Parking Wall [4]


58

FV + eletromobilidade

Esse modelo possui como acessório um kit com 10 cartões RFID (cartões de proximidade) com tecnologia Mifare. Através de uma plataforma de gestão disponibilizada pelo fabricante é possível fazer o cadastro e o gerenciamento dos usuários, possibilitando gestão do uso e cobrança pela recarga dos veículos elétricos. A identificação (autenticação) dos usuários é feita através dos cartões RFID [4].

Número limite de recargas por dia De maneira a não onerar a fatura de energia elétrica da unidade consumidora com o carregamento dos veículos, ou seja, para assegurar que o consumo da recarga dos VEs não ultrapasse a geração do SFV, estabeleceu-se um limite de recargas. Todavia, como nem todos os carros possuem as mesmas características de capacidade elétrica e conversão on-board, é preciso limitar o uso das ERs através da sua função de medição de energia, pelo controle dos kWh diários fornecidos. Assim, e considerando o Nissan Leaf como único modelo de VE a ser abastecido no local do estudo de caso, e utilizando a equação (3) para o cálculo da energia gerada média diária (EG) e a equação (4) para a obtenção da quantidade máxima de carros a serem abastecidos por dia (Qcar), tem-se que:

Portanto, concluiu-se que podem ser abastecidos diariamente, de forma completa, 13 VEs do modelo escolhido.

Tempo de recarga O tempo de recarga de um VE depende de fatores como capacidade da bateria, potência do conversor, potência da estação de recarga e outros. Porém, assim como a recarga de eletrônicos, a carga não é linear e existe uma certa variação no tempo, especialmente entre os 80% e 100%, quando a velocidade de carregamento diminui de forma a otimizar o desempenho da bateria e

FotoVolt - Julho - 2022

Tab. III – Orçamento do sistema completo: SFV de 137,7 kWp mais estação de recarga prolongar sua vida Preço (R$) útil. Por esse motivo, Quant. Item Unitário Total o valor do tempo de 270 Módulo monocristalino 510 Wp Trina 1 313,10 354 537,80 recarga calculado aqui 1 Inversor trifásico 380V SIW500H ST100 32 254,57 32 254,57 é uma estimativa. 1 Monitoramento Gateway WEG ED100 410,25 410,25 A tensão de rede, 1 Estação de recarga 380V Wemob-P-046-W-E-4G-R-HMI-2T2 12 068,23 12 068,23 por se tratar de um 10 Kit com 10 cartões p/ acesso à estação Wemob-RFID 350,67 3 506,70 sistema conectado 4 Protetor de surto A SPW02-275-20 46,87 187,46 na cidade de Goiânia 22 Conector MC4 6mm² 5,94 130,60 (GO), foi considerada 500 Metro de cabo c.c. unipolar flexível NH 6 mm² preto 5,56 2 778,83 como 380 V, forne500 Metro de cabo c.c. unipolar flexível NH 6 mm² vermelho 5,56 2 778,83 cendo até 32 ampères 1 Disjuntor c.a. DWB400N320-3DA 1 970,82 1 970,82 de corrente através 6 Estrutura p/ garagem solar - 6 vagas - 45 módulos 25 108,50 150 650,98 da ER. O Nissan Leaf, Soma 561 275,10 assim como a Wemob Parking, possui conexões com plugue unitário em lista cheia, ou seja, sem tipo 2, com capacidade de até 22 kW de descontos, de uma estação Wemob potência. O conversor on-board trifásico, Parking na versão com dois cabos era segundo a fabricante, suporta recargas de R$ 27 403,77. Porém, ao se realizar de até 50 kW e a capacidade de bateria a compra do equipamento em pacote do VE em estudo é de 40 kWh. com os itens do SFV, há isenção de O tempo de recarga (Trec) é calculaimpostos como ICMS e a possibilidade do pela equação (5): da aplicação de descontos de acordo com a política da fabricante. Assim, o valor foi reduzido a R$ 12 068,23. Logo, o tempo para recarga de Essas estações de recarga possibili100% da bateria de um Nissan Leaf, tam o cadastro de até 100 cartões RFID. utilizando uma estação de recarga WeO preço unitário do kit com 10 cartões mob Parking de 22 kW, é de aproximaé de R$ 350,67. Porém, visando atender damente 1 hora e 49 minutos. O tempo o máximo possível de usuários, neste disponível para utilização das ERs é de estudo de caso considerou-se aquisição 15 horas diárias, das 7h00 às 22h00. de 100 cartões, totalizando R$ 3 509,70, já aplicada a isenção de impostos e os Número de ERs descontos. Por fim, definidos Trec, Qcar e o O valor do sistema completo, intempo disponível para utilização das cluindo o SFV e a estação de recarga, estações de recarga, é possível realizar está mostrado na tabela III. a estimativa, com a equação (6), de quantas ERs (Nest) serão necessárias Viabilidade econômica para suprir a demanda: A viabilidade econômica do projeto é avaliada com uma análise dos parâmetros valor presente líquido (VPL), Ou seja, como o modelo de ER taxa interna de retorno (TIR) e payback considerado disponibiliza dois pontos descontado, os quais são comumente de recarga, apenas uma unidade seria empregados em análises de lucrativisuficiente para abastecer a totalidade dade [5]. Com o uso do software Excel, possível de carros. Tab. IV – Indicadores VPL, TIR e payback descontado

Orçamento total do projeto Segundo lista de preços de dezembro/2021 da WEG Automação, o preço

VPL

R$ 1 678 246,45

TIR

17,15%

Índice de Lucratividade

3,38

Payback descontado (anos)

5,07


FotoVolt - Julho - 2022

obteve-se a tabela IV. Neste cenário, o VPL encontrado foi de R$ 1 678 246,45, um valor positivo (VPL > 0). Significa, de acordo com a teoria econômica, que o projeto é viável e Fig. 8 - Curva de comportamento do payback descontado tem condições de ser realizado, podendo gerar lucro. Por fim, o payback descontado foi O valor da TIR encontrado foi de de 5,07 anos. Este é o período em que 17,15%, maior do que a taxa mínima o projeto “se paga” e começa a dar um de atratividade (TMA) utilizada, de retorno real de lucro. Este indicador é 10%. De acordo com a teoria, isso ilustrado na figura 8. significa que o investimento é atrativo financeiramente, comparado à alternaConsiderações finais tiva com rendimento igual à TMA. O índice de lucratividade enconVive-se um período em que sustentrado foi de 3,38. Isso quer dizer que tabilidade é o foco. Com o avanço do aquecimento global, cada vez mais para cada R$ 1,00 investido no projeto, é necessária a busca por meios de tem-se expectativa de R$ 3,38 de lucro.

FV + eletromobilidade

59

energia limpa e eficiente. Ao abordar temas como energia solar, estacionamento carport e veículos elétricos, este trabalho quantificou os benefícios para quem faz uso do sistema e para o proprietário, sem deixar de lado o foco no meio ambiente. Os resultados de viabilidade econômica foram extremamente satisfatórios para o cenário montado.

Referências [1] Cresesb. Potencial Solar – Sundata v 3.0. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel. br/index.php?section=sundata> Acesso em junho de 2022. [2] ABVE – Associação Brasileira de Veículos Elétricos <http://www.abve.org.br/> Acesso em junho de 2022. [3] Nissan: Nissan Leaf 100% Elétrico. Disponível: <https://www.nissan.com.br/veiculos/modelos/leaf.html> Acesso em junho de 2022. [4] WEG: Conectando você ao futuro da mobilidade - <https://www.weg.net/catalog/weg/BR/ pt/WDC_CRITICAL_POWER_WEMOB> Acesso em junho de 2022. [5] Blank, L, Tarquin, A: Engenharia Econômica. Editora McGraw Hill, 2007


Veículos elétricos

60

A

FotoVolt - Julho - 2022

Tecnologia digital na eletromobilidade Rafael Cunha*

As soluções digitais aplicadas à eletromobilidade auxiliam os diversos “atores do mercado a ter segurança e previsibilidade na operação de recarga.

digitalização dos serviços tem sido perseguida em diversos setores, e fomentada muito especialmente no setor elétrico. Hoje grande parte dos sistemas fotovoltaicos comercializados já possuem algum tipo de monitoramento, levando aos usuários informações sobre energia gerada, eficiência, parâmetros técnicos, e quando integrados a medidores de energia ainda permitem o registro de energia injetada na rede. De modo análogo, os carregadores de veículos elétricos também possuem monitoramento, registrando todos os dados das recargas e eventos no equipamento, porém com um potencializador que permite o controle remoto do carregador, viabilizando operações à distância. Conforme já apresentado em artigos anteriores nesta coluna, é fundamental para o crescimento do mercado de eletromobilidade a robustez da infraestrutura de recarga e a sua alta disponibilidade, reduzindo assim a ansiedade em relação à autonomia, fator que gera insegurança e em muitos casos influencia negativamente a decisão de compra de um elétrico. As soluções digitais aplicadas à eletromobilidade auxiliam os diversos atores do mercado a ter segurança e previsibilidade na operação de recarga, assumindo grande importância para o

planejamento de rotas, para o cálculo de indicadores da operação de frotas elétricas e até para a avaliação de economia ou retorno de investimentos.

Monitoramento e controle das recargas O monitoramento e controle das recargas é de extrema importância para a manutenção de uma rede de recarga de alta disponibilidade, já que permite verificar todos os pontos de recargas e atuar rapidamente em caso de falhas ou problemas. O monitoramento e controle da recarga pode ser feito por meio de distintos protocolos, sendo o mais difundido o OCPP – Open Charge Point Protocol. O monitoramento da recarga do veículo elétrico é uma funcionalidade aliada do usuário, pois enquanto a recarga acontece este pode, por exemplo, desfrutar de uma refeição e acompanhar todo o processo pelo celular, evitando a surpresa de, ao voltar ao veículo, verificar que a recarga fora interrompida. Por outro lado, o monitoramento é indispensável para o gestor ou proprietário do carregador, pois habilitará o acompanhamento da operação, dos custos envolvidos, das manutenções necessárias, do potencial de receita com a cobrança, entre outras funções.

O mercado de soluções de monitoramento de carregadores está crescendo e hoje já é possível encontrar diversas soluções, algumas com opções de protocolos proprietários e outras, mais comuns, com o OCPP. Estas soluções facilitam o deslocamento do usuário, pois permitem que se possam ter informações dos carregadores de antemão, evitando o risco de, ao chegar, descobrir que o carregados não está funcionando. Antes do advento das soluções de monitoramento em tempo real os usuários contavam somente com uma plataforma digital chamada PlugShare, que funciona como uma rede social na qual se podem inserir pontos de recargas, dados sobre os carregadores, informações sobre recarga ali realizadas, mas essas são informações que dependem da interação entre os usuários. O problema é que frequentemente tais informações estão desatualizadas e não há atualização de status em tempo real, o que pode frustrar os usuários. Por outro lado, os variados aplicativos de recarga também têm gerado insatisfação, pois é preciso baixar e instalar um novo aplicativo para cada nova rede de recarga, não havendo até o momento integração entre elas. A gestão das recargas pelo lado dos operadores e donos dos carregadores


A perfeita união entre eficiência e praticidade.

A Linha Perfilsolar possui soluções especiais e componentes exclusivos para atender o segmento da energia solar. Desenvolvido para facilitar a montagem e instalação das estruturas em alumínio para fixação de painéis fotovoltaicos, possui uma variedade de aplicações em telhas de cerâmica, de fibrocimento, metálicas e para lajes planas. Entre em contato conosco e adquira a melhor opção em estruturas metálicas para fixação de painéis fotovoltaicos.

ESTRUTURAS EM ALUMÍNIO PARA FIXAÇÃO EM: Telhado fibrocimento

Telhado cerâmico

Telhado metálico

DESENVOLVIDO PELA

perfilaluminio.com.br/perfilsolar (27)2104-5900 | vendas@perfilaluminio.com.br @perfilaluminiodobrasil

Perfil Alumínio do Brasil S/A


62

Veículos elétricos

Fig. 1 - Plataforma de operações da startup movE

FotoVolt - Julho - 2022

posteriormente; e ainda, caso haja alguma falha, um simples reset será suficiente para fazê-lo retornar à funcionalidade. O problema se evidencia em operações mais complexas ou operações comerciais que dependam de dados, como por exemplo em empresas de logística ou de transporte público. Aqui, a disponibilidade dos carregadores e a conectividade são essenciais, pois em primeiro lugar ga-

é de grande importância para manter a alta disponibilidade dos equipamentos, já que oscilações de conexão à internet e falhas não são incomuns. Um exemplo de solução digital é a da startup movE, a qual permite observar as ocorrências, extrair relatórios, enviar comandos aos carregadores, gerenciar usuários, gerenciar os pagamentos das recargas, etc Além da facilidade da operação do carregador pelo usuário e de gerar mais agilidade para o operador, as soluções digitais também permitem avanços nos modelos de negócios, como viabilizar Fig. 2 - Integração de carregador em redes inteligentes o pagamento das recargas de forma automática e segura, rantem a possibilidade de recarga dos assim como a integração das diversas veículos, além de permitirem identifiredes, de modo que o usuário escolha car o usuário que iniciou a recarga e, apenas o aplicativo que mais o agrade ainda, funcionalidades de modulação e, a partir deste, consiga acesso aos de potência. carregadores de diversas bandeiras. O Smart Charging é uma funcionalidade presente a partir da versão OCPP Otimização operacional 1.6, e permite que se faça a modulação A operação de carregadores pode da potência dos carregadores indiviser bastante simples em casos de poudualmente, mitigando riscos de limite cos carregadores ou de aplicações de de potência ou restrições financeiras carregadores privados, em que não na operação. É possível, por meio de há necessidade de controle de usuásoluções digitais, fazer um controle da rios ― pode-se simplesmente deixar o potência de cada carregador baseado carregador sem autenticação e, caso ele em regras como prioridade de carga perca a conexão, permanecerá funciopara veículos escalados para operação nando, com os dados sendo enviados ou prioridade por ordem de chegada,

com o primeiro sempre tendo uma potência mais elevada. A conectividade dos carregadores somada ao monitoramento ativo das redes de recarga permite manter níveis de operação satisfatórios, pois as manutenções se tornam mais simples e muitas vezes previsíveis, o que por sua vez impacta diretamente na segurança do usuário ao trafegar com seu veículo elétrico, podendo contar com o uso dos carregadores próximos. Ainda, por meio do monitoramento e da conectividade do carregador, é possível desenvolver integrações no contexto de microrredes e redes inteligentes (figura 2), permitindo otimizar as recargas com base na disponibilidade de energia da rede, da geração fotovoltaica ou de sistemas de armazenamento. Portanto, as soluções que operam com OCPP são parte integrante do mercado de mobilidade elétrica e estarão cada vez mais presentes no dia-a-dia dos usuários, para buscar pontos de recargas, planejar rotas e, no futuro, até mesmo permitir interações com redes inteligentes e o mercado de energia, facilitando a compra de uma energia mais limpa para cada veículo.

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.


PRATICIDADE QUALIDADE E SEGURANÇA

vendas@ssmdobrasil.com.br +55(41)3037-3750 +55(41)99841-8202

www.ssmsolardobrasil.com.br

VENHA ENHA NOS VISITAR VISITA T R TA

inter

SOUTH AMERICA FALE COM NOSSO ESPECIALISTAS

B3.96


64

Pesquisa & inovação

Armazenando energia solar por 18 anos e convertendo em eletricidade sob demanda

FotoVolt - Julho - 2022

Chalmers University of Technology

T

Chalmers University of Technology

mesmo sendo baseado em materiais simples, o dispositivo tem de ser suficientemente econômico para ser fabricado e lançado de forma ampla”, diz Kasper rata-se de uma maneira “radicalMoth-Poulsen. mente nova de gerar eletricidade O MOST é um sistema a partir da energia solar, independentemente do clima, hora do dia, estação de energia fechado baseado do ano ou localização geográfica, em em uma molécula especialum sistema fechado que pode operar mente projetada de carbosem causar emissões de dióxido de no, hidrogênio e nitrogêcarbono”. A definição é do pesquisanio, que, quando atingida Pesquisadores no laboratório de energia solar da Universidade Chalmers, dor Kasper Moth-Poulsen, hoje profes- Suécia, trabalham no desenvolvimento das moléculas armazenadoras da pela luz solar, muda sua sor-pesquisador do ICMAB - Instituto forma para um isômero rico energia da luz solar de Ciência dos Materiais de Barcelona em energia, uma molécula foi enviado para a China, do outro mas que anteriormente liderou a pescomposta pelos mesmos átomos mas lado do mundo, e lá foi convertido em quisa na Universidade Chalmers de dispostos de maneira diferente. eletricidade. Tecnologia, na Suécia, onde a maior O isômero pode então ser armazenado Segundo o pesquisador Zhihang parte do trabalho foi realizada. na forma líquida para uso posterior, Wang, da Universidade Chalmers, o A nova tecnologia é baseada no como durante a noite ou no inverno. gerador termoelétrico é um chip ultrasistema de armazenamento de energia Os pesquisadores refinaram o sisfino que pode ser integrado a eletrôtérmica molecular (MOST, de molecutema a ponto de agora ser possível arnicos como fones de ouvido, relógios lar solar thermal energy storage) demazenar a energia por até 18 anos. Um inteligentes e telefones. “Até agora gesenvolvido na Chalmers. Basicamente, catalisador especialmente projetado ramos apenas pequenas quantidades uma molécula especialmente projetada retorna a molécula à sua forma origide eletricidade mas os novos resultamuda de forma quando entra em connal e nesse processo libera a energia dos mostram que o conceito realmente tato com a luz do sol, armazenando a térmica guardada para utilização em funciona e parece muito promissor”, energia em suas ligações químicas e, sistemas de aquecimento ou, a partir afirma. quando libera a energia na forma de de agora, para gerar eletricidade sob A pesquisa tem grande potencial demanda, em combinação com um calor, volta à sua forma original. A pesgerador termoelétrico de espessura quisa atraiu grande interesse em todo para produção de energia renovável limicrométrica. o mundo quando apresentada em etavre de emissões, mas muita pesquisa e A pesquisa foi financiada pela desenvolvimento ainda precisa ser feipas anteriores, mas um estudo mais Fundação Knut e Alice Wallenberg, a ta antes que seja possível carregar aparecente, publicado na “Cell Reports Fundação Sueca para Pesquisa Estrarelhos com a energia solar armazenada. Physical Science” e realizado em colatégica, o Conselho Formas Pesquisa da boração com pesquisadores de Xangai, “Os vários grupos do projeto estão Suécia, a Agência Sueca de Energia, o leva o sistema solar um passo adiante, trabalhando para aprimorar o sistema. Conselho Europeu de Pesquisa, o Instidemonstrando como ele pode ser comA quantidade de eletricidade ou catuto Catalão de Estudos Avançados e o binado com um gerador termoelétrico lor extraível precisa ser aumentada e, Programa-Quadro Horizonte 2020 compacto para converter em da União Europeia. eletricidade o calor liberado pelas O artigo de referência “Chipmoléculas. scale solar thermal electrical Os pesquisadores suecos enpower Generation”, assinado pelos viaram a molécula especialmente 12 pesquisadores envolvidos, projetada, carregada com energia solar, para colegas da Universiestá em https://doi.org/10.1016/j. dade Jiao Tong de Xangai, onde a xcrp.2022.100789. E um vídeo curenergia foi liberada e convertida to produzido pela Universidade em eletricidade usando o gerador Sistema fechado capta e armazena a energia do Sol na forma de calor e Chalmers demonstrando o printermoelétrico desenvolvido por cípio pode ser visto em https:// produz eletricidade por meio de um gerador termoelétrico — no futuro, estes. Em resumo, o sol da Suécia pode vir a substituir a combinação de células fotovoltaicas com baterias youtu.be/EdIyYoKS1mo.


/0440 1301Ú4*50 ¤ ."/5&3 & 06 .&-)03"3 " (&3"£Í0 %& &/&3(*" %" 46" 64*/" 40-"3 O&M Solar, a Governança de sua usina solar! Empreendimentos de qualquer porte

Personalizamos nossos serviços conforme a necessidade de cada proprietário, EPCista e locador de usina. • Monitoramento de geração com suporte de softwares tipo QOS; • Manutenções preventivas e corretivas, seguindo os protocolos e planos de manutenção dos fabricantes; • Análise de curva IxV, com emissão de relatórios especializados; • Termografia e inspeção mecânica de módulos solares;

• Limpeza e verificação de níveis de óleo de transformadores. Troca de filtros de inversores; • Limpeza manual e mecanizada de módulos solares; • Limpeza de site e controle de pragas; • Equipes treinadas e certificadas.

www.oemsolar.com.br telefone: (41) 98776-4802


Pesquisa & inovação

Estudo aponta: janelas solares transparentes reduzem aquecimento

A

empresa NEXT Energy Technologies, da Califórnia, que desenvolve um revestimento fotovoltaico patenteado para, sem comprometer a estética, transformar janelas comerciais comuns em painéis solares produtores de energia, anunciou recentemente resultados de um projeto de vários anos da Wells Fargo Innovation Incubator (IN2), que mediu o desempenho de eficiência energética das janelas fotovoltaicas transparentes da empresa em comparação com as janelas comerciais tradicionais. No projeto IN2 NEXT, as janelas com o revestimento foram modeladas e testadas em relação às janelas comerciais tradicionais, rastreando-se o desempenho com base em seus Coeficientes de Ganho de Calor Solar (CGCS), uma métrica de desempenho padrão do setor para janelas comerciais. O CGCS mede a quantidade de calor ― ou ganho solar ― criada pela luz solar que entra nos edifícios através das janelas. Ganhos solares excessivos podem levar ao superaquecimento dos espaços e à ineficiência do gerenciamento de energia de todo o edifício. Os resultados do estudo mostram que a tecnologia da NEXT pode reduzir o CGCS de uma janela para níveis abaixo de 0,20. Nos EUA, os edifícios comerciais respondem por 36% de todo o consumo de eletricidade, a um custo anual de mais de US$ 190 bilhões. Além disso, as janelas são a causa de 30% do consumo de energia para aquecimento e resfriamento de um edifício comercial, custando aos proprietários cerca de US$ 50 bilhões anualmente, de acordo com o Departamento de Energia dos EUA (DOE). O governo tem meta de que o país alcance emissões líquidas zero de gases de efeito estufa até 2050, e para isso os setores imobiliário e de construção terão de repensar a forma

FotoVolt - Julho - 2022

NETX Energy

66

do Norte, saudou os resultados do estudo: “alcançar um CGCS abaixo de 0,20 sem alteração estética tem sido um desafio monumental para nós que criamos vidros revestidos arquitetônicos com deposição a váStaff da NEXT Energy mostra janela revestida – Estudo atesta evolução das janelas solares em termos de desempenho energético e melhoria da eficiência energética cuo. Equilibrar desempenho e aparência é obter a harmonia ideal”. como os edifícios obtêm e gerenciam A redução do CGCS obtida represua energia. senta economia média de energia de “Para mitigar efetivamente as muaproximadamente 10% em todos os danças climáticas, precisamos repenEUA, podendo atingir economia máxisar fundamentalmente como projetama de até 50% em determinados locais mos, construímos, alimentamos e ge(como Novo México, Texas e Arizona), renciamos nossas construções”, disse em comparação com os padrões atuais Daniel Emmett, CEO da NEXT Energy das janelas tradicionais. Technologies. “Os dados do projeto “Os resultados da colaboração com mostram que essas janelas podem ajua NEXT podem redefinir as maneiras dar os edifícios a reduzir o consumo pelas quais arquitetos e proprietários de energia, melhorando a eficiência medem o desempenho de janelas codas janelas e gerando eletricidade para merciais”, disse Trish Cozart, gerente o edifício.” de programas do IN2 e diretora do A tecnologia de coleta de energia transparente da NEXT permite que Centro de Inovação e Empreendedoarquitetos e proprietários de edifícios rismo do NREL - Laboratório Nacional de Energia Renovável do DOE. “Gerar transformem janelas e fachadas de quantidades substanciais de eletricidavidro em produtoras locais de energia de com as janelas de um prédio marca renovável de baixo custo. A tecnologia um novo capítulo. O objetivo agora é fotovoltaica utiliza materiais semiconavaliar o CGCS para quantificar seus dutores orgânicos proprietários abunimpactos em termos de geração de dantes na natureza e de baixo custo. energia.” O material reveste uniformemente o Administrada em conjunto pela vidro, como uma tinta, em um proFundação Wells Fargo e pelo NREL, cesso de alta velocidade, baixo custo e baixo consumo de energia. O vidro a Incubadora de Inovação Wells Fargo passa então a coletar a luz do sol e (IN2) é uma iniciativa de tecnologia convertê-la em eletricidade em vez de renovável com foco principal em calor. apoiar soluções escaláveis para reduGarret Henson, vice-presidente de zir o impacto energético de edifícios vendas e marketing da Viracon, grancomerciais. de fabricante de vidro arquitetônico para edifícios comerciais na América


SOLUÇÕES PARA ACESSO E SEGURANÇA

ENERGIA

BEM-ESTAR

SISTEMAS FOTOVOLTAICOS SOPRANO: A SOLUÇÃO COMPLETA DE ENERGIA RENOVÁVEL PARA LARES E EMPRESAS

INVERSORES MONO E TRIFÁSICOS

MÓDULOS MONO E BIFACIAIS

MICROINVERSORES DE ATÉ 2.000W

VISITE NOSSO STAND NA INTERSOLAR 2022 STAND A1.46


68

Agenda

No Brasil Geração distribuída – Após Sudeste e Sul, as próximas edições do Fórum Regional de Geração Distribuída com Fontes Renováveis em 2022 serão as seguintes: Centro-Oeste - 10 e 11 de agosto, Campo Grande, MS; e Norte - 21 e 22 de setembro, Palmas, TO. A série é organizada e realizada pelo Grupo FRG Mídias & Eventos e promovida pela ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída. http://forumgd.com.br. Netcom - A 10ª edição do Netcom Infraestrutura de Redes Telecom e Provedores de Internet vai ser realizada de 2 a 4 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. O evento reunirá profissionais de infraestrutura de redes, telecom e provedores de internet para debater os rumos da transformação digital no País. Na feira, serão expostas soluções e tecnologias inovadoras do setor. Mais informações em www.arandaeventos.com.br/ eventos2022/netcom/. The smarter E/Intersolar South America - O The smarter E South America vai acontecer de 23 a 25 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, SP, congregando os eventos: Intersolar South America – A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America – Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EMPower South America – Feira e congresso de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Aranda Eventos & Congressos em cooperação com empresas alemãs. Informações: www.thesmartere.com.br.

Cursos Projeto, vendas – O Canal Solar realiza diversos cursos voltados ao setor

FotoVolt - Julho - 2022

fotovoltaico, oferecidos nas versões online ao vivo/presencial e exclusivamente online ao vivo. O curso avançado Projeto de sistemas FV com PVSyst e Solergo, em formato EAD, é destinado a profissionais de engenharia, técnicos ou profissionais de outras áreas que possuem conhecimentos básicos de eletricidade e sistemas fotovoltaicos. Também são oferecidos em formato EAD os cursos Fundamentos da energia solar fotovoltaica e Energia solar FV – Módulo comercial – vendas. Informações: https://cursos.canalsolar.com.br. Produtos e soluções – A Fronius oferece a profissionais de energia solar FV os Treinamentos Técnicos de Produtos & Soluções, que acontecem uma vez por mês na sede da empresa, em São Bernardo do Campo, SP, e abordam instalação, armazenamento e monitoramento de energia solar, bem como os produtos e soluções da empresa. Mais informações em https://www.fronius.com/pt-br/. Projetos off grid, sistemas híbridos – A Neosolar oferece vários cursos voltados ao segmento solar. Em breve, serão abertas turmas para os seguintes treinamentos online: Energia solar off grid com bateria, cujo objetivo é apresentar desde os fundamentos da energia solar até o cálculo dos equipamentos para uso em diversas aplicações; Energia solar: sistemas híbridos com bateria, que visa ensinar como dimensionar um sistema utilizando inversores híbridos com apoio da rede elétrica, gerador ou baterias, apresentando as vantagens oferecidas por esses sistemas; e Energia solar on grid – microgeração distribuída, que vai oferecer uma visão geral sobre legislação, instalação, equipamentos, dimensionamento, custos e o funcionamento dos sistemas de energia solar fotovoltaica conectados à rede. A entidade também oferece os cursos Mapeamento aéreo com drones para desenvolvimento

de projetos de energia solar, Normas de instalação e comissionamento em energia solar e Carro elétrico: mobilidade elétrica e carregadores – Online e ao vivo. Mais informações em https://www.neosolar. com.br/cursos-energia-solar. Fios e cabos – A IFC/Cobrecom oferece diversos treinamentos gravados, entre os quais o de Cabos para instalações em sistemas fotovoltaicos. Para requisitar o conteúdo, o interessado deve enviar e-mail para marketing@ cobrecom.com.br.

No exterior Enlit Asia/SETA/SSA – O Enlit Asia 2022 unificará os eventos Powergen Asia e Asian Utility Week, e será realizado de 20 a 22 setembro em Bangkok, Tailândia, em conjunto com o Sustainable Energy Technology Asia (SETA) e o Solar & Storage Asia (SSA). https:// www.enlit-asia.com/live-event/. Enlit Europa - A versão europeia da Enlit, evento do setor de energia que visa discutir as principais questões relacionadas à transição energética, vai ser realizada em Frankfurt, Alemanha, de 29 de novembro a 1º de dezembro. Serão realizadas apresentações técnicas e exposições de produtos e soluções. O foco da edição são descarbonização, descentralização, democratização e digitalização. Mais informações em www.enlit-europe.com.



70

Produtos

Skids A Comtrafo fornece skids Comtrafo Renováveis, os quais são constituídos por uma compacta base metálica, feita de perfis metálicos laminados ou perfis conformados a frio em aço carbono SAE 1020, conforme a necessidade do ambiente em que será instalado. Segundo a empresa, além de compactar a instalação dos equipamentos, a base skid facilita a locomoção do conjunto, pois seu projeto permite sua movimentação com todo o sistema já implementado. Além disso, necessita de menor espaço para instalação, reduz custos com obras civis e oferece baixo custo de fabricação. As bases skids são projetadas e construídas segundo normas ABNT NBR 15980, ABNT NBR 8800-2008, ABNT NBR 5410 e ABNT NBR 14039. A empresa também fornece a subestação móvel Comtrafo, construída sobre chassi móvel, indicada para diversas aplicações especiais, como restauração emergencial de fornecimento de energia, antecipação de energização

FotoVolt - Julho - 2022

mancal esférico (de até 9°). É livre de manutenção em função da utilização de materiais autolubrificados e conta com montagem simples e rápida.

www.igus.com.br

Inversor trifásico 220 V A Elsys fornece o inversor solar modelo trifásico 220 V, que conta com corpo em liga de alumínio injetado, sobrecarga CC de 50% e eficiência pico de até 98,6%. O equipamento é recomendado para empresas com alto consumo de energia, como indústrias e comércios. Com quatro categorias de potência diferentes, os inversores 15 kW e 20 kW possuem 3 MPPTs com duas entradas por cada MPPT enquanto os inversores de 25 kW e 30 kW possuem 4 MPPTs com duas entradas por MPPT. Segundo a empresa, essas configurações viabilizam de 6 a 8 strings por inversor e a utilização de módulos de alta corrente. A fabricante oferece sete anos de garantia, tendo possibilidade de extensão até 10 anos, além de conexão Wi-Fi para monitoramento da produção de energia em tempo real pelo aplicativo Elsys Solar e site.

www.elsys.com.br em obras, atendimento de cargas sazonais e manutenção preventiva. São desenvolvidas sob medida, com potência operacional até 50 MVA e classe de tensão 145 kV.

www.comtrafo.com.br

Mancais solares A Igus desenvolveu os materiais solares iglidur para mancais em usinas fotovoltaicas. O produto possui resistência aos raios UV e maior vida útil, devido à robustez do material, garante a companhia. Ainda segundo a empresa, o material também possibilita absorção de altas cargas estáticas (vento) - até 50kN e compensação angular com

String box A string box, fabricada pela Steck, conta com disjuntores termomagnéticos de corrente contínua, Dispositivo de Proteção Contra Surtos (DPS) em corrente contínua, bornes de derivação para entrada e saída dos cabos, prensa-cabos e quadro de distribuição com proteção IP67, totalmente protegido contra penetração de água e poeira. Além disso, o produto oferece grau de proteção IK09 de resistência a impactos, resistência contra raios ultravioleta e garantia de fábrica por dois anos. O produto é de fabricação nacional e a empresa oferece suporte técnico.

www.steck.com.br

Kits solares A distribuidora de produtos fotovoltaicos Neosolar incluiu em seu portfólio kits híbridos com potências de 0,9 Wp (o suficiente para um consumo médio de 2.790 Wh/dia) a 4,1 Wp (desenvolvido para consumo de 12.555 Wh/dia). Os produtos contam com painel solar, inversor híbrido, string box, conector MC4, cabo e baterias de lítio da Unicoba, que tem vida útil de 6000 ciclos (equivalente a 12 anos, considerando uma profundidade de 90% -- três vezes superior às baterias de chumbo-ácido) e, de acordo com a empresa, desempenho 73% superior que as baterias convencionais. As baterias podem ter peso até 50% menor do que as de chumboácido, e apresentam benefícios como as funções nobreak e economia de energia, além de reduzida manutenção.

www.neosolar.com.br

Painéis de alta eficiência A Trina Solar fornece os painéis Vertex 660 W, de potência ultra alta e eficiência de 21,6%. A série de painéis 210 mm tem multi-busbar (MBB), além de baixa tensão e alta potência por string. Segundo a empresa, a tecnologia MBB e interconexão de alta densidade aprimoram a eficiência dos painéis em até 21,6%, enquanto a tecnologia de corte não destrutivo reduz significativamente os riscos de formação de microfissuras nas células e a perda de energia. Os produtos são indicados para usinas solares de grande escala. De acordo com a Trina, os painéis podem reduzir os custos dos wafers e das células de silício para a cadeia de fornecimento upstream, além de reduzir o custo de rastreadores, pilares de fundação, cabos e mão de obra para a cadeia downstream.

www.trinasolar.com/pt


O núcleo inovador latino-americano para o futuro da energia EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRASIL

INSCRIÇÕES ABERTAS CADASTRE-SE GRATUITAMENTE PELO SITE https://www.euvou.net.br/THESMARTERESOUTHAMERICA2022/Home

O evento The smarter E South America apresenta os temas centrais da energia do amanhã Juntamente com a conhecida feira & congresso Intersolar South America, e duas outras feiras de energia – ees South America e Eletrotec+EM-Power South America, mais a exposição especial Power2Drive –, The smarter E South America cria um espaço para todas as áreas essenciais da cadeia de valor e toda interação entre elas. O evento congrega protagonistas internacionais do futuro energético nos mais influentes mercados do mundo de 23–25 de agosto de 2022.

As principais feiras e congressos de energia em The smarter E South America Exposição Especial


72

Publicações

Transição energética - A Siemens Energy e a consultoria de gestão estratégica global Roland Berger elaboraram o Índice de Prontidão para a Transição Energética na América Latina, um estudo resultado do feedback de cerca de 530 líderes empresariais regionais e globais, formuladores de políticas e representantes governamentais de vários setores. A pesquisa agrupou as respostas dos especialistas em 12 prioridades energéticas-chave predeterminadas, combinando o progresso de cada prioridade (“prontidão”) com uma avaliação da sua respectiva importância (“maturidade do sistema”). O relatório, que descreve a prontidão em uma escala de 0 a 100%, apontou que a região atualmente está na posição de 22% no Índice, o que indica que, embora a América Latina tenha uma base sólida para ampliar sua influência na transição global da energia, precisará criar as condições para isso, com

FotoVolt - Julho - 2022

maior integração regional que torne as exportações de energia limpa uma prioridade estratégica. A aceleração da expansão das energias renováveis está no topo da lista de prioridades energéticas. Os respondentes também consideram a integração das energias renováveis no sistema de energia elétrica como uma tarefa prioritária. Além disso, veem a descarbonização da indústria como uma urgência. De acordo com os entrevistados, o progresso atual no atingimento das prioridades energéticas na América Latina tem sido lento. Apesar de ter havido evoluções na área de

geração de energia, a capacidade instalada para solar e eólica ainda deixa espaço para uma implementação mais ampla no futuro. O estudo ainda ressalta a necessidade de apoio regulatório para desenvolver mais o papel da América Latina como exportador confiável de energia verde, particularmente hidrogênio. A maioria dos países da América Latina usufrui de fontes de energia eólica e solar abundantes e de alta qualidade, o que permite gerar energia a custos altamente competitivos. De acordo com os entrevistados, para desenvolver seu pleno potencial, a

América Latina precisa implementar regulamentações para direcionar os investimentos e garantir melhorias na infraestrutura. O financiamento também foi elencado como área prioritária. De acordo com os participantes, o regime regulatório também precisa ser ajustado para criar mais oportunidades de investimento. A pesquisa também revelou uma lacuna entre as percepções e a realidade em relação aos avanços em prol da descarbonização: os participantes estimaram que as emissões da região caíram em média 17% desde 2005 até hoje, enquanto apenas quatro em cada dez participantes indicaram corretamente que não houve nenhuma redução nas emissões. O estudo está disponível em https://assets.siemensenergy.com/siemens/assets/ api/uuid:04888747-4fbe-4cd1b27b-d28d746ffd1f/LATAMClean-Energy-Report-PTJUL22.pdf.

Índice de anunciantes 2P Acessórios ......................................................49

Goodwe..............................................................45

Proauto...............................................................15

Absolar...............................................................73

Growatt........................................................2ª capa

Romiotto .............................................................34

Acerta Estruturas.................................................27

Helte...................................................................36

SAJ.............................................................28 e 29

Apsystems ...........................................................53

Hopewind............................................................13

Serrana Solar......................................................39

Bel Energy...........................................................33

Hukseflux ...........................................................37

Setfuse ...............................................................23

Boltinox ..............................................................17

Ibrap............................................................3ª capa

Sofar..................................................................51

Brassunny.....................................................4ª capa

Inox-Par......................................................10 e 11

Solfacil .................................................................7

Chint...................................................................43

JA Solar...............................................................19

Solis................................................................4 e 5

Clamper..............................................................47

Jolywood ............................................................25

Soprano..............................................................67

Conte Solar..........................................................59

Ludufix ...............................................................14

SSM Metálicas .....................................................63

Dewe Soft...........................................................26

Max Dell .............................................................57

Techlux ...............................................................69

Dicomp...............................................................41

Megatron............................................................18

Trael ...................................................................40

Domínio Solar......................................................65

Novemp ..............................................................35

Tsun....................................................................21

Elgin ...................................................................55

NTC Somar..........................................................20

W/Nunes............................................................24

Embrastec...........................................................56

Perfil Aluminio.....................................................61

Gazquez .............................................................31

Polienge..............................................................50


Quer ficar por dentro de TODAS AS NOVIDADES DO SETOR SOLAR? Seja um dos nossos associados! Aqui na ABSOLAR você: Tem acesso a um suporte técnico qualificado, com estudos e análises exclusivas

Conecta-se com as principais empresas do setor

Recebe informações em primeira mão

É MUITO MAIS ENERGIA PARA O SEU NEGÓCIO! Entre em contato para mais informações: 11 3197 4560 | 11 98943-8958 associativo@absolar.org.br

www.absolar.org.br


Solar FV em foco

74

FotoVolt - Julho - 2022

Brasil deve preservar o direito do consumidor de energia solar Bárbara Rubim, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *

“ Desde a aprovação da Lei nº 14.300/2022 houve uma piora

considerável do nível de qualidade de serviço e atendimento pelas distribuidoras aos clientes e empreendedores do segmento.

U

ma audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, realizada no final de junho de 2022, pode se tornar um divisor de águas para os brasileiros que possuem e que ainda vão instalar sistema de geração própria de energia solar em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O debate girou em torno das dificuldades e atrasos nos processos de conexão e homologação dos projetos de geração distribuída em residências, empresas e propriedades rurais. Os consumidores brasileiros buscam na geração própria a partir de fontes limpas e renováveis, como a solar, a redução nos gastos com eletricidade, o aumento de competitividade de um negócio e o alívio no orçamento familiar. No entanto, eles têm sofrido com uma situação muito parecida com a que acontece quando alguém tenta cancelar um serviço de assinatura, como internet, TV à cabo ou telefone celular. Não é raro o consumidor ter uma experiência ruim quando quer cancelar algo ou mudar de fornecedor: existe uma prática, lamentavelmente comum entre certas operadoras de serviços, de dificultar ou atrasar esse processo, tentando vencer o consumidor pelo cansaço para fazê-lo desistir da mudança.

No caso do setor elétrico, em especial com os brasileiros que tentam homologar seus sistemas de energia junto às distribuidoras locais, a dificuldade de validar e fazer funcionar o sistema solar vem causando prejuízos financeiros e dificultando a vida de muitos consumidores e empreendedores do setor solar no País. Segundo dados da Ouvidora da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), de 2019 até junho de 2022, a quantidade de reclamações e requerimentos recebidos pela entidade já ultrapassa 1950 ocorrências. A maioria está relacionada com descumprimento de prazos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), um dos grandes desafios encontrados hoje no segmento de geração própria de energia solar. Dos casos recebidos pela associação no período, 31,7% correspondem ao descumprimento de prazos para a emissão de parecer de acesso, seguido do descumprimento de prazos para a realização de vistorias (27,5%) e do descumprimento de prazos para a substituição do medidor (18,5%). Outro dado que chama atenção é que, desde a aprovação da Lei nº 14.300/2022, que criou o marco legal da geração própria de energia reno-

vável, houve uma piora considerável do nível de qualidade de serviço e atendimento pelas distribuidoras aos clientes e empreendedores do segmento. Na prática, a violação dos prazos envolve desde o tempo para a vistoria dos sistemas, passando pela substituição do medidor, até a emissão do parecer de acesso. Tais dificuldades prejudicam diretamente os consumidores brasileiros que, sozinhos, muitas vezes não conseguem garantir que seus direitos sejam respeitados. Diante destes desafios, a Absolar atua na mobilização da Aneel e das agências regulatórias estaduais a ela conveniadas, para fiscalizarem e tomarem as devidas providências para solucionar estes graves problemas. O usuário de geração distribuída não pode ser lesado dessa forma, pois seria um grande contrassenso, já que a modalidade contribui para a geração de emprego e renda, redução de perdas elétricas, postergação de investimentos em novas linhas de transmissão e redução do despacho de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes, entre outros benefícios para toda a sociedade. * Respectivamente, CEO da consultoria Bright

Strategies e Vice-Presidente de Geração Distribuída da Absolar, CEO da Absolar e Presidente do Conselho de Administração da Absolar.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.