Notícias 8 Energias limpas 28
Refrigeração solar para as regiões do Sunbelt, incluindo Brasil A demanda por refrigeração aumenta rapidamente e existe grande potencial para uso de energia solar térmica e fotovoltaica. O trabalho descreve as atividades do grupo de trabalho de Tecnologias Solares de Aquecimento e Refrigeração da Agência Internacional de Energia, voltado a regiões tropicais.
Intersolar South América 42
De volta a SP a maior feira de solar FV da América Latina Depois do hiato causado pela pandemia, o The Smarter E South America retorna congregando a Intersolar South America e a Eletrotec+EM-Power South America, de instalações elétricas, infraestrutura de energia e gestão energética, entre outros eventos. Veja lançamentos e principais atrações.
FV para VEs 76
Infraestrutura para recarga de veículos com energia fotovoltaica A procura por sistemas de recarga de veículos elétricos a partir de geradores fotovoltaicos está em ascensão entre usuários residenciais. O artigo mostra soluções adotadas na Alemanha e permite comparações com a realidade do Brasil.
Custo-benefício 82
Avaliação da competitividade econômica de soluções BIPV Devido à dupla função de elemento de construção e gerador de eletricidade, a competitividade do BIPV deve ser avaliada em diferentes níveis, considerando receitas de produção, venda e autoconsumo de energia. O artigo apresenta método para avaliar o valor agregado e a atratividade.
Estudo de caso 96
Uma abordagem de engenharia para a implantação de usina FV O projeto e construção de uma usina fotovoltaica interligada à rede de cerca de 1500 kWp no Triângulo Mineiro é usado no artigo como exemplo da importância do projeto de engenharia abrangente e detalhado, tanto sob o aspecto técnico quanto de gerenciamento das atividades.
Solar flutuante 106
Usinas flutuantes (parte 1) – Medidas de proteção e seleção de componentes A instalação de usinas fotovoltaicas na superfície de lagos economiza espaços no solo e representa importante impulso para as energias renováveis. Aqui se aborda proteção contra choques e cuidados na escolha de equipamentos. A segunda parte tratará de proteção contra raios e aterramento.
Veículos elétricos 118 Pesquisa & inovação 122 Agenda 126 Produtos 134 Atendimento ao leitor 135 Publicações 137 Índice de anunciantes 137 Solar FV em foco 138
Capa Foto: Tom Wang/Shutterstock As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.
Sumário
Carta ao leitor 6
Carta ao leitor
Os cuidados para bem surfar o bom momento, e a Intersolar South America Mauro Sérgio Crestani, Editor
E
m 2021, o Brasil já conectou às redes de distribuição de energia elétrica uma capacidade de 2,28 GWp em geração solar FV distribuída. Usando simples regra de três, considerando o total de 7 GWp e 611,5 mil sistemas em primeiro de outubro (números da Absolar), nestes nove meses foram ligados em torno de 700 mini e microgeradores FV por dia, ou quase 200 mil no ano, até aqui. É um número impressionante para tão pouco tempo, mas será café pequeno quando comparado ao que acontecerá imediatamente após a aprovação do marco legal da geração distribuída, com a sequência da apreciação pelo Senado Federal do projeto de lei nº 5829/19, aprovado na Câmara Federal em agosto. Imediatamente porque, como se sabe, o projeto prevê que as regras atuais de compensação de energia continuarão a valer para os sistemas atuais e também para os que forem conectados às redes até um ano depois da publicação da lei. Espera-se verdadeira corrida de consumidores para garantir esse "direito adquirido" antes de findo o prazo. Se, como se prevê, o texto for aprovado e a lei promulgada até o final deste ano ou início do próximo, 2022 será o tempus memorabile da geração distribuída no Brasil, o que traz muita euforia, mas também preocupação. A demanda por sistemas solares fotovoltaicos só tem feito crescer nos anos recentes, sobretudo a de geradores distribuídos a partir de 2019. Mas, contrariamente ao que em geral acontece quando a procura aumenta, neste setor os preços vêm caindo. A explicação é que a oferta cresce a taxas ainda mais altas que a demanda, o que é particularmente verdadeiro na parcela referente a serviços. Um estudo da consultoria Greener, mencionado aqui na reportagem sobre a Intersolar South America, constata exatamente que a redução dos preços foi possível graças à queda dos preços de mão de obra de instalação, engenharia, marketing, aquisição de clientes e pós-venda. Com a entrada de mais competidores no mercado, a regra parece ser baixar preços para “ganhar na quantidade". A preocupação reside aí: ante um quadro que mistura forte aumento de pedidos com competição ainda mais acirrada, pode-se acabar sacrificando a qualidade. Já acontece agora, que se dirá em meio à explosão prenunciada. Mais do que nunca, portanto, é necessária cabeça fria e pés no chão, o bom e velho bom-senso. E sobretudo é preciso capacitar-se, seja tecnicamente, para oferecer bons serviços e produtos finais, seja em termos de gestão econômico-financeira das empresas. Por isso também é que saudamos o retorno do principal fórum de reunião e discussão do setor de energia solar fotovoltaica da América Latina, a Intersolar South America, sobre cuja realização esta edição de FotoVolt traz a extensa reportagem mencionada. Mais do que ponto de encontro e plataforma de alavancagem de negócios, sua função por excelência, o evento, congregado sob o guarda-chuva da “The Smarter-E" (junto com o Eletrotec EM-Power e seu congresso técnico de instalações), é uma grande oportunidade para os profissionais se atualizarem sobre o momento econômico e institucional do setor, e também aprimorarem sua qualificação técnica e gerencial.
Eletromobilidade – Nesta edição estreia a coluna "Veículos elétricos", assinada por Rafael Cunha. No novo espaço, o especialista tratará de questões de tecnologia, regulação e mercado, abordando também as afinidades entre as tecnologias de carros elétricos e de geração solar fotovoltaica, "ambas pilares emergentes da transição energética mundial", nas palavras do próprio colunista. Bem-vindo, Rafael.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 8.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615
08
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
Voltalia inicia construção de seu maior projeto solar
nidade ribeirinha Santa Helena do Inglês, localizada na Reserva de DesenvolviVoltalia começou a construir mento Sustentável (RDS) do no Rio Grande do Norte as Rio Negro, no município de usinas Solar Serra do Mel 1 (SSM Iranduba (AM). O projeto 1) e Solar Serra do Mel 2 (SSM 2), Sempre Luz deve beneficiar que, juntas, somam 320 MW. As 30 famílias que residem no plantas fazem parte do Cluster local. Serra Branca, maior complexo eóO sistema conta com 132 lico e solar no mundo, que possui módulos solares FV, 54 bateLocalizados no Rio Grande do Norte, os dois parques fazem parte do cluster Serra Branca, complexo eólico e solar cujo potencial pode chegar a 2,4 GW capacidade total de 2,4 GW e conrias de lítio e nove inversota com diversos parques eólicos res híbridos. Em fase piloto, em operação e centenas de megawatts a usina promete trazer segurança no sistema isolado do Oiapoque, no em desenvolvimento. A previsão é energética para a comunidade, que Amapá. A usina fotovoltaica foi instaque o comissionamento ocorra duranlada em 2017 e ocupa área de 70 te o primeiro semestre de 2022. mil m2. Serra Branca é um cluster híbrido e está localizado entre os municípios de Areia Branca e Serra do Mel, região conhecida por concentrar ótimas condições eólicas e solares no estado. Fundação Amazônia SustenO objetivo da empresa é maximizar a tável e a empresa Unicoba produção de energia do cluster para instalaram um sistema fotovoldesenvolver projetos mais competititaico com armazenamento de vos no mercado. O CEO da Voltalia Primeiro projeto está em fase piloto e três comunidades vão ser energia por baterias na comubeneficiadas até o fim do ano no Amazonas no Brasil, Robert Klein, disse em nota que o projeto visa aproveitar a sinergia e complementaridade das Itaipu Binacional implementa usinas híbridas para atender duas fontes (a produção eólica ocorre, comunidades indígenas predominantemente, à noite) comparItaipu Binacional está implementando no tilhando a mesma estrutura de escoParaguai parques híbridos solares-térmicos, amento de energia, para desenvolver com sistema de armazenamento de baterias, para projetos mais competitivos e rentáveis energizar unidades de saúde para as comunidades indígenas San Agustín e Karaja Vuelta, localizadas para o mercado. nos departamentos de Boquerón e Presidente A Voltalia está oferecendo cursos Hayes, a 760 km e 500 km, respectivamente, da de capacitação para instalação de capital do Paraguai, Assunção. módulos solares, com o objetivo de Será instalada em San Agustín miniusina solar qualificar moradores locais para as Também com sistema de armazenamento de energia, usinas vão atender comunidades indígenas. fotovoltaica de 80 kWp, e outra de 70 kWp em obras, formando profissionais para o Karaja Vuelta. Além disso, em cada localidade mercado de trabalho. A construção haverá um inversor modular de 100 kVA, baterias de armazenamento de pelo menos 150 kWh e um gerador a das plantas solares vai gerar centenas diesel de 100 kVA para complementar a fonte solar com a energia térmica. Segundo a Itaipu, trata-se dos maiores de empregos diretos e indiretos, diz a parques solares fotovoltaicos em capacidade instalada no território paraguaio. Os empreendimentos estão em empresa. implantação, com a fabricação das estruturas e implementação de obras civis do sistema híbrido. Em julho, foram O projeto SSM 1/SSM 2 possui realizados os primeiros monitoramentos, com as medições de resistência do solo nas áreas dos locais e a delimitação cinco contratos privados de venda física da área de montagem para implantação dos sistemas. de energia de longo prazo firmados, A iniciativa beneficiará mais de 1000 habitantes, sendo 700 na comunidade de San Agustín, que pertencem às etnias incluindo clientes como Copel e Ava Guarani, Nivaclé e Manjui. Já Karaja Vuelta abriga 320 indígenas do grupo étnico Enxet Sur. O fornecimento Braskem. ininterrupto de energia permitirá que eles tenham serviços básicos de primeira necessidade nas unidades de saúde, A Voltalia possui ainda uma usina acomodação médica e de enfermagem. solar (4 MW) e uma térmica (12 MW)
A
Sistema FV com baterias beneficia ribeirinhos
A
A
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
09
possíveis por um recente aporte de sofre com constantes quedas US$ 30 milhões que a Solfácil recebeu no fornecimento da rede de um consórcio liderado pelo fundo elétrica. Como a linha passa QED Investors. A companhia deve pelo meio de área florestal, financiar este ano cerca de R$ 1 bilhão chuvas fortes e outras inem novos projetos – quase dez vezes o tempéries constantes afetavolume movimentado em 2020. Para vam o fornecimento. 2022, a estimativa é de R$ 2,5 bilhões, A comunidade é a priatingindo mais de 15 mil clientes nos meira das quatro localidadois anos somados. des amazônicas previstas para serem favorecidas pelo projeto. Até dezembro deste ano, o sistema também será Solfácil desenhou produto com taxas reduzidas, alongamento de prazos e flexibilização de exigências cadastrais para contratantes rurais instalado na comunidade Boa Frente, na RDS do Juma, em Novo Aripuanã; na comunidade de movimentar R$ 150 milhões em m estudo da consultoria internado Bauana, RDS de Uacari, em Cafinanciamentos, afirmou a empresa cional Rystad Energy concluiu rauari; e na comunidade indígena em nota. que, para o mundo atender ao cenário Munduruku, em Nova Olinda do A fintech adequou o produto à rede conter o aquecimento global em Norte. alidade do cliente rural, cujo fluxo de até 1,5°C até 2050, meta do Acordo de Com apoio da empresa Unicoba e faturamento costuma ser relacionado Paris, a capacidade de produção glopor meio de mecanismo do CAPDA com as safras das culturas: prazos de bal de módulos solares fotovoltaicos (Comitê das Atividades de Pesquisa pagamentos mais alongados e taxas precisa no mínimo quadruplicar até e Desenvolvimento na Amazônia) da inferiores às de linhas tradicionais 2035. Isso significa passar dos atuais Superintendência da Zona Franca para pessoas físicas e jurídicas. Tam330 GW para uma faixa entre 1200 GW de Manaus (Suframa), a Fundação bém há uma quantidade menor de exigências cadastrais e de documentos e 1400 GW, o que seria suficiente para Amazônia Sustentável implementou em comparação com outros bancos. o mercado lidar com o pico de instalao projeto como forma de fomentar o Com este lançamento, a empresa ções necessários. uso de energia solar em comunidades passa a oferecer opções para 90% do Para o estudo, porém, trata-se de ribeirinhas e indígenas do Amazonas. mercado consumidor de energia solar tarefa desafiadora, já que os fabricanO objetivo é instalar, até dezembro de brasileiro, incluindo os principais tes sofreram nos últimos tempos com 2021, quatro sistemas fotovoltaicos e grupos de clientes – residenciais, peo efeito do aumento dos custos prodesenvolver soluções que permitam quenas e médias empresas e, agora, dutivos e por conta da pandemia, o analisar técnica e economicamente os produtores rurais, que consomem que pode desencorajar os investimenmodelos, que servirão para o atendimuita energia em atividades como tos necessários para aumento da capamento das localidades. bombeamento de água e irrigação. cidade. A taxa de utilização agregada Segundo a Solfácil, a parcela do finanpara módulos solares – a diferença ciamento chega a ser 30% inferior à conta de energia tradicional. Solfácil anunciou o lançamento Desde 2012, os prode sua nova linha de financiadutores rurais já investiram cerca de R$ 3,4 bimento dedicada a projetos de energia lhões em energia solar, solar para propriedades rurais, um gerando mais de 21 mil segmento que responde por cerca de empregos, segundo a 15% dos sistemas instalados no País, Absolar. segundo a Absolar. Voltado para A linha para produpequenos agricultores, pecuaristas tores rurais é um dos e outros empreendedores do agroAlerta é de estudo da consultoria Rystad Energy, que estabelece necessidade de lançamentos tornados capacidade atingir entre 1200 GW e 1400 GW até 2035 negócio, o produto tem perspectiva
Produção de módulos FV precisa crescer para atender meta do clima
U
Fintech lança linha para sistemas agrifotovoltaicos
A
10
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
entre a capacidade de fabricação e encomendas – foi de 84% em 2018 para 71% em 2019 e para 58% em 2020. A queda mais acentuada registrada pelo estudo coincide com o período em que problemas logísticos causados pela pandemia afetaram o Além da geração de energia, ideia do projeto em parceria com a UFPA é reduzir a evaporação da água setor produtivo em todo o mundo. No curto e Sowitec anuncia projeto médio prazo, para a Rystad, com o de híbrida solar-eólica aumento de preços de insumos importantes, como polissilício, prata, empresa alemã Sowitec anunciou investimento de R$ 5,2 bilhões em energia renovável no norte de cobre, alumínio, aço e mão de obra, Minas Gerais, que inclui uma usina híbrida solar-eólica e há uma tendência de que os custos duas usinas fotovoltaicas, com início de obras previstos para dos projetos solares deixem de cair 2023 e período de implantação entre dois e quatro anos. acentuadamente, como ocorreu nos A capacidade estimada de potência da primeira fase dos últimos anos. empreendimentos, com entrada em operação no fim de O polissilício, por exemplo, in2024, envolve 600 MW de geração eólica e de 520 MWp grediente-chave dos módulos, subiu em solar. Em uma segunda etapa, com expectativa de de US$ 7,6 por quilo em 2019 para conclusão até 2027, as potências instaladas se elevam para US$ 9 por kg em 2020. É ainda pro1400 MW em eólicas e 780 MWp em solar. vável que a média seja de até US$ O projeto híbrido 18 por kg em 2021. O preço da prafoi batizado de ta, importante para as conexões da Complexo de Gecélula de silício aos fios de cobre, ração de Energias subiu de US$ 550 por kg em 2019 Gameleiras e será para US$ 850 por kg (em média) em instalado nos municípios de Monte 2021. Com o efeito combinado dos Investimento de R$ 5,2 bilhões inclui Azul, Espinosa, aumentos dos insumos, os preços ainda mais duas UFVs de grande porte. Santo Antônio do Os três projetos chegarão a 1,4 GW de globais dos módulos subiram 16% eólicas e 780 MWp de solar Retiro, Rio Pardo em 2021, apenas até setembro.
A
Mineradora visa solar flutuante em reservatório no Pará mineradora norueguesa Hydro, que tem operações de extração e beneficiamento de bauxita no Pará, firmou parceria com a UFPA Universidade Federal do Pará para realizar estudos sobre o uso de módulos solares fotovoltaicos para geração de energia solar no reservatório de água da sua mina de bauxita no município paraense de Paragominas (foto).
A
de Minas e Mato Verde. O complexo está em processo de regularização das propriedades e obtenção de licença ambiental para a futura construção.
Já as UFVs são o projeto Minas do Sol, em Pirapora, e Presidente JK, no município de Presidente Kubitschek. Segundo a Sowitec, as obras de ambas as usinas estão em estágio avançado de desenvolvimento, com as propriedades regularizadas, medição solarimétrica de acordo com os parâmetros dos órgãos competentes e licença ambiental de implantação emitida.
Pelo acordo, a universidade vai testar um sistema fotovoltaico flutuante no reservatório de água da Hydro Paragominas. Além da energia para consumo na unidade, outro objetivo
14
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
geração de energia e o custo de armaimportantes para os engenheiros de zenamento em baterias caindo contiP&D da Growatt desenvolverem nonuamente, o estabelecimento de um vas atualizações e inovações em eficilaboratório conjunto entre Growatt e ência energética, segurança funcional Texas pode ajudar a levar as tecnoloe soluções inteligentes de aplicações gias de energia limpa para o próximo de inversores. Para o laboratório nível e fornecer soluções de energia conjunto recém-estabelecido, a Texas avançadas, inteligentes e poderosas. recomendará produtos e soluções e fornecerá ferramentas e recursos de desenvolvimento para facilitar a pesquisa de aplicações de energia sustentável. Segundo David Ding, presidenintegradora de sistemas solares te e CEO da Growatt, o laboratório fotovoltaicos Enerzee, de Cuiabá conjunto permitirá à empresa de(MT), concluiu um projeto de minisenvolver inversores solares mais usina solar FV para o grupo CMIX, inteligentes, poderosos e confiáveis e de Toledo, no Paraná, que atua em baterias de armazenamento que “pomineração de basalto para a produção dem remodelar o futuro da energia”. de pedras britas, além de também ser As tecnologias de ponta de semicondutores da Texas vão “acelerar avanços em energia solar fotovoltaica e armazenamento de energia”, diz o executivo em nota. “Apoiar a inovação em novas áreas de infraestrutura, como de energia em sistemas industriais, é uma iniciativa importante para a Texas”, disse Ryan Wang, gerente Com 527,31 kWp, miniusina utiliza equipamentos da WEG e vai gerar 787,1 MWh/ano para a CMIX geral da Texas Instruments de Shenzhen. Para ele, a colabocontrolador de empresa de empreenração pode acelerar a implementação dimentos imobiliários (Berticelli Inda tecnologia inovadora da Texas em corporadora de Imóveis) e atuar como novas aplicações de armazenamento investidor financeiro. de energia fotovoltaica. fornecedora global de inversores A miniusina conta com 1302 móSegundo a Growatt, com a energia Growatt implantou um labodulos fotovoltaicos bifaciais de 405 solar sendo uma fonte acessível de ratório conjunto com a Wp cada, sete inversores de 60 kW, empresa multinacional todos da brasileira WEG, com quem de semicondutores Texas a Enerzee tem parceria comercial. Instruments na cidade de A usina tem potência instalada de Shenzhen, China, para, 527,31 kWp, o que permite geração com o apoio das tecnolomédia anula de 787,1 MWh/ano para gias e produtos avançados a CMIX. de semicondutores da A Enerzee tem acordo com a WEG Texas, obter uma solução desde 2019 para uso de suas tecnolootimizada de armazenagias fotovoltaicas (módulos FV, invermento de energia fotovolsores e auxiliares), além de baterias taica (FV). Os produtos e e também de sistemas de recarga de Empresas vão usar a parceria para desenvolver inversores e soluções de o suporte da Texas vão ser armazenamento avançados e inteligentes veículos elétricos. Com a parceria, a do projeto é permitir a redução da evaporação da água dos reservatórios com a implantação dos módulos. O investimento inicial é de cerca de R$ 1 milhão e a pesquisa tem duração de dois anos. Com a usina flutuante, a Hydro visa eliminar a necessidade de usar água nova na operação, com as taxas de perdas por evaporação menores provocadas pela cobertura dos módulos. A expectativa é de que cada quilômetro com o sistema fotovoltaico instalado gere 50 MW, revelou em comunicado a Hydro, que refina a bauxita extraída em Paragominas em outra empresa do grupo, a Alunorte, em Barcarena (PA), onde produz a alumina, intermediário principal do alumínio. Na fase de testes da UFPA, uma área de 156 metros quadrados será usada para avaliação preliminar. Se a pesquisa comprovar a eficiência do processo, a ideia é expandir a área coberta no futuro. O convênio da Hydro com a universidade conta com mais três pesquisas, iniciadas em 2019, nas áreas de aproveitamento de resíduos e rejeitos.
Growatt e Texas Instruments montam laboratório de energias sustentáveis
A
Enerzee entrega miniusina solar para mineradora
A
16
Notícias
empresa, fundada em 2018 pelo expiloto de Fórmula Indy Alexandre Sperafico, não precisou mais importar equipamentos solares, integrando suas micro e miniusinas para clientes residenciais, comerciais e industriais apenas com base na tecnologia da WEG. Além disso, a Enerzee também firmou parceria com a Faro Energy, no começo de 2021, para participar de ofertas ao mercado de contratos de locação de usinas com porte acima de 1 MW.
já assinou 51 projetos de geração solar distribuída com a rede de supermercados Walmart, entre os quais 39 assinados entre 2020 e 2021. Os projetos serão implementados em sete estados dos EUA: Arizona, Califórnia, Illinois, Nova Jersey, Louisiana, Maryland e Carolina do Sul. As usinas serão construídas em telhados dos supermercados e no solo, envolvendo uma capacidade total de 38,3 MW de potência instalada. A rede, com o projeto, pretende compensar 27,1 toneladas métricas de CO2 ou o equivalente a 9,2 toneladas de resíduos reciclados em vez de depositados em aterros, de acordo com EDP Renováveis, por meio da sua a Calculadora de Equivalências de subsidiária norte-americana, a Gases com Efeito de Estufa da agência EDP Renewables North America LLC, ambiental dos Estados Unidos, a EPA. Faz parte do projeto ainda a implantação, em uma parceria entre a EDP e o Walmart, de um polinizador solar ecológico, construído junto à usina montada no solo no centro de distribuição de Laurens, na Carolina do Sul, com misturas que restauram a biodiversidade regional. Além de Ao todo são 51 projetos em telhados e no solo de unidades da rede de supermercados, com potência total de 38,3 MW atrair vetores animais
EDP fecha contrato de GD solar com o Walmart
A
FotoVolt - Outubro - 2021
benéficos, o projeto diminui o impacto das águas pluviais.
Enphase Energy entra no Brasil para vender microinversores norte-americana Enphase Energy, fornecedora de sistemas de energia solar fotovoltaica, anunciou recentemente sua entrada no mercado brasileiro para comercializar seus microinversores solares IQ 7+. Com escritório em Brasília (DF), a empresa planeja fornecer os sistemas para instaladores especializados em clientes comerciais e residenciais de pequeno porte em todo o Brasil a partir de outubro de 2021. Os sistemas da empresa são principalmente baseados em soluções inteligentes que integram baterias e microinversores. Os microinversores são equipados com sistemas de comunicação da empresa que conectam o gerador fotovoltaico com plataforma de monitoramento, também da Enphase. Segundo a empresa, isso facilita o monitoramento de energia por painel para melhorar a operação e a manutenção. A Enphase conta com a parceria da empresa Solstar Brasil na estratégia de expansão local e também negocia
A
FotoVolt - Outubro - 2021
17
Empresa norte-americana começa a fornecer os equipamentos em todo o País com a plataforma de financiamento para projetos solares FV Solfácil para ampliar o acesso à tecnologia no País. Os microinversores IQ 7 + integram software da Enphase com tecnologia de semicondutores que, segundo a empresa, garantem segurança e economia de escala. Ainda de acordo com a Enphase, os sistemas são submetidos a testes de qualidade que acumularam mais de um milhão de horas, os quais demonstraram desempenho elevado sob calor, alta umidade, ar salgado, frio extremo e condições climáticas severas. Por conta disso, a empresa vai oferecer garantia de 20 anos ao mercado brasileiro. Além disso, ainda segundo a Enphase, os microinversores são seguros por operarem com a mesma alimentação de corrente alternada de baixa tensão residencial e nunca contêm energia em corrente contínua de alta tensão. Eles também contam com função de desligamento rápido integrado para, em caso de emergência, ter a energia solar cortada de forma instantânea. Fundada em 2006, a Enphase já forneceu mais de 36 milhões de microinversores no mundo, o que equivale a uma potência instalada de 8,6 GW.
Empresas investem em flutuantes offshore Pondera, empresa de consultoria e desenvolvedora de projetos em energia renovável, e a SolarDuck, do
A
18
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
Noruega vai construir usina híbrida solar flutuante-hidrelétrica
O
governo norueguês vai financiar com US$ 9,1 milhões um projeto de pesquisa da geradora de energia renovável Scatec, do mesmo país, que visa desenvolver usina híbrida com as fontes hídrica e solar fotovoltaica flutuante. O projeto será coordenado por consórcio de empresas norueguesas que inclui a especializada em solar flutuante Ocean Sun, a organização de pesquisa independente Sintef, o provedor de software Prediktor, o Institute for Energy Technology (IFE) e a associação da indústria solar norueguesa, a Solenergiklyngen.
O projeto é o primeiro financiado dentro de um programa do governo norueguês batizado de Green Platform (Plataforma Verde), que já selecionou, além da usina híbrida, mais 10 projetos de inovação verde, aportando US$ 114 milhões, cobrindo projetos em eólica offshore, combustíveis limpos e captura e armazenamento de carbono.
Usina faz parte de pesquisa com consórcio de empresas O desenvolvimento da usina híbrida, que contará também com sistema de baterias para armazenamento, tem o norueguesas, com aporte do governo local, e será construída na África propósito de criar plataforma de planejamento, dimensionamento e otimização da operação. A ideia é também aproveitar a sinergia entre as duas fontes para o melhor aproveitamento do recurso hídrico, com melhor dimensionamento do reservatório onde serão instaladas. A usina de pesquisa, que segundo os coordenadores será a primeira do mundo, está programada para ser implantada em um local ainda não especificado na África Ocidental.
mercado solar flutuante, assinaram um acordo para desenvolvimento de 555 MWp de projetos solares offshore nos próximos anos. As empresas planejam desenvolver esses projetos entre 2023 e 2025, sendo os primeiros localizados na Holanda e, depois, no Sudeste Asiático. Fundada em 2007, a Pondera está envolvida em mais de 10 GW de projetos de energia renovável, dos quais acima de 3 GW estão operacionais e outros 3 GW em construção. A empresa teve crescimento acentuado nos últimos anos e está se preparando para se tornar um player importante no mercado do sudeste asiático. Fundada por um grupo de profissionais das áreas marítima e de energia, a SolarDuck desenvolveu uma tecnologia de geração energia solar offshore em grande escala, batizada King Eider, que é robusta, escalonável e capaz de resistir às condições do mar e ventos até de furacões, abrindo um novo e promissor mercado. No mês passado, o Bureau Veritas (BV) concedeu Aprovação em Princípio (AiP) para a solução da SolarDuck, a primeira na história dada a uma tecnologia solar flutuante offshore. Implantado em abril em IJzendoorn, na Holanda, o primeiro piloto King Eider consiste em quatro unidades triangulares com 156 módulos solares
(foto), que fornecem 64 kWp de potência para a rede. A estrutura mantém os painéis solares mais de três metros acima do nível da água e foi projetada para lidar com as condições do mar costeiro, estuários e portos naturais. As duas empresas planejam utilizar a tecnologia para fornecer eletricidade de origem solar a cidades e regiões que normalmente enfrentam restrições relacionadas com a escassez de terras para implantação de usinas. Em 2023, a meta é desenvolver 5 MWp e, até o final de 2025, implantar a totalidade dos 555 MWp. Após a assinatura do acordo, as empresas começaram a mapear áreas adequadas para as usinas. “Estou animado com nossa cooperação e a es-
cala de nossos projetos combinados”, disse Koen Burgers, CEO da SolarDuck. “A Pondera é um parceiro que não apenas compartilha nossas ambições globais, mas também o impulso para tornar esses planos realidade. Eles têm um histórico longo e impressionante que pretendemos ampliar com a adição da solar flutuante offshore. ” O CEO da Pondera, Hans Rijntalder, também saudou a parceria: “O mercado solar flutuante offshore é muito promissor e a SolarDuck desenvolveu uma plataforma tecnológica interessante para os países em que atuamos. (...) Eles receberam a primeira certificação do mundo para energia solar flutuante offshore e vejo oportunidades interessantes para sua aplicação em países como Indonésia e Vietnã.”
Estudo identifica crescimento da GD solar geração solar distribuída continuou a crescer em ritmo acelerado no primeiro semestre e, apesar da elevação dos custos dos equipamentos, manteve a estabilidade nos preços dos sistemas fotovoltaicos para os clientes finais. Estas são as principais conclusões do “Estudo Estratégico Geração Distribuída – Mercado Fotovoltaico” referente ao 1º Semestre de 2021,
A
Empresas holandesas querem construir as usinas entre 2023 e 2025, começando na Europa e terminando no sudeste da Ásia
20
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
publicação da conbro de 2020. O recorde foi regissultoria Greener. trado no mês de março, Para se ter ideia com 310 MW de volume conecdo ritmo de crescitado. A classe residencial resmento, a demanda pondeu por 50% do volume por módulos fotoadicionado no semestre (contra voltaicos impor39% registrado em 2020) e a cotados dobrou no mercial teve redução, de 37% do primeiro semestre adicionado em 2020 para 29%, em comparação o que pode ter sido influenciacom o mesmo do pelas medidas de enfrenperíodo do ano tamento da pandemia, com o passado, chegando deslocamento do consumo dos a 4,88 GW, contra escritórios comerciais para os Mesmo com alta no custo dos equipamentos, geração distribuída continua a crescer em ritmo forte no País 2,44 GW em 2020. home-offices. O desempenho O estudo pode ser acessado de 4 kWp, em junho de 2021, foi de R$ se torna ainda mais expressivo ao se no site www.greener.com.br. 4,88 o Wp instalado, apenas uma pecomparar com a demanda de todo o quena oscilação em relação ao mesmo ano 2020, de 4,76 GW, quando foram mês de 2020, quando era de R$ 4,76/ importados menos módulos do que Wp. Já em um sistema comercial de nos primeiros seis meses deste ano. 50 kWp, também na mesma compaO estudo ressalta que os módulos FV Shell tem planos de investir ração, em junho de 2021 o custo foi de nacionais representaram apenas 1,8% R$ 3,89/Wp, contra R$ 3,70/Wp do R$ 3 bilhões até 2025 em projetos do mercado no período (90 MW), o ano anterior. Para a pesquisa, a estabide transição energética no Brasil, senque demonstra queda contínua na lidade nos preços ocorre desde 2019, do que boa parte deles em projetos participação, já que em 2020 responcom pequenas oscilações, mas vem de solares. A meta foi anunciada em sederam por 3,8% (190 MW) e por 3% um período de queda nos preços mais tembro como parte do lançamento no em 2019 (139 MW). acentuada e registrada desde 2016, o País da Shell Energy, divisão do gruAlém de o volume de importação que ocorreu também muito por conta po que cuidará dos negócios de trande inversores também ter registrado de redução nos custos de integração. sição energética e descarbonização. o considerável aumento de 83% no período, passando de 2,48 GW no priO primeiro semestre agregou Além do investimento em usinas meiro semestre de 2020 para 4,55 GW 1,45 GW de GD à rede, com a potênsolares fotovoltaicas, com a implanneste ano, há outros sinais importancia instalada no segmento alcantação, geração e comercialização tes de evolução registrados no estudo. çando 6,5 GW. Isso representou cresda energia gerada, a meta envolve Pela primeira vez, por exemplo, os cimento de 30% em relação a dezemtambém projetos eólicos onshore e módulos de tecnologia monocristaoffshore e de gás natulina PERC se tornaram majoritários, ral, e ainda produtos superando os módulos standard ambientais como os (poli e mono), que continuam a percertificados I-REC e der espaço. No segundo trimestre créditos de compende 2021, as tecnologias PERC (poli sações de carbono. e mono) contabilizaram 66% da poO Brasil é um dos tência importada. quatro mercados E o crescimento do mercado principais da Shell ocorreu com a estabilidade nos preEnergy, ao lado da ços médios dos sistemas, apesar da Austrália, Estados pressão de custo das principais maUnidos e Europa Ocitérias-primas. Segundo o levantadental. Como pano mento da Greener, o preço médio de Empresa já desenvolve no País projetos solares fotovoltaicos que somam 2,7 GW, com de fundo da iniciaexpectativa de chegar a 5 GW até dezembro sistemas fotovoltaicos residenciais tiva, está o objetivo
Shell Energy investirá em solar no Brasil
A
22
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
do grupo global de neutralizar suas emissões de carbono até 2050. A Shell já desenvolve no Brasil um portfólio de projetos solares fotovoltaicos que somam 2,7 GW de capacidade instalada, com expectativa de chegar a 5 GW até dezembro, ocupando 12 mil hectares no Sudeste e Nordeste. Em julho, por exemplo, a Shell assinou com a Gerdau termo de cooperação para construir o parque solar Aquarii, em Brasilândia de Minas (MG), com capacidade instalada de 190 MW e previsto para entrar em operação em 2024. Parte da energia será destinada à Gerdau e o restante comercializado pela Shell no mercado livre.
fotovoltaicos completos para integradores em todo o País, além de atuar também no apoio a projetos com serviço de consultoria especializada. Segundo comunicado da empresa fundada em 2013, o plano de recuperação inclui contabilizar 400 MW em entregas até o fim do ano. Para o CEO da Sices, LeDistribuidora investe R$ 80 milhões para suportar previsão de demanda em alta até o fim do ano onardo Pantaleão, a votação por maioria na recuperação empresa resolveu investir por volta de judicial mostra a confiança dos creR$ 80 milhões na formação de estoque dores na empresa e no seu potencial para atender os novos pedidos de intede crescimento, “em especial neste gradores de sistemas solares FV. momento de grandes oportunidades No primeiro semestre, segundo a para a energia solar no Brasil”, disse. empresa, o faturamento superou em Segundo ele, a situação crítica, que 347% o volume de vendas registrado foi motivada pela baixa demanda no no mesmo período do ano anterior início da pandemia, fez a empresa e, quando comparado com os oitos se reinventar e se tornar mais estrudistribuidora de sistemas solares meses iniciais de 2020, o crescimento turada. O processo de recuperação fotovoltaicos Sices Solar, de Itapede janeiro a agosto foi da ordem de judicial contou com a assessoria fi448%. Em dois anos de atuação, ainda vi (SP), teve sua proposta de recupenanceira da Íntegra Associados e foi segundo a empresa, foram forneciração judicial aceita pela assembleia homologado na 1ª Vara Regional de dos sistemas fotovoltaicos para mais geral de credores da empresa realiCompetência Empresarial e de Conde 3,4 mil projetos em residências, zada no dia 24 de setembro. O proceflitos Relacionados à Arbitragem, do comércios, indústrias e propriedades dimento a ser adotado nos próximos Tribunal de Justiça de São Paulo. rurais de todo o País. Com o novo meses teve aprovação de 90% dos investimento, é meta da empresa se credores, que representam 64% dos tornar uma das três maiores de districréditos a receber. Em recuperação judicial desde abril buição de geradores fotovoltaicos no de 2020, quando foi anunciado que Brasil ainda em 2021. Win Energias Renováveis, disa empresa tinha dívida de R$ 600 miA Win pertence ao grupo All Nalhões, a Sices Solar tem 150 colabotribuidora de equipamentos tions, que tem faturamento superior a R$ 1 bilhão e atua em vários segmenradores diretos e fornece geradores fotovoltaicos, do Rio de Janeiro, registos de tecnologia a partir de centros trou aumento de 116% na de distribuição nos estados de Santa comercialização de kits soCatarina, Espírito Santo e Rio de Jalares entre janeiro e agosto neiro. Além disso, o grupo conta com deste ano, o que represenescritórios de apoio logístico na China tou o dobro do negociado em todo o ano de 2020. Os e Estados Unidos. kits foram vendidos para aplicação em residências e empresas. Com a expectativa de ter crescimento ainda maior multinacional suíça Solar Tritec, neste ano, por conta da marco legal aprovação do fabricante de estruturas para fiA distribuidora incluiu em seu plano de recuperação a meta de atingir 400 MW em entregas até o final do ano da geração distribuída, a xação de módulos solares, vai lançar
Recuperação judicial da Sices é aprovada
A
Win aumenta venda de kits solares
A
Solar Tritec patenteia solução no Brasil
A
24
Notícias
na Intersolar South America, principal feira do setor solar fotovoltaico, a solução clamp universal All in One, que foi patenteada no Brasil. De olho nas perspectivas de crescimento do segmento no mercado brasileiro, o produto é fabricado na unidade nacional da companhia, localizada em Guarulhos, SP. “O Brasil tem um enorme potencial, inexplorado, para a geração de energias renováveis, com a crise hídrica constante e o aumento exponencial do custo das energias fósseis (gás e petróleo), o País desponta em grandes oportunidades na área de energia solar”, afirma Daniel Kunz, diretor da Tritec Energy do Brasil. De acordo com a companhia, o equipamento substitui inúmeros clamps finais e intermediários, que variam entre 30 e 40 mm, facilitando o dimensionamento da usina FV, reduzindo custos de compra e armazenamento e diminuindo o estoque. A empresa destaca que o clamp universal também é compatível com a maioria das estruturas comercializadas no mercado brasileiro, e pode ser integrado ou adaptado em outros sistemas de fixação. A solução também é comercializada na Europa e América Latina. Na fábrica brasileira da Solar Tritec, inau-
FotoVolt - Outubro - 2021
gurada há dois anos, são realizados o beneficiamento, montagem, picking, embalagem e controle de qualidade dos produtos. De acordo com Kunz, a nacionalização permite a redução do custo do produto para o consumidor final, “atendendo e mantendo as mesmas qualidades e especificações técnicas praticados na Suíça”, destaca. “5400 PA (‘pascal’) podem ser reduzidos para 1200 a 2400PA. Não temos lastro de neve nem ventos acima de 200 km/h no Brasil, por exemplo. Por isso, os custos de produção do alumínio e inox nos trilhos e fixadores podem ser reduzidos em quase 30-60%”, explica. O polo industrial conta ainda com estoque. Além do clamp universal, a unidade produz toda a linha de produtos da companhia e exporta parte da produção para Chile, Suíça e Alemanha. A empresa também conta com dois centros de distribuição, um em Guarulhos, SP, e outro em Salvador, BA. Uma das metas da Tritec é ampliar a participação no mercado de estruturas em telhados, que atualmente é de 7 a 13%, de acordo com Kunz. Recentemente, a fabricante lançou linhas de produtos voltadas para estruturas em solo em aço beneficiado e alumínio, como a Ecoground, monoposte e carport.
Notas Mobilidade elétrica - A Elev, companhia formada pela AGES Consultoria e Heos, vai atuar no mercado de mobilidade elétrica. Para o motorista, a empresa oferece um aplicativo que apresenta diversas informações sobre os mais de 600 eletropostos no País e em três idiomas, além da localização do ponto mais próximo de recarga e a rota para chegar até lá. Já para empresas, a empresa vai ser provedora dos postos de recarga, fazendo desde a análise do local, planejamento, instalação e gerenciamento do equipamento. Além disso, a empresa atua com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) junto às distribuidoras de energia elétrica. Limpeza com robôs - A AES Brasil implementou um novo sistema para limpeza dos painéis fotovoltaicos, na usina de Guaimbê, baseado na utilização de robôs. Segundo a empresa, com a tecnologia houve aumento de 5% na produção, uma ergonomia favorável, diminuição de 233% na emissão de CO2, 67% no consumo de água e uma melhora nos EPIs dos operadores. O equipamento é alimentado por meio de baterias de lítio, sendo
Notícias
FotoVolt - Outubro - 2021
operado por controle remoto, com alcance de até 200 metros. Pesa menos de 100 kg, possui fácil montagem, permitindo também o transporte para outras localidades, e possibilita menores custos com manutenção e redução de paradas recorrentes, afirma a empresa. Fundo de investimentos - A Apolo Asset lançou recentemente seu primeiro fundo de investimentos – o FIP Polaris - focado em projetos de geração distribuída (GD) de energia solar na modalidade compartilhada. A empresa vai investir até meio bilhão de reais para financiar cerca de 30 projetos de usinas de energia solar no estado de Minas Gerais. As usinas a serem financiadas pelo fundo FIP Polaris terão uma capacidade próxima a 100 MWp de potência e permitirão a grupos de pequenos empresários e a consumidores individuais — reunidos em consórcios ou em cooperativas —
1RVVDV VROX©·HV HP 7XERV H 3HUILV HVW¥R SUHVHQWHV HP GH *: LQVWDODGRV QR %UDVLO
uma redução média na conta de luz entre 12% e 20%. Autoconsumo remoto - Em parceria com a BLF Brasil Ltda., empresa de capital francês, a Quantum Engenharia está construindo quatro usinas fotovoltaicas na cidade de Patrocínio Paulista, no interior de São Paulo, que devem iniciar a operação até o final de 2021. O complexo terá capacidade de geração de 4,1 MWp e a meta é atender empresas privadas por meio da modalidade de autoconsumo remoto. Usinas solares - A GreenYellow, empresa especializada em eficiência energética, energia solar, comercialização e gestão de energia, conectou recentemente duas usinas fotovoltaicas a duas distribuidoras de energia de Goiás e Mato Grosso, que serão responsáveis por gerar 22,3 GWh anuais para a Oi. O contrato de for-
25
necimento entre as empresas é de 29,5 GWh anuais, e inclui outra usina em construção no Distrito Federal e também, 4,6 GWh provenientes de uma planta da multinacional francesa que está em operação desde outubro de 2020, em Jaíba, no estado de Minas Gerais. As duas novas usinas conectadas estão localizadas em Nova Xavantina (MT) e Padre Bernardo (GO), e têm capacidade instalada de 5,38 MWp e 5,54 MWp, respectivamente. Até o final de 2021, a quarta usina do contrato, localizada em Planaltina (DF), será conectada, contribuindo com mais 1,26 MWp. A Oi e a GreenYellow firmaram outro acordo que envolve o fornecimento de mais 6950 MWh anuais, por meio da construção de uma fazenda fotovoltaica em Bela Vista do Paraíso (PR). A previsão é que a usina seja conectada à distribuidora da região no segundo trimestre de 2022.
Energias limpas
28
FotoVolt - Outubro - 2021
Refrigeração solar para as regiões do Sunbelt, incluindo Brasil Uli Jakob, da Dr. Jakob Energy Research (JER) GmbH & Co. KG (Weinstadt), na Alemanha – Operating Agent da Task 65 do IEA SHC; e Daniel Neyer, da Neyer Brainworks GmbH (Bludenz), e da Universidade de Innsbruck, na Áustria – Líder da Subtarefa C da Task 65 do IEA SHC.
A demanda por refrigeração aumenta rapidamente, principalmente em países emergentes, e existe grande potencial para sistemas que utilizam energia solar, tanto térmicos quanto fotovoltaicos. Este artigo descreve os objetivos e atividades de um grupo de trabalho (a Task 65) do Programa de Tecnologias Solares de Aquecimento e Refrigeração da Agência Internacional de Energia (IEA), voltado para regiões tropicais.
Naked Energy
E
mbora cresça a taxas menores do que no passado, a demanda global de energia continua aumentando. Até 2040, a OCDE projeta um aumento de 30% da demanda [1]. Hoje, o ar condicionado é responsável por quase 20% da demanda total de eletricidade dos edifícios em todo o mundo, e está crescendo mais rápido do que qualquer outro uso final dessas instalações. Até 2050, várias centenas de milhões de unidades sistemas de ar condicionado serão vendidas por ano [2]. As razões indiscutíveis para o aumento são o crescimento econômico e populacional global e, portanto, o aumento dos padrões de vida. O crescimento da demanda de refrigeração é impulsionado principalmente por países com altas temperaturas. Três países emergentes (Índia, China, Indonésia) contribuem com mais da metade das taxas de crescimento anual. Além disso, a eficiência dos condicionadores de ar varia consideravelmente. Os sistemas mais comuns funcionam com metade da
A Naked Energy, do Reino Unido, produz um coletor FV-térmico de tubo evacuado e é um dos membros industriais da Task 65. Seus tubos de vidro contêm células padrão laminadas em um trocador de calor de alumínio. Na foto, eles aparecem instalados em uma pousada na África do Sul, com potências de 7 kWth e 2 kWel, em operação desde março de 2020. (Foto e legenda adicionadas pela Redação de FotoVolt) eficiência disponível [2]. Se não forem tomadas medidas para neutralizar esse aumento, a demanda por refrigeração ambiente pode triplicar até 2050. Com a maior demanda vêm o aumento do custo da eletricidade e os desligamentos de energia no verão, os quais têm sido atribuídos ao grande número de sistemas convencionais de ar condicionado em funcionamento.
À medida que o número de chillers de compressão de vapor tradicionais aumenta, também aumentam as emissões de gases de efeito estufa, tanto pelo vazamento direto de refrigerante com alto potencial de aquecimento global, tais como os HFCs, quanto pelas emissões indiretas relacionadas ao consumo de eletricidade gerada por combustível fóssil.
Energias limpas
FotoVolt - Outubro - 2021
O ar-condicionado solar é intuitivamente uma boa combinação, porque a demanda por condicionamento de ar correlaciona-se diretamente com a disponibilidade de sol. Quanto mais quente e ensolarado o dia, mais ar condicionado é necessário. O interesse pelo ar-condicionado solar tem crescido constantemente nos últimos anos. O principal argumento para esta aplicação é que ela consome menos do que um chiller/refrigerador convencional e geralmente usa refrigerantes naturais, como água e amônia. Uma pesquisa estimou o número de instalações em todo o mundo em cerca de 1800 sistemas [3]. O ar condicionado solar pode ser obtido via um condicionador de ar de compressão de vapor alimentado com eletricidade fornecida por células solares fotovoltaicas, ou via um resfriador térmico que utilize calor solar térmico. O know-how capitalizado nos países da OCDE (Europa, EUA, Austrália, etc.) em tecnologia de refrigeração solar (tanto térmica quanto FV) já é muito grande, mas muito poucos esforços têm sido feitos para adaptar e transferir esse know-how para países do Sunbelt, como o Brasil, países da África , Oriente Médio e Ásia, todos com economias emergentes dinâmicas, as quais também respondem pelo aumento global da demanda por ar condicionado (AC), e para as quais a refrigeração solar pode desempenhar um papel importante, uma vez que se localizam em regiões do mundo altamente irradiadas. A Task 65 do Programa de Colaboração para Tecnologias Solares de Aquecimento e Refrigeração (IEA SHC), intitulada “Refrigeração Solar para Regiões do Sunbelt (cinturão solar)”, iniciada em julho de 2020, concentra-se em desenvolver inovações para sistemas de refrigeração solar acessíveis, seguros e confiáveis para essas regiões de climas ensolarados e quentes, entre 20 e 40 graus de latitude nos Hemisférios Norte e
Sul. Inovação é a adaptação de conceitos/tecnologias existentes para tais regiões, usando energia solar, seja ela térmica ou fotovoltaica. O escopo abrange refrigeração e ar condicionado de pequeno até grande porte (2 kW a 5000 kW). A implementação/adaptação de componentes e sistemas para as diferentes condições de contorno é realizada com a cooperação da indústria e o apoio de países-alvo como Índia e Emirados Árabes Unidos, por meio da Missão de Inovação (MI) “Comunidade de Inovação em Aquecimento e Refrigeração de Edifícios Acessíveis” [4].
Trabalhos anteriores do IEA SHC em refrigeração solar Os sistemas de aquecimento e refrigeração a energia termossolar/fotovoltaica são abrangidos pelo Plano Estratégico IEA SHC de TecnologiasChave [5, 6, 7], porque têm potencial para cobrir grande parte da crescente demanda por ar condicionado. Os projetos de P&D das últimas décadas, bem como os trabalhos do programa de aquecimento e refrigeração solar da IEA, mostram um grande desafio técnico e econômico. O objetivo geral de todas essas iniciativas e do programa é estimular um mercado forte e sustentável. O trabalho inicial foi concluído na Task 25 do IEA SHC [8], focado em melhorias das condições de mercado, promoção de energia primária e redução dos picos de eletricidade, além da identificação de tecnologias promissoras para ar condicionado solar (térmico). Com base nesses resultados, a Task 38 do IEA SHC [9] foi subdividida em sistemas de pequena e de grande escala. Por um lado, são realizadas pesquisas de mercado para apontar a disponibilidade e o desempenho de componentes [10], mas também a
29
modelagem desses componentes é executada em detalhes [11, 12, 13, 14]. Por outro lado, um procedimento inicial de monitoramento abrangente é estabelecido [15], os sistemas existentes são analisados de acordo [16, 17] e os principais aprendizados são resumidos [18]. Uma avaliação abrangente do ciclo de vida de sistemas de refrigeração solar é aplicada a quatro estudos de caso [19], delineando não apenas as vantagens energéticas e ambientais das aplicações solares, mas também um banco de dados de componentes principais para investigação posterior. Em geral, o baixo desempenho (técnico e econômico) dos componentes e especialmente ao nível de sistema (desempenho elétrico, perdas do sistema, etc.) é documentada em detalhes. Assim, a Task 48 do IEA SHC [20] se concentra no acompanhamento da qualidade ao nível de componentes e de sistemas, bem como em medidas de apoio ao mercado. Componentes diferentes, tais como bombas [21], coletores [22], chillers [23] e unidades de rejeição de calor [24], são analisados e sua influência ao nível de sistema é demonstrada. Em seguida a métodos de caracterização do sistema [25] e critérios de avaliação de desempenho técnico e econômico [26], as melhores práticas são identificadas [27] e as diretrizes de projeto [28] são documentadas adequadamente. São encontradas soluções promissoras de eficiência do sistema e economicamente competitivas, e formulados aconselhamentos sobre políticas para estimular o mercado. Ao lado de soluções de sistemas solares térmicos, as soluções a energia FV estão entrando nos programas de P&D de refrigeração solar. A mais recente inciativa do IEA SHC sobre aquecimento e refrigeração solar de última geração, a Task 53 [29], concentra-se tanto em sistemas solares térmicos quanto fotovoltaicos,
WWW.SOLARGROUP.COM.BR
32
Energias limpas
FotoVolt - Outubro - 2021
em suas soluções de melhores práticas e desempenho, em benchmarking e avaliação. Uma visão abrangente dos produtos, existentes e novos, disponíveis comercialmente é fornecida na referência [30]. O trabalho (em andamento, ainda não publicado) se concentra em novas configurações de sistemas, conceitos de armazenamento, Fig. 1 - Países dentro ou em contato com o Sunbelt análise de ciclo de vida (ACF) e comparações técnico-ecológicas, bem como dições de contorno do Sunbelt (tropiambiental (por exemplo, fração solar), na avaliação técnica e econômica [31] cal, árido, etc.), que sejam acessíveis, bem como comparadas com tecnolodos novos sistemas. seguras e confiáveis, em capacidades gias de referência em termos de custo médias a grandes (2 kW – 5000 kW). de ciclo de vida. A refrigeração solar • Adaptação de ferramentas de análideve se tornar parte confiável do fuRegiões do cinturão solar se para avaliar diferentes opções por turo suprimento de refrigeração nas Os países do Sunbelt podem ser meio de um modelo de custo-benefíregiões do Sunbelt. Após a conclusão agrupados segundo os climas — encio de ciclo de vida, e aplicação desse da Task 65 do IEA SHC, o resultado solarado, quente-árido ou quentemodelo a casos identificados para deve incluir: úmido —, entre os graus 20 e 40 de recomendar tecnologias, desenvolvi• Maior engajamento e atenção para latitude nos Hemisférios Norte e Sul. mento de mercado e formulação de soluções de refrigeração solar por De acordo com a classificação climámeio da combinação Tab. 1 – Lista de países dentro ou em contato com o Sunbelt tica de Köppen-Geiger [32], essa faixa das atividades da MI Afeganistão Chipre Japão Paraguai está entre Grupo A (climas tropicais), IC7 e do IEA SHC e de África do Sul Coréia do Norte Jordânia Porto Rico Grupo B (climas secos) e Grupo C todas as partes interesAlbânia Coréia do Sul Kuwait Portugal (climas temperados). Na figura 1, um sadas. Arábia Saudita Cuba Laos Qatar mapa-múndi mostra os países que es• Estabelecimento de Argélia Egito Lesoto Quirguistão tão inseridos no, ou em contato com, uma plataforma para Argentina Emirados Árabes Unidos Líbano República Dominicana o Sunbelt, contabilizando-se um total transferência e troca Armênia Eritreia Líbia Saara Ocidental de 84 países (a lista está na tabela I). de know-how e experiAustrália Espanha Madagascar Síria ências, dos países da Azerbaijão Essuatíni Mali Sudão do Norte OCDE, que já contam Bahamas EUA Malta Tailândia Objetivos da Task 65 com longa experiênBahrain Filipinas Marrocos Taiwan do IEA SHC cia em refrigeração a Bangladesh Grécia Mauritânia Tajiquistão O objetivo principal é adaptar, veenergia solar, para os Belize Guatemala México Tunísia rificar e promover a refrigeração a países do Sunbelt, e Birmânia Haiti Moçambique Turcomenistão Bolívia Iêmen Namíbia Turquia energia solar como solução acessível vice-versa. Botswana Índia Nepal Uruguai e confiável para a demanda crescente • Apoio ao desenvolBrasil Irã Níger Uzbequistão nos países do Sunbelt. As tecnologias vimento de tecnoloButão Iraque Nova Caledônia Vanuatu existentes precisam ser adaptadas aos gias de refrigeração Chade Israel Nova Zelândia Vietnã limites específicos, além de analisadas solar em nível de comChile Itália Omã Zimbábue e otimizadas em termos de investiponentes e sistemas, China Jamaica Paquistão mento, custo operacional e impacto adaptadas para as con-
34
Energias limpas
políticas, bem como pré-avaliação da “bancabilidade” dos investimentos — ver adiante “Objetivos específicos da Subtarefa (A, B, C)”. • Identificação das condições de contorno (técnicas/econômicas) sob as quais a refrigeração solar é competitiva em relação aos sistemas acionados por fósseis e por diferentes soluções renováveis. • Estabelecimento de uma base de dados técnicos e econômicos para fornecer uma avaliação padronizada de casos de uso de demonstração (ou simulados). • Aceleração da criação e do desenvolvimento do mercado por meio de atividades de comunicação e divulgação.
Estrutura da Task A estrutura de subtarefas é orientada a receber projetos e áreas de ação identificadas pela MI IC7 e apoiar a criação de mercados nas regiões do Sunbelt. A estrutura é aberta a todas as tecnologias/componentes de refrigeração solar, criando caminhos da ideia à ação em cada mercado promissor.
Fig. 2 – Estrutura de subtarefas da Task 65
- Conceitos (gelo, água, PCM...)
D1: Homepage/publicações D2: Orientação de políticas & modelos de financiamento D3: Diretrizes/roteiros para países do Sunbelt D4: Livros ou livretos D5: Workshops D6: Engajamento de agentes
Armazenamento
Subtarefa D: DISSEMINAÇÃO
Rejeição de calor
C1: Ferramentas e modelos de projeto C2: Banco de dados para avaliação técnica e econômica C3: Mecanismo de avaliação C4: Análises de sensibilidade e de benchmarking
- Economia/tratamento de água - Inovações
Subtarefa C: ANÁLISES & FERRAMENTAS
- Tropical, subtropital, continental,...
B1: Demonstrações em nível de sistemas e componentes B2: Diretrizes de projeto B3: Definição de KPIs B4: Kits de refrigeração solar padronizados B5: Lições aprendidas (técnicas e não técnicas)
Objetivos específicos da subtarefa B
• Fornecer uma base para estudos de mercado de determinados componentes e sistemas de refrigeração solar; • Documentar equipamentos comercialmente disponíveis compatíveis com o fornecimento de eletricidade fotovoltaica, bem como equipamentos de refrigeração termossolares; • Identificar entidades de P&D/fabricantes que trabalham com componentes e sistemas de refrigeração solar e o esperado desenvolvimento tecnológico destes, especialmente de acordo com o ponto-chave dos esforços de adaptação climática; Zonas climáticas do Sunbelt
Subtarefa B: DEMONSTRAÇÃO
• Documentar e mostrar diferentes possibilidades de armazenamento nos lados quente/frio ou em qualquer outro estado; • Avaliar o potencial econômico de adaptação a certos climas e aplicações, especialmente quando se pode simplificar componentes e sistemas; e • Mapear o potencial técnico e econômico da refrigeração solar de edificações/otimização de processos sob diferentes climas e normas nacionais.
Objetivos específicos da Subtarefa A
Tecnologias
A1: Condições climáticas & aplicações A2: Componentes adaptados A3: Sistemas adaptados A4: Potencial de otimização de edifícios e processos A5: Atividades de padronização
As tecnologias existentes/novas precisam ser adaptadas às condições de contorno das regiões do Sunbelt; inovação ao nível de sistemas e casos de demonstração criam exemplos de melhores práticas, que são analisados com um método e banco de dados uniformizados, e se somam ao necessário conjunto de conhecimento para ampliar o alcance das atividades de disseminação do alcance (figura 2).
- FV/TS - Chillers de compressão/sorção - Bombas de calor híbridas/RED(DEC)/...
Subtarefa A: ADAPTAÇÃO
FotoVolt - Outubro - 2021
• Atualizar e transferir procedimentos para medir o desempenho dos sistemas de refrigeração solar e comunicar procedimentos de monitoramento existentes para testes de campo ou projetos de demonstração; • Definir e selecionar os fatores-chave de desempenho técnico e econômico para as diferentes partes interessadas, em todas as fases do projeto; • Documentar a planta de demonstração e seus KPIs técnicos e econômicos; • Analisar possíveis problemas técnicos em sistemas monitorados e criar lições de aprendizado para condições climáticas específicas; e • Relatar exemplos selecionados de melhores práticas da refrigeração solar em países do Sunbelt.
Objetivos específicos da Subtarefa C • Coletar ferramentas de apoio à decisão para análises técnicas, econômicas e financeiras com diferentes níveis de detalhe, desde ferramentas de pré-estudos simples até modelos de simulação dinâmica sofisticados; • Adaptar as ferramentas de análise tecnológica, econômica e financeira para ava-
36
Energias limpas
liar a viabilidade de diferentes opções de refrigeração com um modelo de análise de custo-benefício de ciclo de vida (ACBCV); • Aplicar a estrutura da ACBCV para avaliar estudos de caso e casos de uso das subtarefas A e B, de forma a tirar conclusões e recomendações sobre tecnologias de refrigeração solar, desenvolvimento de mercados e formulação de políticas; • Apoiar as decisões em várias fases de um ciclo de projeto, desde as ideias iniciais e comparação de opções tecnológicas aos cálculos detalhados de graus de investimento, até a otimização da fase de operação com base em estudos de caso e casos de uso das subtarefas A e B; • Analisar os potenciais econômicos e ambientais de conceitos técnicos inovadores segundo as condições de contorno do Sunbelt; • Pré-avaliar a “bancabilidade” dos investimentos em refrigeração solar com KPIs financeiros; e • Analisar e relatar o desempenho técnico e econômico da planta de demonstração e o exemplo de melhor prática selecionado da Subtarefa B.
Objetivos específicos da Subtarefa D • Estabelecer estrutura de comunicação com as partes interessadas; • Divulgar os resultados da tarefa em nível nacional e internacional; • Fornecer ferramentas de comunicação eficientes (brochuras/diretrizes/ roadmaps/livro); • Coletar e estruturar evidências para os formuladores de políticas dos países do Sunbelt; e • Estimular a inovação por meio da comunicação de fragilidades.
Forte envolvimento industrial A Task 65 do IEA SHC visa fortalecer as relações entre o público e os
FotoVolt - Outubro - 2021
agentes dos setores de pesquisa e da indústria, para aumentar a conscientização dos mercados de refrigeração nos países do Sunbelt quanto aos sistemas a energia solar e em estratégias futuras de redução do consumo de energia e de emissões de CO2 em edifícios e processos industriais. Portanto, as tecnologias existentes precisam ser adaptadas às condições de contorno específicas, analisadas e otimizadas em termos de investimento, custo operacional e impacto ambiental, e comparadas em nível unificado com tecnologias de referência com base no custo do ciclo de vida. O forte interesse da indústria e dos negócios é refletido no número de participantes da Task SHC 65 que são representantes de fabricantes de coletores solares térmicos e de chillers de absorção, fornecedores de sistemas, consultorias, desenvolvedores de negócios e escos — no geral, 50% dos 77 especialistas da Task são da indústria e PMEs.
Tendências e perspectivas Uma das principais tendências para os próximos anos é de que chegarão ao mercado mais e mais soluções de sistemas híbridos de todos os tipos na área de refrigeração solar. Eles oferecerão alta redução de CO2 também em faixas de refrigeração de pequena a média capacidade, com boa eficiência econômica. Além disso, na área de sistemas de média temperatura (coletores solares em torno de 160–180 °C) e chillers de absorção de duplo efeito, haverá soluções com melhor eficiência e rentabilidade, pois terão menor campo solar e capacidades mais baixas de rejeição de calor, obtendo uma redução de até 40% do investimento em comparação com sistemas convencionais de refrigeração solar. No entanto, a refrigeração solar ainda é um pequeno nicho de mercado que registrava em 2020 cerca
de 1800 sistemas implantados globalmente. Devido à mudança nos canais de distribuição e vendas B2B dos chillers de absorção, o rastreamento de sistemas acionados por energia solar recém-instalados é difícil e pode apenas ser estimado. Unidades pequenas, com capacidade inferior a 20 kW, estão ficando mais compactas (e, portanto, mais baratas para aquisição) e focadas no mercado de massa. O setor de projetos de médio a grande porte, de 350 kW a 2000 kW, é dominado por sistemas engenheirados. E 70% dos sistemas de refrigeração solar de pequena e média capacidade (<350 kW) em todo o mundo ainda estão instalados na Europa. Consequentemente, o foco em mercados potenciais para tecnologias de refrigeração solar está se tornando cada vez mais importante para que esse mercado deixe este nicho. Portanto, o know-how capitalizado nos países da OCDE (Europa, EUA, Austrália, etc.) em refrigeração solar, tanto térmica quanto fotovoltaica, deve ser adaptado e transferido para países do Sunbelt emergentes, com economias dinâmicas. Por este motivo, novos desenvolvimentos e inovações em sistemas de refrigeração acessíveis, seguros e confiáveis para climas ensolarados e quentes nas regiões do Sunbelt em todo o mundo, como no Brasil, foram iniciados, a exemplo da Task 65 do SHC da IEA [33], para cobrir o segmento de médio a grande porte de refrigeração e ar condicionado, entre 2 kW e 5000 kW. Agradecimentos – Este trabalho recebeu financiamento parcial do Ministério Federal Alemão para Assuntos Econômicos e Energia (BMWi/PtJ) sob o contrato de subvenção nº FKZ 03ETW024B (SorptionTakeOff). Também se reconhece com gratidão o financiamento da participação da Áustria na Task 65 do SHC da IEA (FFG no. 883011) por meio da Agência Austríaca de Promoção da
38
Energias limpas
Pesquisa (FFG), do programa “agência de energia internacional de cooperação em pesquisa” e do Ministério Federal de Ação Climática, Meio Ambiente, Energia, Inovação em Mobilidade e Tecnologia.
Referências [1] OCDE (2017): World Energy Outlook 2017. Paris: OCDE Publishing. Disponível online em https://ebookcentral.proquest.com/lib/ gbv/detail.action?docID=5160837. [2] OCDE/IEA (2018): The Future of Cooling. Oportunidades para ar condicionado com eficiência energética. Publicações da IEA, Agência Internacional de Energia. [3] Jakob, U. (2020): Solar Cooling for Buildings and Processes. Conferência ISES SWC 50. Disponível online em https://www.swc50.org/ webinars/session-4-transforming-heatingand-cooling-sector, última verificação em 22.09.2021. [4] MI IC7 (2021): Comunidade de Inovação em Aquecimento e Refrigeração Acessíveis de Edifícios (IC7). Mission Innovation, última atualização em 22.09.2021, última verificação em http://mission-innovation.net/platform/ innovation-community-ic7/. [5] IEA SHC, T. ExCoC.P. (2009): Plano Estratégico IEA SHC 2009-2013. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Disponível online em http://www.iea-shc.org/Data/Sites/1/ documents/strategicplan/SHC_Strategic_ Plan.pdf, última verificação em 15.01.2018. [6] IEA SHC, T. ExCoC.P. (2014): Programa de Aquecimento e Refrigeração Solar, Plano Estra-
FotoVolt - Outubro - 2021
tégico 2014-2018. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Disponível online em https://www.iea-shc.org/Data/Sites/1/ documents/strategicplan/shc-strategicplan-2014-2018.pdf, última verificação em 09.10.2019. [7] IEA SHC, T. ExCoC.P. (2018): IEA SHC TCP, Plano de Trabalho Estratégico 2019-2024. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Disponível online em https://www. iea-shc.org/Data/Sites/1/media/documents/members-area/shc_tcp-strategic_ plan_2019-2024-final-aug_2018.pdf, última verificação em 09.10.2019. [8] Henning, H.-M. (1999): Ar condicionado com assistência solar de edifícios - IEA SHC Task 25. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Disponível online em http:// Task25.iea-shc.org/, última verificação em 05/02/2018. [9] Henning, Hans-Martin (2006): Task 38 do IEA SHC. Ar condicionado e refrigeração solar. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Alemanha. Disponível online em http://Task38.iea-shc.org/, última verificação em 05/02/2018. [10] Reinholdt, Lars; Moser, H .; Podesser, E.; Mugnier, D.; Schnider, P.; Nunez, T.; Kuehn, A. (2010): Heat Rejection. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. [11] Beccali, M .; Butera, F .; Guanella, R .; Adhikari, R. S. (2003): Simplified models for the performance evaluation of desiccant wheel dehumidification. In: Int. J. Energy Res. 27 (1), S. 17–29. DOI: 10.1002/er.856. [12] Bongos, Constanze; Dalibard, Antoine; Kohlenbach, Paul; Marc, Olivier; Gurruchaga, Ignasi; Tsekouras, Panagiotis (2010): Ferramentas de Simulação para Sistemas de
[13]
[14]
[15]
[16]
[17]
Refrigeração Solar - Comparação para um Sistema Virtual de Água Gelada. In: D. Chwieduk, W. Streicher und W. Weiss (Hg.): Anais da EuroSun 2010 Conference. EuroSun 2010. Graz, Áustria, 28.09.2010 - 01.10.2010. Freiburg, Alemanha: International Solar Energy Society, S. 1-8. Bourdoukan, P .; Wiemken, E .; Kohlenbach, P .; Wurtz, E .; Moser, H .; Morgenstern, A. et al. (2009): Descrição das ferramentas de simulação utilizadas no refrigeração solar. Novos desenvolvimentos em ferramentas e modelos de simulação e sua validação. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Marletta, Luigi; Bongos, C .; Bourdoukan, P .; Evola, G .; Joubert, P .; Moser, H. et al. (2010): Análise de Exergia de Sistemas de Refrigeração Solar. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Napolitano, A .; Sparber, W .; Thür, A .; Finocchiaro, P .; Nocke, B. (2010): Procedimento de monitoramento para sistemas de refrigeração solar, um relatório técnico conjunto das subtarefas A e B. Agência Internacional de Energia, Programa de aquecimento e refrigeração solar, IEA SHC Task 38. Thür, Alexander; Jaehnig, Dagmar; Núñez, Thomas; Wiemken, Edo; Helm, Martin; Mugnier, Daniel et al. (2010): Programa de Monitoramento de Sistemas de Aquecimento e Refrigeração Solar de Pequena Escala no IEA-SHC Task 38 - Procedimento e primeiros resultados. In: D. Chwieduk, W. Streicher und W. Weiss (Hg.): Anais da EuroSun 2010 Conference. EuroSun 2010. Graz, Áustria, 28.09.2010 - 01.10.2010. Freiburg, Alemanha: International Solar Energy Society, S. 1-8. Jaehnig, D .; Thür, A. (2011): Resultados de monitoramento. Task 38 da IEA SHC. Pro-
Energias limpas
FotoVolt - Outubro - 2021
[18]
[19]
[20]
[21]
[22]
grama de aquecimento e refrigeração solar SHC. Preisler, A .; Jaehnig, D .; LeDenn, A .; Jakob, U .; Olsacher, N .; Focke, H. et al. (2011): Diretrizes de instalação, operação e manutenção para sistemas pré-projetados. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Beccali, M .; Cellura, M .; Ardente, F .; Longo, S .; Nocke, B .; Finocchiaro, P. et al. (2010): Avaliação do Ciclo de Vida de Sistemas de Refrigeração Solar. Um relatório técnico da subtarefa D, Atividade D3. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Mugnier, D. (2011): Medidas de Garantia de Qualidade e Suporte para Sistemas de Refrigeração Solar - IEA SHC Task 48. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Disponível online em http://Task48.iea-shc. org/, última verificação em 05.02.2018. Helm, M.; Preisler, A.; Neyer, D.; Thür, A.; Sire, R .; Safarik, M. et al. (2015): Eficiência e adaptabilidade das bombas. Task 48 da IEA SHC. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Calderoni, M. (2015): Estado da arte em novos colectores & caracterização. Task 48 da IEA SHC. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC.
[23] Melograno, P .; Vasta, S .; B., F .; Fedrizzi, R.; Doell, J. (2015): Chiller Characterization. Task 48 da IEA SHC. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. [24] Fedrizzi, R .; Vittoriosi, A .; Romeli, D .; D’Antoni, M .; Fugmann, H .; Nienborg, B. et al. (2014): Sistemas de rejeição de calor para refrigeração solar. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. [25] Menegon, Diego; Fedrizzi, Roberto (2015): Deliverable B1 - Report on system characterization in the laboratory. Task 48 da IEA SHC. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. [26] Neyer, Daniel; Neyer, Jacqueline; Thür, Alexander; Fedrizzi, Roberto; Vittoriosi, Alice (2015): Coleção de critérios para quantificar a qualidade e o custo. Final deliverable. Agência Internacional de Energia. [27] Selke, T .; Frein, A. (2015): Coleção de Boas Práticas para projeto e instalação de RED (DEC). Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. [28] Mugnier, D .; Neyer, D .; White, S. D. (Hg.) (2017b): The Solar Cooling Design Guide - Estudos de caso de um projeto de ar condicionado solar bem-sucedido. Berlim, Alemanha: Wilhelm Ernst & Sohn.
39
[29] Mugnier, D. (2014): New Generation Solar Cooling & Heating Systems (PV or solar thermally driven systems). Task 53 da IEA SHC. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. Disponível online em http:// Task53.iea-shc.org/, última verificação em 15.01.2018. [30] Mugnier, D .; Mopty, A .; Rennhofer, M .; Selke, T. (2017a): O estado da arte da nova geração de produtos disponíveis comercialmente. Programa de aquecimento e refrigeração solar SHC. [31] Neyer, Daniel; Neyer, Jacqueline; Stadler, Katharina; Thür, Alexander (2016): EnergyEconomy-Ecology-Evaluation Tool, T53E4-Tool, Tool Description and introductory Manual. Delliverable C3-1, Task 53 da IEA SHC. Agência Internacional de Energia. [32] Geiger, Rudolf (1954): Klassifikation der Klimate nach W. Köppen. Landolt-Börnstein Zahlenwerte und Funktionen Landolt-Börnstein - Zahlenwerte und Funktionen aus Physik, Chemie, Astronomie, Geophysik und Technik, alte Series. pp. 603-607. Springer. [33] Jakob, U .; Neyer, D .; Vasta, S .; Weiss, W.; Kohlenbach, P. (2020): IEA SHC Task 65. Solar Cooling for the sunbelt region. IEA SHC. Disponível online em https://Task65.iea-shc. org/, última verificação em 22.09.2021.
Os melhores produtos estão disponíveis na Brassunny!
SOBRE NÓS
Somos fornecedora e distribuidora de equipamentos de energia solar fotovoltaica, de marcas nacionais e internacionais, para todo o Brasil.
Matriz: Rua Riachuelo, 2200 - Centro Cascavel/ PR Escritório Comercial: Alameda Rio Negro, 500 - Barueri/ SP (45) 3122-8686 contato@brassunny.com.br www.brassunny.com.br Siga-nos nas redes sociais: @brassunnysolar (instagram, facebook e linkedin)
A Intersolar acontecerá na Expo Center Norte, nos dias 18 a 20 de outubro de 2021. Na edição de 2019 tivemos 1mil visitantes por dia em nosso stand, nossa expectativa para este ano, são de 1.500 visitantes. Lembrando que estamos seguindo todos os protocolos de segurança, para recebê-los em nosso stand.
Expo Center Norte
Visite o nosso stand C3.50 e conheça todas as vantagens de ter um parceiro completo à sua disposição!
Intersolar South América
42
FotoVolt - Outubro - 2021
De volta a SP, a maior feira solar FV da América Latina Clarice Bombana, especial para FotoVolt
Depois do grande hiato causado pela pandemia, acontece de 18 a 20 de outubro, em São Paulo, o evento The Smarter E South America, que congrega a mais importante feira e congresso para o setor solar da América do Sul, a Intersolar South America, além da ees South America, de baterias e sistemas de armazenamento de energia, a Power2Drive, exposição de tecnologias para recarga de VEs e a Eletrotec+EM-Power South America, de instalações elétricas, infraestrutura de energia e gestão energética.
Sistema Interligado Nacional. Neste cenário, a geração solar fotovoltaica acaba de ultrapassar a marca histórica de 10 GW de potência instalada no Brasil, incluindo grandes usinas e sistemas médios e pequenos instalados em telhados, fachadas e solo, o que A última edição da Intersolar, em 2019, recebeu mais de 25 mil visitantes e cerca de 1600 congressistas; mais de 290 empresas expuseram seus produtos eleva as expectativas para o evento. Segundo a Absolar - Associação Brasileira de tos e gerou mais de 292 mil novos Energia Solar Fotovoltaica, desde 2012 empregos, evitando assim a emissão a solar FV já trouxe ao Brasil mais de de 10,7 milhões de toneladas de CO2 R$ 51,3 bilhões em novos investimenna geração de energia.
Divulgação
E
streando um dos primeiros eventos presenciais que acontece no Expo Center Norte em São Paulo este ano, as feiras e os congressos que compõem The Smarter E South America vão apresentar os temas mais relevantes, as tendências e as tecnologias do setor fotovoltaico (FV). Além de especialistas em geração solar, estarão reunidos ao longo dos três dias do evento profissionais de armazenamento e gestão de energia para discutir as questões que nortearão o futuro do mercado de energia — futuro este muito importante e delicado, já que o País enfrenta uma severa crise hídrica, tornando urgentes as discussões sobre o armazenamento de energia e a diversificação da matriz energética. O CMSE Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico reconheceu, em Reunião Extraordinária de maio deste ano, o risco de comprometimento da geração hidrelétrica para atendimento ao SIN -
Intersolar South América
FotoVolt - Outubro - 2021
Promovido e organizado pela Solar Promotion International GmbH, Freiburg Management and Marketing International GmbH (Alemanha) e pela Aranda Eventos & Congressos Ltda, a Intersolar South America é a maior feira e congresso para o setor solar na América Latina, reunindo toda a cadeia produtiva solar fotovoltaica e térmica – tanto de fabricantes quanto de distribuidoras de células e módulos FV, componentes de BdS, rastreadores e aplicações. Empresas globais e nacionais apresentam suas mais novas tecnologias e demonstram novas formas para aumentar faturamento e conservar energia, além de mostrar os avanços do segmento. Além da feira, a Intersolar South America trabalhará em parceria com a Absolar para realizar o maior congresso do setor na América do Sul. É prevista a participarão de autoridades governamentais e entidades, empresas, instituições financeiras e acadêmicas e profissionais do setor. Entre os temas em destaque estão: o marco regulatório brasileiro de geração distribuída, tendências nos mercados de geração centralizada e distribuída, o papel da fonte solar FV na matriz energética brasileira, cases de experiências de campo, estratégias para aumentar a penetração de instalações FV, inovação em modelos de negócios, aplicações inovadoras (como solar flutuante e agrofotovoltaica), normas técnicas e as novidades no mercado e na tecnologia de armazenamento de energia. “Estamos ansiosos por voltar a um dos mercados fotovoltaicos mais dinâmicos e promissores do mundo. Juntamente com nosso parceiro institucional, a Absolar, ofereceremos um congresso de excelente conteúdo com os melhores e mais renomados especialistas do segmento, destacando as últimas tendências e inovações do setor solar FV,” afirma Florian Wessendorf, diretor administrativo da Solar Promotional International.
Rodrigo Sauaia (Absolar): "A energia solar FV vem crescendo exponencialmente na América do Sul onde há um ambiente muito favorável a novos negócios, estimulando investimentos, empregos e a recuperação econômica sustentável da região” Para Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar e presidente da Comissão do Congresso Intersolar South America, esta edição trará uma grande oportunidade de conhecer tomadores de decisão num momento estratégico para o setor elétrico brasileiro. “A participação das fontes renováveis na matriz elétrica nacional será fundamental para solucionar a crise hídrica que o Brasil enfrenta. A energia solar FV vem crescendo exponencialmente na América do Sul onde há um ambiente muito favorável a novos negócios, estimulando investimentos, empregos e a recuperação econômica sustentável da região”, enfatiza.
O potencial do armazenamento de energia O crescimento da geração solar FV vem criando mais oportunidades para empresas focadas no armazenamento de energia. As sessões do congresso que tratarão de armazenamento, na quarta-feira, 20 de outubro, vão explorar o potencial desse recurso – que hoje é tanto relevante quanto definidor de tendências. Serão elas: “Melhores práticas internacionais e nacionais”, “Uma visão sobre as tendências de tecnologia de baterias” e a “Mesa redonda sobre regulamentação e políticas para armazenamento de energia no Brasil”. “Traremos as mais recentes informações sobre tendências
43
na tecnologia de baterias e melhores práticas internacionais, e teremos debates sobre experiências adquiridas em projetos brasileiros, além de abordar questões de regulamentação e políticas relativas ao armazenamento de energia no Brasil”, acrescenta Monica Carpenter, gerente geral da Aranda Eventos. Aliando experiência internacional e local, a Intersolar South America congrega os setores fotovoltaico e termossolar para discutir não só a situação atual, mas também as tendências estratégicas para os mercados FV latino-americanos, as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios, num contexto em que se programa operacionalizar um número crescente de projetos, principalmente de geração distribuída (GD). No geral, a geração distribuída vem impulsionando o mercado brasileiro, especialmente agora pela expectativa em torno da aprovação do marco regulatório da energia solar, que trará segurança jurídica às empresas e investimentos ao País. Desde seu nascimento, em 1991, a Intersolar tornou-se a plataforma industrial mais importante para produtores, fornecedores, distribuidores, prestadores de serviço e parceiros do setor solar.
O futuro promissor da energia solar no Brasil Segundo Marcio Takata, diretor da Greener (consultoria voltada ao mercado de energia solar), a elevação das
Mônica Carpenter: “O evento é um espaço para discutir perspectivas e cenários votados à energia fotovoltaica e ao armazenamento de energia no Brasil. É preciso analisar as medidas que devem ser tomadas para enfrentar a crise de abastecimento de água, que mostra a urgência de se incluir fontes alternativas e formas de armazenamento de energia na matriz energética brasileira”
46
Intersolar South América
The Smarter E tarifas de eletricidade South America ao longo do ano tem, Com suas três feiras inclusive, aumentado paralelas de energia, mais a atratividade dos uma exposição especial, projetos fotovoltaicos em todo o País, mesThe Smarter E South America mo diante do cenário tornou-se o centro da Améride valorização do ca Latina para o novo univerdólar e do aumento so da energia. Em 2019, sua dos preços dos equiúltima edição, a Intersolar Para Marcio Takata (Greener), a pamentos. Em termos elevação das tarifas de eletricidade South America recebeu mais ao longo do ano tem, inclusive, de volume de móde 25 mil visitantes e cerca aumentado a atratividade dos dulos fotovoltaicos, de 1600 congressistas; mais projetos fotovoltaicos em todo o o mercado brasileiro de 290 empresas expuseram País, mesmo diante do cenário de demandou 4,88 GW valorização do dólar e do aumento seus produtos. Com eventos dos preços dos equipamentos no primeiro semestre distribuídos em quatro condeste ano, superando tinentes, a Intersolar contio volume equivalente a todo ano de nua sendo a principal série de feiras 2020. “O Brasil enfrenta uma severa e congressos para o setor solar. “A crise hídrica. Há 91 anos, os níveis de realização deste evento é muito imágua não ficavam tão baixos nos reportante neste momento crítico, conservatórios do Brasil. Nesse cenário, a siderando-se a demanda reprimida fonte solar se posiciona como imporcausada pela ausência de exposições tante alternativa, contribuindo para e congressos por este longo período pandêmico, somada às consequências a redução da dependência de hidreda crise hídrica no cenário de energia, létricas no fornecimento de energia”, que tem levado, entre outras coisas, sublinha Takata. ao alto custo para o consumidor fiO custo realmente tem sido um nal”, pontua Monica Carpenter. fator motivador da expansão da Entre os segmentos em exposição energia solar. “Em apenas cinco anos, no evento, estão: o custo do sistema de energia solar ► Intersolar South America fotovoltaica para o consumidor resi- Células e módulos solares dencial caiu de R$ 35.080,00 para - Componentes FV R$ 19.520,00, uma queda de 44%”, - Sistemas de montagem FV, acessócita Takata, lembrando que redução expressiva também foi observada nos rios de instalação sistemas vendidos para o comércio e - Sistemas de rastreamento FV a indústria. - Tecnologias de produção FV Segundo o diretor, a redução foi - Tecnologias termossolares possível por causa dos serviços atre- Usinas de energia solar ► ees South America lados ao sistema. Ou seja, aspectos como mão de obra de instalação, - Tecnologias de armazenamento de engenharia, marketing, custo de aquienergia sição do cliente e pós-venda ficaram - Componentes e equipamento para mais baixos, o que possibilitou a quesistemas de armazenamento de energia da do preço para o consumidor final. Outro fator relevante é o aumento da - Tecnologias de produção de baterias competição, com a entrada de muitas - Construção de estações e máquinas integradoras, que vem contribuindo - Sistemas de armazenamento de para esse movimento de redução de energia preços. - Mobilidade elétrica (mostra especial
FotoVolt - Outubro - 2021
na Power2Drive South America, com foco em soluções móveis de armazenamento de energia, veículos elétricos e tecnologias para a infraestrutura de carregamento) ► Eletrotec+EM-Power South America - Projeto de estações e sistemas - Gestão de energia/Automação predial - Software de projeto e gestão de edifícios e instalações - Serviços de energia - Engenharia elétrica: componentes e serviços É válido lembrar que o Eletrotec+ EM-Power South America é sucessor do Enie - Encontro Nacional de Instalações Elétricas, promovido durante quase quatro décadas pela Revista Eletricidade Moderna, precursora da FotoVolt. O evento ampliou o escopo e dinamizou o modelo, agregando, como exigem os tempos atuais, novos campos do conhecimento e tecnologias emergentes. Contará, inclusive, com um minicongresso, realizado durante os três dias do evento. Como se sabe, a tecnologia de geração fotovoltaica, a proteção contra raios e as instalações elétricas de baixa tensão passam por contínuas revisões. O Eletrotec oferecerá, inclusive, uma visão panorâmica dos trabalhos de normalização nestas áreas. Estão programados os seguintes painéis, minicursos e workshops: Painéis de normalização • Normas de instalações fotovoltaicas (ABNT NBR 16690 e correlatas) • Normas de proteção contra raios e sobretensões (ABNT NBR 5419 e correlatas) • Normas de instalações elétricas BT (ABNT NBR 5410) Minicursos/Workshops • Aterramento e equipotencialização • Medidas de proteção contra surtos • Instalações de sistemas de carregamento para Veículos Elétricos • Projeto de instalações fotovoltaicas
48
Intersolar South América
FotoVolt - Outubro - 2021
Serviço A organion-line, a zação do meapresenThe Smarter E South America 2021 Promoção: Revista FotoVolt e EM gaevento setação da Data: 18-20 de outubro de 2021 Para mais informações: Aranda Eventos & Congressos Ltda. (SP) guirá todos os carteiriHorário da Feira: 12h-20h. Tel: (11) 3824-5300 — E-mail: info@arandanet.com.br protocolos e nha de Horário do Congresso: 9h-20h Sites dos eventos: www.ThesmarterE.com.br; procedimenvacinação, www.intersolar.net.br; www.ees-southamerica.com; Local: Expo Center Norte tos sanitários o uso de www.empower-southamerica.com.br São Paulo (SP) vigentes, máscaras comprometie a disda em oferecer um ambiente seguro Entre as medidas adotadas estão a ponibilidade de álcool gel por todo o e saudável a todos os participantes. obrigatoriedade de credenciamento evento.
Um recorte dos produtos e soluções da feira Intersolar Os eventos presenciais são essenciais para que o público conheça, analise e questione de perto a variedade de inovações e produtos. Marcas globais e destacadas e empresas locais apresentam nas várias feiras da The smarter E South America suas mais novas tecnologias, além de oferecer possibilidades de aumentar os lucros e atualizar-se sobre os avanços no mercado solar. A organização espera para esta edição 250 expositores e mais de 250 mil visitantes e participantes nos três dias de feira e congresso. Serão utilizados os três pavilhões do Expo Center Norte, com uma área total de 54 mil m2 (o dobro da edição de 2019), suficientes para garantir o distanciamento seguro entre os participantes. Veja aqui uma mostra das soluções, serviços e produtos que serão apresentados na exposição.
Inversores fotovoltaicos O lançamento da BelEnergy na feira são as linhas de inversores BelEnergy Plus e BelEnergy Power, desenvolvidas para atender a demanda diversificada dos consumidores, desde uma pequena residência até uma planta industrial. A série BelEnergy Plus, com potências de 3 a 100 kW e eficiência de 97,7%, é composta por produtos
certificados pelo Inmetro e ABNT e adaptados ao mercado brasileiro. Além de ser compacta e leve, possui uma sobrecarga que varia de 20 a 50%, ampla faixa de tensão de operação e baixa tensão de start com corrente de entrada alta, já adaptada para os novos modelos de módulos de alta potência, tecnologia de comutação de alta frequência e grau de proteção IP65 (proteção contra respingos e poeira). Já a linha de inversores BelEnergy Power (foto abaixo), com potências de 3 a 125 kW, possui maior capacidade de sobrecarga na MPPT, para consumidores que necessitam de mais potência em seus sistemas, variando de 30 a 60% de sobrecarga. Tem eficiência de até 98,5%, ampla faixa de tensão de operação, baixa distorção harmônica (<3%), refrigeração forçada e redundante, compatível com módulos de alta po-
tência e bifaciais, redução de cargas de sobretensão, supressão de corrente e proteção IP65 (proteção contra respingos e poeira). Outros lançamentos são a linha de Microinversores Plus, de 1600 e 2000 W, com eficiência de 96,5%, IP67, 4 MPPTs independentes, monitoramento por módulo e comutação de alta frequência; e os módulos fotovoltaicos half-cell monocristalinos 545 W BelEnergy (foto acima), que contam com células de alta qualidade garantindo um fluxo de corrente mais uniforme, vidros antirreflexo para aprimorar a absorção de luz, propriedades autolimpantes para reduzir a queda de desempenho e resistência contra o PID (Degradação Induzida Potencial), aumentando sua vida útil. www.belEnergy.com.br
Limpeza dos módulos FV A Dualbase, fabricante brasileira de equipamentos hidrometeorológicos, fornece piranômetros, albedômetros e estações solarimétricas. Desde 2020, oferece também serviços de calibração,
50
Intersolar South América
FotoVolt - Outubro - 2021
Energias renováveis
seguindo as recomendações das normas ISO 9847:1992 e ASTM E 824-10. Tendo em vista evitar a redução de geração de energia devido ao acúmulo de sujeira nos módulos solares FV, a empresa lançou o sensor de deposição de sujeira RSensDB-SDS. O equipamento pode ser associado a estações em operação em parques solares e fornece informações ao operador, auxiliando na decisão de quando realizar a limpeza dos painéis, aumentando, assim, a eficiência e reduzindo recursos com ações de higienização desnecessárias. www.dualbase.com.br
Projetos solares Desde 2011, a Araxá Solar atua no setor fotovoltaico brasileiro, tendo em seu portfólio mais de 13 GW em projetos de engenharia e quase 1 GW em projetos solares construídos. Com uma equipe multidisciplinar de especialistas, a empresa atua desde a concepção
até a construção de usinas solares FV através de projetos turnkey para geração distribuída e centralizada, como também oferece soluções de engenharia, que compreendem desde estudos de viabilidade e consultorias especializadas a projetos básicos e executivos. www.araxasolar.com.br
Com foco no crescimento dos contratos PPA - Power Purchase Agreements, a GDSolar apresentará na Intersolar deste ano as suas opções de geração de energia renovável, nas modalidades de geração distribuída para autoconsumo remoto, geração compartilhada para consórcios de energia renovável e também soluções de autoprodução para clientes no Mercado Livre. Entre as novidades, destaque para o projeto especial de Mobilidade Elétrica,
a Helte, trata-se de uma solução completa que oferece uma proposta comercial exclusiva aos integradores para ser repassada ao cliente final. Além disso, a Helius possui uma customização exclusiva para cada integrador, com as cores e elementos da sua própria identidade visual. www.helte.com.br
Inversor FV A Ingeteam vai destacar na exposição o inversor fotovoltaico Ingecon Sun 3Power C Series. Segundo a empresa, o equipamento atinge uma densidade de potência de 477 kVA/m3, uma vez que fornece até 3,7 MVA/1500 V em apenas um Power Stack. Além disso,
composto por carregadores veiculares alimentados por suas usinas solares by GDSolar, atendendo um ciclo completo da cadeia de fornecimento de energia renovável. www.gdsolar.com.br
Plataforma para integradores A Helte apresentará no evento uma nova plataforma para integradores gerarem suas propostas comerciais de forma ágil e intuitiva, fruto da parceria com a Helius, distribuidora de kits geradores fotovoltaicos. Na Helius, os integradores podem realizar um pré-dimensionamento e obter uma cotação diretamente com a Helte, gerando uma análise financeira do investimento necessária para formalizar seu pedido no ato da negociação. Segundo
apresenta unidade de controle que usa processador de sinal digital de última geração. www.ingeteam.com
Consultoria e serviços A Market Solar é uma empresa de consultoria, que atua na pré-venda de soluções em energia solar fotovoltaica e outras fontes sustentáveis desde 2014. Oferece serviços de análises e estudos preliminares de projetos de usina solar, desenvolvimento de toda plataforma de simulação do projeto do cliente e acompanhamento de processos por especialistas junto a empresas instaladoras homologadas. A empresa também fornece serviço de consultoria premium para projetos de energia solar em residência, comércio, indústria e fazenda. www.marketsolar.com.br
52
Intersolar South América
FotoVolt - Outubro - 2021
Módulos FV
Radiação solar
A Mazer Distribuidora apresentará na exposição os principais módulos solares fotovoltaicos das fabricantes chinesas Trina Solar e Longi Solar. O destaque fica por conta do Longi Hi-MO-5, vencedor na categoria “módulos fotovoltaicos” do Intersolar Award 2021. De acordo com a Mazer, o Hi-MO5 é um módulo bifacial de alto desempenho, projetado para grandes parques solares, que traz redução de custos. É produzido com lâminas dopadas com gálio no formato de 182 mm com tecnologia PERC. Os produtos são compostos por semicélulas, vidro duplo e moldura, com garantia de 30 anos. Será exposta a versão de 545 W, com eficiência energética de 21,3%.
A Hukseflux, fabricante de soluções de monitoramento de radiação solar levará à Intersolar seu novo piranômetro, modelo SR30-M2-D1, totalmente digital, indicado para um monitoramento mais preciso de sistemas solares fotovoltaicos, utilizando a tecnologia de ventilação e aquecimento por re-
www.mazer.com.br
Estruturas metálicas A Modular Estruturas apresenta sua linha voltada à fixação de painéis solares. As estruturas metálicas são produzidas em aço galvanizado, garantindo resistência e durabilidade. No modelo de duas linhas, a estrutura é monoposte, o que permite a instalação do dobro de painéis solares fotovoltaicos
em comparação às estruturas de uma linha. De fácil montagem, os produtos podem ser fabricados conforme as especificidades de cada projeto, afirma a empresa. www.modularestruturas.com.br
além de oferecer proteção, conforto térmico e acústico. www.tegula.com.br
Módulo bifacial
circulação (RVH™). Além disso, o SR30-M2-D1 possui sensores internos que mensuram a inclinação do instrumento, umidade interna, temperatura corporal e velocidade do ventilador interno em RPM. Segundo a empresa, o piranômetro não precisa de acessórios externos para receber a classificação Classe A pela IEC 61724-1: 2017. www.huksefluxbrasil.com.br
Telha fotovoltaica A telha fotovoltaica de concreto da Tégula Solar é aprovada e registrada pelo Inmetro desde 2019. Mede 36,5 x 47,5 cm e é composta de concreto, com a incorporação de células fotovoltaicas em sua superfície. Possui potência de 9,16 W, equivalente a uma capacidade média mensal de produção de 1,15 kWh, com vida útil estimada de 20 anos. De acordo com a fabricante, trata-se de um produto de fácil instalação e que não interfere na arquitetura das construções, com peso e estrutura semelhantes aos das telhas convencionais, mas que agrega valor ao telhado,
Dentre os produtos que a Trina Solar apresentará na Intersolar está o NEG21C.20: módulo bifacial (Vertex de 210 mm) de 132 células monocristalinas tipo N e encapsuladas por duas lâminas de vidro, de 2 mm de espessura cada, que proporcionam a proteção contra esforços mecânicos indesejados e penetração de umidade. A dopagem das células monocristalinas tipo N garante uma degradação energética reduzida de 1% no primeiro ano e 0,4% nos anos subsequentes até o final de sua garantia. Este painel solar entrega potências de até 680 W na sua face frontal em condições padrões de temperatura e, dependendo do albedo (coeficiente de reflexão ou quantidade de radiação solar refletida), pode gerar um extra de até 25% de energia por sua face traseira, atingindo potência de até 850 W. A eficiência do módulo, medida somente pela geração da face frontal, chega a 21,9%. Segundo a Trina, trata-se do maior painel fotovoltaico industrializado em escala comercial com as células tipo N. www.trinasolar.com
54
Intersolar South América
FotoVolt - Outubro - 2021
Perfis metálicos
Fixadores para painéis FV
A Isoeste Metálica desenvolve soluções em perfis metálicos de alta resistência para a sustentação de módulos fotovoltaicos. Os kits ofertados permitem a
A Dapco atua no fornecimento de toda linha de fixadores em aço inoxidável, incluindo os acessórios, para o segmento solar fotovoltaico. A empresa mantém uma ampla e diversificada linha de parafusos, porcas, arruelas, rebites e demais produtos em aço inoxidável para aplicação em equipamen-
fixação de diversos tipos de módulos, com angulação ajustável para melhor eficiência energética (5° a 30°), e opções de projeto para todas as faixas de carga de vento. A montagem é simplificada e 100% parafusada. Disponíveis para estrutura de solo (monoposte e carport); opções de projeto para isopletas de 30 a 50 m/s. www.isoestemetalica.com.br
Módulos fotovoltaicos A Axitec apresentará na Intersolar sua mais nova série de módulos solares: a AXIpremium XXL HC. Trata-se de módulos monocristalinos de alto rendimento (até 21% de eficiência), que
www.eletrocgraphics.com.br
Estruturas de fixação
tos de diversas indústrias (energia, química e petroquímica, alimentícia e de bebidas, construção civil, telecomunicações, eletroeletrônica, naval, transportes coletivos, médica e hospitalar e naval). www.dapco.com.br
Software para projetos FV
utilizam a tecnologia de células half-cut de 182 mm. Para garantir o uso flexível em qualquer tipo de instalação, desde sistemas pequenos até usinas fotovoltaicas, a nova linha é composta por três modelos: 1) CA-400MH/108 V400 Wp - 1,72 m × 1,13 m: opção para instalações em telhados; 2) CA-540MH/ 144 V - 540 Wp - 2,28 m × 1,13 m: relação custo/benefício otimizada; CA540MBT/144 V- 540 Wp, bifacial 2,28 m × 1,13 m: módulo indicado para instalações em solo. Os produtos possuem 15 anos de garantia de fabricação e 25 anos de garantia de desempenho, linear, com 85%. www.axitecsolar.com.br
fases; gerenciamento de inversores monofásicos em sistemas bifásicos; atualização da funcionalidade autoconsumo remoto; desenho do layout com entrada dinâmica; representação otimizada dos condutores no layout do sistema; nova modalidade de cálculo para o VPL e TIR considerando financiamento; nova modalidade de cálculo do período de amortização; considerando financiamento; e comparação entre projetos.
Segundo a Electro Graphics, o SOLergo é o primeiro software para projetos de sistemas fotovoltaicos em português, dedicado e adaptado à realidade normativa e fiscal brasileira. Na versão 2021 foram incluídas algumas inovações, no intuito de facilitar o processo de elaboração de projetos fotovoltaicos dentro das características normativas e fiscais brasileiras. Características e habilidades: gerenciamento do sistema bifásico, com neutro central entre as
A empresa 2P Acessórios, fabricante de estruturas de fixação para módulos fotovoltaicos, anuncia o lançamento de sua plataforma on-line na Intersolar, que visa oferecer agilidade e praticidade ao integrador no momento da compra e quantificação das estruturas. O ambiente virtual concentra todas as informações técnicas dos produtos, materiais didáticos e até ferramentas de gestão oferecidas pela 2P. O intuito é criar um ambiente para o cliente visualizar e alterar seus orçamentos quando desejar, sem a necessidade de contatar um vendedor. A empresa dis-
põe de equipe de suporte para sanar quaisquer dúvidas durante o orçamento, mas a ideia é que o projetista consiga calcular a estrutura de seu projeto e realizar a compra do material de forma autônoma. No próprio ambiente on-line poderá ser visto: histórico de orçamentos, de compras, vídeos de instalação, manuais, guias de boas práticas de instalações e outros materiais voltados ao integrador. A plataforma
56
Intersolar South América
ainda será otimizada para que em 2022 seja possível acompanhar o Plano Fidelidade, o qual concede prêmios aos clientes de acordo com a quantidade de projetos adquiridos. www.2pacessorios.com.br
Sistemas fotovoltaicos A Nativa vai expor os produtos da marca Solarborn, que fabrica sistemas fotovoltaicos completos para projetos on-grid e off-grid. A marca oferece módulos solares que possuem alta eficiência e estabilidade de potência, além de baixa emissão de carbono e excelente resistência ao tempo, informa a distribuidora Nativa. Os módulos fotovoltaicos possuem 25 anos de garantia em relação à potência e 12 anos no produto. Este ano, a empresa estará novamente em parceria com a norte-americana QPower trazendo ferramentas, cabos e outros acessórios solares. www.nativalog.com.br
Cabos fotovoltaicos A Poliron fornece cabos especiais para usinas fotovoltaicas, que são customizados de acordo com cada projeto, proporcionando, de acordo com a empresa, alta disponibilidade e facilidade de instalação. A companhia oferece cinco anos de garantia em toda a sua linha
FotoVolt - Outubro - 2021
de produtos; uso diretamente enterrado; protocolo RS-485; controle (0,6/ 1 kV); potência até 1 kV; cabo óptico monomodo e multimodo. A Poliron também apresentará na Intersolar 2021 as soluções de cabeamento para comunicação diretamente enterrados, que não necessitam ser instalados em calhas ou dutos, tornando a instalação mais rápida e com menor custo. www.poliron.com.br
Parafusos para painéis FV A Boltinox fornece kits e componentes (como parafusos, porcas, arruelas) em aço inoxidável para fixação de painéis fotovoltaicos de acordo com a demanda de cada cliente. Segundo a empresa, os parafusos de aço inoxidá-
empresas do segmento fotovoltaico, com vistas a otimizar recursos para o integrador solar. A ferramenta reúne as funcionalidades necessárias para geração de propostas orçamentárias automatizadas, planejamento e gestão interna da empresa, automatização de documentos e projetos técnicos, controle de vendas, administração do marketing e pós-venda. A Inquan conta ainda com uma ferramenta que extrai dados de faturas de energia por reconhecimento de imagem. www.inquan.tech
Franquia de energia solar
vel apresentam maior durabilidade, menor necessidade de manutenção e melhor custo-benefício em relação aos parafusos de aço carbono. Os fixadores de aço inoxidável podem ficar expostos à atmosfera sem risco de corrosão ou desgaste e não estão sujeitos à corrosão galvânica, fenômeno eletroquímico que ocorre quando o aço carbono entra em contato com o alumínio, afirma a fabricante. www.boltinox.com.br
Sistema de gestão de energia A Inquan estará presente no estande da Sonnental (sua parceira) para apresentar uma ferramenta voltada à gestão dos sistemas de energia das
Há 16 anos no mercado de energia, a HCC Energia Solar agora atua na área de franquias de energia solar, onde conta com mais 35 unidades de negócios espalhadas pelo País. Traz como diferencial a personalização do investimento, onde o franqueado pode escolher a categoria de franquia que mais se adequa às suas necessidades, seja
ela home office, pocket ou full. Além da orientação e apoio para adquirir o empreendimento, todo franqueado conta com a assessoria de um time composto por mais de 150 profissionais prestando suporte, desde a mentorias de leads, área comercial e marketing, até o pós-venda. www.hccenergiasolar.com.br
FAÇADA CRI SEHÍ DRI CA UMA OPORTUNI DADEDENEGÓCI O ESEJAUM FRANQUEADO HCC Jáest amosem mai s
de1 4 est ados
l evando
l i ber dade
par ami l har es
decl i ent es com nossa
RededeFr anqui as Com aHCCseunegóci opr osper a! Es t amoshá1 6anosnomer cado i novandoem pr odut osecr i ando mét odosef i cazesquepos s i bi l i t am quenos s osi nt egr ador es per f or mem 3Xmai s.
30%
NG ETI ARK M M KE O MÊS BAC EI ASH M R DEC NO PRI
de % 00 1 ACK B T S E
MÊS NV I EXTO NO S
“
Foi porumas ér i edequal i dadescomo f or mat o, es t r ut ur aei nves t i ment o quemef i zer am acr edi t arquea HCCEner gi aSol aréaempr es a par cei r ai deal par aes t a ” empr ei t ada.
Ni l oMai a, Pr opr i et ár i odaFr anqui aHCCReci f e/ PE
www. hccener gi asol ar . com. br
Est ar emosnaI NTERSOLAR|Vi si t enosnaRuaF.St and1 42
58
Intersolar South América
Projetos de sistemas FV Na busca por inovações e soluções para atender as tendências energéticas, a Handytech criou a Handy Solar em 2019, para oferecer um pacote de
FotoVolt - Outubro - 2021
mas de energias renováveis e produtos para acionamento elétrico. http://pt.hopewind.com
Estruturas de solo O grupo Metal Light, presente no mercado há mais de 30 anos, apresenta a estrutura Solo Premium para fixação de painéis fotovoltaicos. Projetada para resistir a maiores esforços e grandes extensões e suportar ventos de até 180 km/h, a estrutura é produzida em aço
produtos e serviços, que engloba o desenvolvimento de projetos fotovoltaicos, integração de sistemas, venda, instalação e manutenção de sistemas e equipamentos fotovoltaicos on-grid e off-grid. A Handy Solar conta com a parceria de fabricantes mundiais de módulos FV, inversores, string box, estruturas de fixação, cabos e conectores, oferecendo soluções para projetos dos mais variados perfis. www.solar.handytech.com.br
civil 300 e galvanizada a fogo; possui padrões de regulagens de inclinação para atender a irradiação solar em todo País. www.metallightgondolas.com.br
Inversores fotovoltaicos A Shenzhen Hopewind Electric oferece uma gama de inversores fotovoltaicos residenciais, comerciais e industriais. A empresa busca atender o mercado brasileiro, com produtos de 5 a 250 kWp que incluem proteção DPS tipo II para CC e CA, filtro de EMC e 110% de saída para CA. Alguns modelos de inversores suportam módulos com correntes de até 20 A. A Hopewind concentra seus negócios em pesquisas, fabricação de equipamentos, vendas e serviços (operação, gerenciamento e manutenção) de siste-
Módulos FV compactos Nesta edição da Intersolar, a Canadian Solar apresenta várias novidades: suas novas linhas de inversores fotovoltaicos e de módulos fotovoltaicos HiKu 7 e HiKu 6, com células de 182 mm e
210 mm, respectivamente. Destaque ainda para o lançamento Mini HiKu 6 (foto), que visa atender aos clientes residenciais e comerciais que buscam módulos com alta eficiência, acima de 21% e potência superior a 400 W,
proporcionando maior facilidade no transporte e manuseio pelos instaladores, devido ao menor peso e dimensões reduzidas (1,72 m x 1,13 m e 25% mais leves, com apenas 21 kg). www.canadiansolar.com/br
Carregador veicular As novidades da Serrana Solar na Intersolar 2021 ficam por conta do carregador veicular Wallbox e do Driver Bomba Solar. O Wallbox (foto 1) é compacto, moderno, possui cabo de 5 metros com conector tipo 2, display touch screen com as principais informações do carregamento, e pode ser instalado em área externa. Trata-se de uma estação de recarga que responde bem a demandas domésticas ou comerciais, oferecendo carregamento rápido de 11 ou 22 kW, atendendo todos os fabricantes de carros elétricos, informa a empresa. Já o Driver Bomba Solar visa manter o abastecimento de água com painéis fotovoltaicos, sem a necessidade de bateria ou da energia elétrica da concessionária (foto 2). Acoplado diretamente ao motor do poço artesiano ou ao motor do sistema de irrigação, sejam eles submersos ou de superfície, o driver possui partida suave, controle de velocidade do motor, proteções de tensão e temperatura do motor e display LCD frontal destacável, que permite o monitoramento a distância.
60
Intersolar South América
Com potência para atender motores de até 110 cv, pode ser utilizado para o abastecimento de água em residências ou no agronegócio. www.serranasolar.com.br
Módulos fotovoltaicos A chinesa Risen Energy é uma integradora de wafers (lâminas de silício cristalino) a módulos fotovoltaicos e
FotoVolt - Outubro - 2021
reto com furo, chumbadores químicos e mecânicos, além de diversos fixadores desenvolvidos para projetos especiais. Segundo a empresa, toda a linha é produzida em inox AISI 304 e DIN ISO A2 100% passivado, o que oferece resistência a intempéries, garantindo durabilidade maior quanto à corrosão e manutenção a longo prazo. Além dos produtos, a Walsywa oferece suporte técnico e de engenharia. Realiza cálculos e ensaios in loco, e promove treinamentos específicos aos clientes. www.walsywa.com.br
Distribuidora de equipamentos desenvolvedora de sistemas off-grid, além de atuar como investidora em projetos EPC (Engineering, Procurement and Construction) de energia solar fotovoltaica. Entre seus destaques na feira, estão seis tipos de módulos: 400 Wp monofacial; 500 Wp monofacial; 550 bifacial; 600 Wp bifacial; 660 Wp bifacial e 700 Wp.
A Dsoli Distribuidora, que faz parte do Grupo WM, trabalha atualmente com importação e distribuição de equipamentos diversos para o mercado fotovoltaico. A empresa dispõe de uma equipe de especialistas para atender o mercado de forma customizada,
www.risenenergy.com
Fixação de estruturas A Walsywa apresenta a sua linha de produtos para fixação das estruturas de painéis fotovoltaicos, para diversas aplicações. A linha Solar Walsywa compreende soluções de fixação para estruturas de madeira e metálica, contemplando parafusos (sextavado, martelo, telha, francês e allen com cabeça), arruelas lisas e de borracha, porcas sextavadas flangeadas, hastes e conjuntos completos de hastes, suporte
respeitando as especificidades de cada projeto. Além disso, conta com frota própria para maior segurança e eficácia no transporte dos produtos. www.dsoli.com.br
Modelo de negócios A distribuidora de equipamentos Sou Energy apresentará o Sou para Todos, modelo de negócios em energia solar desenvolvido com foco nos revendedores. A iniciativa tem como propósito democratizar o mercado fotovoltaico com a oferta de kits de fácil acesso e instalação e condições de pagamento facilitadas. No Sou para Todos, o consultor oferece soluções que se adequam a
FotoVolt - Outubro - 2021
61
cada projeto específico, levando em conta as necessidades e o orçamento do consumidor. A compra pode ser parcelada em até 12 vezes com utilização de até dois cartões. A empresa também trabalha com o recebimento de um valor de entrada, que pode ser obtida mediante crédito consignado realizado por aposentado ou pensionista e também por meio de antecipação de parcelas de saque aniversário de FGTS de dois ou mais membros da família. A empresa tem forte atuação no Norte/Nordeste, com mais de 6500 revendedores ativos em todo o Brasil. www.souenergy.com.br
Soluções ao integrador A SB Solar chega à Intersolar 2021 com um catálogo mais diversificado em marcas e benefícios, apresentando seu novo programa “Parceria SB e ferramentas digitais para o integrador”, que oferece soluções completas aos integradores, incluindo suporte de engenharia, projeto, homologação junto à concessionária de energia e patrocínio da marca do integrador em redes sociais. Além disso, o integrador também conta com a opção de seguro para os equipamentos e instalação. A empresa está lançando também a nova versão da plataforma de cotação e aplicativo de celular com diversos recursos para facilitar o dia a dia do instalador. www.sbsolar.com.br
Tubos e perfis A voestalpine Meincol é uma multinacional austríaca controlada pelo Grupo
62
Intersolar South América
voestalpine, através da Divisão Metal Forming, especializada em tubos e perfis especiais de aço. A empresa
FotoVolt - Outubro - 2021
R5, de 0,7 a 20 kW (foto). Além do campeão de vendas, a empresa também lançará a linha R6, de 15 a 50 kW, a linha C6, de 75 a 125 kW, e os inversores solares híbridos H2, de 3 a 10 kW. www.saj-electric.com
Módulo FV
conta com um completo mix de produtos, como tubos, perfis, conjuntos soldados, peças processadas a laser e dobras, além de soluções construtivas (telhas e purlins/Terça Z para fechamento e coberturas de galpões). De acordo com a companhia, todos os produtos são fabricados a partir de aços laminados a quente, a frio e galvanizados, seguindo rigorosos padrões de qualidade, que atendem aos mais variados setores do mercado – como agrícola, automotivo, construção civil, moveleiro, fotovoltaico, dentre outros. Para atender ao mercado FV, a voestalpine Meincol oferece aos seus clientes soluções completas e customizadas em tubos e perfis de aço, utilizados na fabricação das estruturas, tanto para trackers (seguidores solares), como para sistemas fixos. www.voestalpine.com/meincol/
Inversores FV A fabricante chinesa de inversores SAJ trará à Intersolar sua linha mais vendida no Brasil: os inversores
A BYD Energy do Brasil, fabricante nacional de módulos fotovoltaicos, com sede em Campinas (SP), visando atender às crescentes demandas do mercado, está ampliando sua capacidade de produção com o lançamento de módulos fotovoltaicos com maior potência nominal. O novo produto é resultado do laboratório de P&D da BYD no Brasil e atinge a potência de 447,3 Wp, com eficiência de 20,55%. O produto conta com tecnologia monofacial, half-cell e múltiplos barramentos, e deve ter sua comercialização liberada para o mercado nos primeiros meses de 2022.
trolar o nível de dependência da rede de distribuição para o abastecimento de energia. Outra novidade que será anunciada é a garantia estendida de dez anos para inversores monofásicos e trifásicos. A empresa também trará as últimas gerações de módulos fotovoltaicos e demais itens que compõem o kit solar. www.elgin.com.br
Proteção contra descargas atmosféricas A Termotécnica Para-raios, por meio da parceira com a multinacional Dehn, oferece soluções de proteção para descargas atmosféricas, que podem causar prejuízos aos sistemas fotovoltaicos. Dentre as soluções ofertadas, estão
www.byd.com.br
Plataforma de e-commerce Durante a feira, a Elgin fará um prélançamento da plataforma de e-commerce, a ser utilizada pelos integradores e instaladores como um canal ágil e otimizado na distribuição de equipamentos fotovoltaicos, incluindo sistemas de proposta on-line, dimensionamento dos kits/geradores e formas de pagamento simplificadas, entre outras funções. Os lançamentos incluem também novos inversores híbridos, que permitem a modelagem de projetos otimizados para consumidores que desejam con-
os captores, materiais para o aterramento e os DPS com alta tecnologia, que protegem as instalações contra incêndios e queima de componentes. A empresa destaca o DEHNcombo, um DPS do tipo I+II para linhas de corrente contínua do sistema FV. Segundo a empresa, seus atributos são testados e aprovados por órgãos certificadores, garantindo maior confiabilidade para evitar a degradação precoce dos equipamentos. www.tel.com.br
Microinversores Durante a feira, a Ecori Energia Solar lançará dois produtos da linha APsystems. Um deles é o DS3D de alta potência (foto ao lado),
Indústria Brasileira
FIXADORES
LAJE
Weingartner & Nunes Estruturas
&
SOLO
NES - REFE NU RÊ
25 ANOS
NO SETOR IA NC
G WEIN ARTN ER
LINHA COMPLETA DE ESTRUTURAS PARA PAINÉIS FOTOVOLTAICOS
CARPORT Acesse nosso site pelo QR CODE
@WNUNESMETALURGICA COMERCIAL@WNUNES.COM.BR
Empréstimo para empresas
@WNUNES.ESTRUTURAS (41)9 9187-0991 (41)3621-4226
64
Intersolar South América
que é a terceira geração dos microinversores monofásicos dual, de 2000 W, 2 MPPT, com a tecnologia MLPE agregada, para quatro módulos. Outras características: design arrojado com maior desempenho técnico; melhor dissipação de calor; e melhor custo benefício. Já o QT2D (foto acima) pertence à segunda geração dos microinversores trifásicos da APsystems, conta com 3600 W, trifásico, 2 MPPT, para 8 módulos. www.ecorienergiasolar.com.br
Mesa para módulos FV Acaba de ser lançada no mercado pela NTCSomar uma linha para usinas FV de solo. Segundo a empresa, a nova mesa para cinco módulos conta com um exclusivo perfil de alumínio, desenvolvido para garantir maior segurança e agilizar a instalação, além de
cavaletes mais robustos para compensar a carga de vento entre os módulos e ainda suportar mais um painel. A ampliação da distância entre os pilares, em decorrência do desenvolvimento de uma terça de alumínio mais robusta, é que permite colocar mais um módulo, tornando a estrutura tecnicamente adequada e econômica, afirma a companhia. www.ntcsomar.com.br
Armazenamento de energia A SolaX Power apresenta uma solução completa de 1 a 150 kW, que inclui o
FotoVolt - Outubro - 2021
reunirá os fornecedores dos kits para instalação de energia fotovoltaica mais procurados no mercado. Lá, o cliente poderá cotar o serviço e garantir o melhor custo-benefício, afirma a empresa. www.landing.solfacil.com.br
mais novo sistema de armazenamento de energia residencial: X1-ESS G4; inversor de string residencial: X1-Mini, X1-Boost, X3-Pro G2; inversor de string comercial: X3-Mega G2, X3-Forth; e por fim, o carregador de VE: X-EVC. É a primeira vez que a SolaX Power apresenta globalmente a linha comercial para telhado, e para usinas em escala comercial, a X3-Forth (foto), que apresenta potências de 80 a 150 kW, 12 MPPT, entrada CC máxima de 16 A, AFCI, DPS classe I, interface de comunicação RS485/PLC, diagnóstico de curva Smart I-V, etc. www.solaxpower.com
Microinversor Com tecnologia de ponta, o microinversor chinês da Hoymiles, comercializado pela Genyx Solar, Power HM-1500, possui sistema de monitoramento via Wi-Fi por módulo, grau de
proteção IP67 para instalação no telhado e benefícios para deixar a instalação do projeto fotovoltaico eficiente. www.genyx.com.br
Financiamento solar A Solfácil, que atua como fintech solar, anuncia novidades na edição 2021 da Intersolar. A primeira é uma nova linha de financiamento rural, que vai atender agricultores, pecuaristas e outros empreendedores do agronegócio. A segunda é a criação de um marketplace para integradores. Adequado à realidade do cliente rural, o financiamento agro oferece prazos de pagamentos mais alongados e taxas de juros inferiores às tradicionais, destaca a empresa. A fintech espera movimentar R$ 150 milhões em financiamentos nos próximos meses de 2021 com a linha agro. Já o marketplace para integradores
Inversores O destaque da Fronius são os recémchegados inversores da linha Tauro, modelos para usinas de grande porte, que, de acordo com a companhia, em caso de reparo, não precisam ser removidos com máquinas pesadas. Sua estrutura permite que a manutenção seja feita com a substituição do mó-
dulo de potência no próprio local. Os inversores Tauro podem ser montados diretamente no telhado ou em espaços abertos para instalações de solo. A linha ainda conta com a tecnologia CA Daisy Chaining, que permite a
66
Intersolar South América
conexão em cadeia dos inversores, interconectando até 200 kW, reduzindo a quantidade de cabos e caixas de distribuição da instalação. Outro diferencial do equipamento é a proteção integrada contra sobretensões, o que elimina a necessidade de componentes adicionais. A linha Tauro também vem equipada com um sistema de refrigeração ativa que, juntamente com a isolação de parede dupla, protege a parte eletrônica contra altas temperaturas, promove alta durabilidade ao equipamento, além de garantir seu alto rendimento mesmo em ambientes com temperatura de até 50°C, tornando-o indicado ao clima tropical brasileiro. www.fronius.com
Clamp universal O mais novo clamp universal Solar Tritec, All in One, patenteado no Brasil, será apresentado durante a mostra. Ele substitui inúmeros clamps finais e intermediários, que variam entre 30 e 40 mm. De acordo com a Solar Tritec, o acessório facilita o dimensionamento da usina FV, traz redução de custo na hora da compra e do armazenamento, redução do estoque e praticidade na instalação. O clamp universal da Solar Tritec também é compatível com a maioria das estruturas comercializadas no mercado brasileiro, e pode ser integrado ou adaptado em outros sistemas de fixação. O produto está disponível a qualquer fabricante de estruturas. www.solartritec.com.br
Instalação de painéis FV A Solar Group apresentará algumas soluções inéditas nessa edição da fei-
FotoVolt - Outubro - 2021
ra. Os destaques são: 1) Triângulo L – nova solução para instalação de sistemas fotovoltaicos em lajes ou, eventualmente, em solos, que oferece uma estrutura resistente com significativa relação custo/benefício; 2) Perfil fibrocimento – solução para instalar painéis solares neste tipo de telhado comum no País; 3) Grampos Smart (foto) – redesenhado de acordo com os feedbacks recebidos do mercado, o novo design mantém as características de qualidade e segurança dos produtos da marca, destaca a fabricante. www.solargroup.com.br
Instalações fotovoltaicas O portfólio da Weidmüller para o mercado fotovoltaico conta com combiner boxes CA e CC, 1000 e 1500 VCC (de 1 a 32 strings), versões desenvolvidas para instalações em plantas flutuantes, caixas de comunicação, além de PV NEXT, um modelo de combiner box baseado em um design pioneiro que utiliza placa de circuito impresso. A companhia oferece ainda para o segmento solar sistemas de monitoramento, protetores contra surtos, bornes porta fusíveis, chaves-seccionadoras, além de ferramentas para instalação, conectores fotovoltaicos WM4 C, e o PV-Stick, um conector com tecnologia inovadora
push-in, onde não é necessário o uso de ferramenta para crimpagem. www.weidmueller.com.br
Soluções para sistemas FV A Sices Solar levará para a feira seu portfólio de produtos, com kits, inversores, bombeamento e placas fotovoltaicas, e mais o time de especialistas de cada área, com destaque para uma grade de palestras. A empresa possui uma plataforma de serviços robusta, com o Projetos Advanced, a Plataforma 2.0 e o atendimento para o Agro. Os técnicos do laboratório, os engenheiros que projetam o turnkey e os profissionais do comercial estarão à disposição para atender os integradores e solucionar dúvidas. Haverá ainda uma série de palestras que vão mesclar conhecimento técnico aos assuntos factuais, como financiamento, seguro, logística, combate a fake news no setor e ações para vender mais e contribuir para a mudança da matriz energética. Como estamos num momento de restrições, a empresa preparou um programa híbrido – presencial e on-line para a Intersolar. www.sicessolar.com.br
Ferramenta multiplataforma A Sollux Engenharia atende clientes em todo território nacional, levando soluções técnicas de engenharia com foco no setor de energia, em especial o fotovoltaico. O principal produto da empresa é a prestação de serviços de elaboração de projeto, consultoria técnica e gestão do ciclo de vida do processo de homologação junto a todas as concessionárias de energia do País. Para isso, utiliza-se de uma ferramenta multiplataforma chamada Datasol, gratuita e desenvolvida para gerenciar todo o processo de negócio dos clientes. Através do Datasol é possível solicitar projetos e homologações, acompanhar todo o ciclo de vida do processo,
68
Intersolar South América
verificar status, previsões, protocolos, vistorias, cadastro de compensação de créditos, além de contato direto com a equipe de engenharia por meio de chat virtual para consultoria técnica. O Datasol conta com um gerador de proposta avançado, que permite fazer análise de risco da configuração do sistema fotovoltaico e gerar proposta editável com relatório financeiro. A plataforma também possui o módulo gestão de clientes com acompanhamento de vendas e métricas relacionadas a esse processo, além de um calendário de eventos virtual, gestão de equipes e compras para orçamentos de kits diretamente com fornecedores. Por fim, a empresa oferece a integração do aplicativo de cotações, o Cota Fácil Solar, para empresas que contratem o serviço para geração de leads. www.solluxengenharia.com.br
Transformadores isoladores A Kimarki Transformadores traz para a feira alguns de seus autotransformadores e transformadores isoladores para atender sistemas solares fotovoltaicos. Características principais: potência até 300 kVA (acima, sob encomenda); tensões dos enrolamentos até 800 V (sob encomenda); tensão de isolamento 4,0 kV; temperatura de trabalho 155°C; enrolamento de alumínio: fios ou chapa de alta pureza (dependendo da potência); fator de absorção de harmônicas: K1 (Padrão outros fatores sob encomenda); chapa de ferro silicioso: grão orientado; caixa de proteção com pintura eletrostática na cor RAL 7032 (outras, sob
FotoVolt - Outubro - 2021
encomenda); terminal de aterramento disponível; blindagem eletrostática sob encomenda (para transformadores isoladores); características conforme normas ABNT NBR 10295 e NBR 5356. www.kimarki.com.br
Distribuição de produtos FV A Artegra Energia Solar é a mais nova marca do Grupo Mater, uma holding que atua na distribuição do mercado da energia, com suas marcas Elétrica PJ e Neblina. A estratégia de atuação conta com uma política comercial voltada aos integradores solares, inclusive oferecendo uma plataforma completa para facilitar o dimensionamento de projetos, orçamentos, consultas, controle de pedidos e a gestão de sua carteira de clientes. A Artegra oferece produtos de marcas renomadas no segmento de energia solar, além de disponibilizar mais de 30 mil itens em estoque de produtos e soluções. Alguns dos parceiros da empresa: 1) Módulos solares da ZN Shine com grafeno; 2) Inversores da Sungrow; 3) Microinversores da Deye; 4) String box da Weidmüller; 5) Soluções diversas de instalação com a Romagnole; 6) Cabos da Prysmian. www.grupomater.com.br
String box A Clamper apresenta um novo conceito de string box com design padronizado em placas de circuito impresso, que, de acordo com a empresa, permite que os instaladores trabalhem de forma rápida e segura, gerando economia de tempo na montagem, haja vista que a tecnologia push-in dispensa crimpagens e uso de ferramentas especiais, minimizando conexões de má qualidade com o torque incorreto – um dos principais ocasionadores de incêndio. A caixa de junção (string box) é equipada com DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos) Clamper Solar
e dispositivos de interrupção e seccionamento do circuito entre o módulo fotovoltaico e o inversor, sendo adequada para uso externo. As principais aplicações são proteção, interrupção e seccionamento de sistemas fotovoltaicos. A Clamper Solar SB foi padronizada nas dimensões 308,3 x 253,3 x 112,5 (CxAxP) e pode ser encontrada nas versões 20A 2E- 1S / 20A 4E-2S / 20A 4E- 2S (4D) / 32A 1E-1S / 32A 2E-2S. Todos os modelos contam com grau de proteção IP 65, proteção DPS Clamper com corrente de descarga máxima @ 8/20 µs – Imáx de 40 kA, kit de instalação e prensa cabos inclusos. www.lojaclamper.com.br
Unidade de monitoramento String A Mi Omega apresentará a série SMU (String Monitoring Unit) - STxx da Kernel Sistemi s.r.l., empresa italiana que atua no mercado de monitoramento de strings. A String Monitor Unit (SMU) é uma placa inteligente que mede os parâmetros principais das strings: corrente, tensão, temperatura e pode ter outras entradas auxiliares e uma porta de comunicação. A SMU é conectada de diferentes maneiras à sala de controle da planta, para que um sistema
70
Intersolar South América
Scada supervisor possa coletar as informações sobre o status da planta e, eventualmente, deixá-la disponível em um sistema em nuvem. www.miomega.com.br
FotoVolt - Outubro - 2021
e capacitados tanto na área comercial quanto no suporte técnico. A empresa trabalha com as principais transportadoras do País para que as entregas sejam feitas no menor prazo possível. www.focoenergia.ind.br
Equipamentos de energia FV A Brassunny fornece e distribui equipamentos de energia solar fotovoltaica de várias marcas, nacionais e internacionais, para todo o Brasil. Conta com ampla linha de módulos e inversores
solares fotovoltaicos e, visando agilidade no atendimento, mantém estoque permanente e pronta entrega. Oferece solução completa para seus credenciados através de canais de atendimentos exclusivos, produtos de alta qualidade e, de acordo com a empresa, preço competitivo, além de uma plataforma digital onde o credenciado pode controlar seus pedidos, gerar orçamentos e dimensionar seus projetos.
cidade de Itajaí, em Santa Catarina, a empresa possui um centro de distribuição, que visa oferecer agilidade no recebimento dos contêineres e na montagem dos geradores. A entrega é realizada por frota própria. www.edeltecsolar.com.br
Inversor para carros elétricos A paranaense Ribeiro Solar apresentará na Intersolar o inversor monofásico para carros elétricos da SolarEdge. Segundo a empresa, o produto é um dos mais modernos do mercado e possui inúmeras vantagens, que vão desde a economia na conta de energia elétrica, passando pela praticidade e facilidade na instalação. O inversor possui ainda um sistema inovador chamado “modo solar boost” que faz com que o carregamento seja 2,5 vezes mais rápido do que os carregadores convencionais, afirma a empresa. Ao adquirir o inversor, tem-se acesso à plataforma de monitoramento (100% on-line, gratuita e que pode ser monitorada por smartphone), pela qual o proprietário poderá acompanhar em tempo real o desempenho do carregamento de até dez carros elétricos. Por esse monitoramento é possível visualizar o rendimento, módulo a módulo, a detecção imediata de falhas e alertas por módulo e string.
Inversores A Cordeiro vai destacar na feira alguns dos equipamentos que distribui, como o inversor trifásico Solis-(75-80) K-5G, que adota 9 desenhos de MPPT para fornecer um esquema de configuração mais flexível com uma menor taxa de impacto ambiental e maior eficiência de geração. A corrente máxima pode ser de 13 A por string; permite 1,5 vezes sobrecarga de CC. Conta com função de varredura curva de I-V inteligente remoto e local. Entre as principais características estão também > 150% de relação CC/CA, compatibilidade com módulos bifaciais,
www.ribeiro.ind.br
www.brassunny.com.br
Componentes fotovoltaicos
Entrega rápida
A Foco Energia é uma distribuidora de componentes fotovoltaicos, localizada na cidade de Maravilha (SC). Está há mais de quatro anos no mercado e trabalha com produtos nacionais e importados, que atendem as normas e exigências das concessionárias em geral. Tem como case de sucesso a linha nacional, que permite o financiamento de sistemas fotovoltaicos através do BNDES Finame. O atendimento é personalizado e a equipe de vendas é formada por profissionais treinados
A Edeltec destaca a garantia da entrega de seus produtos. Instalado na
função SVG noturna, monitorização inteligente de string, varredura de curva IV inteligente, atualização remota de firmware com operação simples e recuperação de PID integrada para melhor desempenho do módulo (opcional), IP66, suporta conexão do tipo “Y” no lado CC, comunicação por linha de energia (PLC) (opcional), entre outros. A empresa também fornece o inversor REFUone 1.6K e 3.3K com um MPP tracker, da alemã Refu, indicado para pequenos sistemas residenciais. Sua carcaça IP65 depende de refrigeração
AGUARDAMOS VOCÊ EM NOSSO ESTANDE NA INTERSOLAR 2021 Venha conhecer nossas novas linhas de estruturas fotovoltaicas: pratic lite e pratic pro
18 a 20 de Outubro Expo Center Norte - São Paulo
C1.50
Fale conosco (44) 3233-8500
Acesse o nosso site www.romagnole.com.br
Nos siga nas redes sociais
72
Intersolar South América
natural para emissões de baixo ruído – portanto, o inversor pode ser instalado em ambientes internos ou externos. Conta com eficiência de até 97,7 % emparelhadas com um rastreamento MPP rápido e eficiente. Todos os conectores são acessíveis externamente. Cada inversor vem com um WiFi Stick para se conectar ao portal de monitoramento REFUlog sem cabeamento adicional. Outras interfaces são RS485, entrada de controle remoto de potência e opções para GPRS ou Ethernet. www.cordeiro.com.br
Módulos solares A JA Solar vai mostrar na Intersolar 2021 os módulos de +590W monofaciais e bifaciais (ambos com ex tarifários), que estarão disponíveis para o mercado nacional a partir de maio de 2022, bem como módulos monofaciais 550W (com ex tarifário) disponíveis
FotoVolt - Outubro - 2021
a partir de fevereiro de 2022. Além disto, será apresentada toda sua linha em produção de módulos de alta performance Deep Blue, composta por monofaciais +535W, +450W e +410W e bifaciais +535W na +455W (ambos bifaciais tem ex tarifários). www.jasolar.com
Trackers A Brametal vai lançar na feira o Bratracker bifileira. Segundo a empresa,
o equipamento comporta, sem necessidade de soldas em campo ou ferramentas especiais, até 124 painéis em retrato (vertical), sendo compatível com diversos tipos de painéis, inclusive os bifaciais. Com um acionamento com motor DC, em conjunto com a utilização de bateria e comunicação wireless (Zigbee), o equipamento não necessita de infraestrutura elétrica para sua instalação em campo. A empresa também apresentará o Brafix, linha de suportes do tipo fixo composta de estruturas que podem ser monopostes, com uma fundação por seção, ou biposte, com duas fundações por seção, e o Bratracker Monofileira, que não necessita de soldas em campo ou ferramentas especiais, comportando até 90 painéis em retrato (vertical), com acionamento de fileiras individuais e independentes. A companhia conta ainda com os suportes tipo seguidor solar Bratracker
Intersolar South América
FotoVolt - Outubro - 2021
Multifileira, que podem movimentar até 600 painéis em retrato (vertical) com um único sistema de acionamento, utilizando diferentes configurações de mesas, sendo o sistema protegido contra surtos de descargas atmosféricas, desde a fonte de alimentação, passando por sinais de controle e comunicação, além de contar com monitoramento remoto via Web Server com software de posicionamento astronômico (SPA) e funcionalidade de proteção automática contra vento extremo via anemômetro. www.brametal.com.br
Estruturas metálicas A SSM Solar do Brasil, empresa do Grupo SSM, vai mostrar na Intersolar o Suporte Extreme para telhado metálico e a linha Perfect, que foca a relação custo benefício, pois não utiliza perfil
na sua composição estrutural e visa atender a demanda de telhados de fibrocimento e metálico. A empresa fornece 30 anos de garantia a suas estruturas metálicas para painéis fotovoltaicos, e afirma cumprir todas as normas técnicas www.ssmsolardobrasil.com.br
Dual clamp Durante a feira Intersolar, a Romagnole vai apresentar sua gama de soluções, que inclui skids, transformadores, cabines e acessórios para geração centra-
73
lizada e distribuída em solo e telhado. Um dos destaques será o dual clamp e as linhas de estruturas Pratic Lite e Pratic Pro. O dual clamp é uma tecnologia exclusiva da Romagnole e pode ser usado tanto nas conexões entre as placas quanto no final das linhas (como mid, ou como end), sendo facilmente ajustado pelo instalador de acordo com o ponto de aplicação, afirma a companhia. Já as estruturas Pratic Lite e Pratic Pro se destacam por contar com perfis mais leves e fixadores para todos os tipos de telhados. Nos projetos de solo, as estruturas podem receber módulos de geração convencional ou bifaciais, em conjuntos com quatro, oito, 12 e até 24 módulos, sendo personalizadas de acordo com as strings. www.romagnole.com.br
FV para VEs
76
FotoVolt - Outubro - 2021
Infraestrutura para recarga de veículos com energia fotovoltaica
Mennekes
Eckhard Wiese, da Mennekes Elektrotechnik GmbH (Alemanha)
A procura por sistemas de recarga de veículos elétricos a partir de geradores fotovoltaicos está em ascensão entre usuários residenciais. O artigo mostra soluções adotadas na Alemanha e permite comparações com a realidade do Brasil.
U
ma motivação essencial para o uso de energia solar FV para recarga de carros elétricos na Alemanha é que depois de 20 anos expira o período de fomento e os geradores fotovoltaicos praticamente deixam de receber incentivos. Portanto, o aumento do autoconsumo em Solução de recarga residencial combinando Sunny Home Manager e Amtron domicílios particulares é interessante, e os veículos elétricos são adequados para este fim. O consumo médio anual de quatro pessoas em uma residência unifamiliar, de acordo com as estatísticas, é Sobretaxa sobre da ordem de 4000 kWh. Isso deixa o autoconsumo 26 000 kWh disponíveis para um veíA sobretaxa da EEG (Lei de Enerculo elétrico. Assumindo um consumo gias Renováveis, sigla em alemão) aproximado de 15 kWh por 100 km, também incide sobre a energia consuresulta uma distância teórica de mais mida do gerador fotovoltaico do próde 170.000 km, que pode ser coberta prio cliente. No entanto, se o sistema com energia solar de um telhado FV FV apresentar potência inferior a 30 livre de incidência da sobretaxa da kWp, e/ou se a energia consumida for EEG. menor que 30 000 kWh no período de O veículo elétrico armazena enerum ano, o cliente está isento da sobregia gerada livre de CO2 enquanto está taxa da EEG sobre autoconsumo. estacionado. Posteriormente, essa
energia pode ser utilizada para rodar com o veículo a qualquer momento. Principalmente, motoristas que em geral percorrem apenas distâncias curtas e cujos veículos tendem a permanecer em casa, podem carregar as baterias nas horas ensolaradas do dia.
Seleção do modo de recarga Os instaladores podem orientar seus clientes na utilização desta opção econômica de recarga. Com um sistema de gerenciamento residencial de energia (HEMS, na sigla em alemão) o cliente tem condições de recarregar seu veículo exclusivamente com energia excedente. A figura 1 mostra a recarga com energia excedente em um dia ensolarado. O gerenciador inicia o processo de recarga às 7h00 e assume o controle. São aplicados 100% de energia excedente. A partir das 9h30,
outubro21 . Imagens ilustrativas
VANTAGENS EXCLUSIVAS INTEGRADOR SERRANA SOLAR
ON GRID, OFF GRID, CARREGADOR WALLBOX E DRIVER BOMBA SOLAR KITS COMPLETOS PARA SUA USINA SOLAR Rod RSC 453, 4380 | Caxias do Sul – RS serranasolar.com.br
serranasolar
(54) 3039 9999 serranaenergia
BAIXE A REVISTA FOTOVOLTAICA Informações completas sobre produtos Serrana Solar
Aponte a câmera do seu celular e CONHEÇA A SERRANA
FV para VEs
FotoVolt - Outubro - 2021
E. Wiese
o veículo limita automaticamente a corrente devido ao alto nível de carga da bateria. Energia excedente é aquela que resta após o gerador FV suprir a demanda da casa. Nessa condição, o veículo é alimentado exclusivamente com energia “verde” do telhado fotovoltaico. Este sempre será o caso quando o veículo permanecer a maior parte do período diurno próximo ao gerador FV, uma vez que não se pode prever exatamente o momento em que a bateria atinge plena carga. Os benefícios da recarga com energia excedente são evidentes. A recarga é executada exatamente com a quantidade de energia correspondente ao excedente. O processo de carga é mais longo, mas o cliente não consome energia da rede de distribuição, e injeta na bateria exclusivamente energia solar, ecologicamente correta. A figura 2 mostra uma recarga com energia excedente num dia de nebulosidade variável. O processo 7000 tem início às 13h15 6000 com 100% de energia fotovoltaica. Às 5000 16h30 a bateria apre4000 senta plena carga. 3000
Fig. 3 – Ajuste do processo de recarga no aplicativo Amtron qualquer momento desativar a função recarga no aplicativo — que permite ainda, com facilidade, combinar o uso de energia solar excedente com o de energia da rede. O processo de recarga passa então a operar de modo que continue sendo aproveitado o máximo de energia fotovoltaica, mas, caso não haja energia suficiente para atingir a potência de carga mínima, a quanti-
Função gerenciamento de energia
2000 1000
06:00
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
15:00
16:00
17:00
18:00
19:00
Horário Geração FV
Amtron em recarga
Fig.1 – Recarga com energia excedente em um dia ensolarado Mennekes
7000 6000
Potência da carga (W)
O controle do processo de recarga é realizado por um aplicativo (figura 3). O usuário faz os ajustes para recarga do veículo com energia excedente do gerador FV de sua residência. Caso o processo se prolongue e o cliente não possa esperar até que o veículo esteja plenamente abastecido, ele pode a
5000 4000 3000 2000 1000 06:00
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
Horário Geração FV
Amtron em recarga
Fig.2 – Recarga com energia excedente em dia de nebulosidade variável
Fig. 4 – Análise do processo de recarga e do balanço energético no aplicativo dade de energia desejada é complementada por energia drenada da rede por um tempo pré-definido. Todos os dados de recarga do veículo são registrados no aplicativo (figura 4).
Mennekes
Potência da carga (W)
Controle do processo
E. Wiese
78
Sistemas de gerenciamento residencial de energia dispõem de múltiplas funções: eles verificam e analisam o consumo de energia e indicam onde ela pode ser economizada. Desse modo, em última instância, esses sistemas promovem um aumento contínuo de 20:00 21:00 22:00 eficiência na geração residencial — somente os custos declinam, não a potência. Há uma diversificada oferta de sistemas de gerenciamento disponível para os usuários. O exemplo mostrado na página 76 é uma solução com o Sunny Home Manager, 20:00 21:00 22:00 da SMA, associado ao sistema de recarga Amtron, da Mennekes. O sistema recebe do
FV para VEs
Instalação e colocação em serviço
Inversor FV Dados gerados pelo controlador do Amtron ou adquiridos do aplicativo
QGBT
c.c.
230/400 Vc.a.
230/400 Vc.a.
WLAN
Gerador FV
Mennekes
gerador FV informações em tempo real sobre a potência da energia solar que está sendo gerada. Simultaneamente, é verificado qual o consumo de energia na casa, para assim obter o valor que normalmente seria injetado na rede de distribuição. Esse valor é transmitido por modulação de largura de pulso (PWM, sigla em inglês) para o veículo, de modo a determinar o limite superior do carregamento. O veículo elétrico é então carregado até esse limite, cabendo notar que este parâmetro pode apresentar variações dinâmicas ao longo de todo o processo de recarga. O investimento em instalações é relativamente pequeno, já que os componentes precisam ser apenas integrados à rede doméstica (figura 5).
FotoVolt - Outubro - 2021
Aplicativo para recarga
O sistema controla a estação de recarga em função do consumo doméstico e da disponibilidade de energia excedente
LAN
Sistema de gerenciamento de energia residencial WLAN
LAN Conexão via internet Portal HEMS opcional
Fig. 5 – Configuração do sistema de recarga com excedente energético Mennekes
80
Referências Normas VDE [1] VDE 0100-722:2019 Errichten von Niederspannungsanlagen - Teil 7-722: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art Stromversorgung von Elektrofahrzeugen
[2] VDE 0105-100/A1 Berichtigung 1:2020-10 - Betrieb von elektrischen Anlagen - Teil 100: Allgemeine Festlegungen; Änderung A1: Wiederkehrende Prüfungen
Equivalentes ABNT, IEC e outras NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. ABNT, 2004 (em revisão); IEC 60364-7-722:2018 – Low-voltage electrical installations - Part 7-722: Requirements for special installations or locations - Supplies for electric vehicles NBR 16384 – Segurança em eletricidade - Recomendações e orientações para trabalho seguro em serviços com eletricidade. ABNT, 2020 (em revisão);
Aqui devem ser observadas as normas VDE 0100-722 NR 10 – Segurança em instalações e [1], VDE 0105-100 [2] e VDE serviços em eletricidade. MTE, 2004. 0122-1 [3], que requerem a [3] DIN EN IEC 61980-1 VDE utilização de instrumentos 0122-10-1:2021-09 - Kontaktlose IEC 61980-1:2020 – Electric vehicle de medição, bem como de Energieübertragungssysteme wireless power transfer (WPT) systems (WPT) für Elektrofahrzeuge Teil 1: - Part 1: General requirements um simulador para ensaio Fig. 6 – Dispositivo para simulação do processo Allgemeine Anforderungen de recarga do processo de recarga (figura 6). Os seguintes engias renováveis — sejam estaduais ou saios devem ser efetuados: nos ensaios anteriormente listados); e federais — são considerados na análise, • Ensaio do processo de recarga con• Medição do campo girante à direita. a realização de um bom contrato é soante VDE 0122-1 (Status A a E); praticamente certa. • Continuidade e resistência ôhmica Conclusão do condutor de proteção; • Resistência de isolamento do conduA análise das condições locais tor de proteção contra os condutores peculiares às instalações de cada conArtigo publicado originalmente na revista alemã neutro e fase; sumidor é sempre valiosa. Um bom “de” – das Elektrohandwerk, edição 08/2021. • Teste do dispositivo de proteção a aconselhamento do cliente por parte do Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. corrente diferencial-residual (DR); instalador, sobre a recarga de veículos www.elektro.net. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes. • Impedância da fonte (a medição da elétricos mediante geradores fotovoltairesistência do laço de falta pode ser cos, abre uma oportunidade de negódispensada se a instalação for aprovada cios. E quando os incentivos para ener-
Custo-benefício
82
FotoVolt - Outubro - 2021
Avaliação da competitividade econômica de soluções BIPV
fotos: Viridén+Partners (à esq.) e Sunovation
Philippe Macé e Elina Bosch, do Instituto Becquerel (Bélgica)
BIPV é uma solução complexa devido à sua dupla funcionalidade de elemento de construção e gerador de eletricidade. Portanto, a avaliação de sua competitividade deve ser feita em diferentes níveis, considerando receitas vinculadas à produção, à venda e ao autoconsumo de energia. Este artigo aborda um método para avaliar a singularidade e o valor agregado do BIPV, e estimar a atratividade econômica sob vários modelos de negócios.
O
s elementos fotovoltaicos integrados à construção (BIPV, na sigla em inglês) têm sido uma das principais contribuições do setor fotovoltaico para reduzir a pegada de carbono de edifícios residenciais, comerciais e industriais [1–5], haja vista que o setor de edificações e construções é responsável por 36% do uso final de energia no mundo [6]. O segmento de BIPV, porém, ainda se encontra na “infância”, com muitos fabricantes de produtos, pequenos volumes de encomendas e pouca informação sobre tamanho de mercado e possíveis desenvolvimentos. Além disso, instalações arquitetônicas específicas e restritas tornam o BIPV um nicho tanto do setor fotovoltaico quanto da construção civil, contribuindo para criar uma imagem distorcida, com carência de informações pertinentes. Os produtos BIPV existem há anos, mas poucos estudos identificaram a
Fachadas BIPV na Europa: avaliação holística mostra que competitividade depende dos preços compensáveis da eletricidade, dos subsídios existentes em cada país e dos perfis de consumo
real atratividade desses componentes e suas perspectivas de desenvolvimento de mercado. Como é uma solução inovadora, que combina as características de material de construção e de unidade de geração elétrica, pode ser difícil avaliar o valor do BIPV. Neste contexto, este artigo fornece uma abordagem metodológica que permite avaliar a singularidade do BIPV e seu valor agregado, e ainda estimar a atratividade econômica de uma ampla gama de soluções BIPV nos principais mercados, sob vários
modelos de negócios (de medição e faturamento de energia). Por fim, com base na metodologia desenvolvida, outro objetivo é fornecer metas quantificadas de custos a serem atingidas pelo segmento para ser competitivo, bem como uma visão dos fatores a serem alavancados prioritariamente para alcançar tais propósitos.
Casos de referência e parâmetros principais Para permitir uma análise robusta e representativa da realidade do mercado, foram definidos 11 casos de
84
Custo-benefício
FotoVolt - Outubro - 2021
referência com base em dados coletados, os quais foram projetados a partir de casos BIPV existentes e cobrem diversas soluções, tipologias de construção e áreas de aplicação [7]. Para coletar os dados necessários sobre custos, foi enviada uma pesquisa aos instaladores e fabricantes europeus de elementos e sistemas de montagem BIPV, contendo, entre outras, questões sobre eficiência (se aplicável) e custos dos elementos BIPV, custo total de instalação em função do tamanho do sistema e detalhes sobre as várias fontes de custos. Essas informações recebidas foram cruzadas com dados e experiência dos parceiros do projeto BIPV BOOST H2020 [N. da R.: BIPV BOOST é uma ação de inovação em nível europeu, financiada no âmbito do programa Horizonte 2020. O projeto, lançado em outubro de 2018, visa reduzir os custos das soluções fotovoltaicas integradas a edifícios (BIPV) ao longo da cadeia de valor].
sistemas BIPV serão operados; e d é a taxa de desconto (neste caso, o custo médio ponderado de capital). As receitas de energia podem resultar de diferentes mecanismos. Os mais diretos são as economias na conta de energia permitidas pela instalação de um sistema BIPV. O valor dessas economias para cada ano é calculado apenas na parte compensável do preço de varejo da eletricidade. Os preços de varejo são na verdade compostos pelo custo da energia, custo de uso da rede (transmissão e distribuição), bem como por impostos e taxas. Cada um desses itens, e consequentemente o total da conta de energia, é composto por uma parte fixa e outra variável (proporcional aos kWh consumidos). Portanto, a economia na conta de energia em função do consumo próprio só é possível sobre a parte variável (ou compensável) do preço de varejo. A proporção de cada
sistemas BIPV em sua vida operacional (custo e receitas totais de propriedade), a fim de avaliar se o investimento é financeiramente atraente.
Receitas Primeiramente, é estimado o valor presente das receitas, que podem ser de diferentes naturezas. De fato, podem ser obtidos subsídios ou incentivos indiretos, além das receitas provenientes da geração de eletricidade das soluções BIPV. Isso pode ser resumido da seguinte forma:
onde Incentivosn é o montante total, em euros (€), recebido no ano n a título de incentivo; Receitas de energian é o valor, em €, obtido em função da energia gerada (através da economia na fatura de energia e do excedente injetado na rede); N é o número teórico total de períodos em que os
Edifício de escritório (fachada)
OB_a Parede-cortina a-Si semitranspa270 OB_b Mono c-Si rente
Edifício industrial IB_IC (telhado) (IB_ID) *Números arredondados
Telhado metálico
CIGS
Custo total usuário final (exc. VAT) (€/m2)
8 35°/180° 1,8%; 0,5% 208
Taxa de degradação (ano 1, ano 1+)
159
1,8%; 0,45%
Taxa de autoconsumo
Sistema SFH_b montado no Multi C-Si 50 telhado Solução sob SFH_c CIGS medida Mono c-Si Residência multi300 MFH (IBC) familiar (fachada) EB_a CIGS Edifício 470 educacional Fachada EB_b Mono c-Si (fachada) ventilada CB_a CIGS Edifício comercial 250 (fachada) CB_b Mono c-Si
6
Custo O&M (€/kW por ano) Custo de material de construção alternativo (€/m2) Faixa de consumo de eletricidade
Residência unifamiliar (telhado)
123
Inclinação, azimute
Mono c-Si
Capacidade instalada (kWp)
Telhas FV
Densidade de potência da superfície do sistema (wp/m2)*
Tecnologia FV
SFH_a
Superfície disponível (m2)
Tipo de sistema
Neste artigo, a competitividade do BIPV é definida como uma avaliação holística de custos, economias e receitas. Conforme será detalhado a seguir, essa análise não é centrada exclusivamente no ponto de vista da geração de energia elétrica, mas também sob a perspectiva do custo dos materiais de construção, aos quais se agregam as receitas de energia elétrica. Tal abordagem parte da ideia de que o BIPV deve ser considerado um material de construção antes de uma fonte de geração de energia elétrica. Mais precisamente, consiste em uma análise dos fluxos de caixa gerados pelo projeto, permitindo obter uma estimativa de todos os custos e receitas associados aos
Descrição
Avaliação de competitividade de custo
Caso de referência
Tab. I – Lista de casos de referência
45
30%
332
2 133
7
154 46 133 62 146 69 133 33 146 37 25
7
94
25
1400 129 180
DC
0,7%; 0,7% 249 90°; 1%; 0,25% 90° + 270° 0,7%; 0,7% 90°; 180° 1,8%; 0,45% 0,7%; 0,7% 90°; 270° + 180° + 90° 1,8%; 0,45% 1%; 1% 90°; 180° 1,8%; 0,45% 0°
684
60%
412 80
462
IA
70%
IB
90%
IA
70%
412 462
5
652 150
797
0,7%; 0,7% 350
2
25
IC (ID) 90%
86
Custo-benefício
parte varia de um país para outro e de uma faixa de consumo para outra. Assim, foi realizada uma análise detalhada da estrutura dos preços de varejo da eletricidade para cada país aqui considerado e por tipo de consumidor (residencial ou não). A eletricidade injetada da rede pode ser valorada de forma diferente em função da regulamentação em vigor ou do modelo de negócio aplicado. Na maioria dos países, há o benefício de uma tarifa feed-in ou de um preço de recompra preferencial. Como alternativa, a energia pode simplesmente ser valorada de acordo com o preço do mercado atacadista de energia.
Custos O valor presente de todos os custos vinculados ao sistema BIPV em sua vida útil pode ser estimado e resumido da seguinte forma:
onde Capex é o custo total do usuário final do sistema BIPV; Opex0 são os gastos operacionais definidos no momento do comissionamento do sistema; i é a taxa de inflação anual
FotoVolt - Outubro - 2021
estimada; outros custosn reúne Custo total para Custos fixos usuário final possíveis taxas ou impostos Custos extras do BIPV (€/m²) aplicáveis relacionados à instalação e operação do sistema Instalação e BIPV; Tc é a taxa média de desenvolvimento imposto corporativo; DEPn é Sistema de montagem o valor da depreciação regisBoS trada na contabilidade no ano (cabeamento, inversor...) n; N é o número teórico total Módulo BIPV de períodos em que os sistemas BIPV serão operados; e WACCnom é a taxa de desconCusto total para usuário final Custo extra to (aqui, o custo de capital Fig. 1 – Determinação do custo extra, a partir da avaliação da funcionamédio ponderado nominal). lidade para o edifício, dos casos de referência de BIPV residencial Note que, no caso de um sistema residencial, não são consideradespesas associadas a uma solução das no cálculo depreciação nem taxa convencional para a envolvente do edifício. Além disso, essas despesas de imposto corporativo. existem em qualquer caso e podem Abordagem de custo extra ser consideradas um custo fixo. Conforme explicado, a avaliação O custo extra é determinado peda competitividade econômica das las seguintes etapas: (1) divisão do soluções BIPV visa ser holística, concusto do usuário final do BIPV em siderando tanto o ponto de vista da diferentes itens de custo; e (2) detergeração de eletricidade quanto o do minação, para cada item de custo, material de construção. Para este seda parcela atribuída à parte ativa do gundo aspecto, é adotada uma “aborBIPV. A divisão entre custos fixo e dagem de custo extra”, que considera extra é direta para alguns itens de na avaliação da competitividade a custo, como projeto elétrico, instalaparcela do custo para o usuário final ção elétrica, inversor ou cabeamento, referente à parte ativa do BIPV. A que são 100% atribuídos à parte ativa ideia subjacente é que a instalação de do BIPV. Itens de custo como planejaum sistema BIPV torna redundantes mento ou transporte são presumidos
EM KIT SOLAR MONOFÁSICO
88
Custo-benefício
os mesmos que seriam sem que se usasse BIPV; são, portanto, considerados custos fixos. Por fim, alguns custos estão parcialmente associados às funções de constituinte do edifício e às de geração de eletricidade. É o caso do custo dos elementos BIPV e dos de certificação e licenciamento, de planejamento ou os administrativos e judiciais, que são influenciados por ambas as funções. O procedimento para esses custos “parcialmente extras” é assumir que a parcela relativa à função de geração de energia é de 50%, já que dificilmente haveria um desdobramento mais preciso, exceto no caso do elemento BIPV. Nesse caso, para determinar a parte fixa do custo, é usado um proxy, definido como o valor (custo) de componentes de construção tradicionais concorrentes. Para considerar um proxy relevante, é importante levar em conta um componente de construção que tenha, tanto quanto possível, características semelhantes em termos de estética, qualidade e contribuição funcional para a envolvente do edifício. No geral, essa abordagem também pode ser vista como uma forma de valorar a funcionalidade do BIPV como um componente de construção. De fato, pode-se considerar que esse custo de compensação da solução de envolvente predial convencional substituída pelo sistema BIPV é fonte de receitas, alcançada no período 0, no momento da instalação do sistema.
FotoVolt - Outubro - 2021
descontando-se todos esses fluxos de caixa livres de volta para o ano inicial: de investimento:
onde Fluxo de caixa livren do projeto BIPV vai para o investidor (o qual presume-se que se beneficie das receitas de eletricidade) no ano n. Além disso, I é o investimento inicial, que, sob a abordagem de custo extra, é igual ao custo total do usuário final vezes a parcela estimada desses custos devido à característica ativa do BIPV. Por fim, a competitividade do projeto BIPV, expressa em €2020/m2, é obtida dividindo o VPL do projeto pela superfície ocupada pelo sistema BIPV. Essa métrica abrangente e simplificada pode facilitar os processos de tomada de decisão. Se o resultado é positivo, significa que o projeto BIPV é economicamente atrativo, pois seu proprietário/usuário ganha dinheiro a cada m2 instalado. Se esse número for negativo, investir no sistema não é economicamente atraente, pois custará mais dinheiro do que os ganhos durante a vida útil. Em outras palavras, essa métrica holística de competitividade pode ajudar a responder se vale a pena investir nesse material de construção “ativo” em comparação com uma solução convencional de envelope de construção.
Cálculo de competitividade
Taxa de desconto para sistemas BIPV
Para estimar a competitividade de um sistema BIPV, todos os fluxos de caixa positivos e negativos são simulados, em base anual, e depois resumidos em uma demonstração de resultados, que permite quantificar posteriormente os “fluxos de caixa livres” anuais por meio da demonstração de fluxo de caixa. Com base nos fluxos de caixa livres, o valor presente líquido do projeto BIPV é calculado,
No caso de os sistemas BIPV serem instalados em edifícios residenciais, é aplicada uma taxa de desconto de 2%. Já quando o investimento é feito por uma empresa, como nos casos de referência de edifícios educacionais, de escritórios e comerciais, a abordagem é um pouco mais complexa. O custo da dívida é estimado em 3%, em média, para todos os países considerados. O custo de capital é estimado
por aproximação ao risco do ativo de um sistema BIPV. Essa aproximação é obtida pela média do risco de ativo típico considerado para ativos imobiliários e de ativos de energia renovável na Europa Ocidental. A partir desse risco de ativos, o custo de capital não alavancado é calculado para cada país, usando o modelo de precificação de ativos de capital. Além disso, a relação de dívida D/D+E é estimada em 0,5, para todos os países. Finalmente, a WACC é calculada usando a seguinte equação:
onde 𝐷 é o montante de dívida usado; 𝑟𝐷 é o custo da dívida; 𝑇𝑐 é a taxa média de imposto sobre as empresas, específica para cada país; 𝐸 é a quantidade de capital próprio empregada; e 𝑟𝐴 é o custo de capital não alavancado. A tabela II mostra a WACC nominal calculado por país. Tab. II – WACC nominal estimado por país para BIPV WACC (nom) (%)
BE
5,3
SÇ
5,1
AL
4,9
FR
5,2
IT
7,4
HL
5,2
ES
6,0
Resultados de competitividade Para cada um dos sete países estudados, foi testado o modelo de negócios (medição e faturamento de energia) aplicado no final de 2019, de acordo com a regulamentação local, para um segmento específico da capacidade nominal instalada. No caso de mais de um modelo de negócios ser aplicável, o que produz os melhores resultados é exibido nos gráficos. É utilizado um indicador adicional para a competitividade, apresentado na seção anterior: a taxa interna de
Custo-benefício % IRR SFHa SFHb SFHc
300 250
Competitividade [€ 2020/m²]
modificada, quando o limite de competitividade é atingido, a “MIRR projeto” associada é significativamente maior do que a taxa de desconto nominal de 2% considerada. Um estudo sobre um sistema BIPV residencial para um edifício multifamiliar, ou seja, revestiTab. III – Abreviações dos modelos de medição/faturamento mento de fachada com Abreviação Significado isolamento e à base FIT Tarifa feed-in de mono c-Si (células solares de contatos FIP Feed-in premium posteriores “interdiGC Certificado Verde gitados”), resulta em MP Mercado premium valores de competitiNB Net billing vidade global muito NM Net metering baixos (figura 3). P Premium Nos casos dos ediSDE Contribuição SDE fícios educacionais de W Preço de mercado de atacado referência (figura 4), As três diferentes tecnologias para com exceção da Bélgica, telhados BIPV residenciais (telhas o limiar de competitivisolares de mono c-Si (SFH_a), sistema dade nunca é atingido. de montagem em telhado (SFH_b) Na verdade, o sistema de e solução BIPV sob medida baseada Certificados Verdes (GC, em CIGS (SHF_c)) mostram padrões sigla em inglês) na Bélde competitividade semelhantes engica oferece uma remutre os países, com valores próximos neração muito lucrativa ou acima do limiar (ver figura 2). Os que adiciona um valor de maiores valores de competitividafeedback já relativamente de são alcançados pelo SFH_b em elevado, ao preço de todos os sete países. O esquema de mercado atacadista, em net billing (faturamento líquido) na comparação com outros Itália e, em menor grau, o net metering países. Além disso, para (medição líquida) na Bélgica e na edifícios de ensino, a faiHolanda, geram a maior competitixa de consumo considevidade. Valores satisfatórios de comrada (IA) permite ainda petitividade também são alcançados uma economia generosa na Alemanha, França e Suíça sob os na fatura de eletricidade, modelos de negócios tarifas premium especialmente porque, e feed-in. Na Espanha, embora a enerneste caso, considera-se gia injetada só possa ser valorada uma taxa de autoconsuaté ao preço da energia no mercado mo de 70% (vide tabela atacadista, as condições de irradiação I). O net metering na solar vantajosas permitem resultados Itália, o feed-in premium atrativos para os sistemas de telhado. na Suíça ou o modelo de Quanto à taxa de interna de retorno preços de mercado ata-
200
8% 7%
150 6% 100
-100
5%
6%
5%
5%
5%
5%
4%
4%
4%
50 0
7%
6%
5%
3% 3%
-50
3%
2%
2%
3%
NM
FIP
MP
FIT
NB
NM
W
BE
SÇ
AL
FR
IT
HL
ES
Fig. 2 – Resultados de competitividade para três sistemas BIPV de telhado residenciais % IRR MFH
100 0
Competitividade [€ 2020/m²]
retorno modificada (MIRR, na sigla em inglês) do projeto. Este valor pode então ser comparado à taxa de desconto usada em cada caso para apoiar ou dar nuances aos resultados de competitividade. Para vários casos de referência, os tempos de retorno do investimento também são fornecidos. A tabela III apresenta um resumo das abreviações dos modelos de negócios (usadas nas figuras 2 a 7).
FotoVolt - Outubro - 2021
-100 -200
0%
-300
1%
- 2% - 1%
- 1%
-400 - 4%
- 4% -500
NM
FIP
MP
FIT
NB
GC
W
BE
SÇ
AL
FR
IT
HL
ES
Fig. 3 – Resultados de competitividade para sistema BIPV de revestimento de fachada residencial 250
% IRR EBa EBb
200
150 7%
Competitividade [€ 2020/m²]
90
7%
100 50 0 -50
7% 7%
4%
4%
5%
-100 -150
1% 1%
-200 -250
0%
0%
0%
4%
0%
GC
FIP
MP
FIT
NB
SDE
W
BE
SÇ
AL
FR
IT
HL
ES
Fig. 4 – Resultados de competitividade para os dois casos de referência de edifícios educacionais
Custo-benefício economia na conta de energia, mesmo com a taxa de autoconsumo fixada em 90%. De fato, resultados ligeiramente melhores podem ser observados quando a faixa de consumo é IC. Além disso, a elevada taxa considerada de autoconsumo (90%) implica que apenas uma pequena quantidade de eletricidade é enviada para a rede. Portanto, não é possível aproveitar plenamente as vantagens dos esquemas de remuneração de energia potencialmente atraentes. Na Alemanha, o limite de capacidade 150 de 100 kW que dá direito a uma tarifa feed-in é 50 atingido para este caso de referência estudado (com -50 capacidade instalada de 180 kWp).
Conclusões Por sua multifuncionalidade, a competitividade do BIPV pode e deve ser estudada em vários aspectos. Do ponto de vista de custo de componente ou sistema, os produtos BIPV, exceto os mais competitivos, dificilmente podem competir com as soluções de envelope de construção convencionais. A avaliação holística da competitividade do BIPV mostra que ela depende muito dos preços compensáveis da eletricidade no varejo e dos esquemas de subsídio existentes em cada país. Também está intimamente ligada aos perfis de consumo dos investidores. Na Bélgica, por exemplo, quando o modelo de negócios baseado em “certificado verde” é considerado para edifícios comerciais, ou na Itália,
Competitividade [€ 2020/m²]
cadista na Espanha estão próximos de atingir o limiar de competitividade. Na verdade, todos os três países têm preços de eletricidade compensáveis bastante elevados, permitindo assim uma economia vantajosa na conta de energia. Os resultados de competitividade para paredes semitransparentes baseadas em tecnologias fotovoltaicas a-Si e mono c-Si em um prédio de escritórios despencaram para valores entre -150 e -450 €/m2 (figura 5), e os tempos de retorno do investimento são sempre maiores do que a vida útil do sistema. Valores particularmente baixos são alcançados para o caso de referência OB_a, baseado em a-Si, ao qual se aplicam valores de eficiência muito baixos. Nos casos de referência de edifícios comerciais (figura 6), existem muitas semelhanças com os de edifícios educacionais (figura 4), sendo a Bélgica o único caso economicamente atraente. No entanto, como a faixa de consumo de eletricidade considerada aqui é IB, aplicam-se preços menores de eletricidade no varejo, diminuindo assim a economia na conta de energia. Essa diferença entre as faixas de consumo IA e IB é particularmente notável na Espanha, uma vez que os preços varejistas da eletricidade caem 100% de uma faixa para outra. O caso de referência focado em um edifício industrial (figura 7) é baseado em uma aplicação de telhado BIPV, o que permite maiores rendimentos, menores custos e, portanto, melhores resultados de competitividade do que nos outros casos de referência de BIPV não residenciais baseados em aplicações de fachada. No entanto, dois fatores principais levam a resultados atenuados. Em primeiro lugar, assume-se que o ocupante do edifício é um grande consumidor; portanto, os preços de varejo da eletricidade estão na faixa de consumo IC ou ID, que são bastante baixos, limitando a
FotoVolt - Outubro - 2021
quando o esquema de faturamento líquido se aplica a casos residenciais, valores de competitividade positivos são alcançados. Ao contrário, nos demais países estudados, uma combinação de fatores desfavoráveis (condições de baixa irradiação, baixos preços compensáveis de varejo), como nos Países Baixos, faz com que o limiar de competitividade raramente seja alcançado. Sistemas BIPV de telhado integrados a habitações residenciais já % IRR OBa OBb
-150
4% -250 2% -350
4%
0%
- 7%
1%
-450 -550
-4%
-3%
-5%
GC
FIP
MP
FIT
NB
SDE
W
BE
SÇ
AL
FR
IT
HL
ES
Fig. 5 – Resultados de competitividade para os dois casos de referência de edifícios de escritórios 200
% IRR CBa CBb
7%
150 7%
Competitividade [€ 2020/m²]
92
100 50 0 -50
4% 5% 6% 6%
-100 -150
0%
-200 -250
3% 4%
1%
0%
-1% -1%
0%
GC
FIP
MP
FIT
NB
SDE
W
BE
SÇ
AL
FR
IT
HL
ES
Fig. 6 – Resultados de competitividade para os dois casos de referência de edifícios comerciais
Custo-benefício
94
FotoVolt - Outubro - 2021
A introdução de modelos de negócios 8% 8% 250 inovadores, aumentando as possibilida200 des de valoração da 150 eletricidade FV (por 100 exemplo, ao se per6% 50 mitir vender eletrici5% 0 dade a vizinhos ou 7% -50 aumentar o autocon7% 5% sumo ao reduzir o -100 4% 3% 3% 2% descompasso entre o 2% -150 2% 2% consumo e a produção -200 de eletricidade), tamGC FIP MP FIT NB SDE W bém contribuirá para BE SÇ AL FR IT HL ES elevar a competitiviFig. 7 – Resultados de competitividade para os dois casos de referência de edifícios dade. industriais Por fim, a imagem de sustentabilidade podem ser considerados, em muitos veiculada pelos produtos BIPV ou o casos, como um investimento atraenaspecto estético único associado aos te. No entanto, quando os sistemas edifícios que integram BIPV também BIPV integrados a fachadas são avapodem ser considerados como valiados, a atratividade é menos direta, lores complementares que oferecem com exceção de alguns países em que benefícios econômicos adicionais, em as condições de irradiação e/ou os alguns casos específicos. Na verdade, esquemas de subsídio são particularesses edifícios podem ser potencialmente favoráveis. Isso se deve ao mente alugados ou vendidos a preços fato de que os sistemas BIPV intemais elevados e podem ter maior grados a fachadas são, em média, atratividade. O BIPV também pode mais caros e operam em condições de ser considerado uma solução econôirradiação menos ideais do que nos mica para atingir balanço de energia telhados. primária nZEB [net-zero energy builO BIPV não deve ser visto como ding] ou requisitos de instalação de uma fonte principal de receita, mas sistemas de energia renovável, em como um investimento complemenalguns casos [9]. tar que oferece períodos de retorno Todos esses aspectos adicionais razoáveis. Isso atenua alguns dos do BIPV são difíceis de quantificar e resultados negativos de competitivimodelar como parte de casos de refedade aqui apresentados. Além disso, rência, pois há forte dependência das à medida que o mercado de BIPV condições de projeto locais. Em geral, se desenvolva, os custos totais do é importante insistir no fato de que usuário final diminuirão. Outros pauma análise caso a caso precisa ser râmetros técnicos também serão imconduzida a fim de avaliar de maneipactados positivamente pelo aumento ra relevante e precisa a atratividade da maturidade da tecnologia. Uma econômica dos projetos BIPV. maior eficiência do módulo e um tempo de vida prolongado do sistema Agradecimentos: Os autores agradecem contribuirão significativamente para a todos os parceiros do projeto BIPV melhorar os resultados de competitiBOOST que compartilharam dados e forneceram conselhos e comentários vavidade [8]. Competitividade [€ 2020/m²]
300
% IRR IB_IC IB_ID
liosos. Este projeto recebeu financiamento do programa de pesquisa e inovação Horizonte 2020 da União Europeia, sob o acordo de subvenção nº 817991.
Referências [1] A. D. Little: Building-Integrated Photovoltaics (BIPV): Analysis and U.S. Market Potential. US Department of Energy’s Office of Building Technologies, 1995. [2] IEA PVPS Task 7: Potential for Building Integrated Photovoltaics. 2001. [3] IEA PVPS Task 10: Urban BIPV in the New Residential Construction Industry. 2008. [4] R. Alonso, E. Román, T. Tsoutsos, Z. Gkouskos, O. Zabala et J. R. López: Potential and benefits of BIPV. PURE project, 2008. [5] European Photovoltaic Industry Association, Conference “Paving the way for building integrated photovoltaics”, Sustainability Forum, Solar Decathlon Europe, Madrid, Spain, 2010. [6] International Energy Agency, Global Alliance for Buildings and Construction - Global Status Report 2017, Paris, France, December 2017. [7] P. Macé, E. Bosch: Cost competitiveness status of BIPV solutions in Europe. Report D1.1, BIPVBOOST H2020 Project, 2019 [8] P. Macé, E. Bosch: Cost-reduction roadmap for the European BIPV sector. Report D1.2, BIPVBOOST H2020 Project, 2020 [9] P. Macé, E. Bosch: Potential contribution of BIPV systems to nearly Zero Energy Buildings and methodology for project outputs assessment. Report D1.4, BIPVBOOST H2020 Project, 2020
Baseado em “Holistic evaluation of the economic competitiveness of BIPV solutions in Europe”, da 37ª EU PVSEC - Conferência e Exposição Europeia sobre Energia Solar Fotovoltaica, realizada em setembro de 2020. Tradução e adaptação da Redação de FotoVolt.
Estudo de caso
96
FotoVolt - Outubro - 2021
Uma abordagem de engenharia para a implantação de usina FV Vilder Alexandre Bolella, gerente de projetos da Syngenta; João Gilberto Cunha, diretor da MO Energy; e Vinicius Ayrão, diretor da Synergia.
A
construção de uma usina fotovoltaica vai muito além da simples montagem de um kit fornecido pelo EPCista. Deve ser fruto de um projeto de engenharia, abordando os dois sentidos do termo: o de ser um conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para realização de um empreendimento (design em inglês), e o de constituir um esforço único, temporário e progressivo empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo (project em inglês).
Do ponto de vista técnico, o projeto de uma usina FV é multidisciplinar pois envolve engenharia elétrica, engenharia mecânica e engenharia civil. Porém, para que se possa garantir a segurança e o desempenho esperado pelo cliente, este projeto deve atender as normas e regulamentos técnicos. Mas atualmente no Brasil a normalização para instalações de geradores fotovoltaicos está em estágio inicial — por exemplo, a norma que trata de estrutura metálicas para sustentação de painéis FV está ainda em elabora-
Usina concluída: rigorosamente dentro do orçamento e nenhum aditivo contratual
O projeto e construção de uma usina fotovoltaica interligada à rede, com potência de aproximadamente 1500 kWp, na região do Triângulo Mineiro, destinada a suprir a demanda de energia de uma indústria, é aqui usado como exemplo da importância do projeto de engenharia abrangente e detalhado, tanto sob o aspecto técnico quanto de gerenciamento das atividades.
ção no CB-03 da ABNT. A norma de instalações elétricas de sistemas de geração solar fotovoltaica está na sua primeira edição e ainda traz lacunas que podem causar divergências entre as empresas contratada e contratante. Daí a importância de se elaborar um projeto claro e preciso. Do ponto de vista do gerenciamento das atividades, o projeto ainda é aplicado de forma precária em muitas empresas brasileiras. Mas ele é de extrema importância para que se estabeleçam critérios e especificações para
98
Estudo de caso
a empresa de engenharia responsável pelo projeto técnico. E depois ele também será fundamental na contratação da empresa fornecedora do material e da instalação do sistema de geração, em especial em dois momentos: quando da elaboração dos bids (conjunto de documentos suficientes para a seleção de fornecedores por concorrência) e na fase de balizamento das propostas, de modo a garantir que todas as propostas apresentadas atendam as especificações técnicas desejadas, e que a equipe de compras possa selecionar a melhor dentre elas. Na fase de montagem do sistema FV é que o gerenciamento de projetos encontra o maior desafio, qual seja, o de garantir que o empreendimento seja instalado dentro dos limites de custo, tempo e escopo contratados, finalizando com o comissionamento do sistema de geração FV. A fase final do projeto, muitas vezes desprezada, é quando toda a documentação da instalação é compilada e organizada, para que o sistema seja entregue ao cliente. Para ilustrar o que foi dito acima, este artigo apresenta a metodologia usada em um projeto recente de usina fotovoltaica de cerca de 1500 kWp para uma unidade industrial, que foi concluída com sucesso.
Projeto técnico A empresa que foi responsável pelo projeto técnico de engenharia tem como metodologia de trabalho dividir este projeto em três fases distintas: – projeto conceitual; – projeto básico; e – projeto executivo ou detalhado. O projeto conceitual tem o objetivo de selecionar, entre as várias soluções possíveis, aquela que será adotada, além de gerar as especificações do objeto, analisar os riscos e determinar o custo do projeto com uma margem de
FotoVolt - Outubro - 2021
erro de 30%. Já o objetivo do projeto básico é definir claramente os itens de maior impacto nos custos e os marcos do cronograma, verificar e definir os itens de maior dificuldade de aquisições, como os importados e os de maior tempo de fornecimento, criar um conjunto de medidas para controlar os riscos do projeto, gerar a documentação (bids) para as concorrências e determinar o custo do projeto com uma margem de erro de 10%. Por fim, o projeto executivo tem o objetivo de gerar o detalhamento para a execução pelas contratadas. Nesta fase é elaborado um cronograma mais detalhado, considerando, por exemplo, as interfaces com as atividades do cliente, e novamente determinado o custo, agora com margem de erro de 5%.
Projeto conceitual O projeto conceitual em sistemas de energia solar no Brasil apresenta algumas dificuldades, oriundas das normas tributárias do País. Quando a aquisição (compra) dos módulos e inversores é realizada em conjunto, recebe um tratamento tributário diferente do dispensado à compra desses itens em separado — a compra separada é mais tributada do que a do conjunto. Com isso, a escolha definitiva do gerador fotovoltaico precisará levar em consideração as práticas comerciais dos distribuidores e fabricantes. A etapa de projeto conceitual então será composta das seguintes fases: • Definição da geração de energia necessária; • Definição da solução de geração mais adequada; • Estudo das condições ambientais e do espaço disponível (por exemplo, topologia e potencial energético do terreno, caso a opção seja por uma usina de solo, ou área de telhado com reserva de sobrecarga, para geradores instalados na cobertura de edificações); e
TENHA O PARCEIRO CERTO PARA CRESCER E GARANTIR O SEU LUGAR AO SOL Conheça a Solfácil. A primeira plataforma de financiamento de energia solar do Brasil projetada para integradores terem a parceria certa para crescer.
FINANCIAMENTO HOMOLOGAÇÃO MARKETPLACE MONITORAMENTO Prazos de até
120 MESES Carência de até 12 meses*
Contratação fácil Plataforma de financiamento
100% digital *Condição apenas para o agronegócio
Chegou a hora de investir na sua energia. Seja um parceiro Solfácil e descubra como vender mais e melhor.
s o l fa c i l . c o m . b r 11 95245-6804
100
Estudo de caso
• Estimativa de custo do sistema. Para o projeto enfocado aqui, inicialmente foi feito um estudo da necessidade energética do site considerando a energia elétrica consumida num período de 12 meses, para verificação de variação da demanda durante o ano. A partir desse estudo, foi determinada a primeira premissa do projeto: a geração FV deveria atender a 100% das necessidades do site até aquele momento, ficando o atendimento do aumento de carga posterior, devido ao crescimento da empresa, a cargo da concessionária distribuidora. A segunda etapa do projeto conceitual consistiu em definir a solução a ser adotada. A primeira opção estudada foi a instalação dos painéis solares nos telhados dos edifícios do site e na cobertura dos estacionamentos, um sistema de configuração descentralizada com interligação em baixa tensão nos QGBTs de cada prédio. Do ponto de vista de eficiência energética, essa seria a melhor opção, pois a geração estaria próxima aos locais de consumo. Porém a opção foi descartada devido à necessidade de reforços estruturais em algumas das edificações. A opção adotada foi a de construção de uma usina no solo com interligação na rede de MT do parque fabril do site. Definida a área disponível, realizaram-se os estudos topológicos e das condições ambientais, seguidos de simulações energéticas com inversores e módulos típicos utilizados no mercado, para se validar a potência do gerador FV. A partir da definição da solução, foi feita a estimativa de custo com uma precisão de 30%, para subsidiar o início das tratativas com a alta direção da empresa, junto com um estudo de viabilidade econômica do projeto. A estimativa de custo foi determinada em função de valores médios de R$/ kWp praticados pelo mercado para usinas desse porte.
FotoVolt - Outubro - 2021
Projeto básico Com a solução definida, deu-se início ao projeto básico, o qual define os detalhes que permitem pôr a usina em concorrência e que baseiam o balizamento técnico-comercial das propostas. Para tanto, esta fase gera uma previsão de custo final com 10% de margem de erro. No projeto básico também foi detalhada a forma de interligação da usina FV com o sistema elétrico do site. A dificuldade nessa etapa é preparar um projeto que dê liberdade suficiente para os proponentes ofertarem as melhores condições técnicas e econômicas de acordo com suas capacitações, mas que ao mesmo tempo impeça o uso de equipamentos de menor qualidade ou que trarão dificuldades para a operação e manutenção. O projeto básico da nossa usina constou de um layout preliminar da planta, com potência unitária de cada módulo e potência total c.c. condizente com as simulações realizadas. O inversor considerado no projeto básico foi um modelo bastante utilizado no mercado. RFQ, um documento de grande importância – O projeto executivo seria realizado pela empresa EPCista, e neste caso a correta definição do escopo no projeto básico é fundamental. Isto é, não basta entregar apenas uma cotação determinando tão somente a potência da usina. Portanto, o projeto básico incluiu o desenvolvimento de uma RFQ (Request For Quotation), onde se definiram as premissas básicas, a flexibilidade permitida ao proponente para a orçamentação, e as entregas mínimas. Uma RFQ bem-feita minimiza os riscos de pleitos de escopos. Alguns aspectos que devem constar da RFQ são: • Geração de energia anual necessária no 1º ano; • Especificação dos módulos e inversores; e
• Aspectos técnicos para a oferta dos sistemas de CFTV para monitoramento de área da usina. Além disso, em geral constam da RFQ os equipamentos e serviços cujo fornecimento deve estar a cargo do proponente, como (no nosso caso): • Disjuntor de MT de acoplamento e transformador de acoplamento, bem como a instalação de ambos; • Ensaios de solo e projeto de fundação; • Terraplanagem e eventuais movimentações de terra; • Entendimentos legais junto à distribuidora de energia elétrica (neste caso, a Cemig) e intervenções necessárias na cabine primária; e • Cercamento da usina, drenagem e demais itens de construção civil. Com o desenvolvimento da RFQ, é possível determinar os diversos bids a serem enviados para o departamento de compras da empresa dona da usina. Neste projeto, foram elaborados dois bids, sendo um para o fornecimento da usina FV, equipamentos e montagens, e outro para o fornecimento do sistema de interligação com a rede e MT do site. Essa divisão, que em alguns casos permite realizar uma contratação distinta para cada escopo, provavelmente seria adotada caso a RFQ fosse realizada por uma construtora para uma fábrica em construção. No caso aqui enfocado, essa divisão serviu como base para elaboração dos bids, de modo a garantir que nada ficou fora dos escopos de fornecimento, ou seja, que o ponto onde termina a usina é exatamente o mesmo onde começa a instalação de interligação, evitando assim aditivos durante o processo de execução. Os bids do projeto foram colocados em concorrência. O balizamento técnico foi feito pelo departamento de projetos, e o balizamento comercial pelo departamento de compras, a partir de duas propostas separadas.
102
Estudo de caso
O balizamento técnico analisou se: • todos os itens previstos no projeto básico e na RFQ foram 100% atendidos; • houve oferta de itens que extrapolassem as premissas iniciais e, em caso positivo, se elas agregaram valor ao projeto; • os equipamentos ofertados possuíam a qualidade técnica esperada; e • os equipamentos ofertados contavam com alta capacidade instalada no Brasil. Após a análise, quando necessário, realizaram-se questionamentos aos proponentes. Finda a fase de questionamento, foi gerado um relatório com todas as considerações da equipe de projeto, o qual foi apresentado aos setores envolvidos na contratação. Os proponentes que eventualmente não atenderam as especificações solicitadas foram desclassificados. O processo então seguiu para análise comercial e contratação dos fornecedores pelo departamento de compras da empresa.
Projeto executivo Nesta fase, adotou-se a estratégia de incluir o projeto executivo da usina no escopo da empresa contratada para o fornecimento da usina, e o projeto executivo da instalação de interligação no escopo de empresa que forneceu o projeto técnico. A engenharia do proprietário é fundamental para o sucesso do projeto. A RFQ previa que a contratada deveria fazer o projeto executivo e que este deveria ser analisado e aprovado pela equipe técnica do cliente. Esta atividade foi iniciada logo após a assinatura do contrato, atendendo ao cronograma estabelecido. Uma vez que no projeto básico já se havia estabelecido o número de módulos e inversores, e que isto foi confirmado na proposta técnica, a empresa contratada já iniciou o processo de importação dos módulos, inversores e caixas de junção.
FotoVolt - Outubro - 2021
A contratada submeteu o projeto executivo. Após revisões por parte dos fornecedores e reuniões entre a equipe de projeto técnico, a de gerenciamento, o fornecedor e a equipe de operação e manutenção do site, o projeto executivo foi aprovado. A equipe de projeto técnico foi composta por especialistas em instalações elétricas de MT e BT, instalações elétricas de arranjos FV, civil e mecânica. Simultaneamente à execução do projeto executivo da empresa fornecedora da usina, foi elaborado o projeto executivo da instalação de interligação, sendo montados os bids para compra dos materiais e contratação da empresa instaladora e da empresa de obras civis. Nesta fase ainda foram elaborados os documentos de gestão, como o cronograma físico-financeiro detalhado do projeto, organograma da equipe gerenciadora, que era multidisciplinar, documentação da gestão de segurança do trabalho durante a execução, gestão de comunicações, gestão do cronograma, gestão de qualidade e o projeto do canteiro de obras.
Execução das instalações A etapa de execução foi iniciada com a instalação do canteiro de obras. Assim, inicialmente foram demarcadas as áreas da usina e do canteiro. Para o canteiro, foram demarcadas também as áreas para cada empresa envolvida na execução, incluindo as de armazenamento dos materiais, e preparadas todas as infraestruturas necessárias, como de energia elétrica e água. Com o canteiro pronto, iniciou-se a mobilização das empresas responsáveis pela execução, sendo a primeira a de obras civis, seguida pela empresa fornecedora da usina e, finalmente, a montadora das instalações de interligação.
FotoVolt - Outubro - 2021
103
Fase de montagem Como o projeto foi divido em vários pacotes, durante a fase de montagem havia no canteiro diversas equipes independentes de mecânica, de elétrica do arranjo (em corrente contínua), de elétrica de baixa tensão e de média tensão, e de construção civil. O gerenciamento de todas as equipes e da interface entre elas foi muito importante para o sucesso do projeto. A forma adotada para comunicação ordinária de interface foi a de reuniões semanais entre as empresas contratadas, a equipe de gerenciamento e o cliente. Sempre que necessário, a equipe de projetos também participava das reuniões. Também um relatório de acompanhamento era enviado ao cliente, semanalmente. O pacote de maior custo e maior equipe foi o de montagem da usina FV. Para isto, a equipe de gerenciamento contava com um engenheiro especialista em FV, que acompanhou toda a fase de montagem, sendo ele a interface entre a empresa contratada e a equipe de projeto. Uma vez que a sua especialidade é instalações de FV, muitas dúvidas foram resolvidas imediatamente, o que gerou uma redução de retrabalhos. O controle de qualidade durante a montagem foi muito rígido, tanto na verificação dos componentes usados, como cabos, conectores e dispositivos de fixação, quanto dos procedimentos de montagem, tais como o alinhamento dos módulos fotovoltaicos, verificação dos torques de todos os parafusos de fixação das estruturas e crimpagem dos conectores. A evolução da obra da usina foi acompanhada por drone, por meio do qual foi feita a medição dos serviços realizados e acompanhado a progressão dos trabalhos, com toda a documentação fotográfica para o relatório semanal de acompanhamento.
104
Estudo de caso
O gerenciamento ocorreu da mesma maneira para os demais pacotes, como por exemplo das instalações de interligação da usina com a rede de MT do site, sendo verificadas a passagem dos cabos e a instalação da subestação de interligação. Por ser este um pacote menor, o próprio engenheiro especialista em FV fez todo o acompanhamento, com ajuda, quando necessário, da equipe de projetos. O acompanhamento das equipes de montagem das empresas contratadas permitiu uma excelente gestão de segurança de trabalho, através de uma análise de risco das tarefas e estreito relacionamento com a empresa fornecedora, o que fez com que o projeto terminasse sem nenhuma ocorrência de segurança, que é um valor inegociável da empresa proprietária da usina.
Comissionamento O comissionamento foi feito rigorosamente de acordo com a ABNT NBR 16274 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede – Requisitos mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho. Todos os ensaios foram registrados para compor a documentação do projeto a ser entregue ao cliente. A primeira etapa é sempre a elaboração do plano de comissionamento, que, com base na norma, estabelece todas as inspeções visuais e ensaios que devem ser feitos na usina. Somente após a conclusão deste documento têm início as tarefas do comissionamento, propriamente dito. Optou-se neste caso por realizar somente os ensaios de categoria I, um conjunto padrão que deve ser aplicado a todo e qualquer sistema fotovoltaico abrangido pelo escopo da norma, independentemente de escala, tipo, localização ou complexidade. Esse conjunto inclui inspeção visual e os seguintes ensaios: medição do ater-
FotoVolt - Outubro - 2021
ramento, verificação da continuidade da equipotencialização, medição da resistência de isolamento, verificação da polaridade dos cabos de toda as células e de cada uma das conexões das caixas de junções, medições de correntes nas séries fotovoltaicas, medições de tensões nas séries fotovoltaicas e ensaios funcionais. O comissionamento das instalações de interligação foi realizado de acordo com o capítulo 7 da ABNT NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV, iniciando com a inspeção visual e seguindo com os ensaios de verificação de continuidade do condutor de proteção e de medição da resistência de isolamento das instalações. O ensaio de tensão aplicada foi feito com um Hipot de corrente contínua, de acordo com a seção 5.6 da ABNT NBR 7286 – Cabos de potência com isolação extrudada de borracha etilenopropileno (EPR, HEPR ou EPR 105) para tensões de 1 kV a 35 kV - Requisitos de desempenho. No final, foi apresentado relatório com as seguintes informações: • Folhas de registro dos testes datadas, assinadas pelo técnico que executou o comissionamento e pelo engenheiro da equipe de gerenciamento; • Relatório com documentação fotográfica dos testes, mostrando as irregularidades identificadas e as ações corretivas, e as conclusões dos testes; e • Certificados de calibração dos equipamentos de medição utilizados.
Encerramento do projeto Depois de comissionada a usina e pronta para ser colocada em operação pelo cliente, a equipe de gerenciamento entrou na fase de encerramento do projeto. Esta etapa, que muitas vezes é negligenciada, é muito importante para uma boa operação e manutenção da usina. Nela toda a documentação técnica do projeto, como as folhas de dados de
todos os componentes e os documentos do comissionamento, é atualizada como construído (as built) e organizada no book de projetos. Assim, o book de projetos foi entregue formalmente ao cliente.
Conclusão O primeiro aspecto importante a ressaltar é que, apenas tendo uma visão de valor muito apurada é que uma empresa se propõe a montar uma equipe como a que foi aqui descrita, ao invés de contratar uma solução turnkey. Graças a esta visão é que este trabalho pôde ser realizado. Esta forma de trabalho permitiu um maior controle do orçamento do projeto, sem estouro do budget ao final e sem nenhum aditivo contratual. Com isto, o custo da equipe não onerou o projeto. Ao contrário, trouxe um grande ganho final. Além disso, a gestão de qualidade, que é muitas vezes um valor intangível, e a gestão do cronograma da obra também são aspectos a se ressaltar nesta metodologia. Devido ao fato de todo este processo de gerenciamento integrar a engenharia do cliente, o controle do projeto sempre esteve nas mãos deste. O cliente participou de todas as decisões tomadas ao longo do processo, o que confere uma maior segurança aos resultados obtidos. Agradecimento – Os autores desejam expressar sua gratidão a toda a equipe que trabalhou neste projeto, com muito empenho e dedicação. Sem ela não seria possível chegar ao resultado esperado.
FotoVolt - Outubro - 2021
Usinas flutuantes (parte 1 ) – Medidas de proteção e seleção de componentes Marc Fengel (M.Eng.), Tüv Süd Industrie Service GmbH, Karlsruhe (Alemanha)
A
superfície dos lagos — aqui também compreendidas as represas e outros corpos de água similares — parece predestinada para geração fotovoltaica. Contudo, o que aparenta ser fácil à primeira vista, apresenta dificuldades práticas já sob o aspecto normativo. Este artigo traça uma visão panorâmica das diversas facetas deste conceito de usina, e aborda as peculiaridades associadas à sua construção.
Desempenho elétrico dos módulos FV Um módulo fotovoltaico (FV) é uma fonte não linear de corrente contínua dependente da irradiância e da temperatura. As grandezas elétricas características dos módulos FV são indicadas nas condições padrão de ensaio STC (do inglês Standard Test Conditions), de acordo com a norma DIN EN IEC 60904-3 (VDE 0126-4-3) [1]. STC são as condições às quais se referem as
A instalação de usinas fotovoltaicas na superfície de lagos economiza espaços valiosos no solo e pode representar um importante impulso na geração de energias renováveis.
características elétricas constantes das especificações dos fabricantes. [N. da R. – Para facilidade do leitor, as normas ABNT ou IEC equivalentes são listadas em “Referências normativas” no final do artigo.] Massa de ar é o valor da trajetória da luz em relação à trajetória direta vertical entre a superfície da terra e a camada externa da atmosfera. Na Europa Central o valor da massa de ar é de 1,5. Baywa re
Solar flutuante
106
108
Solar flutuante
FotoVolt - Outubro - 2021
10
10 A
Irradiância = 1 000 W/m²
A
227,7 W
8
6
4
2
00
Irradiância = 800 W/m²
182,6 W
Irradiância = 600 W/m²
136,8 W
Irradiância = 400 W/m²
90,4 W
Irradiância = 200 W/m²
44,0 W
5
10
15
20
25
Corrente
Corrente
8
Irradiância = 1 000 W/m² 4
2
30
V
40
Tensão
Fig. 1 – Simulação das curvas características U/I de um módulo FV (monocristalino, 250 Wp, 60 células, temperatura da célula 45 °C) em função da irradiância. (Fonte: Fengel) As grandezas elétricas são indicadas para uma irradiância no plano da célula de 1000 W/m2 e uma temperatura da célula no módulo FV de 25 °C. Os módulos fotovoltaicos, conforme as faixas de tensão e de corrente de entrada do inversor, são conectados em série (strings), ou em paralelo com um subarranjo FV (por definição, parte de um gerador FV que pode ser considerada uma unidade). A corrente de curto-circuito ISC é diretamente proporcional à irradiância que incide sobre o plano do módulo FV (figura 1). A influência da temperatura sobre a corrente de curto-circuito no ponto de curto-circuito da curva característica U/I pode ser desprezada. Quando um módulo, ou uma série FV é curto-circuitada, flui a corrente ISC. Se a irradiância no módulo for de 1000 W/m2, flui a corrente nominal de curto-circuito do módulo ou da série FV. A tensão de circuito aberto UOC (designada tensão em vazio nas normas alemãs) aumenta com o declínio da temperatura do módulo (figura 2). Para temperaturas abaixo de 25 °C, essa tensão está acima de UOC, enquanto para temperaturas acima de 25 °C, a tensão situa-se abaixo de UOC (referida às condições padrão de
6
00
Temperatura da célula = 10 °C, Pmpp = 266,5 W Temperatura da célula = 25 °C, Pmpp = 250,2 W Temperatura da célula = 40 °C, Pmpp = 233,4 W Temperatura da célula = 55 °C, Pmpp = 216,1 W Temperatura da célula = 70 °C, Pmpp = 198,4 W
5
10
15
20
25
30
V
Tensão
Fig. 2 – Simulação das curvas características U/I de um módulo FV (monocristalino, 250 Wp, 60 células) em função da temperatura do módulo. (Fonte: Fengel)
ensaio). A influência da irradiância sobre a tensão de circuito aberto é desprezível. O desempenho térmico é calculado pelos coeficientes de temperatura da tensão de circuito aberto.
Possíveis vantagens dos lagos Considerando que nos corpos de água em princípio não se prevê sombreamento causado por construções ou vegetação, esta peculiaridade representa geralmente uma vantagem em relação a outros tipos de usinas FV. Além disso, fenômenos de resfriamento termodinâmico podem eventualmente ter efeitos positivos sobre o rendimento solar.
Proteção contra choque em geradores FV Os componentes elétricos de um gerador FV não são passíveis de desligamento, devendo, portanto, ser necessariamente considerados sob tensão. De acordo com a norma DIN VDE 0100-712 [2], são admissíveis as seguintes medidas de proteção contra choque: • Isolação dupla ou reforçada; ou
• Proteção por extrabaixa tensão (SELV ou PELV).
Aplicação das medidas de proteção A aplicação depende em primeira linha da tensão máxima de circuito aberto UOC da série FV ou do subarranjo FV. O primeiro passo é calcular a tensão UOC máx conforme a referida norma VDE [2]. A tensão de circuito aberto de um módulo ou série fotovoltaica é uma função direta da temperatura da célula. Desvios da temperatura de 25 °C são contemplados pelo fator de correção KU. Se a temperatura está abaixo de 25 °C (em condições STC), o fator de correção é KU > 1, caso em que a tensão de circuito aberto da série está acima do respectivo valor em STC. Se a temperatura da célula diminui, aumenta a tensão UOC da série FV. As características do material da célula são contempladas pelo coeficiente de temperatura αUoc da tensão de circuito aberto. A tensão de circuito aberto consiste no produto da tensão de circuito aberto de um módulo, pelo número de módulos ligados em série, e pelo fator de correção KU. Na falta de dados sobre este fator, o Anexo B da norma VDE [2] prescreve o fator 1,2.
40
@edeltec
GARANTIA
5+5 ANOS DE GARANTIA SAIBA MAIS
www.EDELTECSOLAR.com.br
18 A 20 DE OUTRUBRO
EXPO CENTER NORTE SÃO PAULO
110
Solar flutuante
Seleção das medidas de proteção Módulos FV apresentam em geral uma tensão máxima de circuito aberto (UOC máx) inferior a 120 Vcc e representam uma fonte de energia elétrica independente de outros circuitos. Tomadas e cabos são providos de isolação dupla ou reforçada em relação aos demais circuitos. Assim sendo, módulos FV individuais, ou poucos módulos, satisfazem a medida de proteção por extrabaixa tensão por meio de SELV ou PELV. Nestes sistemas, de acordo com as normas DIN VDE [2] e [3], a tensão máxima está limitada a 120 Vcc. Para tensões nominais de circuito aberto UOC máx > 30 V, os circuitos SELV ou PELV devem ser providos de isolação básica para proteção contra contatos diretos. Entretanto, como a conexão de poucos módulos FV em série já ultrapassa a tensão de circuito aberto admissível para uma série (string), a medida de proteção mediante SELV e PELV não pode ser aplicada. A proteção por isolação dupla ou reforçada consiste, no caso dos geradores fotovoltaicos, de uma única medida para proteção básica e contra faltas. A tensão máxima de circuito aberto de uma série FV pode ser superior a 120 Vc.c. Os requisitos correspondentes à proteção classe II devem ser satisfeitos pelos módulos FV, conectores de encaixe, cabos, caixas de junção, até os bornes dos inversores.
FotoVolt - Outubro - 2021
Seleção dos componentes
As instalações elétricas, como prescreve a norma DIN VDE 0100-100 [4], devem ser projetadas conforme as condições ambientais previstas. A seleção dos componentes deve observar o local de instalação, de acordo com as especificações do fabricante. Por exemplo, pode acontecer que o grau de proteção seja adequado para o ambiente, mas as instruções de montagem e operação excluam instalação ao tempo. Que geradores FV são instalados externamente às edificações, não há dúvida. Porém, resta a definição de qual parte de um gerador deve ser considerada protegida, e qual não. Componentes elétricos próximos à água (no litoral, praias, embarcadouros, portos e similares) estão expostos, dependendo do movimento das ondas, a solicitações em diversos graus. A tabela I é um extrato da norma DIN VDE 0100-510 [5] sobre as influências externas possíveis. Na seleção de componentes elétricos para usinas fotovoltaicas flutuantes, a proteção contra água é essencial. Ademais, devido à ação das correntezas e ao movimento das ondas, um gerador FV flutuante está submetido, respectivamente, a esforços mecânicos horizontais e verticais. Por isso, os painéis individuais flutuantes devem ser fixados uns aos outros por meios flexíveis, a fim de evitar que solicitações inadmissíveis das correntezas e das ondas sobre Tab. I – Proteção contra água conforme DIN VDE 0100-510 [5] as conexões danifiquem permae ABNT NBR 5410:2004 – Tabela 4 (adaptação) nentemente o equipamento. Código Classificação Grau de Proteção Em geral, componentes insAD1 Desprezível IP X0 talados externamente às edificações enquadram-se no âmbito AD2 Gotejamento IP X1 ou IP X2 da norma DIN VDE 0100-737 AD3 Precipitação IP X3 [6]. Desde que não haja requisiAD4 Aspersão IP X4 tos complementares da parte de AD5 Jatos IP X5 normas de aplicação específica, AD6 Ondas IP X6 os componentes de instalações AD7 Imersão IP X7 ao tempo protegidas devem ser AD8 Submersão IP X8 selecionados, no mínimo, para
112
Solar flutuante
FotoVolt - Outubro - 2021
permanente o grau de proteção IP X1, e os destinados a áreas desprotegiao tempo, na faixa de das, para o grau de proteção IP X3. temperaturas de -40 °C a Para usinas FV flutuantes +85 °C. Eles no âmbito da norma DIN VDE 0100-712 [2], são prescritos satisfazem a medida requisitos mais severos. Os invólucros de componentes insde proteção por isolação talados ao tempo, neste caso, dupla ou devem atender no mínimo os reforçada e, graus de proteção IP 44 conforna posição me DIN EN 60529 [7] e IK 07 Fig. 3 – Os componentes elétricos são expostos a diversas influências externas, que também dependem do movimento das ondas. (Fonte: Fengel) conectada, (equivalente a uma energia de devem apreimpacto de 2 joules), conforme da instalação elétrica. Na seleção e sentar grau de proteção mínimo IP 55. DIN EN 50102 [8]. Não é feita distindisposição dos componentes devem Distâncias de isolamento e de escoação entre equipamentos protegidos ser observadas as influências externas mento devem ser dimensionadas no e não protegidos. impostas a cada parte do gerador FV mínimo para o grau de poluição 3, o Instalações protegidas que significa a possibilidade de poluiem relação ao tipo e direção da água. e desprotegidas ção condutiva, bem como de condutiO que nos geradores FV convenciovidade por condensação. Consoante o modelo tradicional de nais montados em telhado ou em solo Na prática, são frequentes os promontagem de geradores FV, apenas representam os elementos de fixação blemas com as conexões de encaixe. a superfície dos módulos FV deve naquelas superfícies, nos geradores ser considerada instalação ao tempo FV flutuantes é uma plataforma de Na maioria das vezes os cabos são desprotegida. Uma instalação elétrimontagem sobre elementos flutuaninsuficientemente fixados com fitas ca ao tempo protegida é, em outras tes. Cabe verificar se a usina FV deve de amarração. Na água, defeitos copalavras, uma instalação coberta, enser protegida contra o acesso de pesmuns em instalações convencionais quanto as desprotegidas são instalasoas praticando natação ou pilotando tornam-se um grande desafio. Enções descobertas. Tratando-se de um barcos, ou ainda, nos países de clima quanto cabos e conectores com fixagerador FV, os módulos FV represenfrio, que possam se aproximar do ção deficiente instalados em telhados tam, genericamente, uma cobertura. gerador FV pela superfície congelada são expostos ao acúmulo de água da Portanto, os componentes situados chuva no máximo ocasionalmente, da água. sob eles, tais como caixas de junção, tratando-se de geradores FV flutuanNo que tange à incidência da água tes esta situação pode significar uma conectores de encaixe, cabos, inclusi“por cima”, os módulos FV estão imersão (influência externa AD7, ve as caixas de conexão dos módulos, expostos à chuva. Por isso, deve-se tabela I). Neste caso deve ser previsto devem ser considerados, por definiassumir uma influência externa por o grau de proteção mínimo IP X7. Porção, instalação ao tempo protegida. Já precipitação (AD3) [5] com ângulo de tanto, conectores usuais com grau de a superfície dos módulos FV e caixas 60° relativo ao eixo vertical. Todavia, proteção IP 55 não seriam adequados de junção e cabos que não estejam módulos FV e conexões apresentam para esta aplicação. O único modo sob os módulos, ou não instalados em em geral um grau de proteção mais de evitar tal situação é a instalação dutos fechados ou eletrodutos, devem elevado, uma vez que, por exemplo, correta dos cabos em eletrodutos ou ser considerados instalação ao tempo para fins de limpeza, eles são submecanaletas embaixo ou ao lado das sédesprotegida (figura 3). tidos a jatos de água. ries de módulos FV.
Geradores FV flutuantes O grau de proteção dos componentes na água, ou no seu entorno, é definido principalmente pela natureza do corpo de água e pela execução
Conectores de encaixe
Módulos FV são ligados em série por meio de conectores de encaixe (plugues e soquetes). De acordo com a norma DIN EN 62852 [9], tais conectores são adequados para uso
Cabos de corrente contínua O cabeamento das séries fotovoltaicas é dimensionado para 1,5 kVc.c. conforme DIN EN 50618 [10]. Os tipos de instalação limitam-se a cabos
114
Solar flutuante
singelos no ar ou sobre superfícies, e a dois cabos em contato mútuo sobre superfícies. Cabos do tipo H1Z2Z2-K [consoante IEC 62930:2017 - Electric cables for photovoltaic systems with a voltage rating of 1,5 kV DC] são resistentes a radiação UV e podem ser instalados ao tempo tanto fixos como suspensos. A temperatura ambiente máxima é de 90 °C. A instalação também é permitida em eletrocalhas ou eletrodutos. Estes cabos são ensaiados desde a condição de ausência de água até a de imersão (AD7), e satisfazem o grau de proteção IP X7. Ao contrário dos conectores de encaixe, a imersão imediatamente abaixo no nível da água não é crítica. Para cabos deste tipo construtivo não devem ser esperados danos por roedores, vegetação e mofo. [N. da R. – No âmbito da ABNT, ver NBR 16612:2020.]
Inversores e demais componentes Inversores devem satisfazer a norma DIN EN 62109-1 [11] e DIN EN 62109-2 [12]. Inversores e componentes instalados ao tempo devem exibir grau de proteção mínimo IP 44 para proteção contra corpos estranhos e IK 07 contra impactos mecânicos. Caixas de junção, quadros de distribuição e conjuntos de manobra devem observar as normas da série DIN EN 61439, devendo o grau de proteção ser indicado pelo fabricante; para instalação ao tempo, o grau mínimo deve ser IP 43. Os inversores podem ser classificados em três tipos distintos: microinversores, inversores de string e inversores centrais. Microinversores – Aos microinversores, também denominados inversores de módulo, são em geral ligados um ou dois módulos FV, o que limita a potência do gerador (ou do subarranjo FV) a um valor não superior a 600 W. A aplicação típica original dos microinversores são os geradores FV compactos plug-in. Combinando
FotoVolt - Outubro - 2021
diversos microgeradores FV num sistema acoplado em corrente alternada é possível obter potências mais altas. O acoplamento puro em c.a. tem a vantagem de que, em caso de colapso de um microinversor, a queda da potência disponível do gerador FV corresponde meramente à potência do módulo defeituoso, enquanto a potência de sistemas com inversores de string ou inversores centrais seria substancialmente comprometida. Conforme a execução, microinversores podem ser dispostos diretamente na face posterior do módulo FV, ou na proximidade imediata entre dois módulos. No primeiro caso, os microinversores, assim como as caixas contendo diodos de bypass, estão expostos a ondas (AD6) e requerem, portanto, grau de proteção mínimo IP X5.
Landside: o lado terra Tratando-se de um conceito novo, não há para este tipo de aplicação uma fórmula pronta. Em princípio, usinas FV flutuantes podem ser comparadas a um navio ou embarcação conectada a uma fonte de alimentação em terra por meio de plugue e tomada. A única diferença é o sentido do fluxo de energia e a conexão do lado terra, que pode ser permanente. A norma DIN VDE 0100-709 [13] prescreve requisitos especiais para circuitos destinados à alimentação de portos, marinas e locais análogos, com objetivos industriais e comerciais. [N. da R – No âmbito da IEC, ver IEC 60364-7709:2007.] Inversores e cabos fotovoltaicos devem ser vistos, para efeito de proteção contra curto-circuito, como consumidores (equipamentos elétricos de utilização). Deve ser prevista uma proteção contra curto-circuito, por exemplo, com um dispositivo de sobrecorrente na linha de alimentação FV. A proteção deve observar a norma
116
Solar flutuante
FotoVolt - Outubro - 2021
Referências normativas DIN VDE e DIN EN
ABNT e IEC correspontentes
[1] DIN EN IEC 60904-3 (VDE 0126-4-3):2020-01 Photovoltaische Einrichtungen – Teil 3: Messgrundsätze für terrestrische photovoltaische (PV) - Einrichtungen mit Angaben über die spektrale Strahlungsverteilung.
IEC 60904-3:2019 – Photovoltaic devices - Part 3: Measurement principles for terrestrial photovoltaic (PV) solar devices with reference spectral irradiance data
[2] DIN VDE 0100-712 (VDE 0100-712):2016-10 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 7-712: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Photovoltaik-(PV)- Stromversorgungssysteme.
ABNT NBR 16690:2019 - Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos Requisitos de projeto
[3] DIN VDE 0100-410 (VDE 0100-410):2018-10 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 4-41: Schutzmaßnahmen – Schutz gegen elektrischen Schlag.
ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
[4] DIN VDE 0100-100 (VDE 0100-100):2009-06 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 1: Allgemeine Grundsätze, Bestimmungen allgemeiner Merkmale, Begriffe.
ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
[5] DIN VDE 0100-510 (VDE 0100-510):2014-10 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 5-51: Auswahl und Errichtung elektrischer Betriebsmittel – Allgemeine Bestimmungen.
ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
[6] DIN VDE 0100-737 (VDE 0100-737):2002-01 Errichten von Niederspannungsanlagen – Feuchte und nasse Bereiche und Räume und Anlagen im Freien.
ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
[7] DIN EN 60529 (VDE 0470-1):2014-09 Schutzarten durch Gehäuse (IP-Code).
ABNT NBR IEC 60529:2017 - Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP)
[8] DIN EN 50102 (VDE 0470-100):1997-09 Schutzarten durch Gehäuse für elektrische Betriebsmittel (Ausrüstung) gegen äußere mechanische Beanspruchungen (IK-Code).
ABNT NBR IEC 62262:2015 - Graus de proteção assegurados pelos invólucros de equipamentos elétricos contra os impactos mecânicos externos (Códigos IK)
[9] DIN EN 62852 (VDE 0126-300):2015-10 Steckverbinder für Gleichspannungsanwendungen in Photovoltaik-Systemen – Sicherheitsanforderungen und Prüfungen.
IEC 62852:2014+AMD1:2020 – Connectors for DC-application in photovoltaic systems - Safety requirements and tests
[10] DIN EN 50618 (VDE 0283-618):2015-11 Kabel und Leitungen – Leitungen für Photovoltaik Systeme.
ABNT NBR 16612:2020 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kV C.C. entre condutores - Requisitos de desempenho
[11] DIN EN 62109-1 (VDE 0126-14-1):2011-04 Sicherheit von Wechselrichtern zur IEC 62109-1:2010 – Safety of power converters for use in photovoltaic Anwendung in photovoltaischen Energiesystemen – Teil 1: Allgemeine Anforderungen. power systems - Part 1: General requirements [12] DIN EN 62109-2 (VDE 0126-14-2):2012-04 Sicherheit von Leistungsumrichtern zur Anwendung in photovoltaischen Energiesystemen – Teil 2: Besondere Anforderungen an Wechselrichter.
IEC 62109-2:2011 – Safety of power converters for use in photovoltaic power systems - Part 2: Particular requirements for inverters
[13] DIN VDE 0100-709 (VDE 0100-709):2020-02 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 7-709: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Häfen, Marinas und ähnliche Bereiche – Besondere Anforderungen an die Versorgungseinrichtungen für den elektrischen Landanschluss von Schiffen.
IEC 60364-7-709:2007+AMD1:2012 – Low-voltage electrical installations - Part 7-709: Requirements for special installations or locations - Marinas and similar locations
[14] DIN VDE 0100-430 (VDE 0100-430):2010-10 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 4-43: Schutzmaßnahmen – Schutz bei Überstrom
ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
DIN VDE 0100-430 [14] e ser disposta do lado de alimentação de corrente alternada. Inversores conectados à rede alimentam, em operação normal, o circuito FV de c.a. Portanto, o cabo de alimentação de c.a., segundo DIN VDE 0100-712 [2], deve ser dimensionado para 1,1x a corrente nominal do inversor. A proteção por desligamento automático da alimentação deve ser conforme DIN VDE 0100-410 [3]. Os tempos de atuação da proteção são distintos para circuitos terminais e circuitos de distribuição. Circuitos FV de corrente alternada com correntes
nominais até 32 A são classificados como circuitos terminais. Perante faltas em esquemas TN e tensão nominal 400/230 V, o desligamento deve ocorrer em 0,4 s. Inversores centrais apresentam correntes nominais muito mais elevadas, sendo por isso classificados como circuitos de distribuição. Neste caso, para sistemas TN a proteção deve atuar em 5 s. Finalmente, de acordo com a norma DIN VDE 0100-709 [13], que trata de portos, marinas e análogos, tomadas até 32 A devem ser protegidas por dispositivos DR com corrente diferencial nominal de 30 mA. Toma-
das com corrente nominal acima de 32 A requerem proteção DR com corrente diferencial nominal máxima de 300 mA.
Artigo publicado originalmente na revista alemã ep – Elektropraktiker, edição 01/2021. Copyright Huss Medien, Berlim. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.
Continua na próxima edição com a parte 2, sobre aterramento e proteção contra descargas atmosféricas de usinas FV flutuantes.
Veículos elétricos
118
O
FotoVolt - Outubro - 2021
A estrutura do mercado e os regulamentos dos VEs Rafael Cunha*
Esta coluna apresentará o universo da mobilidade elétrica: “mercado, regulamentos, tecnologias, atores, perspectivas e as afinidades com a geração solar fotovoltaica.”
veículo elétrico tem ganhado destaque no cenário nacional, com a vinda de diversos modelos, o forte posicionamento das montadoras automotivas e os projetos de P&D da Chamada Estratégica nº 22 da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. A tecnologia, que há pouco mais de 10 anos parecia distante da realidade brasileira, hoje é vista como um caminho sem volta, com o mercado nacional crescendo mais de 50% ao ano e alcançando já 1,4% dos veículos vendidos em 2021. Atualmente, estão disponíveis para venda mais de 20 diferentes modelos de veículos elétricos (VE) no Brasil, incluindo os leves, utilitários e pesados. Com essa disponibilidade e as agressivas metas de ESG (Environmental, Social and corporate Governance), grandes companhias estão assumindo compromissos de eletrificação de suas frotas, a exemplo de Americanas, DHL, Ambev, Vivo e diversas outras. A chegada de uma nova tecnologia demanda toda uma cadeia de serviços e competências até então inexistentes, criando um novo mercado, com novas empresas, novos especialistas e novos empregos. Esta coluna, que ora estreamos na revista FotoVolt, pretende apresentar aos leitores o universo da mobilidade elétrica, seu mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, atores envolvidos e as perspectivas de crescimento nos próximos anos, explorando também, evidentemente, as afinidades entre a tecnologia dos VEs e a da geração solar fotovoltaica,
as soluções digitais que conectam os condutores de veículos elétricos aos carregadores, fornecendo serviço de disponibilização dos equipamentos, possibilidade de faturamento da recarga (cobrança pelo serviço) e operação remota nos carregadores. Naturalmente, com o amadurecimento do mercado, diversos CPOs e eMSPs surgem, fazendo com que se tenham diversas redes de recargas concorrendo entre si, o que é ótimo do ponto de vista da qualidade e dos preços. Por outro lado, a necessidade de o usuário ter diversos aplicativos instalados e contas distintas para acessar cada uma dessas redes pode gerar uma experiência bem ruim. Foi por isso que surgiu um novo player, o chamado roaming ou hub, cujo papel é integrar e centralizar diferentes plataformas e serviços em um único sistema, permitindo que, a partir de um só cadastro, o usuário final seja capaz de acessar diferentes redes de recarga (veja figura). Regulamentação – A regulamentação é um importante marco que sedimenta e consolida as atividades ligadas ao mercado, gerando mais solidez para investimentos e entrada de novos players. O principal regulamento do
ambas pilares emergentes da transição energética mundial. Neste primeiro artigo, são apresentados a estrutura de mercado e os regulamentos pertinentes, os quais fundamentam toda estrutura do setor e cuja compreensão facilita a dos papéis e termos que serão discutidos nos artigos seguintes. Estrutura do mercado – Os principais pilares da estrutura do mercado de mobilidade elétrica são os veículos, representados pelos condutores destes, e sua estrutura de recarga, os carregadores. Quanto aos VEs temos, de um lado, as montadoras automotivas e, do outro, seus clientes: frotas, empresas de leasing e pessoas físicas. Já no segmento de recarga, há os fabricantes e distribuidores de carregadores e o sistema de energia elétrica, para prover a alimentação. Entre estes dois principais players estão dois agentes novos e que serão mencionados muitas vezes aqui: o CPO – Charge Point Operator (Operador do Ponto de Recarga) e o eMSP – eMobility Service Provider (Provedor de Serviços de Eletromobilidade). O CPO é o agente responsável pela Carregador operação do serviEletroposto ço de recarga, garantindo a manutenção e disponiCharge Point Operator Energia bilidade dos equipamentos para a prestação do serCidades Roaming viço, e o eMSP é o Estrutura do mercado de mobilidade elétrica agente que provê
Condutor VE
Ind. Automotiva
e-Mobility Service Provider
Charge Point Operator
Frotas/Leasing
120
Veículos elétricos
setor de eletromobilidade no Brasil é a Resolução Normativa 819/2018 da Aneel, que estabelece procedimentos e as condições para a realização de atividades de recarga de veículos elétricos. A RN 819 está para a mobilidade elétrica como RN 482 está para o mercado de geração distribuída, constituindo o primeiro passo regulatório do setor. A RN 819 apresenta de modo sucinto as condições para prestação de serviços de recarga de veículos elétricos. A partir de uma rápida leitura de seu conteúdo, é possível capturar os principais pontos estabelecidos. Primeiro, diferentemente dos sistemas de geração fotovoltaica, não é necessário submeter à concessionária de distribuição o projeto de instalação de um carregador em uma unidade consumidora, exceto em casos de: - Solicitação de fornecimento inicial; - Aumento ou redução de carga; ou - Alteração do nível de tensão. Ou seja, somente deve ser submetido um projeto à aprovação se houver necessidade de ligação ou alteração no fornecimento de energia da unidade consumidora, o que já ocorreria em caso de inserção de qualquer carga que também necessitasse de alterações no padrão de fornecimento. Outro ponto relevante da RN 819 é apresentado no artigo 6º, o qual estabelece que carregadores que não sejam exclusivamente de uso privado devem possuir sistema de comunicação e de supervisão, com protocolos abertos de domínio público. Assim, os carregadores que se destinam a uso público devem ser compatíveis com protocolos abertos, como é o caso do OCPP (Open Charge Point Protocol) — o qual será abordado em detalhes em um próximo artigo desta coluna. Por fim, o último ponto relevante da RN 819 está no artigo 9º, o qual estabelece que o serviço de recarga pode ser explorado comercialmente a preços livremente negociados. O artigo tenta resolver um impasse então existente, passando à iniciativa privada o modelo adequado de precificação. Porém,
FotoVolt - Outubro - 2021
com estrutura tributária inexistente, sem atividade econômica definida e um mercado ainda em estruturação, o resultado são redes de recarga livres e sem custo para o usuário. Dadas as necessidades de maiores esclarecimentos e maiores avanços, permitindo diferentes modelos de negócios, na data de publicação deste artigo a RN 819 estava em fase de tomada de subsídios para seu aprimoramento. Além da RN 819, é importante observar se a concessionária local possui uma norma técnica específica para instalação de carregadores, como já ocorre com a Copel e Enel. Em suma, o mercado de mobilidade elétrica brasileiro é novo, ainda pequeno, porém com grande potencial de crescimento nos próximos anos. Empresas estão sendo criadas em ritmo acelerado e diversos produtos vêm sendo importados, com as principais marcas mundiais já oferecendo produtos e serviços em solo nacional. Um dos reflexos da movimentação deste mercado é o número de associados da ABVE - Associação Brasileira do Veículo Elétrico, que já conta com 70 empresas ativamente atuando no desenvolvimento do cenário eletrificado. A regulamentação do setor ainda é básica, mas suficiente para assegurar o desenvolvimento e minimamente garantir a segurança para investimentos, os quais já se mostram significativos — somente na Chamada Estratégica nº22 da Aneel, serão investidos mais de meio bilhão de reais até 2023. O caminho será longo até um mercado maduro, com disseminação dos veículos elétricos e de informação sobre a tecnologia à população, mas o start para o desenvolvimento já foi dado e o trajeto não tem retorno. * Rafael Cunha, engenheiro eletricista, é CEO da
startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.
Pesquisa & inovação
Células solares de perovskita termicamente estáveis e eficientes
U
FotoVolt - Outubro - 2021
célula de perovskita. O trabalho usou dopagem, um método comum de modificar o nanomaterial da célula, para melhorar as propriedades elétricas e, assim, conseguir aumentar significativamente a eficiência e estabilidade térmica. Com a incorporação de íons de césio entre as camadas do nanomaterial, a eficiência de conversão solar excedeu 21%, disse Shapter. A eficiência da célula solar é a taxa na qual converte a luz do sol em eletricidade. A eficiência média das células de silício atualmente situa-se entre 15 e 22%. “Isso nos dá esperança de que a energia solar possa continuar a se desenvolver e melhorar como uma das tecnologias de energia renovável e sustentável mais eficazes”, disse o professor. O trabalho envolveu a colaboração com o professor Mohammad Nazeeruddin, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, na Suíça, e o professor Yun Wang, da Griffith University, que contribuiu com a modelagem para entender a interação entre as camadas de células dopadas e os materiais usados na absorção de luz. A pesquisa foi publicada em Cell Reports Physical Science (doi. org/10.2139/ssrn.3891059).
ma nova geração de células solares baratas, sustentáveis e eficientes está um passo mais perto do mercado, graças aos cientistas do Instituto Australiano de Bioengenharia e Nanotecnologia (AIBN), da Universidade de Queensland. Eles modificaram um nanomaterial para tornar células solares de perovskita (PSC, na sigla em inglês) tão eficientes quanto as baseadas em silício, mas sem o alto custo e a fabricação complexa típicos destas. O professor Joe Shapter disse em comunicado do AIBN que a descoberta atendeu a uma necessidade urgente de fontes alternativas de energia ecologicamente corretas, capazes de fornecer produção de energia eficiente e confiável. “As células solares à base de silício continuam sendo o produto dominante de primeira geração, representando 90% do mercado, mas a demanda é alta por células que possam ser produzidas com menores preço e complexidade.” Entre as tecnologias de próxima geração, as PSCs têm atraído enorme atenção por causa de sua alta eficiência e facilidade de fabricação, e a tecnologia passou por um desenvolvimento sem precedentes nos últimos anos. “Mas essa nova geração de células solares ainda tem algumas desvantagens, como baixa estabilidade a longo prazo, toxicidade do chumbo e altos custos de material.” Segundo o professor, sua equipe estudou um nanomaterial que promete superar algumas Pesquisa mostrou que a incorporação de íons de césio ao nanomaterial melhora das desvantagens da eficiência e estabilidade das células solares
AIBN/Divulgação
122
Pesquisa mira células orgânicas transparentes, eficientes e duráveis
P
esquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, estão liderando um projeto de pesquisa global para desenvolver células solares transparentes com o objetivo de torná-las duráveis por até 30 anos, visando a aplicações em construção civil, como em janelas e paredes. Uma vez que o silício não é transparente, a pesquisa tem explorado materiais orgânicos (baseados em carbono), e o desafio é criar soluções para evitar que materiais orgânicos muito eficientes de conversão de luz se degradem rapidamente durante o uso. Ao estudar a natureza da degradação nessas células solares, a equipe de pesquisadores reconheceu a necessidade de “escoramento” em alguns lugares das moléculas que transferem os elétrons fotogerados para os eletrodos de saída do sistema FV. Esses materiais são conhecidos como “aceitadores não-fulerenos”, para diferenciá-los dos “aceitadores fulerenos”, mais robustos mas menos eficientes, feitos de malha de carbono em nanoescala. As células solares baseadas com aceitadores não-fulerenos que incorporam enxofre podem atingir eficiências rivais às do silício, de 18%, mas não duram tanto porque possuem ligações fracas, que se dissociam facilmente sob fótons de alta energia, especialmente os fótons UV (ultravioleta) comuns na luz do sol. A equipe de pesquisa demonstrou que, sem proteger o material de conversão da luz solar, a eficiência cai para menos de 40% de seu valor inicial em 12 semanas sob iluminação equivalente a 1 sol. Para escorar as moléculas, primeiro foi adicionada uma camada de óxido de zinco — ingrediente comum em protetores solares — para bloquear a luz UV no lado do vidro exposto
124
Pesquisa & inovação
FotoVolt - Outubro - 2021
Robert Coelius e Kan Ding/Universidade de Michigan
Startup americana cria roupas que geram energia FV
A
parência do módulo para 40% e, em ao sol. Essa camada fina de ZnOx breve, a expectativa é de se aproximar no lado da região absorvente da luz de 60%. ajudou a conduzir os elétrons gerados O projeto conta ainda com pespela via solar para o eletrodo. Mas isso provocou a decomposição do quisadores da Universidade Estadual frágil absorvedor de luz, e então a da Carolina do Norte, nos EUA, e equipe adicionou uma camada de um das Universidades de Tianjin e de material baseado em carbono chamaZhejiang, ambas da China. Os resuldo IC-SAM, como um buffer. tados foram publicados na “Nature Além disso, o eletrodo que atrai Communications” e o artigo pode ser “buracos” carregados positivamente acessado/baixado gratuitamente em — essencialmente, espaços deixados https://www.nature.com/articles/ vagos pelos elétrons — no circuito s41467-021-25718-w. também pode reagir com o absorvedor de luz. Para proteger esse flanco, os pesquisadores adicionaram outra camada de proteção, desta vez um fulereno em forma de bola de futebol. A equipe então testou essas novas defesas para as células sob diferentes intensidades de luz solar simulada e temperaturas de até 60 ˚C. Ao estudar a degradação nessas condições, os cientistas calcularam que as células solares ainda estariam funcionando com 80% da eficiência inicial após 30 anos. A pesquisa Vestido com OPV impresso carrega aparelhos até 5 V já conseguiu aumentar a trans-
Armor Asca/Divulgação
Módulo de célula solar com 40% de transparência baseado na fórmula desenvolvida, com vida útil estimada de 30 anos. No detalhe, imagem de microscópio eletrônico de transmissão (TEM) de um corte transversal de OPV com as camadas adicionadas de material (IC-SAM e C70) revela região orgânica ativa intacta, sem desagregação nas bordas
Art by Physicist, startup de moda tecnológica do Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, uniu-se à francesa Armor Asca para criar roupas com energia solar, permitindo que as pessoas carreguem seus dispositivos eletrônicos em movimento. O projeto faz parte de nova coleção de roupa tecnológica da startup apresentada recentemente, vendida pelo site da empresa, que começa a ser entregue em outubro de 2021. Nessa primeira fase do projeto estão sendo confeccionados um sobretudo e um vestido que contam em seus tecidos com filmes orgânicos fotovoltaicos (OPV, do inglês organic photovoltaic), em forma de lótus, flexíveis e elaborados pela Armor Asca. A tecnologia permite o carregamento de dispositivos até 5 V em bolsos e partes especialmente desenhadas nas roupas. O sobretudo e os tecidos de vestuário projetados pela Art by Physicist são impressos sob demanda, usando um processo de impressão digital que evita o excesso de tecidos e usa menos água. As películas fotovoltaicas embutidas nas roupas podem ser facilmente removidas, substituídas e descartadas como qualquer outro eletrônico, segundo comunicado das empresas. As peças fazem parte de uma coleção inovadora de e-têxteis vestíveis que inclui um casaco com autoaquecimento automático reversível, um vestido programável por WiFi, designs de tecido de LED personalizáveis e acessórios Bluetooth.
126
Agenda
No Brasil Soluções sustentáveis - O Ampere: Ecossistema de Mobilidade Elétrica do Brasil vai ser realizado entre os dias 22 e 30 de outubro, em Belo Horizonte e Nova Lima, MG. O evento, que será presencial e online, apresentará novidades e soluções sustentáveis e tecnológicas voltadas para a emissão de carbono neutro. Contará com palestras e seminários híbridos, exposição de produtos no espaço físico ou experiência 3D; e até test drive de alguns veículos elétricos. O evento é uma iniciativa da Matur Contábil, Sama Produções e Eventos, Helev e conta com o apoio Institucional do Governo de Minas, Apex Brasil, Codemge, Prefeitura de Nova Lima, PNME do Governo Federal e Fundep UFMG. Mais informações em www.eventoampere.com.br. Simpósio Jurídico - Nos dias 27 e 28 de outubro, vai ser realizado o XXVII Simpósio Jurídico ABCE, em formato on-line. O tradicional evento jurídico do setor de energia elétrica pretende fomentar a discussão de temas atuais, relevantes e que estão na agenda das empresas e dos agentes, com renomados juristas e militantes do setor. Estão previstas palestras e debates sobre diversos temas, como o estágio das regras de modernização do setor elétrico; a contratação de reserva de capacidade (potência), os novos contratos, obrigações e riscos; geração distribuída e seus impactos na distribuição e no consumo de energia elétrica; risco do negócio × caso fortuito/força maior no setor de transmissão e penalidades; as “leis e comandos invasores” (leis estaduais, resoluções ANA, etc.) e seus impactos nas concessões; questões atuais de licenciamento ambiental; e os impactos da reforma tributária no setor elétrico. Mais informações sobre o simpósio podem ser obtidas no telefone (11) 99440-9283, e-mail abce@abce. org.br ou no site www.abce.org.br/ XXVIIsimposiojuridico.
FotoVolt - Outubro - 2021
EES - Nos dias 3 e 4 de novembro, será realizado no SP Expo, em São Paulo, SP, o Energy Solutions Show, que contempla conteúdo, negócios e networking. O evento visa conectar a cadeia produtiva das mais variadas fontes de geração de energia presentes na matriz elétrica brasileira, seja na geração centralizada ou na distribuída, além de trazer as soluções em eficiência energética, mercado livre, armazenamento e geração distribuída para o consumidor final, de grande e médio porte, passando pelos grids de transmissão e distribuição. É composto por congressos e salas temáticas abertas a todos os participantes, além de um marketplace. Mais informações sobre o evento estão disponíveis em www. energysolutionsshow.com.br/pt/ o_evento.html. 360 Solar - Nos dias 18 e 19 de novembro, vai acontecer em Florianópolis, SC, o 360 Solar – Conectando a energia solar fotovoltaica com o futuro, evento composto por feira e congresso. Mais informações em https://360solar.com.br. Sinerg - O I Sinerg - Seminário Interdisciplinar de Energia vai acontecer em 25 e 26 novembro em formato online. O evento, organizado pelo Programa de Pós-graduação em Energia (PPGE) do Instituto de Energia e Ambiente da USP, vai apresentar aos estudantes de pós-graduação e à comunidade científica os projetos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos no Instituto de Energia e Ambiente, assim como em outras unidades da Universidade de São Paulo, e permitir a troca entre diferentes pesquisadores da energia de maneira a propiciar o debate interdisciplinar entre os mais diversos temas da área. O público-alvo contempla discentes e docentes de programas de pós-graduação da Universidade de São Paulo, além de alunos da graduação. Serão abordados temas como: eficiência energética e usos finais; qualidade de energia; gestão e armazena-
mento no uso da energia; inovações tecnológicas e mudanças climáticas; energia e sociedade; energia e ambiente; energias renováveis; recursos fósseis; planejamento integrado; armazenamento de energia; novas tendências, cenários e modelos de mercado no setor de energia; transição sustentável e justiça energética; energia e políticas públicas; aspectos regulatórios; mudanças climáticas, acordos mundiais e ODS; análises políticas; sustentabilidade. Mais informações em https:// forms.gle/WF2eGwwY96MBL6LT6. Smart Grid - A 13ª edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. Mais informações sobre inscrições em: www.smartgrid. com.br/eventos/smartgrid2020/ sg20_ficha_de_inscricao.pdf Feicon - A Feicon/Batimat acontecerá de 29 de março a 1 de abril de 2022, no SP Expo, em São Paulo, SP. Mais informações: www.feicon.com.br. Intersolar Summit - O Intersolar Summit Brasil Nordeste será realizado em Fortaleza, CE, em 27 e 28 de abril de 2022. Voltado para especialistas brasileiros e internacionais, enfocará a energia solar e renovável na região. O congresso reunirá especialistas para discutir políticas, desafios legislativos e marcos regulatórios, bem como financiamento e soluções de integração de redes, e será realizado em paralelo com o 11º Congresso RTI Provedores de Internet e o 13º Congresso RTI Data Centers. O evento é organizado pela equipe da Intersolar South America, a maior feira e congresso da América Latina para o setor solar. Informações: https://www.intersolar.net.br/en/ home/summit-brasil-nordeste. SNPTEE - A 26ª edição do SNPTEE Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, promovido
SEJA UM
PARCEIRO MAZER SOLAR do mercado
Atendimento
ágil e humanizado
Logística rápida
Centenas
Otimização
Controle
Experiência
Melhores marcas
Projetos
em distribuição
personalizados
de combinações
de processos
e eficiente
de leads
Cadastre-se agora mesmo
no melhor Portal do Integrador e aproveite!
http://www.mazersolar.com.br/
Parceiros:
128
Agenda
pelo Cigre-Brasil, acontecerá de 15 a 18 de maio de 2022, no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, e será organizado por Furnas. Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site https://xxvisnptee.com.br. Ecoenergy/Exposec – A 9ª Ecoenergy Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia foi adiada em virtude do avanço do Covid-19 e vai acontecer de 7 a 9 de junho de 2022 no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. O evento, organizado pela Cipa Fiera Milano, é constituído por exposição de soluções para energias solar heliotérmica, solar FV, eólica, de biomassa, geotérmica e hidroelétrica; e pelos congressos Ecoenergy e Biomass Day. Paralelamente, é realizada a feira Exposec - Feira Internacional de Segurança. Informações em https://feiraecoenergy. com.br. Sendi - O XXIV Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, organizado pela EDP e promovido pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, no Pavilhão de Carapina, em Vitória, ES, foi postergado para 21 a 24 junho de 2022, em função do avanço do Covid-19. Com o tema “O futuro do setor - Descarbonização, Descentralização e Digitalização”, o evento abordará as macrotendências de transformação do setor de energia e promoverá o Rodeio Nacional de Eletricistas, uma competição onde eletricistas vindos de todo o País demonstram a realização das suas tarefas diárias, partilhando práticas seguras e inovadoras a todas as concessionárias do Brasil. Mais informações: www.sendi.org.br. FIEE - A FIEE - Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, organizada pela Reed Exhibitions, está marcada para 18 a 21 julho de 2023, no São Paulo Expo, em São Paulo, SP. Mais
FotoVolt - Outubro - 2021
informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.fiee.com.br.
Cursos Instalação de sistema FV - A ElektSolar Innovations vai promover o Curso prático de instalação de energia solar fotovoltaica em São Paulo, SP (12 a 14 de novembro) e em Fortaleza, CE (20 e 21 de novembro). Destinado a arquitetos, engenheiros, técnicos, construtores e eletricistas, o treinamento tem o objetivo de apresentar os aspectos técnicos e práticos da instalação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede em microgeração distribuída. Os participantes terão acesso a ferramentas e materiais específicos da área fotovoltaica, realizarão testes, medições e a montagem de um sistema fotovoltaico completo. O curso vai abordar todas as etapas da instalação de um sistema, bem como os componentes e materiais utilizados, suas características e particularidades. Mais informações: https://elektsolar. com.br/cursos-e-eventos. Cursos EAD - O Canal Solar realiza diversos cursos voltados ao setor fotovoltaico em formato EAD. Um deles é o de Fundamentos de energia solar fotovoltaica, composto por quatro módulos. O primeiro trata de tipos de sistemas fotovoltaicos, radiação solar, células e módulos fotovoltaicos, sombreamento dos módulos FV, dimensionamento e instalação dos painéis solares. O módulo 2 abrange conceitos básicos de eletricidade, dimensionamento de um sistema off-grid e introdução a microredes e sistemas híbridos. Por sua vez, o terceiro compreende o funcionamento de um sistema conectado à rede e seus componentes, além de dimensionamento, instalação e operação e manutenção. Finalmente, o módulo 4 aborda a segurança nas instalações e a solicitação de acesso à rede, entre outros temas. A empresa também disponibiliza o curso Projeto de sistemas FV com PVSyst e Solergo, que visa gerar relatórios de
desempenho e análise das principais causas de perdas nos sistemas fotovoltaicos. O curso inclui análise de sombreamento de sistemas fotovoltaicos em usinas solares e telhados, as características técnicas dos componentes de um sistema FV, especificação e dimensionamento, estudo de posicionamento de módulos e arranjos fotovoltaicos, análise de sistemas fixos e com rastreamento, etc. Mais informações em https:// canalsolar.com.br/cursos. Geração distribuída - A Viex, em parceria com o Sindienergia-RS, promove diversos treinamentos voltados ao setor elétrico. O curso Modelos de negócio em geração distribuída – Aspectos regulatórios, contratuais e viabilidade de projetos de geração distribuída, disponível online, aborda aspectos regulatórios, contratuais e viabilidade de projetos de geração distribuída. O curso é voltado a empreendedores de projetos de energia solar fotovoltaica de diferentes portes, indústrias de diversos setores, grandes estabelecimentos comerciais, integradores de projetos e a cadeia de equipamentos e serviços. Mais informações sobre o curso podem ser obtidas em www. viex-americas.com/cursos.
No exterior Light + Building – A Light + Building será realizada de 13 a 18 de março de 2022, em Frankfurt, Alemanha. Mais informações: https://light-building.mes sefrankfurt.com/frankfurt/en.html. IEEE PES T&D - De 25 a 28 de abril de 2022, será realizada a conferência e exposição IEEE PES T&D, em New Orleans, EUA. Realizado a cada dois anos, o evento é patrocinado pela IEEE Power & Energy Society e tem o objetivo de compartilhar os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos da indústria de energia elétrica. Mais informações podem ser obtidas em https://ieeet-d.org.
Quer ficar por dentro de TODAS AS NOVIDADES DO SETOR SOLAR? Seja um dos nossos associados! Aqui na ABSOLAR você: Tem acesso a um suporte técnico qualificado, com estudos e análises exclusivas
Conecta-se com as principais empresas do setor
Recebe informações em primeira mão
É MUITO MAIS ENERGIA PARA O SEU NEGÓCIO! Entre em contato para mais informações: 11 3197 4560 | 11 98943-8958 associativo@absolar.org.br
www.absolar.org.br
134
Produtos
FotoVolt - Outubro - 2021
Poste solar A EasyWatt fornece o poste de iluminação solar autônomo LuZeko 304, indicado para estacionamentos, condomínios, hotéis, áreas remotas, centros urbanos, etc. Segundo a empresa, a instalação é fácil, sem obras nem ligação à rede. O produto é equipado com painel solar de 95 Wp, que conta com alto rendimento, vidro temperado de alta eficiência, estrutura em alumínio e resistência à corrosão. O poste é fabricado em aço galvanizado ou fibra de vidro. A caixa possui estrutura em alumínio, na cor preto fosco. Já o módulo LED de 40 W tem intensidade regulável e vida útil de 60 mil horas. O equipamento conta ainda com controlador de carga inteligente programável/dimerizável, com controle remoto. Segundo a empresa, a bateria estacionária 840 Wh/dia tem até três dias de reserva de energia e é livre de manutenção.
www.easywatt.com.br
Alicate amperímetro A Fluke fornece o alicate amperímetro 393 FC de garra fina de 1500 V CAT III, com classificação IP54. Segundo a empresa, com classificação de segurança CAT III 1500 V/CAT IV 6000 V, o 393 FC proporciona segurança para trabalho em ambientes CC de até 1500 V, como painéis solares, energia eólica, ferrovias elétricas e bancos de baterias de data center para fontes de alimentação ininterrupta. Além disso, a garra fina do equipamento permite a utilização em caixas de combinadores, inversores e espaços apertados, tornando-o ideal para aplicações de energia solar, destaca a companhia. Mede até 1500 V CC, 1000 V CA e até 999,9 A CC ou CA por meio da pinça em garra. A ponta de prova flexível de corrente iFlex incluída estende as medições de corrente
CA em até 2500 A. Ao medir a corrente CA, a ponta de prova iFlex é capaz de passar por espaços extremamente pequenos, oferecendo aos técnicos acesso a cabos difíceis de prender à ponta de prova. De acordo com a empresa, a classificação CAT III 1500V CC e o IP54 do Fluke 393 FC permitem sua utilização em trabalhos ao ar livre em painéis solares e sistemas de energia eólica e medição de potência CC. Fornece visualização de leituras rápidas e detalhadas em kVA, polaridade de áudio e recursos de continuidade visual para garantir que os painéis fotovoltaicos sejam instalados corretamente. O instrumento conta ainda com o registro, compartilhamento, e relatório de resultados de teste por meio do software Fluke Connect, além de ferramentas dedicadas para projeto solar, instalação e solução de problemas.
https://forms.fluke.com/IG-MULTI2021-FLUKE393-BRPT-PR
Inversores A Fotus fornece no mercado brasileiro os inversores da marca chinesa Kehua. Os equipamentos contam com DPS CC tipo II interno, osciloscópio integrado nos modelos trifásicos, oversizing CC sugerido 35% (potência máxima de entrada está limitada aos parâmetros de tensão e corrente máxima do equipamento), sobrecarga CA de 10% (exceto o inversor SPI-6000B2, que não possui sobrecarga CA), dispensam o uso de string
box e contam com app para celular e sistema de monitoramento via Cloud. Os modelos monofásicos 3kW 6kW possuem tensão 220V, potências de 3 e 6 kW, comunicação WiFi e DPS tipo II CC integrado. Já os trifásicos 380 V têm potências 30, 40, 50 e 60 kW; 2 / 3 / 4 MPPTs; string box integrada; display colorido; diagnóstico inteligente; arrefecimento forçado; e baixo ruído.
https://fotusenergia.com.br/kehua-tech
Módulos solares A Soprano oferece os módulos fotovoltaicos half-cell 340 W policristalino e 410 W monocristalino. Segundo a empresa, a tecnologia half-cell fornece aos equipamentos melhor desempenho na geração de energia frente a situações em que há sombreamentos parciais durante o período de incidência solar. Devido ao tamanho da célula ser reduzido pela metade em relação aos demais modelos, as perdas elétricas do módulo também diminuem, aumentando a sua eficiência global, afirma a empresa. O módulo JY410M6-FS-9 / 410W, de silício monocristalino PERC, possui eficiência de 20,38%, halfcell, 9 busbars 05542.1410.14. Segundo a empresa, por possuir nove busbars, o modelo permite maior eficiência na circulação da corrente elétrica no módulo, incrementando sua eficiência global – módulos comuns geralmente possuem de 3 a 5 busbars. Por sua vez, a tecnologia PERC para o silício monocristalino aumenta a eficiência das células, além de propiciar um efeito ótico refletivo que aumenta a captação da radiação solar. A empresa também fornece o modelo JY340P-6-FG-5 / 340W Half-Cell, de silício policristalino.
www.soprano.com.br
Atendimento ao leitor
FotoVolt - Outubro - 2021
135
Como receber A revista FotoVolt é enviada gratuitamente para profissionais e empresas devidamente qualificados. Se você está interessado em receber a revista, preencha todos os campos pertinentes deste formulário e envie-o para:
Sim, desejo receber a revista FotoVolt gratuitamente. Empresa: _____________________________________________________________________ Nome completo do leitor: ____________________________________________ Sexo:
masc.
fem.
Cargo: _______________________________________ Área: ____________________________ E-mail: _______________________________________________________________________________________
Aranda Editora Al. Olga, 315 01155-900 São Paulo, SP Tel. (11) 3824-5300
Endereço da empresa: _____________________________________________ Complemento: _______ Bairro: __________________________ Cidade: _______________________________ UF: _____
A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos seus dados.
CEP: ____________________ DDD: _____ Telefone: _____________________ Ramal: ___________ E-mail da empresa: __________________________________________ Site: _______________________________ Principal produto ou serviço: __________________________________________________________ Número de empregados:
Até 50
51 a 100
101 a 500
501 a 1000
acima de 1000
Você/sua empresa é: 1) Fornecedor(a) de produtos e soluções para energia fotovoltaica Fabricante
Importador(a)
Revendedor(a)
Distribuidor(a)
Outros (especificar) _____________________________________
2) Prestador(a) de serviços Integrador(a)
Instalador(a)
Projetista(a)
Consultor(ia)
Manutenção
Consultor(a)
Escritório de arquitetura
Outros (especificar) __________________________________________________________
3) Usuário(a) final Concessionária de energia elétrica ou cooperativa de eletrificação Telecomunicações
Indústrias em geral
Comércio e serviços
Outros (especificar) ___________________________________________________
Órgãos governamentais e instituições
CONECTANDO A ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA COM O FUTURO.
PARTICIPE DO MAIOR EVENTO DO SETOR NO SUL DO PAÍS PALESTRAS WORKSHOPS NETWORK EXPOSIÇÕES E NEGÓCIOS ESPAÇO PARA STARTUPS
RESORT COSTÃO DO SANTINHO FLORIANÓPOLIS-SC 18 A 19 DE NOVEMBRO DE 2021
www.360solar.com.br
Publicações
FotoVolt - Outubro - 2021
Instalação de painéis FV A 2P Acessórios elaborou um Guia de melhores práticas para instalação de painéis fotovoltaicos, com o objetivo de auxiliar os integradores em questões como planejamento de instalações, diagramação de painéis, fixação das estruturas e dos microinversores/otimizadores, etc. A publicação aborda ainda aspectos relacionados à execução da parte elétrica no
telhado, fixação dos painéis na estrutura, finalização da parte elétrica no ambiente interno do cliente e limpeza final para entrega. O guia está disponível para download em https:// materiais.2pacessorios.com.br/ baixe-o-guia. Estudo estratégico - O Estudo Estratégico Geração Distribuída Mercado Fotovoltaico - 1º semestre 2021, elaborado pela consultoria Greener, fornece um panorama do setor fotovoltaico brasileiro com foco na cadeia de geração distribuída, evolução do mercado, principais números, desafios e tendências. Entre os participantes da pesquisa realizada pela consultoria, estão integradores, distribuidores, além de fabricantes,
distribuidores e prestadores de serviços. Em destaque na publicação, estão a estabilidade de preços dos sistemas fotovoltaicos para o cliente final, apesar da elevação dos equipamentos; o setor de varejo que, dentre os consumidores comerciais, representa 38% das instalações, sendo o
que mais instala sistemas fotovoltaicos; e a presença do financiamento bancário em 54% das vendas de sistemas fotovoltaicos realizadas no 1º semestre de 2021. O volume de módulos fotovoltaicos atingiu 4,88 GW no primeiro semestre
137
de 2021, superando o volume do ano todo de 2020. As empresas de micro e pequeno porte lideram o uso de sistema fotovoltaicos. Na pesquisa, mais de 74% das instalações comerciais foram direcionadas para essa categoria. O estudo está dividido em oito partes: cadeia de suprimentos; empreendimentos GD; integradores; preços; perfil do consumidor final; contexto regulatório; conclusões; e dados dos patrocinadores. Mais informações sobre o estudo, podem ser obtidas em https:// greener.greener.com. br/estudo-gd-1s2021?utm_ campaign=pesquisa_gd_ 1s2021_lancamento&utm_ medium=email&utm_source =RD+Station.
Índice de anunciantes 2P...................................................53
Elgin ...............................................87
Inox-Par..................................10 e 11
Saj...................................83 e 4ª Capa
360 Solar......................................136
Embrastec .......................................49
Isoeste Metalica.............................113
SB Solar..........................................97
Absolar.........................................129
ENGM Energia .................................16
JA Solar...................................26 e 27
Serrana Energia ..............................77
Alubar.............................................51
Ensolar............................................24
Kehua.............................................79
Solar Group.............................30 e 31
Balfar...........................................103
Fimer............................................111
Loja Elétrica ....................................59
Solar Tritec....................................125
Bel Energy.......................................35
Fluke..............................................39
Ludufix.........................................119
Solax Power....................................23
Brassunny................................40 e 41
Fockink.........................................115
Max-Del..........................................60
Solfacil ...........................................99
Cabelauto .......................................69
Foco Energia ...................................73
Mazer...........................................127
Solis............................................4 e 5
Chint.................................................7
GB Seguros .....................................89
Minha Casa Solar.............................47
Soprano..........................................15
Clamper..........................................91
Growatt ...................................2ª Capa
Mo Energia......................................38
SSM Metálicas .................................81
Conte Solar....................................101
Grupo Mater............................74 e 75
Novemp..........................................67
Termotécnica ...................................98
Cordeiro..........................................95
HCC Energia Solar............................57
NTC Somar...............................3ª Capa
Trael...............................................33
Dah Solar................................12 e 13
Helius Energia ...............................105
Photo Energy.................................107
Voestalpine Meincol .........................25
Deye...............................................37
Helte...............................................61
Resun ...........................................117
W/Nunes ........................................63
Ecori ........................................5ª Capa
Hopewind........................................93
Ribeiro Solar .................................123
Walsywa .........................................19
Edeltec ..........................................109
Horus......................................44 e 45
Risen ..............................................17
Weidmuller......................................85
EGA ................................................21
Ibrap ..............................................55
Romagnole......................................71
Eikon............................................121
IEM.................................................72
Romiotto.........................................65
Solar FV em foco
138
Q
FotoVolt - Outubro - 2021
O avanço da energia solar no Rio Grande do Sul Mara Schwengber, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *
“ Há um grande desafio de políticas públicas no Rio Grande do Sul, pois
faltam medidas que incentivem a geração própria de energia pela população.
uando se fala em energia solar fotovoltaica, o Rio Grande do Sul ocupa uma posição de destaque. Afinal, são mais de 802 megawatts (MW) em potência instalada atualmente, o que representa 12,1% da potência total em geração distribuída operacional no Brasil. O estado vem crescendo de maneira exponencial no uso da tecnologia fotovoltaica, impulsionado por diversos fatores, como o aumento das tarifas de energia elétrica e das bandeiras tarifárias, a crise hídrica e o avanço no Congresso Nacional do marco legal da microgeração e minigeração distribuída a partir de fontes renováveis. Neste contexto, a procura dos consumidores por uma solução que evite a elevação de custos com energia elétrica tem aumentado com força. Esta procura encontra amparo na grande disponibilidade de linhas de financiamento ofertadas por instituições financeiras, públicas e privadas, bem como por cooperativas de crédito, com opções em que é possível ter uma economia da conta de luz igual ou maior do que o valor mensal da parcela do financiamento a ser pago. Com uma excelente radiação solar disponível, o território gaúcho com menor recurso solar é 40% superior à melhor região da Alemanha, a Bavária. Com mais de 75 mil conexões em operação, 72,6% das unidades consumidoras do estado são residenciais. Já com relação à potência instalada, a classe residencial representa 39,7%, seguida da classe de comércio e serviços com 33,9%.
Outro benefício muito relevante da energia solar em solo gaúcho é a geração de emprego e renda para a população. Desde 2012, foram gerados mais de 23,5 mil empregos na área. O setor tem um papel importante no cenário de retomada de crescimento econômico sustentável no pós-pandemia de Covid-19, não somente na geração de emprego e renda, mas também no desenvolvimento econômico regional, pois à medida que o consumidor (pessoa física ou jurídica) atinge uma economia na conta de luz, esse valor mensal, que até então era pago para a distribuidora de energia elétrica, passa a ser injetado na economia local. Este movimento proporciona novos investimentos, fazendo girar o comércio, indústria e serviços locais, e contribui para o crescimento econômico do estado. Na mesma escala de benefícios da geração distribuída para a sociedade brasileira está o incremento na arrecadação de tributos, que já ultrapassam R$ 1 bilhão. Dessa forma, podemos afirmar, com convicção, que a fonte solar fotovoltaica contribui fortemente para o desenvolvimento econômico, social, ambiental, estratégico, energético do Rio Grande do Sul. No entanto, ainda há um grande desafio no setor no âmbito de políticas públicas no estado. Faltam medidas que incentivem a geração própria de energia renovável pela população. Nesse sentido, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica recomenda ao Governo do Rio Grande do Sul a criação de um programa estadual
”
estruturado de fomento à energia solar fotovoltaica, como a desoneração do ICMS sobre a parcela TUSD dos créditos de energia elétrica, bem como via incentivos ao desenvolvimento da cadeia de valor regional e metas de instalação de sistemas solares em prédios públicos, como escolas, hospitais, universidades e edifícios administrativos. Vivemos forte pressão sobre os nossos recursos hídricos, com aumento da insegurança no fornecimento de energia elétrica e até mesmo risco de racionamento. Diante disso, é fundamental avançar com a aprovação do PL nº 5.829/2019, o marco legal da geração própria de energia renovável. Ele trará a segurança jurídica exigida pela sociedade e pelo setor, proporcionando novas oportunidades e soluções para o mercado, tanto para os consumidores que buscam redução de custos aliadas à sustentabilidade, quanto para as empresas que atuam no setor de energia solar. Mesmo o Rio Grande do Sul sendo o terceiro estado do Brasil em potência instalada, apenas 1,8% das unidades consumidoras do estado já geram sua própria energia elétrica, fração mínima da sociedade gaúcha. Por isso, ainda há um longo caminho a ser percorrido em busca da energia limpa, renovável e barata produzida a partir do sol.
* Respectivamente, Coordenadora Estadual da Absolar no Rio Grande do Sul e diretora da Solled Energia; CEO da Absolar; e Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.