Uma lista com diversas fornecedoras de eletrocentros, detalhando tipo de construção, proteções e equipamentos integrados (inversores, seccionadores, contatores, etc.). Os eletrocentros se destacam no segmento por oferecem ganhos de tempo de montagem, evitando construções em alvenaria, e custo atrativo.
O potencial das baterias para mitigar as rampas de demanda
A previsão do aumento das rampas de carga, de 25 GW em 2024 para 50 GW em 2028, devido ao crescimento da energia fotovoltaica, tem exigido maior flexibilidade para atender aos requisitos de potência. O armazenamento de energia surge então como solução viável para esses desafios.
O bicho-papão sumiu
Com a constatação de que o início da cobrança da tarifa-fio não inviabiliza projetos, como se temia, o ano de 2024 mostra forte retomada das vendas e assim também dos financiamentos de projetos solares de geração distribuída, mercado que é favorecido ainda pela queda acentuada dos preços dos módulos.
Serviços de termogra a para sistemas fotovoltaicos
A termografia detecta anomalias térmicas em módulos e conexões, invisíveis a olho nu, ajudando a identificar células defeituosas, conexões soltas e inversores superaquecidos, entre outros, e evitando perda de geração de energia. No guia são apresentadas empresas que oferecem serviços de termografia, com o escopo de inspeções oferecidas.
Intersolar South America alcança edição histórica com recorde de público
A maior feira de energia solar da América Latina reuniu mais de 600 expositores e 55 mil visitantes, destacando inovações do setor fotovoltaico.
Seguidores ( tracking systems) fotovoltaicos
Também chamados de rastreadores ou trackers, os seguidores ajustam a posição dos módulos para otimizar a captação de radiação solar ao longo do dia. O levantamento lista diversos fornecedores com as características dos sistemas fornecidos, como ângulo de rotação, exatidão de rastreamento, solução de controle e comunicação e outras.
DATE YEAR DESTINATION
NOVEMBER 19–20 2024 AUSTIN TEXAS
FEBRUARY 12–14 2025 GANDHINAGAR
FEBRUARY 25–27 2025 SAN DIEGO
MARCH 12–13 SUMMIT 2025 NAIROBI
APRIL 7–9 2025 DUBAI
APRIL 23–24 SUMMIT 2025 FORTALEZA
MAY 7–9 2025 MUNICH
AUGUST 26–28 2025 SÃO PAULO
SEPTEMBER 2–4 2025 MEXICO CITY
OCTOBER 28–29 SUMMIT 2025 PORTO ALEGRE
A r m a z e n am e n t o, f i n a n c i am e nt o e m u i t o t ra b a l h o
Mauro
Sérgio Crestani, Editor
egue aguerrida a briga a respeito dos subsídios às energias renováveis no Brasil, com argumentos justificáveis (uns mais, outros menos) e rechaçáveis. Importa mostrar números. Muito se fala da energia vertida turbinável (EVT), representada, nas hidrelétricas, pela água que passa pelos vertedouros em vez de pelas turbinas para gerar energia elétrica. No ano passado, com reservatórios próximos dos limites máximos, a EVT contabilizada foi de 6,5 GW, significando que 9% da carga do sistema interligado poderia ter sido atendida com essa água despejada rios abaixo. A EVT, em suma, representa a geração hídrica deslocada pelas usinas solares fotovoltaicas e eólicas, não controláveis, que em 2023 acrescentaram 19 GW de capacidade ao sistema, sendo 12 GW apenas de fotovoltaicas. Este ano a EVT poderá ser menor mas ainda expressiva, porque a perspectiva é de acréscimo de ao menos 12 GW apenas de solar. Fala-se muito, e com razão, do constrained-off das usinas solares e eólicas. O vertimento turbinável é o mesmo pelo lado das hidrelétricas.
Outro lado dessa participação crescente da energia solar especialmente no seu pico de geração é a chamada “rampa de carga”, uma vez que essas usinas rapidamente reduzem sua produção no final da tarde, exigindo resposta rápida das outras fontes para assumir 25% ou mais da demanda num intervalo de poucas horas. Essa flexibilidade é hoje exercida pelas hidrelétricas, mas em razão dos novos perfis de usinas desse tipo haverá que se agregar outros recursos daqui em diante, entre os quais pontua o armazenamento de energia. Tema de uma excelente reportagem nesta edição, que trata do assunto exatamente pelo aspecto das rampas, o armazenamento em baterias é visto por especialistas como a solução favorável para lidar tanto com as rampas de carga quanto com o excesso de geração das renováveis não despacháveis, assim contribuindo com a otimização da inserção dessas fontes no sistema. De quebra, por assim dizer, ainda evitaria parte do curtailment para as eólicas e fotovoltaicas, as quais, nos últimos dois anos, foram submetidas a cortes de injeção que representam desperdício acumulado de energia de cerca de R$ 1 bilhão, segundo calculou a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. Em outras palavras, baterias também deslocariam investimentos em transmissão de energia elétrica.
Nesta edição destaca-se também a reportagem sobre financiamento da geração fotovoltaica distribuída, matéria que, ouvindo especialistas em análise do mercado e dirigentes de empresas de financiamento, sublinha mais um ótimo momento para o setor financeiro com linhas para o segmento. E ainda o extenso trabalho que descreve para os leitores muitos dos produtos e serviços destacados pelas empresas expositoras na última Intersolar South America, fruto do esforço da reportagem de FotoVolt, que teve de garimpar informações junto às centenas de expositores e, principalmente, em meio aos mais de 55 mil visitantes que afluíram à exposição este ano. Ficam aqui nossos parabéns aos organizadores da feira, e também a nós próprios.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam )
REDAÇÃO
Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis
Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp
Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr
UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com
Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.
PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto
DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva
CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino
Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br
SERVIÇOS
Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A.
Distribuição: ACF Ribeiro de Lima
TIRAGEM: 10.000 exemplares
FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda.
Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br
ISSN 2447-1615
Usinas solares centralizadas ultrapassam os 15 GW no Brasil
OPaís ultrapassou a marca de 15 GW de potência operacional nas grandes usinas solares fotovoltaicas, de acordo com mapeamento da AbsolarAssociação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, com base em dados da Aneel. Segundo cálculos da entidade, o segmento de geração solar centralizada já trouxe mais de R$ 64,3 bilhões em investimentos ao país, mais de 452,5 mil empregos acumulados e R$ 21,3 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.
As UFVs centralizadas operam em todos os estados brasileiros, com liderança, em potência instalada, da região Nordeste, com 58,6%; seguida pelo Sudeste, com 40,3%; Sul, com 0,5%; Norte, com 0,3%; e Centro-Oeste (incluindo o DF), com 0,3%, aponta a Absolar.
cessidade de reforço do planejamento e mais investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo em linhas de transmissão e novas formas de armazenar energia, principalmente baterias.
MME e EPE estudam incluir mudanças climáticas no planejamento
OMME - Ministério de Minas e Energia e a EPE - Empresa de Pesquisa Energética iniciaram estudo para avaliar a forma de incorporação dos efeitos das mudanças climáticas no planejamento da matriz elétrica do Brasil. A ação faz parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da agência alemã de fomento GIZ e que conta com recursos do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento da Alemanha (BMZ).
Apesar dos números de crescimento, a Absolar alerta sobre os crescentes cortes de injeção à rede dessas usinas determinados pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, os chamados curtailment. Ao se somar as duas principais renováveis variáveis, eólica e solar fotovoltaica, o cenário representa um desperdício acumulado de energia de cerca de R$ 1 bilhão nos últimos dois anos, sendo cerca de R$ 700 milhões da primeira e R$ 300 milhões da segunda.
Em comunicado, para combater esses cortes, a Absolar ressalta a ne-
A ser elaborado em parceria com consórcio formado pelas consultorias PSR e Tempo OK, o estudo pretende simular os impactos de cenários futuros de mudanças climáticas sobre o sistema elétrico brasileiro. Serão analisadas, por exemplo, alterações nas variáveis de precipitação, temperatura, irradiação solar e vento. Como recursos da pesquisa, serão utilizadas projeções climáticas de modelos do IPCCPainel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e da ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.
jamento mais resiliente e adaptado. Além disso, o projeto abordará aspectos sociais, como a pobreza energética e a chamada transição energética justa, nestes casos especialmente em regiões vulneráveis, como o Nordeste.
A metodologia de simulação, conduzida pela PSR, partirá de cenário de demanda elétrica igual ao dobro da atual, que será analisado com modelos computacionais de planejamento da operação energética de médio e longo prazo (SDDP) e de planejamento da expansão energética (OptGen).
Essa análise determinará cenários de expansão da oferta de energia para o atendimento da demanda. Em seguida, a partir de três matrizes futuras possíveis, com diferentes composições de fontes e tecnologias, essas ferramentas realizarão simulações operativas do SIN considerando os impactos das mudanças climáticas. A previsão é que o estudo seja concluído em junho de 2025.
Corsan e Minerva Foods são novas sócias no complexo Janaúba
AElera Renováveis, empresa do grupo canadense Brookfield, anunciou recentemente mais dois contratos no formato de autoprodução para a expan-
A meta do projeto é elaborar diagnóstico detalhado de como a matriz elétrica brasileira se comportará diante de diferentes cenários climáticos. Para o MME, isso deve permitir um plane-
são do seu Complexo Solar Janaúba, na cidade de mesmo nome no norte de Minas Gerais, a partir de 2025. Um deles foi com a Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento, do Rio Grande do Sul, que passará a deter
Número de UFVs centralizadas segue aumentando, assim como o curtailment
Empresas entrarão como autoprodutoras na nova fase de Janaúba. Complexo tem hoje 1,2 GW em operação
Atlas
Divulgação
144 MW da capacidade de uma das usinas da expansão, prevista para entrar em operação no primeiro trimestre de 2025 e que agregará mais 422 MWp de potência ao projeto. Janaúba já é considerado hoje o maior complexo FV do País, com capacidade total de 1,2 GW e em operação desde julho de 2023.
A empresa de saneamento gaúcha, recentemente privatizada para a Aegea Saneamento, assinou com a Elera contrato no modelo de autoprodução por arrendamento, vigorando a partir de janeiro de 2025 com prazo de contrato de 15 anos. A Corsan utilizará a energia solar para compensar o consumo de várias de suas unidades consumidoras, situadas em 317 dos 497 municípios gaúchos, para os quais presta serviços de água e esgoto.
Antes, a Elera havia anunciado contrato com a Minerva Foods para expansão do complexo solar. Com o contrato, a Minerva, que atua no processamento e na comercialização de carne e couros, deterá 48 MW da nova capacidade.
A expansão é fruto de investimento de R$ 1,2 bilhão e contemplará a instalação de mais de 750 mil módulos solares bifaciais, totalizando mais de 2,9 milhões no complexo. Em maio, a Elera havia divulgado que 50% da energia da expansão projetada já estava comercializada no mercado livre de energia e com negociações avançadas para alcançar 70% da capacidade comercializada em contratos no formato de autoprodução, como os agora anunciados, a partir de 2025.
O empreendimento atualmente em operação negociou, em 2023, quatro parques em autoprodução com a operadora de telecom Vivo, totalizando 237 MWp, 20% do instalado, e que atendem 75% do consumo da operadora no País, abastecendo mais de 200 unidades consumidoras em média tensão da empresa.
BMG Energia desenvolve hub de hidrogênio com FV na Bahia
ABMG Energia divulgou estar desenvolvendo, para médio ou longo prazo, projeto de energia solar fotovoltaica associada à produção de hidrogênio verde no sudoeste de Bahia. A ideia, segundo conversações da empresa com o governo baiano, é criar um hub de hidrogênio verde em área entre as rodovias BR-030 e BA-160, a 100 km da cidade de Guanambi, e próxima à Ferrovia de Integração Oeste–Leste, em construção.
Os terrenos previstos para a implantação do complexo fotovoltaico devem abranger três municípios: Sebastião Laranjeiras, Palmas de Monte Alto e Iuiu. O projeto se baseará, segundo a BMG, em microlotes, na área total de 20 mil hectares, que serão instalados ao longo de dez a doze anos, ao término do qual devem estar com 100% da capacidade operando.
O planejamento contempla 268 microprojetos de solar, cada um deles com 45 MW de potência, o que totalizaria 12 GW. Segundo o diretor executivo da BMG Energia, Cláudio Semprine, a proposta é que seja criada uma zona industrial de geração, processamento e exportação de energia a partir da tecnologia fotovoltaica, para a produção de hidrogênio verde. Com isso, a proposta
Arcadis,
é atrair indústrias com potencial de desenvolver produtos verdes, como os setores de fertilizantes, siderurgia e cimenteiras.
A área em que o projeto deve ser implementado pertence ao grupo BMG, que a utilizou em diversas culturas agrícolas, como milho, algodão, grãos e ainda em pecuária. Segundo Semprine, três linhas de 500 kV cruzam a área do projeto, sendo duas em fase de construção, que vão de Bom Jesus da Lapa (BA) até Jaíba (MG), e uma terceira linha já existente, de 300 quilômetros, que vai até Janaúba, no Norte de Minas.
The Smarter E South America atrai 55 mil visitantes
AThe smarter E South America, que reuniu as feiras e as conferências Intersolar South America, ees South America, Eletrotec+EM-Power South America e Power2Drive South America, encerrou a edição deste ano com
Número de expositores mais de 20% maior que o da edição do ano passado
Cela e Siemens se unem para H2V no Brasil
F oi assinado recentemente um acordo de cooperação para desenvolvimento de novos negócios de hidrogênio verde no Brasil entre as empresas Arcadis, de engenharia e consultoria de projetos, a Cela - Clean Energy Latin America, que atua em assessoria financeira e consultoria de projetos de transição energética, e a alemã Siemens, com portfólio de tecnologias para infraestrutura e indústria, automação, software e eletromobilidade.
A proposta é acelerar o desenvolvimento de projetos e parcerias com a elaboração de estudos estratégicos e fornecimento de soluções tecnológicas. Fazem parte do escopo: oferta de engenharia de aplicação para integração elétrica, automação e digitalização das plantas, estudos elétricos de conexão com grid e operação de usinas, fornecimento de equipamentos, serviços e soluções para distribuição de energia, automação e digitalização, consultoria e assessoria financeira, incluindo estudos de mercado, análise regulatória, estruturação de plano de negócios, análise financeira de investimentos, due diligence, mapeamento de potenciais parceiros, levantamento de fontes de financiamento, análise de modelos de negócios, estratégia setorial, fusões e aquisições (M&A) e project finance
Izilda
França
Notícias
mais de 650 expositores, cerca de 55 mil visitantes de 50 países e mais de 2,5 mil participantes em seus quatro congressos paralelos. O evento aconteceu entre os dias 27 e 29 de agosto, em São Paulo.
Como reflexo do dinamismo dos setores cobertos pelas feiras em paralelo (solar, baterias, veículos elétricos e gestão e instalações), os números representam crescimento sobre 2023, quando compareceram 50 mil visitantes para conhecer novidades e tendências de 530 expositores. Central na atratividade foi a Intersolar, maior feira de energia solar fotovoltaica da América Latina, fonte que no Brasil já atingiu 46 GW de potência instalada, com projeção de adicionar mais 2 GW até o fim do ano. Parte considerável dos estandes, palestras e debates do evento foi dedicada ao setor.
Uma novidade, porém, que ajudou a aumentar o escopo de soluções para a transição energética foi a estreia da Power2Drive South America, voltada para a eletromobilidade e infraestrutura de recarga e que contou com área própria de exibição, além de ciclo de debates e palestras no congresso.
“Nas últimas edições já vínhamos observando o crescimento de soluções de mobilidade elétrica na The Smarter E, além de menções ao segmento nos congressos. O mercado brasileiro está crescendo absurdamente rápido. Daí a necessidade de reunir esses profissionais, estabelecer networking, trazer conhecimento e compartilhar experiência”, disse o consultor do congresso da Power2Drive e COO da empresa Move, Rafael Cunha.
Também a feira e congresso de sistemas de armazenamento de energia, a ees South America, foi considerada bem-sucedida. Esta é a opinião, por exemplo, de Markus Vlasits, o presidente do congresso da área
e também dirigente da ABSAE - Associação Brasileira de Soluções de Armazenamento de Energia. “Tivemos debates ricos sobre temas cruciais, entre eles reserva de capacidade, como os sistemas de armazenamento trazem firmeza e confiabilidade para o sistema elétrico. Em relação à feira, a primeira coisa que chama muito a atenção é a área de armazenamento ter crescido e muito, creio que tivemos uma duplicação no espaço ocupado”, disse.
Para o diretor da organizadora internacional do evento, a Solar Promotion International, Florian Wessendorf, o sucesso do The smarter E South America pode ser creditado à abundância de recursos solares na América Latina combinada ao entendimento de que a inovação será determinante para o futuro da energia e da economia da região. “A transição e a segurança energética estão no centro dos mais importantes debates em todo o mundo, por isso as soluções e aplicações capazes de impulsionar esse movimento são o foco do setor privado, da sociedade civil e dos governos”, disse Wessendorf.
A edição 2025 do The smarter E South America já está marcada para o período de 26 a 28 de agosto, no mesmo Expo Center Norte, em São Paulo.
SAJ traz ao Brasil sistema de armazenamento “tudo-em-um”
Com a atual tendência de agregar sistemas de armazenamento de energia às instalações, seja para otimizar a geração fotovoltaica, para driblar
os altos preços das tarifas de ponta ou para evitar investimentos em reforço de redes, vários fornecedores que já atuavam no Brasil com inversores para energia solar vêm trazendo ao país suas soluções nessa área, agregando-as à oferta local. Um exemplo é a SAJ Electric, que apresentou na Intersolar South America 2024 (São Paulo, 27 a 29 de agosto último) o seu sistema “tudo-em-um” CHS2, constituído por inversor híbrido de 50 kVA e conjunto de sete baterias de lítio-ferro-fosfato com capacidade de 14,3 kWh cada, perfazendo 100 kWh de no total. “E é expansível. Pode-se acoplar até mais três módulos de baterias em cada CHS2, atingindo 400 kWh com um único inversor. E, para alguns casos, ainda é possível instalar até mais 10 equipamentos em série, obtendo um banco de baterias de até 4 MWh em uma única instalação”, disse à FotoVolt durante a Intersolar Gilmar Rodrigo Oliveira, engenheiro eletricista do suporte técnico do SAJ.
Segundo Oliveira, o principal atrativo do equipamento é a praticidade na instalação. Sendo um equipamento “tudo em um”, não requer trabalho de instalação das baterias, que já vêm montadas de fábrica, e outras conexões complexas. “É plug-and-play, só é necessário realizar o acoplamento c.a. e c.c. e ainda, quando é o caso, a conexão com grupo gerador a diesel.”
Pelo nível de potência do equipamento, o mercado ideal é o segmento de consumidores comerciais. “É indicado a quem busca diminuir custos com demanda contratada, ou para quem não quer fazer uma reforma de rede, para distribuidoras de energia que muitas vezes têm custos de reforma de rede muito elevados”, disse o engenheiro. Ele chama atenção para as vantagens em redução da demanda de ponta: “Tendo um banco de baterias de 100 kW, o usuário não precisará pagar uma demanda muito elevada, nem desligar uma ou outra carga importante quando chega a hora de ponta. Às vezes só com
essa economia o consumidor já paga o equipamento. E sem necessariamente ter energia solar.” Assim, é possível programar os horários em que o inversor carrega e descarrega as baterias.
Já no caso de reforço às redes, Oliveira afirma que o equipamento pode postergar ou mesmo eliminar a necessidade de ampliação dos sistemas existentes. ”Considerando o preço do equipamento e dependendo da extensão da rede, o CHS2 já se paga de saída”, disse. Ou seja, é adequado para cenários em que a rede elétrica é instável ou mesmo inexistente, como no caso de microrredes e locais isolados.
Além de ser um equipamento compacto, o CHS2 tem outras características destacadas pelo engenheiro da SAJ: seis MPPTs suportando oversizing de 200% de FV, corrente de entrada máxima de 22,5 A, AFCI integrado e proteções diversificadas com sistema antichamas, com extintor de CO2
O equipamento está disponível via os distribuidores da SAJ Electric no Brasil. Mais informação em www.br.sajelectric.com ou brasil@saj-electric.com
Intelbras acelera atuação em construção de usinas FV
Depois de dobrar a capacidade instalada em usinas fotovoltaicas em nível de geração distribuída de 2022 para 2023, de 30 MW para 60 MW, a vertical de projetos da Intelbras se prepara para mais um salto na entrega de capacidade instalada em relação ao ano passado, disse à FotoVolt Marcio Osli dos Santos, diretor comercial da Unidade de Negócios de Energia da empresa, durante a última Intersolar South America, realizada em São Paulo de 27 a 29 de agosto.
A empresa apresentou diversos novos produtos na feira, mas deu destaque especial à sua vertical de projetos de miniusinas FV, de 0,5 a 5 MW, porque pretende aproveitar oportunidades e atender às atuais necessidades do mercado. “Estamos enfatizando a atividade de execução e venda de usinas pela Intelbras porque enxergamos essa necessidade de mercado: os pareceres de acesso estão disponíveis, com validade, e precisamos divulgar nossas capacidades financeira e de execução. Sabemos montar usinas extremamente robustas e seguras”, disse.
As equipes comercial e de engenharia da vertical são específicas para essa faixa de potência. Projetos menores são atendidos por outra área. “É um time com know-how para usinas maiores, as quais envolvem transformadores pesados, cabines primárias, terraplanagem, sondagens de solo há maior complexidade”, diz o diretor, que enumera as muitas atividades envolvidas, incluindo medições de irradiação e estudo do solo e de ventos locais, com vistas ao dimensionamento de trackers. A empresa realiza projetos em modalidade turnkey, até o comissionamento da usina, incluindo a negociação com a concessionária de energia para a conexão. “Mas também oferecemos serviços de operação e manutenção pelo prazo que o cliente necessite.” A oferta de serviços, aliás, é apoiada pela cobertura de 98,4% dos municípios do País, com revendas treinadas pela companhia. “Não importa onde, se é uma comunidade remota ou não, sempre temos alguém que atenda”.
Usina Santa Bárbara, na Bahia, construída pela Intelbras: 10,4 mil módulos sobre trackers
Tem a finalidade de terminação bimetálica cabo-barramento ( c a b o d e a l u m í n i o a o b a r r a m e n t o d e c o b r e) , aplicados em inversores, painéis fotovoltaicos entre outros.
E N D E M O S
Segundo o diretor, o respaldo do know-how e da robustez financeira da Intelbras como executora dos projetos facilita inclusive a obtenção de financiamentos das usinas pelos clientes. “A empresa tem 6.400 trabalhadores, faturamento da ordem de R$ 5 bilhões por ano, e a energia solar é hoje um braço representativo para a companhia. Já instalamos essa grande quantidade de usinas, então quando assinamos um contrato como epecistas, isso facilita muito a liberação do financiamento junto ao banco”.
Entre as novidades apresentadas na Intersolar South America, e destacadas pelo diretor, estão novas versões dos inversores ongrid da linha Ions, que agora geram energia a partir de 40 V (antes, 80 V), ou seja, produzem mais energia ao longo do dia; módulos fotovoltaicos TOPCon N-type de 660 e 685 W; e os carregadores veiculares c.c. de 30 kW. Destaque também para os inversores-carregadores ICS 3000 W e 5000 W, de onda senoidal pura, que vêm sendo empregados nos sistemas isolados da Amazônia, e o driver solar com módulos FV para bombas de irrigação, entre vários outros.
2025, um dispositivo inteligente capaz de movimentar o tracker conforme as variações climáticas, como vento, neve, granizo, inundações e irradiação difusa. Batizada de SmartAX, a tecnologia foi apresentada ao mercado brasileiro durante a última Intersolar South America, em São Paulo, que ocorreu de 27 a 29 de agosto.
Além dessa função, o equipamento de inteligência artificial também tem a função backtracking 3D, mecanismo que faz com que o tracker posicione cada fileira para não causar sombreamento nas demais. Outra novidade da empresa, específica para o mercado brasileiro e mostrada na Intersolar, foi a decisão de integrar ao portfólio local um novo modelo de rastreador, o SlopeSync, projetado para terrenos irregulares, o que elimina a necessidade de alinhamento de pilares.
Por fim, o diretor mencionou um recente acordo da empresa com a grande fabricante de drones DJI, sediada na China. “A Intelbras fez um acordo comercial importante para drones de alta precisão, destinados à inspeção de usinas fotovoltaicas com monitoramento, por meio de câmeras de imagens reais e térmicas, de pontos quentes que podem vir a causar problemas para a instalação”.
Dispositivo orienta trackers conforme as variações climáticas
AAxial, fabricante espanhola de rastreadores solares, passará a fabricar em escala global, a partir de
“Esse novo modelo de tracker que traremos ao Brasil aproveita ao máximo o layout do terreno, permitindo desvios de até 30°”, disse o CEO da Axial, José Luis Fayos. Segundo comunicado da empresa, os investimentos em pesquisa & desenvolvimento (P&D) cresceram 80% em 2024 em comparação com o ano anterior.
Huawei e Mackenzie assinam parceria para analisar baterias
Achinesa Huawei Digital Power firmou parceria com a Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, para
Tecnologia da espanhola Axial passará a ser produzida em 2025
desenvolver projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) voltado para análise de desempenho e segurança de baterias de íon-lítio. O acordo foi firmado durante a Intersolar South America 2024, realizada entre 27 e 29 de agosto, em São Paulo.
Watt Capital e G2A se unem para assessorar projetos de BESS
AWatt Capital, empresa de assessoria financeira especializada no setor de renováveis, e a G2A Consultores firmaram parceria para ofertar serviços de análise de viabilidade técnica, econômica e regulatória para projetos de fontes renováveis integrados a sistemas de armazenamento em baterias (BESS, na sigla em inglês).
Segundo comunicado, o projeto prevê ensaios de reciclagem e envelhecimento de baterias empregadas em instalações fotovoltaicas residenciais. Além disso, serão realizados ainda ensaios mecânicos de vibração, perfuração e outros destrutivos para deflagração de baterias. Nesta fase, serão verificadas técnicas para o combate ao incêndio das baterias de íon-lítio.
Para os ensaios destrutivos das baterias, o projeto terá o acompanhamento do Corpo de Bombeiros de São Paulo. A expectativa é que os resultados embasem normas de segurança e de regulação de instalações solares fotovoltaicas em residências que sejam conjugadas com sistemas de armazenamento de energia.
Além de contar com a coordenação de professores do Mackenzie, o projeto terá a participação de oito alunos bolsistas do curso de engenharia elétrica da universidade. O projeto prevê investimentos para compra de equipamentos para dois laboratórios: um de geração fotovoltaica e outro batizado de Inova Solar Huawei Mackenzie, já financiados em outro projeto de P&D anterior firmado entre as duas mesmas instituições.
De acordo com as empresas, os serviços são direcionados a empreendimentos conectados ao SIN - Sistema Interligado Nacional, envolvendo tanto aplicações behind the meter quanto front of the meter. O público-alvo para a viabilização de modelos de negócios inclui empresas desenvolvedoras de projetos, investidores e fornecedores de equipamentos.
“Os projetos com BESS apresentam uma ampla gama de aplicações possíveis e oferecem soluções inovadoras para o SEB [Setor Elétrico Brasileiro]. Esses sistemas são fundamentais para mitigar problemas como o curtailment, além de prestar serviços ancilares que são essenciais para a estabilidade da rede elétrica”, disse a sócia da G2A, Mariana Galhardo. Ainda segundo ela, os projetos permitem a arbitragem de preços em cenários de deslocamento
Na apresentação do acordo, o coordenador do curso de Engenharia Elétrica do Mackenzie, Bruno Soares de Lima, detalha o projeto e seus benefícios
Diretores da Watt Capital e da G2A anunciaram o acordo na Intersolar South America 2024
Divulgação
Divulgação
de preço horário, o que pode otimizar a eficiência econômica e operacional em geração distribuída e centralizada.
Já para o sócio-diretor da Watt Capital, Eduardo Tobias, a parceria visa a oferta de análise de viabilidade econômica dos projetos, que deve ser feita “com diligência para contemplar as particularidades e possibilidades desses projetos, cujo modelo de negócio, regulação e fontes de financiamento ainda estão amadurecendo”. Tobias destaca ainda o desafio adicional de avaliar esses projetos no contexto da reforma tributária aprovada pela Emenda Constitucional 132 de dezembro de 2023, que prevê a substituição do PIS/Pasep e Cofins pela CBS a partir de 2027.
Matrix amplia oferta de baterias da Huawei no Brasil
AMatrix Energia anunciou a ampliação de parceria com a Huawei Digital Power, por meio da assinatura de um novo memorando de entendimento (MoU, em inglês), que visa implementar principalmente projetos de sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS).
Formalizado durante a Intersolar 2024, feira de energia solar fotovoltaica que aconteceu entre 27 e 29 de agosto, em São Paulo, o acordo triplica a capacidade contratada anteriormente de soluções de BESS da chinesa, expandindo a oferta de 250 MWh para 750 MWh ao longo dos próximos dois anos.
Pela parceria entre as empresas, a Matrix oferta ao mercado brasileiro as soluções com baterias de lítio ferro, inicialmente voltadas para projetos na média e alta tensão, com intenção de na sequência serem expandidas para aplicações em outros segmentos, na baixa tensão, chegando ao uso residencial. A oferta é no modelo de serviço, com todo o investimento a cargo da Matrix, que também se encarrega da implementação e gestão da planta, além da manutenção.
Empresa vai financiar BESS em seus clientes
O grupo Matrix, que atua em comercialização e geração de energia, realizou emissão de debêntures verdes no valor de R$ 100 milhões. Segunda operação do tipo feita pelo grupo, os recursos captados pela subsidiária Get Comercializadora serão investidos em sistemas de armazenamento de energia em grande escala (BESS, na sigla em inglês).
A emissão tem prazo de seis anos e teve como coordenador líder a Caixa Econômica Federal. O BESS que a Matrix pretende instalar em seus clientes, segundo comunicado da empresa, oferece como vantagem principal o chamado time shifting, que permite o armazenamento de energia fora dos horários de pico para liberação durante períodos de alta demanda ou preços elevados. Além disso, a intenção com a tecnologia, ainda de acordo com a empresa, é contribuir para aliviar o congestionamento da rede e equilibrar o sistema, o que seria especialmente importante em países como o Brasil, onde a matriz elétrica depende de fontes renováveis intermitentes.
O BESS da Huawei utiliza três tipos de baterias, com capacidades de armazenamento de 200 kWh, 1000 kWh e 2000 kWh. Sua concepção modular, porém, permite configurações para praticamente qualquer tipo de demanda. “Somos a única empresa no Brasil que atua no modelo energy as a service”, disse o diretor da unidade de negócios da Matrix Digital Power, Alexandre Gomes.
Pesquisador defende mais testes e fiscalização de módulos FV
Durante sua palestra na Intersolar South America, João Lucas de Souza Silva, pesquisador da Unicamp, destacou que o LESF-MV - Laboratório
Para implementar a solução, a Matrix lançou a unidade de negócios Energy as a Service (EaaS) no final de 2023, o que expandiu seu portfólio com soluções integradas de eficiência energética e sistemas de armazenamento. A empresa espera instalar um total de cerca de 224 MWh em BESS até 2025.
de Energia e Sistemas Fotovoltaicos Marcelo Villalva, da Unicamp, identificou que muitos módulos fotovoltaicos comercializados no mercado apresentam potência inferior à especificada em seus datasheets. Ele também chamou atenção para a ausência de testes de confiabilidade e durabilidade nos padrões atuais do Inmetro, sem os quais não é possível garantir que um módulo aprovado tenha a vida útil de 25 anos prometida.
Os testes realizados pela Unicamp também revelaram que muitos módulos disponíveis no mercado são fabricados com vidro que não resiste ao teste de carga mecânica, sendo destruído com poucas exposições. “Alguns
fabricantes estão comercializando módulos com vidros que não são temperados. Isso é um problema grave”, alerta Silva.
O pesquisador sugere ampliar o escopo de testes para certificação e implementar os ensaios previstos pela IEC no Brasil, mas reconhece os desafios dessa iniciativa, como a escassez de laboratórios qualificados e os altos custos envolvidos. “O laboratório de certificação de módulos fotovoltaicos da Unicamp é o único na América Latina capaz de realizar uma ampla gama de testes, incluindo testes de potência e confiabilidade. Então, seria complicado o Inmetro exigir isso neste momento”, pondera.
Mason Qing (Huawei Digital Power Brasil), Rubens Misorelli Filho (Matrix Energia) e Alexandre Gomes (Matrix Digital Power) na assinatura do MOU
O pesquisador enfatiza ainda a necessidade urgente de fiscalização no setor, já que, frequentemente, as características técnicas das amostras enviadas para os testes não são as mesmas dos equipamentos que estão sendo comercializados no mercado.
A partir de uma pesquisa, o laboratório da Unicamp definiu alguns testes fundamentais para avaliar a qualidade dos módulos fotovoltaicos, como o de ciclo térmico, damp heat (que submete o módulo a calor e umidade simultaneamente), hotspot, de diodo de bypass, carga mecânica estática, PID, além de testes de eletroluminescência e carga dinâmica.
Outra iniciativa do laboratório é a formação de um grupo com represen-
tantes do Inmetro e de empresas fabricantes de módulos, visando discutir os próximos passos para aprimorar a certificação de módulos fotovoltaicos no Brasil.
Compras do governo podem desenvolver cadeia produtiva
nacional
Apesar de pressionada pelo domínio global chinês, a cadeia produtiva nacional de equipamentos solares fotovoltaicos passou a receber um pouco mais de atenção para se desenvolver nos últimos anos, a começar pelas ações da nova política nacional de neoindustrialização verde. Além da extinção de ex-tarifários para vários módulos chineses, a inclusão de regras de conteúdo nacional
nos projetos solares do Minha Casa Minha Vida e para compras governamentais dentro do CIIA-PAC (Comissão Interministerial de Inovações e Aquisições do Novo PAC) deve ser outros motivadores.
Falcão: “protecionismo arti cial é contraproducente”
Para o vice-presidente de cadeia produtiva da Absolar, Nelson Falcão, que participou do congresso Intersolar 2024 para debater o tema, porém, o caminho mais correto para o desenvolvimento da cadeia local é o segundo citado, ou seja, o estabelecimento de mecanismos que incentivem novos negócios para a indústria local, caso das compras pelos programas governamentais.
“São opções interessantes para ajudar a desenvolver a indústria local. Se a indústria local atender esse segmento com boa qualidade, com preços interessantes, ótimo, isso vai ajudar realmente”, disse à FotoVolt
João Lucas: escassez de laboratórios
Izilda
França
Izilda
França
Já o incentivo pelo que o dirigente chama de protecionismo artificial, por outro lado, a extinção de ex-tarifários para módulos chineses, ele considera contraproducente. “Somos agnósticos nessa questão, se é melhor o produto importado ou o nacional, mas o protecionismo artificial não vai fazer com que a indústria se desenvolva. A fabricação de módulos tem sua complexidade. Parece ser uma questão relativamente simples, mas não é. São 30 ensaios exigidos, várias normas que precisam ser atendidas para se fazer um módulo de qualidade”, explicou.
Segundo Falcão, a suspensão dos ex-tarifários pelo governo, apesar de haver uma cota anual de compras externas isentas de impostos de importação até 2027, afetou alguns investimentos no início do ano. De acordo com ele, também executivo da fornecedora de rastreadores Nextracker, são projetos de grande porte, que ele não pode revelar por questão de confidencialidade.
“Lógico que também não ficaram inviáveis (os projetos) apenas por causa do ex-tarifário, tem toda uma conjunção de fatores agregada, como preço de energia, questões de logística e outras em paralelo”, pondera. “Mas isso teve peso importante no planejamento de longo prazo”, diz.
Para ele, o caminho da taxação de importados (o imposto de importação é de 9,6%) pode afetar também o desenvolvimento do setor solar fotovoltaico nacional. Na sua avaliação, com exceção do segmento de estruturas, o Brasil teria dificuldade para atender o mercado local. “Não importa se é importado ou nacional, o ponto importante é que a indústria solar precisa ter fontes de fornecimento confiáveis e de qualidade”, disse.
Em sua apresentação no congresso, Falcão chamou atenção para o fato de o Brasil ter vantagem competitiva na fabricação de componentes fotovoltaicos em razão das menores emissões de CO2. Isso significaria, com base em
dados da Agência Internacional de Energia, que ao fabricar esses componentes no País a indústria emitirá de 40% a 80% menos CO2 do que na Ásia, que hoje domina o mercado.
“Se os compradores levarem isso em conta, podem até comprar um módulo mais caro (brasileiro) com uma pegada de carbono mais baixa. Mas isso é algo que cada um dos diferentes compradores vai ter que fazer a análise”, disse.
Volvo já tem mais de 40 elétricos pesados rodando na América
Latina
AVolvo Trucks Latin America já entregou desde o final do ano passado mais de 40 caminhões elétricos pesados na América Latina, tendo investido também em uma estação de recarga dentro de sua fábrica para suportar a movimentação de materiais para suas linhas de produção de caminhões diesel. Segundo o engenheiro Alexandre Mohr, analista de desenvolvimento de negócios de caminhões elétricos da empresa, os veículos, com capacidade de carga de 50 toneladas, estão sendo importados de unidade da empresa na Europa, onde a Volvo comercializa caminhões pesados desde 2022 (antes, desde 2019, fabricava caminhões elétricos médios).
Alexandre falou sobre os veículos e as expectativas da Volvo no congresso Power2Drive, sobre eletromobilidade, evento paralelo à Intersolar South America realizado no Expo Center Norte em São Paulo. Segundo o analista, os caminhões pesados Volvo têm características especiais que demandam desafios específicos de infraestrutura, a começar pela potência de recarga: 40 kW
em c.a. e 250 kW em c.c.. “Para um hub de recarga para três ou quatro caminhões desse porte já estamos falando de potências de entradas de 1 MW”. A empresa implantou um hub desses com três carregadores de 180 kW no interior da fábrica em Curitiba, das marcas WEG, ABB e Star Charge, dando suporte a 10 caminhões elétricos que transportam chassis para a montagem dos caminhões a diesel, num fluxo just in time. “A Volvo colocou esses caminhões justamente para sentir na pele a experiência da eletrificação e não só no uso do caminhão, mas também no do carregador”, diz.
A empresa partiu então para aplicações no “mundo real”, e um dos exemplos mais “emblemáticos” citados pelo engenheiro é o de um caminhão Volvo que faz regularmente a rota de 400 quilômetros entre Matão e Santos, em São Paulo, transportando 25 toneladas de suco de laranja e com peso bruto de 40 toneladas. Favorecido pelo relevo em declive na ida, o veículo faz o percurso de 800 km com apenas três recargas, sendo uma no destino e outras duas no caminho, em carregadores públicos frutos de uma iniciativa de P&D da Aneel. “Os carregadores já estão lá, financiados por uma política pública, o que demonstra a importância desses programas para a eletromobilidade.”
Segundo Alexandre, hoje diversas empresas já se interessam em atuar com infraestrutura de carregamento para veículos pesados de carga, com vistas a melhorar o cenário de disponibilidade de carregadores. Um aspecto importante é que para
Mohr e os pesados elétricos: estrutura de recarga diferente da dos carros
Divulgação
Volvo Trucks/Divulgação
caminhões a infraestrutura tem de ser diferente daquela oferecida aos carros de passeio. O caminhão necessita de mais espaço e a questão da disponibilidade é crucial. “Para um caminhão, ter de esperar 30 minutos ou mais pode ser o suficiente para perder uma janela de descarga no porto ou no centro de distribuição, ou para estourar a jornada do motorista”. O agendamento da recarga passa então a ser fundamental. Segundo Alexandre, a Volvo lançou recentemente um serviço chamado Find, Book and Pay, para o usuário encontrar carregadores na rota, agendar e fazer o pagamento.
Notas
R$ 1,14 bilhão – O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou financiamento a dois projetos de usinas solares fotovoltaicas nos estados de São Paulo e Ceará, no valor total aproximado de R$ 1,14 bilhão: R$ 805 milhões para Novo Oriente, em Ilha Solteira, SP, e R$ 339 milhões para Mauriti, na cidade de mesmo nome no Ceará. O projeto paulista, do grupo português EDP, envolve seis sociedades de propósito específico (SPEs) e terá potência instalada total de 254,6 MW, além de sistema de transmissão de uso restrito compartilhado pelas centrais geradoras. Já o complexo no Ceará é do grupo chinês Powerchina e tem três centrais geradoras com capacidade instalada total de 147,33 MW. O BNDES atinge assim a marca de R$ 11,8 bilhões em financiamentos a usinas solares fotovoltaicas desde 2017.
44 MWp de solar em Goiás – A Fictor Energia firmou joint venture com a WTT Participações para investir R$ 194 milhões na construção de oito usinas solares fotovoltaicas em Goiás, com potência total de 44 MWp. As usinas estarão localizadas de norte ao
sul do estado e entrarão em operação até o fim do ano. A primeira delas, batizada de Usina de Clima, de 1,4 MWp, foi inaugurada no dia 14 de agosto em Cocalzinho de Goiás. Estão ainda previstas as unidades de Caminho Aberto, em Uruaçu; Beleza, em Padre Bernardo; Futuro I, em Bela Vista de Goiás; Futuro II, em Águas Lindas de Goiás; Novel, em Inhumas; Parabéns I, em Pirenópolis; e Mundo Melhor II, em Professor Jamil.
Financiamento – O volume de recursos liberados pela plataforma da Meu Financiamento Solar, empresa do banco BV para financiamento de GDFV, cresceu 41% no segundo trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2023. A maior parte dos créditos liberados para instalação de kits solares nos telhados foi destinada a projetos contratados por residências e empresas no estado de São Paulo. No acumulado, São Paulo tem 4,2 GW financiados. Outros quatro estados integram a lista dos cinco maiores contratantes de crédito na plataforma: Pará, Bahia, Mato Grosso e Pernambuco.
Usinas em Minas – A L8 Energy, especializada em distribuição e industrialização de sistemas fotovoltaicos, anunciou conclusão no estado de Minas Gerais de três usinas solares FV sob seu projeto e construção, nos municípios de Perdões (5 MW), Cláudio (5 MW) e Cordisburgo (1,5 MW), com total de 11,5 MW instalados. As usinas aguardavam em agosto homologação da distribuidora Cemig para o início da produção. A L8 foi responsável pelo projeto, planejamento e execução, no sistema Full EPC, sob encomenda de investidores. A empresa já entregou outras unidades nas cidades mineiras de João Pinheiro e Coração de Jesus, com potência instalada de 6 MW, e outras seguem em construção em Jacutinga, em Minas Gerais, e em Carmo, no Rio de Janeiro.
O p r i n c i pal e v e nto d o s e t o r s o l a r b r a s i l e i r o po t e n c i al i z an d o o s n e g ó c i o s FV no N o r d e s t e
www.intersolar-summit-brasil.com
E n e r g ia f o t o v olt a i ca + so l u ç õ e s d e a r m a z e nam e nto para o f f- g r i d e a g r i c u lt u r a
www intersolar-summit-brasil com
Eletrocentros para usinas fotovoltaicas
Empresa e telelefone E-mail
Da Redação de FotoVolt
Este guia lista diversas empresas fornecedoras de eletrocentros, detalhando características como tipo de construção, proteções e equipamentos integrados (seccionadores, contatores, etc.).
Os eletrocentros têm se destacado no segmento de sistemas elétricos por oferecem ganho de tempo na montagem, uma vez que saem de fábrica pré-montados. São indicados para projetos onde a construção de estruturas em alvenaria é inviável ou desvantajosa, proporcionando custo nal atrativo.
Tensão máxima (V) Corrente máxima (A) Número de entradas de c.c. Potência nominal (kVA) Tensão de saída 3f (V) Eficiência máxima (%) Conexão com a MT (13,8 kV) Conexão com a MT (34,5 kV) Painel ao tempo (IP) Container 40’ (IP) Temperatura de operação (°C)
Seccionador c.c. Contatores c.a. Disjuntor geral c.a. Inversor e filtros Transformador Sub/Sobretensão Limitação de potência Desequilíbrio de corrente Anti-ilhamento
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 65 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, setembro de 2024
Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
Entrada c.c. Saída c.a. Construção Equipamentos Proteções
O potencial das baterias para mitigar as rampas de demanda
A matriz elétrica brasileira está em transição para um modelo com maior penetração de geração variável, o que eleva a complexidade de operação do sistema. A previsão do aumento das rampas de carga de 25 GW em 2024 para 50 GW em 2028 devido ao crescimento da energia fotovoltaica tem exigido maior flexibilidade para atender aos requisitos de potência. O armazenamento de energia surge então como solução viável para esses desafios.
Ocrescimento das fontes renováveis não despacháveis na matriz energética brasileira tem criado desafios significativos para a operação do setor elétrico. A alta penetração da energia fotovoltaica, especialmente durante as horas de maior incidência solar, reduz a demanda por fontes tradicionais de geração, como hidrelétricas e térmicas.
O aumento das fontes renováveis tem provocado variações acentuadas na demanda de energia. Com a previsão de aumento das rampas de carga nos próximos anos, soluções de armazenamento são consideradas viáveis para proporcionar flexibilidade ao sistema elétrico (na foto, sistema de armazenamento de 30 MW/60 MWh da ISA CTEEP operando desde o ano passado em Registro, SP)
No entanto, quando o sol se põe, a rápida queda na geração solar cria um aumento súbito e acentuado, conhecido como rampa, na demanda por outras fontes de energia, exigindo maior flexibilidade do sistema. Em muitos casos, a geração solar pode exceder a demanda ou a capacidade de escoamento do sistema durante o dia, levando ao curtailment (corte) ou desperdício de energia, devido à incapacidade do sistema de armazenar ou redirecionar toda a eletricidade gerada.
De acordo com o PAR/PEL - Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN, elaborado pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, o aumento da penetração da geração
solar ao longo do horizonte de estudo (2023-2028) gradativamente vai reduzir a carga atendida pelas demais fontes de geração durante o período diurno, mas não contribuirá para o atendimento da ponta do período noturno, acentuando ao longo do tempo a rampa, efeito conhecido como “curva do pato”. As rampas abruptas exigem que o sistema tenha capacidade de resposta rápida, o que pressiona tanto a infraestrutura de transmissão quanto as usinas geradoras
Jacobsen (Micropower): “Não vale a pena construir uma nova linha ou acionar uma usina térmica por 20 horas ou uma semana para cobrir pequenas demandas”
convencionais, que precisam operar de forma mais dinâmica. Com isso, surge a necessidade de adaptar a infraestrutura e a gestão do sistema para garantir a estabilidade e eficiência da rede. Especialistas apontam que os sistemas de armazenamento são uma solução possível para suavizar a curva, armazenando energia solar durante o dia e liberando-a durante os picos de demanda no final da tarde e à noite.
Segundo o estudo do ONS, as rampas de geração atingem cerca de 30 GW em um intervalo de 3 horas, sendo atendidas principalmente pelas usinas hidrelétricas. Já o volume de energia vertida pode atingir 50 GW até 2028, considerando as usinas em operação e os Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST) já firmados. Sergio Jacobsen, CEO da Micropower Energia, ressalta que esses são problemas relevantes e de curto prazo, e defende que, para evitar tamanho
Jucele Reis, da redação de FotoVolt
Flexibilidade
desperdício de energia e o acionamento das usinas térmicas nos momentos de maior demanda, é necessário proporcionar maior flexibilidade ao sistema elétrico. Com base na Nota Técnica 050/2023 da EPE - Empresa de Pesquisa Energética, que aponta que a duração máxima diária das necessidades de capacidade é de 4 horas no horizonte de 2026 a 2036, Jacobsen argumenta que a flexibilidade de capacidade do SIN - Sistema Interligado Nacional pode ser atendida por baterias. “Não vale a pena construir uma nova linha ou acionar uma usina térmica por 20 horas ou uma semana para cobrir essas pequenas demandas”, argumenta.
Barros Correia (ReGe Consultoria): “Possibilidade de empilhamento de receitas fará com que o consumidor, a carga, o gerador optem pelas baterias. Poderemos ver a mesma dinâmica ocorrida com a geração distribuída: um investimento que independe de uma decisão centralizada”
O executivo destaca que esses desafios devem ser enfrentados com agilidade, utilizando tecnologias maduras que prestem serviços ancilares. “Precisamos equilibrar a geração fotovoltaica, responder às rampas de carga, reduzir a sobrecarga da transmissão e distribuição, controlar a frequência, oferecer suporte reativo, entre outros serviços”, explica. Segundo ele, as baterias oferecem flexibilidade com atuação instantânea e autonomia, além de não emitirem carbono durante a operação.
Nesse contexto, ele ressalta a importância de incentivar o uso de baterias por meio de políticas públicas, como a redução de impostos, com o objetivo de diminuir o Capex e tornar esses projetos mais viáveis. “A redução do custo das baterias viabilizará ainda mais o uso das energias renováveis”, acrescenta. Além disso, segundo ele, há uma expectativa de que as baterias sejam incluídas nos leilões de reserva de capacidade, representando uma nova oportunidade para a expansão do mercado de armazenamento de energia no Brasil.
Tiago de Barros Correia, CEO da ReGe Consultoria, também destaca que as fontes renováveis introduzem variabilidade na oferta de energia, exigindo novas abordagens para garantir a segurança e estabilidade do sistema elétrico. Segundo ele, o descompasso entre a geração renovável e o consumo ao longo do dia é um problema central, criando vales e rampas de demanda que precisam ser geridos. E enfatiza a necessidade de flexibilidade operacional, destacando que o problema não se resolve apenas com termelétricas, devido às limitações de operação e logística destas, como a disponibilidade de gás. Ele sugere soluções diversificadas, incluindo o uso de baterias, que oferecem flexibilidade para armazenar energia nos momentos de baixa demanda e liberá-la quando necessário. Segundo ele, a flexibilidade deve ser prevista tanto na geração quanto na carga e na transmissão. Além disso, defende que os leilões de reserva de capacidade devem prever a tecnologia de armazenamento para complementar as termelétricas. “Do ponto de vista tecnológico, as baterias são uma solução madura e flexível”, afirma Correia.
Além disso, segundo ele, parte da geração abatida da carga líquida está fora da lente de avaliação da operação, pois está concentrada no âmbito da distribuição, representada pela mini e microgeração distribuída. “A geração distribuída tem que ser parte da solução, inclusive por meio de agregação. É preciso incentivar que um consumidor proprietário de um painel fotovoltaico, que faz parte de uma geração compartilhada, agregue recursos de flexibilidade e de armazenamento, que respondam a sinal de preço”, afirma.
Correia ressalta que o IPDO - Informativo Preliminar Diário da Operação,
relatório diário publicado pelo ONS que fornece informações preliminares sobre as condições operativas do sistema elétrico brasileiro, frequentemente apresenta discrepâncias em torno de 2 GW entre o programado e o efetivado. “Isso vai ficar cada vez mais acentuado com a maior participação das fontes variáveis, exigindo margem de manobra”, afirma. “Temos um problema sério que ainda não está configurado nos modelos de gestão de crise de planejamento. Os parâmetros existentes podem avaliar necessidade de requisito de energia e de potência, mas não de flexibilidade. E flexibilidade talvez seja mais urgente do que a própria questão de potência atualmente. Precisamos de atendimento no vale e na rampa, que só é viável com flexibilidade”, completa.
Além disso, Correia aborda a importância da geração distribuída e da resposta da demanda, destacando a necessidade de os consumidores atuarem de forma ativa, não apenas reduzindo o consumo, mas também injetando energia na rede, por meio de incentivos. Para viabilizar isso, ele propõe a implementação de sinais de preço que impulsionem o comportamento desejado, como o carregamento de baterias em horários específicos para suavizar o impacto da variabilidade das renováveis.
Outro ponto ressaltado pelo executivo é que a geração variável se concentra em algumas horas do dia, e, na média, tem fator de capacidade de transmissão baixo. “Então, é preciso reduzir a geração na ponta e distribuí-la ao longo das horas do dia. Com isso, já é possível postergar investimentos em transmissão”, explica. Segundo ele, o modelo padrão, que consiste em ampliar a rede de transmissão para resolver o problema do curtailment, vai demorar cerca de 7 anos, e, ao mesmo tempo, será construída uma rede cara para atender um fator de capacidade baixo. “Implantar
ativos de bateria nas subestações que conectam usinas possibilita margem de escoamento à rede”, sugere. Portanto, a necessidade atual, de acordo com Correia, é criar sinais de preço que incentivem a instalação de sistemas de armazenamento de energia. “A possibilidade de empilhamento de receitas fará com que o consumidor, a carga, o gerador, optem pelas baterias. Poderemos ver a mesma dinâmica ocorrida com a geração distribuída: um investimento que independe de uma decisão centralizada, de uma linha de crédito do BNDES, e que consegue instalar num prazo de tempo muito curto (em torno de 3 a 4 anos) uma montanha de energia”.
Ainda segundo o CEO da ReGe, essa estratégia deve ser aplicada principalmente no âmbito da distribuição, por meio de um agregador de carga criando uma usina virtual, que possa ser representada no modelo de preços, para vender serviços ancilares ou liquidar no mercado de curto prazo. “É elevar o pequeno consumidor a não apenas um comercializador, mas a uma usina virtual, despachável, que pode receber comando do ONS ou da distribuidora”, explica.
Segundo ele, um dos elementos essenciais para a concretização dessa
iniciativa é a criação de um PLD - Preço de Liquidação das Diferenças diferenciado por patamar de carga para incentivar o uso de baterias em horários específicos, minimizando o impacto das renováveis e reduzindo a necessidade de contratar capacidade adicional. “Ter um PLD na carga alta ou no momento de pico da geração solar 20% menor do que o PLD nos outros horários já seria suficiente para compensar a perda interna do sistema de armazenamento, e gerar, pelo menos, uma neutralidade econômica. Um pouco maior que isso já pode ser um incentivo”, afirma. Contudo, Correia salienta que apenas essa diferença não seria suficiente para pagar integralmente os sistemas de armazenamento. Ele reforça a necessidade de criar um ambiente regulatório que permita o empilhamento de receitas e modelos de negócios inovadores para melhor integrar as soluções distribuídas no sistema. “Temos que incentivar a usina virtual e viabilizar baterias no consumidor, que prestem também serviços ao sistema”, defende. “O consumidor já pode estar disposto a ter o armazenamento por uma questão de qualidade. E aí o agregador pode enxergar a possibilidade de usar um armazenamento já existente para agregar valor para o sistema. Escalonar pequenos
ganhos pode fornecer atratividade para esse modelo de negócio”, prevê.
Armazenamento e transmissão de energia
A EPE - Empresa de Pesquisa Energética também tem estudado a viabilidade dos sistemas de armazenamento por baterias como uma solução para atender a requisitos que antes eram supridos por usinas hidrelétricas e térmicas no novo contexto da transição energética, com maior variabilidade e menor previsibilidade na geração e carga. Diversas aplicações desses sistemas têm sido avaliadas, como atendimento a picos de consumo, redução da injeção de excedentes de geração das unidades consumidoras, assim como diminuição da demanda dessas unidades. Além disso, as baterias podem ser associadas às unidades geradoras para evitar interrupções forçadas, conhecidas como eventos constrained-off. Para a EPE, os sistemas de armazenamento também podem ser uma alternativa para postergar investimentos na rede e para atender a sistemas isolados, além de oferecer suporte em serviços ancilares. Thaís Pacheco, consultora técnica da EPE, destaca que um dos principais obstáculos para a adoção de sistemas
de armazenamento por baterias como alternativa às soluções convencionais de transmissão é sua capacidade limitada de descarga, que atualmente tem duração média de cerca de 4 horas. “Os custos dessas soluções ainda não são competitivos em comparação com alternativas tradicionais, como linhas de transmissão, especialmente quando se exige uma capacidade de descarga de longa duração e alta potência”. No entanto, ela observa que o uso de baterias é economicamente viável em situações específicas, como no atendimento a picos de carga de curta duração e em locais onde a construção de linhas de transmissão enfrenta complexidades ambientais, assim como em redes com altas incidências de falhas, que precisam de intervenções recorrentes.
Outro desafio para a adoção das baterias, segundo a consultora, é a remuneração insuficiente pelos ser-
viços ancilares que elas podem prestar, o que exige um “empilhamento de recursos” para garantir a viabilidade econômica. “Para que essas baterias se tornem viáveis, elas precisariam fornecer múltiplos serviços e gerar diversas fontes de receita”. Ela também menciona que entraves regulatórios precisam ser superados para ampliar o uso das baterias.
A consultora aponta que a falta de dados confiáveis sobre os custos atuais e futuros das baterias, bem como a fragilidade das metodologias de avaliação de seus benefícios, são obstáculos para sua inclusão nos planos de transmissão de energia. “PrecisaThaís Pacheco (EPE): “Para que as baterias se tornem viáveis, elas precisariam fornecer múltiplos serviços e gerar diversas fontes de receita”
mos de referências concretas de custo para tomar decisões mais assertivas sobre o uso desses equipamentos como soluções de transmissão”. Para enfrentar esses desafios, a EPE está trabalhando em parceria com o mercado e instituições de pesquisa para obter dados mais precisos e desenvolver metodologias que valorizem corretamente os benefícios das baterias. Projeções indicam que os custos das baterias podem cair até 30% até 2034, o que facilitaria sua inclusão no sistema de transmissão. Pacheco salienta ainda a importância da correta alocação dos custos de instalação dos sistemas de baterias. “Não podemos repassar às tarifas de transmissão custos decorrentes de outros problemas ou soluções. Então é muito importante uma regulação específica, que traga essa coerência, e também maior competitividade para a inclusão desses sistemas”, conclui.
O bicho - papão sumiu
Ocenário está favorá vel para o financia mento de sistemas de geração solar distribuí‑ da. À primeira vista, os motivos podem até ser creditados à queda da taxa básica de juros (Selic) desde o segundo semes tre de 2023, que passou de 13,25% em agosto até chegar aos atuais 10,50%, o que teria melhorado as condições financeiras dos empréstimos. Mas na prática, para muitos agen tes ligados diretamente ao setor, a questão de fundo tem a ver mais com a acentuada queda nos preços dos equipamentos e a forte disseminação da fonte solar no País. Independentemente da queda dos juros, por sinal não tão acentuada a ponto de mudar muito as prestações dos empréstimos, o mercado, para quem vê o panorama dessa forma, caminha firme em razão das vanta gens econômicas na implantação de solar. E as instituições com produtos de financiamento solar continuam a aproveitar a demanda em expansão, porém tomando as devidas precau ções para o crédito, em um cenário de inadimplência e tentativa de fraudes.
Com a constatação de que o início da cobrança da tarifa-fio não inviabiliza projetos, como se temia, o ano de 2024 mostra forte retomada dos financiamentos de projetos solares de geração distribuída, favorecido ainda pela queda acentuada dos preços dos módulos. Inclusive consumidores de classes menos abastadas vêm tomando financiamentos, e a taxa de inadimplência segue baixa. Mas as fraudes são um ponto de atenção.
A tese de que a trajetória dos juros não é a causa mais importante para o bom ritmo de vendas e financiamentos de sistemas de GD encontra respaldo em dados da última pesquisa sobre o mercado da consultoria Greener, re ferente ao primeiro semestre de 2024. Trata se do “Estudo Estratégico Gera ção Distribuída – Mercado Fotovoltai co”, atualizado a cada semestre. Com base em pesquisa junto a inte gradores, que nesta última versão do estudo teve resposta validada de 1114 deles em todo o Brasil (de um universo de 3055 respostas coletadas), 51% do total de todas as vendas realizadas no semestre de sistemas para GD foram feitas via financiamento.
Isso significa que o percen tual de com pradores das instalações com financiamento no primeiro semestre deste ano praticamen te é o mesmo da média regis trada pela Gre ener em 2023, quando a Selic estava mais elevada, ou seja, 53%. Em comparação apenas com o primeiro semestre de 2023, embora a pesquisa tenha identificado que 48% das vendas de projetos tenham acessa do agentes financiadores, o montante permanece dentro “da margem de erro, o que demonstra estabilidade nos últimos anos (de uso de financiamen to)”, segundo o analista de inteligência de mercado da Greener, João Gabriel Mesquita.
Zero influência
Serve como parâmetro de caráter mais “prático” para medir a influência da política monetária nos negócios solares a experiência de uma financia
Marcelo Furtado, especial para FotoVolt
Vendas crescem e mais da metade delas utiliza financiamento
dora especializada no mercado, a Sol Agora. Para seu CEO, Antonio Nuno Verças, a oscilação da Selic vem tendo “zero” influência no ritmo de desembolsos da fintech, que já tem 1 bilhão de reais acumulado em empréstimos em pouco mais de um ano de operação, provenientes de cerca de 34 mil projetos, feitos por meio de aproximadamente 3.500 integradores cadastrados na plataforma da Sol Agora.
“Tanto é assim que o melhor mês da empresa foi outubro do ano passado, com R$ 92 milhões contratados, justamente quando a Selic estava mais alta”, explica. Para ele, mesmo com essa oscilação da Selic, a taxa combinada com o cliente não muda, é préfixada, o que em média no caso da Sol Agora dá 1,9% ao mês, cerca de 23% ao ano.
maioria das vezes um falso problema. Para confirmar sua tese, utiliza o exemplo do Reino Unido, país com economia mais estável, onde na média se cobra de 27% a 30% de taxa anual para clientes financeiros de projetos solares de GD, bem acima da média de 23% praticada pela Sol Agora. Problema mais importante para ser tratado no País no mercado de financiamento, para ele, é a inadimplência via fraude. Apenas na Sol Agora, explica, cerca de 25% a 30% das propostas de financiamento mensais que chegam à empresa são tentativas de fraude. Como a média de propostas, em valores, oscila entre R$ 1,4 bilhão e R$ 1,5 bilhão mensais, de R$ 300 a R$ 400 milhões chegam com a meta de fraudar operações.
“A inadimplência comum, quando o cliente para de pagar, é relativamente baixa no setor e está em linha com o que acontece em outros setores, algo na casa dos 2,5%. O problema são as fraudes”, diz.
Como prevenção, no caso da Sol Agora, há um procedimento inicial para evitar problemas, com a préqualificação dos integradores que acionam os financiamentos antes da análise de crédito do cliente. “Há muitos [integradores] com quem eu não aceito trabalhar. Ou porque não têm condição financeira ou porque têm um histórico negativo no mercado”, diz.
“Para se ter uma ideia, a taxa (Selic) cair de 13 para 11, estamos a falar de 2% ao ano. Quer dizer que ao mês são 0,2% de impacto. Isso numa parcela a 60 meses dá menos de 10 reais de diferença”, explica. Conforme Verças, além de a oscilação pouco significar nos novos contratos, a taxa pré-fixada também serve como hedge contra a inflação da conta de energia durante o período de financiamento.
Tentativas de fraudes
A questão dos juros no Brasil, para Verças, é na
Entre as tentativas, revela Verças, há desde o roubo direto por parte de integradores de má fé até instalações mal feitas que geram problemas com o cliente final, que pagará as parcelas contratadas. Esse cenário de alto risco, aponta o executivo, fez até bancos comerciais, não especializados no mercado solar, começarem a fazer restrições de crédito e mesmo desistir das operações.
Essa preocupação apontada por Verças, aliás, explica dado da pesquisa da Greener sobre o mercado de GD no primeiro semestre que registra percentual mais elevado de uso de financiamento nas vendas de projetos entre integradores maiores, mais bem estabelecidos. Aqueles que venderam mais de 100 projetos no semestre utilizaram em 54% das vezes financiamento, enquanto os menores, com até dez vendas, apresentaram apenas 32% de vendas financiadas (veja gráfico). Outro procedimento da Sol Agora, para integradores sobre os quais a financiadora não tem muitas informações, é adotar uma forma de pagamento da nota de serviço de forma faseada. “Conforme a performance dele vai sendo melhor, começamos a pagar de forma mais rápida as notas de serviços”, explica. Com essa disciplina, o CEO aponta que do total de propostas
Verças: Selic não influencia e taxa pré-fixada dos contratos serve como hedge
(entre R$ 1,4 bi e R$ 1,5 bi mensais, mas “se for eliminado o que são pro postas duplicadas, mais tentativas de fraudes, na verdade as efetivas são por volta de R$ 700 milhões por mês”), a conversão média em projetos financia dos é de mais ou menos R$ 80 milhões por mês.
Cerca de 90% do crédito liberado pela Sol Agora está em projetos resi denciais e o restante em comerciais. Como fonte de recursos da operação, a fintech, do mesmo grupo da distri buidora Aldo Solar (as duas empresas funcionam de forma independente), utiliza estrutura de FIDCs (fundo de investimento em direitos creditórios). Pelo fundo, supervisionado pela CVM, a empresa aporta até 15% de capital próprio (equity) e o restante tem origem no aporte por meio de distribuição de cotas a instituições fi nanceiras interessadas.
O primeiro, criado em 2023, levan tou R$ 500 milhões e um segundo, ainda em formação, que já bateu em R$ 1 bilhão, deve elevar os recursos acumulados totais para R$ 1,4 bilhão até janeiro de 2025. Mais um terceiro fundo será criado em 2025, revela Verças. No fundo 2, por exemplo, há participação de BNP Paribas e BR Partners.
Perspectiva é boa
Como pouco mais da metade das vendas de sistemas de GD, segundo o levantamento da Greener, utiliza financiamentos, o bom desempenho atual do mercado, que tem registrado recuperação acentuada em comparação com 2023, tem perspectiva de fechar o ano com desembolsos de instituições financeiras superiores ao ano passado. Esta é a opinião da CEO da consul‑ toria CELA ‑ Clean Energy Latin‑Ame‑ rica, Camila Ramos, que anualmente levanta com os principais agentes financeiros que atuam em renováveis o total desembolsado para projetos, aí
incluindo geração solar distribuída e centralizada e também eólicas. Para ela, embora as instituições só fechem a contabi lidade anual em fevereiro, quando terá o levanta mento oficial de 2024, por meio de conversas preli minares e análise de vários movimentos do mercado a perspectiva é boa e de recuperação.
Camila Ramos: instituições mais confortáveis para liberar crédito
“Estamos percebendo uma reto mada forte em bancos comerciais, financiadoras especializadas e no mercado de capitais, com emissão de debêntures incentivadas e tradicionais para GD remota”, diz. Para Camila, aliada à estabilização da taxa Selic, o principal motivador foi a queda no capex, com os preços baixos dos equi pamentos solares. “Com a queda e o setor crescendo forte, as instituições financeiras estão se sentindo mais con fortáveis em voltar a liberar crédito”, disse.
A retomada neste ano significa reversão do último levantamento da CELA, referente a 2023 e apresentado no fim do primeiro semestre deste ano. No caso específico dos desem bolsos para geração solar distribuída, entre as principais instituições finan ceiras públicas, privadas, cooperativas de crédito e fintechs, a queda dos cré ditos foi de 61% em 2023, com R$ 4,7 bilhões aplicados no ano, enquanto as usinas solares remotas de GD (geração compartilhada e autoconsumo remo to) tiveram recursos de R$ 5,2 bilhões, uma queda de 45% em comparação com os R$ 9,4 bilhões em 2022. Portan to, o total de desembolsos em 2023 foi de R$ 9,9 bilhões, contra R$ 15 bi do ano anterior.
De acordo com Camila Ramos, com esse montante de financiamento para
os empreendimentos de ener gia solar, 2023 foi o primeiro ano em que o País retrocedeu no volume de créditos destina dos ao setor. Para ela, a queda no volume de financiamento, apesar do crescimento das no vas instalações, refletiu o pano rama monetário, “fazendo com que consumidores e empreen dedores priorizassem o capital próprio (equity) nos projetos solares de geração distribuída”, disse.
Outro ponto a se considerar para a queda nos financiamentos, segundo Camila, foi o aumento das taxas de inadimplência no País, que envolveu principalmente projetos solares de geração distribuída. Isso fez várias ins tituições financeiras reduzirem a expo sição a esses projetos, completa a CEO.
Retomada
Os desembolsos menores em valo res registrados em 2023, na avaliação do analista da Greener João Gabriel Mesquita, foram provocados princi palmente pelo desempenho fraco do primeiro semestre. Segundo ele, nesse período muitas propostas não foram aceitas pelos clientes por ter sido o primeiro período em que passou a valer a não compensação gradativa e escalonada da TUSD fio B, iniciando em 15% em 2023 até 90% em 2028 ou 2030 (a chamada GD II).
“Vários integradores usaram esse argumento do fim dos subsídios para vender em 2022, que foi o melhor ano da GD justamente por conta disso. Mas em 2023 o tiro saiu pela culatra e os clientes não aceitaram as propostas também porque consideraram que o prazo para manutenção dos subsídios até 2045 tinha se esgotado”, disse.
O ambiente começou a melhorar a partir do segundo semestre de 2023, quando a queda de preço ficou mais evidente a ponto de os clientes come
çarem a perceber que as perdas dos subsídios até 2045 não impactariam o retorno sobre o investimento. Ao chegar o primeiro semestre deste ano, ressalta Mesquita, o nível de negócios voltou ao patamar semelhante ao de 2022, o melhor do setor.
Segundo a pesquisa da Greener, o comportamento da GD varejo no mesmo ritmo de dois anos atrás fez com que a taxa de conversão de propostas em projetos aumentasse. Ela ficou em 14,9% no primeiro semestre deste ano, mais do que o dobro de toda a média de 2023 (7%) e ainda superior ao primeiro semestre de 2022, quando a taxa foi de 13%.
Em volume de vendas, a pesquisa identificou que no primeiro semestre 94,7% dos integradores realizaram pelo menos uma venda, o que é o maior valor registrado pela pesquisa desde 2021. Além disso, também houve o maior percentual de integradores vendendo volumes maiores no primeiro semestre, em comparação com o ano anterior.
Mesquita: preços de módulos são os menores, historicamente
Também comprova essa movimentação o fato de o Brasil ter batido o recorde semestral de importação de módulos, segundo a pesquisa da Greener, com 10,7 GWp nos primeiros seis meses de 2024, aumento de 30% em comparação com o mesmo período de 2023. Desse total, 70% foram destinados à geração distribuída.
Ainda segundo Mesquita, uma outra conclusão da pesquisa ajuda a entender ainda mais o cenário de recuperação em 2024: a queda de preços dos projetos, aí incluindo a compra dos kits solares e mão de obra das instalações.
Em sistemas de até 75 kWp, instalados em telhados, a redução média de janeiro a julho foi de 6%. Já em sistemas acima de 150 kWp a queda foi maior, de 15%. Nesse ponto, a redução acentuada no preço dos módulos solares foi um dos principais componentes do menor custo. “O que está favorecendo bastante o clima neste ano são os preços, porque são os menores historicamente”, diz.
Aumento na classe C
A diretora da fintech Meu Financiamento Solar, do banco BV, Carolina Reis, também chama a atenção para a queda dos preços dos equipamentos, que no caso dos kits, segundo ela, já caíram 40% nos últimos anos. Para Reis, os preços menores, em conjunto com a trajetória de queda da Selic (embora a última projeção do boletim Focus seja de
Reis: quase metade dos financiamentos para classe média e média baixa
aumento para este ano, em 11,25%), viabilizaram a oferta de melhores condições para aquisição de crédito.
Segundo a diretora, o cenário gerou otimismo nos consumidores interessados em instalar telhadores solares com a maior facilidade de contratação de financiamento e redução do tempo de retorno do investimento. Uma prova é que no último trimestre houve aumento na procura de consumidores da classe C na plataforma eletrônica. “Entre abril e junho, 48% dos créditos liberados foram para esses consumidores da chamada classe média e média baixa”, disse.
O volume de recursos liberados pela plataforma eletrônica cresceu 41% no segundo trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2023. Segundo balanço da empresa, a maior parte dos créditos liberados para instalação dos kits solares foi destinada a projetos contratados por residências e empresas localizadas no estado de São Paulo. Além dos paulistas, outros quatro estados integram a lista dos cinco maiores contratantes de crédito na Meu Financiamento Solar no segundo trimestre: Pará, Bahia, Mato Grosso e Pernambuco.
Reis acredita que esse ritmo de contratações deve acelerar até o final de 2024. Embora a maior parte dos clientes da fintech sejam residenciais, a expectativa é de crescimento no financiamento de energia solar para condomínios, que segundo ela buscam reduzir a conta do consumo das áreas comuns dos prédios.
Meu Financiamento Solar: contato@meufinanciamentosolar.com.br; tel.: 4000-1348 (capitais e regiões metropolitanas) ou 11 2110-3001
Sol Agora: Tel.: 11 3810-9337 ou 11 96628-0030; contato@solagora.com.br
Serviços de termografia para sistemas fotovoltaicos
Empresa, telelefone e e-mail
Da Redação de FotoVolt
Atende Realiza Após a inspeção, fornece Escopo dos serviços
A termogra a em sistemas fotovoltaicos detecta pontos quentes e anomalias térmicas em módulos e conexões, invisíveis a olho nu, ajudando a identi car células defeituosas, conexões soltas e inversores superaquecidos, a m de manter o sistema operando com e ciência ideal, evitando perda de geração de energia. Neste guia, são apresentadas empresas que oferecem serviços de termogra a, com seus dados de contato e escopo de inspeções oferecidas.
Inspeção
Todo o país Estados de Inspeções no solo Inspeções com drones Durante o comissionamento Durante a operação Registros fotográficos Termogramas Relatórios técnicos indicando diagnóstico e medidas corretivas Módulos Inversores Rastreadores Disjuntores Interruptores Seccionadores Conexões Diodos DPSs Fios e cabos Caixas de junção Eletrocentro e componentes Quadro do Sistema Fotovoltaico Quadro Geral BT da UFV Quadro Geral da BT da edificação Sistema de supervisão e controle Análise termográfica Identificação de pontos quentes Identificação de falhas e anomalias
Atende Realiza Após a inspeção, fornece Escopo dos serviços
Todo o país Estados de Inspeções no solo Inspeções com drones Durante o comissionamento Durante a operação Registros fotográficos Termogramas Relatórios técnicos indicando diagnóstico e medidas corretivas
Análise termográfica Identificação de pontos quentes Identificação de falhas e anomalias
Inspeção
Módulos Inversores Rastreadores Disjuntores Interruptores Seccionadores Conexões Diodos DPSs Fios e cabos Caixas de junção Eletrocentro e componentes Quadro do Sistema Fotovoltaico Quadro Geral BT da UFV Quadro Geral da BT da edificação Sistema de supervisão e controle
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 135 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, setembro de 2024
Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
Intersolar South America alcança edição histórica com recorde de público
A11a edição da Intersolar South America apresentou números impressionantes. O hub
TSESA - The Smarter E South America, do qual a Intersolar é o carro-chefe, e que também integra as mostras ees South America, dedicada a baterias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM Power South America, focada em instalações elétricas, infraestrutura de energia e gestão energética; e Power2Drive, voltada para eletromobilidade e infraestrutura de carregamento, atraiu 55 mil visitantes, superando as edições anteriores, que receberam 50 mil, em 2023, 44 mil, em 2022, e 28 mil, em 2021.
parceria com a Aranda Eventos & Congressos Ltda., do mesmo grupo que publica a FotoVolt, a Intersolar South America destacou tendências tecnológicas, oportunidades de negócios e estratégias de mercado. A próxima edição será realizada de 26 a 28 de agosto de 2025, no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. Mais informações em https://www. intersolar.net.br.
A maior feira de energia solar da América Latina reuniu mais de 600 expositores e 55 mil visitantes, destacando inovações do setor fotovoltaico
Contando com mais de 650 empresas expositoras, o evento consolidou-se como um ponto de encontro essencial para o mercado de energia solar, armazenamento de energia, infraestrutura de energia e eletromobilidade, reunindo as soluções tecnológicas inovadoras que estão moldando o futuro do setor.
Organizada pela Solar Promotion International GmbH e Freiburg Management and Marketing International GmbH, ambas da Alemanha, em
A seguir, FotoVolt apresenta uma seleção das novidades e destaques em produtos, soluções e serviços exibidos na feira.
Bateria e módulo solar
A BYD lançou a bateria MC Cube-T, que utiliza bateria LFP para armazenamento de energia de longa duração e adota, de acordo com a empresa, a primeira tecnologia de integração CTS (cell to system) do mundo, o que
garante alto fornecimento de energia. Seu sistema foi aprovado por mais de 10 testes destrutivos e possui configuração e gestão flexíveis, facilitando sua instalação. Outro destaque da BYD na Intersolar foi o módulo fotovoltaico bifacial Tuiuiú, de 615 W, que em breve será produzido na fábrica de Campinas, SP. Segundo a empresa, o módulo otimiza a utilização do espaço físico para a captação solar e reduz custos com estruturas fixas e trackers em usinas fotovoltaicas de solo. www.byd.com.br
Desligamento rápido e inversores
A GoodWe apresentou, pela primeira vez no Brasil, o RSD 2.0 - Rapid Shutdown, sua solução de desligamento rá pido, composta de dispositivos trans missores de sinal PLC e dispositivos receptores instalados em cada módulo FV. Eles operam de forma indepen dente do inversor, garantindo com patibilidade com inversores string de qualquer potência, inclusive de outras marcas, e atuam de forma automática em caso de falha do sistema ou aciden te, assegurando tensão extrabaixa nos circuitos CC. Outro lançamento foi a linha ET 40-50K de inversores híbridos trifásicos, com 4 MPPTs, potências de 40 kW e 50 kW, e uma chave de trans ferência externa nível UPS (comutação entre modos on-grid e backup em me nos de 10 ms), que suporta conexão de geradores a diesel e circuitos de backup em paralelo em até quatro unidades. Esta nova chave possibilita a formação de sistemas com backup para cargas prioritárias de até 200 kW, além da aplicação em microrredes em conjunto com geradores. A linha também traz integradas soluções de proteção IP66, DPS, AFCI 3.0 e contra conexão de ba terias em polaridade invertida. A em presa também apresentou a linha XS G3 de inversores monofásicos on-grid, com potência de 3,3 kW e 1 MPPT. Os novos inversores pesam 4,6 kg e são de fácil instalação, segundo a empresa. Oferecem capacidade de overload CC de 200% (6,6 kWp) e eficiência máxima de 97,6%, sendo indicado para siste mas residenciais. Contam com prote ção IP66 e AFCI 3.0, além de operação silenciosa por convecção natural com níveis de ruído abaixo de 20 dB. www.br.goodwe.com
Bombeamento solar e carregadores rápidos
No estande da Intelbras, um dos des‑ taques foi um novo sistema de bom beamento solar off-grid, desenvolvido
para o segmento agro. A solução é composta por um kit com painéis so‑ lares, controlador de carga MPPT e bomba. Outra novidade apresentada foi a linha de carregadores rápidos para veículos elétricos, com modelos de 3 a 22 kW de potência de recarga, atendendo as necessidades de residên cias, condomínios e empresas, entre outros. O produto vem equipado com um software completo de gestão, além de recarga com corrente contínua.
https://www.intelbras.com
Cabo
A Cobrecom levou à Intersolar o cabo
GTEPROM Flex HEPR 90 ºC, para ten sões nominais até 0,6/1 kV. O produto conta com fios de cobre nu, têmpera mole, encordoamento Classe 5 (fle xível), isolamento com o composto termofixo Etileno Propileno (HEPR), tipo alto módulo para 90 °C e cober tura de Policloreto de Vinila (PVC), ST 2 antichama (BWF‑B). Indicados para circuitos de alimentação e distribuição de energia, instalações industriais e subestações de transformação (ao ar livre ou subterrâneas, em locais de excessiva umidade ou diretamente enterradas no chão). Disponíveis com isolação na cor preta e coberturas pre ta, azul e verde. Acondicionamento em rolos de 100 metros ou bobinas de madeira com 500 metros. Está em con formidade com as normas NBR 7286 e NBR 5410 da ABNT, NBR NM‑280 da ABNT/Mercosul.
https://cobrecom.com.br/
Conectores e terminais
A KRJ destacou os conectores Katro e KSE K4 e o terminal Klok para módulos FV. O modelo KSE K4, utilizado para conexão serial, atende condutores de 2,5 a 6 mm² e possui sistema de cone xão multicontato, oferecendo alta esta
bilidade para todo o sistema, de acordo com a empre sa. O dispositi vo dispõe de alta resistência a intempé ries, raios ultravioleta e sobretensões, e conta com proteção para ambientes externos à prova d’água. É compatível com as outras conexões do mercado, garante a fabricante. O conector Katro é indicado para instalações residenciais e comerciais em sistemas elétricos de dis tribuição de energia em baixa tensão, onde são utilizados cabos multiplexa dos isolados. Dois tipos deste conector estão disponíveis para os consumido res, de acordo com a seção do condutor principal em que será aplicado. O ter‑ minal Klok é produzido em liga de alumínio com acabamento superficial, que inibe a corrosão galvânica e permi te conexões com condutores de cobre. De fácil remoção, não afeta a estrutura dos condutores aos quais se conecta, destaca a empresa.
https://krj.com.br/
Monitoramento de usinas FV
A Alfa Sense expôs as soluções Fence Lite e Fence Smart, que realizam moni toramento ininterrupto de usinas fo tovoltaicas terrestres e flutuantes, e se integram, de forma simples e rápida, segundo a empresa, a centrais de alar me, holofotes, sirenes, drones e siste mas de geren ciamen to de vídeo.
De acordo com a empresa, um único equipamento Fence Lite protege até 4 km de perímetro, já o Fence Smart, até 20 km.
www.alfasense.com.br
Cabo
Produzido com cobre estanhado para reduzir a oxidação, os cabos AtoxSil Solar, destaque da Sil na Intersolar,
podem operar com temperaturas de até 120 °C, por até 20 mil horas. Além disso, os cabos também são fabricados com compostos de isolação e cober tura de termofixos não‑halogenados, que oferecem proteção adicional contra raios UV. Contam com isolação e cobertura antichama, atendendo à norma NBR 16.612, e possuem expec tativa de vida útil de 25 anos.
https://www.sil.com.br/
Controlador de religadores
A Pextron destacou o IED R550, um novo controlador de religadores de redes de distribuição para GD, apli cável na interligação com a rede das concessioná rias. Entre as suas principais características estão: proteção ANSI 50/51, 50/51N, 67, 67N, 32, 59,27, 62 e 79; conta dor de opera ções; localiza dor de faltas; oscilografia; medição; registro de dados; quatro entradas de corrente CA (três fases e um neu tro); seis entradas de tensão (três fontes e três cargas) protegidas por varistores; painel frontal com LEDs de indicação e botões de acesso direto; painel RGB HT com touch-screen e telas configuráveis; software aplicati vo gratuito para programação, osci‑ lografia, etc. O produto já foi homolo gado pela Cemig.
https://www.pextron.com
Inversor e módulo FV
Entre os produtos expostos pela Cor Solar estava o SG250HX, inversor fo tovoltaico string para sistemas de 1500 Vcc, fabricado pela Sungrow. O equi pamento possui 12 MPPTs indepen dentes e é compatível com módulos de alta potência e com cabos de CA de alumínio e cobre. Apresenta conexão
CC dois em um, proteção IP66 e grau anticorrosão C5. Também em desta que estava a linha de módulos Vertex N, da Trina Solar, com células N‑Type, tecnologia TOPCon, eficiência de até 22%+, degradação de 1% e menor LCOE. A empresa anunciou a inclusão dos microinversores da chinesa TSU Ness no seu portfólio.
https://www.corsolar.com.br
Módulo FV full black
A Sirius mostrou o módulo FV SiriusRS6, com potência máxima de 550 W. O produto traz tecnologia de célula p-type e full black (3ª geração), sem divisão de espaço entre as células.
Segundo a empresa, as células solares pretas são tratadas para absorver mais luz e a ausência de espaçamento entre elas otimiza a produção de energia, já que não há perdas por barramentos e cortes.
https://energiasirius.com/ Perfil tubular e mesa dupla
A SolarGroup lançou o perfil tubular Fibro+, em alumínio 6060‑T5, dispo nível em dois comprimentos: 0,26 cm e 0,40 cm. O produto foi desenvolvi do para fixação em telha de fibro cimento com es pessura mínima de 5 mm. Outro destaque da empresa foi a mesa dupla monoposte, estrutura de solo fabricada 100% em alumínio. Oferece fixação com gram pos tradicionais, por cima, e também por baixo, para as fileiras mais altas, proporcionando uma instalação rápi da e segura, afirma a empresa.
https://solargroup.com.br/
Cabos
A Lafeber ampliou a sua linha de cabos. Entre as novidades está o cabo flexível 450/750 V, indicado para ins talações industriais, comerciais e resi denciais. Composto por fios de cobre nu, têm pera mole e encor doamento classe 5, o produto tem isola‑ mento termoplástico a base de PVC 70° antichamas. A empresa também produz o cabo fotovoltaico, com fios de cobre eletrolítico, têmpera mole, filamentos estanhados, classe 5, de senvolvido para operações em tem peraturas de ‑ 40 a 90 °C, resistindo a temperaturas internas no condutor de até 120 °C, por até 20.000 horas em regime contínuo.
https://lafeberfiosecabos.com.br/
Skid solar
O Skid Solar foi a principal atração do estande da VR Painéis. Principais características: potência até 2750 kVA; transformador a seco; tensão MT 17,5 kV/ 24 kV/ 34,5 kV; tensão BT 600 V/ 800 V; pro teção de in versores via chave sec cionadora fusível XLP ou ZLBM/ disjuntor; e grau de proteção IP 54. https://www.vrpaineis.com.br/
Estruturas para telhado
A Romagnole lan çou a linha Speed Fix de estruturas para telhado. Segundo a empre sa, é aplicável a diversos tipos de telhado, como fi
brocimento, zinco, colonial e cerâmico, e traz como principal benefício a fixação lateral, o que proporciona rapidez na montagem e instalação dos módulos FV para sistemas de microgeração. A empresa também apresentou skids solares para usinas de 1 a 5 MW. https://www.romagnole.com.br
Inversores e carregadores veiculares
A Fox ESS apresentou o sistema de armazenamento de energia G-Max e as baterias EP5 e EP11, que são compatíveis com todas as linhas de inversores híbridos da marca, incluindo as séries H1, KH, H3, H3-Pro e US. As baterias podem ser conectadas em até quatro unidades em paralelo por meio de uma caixa de junção, permitindo uma expansão flexível do sistema. Também foi destacado o aplicativo Fox Cloud 2.0, que traz a funcionalidade Fox Forest, a qual permite aos usuários o rastreamento de seus dispositivos e o monitoramento do consumo de energia. Outra novidade foi o carregador veicular EV Charger, com opções de potência entre 7,3 kW (monofásico 220 V) e 11 kW e 22 kW (trifásicos 380 V).
https://br.fox-ess.com
Microinversores monofásicos
O grande destaque da TSUNess na Intersolar foi a linha Titan Plus de microinversores monofásicos, que apresenta potências de 3,6 a 6 kW e 6 MPPTs. São cinco modelos (TSOL-MP6000, TSOL-MP5000, TSOL-MP4600, TSOL-MP4000 e TSOL-MP368), que suportam até 12 módulos com corrente de entrada máxima de 20 A, sendo dois módulos em série por entrada. Indicados para instalações comerciais e residenciais, os microinversores possuem redundância de comunicação, wi-fi e RS485 para instalações C&I.
https://pt.tsun-ess.com
Monitoramento remoto
A Weidmüller apresentou a solução
PV-Next Fireman Switch, para desligamento remoto seguro de sistemas fotovoltaicos (alimentação CC dos módulos) em casos de incêndio. Principais características: aplicações para até 11000 VDC, configurações de até 2 entradas e 2 MPPTs, conexão à rede CA 110/220 V, sistema liga e desliga automático e remoto para o lado CC, instalações simples via conector push in, desligamento automático em temperatura acima de 100 °C, entre outras. https://www.weidmueller.com.br
Módulo FV
A GCL levou à Intersolar uma série de módulos FV, entre eles o monocristalino bifacial GCLNT10/78GDF, com potência máxima de saída de 640 W, eficiência máxima de 22,9%, tensão máxima de potência de 48,88 V e corrente de potência máxima de 13,15 A. A empresa também anunciou, durante o evento, o seu ingresso à Absolar.
https://pt.gclsi.com/
Medição
O sistema MS-80SH Plus+, comercializado pela Romiotto, foi desenvolvido pela EKO para medição de irradiância global (GHI), difusa (DHI) e direta (DNI), otimizando o monitoramento de recursos solares. Composto por um piranômetro estacionário, uma banda rotativa motorizada e uma unidade de controle e processamento inteligente (C-Box), o sistema está em conformidade com a norma IEC 61724-1 e pode ser integrado a sistemas digitais de aquisição de dados, dataloggers e sistemas Scada por meio da interface Modbus RTU via RS-485. O sistema MS-
80SH Plus+ se destaca por oferecer dados confiáveis e precisos de irradiância solar com custo de aquisição e manutenção reduzidos, de acordo com a empresa.
www.romiotto.com.br
Módulos FV
A JA Solar exibiu uma série de módulos FV, entre eles a linha JAM72D42 LB. Bifaciais de vidro duplo N-Type, esses módulos premium possuem potência máxima de 615 a 640 W, eficiência de até 22,9%, tensão de potência máxima de 44,29 V e corrente de curto-circuito de 15,31 A. https://jasolarbrasil.com.br/
Inversores
A Hypontech apresentou os inversores monofásicos da linha HPS Pro série 7-10K, com potências que variam de 10.500 a 15.000 W, 3 MPPTs e eficiência máxima de 98%. O produto utiliza tecnologia AFCI, que identifica falhas de arco nos circuitos e desliga a energia quando uma anormalidade é encontrada. A série HPS Pro também possui um recurso de monitoramento inteligente 24 horas por dia, que permite o rastreamento em tempo real do estado operacional do sistema de energia, alertas imediatos para possíveis problemas e monitoramento do uso de energia.
https://br.hypon.com/
Módulos FV
A Qn-Solar mostrou em seu estande o módulo solar QNN182-HG-78, com potência de 610-660 W e que conta com células bifaciais TOPCon tipo N. Segundo a empresa, a bifacialidade proporciona aumento de 20% de po-
tência máxima em seu lado traseiro, em comparação ao PERC. Apresenta eficiência máxima de 23,6% e, segundo a empresa, excelente desempenho em baixa luminosidade, como em dias nublados.
https://br.qn-solarpv.com/ Inversor e gerenciador de comunicação
O destaque do estande da Sofar foi a série PowerMega, que inclui o inversor trifásico Sofar 333KTLX0, que conta com potência de 333 kW, 8 MPPTs, eficiência máxima de até 99,05%, entrada de alta corrente compatível com módulo 600 Wp+. Outro destaque foi o gerenciador de comunicação PSC 100, para até 60 inversores e modo de comunicação RS485, PBUS, Ethernet ou rede sem fio. Suporta transformadores de dois enrolamentos com divisão dupla e pode ser configurado com módulos PBUS duplos.
https://br.sofarsolar.com
Baterias e sistema de armazenamento
A Moura apresentou um conjunto de soluções para apoiar as empresas na expansão de suas jornadas ESG. A linha Moura Solar traz uma gama de baterias, disponíveis nas tecnologias de lítio e chumbo, projetadas exclusivamente para sistemas fotovoltaicos híbridos e off-grid. A empresa também destacou o Moura BESS, um sistema inteligente de armazenamento e gestão de energia para comércio e indústria; agronegócio; transmissão, geração e distribuição de energia; e sistemas isolados. A solução possibilita a integração com fontes renováveis, de forma a garantir a não intermitência na geração de energia, além de reduzir custos.
https://www.moura.com.br/
Usina solar flutuante
O grande destaque da FortLev Solar foi a Flutuante, usina solar em PEAD
produzida 100% no Brasil. A solução, que pode ser instalada em lagoas e reservatórios, é fabricada com a inclinação necessária e insertos metálicos para a fixação de módulos solares, demandando apenas perfis de alumínio. https://fortlevsolar.com.br/
Rastreador solar
A Sengi Solar expôs o novo rastreador solar horizontal Stone, de eixo único com linhas independentes. Possui amplitude de movimento de 55° e suporta ventos com velocidade máxima de 50 m/s em posição de defesa e de 14 m/s em operação. Com recursos como anemômetro e algoritmos personalizados de backtracking, o Stone se adapta às condições do terreno e do clima, minimizando perdas e aumentando a eficiência. Está em conformidade com as normas NBR 14762, NBR 8800 e NBR 6123. https://www.sengisolar.com.br/
Inversores
A Chint Power destacou na Intersolar o PCS Skid de 2,4 MW, junto ao contêiner de resfriamento líquido CPS ES-5016KWH-US, com bateria de 5 MWh. A solução tem entre suas principais características a integração com PCS, BOS e aparelhagem de baixa tensão, fonte de alimentação auxiliar, gateways de comunicação e um transformador de média tensão, todos adaptados para aplicações ESS de utilidade. Outra novidade apresentada para o mercado brasileiro foram as soluções Zero Grid, como medidores inteligentes, que podem ser utilizadas em uma gama abrangente de projetos, incluindo monofásicos, trifásicos, com um ou múltiplos inversores.
https://chintglobal.com.br/
Inversores solares
A FiberX Renováveis apresentou produtos desenvolvidos por seus parceiros comerciais, entre eles a Sineng. A empresa destacou os inversores monofásicos SN5PS (5 kW/ 2 MPPTs) e SN10PS (10 kW/ 2 MPPTs), para projetos residenciais e instalações de microgeração distribuída. Também estiveram em evidência os inversores trifásicos SN15PT-LV (15 kW/ 2 MPPTs) e SN75PT-LV (75 kW/ 4 MPPTs), para projetos comerciais, industriais e fazendas solares, e o trifásico SP-250K-H (250 kW/ 12 MPPTs), para projetos de fazendas solares e utilities
https://www.renovaveis.fiberx.com.br/
Inversores solares
O grande destaque da Renovigi na Intersolar foi a linha Renovigi Grid Tie (RGT), desenvolvida pela equipe de P&D da empresa. No estande foi possível conferir o inversor monofásico RGT-M 8K 220V, para instalações de até 12.000 W, com 2 MPPTs e corrente string de até 48 A. Outro inversor exposto, também da linha RGT, foi o RGT-M 10K 220V, com 3 MPPTs e para instalações de até 15.000 W. Os dois produtos possuem eficiência máxima de 97,8%.
https://blog.renovigi.com.br/
Microinversores
A Hoymiles apresentou o microinversor série MiT-5000-8T, de 5000 W, para projetos residenciais e C&I de grande porte. Segundo a empresa, a linha não exige substituição por 25 anos, superando a vida útil de inversores tradicionais (10 anos). Além disso, o microinversor MiT (oito em um) possui 4 MPPTs e seu baixo limite de tensão MPPT (12 V) permite início e operação antecipados em condições de baixa luminosidade, maximizando a gera-
ção de energia, destaca a companhia. Pode ser instalado em qualquer tipo de telhado e suporta dois módulos conectados em série por entrada, garantindo níveis de tensão CC seguros abaixo de 120 V.
https://www.hoymiles.com/br
Transição energética
A SolarVolt lançou a solução BOT Mercado Livre de Energia, para empresas/clientes que desejam transicionar para o mercado de energia renovável sem grandes investimentos iniciais. De acordo com as empresas, os principais benefícios do modelo BOT (Build, Operate, Transfer), além de zero investimento inicial, são: descontos na conta de energia desde o início da operação e energia renovável a longo prazo sem custos adicionais (após um período entre 12 e 20 anos, a usina passa a ser propriedade do cliente). A SolarVolt fica a cargo de toda construção da usina solar, enquanto a operação e manutenção ficam sob a responsabilidade dos investidores.
http://www.solarvolt.com.br
Fixadores
A Inox-Par destacou a linha Skin de módulos BIPV coloridos, fabricados 100% no Brasil, da Garantia Solar. Os módulos levam sistemas de ancoragens e fixação Inox-Par. A empresa também apresentou sua haste solar
de ponta brocante, para fixação de módulos solares. Produzidas em aço inoxidável e aço, as novas hastes desta família são indicadas para aplicação em estruturas metálicas. Outra novidade foi o flutuador, de produção 100% nacional, da Solar Tritec, que também utiliza fixadores Inox-Par.
https://www.inoxpar.com.br/
Proteção contra surtos para ECV
A Embrastec apresentou a EcoMobi, proteção contra surtos para Estações de Carregamento Veicular (ECV). Disponíveis com DPS classe II, elas são montadas em caixas de sobrepor IP54, com interruptor diferencial tipo A, para proteção contra correntes de fuga, e disjuntor tipo C, para o seccionamento da corrente de saída, a fim de proporcionar mais segurança aos usuários. Com garantia de seis anos contra defeitos de fabricação, a EcoMobi atende as orientações da norma técnica ABNT NBR 17019:2022 sobre as instalações para alimentação de veículos elétricos.
https://www.embrastec.com.br
Aço
Com foco em inovação e sustentabilidade, a ArcelorMittal
apresentou o Magnelis, aço galvanizado desenvolvido para proporcionar proteção superior em ambientes externos e agressivos. Segundo a empresa, suas características anticorrosivas o tornam ideal para estruturas de suporte de projetos solares. No estande, um carpot com módulos solares, produzido com Magnelis, foi exibido ao público.
https://brasil.arcelormittal.com
Inversor e microinversor No estande da Growatt, o público da Intersolar pôde conferir o recém-lançado inversor MIN 7500TL-X2, que conta com capacidade de 7,5 kW e eficiência máxima de 98,1%. Segundo a empresa, a solução permite que usuários residenciais instalem sistemas solares sem necessidade de uma auditoria complexa de conexão à rede para sistemas abaixo de 7,5 kW. O inversor possui 2 MPPTs, suporta correntes de entra-
da de até 18 A e é compatível com módulos que excedem 600 W. Outro produto destacado foi o microinversor NEO 2250-2500M-X2, que permite a conexão de três modelos em paralelo e atende ao requisito de desligamento rápido (RSD). Com capacidade de 2250-2500 W, apresenta 4 MPPTs e admite corrente de entrada de até 20 A.
https://br.growatt.com
Inversor string utility
A Hopewind mostrou o inversor string utility, de 330 kW, com potência máxima de saída de 385 kW. Conforme a fabricante, a solução – única finalista chinesa do The smarter E Award 2024 na Intersolar Europe – é a mais potente do mercado. Possui quatro chaves seccionadoras inteligentes que desarmam automaticamente quando detectadas falhas, e conta com grau de proteção IP66 e adaptabilidade a redes SCR, o que, de acordo com a empresa, o torna ideal para ambientes de alta temperatura e áridos, garantindo operação confiável sem redução de potência até 45°C. Outro grande destaque, lançamento no Brasil, foi o PCS string, com potências entre 145 kW e 250 kW, que conta com proteção IP66 e anticorrosão C5.
https://pt.hopewind.com/
Construção e manutenção
A EPC Soluções destacou na Intersolar seus serviços voltados à construção e manutenção de usinas solares. A empresa conta com projetos em vários estados como Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Pará, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro, contabilizando mais de 30 usinas construídas, 20,9 MWp de potência em operação e mais de 100 mil painéis solares instalados.
https://epcsol.com.br/
Estruturas para fixação
A Tech Estruturas expôs seu portfólio de estruturas para fixação de painéis
SOLUÇÕES INTELIGENTES
solares. A empresa oferece kits para diferentes demandas de telhados: em fibrocimento, metal e cerâmica, etc. Disponibiliza também suportes em L, clamp intermediário e final, emenda, perfil trilho T, entre outros itens.
https://www.techestruturas.com.br/
Elevadores elétricos
A Inovar Solutions mostrou ao públi co seu portfólio composto por módu los cristalinos, sistemas de montagem e acessórios de instalação, módulos BIPV e equipamentos como lingotes, discos wafer, etc. Entre os destaques da empresa estava uma gama de elevado res elétricos (Light, G200 Reinforced e CN-300 Reinforced), com alturas entre 10 e 25 metros.
www.inovarsolutions.com.br
Soluções em eletrônica
A L2M reforçou junto ao público presente na Intersolar as soluções em eletrônica de potên cia que oferece ao mercado nacional de energia. A empresa desenvolve e fabrica equipamentos eletrô nicos tropicalizados e faz a reengenharia de produtos conforme a demanda. Além disso, atua na revenda de produtos eletroeletrônicos de mar cas, como WEG, Fimer, GE, Ingeteam, etc. Também presta consultoria em engenharia e serviços e em O&M.
https://l2mpowereletronics.com/
Inversor híbrido
A Interbrasil deu destaque para a linha de inversores híbridos Eletro Agro 300, da Frecon, projetada para atender as necessidades energéticas de agricultores. O modelo PV500-4T-075, possui eficiência de 98%, potência de saída de 75 KW, tensão de entrada (CC) de 450~750 V e corrente de entra da (CC) de 232,3 A.
https://www.interbrasil.com.br/
Infraestrutura
O Grupo Enersolar apresentou suas soluções de projetos e engenharia; construção e terraplanagem; geotecnia e fundações, usinas solares e locação de equipamentos. A empresa é repre sentante oficial de cravadoras MGI no Brasil e também oferece a bate‑estaca Tonker 830, da TeaTekGroup, ampla mente utilizada em obras de infraes trutura.
https://enersolar.eng.br/ Soluções para projetos FV
A JR Painéis Elétricos oferece uma diversidade de soluções: projetos e fa bricação de painéis BT e MT até 36 kV; quadros de entrada de energia padrão da concessionária; quadro de transfe rência automática de BT e MT; banco de capacitores quadros e painéis ge rais e distribuição; painel de comando de controle de motores; painel de au tomação CLPs/drives; stringbox/skid; subestação para usinas fotovoltaicas até 5 MVA; subestações do tipo blin dada metal enclosed e SF6, painéis TTA e PTTA. No estande, o público pôde conhecer uma de suas cabines projeta das para usinas fotovoltaicas.
https://jrpaineis.com.br/
Tubos e perfis
A Voestalpine Meincol apresentou soluções em tubos e perfis de aço para projetos solares. A empresa oferece perfis e tubos, fabricados em aços de baixa, média e alta resistência para aplicação em seguidores solares, es truturas fixas de solo e o VPark, estru tura para carports.
https://www.voestalpine.com/ Robô de limpeza automática
A Solar‑Lit mostrou o PV Cleaning Robot, que realiza a limpeza automáti ca de estruturas de fixação sem água, com eficiência de até 99,5%. Leve e modular, conta com recurso de corre ção de desvio ativo e sua escova macia não causa danos à superfície dos com
ponentes. Segundo a empresa, com grau de proteção IP65, é aplicável a todos os tipos de trackers e outras es truturas de fixação.
https://www.solar-lit.com/
Transformadores
A Trael deu destaque para o seu por tfólio de transformadores elétricos monofásicos e trifásicos de distribui‑ ção, de média força e força a óleo, trifásicos a seco e, sobretudo, aos dedi cados para aplicações solares. A linha dedicada à energia fotovoltaica utiliza óleo vegetal e/ou mineral e está dispo nível na faixa de potência de 300 kVA a 3000 kVA, classes de tensão até 36,2 kV e frequência de 50 ou 60 Hz.
https://www.trael.com.br/
Cubículo
O destaque no estande da Gazquez Painéis Elétricos foi o cubículo con vencional compacto de 15 a 36 kV a gás (SF6), desenhado especialmente para atender necessidades das usinas solares. Possui corrente nominal de até 630 A, corrente nominal de até 630 A e grau de proteção IP40 e IP54. Desenvolvido para instalações inter nas ou externas.
https://www.gazquez.com.br/
Inversor e carregador veicular
No estande dividido pela APsystems e Ecori, um dos destaques foi o mi croinversor híbrido monofásico para armazenamento EZHI (220 V), para sistemas fotovoltaicos de pequeno porte. O equipamento possui potência máxima de saída 1200 W e é compa tível com dois módulos de até 600 Wp. Outra novidade foi o carregador monofásico (127 V/220 V) para carros elétricos e híbridos Apcharger, que apresenta potência máxima de saída 9600 W, proteção de fuga inteligente ultrarrápida (< 20 ms) e priorização de
recarga através da energia excedente do sistema fotovoltaico.
https://www.ecorienergiasolar.com.br/
Estruturas FV
A Metalogalva destacou as suas estruturas de aço para o segmento de energia solar: estruturas fixas, seguidores solares 1 e 2 eixos, estruturas para estacionamento e postes de iluminação FV. A empresa afirma que fornece soluções que se adaptam às necessidades específicas dos clientes.
https://www.metalogalva.com.br/
Bateria
A Huawei Digital Power lançou a bateria de utilities Luna 2000 -4.5 MW, com tensão nominal de 1331,2 V, tensão máxima de 1500 V, capacidade nominal de energia de 4.472 kWh; e taxa de carga e descarga ≤ 0,5 C. Outras características: faixa de temperatura de operação -30°C ~ 55°C, temperatura
de armazenamento na faixa de -40°C ~ 60 °C, interface de comunicação Ethernet/SFP Protocolo de comunicação Modbus TCP, grau de proteção IP55 e grau anticorrosão C5-médio.
https://e.huawei.com/br/
Módulos FV
A ReneSola apresentou módulos de vidro simples e duplo de 595 W do tipo 182N, módulos de vidro duplo de célula retangular de 630 W e módulos avançados de vidro duplo HJT 750 W. Também foram lançados os módulos leves de 440 W do tipo 182N. Os produtos são voltados para uma variedade de aplicações, incluindo usinas de
energia terrestres de grande escala, projetos distribuídos industriais e comerciais, etc.
https://pt.renesola-energy.com/
Amortecedores solares
A Stabilus oferece a linha Wind Tamer de amortecedores solares. De acordo com a empresa, a solução proporciona maior proteção à energia dos ventos, melhorando a vida útil do sistema FV. Com produtos que variam em forças resistivas de até 12.000 N e comprimento de até 44 polegadas, a família de amortecedores solares absorve a energia cinética gerada pelo vento. Possui revestimento resistente a intempéries, vida operacional de até 2 milhões de ciclos, faixa de temperatura operacional de -30 a +80 °C, resistência à corrosão por névoa salina de até 480 horas pela norma ASTM B113. Opções para projetos de trackers 2-P LFM (módulo de grande formato).
Power2Drive, o evento que faltava no segmento
“ Foi nítida a profundidade técnica, a qualidade das perguntas, deixando claro que a eletromobilidade já não é novidade mas sim algo presente para integradores e público”
Eventos de segmentos são sempre muito importantes para o networking, para conhecer novidades e tendências do setor, para atualização profissional e, felizmente, no segmento de elétrica e energia estamos bem servidos de bons eventos. Porém, no ramo específico de mobilidade elétrica, os eventos eram ainda mais voltados a aspectos regulatórios e de políticas públicas, o que de fato é importante mas, com a expansão acelerada do mercado e uma grande quantidade de profissionais que pouco conhecem as tecnologias envolvidas, era necessário que um evento técnico marcasse presença no nosso território. O Power2Drive South America veio para suprir esta necessidade.
O Power2Drive é um congresso já maduro e consolidado na Europa, e pela primeira vez o realizamos no Brasil. O objetivo deste artigo é relatar um pouco do que foi o congresso e feira, principalmente para aqueles que não puderam estar presentes ou não conseguiram acompanhar todas as atrações, do ponto de vista deste colunista.
O Power2Drive é o braço do evento The Smarter E com o foco na mobilidade elétrica, composto por Con-
gresso, Exibição e Palco de Inovação. O Palco de Inovação, área aberta que permitiu interação entre especialistas e o público geral da feira, estava localizado no pavilhão do Power2Drive, ao lado dos estandes e veículos elétricos expostos. As apresentações que ocorreram nesse palco foram de profissionais de áreas variadas do mercado, todos com muita bagagem e vivência técnica, abordando temas como a implantação de infraestrutura para veículos elétricos pesados, tipos de carregadores de veículos, manutenção e operação de redes de recarga, conversão de veículos a combustão para elétricos, tecnologias digitais como ferramenta da evolução do mercado de mobilidade elétrica, entre outros.
A exibição Power2Drive ocorreu no Pavilhão Azul da feira, pela primeira vez reunindo a mobilidade elétrica em um pavilhão próprio, diferentemente do que ocorreu em edições anteriores, quando era considerada uma “mostra especial” e os expositores do segmento estavam junto com os das demais áreas. A experiência foi interessante pois criou-se uma ilha de produtos e soluções para mobilidade elétrica, de modo a facilitar a busca
Rafael Cunha*
Abertura do Power2Drive South America - Dr. Florian Wessendorf., diretor do The Smarter E South America
Palco de Inovação
KITS FOTOVOLTAICOS
COMPLETOS PARA TODO O BRASIL
MICRO INVERSOR ON GRID ON GRID HÍBRIDO
ON GRID ALL IN ONE OFF GRID HÍBRIDO
BATERIA DE LÍTIO
DRIVER SOLAR
CARREGADOR VEICULAR
AMPLIANDO CONEXÕES
PARA ALCANÇAR A EXCELÊNCIA
O Portal do Integrador Serrana Solar facilita o acesso à informação e promove a autonomia do Integrador parceiro. Aqui você vai encontrar mais de 20 vantagens exclusivas e funcionalidades essenciais para facilitar o seu dia a dia.
Veículos elétricos
dos interessados pelo tema. Porém diversas outras empresas também apresentaram nos demais pavilhões suas diversas soluções de carregadores, sendo comum vê-los ao lado de módulos, inversores e baterias.
A exposição foi um ponto chave para o sucesso desta primeira edição do congresso Power2Drive, pois aproximou dos ouvintes as questões teóricas abordadas no congresso e no Palco de Inovação, pois estavam ali expostos diversos tipos e tecnologias de carregadores, veículos elétricos diversos e soluções de gerenciamento, cobrança de recargas e balanceamento de cargas.
O congresso Power2Drive ocorreu no dia 29 de agosto, último dia do The Smarter E, constituído de quatro sessões em que diversos especialistas puderam expor suas pesquisas e estudos frente a problemas complexos. Parte dos palestrantes foi convocada por meio de chamada de trabalhos e parte foi convidada por serem de notável destaque em suas áreas de atuação. A sessão de abertura foi realizada com duas apresentações iniciais, expondo o cenário atual da mobilidade elétrica no Brasil, os desafios e oportunidades, além de um overview dos incentivos para o protagonismo brasileiro no cenário mundial. Após, foi iniciada uma discussão com o tema central “Como promover a mobilidade elétrica no Brasil?”, na qual um dos principais insights reforçado por todos os palestrantes foi a falta de uma política de incentivo para o desenvolvimento de tecnologias e produções nacionais. A sessão apresentou um norte geral de onde este mercado está posicionado para pessoas que ainda não atuam ou são novos entrantes na área de eletromobilidade, e serviu como base facilitadora para a abordagem dos temas das sessões seguintes.
A sessão que se seguiu trouxe outra novidade: um painel todo composto por mulheres atuantes na eletromobilidade, no qual se abordou a padronização de conectores e métodos para tornar o processo de recarga mais inteligente e seguro, com aplicações de balanceamento de carga, autenticação de carregador por meio de leitura facial e um sistema de precificação da recarga baseado em geração de energia renovável. A discussão pôde ser aprofundada entre todas as participantes e com perguntas do público, em debate de alta qualidade técnica, introduzindo temas complexos como a interoperabilidade e sistemas de pagamentos.
No período da tarde, a sessão que explorou a evolução tecnológica das baterias e suas aplicações foi uma grande aula, ministrada por pesquisadores e empreendedores que exploraram como as recargas rápidas causam degradação mais rápida das baterias e apresentaram as tecnologias utilizadas nos veículos elétricos, com as vantagens e desvantagens de cada uma. O debate com o público ressaltou dúvidas quanto ao risco de incêndio das baterias e sua relação com a chamada pública do Corpo de Bombeiros de São Paulo. Das respostas dos palestrantes, destaco aqui o argumento da ausência de qualquer sistema de classificação de risco por parte da chamada pública, colocando todo e qualquer veículo a bateria como potencial risco. Por fim, a última sessão trouxe a visão das empresas de energia que foram as pioneiras na eletrificação de vias e execução de grandes projetos de eletromobilidade, e como estão essas operações nos dias atuais e seus principais desafios. Os cases da CPFL, Celesc e Copel atestaram o louvável esforço dessas companhias em desenvolver grandes projetos em um momento em que pouco ou quase nada se falava de veículos elétricos, projetos esses que geraram importantes incentivos para o desenvolvimento do mercado. O principal tema foi a dificuldade de operação e disponibilidade com equipamentos de uma geração anterior e muitas vezes localizados em locais distantes, e como foram aprimoradas as operações. Outro
Sessão “Soluções Inteligentes para Recargas de VE: Modelos Inteligentes e Padronização”
Sessão “Visão Geral do Mercado e Mobilidade Elétrica no Brasil”
Sessão “Desa os e Soluções em Baterias: Tecnologias e Aplicações”
ponto interessante foi o momento do início da cobrança pelas recargas, as quais eram até então oferecidas gratuitamente pelas companhias: qual foi a reação do público e como foi a preparação das próprias empresas, que agora teriam de oferecer o serviço mas com a necessidade de entregar uma boa experiência para o cliente. Na interação com o público presente, um dos questionamentos que mais chamaram a atenção foi se, com tantos desafios postos, ainda seria rentável ter uma rede de recarga. A resposta positiva foi unânime, já que estas empresas não se dedicam somente a recargas, o que dificulta a operação no dia a dia, porém no mercado já existem exemplos de iniciativas privadas especializadas em redes de recargas que
comprovam a viabilidade e a oportunidade de se investir em infraestrutura.
Sessão “Realidades do Carregamento de VE no Brasil: Melhores Práticas e Casos de Uso”
Concluindo minha percepção sobre o evento, foi uma experiência única que me evidenciou a rápida evolução no Brasil. Tive a oportunidade de experienciar eventos anteriores, em que o público muitas vezes estava tentando entender a tecnologia. Já no Power2Drive foi nítida a profundidade técnica, a qualidade das perguntas, deixando claro que a eletromobilidade já não é novidade mas sim algo presente
Veículos elétricos
para os integradores de solar e para o público em geral. Diante deste sucesso da primeira edição, tenho a certeza de que a próxima será ainda maior, com oportunidade de espaço para discussões mais específicas acerca de temas ainda mais diversos, além de maior espaço na feira para soluções de mercado. Minha sugestão para profissionais que pretendem atuar com mobilidade elétrica ou que já atuam é que insiram este evento no seu calendário dos próximos anos, pois, com a velocidade em que estamos vendo a mudança, é importante ter networking e conhecer o que os players estão falando e trazendo de novidade, para não ficar para trás.
* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e COO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.
Metal Light (62) 4008-9595 prevendastracker@grupometallight.com
MTR Solar (11) 97684-0390 davi.magalhaes@mtrsolar.com.br
Shandong Zhaori (*) solartracker@zhaoripv.com
Soltec (11) 93777-4697 rodrigo.miranda@soltec.com
Trackers Feina (*) feina@tracker.cat
Trina Solar (11) 98117-8250 felipe.tukamoto@trinasolar.com
Valmont Solar (31) 99087-0445 www.valmontsolar.com
Da
Redação de FotoVolt
Este guia lista fornecedores de seguidores solares, também chamados de rastreadores ou trackers, que ajustam a posição dos módulos fotovoltaicos para otimizar a captação de radiação solar ao longo do dia, aumentando a e ciência das usinas. As principais características desses sistemas incluem eixo único ou duplo, ângulo de rotação, exatidão de rastreamento, solução de controle e comunicação, além de tipos de montagem e fundação, entre outras.
Eixo único Eixo duplo rotação eixo horizontal ( ° ) rotação eixo vertical ( ° ) Exatidão de rastreamento ( ± ° ) Potência do servomotor (kW) Tensão do servomotor (V/60Hz) Controle CLP Controleoutros Interface comunicaçãoEthernet Interface comunicaçãooutros Área máxi. módulos fotovoltaicos (m 2 ) Potência fotovoltaica máxima (Wp) Carga de ventos (km/h) Sistema de proteção contra vento Estrutura aço galvanizado a fogo Estrutura outras Montagem no campo com parafusos Montagem no campo soldada Fundaçãopercussão Fundaçãohelicoidal Fundaçãoconcretagem Garantia da estrutura (anos) Garantia dos componentes (anos) Ganho máximo de eficiência vs estrutura fixa (%)
(*) A empresa procura por representante para o Brasil
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 24 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, setembro de 2024 Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
Comissionamento de usinas fotovoltaicas: termografia
“ No Brasil é comum se pensar que basta ter uma câmera termográ ca e sair medindo temperatura, o que não é verdade”
Na edição anterior, vimos que os ensaios de categoria 2 são os ensaios de curva IV e a inspeção com câmera infravermelha (termografia). Abordamos então os ensaios de curva IV e aqui vamos tratar dos de termografia.
Normas para termografia em instalações elétricas e fotovoltaicas
As principais normas ABNT que se aplicam à termografia são:
• NBR15572 DE 03/2013 – Ensaios não destrutivos – Termografia - Guia para inspeção de equipamentos elétricos e mecânicos;
• NBR16969 DE 06/2021 – Ensaios não destrutivos – Termografia infravermelha - Princípios gerais;
• NBR15424 DE 07/2022 – Ensaios não destrutivos – Termografia infravermelha - Terminologia; e
• NBR15763 DE 09/2009 – Ensaios não destrutivos – Termografia - Critérios de definição de periodicidade de inspeção em sistemas elétricos de potência.
Não há nenhuma norma ABNT que trate especificamente de termografia para plantas fotovoltaicas, o que é um problema pois temos algumas peculiaridades quando falamos em termografia para esse tipo de instalação, uma vez que é realizada em área externa e também pelas próprias características elétricas e construtivas dos módulos.
Para termografias em sistemas fotovoltaicos, utilizamos a IEC TS 62446-3 Photovoltaic (PV) systems – Requirements
for testing, documentation and maintenance – Part 3: Photovoltaic modules and plants – Outdoor infrared thermography, Edition 1.0, junho de 2017. Essa norma define as condições para termografia externa nos módulos e plantas em operação, incluindo cabos, chaves, inversores, fusíveis e baterias. A periodicidade definida é de quatro anos. São utilizados dois diferentes tipos de inspeção:
a) Inspeção simplificada: Inspeção limitada, para verificar se os módulos e o sistema estão funcionando, com isso reduzindo os requisitos de qualificação pessoal; e
b) Inspeção detalhada e análise: Inspeção mais detalhada, que demanda conhecimento profundo de termografia e de anormalidades térmicas. Utilizada normalmente quando a planta não está performando, para auxiliar na busca e identificação dos problemas.
Ensaiar com câmeras de mão todos os módulos de uma usina é impraticável. Dessa forma, utilizamos drones para realizar a inspeção. As inspeções com drones são classificadas como inspeção simplificada
Requisitos do equipamento de inspeção
Infelizmente, no Brasil é comum se pensar que basta ter uma câmera termográfica e sair medindo temperatura, o que não é verdade. Termografia demanda o uso de técnicas e conhecimento, e sempre é desejável (quando não obrigatório) que os profissionais responsáveis pelo ensaio
Vinícius Ayrão*
possuam certificação profissional em termografia, emitida pela AbendiAssociação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção.
Além disso, a IEC TS 62446-3 determina as especificações mínimas que a câmera termográfica precisa ter, entre elas uma resolução ≥ 320 x 240 pixels. Este ponto é importante, pois os modelos mais baratos de câmera possuem resoluções inferiores e não podem ser utilizados em termografias para plantas fotovoltaicas.
Procedimentos de operação
Para realização da termografia, a planta precisa estar em condições de operação e sempre que possível livre de sombreamento parcial. A sujidade deve ser pequena (uma redução na corrente Imp menor que 10%) e homogênea, sem causar sombras parciais. Ou seja, antes de iniciar a inspeção é desejável verificar se não há sujeira de pássaros, por exemplo, e limpar. Etapas da inspeção:
a) Inspeção visual – Nessa etapa se verifica se a planta está limpa, se não há sombras parciais e se as condições de trabalho são seguras. Encontrando-se algum problema na inspeção visual, o ideal é corrigir antes da inspeção.
b) Verificação das condições ambientais – As seguintes condições ambientais são necessárias para o ensaio:
• Irradiância: Mínima de 600 W/m2 no plano dos módulos para a inspeção dos módulos fotovoltaicos;
• Para os componentes: Medir a corrente das séries (strings) e ter uma
Mercado Livre de Energia?
corrente de pelo menos 30% da corrente Isc esperada, o que equivale a cerca de 300 W/m2 Mas recomenda-se pelo menos 600 W/m2 para a termografia dos demais componentes;
Tab. I – Classificação de anomalias e ações recomendadas
Classe de anomalia (CoA) 1 (sem anomalia - OK)
Ação recomendada
• Velocidade do vento: Máxima de 28 km/h;
• Sujidade: Ausente ou baixa; e
• Cobertura de nuvens: Máximo de 2 octa de cobertura.
c) Ensaio – A câmera deverá ficar em um ângulo máximo de +/-30° do eixo perpendicular aos módulos e deve ser ajustada a emissividade com base nas condições existentes no momento. As termografias realizadas com drones são categorizadas como simplificadas e deve-se tomar cuidado com a velocidade de movimento do drone caso se esteja realizando um vídeo termográfico para análise, ao invés de fotos termográficas. As anomalias térmicas encontradas podem ser classificadas como na tabela I, que também define as ações recomendadas.
Interpretação das anomalias em inspeção simplificada (com drones)
O Anexo C da norma IEC TS 624463 apresenta uma matriz de anomalias térmicas em módulos fotovoltaicos. Alguns exemplos estão a seguir.
1) Módulo em curto-circuito (figura 1): Pode ocorrer com vidros quebrados, PID, defeitos de célula ou mismatch. A recomendação é verificar módulos e cabos.
2) Vidro quebrado em módulo de silício cristalino (figura 2): Padrão semelhante aos módulos em curto-circuito, com PID, defeitos de célula e mismatch. Ao realizar a inspeção, deve-se ter cuidado com a tensão encontrada, pois a resistência de isolamento é perdida. Às vezes, apenas as células quebradas individuais são aquecidas. Nas primeiras semanas após a quebra, um módulo com vidro quebrado pode mostrar um comportamento térmico quase normal.
Sem ação iminente
2 (anomalia térmica - tA)
Verificar a causa e, se necessário, corrigi-la em um período razoável
3 (anomalia térmica relevante - dtA)
Interrompa imediatamente a operação, verifique a causa e corrija em período razoável
3) Parte do módulo em curto-circuito (figura 3): Nessa condição, deve-se verificar os diodos de bypass
O anexo C da IEC TS 62446-3 apresenta 12 exemplos, os quais não transcrevo aqui pois isso fugiria aos objetivos da coluna.
Relatório
O relatório deve conter o que segue:
• Nome do termografista;
• Tipo, marca e modelo da câmera utilizada;
• Dia e tempo da inspeção;
• Local da inspeção;
• Escopo da inspeção;
• Condições ambientais;
• Sujidade nos componentes;
• Descrição do procedimento;
• Lista das anomalias identificadas, com localização;
• Recomendação da nova inspeção;
• Recomendação das ações caso haja anomalias; e
• Sumário com os resultados.
Conclusões
O objetivo principal aqui foi mostrar que o assunto termografia possui um grau de complexidade e não deve ser tratado de forma superficial. Para os profissionais que desejam se aprofundar no assunto, minhas sugestões são:
1) Antes de comprar qualquer equipamento, faça um treinamento sobre termografia, preferencialmente focado no setor em que deseja trabalhar;
2) Defina o(s) setor(es) em que irá trabalhar e determine as especificações dos equipamentos que irá adquirir;
3) Se for trabalhar com sistemas fotovoltaicos, estude e domine a IEC TS 62246-3;
4) Se for trabalhar com instalações elétricas, estude e domine a NBR 15572; e
5) Verifique a possibilidade de obter uma certificação de termografia. Trabalhos mais complexos poderão exigir o certificado.
Até a próxima edição.
* Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em instalações fotovoltaicas, instalações de MT e BT e entradas de energia, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos técnicos de projeto e execução das instalações fotovoltaicas. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: fv_projetoinstalacao@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “Coluna Projeto e Instalação”.
Fig. 1 – Imagem indicando módulo em curto-circuito
Fig. 2 – Imagem indicando vidro quebrado
Fig. 3 – Imagem indicando parte do módulo em curto-circuito
Quer fazer diferença no mercado solar?
Por que se associar à ABSOLAR?
SOMOS ÚNICOS: única conecta cadeia solar fotovoltaica hidrogênio verde (H2V) e armazenamento de energia
CONSTRUÍMOS PONTES: relações sólidas crescimento do setor solar
GERAMOS VALOR: informações valiosas networking possibilidades de negócios
Fale conosco: +55 11 91318-0103
absolar.org.br/associe-se/
PV Operation vai adotar inteligência artificial em sistema supervisório
APV Operation, de Florianópolis, SC, especializada em monitoramento e operação remota de usinas solares fotovoltaicas, vai incluir no início de 2025 em sua plataforma operacional um sistema de inteligência artificial de machine learning, cujo algoritmo vai antecipar necessidades de manutenção nas mais de 50 mil usinas (total de 2,2 GW) que utilizam o software da empresa no Brasil
Desenvolvido pela própria PV Operation, em projeto de pesquisa de 24 meses que contou com a participação do Instituto Federal de Santa Catarina, unidade da Embrapii, e com a agência de inovação suíça Innosuice, o desenvolvimento foi apresentado por seu CEO, Siqueira Neto, em painel sobre operação e manutenção durante o congresso Intersolar 2024 em agosto último.
Segundo Siqueira Neto, o projeto envolveu cerca de R$ 4 milhões (70% da Suíça e o restante da PV e da Embrapii). “Agora vamos para a fase de integrar o algoritmo com o ambiente de operação do dia-a-dia, com os alarmes atuais da nossa plataforma e também com o banco de dados real-time do software”, disse à FotoVolt.
A tecnologia será integrada no sistema supervisório Scada do software da PV, que é empregado por licenciados, mas também pela própria empresa, que tem central de controle próprio para monitorar 250 MW em usinas de GD solar fotovoltaica por todo o País. Na explicação do CEO, a tecnologia vai permitir que os donos das usinas não precisem ficar aumentando a quantidade de operadores conforme suas capacidades de geração aumentam e nem a alta especialização operacional, o que hoje é um déficit não só no Brasil como no mundo. “O sistema vai trazer essa inteligência de forma preditiva, ou seja, para entender que
aquilo é um sinal de um evento futuro de falha antes de começar a ter perdas financeiras”, diz.
Durante a fase de pesquisa, para treinar o algoritmo de machine learning de detecção de anomalias, foram utilizados dados de inversores de usinas de Santa Catarina por pelo menos um ano. Após o tratamento de dados de potência, foi aplicada uma média móvel, por horário, com uma janela de 28 dias, para filtrar o sinal. Para isso, é utilizada a técnica de Autoencoder, que aprende o comportamento padrão de geração das usinas para determinada região e porte. Com base na análise frequência e no número de anomalias detectadas, o sistema indica um nível de alerta para cada usina.
UFPA e Norte Energia desenvolvem barco elétrico para Amazônia
ANorte Energia e a Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram em setembro em Belém (PA) o Poraquê, um catamarã movido a energia solar fotovoltaica, resultado de um projeto da empresa com a universidade. O nome Poraquê é uma alusão ao peixe elétrico característico dos rios amazônicos.
O barco usa dois motores elétricos de 12 kW cada (correspondente a um motor de combustão de 20 hp), três conjuntos de baterias com capacidade para armazenar 47 kW e 22 módulos fotovoltaicos instalados na cobertura. A autonomia é de 8h, e um posto de recarga instalado no píer do campus da UFPA utilizará energia elétrica produzida pelas duas miniusinas construídas na universidade. A embarcação possui 12 m de comprimento, 6 m de largura e 72 cm de calado. O projeto estrutural do casco, em alumínio naval, precisou
considerar o peso do barco (7 toneladas) incluindo as baterias (uma tonelada) e os motores elétricos, além de sua aplicabilidade aos rios amazônicos.
Em nota, o vice-reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, diz esperar que o projeto “estimule o desenvolvimento de novos veículos, e que em pouco tempo de 10% a 20% dos barcos da nossa região passem a ser movidos por energia limpa”. Hoje, na Amazônia, o principal meio de transporte são barcos movidos a diesel, que além de emitirem CO2 comprometem boa parte da renda das famílias pelo alto custo. Já o catamarã vai impedir a emissão anual de 100 toneladas de gases de efeito estufa.
O responsável por liderar o projeto pela universidade, professor Emannuel Loureiro, ressalta que o maior desafio foi encontrar tecnologias disponíveis no mercado que conversassem entre si e atendessem a algumas premissas, como peso da embarcação, autonomia, velocidade e capacidade de transporte. “O barco conta também com centro de comando para o gerenciamento da energia fornecida pelas baterias e pelo sistema fotovoltaico aos motores elétricos, conforme a potência demandada para a locomoção da embarcação”, explica.
Embarcação conta com 22 módulos na coberta e também é recarregada por estação em terra
O Poraquê tem capacidade para transportar 25 pessoas, sendo 23 passageiros e dois tripulantes, e a expectativa é de que atenda mil passageiros por dia, entre estudantes, funcionários da universidade e pessoas que utilizam os serviços da instituição.
Suellem Mendes
DE ENERGIA
Intersolar South America
Fotovoltaica
Tecnologias termossolares
Usinas de energia solar
Gestão de energia GERAÇÃO
ees South America
Tecnologias de armazenamento de energia
Sistemas de armazenamento de energia
Hidrogênio verde
DE ENERGIA USO DE ENERGIA
Eletrotec+EM-Power South America
Engenharia elétrica
Eficiência energética
O B R A S I L L I D E R A A R E V O L U Ç Ã O E N E R G É T I C A G L O B A L :
Power2Drive South America
Infraestrutura de carregamento
Baterias de tração
Mobilidade elétrica
T H E S M A R T E R E S O U T H A M E R I C A E N F O C A I N O VA ÇÕ E S E M E N E R G I A
R E N O VÁV E L E E L E T R OM O B I L I DA D E
Na vanguarda global da transição energética, o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de armazenamento de energia, tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de armazenamento de energia aprimora a estabilidade da rede, resultando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a par tir de fontes renováveis intermitentes. O aproveitamento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustentabilidade energética, estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países The smar ter E South America – a maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda questão da nova realidade energética,
abrangendo energia renovável, armazenamento de energia, redes inteligentes e eletromobilidade
Nossa missão é inspirar e facilitar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialistas e líderes do mundo todo para fazer avançar a pauta da energia sustentável Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:
Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gestão de energia
LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
No Brasil
Eventos Absolar – A Absolar ‑ Asso ciação Brasileira de Energia Solar Foto voltaica vai realizar o Absolar Meeting em 31 de outubro em Salvador, BA. O even to vai abordar perspectivas da geração própria de energia fotovoltaica, estraté gias e ferramentas para desenvolvimento das empresas e oportunidades de negó cios no segmento solar. Informações: https://absolarmeeting.org.br/.
360 Solar – Realizado pela Elektsolar Innovations, o 4º 360 Solar acontece em 7 e 8 de novembro em Florianópolis, SC, constituído por congresso e exposi ção de produtos e serviços para energia solar e tecnologias relacionadas. Mais informação: https://360solar.com.br/
Intersolar Summit NE – O Intersolar Summit Brasil Nordeste acontecerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortale‑ za, em 23 e 24 de abril de 2025. Consti‑ tuído de congresso e feira, o evento en focará energia solar, armazenamento de energia, H2V e outros assuntos. Realiza‑ ção: Solar Promotion, FMMI e Aranda Eventos. Informações: https://www. intersolar‑summit‑brasil.com/nordeste
Geração centralizada – O congresso GC aborda assuntos sobre energia em gera ção centralizada com foco em fontes de energia renovável. A terceira edição do evento acontecerá em São Paulo, SP, em abril de 2025. O objetivo é reunir a cadeia produtiva do setor de energias renová veis a fim de incentivar discussões, novos negócios, parcerias e acordos. Informa ções em https://congressogc.com/.
The smarter E – O The smarter E South America 2025 acontecerá de 26 a 28 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, congregando os eventos: Intersolar South America ‑ A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America ‑ Feira de ba terias e sistemas de armazenamento de energia; Eletrotec+EM-Power South Ame-
rica ‑ Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia; e Power to Drive South America ‑ Feira de produtos e serviços para eletromobilidade. Organização de Solar Promotion International GmbH, Freiburg Management and Marketing International e Aranda Eventos & Con gressos. Informações: www.thesmartere. com.br
FIEE – A 32ª edição da FIEE - Feira Internacional da Industria Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade, orga nizada pela RX Brasil e a Abinee ‑ Associação Brasileira da Indústria Elé trica e Eletrônica, vai ser realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, no São Paulo Expo. O evento, que apresenta equipa mentos, produtos, soluções e tendências em instalações elétricas e eletrônicas para a indústria de todos os segmen tos, pretende abordar a transformação digital da indústria, sustentabilidade, conectividade e tecnologia. Mais infor mações em https://www.fiee.com.br.
Cursos
Fundamentos de energia FV – O Canal Solar oferece o curso EAD Fundamentos de energia fotovoltaica, que aborda noções básicas sobre funcionamento dos painéis solares; conversão de luz solar em eletri cidade; benefícios da energia solar e sua atuação na redução da conta de luz; di cas sobre identificação do potencial solar da região; dimensionamento de sistemas; tendências do mercado; e oportunidades de carreira na indústria fotovoltaica. O treinamento é ministrado por Bruno Kikumoto, engenheiro eletricista pela Udesc ‑ Universidade Estadual de Santa Catarina, com mestrado em Engenharia Elétrica pela Unicamp ‑ Universidade Estadual de Campinas. A carga horária é de cerca de 17h. Mais informações em https://cursos.canalsolar.com.br.
Armazenamento de energia – O SolaXP é um evento presencial, no formato roadshow, que foi lançado no mês de março, em São Paulo, e percorrerá até
novembro 12 cidades em todo o País. Com o tema “Domine o mercado de in‑ versores híbridos”, a iniciativa da SolaX Power visa capacitar distribuidores e integradores com informações sobre o mercado e a tendência do armazena mento de energia. Os próximos eventos acontecerão em Belo Horizonte (29/10), Florianópolis (13/11) e Porto Alegre (14/11). A SolaX vai inaugurar um centro de treinamento, em Uberlândia, MG, que oferecerá treinamentos presenciais sobre armazenamento de energia solar. Infor mações: https://br.solaxpower.com.
Senai-SP – O curso de aperfeiçoamento profissional Energia Solar FotovoltaicaTecnologias e Aplicações, do Senai SP, com carga horária de 24 horas, visa desen volver competências para a avaliação da viabilidade técnica e financeira da imple mentação de sistemas de energia solar fotovoltaicos, diagnosticando fatores de consumo de energia, identificando tecnologias e equipamentos, e propondo soluções de acordo com normas e deter minações dos órgãos regulamentadores. Inscrições em www.sp.senai.br/curso/ energia‑solar‑fotovoltaica‑tecnologias‑e‑ aplicacoes/89542
No exterior
Transição energética – O Enlit Asia, composto por conferência e exposição para o setor de energia, vai ser realizado de 8 a 10 de outubro em Kuala Lumpur, Malásia. Sob o tema “Permitindo uma transição energética multidimensional na Associação das Nações do Sudeste Asiá tico”, o evento tem o objetivo de difundir conhecimento especializado, soluções inovadoras e visão de líderes da indús tria para promover a transição para um futuro energético de baixo carbono no Sudeste Asiático. Pretende reunir desde representantes políticos e reguladores a fornecedores de tecnologia e consumi dores de energia, e abordar a perspectiva internacional sobre o assunto. Mais infor mações em www.enlit‑asia.com
Certificação de hidrogênioO livro “Certificação de Hidro‑ gênio: Aspectos Comerciais, Geopolíticos e Tecnológicos”, escrito por Guilherme Dantas, pesquisador sênior do CebriCentro Brasileiro de Relações Internacionais e sócio-diretor da Essenz Soluções, cuja publicação foi apoiada pela geradora de energia AES Brasil, é resultado do projeto “Habilitadores técnicos e regulatórios para a criação de um mercado de hidrogênio verde síncrono no Brasil”, do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, que também contou com
contribuição da Sun Mobi. A obra é dividida em seis partes: certificação de hidrogênio de baixa emissão de carbono, economia internacional do hidrogênio, importância das plataformas Blockchain, hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil, condicionantes e custos do uso do Sistema Interligado Nacional e referências. Entre diversos assuntos, a publicação aborda o desenvolvimento de um software de otimização das condições para produção do H2 verde síncrono considerando as restrições da cadeia de produção e os ativos renováveis. De acordo com a geradora, na medida que permite ao usuário escolher as regras de certificação ou criar suas próprias regras, a ferramenta poderá auxiliar na identificação das melhores condições de operação das plantas de hidrogênio verde, viabilizando ou antecipando a viabilidade desse tipo de investimento no País. A ferramenta também faz parte do projeto PDI da Aneel e já foi apresentada à EPE - Empresa de Pesquisa Energética e à
CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, com o objetivo de contribuir para as discussões setoriais em torno do tema. A versão digital do livro é gratuita e pode ser solicitada pelo formulário de contato disponível no link https://www.aesbrasil.com.br/pt-br/Inovacao.
Renováveis e infraestruturaCom as discussões sobre a transição energética ganhando cada vez mais destaque, considerando principalmente que as ações atuais no Brasil e no mundo não serão suficientes para conter as emissões de carbono, a expectativa é que as fontes limpas ou renováveis dominem a matriz energética global em 2038, de acordo com estudo recente da EY. A geração renovável, principalmente eólica e solar, deve responder por 38% da matriz energética até 2030 e por 62% até 2050, conforme a EY. O Brasil apareceu em 2023 na sexta colocação do ranking mundial de geração de energia solar fotovoltaica, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia
Renovável (Irena, na sigla em inglês). De acordo com a EY, há excelentes perspectivas de investimento impulsionadas inclusive pelo governo como o plano NIB (Nova Indústria Brasil), lançado em janeiro deste ano pelo CNDI - Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial). O NIB busca integrar o setor público com a indústria para revitalizar a economia brasileira por meio de inovação, aumento da produtividade e sustentabilidade, estabelecendo um cenário mais atrativo para investimentos, com destaque para o desenvolvimento socioeconômico em estados com expressiva atividade industrial. O comprometimento financeiro do governo, disponibilizando R$ 300 bilhões até 2026, indica um incentivo para esse processo de transformação, consta da publicação. O estudo pode ser acessado em https://www. ey.com/pt_br/agencia-ey/ noticias/intencao-investimentoenergia-eletrica-cresce-setorinfraestrutura.
Inox-Par
Instituto Mi Omega
Ludifix
Marvitec
Megatron
Metal Light
Mi Omega
Militrafo
Novemp
NTC Somar
On Charge
Pextron
Reichenbach
Renesola
Romagnole
Romiotto
Ronma
SAJ
Serrana Solar
SI do Brasil
Solar Volt
Solis
Trael
Tsun
4o Encontro NACIONAL
Participe e fique por dentro das últimas tendências e oportunidades do setor. 11 e 12
Centro de Convenções
Rebouças
São Paulo (SP)
Os principais players de toda a cadeia de valor da fonte solar fotovoltaica, armazenamento de energia e hidrogênio verde reunidos em 2 dias de evento, 3 conferências simultâneas, exposição de empresas, rodadas de negócio e muito mais!
Coloque sua marca neste evento!
associativo@absolar.org.br 11 97895-8487
Mais transparência para mais justiça no setor elétrico
“ É crucial explicar o que já se pagou e ainda se paga na conta de luz e quais as fontes mais onerosas historicamente nas faturas da sociedade brasileira”
Com os recorrentes debates em relação aos subsídios embutidos na conta de luz dos brasileiros, os consumidores de energia elétrica que bancam todos estes incentivos e políticas governamentais tarifárias ainda carecem de maior transparência e clareza nas informações que lhes são apresentadas sobre o que pagam nas contas de luz.
Um esforço recente e oportuno da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para ampliar o nível de informação disponível à sociedade veio com o desenvolvimento do “Subsidiômetro”, ferramenta digital que indica valores pagos pelos consumidores na tarifa de energia elétrica. Esta plataforma, disponível no website do órgão regulador desde o nal de 2022, combina dados fornecidos pelas distribuidoras de energia elétrica e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A ferramenta ganhou rápida notoriedade, tendo seus valores amplamente discutidos por diversos agentes e representantes do setor elétrico brasileiro. Tais debates têm fomentado discussões sobre a justiça dos subsídios, suas formas de aplicação, seus benefícios à sociedade, suas contradições com a transição energética e seus repasses aos consumidores que pagam e que recebem tais incentivos.
É dentro deste cenário complexo que surgem novos e relevantes desa os, sobretudo para contemplar o direito do consumidor de saber, de forma deta-
lhada e completa, o que está sendo pago na conta de luz e para quem. Neste contexto, é justo e necessário trazer novos aprimoramentos e mais transparência ao Subsidiômetro da Aneel.
Dentre os avanços da plataforma que são mais fundamentais, destaca-se a necessidade de explicitar a metodologia de cálculo utilizada pela Aneel em cada componente, dado que a falta de informações sobre como as contas são efetivamente feitas impede uma auditoria adequada dos números divulgados publicamente.
Adicionalmente, é preciso apresentar, de forma transparente e de fácil compreensão pela sociedade, o detalhamento dos valores pagos a cada fonte de geração de energia elétrica de forma individualizada, ou seja, segregada por fonte, em vez de agregadas sob uma caixa preta chamada de “fontes incentivadas”. A sociedade brasileira tem o direito de saber quanto exatamente é pago em incentivos para cada fonte, seja ela carvão mineral, gás natural, diesel, solar, eólica, biomassa, biogás, pequenas hidrelétricas ou outras.
Também é fundamental trazer toda a série histórica dos benefícios que foram pagos pelos consumidores ao longo das décadas em que estes benefícios já foram concedidos, não apenas a informação de um ano passado ou do ano corrente. Isso é necessário para garantir uma análise completa de informações, levando em consideração a cronologia inteira de cada subsídio existente no Brasil. Para que o consumi-
dor esteja no centro das discussões da justiça tarifária dos subsídios, é crucial explicar o que, na realidade, já se pagou e ainda se paga na conta de luz e, mais importante, quais são as fontes mais onerosas historicamente nas faturas da sociedade brasileira.
Com tal transparência nas informações, traremos mais racionalidade para superar as lamentáveis tentativas de estigmatização das fontes renováveis, pintadas erroneamente como “vilãs” do alto custo da energia elétrica no País por certos grupos econômicos. Assim, o debate poderá sair de dogmas ideológicos ou interesses espúrios, para ser pautado, de forma técnica, pro ssional e coerente, levando em conta custos e benefícios de cada tecnologia no setor elétrico brasileiro, bem como preservando a urgente meta de transição energética, para o combate ao aquecimento global que ameaça o Brasil e a humanidade.
Somente com um debate amplo e transparente, que leve em consideração todos estes fatores e benefícios, o Brasil e a sociedade poderão avaliar corretamente nosso cenário atual e corrigir as rotas dos subsídios na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para que a justiça energética seja, de fato, feita com responsabilidade e sucesso.
é Presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.
* Michel Sednaoui é Coordenador da Força-Tarefa Social da Absolar e CEO da Plexo Solar; Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar; e Ronaldo Koloszuk
Michel Sednaoui, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *
GARANTIMOS CREDIBILIDADE
O setor de energia renovável está em crescimento acelerado. Para sua empresa aproveitar todas as oportunidades, é preciso ter parceiros que entendam as demandas do mercado e ofereçam soluções inovadoras e sustentáveis, garantindo eficiência e competitividade.
Amplo portfólio
Produtos e marcas líderes do mercado, com soluções certificadas e adequadas para cada tipo de projeto, seja residencial, comercial ou industrial.
Portal do Integrador
Plataforma de acesso exclusivo aos integradores parceiros, com o objetivo de facilitar o dia a dia, realize a gestão de orçamentos e propostas comerciais de forma ágil e intuitiva.
Conheça mais vantagens da FiberX Renováveis
Qualidade garantida;
Suporte técnico especializado;
Assistência na especificação de produtos;
Disponibilidade de estoque;
Nosso compromisso é assegurar uma distribuição de energia limpa de forma confiável e , proporcionando também maior acessibilidade para os nossos clientes.
Acesso a inovações tecnológicas; Facilidade na resolução de problemas;