FV - Março - 2022

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Sumário

Carta ao leitor 6 Notícias 8 Geração distribuída 32

Avaliação da evolução espacial da GD fotovoltaica no Estado de São Paulo O artigo apresenta metodologia para acompanhar o comportamento da expansão da geração distribuída fotovoltaica, empregando técnicas baseadas em análise espacial e informações georreferenciadas. Um dos objetivos é fornecer dados confiáveis para embasar decisões relacionadas a novos empreendimentos e sistemas de geração.

Congresso 40

Um grande momento para o Intersolar Summit Brasil Nordeste Evento abordará questões prementes em meio a grande agitação do mercado solar fotovoltaico e excelentes perspectivas para o hidrogênio verde no Nordeste brasileiro, entre outros atrativos regionais. Estão previstos mais de 300 congressistas e uma grande exposição de produtos e serviços.

Guia 46

Empresas integradoras, de consultoria, projetos e instalações fotovoltaicas Com a energia solar em alta, impulsionada pelo marco legal da GD e o avanço dos grandes empreendimentos, cresce o número de integradores e a oferta de serviços especializados na área. O guia traz uma extensa lista de empresas com suas capacitações e os meios para contactá-las, agrupadas por Estado da Federação.

PV-Prosumers4Grid 60

Conceitos inovadores de autoconsumo e agregação para prossumidores Visando ampliar o papel dos consumidores que geram eletricidade fotovoltaica (os prossumidores), a Comissão Europeia criou o projeto FVProsumers4Grid, para investigar modelos de negócios e conceitos de autoconsumo e agregação, aqui descritos juntamente com a análise do efeito do “prossumo” nos custos de eletricidade e nas emissões de gases estufa, as implicações para a rede elétrica e recomendações de políticas.

Veículos elétricos 72 Pesquisa & inovação 76 Produtos 78 Agenda 79 Publicações 81 Índice de anunciantes 81 Solar FV em foco 82 Capa Foto: Gorvik/Depositphotos As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.




Carta ao leitor

Expansão franca e oportunidades de aprendizado Mauro Sérgio Crestani, Editor

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resce vigorosamente a quantidade de firmas integradoras e também as prestadoras de serviços técnicos especializados no mercado de energia solar fotovoltaica, como de resto todas as empresas com atividades na área, de financiadoras a seguradoras, passando por proprietárias de ativos, operadoras, fabricantes de equipamentos, etc. Tomando um dos segmentos de maior importância na cadeia do setor, o dos integradores, abordados pela empresa Greener em seu “Estudo Estratégico de Geração Distribuída” publicado semestralmente, verificamos que o número de empresas ativas desse segmento no País saltou de 14,7 mil para 21,2 mil entre o final de 2020 e o final de 2021. E isto numa estimativa conservadora, como a própria consultoria alerta. O número real é provavelmente muito superior. Daí também a necessidade de FotoVolt renovar periodicamente seu levantamento “Guia de empresas integradoras, de consultoria, projetos e instalações fotovoltaicas”, atividades que concentram grande parte da cultura técnica do setor. São, a cada edição, centenas de empresas relacionadas no guia, com indicação de Estados da Federação, números de telefone de contato e endereços eletrônicos, num trabalho independente que visa principalmente facilitar a vida dos leitores, potencialmente clientes, aproximando-os dos fornecedores. Isto porque uma função primordial de publicações segmentadas como FotoVolt é a de, a par de bem informar, também contribuir para o progresso do mercado a que se dedica. No campo da informação, dever precípuo das revistas, uma preocupação constante de FotoVolt é antecipar para os leitores brasileiros as mais recentes iniciativas de adequação, fomento e desenvolvimento das atividades do setor fotovoltaico realizadas em países mais maduros do que nós nessa área. O Brasil está de fato atrasado em relação à energia solar, como se costuma dizer. Começamos mais tarde e ainda temos apenas pouco mais de 1% das unidades consumidoras já se beneficiando da geração solar distribuída. E nossa potência instalada em geração fotovoltaica representa hoje somente cerca de 2,6% da capacidade total do País. Por outro lado, essa situação nos dá ao menos a vantagem de poder aprender com os erros cometidos nos países que começaram antes, de modo a evitá-los, e também aproveitar aqui, adaptando-as à nossa realidade, as soluções por eles elaboradas ou já provadas. É o caso do relato sobre o projeto PV-Prosumers4Grid, com o qual a Comissão Europeia (CE) investiga modelos de negócios e conceitos avançados de autoconsumo e agregação de prossumidores fotovoltaicos. Pode demorar um pouco ainda, mas o Brasil fatalmente chegará ao ponto em que hoje estão algumas regiões e países europeus que foram os primeiros a ter grande penetração fotovoltaica: a legislação está mudando por solicitação dos operadores das redes, em nome da melhora das considerações de estabilidade e da segurança do fornecimento. Por isso, e por reconhecer o papel da energia solar como vetor da transição energética, a CE decidiu investigar formas de, em que pesem as alterações legislativas, ampliar o papel dos prossumidores residenciais e comerciais no mercado de eletricidade do continente. O que inclui, como se verá, a remoção de barreiras ao “prossumo”, modelos inventivos de negócios e mesmo a revisão dos papéis dos operadores de redes.

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 8.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615



Notícias

Usiminas e Canadian Solar assinam PPA com usina FV

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Usiminas/divulgação

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siderúrgica Usiminas assinou contrato de compra de energia (PPA, na sigla em inglês) de 15 anos com a Canadian Solar, válido a partir de 2025. O acordo, firmado pelo presidente da Usiminas, Sergio Leite, e o gerente nacional da Canadian Solar no Brasil, Gustavo Sergio Leite (Usiminas) e Gustavo Vajda (Canadian Solar) – Vajda (foto), envolve 30 MW méSiderúrgica terá 30 MW médios, em contrato de 15 anos, da usina dios de energia solar fotovoltaica Morada do Sol, em Goiás que será produzida pela UFV Morada do Sol, de 381 MWp, em Luziâdistribuída. O mapeamento, feito pela nia, no estado de Goiás. Absolar - Associação Brasileira de O contrato comprometerá 50% da Energia Solar Fotovoltaica com base geração da usina, que tem a construem dados oficiais, leva em conta 9,3 ção marcada para começar no primeiGW de potência instalada em GD e ro trimestre de 2024 e a promessa de 4,7 GW em usinas centralizadas em iniciar a operação comercial até janeiro operação. de 2025. A Usiminas afirmou que essa A Absolar considera o número energia solar atenderá a cerca de 12% histórico, já que a capacidade solar da sua demanda no País. se equipara com a da maior usina O PPA corporativo envolve a enhidrelétrica do País, a de Itaipu, que trada da Usiminas como sócia-minoritambém tem 14 GW instalados e é a setária do projeto, na figura de autoprogunda maior do mundo, atrás apenas dutora, o que garante para a siderúrda usina hidrelétrica de Três Gargangica isenção de encargos cobrados a tas, na China, com 22,5 GW. consumidores de energia. Segundo Nos cálculos da associação, a fonte a Canadian Solar, trata-se do seu prisolar já trouxe ao Brasil mais de R$ meiro contrato assinado com esse 74,6 bilhões em novos investimentos, formato em que o cliente entra como sendo R$ 49,5 bilhões em GD e R$ 25,1 autoprodutor. bilhões em usinas centralizadas. Além Com investimento previsto de disso, contando as duas modalidades R$ 1,35 bilhão, o projeto Morada do de geração solar, R$ 20,9 bilhões já foSol usará os módulos solares fotovolram arrecadados aos cofres públicos e taicos bifaciais BiHiKum, de alta efici420 mil empregos criados desde 2012. ência, da Canadian Solar. A estimativa Há grande perspectiva de crescida empresa é de que a geração anual mento por meio da expansão de usinas da usina seja de aproximadamente centralizadas, uma vez que há 31,6 790 GWh. GW em projetos outorgados no País. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais reso início de março o Brasil alcançou ponsáveis pelo aumento tarifário sobre a marca de 14 GW de potência os consumidores”, afirmou Rodrigo operacional instalada da fonte solar Sauaia, CEO da Absolar. Mas a exfotovoltaica, somando as usinas de pectativa da entidade para 2022 é de grande porte e os sistemas de geração

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Brasil chega a “uma Itaipu” de capacidade solar FV

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um crescimento ainda mais acelerado por conta dos sistemas de geração distribuída. Isso em razão também do aumento nas tarifas de energia elétrica, que estimulam a autogeração, e por causa da entrada em vigor da Lei n° 14.300/2022, que criou o marco legal da GD. “Trata-se do melhor momento para se investir em energia solar, justamente por conta do novo aumento já previsto na conta de luz dos brasileiros e do período de transição previsto na lei, que garante até 2045 a manutenção das regras atuais aos consumidores que instalarem um sistema solar no telhado até janeiro de 2023”, disse o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.

Unipar é destaque mundial como compradora de energia limpa indústria química Unipar, produtora de cloro-soda e PVC, foi a única empresa brasileira a aparecer em ranking da BNEF - Bloomberg New Energy Finance que elenca os maiores compradores de energia renovável do mundo em 2021. A Unipar aparece na nona colocação na lista, com a aquisição principalmente de energia solar, com 239 MW, e mais 91 MW de eólica. No primeiro caso, em julho de 2021, a empresa firmou PPA de 19 anos com a Atlas Renewable Energy, por meio da qual entrará como sócia minoritária, na figura de autoprodutora, da UFV Lar do Sol – Casablanca II, de 239 MWp, em Pirapora, Minas Gerais (veja boxe). Já em energia eólica, a Unipar fechou acordo em dezembro de 2021 com a AES Brasil, que envolve também sociedade, em joint venture 50/50, para a construção de parque eólico de 91 MW no complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte. Com previsão de fornecimento para 2024, o PPA do acordo é para 20 anos (40 MW médios).

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de carga, das regiões Sudeste e Sul. Nessas duas Atlas Renewable Energy, do fundo de private equity britânico regiões acontecia Actis, obteve financiamento de R$ 407 milhões do BNB quase 70% da geBanco do Nordeste do Brasil para a construção da usina solar ração hidráulica fotovoltaica Lar do Sol – Casablanca II, de 239 MWp de potência do Brasil no final instalada e a ser implantada em Pirapora, Minas Gerais. O emprede 2000, mas em endimento foi viabilizado com o PPA de 19 anos assinado no ano 2020 esse númepassado com Unipar. Os recursos do financiamento, subsidiados, ro já recuara para têm origem no Fundo de Financiamento Constitucional do Nordes48%. te do Brasil. Além do Lar do Sol – Casablanca II, que ocupará uma área de 700 hectadeslocamento res com 460 mil módulos solares FV bifaciais, e deve gerar regional, a ge1200 empregos diretos durante o pico da construção, é o segunIndústria química foi única brasileira a figurar em ranking da BNEF dos dez maiores compradores de energia renovável, com 239 MW de solar ração hidráulica do bloco de investimentos da Atlas no complexo. A usina Lar do Sol – Casablanca I, de 359 MWp, está em construção e se tornou perdeu significaviável com PPA de longo prazo atrelado ao dólar com a mineraa região de Em primeiro lugar na lista da tiva participação dora Anglo American, por meio de aporte de US$ 150 milhões do importaBNEF, pelo segundo ano consecutivo, ao nível das IDB Invest, braço para o setor privado do Banco Interamericano dora para figura a Amazon, que fechou 44 PPAs regiões, sendo de Desenvolvimento (IDB), e do DNB Bank ASA, da Noruega. exportadora em nove países em 2021, totalizando complementada líquida de 6,2 GW, sendo 4,82 GW de solar e 1,38 por expressivas energia elétrica. A nova configuração GW de eólicas. A Microsoft é a segunexpansões da eólica, solar e geração da geração no Brasil modificou os da colocada, com 6,1 GW no total (3,47 por bioenergia, diz o informe. intercâmbios entre estados e regiões, GW solar e 2,67 GW eólica), seguida proporcionando maior diversidade de pela Meta (ex-Facebook), com 2,2 GW soluções de suprimento. (1,98 GW solar e 222 MW de eólica). No ano 2000, a região Nordeste A energia renovável adquirida petinha déficit de 21% de geração. Esse los PPAs da Unipar atenderá suas duas número já havia caído para 3% em unidades produtivas no estado de São 2019 e, em 2020, o Nordeste passou a Paulo, em Cubatão e Santo André. epois de um processo de instalação ter superávit de 12%, superando sua Ainda com planta em Bahía Blanca, na que durou cinco meses, o Santandemanda total. Em 2000, eram seis os Argentina, a empresa tem meta de cheder Brasil recentemente deu início à estados que realizavam exportação gar em 2025 com 80% de sua demanda operação de duas usinas de energia líquida de energia elétrica, indicador de energia atendida por energia limpa, fotovoltaica na zona sul da capital pauque passou a 14 em 2020. Isto exigiu que deve ser atingida com investimenlista, que têm como objetivo abastecer uma forte expansão do sistema de to total de R$ 2 bilhões na construção as unidades administrativas Radar e transmissão, que de parques eólicos e solares. dobrou de tamanho nesses 20 anos. As matrizes regionais de geração elétrica têm se mostrado menos concentradas e mais informe técnico “Oferta e Demandiversificadas por da Regional de Energia Elétrica”, fonte desde o ano publicado no final de fevereiro pelo 2000, aponta o relaMinistério de Minas e Energia e a Setório. No século 20, cretaria de Planejamento e Desenvola expansão hidrelévimento Energético, aponta que fontes trica ocorreu priosolar e eólica no Nordeste somaram ritariamente junto 45,5% na matriz de geração de 2020 As plantas têm 3 mil metros quadrados de módulos fotovoltaicos e vão produzir 15,5% aos maiores centros do consumo anual de energia do Santander e, pela primeira vez, transformaram

Usina FV da Atlas para a Unipar obteve financiamento do BNB

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Santander tem o parque urbano FV de maior capacidade em São Paulo

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Com solar e eólica, Nordeste vira exportador líquida de eletricidade

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Santander/divulgação

Reprodução

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BYD/divulgação

Geração Digital da empresa. As plantas têm 3 mil metros quadrados de módulos fotovoltaicos e estão instaladas nas lajes dos prédios. São “as maiores operações em capacidade de produção em áreas urbanas do Estado de São Paulo”, segundo nota do Santander, citando o Sistema de Informações de Geração Fábrica da BYD em Campinas já produziu mais de 1,6 milhão de módulos da Aneel - Agência Nacional fotovoltaicos de Energia Elétrica. No pico, podem gerar mais de 1 GW. que permitiram elevar o nível de autoA produção anual média é de 1500 mação e tecnologia nos processos de MWh, ou 15,5% do consumo anual de fabricação, e também agregou diversas energia de todo o banco. Os demais tecnologias aos módulos fotovoltaicos 84,5% provêm de fontes de energia reproduzidos pela empresa , como mulnovável adquiridas no mercado livre, ti-busbar, half-cell, 1/3 cut cell, micro-gap como pequenas centrais hidrelétricas, e negative-gap. usinas eólicas ou de aterros sanitários. As novas instalações permitiram Com isso, o Santander alcança 100% também que a fábrica se tornasse de seus prédios administrativos com compatível com todas as dimensões energia renovável. “Esperamos consude células fotovoltaicas já disponíveis mir apenas energia renovável também no mercado, possibilitando realizar na totalidade de nossas lojas até o fim a laminação e o encapsulamento de deste ano, antecipando uma meta premódulos convencionais ou doublevista para 2025”, afirmou Ede Viani, glass. A expansão e transformação dos vice-presidente executivo de Tecnoloprocessos produtivos permitiram à gia e Operações do Santander Brasil. BYD Energy triplicar sua capacidade, Desde 2015, o banco reduziu em 25% atingindo 500 megawatts. seu consumo de energia e em 79% o A BYD Energy Brasil iniciou em 27 de água. de fevereiro de 2017 a fabricação de O investimento nas usinas também módulos fotovoltaicos em sua planta está conectado à estratégia de negócios localizada em Campinas, SP. Mas o do Santander, que em julho do ano grupo já havia chegado ao País em passado lançou o CDC Solar, uma 2015, com uma montadora de ônibus linha de crédito para o financiamento 100% elétricos também em Campinas. de sistemas fotovoltaicos. No ano pasAté o momento a BYD já produziu sado, o banco financiou cerca de 2,3 aqui mais de 1,6 milhão de módulos mil projetos dessa modalidade. fotovoltaicos e vem consolidando infraestrutura de P&D em parceria com a Unicamp e o Instituto de Pesquisas Eldorado, por meio de incentivos concedidos pelo Padis - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, comemoração dos cinco anos de do Ministério de Ciência, Tecnologia e atividade em território brasileiro Inovações. coincide com a implantação da nova Em 2022, a empresa prevê que sua linha de produção de módulos fotovolprodução e comercialização de módutaicos da BYD Energy. A linha conta los solares devem dobrar. Assim, no com equipamentos de última geração,

No aniversário, BYD Energy destaca nova linha de produção

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ano passado ampliou a linha ofertada ao mercado, implantou segundo turno na fábrica de Campinas e contratou empregados, contando atualmente com cerca de 500 colaboradores no País. Na Intersolar South America 2021, em São Paulo, apresentou módulos com 450 W, 530 W e 670 W de potência nominal, com eficiência próxima aos 21%, indicados para utilização em sistemas residenciais, agronegócio ou ainda em comércios, indústrias e sistemas isolados da rede.

Ceará aprova instalação de três UFVs de grande porte Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) do Ceará aprovou três projetos de usinas solares fotovoltaicas de grande porte no estado. Etapa anterior e que praticamente define a licença de instalação que deverá ser concedida em breve pelo órgão ambiental estadual (Semace), a aprovação contempla duas UFVs que somam 1,9 GW, da Uruquê Energias Renováveis, e uma terceira da Enel Green Power, de 241,48 MW. O projeto Uruquê contempla uma usina de 1,58 GW de potência instalada no município de Jaguaretama, na região central do estado, que deve ter 4,8 milhões de módulos solares fotovoltaicos bifaciais em área total de 4800 hectares em região de caatinga. A outra UFV do mesmo projeto será mais ao sul do estado, em Umari, e envolve potência de 316,5 MW, com 962 mil módulos solares FV em área de 1267,65 hectares, estendendo-se ainda para os municípios de Icó e Lavras da Mangabeira. Além de terem sido considerados com impacto ambiental baixo pelo Coema, sendo que a empreendedora se comprometeu a fazer compensações ambientais e ações para preservação da vegetação rasteira abaixo das estruturas solares, ambos os projetos são também próximos de linhas de trans-

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missão do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que torna mais viável o investimento. O outro projeto aprovado pelo Coema foi o da UFV Cerrado, da Enel, no município de Quixeré, que com 241,48 MW instalados terá 619,2 mil módulos FV e 20 640 rastreadores solares, em área de 1102,24 hectares. O empreendimento está a 9,5 quilômetros da subestação Quixeré. O Coema reúne representantes do governo e membros da sociedade civil organizada (OAB, academia, sindicatos).

Plano de GD de Curitiba começa com “Pirâmide Solar” prefeitura de Curitiba está começando a implementar um plano de geração distribuída, com miniusinas solares fotovoltaicas, que promete suprir a até 40% da demanda pública do município. A primeira iniciativa foi a assinatura, em fevereiro, da ordem de serviço para a construção do projeto Pirâmide Solar do Caximba, uma miniusina solar fotovoltaica de 4,55 MWp, em formato de pirâmide, que será erguida sobre aterro municipal desativado desde 2010 no Bairro Novo do Caximba, uma área em revitalização. A concorrência foi vencida pela empresa Bonö Fotovoltaico, de Londrina (PR), que fez oferta de R$ 28,7 milhões para a obra, valor 24% inferior ao valor do orçamento que constava do edital lançado em dezembro de 2021 (R$ 37,5 milhões). Embora no edital a previsão da execução do projeto seja de 24 meses, a prefeitura anunciou na ocasião

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Prefeitura de Curitiba

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da assinatura que a geração de energia começará em um ano. Os recursos para o projeto são da iniciativa global C40, que reúne cidades de todo o mundo para combate ao aquecimento global e que conta com financiamento dos governos dos EUA, Alemanha e Reino Unido. A Bonö Fotovoltaico instalará 10,5 mil módulos solares fotovoltaicos na Pirâmide Solar. Fazem parte do escopo da contratação o projeto executivo, o fornecimento integral de materiais, softwares, equipamentos, mão de obra, serviços de instalação e engenharia, além de construção de subestação e linha de distribuição e a responsabilidade pelos procedimentos de conexão à rede, de comissionamento, teste de desempenho e garantia do sistema fotovoltaico. Além dessa iniciativa, há mais projetos solares que deverão ser licitados em breve como parte do programa “Curitiba Mais Energia”. Foi anunciada licitação com orçamento de R$ 20,6 milhões para mais três sistemas fotovoltaicos, que serão instalados nos telhados dos terminais de ônibus do Santa Cândida (465 kWp), Boqueirão (512 kWp) e Pinheirinho (925 kWp). Ainda no primeiro semestre será lançada outra licitação para implantar sistema fotovoltaico no telhado da Rodoferroviária de Curitiba, de 1,53 MWp e orçamento previsto de R$ 9,9 milhões. Com todos esses sistemas solares, cujo investimento total será de R$ 59,2 milhões, o objetivo de Curitiba é atingir capacidade instalada aproximada de 8,01 MWp, suficiente para suprir 40% da demanda de energia pública do município.

Vivo inaugura mais duas usinas de GD solar operadora de telecomunicações Vivo inaugurou em fevereiro, no Distrito Federal, uma usina solar fotovoltaica de geração distribuída com

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“Pirâmide Solar” será a primeira de cinco projetos de GD a serem implantados este ano, totalizando mais de 8 MWp


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Fotos: Vivo/divulgação

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Usina fotovoltaicas de Nova Cruz (RN) e Paranoá (DF), a 22ª e a 23ª de geração distribuída da Vivo no País potência instalada de 6,93 MWp. O projeto foi implementado e será operado pela Athon Energia, de São Paulo, e foi batizado de Brasília 200. Instalada na área rural de Paranoá, a usina vai gerar 11 466 MWh/ano, injetando na rede da distribuidora local, a CEB. A geração da nova instalação se soma à da usina Brasília 100, de 4,8 MWp, inaugurada em janeiro também em Paranoá. As duas juntas atenderão à demanda de todas as 535 unidades consumidoras da Vivo em baixa tensão no Distrito Federal, como lojas, escritórios, antenas e equipamentos de transmissão. Com este projeto, a Vivo passa a contar 23 usinas de geração distribuída em operação no Brasil, incluindo de outras fontes como o biogás. A usina anterior foi inaugurada duas semanas antes em Nova Cruz, Rio Grande do Norte. Construída em parceria com o Grupo Gera, a usina solar fotovoltaica está instalada em área de oito hectares e deve gerar 4905 MWh/ano. A produção será injetada na rede da Cosern, para suprir o consumo de mais de 320 unidades da Vivo, como lojas, escritórios, antenas e equipamentos de transmissão, localizados na área de concessão atendida pela distribuidora. A usina de Nova Cruz gerou benefícios sociais, ambientais e econômicos na região, como 65 empregos na etapa de construção e obras de melhoria na rede elétrica do entorno. A meta da Vivo é chegar a 85 usinas que atenderão a 89% de todo seu consumo em baixa tensão, suprindo a demanda de mais de 30 mil unida-

des consumidoras com a geração de aproximadamente 711 mil MWh por ano. Além da estratégia com a geração distribuída para o consumo de BT e de aquisição de energia no mercado livre para média e alta tensão, outra frente da Vivo é a compra de certificados de energia renovável, os I-Recs, de fonte eólica. Isso fez com que a empresa passasse de um consumo de 26% de fontes renováveis, com GD e mercado livre, para 100% a partir de novembro de 2018, quando passou a comprar os I-Recs.

Startup une crédito imobiliário e cria empresa de energia solar ma startup que atua na consultoria e estruturação de financiamento imobiliário, a Oito Crédito Imobiliário, de Campinas (SP), entrou recentemente no mercado de integração de sistemas solares fotovoltaicos. Inicialmente, a ideia é aproveitar a carteira de clientes nas áreas residencial e comercial da empresa. A nova empresa foi batizada de Oito Energia Solar e tem a meta ambiciosa de alcançar no primeiro ano de atuação até R$ 9 milhões em negócios. O objetivo é atuar na região de Campinas, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Além de realizar o diagnóstico para estudar a viabilidade de implantação das usinas e de executar toda a obra, a empresa também pretende prestar assessoria para os clientes obterem financiamento para os projetos solares.

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Segundo o sócio-diretor da Oito Energia Solar, Anthony Saieg, a ideia é complementar os serviços oferecidos pela área de crédito imobiliário. “Ao estruturar o financiamento da casa própria, o cliente poderá aproveitar para realizar todo o estudo e mapeamento de energia solar gratuitamente”, diz. Para o CEO da Oito, Tacyo Munhoz, a nova empresa atende a uma demanda identificada ao longo dos anos da área imobiliária de criar novas experiências para o cliente além da consultoria para o financiamento.

Ingeteam tem melhor resultado da história em 2021 Ingeteam, fabricante espanhola de inversores fotovoltaicos, fechou o ano de 2021 com vendas totais de 4,2 GW para os mercados solar e de armazenamento de energia. Trata-se, segundo a empresa, do seu melhor resultado na história. Além disso, também foram fechados 1,5 GW em contratos de operação e manutenção para instalações solares fotovoltaicas. Os produtos vendidos em 2021 foram fornecidos a 23 países nos cinco continentes, segundo a empresa. O Brasil figura entre os principais mercados para os fornecimentos solares, junto com Espanha, Austrália, EUA, Chile e Colômbia. A linha de produtos da Ingeteam inclui inversores tipo string, voltados para aplicações residenciais, comerciais e industriais, até inversores centrais, em usinas solares fotovoltaicas de grande porte. Neste último caso, em 2021 a empresa forneceu inversores para onze UFVs cuja capacidade nominal é igual ou maior do que 100 MW. Um destaque foi o fornecimento para a usina de Francisco Pizarro, na Espanha, considerada a maior da Europa, com 590 MWp. Já nos inversores para armazenamento de energia, a empresa tem devotado especial atenção ao crescimento

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Ingeteam/divulgação

no curto e médio prazo. Em 2021, foram negociados contratos para um total de mais de 400 MW/1000 MWh. Esses suprimentos foram assinados principalmente para projetos nos EUA, Espanha, Austrália, Chile e Reino Unido. Em serviços de operação e manutenção, a empresa bateu novo recorde anual de energia mantida, excedendo 18,5 GW, dos quais 9,5 GW correspondem à energia solar em mais de 570 usinas fotovoltaicas.

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Maioria dos projetos inscritos no leilão A-4 é de solares FV

próximo Leilão de Energia Nova A-4, previsto para o dia 27 de maio, será marcado pela presença majoritária da fonte solar. Entre os 1894 projetos cadastrados para o leilão, com total de 75 250 MW, a fonte solar FV responde por 51 284 MW provenientes de 1263 propostas de usinas. Na sequência, o destaque fica por conta de 542 projetos eólicos, com 21 432 MW de capacidade, seguidos por 29 térmicas a biomassa com potência total de 1018 MW e 60 projetos hídricos com 976 MW. Destaques em número de projetos cadastrados pela EPE, respondendo juntas Instalações de produção de Ingeteam: empresa fechou o ano com total de vendas por 97,35% do total, as fontes solar e eólica, de de 4,2 GW e de 1,5 GW em contratos de O&M

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forma inédita pela proposta do edital, disputarão o leilão em um mesmo produto. A possível contratação será na modalidade por quantidade com prazo de suprimento de 15 anos. Já os projetos hidrelétricos também serão contratados por quantidade, mas com suprimento de 20 anos, enquanto as termelétricas a biomassa serão as únicas cujos possíveis contratos serão por disponibilidade, com suprimento de 20 anos. Por conta do maior percentual de projetos solares e eólicos, a região Nordeste, que concentra os maiores investimentos nas fontes, se destaca na distribuição do cadastro do leilão, com aproximadamente 70% do total dos projetos, sendo o estado da Bahia o principal, com 28%, sendo 531 projetos e 19.215 MW. Na sequência, aparecem Rio Grande do Norte (13%), Piauí (11%) e Ceará (8%). Fora da região, Minas Gerais, com alta competitividade na fonte solar,


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aparece com 16% do total dos projetos cadastrados, ou seja, 304 projetos e 14.008 MW de potência. Já as térmicas se situam principalmente em estados do Centro-Oeste e Sudeste e as hidrelétricas no Sul e Centro-Oeste.

Projeto Ilumina Pantanal antecipa primeira fase m 18 de fevereiro foi celebrada a conclusão, dois meses antes da data prevista, da etapa inicial do Programa Ilumina Pantanal, desenvolvido pela Energisa em parceria com o Ministério de Minas e Energia, Aneel e Governo de Mato Grosso do Sul. Foram beneficiadas 2167 unidades consumidoras, sendo 77 atendidas por rede de distribuição convencional e 2090 por meio de geradores solares fotovoltaicos batizados de SIGFI - Sistemas Individuais de Geração Elétrica com Fonte Intermitente. As famílias receberam um kit

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Energisa/divulgação

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da grande demanda, foi priorizado “o atendimento a serviços públicos, escolas e localidades mais carentes, como os ribeirinhos do rio Paraguai, os colonos do Paiaguás e comunidades indígenas, além dos produtores rurais”, informou em nota Marcelo Vinhaes, diretor-presidente da Energisa Mato Grosso do Sul. A empresa investiu Programa que amplia acesso à energia elétrica no sul mato-grossense já R$ 134 milhões no proentregou sistemas solares fotovoltaicos a mais de 2000 famílias grama, abrangendo os municípios de Corumbá, Aquidauana, formado por quatro módulos fotovolCoxim, Ladário, Porto Murtinho, Rio taicos e uma bateria de lítio, além de Verde e Miranda. tomadas e lâmpadas de LED. Algumas O Ilumina Pantanal é tido como casas receberam também geladeiras. referência para outros estados e foi Segundo o Grupo Energisa, depois premiado internacionalmente na catede beneficiar famílias de ribeirinhos e goria de melhor Projeto Solar (Solar & produtores locais, o Ilumina Pantanal Storage Live 2021). Segundo o coordechegou a comunidades indígenas do nador Heber Selvo, além da geração de Pantanal sul-mato-grossense. Em face


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emprego e renda, o programa trouxe modernização e tecnologia para as escolas e benefícios para as famílias: economia com a melhor conservação dos alimentos, segurança e proteção contra animais selvagens à noite, e conforto, por possibilitar o uso por exemplo do ventilador, um “eletrodoméstico desconhecido por alguns em pleno século XXI”, afirmou. A chegada da energia também é fundamental para pesquisas científicas sobre a fauna da região, em especial da onça-pintada, segundo a Energisa.

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Segundo Eliana, a usina será um passo importante para a empresa, que há 18 meses atua na capital e interior do Estado de São Paulo e já tem diversos sistemas distribuídos instalados na faixa de microgeração, a maioria em residências. Para ela, o autoconsumo remoto em consórcio é vantajoso para consumidores que não possam ou não queiram instalar geradores solares exclusivos. “Com o aluguel, o consumidor pode economizar parcela significativa do que gasta hoje com eletricidade: prevemos pelo menos 10% de redução em relação à fatura atual”, diz. E o planejamento da empresa ainda inclui outros projetos de porte similar no futuro, afirma a diretora. Além de sistemas fotovoltaicos, a Marsollar oferece diversos serviços na área de comunicação e dados, como redes Ethernet e wifi, cabeamento estruturado e CFTV, e ainda projetos elétricos de instalações residenciais e empresariais, adequação de padrão de entrada e aumento de carga.

da – Mercado Fotovoltaico”, da consultoria Greener, que identificou demanda de 9,75 GW em módulos voltados para atender projetos de geração distribuída e centralizada no País, registrando acréscimo de 104% sobre 2020. O volume de 9,75 GW equivale a 5,6% da demanda mundial por módulos FV em 2021, que foi de 172,6 GW, segundo dados da PV Infolink. Para se ter uma ideia do que representa a participação atual, em 2017 a demanda nacional equivalia a apenas 0,9% do total do mundo. Outra conclusão do estudo da Greener aponta que os preços dos sistemas fotovoltaicos tiveram elevação média de 8% — considerada baixa, tendo em vista os significativos aumentos nos preços das matérias-primas principais, atual momento favorável da enercomo aço, alumínio e cobre, mas sobregia solar fotovoltaica distribuída tudo por conta do custo do polissilício, tem atraído cada vez mais empresas que registrou alta de 200% em 2021. Na e suscitado planos de crescimento. análise da consultoria, a entrada de noA Marsollar Energia Sustentável, invos competidores no mercado e a alta tegradora sediada na capital paulista, competitividade atenuaram a tendêntem plano de construir uma usina de cia de aumento nos preços praticados solo de 75 kWp em Itu, SP, com o objepara o consumidor final. tivo de oferecer locação de cotas a pequenos consumidores da área de conO estudo também aponta um cenácessão da distribuidora CPFL Paulista. rio favorável para a fonte em 2022, em Segundo a diretora Eliana Marsolla, função da tendência de elevação das a fase atual é de estruturação jurídica tarifas de energia elétrica, estimulando demanda por módulos solares do empreendimento, envolvendo ina autogeração em sistemas de geração fotovoltaicos no mercado brasileiclusive criação de empresa específica, distribuída, e da aprovação do marco ro mais do que dobrou em 2021 em além de detalhes de projeto e de levanlegal de GD, a Lei 14.300/2022, que relação ao ano anterior, quando foram tamento de custos — uma questão em trouxe mais segurança jurídica para os importados 4,77 GW. A conclusão é do investimentos. “Estudo Estratégico Geração Distribuíavaliação é se vale a pena a importação O cenário de alta nos projetos direta dos equipaTotal 2019: 4,09 GW Total 2020: 4,77 GW Total 2021: 9,75 GW de GD, aliás, já se refletiram pementos. Mas já se los números de 2021, que fechou decidiu, por exem3108 com 803,9 mil instalações fotoplo, pelo uso de 2556 voltaicas e pouco mais de 1 mimódulos de maior 2322 lhão de unidades consumidoras potência, na faixa 1769 1718 recebedoras de créditos de comdos 600 W ou aci1583 1338 pensação. Trata-se de um crescima, a bem da maior 1105 870 980 mento de 100% nas instalações produtividade. A 749 515 e de 98,9% em unidades consuempresa estima em midoras em relação a dezembro cerca de R$ 500 mil de 2020, quando havia 401,8 mil o investimento em 1º Tri 2º Tri 3º Tri 4º Tri 1º Tri 2º Tri 3º Tri 4º Tri 1º Tri 2º Tri 3º Tri 4º Tri 2019 2019 2019 2019 2020 2020 2020 2020 2021 2021 2021 2021 micro e miniusinas instaladas e equipamentos e insFonte: Receita Federal 2021 e Greener 509 mil consumidores recebendo talação, sem contar o créditos. Volume importado de módulos fotovoltaicos (MWp) valor do terreno.

Nova usina de GD para consórcio de consumo remoto em Itu

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Módulos: demanda dobrou e preços subiram 8% em 2021

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Intelbras compra a Renovigi Energia Solar Intelbras, empresa de tecnologia com portfólio de produtos eletrônicos de rede, telecomunicações e de segurança, com matriz em São José (SC), anunciou a aquisição da também catarinense Renovigi Energia Solar, de Chapecó, fabricante de linha de sistemas fotovoltaicos que inclui kits solares, módulos, inversores, acessórios e estruturas de fixação. A negociação, de R$ 334,34 milhões, configura a maior aquisição da empresa de tecnologia e a segunda depois que ela fez oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores de São Paulo, a B3, há cerca de um ano. A primeira compra foi da empresa de tecnologia rival Khomp, em abril de 2021, por R$ 89,9 milhões. Segundo comunicado da Intelbras, a aquisição faz parte de estratégia de consolidação no mercado de geração solar distribuída, onde a empresa já atua com portfólio próprio de sistemas FV (módulos, geradores, acessórios, estruturas de fixação e inversores). A operação da Renovigi continuará a ser independente, com a manutenção de seus sócios-fundadores no conselho de administração da empresa. Fundada há 10 anos e hoje com 200 funcionários, a Renovigi teve faturamento em 2021 de R$ 799,5 milhões e EBITDA de R$ 49,8 milhões de reais, segundo balanço ainda não-auditado. Intelbras/divulgação

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Shell e Gerdau criam joint-venture para UFV em Minas

Shell e a siderúrgica Gerdau assinaram no mês passado acordo para formar uma joint venture, com participação igualitária das duas empresas, que vai desenvolver, construir e operar um parque solar em Minas Gerais. A previsão é a de que a nova usina seja construída em 2023, após o acordo se materializar de fato. Ainda dependente da aprovação das autoridades regulatórias e concorrenciais, a joint venture incluirá, além da geração solar FV, a contratação de energia a longo prazo. Com provável capacidade instalada de 260 MWp, a usina terá 50% da energia gerada destinada a atender à demanda da produção de aço da Gerdau no Brasil, que entrará na negociação na modalidade de autoprodutora. A outra metade será negociada no mercado livre por meio da Shell Energy Brasil, braço de comercialização de energia do grupo. Para negociar sua parte da energia que será gerada pelo parque, a Shell anunciou que está desenvolvendo na comercializadora clientes para firmar contratos de longo prazo de compra de energia (PPAs, na sigla em inglês), os quais também devem entrar como autoprodutores, o que garante isenções de encargos cobrados de consumidores. Além da obtenção de energia a custo mais competitivo para a Gerdau e da agregação ao portfólio da comercializadora da Shell, a parceria também atende aos objetivos de descarbonização das empresas. A Shell tem meta de reduzir em 50% suas emissões A compra da Renovigi é a maior realizada pela Intelbras, que fez IPO na B3 no ano passado

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até 2033 e a Gerdau quer atingir, no período, nível de emissões 50% inferior à média global da indústria do aço.

efeitos de mudanças climáticas. Um exemplo é o edifício Mountain Press Center, localizado na área de competição de Yanqing (subúrbio de Pequim), que além de abrigar um centro de imprensa também sediou as provas de esqui alpino, bobsled, luge e skeleton. A capacidade de energia solar fotovoltaica instalada no edifício é de 128 Olimpíada de Inverno de Pequim kW, com geração anual de eletricidade 2022, que terminou em 20 de fevede 140 mil kWh, suficiente para comreiro, foi a primeira competição dessa pensar cerca de 90 toneladas de dióxicategoria a atingir neutralidade de do de carbono. O sistema foi instalado carbono, graças, entre outros recursos, pela Ningbo Lightyear Solar Energy a instalações de geração de energia Technology e utiliza inversores de 70 fotovoltaica. Os 2900 atletas de 91 kW da marca Solis (Ginlong Technolopaíses dispuseram de alta tecnologia gies) e módulos de duplo vidro de silínos estádios esportivos, com dispocio monocristalino preto integrados ao sitivos avançados que estabeleceram telhado. Combinando os módulos com equilíbrio entre o carbono emitido e o 64 claraboias quadradas inclinadas retirado, favorecendo a mitigação dos sobre o salão de mídias, o projeto permitiu a dupla função de iluminar os edifícios e gerar energia solar. Os excedentes de energia foram vendidos à rede elétrica local. Integrando projeto arquitetônico moderno e aplicação inovadora de geração de energia solar, o edifício constituiu uma das vitrines da China para promoção da sua Mountain Press Center – Jogos contaram com edifícios e instalações “Olimpíada verde”. pensados para reforçar imagem de “Olimpíada Verde”

Jogos olímpicos de Pequim foram primeiros “zero carbono”

Ginlong Solis

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Brasil na Aliança Solar Internacional o início de fevereiro a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de decreto legislativo 271/21, que permite a adesão do Brasil à ASI - Aliança Solar Internacional, coalizão intergovernamental que reúne as nações com os melhores recursos solares do planeta. Ainda sujeito à aprovação no Senado Federal, o projeto ratifica o Acordo sobre o Estabelecimento da ASI, lançado durante a Conferência do Clima COP21, em Paris, em 2015, e oficialmente assinado em Nova Délhi, na Índia, em 2016. A ASI, sediada em Nova Délhi, tem como meta auxiliar os atuais 121 países membros no enfrentamento de desafios comuns para a difusão da energia solar, com a implementação de programas e atividades voluntárias de base. A criação do organismo internacional atende a três premissas básicas: reduzir o custo da energia solar; mobilizar mais de US$ 1 trilhão em investimentos para a implementação da fonte até 2030; e preparar o caminho para novas tecnologias que usam o sol como recurso primário. Com a adesão, a expectativa é a de que o Brasil se beneficie com o acesso a linhas multilaterais de financiamento, a programas internacionais de pesqui-

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sa e desenvolvimento e de capacitação profissional, a ações de fomento a novas tecnologias solares, além de conseguir apoio nas áreas de regulação e de políticas públicas. Para fazer parte da ASI, o Brasil não precisa se comprometer com obrigações financeiras. O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que a participação plena na ASI contribuirá para que o Brasil recupere o tempo perdido, já que não aderiu ao organismo desde o seu início em 2016, e passe a incorporar as melhores práticas internacionais, acelerando o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica. Na sua avaliação, a expectativa era de que a tramitação no Senado seria célere.

Maxeon estende garantia de módulos FV para 40 anos

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Maxeon Solar Technologies, de Singapura, ampliou a garantia de

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para reparar ou substituir módulos defeituosos. O normal no mercado é a garantia de desempenho energético ser de 25 anos e a relacionada à qualidade do produto de 12 anos, segundo destacou em comunicado a Maxeon. Ainda de acordo com a empresa, a nova garantia é baseada em estudos de campo externos de mais de 33 milhões de módulos implantados em todo o mundo, operados pela própria Maxeon e por terceiros. Também se baseia em um modelo de física utilizado para determinar o impacto de desempenho esperado ao longo do tempo a partir de simulações de modos de degradação e falha. Pelos estudos, a empresa afirma que a vida útil dos módulos é até superior a 40 anos. A alta durabilidade garantida, segundo a Maxeon, se deve à tecnologia patenteada da célula IBC e ao design Módulo Back Contact – Para garantir 40 anos, fabricante baseou-se em análise de mais 33 milhões de módulos em operação e em modelo de física do módulo, que eliminam

serviços para seus módulos solares FV para 40 anos. A nova garantia atende a linha de produtos Back Contact (IBC), que fora dos EUA e Canadá são comercializadas sob a marca SunPower Maxeon, e envolvem a qualidade do produto, o desempenho energético e demais serviços necessários. A novidade vale inicialmente para Europa, Oriente Médio, África, Austrália, Japão e México, para clientes comerciais e residenciais. A garantia de 40 anos vale para cobertura de defeitos relacionados a mão de obra e materiais, garantia de saída de energia e manutenção necessária


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falhas de interconexão celular e hotspots. Isso proporcionaria proteção robusta contra tensões ambientais e variações de clima ao mesmo tempo em que maximizaria a confiabilidade e a densidade energética. Com essas características, a geração garantida dos módulos seria de no mínimo 98% durante o primeiro ano de operação, seguida por uma degradação máxima anual de 0,25% nos 39 anos seguintes. Isso daria 88,3% de nível de energia garantido no final de 40 anos.

Goiás instala usinas FV para alimentar prédios públicos

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Lactec e Copel implantam usina solar flutuante no Paraná centro de ciência e tecnologia Lactec e a sociedade de propósito específico Elejor, controlada pela Copel, inauguraram uma usina solar fotovoltaica flutuante de 100,7 kWp no reservatório da Usina Hidrelétrica Santa Clara, entre os municípios de Candói e Pinhão, no Paraná. Trata-se da primeira usina do tipo na região Sul e a terceira do País. O empreendimento de propriedade da Elejor, que também controla a hidrelétrica de 120 MW, faz parte de projeto do Programa de P&D da Aneel, com recursos da Copel e coordenado pelo Lactec, que vai avaliar o desempenho da usina, composta por 276 módulos solares FV sobrepostos em estrutura metálica flutuante que ocupa área de 1,1 mil m2. A energia gerada atenderá ao consumo da própria UHE. Ancorada a uma distância aproximada de 250 metros da margem da represa, a usina é conectada a um eletrocentro em solo, que converte a corrente elétrica de contínua para alternada, entregando a energia a uma rede de média tensão de 34,5 kV. O sistema solar flutuante é monitorado por rede de comunicação já existente na UHE Santa Clara, por meio do qual são controlados os dados de geração. Para a manutenção, a estrutura conta com área de atracagem para embarcação e passarelas para garantir o acesso aos módulos para limpeza, substituição ou reparo de componentes.

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CelgPAR, empresa de capital aberto controlada pelo governo do estado de Goiás, assinou contrato de construção de uma usina solar fotovoltaica de 5 MW no município de Cachoeira Dourada, no sul do estado. A construtora Lotus Ict Empreendimentos foi a vencedora da licitação para erguer a UFV. Com previsão de entrar em operação em setembro, a usina vai ocupar uma área de 120 mil m2 de propriedade da CelgPAR. No período da construção, estão sendo gerados 200 empregos diretos. Faz parte do escopo do projeto a instalação de rastreadores solares para melhorar a eficiência da usina. Além disso, os módulos FV serão bifaciais. No modelo de geração distribuída, a energia gerada compensará o consumo de edificações de órgãos públicos de Goiás. Está previsto ainda no programa de eficiência energética do governo goiano chegar a 15 MW de potência instalada solar com a implantação de mais duas usinas de 5 MW, uma no Ceasa - Centrais de Abastecimento de Goiás e outra na UEG Universidade Estadual de Projeto privilegiou transferência de luz para favorecer a oxigenação da água Goiás.

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Na etapa de instalação, os técnicos do Lactec precisaram superar as variações de até 20 metros no nível da água para implantar o sistema de ancoragem de forma a garantir uma fixação sem oscilações, o que preserva as estruturas e garante o desempenho da geração de energia. O projeto levou ainda em conta o sombreamento causado pelos módulos fotovoltaicos, o que pode afetar o equilíbrio do meio aquático. O desenho da usina privilegiou, dessa forma, a maior transferência de luz, para favorecer a oxigenação da água. Foram observados também os impactos ambientais da usina no local: materiais utilizados, vida útil e interferência visual e socioambiental, principalmente em relação a atividades como pesca e lazer. Segundo o coordenador técnico do projeto, Kleber Franke Portella, além da dispensa de investimentos em aquisição e em adequações dos terrenos, as vantagens das usinas flutuantes em comparação com as implantadas em solo incluem uma proteção natural contra furtos e vandalismos, pela maior dificuldade de acesso. A desvantagem é que as usinas flutuantes têm capex superior. O potencial técnico de geração solar FV flutuante no Brasil pode chegar a 4,5 TWh/ano, segundo o Plano Nacional de Energia (PNE) 2050.

Black & Veatch diz que módulos de 660 W trazem redução de custo m estudo da empresa de engenharia e consultoria norte-americana Black & Veatch concluiu que a nova geração dos módulos solares fotovoltaicos com tamanho de wafer de 210 mm e 660 W de potência, da Trina Solar, apresentam o melhor desempenho entre os produtos da própria marca chinesa. A comparação envolveu ainda os módulos de 535 W (182 mm de wafer), 480 W (158 mm) e 450 MW (166 mm).

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Segundo o estudo, os módulos de ultra-alta potência de 210 mm e 660 W, da linha Vertex da empresa, apresentaram o melhor resultado em redução de custo de investimento em bens capital (capex) e de custo nivelado de energia (LCOE, da sigla em inglês de levelized cost of energy) entre os tipos de módulos avaliados. Em comparação com o módulo de 166 mm e 450 W, por exemplo, a redução de capex e LCOE foi superior a 9%. Contra os módulos de 182 mm e 535 W, a redução de capex foi de até 4,58% e de LCOE de 3,94%. As diferenças, de acordo com a Black & Veatch, são decorrentes dos custos reduzidos do chamado balanço do sistema (BoS, na sigla em inglês). O BoS é impactado pelo comprimento da cadeia do módulo, a potência geral e o número de módulos necessários para atender à capacidade de geração de energia. Usinas projetadas com módulos de menor potência têm BoS mais altos, além de custos adicionais, como área, limpeza, quantidade de racks e cabeamento.

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CTG e Senai financiam projeto de microrrede com solar e H2V

ma chamada pública da geradora de energia CTG Brasil e do Senai, que visa apoiar o desenvolvimento de tecnologias relacionadas com a produção do hidrogênio verde (H2V), selecionou um projeto – entre os três aprovados de 31 inscritos – cujo objetivo é integrar uma microrrede com usina solar fotovoltaica a sistema de armazenamento com hidrogênio verde e baterias de lítio. Intitulado “A Produção e Armazenamento de Energia Solar em H2 e Aplicações em Mobilidade”, o projeto que receberá o suporte para a pesquisa, com meta de aplicação comercial, vai utilizar a energia gerada pela usina solar FV para produzir o H2V em dois tipos diferentes de eletrolisadores: um de membrana polimérica e outro pela rota alcalina tradicional. Parte da energia gerada pela usina será armazenada em baterias de lítio-íon e o hidrogênio gerado pelos eletrolisadores seguirá para tanques pressurizados. Daí, seu consumo em mobilidade poderá ser pela via LCOE ($/MWh) $25,50 $24,99 direta, como gás com$25,00 $24,32 bustível, ou por meio $24,50 de células a hidrogênio $24,00 $23,59 $23,27 $23,50 combustível. $22,66 $23,00 A proposta prevê $22,50 uma análise entre os $22,00 sistemas de armazena$21,50 $21,00 mento e também estu166-450W 158-480W 210-545W 210-660W 182-535W dará o estabelecimento de bases técnicas para Comparativo da Black & Veatch com módulos da Trina Solar a implantação de corredores de abastecimento de hidrogênio ao O módulo 210-660W da Trina Solar longo das rodovias brasileiras. Haverá exigiu o menor número de módulos ainda uma avaliação das duas soluções para atingir a capacidade hipotética e comparativa do estudo de 100 MW técnicas de eletrolisadores para definir de potência instalada, com até 88 383 a melhor adequação à variabilidade de módulos a menos. Isso equivale a uma potência das fontes renováveis. economia de até 32%. Comparado com Além dessa proposta de pesquisa, os módulos de 166-450W, o módulo também foram aprovados pela chama210-660W demonstrou economia de da o projeto “Distrito Industrial Vercapex total de US$ 9,6 milhões no prode”, que visa desenvolver plataforma jeto hipotético de 100 MW. comercial para mapear e comercializar

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o H2V por meio de projeto piloto no Porto do Suape (PE), e um terceiro, “Conversor CC-CC Multiportas e Sistema IoT Inteligente de Gestão de Energias”, para criação de um produto que remove etapas de conversão de energia, reduzindo o custo de produção do H2V e aumentando a eficiência do sistema. A chamada pública, batizada de Missão Estratégica Hidrogênio Verde, recebeu inscritos de 13 estados do País e as propostas envolveram um total de R$ 183,7 milhões em pedidos de suporte financeiro. Os três projetos selecionados já entraram em fase de identificação, seleção de potenciais parceiros internacionais para o desenvolvimento das ideias e ajustes para a fase final de contratação. O prazo de execução é de até 48 meses a partir da assinatura do contrato.

Light DeFi compra terreno para usina registrada em blockchain grupo responsável pela Light DeFi comprou o terreno para implementar sua usina de produção de energia fotovoltaica. O local escolhido situa-se em São Gonçalo do Amarante, no Ceará. Ali se abrigará a primeira usina da empresa que lançou no ano passado seu token para que investidores possam ter acesso à produção de energia solar em sua carteira de criptomoedas. Para esta primeira unidade no Ceará, de 2,5 MW, a escritura da área física também foi registrada em blockchain, o que segundo Germano Sales , CEO da empresa, “prova cada vez mais a inovação e ambição do projeto, visando a sustentabilidade com a alta taxa de rentabilidade”. O grupo decidiu por registrar o terreno em blockchain como forma de transparência para seus investidores. Outra novidade que o projeto está preparando é o cross-chain do token para rede Ethereum, mudança destinada a atrair novos holders para a moeda digital. “A Ethereum é a segunda maior rede do mercado de criptomoedas e pode atrair novos investidores, inclu-

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sive internacionais”, acredita Ricardo Nogueira, CTO da Light DeFi. O projeto Light DeFi é chefiado pela empresa Brillacom S.A., com sede no Uruguai, que fornece suporte a desenvolvedores e investidores para que o token atinja seus objetivos e seja valorizado.

Franquia home-based pode faturar R$ 150 mil/mês no primeiro semestre Portal Solar Franquias realizou pesquisa para atualizar o potencial de receita do negócio, com base no desempenho de seus franqueados nos últimos 10 meses, e apurou que uma home-based, ou seja, sem loja, pode faturar R$ 150 mil por mês já nos primeiros meses de atividade. O dado reflete resultados de franqueados com desempenhos consistentes no período e que mostram habilidade em vendas e excelência no atendimento. A franqueadora conta hoje com mais de 160 unidades espalhadas no país, tendo já selecionado 38 novos franqueados apenas em 2022, até o início de março, o que representa crescimento de 23,6% em relação a dezembro de 2021. Seu website recebe cerca de 500 mil visitas por mês, afirma, e seu modelo de franquia conta com suporte de engenharia, softwares próprios, treinamento teórico e prático, e fundo de marketing com gestão aberta. A Portal Solar recebe mensalmente cerca de mil candidatos, e os fraqueados devem desembolsar investimento inicial de pelo menos R$ 35 mil. Segundo a empresa, o lucro médio é de 20% a 35% sobre o faturamento bruto dos equipamentos, sem considerar a margem do serviço de instalação. O tempo de retorno do investimento varia entre seis a nova meses, diz a Portal Solar, e o franqueado tem a vantagem de não precisar de estoque, pois a logística e a segurança dos kits fotovoltaicos são de responsabilidade da franqueadora em São Paulo, a qual também presta consultoria comercial, de marketing, jurídica e de engenharia.

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Notas Parceria FV-termossolar – O Grupo Panozon, da área de tratamento de água e ar com tecnologia de ozônio e aquecimento solar de água, sediado em Piracicaba, SP, anunciou em fevereiro uma parceria com a Avancez, empresa especializada em projetos e instalações de energia fotovoltaica, com sede em Aararas, SP. Segundo a Panozon, a parceria visa a aproveitar as sinergias e potencializar a energia fotovoltaica com os coletores solares helicoidais para piscinas da Girassol, outra empresa do grupo. Para a empresa, a união das duas tecnologias permite uma série de vantagens, como um menor custo de investimento, maior eficiência do aqueci-


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mento da piscina e melhor rendimento da energia fotovoltaica. Importação de módulos – A Trina Solar foi a maior fornecedora de módulos fotovoltaicos do Brasil em 2021 em volume de importação, segundo o Estudo Estratégico de Geração Distribuída 2021, divulgado em fevereiro pela consultoria Greener. De acordo com o estudo, a empresa foi responsável pela importação módulos suficientes para gerar 1500 MWp no ano passado. Segundo a Trina Solar, o Brasil hoje representa quase 9% das vendas da empresa no mundo todo. A empresa está no País há cinco anos. Supervisão e controle de FV – A Reivax, especializada em equipamentos para controle de geração de energia, fechou acordo de parceria com a EA Energia Automação, desenvolvedora soluções de supervisão para o mercado de energia. Com o acordo, as soluções

Scada desenvolvidas pela EA vão integrar a solução de controle e supervisão da Reivax para usinas solares fotovoltaicas, resultando em sistemas totalmente integrados e automatizados, informou em nota a Reivax. Crescimento da MATV Sul – A MATV Sul Eletrônicos registrou crescimento de 145% do ano passado no comparativo com 2020 apenas na linha solar fotovoltaica. A maior parte desse resultado foi obtida no segundo semestre, que teve cinco vezes mais vendas e o dobro no faturamento em relação ao primeiro semestre. A distribuidora de produtos para energia fotovoltaica sediada em Caxias do Sul e com unidades espalhados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e um centro logístico no Ceará, apontou crescimento uniforme em todo mercado nacional. Os setores residencial e de comércio/indústria apresentam equilibrado na carteira de clientes, com o primeiro reunindo

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maior quantidade de sistemas adquiridos e o segundo com potência instalada superior. Para 2022, as perspectivas da empresa são de superar esse desempenho, em função da homologação do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300/2022). Distribuição – A Sou Energy assinou em janeiro acordo para comercialização no Brasil da empresa Solplanet, marca no exterior do grupo chinês AISWEI, especializado na produção de inversores de 1 a 50 kW, inversores híbridos, carregadores de veículos elétricos e sistema de gerenciamento de energia. De acordo com a companhia, pela primeira vez a marca vai ser comercializada em todas as regiões do País. Segundo uma nota da Sou Energy, a empresa figura entre as seis maiores distribuidoras de equipamentos fotovoltaicos do País, sendo a maior do Norte/Nordeste, com mais de 6.500 revendedores ativos no Brasil. Sua sede está em Fortaleza, Ceará.




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Avaliação da evolução espacial da GD fotovoltaica no estado de São Paulo José Calixto Lopes, Diego José da Silva, Thales Sousa, Edmarcio Antonio Belati e Joel David Melo Trujillo, da Universidade Federal do ABC (UFABC)

Este artigo propõe uma metodologia para analisar o comportamento da expansão da geração distribuída fotovoltaica, empregando técnicas baseadas em análise espacial e informações georreferenciadas. Um dos objetivos é fornecer dados confiáveis, que possam ser utilizados por distribuidoras, planejadores e órgãos da iniciativa pública ou privada, a fim de embasar decisões relacionadas a novos empreendimentos e sistemas de geração.

O

s apelos ambientais e o progresso tecnológico têm motivado uma maior penetração das fontes renováveis de energia, sobretudo da fotovoltaica (FV). Dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) apontam que a potência da fonte fotovoltaica no mundo já é superior a 700 MW [1]. Nesse contexto, a geração distribuída (GD) — entendida como pontos de geração de energia elétrica que possuem instalações conectadas ao sistema de distribuição ou as instalações de consumidores residenciais, comerciais e industriais — vem obtendo relevância nos modernos conceitos de geração de energia da atualidade e do futuro [2]. Muitos países estão criando incentivos governamentais e legislações para fornecer subsídios aos consumidores e investidores do setor. No Brasil, esse tipo de geração está enquadrado na Resolução 482/2012, revisada pela Resolução 687/2015 [5]. Recentemente, em 6 de janeiro de 2022, foi instituído o marco legal brasileiro para a micro e minigeração de energia

Embora não disponha dos maiores níveis de irradiação solar do Brasil, o Estado de São Paulo encerrou 2021 com a segunda maior potência instalada em GD fotovoltaica, 1068,9 MW, ou 12,8% do total do País (na foto, sistema FV no Parque Villa Lobos, na capital – ADVTP/Shutterstock) sancionado por meio da Lei 14300/22. Como é sabido, as discussões que precederam a lei em questão foram intensas e marcadas por debates entre diversos stakeholders do setor, uma vez que alterações na legislação trazem grandes impactos no contexto socioeconômico. Por isso, este artigo visa implementar uma metodologia para a análise

da expansão e distribuição espacial da GD por meio da fonte FV, considerando a disponibilidade do recurso solar em níveis de irradiação anuais. A partir da aplicação do Sistema de Informações Geográficas (GIS, na sigla em inglês) [6], foi realizada a construção espacial da base de dados de localização dos pontos de GD, permitindo comparações através de mapas


Geração distribuída

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Etapa 1 (Entrada) Bd1

Bd2

Etapa 3 (Saída)

Etapa 2 (Processamento) Bd3

Importa dados e cria camadas

Aplica funções, operadores e ferramentas de geoprocessamento

Cria layouts e prepara as saídas S1

S2

Sn’

Fig. 1 - Fluxo geral de processos da metodologia de calor que evidenciam seu comportamento. Um dos objetivos é fornecer dados para que planejadores e empresas do setor possam verificar o perfil da distribuição da GD e obter suporte à tomada de decisões no planejamento setorial. A metodologia foi testada no estado de São Paulo (SP), o qual figura na atualidade entre os estados brasileiros com maior consumo energético.

Análise espacial em sistemas de energia Dados de entrada As bases de dados empregadas foram obtidas de órgãos públicos, amplamente disponíveis por meio eletrônico. Os dados possuem formato de arquivo shapefile, apropriado para uso em aplicações de geoprocessamento, contendo informações geométricas (ponto, linha ou polígono) e dados (tabelas de atributos) [6]. No escopo deste artigo, as informações dizem respeito tanto à GD quando aos níveis de irradiação solar no estado de SP (escolhido para a aplicação da metodologia). Todas as bases de dados utilizadas consideram o datum Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIR- GAS 2000, EPSG 4674), haja vista este ser o referencial geodésico padrão do Sistema Geodésico Brasileiro (GSB) e conter as caraterísticas necessárias para o desenvolvimento do estudo [14]. A escala temporal empregada corresponde ao período de 2011 até 2021. Optou-se por delimitar o estudo a partir de um ano antes do início da vigência da Resolução Normativa nº 482, em 2012 [15]. Quanto à escala espacial, considerou-se o limite político estadual de SP [16].

Em relação à geração distribuída, foram empregadas as bases de dados da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica, órgão que estabelece a regulamentação e controle da expansão da GD a partir de informações repassadas pelas distribuidoras. A Aneel mantém o Sistema de Informações do Setor Elétrico (Sigel), onde são disponibilizados os dados de diversas modalidades de geração de energia elétrica [17]. Portanto, é possível obter a base de dados georreferenciada atualizada de todo o histórico necessário da GD. Como essa base de dados contempla todas as fontes empregadas na GD e de todo o Brasil, foi necessário processar as informações para correspondência da escala temporal e espacial em questão. Quanto aos índices de irradiação solar (Wh/m2), os dados podem ser encontrados em abundância em fontes diversificadas na internet. Entretanto, o Brasil conta com o Atlas Brasileiro de Energia Solar [18], uma base bastante confiável e de grande importância tanto em estudos correlatos quanto de dimensionamento de sistemas FV. Os dados dessa base são disponibilizados pelo Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis de Energia (Labren) [19] em diferentes níveis (nacional, estadual e municipal). A base é composta por médias anuais e mensais considerando os índices diários de irradiação: global horizontal, difusa, direta normal, no plano inclinado e par em Wh/m2. Dentre os diversos níveis de irradiação disponibilizados, foi empregado o plano inclinado, uma vez que é o índice convencionalmente utilizado em dimensionamento de sistemas FV [20, 21].

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Por sua vez, uma base de dados relacionada aos limites territoriais tanto do estado de SP quanto dos municípios foi obtida a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) [16]. Foi empregada a malha municipal completa do estado, que retrata a situação atual da Divisão Político Administrativa (DPA) e contém a representação vetorial dos polígonos que definem as divisas estaduais e limites municipais, as quais são usadas nos censos demográficos. O ano de coleta e vigência dessa base é 2020, a mais atual disponível.

Metodologia utilizada Para o desenvolvimento da metodologia, foi empregado o software QGIS, uma das ferramentas mais utilizadas na atualidade para o processamento de informações geográficas e afins, destacando-se por ser open source [6]. Desta forma, o fluxo básico de processos concernentes à metodologia é contemplado pelas três etapas descritas na figura 1, compreendendo: - Etapa 1 (Entrada): As bases de dados obtidas (Geração Distribuída [Bd1], Índices de Irradiação Solar [Bd2] e Limites Territoriais [Bd3]) são importadas para o QGIS, onde são criadas camadas (layers), as quais permitem tratar de forma diferenciada cada parte do modelo, facilitando a manipulação durante a edição e melhorias. A seguir, é realizada a conferência do sistema de coordenadas de cada dado e aplicados procedimentos de reprojeção para corresponder ao datum empregado no projeto (SIRGAS 2000, EPSG 4674). - Etapa 2 (Processamento): Os dados encontrados nem sempre estão completamente preparados para análise. Por este motivo, uma etapa de processamento é importante para tratá-los. Assim, são aplicados recursos específicos disponibilizados pelo QGIS, além de funções matemáticas e operadores diversos (veja figura 2). - Etapa 3 (Saída): Corresponde à obtenção dos resultados propriamente dita: depois de obtidos e processados


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Geração distribuída

os dados, esta Etapa 2 Início última etapa for(Processamento) nece uma saída, 1 Bd1 Bd1’ que pode ser um mapa, um deterPasso 1 Passo 2 minado modelo, Implementa funções para recorte: Implementa função para recorte: uma base de da“DthConexao” > ‘2013-01-01’ dos, etc. Na figura “SigUF” = ‘SP’ AND AND 1, os ícones (S1, “DthConexao” ≤ ‘2013-12-31’ “SigTipoGer” = ‘UFV’ S2 e Sn’) representam as saídas que podem ser “DthConexao” > ‘2013-01-01’ Cria nova camada com a seleção AND obtidas, as quais “DthConexao” ≤ ‘2021-12-31’ são detalhadas no item posterior. Salva nova camada 1 A figura 2 deFim talha a sequência de passos para o Fig. 2 - Fluxo de processos da etapa 2 (processamento) processamento (Etapa 2). Dentre os três bancos de dados empregados shapefile Bd1’. Neste passo, foi verificano estudo, é mostrado o processamento do que a primeira instalação de GD FV relativo apenas à GD, que corresponde no estado ocorreu apenas em agosto de à entrada Bd1. As entradas relativas 2013. Portanto, utilizando o recurso de aos limites territoriais e índices de irra“Simbologia Baseada Em Regra”, foram diação solar tinham formatos para uso implementadas funções para realizar o quase imediato. Os processamentos acúmulo dos dados espaciais por ano, prepararam o material para as análises, de 2013 até 2021. visando primeiramente obter os dados Informações de saída de GD apenas para o estado de SP e da fonte FV e depois a divisão espacial As informações de saída compreda GD por cada ano, correspondente endem os resultados obtidos da meà escala temporal considerada (2011 a todologia (veja figura 1). Uma vez que 2021). Uma vez que a Bd1 se refere a o objetivo é apresentar a distribuição todo o Brasil e todas as fontes de geraespacial da GD e comparar com os índição, realizou-se um recorte do banco ces de irradiação solar, as saídas obtidas de dados, a fim de se obter os dados na etapa 3 compreendem mapas e um apenas para SP e para a fonte solar FV. novo banco de dados (arquivo shapefile). Este procedimento foi feito através da Entre outras utilidades, os resultados ferramenta “Selecionar Feições Usando denotam a evolução espacial e temporal uma Expressão” do QGIS, que realiza da GD e o aproveitamento do recurso processamentos associados diretamente solar. Assim, são obtidas todas as inà tabela de atributos do arquivo shaformações processadas, que podem ser pefile. Desta forma, foi concebida uma utilizadas futuramente tanto em novas equação contendo operadores matemáanálises quanto no avanço dos estudos. ticos booleanos para selecionar os daMuitas são as possibilidades de dos de interesse. Essa seleção foi salva análises a partir destes mapas e divercomo uma nova camada (Bd1’) e depois sas poderiam ser as abordagens para como um novo arquivo shapefile. No análises nesta linha temática. Porém, segundo passo, o objetivo foi realizar para delimitar os objetivos, as saídas os recortes temporais necessários, ou apresentadas são capazes de mostrar seja, obter a evolução dos dados (acucom detalhes e de forma visual os damulados) ano a ano utilizando o novo dos desejados. Em síntese, consideran-

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do a etapa 3 da figura 1, as saídas apresentadas são: - mapa de calor que relaciona a GD e os índices de irradiação (S1); - mapas da distribuição espacial e temporal da GD do período de estudo (S2); e - banco de dados com as informações processadas (Sn’).

Testes, resultados e discussões A partir da metodologia detalhada anteriormente, foram obtidos os resultados conforme os procedimentos descritos nas figuras 1 e 2, e realizadas as análises. Para uma análise considerando o aspecto ambiental, os resultados apresentados concentram-se em avaliar a distribuição espacial da GD FV em comparação com o recurso solar disponível. Neste sentido, ressalta-se que a justificativa para o emprego da irradiação (Wh/m2) em vez de irradiância (W/m2) é que a comparação de recurso solar proposta não tem correlação com a potência das unidades de GD. Por este motivo, ao se analisar a disponibilidade do recurso em níveis de energia, tem-se melhor visão sobre o potencial energético de cada região apresentada em detrimento da quantidade de GD encontrada em cada localidade. Em seguida, a GD é analisada conforme sua evolução em relação ao número de unidades instaladas no território do estado de São Paulo. Assim, busca-se verificar em quais localidades há maior acúmulo de instalações a fim de se relacionar os aspectos sociais e econômicos.

Aproveitamento do recurso solar O estado de São Paulo, embora não possua os maiores níveis de irradiação solar do País, possui excelentes condições, acima da média nacional [18], que é de 4995 Wh/m2. A maior parte do estado apresenta níveis acima desta média e na maior parte do ano. Neste



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Geração distribuída Pontos de conexão de DG

N O

Irradiação (Wh/m²)

L

Tab. I – Contagem das Unidades de GD por Índice de Irradiação Faixa de irradiação (Wh/m²) Cor Hexadecimal da cor Quantidade de GD

3750 - 4000 4000 - 4250 4250 - 4500 4500 - 4750 4750 - 5000 5000 - 5250 5250 - 5500

S

3750-4000

#fae8ae

4000-4250

#f6d281

943

4250-4500

#f4bc5f

1.706

4500-4750

#f2a73a

8.166

4750-5000

#ed9221

7.133

5000-5250

#e17e1c

44.735

5250-5500

#d66915

Total de unidades GD

67.197 129.906

foi mantido até 2017 (figura 4b). Depois, como mostram as figuras 4c e 4d, houve adesão mais dispersa em todo o estado, com predominância de concentração no entorno da capital, porém com maior número de unidades instaladas na região oeste e noroeste. A figura 5 resume o número de novas instalações a cada ano e seu acumulado de 2011 até 2021 (vale lembrar que a primeira GD FV do estado foi instalada apenas no mês de agosto de 2013). A ilustração mostra que a partir de 2016 houve aumento expressivo na penetração de GD no estado de São Paulo, indicando que a revisão 687/2015 da Resolução Normativa 482/2012 foi propulsora da GD. Até o ano de 2015, foram registradas apenas 205 conexões; já em 2016, o acúmulo foi de 1384 (aumento de quase 700%). Em 2021,

Fig. 3 - Geração distribuída vs. recurso solar no estado de São Paulo sentido, o mapa da figura 3 mostra a distribuição da geração distribuída pelo estado de São Paulo considerando os níveis de irradiação anuais no plano inclinado. O mapa de calor proposto é ilustrado em escala de cores graduadas entre níveis mais claros a mais escuros. Assim, quanto mais escura a cor, maior o nível de irradiação da localidade. Complementarmente, o mapa também apresenta os pontos de conexão de GD FV, o que possibilita analisar de forma visual sua distribuição pelo estado em relação aos níveis e irradiação. Como se pode notar, as regiões oeste e noroeste do estado possuem os maiores níveis de irradiação (entre 5250 e 5500 Wh/m2). Em contrapartida, a região litorânea (leste) e sudeste do estado apresentam os menores níveis: entre 3750 e 4000 Wh/m2. A fim de melhor analisar a distribuição da GD FV, de forma complementar, a tabela I apresenta a síntese de contagens de unidades de GD FV a partir de cada nível de irradiância encontrado no estado. Os resultados mostram que existe relação entre a quantidade de GD instalada e a irradiação local. Isso denota que a GD tem se concentrado, em sua maioria, nos locais mais privilegiados do ponto de vista do recurso solar. Considerando que existem cerca de 130 mil pontos de GD instalados no estado, a região que concentra o maior índice de irradiação (entre 5250 e 5500 Wh/m2) detém cer-

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ca de 67 mil pontos, o que corresponde a aproximadamente 52% do total.

Evolução temporal e espacial da geração distribuída O objetivo desta seção é apresentar e avaliar o comportamento da GD entre os anos de 2011 e 2021. Os mapas da figura 4 foram agrupados em períodos para permitir melhor comparação do número de instalações de GD FV ao longo do tempo. Como pode-se observar, as primeiras unidades foram instaladas no entorno da capital, onde formou-se um pequeno conglomerado (figura 4a). Esse comportamento Pontos de conexão de GD

São Paulo Capital

N

(a) 2011 - 2015

O

L

(b) 2011 - 2017

S

(c) 2011 - 2019

Fig. 4 - Evolução temporal da geração distribuída no estado de São Paulo

(d) 2011 - 2021


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70.165 conexões foram registradas, mostrando novo recorde de instalações e que há tendência de manutenção do crescimento nos próximos anos.

Energia, desenvolvimento e sustentabilidade Os sistemas de energia a partir da GD são alternativas eficientes, comprovadamente compatíveis com os modernos conceitos de geração e mais amigáveis ao meio ambiente. Benefícios inerentes ao uso da GD no quesito ambiental têm relação com sua modalidade de instalação [4]. Quanto maior a evolução da GD, menor a tendência em longo prazo de novas construções de linhas de transmissão e grandes usinas, o que reduz o impacto ambiental e favorece políticas de desenvolvimento sustentável. Também é possível analisar a GD em aspectos econômicos e sociais. Evidentemente, este artigo não cobre a totalidade desta discussão. Na seção sobre a evolução temporal da GD, sua distribuição espacial sugere que há maior concentração em localidades com maior poder econômico, IDH e riqueza, entre outros aspectos [2]. O conglomerado formado no entorno da região metropolitana de São Paulo evidencia esse comportamento, uma vez que é a fração do território que apresenta melhores indicadores socioeconômicos [22]. Do ponto de vista econômico, muitos são os benefícios da GD, como movimentação de capital advinda da comercialização de equipamentos, necessidade de mão de obra especializada e criação de novos postos de trabalho, entre outros. Neste sentido, os stakeholders, sobretudo fornecedores, empreendedores e integradores, devem estar atentos aos impactos da Lei 14300/22 em suas atividades no decorrer deste ano.

Conclusão No contexto de transição energética e necessidade de descarbonização atuais, existe urgência na expansão das fontes renováveis na matriz de geração


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e menor adesão à GD. De posse de informações confiáveis, pode-se embasar a tomada de decisões tanto no âmbito dos sistemas de geração de energia quanto do desenvolvimento e da sustentabilidade.

Nº de conexões GD FV

de energia. Den130 000 tre as diversas 120 000 modalidades de 110 000 geração e fontes 100 000 alternativas que 90 000 80 000 podem ser em70 000 pregadas, desta60 000 cam-se aquelas 50 000 conectadas no 40 000 nível de redes 30 000 de distribuição 20 000 na modalidade 10 000 de GD, princi0 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 palmente fonte Ano Acumulado Novas conexões solar FV. Com o objeti- Fig. 5 - Evolução temporal da GD no estado de São Paulo vo de contribuir nesta área e fornecer informações a nos locais mais privilegiados do ponto planejadores do setor, este trabalho de vista do recurso solar. Além disso, empregou o software QGIS para ananotou-se que a partir do ano 2016 houlisar a expansão da GD FV no estado ve aumento de quase 700% no número de São Paulo, que possui índices de de novas instalações, que saltou de irradiação acima da média nacional, 205, em 2015, para 1384, em 2016. Tudo aponta que as resoluções normativas o que o torna potencialmente atrativo governamentais impactaram positivapara uso da fonte solar. Atualmente, mente o cenário e possibilitaram avanSão Paulo figura em segundo lugar ço escalado até a atualidade. no ranking nacional do número de instalações de GD, estando em franco Finalmente, os resultados e a base de dados obtidos a partir da metodocrescimento [5]. logia proposta podem ser empregados Os resultados mostraram que existe por distribuidoras de energia elétrica, grande relação entre a quantidade de planejadores e órgãos de iniciativa GD instalada e os pontos com maior ínpública ou privada para identificar as dice de irradiação. Isso indica que a GD regiões do estado onde existem maior tem se concentrado, em sua maioria,

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2020

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Um grande momento para o Intersolar Summit Brasil Nordeste Da Redação de FotoVolt

Evento abordará questões prementes em meio a grande agitação do mercado solar fotovoltaico e excelentes perspectivas para o hidrogênio verde no Nordeste brasileiro, entre outros atrativos regionais. Estão previstos mais de 300 congressistas e uma grande exposição de produtos e serviços.

Aranda Eventos

Aranda Eventos

Windwalk/Shutterstock

A

natureza pródiga em sol e vento impulsionaram a vocação do estado do Ceará, desde sempre, rumo a importantes projetos de energia solar fotovoltaica e eólica, fontes renováveis em franca expansão no Brasil. A geração solar distribuída é tida como a vocação energética da capital do estado, refletida no “Plano Fortaleza 2040”, desenvolvido pelo Instituto de Planejamento do município, que prevê a instalação de painéis solares FV em 10% dos telhados da cidade, a qual deve tornar-se autossuficiente em energia elétrica até 2040. Acrescenta-se a esse pendor natural a iniciativa mais recente de produção de hidrogênio verde no complexo portuário do Pecém, na esteira de acordos de exportação para o porto de Rotterdam. No segmento da geração centralizada, o Nordeste tem igualmente se destacado. A região bateu recorde de produção de energia solar em 1º de fevereiro, com geração de 1028 MW médios, o que representou 8,7% da demanda do subsistema Nordeste no mesmo dia, segundo apurou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Já a Bahia está há três anos em primeiro lugar no ranking dos estados

Summit 2019: ampliado, sucesso da primeira edição deve repetir-se em 2022 na capital do Ceará que mais geraram energia solar, tendo fechado 2021 com 27,62% da produção nacional, segundo informou, com dados Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o “Informe Executivo de Energia Solar e Eólica” da Secretaria de Desenvolvimento Econômico federal. Recentemente, o próprio Ceará viu seu Conselho Estadual do Meio Ambiente aprovar mais três projetos de usinas solares fotovoltaicas de grande porte no estado: duas da

Uruquê Energias Renováveis, de 1,9 GW instalados, e uma da Enel Green Power, com 241,48 MW de capacidade. É sob esse contexto altamente auspicioso que se realiza em Fortaleza, em 27 e 28 de abril próximo, a segunda edição do Intersolar Summit Brasil Nordeste. Após hiato de dois anos forçado pela pandemia de Covid-19, o Summit 2022 espera mais de 300 congressistas



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Congresso

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O Futuro do Setor e 25 palestrantes de priElétrico e o PDE - Plano meira linha para discutir políticas, desafios jurídicos, Decenal de Energia 2031 legislação, financiamento, serão abordados na seintegração com a rede, dequência, por especialistas convidados da Aneel senvolvimento tecnológico e da EPE - Empresa de e tecnologias emergentes. O Pesquisa Energética. evento é organizado pelas Como nos demais paialemãs Solar Promotion Internacional (SPI) e Freiburg néis do Summit, segue-se Management and Marketing às apresentações uma International (FMMI), e pela Polo renovável: fontes solar e eólica transformaram o Nordeste de região deficitária a exportadora sessão de perguntas e Aranda Eventos e Congresrespostas. líquida de energia elétrica (na foto, o Complexo Solar Alex, inaugurado em setembro pela Elera Uma discussão muito Renováveis em Limoeiro do Norte, Ceará) sos — as mesmas empresas oportuna sobre o novo que realizam anualmente em Dia 27 de abril São Paulo a Intersolar South America Marco Legal e a Evolução da Geração Dis(o grande evento da área de energia tribuída reunirá executivos da Aneel e O painel de abertura do evento terá solar fotovoltaica do Continente), reasaudações dos organizadores (SPI e da Absolar, com moderação a cargo da Aranda), e mensagens de entidades reFiec. Uma oportunidade para esclarelizado em São Paulo, e demais eventos integrantes da The Smart E South presentativas do setor, como a Absolar cer os aspectos positivos e questionar América. as incertezas do novo regulamento nas Associação Brasileira de Energia Solar fases de transição e pós-transição. Fotovoltaica, e a ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída, além A programação Dia 28 de abril do Ministério de Minas e Energia, Aneel e Governo do Estado do Ceará. Iniciando o programa do segundo Mais do que uma prévia da Intersodia do evento, o Summit conta com um lar South America, que este ano aconPara discorrer sobre a atração de painel dedicado às questões da Geração tecerá em agosto, o caráter regional investimentos em fontes de energia do congresso Intersolar Summit Brasil renovável, o painel seguinte conta com Distribuída Fotovoltaica. As apresena participação da Secretaria de DesenNordeste fica evidente com a partitações e discussões, inclusive com o volvimento Econômico e Trabalho, e público, serão conduzidas por especiacipação de autoridades locais, bem da Fiec - Federação das Indústrias do listas da Greener e do Sindenergia/CE. como representantes da indústria e Estado do Ceará. Na pauta, as oporda academia. A seguir, descrevemos a Outros temas de grande repercusestrutura do evento e os principais tósão no momento serão abordados em tunidades e desafios para expansão picos que serão abordados no Summit. painel exclusivo sobre Geração Híbrida desse segmento.



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Congresso

e Hidrogênio Verde, com a participação de executivos da indústria, do Green Hydrogen Hub, e moderação da Universidade Federal do Ceará. Na sessão seguinte, denominada Armazenamento de Energia na Transição Energética, dois tópicos são tratados por representantes convidados da Aneel e da indústria, com destaque para as aplicações de energia solar fotovoltaica. A moderação fica a cargo da Fiec. Contratação, financiamento e seguros constituem elementos essenciais para o desenvolvimento do mercado de energia solar fotovoltaica. Com moderação da Cela - Clean Energy Latin America, esses temas serão apresentados e discutidos por três especialistas. Encerrando o programa do Summit, executivos da Absolar e da indústria compõem o painel Geração FV e o Custo da Energia no Brasil, com ênfase nas perspectivas de evolução do custo da energia elétrica convencional. A moderação será da Diretoria de Geração Centralizada do Sindienergia/CE.

Informações

FotoVolt - Março - 2022

Uma exposição abrangente e diversificada A seguir, a lista em ordem alfabética dos expositores da mostra do Intersolar Summit Brasil Nordeste 2022, confirmados até o final de fevereiro. Estão indicadas as atividades e os produtos e/ou serviços por eles oferecidos exclusivamente nas áreas solar fotovoltaica, de armazenamento de energia e correlatas (com base nos perfis publicados pelas empresas), sem prejuízo de novidades a serem apresentadas na própria feira.

2P Acessórios – Importação, representação e distribuição de produtos FV. Adece – Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceara – Órgão governamental. Amphenol TFC do Brasil – Sistemas de conexão para energia fotovoltaica, instalações elétricas e carros e elétricos. Araxá Energia Solar – EPCista de energia solar fotovoltaica, desenvolvendo usinas de pequeno, médio e grande portes. Banco BV – Financiamento de projetos solares. Canal Solar – Mídia, consultoria e treinamento. CCIBAC – Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Ceará. Clamper – Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) de c.c., c.a. e string boxes Delos Energy Supplies – Distribuição de produtos FV. Dsoli – Importação e distribuição de produtos FV. Elgin – Módulos, inversores, estruturas para sistemas FV e kits solares. Embrastec – Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) de c.c. e c.a. Foco Energia – Distribuição de produtos FV. Fotus Energia Solar – Importação e distribuição de produtos FV. Fronius do Brasil – Inversores fotovoltaicos e soluções de energia FV on-grid e off-grid, mobilidade elétrica e de integração FV-diesel. GB Seguros Brasil – Seguradora especializada em sistemas FV. GE Solar Inverter – Inversores para sistemas FV residenciais e de C&I e inversores híbridos. Gel Solar – Distribuição de produtos FV. Genyx Solar – Fabricação de geradores solares e distribuição de componentes para sistemas FV. Gimi – Skids solares sobre chassis ou com base de alvenaria, cabines de conexão á concessionária, quadros e painéis de BT e MT. Ginlong Solis – Inversores monofásicos e trifásicos e inversores para armazenamento de energia. Golden Distribuidora – Distribuição de geradores FV e equipamentos de sistemas solares. Goodwe Technologies – Inversores fotovoltaicos e soluções para armazenamento de energia. Greener Consultoria – Estudos e assessoria na estruturação de usinas FV, PPAs solares, etc. Growatt – Inversores FV, sistemas de armazenamento de energia e carregadores de VEs. Holu Tecnologia – Marketplace para projetos de energia solar para pessoas físicas e jurídicas. Ibrap – Estruturas e suportes de alumínio para sistemas FV de telhado, de solo e carport. Inox-Par – Fixadores para módulos FV. INVT – Inversores on-grid, off-grid e híbridos; carregadores de VEs. JNG – Inversores, módulos, kits solares, estruturas e produtos de conexão, seccionamento, proteção, comando para instalações fotovoltaicas. L8 Energy – Distribuição de produtos FV. Litro de Luz – Organização social para inclusão elétrica/de iluminação. Loja Elétrica – Módulos, inversores, conectores e luminárias solares. Média Tensão – Soluções de proteção para usinas FV a partir de 75 kW, de 15 a 36 kV. Mobimax – Importação e comercialização de geradores solares e ferramentas para instalação e monitoramento; veículos elétricos. Modular Estruturas – Estruturas de aço para usinas FV de solo e carports. Nativa – Importação e distribuição de módulos e inversores FV. New Charge – Soluções de armazenamento de energia elétrica. Opus Solar – Kits solares FV e revenda de componentes para sistemas fotovoltaicos. Pieta.tech – Projetos FV e Software para integradores e distribuidores. Renovigi – Kits solares, módulos, inversores, acessórios e estruturas de fixação. SAJ Electric – Inversores residenciais e comerciais, carregadores de armazenamento, coletores de dados e sistema de gerenciamento. Serrana Solar – Fabricação e distribuição de kits fotovoltaicos, bombas solares e carregadores de VEs. SMA – Inversores para micro/minigeração e geração centralizada, soluções de gestão de energia, armazen. de eletricidade e eletromobilidade. Solar Group – Estruturas e acessórios de fixação para sistemas FV de telhados e lajes. Solarity Energias Renováveis – Integradora de empreendimentos fotovoltaicos. Solax Power – Inversores residenciais e comerciais, sistemas armazenamento de energia, carregamento de VEs e baterias. Solfácil – Financiamento de projetos de energia solar fotovoltaica. Sou Energy – Distribuição e venda de geradores solares FV. SSM Solar – Estruturas e fixadores metálicos para sistemas FV de telhado, de solo e carports Sungrow – Inversores string e centrais, sistemas de armazenamento de energia, baterias, acessórios e monitoramento. Sunket New Energy Technology – Células e módulos fotovoltaicos e projeto de sistemas solares FV. Sunlight Energy – Módulos FV mono e policristalinos, até 510 Wp.

O Intersolar Summit Brasil Nordeste 2022 realiza-se no Centro de Eventos do Ceará, Salão Taíba e Mandaú - Pavilhão Oeste - Av. Washington Soares, 999 - Portão A, B e C – Fortaleza. O Summit será flanqueado por uma feira com 50 expositores do segmento solar fotovoltaico (veja adiante a lista de empresas já confirmadas). Além disso, realizam-se paralelamente outros dois eventos da Aranda, que apresentam forte sinergia com as fontes de energia renováveis: o 11º Congresso RTI Provedores de Internet, e o 13º Congresso RTI Data Centers. Saúde e segurança – A organização divulgou uma lista de medidas destina das a prevenir a transmissão de infec-

ções, incluindo controle de acesso com contagem em tempo real, credenciamento on line, obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, farta disponibilização de álcool sanitizante, rigoroso pa-

drão de limpeza dos ambientes, observância de distanciamento social, entre outras. Inscrições – https://www.euvou.net.br/ intersolarsummitbrasilnordeste2022/ home



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Empresas integradoras, de consultoria, projetos e instalações fotovoltaicas Da Redação de FotoVolt

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60 528 150 500 600 12.670 2.000 2.000 5 87.000 153,76

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13 7.800 120 30.000

Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

30 200

Usinas Capacidade instalada total (kWp)

100

GD on-grid Capacidade instalada total (kWp)

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Capacidade instalada total (kWp)

AC AC AM AM AM BA BA BA BA BA BA BA BA BA BA BA BA BA BA CE CE CE CE CE DF DF DF DF DF

Quantidade total

Nexus (68) 99987-0053 Precisão Energia (68) 99942-8821 BRX Solar (92) 99119-1900 Monteiro Engenharia (92) 99318-9355 Instaladora JJE (92) 99239-6785 3A-Enge (73) 99981-5408 Alvo Engenharia (75) 99831-2561 Compac (71) 99314-1166 Conceito Solar (71) 99957-9525 DBA Soluções (77) 99121-7934 Gal Solar (73) 99935-1526 Hiperdinâmica (71) 8344-6915 Investsol (71) 99975-0102 JunSol (77) 99833-4126 Luz do Sol (73) 99955-1964 Roof Solar (71) 98678-2103 Sollartec (71) 99160-1630 Telegel Solar (73) 3261-7663 Voltxs (71) 99940-0770 Arena Solar (88) 9960-6138 ProVolt (85) 99946-1514 Senoide (85) 99721-9490 Siliom Energia (85) 3110-1743 Solwatts (85) 99181-9658 Convert (61) 3702-2507 Energia21 (61) 3322-2122 Renova Engenharia (61) 99241-1632 Reny Sol (61) 98592-6673 Smartly (61) 98330-0012

UF

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Empresa/telefone

Projetos já executados GD off-grid

Quantidade total

Serviços oferecidos

Especialização

Com a energia solar em alta, impulsionada pelo marco legal da GD e o avanço dos grandes empreendimentos, cresce igualmente a oferta de serviços especializados na área. Aqui publicamos uma extensa lista de empresas que os oferecem, com seus meios de contato, agrupadas por Estado da Federação. Dado o grande número de companhias de São Paulo, neste caso elas ainda se subdividem em SP-G (Grande São Paulo) e SP-I (interior).

Quantidade total

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• • 1 52 • • • 501 10.002 • 2 3.600 • 350 5.000 • • • • • • • • • • • • 188 554 • • • • • • • • • • • • 1 144.000 • • • • 140 2.090 • • • • 1

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780.000

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962 4.586 100 18.535

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962 995 100 6.500 60

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280 2.000 4.224,2

140 20 22 20 10

1.630 800 230 120 7.500

2

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5 21

15.000 803

2

85.000

Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Capacidade instalada total (kWp)

MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG

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Quantidade total

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Usinas

Capacidade instalada total (kWp)

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GD on-grid

Quantidade total

Solartec (61) 99804-4682 Vario ECP (61) 99217-2436 Apolo (27) 99870-1234 Cabrele (27) 99941-9190 Goldner (27) 99885-0611 Grunner (27) 98157-0018 Technosolar (27) 98811-3996 Vitória Solar (27) 3061-7901 220K Energia Solar (64) 3495-4783 Enertec (62) 98480-3142 RV2 Tec (62) 9699-5463 TEC Engenharia (62) 98434-3638 Thru Solar (64) 99307-4555 Unisystem (62) 98170-5050 Voltax (62) 98200-0137 WA Energia (62) 99800-5080 Algiztech (31) 99186-0822 All Energy (31) 98857-5957 APM (34) 99133-9664 Aste (33) 99920-1890 Carto Solar (32) 98820-1958 CG Consultores (35) 99727-0779 DOC Solar (31) 99750-0260 Domo Up (31) 97146-0716 Eco Minas (31) 3500-3514 Eletroluz (38) 99974-8240 Eletromecan (31) 99222-2299

UF

Projetos já executados GD off-grid Capacidade instalada total (kWp)

Empresa/telefone

Serviços oferecidos

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Especialização

Quantidade total

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Elpha Engenharia (35) 99915-9091 Energizagro (31) 98841-2332 Enge-Pro Solar (32) 98867-0015 Ensolmec (31) 99840-8807 Expand (34) 3662-3499 Guina Solar (33) 99806-3101 Impacto (37) 98800-8729 Inowatts (31) 97559-5463 Lumen (31) 99105-6102 Lusol (34) 99842-4422 Minastec (33) 98408-2213 MM Solar (31) 98477-0625 MVM Solar (34) 99958-2150 NCS Engenharia (34) 99120-8327 Plasol (34) 3210-2204 Proccel (34) 3664-1721 Proconsult (31) 99269-8875 Pulsar Energia (35) 98810-5652

MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG MG

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Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Capacidade instalada total (kWp)

Usinas

Quantidade total

Capacidade instalada total (kWp)

GD on-grid

Quantidade total

Capacidade instalada total (kWp)

UF

Projetos já executados GD off-grid

Quantidade total

Empresa/telefone

Serviços oferecidos

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Especialização

• • • 30 100 • 13 34 435 8.350 • 20 200 150 1.200.000 170 1.200.000 • 398 3.184 398 3.184 • 35 300 35 300 • 3 30 • 1 4 120 1.000 • 1 1,56 60 1,2 61 1.201,56 • 3 12.000 12 55 • 1 300 20 40 7 27.000,00 • 44 138,3 44 138,3 • 164 2.296 164 2.296 • 114 2.350 • 3 2

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RTö Energia (31) 97302-5367 São José Engenharia (32) 99142-4137 Solar Fonte (34) 3336-2200 Solar System (31) 98423-6809 SolarOne (35) 99849-5397 Solmoc (38) 99841-3440 Sool (37) 99155-7887 TGI Serviços (31) 98809-5739 VertiSolar (34) 99638-4451 Elétron (67) 99912-8440 A&F Solar (67) 99631-6452 Nexsolar (67) 99689-3277 Transforme Soluções (67) 99884-6288 2T Energia Solar (66) 99984-3819 Aurora (65) 99981-3974 C Soluções Elétricas (65) 99625-8380 Eletro (65) 3637-8000 Enerzee (65) 3634-7877 Free Energy (65) 99607-7821 SolarElektron (66) 99640-7000 Park Engenharia (93) 99160-0177 Eletroserv (83) 98725-3494 Energizar (83) 99802-0833 Tech Soluções (83) 99846-5528 Penafort Solar (81) 99594-3343 Green Power (81) 98228-0606 Sollaris (81) 99469-0004 Sonar (81) 99339-4166 Eco Watts (81) 99913-2438 Evoluz (81) 97117-7764 Insole (81) 4042-9626 Sun Tecnologia (81) 99905-9903 Sunlight (81) 4141-4717 3D6 Engenharia (44) 99984-9819 Aimant (41) 99575-0013 Araucom (41) 98768-6938 Colesel (42) 99119-0081 Egnex (41) 99957-3331 Eletiza (43) 3327-7700 Empório Solar (45) 98836-1669 Entec Solar (41) 99949-0274 Evolt (43) 99137-0617 Fotovoltec (43) 99976-0654 Goldsol (44) 99950-3980 Instalo Solar (41) 99973-7049 Lux Energy (41) 98823-7624 Master Solar (45) 99829-1323 Meridian (41) 99912-8299

MG MG MG MG MG MG MG MG MG MS MS MS MS MT MT MT MT MT MT MT PA PB PB PB PE PE PE PE PE PE PE PE PE PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR PR

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5 30 15 3 62

50 2.000 1.016 8.818 52 525 137 930 280 2.560 315 2.500 20,1 2 8,2 132 1.270 200 1.500 180 1.440 100 3.268 16.000

2

9

• •

204 6.000

5.500

40 200

200 900

• 3

• •

Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Áreas de atuação (GD)

• • • 54 540 • • • • 67 • • • • 60 10 2.000 • • 150 1.800 150 1.800 • 68 195 34 485 34 485 • 32 17,28 31 355,88 • 10 300 2 30 1 5.000 • 10 56 600 52.000 600 52.000 • 20 80 300 2.000.000 300 2.000.000 • 2 2 70 1.000 • 5 36 96 2.950 • 100 3.000 2 46.000 • 50 1.000 50 1.000 • 1 110 800 • • 109 75 180 720 2 150 • 8 14 105 510 • 100 1.500 100 1.500 • 2 17 2 2 6

• •

Capacidade instalada total (kWp)

Usinas

Quantidade total

GD on-grid Capacidade instalada total (kWp)

Capacidade instalada total (kWp)

UF

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Empresa/telefone

Projetos já executados GD off-grid

Quantidade total

Serviços oferecidos

Especialização

Quantidade total

50

3

20

5

43 15 20 238 1.000 280 1.230 3.000 56

500 250 1.100 5.000 400 8 5.550

400

• • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

5 15

12 200

320 2.120 4.000 15.000 54 1.000 356 6.262 6 30

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • •

326.000

• 100 • • • • • 2 140 • • 4 1.550 • 1.000 5.000 • • • 16 200.000 •

• • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

• •

• • • • • • • • • • • • •

• • • • •

• • • • •

• •

• •

• • • • • • • • • • • •

250 35.000.000

• • • •

• • • • • • • • • • • •

• •

4

45.000

356

6.262

• • • • •

• •

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FotoVolt - Março - 2022

PR PR PR PR PR PR PR RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RJ RN RN RN RN RN RN RN RN RO RO RO RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS RS

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• • • • • • • • • • • • •

1

1

14 1 2

20 3 8

3

8

10 11

50 136

• • • • • • • • • • • • •

2

6

136 3

928 15

10 10

30 200

5 73 200 327 540 3 63 10 66 31 188 300 100 117 3 5 66 20 162 620

5,8 350 72.100 2.000 16 750 50 2,2 220 1,6 3.531 5.000 30.000 35 3.292 2.818 80 10.044 12

43 23 28 223

395,17 306 48 5.657

74 300 202 39 154 600 84 702 200

9

8

• • •

310 79 8

6

13,05

502

1.109 5.000 2.400 315 4.620 12.000 420 4.246 1.200 34.000 3.200 711 45,47 3 5.012

• • •

5 5 2

5 50 4

70 250 506

500 2.500 6.340

• •

1

2

2

2

• • 12.000

5

5.800

1

1.000

2

7.000

1

75

20 1

2.000 142

Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

35 529

Capacidade instalada total (kWp)

7 148

Usinas

Quantidade total

Capacidade instalada total (kWp)

GD on-grid Capacidade instalada total (kWp)

Mross (43) 98414-0894 Onishi (44) 99882-8533 Pontech (43) 99150-9875 SE Engenharia (44) 99127-3355 Técnica Solar (41) 99131-0202 Type (43) 99984-9262 Volt (46) 99938-5081 AMT Energia (21) 98151-3216 Carvalho Luz (21) 99410-9297 Eficaz (22) 99888-0440 EGF Solar (21) 98033-9020 GH Solar (21) 99999-7322 Iorisolar (24) 99225-9605 Latitude 22 (21) 99616-5532 Rcatec (21) 4119-0262 Samafre (22) 99844-8240 Ser Solar (22) 98854-4063 SM-Integração (21) 98186-6584 Solar Commit (21) 98861-3999 Solarthron (21) 98218-1525 Voltalia (21) 2221-7190 Constep (84) 99649-6900 Enerbras (84) 98801-4288 Fonetele (84) 99414-8907 Onshore (84) 98883-8467 Proeco (84) 9983-0284 ProSolar (84) 8726-3702 Sunnergy (84) 98868-8020 WM Construções (84) 99401-4947 Eletrowatt (69) 99903-2212 Jags (69) 98111-1493 MY House (69) 98401-1016 Altec (54) 99137-9720 Atílio Sobrinho (51) 98418-0672 Automasul (54) 3316-2600 Conectar Energia (54) 99961-9083 Crizel (53) 99154-8130 DC Energy (54) 99257-1717 Eletrons (51) 99981-8725 Energens (55) 3314-0038 Energia Direta (51) 3015-8080 Energia Natura (54) 98431-1610 Energytec (54) 9654-4569 Eners (54) 99670-5715 ENGM Energia (51) 3560-1504 Exatel (51) 98557-0204 JJ Engenharia (51) 99685-6449 JL Energia (54) 99290-1001

UF

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Empresa/telefone

Projetos já executados GD off-grid

Quantidade total

Serviços oferecidos

Especialização

Quantidade total

52

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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• • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • •

395,17

164

976

3 1

7.000 12

• • •

600

300

2

12.000

3

1.020

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• •

• • • • • •

50 1.000.000 2 336 • • • • 2 11 • • • • • • • 43

• • • • • • • • • • • • • • •

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• • • • • • • • • • • • • • • •

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FotoVolt - Março - 2022

Kaptasol (51) 98124-0482 Multienergia (51) 98905-4428 PL Sul (54) 99670-8162 Porto Energia (51) 99890-3063 Solar Serra (54) 99977-5550 Solarplac (51) 9848-9912 Sonnen (55) 99197-4070 TC Watt (53) 99978-1942 Vertec (51) 3191-1325 Candeo (47) 98838-5418 Ciles Engenharia (49) 99911-0302 Domus Solar (47) 99292-2329 EFM (48) 99136-7142 Energy Shop (48) 99104-3638 FC Solar (48) 99122-1002 Gold Energy (48) 3207-5001 Instalmann Solar (47) 3525-4529 Lenergy (48) 99953-8683

RS RS RS RS RS RS RS RS RS SC SC SC SC SC SC SC SC SC

• • • • •

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• • • • • • • • • • • • • • • • •

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• •

5

2 3 5 2

6 200 12 55 4

12

8 10 30 3

30 120 127 10

98 260 110 9 500 14 500 8 64 20 90 800 160 10 48 400 300

1.790 1.930 1.200 50 14.786 96 15.000 150 416 100 1.600 12.000 1.604 650 1.200 2.000

110

1.200

500

14.786

2

2.000

60

770

Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Capacidade instalada total (kWp)

Usinas

Quantidade total

GD on-grid Capacidade instalada total (kWp)

Capacidade instalada total (kWp)

Quantidade total

UF

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Empresa/telefone

Projetos já executados GD off-grid

Quantidade total

Serviços oferecidos

Especialização

53

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • •

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FotoVolt - Março - 2022

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10

21

1 20

2,1 100

5 9

20 29

1 1 8 5

150 5,5 38

25 5 2

1.210 10 35

3

5,94

4

36

• • • • • • • • • • • • • •

30 250 32 248 10 7.000 5 250 2.000 80 3.495,31 12 260 12 900 8.000 900 120 1.300 150 1.000 87 6.947 107 1.260,83 40 300 5 60 6 43,4 150 800 63 159.848 180 1.200 13 97 10 1.000 34 2.000 6 139,3 1 62 1.800 1 8 250 9.000 89 9.129 3 2 45 2 70 850 1 12 850 1 7 41,06 10 100 18 100 85 650 6 80

10 35 9 12 40 10

100 6 14

112 10

28 514 14 51 46 40

170 190 117 75 2.124 100 20.000 177 13,5 10 1.227 574 500

6.500

260 8.000

147,9 8.740

4.233 2.000 132 2.000

1

5.000

3 14

7,2 10

Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Capacidade instalada total (kWp)

20

Usinas

Quantidade total

10

GD on-grid Capacidade instalada total (kWp)

Capacidade instalada total (kWp)

Metaltec (48) 99860-9870 MMC Solar (48) 99600-6216 Nord (49) 99969-0774 Nova Automação (47) 99175-2017 P3 Sustentabilidade (47) 99628-0123 Pix Energy (47) 99180-4166 Quality Solar (49) 3623-0159 Vivolt (49) 99963-4873 WB Energia (48) 99605-8568 Azul Energia (79) 99947-4601 Campos Eng. Elétrica (79) 99680-6053 GF Serviços (79) 98117-0750 Aeon (11) 99843-0827 Agave (19) 99858-6029 Araci (11) 99775-4778 AVL Technology (11) 97514-5352 Aztec (11) 93618-1930 Dexxtra Solar (11) 2063-7428 DMG Solar (11) 99706-6678 Ecohome (11) 95577-1376 ELB Eco (11) 95830-1370 Eric Frade (11) 99378-0117 Faw7 (11) 96652-0403 FEJ Engenharia (11) 97213-3003 Fotossíntese (11) 99700-0567 Galmon (11) 99995-7920 Hewatt Solar (11) 97442-7972 Ifell (11) 96626-0010 Igcon (11) 92002-5934 Imagengineer (11) 97610-7779 Império Solar (11) 99300-8447 Implasolar (11) 97503-2048 Infra Engenharia (11) 94028-6311 JES (11) 96418-1298 KMF Energia (11) 94700-1925 Koneksol (11) 97768-7900 Livtec (11) 99898-9255 LJ Solar (11) 98850-8428 Marsollar (11) 99595-5008 Mega W (11) 3836-0542 Minha Solar (11) 3964-3660 Renlight (11) 98864-4228 Rondisol (11) 97192-0512 SFX Engenharia (11) 97207-3344 SGQEX Consultoria (11) 96221-6957 Sigma Inovar (11) 2219-0576 Sol & Energia (11) 96966-3335 Solar Denki (11) 99832-6600

UF

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Empresa/telefone

Projetos já executados GD off-grid

Quantidade total

Serviços oferecidos

Especialização

Quantidade total

54

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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FotoVolt - Março - 2022

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Capacidade instalada total (kWp)

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Quantidade total

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Capacidade instalada total (kWp)

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12 2

40 10

142

1.518

142

1.518

• • 30

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150

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2 35

2,76 50

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1 4 3 4 15 10 4 2

200

50.000

44 50 22

890 2.000 210

30

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Usinas

Quantidade total

SP-G • • SP-G • • SP-G • • SP-G • • SP-G • • • • SP-G • • SP-G • • • • SP-G • • • SP-I • • • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • SP-I • • • SP-I • • SP-I • SP-I • • SP-I • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • • • SP-I • • • SP-I • • SP-I • • • SP-I • SP-I • • SP-I • • •

GD on-grid

Capacidade instalada total (kWp)

Solardesign (11) 94823-9090 Solare (11) 99988-8213 THZ Engenharia (11) 93015-3784 TTS Energia (11) 98490-6051 UPS Service (11) 99971-3743 Vegasolar (11) 3675-5234 Volt Max (11) 2597-9538 Voltaic (11) 97355-1753 A4 Energy (12) 98844-3902 Albratz (17) 4040-4415 Alfa Hp (16) 3508-6898 Argos (17) 98179-8533 Captaluz (12) 98156-5040 Coelte (12) 98203-1213 Delta (16) 99735-1095 DHG (16) 99129-9743 Encoeng (18) 99754-5567 Energia Verde (17) 99734-2125 Engeprev (19) 99126-2269 Fonte Nova (12) 98100-2091 GLD Energia (19) 3801-3288 GMO Energia (19) 99127-7280 i9 Solar (19) 98333-1919 Ideal Solar (19) 99767-1849 Ideia Soluções (14) 99670-9767 Instaladora Solar (13) 99138-7801 JF Energia (12) 99664-3100 Junqueira Reis (16) 99629-6596 Lelo (19) 99275-2726 MA Coneglian (14) 99772-7277 Meu Gerador Solar (14) 3245-1200 Nacional Sistema (16) 99130-7037 Nadai Instalações (19) 99255-0304 Pirasolar (19) 99918-2244 Refriar Solar (15) 99745-1668 Solare (17) 3245-1981 Solaris (19) 99301 2734 Solaritima (15) 98141-0298 Solstício (19) 99909-8435 Tauri (19) 98235-0928 Telel (19) 99784-8838 THW solar (16) 98165-7571 Tulipa Solar (19) 3802-1959 Zênite (16) 3505-3993 EPE Engenharia (63) 99976-6865 Minera (63) 98457-9353 Suisun (63) 3323-6238

UF

Sistemas de GD off-grid Sistemas de GD on-grid Usinas solares fotovoltaicas (> 5 MW) Consultoria, estudos de viabilidade Projetos básico/executivo Integrador (projeto, suprimentos e construção) Assistência técnica pós-venda Análise de sombreamento Registro junto à concessionária Assessoria na obtenção de financiamento junto a bancos de fomento/bancos comerciais

Empresa/telefone

Projetos já executados GD off-grid

1 8 5 30 150 20 18 20

232 90 32 50 61 8 3 47

1

2

5 40

320,4

3.616 960 323,06 1.000 500 54 15 395

180 2.600 39 188.000 3 50 170 1.200 15 562 246 3.048 58 1,3

6

450 158

15.000 1.750

1.500

1 1 119 94 105

370 1,2 523 2.030 1.750

6

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

48.000

1

90 2.000 90 1.600 20 500 40 550 25 860 30 300 30 950 2 2 26 305 5 54 1.556 9.000 6 29 4 6 50 1.000 8.000 1.006 30 316,29 484 33.445,1 123 1.800 123 4 85 35 300 6 40 308 11.129,15 250 2.500 250

Áreas de atuação (GD) Residências Condomínios Comércio Shopping centers Clubes e estádios esportivos Hotéis e similares Indústrias Iluminação pública Telecomunicações Naval (barcos, iates, navios, plataformas) Propriedades rurais Bombeamento Outros

Serviços oferecidos

Especialização

Quantidade total

56

101 8.050 1.800

2.500 9.000

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Guia

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FotoVolt - Março - 2022 Endereços eletrônicos das empresas participantes

AC Nexus Precisão Energia

nexusdptecnico@gmail.com precisaoeletricidade@hotmail.com

AM BRX Solar comercial@brxsolar.com Monteiro Engenharia engenharia@monteiroeng.com Instaladora JJE vistec@ijje.com.br BA andersson@3aenge.com.br 3A-Enge Alvo Engenharia alvoengenhariaoficial@gmail.com Compac wcl2013@hotmail.com Conceito Solar info@conceitosolar.com.br DBA Soluções comercial@dbaengenharia.com.br Gal Solar jayme.andrade@hotmail.com Hiperdinâmica contato@hiperdinamica.com.br Investsol faleconosco@grupoinvestsol.com.br JunSol junsol.solar@outlook.com Luz do Sol luzdosolenergia@gmail.com Roof Solar roofsolar@hotmail.com Sollartec contato@sollartec.com.br Telegel Solar contato@telegel.com.br Voltxs comercial@voltxs.com.br CE Arena Solar comercial.arenasolar@gmail.com ProVolt provolt.ce@gmail.com Senoide senoideprojetos@gmail.com Siliom Energia contato@siliomenergia.com.br Solwatts Contato@solwatts.com.br DF Convert consultoria@convert.eng.br Energia21 contato@energia21.com.br Renova Engenharia contato@renovaeng.com.br Reny Sol contato@renysol.com.br Smartly contato@smartly.com.br Solartec contato@solarteclza.com.br Vario ECP fabio@vario.com.br ES comercial@apolosolar.com.br Apolo Cabrele cabrele@cabrelesolar.com.br Goldner fabiojulio@goldnersolar.com.br Grunner contato@grunner.com.br Technosolar energia@technosolar.com.br Vitória Solar carlos@vitoriasolar.com.br GO 220K Energia Solar comercial@220k.com.br Enertec pitagorasgeorge@hotmail.com RV2 Tec contato@rv2tec.com.br TEC Engenharia engenheirodim@gmail.com Thru Solar contato@thrusolar.com Unisystem marcilonsa@hotmail.com Voltax comercial@voltaxengenharia.com.br WA Energia contato@wasolar.com.br MG Algiztech solar@algiztech.com.br All Energy contato@allenergybrasil.com.br APM adnael.moura@gmail.com Aste altamir.aste@yahoo.com Carto Solar contato@cartosolar.com.br CG Consultores atendimento@cgconsultores.eng.br DOC Solar comercial@docsolar.com.br Domo Up engenharia@domoup.com Eco Minas comercial@ecominasenergia.com.br Eletroluz luizbritoeletroluz@gmail.com Eletromecan vendas@eletromecan.com.br Elpha Engenharia elphaengenharia@gmail.com Energizagro engenharia@energizagro.com.br Enge-Pro Solar enge-pro@enge-pro.com Ensolmec comercial@ensolmec.com.br Expand comercial@expandenergia.com Guina Solar guinasolar@yahoo.com Impacto brunoimpactoengenharia@gmail.com Inowatts contato@inowatts.com.br Lumen gladyston.moraes@lumenergia.com.br Lusol energiaeprojeto@gmail.com Minastec rodrigo.oliveira@minasteconline.com.br MM Solar comercial@mmnet.com.br

MVM Solar mvmsolarconsultoria@gmail.com NCS Engenharia ncs@ncsengenharia.com Plasol contato@plasol.com.br Proccel projeto01@proccel.com.br Proconsult comercial@proconsultconsultoria.com.br Pulsar Energia pulsarsolarbrasil@gmail.com RTö Energia contato@rtoenergia.com.br São José Engenharia bruno@saojoseeng.com.br Solar Fonte contato@solarfonte.com.br Solar System contato@solarsystembh.com.br SolarOne contato@solar1energia.com.br Solmoc atendimento@solmoc.com.br Sool vendas@soolenergia.com.br TGI Serviços leandrotg@tgieletrica.com.br VertiSolar atendimento@vertisolar.com.br MS engenharia@eletronsolar.com.br Elétron A&F Solar contato@aefsolar.com.br Nexsolar comercial@nexsolar.com.br Transforme Soluções contato@transformeenergia.com MT 2T Energia Solar custodio.safe.roo@gmail.com Aurora emersonecoenergiasrenovaveis@outlook.com C Soluções Elétricas carballo.silva@hotmail.com Eletro etartari@terra.com.br Enerzee contato@enerzee.com.br Free Energy atendimento@freeenergy.eco.br SolarElektron contato@solarelektron.com.br PA Park Engenharia park.eng.energia@gmail.com Eletroserv thiago@eletroserv.eng.br Energizar energizar.projetos@gmail.com Tech Soluções contato@techsolucoes.com.br PE Penafort Solar zezinhocaruaru69@gmail.com Green Power contato@greenpowersolar.com.br Sollaris sollarisenergy@gmail.com Sonar sonarprevenda@gmail.com Eco Watts ronaldo@ecowattsenergia.com.br Evoluz comercial@evoluz.eco.br Insole Insole@insole.com.br Sun Tecnologia w.ferreira@stenergia.com.br Sunlight contato@energiasunlight.com.br PR 3D6 Engenharia contato@3d6engenharia.com Aimant sinaraploszai@aimant.com.br Araucom comercial@araucom.com.br Colesel contato@coleselengenharia.com Egnex orcamento@egnex.com Eletiza contato@eletiza.com.br Empório Solar emporiosolar@outlook.com Entec Solar comercial1pr@entecsolar.com.br Evolt comercial@evolteng.com.br Fotovoltec contato@fotovoltec.com.br Goldsol comercial@goldsol.com.br Instalo Solar engenharia@instalo.com.br Lux Energy mbarcik@celusat.com.br Master Solar atendimento@mastersolar.com.br Meridian atendimento@meridiansolar.com.br Mross mross.mr23@gmail.com Onishi get.ionishi@gmail.com Pontech contato@pontech.com.br SE Engenharia obras@seengenhariaeletrica.com.br Técnica Solar tecnicasolarcontato@gmail.com Type contato@typeengenharia.com.br Volt contato@volteng.com.br RJ AMT Energia contato@energiasolar.com.br Carvalho Luz contato@carvalholuzenergiasolar.com.br Eficaz eficazsolar@gmail.com EGF Solar egfpainelsolar@gmail.com GH Solar ghsolar@ghsolarpv.com Iorisolar jorge.marques@iorisolar.eco.br Latitude 22 latitude22lgl@gmail.com Rcatec comercial@rcatecengenharia.com.br Samafre salomao.samafre@gmail.com

Ser Solar SM-Integração Solar Commit Solarthron Voltalia

ELB Eco contato@elb.eco.br Eric Frade engenharia@ericfrade.eng.br Faw7 faw7@faw7.com.br FEJ Engenharia contato@fejengenharia.com.br Fotossíntese contato@fotossintese.solar Galmon galmon@uol.com.br RN hewatt.s.e@hewattsolar.com.br constep@hotmail.com Hewatt Solar Constep contato@ifell.com.br Enerbras geral@enerbras-energia.com.br Ifell engenharia@igcon.com.br Fonetele marcos.camelo@fonetele.com.br Igcon elieser.souza@isolarsolutions.com.br Onshore onshoremanutencoes@hotmail.com Imagengineer comercial@imperiosolar.com.br Proeco proecoengenharia@yahoo.com.br Império Solar contato@implasolar.com.br Prosolar j.mendesa@hotmail.com Implasolar infra@infraengenharia.com.br Sunnergy sunnergy@sunnergy.com.br Infra Engenharia jardelleal.jes@outlook.com.br WM Construções wp@wmconstrucoesemontagens.com.br JES KMF Energia adilson.crea@gmail.com RO koneksolenergia@gmail.com Eletrowatt eletrowattsolar@gmail.com Koneksol paula.livtec@gmail.com Jags jagsenergia@gmail.com Livtec linojose@ljsolar.com.br MY House iasengenharia@outlook.com.br LJ Solar Marsollar comercial@marsollar.com.br RS contato@megaw.com.br Altec ale.tec.eletrica@gmail.com Mega W minhasolar@minhasolar.com.br Atílio Sobrinho comercial@afainstalacoes.com.br Minha Solar comercial@renlight.com.br Automasul automasul@automasul.com Renlight contato@rondisol.com.br Conectar Energia contato@conectarenergiasolar.com.br Rondisol gustavo@sfxengenharia.com.br Crizel contato@crizelenergiasolar.com.br SFX Engenharia contato@sgqex.com.br DC Energy dcenergyrs@gmail.com SGQEX Consultoria contato@sigmainovar.com.br Eletrons eletrons@eletronsrs.com.br Sigma Inovar frankney@soleenergias.com.brr Energens contato@energens.com.br Sol & Energia contato@solardenki.com.br Energia Direta jose@energiadireta.com.br Solar Denki contato@solardesign.com.br Energia Natura contato@energianatural.srv.br Solardesign Solare contato@energiasolare.com.br Energytec energytec@redebrasilsolar.com.br THZ Engenharia thomaz@thzengenharia.com.br Eners vendas1@eners.com.br TTS Energia comercial@ttsenergia.com.br ENGM Energia atendimento@engm.com.br UPS Service atendimento@upsservice.com.br Exatel solar@exatel.com.br Vegasolar contato@vegasolar.com.br JJ Engenharia comercial@jj.eng.br comercial@voltmaxengenharia.com.br Volt Max JL Energia jpressi@jlenergia.eng.br Voltaic comercial@voltaicsolar.com.br Kaptasol kaptasol@kaptasol.com.br SP-I Multienergia multienergiasolar@gmail.com A4 Energy aenergia4@gmail.com PL Sul plsul@plsul.com.br Albratz contato@albratz.com.br Porto Energia comercial@portoenergia.com.br Alfa Hp contato@alfahp.com.br Solar Serra contato@solarserra.com.br Argos iunes.marcelo@terra.com.br Solarplac contato@solarplac.com.br Captaluz contato@captaluz.com.br Sonnen contato@sonnen.com.br Coelte solar@coelte.com.br TC Watt claudiotcwatt@gmail.com Delta deltaenergiasolar@gmail.com Vertec contato@vertecenergia.com DHG contato@dhg.tec.br SC Encoeng encoeng@bol.com.br Candeo eng.maycon@hotmail.com Energia Verde sac.energiaverde@gmail.com Ciles Engenharia ayalon@ciles.eng.br Engeprev engeprev.projetos@gmail.com Domus Solar contato@domussolar.com.br Fonte Nova comercial@fontenovaenergia.com EFM contato@efmblueenergy.com.br GLD Energia geraldo.dias@gldenergia.com.br Energy Shop vendas@energyshop.com.br GMO Energia gmoenergia@gmail.com FC Solar contato@fcsolar.eco.br i9 Solar contato@i9solar.com Gold Energy contato@goldenergy.com.br Ideal Solar idealcomercioeservicos@gmail.com Instalmann Solar eduardo@instalmannsolar.com.br Ideia Soluções contato@ideiasoltec.com.br Lenergy contato@lenergy.com.br Instaladora Solar mkt@instaladorasolar.com.br Metaltec contato@metaltec.eng.br JF Energia contato@jfenergiasolar.com MMC Solar mmc.energiasolar@gmail.com Junqueira Reis contato@junqueirareis.eng.br Nord anibal@nordc.eng.br Lelo contato@vazeng.com Nova Automação gibran@novaautomacao.ind.br MA Coneglian miguel@maconeglian.com.br P3 Sustentabilidade comercial@p3sustentabilidade.com Meu Gerador Solar contato@meugeradorsolar.com.br Pix Energy contato@pixenergy.com.br Nacional Sistema antonio.neto@aglnservice.com.br Quality Solar comercial@qualitysolar.com.br Nadai Instalações adilson@nadaiinstalacoes.com.br Vivolt vivolt@vivolt.com.br Pirasolar contato@pirasolar.com.br WB Energia contato@wbenergiasolar.com.br Refriar Solar refriarsolar@hotmail.com SE Solare vendasonline@solareme.com.br Azul Energia suporte@vinaton.com.br Solaris solaris@solarisrenovavel.com.br Campos Eng. Elétrica camposengeletrica@gmail.com Solaritima contato@solaritima.com.br GF Serviços gfservicos@infonet.com.br Solstício comercial@solsticioenergia.com SP-G Tauri aenergiasolar@gmail.com pedrodombr@aeonenergia.com.br Telel Aeon telel@dape.net Agave tiago_dias86@hotmail.com THW solar thwsolar@gmail.com Araci contato@aracisolar.com.br Tulipa Solar contato@tulipasolar.com AVL Technology vendas@avltech.eng.br Zênite vendas@zenitenergia.com.br Aztec contato@aztecenergia.com.br TO Dexxtra Solar contato@dexxtrasolar.com.br EPE Engenharia engenharia.epe@gmail.com DMG Solar danilo.guilherme@dmgsolar.com.br Minera atendimento@mineraengenhariato.com.br Ecohome jackson@ecohome.com.br Suisun suisun@suisun.com.br sersolarfotovoltaica@gmail.com carsolprojetos@gmail.com contato@solarcommit.com.br contato@solarthron.com.br voltalialatam@voltalia.com

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 3.044 empresas pesquisadas. Fonte: Revista FotoVolt, março de 2022. Este e muitos outros guias da FV estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



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Conceitos inovadores de autoconsumo e agregação para prossumidores Grupo de trabalho do projeto PV-Prosumers4Grid (*)

C

om o aumento contínuo dos sistemas fotovoltaicos (FV), os consumidores de eletricidade estão se tornando também produtores de eletricidade, ou prossumidores. Enquanto os primeiros sistemas fotovoltaicos eram considerados apenas um meio de reduzir a demanda de eletricidade, hoje, com atual tamanho das instalações, as contas de energia elétrica dos proprietários de sistemas fotovoltaicos podem tornar-se negativas. A alta penetração de sistemas fotovoltaicos que injetam eletricidade no sistema de distribuição de baixa tensão (feed-in) pode levar a problemas de congestionamento local das linhas e transformadores. A gestão inteligente da energia fotovoltaica torna-se então necessária, e ao mesmo tempo a legislação permite que qualquer pessoa invista em um sistema fotovoltaico. Nas regiões e países que foram os primeiros a

ter grande penetração fotovoltaica, a legislação está mudando e os operadores das redes estão solicitando esse

Visando ampliar o papel dos consumidores que geram eletricidade fotovoltaica (os prossumidores), a Comissão Europeia criou o projeto PV-Prosumers4Grid, para investigar modelos de negócios e conceitos de autoconsumo e agregação, que aqui são descritos juntamente com a análise do efeito do “prossumo” nos custos de eletricidade e nas emissões de gases estufa, as implicações para a rede elétrica e recomendações de políticas.

controle, argumentando que são responsáveis pelo funcionamento da rede e pela segurança do fornecimento de

(*) Wilfried van Sark & Wouter Schram (Utrecht University, Copernicus Institute, Países Baixos); Johannes Radl, Andreas Fleischhacker & Georg Lettner (Technische Universität Wien, Energy Economics Group); Atse Louwen (Utrecht University, Copernicus Institute & Eurac Research, Institute for Renewable Energy); Luz Alicia Aguilar & Maria Roos (Bundesverband Solarwirtschaft - BSW); Christian Grundner & Moira Jimeno (eclareon GmbH ); Dirk Hendricks, Johannes Vollmer & Pierre Bancourt (European Renewable Energies Federation - EREF); Riccardo Battisti (Ambiente Italia); Karl Moosdorf (Associação Portuguesa de Empresas do Setor Fotovoltaico - APESF); Hanna Kuittinen & Eduardo Roman (Fundacion Tecnalia Research & Innovation); António Joyce (Laboratório Nacional de Energia e Geologia); Gaëtan Masson & Gregory Neubourg (Becquerel Institute); Jose Donoso & Paula Santos (Unión Española Fotovoltaica - UNEF); Christoph Winter, Nicole Diewald & Ulrich Winter (Fronius International GmbH).

PVP4Grid

PV-Prosumers4Grid

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PV-Prosumers4Grid

FotoVolt - Março - 2022

Grupo 3

Grupo 2

Grupo 1

eletricidade. No entanto, devido ao seu enorme potencial, PFV a energia fotovoltaica é consiPFV PFV PFV PFV PFV derada um fator chave para a PFV C PFV C Geração PFV transformação do sistema elé(individual) PFV PFV PFV PFV PFV trico, do modelo unidirecional PFV PFV PFV PFV PFV tradicional para uma nova PFV a) C a) C C C C rede bidirecional e inteligenPFV C te, permitindo que se atinja fornecimento total de energia b) b) renovável até 2050. PFV PFV PFV PFV PFV O pacote legislativo da PFV PFV PFV PFV PFV Rede pública Ponto de medição público Comissão Europeia “Energia PFV PFV PFV PFV PFV Rede privada PFV PFV Limpa para todos os EuroPFV PFV PFV Ponto de medição privado PFV PFV PFV peus” [1], de 2016 , foi seguido PFV PFV PFV = Prossumidor de FV PFV C = Consumidor por uma política de “Green Geração PFV PFV PFV (individual) Deal” com reduções ainda maiores de emissões de gases Fig. 1 – Visualização esquemática detalhada de diferentes modalidades de prossumidores fotovoltaicos, com base nas fronteiras entre de efeito estufa, de 55% em sistemas – grupo 1: uso direto individual; grupo 2: uso coletivo local; grupo 3: modelo de energia distrital (observe que para os grupos 2 e 3 a rede pode ser pública ou privada [7]) 2030 até alcançar a emissão zero no continente até 2050 [2]. A energia FV será uma tecnologia mos de política e regulação de energia, gundo uma abordagem clara, baseada chave nesse aspecto, permitindo que esquemas de apoio, financiamento das nos mercados atuais e potenciais para muitos países mudem para esquemas redes, tributação e relações jurídicas esses agentes. de autoconsumo, incluindo transações entre as partes envolvidas. Isto requer Este artigo resume o trabalho repeer-to-peer da energia produzida com soluções inovadoras aliadas a adequaalizado no âmbito do projeto, após base em, por exemplo, tecnologia block resultados preliminares relatados dos modelos de negócios e de gestão chain [3], aumentando assim o autoanteriormente [6]. Aqui detalhamos de energia. consumo e a autossuficiência. EsperaO objetivo do programa Ação simulações que otimizam, ou melhor, se que os consumidores participem de Coordenação e Apoio PV-Prominimizam custos e determinam o ativamente do mercado de eletricidade potencial de redução de emissões de sumers4Grid [5] foi desenvolver e com o auxílio de desenvolvimentos gases de efeito estufa (GEE). implementar conceitos inovadores de autoconsumo e de agregação, e modetecnológicos, como sistemas de armalos de negócios para prossumidores zenamento (elétrico/térmico), mediConceitos de prossumidor fotovoltaicos, que ajudarão a integrar dores inteligentes e ferramentas de eletricidade FV, sustentável e comperesposta da demanda (demand response) Três conceitos distintos de prossue de gerenciamento do lado da demantitiva, ao sistema elétrico. O projeto midor foram identificados: uso direto da (demand side management - DSM). individual, uso coletivo local, e moPV-Prosumers4Grid, portanto, teve Além disso, o aumento do contingente delo de energia distrital [7], os quais como objetivos: 1) identificar esquede prossumidores pode até criar um estão representados esquematicamente mas regulatórios de melhores práticas novo segmento de mercado de eletrina figura 1. Os grupos foram identifie oportunidades de negócios para cidade “atrás do medidor”, para lidar cados da seguinte forma: prossumidores e operadores de redes, com quantidades de energia que não especialmente os operadores de siste1. Uso direto individual (atrás do mesão contabilizadas nos modelos de didor): um consumidor usa diretamenmas de distribuição (OSDs), 2) apoiar a mercado padrão. Modelos de negóte a eletricidade fotovoltaica gerada implantação de sistemas fotovoltaicos localmente. A rede pública é utilizada cios avançados são necessários para e sua combinação com outros sistemas, promover conceitos de autoconsumo e apenas para o consumo residual e como de armazenamento de energia, agregação, incluindo novos entes agreeventual injeção de excedente (feed-in). medidores inteligentes e mobilidade O autoconsumo pode ser aumentado gadores [4], que melhorarão o desenho elétrica, com foco nas interações físicas com a implementação de sistemas de técnico dos sistemas elétricos. O sucese financeiras via rede, e 3) fornecer armazenamento, bombas de calor, boiso desses desenvolvimentos depende aos prossumidores fotovoltaicos (das fortemente de estruturas de regulação classes residencial e comercial) eletrilers, gerenciamento do lado da demane administrativas atualizados em terda, mobilidade elétrica, etc. cidade competitiva e sustentável se-



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PV-Prosumers4Grid

2. Uso coletivo local, por exemplo, em um edifício (de apartamentos): aqui distingue-se ainda entre redes privadas e redes públicas: a) Rede privada – vários consumidores partilham a eletricidade fotovoltaica gerada por meio de uma rede privada dentro do edifício, a qual é ligada à rede pública através de um ponto de conexão (ver figura 1, grupo 2, b). A rede pública é utilizada apenas para o consumo residual e eventual injeção de excedente. Neste caso, todos os consumidores devem concordar em participar do modelo de negócio, pois o ponto de conexão à rede pública é comum a todos no local (edifício). b) Rede pública – vários consumidores compartilham a eletricidade fotovoltaica gerada por meio da rede pública (figura 1, grupo 2, a). Esta é utilizada tanto para a partilha da energia fotovoltaica gerada quanto para a alimentação de carga residual ou exportação de excedentes de energia. Aqui, apenas alguns consumidores participam do modelo de negócios, o que significa que cada um deles tem seu próprio ponto de conexão à rede. 3) Modelo de energia distrital: vários consumidores consomem diretamente a FV gerada localmente. Também aqui, distinguimos redes privadas e redes públicas:

FotoVolt - Março - 2022

a) Rede privada – a energia fotovoltaica é compartilhada via uma rede local privada em nível de baixa tensão (figura 1, grupo 3, b). Para aumentar a quota de autoconsumo, podem ser usados dispositivos de armazenamento distrital, por exemplo. Neste caso, também, todos os consumidores da zona em questão devem concordar em participar do modelo de negócios, o que significa que o ponto de conexão com a rede pública é comum para todos. Essa opção inclui a possibilidade de se ter uma subestação própria. b) Rede pública – a energia fotovoltaica é compartilhada usando a rede pública local em nível de baixa tensão, e a delimitação pode ser a mesma subestação/ transformador (figura 1, grupo 3, a). O autoconsumo também pode ser aumentado aqui usando-se, por exemplo, armazenamento distrital. Apenas alguns consumidores concordam em participar do modelo de negócios, sendo que cada um deles tem seu próprio ponto de conexão à rede.

Status por país Uma das conclusões mais importantes da análise das práticas atuais relativas aos prossumidores é que o autoconsumo individual é permitido e viável em quase todos os países analisados (Áustria, Bélgica, França,

Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Holanda, e outros países da UE). No entanto, o autoconsumo coletivo, independentemente da escala (sejam edifícios individuais, residenciais ou comerciais, sejam distritos ou conjuntos de edifícios) não é atualmente possível na maioria dos países. Apesar de os conceitos de prossumidores com FV (PFV) usando a rede pública para vender eletricidade FV excedente a terceiros serem legalmente permitidos, tais esquemas quase nunca são vistos em operação na vida real, devido a barreiras econômicas, administrativas ou regulatórias, com algumas exceções. Outras conclusões importantes são que o “prossumo” é encontrado para usinas fotovoltaicas de pequena escala, e que o armazenamento em baterias é promovido na maioria dos países por meio de apoio financeiro, isenções fiscais e outras medidas destinadas a aumentar os índices de autoconsumo e reduzir a capacidade contratada pelos consumidores. Em suma, o potencial de “prossumo” é alto no setor residencial.

A “Vila Europeia” Para os oito países-alvo (Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Holanda), foram


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criadas condições equitativas entre os países. Para esse fim, definiu-se uma “Vila Europeia” representando a situação dos grupos 2 e 3 de acordo com as estatísticas europeias de habitação do serviço Eurostat [8]. Esta “Aldeia Europeia” é composta por unidades residenciais unifamiliares, edifícios comerciais e uma edificação de uso misto com consumidores residenciais e comerciais (veja a figura 2). A mesma

edificação de uso misto é usada nos grupos 2 e 3. Nas simulações, utilizamos a mesma configuração em todos os países-alvo, mas foram incluídos dados específicos de cada país (ou seja, preços de varejo, demanda de energia). O objetivo das simulações é a quantificação de conceitos aprimorados conforme descreve Fleischhacker et al. [9], em que dois modelos de com-

Instalação fotovoltaica (telhado) Apto. 6 3 pessoas 1 VE Apto. 3 1 pessoa sem VE Apto. 1 1 pessoa sem VE

Comercial 1

Apto. 6 3 pessoas 1 VE Apto. 4 2 pessoas 1 VE Apto. 2 1 pessoa 1 VE

Resid. 1 2 pessoas 1 VE

Resid. 2 3 pessoas 2 VEs

Resid. 3 4 pessoas 2 VEs

Instalação fotovoltaica (autoportante) Aquecimento e refrigeração

Bateria

Pontos de medição de eletricidade e aquecimento

Fig. 2 – Visão geral da “comunidade típica da UE” (“aldeia europeia”) analisada [10]

Comercial 2

Resid. 4 4 pessoas 3 VEs

65

partilhamento de energia são investigados usando dois tipos de agentes: o proprietário de um sistema de geração distribuída (por exemplo, energia solar fotovoltaica com armazenamento de energia) e os consumidores. Por local (país) e por grupo, são coletados ou sintetizados os dados necessários, como os de demanda em função do tempo. As capitais dos oito países foram usadas como localizações. Os dados de satélite são empregados para descrever o perfil de geração dos módulos solares fotovoltaicos. Em seguida, empregou-se um modelo de otimização deComercial 3 senvolvido pela TU Wien, chamado de HEROcommunity, para calcular o mix Ponto de medição do grupo ótimo de geração e armazenamento [10].


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FV, comunidade

FV, sem comunidade

Sem FV, sem comunidade

10³ €

Tab. I - Configuração ótima em termos de custos da “Aldeia Europeia”, por país [10] Esse modelo é capaz de otimizar investimentos e fluxos de energia com Capacidade fotovoltaica Capacidade de bateria País base em uma configuração escolhida Sem compartilha- Com compartilha- Sem compartilha- Com compartilhamento (kWp) mento (kWp) mento (kWh) mento (kWh) pelo usuário. No modelo, a expressão 71,8 74,5 10,9 12,8 Áustria prossumidor 𝑗 ∈ {consumidor1, consumi121,7 146,7 19,5 30,6 Bélgica dor2, ..., consumidorn} é otimizada com 72,9 86,6 5,6 15,6 França base no consumo de energia 𝑐 ∈ {Elet, 123,5 155,8 22,4 34,9 Alemanha Calor}. A função objetiva do modelo 121,9 146,7 18,9 31,4 Itália inclui todos os componentes de custo 113,9 124,6 16,4 24,3 Holanda (de investimento, fixo e de operação), 123,7 146,7 23,5 37,1 Portugal que devem ser minimizados. O forne120,8 124,6 25,0 36,5 Espanha cimento de energia pode ser realizado por processos p, por armazenamento a, ou através da rede. Além disso, os Uma descrição detalhada do métototalmente elétrico sem compartilhaprossumidores podem negociar dentro do matemático pode ser encontrada mento também implicou pontos de da “Comunidade de Energia Renoem [10]. No total, 23 pessoas vivem medição individuais, mas com opções nessa comunidade e possuem um de investimento em FV e SAEB. Por vável” (CER). O modelo é capaz de total de 11 veículos elétricos a batefim, o cenário totalmente elétrico + retratar transações de energia dentro compartilhamento previa possibilidaria (VEBs). Todos os telhados têm do mesmo edifício (ou seja, grupo 2) potencial para FV, e o aquecimento é ou entre edifícios vizinhos (grupo 3). de desse investimento e um ponto cenfornecido por bombas de calor (BCs). Observe que é possível definir tarifas tral de medição (ou seja, o compartiAlém disso, há espaço disponível para diferentes para os fluxos de energia e lhamento de energia é permitido). Em a instalação de um sistema central de comercializar energia entre edifícios. ambos os cenários totalmente elétricos, Assim, a aquisição de energia da rede armazenamento de energia por bateria são implantadas BCs e VEBs. é tarifada pelo preço de varejo, en(SAEB) e um sistema fotovoltaico cenPara calcular as emissões de GEE da aldeia, é realizada análise do ciclo quanto o feed-in (excluindo os negócios tral autoportante. de vida (ACV) considerando-se as de energia dentro da CER) é remuneTrês cenários foram definidos: 1) cenário de base, 2) cenário totalmente rado pelo preço de feed-in. Com isso, emissões de ciclo de vida das tecnoloassumimos o preço do mercado atacaelétrico sem compartilhamento e 3) gias mencionadas, bem como o consudista para eletricidade. cenário totalmente elétrico + comparmo de eletricidade das famílias. O ano O modelo é capaz de otimizar tilhamento. O cenário de base previa enfocado foi 2017. decisões de investimento (ou seja, dium ponto de medição por domicílio mensionamento ideal de usinas solares e nenhuma opção de investimento Resultados fotovoltaicas) e decisões operacionais em FV ou SAEB. Neste cenário, assuCusto da eletricidade (ou seja, fluxos de energia como estramiu-se transporte suprido por carros tégias de carregamento de baterias). movidos a combustíveis fósseis e A otimização econômica determiAs variáveis de decisão incluem o nou a configuração final da capacidaaquecimento também por dispositivos processo instalado e a capacidade de de instalada de FV e SAEB. As desia combustíveis fósseis, dependendo da armazenamento, e também a energia gualdades entre os países deveram-se tecnologia de fornecimento de calor a diferenças de perfis de consumo dopredominante em cada país. O cenário produzida, exportada, vendida e trocada. As variáveis de decisão (com as unidades correspondentes) são: Total Investimento Aquisição da rede Fixo anual Receitas • Decisões de investimento Cenário 35 Consumo da rede CAPEX OPEX – Processos: fotovoltaica em kWp Sem comunidade 30 Comunidade – Armazenamentos: bateria em kW 25 e kWh 20 • Decisões operacionais por interva15 lo de tempo 10 – Fluxos de energia dentro da CER 5 em kWh 0 – Carga e descarga de armazena-5 mentos em kWh – Compra e venda da rede em kWh Fig. 3 – Variação dos custos totais de eletricidade para os três cenários, para Lisboa, Portugal [10]



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por causa da geração de eletricidade por FV no local. Aqui usamos um método mais sofisticado do que a prática comum em ACVs, ou seja, usamos perfis de emissão em vez de um fator de emissão médio. O sistema elétrico emite menos CO2 nos momentos em que há muita geração de eletricidade renovável, portanto valores de emissão mais baixos devem ser empregados quando se usa eletricidade nessas horas. Isso se reflete no chamado fator de emissão horária (FEH), isto é, a intensidade de CO2 por unidade de geração de eletricidade em resolução horária [12]. A figura 5 mostra a variação do FEH para os vários países. É importante notar que o ano em foco foi 2017, quando a Alemanha e a Áustria ainda estavam combinadas em uma zona de licitação única. Em geral, podemos dividir os países em três categorias: alto FEH para Holanda, Alemanha e Áustria, baixo FEH para Bélgica e França, devido à grande capacidade nuclear, e FEHs intermediários para os países do sul. A figura 6 mostra as mudanças nas emissões de GEE para os três cenários e os oito países. O cenário de base envolve o atual equipamento de

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Mudança em %

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Mudança em %

68

Fig. 4 – Mudança nos custos totais de eletricidade nos três cenários, para os oito países em estudo [10] o valor das comunidades de energia fotovoltaica e renovável não depende apenas da geração fotovoltaica, mas também do desenho tarifário e dos preços da eletricidade específicos de cada país. No entanto, as comunidades de energia renovável tornam a energia FV mais lucrativa, reduzindo a necessidade de subsídios, devido aos menores custos de investimento como resultado dos investimentos comunitários e do aumento do autoconsumo da comunidade. Além disso, as comunidades de energia renovável dão a todos acesso à energia fotovoltaica em caso de restrições de construção ou limitações de espaço em telhados.

800

Emissões de GEE

700

Para o cálculo das emissões de gases do efeito estufa, precisamos considerar duas categorias principais de emissões. A primeira diz respeito aos GEE emitidos no processo de fabricação das quatro tecnologias de energia especificadas (sistemas fotovoltaicos, baterias, veículos elétricos e bombas de calor) [11]. Essas emissões são anualizadas. A segunda categoria são as emissões relacionadas ao uso das tecnologias, ou seja, o CO2 emitido por causa do consumo de eletricidade e o CO2 mitigado

600

FEH (kg CO2/MWh)

méstico de energia, de irradiação solar e de políticas nacionais. O resultado é mostrado na tabela I. A figura 3 mostra custos totais e desagregação para Lisboa, Portugal, nos três cenários. Os custos totais são compostos por custo de investimento, custo de aquisição da rede, custo fixo anual e receitas (no caso de feed-in). Para o cenário de base (sem FV, sem comunidade) os custos totais de eletricidade ascendem a € 35 mil. Aqui, os custos de investimento são zero, pois a rede já existe. Para o cenário totalmente elétrico sem compartilhamento, os custos totais diminuem para cerca de € 22 mil, devido à diminuição da aquisição da rede, que é superior aos custos de investimento. Para o cenário totalmente elétrico + compartilhamento, os custos totais diminuem ainda mais, para cerca de € 21 mil, devido aos investimentos menores. Basicamente, os custos operacionais (OPEX, aquisição da rede) são deslocados para custos de capital (CAPEX, investimento). A figura 4 resume as mudanças nos custos para os oito países. As diferenças entre os países podem ser substanciais, mas podem ser totalmente explicadas pelas diferenças no custo da energia (baixo na Áustria e na França e alto na Alemanha, Bélgica e Holanda) e na irradiação solar (elevado na Itália, Espanha e Portugal). Concluímos que

500 400 300 200 100 0

Fig. 5 – Representação em boxplot da variação dos fatores de emissão horária nos oito países para o ano de 2017 [12]. Os valores atípicos geralmente indicam horas com alta geração de FV


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aquecimento de cada país, veículos com motor de combustão interna, sem FV nem baterias, levando a uma faixa de 100–170 tCO2eq por ano para a “Aldeia Europeia”. Por exemplo, no caso da Áustria, o cenário totalmente elétrico sem compartilhamento leva a uma redução de 40% no CO2. Para os outros países, as reduções de emissões diferem e podem ser bastante grandes. A redução de emissões é ainda maior para o cenário totalmente elétrico + compartilhamento em todos os países. A figura também mostra a contribuição para a emissão de CO2 por tecnologia. As emissões negativas são devidas ao feed-in de eletricidade, deslocando a média de eletricidade da rede, levando a um balanço de emissões líquidas indicado pela barra vermelha. Os resultados apontam que os benefícios de redução de emissões das comunidades de compartilhamento de energia são determinados por um conjunto de critérios localmente dependentes, como os fatores de emissão, que diferem entre os países (figura 5). Conclui-se que a instalação de energia solar FV reduz as emissões totais, mas isso é moderado pela atratividade do investimento em FV, pela irradiação solar específica do país e pelos fatores de emissão horária. Além disso, a instalação de FV aumenta o impacto da mudança para bombas de calor e veículos elétricos. Vemos também que os fatores de emissão dos mixes de geração de cada país determinam o impacto das diferentes tecnologias de transição na redução dos GEE. Se hoje os fatores de emissão são altos, recomenda-se a instalação de FV, enquanto para fatores de emissão baixos recomenda-se a implantação de bombas de calor e VEs.

Recomendações de políticas Um dos objetivos do projeto foi fornecer orientações e recomendações às várias partes interessadas. Com base em diversos workshops em nível nacional nos oito países e também


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tCO2eq/ano

em nível internacional, foram elaboradas orientações espe175 cíficas para os prossumidores 150 de cada país, e resumidas em nível da UE. Além disso, reco125 mendações foram fornecidas 100 aos formuladores de políticas 75 e aos operadores de redes [13]. Em resumo, como recomen50 dação principal, a Estrutura 25 da UE deve ser melhorada 0 e quaisquer barreiras para o -25 “prossumo” devem ser removidas. O Green Deal [N. da R.: Cenário Emissões pacto ecológico europeu], com Emissões líquidas totais Base Eletricidade residencial Totalm. elétrico Sem compart. Aquecimento FV + bateria sua meta clara de redução de Totalm. elétrico Com compart. Carros Feed-in de eletricidade 55% de GEE em 2030, tem base Fig. 6 – Mudança nas emissões de GEE nos três cenários, para os oito países [12] nisso. A UE deve manter o seu compromisso com o “Net Zero 2050” e os cidadãos estão no cenativos e passivos e as estruturas tarifáPor meio de simulações de otimizarias de uso da rede devem ser revistas. ção de custos, verificou-se que o custo tro da transição energética, com seu da eletricidade pode ser reduzido subsgrande potencial fotovoltaico (residentancialmente em comunidades de enercial) e o prossumismo. A integração Conclusões gia renovável, usando a abordagem de das energias renováveis nas redes de “Aldeia Europeia”, conforme planejado distribuição de eletricidade deve ser No projeto PV-Prosumers4Grid, facilitada e a nova estrutura de OSDs cujos resultados apresentamos aqui, no pacote legislativo “Energia Limpa da EU, voltada ao desenvolvimento de identificamos três grupos diferentes no para Todos os Europeus”. O que tamredes de distribuição de eletricidade prossumo de energia fotovoltaica: uso bém leva a uma redução substancial inteligentes, flexíveis e digitalizadas, direto individual, uso coletivo local e nas emissões de GEE. já é um bom começo. Além disso, a modelo de energia distrital. ConstataPara que isso aconteça, as barreiras cooperação entre operadores de redes mos que em todos os países estudados para o prossumo devem ser removidas e de transmissão (OSTs) e OSDs deve ser o autoconsumo individual é permitido a integração de energias renováveis nas fortalecida, os custos do sistema dee/ou viável, enquanto o autoconsumo redes elétricas deve ser facilitada, com coletivo não é viável na maioria deles. vem ser alocados entre consumidores a revisão dos papéis de OSDs e OSTs.


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Reconhecimento – Este projeto recebeu financiamento do programa de pesquisa e inovação Horizonte 2020 da União Europeia, sob o contrato de subvenção nº 764786.

Referências [1] Comissão Europeia: “Clean Energy for All Europeans, Winter Package 2016”, https:// ec.europa.eu/energy/en/topics/energystrategyand- energy-union/clean-energy-alleuropeans. [2] Comissão Europeia: “A European Green Deal”, https://ec.europa.eu/info/strategy/ priorities-2019- 2024/european-green-deal_en [3] G. van Leeuwen, T. AlSkaif, M. Gibescu, W. van Sark: An integrated blockchain-based energy management platform with bilateral trading for microgrid communities. “Applied Energy” 263 (2020) 114613. [4] I. Lampropoulos, M. van den Broek, E. van der Hoofd, e K. Hommes, W. van Sark: A system perspective to the deployment of flexibility through aggregator companies in the Netherlands, “Energy Policy” 118 (2018) 534-551. [5] https://cordis.europa.eu/project/ rcn/211874_en.html

[6] L.A Aguilar, M. Roos, M. Battaglia, D. Krehan, C. Grundner, M. Jimeno, D. Hendricks, D. Fouquet, G. Lettner, R. Battisti, K. Moosdorf, D. Velte, E. Roman, A. Joyce, G. Masson, C. Cambiè, A. González, J. Donoso, C. Winter, N. Diewald, U. Winter, W. Schram, W. van Sark: Development of innovative selfconsumption and aggregation concepts for PV Prosumers to improve grid load and increase market value of PV: the PV-Prosumers4Grid project. Anais da 35ª EU PVSEC, WIP, 2018, pp. 2122- 2125. [7] G. Lettner, H. Auer, A. Fleischhacker, D. Schwabeneder, B. Dallinger, F. Moisl, E. Roman, D. Velte, A. Huidobro: Existing and Future PV Prosumer Concepts, Public Report D2.1., 2018, disponível em https://www. pvp4grid.eu/wpcontent/ uploads/2018/08/ D2.1_Existing-futureprosumer- concepts_ PVP4Grid_FV.pdf [8] Eurostat, Housing statistics, 2020, https:// ec.europa.eu/eurostat/statisticsexplained/ index.php/Housing_statistics#Type_of_ dwelling [9] A. Fleischhacker, H. Auer, G. Lettner, A. Botterud: Sharing solar PV and energy storage in apartment buildings: resource allocation and pricing. “IEEE Transactions on Smart Grid” 10 (2019) 3963 – 2973.

71

[10] A. Fleischhacker, J. Radl, F. Revheim, G. Lettner, D. Schwabeneder, H. Auer: Quantitative Analyses of Improved PVP4Grid Concepts and Report on Testing; Technical Report; Deliverable D3.2 of the Project PVP4Grid; Technische Universitaet Wien: Vienna, Áustria, 2019. [11] G. Wernet, C. Bauer, B. Steubing, J. Reinhard, E. Moreno-Ruiz, B. Weidema: The ecoinvent database version 3 (part I): Overview and methodology.” International Journal of Life Cycle Assessment” 21 (2016) 1218–1230. [12] W. Schram, A. Louwen, I. Lampropoulos, W. van Sark: Comparison of the greenhouse gas emission reduction potential of energy communities. “Energies” 12 (2019) 4440. [13] European Renewable Energies Federation, European Policy Advisory paper, Deliverable D4.3 of the Project PVP4Grid, EREF, Bruxelas, 2020, https://www.pvp4grid.eu/ wpcontent/ uploads/2020/04/D4.3-European-Policy- Advisory-Paper.pdf

Adaptado de “Innovative self-consumption and aggregation concepts for PV prosumers: Results of the PV-Prosumers4Grid Project”, apresentado na 37th EU PVSEC - European Photovoltaic Solar Energy Conference and Exhibition. Tradução e adaptação da Redação de FotoVolt.


Veículos elétricos

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O processo de recarga Rafael Cunha*

resposta à pergunta ‘quanto tempo leva para carregar um VE?’ “éAbastante complexa pois há vários fatores de influência: tipo de veículo, tipo de carregador, estado inicial de carga da bateria...”

A

correta especificação de uma solução de carregamento de veículos elétricos exige que o profissional entenda as nuances do processo de recarga, o que é importante também para compreender o porquê da ocorrência de alguns fenômenos durante as recargas. O processo de recarga consiste na transferência de energia elétrica do SAVE - Sistema de Alimentação para Veículo Elétrico para o próprio veículo, o qual armazenará essa energia em um sistema de baterias. Segundo o texto da futura NBR 17019 - Alimentação de veículos elétricos, adaptação da IEC 60364-7-722, SAVE é um “equipamento ou conjunto de equipamentos que asseguram as funções dedicadas à alimentação de energia elétrica até um VE, para fins de recarga, a partir de uma instalação elétrica fixa ou de um outro tipo de rede de alimentação”. Para facilitar o entendimento do assunto, abordamos aqui os seguintes pontos principais: as baterias (noções sobre seu funcionamento); os métodos de recarga (meio pelo qual são transferidas a energia para o sistema de armazenamento e os tipos de conectores); e por fim os modos de recarga (como fazer a conexão do VE ao sistema de alimentação).

As baterias O sistema de baterias é composto por diversos componentes com a finalidade de armazenar a energia elétrica de forma adequada e disponibilizar essa energia para o sistema de tração do veículo. O componente central do sistema é o conjunto de baterias, composto de células de íon lítio conectadas, e controlado e gerenciado pelo BMS – Battery Management System. O processo de recarga da bateria possui duas fases características: a fase de corrente constante e a fase de tensão constante. Na fase de corrente constante, a bateria é recarregada rapidamente enquanto o nível de tensão de suas células é normalizado, conforme pode ser visto na figura 1. Em seguida, inicia-se a fase de tensão constante, que visa terminar o carregamento sem que haja degradação da célula, de modo que ela aumenta sua capacidade

lentamente, dado que o aumento da resistência interna da célula acarreta uma corrente cada vez menor de recarga. Em bancos de baterias, essa fase de tensão constante tem ainda a função de permitir que as células possam ser equalizadas, o que é possível em correntes mais baixas, sendo essa equalização mais lenta. A partir deste modelo, é possível concluir que a recarga não é um processo linear e, portanto, não podemos estimar o tempo de recarga com uma simples regra de três. Mas, de modo geral, é possível estimar que a faixa entre 20% e 80% possui uma linearidade, o que serve como parâmetro de tempo para a recarga.

Métodos de recarga Há três métodos principais para o transporte da energia ao sistema de baterias do veículo: por cabo, sem fio (wireless) e troca de bateria (battery swap). No caso da recarga via cabo, é feita uma conexão física entre o veículo e o SAVE, fazendo com que a corrente elétrica passe da fonte para a bateria, em corrente contínua ou alternada, a depender do padrão utilizado — sendo


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Veículos elétricos

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Capacidade da célula (%)

Corrente de recarga (%)

Tensão da célula (V)

100 em nosso mercado provém necessário, para o caso 4,5 90 da Europa. Entender a dide c.a., haver um carreTensão constante 4,0 80 ferença entre os padrões e gador embarcado. Tensão máxima do carregador 3,5 70 como isso impacta na fase Na recarga sem fio, a Capacidade da célula 3,0 60 de especificação do sistema estação de recarga conecCorrente constante 2,5 50 100 de recarga será objeto de tada à rede é dotada de 80 2,0 40 artigo futuro nesta coluna. um transmissor de ondas Corrente de recarga 30 eletromagnéticas de alta 60 1,5 Taxa de recarga = 1 C frequência, as quais são 20 40 1,0 Modos de recarga captadas por um recep10 20 0,5 Há, ainda, uma classificator instalado no veículo. 0 0 0 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 Tempo de recarga (horas) ção por tipo de configuração Essas ondas induzem do SAVE, a qual é importanFig. 1 - Curva de recarga com as fases de tensão e corrente constantes [1] a geração de corrente te observar porque há critéem um circuito interno rios de proteção específicos para cada Após o advento do Tipo 1, surgiu do veículo, sendo essa corrente então tipo. Os modos de recarga se referem a necessidade de se transferir mais condicionada para o carregamento às maneiras de se conectar o VE à rede potência, e foi então desenvolvido o da bateria em corrente contínua. A de alimentação. Eles são quatro: Tipo 2, chamado de “Mennekes”, por desvantagem deste método é a necesModo 1 – Recarga realizada em corter sido esta empresa que o projetou. sidade de proximidade e de um bom rente alternada por meio de tomada Esse tipo permite a recarga trifásica de alinhamento entre o transmissor e o de corrente, utilizando um cabo de veículos, é o padrão na Europa e amreceptor, a fim de se ter a máxima efirecarga. Este modo é comum em veíplamente utilizado no Brasil, apesar de ciência no processo. culos elétricos levíssimos (patinetes e aqui não haver a obrigação de seu uso Por fim, no chamado battery swap, a bicicletas); exclusivo. bateria descarregada é completamenModo 2 – Recarga realizada em corAlém dos conectores Tipo 1 e Tipo 2, te retirada do veículo e substituída rente alternada por meio de tomada que fornecem energia em corrente alpor outra carregada. Embora seja o de corrente, utilizando um cabo de ternada, também há os padrões para método mais rápido, questões de prarecarga que contenha In-Cable Control corrente contínua, sendo os principais ticidade na substituição e de disponiand Protection Device (IC-CPD), isto o CHAdeMO e o CCS2. O CHAdeMO bilidade de muitas baterias (e de tipos é, um dispositivo capaz de prover é adotado no Japão e o CCS2 seria o diferentes) carregadas e prontas para proteção e controle da recarga. Este equivalente do Tipo 2 para corrente troca tornam o método difícil de ser carregador é também chamado de contínua. implementado em larga escala. Este carregador portátil, pois é fornecido A figura 2 mostra os conectores método tem sido utilizado para alguns junto com o VE; descritos e também outros tipos, memodelos scooters. Modo 3 – Recarga realizada em corrennos usuais. Porém, apesar de existirem Dentre os três, o método mais efite alternada por meio de estação contodos esses padrões, o mercado brasiciente e com menores barreiras técnivencional de recarga para VEs. leiro está se consolidando com os cocas e econômicas de implementação é Modo 4 – Recarga realizada em cornectores Tipo 2 e CCS2, já que a maior o de recarga por meio de cabo, o que o rente contínua por meio de estação de parte de veículos elétricos disponíveis fez difundir-se amplamente pelo mundo. Porém, a recarga por cabo nos traz UE Todos os mercados a necessidade de se desenvolverem América do Norte Japão China e os demais mercados exceto UE padrões de conexão mecânica, ou seja, padrões de conectores. c.a. No mundo há diferentes conectores padronizados, para recarga em correnJ1772 (Tipo 1) J1772 (Tipo 1) Mennekes (Tipo 2) GB/T te alternada e corrente contínua. O Tipo 1, para carregamento em c.a., foi padronizado pela norma SAE c.c. J1772 (daí ser comumente chamado de “conetor J1772”), e é adotado no Japão, CCS1 CHAdeMO CCS2 GB/T Tesla nos EUA e, mais recentemente, na CoFigura 2 - Padrões de conectores lômbia.


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recarga — abrange carregadores que realizam o processo de retificação e permitem uma recarga mais rápida. Finalmente, é fundamental que os diferentes profissionais atuantes na cadeia de serviços da mobilidade elétrica compreendam o processo de recarga, pois este influencia na especificação dos equipamentos, na escolha do local mais adequado para a instalação (levando em conta tempo de permanência, serviços nas proximidades, rotas importantes, etc.), na implementação do sistema de recarga e nos serviços para os condutores de veículos elétricos. A partir do aqui apresentado, é possível entender que a resposta à recorrente pergunta “quanto tempo leva para carregar um VE?” é bastante complexa pois há fatores de influência, como tipo do veículo, tipo de carregador, estado inicial de carga da bateria e outros. Por fim, com tantas combinações possíveis entre conectores, modos de recarga, potências de carregadores e modelos de veículos, buscar a solução de recarga mais adequada pode parecer uma tarefa difícil e confusa. No próximo artigo desta coluna, trataremos dos tipos de carregadores e da seleção destes, o que certamente trará maior clareza acerca do assunto e do método de especificação de carregadores para VEs.

Referência [1] https://www.electrogenic.co.uk/under-thebonnet/technology/charging-times

* Rafael Cunha é engenheiro eletricista e CEO da startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.


Pesquisa & inovação

Transistor de GaN: menor peso e maior eficiência para inversores

U

SMA/divulgação

m projeto coordenado pelo Instituto Fraunhofer, da Alemanha, voltado a novas tecnologias para uso em inversores solares de alto desempenho, está desenvolvendo uma nova classe de semicondutores de nitreto de gálio (GaN) que tem a promessa de reduzir os custos e o peso dos inversores mantendo alto desempenho. Batizado de GaN-HighPower, o projeto é financiado pelo Ministério da Economia alemão com 3,8 milhões de euros e envolve outras parcerias: a Universidade de Ciências Aplicadas de BonnRhein-Sieg, o instituto TH Köln e as indústrias SMA Solar Technology AG, Infineon Technologies AG e Vacuumschmelze GmbH & Co. KG. O foco do projeto está no desenvolvimento de inversores tipo string de alta potência, com uso de transistores baseados em nitreto de gálio. Além da possibilidade de reduzir custos e peso dos inversores, esses transistores têm demonstrado realizar processos de comutação mais rápidos, em comparação com semicondutores de carbeto de silício (SiC) e outros. Como resultado, seria possível produzir inversores menores, mas ainda assim com maior potência, rapidez e eficiência. Para permitir a substituição dos semicondutores, os pesquisadores trabalham para encontrar materiais que permitam a produção de componentes mais robustos, com alta eficiência

elétrica e densidade de potência, além de alta velocidade e boa resposta dinâmica. Quando os novos componentes forem desenvolvidos, deverá ser construído um protótipo demonstrativo. A pesquisa tem previsão de conclusão em abril de 2024. Segundo explicou um dos envolvidos no projeto, o chefe de tecnologias de inversores e responsável pela eletrônica de potência no Centro de Inovação da SMA, Klaus Rigbers, o uso do nitreto de gálio ainda está limitado a faixas de potência baixas. “O próximo passo é explorar o potencial de saídas superiores a 100 kW, que são significativamente maiores do que a atual gama de aplicações”, disse. A SMA já está usando semicondutores GaN em faixas de potência de alguns quilowatts. “Tivemos uma boa experiência com transistores GaN até agora”, complementou Rigbers.

Rocket Lab apresenta célula espacial com 33,3% de eficiência

A

norte-americana Rocket Lab, especializada em serviços para sistemas espaciais e produtos de energia solar para aplicações espaciais, anunciou sua próxima geração de tecnologia de células solares que, segundo a empresa, exibem eficiência de conversão de 33,3%. Da tecnologia Inverted MetaMorphic (IMM), ou multijunção metamórfica invertida (na produção da célula, as camadas de semicondutores são crescidas em ordem invertida, resultando em produtos leves, flexíveis e de maior eficiência), a nova célula, batizada IMM-β, é a 4ª geração do produto IMM criado pela SolAero Technologies, empresa de energia solar espacial adquirida pela Rocket Lab em janeiro último. A Rocket Lab aposta na IMM-β como a tecnologia de célula solar espacial de maior eficiência em produção de alto volume. A eficiPesquisa na Alemanha com nitreto de gálio mira uso em inversores ência média de 33,3% no início da tipo string de alta potência vida útil supera os 32% da IMM-a,

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SolAero/divulgação

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Desenvolvidas pela SolAero Technologies, empresa da Rocket Lab, as IMM-β devem ser as células solares espaciais de maior eficiência em nível comercialem inversores tipo string de alta potência que está atualmente em produção. A IMM-β também é resistente a radiação com um fator de energia remanescente de 87% após exposição a elétrons de 1 MeV a uma fluência de 115 e/cm2, equivalente a cerca de 15 anos de vida em órbita equatorial geossíncrona, segundo comunicado da empresa. A nova célula está atualmente passando por testes finais de qualificação espacial e deve estar pronta para uso comercial no final do ano. Além de exibir a melhor eficiência de sua classe, a IMM é aproximadamente 40% mais leve do que as células solares típicas de nível espacial, o que ajudará a tornar os satélites mais econômicos. Brad Clevenger, vice-presidente e gerente geral de Soluções de Energia para Sistemas Espaciais da empresa, declarou em nota: “em parceria com nossos colegas do Laboratório de Pesquisas da Força Aérea, estamos comercializando a célula solar espacial mais leve e de maior eficiência do mundo (...) e com o custo mais competitivo de qualquer tecnologia IMM até o momento. O impacto da IMM-β no painel solar e na massa de lançamento a tornará uma opção atraente para integradores de satélites.” Fundada em 1998, a SolAero (de Albuquerque, Novo México), hoje pertencente à Rocket Lab, já produziu células solares, painéis solares e produtos estruturais compostos para mais de mil missões espaciais, incluindo os projetos da Nasa sonda Parker Solar, Telescópio Espacial James Webb e sonda Mars Insight Lander, bem como várias missões de reabastecimento de carga Cygnus para a Estação Espacial Internacional.


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Produtos

Telha fotovoltaica de fibrocimento A Eternit recebeu o registro do Inmetro para sua telha fotovoltaica de fibrocimento F-140, batizada Eternit Solar, após os testes realizados no IEE - Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. A telha é ondulada e levemente plana no topo das ondulações, onde as células solares são integradas formando um conjunto único, com dimensão de 2,44 m x 1,10 m. A potência é de 142,2 Wp, significando que, em média, de quatro a seis telhas conseguem atender a uma residência de pequeno porte. Seu peso é praticamente o mesmo das telhas convencionais de fibrocimento, o que permite sua instalação em estruturas de telhados pré-existentes, sem necessidade de adaptação. www.eternit.com.br

Suporte de módulos em lajes O suporte para lajes da 2P Acessórios atende ângulos de 10˚ a 25˚ de inclinação, é fabricado em alumínio 6005-T5 anodizado e atende a toda isopleta nacional de ventos. Acompanha parafusos, porcas e chumbadores mecânicos para instalação em aço inox 304. A empresa recomenda fixação em sapatas ancoradas sobre a laje. www.2pacessorios.com.br

Bomba solar A Bomba Solar TPU da Neosolar tem eixo e corpo produzidos de aço inox 304 com vedação mecânica em liga especial. É indicada para agricultura, pecuária, irrigação de rios e poços artesianos, além de residências isoladas sem acesso a água potável. Alimentada por potente motor interno, gera ganhos de 15 a

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20% de eficiência. Possui display de LED que facilita a manutenção e permite conferir potência, tensão, corrente e velocidade. Caso o nível de água ou da energia esteja baixo, o equipamento evita desperdícios por meio da proteção inteligente contra operação a seco, interrompendo o funcionamento e retornando após 30 minutos. Suporta maior pressão axial devido ao rolamento duplo TYBC. www.neosolar.com.br

Inversor híbrido De olho no crescimento do mercado de inversores híbridos, que deverão ser regulamentados este ano pelo Inmetro, a SMA lançou o Sunny Tripower Smart Energy, com potências de 5 kW, 6 kW, 8 kW e 10 kW, que permite a residências e pequenas empresas usarem a energia fotovoltaica autogerada de forma mais flexível. Um dos benefícios é a redução dos custos de estações de carregamento para veículos elétricos, que podem ser conectados através de interfaces integradas. Com capacidade de carga e descarga rápida, o inversor híbrido trifásico otimiza o aproveitamento da energia da bateria mesmo quando o clima é instável. O fornecimento automático de corrente de backup integrado garante que as cargas continuem a funcionar em caso de apagão. É compatível com baterias acopladas de alta tensão de todos os principais fabricantes, informa a SMA. www.sma-brasil.com

Trabalho em altura A 3M Brasil apresentou recentemente a nova geração de produtos 3M Altiseg, composta de diferentes opções de talabartes para as diversas aplicações e

quatro novos modelos de cintos. O destaque da linha de talabartes é a família G6, disponível nas configurações em Y ou em I, nas opções de poliéster, poliéster tratado retardante a chama, retardante a chama dielétrico e para-aramida antichama. Toda a linha possui ZLQ menor de 4,40m (usuários até 100 kg) e maior capacidade de peso (140 kg com ZLQ de 5 m). Há ainda produtos específicos com ganchos com conectores dielétricos, sem metais expostos. Já os quatro novos modelos de cintos (Basic, Versa, Versa Pro e Fire) vêm com formato que oferece mais conforto devido ao apoio dorsal compacto e flexível, além da argola de ancoragem dorsal com maior diâmetro, que facilita a conexão de ganchos e mosquetões. Todos os modelos possuem fivelas que permitem abertura para facilitar o processo de vestir. Os modelos anteriores Custon, Ergo, Ergo Pro e Ergo Pro AC seguem sendo oferecidos no mercado. www.3M.com.br

Inversores “zero grid” A distribuidora Win Energias Renováveis está trazendo ao Brasil inversores chamados “zero grid” da sua parceira Ginlong Solis, da China. Os equipamentos são destinados a projetos localizados em regiões isoladas da rede elétrica ou que funcionem como backup de sistemas conectados. Permite gerenciar a energia produzida pelo sistema FV evitando injeção na rede da distribuidora (zero grid) ou controlando a capacidade que pode ser injetada. Os inversores possibilitam ao consumidor direcionar a energia produzida para a demanda de um determinado quadro de distribuição ou para diversas atividades específicas. www.win.com.br


Agenda

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No Brasil Geração distribuída – Após a edição Sudeste, realizada em março, as outras quatro edições do Fórum Regional de Geração Distribuída com Fontes Renováveis em 2022 serão as seguintes: Região Sul - 22 e 23 de junho, Florianópolis, SC; Centro-Oeste - 10 e 11 de agosto, Campo Grande, MS; Norte - 21 e 22 de setembro, Palmas, TO; e Nordeste – 03 a 05 de maio, São Luís, MA. A série é organizada e realizada pelo Grupo FRG Mídias & Eventos e promovida pela ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída. http://forumgd. com.br. Intersolar Summit – O Intersolar Summit Brasil Nordeste será realizado em Fortaleza, CE, em 27 e 28 de abril. Voltado para profissionais brasileiros e internacionais, enfocará a energia solar e renovável na região, reunindo especialistas para discutir políticas, desafios legislativos, marcos regulatórios, financiamento e soluções de integração de redes. www.intersolar.net.br/en/ home/summit-brasil-nordeste. SNPTEE – A 26ª edição do SNPTEE Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, promovido pelo Cigré-Brasil, acontecerá de 15 a 18 de maio, no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, com organização de Furnas. https://xxvisnptee. com.br. Ecoenergy – A 9ª Ecoenergy - Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia vai acontecer de 7 a 9 de junho em São Paulo, abrangendo energias solar (térmica e fotovoltaica), eólica, de biomassa, geotérmica e hidrelétrica. https://feiraecoenergy.com.br. Sendi cancelado – O XXIV Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica 2022 foi cancelado pelos organizadores por causa do agravamento da pandemia de Covi-19. O evento es-

tava programado para 21 a 24 de junho em Serra, ES, e seria organizado pela EDP. Netcom - A 10ª edição do Netcom - Infraestrutura de Redes Telecom e Provedores de Internet vai ser realizada de 2 a 4 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo, SP. O evento reunirá profissionais de infraestrutura de redes, telecom e provedores de internet para debater os rumos da transformação digital no País. Na feira, serão expostas soluções e tecnologias inovadoras do setor. Informações em www.arandaeventos.com. br/eventos2022/netcom.

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Projetos off grid – A Neosolar oferece o curso online Energia solar off grid com bateria, com sete módulos: introdução; dimensionamento geral; módulos solares; baterias estacionárias; controladores de carga; inversores; e proteção, cabeamento e aterramento. www.neosolar.com.br/loja/curso-energiasolaroff-grid-com-bateria-online.html. Fios e cabos – A IFC/Cobrecom oferece diversos treinamentos gravados, entre os quais o de Cabos para instalações em sistemas fotovoltaicos. Para requisitar o conteúdo, o interessado deve enviar e-mail para marketing@cobrecom.com.br.

Cursos

No exterior

Cabine primárias e SPDA – O Canal Solar programou para 9 e 10 de abril o curso Projeto de Cabine Primária para Usinas Solares Fotovoltaicas e, para 7 e 8 de maio, o de Aterramento e SPDA com ênfase em Usinas Fotovoltaicas. Os cursos são ao vivo online. https://cursos. canalsolar.com.br.

Tecnologia FV – A conferência PV CellTech será realizada pela primeira vez na Europa (Berlim, Alemanha, 25 a 26 de abril) após cinco anos na Malásia (desde 2016). https://celltech. solarenergyevents.com.

Modelos de negócios – A Viex Americas vai realizar de 16 a 18 de maio, no modo online síncrono, o curso Modelos de Negócios em Energia Solar, em parceria com o Sindienergia RS, abordando ajustes regulatórios, projeções de preços e tarifas, tendências tecnológicas e as diversas modalidades de projetos e as formas mais efetivas de viabilização. https://www.viex-americas.com. Produtos e soluções – A Fronius retomou em fevereiro seus treinamentos presenciais gratuitos, para a profissionais de energia solar FV. Os Treinamentos Técnicos de Produtos & Soluções acontecem uma vez por mês na sede da empresa, em São Bernardo do Campo, SP, e abordam instalação, armazenamento e monitoramento de energia solar, bem como os produtos e soluções da empresa. Os próximos serão em 27/4 e 25/5, das 8h às 18h. https://www.fronius. com/pt-br.

IEEE PES T&D - De 25 a 28 de abril, acontece a conferência e exposição IEEE PES T&D, em New Orleans, EUA. Realizado a cada dois anos, o evento é patrocinado pela IEEE Power & Energy Society e tem o objetivo de compartilhar os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos da indústria de energia elétrica. https://ieeet-d.org. The smarter E/Intersolar Europe – Principal evento (feira e congresso) mundial do setor de energia solar, a Intersolar Europe 2022 vai acontecer de 11 a 13 de maio no centro de exposições Messe München, em Munique, na Alemanha, sob a plataforma de soluções de energia The Smarter E Europe. www. thesmartere.de. Microrredes – A conferência e exposição Microgrid 2022: Microgrids as Climate Heroes acontecerá em 1º e 2 de junho próximo em Filadélfia, Pensilvânia, EUA. https://microgridknowledge. com/microgrid-2022.


Apresentação


Publicações

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Dados de inspeções em 66 milhões de módulos A norte-americana Raptor Maps, fornecedora de software de gerenciamento do ciclo de vida de plantas solares, publicou seu quarto relatório anual sobre desempenho de sistemas fotovoltaicos no mundo, o Global Solar Inspection Report 2022. A empresa usou aprendizado de máquina para analisar dados de 2021 de inspeções de aeronaves não tripuladas e tripuladas em 20 GW de sistemas de geração centralizada e do segmento C&I. Os dados abrangem 66 milhões de módulos em 32 países, de variados tipos de instalação, geografias e climas. JinkoSolar, First Solar, Trina, Canadian Solar, JA Solar e Hanwha são os fabricantes mais comuns no conjunto de dados.

A análise revela aumento surpreendente na parcela da potência afetada por anomalias, de 1,85% em 2020 para 2,63% em 2021, representando um impacto na produção de energia de mais de 100 MW. Este aumento se deve a problemas em strings, inversores, caixas de junção, módulos e rastreadores solares. As classificações do relatório abrangem unidades funcionais, incluindo inversores subdimensionados, condições ambientais como vegetação muito alta e problemas com módulos ou submódulos, incluindo diodos de bypass ativados. O relatório detalha as anomalias mais comuns em níveis de sistema, de módulo ou submódulo. Segundo o CTO da empresa, Eddie Obropta, os dados de inspeção mostram os ati-

vos solares tornando-se mais anômalos a cada ano, o que, num contexto de aumento de custos de capital e da cadeia de suprimentos, ressalta a necessidade de buscar maximizar a produção de energia, com monitoramento de dados e análises que possibilitem decisões inteligentes para reduzir custos. De acordo com o relatório, as empresas buscaram dados mais aprofundados de inspeções em 2021. A porcentagem de inspeções por drones classificadas como “Abrangentes” — o nível mais granular de inspeção — aumentou de 21% em 2020 para 24% em 2021. Cada vez mais interessados estão acessando dados de inspeção fotovoltaica. Os proprietários desses dados os compartilharam com uma média de 27 usuários adicionais em 2021, o que indica maior comunicação e colaboração. Na indústria de energia solar, as inspeções aéreas têm sido usadas com maior

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frequência em todas as fases do ciclo de vida das plantas. Proprietários de ativos e empresas de engenharia, suprimentos e construção exigem inspeções durante o comissionamento para reduzir riscos de ativos, sanar problemas, criar uma baseline quantitativa e evitar danos indenizáveis. Empresas de operação e manutenção incorporam as inspeções aéreas à manutenção preventiva anual como alternativa ao rastreamento da curva de corrente-tensão (I-V). Os agentes — incluindo fabricantes de módulos, engenheiros, financiadores e outros — também usam inspeções aéreas em demandas relativas a garantias, seguros, referências de projeto, due diligence, etc. O relatório, em inglês, pode ser baixado via o link https:// raptormaps.com/2022-globalsolar-inspection-report/.

Índice de anunciantes Absolar.............................................................77

Hellemanntyton ................................................42

Proauto............................................................71

Balfar...............................................................48

Helte................................................................70

Ribeiro Solar.....................................................38

Bel Energy........................................................35

Hopewind .........................................................19

Romagnole .......................................................51

Brassunny..................................................4ª capa

Ibrap................................................................21

Romiotto ..........................................................14

Chint................................................................41

Inox-Par ...................................................10 e 11

Saj.....................................................................7

Clamper ...........................................................65

JA Solar............................................................37

Serrana............................................................73

Cobrecom .........................................................23

Kanaflex ..........................................................16

Solar Group ......................................................63

Domínio Solar...................................................39

Kehua........................................................3ª capa

Solis .............................................................4 e 5

Edeltec .............................................................75

Ludufix ............................................................29

SSM Metálicas....................................................25

Elgin ................................................................67

Maxdell............................................................27

Trael ................................................................22

Embrastec ........................................................45

MO Energy........................................................43

Tsun .................................................................17

Feicon ..............................................................80

Novemp............................................................15

W/Nunes..........................................................64

Foco Energia.....................................................49

NTC Somar........................................................53

Walsywa...........................................................69

Fulguris............................................................26

Perfil ES ...........................................................13

Growatt .....................................................2ª capa

Pextron ............................................................47


Solar FV em foco

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Um futuro promissor com fontes renováveis e sistemas de armazenamento Markus Vlasits, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *

“Para as aplicações de armazenamento de energia elétrica tornarem-se usuais

no Brasil, é preciso adequar o marco regulatório do setor elétrico e suavizar a elevada tributação sobre equipamentos.

O

conflito entre Rússia e Ucrânia é, em primeiro lugar, uma terrível tragédia humana, mas também terá impactos profundos em vários setores da economia global. O preço do petróleo e do gás natural já aumentou significativamente entre janeiro e março deste ano e, caso a guerra se prolongue, crescem os riscos de elevações se tornarem estruturais. À primeira vista o Brasil parece estar longe daquele conflito em território europeu, mas a distância geográfica não significa imunidade aos desdobramentos econômicos da guerra. Quase 20% da matriz elétrica brasileira está baseada em usinas termelétricas fósseis que operam principalmente com gás natural e óleo diesel. Esses dois insumos representam mais de 70% do combustível usado aqui para geração de energia elétrica, e um quarto do que se usa é importado. Por isso, mais aumentos na conta de luz são quase inevitáveis. Isto reforça a importância de ampliar a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, trazendo maior segurança, autonomia, independência energética e menores tarifas aos consumidores — em especial, a fonte solar fotovoltaica, de elevada competitividade e rápida implantação, é parte imprescindível da solução. E também nos faz refletir sobre o papel e a oportunidade do armazenamento de energia elétrica, especialmente o realizado em baterias, para a transição energética sustentável. Parte da sociedade brasileira é atendida por sistemas isolados ou remotos,

longe do Sistema Interligado Nacional, os quais representam nosso principal segmento de mercado para o armazenamento de energia elétrica. Neles, o custo da eletricidade de geradores a diesel está entre R$ 1.600 e R$ 1.800 por MWh, e substituir essa geração fóssil cara, barulhenta e poluente por fontes limpas e renováveis é indispensável. Outro segmento promissor para o armazenamento é o dos consumidores comerciais e industriais em média tensão, que estão sujeitos a tarifas volumétricas distintas nos horários de “fora de ponta” e de “ponta”. Em alguns estados, a diferença entre os valores chega a ser de 1 para 10. Compensa muito, portanto, carregar um sistema de armazenamento no horário fora de ponta, com energia elétrica mais barata, para descarregá-lo no horário de ponta, quando a energia é cara. Mas a relevância do armazenamento vai muito além da redução da conta de luz dos consumidores. Uma das frentes mais promissoras é a do armazenamento de energia elétrica de grande porte, para prestação de serviços importantes ao sistema elétrico. Chama atenção, aqui, o mercado de reserva de capacidade. O Brasil tem contratados hoje cerca de 2 GW de usinas termelétricas fósseis que ficam em standby para suprir eventuais picos de demanda. Até 2030, essa potência pode aumentar para 16 GW. Como muitos desses picos têm curta duração, os sistemas de armazenamento de energia são o complemento ideal para supri-los. Países como EUA, Reino Unido, Bélgica e Itália já estão contratando sistemas de

armazenamento de grande escala justamente para essa finalidade. Outra aplicação propícia está na otimização de redes elétricas, evitando ou adiando investimentos na ampliação da infraestrutura de transmissão ou de distribuição. Às vezes, o gargalo das redes acontece apenas em situações de contingência e, em vez de se construir uma nova linha ou subestação, uma solução mais econômica e muito mais rápida é instalar sistemas de armazenamento de energia elétrica operando diretamente junto à transmissão ou à distribuição. Para essas e outras aplicações de armazenamento de energia elétrica tornarem-se usuais no Brasil, precisamos adequar o marco regulatório do setor elétrico e suavizar a elevada tributação sobre equipamentos e sistemas de armazenamento. São desafios que podemos superar pelo diálogo qualificado e construtivo com as autoridades competentes. Estes são os esforços da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, no Grupo de Trabalho de Armazenamento de Energia Elétrica. Queremos acelerar o desenvolvimento e o uso do armazenamento de energia elétrica no Brasil, demonstrando sua capacidade de tornar o setor elétrico brasileiro mais robusto, competitivo e sustentável. * Markus Vlasits é CEO da New Charge, Conselheiro

e Coordenador do Grupo de Trabalho de Armazena mento de Energia Elétrica da Absolar; Rodrigo Sauaia é CEO da Absolar; e Ronaldo Koloszuk é Presidente do Conselho de Administração da Absolar.




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