Evento supera expectativas e aponta caminhos Reunindo a Intersolar e mais duas feiras e congressos, o The Smarter E South America, realizado em outubro, apresentou tendências importantes num momento em que o País enfrenta crise hídrica que pede alternativas. Especialistas acreditam em desenvolvimento dinâmico para os próximos dez anos, quando o setor fotovoltaico pode alcançar 43 GW de capacidade.
Guia - 1 32
Módulos solares fotovoltaicos O guia apresenta vários tipos de módulos fotovoltaicos oferecidos no mercado nacional. São detalhadas as características como tipo de célula, rendimento, potência, tolerância, dimensões, peso, etc., para facilitar a seleção pelo usuário.
Armazenamento de energia 36
Energia solar e veículos elétricos impulsionam o mercado No congresso Intersolar South América, vários painéis discutiram o mercado de armazenamento tendo em vista a perspectiva de demanda em função da expansão das fontes intermitentes e dos carros elétricos, abordando tecnologias, regulação, novos negócios e carga tributária.
Guia - 2 44
Sistemas de armazenamento de energia elétrica O guia lista fornecedores de sistemas de armazenamento, informando características da oferta como a tecnologia empregada, tensão nominal, capacidades e diversas outras.
Solar flutuante 46
Usinas fotovoltaicas flutuantes (parte 2) – Aterramento e proteção contra raios Completando a visão panorâmica sobre esta tecnologia, iniciada na edição anterior de FotoVolt, esta segunda parte discute as questões atinentes à proteção contra raios e ao aterramento.
Geração distribuída 52
Incentivos para energia fotovoltaica em estados e municípios O crescimento da geração solar distribuída no Brasil ainda enfrenta dificuldades. Aspectos como necessidade de políticas públicas, carga tributária, linhas de financiamento e a expansão do uso em edificações públicas foram debatidos por especialistas na Intersolar South America.
Análise de investimentos 56
Impacto do fim do desconto na TUST/D na competitividade de projetos fotovoltaicos Por se tratar de uma tarifa sobre a potência, o impacto será muito mais severo na fonte solar do que em outras fontes renováveis, diz Eduardo Tobias Ruiz, autor do livro “Análise de investimento em projetos de energia solar fotovoltaica: geração centralizada”.
Guia - 3 60
Estações de recarga de veículos elétricos O crescimento da eletromobilidade exige a expansão da infraestrutura de carregamento. O levantamento descreve a oferta de estações de recarga com as principais características: potência, tensão nominal, tipo de plugue, grau de proteção e outras.
Reportagem pós-feira 66
Inovações e destaques da grande feira de solar FV The Smarter E South America, maior feira e congresso para o setor solar da América Latina, recebeu 250 empresas e cerca de 25 mil visitantes, que puderam conferir muitas novidades tecnológicas em produtos e serviços para o setor fotovoltaico, boa parte delas descritas na reportagem.
Veículos elétricos 64 Pesquisa & inovação 76
Publicações 81
Agenda 78
Índice de anunciantes 81
Atendimento ao leitor 79
Solar FV em foco 82
Capa Foto: DeminPan/Deposit As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por FotoVolt, podendo mesmo ser contrárias a estas.
Sumário
Carta ao leitor 6 Notícias 8 Intersolar South America 2021 24
Carta ao leitor
Os melhores caminhos para o brilhante futuro da solar FV Mauro Sérgio Crestani, Editor
O
Brasil se prepara para um salto, muito maior do que já experimentou até aqui, da energia solar fotovoltaica. As previsões das consultorias especializadas na economia setorial são bastante favoráveis. Uma muito mencionada projeção da BNEF - Bloomberg New Energy Finance, por exemplo, aponta que a solar será a principal fonte da matriz elétrica brasileira em 2040, com 32% da capacidade, ante 29% da hidreletricidade. Essas projeções não são gratuitas, antes baseiam-se no histórico recente. Afinal, o País entrou para o grupo dos 10 GW instalados em meados de agosto de 2021, e neste novembro já estamos superando os 12 GW. Isto representa crescimento de 130 vezes sobre os 96 MW registrados em dezembro de 2016, apenas cinco anos atrás. Todos esses números animadores foram apresentados com detalhes no mais recente Intersolar South America, realizado em São Paulo, sobre o qual esta edição de FotoVolt traz várias reportagens. Aqui, a leitora e o leitor que não conseguiram lá ir poderão conhecer boa parte do foi mostrado e discutido não apenas sobre a evolução esperada do mercado mas também as formas de se chegar lá, isto é, o que preparam empresas, entidades e governo, em sua várias esferas, para responder aos desafios impostos pelo avanço da solar e da transição energética no Brasil, nos campos das tecnologias fotovoltaicas e de armazenamento de energia, da necessária viabilização de novas fontes de financiamento e da promoção e aprimoramento da qualidade de produtos e serviços, apenas para citar alguns aspectos. Sobre as perspectivas do armazenamento de energia, em particular, vários painéis discutiram no evento o panorama promissor de mercado, justamente pela disseminação da energia solar, uma fonte intermitente que o armazenamento deve encarregar-se de firmar, bem como pelo avanço dos carros elétricos no País. Especificamente em armazenamento distribuído, a BNEF, novamente, projeta que até 2050 o Brasil deve alcançar 11 GW instalados, impulsionados, entre outros drivers, pelo aumento dos valores e a maior diferenciação das tarifas de energia por posto horário, inclusive na baixa tensão. Sem esquecer, é claro, da evolução tecnológica e a escala, que devem baixar preços e facilitar a disseminação da tecnologia, em trajetória similar à experimentada pela própria geração solar fotovoltaica. O projeto de lei que estabelece o chamado marco legal da geração distribuída, o PL 5829/2019 que hoje está no Senado Federal, também introduz regramentos positivos para o armazenamento de energia, sem no entanto engessar as possibilidades de aplicações, de mercado e de tecnologias, como se verá aqui na reportagem sobre o tema. Aliás, por falar no PL 5829, quando da redação destas linhas havia a expectativa de que ele fosse discutido e aprovado ainda este ano no Senado. O melhor dos cenários para diversos agentes ouvidos por FotoVolt seria que a própria Lei fosse promulgada antes do fim de dezembro. É sempre possível, embora o prazo esteja muito apertado. O projeto é importante também para estados e municípios, que, além de adotarem incentivos tributários e políticas públicas para alavancar a GD solar em suas áreas, cada vez mais se voltam para alternativas fotovoltaicas como forma de diminuir as despesas de energia das instalações da administração direta e indireta, o que também mostramos nesta edição.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett – eliane.giacomett@arandaeditora.com.br; Ivete Lobo – ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – R. Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 9728-3060; romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho; cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003; tel.: +86-571 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker – Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal; tel.: +49 202 27169 13; fax: +49 202 27169 20; www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy: Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan; tel.: +39 2 3921 6180; fax: +39 2 3921 7082; grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073; tel: +81-(0)3-3263-5065; fax: +81-(0)3-3234-2064; aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn – 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu, Seoul 134-070; tel: +82 2 481-3411; fax: +82 2 481-3414; jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Rico Dormann – Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon; tel.: +41 44 720-8550; fax: +41 44 721-1474; dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King – 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1, Taichung, 408; tel.: +886 4 2325-1784; fax: +886 4 2325-2967; global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden): Mr. Edward J. Kania – Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA; tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188; ekania@btinternet.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY, 11566-5209; tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568; arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Helio Bettega Netto DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (11) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 8.000 exemplares FotoVolt é uma edição especial da Revista Eletricidade Moderna, publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel.: +55 (11) 3824-5300; Fax: +55 (11) 3666-9585 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br ISSN 2447-1615
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Notícias
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
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GSC e GWEC: investimento em solar e eólica está aquém da meta do clima s duas principais entidades representativas globais dos setores solar fotovoltaico e eólico — o Conselho Global Solar (GSC, na sigla em inglês) e o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) — fizeram Em 2030, déficit de nova capacidade anual representará 29% do alerta público de que o ritmo de necessário para se atingir a meta futura investimentos atuais das duas fontes não é suficiente para atender vembro, as entidades reivindicam três a demanda mundial de limitação do ações dos governos para equilibrar o aquecimento global a 1,5˚ C e de neuritmo de investimentos com a meta do tralização das emissões de carbono clima. A primeira é elevar a ambição até 2050. Isso com base nas projeções para energia solar e eólica em níveis da Agência Internacional de Energia nacionais através de metas atualizadas, (AIE) de que as duas fontes precisacom a proibição de novos investimenriam representar 70% da matriz em tos na fonte carvão. A segunda é im2050 para o cumprimento das metas. plementar políticas e marcos regulaSegundo estudo conjunto do GSC e tórios para aquisição e entrega de do GWEC, a se manter o fluxo atual de energia renovável. A terceira seria a aportes nas fontes, haverá um déficit rápida construção de infraestrutura na capacidade solar e eólica de 29% de energia limpa, incluindo redes de em 2030 com vista à curva necessária transmissão, com maior diálogo entre de nova geração até 2050. Com estioperadores de sistemas, reguladores mativa de fechar 2021 com 251 GW de e o setor privado. nova geração das duas fontes, o gap já começaria neste ano, com 38 GW a menos do que o necessário. Esse ritmo defasado, para o estudo, cresceria ano após ano. Em 2025, a necessidade seria de 660 GW, mas volume acumulado de importação chegaria pela projeção a apenas 378 de módulos e inversores solares, GW, portanto 282 GW a menos do que até outubro de 2021, alcançou 7,5 e 7,6 o demandado para a meta. Em 2030, GW, respectivamente. O levantamento a geração prevista de ser acrescentada faz parte do relatório mensal de acomseria, pelo estudo, de 637 GW, mas o panhamento das compras externas de volume nesse ano precisa0,27 ria ser de 979 GW das duas 0,25 fontes, para que a meta de 0,23 neutralização em 2050 fosse cumprida — ou seja, uma 0,21 diferença de 342 GW a menos 0,19 do que o necessário. 0,17 Aproveitando a realização 0,15 da COP 26, a Conferência da ONU sobre Mudanças ClimáMono Mono Perc Poli ticas, em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de noEvolução do preço FOB médio de módulos FV
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Importação de módulos e inversores dispara em 2021
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Energia solar fotovoltaica atinge 12 GW instalado no País Brasil ultrapassou em novembro a marca histórica de 12 GW de potência operacional da fonte solar fotovoltaica (FV), em usinas de grande porte e em sistemas de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos. Com esse número, a energia FV ocupa agora o quinto lugar na matriz elétrica brasileira, tendo ultrapassado a potência instalada de
O Greener
US$/Wp
out /2 0 nov /2 0 dez /2 0 jan /2 1 fev /2 ma 1 r/2 1 abr /2 ma 1 i/2 1 jun /2 1 jul/ 21 ago /2 1 set /2 1 out /2 1
módulos e inversores que consta da plataforma Greendex, da consultoria Greener. O total importado em outubro de 2021 de módulos foi de 1049 MWp, o que representa crescimento de 105,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os bifaciais representaram 61% do volume mensal e os módulos de alta potência, acima de 500 Wp, somaram 69,7% do importado, com 731 MWp. Já em inversores, a alta em outubro, quando o volume atingiu 715 MW de importação, foi de 98% em comparação com o mesmo período de 2020. Os inversores de pequeno porte, até 10 kW, somaram 42,6% do volume total importado, os de médio porte representaram 31,6% e os de grande porte, 25,7%. O relatório também revela que os preços dos módulos fotovoltaicos recebidos pelo mercado brasileiro até outubro de 2021 já acumulam incremento superior a 18%. Destaca-se a tecnologia mono standard, que sofreu acréscimo de 26% nos preços FOB, refletindo parte dos aumentos verificados junto aos fabricantes. O destaque em volume foram os módulos do tipo mono Perc, com 527 MWp, o que representa 50,4% do volume total. A Greener prevê que o forte incremento nos preços de módulos se estenderá possivelmente ao longo de 2022.
Notícias
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
e que uma usina de grande porte tem prazos de menos de 18 meses, do leilão ao início de produção.
2022, mas a instalação está projetada para produzir 2200 unidades por ano, suficientes para atender às vendas para a América Latina até o ano de 2025. “O Brasil é hoje o mercado mais adiantado para EV chargers, com vendas anuais de 2 a 3 mil carros elétricos. E estamos acompanhando de perto Helius Energy, fabricante de mótambém o desenvolvimento no Chile dulos fotovoltaicos, iniciou em e na Colômbia”, diz Krummenauer. outubro o fornecimento no Segundo o direBrasil de suas estações de tor, a Helius Energy carregamento de veículos deverá inicialmente elétricos. Disponíveis nas fornecer estações versões residencial e comerde 7 a 11 kW, mais cial, as estações chegam ao adequadas às instacliente prontas para a instalações elétricas relação e são certificadas sesidenciais e comergundo as normas IEC 61851ciais de pequeno e 1:2017 (Sistema de recarga médio porte brasiAs estações de carregamento condutiva para veículos começarão a ser fabricadas em abril de leiras, que em geral elétricos - Parte 1: Requisitos 2022 em Campo Bom, RS são monofásicas. As gerais) e IEC 62196-2:2016 potências maiores, (Plugues, tomadas, tomadas móveis destinadas a ligações trifásicas e de para veículo elétrico e plugues fixos maior capacidade, serão introduzidas para veículos elétricos - Recarga conem seguida. dutiva para veículos elétricos - Parte 2: Presente no Brasil desde 2014 e com Requisitos dimensionais de compatiescritório próprio desde 2018, a Helius bilidade e de intercambiabilidade para Energy fornece no Brasil módulos os acessórios com pinos e contatos monocristalinos com até 550 W de tubulares em corrente alternada) — potência. A empresa tem participação traduzida no Brasil, publicada como de cerca de 5% do mercado de geração ABNT NBR IEC 62196-1:2021, de 21 de distribuída do País, onde suas vendas janeiro deste ano. cresceram 300% de 2020 para 2021, As novas estações proporcionam informa Krummenauer. carregamento com potências de 7 kW a 22 kW com conector tipo 2 (IEC 62196). Segundo Eduard Krummenauer, diretor da Helius Energy, a empresa está investindo R$ 7,2 milhões para construir uma unidade fabril em área de 9 mil m novembro, o ONS - Operador m2 em Campo Bom, no Rio Grande do Nacional do Sistema Elétrico pasSul, destinada especificamente à prosou a disponibilizar em seu website dução de carregadores para veículos uma nova área de pesquisa de dados elétricos e que tem previsão de início de históricos de geração de usinas das operações no primeiro semestre do ano fontes eólicas e solares fotovoltaicas que vem. “O prédio está praticamente conectadas ao SIN - Sistema Interlipronto. Em janeiro chegam máquinas e gado Nacional e que sejam programaem abril devemos iniciar a produção”, das e/ou despachadas pelo operador. diz o diretor. A ideia é facilitar a consulta pública A empresa planeja montar na nova com dados detalhados sob forma de fábrica 1000 unidades até o final de gráficos.
Helius Energy traz ao Brasil estações de recarga de veículos
A
Reprodução
termelétricas a combustíveis fósseis, que representam 9,2 GW da matriz. De acordo com a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a energia elétrica de fonte solar já trouxe ao País mais de R$ 60,6 bilhões em novos investimentos, R$ 15,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 360 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. O segmento de usinas de grande porte responde por 4,5 GW, 2,4% da capacidade de geração elétrica do País, instalados em usinas nas quais foram investidos mais de R$ 23,5 bilhões e que geraram mais de 135 mil empregos acumulados desde 2012, além de proporcionarem arrecadação de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. A geração distribuída solar responde pelos demais 7,5 GW, equivalentes a R$ 37,1 bilhões em investimentos e a R$ 9,4 bilhões em arrecadação acumulados no período. Em número de unidades consumidoras que geram a própria energia solar, destacam-se as residenciais, com 75,8% do total, seguidas de consumidores dos setores de comércio e serviços (14,4%), produtores rurais (7,3%), indústrias (2,1%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,02%) e iluminação pública (0,01%). Para a Absolar, o avanço da energia solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia. Ele lembra ainda que a instalação de uma pequena usina geradora FV em uma residência é feita em apenas um dia,
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ONS facilita acesso a dados de geração solar e eólica
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Notícias
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Crise energética e tarifas promovem armazenamento, diz SolaX Power
É possível fazer pesquisas na seção sobre fator de capacidade, geração média diária e horária, evolução da capacidade instalada e sobre inserção de geração. Há também a lista compleatual crise hídrica e a alta nos preta das usinas eólicas e solares FV em ços dos combustíveis e das tarifas operação, cuja pesquisa pode ser filde energia elétrica podem alavancar a trada por escala temporal, subsistema, disseminação de pequenos sistemas de estado, ponto de conexão, conjunto de armazenamento de eletricidade pelo usinas e até mesmo por especificação Brasil. Pelo menos esta é a aposta da do parque objeto da pesquisa. SolaX Power, multinacional chinesa Os dados de geração por usina ou que participou do The Smarter E – Inconjunto de usinas são obtidos do tersolar South America em outubro, histórico do Sistema de Supervisão e onde apresentou sua linha de soluções Controle (SSC) do ONS, agregados em de armazenamento em baterias, inverbase horária. No caso de usinas solares sores comerciais e estações de recarga fotovoltaicas, no mês subsequente, de carros elétricos. os dados oriundos do sistema de suO destaque foi o X-ESS G4, quarta pervisão são analisados e os períodos geração de sistema de armazenamento com falha são substituídos pelos dados de energia de uso residencial e comerrecebidos da CCEE, resultando no mecial que apresenta projeto modular lhor histórico possível de geração veriall-in-one (baterias e inversor híbrido ficada. Já em usinas eólicas, o processo da Solax Power) e foi lançado mundialde consistência dos dados é feito em mente no final de 2020. O sistema, disconjunto com os agentes. ponível nas versões monoPara subsidiar estufásica e trifásica, opera em dos elétricos e energéampla faixa de temperatura ticos, as informações de -30 ℃ a 50 ℃, e sua retambém são apresentacarga leva apenas uma hora. das em agregação por “O Brasil agora está expatamar de carga em perimentando insegurança duas visões: no elétrico, do fornecimento e aumento são separados por carga de preços de eletricidade, leve (0h às 7h59), média por isso nossa solução pode (8h às 16h59) e pesada ter um grande mercado (18h às 21h59). Já na aqui”, disse à FotoVolt o visão energética, os ingerente geral de vendas da tervalos horários de paempresa, Bell Song. Seguntamares de carga diária do ele, uma grande vande energia (leve, média tagem do sistema é que o e pesada) são especificaconsumidor que investe em dos por períodos do ano EES X-ESS G4: instalação em solar fotovoltaica com ar(maio a agosto; abril, mazenamento não precisa 30 minutos e carregamento em setembro e outubro; e uma hora adquirir inversores solares de novembro a março) separados, pois o X-ESS já e dias da semana (sábado, domingo e incorpora o inversor híbrido. A conferiado; e de segunda a sexta-feira). cepção integrada ainda evita, diz Bell, um problema relativamente frequente O endereço do novo serviço do ONS em sistemas de armazenamento que é www.ons.org.br/paginas/resultadosagregam componentes de marcas disda-operacao/historico-da-operacao/ tintas: a compatibilidade entre inversodados-de-gera%C3%A7%C3%A3ores e baterias. e%C3%B3lica-e-solar Reprodução
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Notícias
Governo reduz imposto de importação de módulos fotovoltaicos Gecex - Comitê-Executivo de Gestão da Camex - Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia reduziu, em meados de novembro, as alíquotas do imposto de importação que incidem sobre produtos ligados à produção de energia, como módulos solares, baterias de lítio e conversores c.c.. Segundo nota do Ministério, o objetivo da medida é fomentar a diversificação da matriz energética brasileira a partir de fontes mais limpas, além de proporcionar a redução do custo de produção e comercialização de energia no País, no longo prazo. As medidas entraram em vigor no final de novembro. A alíquota do imposto de importação foi reduzida de 12% para 6% para
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módulos solares (Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM 8541.40.32), de 18% para 9% para determinados tipos de bateria de lítio (NCM 8507.60.00) e de 14% para 7% para conversores de corrente contínua (NCM 8504.40.30). No mesmo ato, foi reduzida também a alíquota de partes de reatores Equipe da Energisa na inauguração: com miniusina FV de 325 kWp e nucleares (NCM 8401.40.00), de quatro racks de baterias de lítio, sistema vai atender 200 famílias 14% para 0%. Segundo a secretária-executiva da backup, com 116 kVA cada, que serão Camex, Ana Paula Repezza, citada na acionados automaticamente, quando nota do Ministério, as ações vão benenecessário, pelo sistema de gerenciaficiar os diversos setores da economia mento de energia da usina. Também e os consumidores finais por meio do foram feitos investimentos em eficiênfomento da produção e comercializacia energética, com distribuição de eleção de energia através de fontes limpas trodomésticos mais econômicos (105 de energia. refrigeradores e 50 freezers) e troca de luminárias (1000 lâmpadas LED). Ao todo, foram investidos R$ 20 milhões na unidade da Vila Restauração, com recursos do programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e eficiência energética (PEE) Aneel da Energisa. Energisa inaugurou no final de outubro um sistema composto de miniusina solar FV e baterias de armazenamento em uma comunidade ribeirinha isolada no Acre, distante 557 km da capital Rio Branco. O projeto beneficia 200 famílias da Vila RestauAliança Solar Internacional (ISA, ração, que fica próxima à fronteira na sigla em inglês) e a presidência com o Peru. Garante 24 horas por dia da COP 26 divulgaram no início de de energia ao local e substitui antigo novembro, dentro da programação da gerador a diesel, que até então só forConferência da ONU sobre Mudanças necia três horas diárias de eletricidade. Climáticas, em Glasgow, na Escócia, A miniusina solar FV, projetada e planos para a formação da primeira implementada pela Alsol, de Uberrede transnacional de sistemas de enerlândia (MG), tem potência instalada gia solar, denominada Green Grids Inide 325 kWp, com 580 módulos solares, o que deve garantir a geração de 11,9 MWh mensais. Já o sistema de armazenamento conta com quatro racks de baterias de lítio, com capacidade de 207 kWh cada um, totalizando 828 kWh, e que estão instalados em contêiner com sistema de refrigeração e de prevenção e combate a incêndios. Além disso, o sistema isolado Primeiros ministros da Índia, Narendra Modi, e do Reino Unido, tem dois geradores a diesel de Boris Johnson, anunciam a GGI-OSOWOG durante a COP26
Divulgação
Com potências de inversor de 3 a 7,5 kW e de baterias de 3 a 12 kWh, o produto pode tornar as unidades consumidoras virtualmente independentes da rede elétrica, disse o gerente. Outra característica do sistema é o tempo muito curto de instalação, fruto de uma novidade chamada Matebox, uma caixa que traz toda a fiação de ligação pré-conectada a portas identificadas. Com isso, o trabalho de instalação leva apenas 30 minutos, seis vezes menos do que na geração anterior oferecida pela empresa. Os sistemas híbridos trifásicos oferecem possibilidade de paralelismo de até 10 unidades, podendo atingir, portanto, 120 kW em microrredes, por exemplo. “Nós já vendemos muito os sistemas de armazenamento globalmente, mas demoramos um pouco a trazê-los ao Brasil. Estamos lançando agora vários dos nossos produtos no País, onde acreditamos que teremos muito sucesso, como tivemos nos EUA, Austrália, Europa e Ásia.” Segundo Song, pelo menos 20 contêineres com produtos estão sendo embarcados para o Brasil até janeiro.
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Energisa instala solar com bateria em comunidade isolada
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Anunciada rede solar mundial na COP 26
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MEA India
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tiative – One Sun One World One Grid (GGI-OSOWOG), ou Iniciativa Redes Verdes –Um Sol-Um Mundo-Uma Rede. O anúncio foi acompanhado por declaração endossada por 80 países membros da ISA, batizada de One Sun. Pelo texto do manifesto, a concretização da rede, por meio de sistemas ecológicos interconectados, pode ser transformadora, possibilitando o cumprimento das metas do Acordo de Paris de prevenção de alterações climáticas, a aceleração da transição para energias limpas e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O projeto, liderado pelos governos da Índia e do Reino Unido, e implementado pela ISA em parceria com o Banco Mundial, visa aproveitar a energia solar em qualquer lugar com incidência solar suficiente e garantir eletricidade para áreas mais carentes. A GGI-OSOWOG reunirá uma coalizão global de governos nacionais, organizações financeiras e técnicas internacionais, legisladores, operadoras de sistemas de energia e líderes mundiais. Como principal agente do projeto, a ISA tem a meta de mobilizar US$ 1 trilhão de financiamento até 2030 para os países em desenvolvimento expandirem suas redes de energia solar, visando acesso à eletricidade, segurança energética e transição para fontes limpas. Numa primeira fase, o projeto promoverá a interconectividade dos sistemas em todo o Oriente Médio, Sul da Ásia e Sudeste Asiático. A segunda fase terá como foco centrais elétricas na África, e a terceira impulsionará as interconexões das redes sustentáveis globais.
Caixa Econômica Federal amplia crédito para solar FV Caixa Econômica Federal está com três novas linhas de créditos que incluem financiamentos voltados para projetos de energias renováveis e que,
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sendo que a segunda visa financiar no geral, visem redução de insumo, máquinas e equipamentos para aude resíduos e de emissões de gases do mentar a produtividade e eficiência e efeito estufa. Os produtos financeiros reduzir impactos ambientais. Os finansão para pessoas físicas, empresas e ciamentos do Inovagro contam com para o agronegócio. taxa de juros de 7% ao ano e prazo de A primeira linha é de energia até dez anos, com até três de carência, renovável para pessoas físicas. O créde acordo com o projeto apresentado. dito é destinado ao financiamento de O valor máximo do financiamento é de sistemas de energia solar fotovoltaica até R$ 1,3 milhão por empreendimene seus custos de instalação em residênto, para pessoa física ou jurídica. cias, com taxas a partir de 1,17%. Segundo a instituição, o produto estará disponível em breve nas agências do banco. O financiamento pode ser de até 100% do projeto, limitado à capacidade financeira do cliente e seu prazo é de até 60 meses, com carência de até seis meses para o vencimento da priINEL - Instituto Nacional de Enermeira parcela. O crédito pessoal Caixa gia Limpa firmou acordo com a Energia Renovável será oferecido em Aneel, no início de novembro, para duas modalidades: sem garantias ou criar um grupo de trabalho (GT) para com caução de aplicações financeiras buscar soluções técnicas de problemas de renda fixa. hoje enfrentados para a conexão da A segunda linha, já disponível para geração distribuída. O GT, coordenado contratação, é a MPE Ecoeficiência, pelo INEL e com participação de oupara pessoas jurídicas e que financia a tras entidades do setor, não tem prazo aquisição de maquinários que promodefinido para conclusão dos trabalhos. vam a eficiência energética e a geração Segundo o INEL, com o crescimento de energia mais limpa. Estão incluídas do setor no país, a conexão da GD se na lista de itens financiáveis sistemas tornou desafio para as concessionárias de minigeração de energia por fontes de distribuição e mereceu a atenção do renováveis ou sistemas de aqueciinstituto, que tem o compromisso de mento solar de água, de redução de discutir e propor soluções para os prindesperdício, reciclagem ou tratamento cipais problemas do setor elétrico. Daí de insumos ou recursos naturais, entre o objetivo central do grupo de trabalho, outros. A linha financia até 100% do de acordo com o instituto, ser trabalhar valor do bem adquirido que resulte em prol do avanço na uniformidade em processo produtivo mais limpo, de padronização para os processos de limitado à capacidade de pagamento conexão em geração distribuída. da empresa. O cliente tem até seis meses de carência e até 54 meses de amortização, totalizando o prazo de até 60 meses para liquidação do empréstimo, com taxas de juros a partir de 1,09% + TR ao mês. O terceiro produto contempla crédito rural para inovação tecnológica e iniciativas sustentáveis em propriedades Atrasos de troca dos medidores e de obras para interligação, rurais. São formados por duas problemas em faturas e não-comparecimento a vistorias estão entre linhas, a ABC e a Inovagro, os obstáculos relatados
INEL e Aneel criam grupo de trabalho sobre as conexões de GD
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Reprodução/Sarah Ingrams
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Entre os gargalos das concessionárias apontados pelo INEL e que serão objeto dos estudos se destacam os atrasos na troca dos medidores para GD e nas obras para aumento de carga e interligação, problemas nas faturas das unidades consumidoras com compensação e o não-comparecimento às vistorias agendadas. Mas ainda há registros de reprovação de conexões sem a devida visita dos técnicos das distribuidoras, de indisponibilidade do sistema online das concessionárias e de inexistência de padronização nos formatos de conexão. Participaram do lançamento do GT representantes da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Abiogás - Associação Brasileira do Biogás, Abren - Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, e ABRAPCH - Associação Brasileira de PCHs e CGHs.
Light DeFi anuncia construção de sua primeira usina solar rês meses após chegar no mercado com o objetivo de atrair adeptos e recursos para a implementação de projetos de energia renovável, a Light DeFi assinou a compra de um terreno de 17 hectares no Ceará para a cons-
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trução de uma usina fotovoltaica. A aplicada na criação e desenvolvimenexpectativa é que o projeto comece a to de projetos sustentáveis. “Nossa operar no primeiro trimestre de 2022 e expectativa é, no futuro, aumentar gere, inicialmente, 2,5 MW. a capacidade dessa primeira usina, além de construir outras pelo munEsse primeiro projeto solar da do.” Sales informa ainda que o projeto Light DeFi será enquadrado na mocontribuirá com a economia da região, dalidade de geração distribuída comuma vez que vai gerar empregos direpartilhada, por meio de cooperativa tos e indiretos. “A estimativa é que, na agregando consumidores residenciais primeira parte do projeto, cerca de 80 e comerciais. Segundo informações da empregos sejam criados”, afirma. empresa à FotoVolt, a usina terá potência instalada de De acordo com 3445 kWp, compreRocelo Lopes, especiaendendo 6380 mólista em blockchain e dulos FV de 540 W, advisor da Light DeFi, a 220 trackers, 20 ininiciativa foi motivada versores de 125 kW pelas discussões acerca cada e uma subestado consumo expressivo ção unitária. É prede energia elétrica devista geração anual corrente da mineração de criptomoedas. “O de R$ 3 milhões em setor de energia sustenreceita. tável começou a perceLançada em 8 de Rocelo Lopes: projeto de criptoativos voltado ber a blockchain como agosto deste ano, para energia renovável foi motivado pelas a Light DeFi é um forma de assegurar discussões acerca do consumo expressivo token (subconjunto transparência aos prode energia elétrica para mineração de de criptomoedas) cessos e reforçar seus criptomoedas planejado para ter compromissos para o parte das taxas arrecadadas na negoaumento da geração de energias susciação destinadas a construir usinas tentáveis e a consequente redução de elétricas de fontes renováveis. Segunemissão de poluentes”, afirmou. Hoje do Germano Sales, um dos desenvola Light DeFi tem mais de 20 mil usuávedores da Light DeFi, a proposta é rios no mundo todo, segundo nota da que 5% de toda transação do token seja empresa. Light DeFi/Divulgação
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GreenYellow adquire miniusinas solares da FazSol francesa GreenYellow comprou 90% da participação de cinco miniusinas solares fotovoltaicas de geração distribuída da FazSol, empresa fundada pela japonesa Shizen Energy e pela Espaço Y, holding brasileira do segmento de construção civil, call center, manutenção predial e energia renovável. As usinas, todas na região de Brasília (DF), somam 4,4 MWp de capacidade instalada e estão em operação desde 2020. O valor da negociação não foi divulgado. Além de manter sua parte de 10% nos empreendimentos, a FazSol seguirá responsável pela gestão da compensação dos créditos dos clientes de GD das usinas, que geram aproximadamente 7,3 GWh por ano e contam com mais de 11 mil módulos solares FV instalados. Os créditos são negociados com condomínios corporativos, redes varejistas e aeroportos.
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Com mais de 40 usinas em construção ou operação, somando 124 MWp de potência instalada, a GreenYellow se preparou recentemente para apostar também no crescimento via fusões e aquisições, montando na operação local uma equipe especializada no assunto, Aldo Teixeira (Aldo Solar) e Kangping Chen (Jinko) assinam acordo responsável por fazer as análises equivalente a 4 milhões de módulos de potenciais negócios. Segundo a empresa, além da geração solar disdistribuição de sistemas para geração tribuída com essa primeira negociação distribuída com a fabricante chinesa com a FazSol, a estratégia de aquisição de módulos solares fotovoltaicos Jinko de ativos também inclui a geração cenSolar. Trata-se do maior acordo do tralizada por meio da compra ou societipo firmado pela Jinko fora da China, dade em usinas de grande porte. segundo comunicado divulgado pela empresa brasileira. Válido a partir de 2022, o contrato envolve a distribuição de aproximadamente 4 milhões de módulos, o equivalente a 2 GW de potência instalada, o que garantirá às revendas e distribuidora Aldo Solar, de Maintegradores do País a continuidade na ringá (PR), assinou contrato de comercialização da família de módulos
Aldo Solar e Jinko Solar fecham contrato para 2 GW de módulos FV
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Aldo Solar/Divulgação
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Telha solar de fibrocimento da Eternit recebe aprovação do Inmetro Eternit, fabricante de produtos e soluções para construção civil, recebeu aprovação nos testes de registro do Inmetro de suas telhas fotovoltaicas de fibrocimento. As análises da tecnologia Eternit Solar, desenvolvida em 2020, foram executadas no IEE - Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. Com a aprovação, a Eternit seguirá acompanhando o desempenho de novos testes das telhas no IEE-USP e também no Laboratório Fotovoltaico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com instalações ao ar livre de projetos piloto. Segundo a empresa, há diversos clientes potenciais para receberem as primeiras instalações com a nova tecnologia. Com a expectativa de ser lançada
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Apenas para o mercado solar, foram investidos R$ 7 milhões na construção, no complexo de Linhares, de uma linha de produção dedicada. Outros R$ 5 milhões estão previstos para o desenvolvimento do departamento de engenharia especializada em sistemas fotovoltaicos. A Brametal já produzia estruturas de suporte do tipo fixa, moNova telha deve ser lançada no mercado em meados de 2022 noposte e biposte, e estruturas do tipo seguidor solar (tracker) multifileira. em meados de 2022, a telha Eternit SoNa nova fase, passa a fabricar também lar deve ser produzida na unidade da os trackers monofileira e bifileira. Eternit em Atibaia (SP), a mesma onde O seguidor bifileira foi inclusive já é produzida a telha de concreto fotolançamento de destaque da empresa voltaica Tégula Solar, primeiro modelo na mais recente feira Intersolar South FV comercializado pela empresa, no America, realizada em outubro em mercado desde agosto de 2021. Há a São Paulo. Segundo nota da Brametal, possibilidade de expansão da produo produto comporta, sem necessidade ção da Eternit Solar a outras unidades de soldas em campo ou ferramentas regionais da empresa. especiais, até́ 124 módulos em “retraA linha Eternit Solar é ondulada, to” (vertical) de diversos tipos, inclusiseguindo os padrões das telhas de ve os bifaciais, possui acionamento por fibrocimento tradicionais, sendo plana motor c.c. com baterias e comunicação no topo das ondulações, onde as céluwireless (Zigbee). las solares são integradas formando “A Brametal produziu de forma um conjunto único. Ela apresenta diacumulada, entre 2014 e 2020, estrutumensão de 2,44 m x 1,10 m e potência ras metálicas para 18 MWp de UFVs, de 140 watts, e consequentemente gera número que chegará a 30 MWp ao mais energia em comparação com a final de 2021”, afirmou a empresa à Tégula Solar, de 9 watts. Com essa configuração, com 4 a 6 telhas a tecnologia FotoVolt. A partir de 2022, sua capacijá pode atender as necessidades de dade instalada para a linha solar fotouma casa pequena, informa a Eternit. voltaica será de 600 MWp/ano, a qual poderá ainda ser duplicada nos meses seguintes, conforme a demanda. Já para a iluminação pública a Brametal, que desde março de 2021 fornece braços e suportes para luminárias,
Brametal amplia produção com foco em estruturas para energia solar Brametal, fabricante de estruturas metálicas galvanizadas a fogo para geração, transmissão e distribuição de energia e telecom, ampliou sua área produtiva em Linhares, no Espírito Santo, visando principalmente o mercado de geração solar fotovoltaica e o de iluminação pública.
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de alta eficiência Tiger Pro, disponíveis atualmente no Brasil nos modelos monofaciais de 450 W, 460 W e 540 W e no bifacial de 530 W. No próximo ano, a previsão é de que novos modelos sejam agregados ao portfólio local. O novo contrato vai dar suporte ao plano da Aldo Solar de dobrar seu volume de negócios no País em 2022, afirmou em nota o CEO Aldo Teixeira — segundo Aldo, a empresa possui hoje 31% de participação no mercado nacional de distribuição de equipamentos solares. A ideia é atingir faturamento de R$ 6 bilhões no próximo ano, o que vai envolver ainda a contratação de novos funcionários. Com atuação global e já tendo assinado contrato anterior com a Aldo Solar em 2019, a Jinko tem capacidade anual integrada para produção de 27 GW para mono wafers, 12 GW para células solares e 31 GW para módulos. A empresa conta com nove fábricas no mundo, além de 22 subsidiárias no exterior.
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Em Linhares, ES, fabricante criou linha dedicada à produção de trackers monofileira e bifileira
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investiu R$ 5 milhões em novo maquinário automatizado e demais etapas de processo para produzir postes cônicos contínuos e braços, que vão desde a engenharia, ensaios, cortes, conformação, galvanização, embalagens até a logística. Com produção total de 200 mil toneladas por ano, com preponderância de estruturas metálicas para linhas de transmissão e subestações elétricas e para telecomunicações, a empresa tem matriz em Criciúma, Santa Catarina.
AE Solar aposta no mercado de GD “de luxo” AE Solar, empresa com sede na Alemanha e fábricas de painéis fotovoltaicos na China e na Turquia, lançou no Brasil sua linha para o mercado de geração distribuída “de luxo”. A empresa apresentou na última Intersolar South América os módulos Eclipse de 60 células de 159 mm, de silício monocristalino e aspecto preto liso (“ultra-preto”, segundo material da empresa), destinada a valorizar a estética de telhados de residências de padrão mais elevado. Com potências de 305 a 335 Wp, dimensões de 1665 × 996 × 35 mm e peso de 18,5 kg, o módulo apresenta resistência a granizo de até 28 mm a 23 m/s, carga do vento de 2400 Pa/244 kg/m2, e carga mecânica de 5400 Pa/550 kg/m2. “A maior fatia do GD no Brasil é residencial, e há um nicho que já está preparado para receber produtos de alta tecnologia com preocupações estéticas”, diz o country manager da AE Solar no Brasil, Ramon Nuche. Segundo ele, os novos módulos constituem elementos de valorização financeira dos próprios imóveis. Também indicada para a fatia de pequenos geradores preocupada com o visual, outra linha destacada pela empresa, a Thunder, agrega ainda alto desempenho: são até 21,3% de eficiência, com garantia de performance de até 30 anos. O produto usa 66 células mono-SiC de 159 mm, tem potência de 400 Wp, dimensões 1646 x 1140 x 35 mm e peso de 20,5 kg. Os módulos não empregam barramentos de interconexão entre as células, usando a tecnologia de sobreposição parcial chamada shingled. Nuche diz que os novos módulos podem representar de 5% a 6% das vendas da empresa no Brasil em 2022. A AE Solar anunciou Empresa prevê que módulos Eclipse (esq.) e Thunder repreainda na feira sentarão até 6% de suas vendas no Brasil no ano que vem
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o chip NFC (Near Field Communication), uma solução antipirataria que agora equipa todos os seus produtos e permite a rastreabilidade tanto pelo cliente, para comprovação da origem, quanto pela própria empresa, que faz o acompanhamento dos módulos até a destinação final. Para os segmentos de maior potência da minigeração, usinas de solo na faixa de alguns MW, a empresa destacou os módulos bifaciais de alta potência, com 595 Wp em células de 210 mm. Com filial no Brasil desde 2018, contando com equipes locais de vendas, pós-vendas e de engenharia para desenvolvimentos de projetos, a AE Solar tem pautado sua estratégia em parcerias com distribuidores. Até o momento são parceiras consolidadas a Helte, a Rout 66, a Sices, e mais recentemente, a Cordeiro Energia. “Nosso maior contrato até agora é com a Helte, de 120 MW para seis meses, e temos previsão de mais que dobrar esse montante para 2022”, diz Ramon Nuche. Segundo ele, as vendas da empresa cresceram pouco mais de 400% no Brasil em 2021 e no próximo ano devem aumentar mais 300%.
Notas BDMG capta € 20 milhões - O BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais assinou em novembro extensão de contrato para obter mais 20 milhões de euros (cerca de 127 milhões de reais) em crédito com o Banco Europeu de Investimento. O valor do aditivo de um contrato original de 100 milhões de euros assinado em 2019 será empregado para financiar projetos de energia renovável e de eficiência energética em Minas Gerais. Os recursos adicionais vão compor linhas de crédito do banco mineiro voltadas para micro, pequenas e médias empresas. O prazo de pagamento pode chegar a 13 anos, dependendo da natureza da operação e do tipo de negócio, com até dois anos de carência. Entre as iniciativas já financiadas com recursos do contrato original estão 15 projetos de geração de energia solar fotovoltaica, três centrais geradoras hidrelétricas e um projeto de iluminação pública eficiente. Parceria Vinci-Electra - A Vinci Partners Investments anunciou parceria com a Gradiente Energias Renováveis, do Grupo Electra, para desenvolvimento de um projeto solar de quase 500 MWp (em duas fases) na Bahia, que deve receber investimentos de R$ 1,7 bilhão e começar a operar no segundo semestre de 2023, e um projeto eólico de 120 MW no Rio Grande do Sul, que receberá pelo menos R$ 700 milhões, como início de obras previsto para 2024.
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Evento supera expectativas e aponta caminhos Clarice Bombana, especial para FotoVolt
O mercado de energia solar fotovoltaica está em alta, com os seus 12 GW instalados no Brasil, sendo 7,5 GW apenas em GD, que deve ultrapassar a marca dos 10 GW ainda este ano. Apesar da pandemia, o setor continua crescendo vertiginosamente. O The Smarter E South America (que reuniu a Intersolar mais duas feiras e congresso), realizado em outubro em São Paulo, apresentou fatos e tendências importantes num momento em que o País enfrenta crise hídrica que pede alternativas viáveis. Especialistas acreditam em desenvolvimento mais dinâmico para os próximos dez anos, quando o setor fotovoltaico pode alcançar 43 GW de capacidade acumulada.
necessário mais do que nunca ter a The Smarter E South America presencialmente novamente, em virtude do tempo extenso em que ficamos sem os eventos do setor e da demanda crescente de energia com a escassez hídrica, que tem A extensa programação do Congresso incluiu apresentações de mais de 100 palestrantes, cobrindo temas relacionados a mercados e tecnologias, provocado a alta das estrutura jurídica para geração distribuída no Brasil, tendências do mercado solar, o papel da fonte solar na matriz energética brasileira, experiências de campo, promoção e fomento de instalações solares FV, inovação e modelos de negócios sobre armazenamento de energia tarifas ao consumidor final”, afirmou Florian Wessendorf, diretor-geral da Solar xão inteligente. A indústria da energia energia termelétrica e é também mais Promotion International GmbH, na só pode ser desenvolvida com sucesso rápida de se instalar, seja ela por meio abertura do Congresso. e sustentabilidade com uma oferta de grandes usinas, seja por pequenos Segundo o executivo, as projeções maior de tecnologias eficazes.” projetos em cima dos telhados.” indicam que a geração centralizada Ronaldo Koloszuk, presidente do “Mostramos ao Ministério de Minas (GC) e a geração distribuída (GD) deConselho de Administração da Absoe Energia que queremos trazer uma vacina rápida para o problema da converão ter um acréscimo de 1,8 GW e lar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, também presente 1,7 GW, respectivamente, de acréscimo ta elevada de energia, e de forma limpa na abertura do evento, frisou que de capacidade anual em energia fotoe sustentável, que não dependa do há muitas oportunidades e desafios retorno das chuvas regulares. Por isso, voltaica até 2030. “O novo mundo está, dentro do setor FV, e é preciso estar estamos insistindo nos investimentos com certeza, trilhando uma trajetória atentos a elas. “É bom lembrar que o em geração distribuída. Hoje, sem nerenovável, descentralizada e digital. setor está apenas começando. Estamos No entanto, as energias renováveis nhum apoio oficial, temos metade de diante de uma crise hídrica, bastante ainda não estão disponíveis de forma uma Itaipu em GD porque ela é fácil de preocupante, em razão da falta de uniforme, assim como as formas de ser consolidada”, sublinha Koloszuk. planejamento. Sabemos que a energia armazenamento, distribuição e consuDe acordo com o IBGE - Instituto solar é dez vezes mais barata que a Brasileiro de Geografia e Estatística, o mo ainda carecem de uma intercone-
Fotos: Izilda França
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IPCA-15 - Índice de Preços ao Consumidor Amplo avançou 0,89% na passagem de julho para agosto, enquanto a alta de energia elétrica foi de 5%. No ano, enquanto o IPCA-15 acumulou alta de 5,81%, o aumento acumulado nas contas de energia chegou a 16,07%, quase o triplo do índice geral. Já em 12 meses, a energia elétrica acumulou alta de 20,86%, mais que o dobro da inflação acumulada no período, que foi de 9,3%. E a tendência é de um aumento ainda maior do custo ao usuário final. Koloszuk também citou a aprovação praticamente unânime na Câmara Federal do Projeto de Lei (PL) no 5829/19, que traz segurança jurídica, estabilidade, previsibilidade e equilíbrio para o setor. O próximo passo é o PL ser aprovado pelo Senado. “Estamos perto de alcançar 12 GW de energia solar fotovoltaica no Brasil (entre GC e GD) e devemos finalizar o ano com um crescimento de GD de quase 100% porque o mercado está muito aquecido. E a projeção da matriz energética brasileira para 2050 aponta a geração solar como líder (com 32% do total) e a hidrelétrica com 30%; somando eólica e gás natural com quase 30%.”
Rumo à sustentabilidade A humanidade está em meio de uma grande transformação. Países do mundo inteiro estão cada vez mais compromissados em atingir matrizes limpas, sustentáveis e renováveis. Já há mais de 60 países com compromisso nesse sentido. Mais de um bilhão de pessoas já vivem em cidades que têm metas de energias renováveis e isso acontece cada vez mais. E não apenas com as energias limpas, mas também com eletromobilidade: já está provado que os veículos elétricos vão ser o novo potencial mercado para o setor solar fotovoltaico atender. Esse foi o
Intersolar South America 2021 teor da intervenção de Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, na abertura do evento. Mas alertou: “Nós precisamos ajustar os sinais de mercado e os sinais de política pública. O Brasil ainda está subsidiando R$ 100 bilhões por ano para combustíveis fósseis. Então, precisamos rever esses incentivos e apontar para um futuro em que esses recursos sejam utilizados para acelerar essa transformação sustentável e renovável”. O mercado solar fotovoltaico, apesar da pandemia, não parou de crescer. De acordo com a Absolar, em 2020, foram adicionados 133 GW no mundo — um salto sobre o número de 2019. E esse ano promete ser mais um ano histórico. Até 2022, a meta é alcançar 1000 GW em operação no mundo. Hoje já há mais geração solar no planeta do que eólica (depois de dez anos). “Mas, apesar desses avanços, o Brasil ainda não é uma potência solar como pode ser. Nós já somos uma potência de renováveis. Somos o segundo em fonte de geração hidrelétrica do mundo, atrás apenas da China (temos mais hidrelétricas, inclusive, do que EUA e Canadá). Somos também o segundo maior país em biomassa (atrás da China); e em eólica, ocupamos o sétimo lugar no ranking mundial; porém, na solar, estamos em 14º lugar”, enumerou Sauaia. “Batemos uma marca importante: além dos 7,5 GW de GD (mais da metade de Itaipu), temos 12 GW de geração solar no total, somando também a GC. São R$ 60,6 bilhões em novos
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investimentos e mais de 360 mil novos empregos gerados no País, ajudando a reduzir a emissão de mais de 13,6 milhões de toneladas de CO2. E mais: são R$ 15,7 bilhões de impostos arrecadados de tributos ao poder público”, cita o líder da Absolar. O Brasil tem inúmeros recursos renováveis à sua disposição e a solução para o futuro é fazer um mix. “As fontes renováveis variam sim, mas quem sabe o preço do barril de petróleo amanhã? Quem sabe o preço do dólar amanhã? Isso quer dizer que as fontes fósseis também são variáveis e intermitentes. As renováveis, pelo menos, permitem uma previsão e a energia solar é a mais estável entre elas”. Por fim, temos mais tecnologia chegando: o armazenamento de energia elétrica, que agrega serviços importantes aos consumidores, distribuidoras, transmissoras, geradoras e operadoras do sistema elétrico. Tudo isso contribui para a redução dos preços da energia solar. Transição energética – Diversos países, incluindo o Brasil, se propuseram a alcançar a neutralidade de carbono até 2050 na Cúpula do Clima da ONU Organização das Nações Unidas, que ocorreu em abril deste ano. Para isso, a transição energética precisa seguir ganhando espaço na agenda internacional. Esse é um tema importante, que não envolve só energia, mas geopolítica, economia, meio ambiente, clima, e por isso tudo, o futuro da humanidade. Segundo Bento Albuquerque, Ministro de Minas e Energia (MME), presente de forma on-line no Congresso da Intersolar, o ano passado foi um laboratório para a transição energética. “Em 2020, houve bruscas alterações nos padrões de utilização dos combustíveis fósseis. A pandemia, com seus efeitos na saúde e na economia internacional, fez com que houvesse uma redução de quase 10% de demanda de petróleo num movimento contrário ao ocorShutterstock
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rido com as renováveis, que tiveram aumento de 9% na demanda global.” “E hoje, mais do que nunca, o mundo anseia por essa transição energética. O Brasil é um País que detém abundância e diversidade de recursos energéticos e naturais, sendo um protagonista nato em políticas de estímulo à renovabilidade das matrizes energética e elétrica. Porém, para viabilizar uma transição energética de sucesso, é preciso conciliar objetivos, necessidades e prioridades da sociedade — particularmente, em um país com dimensões continentais e grande complexidade”, acrescentou o ministro. Em relação à capacidade instalada da energia solar centralizada, esta já representa 2% do total gerado — trata-se de uma pequena participação, mas é a fotografia de uma curva em rápida ascensão. Para os próximos 30 anos, conforme o Plano Nacional de Energia (PNE), a maioria dos cenários indica capacidade solar instalada entre 30 e 90 GW em 2050, considerando apenas a geração centralizada. Isso representará entre 5 e 16% do total da matriz energética brasileira. Em alguns contextos mais otimistas, a projeção chega a mais de 100 GW de capacidade instalada.
Financiamento para GD
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Os fatores que levam à geração solar fotovoltaica ser bastante competitiva no Brasil estão ligados aos recursos solares, a tarifas altíssimas de energia elétrica, à adesão aos pilares de ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês), legislações estaduais favoráveis, possibilidade de compensação em praticamente em todo o Estado e acessos a financiamentos atraentes. Segundo dados da Absolar, em relação à geração distribuída solar FV no Brasil por classe de consumo, a residencial representa a grande maioria desse portfólio, sendo
a maior parte dele de geração junto à carga, o famoso “telhado solar”; logo em seguida, vêm as áreas comercial e de serviços. As principais aplicações da GDFV estão associadas à habitação, telhados de edifícios públicos, sistemas rurais, sistemas flutuantes, sistema de irrigação e granjas de avicultura, entre outros. Os principais fatores que levam os consumidores a optar pela energia FV é a redução da conta de energia, maior liberdade e independência em relação a um mercado monopolizado, retorno do investimento entre três a sete anos, equipamentos com 25 anos de garantia e valorização do imóvel em +2,7% a +5,4%. A Absolar tem uma proposta, inclusive, que vem sendo discutida com vários agentes do setor, baseada na criação de uma linha de financiamento específica para pessoas físicas e jurídicas por bancos públicos e privados. “E as diretrizes que passamos para esses players são: prazo de amortização de 8 a 10 anos; prazo de carência de ao menos um ano; taxa de juros competitiva; incentivo às pessoas físicas via cooperativas de crédito e geração compartilhada; e valorização de componentes fabricados no Brasil”, enumerou Raphael Roque, secretário do Grupo de Trabalho de Financiamento da Absolar, no painel “Financiamento para Geração Distribuída”. Modelos de negócios que viabilizam a GD expandem-se rapidamente no Brasil, ocorrendo, inclusive, duran-
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te o período de pandemia. A Athon Energia, por exemplo, nasceu focada na construção e locação de GD remota. Portanto, seus clientes não investem. “No nosso modelo de negócios, os consumidores alugam a usina e o aluguel da cota-parte em si já é menor do que as contas convencionais de energia”, explica Daniel Maia, fundador da Athon Energia, no mesmo painel. “Normalmente, trabalhamos com contratos de longo prazo, com grandes clientes, que tenham diversas unidades consumidoras dentro de uma mesma distribuidora.” A empresa tem aproximadamente 85 MWp operacionais no portfólio (são 60 MWp próprios e 25 MWp de terceiros, tanto na parte comercial como na operação da própria usina). O compromisso é implantar mais 150 MWp nos próximos três anos, com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão. Hoje administra cerca de 10 mil unidades consumidoras e possui 60 usinas. “Grandes cidades verticais e metrópoles como São Paulo precisam da GD remota. Quando falamos em 7 GW, significa que foram investidos R$ 30 bilhões nos projetos do Brasil nos últimos três anos”, acrescenta Maia. Já o banco BV tem uma carteira de crédito acima de R$ 73 bilhões, sendo o carro-chefe o financiamento de veículos. O foco em energia solar é a geração distribuída em residências. “O mercado de energia solar tem crescido absurdamente”, afirma Flavio Suchek, diretor-executivo do banco BV. “A sensação no mercado solar é que as projeções são sempre superadas. O mercado apresenta potencial de representar aproximadamente 30% da matriz energética brasileira em 2040, com
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cerca de 50% das vendas financiadas. Nossa instituição alcançou mais de R$ 1,5 bilhão de carteira no segundo trimestre deste ano”. Uma das propostas do banco é o “Programa Meu Financiamento Solar”, solução digital completa para financiamento de projetos de energia solar, de forma simples, rápida e segura. O banco financia 100% do projeto (equipamentos e instalação). Para pessoas físicas, abarca projetos até R$ 500 mil e para pessoas jurídicas, projetos até R$ 3 milhões, com 120 dias para pagar a primeira parcela. O prazo para quitar o financiamento é de até sete anos, com taxas a partir de 0,69% ao mês para projetos de micro e minigeração. Aproveitando a Intersolar, o banco pré-lançou o BV Relacionar, programa de relacionamento para os integradores, a fim de fomentar mais negócios. Desde 2014, o Sicredi (instituição financeira corporativa) dispõe de uma linha de crédito para financiamento de projetos de energia solar, para pessoa física e jurídica, e tem também forte atuação no agronegócio. As soluções oferecidas incluem produto de crédito, consórcio e captação de recursos. É possível obter taxas a partir de 0,5% pré-fixado ao mês no financiamento de projetos de energia solar. “Temos uma linha de crédito com prazo de até 120 meses para financiamento do hardware (sistemas de montagem, inversores e módulos e equipamentos adicionais) e dos serviços para instalação da tecnologia”, cita Thiago Rossoni, superintendente de crédito do Sicredi. Em projetos de energia solar, a instituição possui uma carteira de R$ 4,3 bilhões e nos últimos 12 meses, essa carteira cresceu 113%. Em 2021, foram concedidos R$ 1,8 bilhão de crédito para este segmento e, em agosto, foram 3700 operações para este tipo de financiamento. O Sicredi oferece também o Consórcio Sustentável, que funciona como uma poupança programada, que permite adquirir o equipamento ecoeficiente a partir da contemplação por
sorteio ou lances. Existem planos de 60 a 120 meses para compra de geradores de energia solar ou eólico, equipamentos para tratamento de água e esgoto, de iluminação a LED, além de aquecedores solares para água. Em 2020, foram firmados pelo Sicredi dois acordos de parceria para captação de recursos no exterior: 1) BID - Banco Internacional de Desenvolvimento, para o repasse de US$ 110 milhões; e 2) JICA - Agência Internacional do Japão, no valor de US$ 100 milhões. Em 2021, a instituição firmou parceria com a IFC - International Finance Corporation para captação de US$ 120 milhões para financiar projetos de energia solar dos associados em todo o Brasil.
Novas tecnologias fotovoltaicas Para o desenvolvimento de um mercado menos exposto a solavancos internacionais, é fundamental o desenvolvimento de uma cadeia produtiva interna, porém de forma competitiva, disse no painel “Novas Tecnologias Solares Fotovoltaicas e Processos” o vice-presidente de cadeia produtiva da Absolar, Nelson Falcão. “Não queremos impor um protecionismo artificial, mas sim manter fábricas de ponta no Brasil, pertencentes a todos os elos da cadeia produtiva do setor, e nossa intenção é desenvolver essa cadeia de valor por meio das linhas de financiamento”. A entidade considera importante também estabelecer logística reversa e gestão de resíduos responsável
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
adequada às características da tecnologia em questão. Uma das empresas presentes no painel, que aconteceu no segundo dia do Congresso, foi a chinesa LONGi, produtora de wafers e módulos solares. Em 2020, a empresa vendeu 24,5 GW de módulos pelo mundo e aumentou seu parque fabril para 50 GW de capacidade. Com mais de 700 patentes próprias, também investiu US$ 399 milhões em P&D no ano passado. Seu portfólio de produtos disponíveis no Brasil consiste basicamente de duas linhas de painéis: HI-MO4 (até 460 Wp) e HO-MO5 (até 549 Wp), ambos mono e bifaciais. A LONGi adiantou que vai lançar no segundo semestre de 2022 o painel HI-MO N, com potência de 570 W, com a incorporação da tecnologia N-Type, com contato híbrido passivado, que permitirá um aumento de potência e eficiência, retardando a degradação do painel. De acordo com a empresa, o equipamento pesa 32,3 kg, abriga células de 182 mm e ultrapassa potência de 22,3%. Integra o painel uma solda inteligente, que permite aumentar em 3% a sua eficiência e diminuir o estresse mecânico entre os materiais. Outras características: diminuição do coeficiente de temperatura, melhoria da absorção das irradiações mais baixas; degradação de 1% no primeiro ano e potência nominal final de 87,4% ao final de 30 anos. Oxford PV
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Intersolar South America 2021
Shutterstock
Na área de sistemas de rastreamento solar, destaque para a empresa Nextracker, que no ano passado entregou mais de 12 GW, e acumula a marca dos 50 GW em sistemas de seguidores solares em seis anos de atuação, com receita anual de US$ 26 bilhões. Neste momento, a empresa foca no mercado brasileiro, com 2,9 GW instalados. Segundo Juliana Santos, gerente de operação e ativos da Nextracker, o produto deve casar o design mecânico com o software para obter uma produtividade expressiva. “Hoje, oferecemos trackers com 1,3% de inclinação de estaca a estaca. Isso é possível através de uma caixa redutora que é mais robusta, aliada a algumas alterações no tubo.” Ela também cita alguns ganhos adicionais que o tracker pode trazer aos módulos bifaciais: altura ideal entre o módulo e o tubo, de forma a não fazer sombra; não criar hot spots; e ajudar a refletir um pouco da energia solar justamente por ter o tubo circular. Na área de software, a empresa comercializa o TrueCapture, tecnologia que permite aos trackers moverem-se de forma individual, eliminando os impactos que são gerados no momento da construção da usina, além de aumentar a eficiência da geração de energia quando o tempo está nublado. E para mitigar os fatores climáticos, a empresa oferece uma série de versões de trackers, voltadas para cada tipo de intempérie: modo furacão; modo granizo; modo de vento; modo de neve; e modo de inundação.
FotoVolt - Nov-Dez - 2021
Qualidade, segurança, treinamento e normas A geração fotovoltaica no Brasil exibe até aqui uma tendência para sistemas de pequeno porte (são 62% da potência FV instalada), segmento que tem atraído cada vez mais profissionais antes dedicados a outras áreas, que costumam deter pouco conhecimento prévio do assunto — infelizmente há uma boa parcela de fornecedores que não dominam o conteúdo técnico necessário para construir sistemas solares eficientes e produtivos. Por isso é tão importante o tema “Qualidade, segurança, treinamento e normas”, objeto de painel específico no Congresso. O desenvolvimento de um sistema fotovoltaico compreende as etapas de projeto, execução, comissionamento, operação e manutenção. Para todas elas, o treinamento e a capacitação dos profissionais são cruciais. O comissionamento tem um importante papel de avaliar se a execução do projeto está adequada, devendo ser exigido em todos os projetos FV, independente de sua potência. “Os testes de comissionamento têm como principais objetivos identificar os problemas de equipotencialização entre as estruturas e o aterramento; verificar a polaridade; enumerar os módulos conectados em série nas strings, de modo a evitar o curto-circuito e correntes reversas no sistema; e apontar as falhas de isolamento”, lista a pesquisadora da UFSC Universidade Federal de Santa Catarina, Marília Braga. Ensaios complementares devem ser executados em projetos de grande porte, de maneira a mitigar riscos — e devem ser realizados,
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
quando possível, por uma instituição independente. “As normas técnicas estão aí para zelar pela segurança e qualidade dos sistemas solares de menor porte também. Isso é relevante porque a projeção é que se termine 2021 com quase 10 GW de GD”, alerta Marcelo Almeida, presidente da ABENS - Associação Brasileira de Energia Solar. “Podemos ter esse pico de instalações e, por problemas técnicos, de qualidade e segurança, ocorrer uma perda de confiança na tecnologia FV no Brasil.” Almeida lembra que algo similar aconteceu há anos na área de solar térmica, no que se refere a projetos para aquecimento de água. Houve um crescimento grande de instalações, mas a qualidade não era a ideal, e foram registrados muitos problemas. Normas e certificação – O Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia promove a regulamentação técnica da qualidade
Intersolar South America 2021 e requisitos de avaliação da conformidade para equipamentos de geração, condicionamento e armazenamento de energia elétrica em sistemas FV. Esses regulamentos contemplam requisitos técnicos, de segurança, desempenho energético, declaração da conformidade do fornecedor, ensaios e etiquetagem e acompanhamento e vigilância do mercado. Os requisitos de desempenho energético consistem em estimular melhores níveis de desempenho energético dos seguintes produtos: módulos (melhor conversão de radiação solar em energia elétrica); inversores (menores perdas na conversão de corrente); baterias (manutenção da capacidade de armazenamento após ciclos de carga e descarga). Já a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas criou uma Comissão de Estudos Especiais – CEE 253 – para unificar os trabalhos já executados pela instituição na área de energia solar, sob coordenação da
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Absolar. Prováveis temas cobertos: terminologia, energia solar térmica, painéis e células fotovoltaicas, sistemas estruturais, sistemas de controle e gestão, instalação e manutenção. “Queremos padronizar a cadeia de valor nos trabalhos de normalização e não olhar apenas a questão técnica, para aumentar a eficiência, qualidade, segurança e competitividade do mercado solar”, sublinha Nelson Al Assal Filho, diretor de normalização da ABNT. “É fundamental desenvolvermos um trabalho interdisciplinar com outros setores, como o eletroeletrônico, nanotecnologia, automação, construção civil, automotivo, hidrogênio, etc. A norma é técnica, mas seu uso é estratégico. Estamos aqui para gerar uma estratégia de padronização nacional da cadeia de valor do setor FV e termos uma indústria estruturada com crescimento sólido.”
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FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Este guia apresenta vários tipos de módulos fotovoltaicos oferecidos no mercado nacional, tanto fabricados localmente e/ou importados. São detalhadas as características técnicas desses produtos, como tipo de célula, rendimento, potência, tolerância, dimensões, peso, etc., a fim de facilitar a seleção pelo usuário.
Axitec (71) 99295-2723 Balfar Solar (44) 3422-7480 contato@balfarsolar.com.br
BYD (19) 3514-2550 vendas@byd.com
Canadian Solar (11) 4637-2276 Chint (11) 99353-4574
JA Solar (11) 98187-8725
energiasolar@lojaeletrica.com.br
Mysolar (*) www.imysolar.com sales@mamibot.com
Nativa (85) 3133-1026
nativasolar@acdgroup.com.br
•
• • •
120, 144
(*) A empresa procura por representante para o Brasil
Peso (kg)
Dimensões (mm)
Corrente curto-circuito (Isc)
Tensão circuito aberto (Voc)
Corrente máxima potência (Impp)
Tolerância (%)
Potência máxima (Wp)
Rendimento módulo (%) 18
405 a 595
20,60 a 326,00 21,23 a 440
166, 182
21,52
9,7
48,6
10,2
1.986 × 1.004 23 a 26 10 × 35
144
41,59 a 2.439 × 1.133 30,7 12 13,06 54,23 13,89 × 35 45,57 3
410 a 550
30
25
1.868 x 1.134 23 a 25, 12-15/ 33,82 a 8,61 a 40,92 a 9,13 a × 30 a 2.256 × 28,40 35 80 38,93 13,01 46,73 13,69 1.133 × 35 42,04 13,08 49,44 13,74
2.256 × 1.133 × 35
28
12
30
2.112 × 1.052 24,5 a 41,52 a 10,84 a 49,7 a 11,36 a 12 25, 30 × 35 a 2.465 × 33,4 45,53 13,29 53,61 14,08 1.134 × 35 2.094 x 1.038 23,5 a 20,3 a 440 a 41,81 a 10,52 a 11,29 a 12 25/85 0/+5 49 a 50 × 35 a 2.256 × 29 21,4 545 42,2 12,91 13,72 1.133 × 35 10 a 440
20,1 a 370 a 21,50 650
•
41,1
20,3 a 450 a 21,6 605
36/ 60/72/ 10 a 60 144 19,92
•
Solarborn, • China
1,25
2.094 × 1.038 24,1 a 25-30/ 19,52 a 425 a 40,53 a 10,49 a 48,49 a 11,24 a 12 + 5W × 35 a 2.256 × 29 80-84 21,10 540 42,05 12,84 49,81 13,53 1.133 x 35 120, 2.108 × 1.048 24,3 a 25, 30, 20,6 a 435 a 0~+ 34,1 a 10,75 a 40,5 a 11,42 a 12 × 35 a 2.384 × 132, 37,9 32 21,6 670 10W 41,7 17,32 49,7 18,57 1.303 x 35 144
72
Kript, China • •
400
144
60 a 72
166, 182
DAH Solar, • China
China
20,1
144
•
henry.quege@jasolar.com
Loja Elétrica (31) 3218-8000
144
•
vendas@heliusenergy.com.br
jng@jng.com.br
•
Jinko e • Osda, China
Helius Energy (51) 3181-0310
JNG (11) 2090-0550
72
• • •
renan.juliatti@chintglobal.com energeasy@energeasysolar.com.br
•
•
sales.br@csisolar.com
Energeasy (54) 99268-6494
1.724 × 1.134 21,80 a 108 e 108 e 20,5 a 400 a - 0 31,20 a 12,83 a 37,10 a 13,73 a 15 25/85 × 30 a 2.279 × 28,50 144 144 21,1 545 /+5 41,85 13,03 49,70 13,91 1.134 x 35
•
info-br@axitecsolar.com
Número de células on-grid
Fabricante País
Número de células off-grid
Empresa Telefone Email
Outras características
Outros
Silício monocristalino Silício policristalino Silício amorfo Cd-Te CIGS Células orgânicas Híbridos Bifaciais
Película fina
Características elétricas (STC)
Garantia desempenho (anos/% potência nominal)
Tipo de módulo
Garantia contra defeitos fabricação (anos)
Da Redação de FotoVolt
Tensão máxima potência (Vmpp)
Guia - 1
Módulos solares fotovoltaicos
+5
16,5 a 10,86 40,50 37 a 41
49
11,30
2.108 × 1.048 × 35
10 25/80
9,3 a 40,21 a 9,93 a 17,46 46,30 18,12
400 a 40,85 a 10,77 a 48,52 a 11,24 a 2.094 × 1.038 0~+5 × 35 500 41,32 10,89 49,06 11,38
24
25
30
12
25
Guia - 1
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Renesola (11) 94550-3501
ricardo.andrade@renesola.com
Renovigi (49) 99125-3422 suporte2@renovigi.com.br
Renesola, China
•
ricardo.marchezini@risenenergy.com
Serrana Solar (54) 3039-9999 serrana@serranaenergia.com.br
Talesun, China
Soprano (54) 2101-7001 Talesun (19) 99980-8510
•
anna.rosa@talesun.com
faraujo@tecfasabrasil.com.br
Varimaster (11) 5613-2000 chint@varimaster.com.br
Vsun Solar (*) www.vsun-solar.com pamela.pan@vsunsolar.com
Osda, China • Vietnã
•
China
•
• •
•
25,5 a 25/ 12 28,6 83,1-98
42,10 13,07 49,90 13,80
2.256 × 1.133 × 35
29
12 25/80
41,46
2.008 × 1.002 × 35
25
12 25/80
21,5
144
20,38
• 144
182
20,4 a 400 a 0 ~ 33,8 a 9,89 a 40,3 a 10 a 2.465 × 1.134 31,5 12 × 35 21,1 660 +3% 45,25 12,76 53,87 13,65
60
60
19,2
310 a 360
20,7
450 a 1,25 585
144
20,37
450
40,16 a 10,54 a 452,64 11,19
144
20,1
445
41,25
21,3
525 a 550
• 144
• •
410
5
+5
0~ +3
Garantia desempenho (anos/% potência nominal)
Peso (kg)
Dimensões (mm)
Corrente curto-circuito (Isc)
Tensão circuito aberto (Voc)
Corrente máxima potência (Impp)
Tensão máxima potência (Vmpp)
Rendimento módulo (%)
Potência máxima (Wp)
550 a +3 566,50
22 a 10, 25, 30 33,3 12
144
• •
automacao@weg.net
info@znshinesolar.com
144
Open Renewables, • • Portugal
WEG (47) 3276-4000 Znshine Solar (*) www.znshinesolar.com
• •
eletrica@soprano.com.br
Tecfasa (67) 98141-0057
72, 1.956 × 992 × 72, 110, 16,75 a 325 a 37,6 a 8,65 a 45,9 a 9,16 a 40 a 2.274 × 0~+5 • 110, 144 21,1 545 41,07 13,27 49,65 13,94 1.134 × 35 144 2.178 × 996 × 20,1 a 445 a 41,25 a 10,8 a 49,6 e 11,41 a 40 a 2.279 × 5 21,32 545 41,93 13,04 49,75 13,93 1.134 × 35 1.754 × 1.096 110 a 20,1 a 400 a 31,46 a 10,80 a 41,20 a 11,40 a × 30 a 2.384 × • 150 21,1 650 43,10 17,25 51,23 18,26 1.096 × 35
• •
Risen, China •
Risen Energy (11) 97027-799
Número de células on-grid
Fabricante País
Número de células off-grid
Empresa Telefone Email
Outras características
Outros
Silício monocristalino Silício policristalino Silício amorfo Cd-Te CIGS Células orgânicas Híbridos Bifaciais
Película fina
Características elétricas (STC)
Garantia contra defeitos fabricação (anos)
Tipo de módulo
Tolerância (%)
34
9,89
49,92 10,54
1.660 × 990 × 40
19
25
10 25/20
34,12
9,10
40,09
9,58
41,4
10,87
49,6
11,58
2.009 × 1.038 23,5 15 × 35
30
50
11,5
2.108 × 1.048 24,4 12 × 35
25
49,6
11,4
2.108 × 1.048 24,5 12 25/80 × 35
10,8
40,8 a 12,88 a 49,1 a 13,6 a 2.256 × 1.133 41,8 13,16 50,1 13,9 35/30
33
12
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(*) A empresa procura por representante para o Brasil
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 115 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, novembro/dezembro de 2021. helius_novembro_2021.pdf 1 12/11/2021 Este e muitos outros guias estão disponíveis 12:59:28 on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
Armazenamento de energia
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FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Energia solar e veículos elétricos impulsionam o mercado Jucele Reis, da Redação de FotoVolt
No congresso Intersolar South América, vários painéis discutiram o panorama promissor do mercado de armazenamento de energia, tendo em vista a perspectiva de demanda crescente por soluções em função da expansão das fontes renováveis intermitentes e dos carros elétricos. Foram abordados temas como tecnologias inovadoras, regulação e novos negócios, além dos entraves existentes, como a alta carga tributária. Esta reportagem destaca os principais pontos dos debates.
D
e acordo com projeções da BNEF - Bloomberg NewEnergy Finance, até 2050 mais de 30% da matriz elétrica brasileira será composta de energia solar fotovoltaica e cerca de 14% de eólica. O aumento da penetração das fontes renováveis variáveis na matriz elétrica implica a necessidade de mecanismos que assegurem a segurança de suprimento. Nesse contexto, a perspectiva é de que os sistemas de armazenamento de energia evoluam e se tornem cada vez mais competitivos. O estudo da BNEF prevê ainda que, nesse período, o armazenamento distribuído atinja 11 GW, equivalente a 2,9% da matriz elétrica brasileira. Devido à sua importância, o tema foi pauta de várias sessões do congresso da Intersolar South America, realizado em outubro, em São Paulo. Entre os incentivos para a evolução dos sistemas de armazenamento, estão a adoção do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) Horário, que passou a vigorar em janeiro de 2021, e pode trazer vantagens financeiras para os consumidores por meio do melhor gerenciamento da energia consumida, e para os geradores que consigam despachar nos horários com maior re-
A evolução e os obstáculos para o desenvolvimento dos sistemas de armazenamento de energia foram pauta de várias sessões do congresso da Intersolar South America, realizado em outubro, em São Paulo. muneração. Para os consumidores em média tensão, o load shifting, funcionalidade na qual o sistema carrega fora dos horários de ponta, com a tarifa mais barata, e descarrega nos horários de ponta, com a tarifa mais cara e o peak shaving, que prevê redução no Montante do Uso do Sistema de Distribuição/Transmissão (MUSD/ MUST), podem ser grandes oportunidades para investimento em soluções de armazenamento. De acordo com
Guilherme Nizoli, da NewCharge Energy, os mecanismos de precificação têm avançado e ainda devem evoluir com a modernização do setor elétrico, visando emitir sinais de preço eficientes aos agentes do setor. “Com tais mecanismos, que buscam valorar a energia nos momentos em que ela é mais necessária, ou atributos atrelados à capacidade firme, como proposto pela separação de lastro e energia, por exemplo, há incentivo para implementação de
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Armazenamento de energia
A questão da regulação para sistetecnologias que podem fazer este desmas de armazenamento no Brasil foi locamento de consumo ou geração, ou garantir a disponibilidade imediata tema dos debates do marco da geração de potência como o armazenamento”, distribuída, o PL 5829/2019, que foi completa. Ainda segundo ele, em um aprovado recentemente na Câmara cenário de seguidas crises hídricas, dos Deputados e agora espera aprodificuldade na implementação de provação do Senado para seguir à sanção jetos hidrelétricos e elevados preços presidencial. O documento introduz praticados por usinas termelétricas, algumas possibilidades para o armaé natural que soluções como o armazenamento de energia. São pontos de destaque: a definição de fontes despazenamento cresçam e tenham custos mais reduzidos. cháveis contemplando fonte solar fotoSegundo Gustavo Malagoli Buiatti, voltaica com pelo menos 20% de capadiretor de desenvolvimento de negócidade de armazenamento, a definição cios e tecnologia da Alsol, o armazede microrredes com sistemas de arnamento de energia, que há pouco mazenamento e a obrigatoriedade de tempo era visto como uma tendência, a distribuidora de energia atender as já é realidade, e tem crescido princisolicitações de acesso de sistemas com ou sem armazenamento de energia palmente em projetos off-grid, que não bem como dos sistemas híbridos. Oudependem de regulação. “Sistemas fotovoltaicos têm sido associados a tra mudança que abre oportunidades tecnologias de armazenamento em para os sistemas de armazenamento é a definição de minigeração limitada a locais remotos, favorecendo o acesso à eletricidade e substituindo os gera3 MW para fontes não despacháveis, e dores a diesel”, afirma. a 5 MW para fontes despacháveis. Nos projetos conectados à rede, a De acordo com Guilherme Susteras, ausência de regulação é vista como diretor da SunMobi, é uma linha muito um entrave para o embasamento de tênue incluir o tema do armazenamencontratos e garantia da segurança juríto de forma explícita na lei sem engessar a forma de introduzi-lo no sistema. dica e regulatória aos consumidores e “Uma lei é perene. E não sabemos empresas do setor. como serão as tecnologias e as “Atualmente, pela aplicações de armazenamento nos falta de regulamenpróximos anos. Então, elas foram to, principalmente para os projetos citadas na lei de forma a abrir a porta para as possibilidades on-grid que exigem sem, no entanto, enquadrá-la em interação com usos e aplicações”. Segundo ele, ativos de terceiros a regulação deve acompanhar o (distribuição/transmercado, e não o contrário. “A missão), há necessiAneel e EPE devem ser seguidodade de tratamento Guilherme Nizoli, da NewCharge caso a caso. No caso Energy: “Em um cenário de seguiras do debate, e não líderes dessa das crises hídricas, dificuldade de grandes projediscussão”, afirmou. “A regulação na implementação de projetos tos, os diálogos entem a tarefa de aprender com o hidrelétricos e elevados preços volvem o regulador, mercado e adaptá-lo para a realipraticados por usinas termelétrioperador, órgãos cas flexíveis, é natural que soluções dade. A resposta de como o armade licenciamento como o armazenamento cresçam zenamento deve ser contemplado ambiental, entre no sistema elétrico brasileiro deve e tenham custos mais reduzidos” outros; nos projetos vir do mercado. A regulação deve menores, atrás do medidor, é necesságarantir os aspectos técnicos, visando o rio dialogar com a distribuidora para desenvolvimento do mercado e o livre viabilizar o paralelismo com a rede acesso às redes, evitando abusos de elétrica”, destaca Nizoli. poder econômico”, completa.
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Por sua vez, Tiago de Barros Correia, CEO da RegE Consultoria, acredita que a regulação não é um fim, e sim um meio para o desenvolvimento do mercado, que neste caso está associado a uma prestação de serviço público. “O acesso à energia elétrica permite desenvolvimento e qualidade de vida. Então, o acesso deve ser universal e, nesse caso, fica difícil que as balizas sejam apenas de mercado. A regulação tem de atuar de maneira a reduzir algumas falhas de mercado, garantir a universalização e os padrões técnicos”. Uma das dificuldades apontadas pela ausência de regulação é a inexistência de procedimentos definidos para a operação dos sistemas de armazenamento em regime de paralelismo com a rede. “Cada caso é tratado de forma individual com a distribuidora em questão, podendo levar a exigências de proteções e prazos mais longos até a implementação do projeto”, afirma Nizoli. De acordo com ele, com o paralelismo, a operação se torna mais flexível, já que é possível atender parcialmente a carga, possibilitando otimização do dimensionamento do sistema, economia de Capex e ainda a prestação de serviços, como a redução da demanda (peak shaving), que só podem ser feitos em paralelo com a distribuidora. A Aneel realizou de setembro de 2020 a março de 2021 a Tomada de Subsídios nº 11/2020 sobre Sistemas de Armazenamento, a fim de receber contribuições dos interessados no processo de elaboração de proposta regulatória com vistas à inserção de sistemas de armazenamento no setor elétrico brasileiro. De acordo com Nizoli, na TS, a Aneel abordou aspectos mais básicos do tema, como: principais tecnologias de armazenamento e suas diferentes aplicações, mercados internacionais, barreiras políticas e regulatórias para inserção, definição, multiplicidade de receitas, mudanças na estrutura do setor elétrico e do papel dos agentes, agregadores de
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movidos à combustão. Com a evoluenergia, acesso ao sistema elétrico, ção da mobilidade elétrica, o mercado entre outros. Na segunda etapa da TS, global de armazenamento deve atingir realizada de junho a setembro de 2021, US$ 280 bilhões em 2027 – em 2020, o a entidade tratou de diferentes tipos montante chegou a US$ 120 bilhões, e de recursos energéticos distribuídos, a US$ 88 bilhões em 2017 --, o que tem como usinas virtuais, microrredes, impulsionado o desenvolvimento de geração distribuída, e também sobre novas soluções. o papel do consumidor de Dentre as tendências energia elétrica, medidas tecnológicas, a bateria de para digitalização do SEB, íon lítio têm sido cada vez experiências internacionais, mais utilizada devido ao neutralidade tarifária, remuseu desempenho e queda de neração dos serviços, criação custo em função da produde novas figuras (como a ção em massa pelas indúsdo agregador independente) trias chinesas. Porém, os e resposta da demanda. Patricio Rodolfo Impinnisi, A continuidade do processo é pesquisador do Lactec: “Uma fabricantes têm pesquisado alternativas, como tecnoa criação de uma consulta pú- corrida tecnológica está em curso, e as empresas estão logias de metais metálicos, blica para análise do impacto buscando baterias que eletrólito sólido, de fluxo, regulatório, a qual tem sido atendam a vários requisitos, metal-ar. “Uma corrida tecaguardada pelos agencomo autonomia, segurança, tes do setor. carga rápida, custo competi- nológica está em curso, e as empresas estão buscanOutro entrave para o detivo, durabilidade e sustendo baterias que atendam tabilidade, entre outros” senvolvimento do mercado a vários requisitos, como de armazenamento destacado autonomia, segurança, carga rápida, no evento é a alta carga tributária, custo competitivo, durabilidade e susque atualmente atinge quase 80%, tentabilidade, entre outros”, afirma considerando imposto de importação, Patricio Rodolfo Impinnisi, pesquisaIPI, PIS/Cofins, ICMS, etc. Segundo dor do Lactec - Instituto de TecnoloNizoli, o governo precisa baixar as gia para o Desenvolvimento. Segundo alíquotas incidentes sobre os sistemas ele, outros desafios também permeiam de armazenamento, pois existe muita o desenvolvimento de novas soluções, demanda reprimida por conta da elecomo a utilização de elementos mais vada carga tributária. “A tributação abundantes para evitar a dependência. excessiva não incentiva o consumo “Cada solução tem as suas vantagens deste tipo de equipamento e acaba, e limitações. Nenhuma é capaz de por sua vez, contraditoriamente reduatender a todos os requisitos e provazindo a arrecadação do governo com velmente nunca será. É preciso escoeste segmento. Por fim, a pandemia de lher entre vantagens e desvantagens”, Covid-19 e a crise dos semicondutores completa. trouxeram novos desafios a serem suUm dos desafios principais é auperados, com o aumento de custos da mentar a densidade de energia – a matéria prima, logística e dos prazos meta é atingir 500 Wh/kg – e, ao mesde entrega”, conclui. mo tempo, garantir a segurança. Atualmente, as tecnologias disponíveis Tecnologias de baterias chegam a 250-300 Wh/kg. As baterias de estado sólido são uma aposta de Entre os sistemas de armazenamendiversas companhias, pois possuem to, as baterias já estão na vanguarda eletrólito sólido em vez de líquido, forpor conta do crescimento do mercado necendo maior densidade de energia, de veículos elétricos, haja vista que além de capacidade de trabalhar em muitos países já estabeleceram datas temperaturas mais extremas, maior para a extinção da fabricação de carros
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autonomia e menor tempo de carregamento. A previsão era de que apenas em 2025 surgiriam protótipos de bateria de estado sólido, mas a Mercedes Benz anunciou no fim de 2020 o uso comercial da tecnologia em seu ônibus elétrico articulado. “É uma bateria que ainda não explora tudo que a tecnologia de estado sólido promete, mas é uma solução que já está começando a ficar disponível comercialmente”, destaca Impinnisi. “A complexidade da produção de uma bateria de estado sólido implica custos. Fabricá-la a baixo custo ainda é um desafio”, alerta. Outras companhias também estão na competição. Segundo o pesquisador, a Samsung está investindo no desenvolvimento de uma bateria com autonomia de 800 quilômetros, com compósito de prata e carbono na superfície do eletrólito líquido. O equipamento, cujo protótipo deve ser lançado em 2025, promete ser 50% menor em relação às tradicionais baterias de íon de lítio. Por sua vez, a Toyota, em parceria com a Panasonic, pretende criar uma bateria de carga rápida com durabilidade de 30 anos e perda de desempenho de apenas 10% ao longo da vida útil. “Somos bombardeados a toda hora com novas tecnologias, mas há um abismo entre um protótipo de laboratório e um produto comercial. Obter um protótipo
comercial exige muitos anos de teste”, destaca o pesquisador. Por sua vez, os sistemas de armazenamento associados a fontes renováveis ainda contam com soluções incipientes no Brasil, de acordo com Impinnisi. Para ele, uma das alternativas viáveis no mercado brasileiro são as baterias chumbo-ácido, pois o País possui domínio da tecnologia e disponibilidade de matéria-prima. “Tais baterias suportam altas temperaturas, são baratas e fáceis de reciclar, embora tenham menor densidade de energia. O lítio não é um elemento químico abundante no Brasil e não é facilmente reciclável”, afirma. Segundo o pesquisador, as baterias de íon de lítio foram impulsionadas pelo mercado de celular e acabaram invadindo outras aplicações, haja vista a imensa capacidade de produção da China, que provoca redução de custos. “É uma bateria com bom desempenho, mas é sensível à temperatura”, alerta. “Do ponto de vista tecnológico, não há motivo para a íon lítio substituir a bateria chumbo ácida em aplicações fotovoltaicas no Brasil”, destaca. Segundo Impinnisi, outra tecnologia viável para a indústria brasileira é a de chumbo carbono. A solução apresenta correntes de carga e descarga mais elevadas, maior densidade de energia
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e vida útil prolongada. “Essa bateria também pode ter aplicabilidade em veículos híbridos de pequeno porte”, acrescenta. A bateria de fluxo também é vista como uma alternativa competitiva para sistemas fotovoltaicos pelo pesquisador, desde que a autonomia seja superior a 4 horas. “Elas são grandes, pois precisam de bombas, mas representam boas soluções em aplicações estacionárias de grande porte”, conclui.
Energia solar e baterias de segunda vida Também impulsionada pela iminente transição para a mobilidade elétrica, o laboratório de Fotovoltaica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina tem desenvolvido um projeto que avalia o uso de baterias de segunda vida de veículos elétricos em diversas aplicações. Com o aumento da frota elétrica, a previsão é de que haverá uma grande quantidade de descarte de baterias, haja vista que elas vão perdendo sua capacidade de reter carga, diminuindo a autonomia do automóvel, sendo geralmente substituídas quando atingem 80% da capacidade original. Desta forma, a perspectiva é de que o volume de baterias de segunda vida que em breve estará disponível poderá entrar no mercado da geração distribuída de forma competitiva.
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O estudo empreendido pela UFSC destaca possibilidades de uso das baterias elétricas de segunda vida em aplicações que unem mobilidade elétrica, energia solar e armazenamento de energia, como, por exemplo, na recarga dos veículos elétricos. Neste caso, a energia gerada pelos módulos fotovoltaicos é armazenada em um sistema composto pelas baterias de segunda vida, que depois supre a estação de carregamento, dispensando conexão à rede elétrica. “Os veículos elétricos vão representar uma demanda energética maior do sistema, e a energia solar fotovoltaica associada com baterias de segunda vida pode ajudar na melhoria da infraestrutura para recarga”, afirma a pesquisadora Marília Braga, da UFSC.
Hidrogênio verde O hidrogênio verde é outra solução cotada para o armazenamento de energia e é também considerado uma tecnologia promissora para a descar-
Armazenamento de energia bonização da economia das matrizes energéticas do mundo. De acordo com Javier Toro, assessor técnico da GIZ - Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH, a agência alemã de cooperação internacional, vários países têm estratégias para o desenvolvimento de mercado para o hidrogênio. A aposta no H2 como uma fonte de transição energética é embasada por ser um combustível que não produz emissões de gás de efeito estufa e tem como produto final água, além de poder integrar fontes renováveis e atuar como armazenador de energia. Recentemente, o Brasil lançou o Programa Nacional de Hidrogênio com as principais diretrizes para promover o desenvolvimento da indústria e do mercado de hidrogênio no Brasil. De acordo com Toro, a criação de um mercado para o H2 verde no Brasil requer o desenvolvimento de um quadro jurídico-regulatório específico,
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tecnologias para produção em larga escala e redução de custos de produção, melhorias no armazenamento e transporte, além de novas linhas de financiamento e a capacitação de profissionais. A Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde, criada pelas Câmaras Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro e de São Paulo, visa promover parcerias e oportunidades de negócios entre empresas e instituições brasileiras e alemãs, e diversas ações para impulsionar o desenvolvimento do hidrogênio verde e tecnologias PtX no Brasil. O projeto tem o objetivo de apoiar o governo brasileiro na implementação de tecnologias de armazenamento de energia em larga escala, prestando consultoria a tomadores de decisão, reguladores, concessionárias de energia e operadores de rede elétrica em relação à avaliação das possibilidades técnicas e à definição das estruturas necessárias e adequadas.
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Sistemas de armazenamento de energia elétrica
Um estudo da consultoria Greener em parceria com a NewCharge aponta que até o final da década o mercado de armazenamento de energia vai demandar investimentos superiores a R$ 5 bilhões ao ano em aplicações off grid e atrás do medidor. Este guia lista fornecedores desses sistemas, informando características como tecnologia empregada, tensão nominal, capacidades, etc.
adalberto.moreira@grupomoura.com
BYD (19) 3514-2550 vendas@byd.com
HDS Sistemas (41) 2109-8800 contato@hdspr.com.br
Primus Power (1) www.primuspower.com sales@primuspower.com
Renovigi (49) 99125-3422 suporte2@renovigi.com.br
EUA
• • •
•
kVA
kVA
25
125
5
200 a 820 220
70
Fluxo de zincobromo
480 22 0,8 3 98 Lítio-íon 2, 4
3 a 5 25
Massa (kg)
Dimensões (mm)
0,8
1a
Faixa de temperatura ambiente (°C)
127, 220, 380
1a
Vida útil (anos)
• • 1.800 1.800
Chumbo 7a 10% ácidas 180 2 1,65 VRLA e 2.500 C10 ventiladas Chumbo 80 a carbono <3 95 e íons de lítio LFP – 3 88 fosfato de 1.800 1.834 842,4 655,2 ferro lítio 0,1C5, Alcalinas, 7a 1,42, 1,2,3 0,25 < 2 95 NL-Cd, 1, 6 1.330 1,75 VRLA C10
Vida útil (ciclos)
•
Dados gerais Corrente máxima de descarga (A)
-1a 1
Corrente máxima de carga (A)
380
Tensão mínima da bateria (V/cel)
• 1.260 1.577
Tensão máxima da bateria (V/cel)
•
Capacidade da bateria (Ah)
-1 a 1
Dados da bateria
Tecnologia
500 a
Para conexão CA Para conexão CC Monofásico Trifásico
Fabricante/país
Baterias Moura (81) 99187-5033
Distorção harmônica total (DHT) (% ) Eficiência do sistema (%)
Tensão nominal CC (V)
50 até 80 até • • • • >30MW >60MWh 380 1.500
• • • • 1.000
bruno@adelco.com.br
Fator de potência da rede (cos ϕ)
Tensão nominal da rede CA (V)
0,92 ≥ 5 90
Energia máxima CA (kWh)
360
Potência nominal CA (kW)
690
Empresa/telefone/e-mail
Adelco (11) 4199-7500
Corrente alternada máxima (A)
Da Redação de FotoVolt
Número de células
Guia - 2
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6,5 a 175
3.000 a 6.000 6.000 5
1.600 × -20 a 1.900 × 29.000 45 2.300
5, 20
125 820 200 225 225
20
100, 54 40,5 100 100 10.000 > 16 200
Saft (11) 4082-3292
100 2.500 1.500 96 Lítio-íon 1.385 1.000 1.680 1.680 20 • • • • 1,2 MVA MWh info.brasil@saftbatteries.com kWh SolaX Power (2) www.solaxpower.com.br -0.8~ 46,4 220/380 630 24,1 + <2 98 LFP 36 50 2,8 3,65 35 35 6.000 10 • • • • 15 0.8 ales@solaxpower.com StorEn (1) www.storen.tech 30 Fluxo de EUA • 30 120/240 48 105 84 40 48 105 105 20.000 > 20 • • 5 vanádio info@storen.tech kWh Volterion (1) www.volterion.com 24 a Alemanha 75 Redox 40 1,6 1,3 80 80 20.000 20 • • • 500 900 24 a 900 info@volterion.com
WEG (47) 3276-4000 automacao@weg.net
50 a
100 a
0,38 a 550 a
• • • • 10.000 100.000 34,5 kV 1.500
< 1 > 85
Lítio
6.000 15
(1) A empresa não tem representante no Brasil; (2) A empresa procura por distribuidor no Brasil
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 25 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, novembro/dezembro de 2021. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
Solar flutuante
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Usinas fotovoltaicas flutuantes (parte 2) – Aterramento e proteção contra raios Marc Fengel (M.Eng.), Tüv Süd Industrie Service GmbH, Karlsruhe (Alemanha)
Completando a visão panorâmica sobre esta tecnologia, iniciada na edição anterior de FotoVolt, esta segunda parte discute as questões atinentes à proteção contra raios e ao aterramento.
Proteção contra raios e aterramento Em geral, e sempre que possível, usinas fotovoltaicas (UFV) devem ser protegidas contra impactos diretos de raios por meio de captores independentes. As distâncias de segurança podem ser determinadas pelos seguintes métodos: • esfera rolante; • malhas; e • ângulo de proteção.
malp/stock.adobe.com
C
omo explanado na introdução deste artigo [15], a superfície dos lagos – aqui também compreendidas as represas e outros corpos de água similares – parece predestinada para geração fotovoltaica. Contudo, o que aparenta ser fácil à primeira vista, apresenta dificuldades práticas já sob o aspecto normativo. A seguir serão tratados os requisitos de proteção contra descargas atmosféricas e aterramento.
O método de uso mais comum é o da esfera rolante (modelo eletrogeométrico), segundo o qual, uma esfera fictícia é rolada sobre os captores da edificação ou estrutura, a partir de todas as direções possíveis. Para a classe de proteção III, o raio da esfera é de 45 m. Os captores devem ser dispostos de tal modo, quanto à posição e comprimento, que nenhuma parte dos equipamentos técnicos da edificação ou estrutura, nem do sistema de geração fotovoltaica, penetre na esfera. Caso contrário, os captores devem ser prolongados, reposicionados, ou devem
ser projetados captores adicionais. As distâncias de segurança para evitar descargas disruptivas e centelhamento perigoso devem ser definidas de acordo com a norma DIN EN 62305-3 [16]. [N. da R. – Para facilidade do leitor, as normas ABNT ou IEC equivalentes aproximadas são listadas em “Referências”, no final deste artigo.] Se as distâncias de segurança entre os captores e o sistema de geração FV não forem atendidas, o sistema de geração FV deve ser conectado ao sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA). Os
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componentes para tais conexões devem satisfazer os requisitos das normas DIN EN 62561-1 [17] a DIN EN 62561-4 [18]. Na água, o gerador FV está exposto ao campo eletromagnético não amortecido do raio; portanto, todos os seus componentes podem ser submetidos a correntes parciais ou totais dos raios. A zona externa ZPR 0 subdivide-se em ZPR 0A e ZPR 0B. Desde que a instalação seja provida de captores, o gerador FV situa-se na área de proteção do SPDA externo, ou seja, na zona ZPR 0B. Nas usinas fotovoltaicas flutuantes há um único arranjo FV ou diversos arranjos FV.
SPDA externo Uma estrutura FV flutuante consiste em uma construção metálica montada sobre flutuadores. Os flutuadores são feitos de material plástico, razão pela qual a estrutura de montagem condutiva deve ser considerada isolada do potencial da superfície da água. Tendo em vista que atualmente não há soluções universais válidas no que tange à proteção de usinas FV flutuantes contra raios, vale a pena examinar aplicações similares, nas quais as estruturas estejam expostas ao risco de impacto direto dos raios, sejam constituídas principalmente de metal, e estejam eletricamente isoladas da água. A seguir são consideradas diversas abordagens.
Situação 1 – Estrutura similar a uma instalação sobre um teto metálico Neste caso, admite-se que a superfície da estrutura metálica seja semelhante à de um gerador FV montado sobre uma edificação com cobertura metálica. Nesta situação, as distâncias de segurança não podem ser satisfeitas. Para proteção contra impacto direto dos raios devem ser previstos captores, e as conexões devem ser dimensionadas para suportar a corrente dos raios.
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Situação 2 – A estrutura assemelha-se a um iate Corpos metálicos flutuantes isolados da água assemelham-se a um iate com mastro metálico, estrutura metálica, e casco isolado da água.
O que dizem as normas A verdade está presente, em parte, em ambas as situações mencionadas. Em usinas FV flutuantes não há uma edificação, mas um complexo de diversas construções metálicas interconectadas sobre flutuadores. As distâncias de segurança não podem ser atendidas. Analogamente, de acordo com a norma DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3, Suplemento 5), Anexo E [19], as distâncias de segurança não podem ser atendidas sobre tetos metálicos. Portanto, devem ser executadas conexões que considerem as correntes parciais dos raios entre o SPDA e a estrutura de montagem. Transpondo este conceito para as estruturas de montagem flutuantes, resulta que as conexões entre o SPDA e a estrutura metálica de montagem devem ser dimensionadas para a corrente dos raios. A referida norma [19] prescreve que a estrutura de montagem seja conectada de ambos os lados à equipotencialização. Os materiais adequados para suportar a corrente dos raios, consoante tabela 8 da norma DIN EN 62305-3 [16], são os seguintes: • cobre, 16 mm2; • alumínio, 25 mm2; e • aço, 50 mm2. Na água deve ser levada em consideração a proteção contra corrosão, devido às influências ambientais da própria água e da respectiva salinidade, bem como de outras substâncias corrosivas. A tabela 6 da mesma norma [16] define também o dimensionamento das descidas. Para evitar corrosão deve ser empregado aço inoxidável ou zincado. Para uso na água é adequado, por exemplo, um cabo de aço inoxidável com seção mínima de 50 mm2.
Aterramento Nas instalações em telhado, o SPDA compreende captores, descidas e aterramento. O aterramento é, portanto, parte do SPDA externo, que conduz a corrente e a descarrega na terra. A equalização de potencial para proteção contra raios é realizada, por exemplo, conectando o SPDA à estrutura metálica da edificação e às demais instalações metálicas. A eficiência do eletrodo de aterramento depende do arranjo físico e das características do solo. A seleção do eletrodo deve considerar a resistividade do solo e o valor da resistência de aterramento exigido. Uma estrutura flutuante, porém, não tem conexão direta com o solo, de modo que a corrente dos raios não pode escoar para ele. Nesta situação, o modelo de SPDA dos iates pode ser uma possível solução [20]. Nos iates, o mastro de material condutor é ligado, por meio de parafusos de cabeça esférica e conectores, a diversas cordoalhas de cobre. Ali são conectados os cabos metálicos das velas. As extremidades livres das cordoalhas de cobre são mergulhadas na água, no mínimo a 1,5 m de profundidade, como parte do SPDA móvel. Naturalmente, todos estes componentes devem suportar as correntes dos raios (figura 4).
Medidas de proteção contra surto Desde a edição de outubro/2016 da norma DIN VDE 0100-712 [21] a seleção e instalação de dispositivos de proteção contra surto (DPS) para sistemas fotovoltaicos deve ser conforme o Suplemento 5 da norma DIN EN 62305-3 [19]. Se as distâncias de segurança em relação ao SPDA externo não forem satisfeitas, a seleção e coordenação da proteção “interna” contra raios e surtos deve observar os requisitos da norma DIN EN 62305-3 [22], tabela 1, local de instalação C, de tal modo que os
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Captor sem muito diferentes três pontos de instalação Conexão apta a suportar Conexão com a das instalações em terequerem DPS classe I. a corrente dos raios estrutura metálica, lhado ou em solo. Esta Um gerador FV fluapta a suportar suposição revelou-se tuante equipara-se aos a corrente dos raios falsa. Em particular na locais de instalação III água, somam-se diversas e IV da norma DIN EN questões. Por exemplo, a 62305-3 (VDE 0185-305Flutuador própria proteção contra 3, Suplemento 5), figura (plástico) água. A referida norma 6 [19]. Caso a distância [21] considera meramenentre o DPS e o inversor Cordoalha de cobre. te a proteção contra jatos a ser protegido, como Profundidade ≥ 1,5 m de água, de maneira no local de instalação Fig. 4 – Possível solução para um SPDA móvel baseado em [20] (Fonte: Fengel) que, diante das usinas IV, seja maior que 10 m, flutuantes, ela esbarra devem ser instalados nos seus limites e torna indispensável DPS adicionais na proximidade imeEnquanto as inovações avançam, a noranalisar aplicações comparáveis, à luz malização fica para trás. diata do inversor. Nas edificações, o dos preceitos fundamentais da série O que por um lado é um estimulancomprimento das linhas depende do DIN VDE 0100. te projeto técnico, por outro implica local de instalação do inversor, que O mesmo ocorre com a atual norma grande insegurança, seja pelas lacunas pode estar num subsolo, por exemplo. de proteção contra descargas atmosnormativas, seja pela ampla margem Já em sistemas FV flutuantes (gerador féricas [19], que tampouco se aplica às para interpretações jurídicas. Urge que FV e inversor), o maior comprimento usinas flutuantes. a normalização elimine essas lacunas. das linhas resulta das distâncias abaixo Este artigo demonstra também que da estrutura de montagem flutuante, A norma de instalação de geradonão há solução normalizada pronta e da distância até a conexão em terra res fotovoltaicos DIN VDE 0100-712 para as múltiplas possibilidades das (figura 5). (VDE 0100-712) [21], na atual versão instalações fotovoltaicas. Neste caso, O cabo FV principal de corrente de 2016, não contempla absolutamenuma simples proliferação de normas alternada, ou o cabo FV principal de te novos conceitos, como o das usinas somente dificultaria o trabalho. corrente contínua, são interligados flutuantes. Uma abordagem orientada para por meio dos flutuadores. Para À primeira vista poder-se-ia pensar os objetivos da proteção é mais adecoordenação da proteção contra surto que as usinas FV flutuantes não fosdo lado do gerador > 10 m FV seria necessária uma ligação entre o Local de instalação IV Local de instalação III barramento de equipotencialização da estrutura flutuante e Inversor Gerador FV o barramento de aterQGBT ramento principal da rede de alimentação do lado terra (land PEN side).
Conclusão Este artigo não abrange, nem de longe, todos os requisitos para instalação de geradores FV flutuantes, mas se propõe a ilustrar as múltiplas facetas de novos conceitos de instalação.
DPS DPS
DPS FV
DPS FV
BEP (lado terra)
para o SPDA da edificação (lado terra)
Fig. 5 – Interface entre os lados água e terra, considerando locais de instalação conforme [19] (Fonte: Fengel)
para o SPDA da estrutura flutuante
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Referências DIN VDE, DIN EN e outras
ABNT, IEC e outras correspondentes aproximadas
[15] Fengel, M.: Photovoltaik neu gedacht – schwimmende Kraftwer- Fengel, M. – Usinas flutuantes (parte 1) – Medidas de proteção ke – Teil 1: Schutzmaßnahmen und Auswahl der Betriebsmittel; e seleção de componentes. FotoVolt,nº 42, out/2021, p.106Elektropraktiker, Berlin 75 (2021) 1, S. 24–27. 116. [16] DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3):2011-10 - Blitzschutz – Teil 3: Schutz von baulichen Anlagen und Personen.
ABNT NBR 5419-3:2015 – Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida
[17] DIN EN 62561-1 (VDE 0185-561-1):2017-12 - Blitzschutzsystem- IEC 62561-1:2017 - Lightning protection system components bauteile (LPSC) – Teil 1: Anforderungen an Verbindungsbauteile. (LPSC) - Part 1: Requirements for connection components [18] DIN EN 62561-4 (VDE 0185-561-4):2018-05 - Blitzschutzsystembauteile (LPSC) – Teil 4: Anforderungen an Leitungshalter.
IEC 62561-1:2017 - Lightning protection system components (LPSC) - Part 4: Requirements for conductor fasteners
[19] DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3 - Beiblatt 5):2014-02 - Blitzschutz – Teil 3: Schutz von baulichen Anlagen und Personen – Beiblatt 5: Blitz- und Überspannungsschutz für PV-Stromversorgungssysteme.
ABNT NBR 5419-3:2015 – Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida
[20] Blitzplaner, 4. aktualisierte Auflage, Redaktioneller Stand Dezember 2017, Dehn + Söhne GmbH + Co. KG.
Dehn + Söhne – Lightning Protection Guide. 3rd updated edition, Dec/2014
[21] DIN VDE 0100-712 (VDE 0100-712):2016-10 Errichten von Niederspannungsanlagen – Teil 7-712: Anforderungen für Betriebsstätten, Räume und Anlagen besonderer Art – Photovoltaik(PV)- Stromversorgungssysteme.
IEC 60364-7-712 - Low voltage electrical installations - Part 7-712: Requirements for special installations or locations - Solar photovoltaic (PV) power supply systems
[22] DIN EN 62305-3 (VDE 0185-305-3 Beiblatt 3): 2012-10 Blitzschutz – Teil 3: Schutz von baulichen Anlagen und Personen – Beiblatt 3: Zusätzliche Informationen für die Prüfung und Wartung von Blitzschutzsystemen
ABNT NBR 5419-3:2015 – Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida
[23] Fengel, M. – Die zukunftssichere Elektroinstallation. 1a. Ed. VDE Verlag, Juni 2020
Fengel, M. - A instalação elétrica preparada para o futuro. 1a. Ed. VDE Verlag, junho de 2020.
quada, mas exige coragem para se desviar dos limites das normas específicas de projeto e execução, e projetar instalações singulares, com base no acervo completo das normas técnicas.
Artigo publicado originalmente na revista alemã ep – Elektropraktiker, edição 02/2021. Copyright Huss Medien, Berlim. Publicado por FotoVolt sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.
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Incentivos para energia fotovoltaica em estados e municípios Jucele Reis, da Redação de FotoVolt
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Embora expressivo, o crescimento da geração distribuída fotovoltaica no Brasil ainda enfrenta gargalos. O setor defende a necessidade de políticas públicas, adequação da carga tributária e novas linhas de financiamento para alavancar os projetos. A expansão do uso da energia solar em edificações públicas também é uma meta a ser alcançada. Tais aspectos foram debatidos entre especialistas da área em sessões da Intersolar South America.
ados de um estudo A licitação do projeto pida EPE - Empresa de loto envolveu a implantação, Pesquisa Energética operação e manutenção de apontam que o consumo de usinas solares fotovoltaicas energia nas edificações braem 80 unidades básicas de saúde, bem como a gestão de sileiras representou 15,3% serviços de compensação dos do consumo total de energia créditos de energia. Com poe 52% do consumo de eletricidade em 2019, sendo o setência estimada de 3,45 MW, geração de 5,5 GWh no pritor público responsável por meiro ano de operação e pra16% desse total. A Absolar zo de 25 anos, o projeto conAssociação Brasileira de tou com a participação de Energia Solar Fotovoltaica No congresso da Intersolar, especialistas discutiram gargalos e políticas públicas para defende que, além de gerar sete empresas. Os recursos expansão da geração solar no Brasil economia de custos, o uso a serem investidos somam ção solar distribuída. “Outros objetivos de energia solar em prédios públicos R$ 22 milhões. A proposta vencedora são transformar a capital paulista em é fundamental como política pública, aplicou um deságio de 38% em rereferência de parceria público-privada tanto como efeito demonstrativo quanlação à proposta de referência com na área de energia no Brasil e também previsão de remuneração mensal de to como indutor do mercado. num vetor de redução de emissão de R$ 177,4 mil. Com base nas tarifas de Nesse contexto, a prefeitura de São CO2”, acrescenta Nara Merlotto, dire2021, o custo médio de energia elétrica Paulo iniciou um projeto para a expantora executiva da SP Parcerias. cobrado pela distribuidora local é de são do uso da energia solar em edifiPara a contratação da geração districações públicas por meio da SP ParceR$ 757/MWh (com impostos). Com buída, Merlotto destacou que, entre os rias, uma sociedade de economia mista a proposta habilitada, o custo para a regimes jurídicos, a SP Parcerias optou integrante da Administração Pública prefeitura cai para R$ 422/MWh, com pela parceria público-privada na moIndireta do Município de São Paulo, redução média de 42%. dalidade de concessão administrativa. vinculada à Secretaria de Governo Na licitação, de acordo com MerRegida pela Lei Federal 11079/2004, o Municipal, constituída com o objetivo lotto, não foi definida a tecnologia a ser modelo estabelece a delegação do serde estruturar e desenvolver projetos de utilizada com o objetivo de fomentar infraestrutura. O programa visa reduviço em que a administração pública é a concorrência. A contratação mirou usuária direta ou indireta, com contrao volume de energia, considerando a zir em até 50% a fatura de eletricidade tos de longo prazo. degradação dos módulos fotovoltaicos. do município com iniciativas de gera-
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“Desta forma, a empresa vencedora vai receber uma contraprestação fixa durante os 25 anos, tendo que garantir uma geração mínima de acordo com o ano da operação”, disse a diretora. De acordo com o contrato, é responsabilidade da vencedora elaborar o projeto e a implantação das centrais geradoras com respectivas instalações e estruturas de suporte em até dois anos desde a ordem de início; realizar a interface com a distribuidora, desde a concepção do projeto, conexão e até a operação dos sistemas; realizar serviços de operação e manutenção das centrais geradoras, garantindo o desempenho dos painéis e a geração efetiva do volume mínimo de energia contratado; e também fazer a gestão do sistema de compensação de créditos de energia gerados. Para assegurar o pagamento, o poder público oferece uma estrutura de conta vinculada ao projeto, com saldo referente a seis meses de contraprestação. “Na hipótese de o poder concedente atrasar o pagamento, o banco aciona essa conta e paga para a contratada”, explica Merlotto. Outra garantia é o penhor de cotas de uma empresa municipal correspondente a 70% do Capex do projeto. O contrato também prevê a repartição de risco cambial, em função da alta variação do dólar e pelo fato de boa parte do equipamento ser importado. “Caso haja variação cambial superior a 10% entre o período de recebimento da proposta comercial e até quatro meses após a data da ordem de início, o poder concedente assume a diferença da variação”, afirma a diretora. À época de estruturação do projeto, havia ainda o receio das alterações decorrentes da Resolução 482, então o contrato previu que, em caso de mudanças na política de subsídios, o poder concedente arcaria com seus impactos, gerando direito a reequilíbrio do contratado. O acompanhamento de desempenho dos projetos será realizado pelo poder público e por uma entidade verificadora, que avaliará mensalmente a conformidade das instalações, a manutenção e a operação, gerando relatórios
com pesos distintos. “A previsão de fiscalização por uma entidade independente blinda o contrato de variações político-partidárias”, comenta Merlotto. O valor final da contraprestação a ser recebida pela empresa contratada é calculada a partir dessa pontuação. “Se a companhia performar de acordo com os índices previstos no contrato, ela recebe 100% da contraprestação. Se não, pode ter uma redução de até 50%. Então, o pagamento é realmente pela energia gerada”, afirma. Dado o sucesso da iniciativa, a SP Parcerias está preparando um segundo lote mais ambicioso, que envolve a instalação de geração fotovoltaica em 775 unidades vinculadas à Secretaria de Educação, com potência total estimada de 25,7 MW. O projeto está em fase de credenciamento de interessados para a elaboração de estudos para estruturação do projeto. “Talvez nem todas as 775 unidades desse universo sejam exequíveis, mas a perspectiva é de que ao menos 150 estabelecimentos sejam viáveis”. A previsão é de que o edital seja publicado em janeiro de 2022. Estados - Na esfera estadual, o governo do Estado de São Paulo tem como meta instalar geração distribuída em 11 mil prédios públicos. Já o Espírito Santo assinou em 2019 um decreto que institui a obrigatoriedade da instalação de equipamentos para captação de energia solar em novas edificações estaduais. A norma também se aplica às instalações construídas com recursos do Estado repassados aos municípios por meio de convênios, acordos ou termos de compromisso. Segundo o decreto, a Administração Pública poderá empregar outros meios de utilização da energia solar quando não for possível a instalação de módulos fotovoltaicos no local da edificação, como, por exemplo, o uso da modalidade do autoconsumo remoto. “Queremos ser o primeiro estado brasileiro com 100% de utilização de energia de fontes renováveis em prédios públicos”, afirmou durante o evento Tyago Hoffmann, secretário de estado de
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inovação e desenvolvimento econômico do Espírito Santo. Para incentivar a instalação de energia solar fotovoltaica em prédios públicos, o MME - Ministério de Minas e Energia, por meio do Projeto Felicity Financing Energy for Low-Carbon Investment - Cities Advisory Facility, lançou no ano passado um Guia Prático para Preparação de Investimentos Urbanos - Eficiência Energética e Energia Solar Fotovoltaica em Prédios Públicos, que fornece os principais aspectos a serem considerados na elaboração de projetos nessas edificações. A publicação está disponível em https://cooperacaobrasil-alemanha. com/GuiaFELICITY_v1.pdf.
Políticas públicas Além da adoção da energia solar fotovoltaica nos prédios públicos, estados e municípios têm o desafio de criar políticas públicas, elaborar novos mecanismos de financiamento e reduzir a carga tributária para alavancar projetos de geração distribuída em suas áreas de atuação. No congresso da Intersolar South America, representantes do poder público de estados e municípios debateram tais aspectos e também contaram suas experiências. De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Minas Gerais, com potência de 1300 MW, atualmente lidera o ranking de geração distribuída entre os estados brasileiros, seguido por São Paulo, com 888 MW instalados, e Rio Grande do Sul, que atingiu 848 MW de potência solar instalada. Na geração centralizada, Minas Gerais também é protagonista, seguido por Bahia, na segunda colocação, e Piauí, na terceira posição. Entre os municípios, os líderes na geração distribuída de energia fotovoltaica são Cuiabá (MT), Brasília (DF), Uberlândia (MG), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Manaus (AM), respectivamente.
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A homologação da Lei 22.549/17, que garante isenção do ICMS para usinas de até 5 MW, é considerada um dos principais motivos para o bom desempenho de Minas Gerais no cenário solar fotovoltaico nacional. As políticas públicas também foram apontadas como impulsionadores para o desenvolvimento do segmento em solar em Goiás. De acordo com Sauaia, o estado, que saltou da 14ª para a 6ª posição, desenvolveu um programa pautado em cinco eixos estratégicos: tributação, financiamento, desburocratização, fortalecimento da cadeia produtiva e educação e comunicação, atraindo bilhões em investimentos e gerando dezenas de milhares de empregos. Entre as prefeituras, o presidente executivo destacou a atuação de Palmas, capital do Tocantins, que em 2015 iniciou a implementação de um programa de energia solar, compreendendo reduções de IPTU, ITBI e outorga onerosa para imóveis equipados com energia solar e também diminuição do ISS com o intuito de atrair empresas e profissionais especializados em projetos, obras e instalações de energia solar. “Por sua vez, Salvador também merece destaque com o lançamento do IPTU amarelo, que consiste em redução do imposto para casas e condomínios residenciais que tenham geração e consumo de energia solar”, completou Sauaia. Segundo o executivo, os principais gargalos para a expansão da geração fotovoltaica são os tributos, os financiamentos e a falta de mão de obra qualificada. Entre as metas, estão a inclusão dos sistemas fotovoltaicos em programas de habitação de interesse social do estado e uso da energia solar em programas de universalização e eficiência energética das distribuidoras e para atendimento de comunidades isoladas e famílias de baixa renda, entre outras. Durante sua apresentação, o secretário de estado de inovação e desenvolvimento econômico do Espírito Santo citou a criação, em 2019, pelo governo do chamado Fundo Soberano, que capta recursos oriundos do petróleo e gás
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para fazer investimentos no setor produtivo. A previsão é de que cerca de R$ 500 milhões desse fundo sejam aplicados prioritariamente em projetos de energia solar fotovoltaica. Outra iniciativa do estado foi o lançamento do Programa de Geração de Energias Renováveis do Espírito Santo (Gerar), criado pela Lei nº 11.253/21, com o objetivo de promover a diversificação da matriz energética. Pautando-se em instrumentos de políticas públicas e medidas governamentais para fomento de energia renovável, o projeto possui seis eixos de atuação: instrumentos regulatórios; incentivos tributários; Pesquisa e Desenvolvimento (P&D); acesso à rede; desenvolvimento regional; e financiamentos. No quesito “incentivos tributários”, o Gerar prevê a isenção de ICMS para minigeração distribuída de energia elétrica de fonte solar fotovoltaica de até 5 MW e demais incentivos específicos dentro do programa Invest-ES. “Com o Gerar, a meta é que o Espírito Santo conquiste até 2026 a quinta colocação no ranking da geração distribuída dos estados”, afirma Hoffmann. A Bahia, por sua vez, contabiliza investimentos de R$ 5 bilhões em geração distribuída e prevê destinar mais de R$ 2 bilhões ao segmento até 2026. Do ponto de vista de fomento, o estado publicou em 2018 a Lei 13914, que implementa uma política de incentivo à geração e aproveitamento da energia solar na Bahia. O documento prevê estimular o desenvolvimento tecnológico e a produção de energia solar fotovoltaica, criar mecanismos para facilitar a fabricação, uso e comercialização de produtos inerentes aos sistemas solares e conceder incentivos fiscais e financeiros para empresas e comunidades interessadas. De acordo com Juliana Oliva, coordenadora de fomento à indústria de energias renováveis da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia, o estado também quer contratar energia solar fotovoltaica para os prédios públicos por meio de concessão ou PPPs. “Algumas unidades administrativas já adotaram a energia solar fotovoltaica e vamos avançar nesse trabalho”, disse.
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Análise de investimentos
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Impacto do fim do desconto na TUST/D na competitividade de projetos fotovoltaicos
Por se tratar de uma tarifa sobre a potência, o impacto será muito mais severo na fonte solar do que em outras fontes renováveis.
Eduardo Tobias Ruiz Organizador e autor do livro “Análise de investimento em projetos de energia solar fotovoltaica: geração centralizada”
Pan Demin/Shutetrstock
P
rojetos de usinas fotovoltaicas de geração centralizada, no regime de autoprodução e produção independente de energia elétrica, podem se beneficiar de redução de 50% na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) ou de Distribuição (TUSD), conforme o caso. A redução está prevista na Lei Federal nº 9.427/1996 [1] e regulada pela Resolução Normativa nº 77 de 2004 da Aneel [2]. O mesmo desconto vale para consumidores livres que adquirirem energia elétrica de projetos com esse benefício — a chamada energia incentivada. No entanto, em 02/03/2021 foi publicada a Lei nº 14.120/2021 [3] que, dentre outras medidas, altera o artigo 4º da Lei nº 9.427/1996, prevendo período de transição a partir do qual novos projetos não terão mais direito à redução. Em suma, projetos fotovoltaicos que solicitarem outorga de autorização para exploração de geração a partir de março de 2022 não terão direito ao benefício. Na prática, o fim do desconto na TUST/D trará dois impactos negativos na competitividade de projetos fotovoltaicos: a duplicação dos custos anuais com Encargo de Uso do Sistema de
Transmissão (EUST) ou de Distribuição (EUSD); e a diminuição do prêmio sobre o preço da energia elétrica convencional no mercado livre. Este artigo tem por objetivo quantificar o impacto nos custos de produção de energia elétrica de projetos fotovoltaicos, ou seja, do EUST/D.
Entendendo a TUST e a TUSD O livre acesso aos sistemas de transmissão ou distribuição pelos geradores
de energia elétrica está sujeito ao pagamento de encargos e tarifas de uso e conexão. A TUST e a TUSD, conforme o caso, são reguladas e estabelecidas pela Aneel. Elas se referem à remuneração da concessionária acessada pelo uso dos sistemas de distribuição ou transmissão. A TUST e a TUSD são um valor mensal, em reais, múltiplo de uma potência em kW (corrente alternada). Por ser uma tarifa calculada com base em potência, ela é mais onerosa para projetos de geração com fonte solar fotovoltaica do que para de outras
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fontes. Isso ocorre devido ao menor fator de capacidade de projetos de fonte solar. A potência referida é denominada Montante de Uso do Sistema de Transmissão (MUST) ou de Distribuição (MUSD), conforme aplicável. Trata-se, portanto, da potência de uso do sistema contratada pelo projeto junto à concessionária acessada. O valor devido — produto da multiplicação da TUST/D pela MUST/D — é denominado EUST ou EUSD.
Quantificação do Impacto no EUST/D A quantificação do impacto do EUST/D na geração de caixa de um projeto depende, principalmente, da potência, fator de capacidade e valor da TUST/D. Este, por sua vez, pode variar muito de projeto para projeto. O Artigo 4º da Resolução Normativa nº 559 de 2013 da Aneel [4] prevê que projetos vencedores de Leilão de Energia Nova (LEN) terão a TUST/D estabelecida por resolução homologatória, publicada previamente à realização do respectivo leilão. Para o LEN A-5 de 2021, por exemplo, as tarifas foram publicadas pela Resolução Homologatória nº 2.926 de 2021 da Aneel [5]. Como referência, dos 1.672 projetos de todas as fontes que tiveram a tarifa publicada, 87% possuíam valores entre R$ 6,00 e R$ 8,00/kW/mês. Na média, a tarifa foi de R$ 7,26 [6], sem considerar impostos. Para comparação, serão considerados um projeto solar fotovoltaico e um eólico, hipotéticos, com a mesma premissa de TUST. Neste caso, será considerada TUST de R$ 7,00/kW/mês com impostos. Para ambos os casos, a potência será de 100 MW (corrente alternada) e o MUST será considerado igual à Tab. I – Valor anual do EUST, com e sem desconto na TUST Desconto na TUST
Com desconto
Sem desconto
EUST anual
R$ 4.200.000,00 R$ 8.400.000,00
TUST
R$ 3,50/kW/mês R$ 7,00/kW/mês
MUST
100.000 kW
100.000 kW
potência. A tabela I apresenta o cálculo do custo anual do EUST considerando essas premissas, com e sem o desconto de 50%. O valor anual é o mesmo para as duas fontes. No cenário com desconto de 50%, o EUST totaliza R$ 4,2 milhões por ano, enquanto no sem desconto totaliza R$ 8,4 milhões. Portanto, com o fim do desconto, o impacto do EUST no fluxo de caixa dos projetos será dobrado. A premissa de fator de capacidade considerada será de 30% para projeto solar fotovoltaico e de 60% para projeto eólico. Para fins deste artigo, fator de capacidade será definido como a produção anual efetiva da usina em MWh medida no centro de gravidade, como numerador, e sua capacidade instalada em MW (corrente alternada) multiplicada por 8.760 horas, como denominador. Com esses dados, é possível obter o valor do EUST em R$/MWh entregue no centro de gravidade, para cada fonte, conforme as tabelas II e III.
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com desconto e R$ 15,98/MWh sem desconto. Assim sendo, o fim do desconto na TUST, neste exemplo, causa um incremento de custo para o projeto fotovoltaico de aproximadamente R$ 16/MWh e no projeto eólico de R$ 8/MWh. Comparando as duas fontes, sem o desconto, o EUST será quase R$ 16/MWh mais caro para a fonte fotovoltaica. Isso sem mencionar o efeito da degradação dos módulos no fator de capacidade das usinas a cada ano, outra desvantagem da fotovoltaica versus a eólica. Quanto maior a degradação, menor o fator de capacidade. Quanto menor o fator de capacidade, maior o valor do EUST em R$/MWh. É indiscutível, portanto, que o impacto será bastante negativo na competitividade de novos projetos que não obtiverem o desconto; em especial, os solares fotovoltaicos. Para ilustrar melhor o impacto do EUST/D na competitividade de diferentes projetos fotovoltaicos após o fim do desconto de 50%, a tabela IV apresenta o valor do EUST em Tab. II – Valor do EUST por MWh para projeto solar R$/MWh considerando variações fotovoltaico, com e sem desconto na TUST no fator de capacidade e na próProjeto Solar Com desconto Sem desconto pria TUST/D (com impostos). Fotovoltaico A amplitude dos resultados EUST anual R$ 4.200.000,00 R$ 8.400.000,00 é muito grande, variando de R$ Produção anual efetiva 262.800 MWh 262.800 MWh 20,2/MWh a R$ 50,74/MWh. Potência 100.000 kW 100.000 kW No caso de projetos com fator de Fator de capacidade 30% 30% capacidade de 30%, para cada inEUST por MWh R$ 15,98/MWh R$ 31,96/MWh cremento de R$ 1,00/kW/mês na TUST/D, o custo de produção de Tab. III – Valor do EUST por MWh para projeto eólico, energia elétrica aumenta em com e sem desconto na TUST R$ 4,57/MWh (sem o desconto). Projeto Eólico Com desconto Sem desconto Com isso, evidencia-se o quão deEUST anual R$4.200.000,00 R$8.400.000,00 terminante é o valor da TUST/D Produção anual efetiva 525.600 MWh 525.600 MWh na competitividade de projetos Potência 100.000 kW 100.000 kW fotovoltaicos, principalmente após o fim do desconto. Para este mesFator de capacidade 60% 60% mo exemplo, o custo de produção EUST por MWh R$7,99/MWh R$15,98/MWh aumenta, em média, R$ 1,18/MWh Para o conjunto de premissas conpara cada decréscimo de 1% no fator sideradas, o EUST do projeto fotovolde capacidade. taico é de R$ 15,98/MWh já considerando redução de 50% na TUST. Sem Conclusões o desconto de 50%, o valor sobe para R$ 31,96/MWh. No caso do projeto O EUST/D — com o desconto de eólico, o EUST é de R$ 7,99/MWh 50% na TUST/D — é um dos princi-
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Análise de investimentos
negativamente o preço de venTUST/D (com impostos) EUST da da energia R$ 4,00 R$ 5,00 R$ 6,00 R$ 7,00 R$ 8,00 R$ 9,00 R$ 10,00 elétrica no 27% R$ 20,29 R$ 25,37 R$ 30,44 R$ 35,51 R$ 40,59 R$ 45,66 R$ 50,74 mercado livre. 28% R$ 19,57 R$ 24,46 R$ 29,35 R$ 34,25 R$ 39,14 R$ 44,03 R$ 48,92 Caberia, agora, 29% R$ 18,89 R$ 23,62 R$ 28,34 R$ 33,07 R$ 37,79 R$ 42,51 R$ 47,24 aos formulado30% R$ 18,26 R$ 22,83 R$ 27,40 R$ 31,96 R$ 36,53 R$ 41,10 R$ 45,66 res de políticas 31% R$ 17,68 R$ 22,09 R$ 26,51 R$ 30,93 R$ 35,35 R$ 39,77 R$ 44,19 públicas ques32% R$ 17,12 R$ 21,40 R$ 25,58 R$ 29,97 R$ 34,25 R$ 38,53 R$ 42,81 tionar com o mesmo afinco 33% R$ 16,60 R$ 20,76 R$ 24,91 R$ 29,06 R$ 33,21 R$ 37,36 R$ 41,51 a necessidade de manutenção dos muitos incentivos pais custos de produção de energia e subsídios ainda em vigor para a proelétrica de um projeto fotovoltaico, dução de energia (não só elétrica) de juntamente com o custo de operação e fonte fóssil. manutenção. Com o fim do desconto, seu valor será duplicado. A depender do fator de capacidade do projeto e do valor da TUST/D, o incremento Referências no custo de produção pode chegar a [1] Brasil. Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de R$ 25,00/MWh. Por se tratar de uma 1996. Institui a Agência Nacional de Energia tarifa sobre a potência, o impacto Elétrica – Aneel e disciplina o regime das será muito mais severo na fonte solar concessões de serviços públicos de energia do que em outras fontes renováveis. elétrica. Brasília. 1996. Ademais, o fim do desconto impactará [2] Aneel. Resolução Normativa nº 77, de 18 de Fator de capacidade
Tab. IV – Valor do EUST por MWh para projeto fotovoltaico sem o desconto na TUST/D
[3]
[4]
[5]
[6]
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agosto de 2004. Estabelece os procedimentos vinculados à redução das tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição. Diário Oficial da União, 19 ago. 2004. Brasil. Lei nº 14.120, de 01 de março de 2021. Altera a Lei nº 9.427/1996 e dá outras providências. Brasília. 2021. Aneel. Resolução Normativa nº 559, de 27 de junho de 2013. Estabelece o procedimento de cálculo das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão. Diário Oficial da União, 28 jun. 2013. Aneel. Resolução Homologatória nº 2.926, de 24 de agosto de 2021. Aprova o Edital do Leilão Aneel nº 8/2021 e seus Anexos. Diário Oficial da União, 25 ago. 2021. Epower-Bay. Leilão A-5 de 2021: Cadastramento, DRO’s, Margem de Escoamento, TUST/TUSDg. Publicado em 22/09/2021. Acesso em: 03 nov. 2021.
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Guia - 3
Estações de recarga de veículos elétricos
O crescimento da eletromobilidade exige cada vez mais a expansão da infraestrutura de recarga, tanto pública como privada. Este levantamento apresenta fornecedores de estações de recargas de veículos elétricos, com as principais características desses sistemas, como potência, tensão nominal, tipo de plugue, grau de proteção, etc.
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• •
EC60309
1
ISO/IEC 62196, ISO/IEC61851-1 & -22, ISO/IEC15118 NBR 61851-1
• •
4,8
240 240 60 32 44
• • 7/22 7/22 400
• •
1, 2 •
2,2 a 2,2 a 100/ 100/ 6a 60 56 • • • • 1, 2 • 22 400 400 32
50/
mmoser@evchargesolutions.com www.evchargesolutions.com
Plugue outro
Corrente nominal de saída até (A)
Grau de proteção IP Proteção I >> Proteção DR Proteção DPS Medidor de energia incorporado Quantidade de tomadas Plugue 2
• •
380 380 60 32 55 •
EverCharge
enquiry@grasenpower.com
Frequência nominal (Hz)
230/ 230/ 50 32 54 400 400
• • 22
• • 22
thiago.roza@enel.com
Grasen (*) www.grasen.com
Tensão nominal de saída (Vca)
Tensão nominal de alimentação (Vca)
Potência máxima de saída (kW) 22
3,7 a 3,7 a 220/ 220/ 16 e 60 55 22 380 380 32
Delta Electronics (12) 3932-2300
Normas
3,7 a 3,7 a 220/ 220/ 50/ 1, 2, 3, 4, 63 54 • • • • • T1 e GB/T 5 • • • • • • 44 44 400 400 60 4
•
• • 22
comercial@crwcarregadores.com.br
Electricus (11) 99845-1720
Potência máxima de entrada (kW)
Fabricante/país
Empresa/telefone/e-mail
Aplicação residencial Aplicação comercial
Estações de recarga de corrente alternada
IEC 61851, 62196, 61439-7, 62955; EN 61851-22:2002, 60068-2-6:2008, 60068-2-64:2008
UL, CE
NBR16078
IEC 61851-1, 62196
Guia - 3
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
61
iFLuks (11) 98316-2192 frank@ifluks.com
Ingeteam www.ingeteam.com
electricmobility.energy@ingeteam.com
Nanjing PowerCore (*)
www.cnchargepoint.com amber@cnchargepoint.com
Espanha
China
bake@senkumachnery.com
Siemens (11) 97460-4615
paulo.antunes@siemens.com
WattZilla www.wattzilla.com nfo@Wattzilla.com
Comprimento do cabo (m) Interface RS 485 Acesso RFiD Acesso SMS Acesso cartão crédito Montagem totem Montagem parede
Plugue outro
Corrente nominal de saída até (A)
Frequência nominal (Hz)
Tensão nominal de saída (Vca)
Tensão nominal de alimentação (Vca)
Grau de proteção IP Proteção I >> Proteção DR Proteção DPS Medidor de energia incorporado Quantidade de tomadas Plugue 2
• 1/2
1,2, GB
5
•
• •
• 1, 2 •
1. socket
3,5, 5
•
• • •
31, 81
5
• • • • •
•
4
• •
7
220 220 60
EO Charging, Inglaterra • •
22
22
127 a 50/ 380 32 66 380 60
• • • 1 •
5
• •
22/ 22/ 380, 380/ 50/ 32/ 54 43 415 415 60 63
• 1 •
5
•
China
• 43
China
• • 84
84
440 1.000
50/ 54 60
1
•
• 2 •
Kostad, Áustria
• • 22
22
220 a 220 a 50/ 32 56 • 400 400 60
• 1 •
EUA
• • 45
44
208/ 208/ 50/ 80 66 • 240 240 60
1a4 •
• • 23
23
110 a 50/ 415 32 65 • • 415 60
• • 22
230 - 230 - 50/ 22 32 55 • • • • 1, 2 • 415 415 60
automacao@weg.net
info@zpnenergy.com
3 a 220/ 220/ 50/ 13 a 54, • • 44 380 380 60 63 65
• • 2014/35/EU; 2014/30/EU
7
WEG (47) 3276-4000
ZPN Energy (*) www.zpnenergy.com
•
•
• •
suporte2@renovigi.com.br
Senku (*) www.senkumachinery.com
230/ 230/ 50/ 64 65 400 400 60
• •
2014/35/EU, 2014/30/EU; EN 61851-1:2011, 61851-23:2014, • • 61000-6-1:2007, 61000-6-3:2007/A1:2011/ AC:2012
1, 2 com 4, 5 shutter
3,7 a 3,7 127 a 127 a
Renovigi (49) 99125-3422
www.scupower.com yujiao.liu@scupower.com
43
Inglaterra
Zletric (51) 2160-9798 info@zletric.com
(*) A empresa procura por representante para o Brasil
• 2 •
3,7 a 3,7 a 220/ 220/ 16 a 60 54 • • • • 22 380 380 32
• • 22
Normas
• 2 •
• • 22 a 22 380 380 60 32 65 • • • • 1 •
contato@neocharge.com.br
SCU Sicon Chat Union (*)
• • 43
Micromobi1, • lidade, GB/T 5 10
•
14,8, 14,8, 230/ 230/ 50/ até 54 • 44 400 400 60 64
3a
Neocharge (11) 4118-6394
54, 55
• 44
• • 44
joao.domingues@nansen.com.br
contato@rinnoenergy.com.br
Potência máxima de saída (kW)
3,7 0,99 220/ Tonhe New 220 60 Energy, China • • a 7 a 22 380
Nansen (31) 99301-4666
Rinno Energy (11) 99134-7447
Potência máxima de entrada (kW)
Fabricante/país
Empresa/telefone/e-mail
Aplicação residencial Aplicação comercial
Estações de recarga de corrente alternada
1
4a • • • 10
7
• •
2
1 ou 2
5
•
•
4,7 • •
IEC 61851-1; 61851-22
CE
•
• •
IEC62196, 61851
IEC 61851-1, 61851-21-2, 60068-2-52, 61000-6-1, 61000-6-4, 62955; • • EN 61000-6-3, 330 330, 300 328, 301 511, 301 893
• •
7,5
1
• • •
IEC 61851
UL
• • •
IEC-61851-1, 62955, 61439-7
• • •
OCPP 2.0.1; ISO 15118; IEC 61851-22, 61851-23, 62368-1, 61000-6-1, 61000-6-3, 61000-3-2, 61000-3-3
• • • IEC 61439-7 / IEC 61851-1
62
Guia - 3
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
AC Mobility (21) 3741-6347
acmobility.comercial@gmail.com
Circontrol, Espanha
Delta Electronics (12) 3932-2300
contato@electricus.com.br
Enel X (11) 93096-3308
enquiry@grasenpower.com
iFLuks (11) 98316-2192 frank@ifluks.com
Ingeteam www.ingeteam.com
electricmobility.energy@ingeteam.com
Nanjing PowerCore (*)
www.cnchargepoint.com amber@cnchargepoint.com
China
SCU Sicon Chat Union (*) www.scupower.com yujiao.liu@scupower.com
Senku (*) www.senkumachinery.com bake@senkumachnery.com
Siemens (11) 97460-4615
paulo.antunes@siemens.com
Espanha
China
5
• •
• •
3,5
•
•
5
• • •
•
30 a 30 a
até
• 3 • •
60 150 a 50/
• 310 200 400 1.000 60 250 55 • • • • 2 • • 180
• 53
380
200 a 60 1.000
1, 2 • •
54
125 50 a 50/ 50/ 50/ a 55 • 400 500 1.000 60 600 150 a 50/
• • 240 240 400 1.000 60 200 55
• 2
•
1,
5
•
Normas CEI 61851-1, 61851-23, 61851-24, 61000; CHAdeMO 1.0.0; DIN 70121; ISO 15118
• •
•
• •
•
• • •
IEC 61851
• • •
CE
•
IEC61851
5
• •
60/ 60/ 380 a 150 a 50/
•
• 2 • •
5
•
450 a 50/
•
• 3 • •
4a 20
• • 2 • •
8
•
• •
• • 165 150 415 920 60 250 54 • • • • 3 • •
5
•
• • • IEC 61851-1, 61851-23, 61439-1
•
OCPP 2.0.1; ISO 15118; IEC 61851-22, 61851-23, 62368-1, 61000-6-1, 61000-6-3, 61000-3-2, 61000-3-3
• 150 150 415 1.000 60 450 54
China
• • 400 400 440 1.000 60 200 54 150DC
200 a 50/ • 177 + 22AC 400 1.000 60 500 54 • (kW) 380 - 150 a 50/
Inglaterra
DIN70121, ISO15118, IEC61851, SAEJ1772
5
3, 8, • • 4, 8
• 2, 3 • •
IEC 61851, CHAdeMO
• • • 3 • •
China
Kostad, Áustria
Interface RS 485 Acesso RFiD Acesso SMS Acesso cartão crédito Montagem totem Montagem parede
Comprimento do cabo (m)
Grau de proteção IP Proteção I >> Proteção DR Proteção DPS Medidor de energia incorporado Quantidade de tomadas Plugue CCS Plugue CHAdeMO
Corrente nominal de saída até (A)
Frequência nominal (Hz)
Tensão nominal de saída (Vca)
Tensão nominal de alimentação (Vca)
• • 350 350 380 1.000 60 500 54 • • • • 3 • •
25 a 50/ EO Charging, 380 380 750 32 66 Inglaterra • • 150 60
automacao@weg.net
info@zpnenergy.com
• •
20 a 20 a 200 a 50/ 50 a 3, 5, • • 200 200 380 1.000 60 350 54 • • • • 1, 2 • • 5
WEG (47) 3276-4000
ZPN Energy (*) www.zpnenergy.com
•
Tonhe New Energy, China • •
joao.domingues@nansen.com.br
contato@rinnoenergy.com.br
5
60 a 60 a 380/
Nansen (31) 99301-4666
Rinno Energy (11) 99134-7447
• 2 • •
• 150 150 400
thiago.roza@enel.com
Grasen (*) www.grasen.com
Potência máxima de saída (kW)
200 a
Etrel, Eslovênia
CE/COMBO 2; DIN 7012; ISO 15118; EN 61851-1/ IEC 61851-23, ISO 18092; ISO/IEC 1443A
25 a 25 a 50 a 50/ 1, 3, 4, 5 • • 150 150 400 920 60 250 54 • • • • 2, 3 • • ou mais • • • • • •
• • 200 200 380 1.000 60 250 55 •
contato.automacao@deltaww.com
Electricus (11) 99845-1720
Potência máxima de entrada (kW)
Fabricante/país
Empresa/telefone/e-mail
Aplicação residencial Aplicação comercial
Estações de recarga de corrente contínua
• 50
304 a 200 a 45/ 150 150 55 • • • • 485 500 65
1
• •
4
• • • • • •
• •
IEC61851 IEC 61851-1, 61851-21-2, 61851-23, 61851-24, 62196-2, 62196-3, 61000
(*) A empresa procura por representante para o Brasil
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 24 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Fotovolt, novembro/dezembro de 2021. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/fv e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias. Basta preencher o formulário em www.arandanet.com.br/revista/fotovolt/guia/inserir/
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Veículos elétricos
64
A
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
O mercado de mobilidade elétrica no Brasil e no mundo Rafael Cunha*
de fortes investimentos pontuais, o Brasil ainda carece “deApesar políticas públicas para o fortalecimento e adesão em massa à mobilidade elétrica.”
mobilidade elétrica tem ganhado destaque na mídia mundial nas últimas semanas, motivado por grandes movimentações do mercado, mas também por conta da COP 26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que reuniu 197 países. Entre os objetivos primários da conferência está a aceleração da transição para os veículos elétricos e aumento do investimento em energias renováveis, como a geração solar fotovoltaica, o que deve mobilizar fortes investimentos no setor nos próximos anos. Diversos países estão definindo metas agressivas para a descarbonização de suas frotas, gerando benefícios fiscais para o estímulo da venda dos elétricos, estimulando a estruturação de infraestrutura de recarga, chegando em alguns casos à proibição de comercialização de veículos a combustão nos próximos anos. Já no Brasil, a recente iniciativa da Chamada Estratégica nº 22 da Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica estimulou o investimento de mais de R$ 600 milhões na pavimentação da infraestrutura de recarga para os veículos elétricos. Ainda, a Rota 2030 trouxe estímulo para o desenvolvimento da cadeia de produção nacional, bem como metas de desenvolvimento tecnológico. Apesar de fortes investimentos pontuais, o Brasil ainda carece de políticas públicas para o fortalecimento e adesão em massa da mobilidade elétrica. No mundo – O cenário global é otimista. A venda de VEs tem crescido ape-
sar da crise causada pela pandemia no setor automotivo, a qual registrou em 2020 queda de 16% no número total de venda de carros, segundo o EVOutlook 2021 (IEA). A ascensão do veículo elétrico chegou de vez ao velho continente. Pela primeira vez na história um veículo elétrico alcançou o patamar de veículo mais vendido na Europa: em setembro foram comercializadas 24 591 unidades do Tesla Model 3, 26% a mais do que o segundo colocado, o Renault Clio a combustão. A fim de promover uma maior expansão da frota elétrica, alcançando assim os objetivos globais de redução das emissões de CO2, mais de 20 países estipularam as metas mostradas na figura 1. Dentre eles, diversos países europeus se comprometeram em banir a venda de veículos a combustão já em 2030, em favor dos veículos de emissão zero (ZEV, na sigla em inglês). Por ou-
tro lado, o compromisso de emissões líquidas nulas (net-zero) tem como meta 2050 para a maioria desses países. O número de veículos elétricos no mundo em forte expansão, tendo os veículos elétricos leves atingido a marca de 10 milhões de unidades no ano de 2020, um acréscimo de 43% em relação a 2019, reforça o crescimento exponencial do mercado, conforme a figura 2. O aumento em 2020 foi impulsionado pelo mercado europeu, com 1,4 milhão de veículos elétricos registrados (elétricos puros e híbridos plugin), sendo os principais motivadores do crescimento as metas de redução de CO2 e subsídios para incentivo da venda dos elétricos. Se o aumento no número de veículos elétricos vendidos gera a necessidade de expansão nas redes públicas de recarga, ou se a expansão da infraestrutura de recarga é que provoca acréscimo nas vendas de veículos elétricos é o novo dilema do tipo “o ovo ou a galinha”, mas do ponto de vista do resultado final, o crescimento da infraestrutura de recarga foi equivalente ao
Dinamarca
Escócia
Islândia
Singapura
Cabo Verde
Canadá
Irlanda
Eslovênia
China
Portugal
Israel
Suécia
Japão
Espanha
Costa Rica Alemanha
França
Noruega
Países Baixos Reino Unido
Reino Unido
Sri Lanka
2025
2030
2035
2040
Metas de banimento de motores a combustão interna ou de eletrificação
2045 Suécia
100% de venda de eletrificados 100% de venda de ZEV 100% de estoque de ZEV Compromisso net-zero
Compromisso de emissões net-zero
Figura 1 – Políticas de eletrificação de frotas pelo mundo (fonte: IEA)
2050 Canadá
Coreia
Chile
Nova Zelândia
União Europeia
Noruega
Fiji
Reino Unido
Veículos elétricos
Milhões
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
12
PHEV outros
10
BEV outros PHEV Estados Unidos
8
BEV Estados Unidos
6
PHEV Europa
4
BEV Europa
2
PHEV China
0
65
BEV China 2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
1000
1000
900
900
Carregadores lentos (x mil)
Carregadores rápidos (x mil)
Fig. 2 – Números acumulados de veículos eletrificados no mundo: PHEV = híbridos plugin; BEV = a bateria
800 700 600 500 400 300 200 100 0
800 700 600 500 400 300 200 100
2015 2016 2017 2018 2019 2020 China
Europa
0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 EUA
RoW
Fig. 3 – Números acumulados de carregadores públicos dos veículos, alcançando 45% em 2020 em relação a 2019, totalizando mais de 1,3 milhão de carregadores públicos ao redor do mundo, sendo 30% deles considerados rápidos (acima de 22 kW), conforme a figura 3. No Brasil – Os números do mercado brasileiro ainda são pequenos, porém animadores. O ano de 2020, em plena pandemia, foi de crescimento para o setor, sendo registrados 7884 veículos híbridos plugin (PHEV) e 2151 veículos elétricos a bateria (BEV) ou elétricos puros, totalizando um aumento de 66%. Já o crescimento em 2021 de janeiro a outubro é de 74% em relação ao ano anterior. A evolução da mobilidade elétrica no Brasil é comparável à do mercado fotovoltaico, que de 2019 para 2020 cresceu 70%, apesar da crise em diversos setores da economia. Além do atual crescimento, os dois setores possuem muitas sinergias, são pilares essenciais de políticas de descarbonização, trazem mais
flexibilidade às operações e necessitam de uma estrutura regulatória que facilite o desenvolvimento de novos modelos de negócios que beneficiem o setor de energia e a sociedade. O mercado mundial de veículos elétricos está em ascensão, sendo fortemente impulsionado pela China que hoje detém cerca de 40% dos eletrificados do mundo. Enquanto alguns países implementaram rígidas e ambiciosas metas para a descarbonização, outros ainda nem sequer possuem políticas públicas que incentivem os modais elétricos. O Brasil já apresenta um crescimento relevante, mas ainda tem um longo caminho para sedimentar as tecnologias da tração elétrica. * Rafael Cunha é engenheiro eletricista e CEO da
startup movE Eletromobilidade. Nesta coluna, apresenta e discute aspectos da mobilidade elétrica: mercado, estrutura, regulamentos, tecnologias, afinidades entre veículos elétricos e geração solar fotovoltaica, e assuntos correlatos. E-mail: veletricos@arandaeditora.com.br, mencionando no assunto “Coluna Veículos Elétricos”.
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Inovações e destaques da grande feira de solar FV
A
The Smarter E South America, maior feira e congresso para o setor solar da América Latina, recebeu cerca de 25 mil visitantes, que puderam assistir ao congresso e conferir as novidades tecnológicas em produtos e serviços voltadas ao setor solar fotovoltaico, exibidos nas três exposições paralelas (Intersolar South America, ees South America + Power2Drive, e Eletrotec+EM-Power
Carregadores FV para carro elétrico
Fotos: Izilda França
Reportagem pós-feira
66
South America). Depois de uma extensa reportagem prévia sobre lançamentos, publicada em FotoVolt no 42, de outubro, segue aqui uma seleção das inúmeras novidades colhidas por nossa reportagem no evento, que contou com a presença de 250 empresas.
String box e DPS
Um dos destaques da Fronius na feira foi a linha Fronius Wattpilot, de carregadores inteligentes para carro elétrico, que pode ser conectada ao sistema fotovoltaico. A solução, ainda sem previsão de comercialização no Brasil, diferencia-se pela flexibilidade e recursos práticos. Destaque para a versão Go, uma unidade portátil para carregar o carro quando estiver na estrada ou qualquer outro lugar fora de casa. Há também a opção Home, de 11 kW de carga, para a montagem de estação de carregamento na garagem, podendo ser abastecida com energia gerada pelo sistema fotovoltaico da residência ou na tomada da rede convencional. www.fronius.com
A Embrastec lançou sua linha de string box CA monofásica, bifásica e trifásica para proteção de saída do inversor (foto ao lado). O equipamento é comercializado com dispositivo de proteção contra surtos (DPS) Classe II e deve ser instalado em conjunto com DPS Classe I+II. Outras características: montagem em caixas de sobrepor IP40; disjuntor para seccionamento da corrente de saída; cinco anos de garantia contra defeitos de fabricação. O DPS Ecobox geração 6 também é outra novidade, com design mais moderno e melhor desempenho, além de câmara de
extinção de arco segundo IEC 61643-31 e EN50539-11 (foto). www.embrastec.com.br
Soluções elétricas A empresa Média Tensão apresentou toda a sua linha de materiais elétricos de 15 a 36 kV para cabines primárias e subestações de entrada, das marcas parceiras Siemens, Schneider Electric e Pextron. Entre eles: disjuntores, relés de proteção, painéis de proteção e painéis para comando de disjuntores, chaves seccionadoras, fusíveis, transformadores de corrente, transformadores de potencial, equipamentos de segurança NR 10, isoladores e buchas de passagem, materiais de rede aérea convencional e rede compacta, cabos de cobre e alumínio, terminações e emendas, cubículos a ar. www.mediatensao.com.br
Reportagem pós-feira
FotoVolt - Novembro-Dezembro - 2021
Portal do integrador
Cabos de alumínio MT
Há cinco anos atuando como distribuidora de equipamentos voltados à energia solar, a Mazer Solar atende exclusivamente integradores. O integrador, ao se cadastrar, conta com uma plataforma on-line, que proporciona facilidade e agilidade comercial em todas as operações, otimizando o tempo, desde a elaboração de orçamentos e propostas até a efetivação de cotações e compras, relata a empresa. Com base nos dados de consumo do cliente, o sistema sugere a melhor opção de “kit gerador” e elabora a proposta final de forma customizada. Parceiros da Mazer Solar: Trina Solar, LONGi, DAH Solar, Fronius, Solis, Deye, Spin, Romagnole, Proauto, Amphenol, Clamper, Reicon e Moura.
Com objetivo de ampliar o contato com o mercado de energias renováveis e redes privadas de distribuição de energia, a Alubar, fabricante de cabos elétricos de alumínio e vergalhão de alumínio, destacou na exposição os cabos de alumínio AlTec unipolares e de média tensão, recomendados para redes de distribuição subterrâneas ou aéreas, para circuitos de entrada/distribuição de energia, para uso em circuitos de alimentação e distribuição de subestações, instalações comerciais e industriais, em locais secos ou úmidos e aplicações similares. Características construtivas: condutor em alumínio compactado com classe 2 de encordoamento; isolação em polietileno reticulado (XLPE), para temperatura máxima de 90 °C de operação em regime permanente; cobertura em policloreto de vinila (PVC), tipo ST2, resistente a UV ou polietileno termoplástico, tipo ST7.
www.mazersolar.com.br
Skid solar O skid do Grupo Gimi é uma solução destinada às usinas fotovoltaicas, a fim de comportar os equipamentos responsáveis por receber a alimentação em baixa tensão que chega do campo (inversores) e elevar esta tensão, tornando a instalação compacta e de fácil alimentação. Sua construção consiste na compartimentação de equipamentos voltados à proteção CA em BT, transformação e proteção na média tensão. Outra vantagem, segundo a empresa, é minimizar os custos de manutenção da usina, em função da rapidez de conexão e confiabilidade na continuidade do sistema. Características: cubículo de entrada e proteção de acordo com a norma vigente; dispositivos para lacres, atendendo as normas das concessionárias; conexões do transformador realizadas com barramentos protegidos por flanges AT e BT ou cabos; disjuntor de MT isolado a gás SF6; chave seccionadora com três posições (abertura, fechamento e aterramento); e sistema de aterramento. www.gimi.com.br
www.alubar.net.br
a Plataforma Solar Intelbras, ferramenta que oferece suporte para prospectar, fazer ofertas e fechar a vendas de geradores fotovoltaicos. A Intelbras oferece todo o desenvolvimento do projeto e pedido de produtos via plataforma, e realiza a logística de transporte e a entrega, sem custo extra para o parceiro e consumidor. www.intelbras.com
Microinversor A Ecori lançou o DS3D, que é a terceira geração dos microinversores monofásicos duais da APsystems, de 2000 W, monofásico, 2 MPPTs, para quatro módulos, que apresenta melhor dissipação de calor e design arrojado. Outro destaque foi o microinversor da APsystems QT2D, segunda geração dos microinversores trifásicos desta empresa, voltado às instalações comerciais. Características: 3600 W, trifásico, 2 MPPTs, para oito módulos, com mais potência, resultando em número menor de microinversores no sistema. www.ecorienergiasolar.com.br
Inversor e luminária solar A Intelbras apresentou alguns lançamentos e pré-lançamentos na Intersolar, como o inversor 250000 HMAX (foto acima). O produto possui a maior potência do portfólio (250 kW), 12 MPPTs independentes e dez anos de garantia, sendo indicado para projetos de grande porte. Outro destaque foi a luminária solar integrada LSI 4800 (foto abaixo), livre de fios e que dispensa a conexão com a rede elétrica convencional, fornece 4800 lumens, três dias de autonomia e pode ser instalada em parede ou postes e configurada via controle remoto. No estande, o visitante também conheceu
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String box Stringbox ou combinerbox não são “tudo igual” e, com certeza, não significam gastos desnecessários para as instalações fotovoltaicas, afirma a Momberg. A empresa traz ao mercado soluções personalizadas para diversos tipos de projetos, posicionando-se como especialista em string box, destacando a linha TECBOX. As soluções apresentadas atendem diversos modelos de inversores que compõem o kit fotovoltaico. Além de expor uma série desses equipamentos com diversas características de entradas e
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saídas, a Momberg Group também apresentou um sistema de monitoramento próprio totalmente customizável para usinas, o TECBOARD. www.momberggroup.com.br
Inversores string Fundada em 2005, com sede na China, a Ginlong Technologies fabrica inversores solares em grande escala para uso utilitário, comercial, industrial e residencial. Apresentada sob a marca Solis, a empresa desenvolveu sua tecnologia de inversores string de maneira otimizada para atender os diversos mercados locais. De acordo com a empresa, a sua capacidade de fabricação vertical integrada e de última geração controla todo o processo de produção, desde o fornecimento de componentes à distribuição de produtos, seguindo os rigorosos regulamentos internacionais. www.ginlong.com
Tecnologia como serviço A WDC Networks é uma empresa de tecnologia, focada nos segmentos de infraestrutura de fibra óptica e telecom (FTTH), energia solar e produtos de tecnologia. Fundada em 2003, com capital 100% nacional, a empresa se destaca na oferta do modelo de negócio TaaS - Tecnologia “as a service” (hardware e software as a service). A WDC importa, industrializa e comercializa no Brasil e conta com parcerias estratégicas com seus fornecedores nacionais e internacionais, o que possibilita um portfólio de soluções voltadas à Internet, banda larga fixa, segurança eletrônica, telefonia via Internet, redes wi-fi, infraestrutura de redes de dados (networking), cibersegurança, áudio e vídeo profissional, smart home e energia solar. www.wdcnet.com.br
Integração FV A Ourolux comemorou seus 29 anos de atuação na Intersolar. A empresa, que
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atua tradicionalmente no segmento de iluminação, apresentou seus produtos voltados aos parceiros e integradores do setor solar. Demonstrou as vantagens e benefícios de ser um integrador “Ourolux Solar”, como garantia de entrega, atendimento no pós-venda e também uma ferramenta no site para cotação de geradores personalizados de forma prática e rápida para atender todos os projetos. www.ourolux.com.br
Distribuição de energia A Novemp apresentou, entre diversos produtos, o eletrocentro completo montado em fábrica com total integração de componentes. O equipamento se apresenta em duas configurações: eletrocentros para usinas com inversores descentralizados (string-inverters); e eletrocentros com inversores centralizados. Características: potência nominal até 2500 kVA; tensões de conexão de média tensão 13,8 e 34,5 kV; diversas configurações de conexão; medição e proteção em média tensão. Componentes principais: transformador a seco Schneider; cubículos de medição, seccionamento e proteção de média tensão Schneider SM-6; interconexão de baixa tensão ao transformador com barramento blindado; quadro de proteção geral de baixa tensão; quadro de sistemas auxiliares; espaço e coordenação de integração com sistemas de monitoramento do cliente. www.novemp.com.br
Carregamento de VEs O destaque da SMA na Intersolar foi um sistema de carregamento veicular elétrico, o EV-Charger, que é oferecido em diferentes modelos. Como solução integrada com o Audi e-Tron, o equipamento conta
com sistema de carregamento Connect que pode ser instalado em casas inteligentes e também usado em trânsito. Por meio de um cabo de conexão à rede padrão, o Audi e-tron pode ser carregado usando tomadas domésticas convencionais e trifásicas. A empresa também apresentou o app SMA Energy, que permite acesso a dados do sistema solar, diretamente na tela do celular. Segundo a SMA, a solução otimiza o controle da produção e do consumo de energia. Outra solução mostrada foi o SMA Storage Business, um sistema de armazenamento, composto por um gabinete de baterias de lítio, inversor de baterias, medidor de energia e controlador híbrido, para a integração do sistema de armazenamento com fontes alternativas www.sma-brasil.com
Instrumentos de medição A Romiotto lançou na feira o sistema de medição múltiplo de radiação solar modelo MS-90-Plus+, da japonesa Eko, que mede radiação difusa (DHI), direta (DNI) e global (GHI) sem a necessidade de um rastreador solar, de forma automática com motor e GPS próprios. O conjunto é formado por MS90, MS80 e CBOX, atendendo a ISO 9060:2018 e com classificação DNI Classe C, GHI/DHI Classe A, faixa espectral 300-2500 nm, faixa de precisões DNI < 5% e GHI/DHI +- 1,05%, saída serial RS 485 em protocolo Modbus-RTU. O equipamento acompanha cabo de 10 metros e certificado de calibração. A empresa também apresentou suas estações solarimétricas customizadas de acordo com as necessidades do usuário, que podem conter sensores diversos para medição de diversos espectros de radiação (PAR, UV, infravermelho, albedo, etc.), além de medidores de luminosidade, espectroradiômetros e/ou sensores meteorológicos em geral, entre outras soluções. www.romiotto.com.br
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Módulo FV A DAH Solar apresentou em seu estande o módulo solar full screen, que, segundo a empresa, possui capacidade de autolimpeza, aumentando a geração de energia em 6,15% em comparação com modelos convencionais e diminuindo o risco de pontos quentes. O equipamento possui design frontal sem moldura, reduzindo resíduos de água e poeira. De acordo com a fabricante, outros benefícios do modelo são a redução da operação manual e dos custos de manutenção. www.dahsolarpv.com
Seguidor solar A Convert mostrou na exposição o Convert TRJ, um seguidor solar horizontal monoeixo com estrutura balanceada, alinhamento norte-sul, sistema de tracking leste-oeste e fileiras independentes. O equipamento conta com sistema de controle baseado em relógio astronômico, autoconfigurante e dispensa sensor de irradiação. Outras características: máximo erro de rastreamento +-1 grau, comunicação em tempo real ou remota via Modbus para monitoramento e transmissão de dados, comunicação entre Scada e quadro de controle via cabo ou wireless, faixa de temperatura de utilização -10/+50 C, com faixa estendida disponível, alimentação através de auxiliares ou selfpowered, consumo diário médio de 0,003 kWh por fileira, etc. www.convertitalia.com
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vedação, arruela lisa e chapa oblongo. A empresa também apresentou o conjunto de haste solar para telha tipo “calheta”, que conta com rebite de fixação, parafuso francês e porca sextavada flangeada recartilhada. É fabricado em aço inoxidável A2, com tratamento passivado. www.inoxpar.com.br
Módulos solares A Balfar mostrou na feira os módulos fotovoltaicos monocristalinos BS72M-400 W, BS144M-545 W, BS144M-465 W e BS144M550 W. Os equipamentos possuem, respectivamente, máxima eficiência de 20,1%, 21,3%, 21,3% e 21,7%. Todos possuem garantia de saída de potência de 0~+5 W e contam com certificação Inmetro. Outro destaque da empresa foi a cabine Eletrobox, fornecida em diversos tamanhos, com grau de proteção IP 20 e quantidade máxima de inversores de 1, 2, 3 a 6, 10 (8 inversores com string box) e 13 (10 inversores com string box). A companhia também fornece inversores, estruturas em aço galvanizado, etc. www.balfarsolar.com.br
Energia solar por assinatura A AXS Energia, uma empresa do grupo Araxá Solar, divulgou na feira seu negócio de energia solar por assinatura. A empresa oferece planos, sem taxa de adesão. Segundo a companhia, os interessados podem solicitar uma análise do histórico de energia elétrica para identificar o plano mais adequado ao perfil. axsenergia.com.br
Fixação de painéis
Soluções de energia digital
A Inox-Par destacou na mostra hastes para fixação de painéis solares. O kit para viga de concreto com chapa, em aço inoxidável A2, conta com tratamento passivado, que, de acordo com a empresa, oferece até 30% mais resistência à corrosão. É composto por porca sextavada flangeada serrilhada, prisioneiros, chapa adaptadora, bucha de
A Huawei apresentou a Huawei Digital Power, nova subsidiária da empresa focada em desenvolver soluções inteligentes de energia que promovam a neutralidade de carbono em diversos setores. A companhia oferece soluções para plantas fotovoltaicas, tecnologias de armazenamento e geração de energia digital para data cen-
ters e infraestrutura de telecomunicações. A Huawei FusionSolar é uma solução inteligente para plantas fotovoltaicas e de armazenamento para diversos segmentos. No segmento residencial, a solução conta com otimizadores, solução de armazenamento inteligente Luna2000 e funções de segurança, como o AFCI (detecção de arco elétrico) e o Rapid Shutdown (desligamento rápido da string). Segundo a companhia, para comércio e indústria, com a aplicação de otimizadores e o sistema de armazenamento de energia de string inteligente, o sistema pode melhorar o rendimento de energia em 30% e o armazenamento de energia em até 15%. A empresa também oferece solução string para geração centralizada e inversores que suportam proteção inteligente de arco AFCI e desligam automaticamente em 0,5 s. www.huawei.com/br
Inversores A Deye trouxe para a feira seus inversores string monofásicos e trifásicos. Os modelos monofásicos possuem potência máxima de entrada CC de 3,6, 4,7, 5,2, 6,5, 7,8, 9,8, 10,4, 11,7 e 13 kW; tensão máxima de entrada de 500 V; tensão de partida CC de 80 V, faixa de operação do MPPT de 70-500 V; grau de proteção IP 65; entre outras características. Já os modelos trifásicos 10-50 kW 220 V apresentam tensão máxima de entrada de 800 V; tensão de partida CC de 250 V, faixa de operação do MPPT de 200-700 V; grau de proteção IP 65; corrente de curto-circuito por string de 16 A; etc. A empresa também fornece, entre outros, inversores trifásicos 380 15-50 kW. deyeinversores.com.br
Módulos FV A linha Hi-Mo 4 de módulos bifaciais da Longi foi um dos destaques da em-
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presa na Intersolar. Os modelos LR4-72HBD 425~455M são indicados para usinas de solo e grandes projetos comerciais e industriais. Possuem eficiência máxima de 20,9%, tolerância de potência de 0~+5W, degradação inferior a 2% da potência no primeiro ano e de 0,45% do segundo ao trigésimo ano. Conta com a tecnologia half-cell, que proporciona temperatura operacional mais baixa, e 12 anos de garantia dos equipamentos e de 30 anos da potência linear extra. A empresa também fornece a linha Hi-Mo 5m, que inclui modelos como o LR5-66HPH 480~505 M e o LR5-72HPH 530-550 M, produzidos com wafer M10-182 mm, e voltados a usinas de larga escala. Também são dotados da tecnologia half-cell e apresentam eficiência máxima de 21,5%, tolerância de potência de +-5W, degradação inferior a 2% da potência no primeiro ano e de 0,55% do segundo ao 25° ano. www.en.longi-solar.com
Estruturas para sistemas FV O grupo CCM, que fornece estruturas para painéis fotovoltaicos, lançou recentemente uma estrutura de solo para módulos bifaciais. Segundo a empresa, o produto foi desenvolvido para favorecer a melhor captação. É fabricado em aço galvanizado a fogo/aço inox 304 e conta com regulagem de 30 a 45 graus, além de um exclusivo fixador final. A empresa também fornece estruturas para solo monoposte, biposte, carport, telhados cerâmico, metálico e zipado, além de suporte gancho fibrocimento, suporte calhetão e triângulo de correção de grau, entre outras soluções. www.ccmsolar.com.br
Fixadores para sistemas FV A Ludufix fornece diversos tipos de fixadores para sistemas fotovoltaicos fabrica-
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dos em aço inoxidável. Um dos destaques foi o conjunto parafuso solar para estrutura de madeira e metálica. A haste e porca são fabricados em aço inox 304 e a arruela em EPDM. O comprimento varia de 200 a 300 e o diâmetro de encaixe é 7. A empresa também fornece rebites estruturais, chumbadores PBA, suportes retos, parafusos brocantes sextavados, arruelas lisas e de vedação, parafusos sextavados, parafusos sextavados com rosca soberba, arruelas de pressão, parafusos martelo, parafusos de cabeça cilíndrica sextavados, etc. www.ludufix.com.br
Projetos e equipamentos A Conte atua em várias áreas do segmento fotovoltaico por meio de suas divisões. A Conte Solar atua na instalação de usinas solares para diversos segmentos, tanto as de grande porte, como comerciais, rurais e empresariais. Já a Conte Comex é importadora e distribuidora de componentes solares; e, por meio da Conte Metal, a companhia fabrica estruturas de solo e carport. www.contesolar.com.br
Armazenamento de energia A Moura apresentou na feira seu portfólio de soluções em acumulação de energia para energias renováveis. Os destaques foram a bateria Moura Solar, para sistemas de armazenamento de pequeno porte, e o Moura Bess, para sistemas de médio e grande porte, ambos com tecnologia de baterias
chumbo-carbono ou lítio. Segundo a empresa, o Bess Moura é indicado para a redução dos custos com energia de operações comerciais, industriais e agrícolas, e para otimizar operações de geração, transmissão e distribuição de energia. A companhia afirma que o equipamento pode impulsionar o crescimento das energias renováveis, garantindo despachabilidade e maior qualidade. Já a linha Moura Solar, composta pela série MS, é voltada a sistemas off-grid de energia solar de pequeno e médio porte, enquanto a série MFV é voltada para os de médio e grande porte. Ambas contam com tecnologia chumbocarbono. www.moura.com.br
Estruturas metálicas A Zanatta, fabricante de estruturas metálicas e galvanização a fogo, fornece estruturas modulares monopostes para fixação de painéis em solo, compostas por terça, contraventamento tipo tirante, coluna, mão francesa e tesoura. O ângulo de inclinação é de 5, 10, 14 e 19, a altura de coluna externa ao solo de 1250 mm e a altura da coluna na fundação de 950 mm. www.zanatta.com.br
Módulos bifaciais A Jinko destacou na exposição a linha de módulos fotovoltaicos bifaciais com vidro duplo Tiger Neo tipo N. Com potência de 590 a 610 W, os equipamentos possuem eficiência que variam de 21,11% a 22,18%. São projetados para sistemas de alta tensão até 1500 VCC, gerando economia em custo de BOS, segundo a empresa. Contam com resistência PID, maior potência de saída, tecnologia hot 2.0, melhor captura de luz e coleta de corrente para melhorar a confiabilidade e a saída de energia do módulo. Segundo a fabricante, a família Tiger Neo utiliza células do tipo N fabricadas com a tecnologia TopCon. O novo painel possui garantia de produto de 12 anos e garantia de potência de 30 anos. O módulo tem
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0,45% de degradação linear anual ao longo de 25 anos. www.jinkosolar.com
Assessoria aduaneira A Broker Comex, empresa especializada em consultoria e assessoria de comércio exterior, esteve pela primeira vez na Intersolar South America. No evento, a empresa apresentou soluções em comércio exterior para a importação direta de produtos do setor de energia solar fotovoltaica pelas empresas, incluindo desenvolvimento de fornecedores, certificações no Inmetro, logística internacional, assessoria aduaneira especializada e entrega da mercadoria, entre outras orientações. A empresa conta com uma equipe especializada em ex-tarifário para o mercado de energia solar. www.brokercomex.com.br
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tências de 500 a 2500 kVA. Por sua vez, a Centroaço mostrou sua estrutura metálica para painéis fotovoltaicos, com inclinação de 13° em perfis formados a frio, com dimensões em planta de 3,795 x 3,6 m, com cobertura em painéis de 2 x 1 m. www.trael.com.br
Drone A Go Solar apresentou na exposição o drone Mavic 2 Enterprise Advanced, da chinesa DJI. O equipamento conta com uma câmera térmica e uma câmera visual. Segundo a empresa, a câmera térmica tem
Autotransformador e poste A Demape apresentou na exposição seu portfólio para o segmento de energia renovável e suas soluções voltadas para o agronegócio, indústria, comércio e integradores para aplicações on e off-grid. Um dos lançamentos foi o autotransformador trifásico de fabricação própria, desenvolvido para aplicação em sistemas fotovoltaicos e indústrias, disponível nas potências de 20, 25 e 30 kVA. Outro destaque foi o poste autônomo solar, indicado para áreas rurais e vias sem infraestrutura elétrica da rede de distribuição ou que precisam de um sistema de iluminação autônomo. www.demape.com.br
Transformadores A Trael apresentou na feira seus transformadores para aplicação solar. Segundo a empresa, os equipamentos são compactos e robustos, fabricados com tanque corrugado, e possuem flange especial. Contemplam relé integrado de segurança (RIS) com função de medição de temperatura e nível de óleo. Estão disponíveis nas po-
excelente resolução (640 pixels x 512) e permite identificar a qualidade dos painéis fotovoltaicos e instalações elétricas através do gradiente de temperatura. O drone grava imagens e tem georreferenciamento, oferecendo mais agilidade para identificar o módulo defeituoso. Segundo a empresa, o equipamento permite ainda automatizar o trajeto a ser percorrido. https://go.goldendistribuidora.com.br/gosolar
Microinversores A Minha Casa Solar apresentou na Intersolar os microinversores da norteamericana APSystems, indicados para diversas soluções em usinas de microgeração solar até 100 kW. Segundo a empresa, contam com instalação prática, podendo ser fixados na parte traseira dos painéis, tornando o sistema mais econômico ao dispensar o uso de cabeamento. Os microinversores utilizam apenas um painel por entrada, e assim melhoram o monitoramen-
to, que é realizado de forma individual, agilizando a detecção de possíveis falhas no sistema, afirma a empresa. www.minhacasasolar.com.br
Inversores A GoodWe expôs na mostra a linha HT de inversores string de alta potência para aplicações comerciais e industriais e usinas de grande porte. O equipamento possui 12 MPPTs, comunicação PLC e é compatível com módulos bifaciais e de maior potência, suportando 30 A por MPPT. Possui detecção de umidade interna e função de recuperação PID opcional. A configuração do HT 1500V pode ser feita via Bluetooth, e o diagnóstico e atualização do firmware podem ser realizados remotamente. A empresa também apresentou a linha Lynx Home U, que é uma bateria de lítio de baixa tensão especialmente projetada para aplicações residenciais, com tecnologia de bateria segura (LFP). A função de reconhecimento automático embutida e o design plug & play permitem uma instalação simples e fácil, de acordo com a empresa. Outros destaques foram os inversores residenciais pequenos e compactos modelos XS e DNS e a linha EH de inversores monofásicos residenciais, híbridos, especialmente projetados para uso com baterias de alta tensão. https://br.goodwe.com
Módulos de alta potência A distribuidora Fotus mostrou na feira os módulos de alta potência que fornece, como o Leapton Energy, Tier 1, com mais de 15 anos de garantia, 590 W e 450 W bifacial. Outros destaques foram produtos do portfólio da Kehua Tech, que visam garantir a compatibilidade entre módulos e inversores, aumentando a capacidade de corrente por MPPT e oferecendo mais opções para trabalhar entre as strings. www.fotusenergia.com.br
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Pesquisa & inovação CTI Renato Archer e BYD desenvolverão célula SiC-perovskita com mais de 30%
Unifei implantará centro de hidrogênio verde com energia solar
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ma parceria entre a BYD Energy do Brasil e o Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, através de seu Laboratório Aberto de Energia Fotovoltaica (LAfoto), foi assinada recentemente para o desenvolvimento de células solares baseadas na junção dupla entre subcélulas individuais de silício cristalino e perovskita, que deverão aproveitar melhor o espectro solar na conversão de luz em energia elétrica. Segundo nota divulgada em outubro, a nova célula solar será configurada em um sistema multicamadas empilhadas (tandem), em que a subcélula superior, de perovskita, será otimizada para coletar fótons de mais alta energia, enquanto a subcélula posterior, de silício, coletará fótons de mais baixa energia na faixa espectral, onde sua eficiência é máxima. “Aproveitaremos as diferentes características de absorção de luz de cada um desses materiais para gerar uma célula mais eficaz. Estudos preliminares mostraram que a partir dessa configuração é possível chegar a índices práticos de eficiência de fotoconversão finais superiores a 30%, com adequada combinação das subcélulas de perovskita e de silício”, explica Fernando Ely, pesquisador do CTI responsável pelo projeto. A produção das novas células solares deve ainda ter baixo custo, diz o pesquisador, pois o filme de perovskita utilizado na subcélula superior demanda processos de manipulação menos onerosos, sendo produzido a partir de soluções
BYD/Divulgação
o final de outubro a Unifei - Universidade Federal de Itajubá informou que foi escolhida pela GIZ - Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, a Agência Alemã de Cooperação Internacional, para receber recursos de € 5 milhões, destinados à construção do Centro de Produção e Pesquisas em Hidrogênio Verde (CPPHV). Com a construção desse centro, a Unifei se torna referência mundial na área, diz nota da universidade. Com potência instalada de 1 MW e previsão de término da construção no final de 2023, o CPPHV irá ser abastecido exclusivamente por energia elétrica oriunda de fontes renováveis, seja a produzida pelos painéis fotovoltaicos que serão instalados junto ao centro, seja pelo fornecimento de energia 100% renovável por parte da Cemig. O CPPHV vai contar com diversos recursos de alto padrão como eletrolisador, tanque de armazenamento, célula combustível e outros, para promover o desenvolvimento de pesquisas com parceiros da indústria e incubação de empresas, visando a disseminação do uso do hidrogênio. A molécula de hidrogênio pode ser obtida através de diversas rotas, como reforma do etanol, gás de biomassa, gás natural, e por processo de eletrólise. Quando a eletrólise é realizada com eletricidade oriunda de fontes renováveis, o hidrogênio é denominado “verde”. A Unifei já promove outras iniciativas de obtenção de hidrogênio via reforma de gases e de utilização de hidrogênio em motores de combustão, realizados pelo Núcleo de Excelência em Geração Termelétrica e Distribuída (Nest) e pelo Grupo de Estudos em Tecnologias de Conversão de Energia (Getec). A contribuição do GEE (Grupo de Estudos Energéticos) através da construção do CPPHV, irá somar ainda mais ao desenvolvimento dos trabalhos envolvendo o uso de hidrogênio que já estão em andamento.
Equipe do CTI visitou a BYD para firmar a cooperação
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químicas manipuladas a temperaturas relativamente baixas. “Outra vantagem é que a subcélula de perovskita pode ser fabricada a partir de qualquer arquitetura da célula de silício, o que também reduz o custo, pois utiliza células comercialmente disponíveis”, esclarece. A BYD Energy do Brasil, subsidiária da multinacional de origem chinesa BYD, possui fábrica de módulos fotovoltaicos e de veículos elétricos na cidade de Campinas (SP), local no qual também está localizado o CTI Renato Archer. Este é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que foi criada em 1982 para atuar em parceria com agentes do setor privado, da academia e do governo na criação e desenvolvimento de inovações em processos e produtos. A cooperação entre as entidades foi simbolicamente firmada com uma visita da direção do CTI e equipe do LAfoto às instalações da BYD (foto).
Na Alemanha, HZB alcança quase 30% com células Si-perovskita
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esquisadores do Centro Helmholtz de Berlin (HZB, de HelmholtzZentrum Berlin) conseguiram aumentar a eficiência das células solares de silício-perovskita em tandem para um novo valor recorde de 29,80%. Esse valor, oficialmente certificado pelo Fraunhofer ISE CalLab, torna mais próximo o objetivo “psicológico” dos 30% de eficiência. Em 2008, a classe de materiais “perovskitas de haleto metálico” passou a integrar o foco das pesquisas sobre eficiência de conversão fotovoltaica: esses compostos semicondutores convertem muito bem a luz solar em energia elétrica e ainda oferecem muito campo para melhorias. Em particular, podem ser combinados com células solares de silício para células solares em tandem que usam a luz solar com muito mais eficiência. No HZB, vários grupos têm trabalhado intensamente desde 2015
Pesquisa & inovação
Alexandros Cruz / HZB
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A célula tandem de silício perovskita é baseada em duas inovações: uma frente nanotexturizada (esquerda) e uma parte traseira com refletor dielétrico (direita) em tecnologias de semicondutores de perovskita e silício e na combinação de ambas em células solares em tandem, que consiste em uma célula solar de perovskita no topo de uma célula solar de silício. Em janeiro de 2020, o instituto atingiu o recorde de 29,15% para uma dessas células mas a marca não durou muito. Em dezembro do mesmo ano, a empresa Oxford PV anunciou eficiência certificada de 29,52% para o mesmo tipo de dispositivo. Teve então início uma corrida por novos recordes. “A eficiência de 30% é como um limite psicológico para esta nova tecnologia fascinante, que pode revolucionar a indústria fotovoltaica em um futuro
próximo”, explica Steve Albrecht, que trabalha com filmes finos de perovskita no laboratório HySprint do HZB. O foco recente de pesquisa foi no aprimoramento óptico da célula inferior de heterojunção de silício, com a adição de um lado frontal nanotexturado e de um refletor dielétrico por trás. Os pesquisadores investigaram como as nanoestruturas em diferentes interfaces afetam o desempenho da célula solar em tandem. Primeiro, eles usaram simulação em computador para calcular a densidade da fotocorrente nas subcélulas de perovskita e silício para diferentes geometrias, com e sem nanotexturas. Em seguida, produziram células solares tandem de silício-perovskita com texturas diferentes: “A nanotextura aplicada a apenas um dos lados melhora a absorção de luz e permite uma fotocorrente mais alta em comparação com uma referência plana”, diz o pesquisador Johannes Sutter. “As nanotexturas também levam a uma ligeira melhora na qualidade eletrônica da célula tandem e a uma melhor formação de
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filme das camadas de perovskita”, diz seu colega Philipp Tockhorn. Melhorias também foram feitas na parte de trás da célula tandem, que é projetada para refletir a luz infravermelha de volta para o absorvedor de silício. “Usando um refletor dielétrico, fomos capazes de usar essa parte da luz solar de forma mais eficiente, resultando em uma fotocorrente mais alta”, disse Alexandros Cruz Bournazou, outro pesquisador do time. Os resultados abrem caminho para novas melhorias. Simulações sugerem que o desempenho pode ser aumentado ainda mais com a nanoestruturação das camadas de absorção em ambos os lados. Os pesquisadores estão convencidos de que eficiências bem superiores a 30% podem ser alcançadas em breve. O novo valor de 29,80% está devidamente registrado no “Research-Cell Efficiency Chart”, um gráfico das mais altas eficiências de conversão confirmadas em células de pesquisa de várias tecnologias fotovoltaicas, mantido desde 1976 pelo NREL - National Renewable Energy Laboratory, do EUA.
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Agenda
No Brasil Feicon - A Feicon/Batimat acontecerá de 29 de março a 1 de abril de 2022, no SP Expo, em São Paulo, SP. Mais informações: www.feicon.com.br. Intersolar Summit - O Intersolar Summit Brasil Nordeste será realizado em Fortaleza, CE, em 27 e 28 de abril de 2022. Voltado para especialistas brasileiros e internacionais, enfocará a energia solar e renovável na região. O congresso reunirá especialistas para discutir políticas, desafios legislativos e marcos regulatórios, bem como financiamento e soluções de integração de redes, e será realizado em paralelo com o 11º Congresso RTI Provedores de Internet e o 13º Congresso RTI Data Centers. O evento é organizado pela equipe da Intersolar South America, a maior feira e congresso da América Latina para o setor solar. Informações: https://www.intersolar.net. br/en/home/summit-brasil-nordeste. SNPTEE - A 26ª edição do SNPTEE Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, promovido pelo Cigre-Brasil, acontecerá de 15 a 18 de maio de 2022, no Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, e será organizado por Furnas. Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site https:// xxvisnptee.com.br. Ecoenergy/Exposec – A 9ª Ecoenergy Feira e Congresso Internacional de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia foi adiada em virtude do avanço do Covid-19 e vai acontecer de 7 a 9 de junho de 2022 no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center. O evento, organizado pela Cipa Fiera Milano, é constituído por exposição de soluções para energias solar heliotérmica, solar FV, eólica, de biomassa, geotérmica e hidroelétrica; e pelos congressos Ecoenergy e Biomass Day. Paralelamente, é realizada a feira Exposec - Feira Internacional de Segurança. Informações em https://feiraecoenergy.com.br.
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Sendi - O XXIV Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, organizado pela EDP e promovido pela Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, no Pavilhão de Carapina, em Vitória, ES, foi postergado para 21 a 24 junho de 2022, em função do avanço do Covid-19. Com o tema “O futuro do setor Descarbonização, Descentralização e Digitalização”, o evento abordará as macrotendências de transformação do setor de energia e promoverá o Rodeio Nacional de Eletricistas, uma competição onde eletricistas vindos de todo o País demonstram a realização das suas tarefas diárias, partilhando práticas seguras e inovadoras a todas as concessionárias do Brasil. Mais informações: www.sendi.org.br.
Cursos Instalação de sistema FV - A ElektSolar Innovations oferece o curso online Comissionamento de usinas fotovoltaicas. O curso vai abordar: introdução sobre geração fotovoltaica e instalações elétricas (rede de energia, aterramento, SPDA, DPS); a norma NBR 16274:2014 – Sistemas Fotovoltaicos conectados à rede; testes de categoria I e categoria II presentes na NBR 16274:2014; demonstração com uso de softwares (PVSOL e PVsyst) para definição da influência do sombreamento; modelo para geração de relatórios e avaliações finais dos resultados; documentação do sistema, entre outros assuntos. Mais informações: https://elektsolar.com.br/cursose-eventos/. Cursos EAD - O Canal Solar realiza diversos cursos voltados ao setor fotovoltaico em formato EAD. Um deles é o de Fundamentos de energia solar fotovoltaica, composto por quatro módulos. O primeiro trata de tipos de sistemas fotovoltaicos, radiação solar, células e módulos fotovoltaicos, sombreamento dos módulos FV, dimensionamento e
instalação dos painéis solares. O módulo 2 abrange conceitos básicos de eletricidade, dimensionamento de um sistema off-grid e introdução a microrredes e sistemas híbridos. Por sua vez, o terceiro compreende o funcionamento de um sistema conectado à rede e seus componentes, além de dimensionamento, instalação e operação e manutenção. Finalmente, o módulo 4 aborda a segurança nas instalações e a solicitação de acesso à rede, entre outros temas. A empresa também disponibiliza o curso Projeto de sistemas FV com PVSyst e Solergo, que visa gerar relatórios de desempenho e análise das principais causas de perdas nos sistemas fotovoltaicos. O curso inclui análise de sombreamento de sistemas fotovoltaicos em usinas solares e telhados, as características técnicas dos componentes de um sistema FV, especificação e dimensionamento, estudo de posicionamento de módulos e arranjos fotovoltaicos, análise de sistemas fixos e com rastreamento, etc. Mais informações em https://canalsolar.com.br/cursos.
No exterior Light + Building – A Light + Building será realizada de 13 a 18 de março de 2022, em Frankfurt, Alemanha. Mais informações: https://light-building. messefrankfurt.com/frankfurt/ en.html. IEEE PES T&D - De 25 a 28 de abril de 2022, será realizada a conferência e exposição IEEE PES T&D, em New Orleans, EUA. Realizado a cada dois anos, o evento é patrocinado pela IEEE Power & Energy Society e tem o objetivo de compartilhar os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos da indústria de energia elétrica. Mais informações podem ser obtidas em https:// ieeet-d.org/.
Atendimento ao leitor
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Instalador(a)
Projetista(a)
Consultor(ia)
Manutenção
Consultor(a)
Escritório de arquitetura
Outros (especificar) __________________________________________________________
3) Usuário(a) final Concessionária de energia elétrica ou cooperativa de eletrificação Telecomunicações
Indústrias em geral
Comércio e serviços
Outros (especificar) ___________________________________________________
Órgãos governamentais e instituições
Publicações
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Redução de emissões - A 6ª edição do relatório Statkraft Baixas Emissões – Cenário 2021 (em inglês Low Emissions Scenario), que destaca as tendências do mercado global de energia, indica a importância da eletrificação para a redução das emissões e a necessidade de acelerar a transição energética com o objetivo de diminuir o aquecimento global. O estudo mostra que os investimentos em renováveis aumentaram 7% em 2020, em relação a 2019, apesar da desaceleração econômica causada pela pandemia. De acordo com a publicação, a energia renovável já é, na maioria dos lugares, mais barata do que os combustíveis fósseis ao investir em nova capacidade, e as tecnologias solar e eólica superam as atuais usinas de carvão e gás em cada vez mais localidades. Os custos estão em tendência de declínio. Em geral, por um euro investido em energia solar fotovoltaica e eólica hoje se obtém cerca de quatro vezes a produção em comparação há
dez anos. A previsão é de que a capacidade de energia solar crescerá por um fator de 21, e a energia eólica por um fator de 7 até 2050. As energias solar e eólica fornecerão cerca de dois terços do sistema de energia global, de acordo com o estudo. Por sua vez, a demanda de energia mais do que dobrará até 2050 e todo este crescimento será coberto por energia renovável, que fornecerá, aproximadamente, 80% do sistema de energia global no período. Segundo o relatório, a participação da eletricidade na demanda energética global final mais que dobrará, atingindo 47% em 2050. Outro destaque é a necessidade de instalar mais do que o dobro por ano de energia solar e eólica até 2050 para limitar o aquecimento global a 2 graus. Outra perspectiva é de que cerca de 10% da demanda global de energia virá da produção de hidrogênio verde em 2050 e mais de 20% da Europa, no Cenário de Baixas Emissões. O estudo mostra ainda que os custos dos eletrolisadores caíram
60% nos últimos cinco anos, e espera-se que esse declínio continue devido ao aumento da automação, padronização e melhorias tecnológicas. O relatório na íntegra está disponível em www.statkraft. com/lowemissions
PPAs solares - O Estudo Estratégico Grandes Usinas Solares 2021, elaborado pela consultoria Greener, aponta que 8,4 GW dos mais de 13,38 GW de projetos solares mapeados até janeiro de 2021 no mercado livre possuem PPAs firmados. A publicação indica ainda que 4,1 GW de projetos solares de geração centralizada entrarão em operação até 2022 e que, dos 4,6 GW de projetos para o mercado regulado, cerca de 1,2 GW ainda estão em fase de construção. Constatou-se que os consumidores que mais demandaram projetos solares no mercado livre estão nos setores de mineração e química. Outro dado é que 100% dos contratos mapeados (ACR e ACL) em 2020 irão utili-
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zar módulos bifaciais. Mais informações que fazem parte do estudo são: a elevação dos preços, logística internacional, variação cambial e demais reflexos econômicos deverão continuar pressionando o Capex nos próximos meses, sendo um fator de atenção na precificação dos PPAs, e o alinhamento com as metas de redução de emissão de carbono considerado fator
decisivo para acelerar a adoção da fonte, sobretudo nos consumidores eletrointensivos. Além do mapeamento de PPAs, o estudo traz informações sobre o perfil dos consumidores que investiram em solar no mercado livre, projeções, análises do mercado e principais players envolvidos. O relatório pode ser acessado em www.greener. com.br.
Índice de anunciantes 2P....................................................................41
Helte ................................................................42
Resun...............................................................13
Absolar.............................................................63
Hopewind .........................................................19
Ribeiro Solar.....................................................16
Bel Energy................................................38 e 39
Inox-Par...........................................................11
Risen................................................................35
Brassunny.........................................................45
JA Solar............................................................49
Romiotto ..........................................................30
Chint ................................................................33
Kehua.......................................................22 e 23
Saj ............................................................4ª capa
Deye ................................................................47
Ludufix.............................................................17
Serrana Solar....................................................55
Domínio Solar...................................................43
Max-Del ...........................................................54
Solis .............................................................4 e 5
Elgin ................................................................27
Minha Casa Solar...............................................15
Soprano .....................................................3ª capa
Embrastec ........................................................40
MO Energia.......................................................57
SSM Metálicas ...................................................29
Foco Energia.....................................................31
Novemp............................................................21
Weg ...................................................................7
Growatt .....................................................2ª capa
NTC Somar........................................................51
Helius Energy....................................................34
Photo Energy.....................................................59
Solar FV em foco
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Energia solar: a evolução tecnológica dos equipamentos e acessórios Ildo Bet, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk *
“O ‘nobreak solar retrofit’ vem para agregar mais autonomia de alimentação contínua de cargas prioritárias aos sistemas fotovoltaicos em operação.”
evolução tecnológica no mercado fotovoltaico, sobretudo na fabricação de equipamentos que compõem o chamado “kit solar”, tem promovido uma verdadeira revolução em termos de desempenho, eficiência e melhores retornos sobre os investimentos em sistemas instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos, no Brasil e no mundo. Um dos avanços recentes é o chamado “nobreak solar retrofit”, que vem para agregar mais autonomia de alimentação contínua de cargas prioritárias aos sistemas fotovoltaicos em operação. O sistema utiliza os módulos fotovoltaicos já existentes na usina solar para gerar energia elétrica e alimentar também as baterias da instalação. Composto por banco de baterias, inversor off-grid, módulos fotovoltaicos, seletor fotovoltaico, quadro CA e demais itens necessários para instalação, a solução nobreak solar retrofit consiste em um sistema capaz de alimentar cargas prioritárias continuamente (tempo de transferência menor que 10 milissegundos), aproveitando os equipamentos já instalados. Em momentos de falta de energia da rede elétrica, o seletor fotovoltaico, que é controlado pelo inversor off-grid (configuração especial), faz o seccionamento dos módulos FV ligados ao inversor on-grid para o inversor off-grid, aproveitando assim a energia fotovoltaica que seria desperdiçada.
O inversor off-grid opera como um nobreak offline na presença de rede (bypass interno entre rede CA e saída de backup) e, na ausência de rede, opera como um inversor off-grid. A sua saída é conectada ao quadro c.a. (QDCA) que alimentará as cargas prioritárias (segregadas do quadro geral). O inversor off-grid atua como se fosse uma carga para a distribuidora de energia elétrica e, desta forma, não injeta energia em momento algum na rede, não violando nenhuma das normas vigentes. Assim, a rede da concessionária apenas recarrega as baterias. A solução exige que haja adequada separação de cargas, dimensionamento das baterias, tanto em função da carga quanto da autonomia e da vida útil das baterias que fazem parte do kit. Quando houver sol e a rede de energia elétrica estiver ativa, a geração dos módulos fotovoltaicos estará toda direcionada para o inversor on-grid, que injetará energia elétrica normalmente. As cargas prioritárias ficam direcionadas pelo bypass interno no inversor off-grid para alimentação por meio da rede elétrica. Já quando houver sol e a rede de energia elétrica for interrompida, a geração dos módulos fotovoltaicos acoplados ao seletor fotovoltaico será direcionada para o inversor off-grid, que contará também com as baterias para alimentar apenas as cargas prioritárias. A versatilidade do sistema possibilita o suprimento contínuo de energia
elétrica para as cargas, pois na ocorrência de falha da rede elétrica e troca para suprimento pelas baterias, o tempo de transferência é menor do que 10 milissegundos. Existem algumas regras importantes a serem observadas para instalar um nobreak solar retrofit: (i) a tensão de circuito aberto (Voc) do string deve ser menor ou igual a 500 Vcc; (ii) é necessário verificar se o inversor possui string-box integrado; e (iii) se já existir o string-box externo, o seletor deve ser instalado depois dele. Quando o inversor possuir string-box integrado, deve-se adicionar um string-box 1/1 no string que for utilizar o seletor. Soluções inovadoras apresentadas pelo mercado brasileiro e internacional vêm para atender as diferentes necessidades de distintos clientes. Com o amadurecimento do mercado, é possível enxergar mudanças na forma como se utiliza a energia solar no Brasil. A crise hídrica vivenciada em 2021 estampou a fragilidade do setor e a necessidade de antever futuras situações similares. A versatilidade da fonte solar fotovoltaica é ferramenta estratégica para trazer evoluções tecnológicas que superem as limitações e contribuam para a resolução dos desafios dos consumidores e clientes do setor. * Respectivamente, sócio fundador da PHB, CEO da Absolar e presidente do Conselho de Administração da Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica.