Hydro Julho | Agosto 2024

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Especial

Produtos biológicos para tratamento de efluentes: o avanço da biotecnologia

Ao acelerar a decomposição da matéria orgânica, os produtos biológ icos, quando aplicados no tratamento de efluentes, oferecem vantagens como elevada eficiência e menores custos operacionais A repor tagem especial destaca as novas soluções de biotecnolog ia e suas aplicações em empresas e indústrias

Serviço

Guia de acionamentos e automação de estações de tratamento

O levantamento relaciona os fornecedores de inversores de frequência, I H M – Inter face Homem-Máquina, soft star ter e CLPs – Controladores Lóg icos Prog ramáveis, equipamentos essenciais para a automação de estações de tratamento de água e efluentes

Estação de tratamento

Avaliação da qualidade dos efluentes em elevatórias

Realizado em uma ETE de Minas Gerais, o estudo evidenciou que as estações elevatórias de diversos pontos estavam sobrecarregadas, influenciando processos químicos de DBO na entrada da elevatória, em decorrência da ausência de UTR – Unidade de Tratamento de Resíduos e existência de ligações clandestinas de efluentes pluviais

Serviço

Guia de tub os e conexões

O guia traz a relação dos fornecedores de tubos e conexões no país, com informações sobre os materiais e os acessórios para uma per feita instalação desses produtos

Esgoto

Interligação domiciliar à rede coletora – ações preventivas

O trabalho apresenta uma campanha de prevenção desenvolvida pela C A J - Companhia Águas de Joinville voltada à correta ligação dos imóveis do município à rede coletora de esgoto, baseada em orientações individualizadas.

Sustentabilidade

Incineração de resíduos sólidos

Para minimizar os impactos ao meio ambiente provenientes da incineração de resíduos perigosos, a Cetrel realizou um estudo de uso de biomassa na mistura dos resíduos organoclorados, possibilitando a redução do consumo de gás natural e tornando o processo mais sustentável

Serviço

Guia de aeradores e compressores

Usados para aumentar a eficiência das estações de tratamento de efluentes, os aeradores e compressores são o tema do guia em questão, que traz informações como modelo, pressão, vazão, materiais e tipo de difusor

Capa Foto: ShutterStock

Editorial

Biotecnologia no tratamento

d e e f l u e n t e s

Muitas estações de tratamento de efluentes operam no limite da capacidade. O excesso de carga orgânica e a elevada geração de lodo e odores demandam das empresas e indústrias constantes intervenções para evitar entupimentos ou transbordamentos, além de atender às exigências legais para o descar te dos resíduos

A biotecnolog ia, ramo da biolog ia que desenvolve tecnolog ias a par tir de microrganismos para deg radação dos materiais de modo natural e rápido, tema da repor tagem especial desta edição, pode elevar a eficiência dos sistemas existentes, de forma limpa e segura, com baixos custos de manutenção

Os blends desenvolvidos para esse fim contam com um conjunto de microrganismos selecionados, como bactérias e fungos, capazes de deg radar e digerir compostos orgânicos específicos presentes em estações de tratamento de efluentes, lagoas, sistemas de compostagem e solos contaminados Como resultado, reduzem a carga de poluentes, a toxicidade dos resíduos e a produção de lodo e melhoram a qualidade da água. O aumento da capacidade de tratamento e a estabilização de sistemas sobrecarregados dispensam investimentos em expansões civis ou mecânicas

Dentro da biotecnolog ia, a chamada “biotecnolog ia cinza” é a área que se relaciona diretamente com o meio ambiente, buscando soluções tecnológ icas para a conservação e restauração de áreas contaminadas Seu potencial de negócios é promissor, especialmente em um país como o Brasil, onde a conscientização ambiental cresce a cada dia

No mercado global, a demanda por soluções sustentáveis de tratamento de efluentes está em crescimento Estima-se que o setor subirá de cerca de U S$ 50 bilhões em 2022 para algo em torno de U S$ 73 bilhões até 2030, com um crescimento anual de 5,7% durante o período da previsão, segundo o Data Bridge Market Research, instituto global de análises mercadológ icas.

Na repor tagem que começa na pág ina 12 são apresentadas algumas soluções de biotecnolog ia já disponíveis comercialmente e em desenvolvimento no mercado brasileiro com aplicação na área ambiental, como aditivos biológ icos, biorreatores e fotobiorreatores especialmente projetados para a multiplicação de microrganismos, nutrientes para bioaumentação e bioestimulação e sistemas de aeração capazes de proporcionar melhor oxigenação para as bactérias

REDAÇÃO:

Diretor: José Rubens A ves de Souza (in memoriam ) Jornal sta responsável: Sandra Mogam (MTB 21780)

Repórter: Fáb o Laudonio MTB 59526)

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A rev sta Hydro é enviada a 12 m l prof ssiona s envo v dos com insta ações h drossanitárias prediais, com o tratamento de água e ef uentes em indústrias e complexos de ser viços e com sistemas públ cos de água e esgoto

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr , José Roberto Gonçalves e José Rubens A ves de Souza (in memoriam

Notícias

Star tup NM2 cer tifica junto à Sabesp solução de tratamento para chor ume

AN M2 Tecnolog ia Ambiental Inovadora recebeu da Sabesp os resultados das análises laboratoriais que atestam a eficácia da solução para o tratamento de chorume “Finalmente, temos uma solução de alta eficiência, economicamente viável, para um dos efluentes mais nocivos e difíceis de tratar e que atinge praticamente todos os municípios”, diz Nicola Mar torano Filho, fundador da empresa e inventor da tecnolog ia

Segundo ele, até hoje, os chorumes de diversas origens são tratados por sistemas de baixa eficiência, transferem o problema do aterro sanitário para a ETE - estação de tratamento de esgoto e para a atmosfera, deslocando poluição de um lugar para o outro, de forma linear, impossibilitando o surg imento de uma economia circular

Os resultados apontam para uma redução da DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio de 97,22%, sólidos suspensos totais de 97,36%, DQO –Demanda Química de Oxigênio de 66,01% e fósforo de 53,51% “Os índices são bastante animadores e indicam que, combinadas, as tecnolog ias da N M2 podem abordar a maioria, senão todos os tipos de efluentes, incluindo industriais e de mineração, próximos setores de foco do nosso P&D”, completa Mar torano

Fundada em 2017, a N M2 é uma empresa residente no Parque Tecnológ ico de São José dos Campos, SP “Desenvolvemos o conceito e as tecnolog ias necessárias para o tratamento descentralizado e circular de esgoto”, diz o executivo A B R Ecosystem, primeiro produto da empresa, é uma

ETE compacta B R Ecosystem: capaz de tratar t99% de DBO, água de reúso Classe 1 e ausência de lodo

ETE compacta e modular capaz de tratar t 99% de DBO e fornecer água de reúso Classe 1, sem geração de lodo ou resíduos É fornecido em contêineres de 20 ou 40 pés, com vazões de 0,34 L/s (para atendimento a até 240 pessoas); 1,3 L/s (933 pessoas); e 2,6 L/s (1867 pessoas) “Podemos desenvolver projetos customizados, sob demanda para os clientes, pois os módulos se compõem para atender uma vazão superior”, diz

O sistema é composto de reatores anaeróbios de fluxo ascendente (UASB) constituídos de diferentes estág ios cinéticos e recirculação; unidade de insuflação de ozônio; duas etapas de filtragem; unidade de decantação secundária com recirculação de lodo por meio de três subsistemas acoplados em sua rede interna; desinfecção complementar (quando necessário) via injeção de hipoclorito de sódio e radiação UV – ultravioleta; e painéis elétricos, motores, sistemas de telemetria e operação.

A estação não libera odor, metano ou qualquer gás de efeito estufa (GEE) Segundo Mar torano, ETEs convencionais geram em torno de 4 t/ mês de lodo a cada 1000 pessoas Na B R Ecosystem a geração de lodo é zero A eficiência energética é outra vantagem. Nas ETEs convencionais, o custo energético aproximado é de R$ 1,98/m3 tratado No sistema da N M2, o custo é de R$ 0,98

A B R Ecosystem pode ser embarcada em plataformas compactas de fácil transpor te e instalação, pois tem o conceito de skid e plug and play Além disso, permite operação e monitoramento remotos, através de sensores e válvulas automatizadas E a alimentação é feita por placas fotovoltaicas, aumentando ainda mais a sua economia

As estações são homologadas pela Sabesp, para quem a N M2 já forneceu alguns sistemas, como para a CDH U de Maresias, São Sebastião, em operação desde fevereiro de 2024; Paço Municipal de Santana de Parnaíba; e Residencial New Ville em Santana de Paranaíba, em operação

Desde novembro de 2021 a N M2 também realiza a gestão e operação do sistema de tratamento de esgoto e águas servidas do P IT - Parque de Inovação Tecnológ ica de São José dos Campos, onde a star tup está instalada. O centro empresarial conta com 95 empresas e recebe uma média de 7 mil pessoas por dia A ETE antiga, de 200 m2, foi trocada por uma estação compacta de 18 m2 Nesses mais de dois anos, o sistema trabalhou com uma eficiência de remoção de contaminantes de 99,83%. A água de reúso abastece os sanitários, irrigação de jardim e lavagem de piso

A B R Ecosystem recebeu o selo Patentes Verdes, concedido pelo I N P IInstituto Nacional de Propriedade Industrial exclusivo para o reg istro de tecnolog ias inovadoras reconhecidamente voltadas para o meio ambiente

N M2 – Tel (12) 9 9 613-5378 Site: https://nm2 eco br/

Prosper Wastewater apresenta tecnologia com infusão de O2

AProsper Tech, empresa nor te-americana de tecnolog ia com diversas patentes de GI – Gas Infusion, está introduzindo no Brasil um sistema de oxigenação para tratamento de efluentes e recuperação de água super ficial e subterrânea “A nossa tecnolog ia é inédita, não existe nada igual no mundo”, disse Tais Yassuda, gerente de projetos da empresa, durante a I FAT, feira ambiental realizada em abril em São Paulo

O processo GI é usado para infundir instantaneamente níveis supersaturados de oxigênio na água, ating indo ta xas de eficiência de transferência de até 95% Simultaneamente, outros gases presentes na água são removidos, aumentando o potencial de supersaturação oferecido pela tecnolog ia O módulo de infusão de gás consiste em membranas microporosas de fibra oca (M H F) hidrofóbicas que criam um fluxo líquido estável com níveis supersaturados de gás dissolvido, sem bolhas “Trabalhamos com oxigênio molecular Oferecemos benefícios impor tantes para o setor de saneamento, pois entregamos o oxigênio de forma muito estável, sem alterar significativamente a pressão geral do gás do líquido, ajudando a garantir a disponibilidade e ação dos microrganismos”, disse a gerente Segundo ela, o processo permite que o oxigênio permaneça na água por muito mais tempo do que nos sistemas convencionais, o que permite uma instalação flexível mesmo em tanques ou lagoas mais rasas

Os módulos de infusão de gás podem infundir vários gases, como O2, O3, CO2 e outros, em qualquer líquido

Entre as vantagens estão o baixo custo de operação e a elevada eficiência energética “A membrana em si não consome energ ia O que consome energ ia é a bomba de recirculação, em aplicações sidestream” , explicou Tais. A fonte de gás pode ser um tanque de oxigênio puro ou geradores de oxigênio “A Prosper também oferece arranjos submersíveis que eliminam a necessidade de bombas de recirculação, alcançando economias de energ ia incomparáveis, especialmente quando se trata de g randes vazões de tratamento”.

Um outro diferencial é que o sistema permite a instalação sem a necessidade de esvaziamento de tanques em reformas, ampliações ou melhoria de per formance de estações existentes

No tratamento de águas residuais, a tecnolog ia pode reduzir custos em 70% na conta de energ ia e 20% no descar te final de lodo, em comparação com sistemas de aeração convencionais Também pode ser aplicada na remediação ambiental através da biorremediação de águas subterrâneas e na restauração de lagoas, rios e águas costeiras, removendo o nitrogênio e restaurando os níveis de oxigênio em ambientes de água doce e salgada com problemas eutrofização, odor excesso de nutrientes ou anaerobiose

A empresa possui subsidiária em São Paulo desde 2019, com foco nos mercados de saneamento e indústrias. “O nosso sistema pode ser aplicado em qualquer cliente com demanda de tratamento de efluentes que exija um processo aeróbico”, disse

A tecnolog ia da Prosper foi comprovada no mercado internacional há mais de uma década O processo de infusão de gás da Prosper foi revisado de forma independente por agências governamentais como o National Resource Council e a R PC Scientific & Eng ineering no Canadá “A retenção de oxigênio de forma muito estável e prolongada proporciona resultados sem precedentes em segmentos como aquicultura, bem-estar e saúde, ag ricultura, indústria de bebidas, além do tratamento de água”, concluiu a executiva

Site: www.prosper th.com

Usina de dessalinização

é opção para enfrentar escassez de água no litoral

paulista

Uma usina de dessalinização será construída no Litoral Nor te de São Paulo e deverá atender 8 mil pessoas em 19 ilhas, na reg ião de Ilhabela, para tratar a falta de água no período de temporada, quando aumenta significativamente o número de turistas nos municípios litorâneos

A usina vai captar água salgada e terá capacidade de processamento de até 30 L/s, permitindo à Sabesp aumentar em 22% a ofer ta de água tratada.

A água dessalinizada será transpor tada para um reservatório localizado na própria ETA - Estação de Tratamento

O processo G I é usado para infundir instantaneamente níveis supersaturados de oxigênio na água
Usina de dessalinização em Ras Al Khaimah, Emirados Árabes Unidos

de Água, onde será distribuída para consumo da população

O professor José Carlos Mierzwa, do Depar tamento de Engenharia Hidráulica Ambiental da Escola Politécnica da U SP, especialista em tratamento de água e desenvolvimento de tecnolog ia de separação por membranas, explica que o problema é antigo e a dessalinização pode ajudar na ofer ta de água na reg ião

A ideia da construção de uma usina de dessalinização na reg ião de Ilhabela, no Litoral Nor te do Estado, é a solução para locais que não comportam um reservatório O professor da U SP explica como funciona esse processo de utilizar a água do mar para transformar em água doce e potável e informa que a primeira unidade de dessalinização foi construída no Brasil em Fernando de Noronha, uma ilha no litoral nordestino que também enfrentava escassez de água O assunto vem sendo discutido e estudado no país desde a década de 1970

Será a primeira usina de dessalinização do estado de São Paulo. A construção desse tipo de unidade pode ser a solução para a escassez hídrica que tem sido um desafio nos g randes centros urbanos O Litoral

Nor te é uma área de preservação ambiental, por isso existe a preocupação com o meio ambiente e o engenheiro da Poli/U SP tranquiliza a população.

Quando se pensa em custo, a tecnolog ia de engenharia utilizada já está bem mais acessível à população A pergunta que se deve fazer é quanto custa não ter água? Outro ponto positivo destacado por Mierzwa é a qualidade da água, que não deixa nada a desejar para uma água de reservatório.

O edital para a construção da usina de dessalinização em Ilhabela foi publicado em abril A previsão ini-

cial é que a usina seja implantada em 2026

Site: www saopaulo sp gov br

Ecobulk oferece soluções completas de geofor mas

AEcobulk Tecnolog ia para Proteção Ambiental, fabricante de tecidos técnicos de alta resistência e de geoformas, de Americana, SP, está crescendo com a ofer ta de soluções completas para a limpeza de lagoas e tanques de decantação, desaguamento de lodo em estações de tratamento de água e efluentes, obras de dragagem e proteção de encostas “Somos os únicos no Brasil com produção 100% nacional, desde o fio até as geoformas”, diz o diretor Ranier Rocha A Ecobulk dispõe em sua planta fabril de maquinários para a extrusão de P P - polipropileno, matéria-prima base para a produção de fios utilizados na confecção do geotêxtil, que tem como principal característica a alta resistência à tração, além de resistir à deg radação por incidência de raios UV Na tecelagem, os fios são entrelaçados em teares específicos para a fabricação do tecido, que possui alta g ramatura, com total controle de aber tura aparente de filtração “A densidade dos fios que compõem o geotêxtil foi projetada para ter a função como elemento filtrante e também resistente a elevados esforços físicos”, afirma

A estrutura geotêxtil é fechada, com uma ou mais aber turas de enchimento, na forma de manga (tubo de enchimento). O tecido é confeccionado em diversos formatos, como semielíptico, cúbico, bolsa ou colcha, e dimensões, que podem chegar a 10 m de largura por 65 m de comprimento, com

Ranier Rocha, da Ecobulk: eficiência no desaguamento

altura de enchimento de até 2,5 m e capacidade de contenção de 2500 m3 “Toda a tecnolog ia têxtil é nossa. Temos capacidade de fazer o bag nas medidas que forem necessárias, o que é uma g rande facilidade para o cliente, pois muitas estações têm limitação de espaço ” , diz Entre as vantagens dos bags estão os custos competitivos, o rápido desaguamento e a elevada capacidade de retenção de sólidos

Além da confecção dos produtos sob medida para cada projeto, a empresa realiza os serviços de instalação, incluindo o uso de máquinas próprias para dragagem e desassoreamento, como escavadeira hidráulica e draga de sucção e recalque “Executamos os serviços que estão relacionados às geoformas, especialmente de infraestrutura e macrodrenagem Assim, ao invés de contratar duas ou mais empresas diferentes, o cliente pode ter o pacote completo com a Ecobulk, com tudo já integ rado”.

Com cerca de 20 anos de mercado, a Ecobulk tem fornecimentos no Brasil todo, tendo clientes como Sabesp e autarquias municipais, além de atuação nos segmentos de mineração, indústria e construção civil

Ecobulk – Tel (19) 9 9205-0737

Site: https://ecobulk.com.br/

Estação para produção de água de reúso foi inaugurada em Pacajus

ACagece - Companhia de Água e Esgoto do Ceará e a Vicunha Serviços inauguraram a EPAR - Estação Produtora de Água de Reúso em Pacajus O novo sistema será respon-

Notícias

sável por transformar esgoto doméstico em água reciclada para utilização das indústrias instaladas nos municípios de Horizonte e Pacajus. Além dos ganhos ambientais com a redução do uso de mananciais da reg ião, a inciativa visa impactos sociais e econômicos pela possibilidade de atrair novos investimentos para o estado do Ceará

A estação produtora utilizará o esgoto doméstico tratado do município de Horizonte, para garantir o abastecimento de acordo com os padrões de qualidade de água industrial A capacidade inicial da produção é de 60 m³ por hora, com expectativa de expandir para até 130 m³ Para a distribuição da água de reúso, também foram construídos 13 km da adutora que vai abastecer as primeiras indústrias beneficiadas Outras empresas locais poderão par ticipar do sistema

Ao todo, foram investidos cerca de R$ 60 milhões para a realização das obras Além do sistema de água de reúso, o empreendimento inclui ainda a coleta, tratamento e disposição adequada do esgoto gerado pelas in-

dústrias. Por meio de uma nova ETEI - Estação de Tratamento de Esgoto Industrial, os efluentes atenderão os padrões de lançamento da Resolução nº 02/2017 do Coema

Site: www cagece com br

Decode Tecnologia: inteligência ar tificial para a leitura de medidores

ADecode Tecnolog ia, com sede em Vinhedo, SP, desenvolve soluções de IA – Inteligência Ar tificial para leitura de medidores voltadas para os mercados de água, energ ia e gás Fundada em 2019, a empresa tem como objetivo capacitar companhias e gestores municipais a ma ximizar suas economias, reduzir desperdícios e fortalecer os princípios ESG – Ambientais, Sociais e Governança.

Uma das características é o investimento em P&D Para isso, conta com uma equipe de pesquisadores, cientistas de dados e anotadores de imagens para conseguir criar bancos de dados para treinamento de redes neurais, bem como desenvolver soluções que estão sempre se atualizando Muitos colaboradores, inclusive, são mestrandos, mestres e doutorandos em universidades como Unicamp e Unesp

“Temos uma equipe técnica especializada em áreas relevantes para o desenvolvimento de projetos, como armazenamento e processamento distribuído de informações, gerenciamento, replicação e processamento em nuvem, sistemas Android/IOS, processamento de imagem, visão computacional e IA”, explica Josemar Oliveira Brancacci, sócio-diretor da Decode Tecnolog ia

O setor de saneamento, composto majoritariamente por concessionárias privadas, representa 80% do negócio da companhia, cujas soluções para o segmento são o D ecode Leiturista Virtual e o D ecode- Gi, que também podem

ETE I - Estação de Tratamento de Esgoto Industrial

Profissional em campo utilizando o D ecode

Leiturista Virtual

ser aplicados nas áreas de energ ia e gás

A primeira é um sistema para extração de leituras de hidrômetros via algoritmos próprios instalados em dispositivos móveis através de AP K ou em hardware de operação de leitura compatíveis, tendo como foco a obtenção de precisão na captura dos dados de medição e a redução do absenteísmo dos leituristas devido à fadiga visual Segundo dados da empresa, o D ecode Leiturista Virtual chega a um índice de precisão de 98,8% em medidores de água “É possível acessar os históricos de leitura, inclusive com fotos do equipamento medidor de um dashboard em nuvem pelo site da Decode”, explica Brancacci

A segunda solução é um sistema dig ital em nuvem para administração de faturas que busca e organiza as informações de consumo de forma simples e rápida, evitando impressões em papel ou construção de planilhas complexas com dados inseridos manualmente O D ecode Gi apresenta, de forma organizada, históricos de consumos individuais e totalizados, ag rupando-os por centros de custos e comparando com o mesmo período do ano anterior Conta com um painel de gestão, dashboards (g ráficos), que permite melhor visualização e definição de indicadores (KP Is), metas de energ ia, eficiência energética e direciona ações de sustentabilidade Além disso, informa as unidades consumidoras sobre multas por falta de pagamento e avisos de cor tes via aler tas.

Segundo o sócio-diretor, um dos principais desafios atuais do setor de saneamento é a gestão de energ ia Como forma de amenizar o problema, o módulo de energ ia do D ecode- Gi apresenta relatórios com todos os dados de consumo, informando multas técnicas e orientando ajustes para contratos de demanda com a concessionária

“Contamos com serviços de armazenamento de dados em território nacional utilizando infraestrutura na nuvem fornecida por empresas como AWS e Google Na maior par te das vezes, os serviços ficam em uma mesma rede interna, o que garante uma baixa latência na comunicação entre servidores”, completa

Com 30 funcionários, a Decode Tecnolog ia está presente em 13 estados brasileiros No momento, a empresa está com mais de 4 milhões de capturas armazenadas em mais de 4 TB de uma clientela que supera 50 companhias, incluindo a Água de Manaus e Águas do Rio, da Aegea

Decode Tecnologia – Tel (19) 3826-46 97

Site: https://decodetecnologia com/

Produtos biológicos para tratamento de efluentes: o avanço da biotecnologia

Os produtos biológicos são fundamentais no processo de tratamento de efluentes, ao acelerar a decomposição da matéria orgânica, oferecendo vantagens como a elevada eficiência e menores custos operacionais A repor tagem especial destaca as novas soluções de biotecnologia e suas aplicações em empresas e indústrias.

Biotecnolog ia é o ramo da biolog ia que desenvolve tecnolog ias a par tir de organismos vivos ou da matéria-prima deles Ela se baseia em processos biomoleculares e celulares para criar ou modificar produtos e resolver problemas na sociedade, como o tratamento de efluentes e remediação de solos contaminados, produção de medicamentos e vacinas, melhoramento genético de plantas e desenvolvimento de insumos como fer tilizantes e sementes Os tipos de biotecnolog ia são classificados por cores:

x Vermelha: Para medicina e saúde humana

x Branca: Para processos industriais

x Verde: Para ag ricultura

x Azul: Para aproveitamento dos recursos marinhos

x Amarela: Para nutrição e produção de alimentos.

x Cinza: Para proteção ambiental

x Dourada: Para bioinformática e nanobiotecnolog ia

x Preta: Para armamento biológ ico

O uso de biotecnolog ia no tratamento de efluentes oferece inúmeras vantagens e tem um potencial signi-

ficativo de negócios Estima-se que o mercado subirá de cerca de U S$ 50 bilhões em 2022 para algo em torno de U S$ 73 bilhões até 2030, com um crescimento anual de 5,7% durante o período da previsão, segundo o Data Bridge Market Research, instituto global de análises mercadológ icas O uso de microrganismos em ETEs é capaz de reduzir, em média, 30% da geração do volume de lodo orgânico produzido, diminuindo ou até dispensando a necessidade de envios para os já sobrecarregados aterros sanitários.

A seguir serão apresentadas algumas soluções já disponíveis comercialmente e em desenvolvimento no mercado brasileiro com aplicação na área ambiental (biotecnolog ia cinza)

Bio Efluentes

Muitas estações de tratamento de efluentes operam no limite da capacidade, demandando expansões ou intervenções constantes para evitar entupimentos ou transbordamentos A Bio Efluentes, com sede em Joanópolis, SP, oferece consultoria especializada e

Sandra Mogami, da Redação da Hydro

aditivos biológ icos capazes de aumentar a eficiência dos sistemas existentes, de forma limpa e segura, minimizando os custos de manutenção

As formulações baseadas em bactérias fornecem os substratos necessários para uma cultura permanente do lodo, gerando como subprodutos do metabolismo dióxido de carbono, água e produtos oxidados intermediários de carboidratos, proteínas e lipídios “Todos não poluentes e sem odores nocivos”, diz Tatiana Sant´Anna, gestora ambiental e proprietária da Bio Efluentes

Os aditivos biológ icos podem ser utilizados em caixas de gordura, ralos, fossas sépticas, sumidouros, lagoas, estações de tratamento de esgoto, tubulações, caixas de gordura e mictórios, com elevada redução de DBOD manda Biológ ica de Oxigênio, DQO - Demanda Química de Oxigênio, sulfeto, óleos, g ra xas, sólidos totais, entre outros. “Os clientes podem evitar custos altos de investimentos em equipamentos operacionais No caso de caminhões limpa-fossa, a eficiência do tratamento reduz a frequência da retirada mecânica dos resíduos”, diz

goto fosse direcionado para uma caixa elevatória e de lá para a entrada na estação de tratamento, sobrecarregando os reatores Além disso, o produto biológ ico não estava sendo dosado corretamente A matéria orgânica oxidada causava mau odor, além de entupir a passagem do esgoto, fazendo o efluente transbordar e os sopradores não funcionarem corretamente. Menos de um mês depois, com a aplicação correta dos aditivos, o cliente resolveu o problema do acúmulo de matéria orgânica

Biotecam

A Biotecam Biotecnolog ia Ambiental, star tup de inovação incubada na Incubadora da Coppe/U F R J – Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolveu um sistema de aeração por tecnolog ia de filmes finos de líquido capaz de promover a melhor oxigenação da água, com vantagens como a fácil instalação e o baixo custo operacional.

Em um dos clientes, uma indústria farmacêutica, o restaurante não contava com uma caixa de gordura eficiente, fazendo com que todo o es-

Os aditivos biológ icos da Bio Efluentes são 100% naturais, totalmente compatíveis com organismos aquáticos, e a suspensão aquosa utilizada não é tóxica, inflamável, combustível ou corrosiva Entre as linhas podem ser destacadas a Bio Lagoas, produto que biodeg rada os resíduos orgânicos do fundo do tanque, lago ou lagoa, assim como elimina algas, melhorando a turbidez e qualidade da água; a Bio Anti Aedes, que impede o desenvolvimento do inseto Aedes Aegypti, podendo ser usado em caixas d´água ou piscinas; Bio Solo, que atua no solo e no sistema radicular, promovendo um melhor desenvolvimento da cultura durante o ciclo produtivo; o LMX, um complexo probiótico bioativador, com funções namaticida, fung icida, bactericida, larvicida de solo, antibiótico e fixador de nitrogênio; Bioativador, que contém princípio ativo (agentes orgânicos) isento de substâncias ag rotóxicas, capaz de atuar, direta ou indiretamente sobre todo ou par te dos cultivares, elevando sua produtividade

Site: https://bioefluentes com br/

“A aeração é um processo muito impor tante no tratamento de efluentes e na recuperação ambiental de corpos hídricos, mas o oxigênio é sempre o primeiro a acabar por conta do crescimento microbiano”, diz Ricardo Amaral Remer, diretor e um dos sócios da Biotecam Essa limitação dificulta a ação da própria biotecnolog ia, que é intensa com carga orgânica, mas depende do oxigênio “Os aeradores convencionais oferecem dificuldades de ajustes, pouca eficiência, elevada manutenção, baixa homogeneização e restrições fluidodinâmicas”, diz Os sistemas de microbolhas são mais eficientes que os modelos mecânicos de pás, mas têm custo operacional elevado devido ao alto consumo energético para injeção do oxigênio e cisalhamento das bolhas

“Vimos esse problema como uma opor tunidade e passamos a estudar o desenvolvimento de uma nova tecnolog ia para aeração intensiva em g randes volumes, com um novo princípio

Estação antes (à esq ) e depois da aplicação do produto e com a dosagem correta: sem acúmulo de matéria orgânica
Difusor com tecnolog ia de filmes finos de líquido desenvolvido pela Biotecam: economia de energ ia de até 50%

Especial

de funcionamento e muito mais eficiente do ponto de vista energético”, conta o diretor. O resultado foi o desenvolvimento do Pulmão, um equipamento compacto que combina dois princípios, o de Air lift, movimentando o líquido para cima, e o de filmes finos de líquido junto à super fície da água Fechado e sem par tes móveis, o difusor provoca a formação de filmes finos de líquido com elevada eficiência de transferência de oxigênio Dessa forma, o equipamento aumenta a ta xa de dissolução de O2, remove gases indesejados como CH4, CO2 e H2S, evitando supersaturação e reduz o consumo energético em cerca de 30% a 50% (o consumo energético é da ordem 1,5 kgO2/kWh) em relação aos aeradores convencionais

Com injeção de ar a apenas 0,2 a 0,5 m da super fície/linha d’água, o equipamento não precisa vencer g rande coluna d´água, promovendo a saturação instantânea em filme fino de líquido. Além disso, o Pulmão dispensa obras civis e alterações no projeto da estação, podendo ser instalado de forma flutuante e/ou complementar ao sistema existente

Uma outra vantagem é a saída de gás dutada, que viabiliza medição de oxigênio no gás de saída e com isso uma medida direta do O2 efetivamente dissolvido “A análise da transferência de oxigênio é uma operação bastante complexa nas estações de tratamento de efluentes O nosso equipamento possibilita a medição da ta xa de dissolução de oxigênio a cada momento, sem precisar desligar o aerador”, afirma O Pulmão pode ainda ser equipado com sensor de outros gases de saída, controle automático remoto e dados em nuvem, permitindo automação total do sistema

Com 16 pedidos de patente, a Biotecam está realizando testes em esca-

la piloto com parceiros Entre os cases recentes está a aplicação no Parque Burle Marx, em São Paulo, onde foi instalado um difusor de pequeno por te O relatório da Sabesp indicou melhora significativa dos parâmetros físico-químicos do lago Na lagoa Piratininga, no Rio de Janeiro, que recebe elevada carga de esgoto sanitário, a star tup demonstrou a redução de fósforo e lipídios com o uso do Pulmão. “A oxigenação da água permite que bactérias aeróbicas se reproduzam e atuem na decomposição da matéria orgânica, o que ajuda na despoluição

A primeira melhora é em relação ao cheiro e, em seguida, a mudança é na aparência”, finaliza.

Site: www biotecam com br

Nutrenzi

A Nutrenzi Soluções Ambientais, com sede em Araçoiaba da Serra, SP, atua há 20 anos no mercado de tratamento de efluentes com tecnolog ias de bioaumentação e bioestimulação para acelerar a deg radação de carga orgânica e otimizar a eficiência dos sistemas

O carro-chefe é a bioestimulação, que potencializa as bactérias nativas do processo. “Essa abordagem acelera o processo biológ ico, melhorando a eficiência da decomposição da matéria orgânica”, diz Milton Goular t, diretor técnico e sócio da Nutrenzi

A empresa oferece um blend de nutrientes e vitaminas específicos para cada sistema, calculado com base nos dados do cliente. A análise mensal dos efluentes, realizada em seu laboratório, permite monitorar a evolução microbiológ ica e ajustar os tratamentos conforme necessário

A empresa também oferece uma solução de bioaumentação, especialmente bactérias, indicada para au-

Bioestimulador líquido da Nutrenzi: blend de nutrientes e vitaminas

mentar a população de micro-organismos em sistemas de tratamento de efluentes, podendo ser aplicada em diversos cenários, como caixas de gordura, fossas, reatores anaeróbicos, lagoas e estações compactas O processo envolve a inoculação de bactérias vivas e ativas no sistema, resultando em maior remoção de matéria orgânica presente na água “Os níveis de DBO, DQO e óleos e g ra xas são reduzidos, contribuindo para um tratamento mais eficiente e sustentável”, afirma o diretor

A biotecnolog ia enzimática também é a base de uma solução desenvolvida pela Nutrenzi para neutralização de odores em estações de tratamento A tecnolog ia promove a desestabilização da molécula do gás que provoca o mau cheiro “O odor é eliminado pelo contato do nosso produto com o gás na atmosfera, por meio de um sistema de nebulização”, afirma O projeto e a instalação do sistema, incluindo a bomba dosadora, mangueiras, filtro para diluição do produto e temporizadores, são fornecidos pela Nutrenzi em comodato para o cliente

Instalada em uma área de 1000 m2, que inclui um laboratório de análises físico-químicas e microbiológ icas e a planta fabril, a Nutrenzi atende clien-

tes de diversos segmentos no país, seja diretamente ou por meio de distribuidores, mas principalmente indústrias “Além dos produtos, fornecemos soluções técnicas e personalizadas para otimizar seus sistemas de tratamento. Nossos técnicos visitam as fábricas e coletam amostras dos efluentes Analisamos a microbiolog ia e emitimos um laudo dessas análises mensalmente para o cliente”, afirma Em algumas indústrias, com operação terceirizada, a Nutrenzi coloca seus funcionários para operar a estação de tratamento 24 horas por dia.

Site: www nutrenzi com br

SciCorp/Alpha Water

A decomposição de contaminantes em uma ETE - estação de tratamento de efluentes utiliza uma g ran-

de variedade de bactérias naturalmente presentes Cada g rupo de bactérias tem necessidades únicas de crescimento e, além disso, diferentes necessidades de macro e micronutrientes Mesmo assim, competem pelo mesmo substrato e matéria orgânica. Em muitos casos, a disponibilidade de micronutrientes específicos, como vitaminas e/ou minerais, é o fator limitante para o crescimento bacteriano Por esse motivo, a empresa canadense SciCorp International desenvolveu uma tecnolog ia que fornece micronutrientes selecionados para causar alterações significativas e benéficas na população de bactérias que estão nos sistemas biológ icos dos ETEs

Micronutrientes causam alterações benéficas para a população de bactérias, melhorando o desempenho do tratamento

Segundo Jose Clemente Nuñez, diretor técnico para América Central e América do Sul da SciCorp Internatio-

nal, o Biologic SR2 é uma mistura de diferentes extratos naturais de plantas que estimula bactérias anaeróbicas e cer tos tipos de bactérias facultativas Tem sido utilizado em todo o mundo para reduzir os custos de energ ia associados ao fornecimento de oxigênio às bactérias, reduzir significativamente a geração de lodo, neutralizar odores e melhorar a eficiência do tratamento “Os micronutrientes têm sido aplicados de forma eficaz em estações de

Especial

tratamento de efluentes, desde instalações municipais e industriais de alta capacidade e elevada carga orgânica, até instalações muito pequenas e de baixa vazão, bem como em aterros sanitários e sistemas de recolha de lixiviados”, afirma

Normalmente, o micronutriente é adicionado na forma líquida na entrada da planta e tem o efeito de conver ter tanques de retenção (tanques de equalização e clarificadores primários), onde normalmente há pouca bioatividade, em zonas de tratamento anóxico mais ativas

A evidência desse fenômeno nas ETEs que utilizam o produto é a redução significativa, em questão de poucos dias, dos odores nesses locais e a maior eliminação de gorduras e óleos acumulados Os benefícios, que também foram demonstrados para todos os tipos de lagoas, incluem a melhoria da qualidade dos efluentes, em termos de DBO5, DQO, sólidos, nitrogênio, fósforo e turbidez.

“A aplicação do micronutriente SciCorp é uma solução para reduzir significativamente os maus odores gerados nos processos biológ icos e, ao mesmo tempo, melhorar significativamente o processo de efluentes Tudo isso ao mesmo tempo que se reduzem os custos operacionais, o que faz com que o produto, em muitos casos, tenha custo zero para a ETE que o aplica”, diz Gilmar Pires, diretor da Alpha Water, representante exclusivo de SciCorp en Brasil

Sites: www scicorp net e www alphawater com br

U NZTop

A U NZTop, com sede em Bento Gonçalves, R S, é fabricante de equipamentos industriais especializada no desenvolvimento de soluções tecnológ icas de alta complexidade para os se-

tores de biotecnolog ia, cosmética, farmácia, químicos, ag ro e projetos especiais. Os biorreatores destinam-se à multiplicação de microrganismos como fungos e bactérias para ETEs - estações de tratamento de esgoto, produção de biomassa usando células vegetais, células animais e leveduras e produção de vacinas “No ag ro, podemos destacar a produção de bioinsumos para o controle biológ ico de pragas e doenças, os bioestimulantes e os biofer tilizantes Significa menos produtos químicos aplicados na natureza ” , diz Walmor Lohmann, gestor de negócios da U NZTop Os biorreatores são considerados o coração dos bioprocessos “Sem eles não há biotecnolog ia”, diz Os modelos produzidos são utilizados em atividades de P&D (5 a 20 L), projetos-piloto para empresas que usam para formulação de produtos (50 a 200 L) e escala industrial (500 a 10 mil L)

Filtro biológ ico com microalgas para teste de biogás desenvolvido pela U NZTop

são autoclaváveis, garantindo que não contaminem a produção e permitindo que uma planta trabalhe com vários microrganismos Os equipamentos são construídos em aço inox AI SI 316L e se enquadram conforme normas regulamentadoras N R12, N R13 e ASM E

B P E

Os biorreatores e fotobiorreatores são projetados para atender às demandas da Indústria 4 0, com recursos avançados de automação, monitoramento em tempo real e personalização flexível “Todos são dimensionados conforme a necessidade e finalidade do cliente”, afirma Lohmann Os biorreatores são dotados de recipientes com parâmetros controlados, que proporcionam condições específicas e favoráveis para a multiplicação de microrganismos com cepas puras e livres de contaminantes Com o biorreator é possível controlar todo o cultivo do microrganismo de interesse, como determinar a quantidade de alimento, valor do pH, gases para sua respiração e temperatura ideal para seu crescimento. Além disso, os biorreatores

Entre as inovações da U NZTop está o filtro biológ ico com microalgas para biogás para testes em laboratório, desenvolvido em parceria com o CP ETS - Centro de Pesquisa em Energ ias e Tecnolog ias Sustentáveis O objetivo é a purificação do biogás, removendo contaminantes e melhorando sua qualidade “O sistema utiliza microalgas em um ambiente controlado para filtrar e tratar o biogás de forma eficiente e sustentável”, diz

A U NZTop está há mais de 15 anos no mercado e conta com mais de 800 projetos já entregues “Somos muito procurados por engenheiros, biólogos, técnicos e professores universitários que desenvolvem novas tecnolog ias. Nós atuamos em paralelo com as empresas e institutos de pesquisa Enquanto esses profissionais encontram novas tecnolog ias, nós entramos com o desenvolvimento de equipamentos”, finaliza o gestor

Site: www unztop com br

Guia de acionamentos e automação de estações de tratamento

O levantamento relaciona os fornecedores de inversores de frequência, I H M – inter face homem-máquina, soft star ter e C LPs – controladores lógicos programáveis, equipamentos essenciais para a automação de estações de tratamento de água e efluentes.

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A empresa é Inversores de frequência

Cur va de sobretorque (por 60 s)

Importador/ País

0800 014 9111 contact center@br abb com

(11) 2278-1919 alfacomp@alfacomp net

(11) 3061-9796 joao@bcmautomacao com br China/ Canadá

(47) 3281-1900 atendimento@herculesmotores com br

(11) 2614-1609 info@huberdobrasil com br

(11) 3961-1171 comercial@msacontrol com br

(19) 99784-4324 proint@proint com br

(47) 9900-4969 provolt@provolt com br

0800 7289 110 ccc br@se com

(47) 3276-4000 automacao@weg net

(11) 3585-1100 comercial@yaskawa com br

(1) Para instalação na porta do painel

Huber SE/ Alemanha

Fuji Electric/ Japão

Protocolo de comunicação E/S digitais E/A analógicas

Recursos adicionais

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(3) sem necessidade de bateria para armazenamento de dados; (4) Com bibliotecas de símbolos de saneamento; (5) e histórico; (6) Controle Estatístico de Processo

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(2) para programação, uso de teclado e impressoras; (3) sem necessidade de bateria para armazenamento de dados

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(2) para programação, uso de teclado e impressoras; (3) sem necessidade de bateria para armazenamento de dados

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 58 empresas pesquisadas Fonte: Revista Hydro, julho e agosto de 2024 Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta Acesse www arandanet com br/revista/hydro e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

Estação de tratamento

Avaliação da qualidade dos efluentes em elevatórias

O estudo realizado em uma ETE de Minas Gerais evidenciou que as estações elevatórias de diversos pontos estavam sobrecarregadas, influenciando processos químicos de DBO na entrada da elevatória, em decorrência da ausência de UTR - Unidade de Tratamento de Resíduos e existência de ligações clandestinas de efluentes pluviais

Jairo Soares Araújo e Edinilson de Paula Ramos, da Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerais

Monica Maria Ladeia, da FAC IT - Faculdade de Ciência e Tecnologia de Montes Claros, MG

Os esgotos pluviais através da rede de drenagem urbana contribuem de forma não pontual para a poluição das águas, e podem apresentar um impacto significativo sobre o meio ambiente Os esgotos pluviais estão muitas vezes ligados aos esgotos sanitários de imóveis, muitos deles clandestinos [3] Trata-se de um volume significativo que pode prejudicar o transpor te e o tratamento do esgoto sanitário, principalmente durante o período chuvoso

A interconexão entre os sistemas de esgoto e a drenagem pluvial ocorre de várias formas, desde a ligação das instalações de águas pluviais internas nas instalações prediais de esgoto dos imóveis e loteamentos até o lançamento final de trechos das galerias de águas pluviais na rede de esgoto sanitário É preciso remover os sólidos g rosseiros e areia nas estações elevatórias, pois inter ferem no funcionamento das unidades, causando desgaste mecânico dos equipamentos, válvulas e tubulações

A localização das estações elevatórias nos sistemas de esgoto depende do traçado do sistema de coleta. De

maneira geral, as estações elevatórias estão situadas nos pontos mais baixos de uma bacia ou nas proximidades de rios, riachos ou barragens [4]

As ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto também sofrem com as variações das características qualitativas e quantitativas dos afluentes que ocorrem em função dessas interconexões O aumento da vazão afluente causado pela contribuição de esgoto pluvial pode gerar vazões superiores à vazão máxima da estação, que é obrigada a desviar o excedente dos efluentes através das estruturas de desvio.

A mudança das características dos afluentes, por diluição ou incremento dos poluentes incorporados pelos despejos domésticos, pluviais e industriais, compromete a capacidade de tratamento e eleva os custos operacionais pela contrapar tida do aumento de insumos para o tratamento (energ ia, produtos químicos, etc ), e do tempo de detenção dos processos e operações unitárias que constituem a planta de tratamento das estações

O presente estudo foi realizado em uma ETE - Estação de Tratamento de Efluentes do nor te de Minas Gerais, que

apresentava diluição da DBO (demanda bioquímica de oxigênio) de entrada, causada principalmente pelas descargas de lavagens de decantadores e floculadores da ETA - Estação de Tratamento de Água na rede coletora de esgoto, em decorrência da ausência de UTRUnidade de Tratamento de Resíduos na própria ETA e pela presença de ligações clandestinas de efluentes pluviais.

Este ar tigo avalia a característica do esgoto bruto na entrada e saída de cada elevatória e sua influência na carga orgânica (DBO) e no desempenho e eficiência da ETE, em cidade localizada ao nor te de Minas Gerais

Também é estimado o impacto do lançamento de ligações irregulares de águas pluviais e de efluentes na ETA

Metodologia

O estudo foi desenvolvido em estações elevatórias de esgoto bruto (EEEs) na ETE e nas bacias que compõem o sistema coletor de uma cidade ao norte de Minas Gerais, situada às margens do rio São Francisco, com população estimada em torno de 67 600 habitantes – sendo atendidos e com adesão ao sistema em torno de 10 900 habitantes (dezembro de 2020)

As seis estações elevatórias de esgoto bruto o sistema de esgotamento sanitário avaliadas foram:

x EEE-01: composta por conjuntos motobombas (CM B) submersíveis, que recalcam o efluente com vazão de 12 L/s a uma altura manométrica de 12 mca

x EEE-02: composta por CM B submersível, com capacidade de vazão de 30 L/s a uma altura manométrica de 14 mca

x EEE-03: composta por CM B submersível com capacidade de vazão de 59 L/s a uma altura manométrica de 11 mca.

x EEE-04: composta por CM B submersível com capacidade de vazão de 60 L/s a uma altura manométrica de 11 mca

x EEE-05: composta por CM B submersível, com capacidade de vazão do efluente de 72,5 L/s a uma altura manométrica de 16,8 mca

x EEE Liberdade: composta por CM B submersível, com capacidade de vazão do efluente de 7,72 L/s a uma altura manométrica de 31 mca

x Com a incidência de chuvas, a DBO de entrada da ETE é diluída e ocasiona uma baixa eficiência operacional nesses períodos

A ETE opera com tratamento secundário composto de reatores anaeróbios de fluxo ascendente (UASB), seguidos de escoamento super ficial (capineiras) A capacidade da unidade é de 25 L/s e opera com vazão média de 24,92 L/s (2021) Foram realizadas coletas de amostras de esgoto bruto na entrada e nas saídas de cada EEE no período de setembro a dezembro de 2020, com o objetivo de caracterizar o efluente e as reações ocorridas, as possíveis causas da diluição no parâmetro DBO, para subsidiar os planos de ações e garantir o aumento da eficiência da ETE e atendimento das exigências legais.

As coletas e ensaios foram realizados conforme metodolog ias descritas no Standard Methods (2017) Os ensaios foram realizados no laboratório da Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerais Foram realizados ensaios de DBO, DQO (demanda química de oxigênio), pH, sólidos sedimentáveis e sólidos suspensos totais Neste período, as duas ETAs, com capacidade total instalada de 150 L/s, não tinham uma UTR e lançavam as águas das lavagens das unidades, com os lodos gerados, nas redes do sistema de esgotamento sanitário.

Resultados

Em todas as unidades houve um mapeamento para a realização das coletas no período de setembro a dezembro de 2020, melhor acompanhamento da operação da unidade, pesquisa de possíveis razões da diluição da DBO de entrada e saída das unidades pesquisadas, além da avaliação da inter ferência das descargas da ETA.

A cidade em estudo possui redes coletoras de esgoto em par te de seus arruamentos, concentrando-se na parte central e baixa, próxima ao rio São delimitadas 13 sub-bacias de contribuição de esgoto definidas e dimensionadas em projeto básico das redes coletoras, interceptor, elevatórias e emissário da ETE, per tencentes ao Sistema de Esgotamento Sanitário da cidade em questão

x Sub-bacia 01: suas contribuições são conduzidas para a EEE 01 A elevatória recalca o esgoto da SB 01 para a SB 02

x Sub-bacia 02: suas contribuições também são conduzidas para a EEE 01 A elevatória recalca o esgoto da SB 02 para a SB 04

x Sub-bacia 03: as contribuições de esgoto são conduzidas para a SB 03 e para a SB 04

x Sub-bacia 04: as contribuições de esgoto são conduzidas para a EEE 03, que posteriormente recalca o esgoto da SB 04 para a SB10

x Sub-bacia 05: as contribuições de esgoto são conduzidas para a EEE 02

A elevatória recalca o esgoto da SB 05 para a SB 10

x Sub-bacia 06: as contribuições são conduzidas da SB 06 para a SB-10.

x Sub-bacia 07: esta elevatória recalca o esgoto da SB 07 para a SB 08

x Sub-bacia 08: as contribuições são conduzidas da SB 08 para a SB 09

x Sub-bacia 09: as suas contribuições são conduzidas para a EEE 07, que recalca o esgoto da SB 09 para a SB 10.

Estação de tratamento

x Sub-bacia 10: as contribuições são conduzidas para a EEE 04 A elevatória recalca o esgoto da SB 04 para a SB-13, na EEE-05 (EEE-final)

x Sub-bacia 11: as contribuições são conduzidas para a EEE 17 A elevatória recalca o esgoto da SB-11 para a SB-13

x Sub-bacia 12: as contribuições são conduzidas para a EEE 18 A elevatória recalca o esgoto da SB-12 para a SB 13 x Sub-bacia 13: a elevatória recalca o esgoto para um PV (poço de visita) próximo à elevatória existente EEE 05 (ou EEE-final)

Os resultados de DBO obtidos nas principais EEE estão descritos na figura 1

Análise dos resultados

A inexistência de UTR na ETA do sistema prejudica o sistema de esgotamento sanitário e a eficiência dos processos de tratamento na ETE. Os resultados de DBO de cada elevatória oscilaram no trajeto até a entrada nos reatores; as descargas da ETA influenciaram as características do efluente bruto e o desempenho das unidades subsequentes

No mês de setembro, verificou- se diluição do efluente em função das

descargas dos decantadores durante o processo de limpeza No período seco, o volume descar tado na ETA inter feriu nas vazões na EEE 04 A diluição do efluente bruto prejudica o tratamento na ETE e provoca arraste nos reatores anaeróbios de fluxo ascendente (R AFAs), já que o volume descar tado nas descargas dos decantadores é significativo e é realizado em cur to espaço de tempo Nos R AFAs da ETE verificou-se uma g rande quantidade de sólidos inorgânicos, provavelmente oriundos da ETA Esse material inorgânico, ao se acumular no interior dos R AFAs compromete drasticamente a distribuição do esgoto bruto, causa o aterramento das rampas de escoamento super ficial, exige descar tes frequen-

tes do lodo e inter fere na eficiência dessas unidades O excesso do material inorgânico ating iu também os leitos de secagem de lodo, uma vez que não existe um número suficiente para assimilar o volume de lodo gerado nas condições descritas anteriormente

Em dezembro, período chuvoso, há aumento da vazão de infiltração e das ligações irregulares de águas pluviais na rede de esgotamentos sanitário com arraste de par tículas, resultando no aumento de DBO nas elevatórias avaliadas. As águas das chuvas também causam turbulência nos reatores e assoreamento de lagoas, bem como entupimento de rede coletora e extravasamento, já que as redes não foram projetadas para estes lançamentos irregulares O desempenho dos reato-

Fig 1 –
Monitoramento de DBO nas principais EEEs

res, embora comprometido, mantém a eficiência do tratamento final pelo bom desempenho dos módulos de escoamento super ficial

Conclusões e recomendações

Os problemas no tratamento dos esgotos sanitários começam antes da chegada nas estações Com a frag ilidade dos sistemas de coleta e transpor te, as estações ficam com suas rotinas operacionais e gerenciais comprometidas [2]

A caracterização do efluente individualizado por elevatória possibilitou um melhor gerenciamento da operação das unidades e da ETE, e acompanhamento técnico, com melhorias nos processos de tratamento existentes, proporcionando aumento da eficiência das ETEs

Após essa pesquisa, foi realizado o ajustamento para diminuição do tempo de detenção das elevatórias e modular, visando evitar as bateladas e o turbilhonamento dos reatores Com vistas a garantir a eficiência da ETE, a UTR foi implantada na ETA, interceptando as descargas da ETA na rede coletora A UTR tem possibilitado melhorias significativas do processo de tratamento da ETE

Recomenda-se, por tanto, a continuidade da pesquisa para avaliar o impacto da implantação dessa unidade O estudo demonstrou a impor tância das ações de monitoramento, controle e fiscalização na redução dos aportes de poluentes e de lançamentos indevidos, através de um prog rama contínuo de eliminação das interconexões, a fim de garantir a operação adequada e a eficiência do sistema

de coleta, transpor te e tratamento dos esgotos

Referências

[1] American Public Health Association Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 23a ed Washing ton: AP HA, AW WA, WEF, 2017

[2] Dias, A P ; Rosso, T C A Os impactos das interconexões entre os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem pluvial sobre as coleções hídricas da cidade do Rio de Janeiro XVI I I Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos Campo Grande, M S 2009

[3] Jordão, Eduardo P ; Pessôa, Constantino A Tratamento de Esgotos D omésticos, 8a ed , Rio de Janeiro, 2017

[4] Mendonça, S R ; Mendonça, L C Sistemas Sustentáveis de Esgotos São Paulo: Blucher, 2016

Trabalho originalmente apresentado no 34º Encontro Técnico AESabesp/FenasanCongresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 3 a 5 de outubro de 2023, em São Paulo

Guia de tubos e conexões

Grande par te dos investimentos previstos no marco do saneamento serão destinados à construção de adutoras e redes de esgoto Por isso, é de grande utilidade o guia a seguir, que traz a relação dos fornecedores de tub os e conexões no país, com informações sobre os materiais e os acessórios para uma per feita instalação desses produtos

Ma teriais dos tubos e conexões

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(11) 91014-1818

vendas@aerodinamica com

(11) 98598-4325

comercial@aflon com br

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(21) 99888-8346 cvillela@br valvulas com

(11) 97797-6000 brsan@brsan com br

(31) 99942-0024 comercial@casadasvalvulasmg com br

(19) 99787 5296 geraldo@center val com br

(16) 99770-3369 comercial1@comega com br

(34) 99152-1615 complastec@complastec com br

(46) 3263-7444 shiva@shiva ind br

(11) 99453-6273 vendas01@contuval com br

(11) 4529-1500 corr@corr com br

(11) 2955-4963 contato@emmeti com br

(41) 99273-0330 jonathan hornick@georgfischer com

(11) 98578-1760 hidrodema@hidrodema com br

(1) PVC reforçado com fibra de vidro; (2) Poliéster reforçado com fibra de vidro; (3) Fluoreto de polivinilideno; (4) Copolímero de etileno e clorotrifluoroetileno; (5) Etileno

propileno fluorado

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(1) PVC reforçado com fibra de vidro; (2) Poliéster reforçado com fibra de vidro; (3) Fluoreto de polivinilideno; (4) Copolímero de etileno e clorotrifluoroetileno; (5) Etileno propileno fluorado

A plicações dos tubos e conexões Redes públicas

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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 385 empresas pesquisadas Fonte: Revista Hydro, julho e agosto de 2024 Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta Acesse www arandanet com br/revista/hydro e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

Inter ligação domiciliar à rede coletora –ações preventivas

Tendo em vista o contínuo crescimento do número de ligações de esgoto, algumas ações são necessárias para dar conta dessa demanda, que vem acompanhada de problemas operacionais. O trabalho apresenta a campanha de prevenção desenvolvida pela CA JCompanhia Águas de Joinville voltada à correta ligação dos imóveis do município à rede coletora de esgoto, baseada em orientações individualizadas.

Apesar de todo o debate político e consenso dos diversos setores da sociedade civil sobre a importância de se investir em saneamento, poucos avanços foram observados no que diz respeito à coleta e tratamento de esgoto sanitário no Brasil

Dados do SN I S - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento em 2020 apontam que o país ainda apresenta problemas em relação ao tratamento do esgoto: somente 50,8% do volume gerado é tratado E segundo dados do Instituto Trata Brasil (2023), cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, refletindo em centenas de pessoas hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica

Entretanto, a implantação da coleta e tratamento de esgoto de forma universal não será eficaz se os imóveis não estiverem conectados à rede pública A falta de conexão dos imóveis pode gerar infrações ambientais, uma vez que o esgoto produzido pelas residências seria despejado diretamente no corpo hídrico, causando impactos negativos à sociedade e meio ambiente

Embora a conexão dos imóveis à rede coletora de esgoto seja funda-

mental, é igualmente impor tante que seja feita corretamente O Brasil utiliza em sua concepção de coleta e tratamento de esgoto o sistema separador absoluto, onde as águas residuárias (domésticas e industriais) e as águas de infiltração (água do subsolo que penetra através das tubulações e órgãos acessórios) percorrem um sistema independente das águas pluviais, que por sua vez, são coletadas e transpor tadas para o corpo hídrico mais próximo, sem necessidade de tratamento Um dos problemas operacionais que ocorrem com frequência nesse tipo de sistema é a interligação das águas pluviais ao sistema de esgoto, a qual pode ocasionar perda de eficiência em ETEs - estações de tratamento de esgoto, extravasamentos, refluxo nas residências, aumento da despesa operacional associada à manutenção das redes coletoras e aumento do consumo de energ ia elétrica [3]. De acordo com a AB NT N B R 9649:1999 – Projeto de Redes Coletoras de Esgoto, exige-se que as águas pluviais e o esgoto sanitário sejam conduzidas em sistemas separados, para garantir o correto tratamento e disposição final dos resíduos.

Dalva Schnorrenberger, Márcio Monteiro da Silva e Felipe Aguiar Viana, da CA J - Companhia Águas de Joinville

Outro problema relacionado à irregularidade na conexão do imóvel à rede coletora é a falta de dimensionamento adequado ou ausência de uma caixa de gordura De acordo com a N B R 8160:1999 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução, a caixa tem a finalidade de reter, em sua par te superior, as gorduras, g ra xas e óleos presentes no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente Isso evita que os componentes escoem livremente pela rede, causando obstruções

Esta norma tem como objetivo estabelecer as exigências e recomendações relativas ao projeto, execução, ensaio e manutenção dos sistemas prediais de esgoto sanitário, de forma a atender às exigências mínimas quanto à hig iene, segurança e confor to dos usuários, tendo em vista a qualidade dos sistemas

Muitas vezes, devido à falta de conhecimento, efetua-se a conexão irregular do imóvel à rede pública de esgoto, ou, outras vezes, é feita a conexão errada para evitar um trabalho maior e/ ou transtorno na residência, sem pensar ou medir as consequências

A C A J - Companhia Águas de Joinville foi fundada em 2005 e, desde então, vem realizando obras para aumentar a cober tura de esgoto do município, que aumentou de 14,7% para 43,6% atualmente. Com o comprometimento de 90% da universalização de esgoto até 2033, vem atuando junto à comunidade para que os problemas operacionais não cresçam proporcionalmente à cober tura Para isso, a companhia realiza orientações individuais preventivas nas residências

quanto à correta ligação predial de esgoto do imóvel.

Objetivo

Diante do crescimento exponencial do número de ligações de esgoto, e a par tir das razões apresentadas, são necessárias ações para dar conta dessa demanda, de forma ordenada e com qualidade Este ar tigo tem por objetivo apresentar as ações que a Companhia Águas de Joinville vem realizando nos imóveis para a orientação preventiva dos clientes quanto à correta ligação à rede coletora de esgoto

Metodologia

A orientação presencial domiciliar consiste em visitar os clientes com dúvidas na realização da correta ligação intradomiciliar de esgoto sanitário à rede pública A orientação é realizada por técnicos e fiscais da Companhia Águas de Joinville, com o objetivo de explicar a correta conexão, visando à sustentabilidade ambiental e socioeconômica nessas instalações. Configura-se também como um canal de comunicação com os clientes e a C A J, estabelecendo, assim, um diálogo direto com a comunidade

Todos os imóveis com cober tura de esgoto em operação e liberados para conexão com a rede coletora podem solicitar uma visita orientativa Essa visita tem como objetivo oferecer orientações aos clientes, sem a finalidade de notificá-los Os clientes costumam solicitar a visita orientativa por dois principais motivos: o primeiro é quando a bacia de esgoto é liberada para co-

nexão e os imóveis precisam adequar suas instalações, desativando a fossa e o filtro para conectar-se à rede.

O segundo motivo é quando os imóveis passam por fiscalização domiciliar e são identificadas irregularidades, muitas vezes decorrentes de desconhecimento sobre as normas e regulamentos aplicáveis Nesses casos, é indicado que o profissional contratado pelo morador para realizar a adequação esteja presente durante a orientação, para que também receba as informações sobre a correta implementação das medidas necessárias

Os clientes interessados em solicitar uma visita orientativa podem entrar em contato com a Companhia Águas de Joinville por meio dos canais de comunicação disponíveis A solicitação é reg istrada no software comercial específico utilizado pela empresa, o que permite a aber tura de um protocolo na matrícula correspondente A solicitação é reg istrada no calendário das visitas, que utiliza um software específico para gerenciar a agenda e marcar a data e horário mais adequados ao cliente

Durante a visita, o técnico analisa cuidadosamente todas as par ticularidades do imóvel e suas características, levando em conta o ramo de atividade, para oferecer orientações adequadas à situação específica de cada unidade O técnico entrega ao consumidor um folder explicativo contendo informações básicas para a correta ligação Dessa forma, o cliente tem acesso a um material de referência para consulta posterior e esclarecimento de possíveis dúvidas

Durante a orientação, o técnico também considera as normas estabelecidas pela empresa, como a instrução de trabalho para o dimensionamento adequado da caixa de gordura (figura 1). Essa instrução complemen-

Fig 1 – Guia prático sobre o dimensionamento da caixa de gordura Fonte [5]

Esgoto

ta a N B R 8160:1999 e também se encontra disponível no site da empresa para consulta pública

O guia prático foi desenvolvido por técnicos especializados da C A J como um complemento à N B R 8160:1999. Dessa forma, é possível padronizar o dimensionamento da caixa de gordura e evitar que a gordura seja descar tada na rede coletora de esgoto, prevenindo possíveis obstruções

O profissional encerra o protocolo em campo utilizando um smar tphone e o software específico, integ rado ao software comercial da empresa, o que elimina a necessidade de intervenção por meio de computadores Após o preenchimento, o técnico segue para o próximo agendamento

Para garantir um atendimento de qualidade e esclarecer todas as dúvidas sobre a conexão, reserva-se um tempo médio de uma hora para cada visita, considerando também o deslocamento necessário O técnico realiza, em média, sete visitas por dia Caso ocorram imprevistos e inter ferências durante a adequação da co-

nexão, o cliente poderá agendar uma nova visita sem custos para a realização da orientação necessária

Resultados

O trabalho foi iniciado em 2019 No entanto, em 2022 houve um aumento significativo no número de solicitações,

o que tornou a orientação uma prioridade diária para a equipe Até abril de 2023, aproximadamente, 1362 famílias foram atendidas (figura 2)

O aumento dessa demanda tem relação direta com a entrada em vigor do contrato de fiscalização domiciliar Essa contratação, terceirizada, teve início em janeiro de 2022 e, à medida que o

Orientações vs fiscalização Fonte: Autores, 2023
Autores, 2023

trabalho foi avançando pelos diversos bairros da cidade, surg iram mais dúvidas por par te dos clientes e uma maior preocupação em regularizar as ligações inadequadas à rede de esgoto, conforme demonstra o g ráfico da figura 3.

Observou-se que o aumento do trabalho está relacionado não apenas à prog ressão da fiscalização domiciliar, mas também ao crescimento da cober tura de esgoto Conforme mais áreas são atendidas pela rede, ocorre a liberação de imóveis para interliga-

ção Esse processo tem gerado um aumento de solicitações de orientação por par te dos clientes, com dúvidas e preocupações relacionadas à correta ligação à rede coletora de esgoto, como mostra a figura 4.

Análise e discussão dos resultados

No final de março de 2020, o início da pandemia causou um impacto significativo em todas as áreas de traba-

lho, incluindo a orientação presencial domiciliar Nos dias seguintes, as solicitações pendentes foram retomadas, com algumas delas sendo realizadas por telefone e outras em estabelecimentos comerciais durante horários alternativos, uma vez que o atendimento ao público estava suspenso Após a liberação do imóvel para conexão com a rede pública de esgoto, são concedidos 60 dias para que a conexão seja efetuada Após esse prazo, o imóvel estará sujeito à fiscalização domiciliar e sanções administrativas por irregularidade, caso seja este o fato Por tanto, é possível verificar um interesse pelo conhecimento sobre a correta ligação domiciliar dentro do prazo, engajando a comunidade Assim, evitam-se também retrabalhos na conexão dentro do imóvel, o que

Fig 4 – Solicitação orientações vs liberação de bacias Fonte: Autores, 2023

Esgoto

poderia acarretar transtornos e gastos adicionais ao morador

As fiscalizações domiciliares em 2022 foram feitas em todos os imóveis com conexão à rede pública de esgoto Como esse trabalho de orientações iniciou-se em 2019, muitos imóveis estavam conectados à rede de forma irregular, sem conhecimento do proprietário – alguns imóveis, inclusive, eram muito antigos. Por isso, as orientações aumentaram também

Conclusões/ recomendações

A par tir da execução diária dessa ação, verificou-se a impor tância da abordagem preventiva antes do morador executar a conexão É possível verificar um aumento significativo das consultas técnicas em vir tude das fiscalizações domiciliares, responsáveis pela conferência da correta ligação

Caso essa abordagem preventiva tivesse ocorrido nas bacias dentro dos 60 dias, esse número poderia ser menor

Recomenda-se, por tanto, fazer uma comparação das solicitações nas bacias atualmente liberadas, para verificar se houve um aumento considerável de solicitações após a fiscalização domiciliar ou se a abordagem preventiva foi eficiente

Recomenda-se também acompanhar de per to o aumento dessas solicitações e, se necessário, disponibilizar mais profissionais para realizá-las Não é aconselhável, por exemplo, deixar o morador esperando por 15 dias para o atendimento, uma vez que seu prazo de 60 dias continua correndo

A conexão dos imóveis à rede pública de esgoto deve ser feita por profissionais qualificados e habilitados, de forma a garantir a segurança e a eficiência do sistema Por tanto, é impor tante realizar um trabalho preventivo em conjunto

com esses profissionais, já que eles são responsáveis por conectar diversos imóveis, abrangendo assim, uma escala maior da correta ligação de esgoto

Para futuras análises, sugere-se comparar os imóveis que passaram por orientação com aqueles em que a fiscalização encontrou irregularidades

Além disso, sugere-se estudar a possibilidade de deixar algum documento formal da orientação, e não apenas a comunicação verbal

Referências

[1] AB NT - Associação Brasileira de Normas Técnicas N B R 8160 –Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário - Projeto e Execução 1999

[2] AB NT - Associação Brasileira de Normas Técnicas N B R 9649 – Projeto de Redes Coletoras de Esgoto sanitário - Projeto e Execução 1999

[3] Ber tolino, M Avaliação das contribuições de água de chuva provenientes de ligações domiciliares em sistema de esgotamento sanitário separador absoluto Disser tação (mestrado profissional) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Tecnolog ia, Prog rama de Pós-g raduação em Meio Ambiente Urbano e Industrial, Senai-P R, Universitat Stuttgar t Curitiba, 2013

[4] Ministério do Desenvolvimento Reg ional Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SN I S Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos 2020 Brasília, DF, 2021

[5] C A J - Companhia Águas de Joinville Guia prático – Dimensionamento da Caixa de Gordura Joinville, SC, 2022

[6] Lei no 14 026, de 15 de julho de 2020 Planalto, Brasília, DF, 2020

[7] Trata Brasil Avanços do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil - 2022 Trata Brasil, 2022

[8] Tsutiya, M T ; Sobrinho, P A Coleta e transporte de esgoto sanitário 3a ed Rio de Janeiro AB ES, 2011 150, Janeiro/Março 2015

Trabalho orig inalmente apresentado no 34o Encontro Técnico AESabesp/FenasanCong resso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 3 a 5 de outubro de 2023, em São Paulo

Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente
Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

Incineração de resíduos sólidos

Mariana Ferreira Santos, Luiz Gustavo Silva Vieira e Beatriz Torres Clemente, da Cetrel - Central de Tratamento de Efluentes Líquidos

Para minimizar os impactos ao meio ambiente (emissões de gases de efeito estufa, geração de cinzas e consumo de combustível fóssil) provenientes da incineração de resíduos perigosos, a Cetrel realizou um estudo de uso de biomassa na mistura dos resíduos organoclorados, possibilitando a redução do consumo de gás natural e tornando o processo mais sustentável.

Com mais de 30 anos de experiência em incineração de resíduos industriais perigosos, a Cetrel - Central de Tratamento de Efluentes Líquidos possui um g rande parque de incineração, processando os mais variados resíduos perigosos do Polo Industrial de Camaçari, BA, e de outros estados brasileiros

A processo de incineração da Cetrel permite a destruição térmica de ampla variedade de resíduos líquidos e gasosos de alta periculosidade, incluindo as bifenilas policloradas (PCBs), hexaclorobenzeno (B HC) e pesticidas, entre outros

O sistema de incineração de resíduos perigosos é composto por um forno rotativo, seguido de uma câmara secundária de combustão e um sistema de controle da poluição do ar, projetado para atender às exigências específicas dessa aplicação

O sistema de incineração de resíduos perigosos tem uma capacidade máxima total nominal de 4,5 cal/h O gás natural (GN) é usado como combustível auxiliar para manutenção da temperatura mínima, aquecimento e resfriamento controlado dos fornos

O incinerador está projetado para operar em uma modalidade livre de escória Isto ocorre através do controle da temperatura de operação no forno

rotativo abaixo do ponto de fusão dos sais e componentes iner tes presentes nos resíduos alimentados Cinzas secas, g ranulares, são despejadas da fornalha e recolhidas em caixas metálicas adequadas a este fim A queima ocorre por meio da alimentação de oxigênio como comburente

Após o processo de incineração, os gases de combustão são encaminhados para o sistema de controle da poluição do ar para serem emitidos através da chaminé

Os resíduos sólidos são alimentados no forno de incineração a g ranel e necessitam de um preparo anterior (blend) para que possam ser incinerados A finalidade da preparação do blend é que haja a garantia dos parâmetros físico-químicos, para que o tratamento térmico seja realizado de forma segura Os parâmetros monitorados são estabelecidos pela Resolução Conama 316/2002, além de parâmetros operacionais como umidade, cinzas, poder calorífico e concentração de cloro

Apesar da impor tância da destruição térmica de resíduos industriais perigosos, a Cetrel reconhece que um processo de incineração não é isento de impactos para o meio ambiente devido às emissões de gases de efeito estufa (GEE), geração de cinzas e consumo de combustível fóssil auxiliar. Dessa

forma, implementou um projeto em 2022 com o objetivo de minimizar os impactos e aumentar a sustentabilidade no processo da incineração

O consumo do GN como combustível auxiliar sempre foi um ponto crítico na unidade operacional devido aos impactos negativos que ocasiona, junto ao fato da Cetrel possuir experiência em operar um incinerador de resíduos líquidos sem o uso de um combustível auxiliar Estes foram os principais fatores que motivaram o desenvolvimento do referido projeto

No projeto implementado foi utilizada a biomassa (resíduo de empresa de celulose) na mistura dos resíduos organoclorados, com a finalidade de reduzir o consumo de combustível auxiliar (gás natural) Anterior a este projeto, os resíduos organoclorados eram misturados a outros tipos de re-

síduos (solos contaminados) para que pudessem ser incinerados, havendo um elevado consumo de GN

Objetivo

Metodologia

Aumentar a sustentabilidade do incinerador de resíduos sólidos, através da redução do consumo de gás natural com a substituição da matriz de mistura dos resíduos para biomassa

Objetivos secundários

x Realizar a otimização energética do incinerador

x Viabilizar a incineração de resíduos calóricos, que possuem limitações técnicas e operacionais

x Reduzir as emissões de gases de efeito estufa

x Reduzir a geração de cinzas

Para o desenvolvimento do estudo foi utilizada a metodolog ia Lean Six Sigma, que representa um método de melhoria de processos, através das etapas DMAIC (definir, medir, analisar, implementar e controlar)

Resultados e discussão

Os resultados serão discutidos a seguir conforme as etapas de implementação e controle:

x Definição da proporção ideal do blend – Incialmente foi preparado o blend somente com o resíduo organoclorado com biomassa (figura 1) A biomassa auxiliou

Fig 1 – Blend de resíduos organoclorados com biomassa

Sustentabilidade

na estruturação do resíduo organoclorado, orig inalmente semissólido A proporção entre resíduo e biomassa variou e foi definida conforme a concentração final de cloro, a qual não poderia ultrapassar 8% devido à limitação de projeto do incinerador. Em complemento, a biomassa conferiu poder calorífico para o blend

Em seguida, foi preparado o blend com resíduo organoclorado, biomassa e resíduos triturados A finalidade desta etapa foi otimizar o PCS do blend com o apor te de resíduos calóricos (figura 2) e viabilizar o escoamento dos resíduos triturados no forno A proporção entre os resíduos e biomassa também variou e foi definida conforme a concentração final de cloro (menor que 8%) e de PCS maior que 1400 kcal/kg x Acompanhamento do consumo de GN – O consumo de GN foi acom-

panhado por duas etapas Na etapa da incineração do blend do resíduo organoclorado com biomassa, o consumo médio foi de 150 Nm3/t incinerada, o que representou uma redução de 50% do consumo. Os dias que não apresentaram valores foram referentes à parada para manutenção Na segunda etapa da incineração do blend de resíduo organoclorado, triturado e com biomassa, o consumo médio foi de 50 Nm3/t incinerada, o que representou uma redução de 83% do consumo.

x Acompanhamento da eficiência de combustão – foi feito o acompanhamento da eficiência de combustão antes e pós implementação do novo blend com biomassa Não houve alteração na qualidade da combustão

Avaliando o acumulado no ano, observa-se a redução do consumo do GN para 118 Nm3/t de resíduo incinerado Esse novo índice indicou a eficiência energética no incinerador após a implementação do novo blend

x Acompanhamento das emissões de gases de efeito estufa – Aqui considerou-se a qualidade dos resíduos incinerados, conforme orientação do I PCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (tabela I) Foi realizada a redução de emissão de 1,68 CO2 (eq) t/t de resíduo incinerado para 0,98 CO2 (eq) t/t, quan-

Fig 2 – Blend de resíduos organoclorados, biomassa e triturados

Tab I – Estimativa de emissões de CO2 na incineração de resíduos

Tipo de resíduo Resíduo sólido industrial

dmi Teor de ma téria seca no resíduo 100%

CFi Fração de carbono na ma téria seca 50%

FCFi Fração de carbono fóssil no carbono total 90%

OFi Fa tor de oxidação 100%

Fonte: IPCC (2006/2019) - Cha pter 5: Waste - Incinera tion and Open Burning of Waste

do comparado aos anos de 2021 e 2022

x Acompanhamento da geração de cinzas – O volume das cinzas geradas, assim como a sua qualidade, também foi acompanhado neste projeto Estimava-se que haveria uma redução do volume, visto que a base do blend produzido possui um percentual de matéria orgânica maior do que praticado anteriormente com a utilização do solo contaminado Após o acompanhamento em 2022, observou-se a redução das cinzas de 80% por tonelada incinerada para 30% por tonelada incinerada Este fato impacta positivamente na redução de disposição de resíduos em aterros, devido ao aumento do aproveitamento da combustão

Considerações finais

Após a implementação da utilização da biomassa como alternativa para produção de blend e redução do consumo de GN no incinerador, foi possível destacar os seguintes resultados:

x Redução de custos com o consumo de combustível

x Melhoria na gestão de riscos do incinerador, em função da redução do inventário de GN no forno rotativo e redução de paradas para remoção de escórias

x Maior credibilidade e interação junto a acionistas, por ter um processo de incineração com maior sustentabilidade devido às reduções de custo, de consumo de insumo e de emissões de GEE

x Melhoria do capital humano devido à redução do volume de cinzas e material quente e pulverizado, ambos manipuladas pelos operadores.

x Criação de novas opor tunidades de negócio, com a viabilização da incineração de resíduos calóricos, que anteriormente não era possível, bem como a incineração na mistura com outros resíduos

Diversos ganhos foram apresentados com a implementação do projeto, mas destaca-se a redução dos impactos da operação sobre o meio ambiente através dos seguintes fatos:

x redução do consumo de combustível fóssil, o GN de 295 Nm3/t de resíduo incinerado para 118 Nm3/t de resíduo incinerado;

x redução de cinzas de 80% por tonelada incinerada para 30% por tonelada incinerada, impactando positivamente na redução de disposição de resíduos em aterros, devido ao aumento do aproveitamento da combustão; e x redução de 1,68 CO2 (eq) t/t de resíduo incinerado para 0,98 CO2 (eq) t/t de resíduo incinerado

Com a implementação deste projeto existe a possibilidade técnica de replicá-lo em outros sistemas de tratamento térmico de resíduos que utilizem combustível fóssil em seu processo Há a viabilidade da aplicação em outras unidades de incineração, pirólise e coprocessamento de resíduos. Além disso, o conceito de reaproveitamento energético de resíduos como combustível alternativo ainda é um tema promissor, que poderá ser amplamente difundido em diversas áreas e contribuir para o destino ambientalmente adequado dos resíduos juntamente com a redução do consumo de combustíveis fósseis.

Por motivo de espaço, o artigo foi resumido

A versão original está disponível nos anais do 34º Encontro Técnico AESabesp/FenasanCongresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

Guia de aeradores e compressores

Usados para aumentar a eficiência das estações de tratamento de efluentes, com a melhor degradação da carga orgânica e eficiência energética, os aeradores e compressores são o tema do guia a seguir, que traz informações como modelo, pressão, vazão, materiais e tipo de difusor.

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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 64 empresas pesquisadas Fonte: Revista Hydro, julho e agosto de 2024 Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta Acesse www arandanet com br/revista/hydro e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

Oruído é um subconjunto da energ ia sonora caracterizada por sua natureza indesejada e per turbadora podendo levar a efeitos adversos na saúde humana e na tranquilidade ambiental Ele surge de fontes naturais e ar tificiais e sua percepção é subjetiva variando de acordo com o contexto e a sensibilidade do ouvinte

O gerenciamento da energ ia sonora indesejada por meio de planejamento estratég ico e intervenções tecnológ icas é essencial para a manutenção da saúde auditiva e do bem-estar social Diversos pontos devem ser observados quando falamos de ruído Em um prédio comercial ou residencial, hospital ou escola, ele é percebido de forma diferente para cada usuário ou morador Decorrente da movimentação de dejetos na tubulação e da energ ia sonora, nesse caso, o ruído é uma forma de energ ia mecânica propagada por meios como ar, água ou sólidos, que surge da vibração de um objeto e é caracterizada por atributos como frequência, amplitude e duração A par tir daí, a energ ia sonora manifesta-se de diversas for-

Esgoto insonoro

O ar tigo apresenta as características do sistema de esgoto insonoro, que trata especificamente dos ruídos gerados nas redes de esgoto ou águas pluviais, trazendo condições de confor to acústico, facilidade de execução e redução de custos com o tratamento acústico das tubulações.

mas, incluindo sons audíveis dentro da faixa de frequência percebida pelo ouvido humano, compreendida entre 20 Hz e 20 kHz

O impacto da energ ia sonora em humanos e no meio ambiente é avaliado por meio de parâmetros acústicos-chave, como o Nível Sonoro Contínuo Equivalente (Leq), que representa a exposição cumulativa ao longo do tempo, e o Nível de Exposição ao Som (SEL), que quantifica o conteúdo de energ ia de eventos específicos

No entanto, é possível mitigar o ruído por meio de um projeto de instalações, que conte com traçado adequado, compatibilização com o arquitetônico e estrutural, correta escolha do tipo de material (linhas insonoras) e de suas respectivas fixações

O assunto acústico predial é tratado há algum tempo, também pelas

N B R 10152 e N B R 15575 e N B R 8160, que trouxeram parâmetros e nor tearam o assunto confor to acústico para o mercado da construção civil, de forma que não só as instalações, mas outros componentes de uma edificação devem obedecer aos limites na emissão de ruídos

Entretanto, a falta de observância desses parâmetros já estabelecidos no mercado e das regulamentações se tornou um problema para os empreendedores e construtores, pois a manutenção para a correção é dispendiosa, problemática e gera um g rande desgaste com o usuário No Brasil, as instalações de esgoto residenciais de um apar tamento passam, na maioria das vezes, sob o teto de outro morador Sendo assim, aquilo que facilmente poderia ser resolvido com o uso de linhas para esgoto insonoro se

Fig 1 – Uso de gesso e sisal, lã mineral ou lã
Jouber t Nunes, Engenheiro de Aplicação do Grupo Tig re

torna bastante complexo e passivo de esfera judicial

De acordo com a AB NT N B R 15 575-6, os níveis de desempenho acústico associados à operação de equipamentos hidrossanitários de edificações habitacionais estabelecem o método de medição dos ruídos gerados por equipamentos prediais A 15 575-6 permite determinar de forma mensurável os níveis de pressão sonora de equipamento predial em operação, sendo descrito pela norma I SO 16032 – Measurement of sound pressure level from service equipment in buildings Eng ineering method (Medição do nível de pressão sonora de equipamentos de serviço em edifícios Método de engenharia)

Além disso, estabelece o método simplificado de campo que, segundo a norma, permite obter uma estimativa dos níveis de pressão sonora de equipamento predial em operação em situações em que não se dispõe de instrumentação necessária para medir o tempo de reverberação no ambiente de medição ou quando as condições de ruído no ambiente não permitem obter este parâmetro. O mé-

todo simplificado é descrito na I SO 10052 – Acoustics Field measurements of airborne and impact sound insulation and of service equipment sound Survey method (Acústica Medições de campo do isolamento acústico aéreo e de impacto e do som do equipamento de serviço Método de pesquisa) A avaliação é realizada nos dormitórios das unidades habitacionais autônomas, segundo os parâmetros acústicos L Aeq,nT (nível de pressão sonora equivalente, padronizado de equipamento predial), L ASma x,nT (nível de pressão sonora máximo, padronizado de equipamento predial) e L A ai (nível de pressão sonora equivalente no ambiente interno, com equipamento fora de operação)

Até há pouco tempo o tratamento de combate ao ruído nas instalações só podia ser feito com o uso de um sistema composto por tubulação de esgoto série normal ou série R associado a um “empacotamento” da rede, gerando, em alguns casos, mais ruído do que o já existente, além de um sério problema de manutenção após entrega do empreendimento Utilizar o gesso e sisal, lã mineral ou lã

sintética para tentar controlar a emissão de ruídos era e ainda é uma prática no mercado (figura 1)

O mercado

Há soluções de tratamento dos tubos de esgoto série normal com o acréscimo de gesso e sisal em camadas Por serem literalmente engessados manualmente pelos instaladores, são de difícil execução e demandam um tempo muito maior do que as demais opções Com isso, o resultado na redução de ruído é amplamente questionado e está em desuso atualmente

Também existem os tubos de esgoto série normal envoltos em lã mineral, lã de rocha ou sintéticos Diversas empresas prestam esse serviço, mas a execução é demorada e exige mão de obra especializada Porém, o resultado do confor to acústico é percebido nos resultados

Por fim, há o sistema misto, utilizando as linhas de esgoto insonoro com envolvimento das lãs, sendo usado mais timidamente e em ocasiões muito específicas no combate ao ruído

Solução insonora

O desafio é utilizar um sistema que possa tratar o ruído de novas e antigas edificações, de forma rápida, fácil e sem “gambiarras” Para isso existem linhas para esgoto insonoro, que tratam especificamente dos ruídos gerados nas redes de esgoto ou águas pluviais trazendo condições de confor to acústico consideráveis e ao mesmo tempo facilitando a execução e reduzindo custos com o tratamento acústico das tubulações

Os sistemas modernos disponíveis no mercado tratam o assunto no tripé: x Com a matéria-prima PVC, composto especial com propriedades acústicas e uma carga mineral em sua formulação (PVC mineralizado), é possível ter um aumento considerável da espessura de parede, chegando a 4,6 mm nos tubos diâmetro de 150 mm, incremento de aproximadamente 90% em parede na maioria dos diâmetros, vedações mais eficientes e práticas, garantindo a absorção de energ ia mecânica Nesse sistema as juntas são realizadas por meio de um Conexão

anel especial de vedação com intuito de entregar alta per formance em estanqueidade e absorver vibrações, visto que não se desloca na montagem e apresenta um sistema de dupla vedação Comparando com as vedações tradicionais temos nas linhas insonoras um acoplamento mais rápido e fácil, garantindo velocidade na execução da rede, visto que elas já estão consolidadas nos tubos e conexões, dispensando mão de obra para essa inserção do anel (figura 2) x Abraçadeiras metálicas especiais (figura 3), que permitem o uso de menos fixações do que os sistemas convencionais Também reduzem em quase 50% o uso de abraçadeiras, que são feitas de aço combinado com o design da borracha isoladora, garantindo a redução do ruído e das vibrações orig inados nessas tubulações x Linha insonora, que é completa com inter face de sistemas tradicionais (figura 4), sem necessidade de adaptadores ou ajustes indesejados, o que favorece o confor to acústico.

Um dado bastante interessante das linhas insonoras é a resistência para a condução de fluidos com temperaturas iguais ou superiores a 75°C, em reg ime não contínuo, sendo, também, uma opção para os despejos dessa natureza, seja para cozinhas comerciais, residenciais ou industriais

Em comparação com o sistema convencional (linha esgoto série normal), as soluções modernas de esgoto insonoro, na escala aritmética, temos uma redução de quase 10 dB(A) Vale lembrar, inclusive, que um indivíduo médio tem a percepção auditiva de acordo com uma curva exponencial com variações resultante da

frequência das ondas sonoras a que está exposto A visualização é fácil pela curva logarítmica, representada pela Lei de Weber-Fechner

É impor tante ressaltar, no entanto, que os resultados mencionados só são alcançados se outras etapas fundamentais forem seguidas, como o uso da fixação própria, consolidação em elemento estrutural ou de vedação, além de um bom projeto

O assunto pode ser abordado de diversas formas, nem sempre o traçado precisa ser totalmente tratado com a linha insonora A avaliação pode ser feita de forma compar timentada e pontual, ou seja, após um estudo multidisciplinar, tem-se estabelecido os pontos de atenção, e então, é feito o tratamento adequado

O traçado

O projeto da rede deve percorrer, sempre que possível, desviando dos pontos que são considerados de maior atenção ou criticidade Locais próximos a cabeceiras de camas, escritórios ou bibliotecas, por exemplo. Por isso, podemos ressaltar a importância de um bom projetista de instalações hidráulico-sanitárias prediais Até um projeto que atenda às especificações da N B R 8160 pode conter traçados que contribuam para o ruído excessivo, além de um incremento no

Fig 2 - Sistema de dupla vedação: acoplamento mais rápido e fácil
Fig 3 - Abraçadeiras metálicas especiais

quantitativo de materiais ao final de um levantamento quantitativo

A proteção da rede com os sistemas insonoro, por ser compatível e intercambiável com os sistemas tradicionais esgoto série normal e série R, permite que o trabalho seja feito pontualmente, por exemplo, em um banheiro, suíte ou sala, e os demais traçados com a solução tradicional (série R ou normal), permitindo ganho econômico e acessível a todos os per fis de obra ou empreendimento.

A execução

Consolidar as tubulações em elementos estruturais, alvenaria e não respeitar a correta fixação dos tubos, tipos de fixações e os modelos de abraçadeiras são erros clássicos durante as instala-

LAeq, nT [dB(A)] LASmax, nT [dB(A)] Nível de desempenho

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ções das redes Por isso, o profissional instalador deve estar atualizado e ter conhecimento daquilo que está se propondo a fazer.

O sistema insonoro

O material adequado no tratamento do ruído é de suma impor tância quando falamos no resultado do desempenho, aprovados nos mais ríg idos ensaios de acústica Normativos Europeu - VDI 4100, em que o produto foi cer tificado pelo I B P - Institut fur Bauphysik Durante o funcionamento das instalações, houve garantia de silêncio e confor to acústico A atenção a esses pontos e às recomendações dos fabricantes é o caminho correto para não se ter o desconfor to acústico.

Custo/benefício

No momento de definir a solução, sistema ou tipo de proteção acústica das redes, sempre teremos a linha orçamentária como um protagonista de peso no fiel da balança Tratando disso, não podemos esquecer da celeridade e facilidade que os novos sistemas apresentam. A redução no tempo de execução chega a ser de 50%

Considerando todos os insumos envolvidos, como as tubulações, os materiais de recobrimento, envelopamento e a mão de obra envolvida, pode-se afirmar que a execução da rede hidrossanitária que utiliza as linhas insonoras apresenta menor custo de implantação e execução quando comparada às soluções compostas por camadas de lã ou similar

Fig 4 - Linha insonora é completa com inter face de sistemas tradicionais
Tab. I – Critérios e níveis de desempenho (LAeq, nT) e nível de pressão sonora contínuo equivalente (LASmax, nT) medidos em dor mitórios. Fonte: ABNT NBR 15.575-6

Produtos

Turbidímetro

O turbidímetro DU LCO

Turb o C, da ProMinent, apresenta recursos de medição em banco óptico (via cubeta) e limpeza ultrassônica automática, proporcionando alta precisão em análises de processo

A memória interna U SB possibilita armazenar dados de 1 ano de medição, e as saídas Modbus R S-485 ou 4-20 mA e dois relés de alarme permitem automatizar o sistema e controlar a qualidade da água Oferece tempo de resposta de 5 a 500 segundos (ajustável) e pressão de entrada de 13 bar

Site: www prominent com br

Cloro

Comercializado pela Dominus Química, o Tricloro D ominus é um desinfetante de água para consumo com 90% de cloro ativo Segundo a empresa, a solução mantém o cloro por maior tempo na água devido ao estabilizador existente em sua estrutura, formulado e prensado com características para solubilização lenta, não deixando resíduos e gerando durabilidade maior na ação O produto é voltado para todos os tipos de água, inclusive as com teores altos de calcário

Disponível em embalagens de 3, 10 e 50 kg

Site: https://dominusquimica com br/

Detector de gás cloro

O detector de gás cloro

modelo F F-DT atua em faixa de operação de 1 ppm Fabricado pela Fluid Feeder, o produto conta com sensor

que informa imediatamente o surg imento de concentração do produto na atmosfera Em casos de eventuais vazamentos, o equipamento apresenta uma função que liga o sistema de exaustão e neutralização de gases para reduzir a concentração indesejada

Site: www fluidfeeder com br

Monitoramento de nível de água

enviar aler tas ao centro de comando, que irá verificar se o alarme é verdadeiro ou não A leitura do ponto de água pode ser sobreposta na transmissão ao vivo, bem como nas g ravações de vídeo com a tecnolog ia de IA incorporada Os dados brutos podem ser expor tados para realização de análises offline com base em localização, data/hora e outras condições para revisar os dados históricos e acompanhar tendências

Site: www hikvision com

Válvula borboleta

de Água, modelagem matemática de águas subterrâneas e estudos de impacto ambiental

Site: www ebpbrasil com br

Acionamento de bombas e compressores

A válvula borboleta Soft Seal série 260 foi projetada com sistemas de análises mecânicas para o bloqueio de fluídos com alto g rau de estanqueidade (VI) e confiabilidade Possui corpo fabricado

em aço carbono e sede em aço inoxidável blindada ao produto Fabricada pela Zanardo, está disponível em modelos de 26” a 60”

Site: www zanardo com br

A DF3C PTZ, da Hikvision, é uma câmera capaz de detectar e informar o nível de água com radar Com visão panorâmica e diversos tipos de inclinação,

a solução utiliza IA – Inteligência Ar tificial para ler informações em tempo real e

Projetos de remediação

A EB P Brasil oferece diversos serviços voltados ao setor de saneamento, como projetos de remediação, instalação e operação de ETAs – Estações de Tratamento

O Sistema Fluxus, desenvolvido pela Fluxus Soluções em Energ ia e distribuído pela Energ Geradores, utiliza o gás natural para o acionamento de bombas e compressores Segundo o fabricante, essa fonte energética possui regularidade 88 vezes superior à da eletricidade, o que impacta positivamente na prestação do serviço de saneamento Outro atributo da tecnolog ia é a redução, em até 60%, do custo na construção de novas elevatórias quando comparado ao sistema convencional Isso é possível pois o produto não utiliza os componentes intermediários do acionamento elétrico, tais como cabines primárias, transformadores, painéis, inversores e cabeamentos Consequentemente, demanda uma área construída menor, menos projetos e fornecedores, tornando-se mais compacto e de execução mais rápida

Site: www fluxusenergia com br/

Saneamento – O Panorama da Participação Privada no Saneamento é o anuário atualizado com o per fil e o desempenho da atividade das concessionárias em todo o Brasil. A publicação traz dezenas de exemplos de concessões privadas bem-sucedidas, de Nor te a Sul do país, e reúne os dados compilados pelo sistema de informações da ABCON SI N DCON, o SP R I S, em contraste com outros indicadores do setor, com destaque para o SN I S - Serviço Nacional de Informações sobre o saneamento. Entre as conclusões do levantamento está o aumento de 203% no número de municípios atendidos pelos operadores privados, desde 2020. A iniciativa privada atua como operadora, de forma exclusiva ou em parceria com companhias públicas, em 881 cidades, ou 15,8% dos municípios brasileiros. Em 2020, ano do último panorama, eram 389 cidades. Com 148 pág inas, o estudo completo pode ser acessado pelo link: https://abrir.link/BsxlQ.

Fiscalização – Elaborado com apoio técnico do I PT – Instituto de Pesquisas Tecnológ icas e disponibilizado pela ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, o Guia para Suporte das Atividades de Fiscalização do Serviço de Adução de Água Bruta

Realizado pelo P ISF acaba de ser publicado. O P I SF é o Projeto de Integ ração do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional, um empreendimento composto por um conjunto abrangente de obras de infraestrutura concebido para mitigar a seca no semiárido nordestino e aumentar a garantia de disponibilidade hídrica, direta e indiretamente, para a reg ião atendida. A análise traz informações e orientações para a definição de diretrizes, critérios e parâmetros técnicos aplicáveis às atividades de medição de vazão de água bruta, par ticularmente nos pontos de captação, bombeamento, transpor te, armazenamento e distribuição da água aduzida no sistema do P I SF. O documento de 91 pág inas pode ser visualizado na ínteg ra pelo site: https://abrir. link/Rufhu.

Publicações

Novo Tabuleiro Saneamento Básico 2024, publicado pelo IAS - Instituto Água e Saneamento Por meio de mapas e infog ráficos, é possível ter uma visão abrangente da situação de contratos e projetos em todo o país A publicação pode ser acessada na ínteg ra pelo link: https://abrir link/gJ BxV

Resíduos sólidos – A Cetesb publicou os dados relativos ao Inventário

Mercado – O setor de saneamento vive uma expansão da prestação privada em g randes projetos de concessões, P P Ps – Parcerias Público-Privadas e privatizações, concluídas e em curso, após a revisão do Marco Legal de 2020 Esse novo cenário é apresentado em detalhes no relatório

Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos no Estado de São Paulo, referentes a 2023 O documento reflete as condições ambientais dos sistemas de compostagem, das estações de transbordo e da disposição final em aterro de R SU – Resíduos Sólidos Urbanos, oriundos da coleta pública, a par tir de dados obtidos nos 645 municípios do Estado, incluindo a comparação com os resultados de 2022 Em 2023, o Estado de São Paulo possuía 302 aterros sanitários, sendo 265 aterros públicos, 87,7%, e 37 privados, equivalentes a 12,3%. O levantamento apontou que o número de cidades que dispunham os resíduos urbanos de forma adequada passou de 603, em 2022, para 604, em 2023. A análise completa, com 88 pág inas, pode ser encontrada no site: https://abrir.link/faaHh.

Saneamento em Pauta

Muito se tem falado no mês de julho sobre os quatro anos da Lei nº 14 026/2020 ou Novo Marco

Regulatório Muitas respostas contra e a favor poderiam ser elencadas, porém, a impressão que se pode ter com cer teza é a de que ele representou um passo adiante, equivalente a muitos passos dados desde o início do século XXI

Não se pode desprezar a história para simplesmente transformar o Novo Marco na bala de prata que levará os brasileiros a terem serviços seguros e de qualidade no abastecimento de água e em esgotamento sanitário Isto pode remeter ao que no início foi apresentado como sendo o Marco uma revolução

Um dos pilares para a revolução seria a reg ionalização impositiva semelhante à ocorrida na década de 60, no século passado, quando a reg ra era aderir ao modelo de companhias estaduais ou ficar entregue à própria sor te

O interessante é observar, nestes quatros anos e mais atrás, que o próprio mercado e os governadores e prefeitos, depois de conhecerem outras opções, entenderam que reg ionalização boa é a que leva solução para a sociedade e não para algum tipo de operador, seja ele público ou privado

Desde 2020, então, tivemos modelos iguais para Alagoas, Rio de Janeiro e Amapá, com a companhia estadual sobrevivendo como vendedora de água – modelo tentado em 1997 –mas também estão em operação ou em processo exemplos de conces-

sões plenas localizadas, P P Ps – Par ticipações Público-Privadas à luz da Lei 11 079/2004 e os cases da Corsan - Companhia Riog randense de Saneamento, arrematada em leilão em dezembro do ano passado pelo g rupo privado Aegea por R$ 4,151 bilhões, e da Sabesp, privatizada pelo governo de São Paulo no dia 23 de julho de 2024, que mudou a composição acionária da empresa Antes da privatização, o Estado detinha 50,3% das ações da Sabesp, mas agora ficou com apenas 18%. A venda, por tanto, correspondeu a 32% das ações, sendo 15% para o g rupo Equatorial e 17% para outros investidores, incluindo pessoas físicas Essas ações demonstraram que o Novo Marco abriu as mentes de muitos prefeitos e governadores

Em Alagoas, o primeiro leilão foi festejado por outorgas com ág ios de 120 e 400 vezes Poderia se avaliar depois desses quatro anos o que aconteceu Segundo o SN I S, a Casal –Companhia de Saneamento de Alagoas, agora “produtora” de água tratada, em 2020 com uma tarifa média de R$ 6,45/m3, atendia com água uma população total de 1 822 231 habitantes, distribuídos em 75 sedes municipais e 705 localidades; por sua vez, em 2022, apresentou respectivamente R$ 2,65/m3, 393 214 habitantes em 55 sedes e 596 localidades, com a mesma estrutura tarifária que se reajusta ano a ano

Com o exemplo de Alagoas, pode-se buscar falar sobre o mantra das outor-

gas como sinal de sucesso dos modelos, quando na verdade são simplesmente o sucesso do leilão Assusta ouvir dizer que a expectativa do mercado – cer tamente na B3 – é de g randes ág ios no próximo ano Entretanto, em mais um sinal positivo de que a Lei 14 026 está levando a rápidos amadurecimentos, observa-se que os próximos leilões, Piauí e Serg ipe, apresentam outorgas mínimas realistas e atendimento a localidades de modo mais justo que o verificado em Alagoas e no Amapá

Ter algum tipo de outorga, pode-se argumentar, é necessário para qualificar a disputa e deixar ao concedente um pagamento pela cessão de ativos e opor tunidades de ganho Porém, transformar a outorga no objetivo da concessão, ainda mais com outorgas mínimas inexplicáveis, preocupa Assim, resumir a avaliação aos últimos quatro anos e considerar que tudo foi per feito ou que nada prestou é um desserviço para a evolução do saneamento A implantação de modelos com a par ticipação direta de operadores privados, sem tornar obrigatória a extinção de todos os operadores públicos, vem se mostrando viável, porém é necessário ter gestão sobre o processo, que é contínuo.

Álvaro José Menezes da Costa é Engenheiro Civil, MSc em Recursos Hídricos e Saneamento, C P3P-F Diretor nacional da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - AB ES

Esta seção é dedicada a reflexões sobre o setor de saneamento no Brasil e seus desafios Os artigos são elab orados pelo Corpo Diretivo da AB ES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

Álvaro José Menezes da Costa, diretor nacional da AB ES

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