Hydro - Março_Abril 2023

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O levantamento traz os fornecedores de mais de 20 tipos de bombas, como as centrífugas, submersas, lóbulos, pneumáticas, diafragma, pistão e dosadoras para aplicações de água, esgoto e processo

A ofer ta é detalhada ainda com informações quanto aos materiais (aço, bronze, ferro e plástico), formas de instalação, rotor e sucção (afogada ou autoescorvante)

Especial

Marco do saneamento: um balanço de três anos da nova regulação do setor

Para promover a universalização dos serviços de saneamento, são necessários investimentos totais de R$ 893,3 bilhões de 2022 até 2033 O ar tigo mostra como está o setor de saneamento desde a aprovação do Marco Legal em julho de 2020

Infraestrutura

Prolongamento de rede de esgoto em M N D

O ar tigo descreve em detalhes a obra de construção e expansão da rede de coletora de esgoto sanitário na reg ião do Córrego Taboão, em São Paulo, executada pela Sabesp utilizando M N D – Método Não Destrutivo

Serviço

Guia de sistemas e produtos para filtração

Os diversos tipos de filtros de água, como industriais, de ponto de entrada, de ponto de uso e membranas, incluindo pré-tratamento e pós-filtração (desinfecção), são o tema do guia, que detalha os seus respectivos materiais e aplicações e indica onde encontrar os fornecedores (telefone e WhatsApp)

Reúso

Redução do consumo de água em torre de resfriamento

Uma central termelétrica de g rande por te foi selecionada para um estudo com BAC - cloramina ativada por brometo como substituto do hipoclorito de sódio no tratamento da água de reposição da torre de resfriamento, que utilizava efluente clarificado e apresentava desafios no controle de desempenho O ar tigo traz os principais resultados da pesquisa

Serviço

Guia de impermeabilização de reservatórios

Para garantir o armazenamento de água com segurança e garantia de estanqueidade ao longo de vários anos de operação, os produtos para impermeabilização das estruturas tornam-se cada vez mais impor tantes nas obras de saneamento O levantamento traz a ofer ta das empresas que atuam no setor, como membranas, revestimentos, mantas asfálticas e cimentos poliméricos, incluindo as soluções para reforço e recuperação de estruturas, argamassas, adesivos e telas

Efluentes

Mistura de resíduo de ETA com esgoto sanitário para remoção de fósforo

Resíduos de Estação de Tratamento de Água (R ETA) podem ser utilizados no tratamento de efluentes para a remoção de fósforo O estudo simulou os processos de coagulação, floculação e sedimentação em Jar Test misturando R ETA bruto, adensado e seco com esgoto sanitário para avaliar mudanças na remoção de fósforo, pH e turbidez.

Hydro • Março/Abril 2023 03 Sumário Capa Foto: Depositphotos www arandanet com br/hydro Seções 04 06 48 54 Carta ao leitor Notícias Conexão Produtos Publicações Índice de anunciantes Opinião 57 57 58 20 40 42 34 16 26 30 Serviço Guia de b ombas

Editorial

mpor tância do marco saneamento

No mês em que se comemora o Dia da Água (22 de março) e restando pouco mais de dez anos para o fim do prazo para a universalização do saneamento no Brasil, os números do setor recentemente divulgados e o compasso de espera das empresas com relação às ações do novo governo tornam esse cenário cada vez mais distante de se tornar realidade

Um bom termômetro é a 15ª edição do Ranking do Saneamento, levantamento produzido pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, que analisa os indicadores das 100 maiores cidades do país com base no SN I S 2021, publicado pelo Ministério das Cidades O quadro nacional traz dados preocupantes Dentre os 20 piores, 17 seguem nessa lista por duas edições seguidas Além disso, Por to Velho, RO, Ananindeua, PA, Santarém, PA, e Macapá, AP, estiveram sempre nas dez últimas colocações nos últimos dez anos.

O novo marco legal (Lei Federal 14 026/2020) ampliou a competição, abrindo um espaço maior para a atuação da iniciativa privada Ao mesmo tempo, foram definidas metas de levar água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90% até 2033

Se o Brasil conseguir avançar, os ganhos serão contabilizados em várias áreas. Como mostra a repor tagem especial que começa na pág ina 20, a universalização dos serviços pode resultar em R$ 1,4 trilhão de benefícios socioeconômicos ao longo dos próximos 12 anos, segundo o Instituto Trata Brasil Haveria ainda aumento da renda com turismo e valorização do mercado imobiliário e reduções nos gastos com saúde. De acordo com informações do Datasus (2021), ocorreram mais de 70 mil internações entre a população de 0 a 19 anos por doenças associadas à falta de saneamento básico A escolaridade média dos estudantes que moram em uma residência com os serviços de água e esgotamento é de 8,49 anos Em contrapar tida, alunos sem acesso aos serviços básicos em suas residências, em média, passam 5,31 anos na vida escolar A diferença se reflete também no EN EM - Exame Nacional do Ensino Médio, prova para admissão em instituições de ensino superior Em 2021, a diferença média nas notas foi de 70 pontos Apesar do crescimento g radual nos últimos anos, os investimentos realizados estão aquém do necessário para garantir os objetivos listados no marco do setor Mudanças de reg ra do jogo poderão desestimular a atuação das empresas privadas dentro de um contexto em que o poder público tem pouca capacidade de investimento Por isso, o país não pode retroceder nos avanços regulatórios e jurídicos anteriormente observados e já amplamente discutidos

Sandra Mogami – Editora

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D retores: Edgard Laureano da Cunha Jr , José Roberto Gonçalves e José Rubens A ves de Souza (in memoriam )

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D retor: José Rubens A ves de Souza (in memor am )

Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21780

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A revista Hydro é env ada a 12 mil prof ss ona s envo vidos com instalações h drossanitár as prediais com o tratamento de água e ef uentes em indústrias e complexos de ser viços e com sistemas públ cos de água e esgoto

Hydro • Março/Abril 2023 04

H Y D R O C

MONTAGEM RÁPIDA E SEGURA

As placas HYDROCLICK são encaixadas em perfis pré-montados

50 ANOS DE ESPERANÇA DE VIDA

O PE é livre de amaciadores, resistente à geada e à corrosão

BAIXA MANUTENÇÃO

Superfície brilhante, limpeza a alta pressão, monitoramento de vazamentos

ALTA COMPETÊNCIA EM PLÁSTICOS

Décadas de experiência, pesquisa e desenvolvimento

Ancoragem de concreto

P R O D U Ç Ã O P O R I N J E C Ç Ã O

Para a fixação mecânica de instalações em tanques, que são equipados com chapas protetoras de concreto e HYDROCLICK sistema.

L I C K R e v e s t i m e n t o d e t a n q u e s d e á g u a p o t á v e l AGRU Brasil Ltda. | Avenida Pirambóia, 1824 | Jardim Santa Cecília, Barueri, SP CEP:06465-060-Brasil Tel: +55 (11) 4193 8088 | info@agru com br | www agru com br

Notícias

AAcquaBrasilis, empresa especializada em tratamento de água, de esgoto e reúso, de São Paulo, com mais de 1300 projetos desenvolvidos, cerca de 800 sistemas de tratamento de água e efluentes fornecidos e mais de 700 instalações entregues em 22 anos de atuação, está ampliando ainda mais seu por tfólio de soluções O g rupo adquiriu, no ano passado, uma planta industrial em local próximo a Joinville, SC, para fabricação de estações compactas em P R F V (fibra de vidro), tanques e reservatórios. Denominada NeoAcqua, a nova unidade está integ rada ao g rupo AcquaBrasilis

“Com a recente aquisição, aumentamos as possibilidades de fornecimentos para o cliente”, diz Sibylle Muller, CEO, engenheira e fundadora do g rupo, em 2001, quando trouxe, da Alemanha tecnolog ias de estações descentralizadas de tratamento de esgoto com possibilidade de reúso em fins não potáveis para empreendimentos residenciais e comerciais Ao longo dos anos, a empresa foi aumentando o por tfólio e desenvolveu outras tecnolog ias, como os sistemas de tratamento e reúso de águas cinzas, de aproveitamento de águas pluviais e de drenagem, potabilização de águas de poços profundos e de ETEs compactas com tecnolog ia M B B R com mídia flutuante Segundo ela, a empresa está preparada para desenvolver soluções completas personalizadas no âmbito do tratamento e reúso de águas, atendendo desde o projeto até a instalação, fabricação dos sistemas sob medida, monitoramento e manutenção

A produção dos tanques e estações compactas pela NeoAcqua abrirá ainda mais o leque de ofer ta de produtos Com equipe multidisciplinar, formada por engenheiros e especialistas em fibra e área de testagem de estanqueidade em fábrica, a NeoAcqua fornece soluções de fácil transpor te e montagem com eficiência e durabilidade As estações de tratamento de esgoto doméstico aplicam tecnolog ia de lodos ativados M B B R/ I FAS, com meios de supor te flutuante, com instalação do tipo plug and play As soluções para pequenas ETEs municipais preveem a utilização de mega tanques em fibra de vidro, que podem ter suas montagens finalizadas in loco Os reservatórios atendem às normas ASM E RTP1- 2011 - Reinforced Thermoset Plastic Corrosion-Resistant Equipment e passam por testes hidrostáticos em fábrica

“Os elementos em fibra de vidro que constituem as estações, bem como os reservatórios da NeoAcqua, oferecem elevada durabilidade e resistência, com garantia de 10 anos As estações de tratamento de esgoto e águas cinzas apresentam flexibilidade de instalação por serem modulares e com baixo custo de implantação, podendo ser instaladas em etapas, conforme o crescimento da necessidade”, afirma Sibylle

Além do braço industrial representado pela NeoAcqua, o g rupo AcquaBrasilis compreende ainda outras quatro empresas: AcquaBrasilis, desenvolvedora de projetos, assessoria e consultoria para gestão hídrica em empreendimentos residenciais, comerciais e industriais; AcquaBeta, especializada

em produção e fornecimento de sistemas de reúso de água cinza e de aproveitamento de águas de chuva e de drenagem; Acqua Gama, braço de instalação e manutenção; e AcquaLice, empresa de BOT – build, operate and transfer voltada, principalmente, para potabilização e fornecimento de águas captadas em poços profundos

“Estamos preparados para atender desde empreendimentos residenciais, comerciais e indústrias de alguns setores até projetos de tratamento de esgoto em municípios de pequeno por te, que buscam soluções modulares e eficazes para servir comunidades afastadas da rede pública ou clientes que buscam, para seu empreendimento, o cumprimento à leg islação e a sustentabilidade ambiental por meio de redução de consumo de água potável, com a preservação dos recursos hídricos naturais”, finaliza Sibylle

AcquaBrasilis – Tel (11) 38 95-9561

Site: https://acquabrasilis com br/

AcquaBrasilis amplia por tfólio com produção de estações de PRFV
Hydro • Março/Abril 2023 0 6
Estação compacta de P R F V: instalação plug and play Planta industrial adquirida pela AcquaBrasilis para fabricação de estações compactas, tanques e reservatórios

Aclaris desenvolve sistema de osmose sem perdas de água

AAclaris, empresa nacional especializada em tratamento de água industrial, com sede em Taboão da Serra, SP, desenvolveu um sistema de osmose reversa que permite 100% do aproveitamento de água – em geral, as perdas são de 30% a 40% devido à necessidade de descar te do concentrado com as impurezas retidas no processo Totalmente concebida pela equipe de engenharia da empresa, a tecnolog ia é baseada em uma solução de osmose duplo passo, ou seja, primeiro é feito o pré-tratamento com resinas de troca iônica e somente depois as membranas de osmose reversa realizam a desmineralização por completo A água tratada segue para produção e o concentrado é reintroduzido no início do tratamento, em ciclo contínuo

“A vantagem do descar te zero tem atraído o interesse de diversas indústrias farmacêuticas, que buscam soluções de menor impacto ambiental”, diz Angélica Medeiros, gerente de projeto da Aclaris

A exper tise de mais de 26 anos com a regeneração e ativação de resinas de troca iônica, serviço prestado pela Stella Resinas, empresa coirmã, foi o que permitiu à Aclaris desenvolver o projeto, inicialmente a pedido de um cliente do segmento farmacêutico, e agora disponível comercialmente para todo o mercado “Nossos testes comprovaram a eficácia do sistema com reaproveitamento do concentrado e reforço do pré-tratamento. A mescla das duas tecnolog ias eleva o aproveitamento do concentrado”, afirma Alex Balzana, engenheiro da Aclaris e responsável pela inovação

A Aclaris já realizou diversos pilotos em plantas de pequeno por te e em março vai acionar um sistema em uma indústria farmacêutica do Nordeste, de 1200 L/h Construída em inox 316, a máquina é compacta, com área ocupada de cerca de 8 m² para essa vazão

A Aclaris monta os sistemas e entrega os skids prontos para serem instalados no cliente, incluídos o painel de comando, P LC e supervisório Para alguns tipos de indústrias, como farmacêutica, de cosméticos e veterinário, a empresa pode ainda incorporar um tanque para sanitização a quente, um tratamento térmico da água sem necessidade de produtos químicos.

A Aclaris usa membranas de osmose reversa da DuPont, específicas para supor tar tratamento térmico “Nós projetamos e fabricamos o sistema de acordo com a necessidade de cada cliente”, afirma Angélica

Aclaris – Tel (11) 4787-64 02 Site: https://aclarisplus com br/

de produtos e serviços Nas companhias de saneamento, as novas ferramentas trazem benefícios ainda maiores O SAMAE –Serviço Municipal de Água e Esgoto de Jaguapitã, município de 20 mil habitantes localizado no nor te do Paraná, implantou em outubro do ano passado um sistema para automatizar a captação de água de poços e armazenamento dos reservatórios. Somente com o fim das multas junto à concessionária de energ ia (Copel) por ultrapassar a demanda contratada no horário de pico, a economia obtida é da ordem de R$ 18 mil por mês “No passado o processo era 100% manual e exig ia equipes 24 horas por dia 100% dedicadas ao controle das bombas e enchimento das estações”, conta José Henrique Marcelino, diretor do SAMAE

Fornecido pela SB R – Saneamento Brasil, de Sinop, MT, empresa especializada em engenharia e automação, o sistema possibilitou a dig italização de todo o processo, sem necessidade de intervenção, com visualização nos telões da sala operacional e controle na palma da mão, via web ou dispositivo móvel, de qualquer lugar do mundo “Além de oferecer maior segurança, a autarquia deixa de depender de técni-

Aautomação de processos pode reduzir custos, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade

07 Hydro • Março/Abril 2023
Com sistema de automação da SBR, autarquia tem economia de R$ 18 mil ao mês
Tecnologia desenvolvida pela Aclaris: osmose duplo passo Sala de controle do SAMAE de Jaguapitã: monitoramento em tempo real

cos em tempo integ ral, um fator cada vez mais crítico nas empresas ” , diz Foram instalados sensores em 12 pontos de monitoramento: nos nove poços profundos que respondem pela totalidade da captação de água e nos três reservatórios que abastecem o município “Com uma prog ramação precisa, o sistema realiza o enchimento fora do horário de ponta, sem risco de ultrapassar os valores contratados com a concessionária de energ ia Antes, os funcionários precisavam se deslocar até os poços, que ficam fora da área urbana para ligar e desligar as bombas Hoje todo o processo é automatizado e temos a segurança de ter os reservatórios sempre cheios”, afirma

A cidade de Jaguapitã faz par te do Cispar – Consórcio Intermunicipal de Saneamento do Paraná, que compreende 50 municípios do nor te do Paraná não atendidos pela companhia estadual Sanepar Com sede em Maringá, o Cispar possui laboratórios e profissionais especializados para atendimento, troca de equipamentos, apoio técnico e financeiro às autarquias Periodicamente são realizados encontros reg ionais entre os gestores O último ocorreu no dia 28 de fevereiro, no SAMAE de Jaguapitã, com a presença de 14 municípios “Somos pioneiros na adoção do sistema de automação na reg ião e agora dois outros municípios do Cispar também estão realizando pilotos com o sistema da SB R”, afirma o diretor, que também é diretor da Reg ional Paraná da Assemae - Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento

Segundo ele, o SAMAE de Jaguapitã é referência no estado por ter ating ido a universalização dos serviços de saneamento, com 100% de água tratada e 100% do esgoto coletado e

tratado em sua ETE, baseada em lagoa anaeróbica e facultativa, com vazão de 30 L/s

Controle de odores - Uma outra tecnolog ia adotada pela empresa, em caráter piloto, destinou-se ao monitoramento de odores da estação

A Acoem, multinacional francesa especializada em produtos e serviços para meio ambiente, com subsidiária em São Paulo, instalou no local o Kunak Air Pro, solução baseada em microssensores inteligentes Os testes mostraram que as maiores concentrações de sulfeto não eram provenientes da ETE municipal Com o relatório em mãos, o diretor do SAMAE levará os dados ao IAT – Instituto Água e Terra do Paraná. “Antes as reclamações de odor recaíam sobre nós. Agora temos a comprovação de que a responsabilidade não é do SAMAE, mas de outros estabelecimentos”, afirma Com uma preocupação a menos, a autarquia tem planos de instalar o Kunak em caráter definitivo na estação.

SAMAE – Tel (43) 3272-1233

Site: http://jaguapita pr gov br/samae/

PepsiCo segue r umo à autonomia hídrica na fábrica de Itu

APepsiCo, uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo, e dona de marcas como Lay’s, Doritos, Ruffles, Cheetos, entre outras, anuncia a conquista de manter sua operação fabril sem captação de água por 100 dias, em Itu, SP No ano em que celebra 70 anos no país, a companhia apresenta seu resultado no município, onde reaproveita 100% do efluente industrial, proveniente de processos de

Notícias 0 8 Hydro • Março/Abril 2023

Notícias

tempo em que promove ações positivas para o planeta e as pessoas, em linha com a estratég ia ESG, a empresa tem como premissa reduzir o uso de água em toda a sua cadeia produtiva Com esse objetivo, investiu em M B R/OR - biorreatores com membranas e osmose reversa.

Por meio desta e de outras iniciativas focadas em redução do uso de recursos hídricos, o total de água gasta por quilo de alimento produzido pela PepsiCo no Brasil caiu para menos da metade nos últimos cinco anos, de 4,6 litros (em 2016) para 1,97 litro (em 2022), uma redução de 57% Na fábrica de Itu, esse número já é de 0,82 litro por quilo de alimento produzido

Pepsico – Site: www pepsico com br

produção de snacks salgados e de Toddynho, que é transformado em água potável a par tir de uma estação de tratamento em sua área externa Esta realidade só foi possível após a parceria com as unidades da PepsiCo de Sorocaba e do bairro de Itaquera, em São Paulo, que enviam os efluentes para tratamento em Itu O montante de água tratada abasteceu a fábrica de Itu na totalidade de sua demanda de 18 mil m³ ao mês para uso em processos industriais Buscando tornar sua operação mais sustentável e eficiente ao mesmo

A iniciativa também contribui para reduzir o efluente no sistema de tratamento de esgoto da cidade “Em 2022 ficamos 100 dias sem captar água do município, o que significa que esta água ficou disponível para a comunidade. Temos muito orgulho desse resultado e confiantes de que em breve teremos mais avanços em outras operações no país”, afirmou Paulo Quirino, vice-presidente de operações da PepsiCo do Brasil O projeto será replicado em Sete Lagoas, MG, e em Curitiba, P R, com previsão de conclusão em 2024.

Inovação Computação

Móvel: fer ramentas de gestão para saneamento

AInovação Computação Móvel, com sede em Divinópolis, MG, atua no desenvolvimento de soluções de tecnolog ia para os setores de saneamento, gás e energ ia Presente em mais de 330 cidades em 19 estados brasileiros, a companhia iniciou suas atividades em 2006, época em que seus fundadores notaram uma lacuna nos setores de utili-

10 Hydro • Março/Abril 2023
Estação de tratamento de efluentes usa M B R e osmose reversa

ties com relação a novas tecnolog ias, principalmente no saneamento

“Quando iniciamos nossas atividades, existia uma falta de entendimento do mercado em notar que o saneamento representava uma oportunidade para desenvolvedores de tecnolog ia É um setor que acabou sucateado por muito tempo, uma realidade distinta da atual em que o

Marco Legal do Saneamento ajudou a mostrar que a água, por ser um produto g ratuito, proporciona um ótimo retorno quando fornecida com uma boa gestão”, explica Claudio Santos Ferreira, diretor de negócios da Inovação Computação Móvel

Atualmente, 90% de seus clientes são do setor público (SA AEs, depar tamentos de água, prefeituras, etc ) O por tfólio é diversificado, com soluções que cobrem toda a rotina da empresa Um dos carros-chefes é o sistema de gestão comercial, produto moldado de acordo com a necessidade do contratante de forma a processar, averiguar e compar tilhar informações de maneira ág il e organizada. Por ser uma tecnolo-

g ia modular, suas ferramentas podem ser integ radas, resultando em dados únicos que podem ser manejados por todos os depar tamentos Hoje, a plataforma dispõe de 11 módulos, tais como requerimentos, almoxarifado, atendimento ao cliente, cadastro técnico de redes e dívida ativa Outra tecnolog ia comercializada pela Inovação Computação Móvel é o R EADE R, ferramenta para a automação de coleta de leituras com impressão simultânea de faturas e gerenciamento Com ele, é possível receber os dados para leitura, cálculo e emissão das faturas diretamente do sistema gestor, bem como retornar informações de forma direta e automática após concluídas as operações

“Um celular com Android roda todas as aplicações, demandando ape-

11 Hydro • Março/Abril 2023
Algumas das soluções comercializadas pela Inovação Computação Móvel

Notícias

nas uma impressora por tátil para imprimir as contas Caso o cliente precise de um equipamento para utilizar uma de nossas tecnolog ias, oferecemos impressoras, bobinas e chips de dados em reg imes de venda e locação, com manutenções feitas na própria Inovação Computação Móvel Temos parceria com os principais fabricantes desses produtos”, afirma Ferreira

Já para o controle de atividades externas, a empresa oferece o Iservice CCO – Centro de Controle de Operações A tecnolog ia unifica os dados coletados via agentes de campo e por solicitações aber tas pelos clientes da concessionária, transformando-os em informações gerenciais Um de seus diferenciais é ampliar a área de cobertura de monitoramento, sem demandar um aumento no número de pessoas envolvidas no processo Ainda na par te de operações de campo, o R EC AD é uma solução para automação de recadastramento imobiliário que permite atualização cadastral e enriquecimento de informações para diversos setores. Os dados produzidos são transferidos em tempo real diretamente para o sistema comercial, deixando o banco de dados mais confiável Por fim, o IÁG UAS permite ao consumidor acessar os principais serviços disponibilizados pela autarquia via dispositivos móveis, como histórico de faturas, emissão de boletos e requisições de declarações de cer tidão negativa de débitos

Além de tecnolog ias, a Inova Computação Móvel fornece serviços de terceirização de leituras O pacote é composto por um backoffice focado em ações de controle de qualidade junto aos consumidores e na gestão de agentes de campo através de tecnolog ias de rastreamento, monitoramento e IAInteligência Ar tificial, bem como na ge-

ração de informações efetivas e constantes para os gestores do contrato

“Nossos sistemas estão em constante aprimoramento Um exemplo é a possibilidade de acessá-los na versão web. Hoje somos uma referência para as empresas brasileiras de saneamento, credibilidade que queremos ter também no mercado internacional em países como México, Por tugal e Chile É uma de nossas principais metas para 2023, ano em que iniciamos a transição da marca Inovação Computação Móvel para Inovamobil", projeta o diretor

Inovação – Tel (37) 3214-076 9 Site: www inovamobil com br

Walsywa: dispositivos de fixação para o setor de saneamento

AWalsywa, companhia com sede em Jundiaí, SP, atua no fornecimento de fixadores para o setor de saneamento Fundada em 1964 por um professor do Senai para atender à carência de ferramentas a pólvora que fossem nacionais, seu nome é resultado da fusão das iniciais de seus três sócios: Walter, Sylvano e Waldemar

“Em seus 58 anos, a empresa sempre esteve na vanguarda, lançando novas linhas de produtos e inovando constantemente em suas tecnolog ias patenteadas”, recorda Jorge Camilo Trabulsi, diretor comercial e de marketing da Walsywa

Para garantir a qualidade de seus produtos, a empresa possui um laboratório voltado exclusivamente para a testagem dos dispositivos. Todas as soluções são impor tadas, com o projeto técnico sendo feito pela Walsywa e posteriormente desenvolvido por ter-

ceiros “Temos à disposição uma área total de 30 mil m2 distribuída em diferentes localidades, sendo que mais da metade se encontra em nossa sede”, afirma Trabulsi.

Ao todo, o por tfólio conta com nove linhas: fixação a pólvora, gás, química, mecânica e solar; construção a seco; ASTM; telas e arames e Winox Não obstante, a Walsywa também fornece peças e equipamentos de fabricantes parceiros, casos das buchas Fischer e ferramentas Bosch.

A empresa atende mercados como construção civil, energ ia solar e indústria Em 2021, passou a comercializar porcas, parafusos, barras, arruelas, chumbadores químicos e mecânicos e rebites em aço inox para o setor de saneamento

Segundo o diretor, a categoria representa aproximadamente 8% do negócio da fabricante “Os chumbadores químicos possuem cer tificações internacionais ETA – European Technical Assessment e N SF – National Sanitation Foundation, o que os torna ideais para aplicação em ambientes com água potável. Temos ciência de

12 Hydro • Março/Abril 2023
Chumbadores químicos fabricados pela Walsywa

Notícias

que nem todos os chumbadores são indicados para tal finalidade, por isso oferecemos supor te técnico e serviços de homologação em nosso laboratório”, ressalta.

Os chumbadores são instrumentos capazes de fixar objetos em super fície e sua principal função é transmitir os esforços da peça fixada ao elemento que se deseja fixar No caso dos químicos, eles funcionam pela mistura de dois componentes que endurecem e agem por aderência entre um prisioneiro metálico e o concreto Por ag ir como uma cola, a fixação não causa tensões, permitindo reduzir as distâncias entre chumbadores e a borda Os químicos podem ser utilizados em bombas e equipamentos em geral, compor tas, fundos de filtro e aeradores Já os mecânicos são aplicados em g rades de proteção, calhas e guarda-corpos

Com 150 colaboradores e mais de 40 representantes espalhados pelo Brasil, a Walsywa também possui unidades em Camanducaia, MG, e Balneário Piçarras, SC A filial catarinense, por sinal, serve de base para o atendimento a outros países do continente

americano, para os quais a empresa está expandindo seus negócios através de representantes

Para 2023, a meta é reforçar ainda mais a posição no mercado de fixação com o intuito de ampliar o profissionalismo no setor “Acreditamos que nosso maior concorrente não são os outros fabricantes, mas sim peças inadequadas ou mal executadas Infelizmente, tais produtos ainda são comuns de serem encontrados no mercado. Temos um papel impor tante em tentar mudar essa realidade, oferecendo dispositivos e serviços de alta qualidade que garantam segurança e bom desempenho de fixação”, projeta Trabulsi

Walsywa – Tel (19) 3948-5230

Site: https://walsywa com br/

Tanks BR planeja expandir o setor de ETEs até 2025

Conhecida no mercado pelos reservatórios de aço parafusado com revestimentos epóxi termofundi-

dos ou vitrificados, a Tanks B R, com sede em Rio Claro, SP, em passou a comercializar ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto

A iniciativa teve início em outubro de 2020. Na época, a empresa foi procurada por algumas concessionárias públicas que necessitavam de reservatórios para ETEs O questionamento fez com que a Tanks B R estudasse a viabilidade de atender o mercado com estações completas Desde então, a companhia atuou em quatro projetos, sendo três da Sanepar no Paraná (ETE Tapera em Bocaiúva do Sul e ETE Congonhas em Ponta Grossa, com 15 L/s cada; e ETE Melissa em Cascavel, de 100 L/s) e uma para a Sabesp em Guarulhos (ETE Cabuçu, com 38 L/s) A companhia também par ticipou da ampliação da ETE Água Verde da Samae em Jaraguá do Sul, SC, para 85 L/s, porém apenas com o fornecimento do reservatório

“As ETEs podem ser fornecidas com tratamentos por lodos ativados, M B B R ou I FAS Geralmente, quando o usuário tem uma área maior disponível, o modelo por lodos ativados aca-

14 Hydro • Março/Abril 2023

ba sendo uma opção melhor Já em espaços reduzidos como g randes capitais, o M B B R e o I FAS são alternativas mais viáveis por demandarem áreas menores ” , explica Renato Patucci, CEO da Tanks B R

Para atender o mercado de forma mais asser tiva, a empresa optou por ofer tar as ETEs na modalidade turnkey. Nela, a Tanks B R fica responsável por toda a concepção da estação, desde a instalação dos componentes até o processo de tratamento Além disso, o formato demanda apenas uma licitação e leva de um a dois anos para ficar pronto “No modelo convencional, além de mais fornecedores par ticiparem do projeto, a implantação pode levar de quatro a seis anos em vir tude do número de licitações e players envolvidos”, aler ta o CEO

Presente no mercado brasileiro de reservatórios desde 2009, a Tanks B R já armazenou mais de 800 mil m3 de água em mais de 300 tanques A expectativa da companhia é que o setor de ETEs tenha números similares Segundo Patucci, a ver tical deverá representar 30% do negócio até 2025

Tanks B R – Tel (19) 3523-2321

Site: www.tanksbr.com.br

Nota

Norma - A AB NT - Associação Brasileira de Normas Técnicas lançou a norma N B R 17080:2023 - Plano de Segurança da Água - Princípios e Diretrizes para Elaboração e Implementação. A norma é aplicável a sistemas de abastecimento para consumo humano e sistema alternativos operados por prestadores de serviços de água públicos e privados

15 Hydro • Março/Abril 2023
ETE Tapera fornecida pela Tanks B R

bombas

O levantamento traz os fornecedores de mais de 20 tipos de b ombas, como as centrífugas, submersas, lóbulos, pneumáticas, diafragma, pistão e dosadoras para aplicações de água, esgoto e processo. A ofer ta é detalhada ainda com informações quanto aos materiais (aço, bronze, ferro e plástico), formas de instalação, rotor e sucção (afogada ou autoescorvante)

n e u m á t i c a I n c ê n d i o L ó b u l o D i a f r a g m a P i s t ã o P e r i s t á l t i c a E n g r e n a g e m S u b m e r s a d e p o ç o A n f í b i a ( 1 ) P a r a á r e a s c l a s s i f i c a d a s C o m a c o p l a m e n t o m a g n é t i c o B o m b a d e v á c u o d e a n e l l í q u i d o B o m b a s a n i t á r i a B o m b a d e p o l p a P a r a b a n h e i r a e p i s c i n a B o m b a p e r i f é r i c a A b e r t o S e m i a b e r t o F e c h a d o Á g u a E s g o t o / e f l u e n t e s P r o c e s s o H o r i z o n t a l V e r t i c a l D i r e t a A f o g a d a A u t o e s c o r v a n t e

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Empresa / telefone / e-mail Materiais A p l i c a ç õ e s Tipos de bombas I n s t a l a ç ã o Rotor S u c ç ã o P l á s t i c o A ç o i n o x A ç o c a r b o n o F e r r o f u n d i d o B r o n z e C e n t r í f u g a S u b m e r s a D e s l o c a m e n t o p o s i t i v o E m l i n h a D o s a d o r a P
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(1) Para uso dentro e fora da á gua

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 234 empresas pesquisadas Fonte: Revista Hydro, março e abril de 2023

Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta Acesse www arandanet com br/revista/hydro e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

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Hydro • Março/Abril 2023
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Para promover a universalização dos serviços de saneamento, são necessário investimentos totais de R$ 8 93,3 bilhões de 2022 até 2033. Com recursos e o avanço das obras nos municípios, o PI B do Brasil poderá ser 2,7% superior. O efeito multiplicador traria como resultado, ao longo dos próximos 12 anos, um ganho no PI B de R$ 1,4 trilhão e 1,5 milhão de postos de trabalhos adicionais.

do saneamento: anço de três a nova regulação or

Dados do último SN I S - Sistema Nacional de Informação Sobre Saneamento, do Ministério do Desenvolvimento Reg ional, referentes ao ano de 2021 e divulgados no final de 2022, mostram que o total de investimento em água e esgoto no país ficou em R$ 17 bilhões, cerca de 25,7% superior em relação aos R$ 13,8 bilhões de 2020 Impor tante destacar que, trazendo os dados históricos a valor presente, corrig idos pelo I PC A, os investimentos de 2021 estão superiores a 2020, mas abaixo de 2019 (R$ 19,11 bilhões atualizados) A média nos últimos quatro anos, em torno de R$ 13 bilhões ao ano, está abaixo dos R$ 74 bilhões ao ano (total de R$ 893,3 bilhões de 2022 até 2033) necessários para promover a universalização dos serviços, segundo estimativas da ABCON SI N DCONAssociação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Água e Esgoto Os números atuais indicam que atualmente 84,2% da população é atendida com água potável e 55,8% com a coleta de esgoto, dos quais 51,2% é tratado.

Faltando pouco mais de dez anos para a entrega das metas de saneamento básico no Brasil, os investimentos estão aquém do necessário para garantir os objetivos listados no marco do setor (Lei 14.026), sancionado em julho de 2020. Sob esse cenário, paira ainda a incer teza de como ag irá o governo eleito em relação ao assunto Com as recentes manifestações das equipes de transição, as empresas temem mudanças que poderiam trazer insegurança jurídica e minar os investimentos crescentes dos últimos anos, em especial do capital privado “Não podemos retroceder nos avanços regulatórios e jurídicos anteriormente observados, resultado de amplos debates no Cong resso Nacional e agentes do setor, alicerces dos investimentos já efetuados e contratados e daqueles a serem, ainda, realizados Com a melhoria regulatória trazida pelas novas reg ras, em que pesem, ainda, algumas lacunas a serem resolvidas, o novo modelo mostra que estamos no caminho cer to”, avalia Percy Soares Neto, diretor executivo da ABCON SI N DCON.

Hydro • Março/Abril 2023 20 Especial

Especial

De acordo com o jornal O Estado de S Paulo, a Casa Civil e o Ministério das Cidades abriram uma mesa de negociação entre as empresas privadas e estaduais para tentar chegar a um acordo sobre possíveis alterações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará em breve o decreto que vai regulamentar o novo marco legal do saneamento, em substituição à editada no governo Bolsonaro. Entre as questões a serem debatidas, as companhias ainda não chegaram a um consenso sobre o que será feito com cerca de 560 operações irregulares de estatais, nas quais ou não existe contrato para o serviço de saneamento ou esse instrumento está vencido.

Um outro motivo de queixa das operadoras privadas foi a transferência da ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima

A agência também deixou de ter saneamento no nome Ao mesmo tempo, o papel de regulação foi atribuído para uma secretaria vinculada à pasta de Cidades Mas o governo informou que houve uma confusão nas normas e prometeu recuar

Há, porém, alguns temas já em consenso, como a derrubada do limite de 25% para estatais de saneamento fecharem P P P - parcerias público-privadas, que poderá estimular a captação de investimentos privados

“Com a indefinição em relação ao marco do saneamento, as maiores empresas têm se perguntado de onde virão os investimentos para as obras agora Não existe uma reg ra para o setor, como existe para a Saúde e a Educação, por exemplo”, diz Pedro Taves, presidente da Asfamas - Associação Brasileira dos Fabrican-

tes de Materiais para Saneamento, entidade que reúne empresas que representam cerca de 80% do P I B do mercado brasileiro de saneamento, e diretor Comercial e Marketing da Saint Gobain Canalização, fabricante de soluções em ferro fundido, utilizado em g randes obras de infraestrutura, e fornecedora de materiais para saneamento, com fundições em Barra Mansa, R J, e Itaúna, MG Segundo ele, o setor aguarda com apreensão a definição do novo governo sobre os rumos, uma vez que a mudança poderá desestimular a atuação das empresas privadas dentro de um contexto em que o poder público tem pouca capacidade de investimento

Apesar do compasso de espera, as empresas estão otimistas. “Se os investimentos subirem para algo em torno de R$ 20 bilhões ou R$ 30 bilhões, já haverá um bom impacto nos empregos, no P I B e claro, na vida das pessoas ” , diz Taves A volta do PAC, promessa de campanha do governo, ainda que o setor não tenha sido ouvido, pode também injetar recursos para obras de água e esgoto

“O somatório dos investimentos privados e públicos possibilitará um futuro promissor no saneamento”, afirma o executivo

O Instituto Trata Brasil evidencia que os investimentos feitos no saneamento podem ir muito além de melhorar a qualidade de vida da população, com ganhos econômicos e sociais mais efetivos nos setores da saúde, educação, produtividade do trabalho, turismo e valorização imobiliária. Em vinte anos (2016 a 2036), considerando o avanço g radativo do saneamento, o valor presente da economia com saúde, seja pelos afastamentos do trabalho, seja pelas despesas com internação no SU S, deve alcançar R$ 5,9 bilhões no país

Investimentos privados

Sob o novo marco legal, em dois anos foram realizados 22 leilões de concessões no setor, beneficiando cerca de 24 milhões de pessoas em 244 municípios das reg iões Nor te, Nordeste, Centro- Oeste e Sudeste, com investimentos estimados em

22 Hydro • Março/Abril 2023
Pedro Taves, presidente da Asfamas: empresas estão em compasso de espera Fig 1 - Decomposição dos R$ 893,3 bilhões de investimentos necessários para a universalização de água e esgoto no Brasil, no período de 2022 a 2033, de acordo com estudo da ABCON SI N DCON e KP MG R$ 606,6 bilhões R$ 178,2 bilhões R$ 74,6 bilhões R$ 7,4 bilhões R$ 26,5 bilhões

Especial

R$ 82,6 bilhões Destaques para as concessões e P P Ps realizadas no setor nos Estados do Rio Grande do Sul (Corsan), Amapá, Rio de Janeiro (Cedae), Alagoas (Reg ião Metropolitana de Maceió, Ag reste do Ser tão, Zona da Mata), Ceará (Reg ião Metropolitana de For taleza e Cariri), Espírito Santo (Cariacica e Viana) e Mato Grosso do Sul (esgotamento sanitário).

“Em 2021, mesmo ainda em processo de recuperação da pandemia, os investimentos no setor cresceram 27% e os investimentos privados cresceram 41% em relação ao ano anterior”, assinala Percy Soares, da ABCON SI N DCON, lembrando que a par ticipação do setor privado no atendimento à população passou de 14% em 2019 para cerca de 23% em 2022

Se ocorrer como planejado, com a universalização dos serviços de saneamento, em 2033, o P I B do Brasil poderá ser 2,7% superior O efeito multiplicador traria como resultado, ao longo dos próximos 12 anos, um ganho no P I B de R$ 1,4 trilhão e 1,5 milhão de postos de trabalhos adicionais, de acordo com o estudo “Impactos econômicos da universalização do saneamento básico no Brasil” da ABCON SI N DCON. Do volume total de investimentos, a maior par te está na construção civil, com R$ 606,6 bilhões, seguida pelo setor de tubos (R$ 178,2 bilhões); máquinas e equipamentos mecânicos (R$ 74,6 bilhões); máquinas e equipamentos elétricos (R$ 7,4 bilhões); e serviços (R$ 26,5 bilhões) Ou seja, para cada R$ 1 investido em saneamento para extensão de redes, aproximadamente R$ 0,76 movimentarão a construção civil e R$ 0,06 o setor de máquinas e equipamentos. As demandas de-

vem alcançar outros setores, como os de brita, pedras e aço, sem mencionar os ganhos com a saúde e o meio ambiente O próprio setor de saneamento deverá ter uma produção 39,2% maior (ganho de R$ 317,5 bilhões no período 2022-2033).

Um outro indicativo do avanço das par ticipação privada está no número de novas P P Ps - Parcerias Público-Privadas, que cresceu 11,4% em 2022 em relação ao ano anterior Dos 803 novos projetos, a maioria é do setor de saneamento: 122 de água e esgoto e 116 de resíduos sólidos, segundo levantamento da consultoria Radar P P P As novas P P Ps de água e esgoto são mais do que o triplo das iniciativas reg istradas em 2020, quando foi sancionado o marco legal

Saúde e ESG

O marco do saneamento alinha o Brasil à ON U - Organização das Nações Unidas, que lançou em 2015 os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) Esta é uma agenda de sustentabilidade adotada pelos países-membros da ON U para ser cumprida até 2030 O objetivo de número 6 é “Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos” Nesse objetivo, estão definidas como metas a distribuição de água de forma igualitária para a população mundial, a melhoria da qualidade da água e a garantia de saneamento

Segundo dados disponíveis pelo Datasus, houve quase 130 mil hospitalizações no Brasil em 2021 em

realizados desde a aprovação do novo marco

24 Hydro • Março/Abril 2023
Índice de atendimento total
água (%) Índice de atendimento total de esgoto (%) Índice de esgoto tratado referido à água consumida (%) Índice de perdas na distribuição (%) SNIS 2020 SNIS 2021 SNIS 2020 SNIS 2021 SNIS 2020 SNIS 2021 SNIS 2020 SNIS 2021 84,1 84,2 55 55,8 50,8 51,2 40,1 40,3
Quantidade Leilão Data Investimentos (R$ bilhões) População (milhões) Municípios Outorga e Oferta (R$ bilhões) 1 Ala goas (Bloco A) 30/09/2020 2,6 1,5 13 2 2 Cariacica e Viana/ES 20/10/2020 1,3 0,4 13 Ma to Grosso do Sul 23/10/2020 3,8 1,7 684 Ipameri/GO 04/12/2020 0,095 0,027 15 Rio de Janeiro (Blocos 1, 2 e 4) 30/04/2021 27 11 29 22,7 6 Buriti Alegre/GO 09/06/2021 0,026 0,010 17 Ama pá 02/09/2021 3 0,7 16 0,9 8 Xique-xique/BA 06/12/2021 0,7 0,046 19 Ala goas (Blocos B e C) 13/12/2021 2,9 1,3 61 1,6 10 Rio de Janeiro (Bloco 3) 29/12/2021 4,7 2,7 20 2,2 11 Dois Irmãos do Tocantins/TO 03/12/2021 0,098 0,007 112 Orlândia/SP 07/02/2022 0,093 0,044 1 0,052 13 São Simão/GO 11/02/2022 0,049 0,021 114 Cra to/CE 11/02/2022 0,248 0,132 115 Potim/SP 24/03/2022 0,046 0,025 116 Rosário Oeste/MT 30/03/2022 0,041 0,017 117 São Domingos do Ara guaia/TO 14/06/2022 0,029 0,026 118 Pau D’Arco/PA 19/07/2022 0,023 0,005 119 Ana pu/PA 29/07/2022 0,112 0,003 120 Ceará (Blocos 1 e 2) 27/09/2022 6,217 4,238 2321 Bom Jesus das Selvas/MA 27/09/2022 0,024 0,034 122* Corsan 20/12/2022 1,86 6 317 4,2 Total 55 30 561 33,6 Fonte: Elaboração ABCON SINDCON com base nos dados do Radar PPP, BNDES e FEP * Leilão realizado, mas ainda não teve o contra to assinado Atualizado em 2 de janeiro de 2023
Tab I
– Índices de atendimento de água e esgoto no Brasil segundo o SNIS
de
Tab. II - Leilões

decorrência de doenças de veiculação hídrica A incidência foi de 6,04 casos por 10 mil habitantes, o que gerou gastos à União de cerca de R$ 55 milhões Uma pessoa que mora em um local com saneamento básico passa, em média, nove anos na escola. Por outro lado, o aluno que vive sem o saneamento básico frequenta o período escolar, em média, por cinco anos

O Instituto Trata Brasil, em parceria com a KP MG, lançou o estudo inédito “ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil. O tema central do relatório tem como objetivo apresentar um panorama sobre como o setor de saneamento e os atores que compõem sua cadeia se relacionam com os aspectos ambientais, sociais e de governança em torno de suas

operações

Em um cenário nacional em que cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável, o material indica o impor tante papel do saneamento no impacto para as futuras gerações “O estudo aponta que o setor de saneamento será fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas, que influenciam na sazonalidade das chuvas, enchentes e secas, e consequentemente, impactam no acesso pleno à água potável Universalizar o saneamento será determinante para a preservação do meio ambiente, uma vez que, no país, são lançadas 5522 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento por dia em nossos rios e mares Esta é a chave para termos água na quantidade e qualidade necessária para as futuras gerações”, diz Luana Siewer t Pretto, Presidente Executiva do Instituto Trata Brasil

Como desafio para as lideranças e especialistas do setor, está a promoção de melhores práticas de gestão aos aspectos ESG, criando maior resiliência na cadeia de valor do saneamento, uma vez que os aspectos sociais e ambientais deverão estar cada vez mais presentes na gestão de todos os negócios ”Este estudo se propõe a ser o começo de uma conversa sobre como os líderes e especialistas de toda a sociedade devem entender o papel crítico que este setor tem e terá, e como podemos formar alianças para que recursos hídricos sejam gerenciados e proteg idos para o benefício de todos”, finaliza Nelmara Arbex, sócia-líder de ESG Advisory da KP MG no Brasil e na América do Sul

25 Hydro • Março/Abril 2023

Este ar tigo descreve em detalhes a obra de construção e expansão da rede coletora de esgoto sanitário na região do Córrego Tab oão, em São Paulo, executada pela Sabesp, utilizando M N D –método não destrutivo. A motivação do projeto foi o recolhimento de grande volume de efluentes lançado na galeria de águas pluviais, contribuindo para a contaminação dos corpos d’água

amento de rede oto em MND

ASabesp iniciou, no primeiro semestre de 2019, a obra de construção/expansão da rede coletora de esgoto sanitário na reg ião do Córrego Taboão, na Zona Leste de São Paulo, área de g rande movimentação, passagem de impor tantes linhas de ônibus e rota estudantil

A motivação da obra foi o recolhimento de efluentes lançados na galeria de águas pluviais, contribuindo para a contaminação dos corpos d’água, do solo, do ar, com prejuízos significativos à população do entorno

O método escolhido para a execução do projeto foi o M N D - Método não destrutivo - furo ríg ido ou direcional, também conhecido como H DD - Horizontal Directional Drilling Esse método é utilizado para assentamento de novas tubulações subterrâneas em áreas onde a escavação ou uma obra em VC A (vala a céu aber to) se apresenta inviável, como por exemplo, travessias abaixo de rodovias e centros urbanos com g rande circulação de veículos e de pessoas O M N D evita a interdição completa da faixa, instalação de sistemas de escoramento, contato direto

com material “contaminado”, troca de solo e resíduos ao longo da via, entre outros fatores

O projeto foi pensado no intuito de melhorar os níveis de IORC (índice de obstrução de rede coletora) e IOR D (índice de obstrução de ramais de esgoto), e também para ir ao encontro das medidas e metas governamentais de despoluição dos principais rios e atender as metas da Unidade de Negócio

Objetivo e justificativa

No Polo de Manutenção Mooca da Sabesp foi ating ido um elevado padrão de qualidade do serviço de coleta de esgoto sanitário como um todo, com índice de trabalho corretivo semelhante a países mais desenvolvidos Superar esses valores se estabele-

Hydro • Março/Abril 2023 26
Infraestrutura
Camila Grehnanin Arduini, gestora ambiental na Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo Fig 1 – Local de execução do projeto – indicação de pontos de rompimento do solo

ce como desafio principal com a obra no Córrego Taboão, sendo necessária uma metodolog ia de planejamento para alcançar os objetivos traçados.

Metodologia

Frente aos dados ficou clara a necessidade de um recolhimento adequado do efluente lançado na reg ião do Córrego Taboão. No entanto, para a implantação/execução do serviço algumas questões tiveram de ser definidas Dentre elas, optar pelo método de execução, ou seja, método destrutivo (VC A) ou método não destrutivo (M N D -H DD) Considerando a configuração do espaço (trânsito intenso, linhas de ônibus, g rande circulação de pessoas, proximidade de áreas comerciais) e tempo de execução de obra, o método selecionado foi o M N D Esta prática ainda é recente para obras de coleta de esgoto, o que exig iu que o corpo fiscalizador do projeto passasse por um curso técnico sobre o método em questão

A avaliação socioambiental da área foi par te complementar do projeto; com base nos dados quantitativos estabelecidos pela relação dos sistemas, foi possível qualificar as mudanças positivas que decorreram da obra, como aumento do percentual de esgoto coletado e tratado e redução da poluição dos

rios e córregos, trazendo maior qualidade de vida à população circundante Uma das dificuldades encontradas foi a averiguação das inter ferências, por isso, a sondagem se mostrou essencial, visto que uma inter ferência não cadastrada pode alterar a posição para execução do furo na instalação

Desenvolvimento

Cenário Córrego Tab oão

Localizado na periferia de São Paulo, com crescimento populacional ativo, o Córrego Taboão possui g rande circulação de pessoas e veículos Por ser uma reg ião baixa, está sujeita a alagamentos, que invadem as casas ao seu redor. No caso de enchentes, com a configuração atual de mistura entre água de chuva e esgoto, os moradores ficam expostos a essa solução contaminada, que aumenta a probabilidade de problemas de saúde

A separação dos dois sistemas (chuva e esgoto) é uma opor tunidade de avançar nos índices de coleta e tratamento de esgoto, na despoluição dos rios e beneficiar a população, além de viabilizar novas ligações à companhia de saneamento

A área do Córrego Taboão tem valores que chamam a atenção: são lançados 8,33 L/s de esgoto em galerias

de águas pluviais (GAP), sem a expansão da rede

Fase 1: Concepção

A análise técnica depende de uma avaliação prévia do ambiente, através de visita ao local e imagens vir tuais que possibilitem a averiguação do fluxo de veículos, trânsito de linhas de ônibus, pessoas, proximidade a centros comerciais, tipo de via, etc.

Fase

2: Implantação

Após a licitação, com o projeto em mãos, a equipe foi até o local e realizou as seguintes etapas para o início das obras: vistoria do canteiro, preparo do material de sinalização, topog rafia e sondagens.

Fase 3: Execução do projeto

Nesta etapa, foram feitas as devidas apresentações entre as par tes gestoras da obra (encarregada, fiscalização e empreiteira), conjuntamente com a visita técnica Também foram realizados os primeiros ajustes do projeto (pequenas alterações e adequações da documentação)

Posteriormente, foi feita a análise da documentação e estabelecido o horário de execução no Termo de Permissão para Ocupação de Via (TPOV) Por último, visita ao canteiro de obra

27 Hydro • Março/Abril 2023
Fig 2 – Escavação inicial do shaft Fig 3 – Finalização do shaft Fig 4 – Tunnel liner

Infraestrutura

e estabelecimento das suas condições (organização e limpeza)

O projeto indicou a inserção de 366 m de tubo de 300 mm em P EAD, cruzando ruas, praças e calçadas; a execução de 8 poços de visita (PVs), dois túneis (16 e 7 metros) e uma rede auxiliar para coletar as novas ligações de 120 x 1,20 m em VC A

Etapas da obra

A obra de construção/expansão da rede coletora de esgoto sanitário na reg ião do Córrego Taboão seguiu as etapas:

1) Topog rafia: demarcação de cotas e inter ferências

2) Escavação manual dos shafts/ dutos (2, 3 e 5) e do tunnel liner; e ligação da rede nova ao PV de lançamento do coletor tronco

3) Furo direcional (passagem de todos os trechos)

4) Confecção dos (PVs 2 e 3) e emboque do tubo no tunnel liner; ocupação do vazio com sacas de solo/cimento

5) Escavação dos PVs 6 e 7

6) Escavação dos PVs 8 e 0

7) Escavação do segundo tunnel liner.

8) Início da execução da rede auxiliar em VC A (calçada)

9) Confecção do PV 9, 5 e 6

10) Confecção do PV 7

11) Assentamento do tubo no segundo túnel e preenchimento com saco de solo/cimento

12) Confecção do PV 8

13) Execução de rede auxiliar PVC, vala aber ta para recolher novas ligações e direcioná-las ao coletor

14) Execução de ligações já viabilizadas e pontos prontos para receber as demais

15) Reposição de capa asfáltica e execução de passeio danificado.

28 Hydro • Março/Abril 2023
Fig 5 – Per furatriz direcional Fig 6 – Alargador Fig 7 – Soldagem de tubos

Resultados

A obra foi finalizada em novembro de 2019 Foram retirados 8,33 L/s de efluente que eram lançados no córrego e efetuadas mais de 14 novas ligações, beneficiando os moradores do entorno

O lançamento de efluentes em local inadequado resulta na proliferação

de pragas urbanas, emissão de mau cheiro e contato com patógenos Com a obra de esgotamento sanitário executada na reg ião do Córrego Taboão, tem-se a readequação do efluente para dentro da rede e o direcionamento ao tratamento

Referências

[1] Palazzo, S A Curso M N D (método não-destrutivo) como solução em projetos de redes subterrâneas Apostila do curso presencial, junho 2019

Trabalho originalmente apresentado no 31º Encontro Técnico AESabesp/FenasanCongresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 15 a 17 de setembro de 2020, de forma online

29 Hydro • Março/Abril 2023
Fig 9 – Confecção dos PVs Fig 10 – Ligações de esgoto Fig 8 – Puxada do tubo

e sistemas e s para filtração

Os diversos tipos de filtros de água, como industriais, de ponto de entrada, de ponto de uso e membranas, incluindo pré-tratamento e pós-filtração (desinfecção), são o tema do guia a seguir, que detalha os seus respectivos materiais e aplicações e indica onde encontrar os fornecedores (telefone e WhatsApp).

C a r v ã o g r a n u l a d o

C a r b o n b l o c k

E l e t r o d e i o n i z a ç ã o O s m o s e r e v e r s a M i c r o , u l t r a e n a n o f i l t r a ç ã o P ó sf i l t r a ç ã o A u t o m a ç ã o L o d o b a g d e c a r t u c h o d e d i s c o a g r a v i d a d e d e g r a d e c e n t r í f u g o m u l t i m í d i a A r e i a A n t r a c i t o Q u a t z o P e d r ap o m e s L e n t i c u l a r R e s i n a f e n ó l i c a / C e l u l o s e Z e ó l i t o s C a r v ã o a t i v a d o F e r r o z e r o v a l e n t e

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Serviço Hydro • Março/Abril 2023 30
Empresa / telefone / e-mail F i l t r o s i n d u s t r i a i s F i l t r o s d e p o n t o d e e n t r a d a F i l t r o s d e p o n t o d e u s o P e n e i r a / G r a d e Filtro Ma teriais e processo Elementos filtrantes R e s i n a d e t r o c a i ô n i c a A b r a n d a d o r C o l u n a d e t r o c a i ô n i c a E l e t r o d i á l i s e r e v e r
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Hydro • Março/Abril 2023
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3 G B i g

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 272 empresas pesquisadas Fonte: Revista Hydro, março e abril de 2023 Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta Acesse www arandanet com br/revista/hydro e confira Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias

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Reúso

o do consumo a em tor re de mento

Uma central termelétrica de grande por te foi selecionada para um estudo com BAC - cloramina ativada por brometo como substituto do hipoclorito de sódio no tratamento da água de reposição da torre de resfriamento, que utilizava efluente clarificado e apresentava desafios no controle de desempenho.

Com o uso da nova tecnologia, observou-se sensível melhora no controle microbiológico e de taxas de corrosão, além de economia com produtos químicos.

Cloraminas têm sido usadas como oxidante moderado há vários anos Existem muitas aplicações conhecidas para substituição completa de oxidantes for tes tradicionais, como cloro gasoso e hipoclorito de sódio. Uma g rande vantagem das cloraminas é que são mais seletivas em comparação com os oxidantes for tes Essa característica a torna ótima escolha para sistemas de água de resfriamento industrial, nos quais há alta demanda de oxidante.

A cloramina ativada por brometo (BAC), biocida deste estudo de caso, é produzida pela reação em condições controladas entre hipoclorito de sódio e brometo de amônio, ambos diluídos em água A BAC é um oxidante moderado eficaz no controle de uma ampla gama de microrganismos produtores de biofilme em sistemas de água de resfriamento A reação é controlada por um equipamento específico projetado para gerar e dosar a quantidade necessária de BAC no sistema Esse oxidante moderado não apresenta alguns dos efeitos adversos frequente-

mente experimentados pela maioria dos oxidantes disponíveis comercialmente Por exemplo, a BAC controla o crescimento microbiológ ico em um OR P - Potencial de Redução de Oxidação do sistema geral mais baixo, resultando em melhor controle da corrosão

Métodos

A BAC é produzida a par tir da combinação estequiométrica de brometo de amônio e hipoclorito de sódio, descrita pela equação [8]:

N H4 Br + NaOCl o [N H2 Cl] Br - + Na+ + H2 O

O produto da reação (BAC) é um oxidante moderado que tem a propriedade de ser um biocida seletivo A reação ocorre localmente, utilizando o equipamento de geração BAC

Hydro • Março/Abril 2023 34
Anderson José Beber, Gerente de Aplicações da Solenis Especialidades Químicas Fig 1 – Produção in loco e dosagem de BAC à torre de resfriamento Água de diluição Água de diluição Brometo de amônio Hipoclorito de sódio Controle de pH Cloramina ativada por brometo (BAC) Torre de resfriamento

especialmente projetado A figura 1 descreve a reação no local e consequente dosagem à bacia da torre de resfriamento

Após a produção, a BAC é imediatamente dosada diretamente na bacia da torre de resfriamento. Essas dosagens em choque podem variar de 2 a 5 ppm de BAC medida como cloro total A quantidade de BAC necessária depende da limpeza; sistemas sujos podem exig ir dosagens mais altas

Faixa de controle de O R P

Na maioria dos prog ramas de controle microbiológ ico que usam biocida oxidante, ating ir um cer to potencial mínimo de oxidação-redução, também conhecido como OR P, é essencial para fornecer um bom controle

microbiológ ico Oxidantes for tes geralmente são controlados para gerar uma faixa de OR P entre 400 e 600 mV, dependendo do prog rama químico Quanto maior o nível de OR P, mais eficaz é o biocida A corrosividade de um sistema de água de resfriamento é função de variáveis diversas: temperatura, pH, OR P, sólidos dissolvidos (especialmente íons cloreto e sulfato) e depósitos (isto é, corrosão sob depósito) [2] No entanto, altos valores de OR P podem resultar em ta xas de corrosão mais altas

A BAC, sendo oxidante moderado, opera em nível máximo de 375 mV de OR P A faixa usual de controle é de 200 a 300 mV A efetividade e benefícios dessa faixa mais reduzida serão detalhados a seguir, na comparação com o histórico anterior de uso apenas do hipoclorito de sódio

Seletividade

BAC atua por reag ir com:

x ligação sulfidrílica (-S-H-) dos microrganismos; e

x ligação disulfeto (-S-S-) em proteínas dos microrganismos

A reação redox destrói e desativa os vários bioquímicos dentro da célula e interrompe a produção de energ ia Essa falta de energ ia para a célula do microrganismo leva à mor te ou liberação celular do biofilme para a água corrente Essas células previamente aprisionadas no biofilme reag irão com BAC na água que flui em massa Muito impor tante: BAC não é consumida por outros compostos orgânicos

Esta é considerada uma das g randes vantagens da tecnolog ia BAC, principalmente em um sistema com biofilme ou que tenha contaminação

35 Hydro • Março/Abril 2023

Reúso

periódica Além disso, é especialmente eficaz em sistemas de resfriamento onde a água de reposição pode ter uma alta demanda de oxidante; por exemplo, água cinza ou reciclada

Operação da torre de resfriamento em planta de energia

Uma g rande planta de geração de energ ia foi selecionada para um estudo de caso com BAC, como substituto do hipoclorito de sódio, devido a várias problemas decorrentes do alto uso de hipoclorito A tabela I apresenta os dados operacionais da torre de resfriamento da usina

A água de reposição da torre é fornecida pela companhia local de saneamento Refere-se à água de esgoto doméstico clarificado com altas

concentrações de muitos contaminantes, como descrito na tabela I I Outras variáveis impor tantes, como TOC (carbono orgânico total), COD (carbono orgânico dissolvido) e sólidos em suspensão, infelizmente não são controladas pelo sistema operacional da planta.

Devido à alta demanda de oxidante na água de reposição, o consumo de hipoclorito de sódio era significativo: média de 40 toneladas por mês Face a esse elevado consumo de hipoclorito de sódio, g randes quantidades de ácido sulfúrico também eram necessárias para manter um nível de pH adequado e garantir melhor desempenho do hipoclorito de sódio O consumo mensal de ácido sulfúrico era de cerca de 15 toneladas Porém, mesmo com

esse elevado consumo de hipoclorito de sódio, o cloro livre residual era

36 Hydro • Março/Abril 2023
Tab I – Dados operacionais da torre de resfriamento do estudo Parâmetro Unidade Valor Tab II – Perfil químico médio da água Parâmetro Unidade Água de reposição Água de resfriamento antes do uso de BAC

muito baixo. Além disso, o OR P típico estava em torno de 350 a 400 mV, o que é baixo para um bom controle microbiológ ico usando hipoclorito A razão para isso era limitar o máximo de 600 ppm de cloreto + sulfato na água de resfriamento A planta estabeleceu que esse é o limite máximo desejável para evitar SCC (Stress Corrosion Cracking)

Essa limitação de residual cloreto + sulfato acarretava pior controle microbiológ ico e consequente formação de biofilme no condensador de super fície, apesar das g randes quantidades de hipoclorito usadas Dosagens típicas de hipoclorito de sódio variavam de 6 a 20 ppm Por último, a limitação não permitia operação em mais de 4,5 ciclos de concentração

Os desafios apresentados eram:

x melhorar limpeza e reduzir biofilme do sistema, especialmente tubos de condensador de super fície;

x reduzir consumo de hipoclorito de sódio e ácido sulfúrico;

x reduzir purga e consequentemente consumo de água; e

x reduzir residuais de cloreto e sulfato na água recirculante Também na tabela I I é possível observar os resultados médios da água recirculante no histórico, aplicando apenas hipoclorito de sódio como biocida oxidante Percebe-se que mesmo com alto consumo de hipoclorito de sódio, o residual médio de cloro livre não era significativo

Dosagem proposta de BAC

Apresentou-se alternativa de completa substituição de hipoclorito de sódio por BAC e eliminação/redução de ácido sulfúrico para correção de pH Após início de dosagem de BAC, interrompeu-se por completo a dosagem de ácido sulfúrico

A BAC foi dosada na frequência de três vezes por dia com 3 ppm em cada choque

Resultados

Conforme descrito anteriormente, no início imediato do uso da BAC, a dosagem do ácido sulfúrico foi interrompida Frente a isto, observou-se redução significativa de residual de sulfato na água de recirculação, da ordem de 41%

Seguidamente à redução de sulfato, foi possível elevar os ciclos de concentração. A alteração permitiu elevar os

Hydro • Março/Abril 2023 37
Fig 2 – Redução de sulfato na água de resfriamento
S u l f a t o ( p p m S O 4 ) Residual de sulfato da torre de resfriamento (ppm) 500 400 300 200 100 0 Início de BAC 5/jan 19/jan 2/fev 16/fev 2/mar 16/mar 30/mar 13/abr 27/abr 11/mai 25/mai 8/jun 22/jun Média = 442 ppm SO4 Média = 257 ppm SO4 L / h Purga de torre de resfriamento 29/jan 8/fev 18/fev 28/fev 10/mar 20/mar 30/mar 9/abr 19/abr 29/abr 9/mai 19/mai 29/mai 8/jun 18/jun 28/jun 110 000 100 000 90 000 80 000 70 000 60 000 50 000 Início de BAC Média = 82,5 m³/h Média = 67,6 m³/h
Fig 3 – Redução de purga de torre de resfriamento

ciclos de concentração de 4,5 para 6,5 vezes em média, representando redução de 18% de água perdida através de purga

Como mencionado, em razão de sua natureza oxidante moderada, a aplicação de BAC resultou em ambiente menos corrosivo. Observaram-se médias de OR P bastante inferiores, como descrito na figura 4 Igualmente observou-se redução de ta xa de corrosão em aço inoxidável 316 da ordem de 50%

A inspeção visual do condensador de super fície antes (apenas hipoclorito) e após (com BAC) mostrou clara

evidência de melhoria de controle de formação de biofilme Anteriormente era comum encontrar biofilme, ainda que em pequena quantidade Após aplicação de BAC, isso não acontecia mais, como mostrado na figura 6

A tabela I I I resume os ganhos associados com a aplicação de BAC, incluindo a significativa redução de consumo de água

Conclusões

As principais observações e conclusões neste projeto de redução de consumo de água foram:

x Maior seletividade para ação contra microrganismos com nenhum consumo por demanda usual como amônia e orgânicos

x Eliminação de ácido sulfúrico, reduzindo em 41% residual de sulfato, com maior segurança frente a eventuais falhas de sulfato do efluente.

x Redução de consumo de hipoclorito em 90%

x Menor patamar de OR P e redução de 50% de corrosão em aço inoxidável

x Limpeza e vir tualmente nenhuma formação de biofilme, sem nenhuma necessidade de limpeza mecânica.

x Ciclos de concentração elevados de 4,5 para 6,5

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Fig 4 – Médias de OR P antes e durante o uso de BAC
O R P [ m V ] 01/01/201508/01/201515/01/201522/01/201529/01/201505/02/201512/02/201519/02/201526/02/201505/03/201512/03/201519/03/201526/03/201502/04/201509/04/201516/04/201523/04/201530/04/201507/05/201514/05/201521/05/201528/05/201504/06/201511/06/201518/06/201525/06/201502/07/201509/07/2015 700 600 500 400 300 200 100 ORP para NaOCI 450 – 600 mV ORP após BAC 200 – 350 mV T a x a d e c o r r o s ã o e m 3 1 6 S S ( m p y ) Novembro/14 0,12 0,1 0,08 0,06 0,04 0,02 0 Março/15 Abril/15 Maio/15 Taxa de corrosão Controle
Fig 5 – Redução de ta xa de corrosão em aço inoxidável 316
Reúso

x As economias chegaram a cerca de U S$ 400 mil ao ano.

Referências

[1] Baron, C Biosperse X D3899 Microbiocide: A Novel Microbial Control Agent For Cooling Towers, Cooling Technolog y Institute Journal 2012, TP12-24

[2] Baron, C e Hammond, S Improve System Performance and Reduce System Corrosivity Using

A Novel Biocide, Cooling Technolog y Institute Journal 2015, TP15-20

[3] Baron, C Optimization of Cooling Tower Treatment Programs Using a Novel, Mild Oxidant for Microbiological Control, Proc , International Water Conference 2012 (San Antonio, U SA) IWC12-02

[4] Baron, C Mild Oxidant Improves Cooling Water Treatment Performance Relative to Traditional Oxidizers, Cooling Technolog y Institute Journal 2012, TP12-24

[5] Beardwood, E Introduction to the Use of Monohaloamine in Cooling Waters; Field Validation Results 2014, Internal Repor t, Solenis LLC

[6] Beardwood, E Treatment and Performance Management for Cooling Waters, NACE Corrosion 201

[7] Frayne, C Cooling Water Treatment: Principles and Practice, 1999 McGraw-Hill, New York

[8] Kiuru, J Interactions of Chemical Variations and Biocide Performance at Paper Machines, 2011 Doctoral Disser tation, A alto University, A alto, Finland

[9] Peskin, A V and Winterbourn, C C Taurine chloramine is more selective than hypochlorous acid at targeting critical cysteines and inactivating creatine kinase and glyceraldehyde-3-phosphate dehydrogenase, Free Radical Biolog y and Medicine, 2006, Volume 40 Issue 1

[10] Dirckx, P and Davies, D Essential Biofilm Concepts & Phenomena, brochure from Center for Biofilm Engineering, 2003, Montana State University

39 Hydro • Março/Abril 2023
– Condensador
Após aplicação de
Após aplicação de BAC
Fig 6 de super fície antes e após aplicação de BAC
BAC
Antes
aplicação
Antes de aplicação de BAC
de
de BAC
Item Antes Após Economia Consumo de NaOCl (kg/mês) 40.000 4000 US$ 13.703/mês Consumo de H2SO4 (kg/mês) 15 000 0 US$ 4 263/mês Outros produtos químicos 1850 3150 US$ 4 959/mês Água de reposição (m3/mês) 353 400 324 850 US$ 11 523/mês Total US$ 34 448/mês US$ 413 376/ano ZZZ DOIDFRPS QHW DOIDFRPS#DOIDFRPS QHW 78'2 3$5$ $ 7(/(0(75,$ '2 6$1( $0(172 &21+( $ 126626 & $1$,6
Tab. III – Benefícios obser vados após aplicação de BAC

eabilização er vatórios

Para garantir o armazenamento de água com segurança e garantia de estanqueidade ao longo de vários anos de operação, os produtos para impermeabilização das estruturas tornam-se cada vez mais impor tantes nas obras de saneamento. O levantamento traz a ofer ta das empresas que atuam no setor, como membranas, revestimentos, mantas asfálticas e cimentos poliméricos, incluindo as soluções para reforço e recuperação de estruturas, argamassas, adesivos e telas.

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Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente

Efluentes

de resíduo de m esgoto sanitário emoção de fósforo

Resíduo de Estação de Tratamento de Água (R ETA) pode ser utilizado no tratamento de efluentes para a remoção de fósforo, emb ora esta mistura possa afetar ou ser afetada pelo pH e turbidez do esgoto sanitário. Este estudo simulou o processo de coagulação, floculação e sedimentação em teste de jarro misturando R ETA bruto, adensado e seco com esgoto sanitário para avaliar mudanças na remoção de fósforo, pH e turbidez.

Ofósforo (P) é um nutriente presente na natureza em base rochosa, cuja gênese envolve processos biogeoquímicos ao longo de milhões de anos O ser humano precisa do suprimento de fósforo em seu organismo, o qual é obtido através do consumo de plantas e animais

Esse nutriente, por sua vez, pode ser considerado um recurso finito, visto que na última década têm se destacado o debate e as incer tezas científicas acerca do tamanho e longevidade das reservas de rocha de fosfato remanescentes na natureza Há, inclusive, um consenso na literatura de que o início do esgotamento das reservas de fosfato globais está bem próximo (ainda neste século) Por este motivo, o fósforo já compõe a lista de matérias-primas críticas da União Europeia [6].

Esse cenário está ligado à intervenção humana no ciclo natural do fósforo, consumindo-o cada vez mais para diversos fins, sem que seja recuperado Do fósforo existente nos excrementos humanos, cerca de 1,3 milhão de toneladas métricas são

destinadas aos corpos hídricos O fósforo pode ser encontrado no esgoto sanitário tratado e não tratado Sua remoção do esgoto sanitário, por conseguinte, acaba se tornando uma alternativa favorável ao uso sustentável na sociedade, possibilitando posterior recuperação como nutriente na ag ropecuária ou em indústrias [4]

A remoção de fósforo do esgoto sanitário contribui para evitar o aumento da incidência do fenômeno da eutrofização antrópica de rios e lagos, relacionado ao aumento da carga de nutrientes, resultando em efeitos prejudiciais sobre a biodiversidade e o ecossistema aquático em lagos, reservatórios e reg iões costeiras

No Brasil existem leis e políticas para conter problemas ligados à eutrofização, embora apenas o Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul contem com parâmetros específicos da carga de fósforo para lançamento de efluentes [10] Em nível nacional, a Resolução Conama 357/2005 estabelece as concentrações máximas de fósforo em função da classe e condições hidrodinâmicas de cada rio.

Hydro • Março/Abril 2023 42
Antonio Carlos de O. Martins Júnior, Roberta Arlêu, Viviana Parada, José Carlos Barroso Júnior, Maria Cristina de Almeida Silva, Antonio Domingues Benetti, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas - U FRS

Do ponto de vista técnico, a precipitação química pode ser empregada para remoção de fósforo do esgoto sanitário O processo utiliza sais metálicos como floculantes auxiliares e pode ser aplicado em diversas etapas do tratamento (primário, secundário, terciário e reciclo do lodo) Outra vantagem é a facilidade de instalação e operação, possibilitando altas ta xas de remoção do mineral durante o tratamento.

O resíduo de estação de tratamento de água (R ETA), por sua vez, pode ser considerado como um coagulante químico empregado na precipitação química do fósforo em esgoto sanitário O R ETA é gerado no processo de tratamento de água de ciclo completo, o mais adotado no Brasil, sendo proveniente de decantadores ou flotadores e da lavagem dos filtros

Ressalta-se que existe uma problemática concernente à geração e disposição do R ETA: em 2008 foi constatado que 1415 municípios brasileiros destinavam o R ETA a rios e apenas 50 municípios o reaproveitavam [8] Para evitar impactos pela disposição in natura do R ETA (aumento da turbidez, matéria orgânica, metais), esse resíduo deve ser classificado conforme a AB NT N B R 10004 e destinado a um aterro sanitário, atendendo à leg islação [1] Para isso, ainda é necessário que o R ETA passe por um processo de tratamento, envolvendo o desaguamento e secagem Porém, pode se refletir em custos elevados, dependendo da quantidade e qualidade do resíduo

Dada a impor tância ambiental, social e econômica em remover o fósforo do esgoto sanitário, a adoção do R ETA como coagulante químico no processo de sua remoção representa o uso benéfico e a destinação adequada do resíduo Sendo assim, justifica-se o aprofundamento de estudos que avaliem esse tipo de prática.

Objetivo

Avaliar o efeito da adição de resíduo de estação de tratamento de água, adensado e seco, sobre a remoção de fósforo, considerando pH e turbidez do esgoto sanitário bruto

Metodologia

Foi utilizado resíduo do decantador do tipo superpulsator da ETA - Estação de Tratamento de Água São João O processo de tratamento da ETA é o de ciclo completo e o coagulante aplicado é o PAC (policloreto de alumínio) O esgoto sanitário foi coletado na ETE - Estação de Tratamento de Esgoto São João/Navegantes, que opera com processo de tratamento convencional com lodos ativados sem decantação primária e sem processo específico para remoção de fósforo Ambas as estações de tratamento estão situadas na cidade de Por to Aleg re, R S Foi realizado um ensaio experimental composto pelas etapas de amostragem; caracterização e preparo de amostras; teste de jarros; e análise do sobrenadante Para cada ensaio experimental foi coletada uma amostra de 20 L de R ETA na ETA São João e uma amostra de 24 L de esgoto sanitário bruto (EB), ou seja, que ainda não foi submetido ao tratamento biológ ico O ensaio foi realizado no Laboratório de Saneamento do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da U F R S - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Foi utilizado R ETA bruto coletado no decantador; R ETA adensado por g ravidade em cone Imhoff e/ou em becker pelo período de uma hora; e R ETA seco em estufa por uma hora Para o R ETA adensado também foi determinado o teor de sólidos totais (%) Foram realizados três testes de jarros misturando, separadamente, o R ETA bruto, adensado e seco com a

amostra de EB Para cada litro de esgoto coletado na ETE foram adicionados 100, 150 e 200 mL de R ETA bruto; 12, 15 e 20 mL de R ETA adensado; e 50, 60 e 80 mg de R ETA seco Um teste também foi realizado sem adição de R ETA (a mistura controle)

A mistura com cada dosagem de R ETA foi feita em duplicata Foram adotados tempos e velocidades de 2 min e 100 rpm e 20 min e 20 rpm para mistura rápida e lenta, respectivamente O tempo de sedimentação foi de 30 min O pH foi mantido equivalente ao do esgoto sanitário no momento de coleta na ETE No fim de cada teste de jarros foi coletada em cada becker uma alíquota de 100 mL para determinação imediata do pH; em seguida, foram determinados a concentração de fósforo total e a turbidez

Os dados obtidos foram analisados estatisticamente de forma descritiva, utilizando g ráficos de caixa, e indutiva, pela análise de variância. Os resultados foram apresentados como remoção de fósforo (P), para avaliar o efeito sobre a concentração de fósforo total do EB; variação do pH, considerando a subtração do pH final da mistura (R ETA com esgoto sanitário) do pH inicial do EB; e os valores de turbidez da mistura final (R ETA com EB) Foi analisada também a relação do volume de R ETA adicionado, ou a dosagem propriamente dita, com a remoção de fósforo total, turbidez e pH

Resultados e discussão

A caracterização física e química do R ETA e esgoto sanitário consta na tabela I

O teor de sólidos totais do R ETA (0,09%) extraído do decantador superpulsator é bastante baixo, mesmo quando o material é adensado por

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Efluentes

g ravidade (0,4%) Contudo, não se distinguiu da amostra composta das descargas de decantadores do tipo “convencional”, encontrado em [5] Os autores reg istraram valor para o R ETA semelhante ao encontrado neste estudo para os sólidos totais, embora o pH encontrado pelos mesmos autores tenha sido de 8,9

Para o esgoto sanitário bruto, o valor da concentração de fósforo total obtido foi próximo do valor apresentado em [9], que corresponde a 20 mg/L para “esgoto sanitário forte” A alta concentração de fósforo do EB do presente estudo pode estar relacionada à descarga de resíduos de fossas sépticas ao afluente da ETE São João/Navegantes, que aconteceu no dia da coleta da amostra. Isso constitui um fator que cer tamente influencia os resultados esperados, quando se dispõe de R ETA no esgoto sanitário com o intuito de remover fósforo

Na figura 1 podem ser vistos dois dos três ensaios experimentais realizados no teste de jarro (floculação), em que foram misturados ao EB o R ETA bruto (esquerda) e o R ETA adensado (direita) A imagem da mistura com o

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Fig 1 – Final do ensaio em teste de jarro misturando R ETA bruto e adensado ao esgoto sanitário bruto
Parâmetro Unidade RETA
Turbidez NTU 446 – 220 Condutividade μS/cm 101 – 611 Tempera tura ° C 22,4 – 22,7 Sólidos totais % 0,09 0,4 0,09 pH Unidade de pH 6,6 – 7 DDO - Demanda Química de Oxigênio mg O2 /L 254 – 530 Concentração de P total mg P/L 9 +/- 0,5 – 23 +/-2
Tab. I – Caracterização física e química do RETA e esgoto sanitário
bruto RETA adensado Esgoto sanitário
Dose de RETA / Parâmetro analisado pH Turbidez (NTU) Remoção de fósforo total (%) Mistura controle 0 6,8 44 ± 0,5 67 ± 8,5 Bruto (mL) 100 6,7 ± 0,1 38 ± 1 64 150 6,65 35,5 ± 1,5 67 ± 1 200 6,8 33 70 Adensado (mL) 12 6,9 ± 0,2 39 ± 1 63 15 6,9 ± 0,15 40 ± 1,5 63 ± 4 20 7 ± 0,05 38 ± 1 69 ± 3 Seco (mg) 50 7,1 ± 0,05 40,5 ± 0,5 73 60 7,1 ± 0,05 42,5 ± 0,5 64 ± 3 80 7,1 ± 0,05 42 ± 2,5 70 ± 4
Tab II – Valores médios absolutos do resultado da análise do sobrenadante da mistura de RETA com esgoto sanitário

R ETA bruto foi reg istrada antes do tempo de sedimentação terminar, ou seja, antes do final do teste, sendo possível observar alguns sólidos ainda em suspensão.

E a imagem da mistura com o R ETA adensado foi reg istrada no final do teste

A par tir dos resultados apresentados na tabela I I, é possível constatar que o maior valor de remoção de fósforo total foi de 73%, quando foi utilizado 50 mg de R ETA seco O menor valor corresponde a 63%, quando se utilizou 12 e 15 mL de R ETA adensado A mistura controle (sem adição de R ETA) apresentou remoção de fósforo total no sobrenadante equivalente a 67%, com uma variação de quase 10 mg P/L Em relação ao pH, o maior valor reg istrado na mistura final foi de 7,1 para todas as adições de R ETA seco

O menor valor foi de 6,65, quando se utilizou 150 mL de R ETA bruto. A mis-

tura controle apresentou pH médio de 6,8 Para a turbidez final, o maior valor foi de 44 NTU, na amostra controle O menor valor foi de 33 NTU, quando se adicionou 200 mL de R ETA bruto

Na figura 2 é apresentada uma análise descritiva da remoção de fósforo total, a par tir da adição de R ETA no EB As remoções obtidas ficaram entre 60% e 73% A adição de R ETA seco resultou em uma variação de

remoção de fósforo relativamente maior em relação à adição de R ETA bruto e adensado Dessa forma, não houve g rande eficiência de remoção de fósforo total no esgoto sanitário com a adição de R ETA do decantador superpulsator Além disso, não foi observada variação significativa na remoção de fósforo entre as diferentes formas de disposição de R ETA (bruto, adensado e seco) Esses resultados podem refletir que o R ETA foi consumido para remoção de matéria orgânica e turbidez do esgoto sanitário, ou até mesmo que a maior par te do alumínio presente no R ETA ainda esteja ligado às substâncias húmicas [7]

Em contrapar tida, foi notada variação no pH do esgoto sanitário bruto após a adição de R ETA seco (figura 3) O seu uso aumentou o pH da mistura (+0,12), ao contrário do que aconteceu para o R ETA bruto (-0,24). O R ETA

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Fig 2 – Remoção de fósforo total do esgoto sanitário bruto após adição de R ETA
Remoção de P (%) 75 73 71 69 67 65 63 61 59 Média controle RETA
Média controle Variação de pH: pH final – pH inicial 0,2 0,15 0,1 0,05 0 -0,05 -0,1 -0,15 -0,2 -0,25 -0 3 -0,35 RETA
Fig 3 – Variação de pH – pH final da mistura (esgoto sanitário com R ETA) menos o
pH inicial
do esgoto sanitário
bruto RETA adensado RETA seco
bruto RETA adensado RETA seco

Efluentes

ti-

va (-0,04) e inferior à alcançada pela adição de R ETA seco

A amostra controle apresentou variação de pH média negativa (-0,15), sendo diferente das médias de quando se adicionou qualquer forma de R ETA. É impor tante ressaltar que nenhum dos valores de variação de pH observados neste estudo alcançaram 0,5 unidade, ou seja, a variação do pH pode ser considerada pequena

Resultados similares aos encontrados para o pH foram observados para a turbidez da mistura final de esgoto sanitário com R ETA (figura 4) A turbidez após a adição de qualquer forma de R ETA (bruto, adensado e seco) variou entre 33 e 44 NTU, sendo sempre inferior à da mistura controle, indicando que o R ETA contribuiu para remoção de turbidez do esgoto sanitário O uso de R ETA seco apresentou maiores valores de turbidez final, enquanto pela adição de R ETA bruto foram observados os menores valores Com a adição de R ETA adensado, a turbidez final sofreu menor variação em relação às demais formas de disposição do R ETA, resultando em valores entre 38 e 40 NTU

Assim como indicado pela análise estatística descritiva, a par tir da análise de variância, também não foi notada diferença estatisticamente significativa na remoção de fósforo entre as diferentes formas de disposição de R ETA – bruto, adensado e seco

Contudo, as diferentes formas de adição de R ETA influenciaram significativa-

mente a variação de pH e a turbidez final do esgoto sanitário (pH: p < 0,05 F(2,15) = 21,85; turbidez: p < 0,05 F(2,15) = 16,38) Quando foi utilizado R ETA bruto, embora a remoção de P não tenha variado em função das diferentes dosagens aplicadas (100, 150 e 200 mL), o pH e a turbidez foram influenciados (pH: p < 0,05 F(3, 4) = 7,22; turbidez: p < 0,05 F(3, 4) = 39,5) Para a turbidez, inclusive, existe uma intensa relação inversamente proporcional com o volume de R ETA bruto adicionado ao EB (R=1) (figura 5).

Quando se utilizou o R ETA adensado, o mesmo se observa para a turbidez do sobrenadante do teste de

jarro, porém com uma tendência menos for te (R = 0,93) (figura 6).

Pela disposição de R ETA seco ao esgoto sanitário, o único parâmetro que apresentou efeito das diferentes massas de R ETA adicionadas foi o pH (p < 0,05 F(3,4) = 29,12), sendo que, ao contrário da turbidez nos casos anteriores, a relação observada foi direta (figura 7)

O pH neutro inicial do esgoto sanitário (tabela I I) pode ter influenciado a disponibilidade de alumínio do R ETA na mistura, desfavorecendo a captação de fosfato existente no esgoto sanitário, uma vez que a maior liberação de alumínio do R ETA costuma ocorrer em pH ácido e o processo de remoção de fósforo, por sua vez, é for temente condicionado pelo pH [11]

Outra explicação para a baixa eficiência de remoção de fósforo pela adição de R ETA pode estar relacionada à alta concentração de fósforo total detectada no esgoto sanitário coletado na ETE São João/Navegantes, o que é decorrente do despejo de resíduo de fossa séptica no afluente da estação Logo, para a elevada concentração de fósforo total no esgoto, o máximo volume ou massa de R ETA aplicado pode não ter sido suficiente para promover a remoção do fósforo, uma vez que a dosagem de R ETA está diretamente relacionada com a remoção de fósforo do esgoto sanitário [3].

46 Hydro • Março/Abril 2023
Fig 4 – Turbidez da mistura de esgoto sanitário com R ETA Fig 6 – Relação entre a turbidez da mistura de esgoto sanitário com R ETA adensado e o volume de R ETA aplicado
Turbidez (ntu) Média controle 44 42 40 38 36 34 32
Fig 5 – Relação entre a turbidez da mistura de esgoto sanitário com R ETA bruto e o volume de R ETA aplicado
T u r b i d e z ( n t u ) 46 44 42 40 38 36 34 32 30 0 50 100 150 200 y = -0,0533x + 43,63 R = 1 250 Volume de RETA bruto (ml) Sobrenadante: EB + RETA
Volume de RETA adensado (ml) T u r b i d e z ( n t u ) 44 43 42 41 40 39 38 37 0 5 10 15 y = -0,2649x + 43,402 R = 0,93 20 25
Sobrenadante: EB + RETA bruto
adensado

Sobrenadante: EB + RETA

y = 0,0039x + 6,8418 R = 0,97

nação de Aper feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

Referências

[1] AB NT - Associação Brasileira de Normas Técnicas N B R 10004: Resíduos sólidos - Classificação 2004

[2] AP HA - American Public Health Association (2005) Standard Methods for the examination of water and wastewater (21ª ed ) Washing ton: American Public Health Association

Considerações finais

A mistura de R ETA de alumínio de decantador do tipo superpulsator com esgoto sanitário resultou na maior remoção de fósforo total de 73%, pela adição de 50 mg de R ETA seco, o que é próximo do 67% obtido na mistura controle (sem adição de R ETA) Evidentemente, a adição de R ETA ao esgoto sanitário, independente da forma – bruto, adensado e seco –demonstrou mínima eficiência de remoção de fósforo total Esse resultado pode estar relacionado ao pH neutro inicial do esgoto sanitário, com o uso de R ETA para remoção de matéria orgânica e/ou turbidez e com a alta concentração de fósforo total existente no esgoto sanitário, decorrente do despejo de fossa séptica

No entanto, o R ETA úmido, principalmente disposto na forma bruta, auxiliou na redução de turbidez do esgoto sanitário

Quanto ao pH, este aumentou com maiores massas de R ETA seco, enquanto o R ETA bruto resultou nos menores valores de pH

Agradecimentos

Ao apoio do Núcleo de Estudos em Saneamento Ambiental (Nesa), do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(I P H/U F RGS); a cooperação do DMAE de Por to Aleg r; e ao financiamento da bolsa de estudo pela agência de Coorde-

[3] Chao, I R S ; Yabroudi, S C ; Morita, D M Remoción de fósforo de efluentes de lagunas de estabilización empleando lodo de estaciones de tratamiento de agua Interciencia, Caracas, vol 36 2011

[4] Cordell, D ; White, S Life’s B ottleneck: Sustaining the World’s Phosphorus for a Food Secure Future Annual Review of Environment and Resources, Palo Alto, vol 39, no 1, 2014

[5] Di Bernardo, L ; Dantas, A D B ; Voltan, P E N Métodos e Técnicas de Tratamento e Disposição dos Resíduos Gerados em Estações de Tratamento de Água São Carlos: LDiBe Editora, 2012

[6] European Commission Study on the review of the list of critical raw materials - Critrical raw materials factsheets 2017 Bruxelas

[7] Georgantas, D A ; Grigoropoulou, H P Phosphorus removal from synthetic and municipal wastewater using spent alum sludge Water Science and technology: a journal of the International Association on Water Pollution Research Londres, vol 52, no 10-11, 2005

[8] I BGE - Instituto Brasileiro de Geog rafia e Estatística Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - P N SB Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2008

[9] Jordão, E P ; Pessôa, C A Tratamento de esgotos domésticos 8a ed Rio de Janeiro Abes 2017

[10] Morais, N W S ; Dos Santos, A B Análise dos padrões de lançamento de efluentes em corpos hídricos e de reúso de águas residuárias de diversos estados do Brasil Revista DAE, [s l ], vol 67, no 215 2019

[11] Mor tula, Md M ; Gagnon, G A Phosphorus treatment of secondary municipal effluent using oven-dried alum residual Journal of environmental science and health Par t A, Toxic/ hazardous substances & environmental eng ineering, Londres, vol 42, no 11, 2007

Trabalho originalmente apresentado no 31 Encontro Técnico AESabesp/Fenasan - Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 15 a 17 de setembro de 2020, de forma online

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Massa de RETA seco (mg) p H 7,2 7,15 7,1 7,05 7 6,95 6,9 6,85 6,8 0 10 20 30 40
Fig 7 – Relação entre o pH final da mistura de esgoto sanitário com R ETA seco e a massa de R ETA aplicado
seco
50 60 70 80 90

Conexão

o concreto ura rápida

O micro concreto de cura rápida é uma solução para nivelamento ou trocas de tampões de poço de visita (PVs) em pavimento asfáltico Estudos de campo comprovaram a elevada resistência e a praticidade, permitindo a liberação do trânsito de pedestres e veículos em menos tempo que o concreto tradicional.

Gabriel da Silva Leite, Clodogildo Lacerda da Silva e Osmar Brandão dos Santos, da Sabesp

AUnidade de Gerenciamento Reg ional Jardins (UGR Jardins) da Sabesp, em São Paulo, aplica uma técnica educativa que busca uma melhor relação com os clientes A inovação está entre os destaques, com objetivo de desenvolver estratég ias diferenciadas e facilitar os serviços no ambiente de trabalho

Entretanto, muito mais do que boas ideias, a aplicação de um novo processo, tecnolog ia ou cultura organizacional demanda planejamento Afinal, a inovação deve ser economicamente viável, escalável e capaz de oferecer soluções de maneira inédita Isso sem mencionar treinamentos para capacitar os colaboradores a realizar o processo de forma mais reflexiva de análise dos dados quantitativos que subsidiem a tomada de decisão e assim promover o efetivo gerenciamento organizacional, manutenção ou aprimoramento dos resultados econômicos Após testada e aprovada, a inovação deve se expandir para toda a companhia

Este ar tigo apresenta a experiência com novo micro concreto de cura

rápida Para sua adoção buscamos o máximo de informações já no início das tratativas, com reuniões com as par tes interessadas (fornecedores, liderança e representantes de equipes terceirizadas), aplicação e testes em campo, apresentação às equipes e avaliação de custos e benefícios

Introdução

A UGR - Unidade de Gerenciamento Reg ional Jardins em São Paulo cobre uma área de 100 km², com 1,2 milhão de habitantes fixos e 645 mil habitantes flutuantes 100% dos clientes têm água e 99% têm serviço de coleta de esgoto, do qual 90% segue para as estações de tratamento No total, são 306 731 ligações faturadas (589 257 economias), interligadas por 2258 km de rede de água e 1865 km de esgoto.

Dentro da UGR Jardins foi criada a Ação Depar tamental 7 – Gestão de pessoas, com foco na inovação e mudança de cultura; promoção de ações para disseminar os projetos internamente; agendamento e reali-

zação de benchmarking; treinamento; atendimento consultivo; alinhamento da rotina de fiscalização em campo; processo de contratação de consultoria especializada; e busca por inovações, através de ideias sugeridas pelos colaboradores.

O micro concreto de cura rápida foi apresentado à UGR como solução para nivelar tampas de poço de visita (PVs) de maneira rápida, liberando o trânsito de pedestres e veículos em muito menos tempo que o concreto tradicional O material é de fácil manuseio, com baixo custo e menos riscos de acidentes, possuindo resistência suficiente para a instalação no passeio e no asfalto – neste último caso em específico, pode-se utilizar o micro concreto de cura rápida pigmentado, que permite nivelamento no pavimento existente sem necessidade de asfalto quente.

Objetivo

O micro concreto é um cimento especial, com ag regados g raúdos, miúdos e aditivos, que pode ser aplicado

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Conexão

em ancoragem de tubos de qualquer super fície (PVC, pintura epóxi, ferro fundido, etc ), reparo de poços de visitas (PV), assentamento de tampões de águas pluviais e esgoto, pavimentação de passeios em entradas de garagens prediais ou empresas onde há muito movimento de veículos O principal objetivo é liberar a via em menos de 1 hora, sem criar transtornos no fluxo de veículos e pedestres Devido à alta resistência nesse cur to período, é possível transitar veículos de todos os portes sem comprometer a integ ridade da obra e sem retornos para retrabalho O microconcreto de cura rápida pigmentado tem cor semelhante ao asfalto, assim suavizando o impacto visual no reparo, dispensando a aplicação frio e em seguida aguardar o asfalto quente (figura 1)

Metodologia

O afundamento por consolidação está associado à falta de controle de compactação das camadas. O solo,

quando transpor tado e depositado para execução de aterro, fica em um estado relativamente fofo e heterogêneo. Por tanto, além de pouco resistente, é muito deformável, apresentando compor tamento variável de um local para outro Quando isso ocorre, assenta-se nova tampa ou tampão fixando-o com concreto, tomando cuidado para que fique em conformidade com o pavimento existente Deve-se atentar

para a devida utilização de gabaritos ou a marcação cuidadosa para reenquadrar em torno da tampa do PV, com discos de cor te na área onde será realizada a reposição do micro concreto Após nivelamento do PV e reposição do pavimento, deve-se aguardar entre 20 e 60 minutos para a secagem, realizar a limpeza do local e liberar o trânsito

Aplicação do micro concreto de cura rápida na U G R Jardins

O micro concreto de cura rápida na UGR Jardins foi aplicado exclusivamente em tampões de esgotos desnivelados e no pavimento asfáltico Antes da instalação, foram realizadas reuniões estratég icas com os representantes da empresa fornece-

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Fig 1 - Aplicação do micro concreto pigmentado Fig 2 - Poço de visita desnivelado

dora, liderança e terceirizados Foram definidos o projetos, local de instalação e acompanhamento em campo

Os resultados da aplicação do micro concreto na UGR Jardins foram favoráveis, com liberação rápida para uso. O material é autoadensável e apresenta elevada resistência mecânica a cargas estáticas e dinâmicas e rápido desenvolvimento de resistências Possui ainda elevada resistência química e à fadiga, com excelente aderência a substratos secos de concreto e ferragens Cumpriu o tempo estimado pela empresa de secagem do concreto entre 20 e 60 minutos

O trânsito local foi liberado em 30 minutos

Análise e discussão dos resultados

A utilização do micro concreto de cura rápida na UGR Jardins permitiu, de maneira segura para a tomada de decisão, avaliar rapidamente o custo, a ag ilidade, a segurança e as melhorias em seu processo de instalação

Na UGR Jardins, o desenvolvimento de novos produtos ou variações acon-

tece no dia a dia através de contatos pessoais ou em reuniões estruturadas com análise crítica, sempre que constatada uma opor tunidade de melhoria nos processos ou produtos dentro dos princípios da economia circular O potencial de ideias criativas que se conver tem em inovações sustentáveis é avaliado através dos benefícios da inovação quanto ao prazo de execução, qualidade do serviço e impactos às par tes interessadas Os projetos pilotos permitem analisar na prática essas questões e incentivam a força

de trabalho na busca por inovações sustentáveis

Conclusões

A nova metodolog ia foi um teste impor tante para avaliar o desempenho do micro concreto de cura rápida, principalmente em nivelamentos e/ ou troca de tampões em pavimento asfáltico Essa experiência cer tamente irá contribuir muito para a busca de novas formas de otimizar os serviços em locais e situações diversas

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Fig 3 - Aplicação do micro concreto de cura rápida em nivelamento de PV Fig 4 - Aplicação do micro concreto de cura rápida em nivelamento de PV

Produtos

Automação

A Elipse Software desenvolve aplicações para o gerenciamento em tempo real de processos industriais, energ ia, saneamento e infraestrutura, integ rando esses sistemas Um dos seus produtos é o Elipse Water, uma plataforma para controle inteligente e gestão integ rada de sistemas de saneamento Recém-lançado pela empresa, o software conta com uma ferramenta g ráfica destinada à modelagem de redes hidráulicas, pela qual é possível inserir e interligar elementos, como junções, tubulações, reservatórios, tanques, pontos de consumo, bombas, válvulas e definições de DMCs - Distritos de Medição e Controle A par tir desse modelo hidráulico, o Elipse Water consegue identificar, de forma padronizada e contextualizada, as características, propriedades e o modo como cada componente da rede está conectado e operando Site: www elipse com br

Bomba peristáltica

A QdoS 60 P U, da Watson-Marlow Fluid Technolog y Solutions (WM F TS), oferece vazões para diversos fluidos de difícil bombeamento,

inclusive viscosos e hidrocarbonetos alifáticos, em vazões lineares de até 60 L/h e pressões de até 5 bar Otimizada para fornecer baixo cisalhamento e bombeamento suave de modo a proteger as cadeias de polímeros e manter a integ ridade do produto, a solução trabalha com o novo cabeçote QdoS ReNu P U, que possibilita vazões reproduzíveis e precisas e uma maior vida útil em aplicações severas em campo, além de poder ser trocada em menos de 1 minuto

Site: www wmfts com

Tanques

A Sancotec representa a fabricante espanhola de tanques Toro no Brasil Com mais de 700 reservatórios fornecidos

de ar comprimido prog ramadas e de cur ta duração através de bicos projetados e patenteados localizados per to do fundo Os componentes do tanque da solução são livres de manutenção, não entopem e são autolimpantes Comercializado pela B&F Dias

Site: www bfdias com br

Desinfecção

pela câmara Dessa forma, a tecnolog ia atinge altos níveis de inativação de microrganismos com elevada eficiência energética

Site: https://atlantium com/

Levantamentos

aéreos

em 80 países, a companhia europeia é especializada em tanques modulares de P R F V – Plástico Reforçado com Fibra de Vidro Os reservatórios são produzidos com uma média de 3 mil parafusos e podem ser adquiridos em até 11 alternativas de altura para um mesmo volume

Site: www sancotec com br

Misturador

Os sistemas BiomIx, da EnviroMix, fornecem mistura uniforme do conteúdo do tanque, disparando rajadas

A empresa israelense Atlantium Technolog ies trouxe para o Brasil a tecnolog ia HOD – Hydro Optic UV, uma solução para desinfecção de água por radiação ultravioleta (UV) O produto é baseado em lâmpadas de média pressão, que são mais cur tas e potentes do que as de baixa pressão A configuração ajuda a capturar os raios de luz UV e os força a saltar repetidamente dentro da câmara em um fenômeno conhecido como TI R – Reflexão Interna Total O longo caminho do raio dentro da câmara, combinado com um fluxo de água projetado de forma otimizada em um padrão definido e controlado, cria uma distribuição uniforme de UV necessária para ating ir a inativação de agentes patológ icos em toda a água que passa

A Aria Imagem e Tecnolog ia, empresa do Grupo Azimute, realiza levantamentos aéreos para os segmentos de infraestrutura através de serviços de aerolevantamento, elétrico com inspeções visuais e termog ráficas em usinas de energ ia renovável, industrial com o escaneamento e modelagem de parques fabris para estudos de descomissionamento, bem como o saneamento Além do drone, o levantamento utiliza equipamentos como tablets com software específico para incluir informações, equipamentos de RTK –Real Time Kinematic para cadastro georreferenciado e Laser Scanner 3D, tecnolog ia de escaneamento de estruturas São usados dois modelos de drones: pequeno por te, com autonomia de 15 minutos, e g rande por te, com duração de 40 minutos Para cada situação, uma metodolog ia específica realiza a coleta de informações necessárias para a solução do projeto

Site: www ariatecnologia com br

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Recursos hídricos – A ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico disponibilizou em sua biblioteca a nova edição do caderno de capacitação Comitê de B acia Hidrográfica: o que É e o que Faz, assim como as versões em inglês e espanhol da publicação As Águas Subterrâneas na Política Nacional de Recursos Hídricos e do livro Governança das Águas

Subterrâneas: D esafios e Caminhos

O caderno de capacitação Comitê de B acia Hidrográfica: o que É e o que Faz? apresenta as atividades realizadas

pelos comitês de bacias, tratando do contexto histórico da sua instituição, as atribuições e o seu funcionamento Já a publicação As Águas Subterrâneas na Política Nacional de Recursos Hídricos foi produzida para fomentar a reflexão sobre a gestão de aquíferos

Por fim, a obra Governança das Águas

Subterrâneas: D esafios e Caminhos tem o objetivo de contribuir para que a sociedade compreenda a impor tân-

Publicações

cia das águas subterrâneas e como os instrumentos de administração de recursos hídricos podem ser utilizados para fomentar a gestão integ rada das águas super ficiais e subterrâneas Para acessar as publicações, basta entrar no site https://bit ly/428GtB H e buscar pelos títulos ou palavras-chave

Automação industrial – Em Instrumentação para Automação Industrial – Parte 1 (editora Ciência Moderna, 264 pág inas, https://bit ly/3JCQwb4), de José Carlos Vilar Amigo, o leitor será apresentado aos significados e aplicações dos conceitos e tecnolog ias sobre instrumentação para automação industrial Dividido em duas par tes, o livro apresenta na primeira a impor tância da instrumentação nos processos industriais e na implantação da indústria 4 0 Já a segunda, com uma abordagem mais tecnológ ica, trata dos dispositivos de obtenção de dados e atuação no

processo Conceituam-se sensor e transdutor, e os parâmetros utilizados para explicitar suas especificações São apresentados os principais transdutores e instrumentos utilizados nas medições das variáveis dos processos industriais, e detalhados, num capítulo à par te, a utilização e o avanço dos micro e nanossensores em substituição aos convencionais.

Hidrologia – A obra Hidrologia e Recursos Hídricos (editora Rima, dois volumes, 840 pág inas, https:// bit ly/3ZPseA a), de Antônio Marozzi Righetto, é composta de onze capítulos, construídos de modo a cobrir impor tantes tópicos, tanto em relação aos conceitos básicos tradicionais quanto aos aspectos teóricos abrangentes. O material cobre matérias tratadas em prog ramas de g raduação e de pós-g raduação No desenvolvimento dos tópicos, manteve-se a característica do livro didático, ou seja, de tornar o texto o mais autossuficiente possível

Í
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n d i c e d e a n u n c i a n t e s

Opinião

OBrasil, segundo o estudo “Panorama do Saneamento Básico 2021”, elaborado pela Secretaria Nacional de Saneamento, ainda enfrenta g randes desafios para levar esse serviço básico a toda a sua população Com cerca de 362,4 mil quilômetros, a rede pública de coleta de esgoto atende por volta de 39 milhões de residências, o que corresponde a 55% da população total e 63,2% da população urbana Isso significa que pouco mais da metade da população brasileira é atendida com rede coletora de esgotos

Quando se avalia o abastecimento de água, o índice é mais alto, e o sistema atende a cerca de 175,5 milhões de pessoas, ou 84,2% da população total residente Mas essa distribuição é extremamente desigual, por conta das diferentes condições socioeconômicas: as macrorreg iões Nor te e Nordeste contam com 58,9% e 74,9% de atendimento, respectivamente, enquanto nas reg iões Centro- Oeste, Sul e Sudeste os índices são de 90,9%, 91% e 91,3%, respectivamente

Além disso, os prestadores de serviço enfrentam um g rande desafio: o alto índice de perdas de faturamento, ou seja, quanto do volume de água disponibilizado não é faturado pelo prestador, em percentual, que no Brasil atinge uma média de 37,5%

E, em um cenário econômico global instável, como será possível obedecer ao novo marco legal do saneamento básico, aprovado em 2020, que tem como meta a universalização do serviço até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e coleta de esgoto?

Como será possível levar mais saúde para toda a população?

Com a par ticipação da iniciativa privada, prevista no marco legal, e inovadoras tecnolog ias, essa meta poderá ser alcançada

Com o alinhamento de toda a cadeia, incluindo empresas de engenharia, fornecedores de máquinas, equipamentos e de soluções, será possível criar um ecossistema que identifique as melhores soluções para cada área do Brasil, com geog rafias e demandas diferentes

Uma política de saneamento eficiente não é feita somente com obras, é feita com inteligência, de forma a minimizar os custos com a infraestrutura, que são altos, e ao mesmo tempo otimizar a eficiência operacional

Conectividade, automação, telemetria e eficiência energética são tecnolog ias que oferecem confiabilidade aos processos em todas as aplicações de saneamento, maior disponibilidade do sistema, melhor gestão da qualidade, eficiência energética e controle da distribuição, entre outros benefícios

Além disso, com sistemas de automação que garantam visibilidade e monitoram as operações, é possível implementar melhores estratég ias de manutenção dos equipamentos, prolongando sua vida útil e mais transparência aos processos

Outro ponto essencial para o saneamento é operar com o menor custo energético possível, pois energ ia elétrica é atualmente a segunda maior despesa na operação As tecnolog ias para aumentar a eficiência energética proporcionam no final um custo operacional menor para as empresas do segmento

Dados do Ministério de Minas e Energ ia indicam que as indústrias consomem 43,7% da energ ia elétrica do país. Nas companhias de saneamento, esse consumo representa, em média, 12,2% dos gastos, chegando, em alguns casos, a 23,8% nas operações para tratamento de água e esgoto.

Globalmente, os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário consomem entre 2% e 3% da energ ia gerada.

E a maior par te do consumo de energ ia na distribuição da água pelas tubulações ocorre com o uso de bombas com motores elétricos, que são responsáveis por cerca de 50% de todo o consumo no segmento.

Além disso, g rande par te das instalações de saneamento foi construída quando a gestão de custos e sustentabilidade não eram um ponto de atenção nos seus processos e operações. Nesse cenário, inovadoras soluções de automação são capazes de otimizar o funcionamento dos motores e de todos os equipamentos, gerando uma substancial redução de custos e melhor desempenho

E, claro, vale ressaltar a redução do índice de perdas de faturamento, uma vez que o sistema automatizado avalia a per formance e entrega do serviço em tempo real e qualquer alteração pode gerar um alarme e acionar ações de manutenção ou de vistorias

Ao reduzir o custo das operações, sistemas de automação são alternativas acessíveis para impulsionar as metas do marco legal de saneamento e gerar mais eficiência energética, melhoria de eficiência operacional e confiabilidade de processos, fundamentais para acelerar a entrega do serviço em todo o Brasil

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Renato Bedendi, Especialista de Produto da Mitsubishi Electric

MÃO DE OBRA

DESCOMPLICADA: JUNTAS SOLDÁVEIS COM ADESIVO.

Água fria Água quente Esgoto Elétrica Acessórios

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