A digitalização nas empresas de saneamento pode trazer maior eficiência e economia, mas a jornada rumo à Indústria 4.0 e IA – Inteligência Artificial deve ser acompanhada por um bom plano diretor de automação e cuidados na implementação.
Serviço
Guia de ETAs/ETEs
O levantamento traz a relação de fornecedores e integradores de sistemas de tratamento de água e efluentes e as tecnologias trabalhadas, incluindo tratamento preliminar para remoção de sólidos, gordura e areia, sistemas biológicos e físico-químicos, além de estações compactas, sistemas móveis e equipamentos para desaguamento de lodo.
Tratamento de efluentes
Reúso retrito de esgoto tratado em irrigação
A busca de soluções e alternativas que podem diminuir o estresse hídrico são importantes em determinadas regiões do país. O trabalho traz um projeto da Cesan voltado ao uso do esgoto tratado na irrigação, em áreas restritas, a fim de diminuir o uso de água potável para atividades que não necessitam dessa condição.
Estudo de caso
Benefícios da migração para o ambiente de contratação livre de energia elétrica
Depois de muitos estudos, em fevereiro deste ano o Samae de Jaraguá do Sul, SC, migrou para o ambiente de contratação livre de energia (ACL). A previsão inicial era de uma redução de custos da ordem de 20% sobre o ambiente tradicional a partir de 2025, mas as informações indicam o dobro disso. Veja como foi o processo na autarquia.
Serviço
Guia de distribuidores de materiais hidráulicos
O levantamento traz a relação dos distribuidores dos principais produtos usados em estações de água e esgoto e sistemas prediais de residências e indústrias, como bombas, tubos, produtos químicos e válvulas. Separadas por unidades de federação, as empresas podem ser facilmente localizadas no guia.
Capa
Foto: ShutterStock
Automação e Indústria 4.0
AIndústria 4.0 representa uma revolução tecnológica que integra sistemas cibernéticos, IoT - Internet das Coisas, big data e IA - Inteligência Artificial para otimizar processos industriais. No setor de saneamento, essa revolução pode transformar o tratamento de água e esgoto, trazendo vantagens como eficiência operacional, qualidade e segurança, sustentabilidade ambiental e uma melhor tomada de decisões. No entanto, ainda há um longo percurso a ser trilhado. Em geral, o setor de saneamento está na automação 3.0, iniciada há cerca de 20 a 25 anos, com o controle automatizado de processos e plantas. Nos últimos 15 anos, surgiu a automação 3.5, caracterizada pelo controle avançado e integração com sistemas táticos e corporativos.
“Quando falamos em 4.0, com operações autônomas de plantas e estações e uma real convergência de automação com TI, entendemos como uma evolução e uma quebra de paradigma. Mas devemos considerar que as empresas têm unidades com diferentes níveis de modernização e maturidade tecnológica”, explicou o professor do curso de MBA em Automação Industrial do PECE - Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP, Marcos Yukio Yamaguchi, em entrevista à reportagem especial desta edição.
Devido aos recursos limitados, é inviável para as empresas trocar ou modernizar toda a base instalada de equipamentos e sistemas de automação. Os sistemas industriais duram cerca de 15 a 20 anos. Por isso, recomenda-se priorizar o investimento de recursos por nível de criticidade das plantas e estações, começando pelos processos e sites mais críticos, de forma a mitigar riscos. Na aplicação de IA, é crucial identificar e definir claramente o problema a ser resolvido, garantindo clareza nas metas corporativas, de operação ou manutenção. A organização e o armazenamento coerente de dados históricos de processos são fundamentais para facilitar análises.
A adoção de tecnologias da Indústria 4.0 no saneamento é promissora para enfrentar desafios de gestão hídrica e garantir um abastecimento seguro e eficiente. A automação e o monitoramento em tempo real otimizam processos, reduzem desperdícios e custos operacionais, enquanto sensores avançados e análises de dados garantem a qualidade da água tratada. Algoritmos de IA podem prever demandas, otimizar processos de tratamento, detectar vazamentos e gerir efluentes, permitindo respostas rápidas a contaminações e eficiência na distribuição de água.
Apesar dos desafios e cuidados a serem tomados no processo, a Indústria 4.0 no saneamento oferece um futuro promissor de inovação e sustentabilidade. Alinhando-se às exigências crescentes de performance e eficiência, promove benefícios significativos para a sociedade e o meio ambiente.
Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br
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Hydro é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP Brasil Tel. (+55-11) 3824-5300 e 3824-5250 Fax (+55-11) 3666-9585 infohydro@arandanet.com.br - www.arandanet.com.br
A revista Hydro é enviada a 12 mil profissionais envolvidos com instalações hidrossanitárias prediais, com o tratamento de água e efluentes em indústrias e complexos de serviços e com sistemas públicos de água e esgoto.
Notícias
Construtora Elevação expande atuação em saneamento
AConstrutora Elevação, com sede em Curitiba, PR, e 48 anos de experiência nos segmentos de construção civil e infraestrutura, está fortalecendo sua participação no mercado de saneamento por meio de modelos de contratação que incluem PPPs –parcerias público-privadas, locação de ativos, BOO - Build, Operate and Own e DBOT - Design, Build, Operate and Transfer, além de concessões plenas de água e esgoto em municípios de menor porte.
“Queremos propor alternativas que possam integrar não apenas nossa expertise em obras, mas também engenharia financeira e de valor, de acordo com a necessidade de cada projeto”, disse Marco Fontoura, presidente da Construtora Elevação, durante a Fenasan, realizada de 22 a 24 de outubro em São Paulo, onde a empresa participou pela primeira vez como expositora.
Fundada em 1976, a Construtora Elevação consolidou-se nacionalmente nas áreas de saneamento, dutos (óleo, gás e etanol), telefonia e construção civil. Entre seus principais clientes no setor de água e esgoto estão a Sanepar e Sabesp. Com esta última, soma mais de 130 projetos realizados ao longo de 25 anos de parceria, com destaque para as ETEs de Taubaté e Tremembé, em São Paulo. Nos últimos anos, a empresa começou a ampliar o radar de oportunidades, especialmente as modelagens financeiras. A primeira incursão foi em 2010, com a formação da SPE Araucária Saneamento, que investiu na construção, pré-operação e operação assistida do sistema de esgotamento sanitário de Campos do Jordão,
Marco Fontoura, da Construtora
Elevação: projetos com engenharia financeira e valor agregado
ETE de Campos do Jordão, SP: sistema é realizado em ambiente fechado e combina tecnologia de lodos ativados e membranas de ultrafiltração
SP, considerada uma das ETEs mais modernas do país, com membranas de ultrafiltração. No ano seguinte, foi formada a SPE Sanevap - Saneamento do Vale do Paraíba em sociedade com a Cesbe e a GS Inima (na ocasião OHL) para construção do sistema de tratamento de esgoto de São José dos Campos, SP. Ambos os projetos foram realizados no formato de locação de ativos, com recursos do BNDES e emissão de debêntures.
“Hoje buscamos mais sociedades, não só no saneamento, mas também nos gasodutos e outros segmentos”, disse o presidente. Segundo ele, a recente contratação de um CFO e a estruturação de um departamento financeiro colocaram a empresa em um patamar mais elevado, trazendo uma visão mais estruturada de acesso ao mercado financeiro e a tranquilidade necessária para analisar fluxo de caixa e tomar decisões complexas. “Esse é um movimento que pode trazer uma rentabilidade muito maior do que somente uma execução de obra”, afirmou. No passado, concorrências públicas exclusivamente para a construção levavam a empresa a entrar em uma competição com 20, 30 concorrentes, onde ganhava quem desse o menor preço. “Nesse processo não valia a expertise”.
Com o marco do saneamento e a recente privatização da Sabesp, o ambiente regulatório torna-se ainda mais
atrativo para o investidor. A definição de metas de universalização e de performance dos sistemas de água e esgoto demanda soluções com tecnologias avançadas e durabilidade a longo prazo. Com isso, os custos iniciais deixam de ser o balizador nas concorrências, como ocorria historicamente.
“Na modalidade semi-integrada ou integrada, a empresa pode contribuir com a engenharia de valor. Esta nova era atrairá empresas mais capacitadas, que ajudarão a reduzir os custos como um todo, porque a engenharia que entregamos através dos estudos e de projetos, no final das contas, irá trazer maior eficiência e qualidade nas estações de bombeamento, tratamento de água e de esgoto, muito mais do que projetos defasados que apresentaram o menor preço inicial”, disse.
A Construtora Elevação está estudando entrar em concessão de saneamento de cidades pequenas ou grupo de cidades ainda menores, onde possa ser o player principal. Outra área em expansão é a de energia, especialmente para linhas de transmissão.
Com estas estratégias, a Construtora Elevação prevê duplicar seu faturamento no próximo ano e triplicar o quadro de colaboradores, chegando a mais de 5000 profissionais.
Construtora Elevação – Tel. (41) 99828-3330
Site: www.construtoraelevacao.com.br
Yadah apresenta robôs nacionais para inspeção em tubulações
e galerias
AYadah Robotics, uma empresa brasileira de tecnologia há 10 anos no mercado, com sede em São José dos Campos, SP, apresenta as inovações em robôs de videoinspeção com tecnologia 100% nacional, desenvolvidos para garantir precisão e eficiência nas inspeções de tubulações e galerias de esgoto e águas pluviais.
Entre os principais modelos estão o VXT-150e, indicado para redes coletoras de 150 a 250 mm; VXT-300L, projetado para coletores-tronco, emissários, sistemas de drenagem urbana e industrial de 300 a 1000 mm; VXT-600L, para drenagem urbana, rodoviária, ferroviária e mineradoras, com diâmetros de 600 a 2000 mm; e VXT-300, com as mesmas aplicações do VXT-300L, mas com diâmetros até 1500 mm.
Todos os modelos da linha VX são equipados com um case ou mala térmica de elevada resistência que possui um computador embarcado e o software VXC, que permite ao usuário controlar o robô pelo computador, visualizar as imagens das câmeras e realizar gravações e anotações pontuais nas imagens e vídeos obtidos. Eles possuem tração integral e iluminação LED dimerizável de alto brilho e são fabricados com materiais resistentes à corrosão, como aço inox 304 e plástico de engenharia com IP68 à prova d´água. As câmeras são de alta resolução full HD com tecnologia starlight. Alguns modelos têm movimentos de 180 (tilt) e 360 graus (rolling). E o modelo VXT-300L tem zoom de 36 vezes.
Segundo Fernando Sato, diretor de Engenharia e Desenvolvimento, a empresa oferece uma rede abrangente de manutenção em todo o território nacional. “Com uma rede dedicada e qualificada, asseguramos que todos os clientes em todo o país tenham acesso rápido e eficiente a serviços de manutenção preventiva e corretiva”, afirmou. Yadah – Tel. (12) 3923-6610 Site: https://yadahrobotics.com.br/
Gerador in situ aposta no ácido hipocloroso como opção oxidante de baixa toxidez
Uma nova alternativa para geração de agente oxidante in situ está sendo ofertada no Brasil pela Envirolyte Brasil, representante de empresa de mesmo nome da Estônia. Só que a opção tem o diferencial de gerar um derivado do cloro pouco aplicado ainda no país, o ácido hipocloroso, cuja vantagem principal é sua atoxicidade aliada ao alto poder oxidante.
A tecnologia eletroquímica da Envirolyte, assim como a tradicional
empregada para produção de cloro-soda, parte apenas de duas matérias: eletricidade e salmoura. E da mesma forma gera um oxidante com função sanitizante, que seria o anólito da reação, e como subproduto a soda cáustica (hidróxido de sódio), o católito, que pode ser utilizado como agente de limpeza.
Mas por conta de sua peculiaridade o eletrolisador gera o ácido hipocloroso como anólito, com pH neutro (7), ao contrário por exemplo do oxidante mais utilizado e gerado por sistemas in situ de eletrólise, o hipoclorito de sódio, cujo PH é alcalino que varia de 11 a 12,5, conforme explicou o responsável por aplicações e P&D da Envirolyte Brasil, Roberto Zucchetti. “O ácido hipocloroso só vai atacar microrganismos, seres unicelulares, ele é atóxico para seres humanos, animais, plantas”, disse.
O custo operacional é muito baixo, apesar do uso de eletricidade para a reação. “O litro sai abaixo de R$ 0,10”, disse Zucchetti. Segundo ele, por enquanto há duas instalações no Brasil, em indústria de laticínio e de cervejas.
Fernando Sato, da Yadah Robotics: fábrica em São José dos Campos, SP
Roberto Zucchetti, da Envirolyte Brasil: baixo custo operacional
Notícias
Em ambas as instalações locais, conta como diferencial da aplicação o uso dos dois produtos gerados. O anólito segue para desinfecção de água e o católito, com pH alcalino (entre 10,5 e 12,5), contendo hidróxido de sódio e com alto potencial de redução, para limpeza de tanques, atuando na remoção de material orgânico, como proteínas, açúcares, gorduras e óleos.
O ácido hipocloroso tem alto poder oxidante e é indicado para sanitização de alto desempenho, com amplo espectro de ação, incluindo aí a remoção de biofilmes em materiais de tanques ou equipamentos. Ele também pode ser aplicado como agente desincrustante de material orgânico. De acordo com a empresa, o oxidante é superior ao hipoclorito de sódio na inativação de esporos, bactérias, vírus e outros patogênicos em uma base residual igual.
Com sede no Rio de Janeiro, a Envirolyte Brasil traz os equipamentos do sistema eletroquímico, que tem controle automatizado para assegurar teor de cloro residual, da fábrica da matriz na Estônia.
Em meio a um plano de expansão, a GR Water Solutions, fabricante e distribuidora de especialidades químicas para tratamento de água e efluentes, com matriz em Cruzeiro, SP, adquiriu a empresa QGS Química, de Sapucaia do Sul,
RS. A ideia com a nova operação é estender o atendimento da GR para a região Sul, aproveitando a penetração da adquirida em soluções e produtos químicos para saneamento, lavanderias e indústrias de alimentos e bebidas.
Com fábricas e operações de distribuição, além de Cruzeiro, em Paulínia e Cachoeira Paulista, SP, em Conselheiro Lafaiete, MG, e Brusque, SC, a empresa deve expandir ainda mais sua rede de atuação, conforme explicou Rafael Severino, executivo de vendas técnicas. A GR foi capitalizada no fim de 2023 com a aquisição de 35% do seu controle pela gestora de participação de private equity GEF Capital Partners, que teve como coinvestidora a Signal Capital. O acordo à época foi anunciado como de R$ 120 milhões. Segundo Severino, com os novos sócios minoritários, a tendência é a empresa anunciar mais para a frente novas operações, que podem ser tanto por meio de outras aquisições como de unidades novas, visando além da região Sul o Centro-Oeste e o Nordeste.
A GR atua no fornecimento de ampla linha de produtos para o saneamento público e privado, além dos setores industriais, em demandas de tratamento de água ou efluentes. As linhas produzidas pela própria empresa se concentram na matriz em Cruzeiro e em Cachoeira Paulista. As demais funcionam como pontos de armazenamento e distribuição regional.
Entre as especialidades, a GR produz coagulantes (cloreto férrico, PAC e sulfato de alumínio), polímeros, biocidas, saneantes, antiespumantes, dispersantes e inibidores de corrosão, entre outras soluções. Além disso, a empresa também fornece gás cloro envasado e várias outras
demandas de companhias de saneamento e indústrias por meio de distribuição de produtos de terceiros.
GR Water – Tel. (12) 3141-2144
Site: https://grwatersolutions.com.br/
Robô agiliza limpeza de tanques de água potável
AASP – Advanced Services Provider, de Itu, SP, começou a oferecer para o mercado de saneamento e para demandas industriais um robô especialmente projetado para fazer limpezas em tanques de água potável. O propósito da solução, que já existia em outro modelo para uso em tanques de água bruta, é dispensar as trabalhosas manutenções manuais periódicas.
Segundo o coordenador de operações da ASP, Carlos Henrique Silvestre, a limpeza é feita sem precisar esvaziar os tanques, como ocorre nas operações convencionais, e o sistema é controlado remotamente com câmera que permite a visualização do serviço. Feita mediante contratação pela prestação de serviço, ela normalmente é realizada a cada seis meses, assim como as empresas têm como padrão fazer de modo manual. O sedimento aspirado pelo equipamento é transferido via mangote engatado na parte de cima do robô.
Rafael Severino, da GR Water: expansão geográfica
Carlos Henrique Silvestre, da ASP: modelo dispensa o esvaziamento dos tanques
DE ENERGIA
Intersolar South America
Fotovoltaica
Tecnologias termossolares
Usinas de energia solar
Gestão de energia GERAÇÃO
ees South America
Tecnologias de armazenamento de energia
Sistemas de armazenamento de energia
Hidrogênio verde
O
DE ENERGIA USO DE ENERGIA
Eletrotec+EM-Power South America
Engenharia elétrica
Eficiência energética
BRASIL LIDER A A REVOLUÇÃO ENERGÉTIC A GLOBAL:
THE SMARTER
Power2Drive South America
Infraestrutura de carregamento
Baterias de tração
Mobilidade elétrica
E SOUTH AMERICA ENFOCA INOVAÇÕES EM ENERGIA RENOVÁVEL E ELETR OM OBILIDADE
Na vanguarda global da transição energética, o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de armazenamento de energia, tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de armazenamento de energia aprimora a estabilidade da rede, resultando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a partir de fontes renováveis intermitentes. O aproveitamento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustentabilidade energética, estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países. The smarter E South America – a maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda questão da nova realidade energética,
abrangendo energia renovável, armazenamento de energia, redes inteligentes e eletromobilidade.
Nossa missão é inspirar e facilitar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialistas e líderes do mundo todo para fazer avançar a pauta da energia sustentável. Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:
Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde
Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga
Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gestão de energia
O EIXO LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
Notícias
Segundo Silvestre, toda a água retirada junto com a sujeira do fundo do tanque é descartada, condição importante por se tratar de tanque de água potável. Já no robô existente para água bruta é possível a recirculação no próprio tanque, após filtragem para remoção dos sólidos.
De acordo com o coordenador, a empresa já atua há 20 anos atendendo o setor industrial, entre eles os setores petroquímico e siderúrgico, utilizando o robô para tanques de água bruta. Para aplicação em água potável, cujo robô precisa ser higienizado antes da aplicação, a oferta é mais recente, de cerca de dois anos.
No caso das limpezas em tanques de água bruta, as camadas de sedimento chegam a até 0,5 m de altura, daí a necessidade de maior robustez do robô. Já para a nova aplicação, em água potável, o normal é se juntar cerca de 3 cm a cada seis meses.
Como vantagem imediata da aplicação, o executivo ressalta o tempo conquistado com a operação, ao contrário da limpeza manual que precisa esvaziar o tanque, o que pode durar mais de dois dias. “E sem falar de toda a água que vai precisar ser descartada”, diz. O foco é intensificar a oferta para uso em companhias de saneamento e para tanques de água industrial, estratégia que incluiu a participação da ASP com expositora na Fenasan, em São Paulo.
ASP – Tel. (11) 4025-2139
Site: www.aspeng.com.br
Lacre conectado aumenta segurança de hidrômetros
MetaLacre, de Guarulhos, SP, apresentou sua nova solução de segurança para hidrômetros, o La-
cre Conectado, com tecnologia NFCNear Field Communication, uma solução que eleva os padrões de proteção e monitoramento para sistemas de medição de água.
Com foco em segurança, rastreabilidade e gestão, o lacre conta com um chip NFC integrado que se comunica diretamente com dispositivos móveis através do aplicativo MetaLacre e a plataforma de gestão da empresa, possibilitando a verificação instantânea de autenticidade e integridade. “Essa tecnologia não apenas reforça a segurança contra fraudes e violações, mas também facilita o processo de inspeção, manutenção e controle, trazendo agilidade e precisão para as equipes de campo”, disse Fabio de Carlis, diretor de Desenvolvimento da MetaLacre.
Segundo ele, o novo lacre de segurança NFC oferece autenticação segura, com leitura de informações via NFC e dados em tempo real sobre as instalações. O sistema trabalha em conjunto com uma plataforma digital de gestão de hidrômetros, oferecendo visibilidade completa do status de cada dispositivo e histórico de intervenções. Além disso, oferece rastreabilidade aprimorada: cada lacre é único, com identificação individual que facilita o monitoramento e aumenta a proteção contra fraudes.
O sistema é de fácil operação, com leitura rápida e simples por smart-
Fabio de Carlis, da MetaLacre: desenvolvimento utiliza chip NFC
phones e dispositivos compatíveis com NFC, sem necessidade de equipamentos especializados. Hoje muitas empresas ainda utilizam controles manuais em planilhas, o que aumenta os riscos de erros.
A MetaLacre já forneceu o Lacre Conectado para uma das unidades da Sabesp. “Muitas outras companhias já estão interessadas na solução”, disse o diretor.
Metalacre – Tel. (11) 4750-1326
Site: https://metalacre.com.br/
Pi² Technologies abre subsidiária no Brasil
APi² Technologies, empresa canadense que desenvolve, produz e comercializa soluções para cobertura e tratamento de superfícies odoríferas, com foco na minimização da emissão de gases de efeito estufa e odores, inaugurou uma subsidiária em São Bernardo do Campo, SP.
As soluções incluem a captura de gases que criam incômodos de odor e o fornecimento de produtos químicos específicos de acordo com as solicitações do cliente, gases gerados em poços de visitas, estações elevatórias e ETEs. “Nosso objetivo é ajudar os clientes a reduzir seu impacto ambiental e melhorar seus resultados financeiros”, diz Leif Dahlberg, presidente da Pi² Technologies.
Segundo ele, a solução desenvolvida promete solucionar o problema com eficiência superior a 96%, além de trazer vantagens como fácil instalação e redução de custos operacionais, sem necessidade de produtos químicos e energia elétrica. Fundada em 2011, a Pi² desenvolveu e patenteou uma tecnologia que incorpora filtros de carvão ativado em pó que retêm compostos odoríferos, especialmente sulfureto de hidrogénio e amoníaco (H2S e NH3), com maior capacidade de absorção que o carvão granulado tradicional. Com função semelhante a uma esponja, os filtros tratam os gases forçando-os a passar pela estrutura. A cobertura pode ser confeccionada em qualquer formato e tamanho, em versões que vão desde modelos compactos até coberturas grandes com estruturas flutuantes na água. “Os filtros também funcionam como sistema de drenagem das águas pluviais, evitando o acúmulo de água na superfície”, disse Gilmar Pires, diretor da Alpha Water, de São Bernardo do Campo, SP, representante da Pi² no Brasil.
A digitalização nas empresas de saneamento pode trazer maior eficiência e economia significativa com energia elétrica e produtos químicos, além de redução de perdas de água na distribuição e de extravasamentos e infiltrações nos sistemas de coleta de esgotos. Mas a jornada rumo à Indústria 4.0 e IA – Inteligência Artificial deve ser acompanhada por um bom plano diretor de automação e cuidados na implementação, como mostra a reportagem a seguir.
Aautomação oferece diversas vantagens para o setor de saneamento, como o monitoramento em tempo real do fluxo de água e esgoto, a detecção rápida de vazamentos, a melhoria da qualidade da água através de um controle mais preciso dos processos de tratamento e a otimização do uso de recursos, reduzindo custos operacionais. O monitoramento dos processos em tempo real e o uso de indicadores de desempenho facilitam a tomada de decisões e garantem maior segurança no planejamento das companhias. Com o marco do setor, Lei 14026 de 2020, que exige cumprimento de indicadores de eficiência e metas, as empresas têm demonstrado crescente interesse no assunto, em es-
pecial Indústria 4.0 e IA – Inteligência Artificial.
No painel “Automação no Saneamento: Abordando a Indústria 4.0 e a IA, realizado no Encontro Técnico AESabesp da Fenasan 2024”, no dia 23 de outubro, o professor do curso de MBA em Automação Industrial do PECE - Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP - Universidade de São Paulo, Marcos Yukio Yamaguchi, desmistificou o conceito de Indústria 4.0 no saneamento e apresentou os pré-requisitos indispensáveis para o sucesso na implementação. “Quando falamos em 4.0, com operações autônomas de plantas e estações e uma real convergência de automação com TI, entendemos
Sandra Mogami, da Redação da Hydro
Marcos Yukio Yamaguchi, do CATI²S/USP, no painel Automação no Saneamento, realizado no Encontro Técnico AESabesp 2024
como uma evolução e uma quebra de paradigma. Deve ser levado em consideração que as empresas têm unidades com diferentes níveis de modernização e maturidade tecnológica”, explicou.
O professor Yamaguchi é também coordenador técnico do CATI²S - Centro de Automação, Tecnologia e Inovação para a Indústria e Saneamento, dedicado ao desenvolvimento e aplicação de tecnologias de automação para os processos industriais e de saneamento. Instalado na Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da USP, o centro foi inicialmente criado em 1996, como CPCT - Centro de Pesquisa e Capacitação Tecnológica, por meio de um convênio com a Rockwell Automation, com foco em automação industrial.
Em maio de 2019, o CATI²S/USP firmou uma parceria com a Sabesp com o objetivo de definir soluções e direcionadores de automação para a modernização das estações em todo o ciclo da água e do esgoto, através
do entendimento das demandas operacionais e de manutenção. O trabalho possibilitou a criação do PISO - Plano de Integração dos Sistemas Operacionais para a Sabesp, a formação de uma ampla base de conhecimento e a capacitação de mais de uma centena de profissionais no setor. “Permitiu a não personificação das soluções de automação e o aumento da qualidade no desenvolvimento e fornecimento destas soluções”, afirmou.
Atualmente o CATI²S realiza pesquisas, desenvolve projetos e oferece cursos e treinamentos voltados para a inovação e sustentabilidade no saneamento. Além da Sabesp, o grupo realizou estudos de redução de perdas para o Semae, de Piracicaba, SP, e de ETEs e osmose reversa para clientes industriais, como Suez.
A parceria de 25 anos com a Rockwell foi fundamental para a formação de expertise em automação de processos nos diversos segmentos industriais do mercado e permitiu a atuação também no segmento de saneamento. “Esse setor
tem semelhanças com a indústria, especialmente na operação de estações elevatórias e estações de tratamento”, afirmou Yamaguchi.
Na opinião dele, o setor de saneamento no Brasil ainda está, em geral, na automação 3.0, conceito que teve início há cerca de 20 a 25 anos, com o controle automatizado e operação automática de processos e plantas. Nos últimos 15 anos, surgiu o que ele chama de automação 3.5, um termo não oficial, mas que caracteriza o controle avançado dos processos, integrados com os sistemas táticos e corporativos da empresa, e a transição para a automação 4.0. “Hoje podemos encontrar áreas de processos e unidades com automação 2.0, 3.0 e 3.5 com iniciativas de 4.0 nas empresas.
A jornada rumo à automação 4.0 deve ser realizada de forma consistente e coerente”.
Com recursos limitados nas empresas, é inviável a troca ou modernização de toda a base instalada de
Jornada rumo à Automação 4.0: integração entre plantas, estações e digitalização. Fonte: Marcos Yamaguchi, CATI²S
equipamentos e sistemas de automação para novas tecnologias. “Os sistemas industriais duram cerca de 15, 20 anos. Há alguma obsolescência tecnológica, mas a empresa não vai trocar tudo. Por isso, é recomendada a priorização do investimento de recursos por nível de criticidade das plantas e estações. Deve-se começar pelos processos e sites mais críticos, de forma a mitigar os riscos para a companhia. A aplicação de novas tecnologias tem que agregar valor ao negócio da empresa”.
Com relação à aplicação de IA –Inteligência Artificial, o professor destacou alguns pontos importantes no desenvolvimento interno de projetos envolvendo IA pela empresa. Em primeiro lugar, é preciso identificar e definir o problema a ser resolvido, ter clareza de metas, seja no âmbito corporativo, na engenharia de operação ou de manutenção. “Não adianta aplicar IA se não há clareza na definição do problema a ser resolvido. É importante também que as empresas tenham um mínimo de coerência na organização e armazenamento de dados históricos de processos, seja em nuvem ou em servidores locais, de forma a facilitar a busca e a contextualização dos dados na hora de fazer as análises”, disse.
O próximo passo é a coleta e preparação dos dados, um desafio complexo devido à resistência de muitos setores internos da empresa em compartilhar informações sensíveis e à elevada quantidade e diversidade de fontes de dados em alguns casos. “Não é necessário coletar todos os dados, apenas as variáveis envolvidas na resolução do problema”, sugeriu. Com a automação de alguns segmentos, como a hidrometria, com IoT –Internet das Coisas, a quantidade de informações geradas tende a ser cada
vez maior. É importante ressaltar a necessidade de participação do especialista do processo e do cientista de dados a partir deste passo.
A etapa seguinte é o desenvolvimento e a validação do modelo, envolvendo a separação dos dados de treino e teste, seleção do(s) algoritmo(s) mais adequado(s), treinamento e teste do modelo.
Já na fase de implementação, o professor recomenda a realização de POCs - provas de conceito envolvendo projetos de aplicação de IA na empresa. “Não é recomendada a aplicação da solução na empresa toda devido ao nível de assertividade da solução de IA desenvolvida. A expansão deve ser gradativa. Além disso, não se trata somente da aplicação da tecnologia; é preciso capacitar também, porque as pessoas envolvi-
das nisso têm que entender o que está sendo feito e existe uma curva de aprendizagem do usuário final”.
Depois de implantado o sistema, a evolução é constante. “Não é algo estático, mas para a vida toda. É preciso retreinar e reajustar os modelos con-
Tela do sistema de esgotos com estação elevatória de esgoto e bacia da S3 - Smart Sanitation System
José Bosco Fernandes de Castro, da S3: engenharia de operação está acima da automação
forme necessidade e capacitar o usuário final. É uma evolução. Indústria 4.0 e IA são jornadas a serem trilhadas”, concluiu.
Engenharia de operação
A automação de processos nas unidades operacionais de água e esgoto traz o desafio de integrar e interpretar o volume exponencial de dados técnicos gerados pelos sensores em campo. A análise desses dados é essencial para emitir diagnósticos relacionados à eficiência energética, disponibilidade e vida útil dos equipamentos e demais ativos.
Para atender a essa demanda, uma equipe de especialistas com mais de 30 anos de experiência em recursos hídricos desenvolveu e lançou em 2021 o S3 - Smart Sanitation System, um software analítico e de gestão voltado para a engenharia de operação de saneamento, cobrindo desde a captação de água bruta até o lançamento do efluente. “A engenharia da operação está acima da automação, permitindo prever riscos e produzir indicadores de tendências que orientam o planejamento e a tomada de decisões”, define José Bosco Fernandes de Castro, diretor da S3 - Tecnologia, Engenharia e Saneamento, que atuou por 38 anos na Sabesp antes de fundar a empresa. Segundo ele, a escassez de mão de obra qualificada e a crescente pressão por eficiência operacional exigem soluções tecnológicas multidisciplinares, como eletroeletrônica, mecânica, civil, química, biológica e ambiental, tornando o monitoramento e a análise de padrões nas companhias de saneamento cada vez mais complexos. Baseado na coleta de dados em tempo real, podendo ser na nuvem, o S3 monitora o ciclo completo “rio a rio”, que inclui sistemas de abasteci-
Especial
mento de água (captação superficial e/ou poços, adução, tratamento e distribuição) e esgotamento sanitário (coleta, afastamento e tratamento de esgotos públicos, privados e industriais), tanto em sistemas unitários como integrados de qualquer porte.
A solução analítica é capaz de calcular indicadores de desempenho e métricas, acompanhando a eficiência da operação e emitindo relatórios de engenharia de operação de forma automática e contínua. “Com essa análise de riscos e tendências, a companhia reduz custos de Capex e Opex e aplica os recursos de forma mais assertiva e com melhor retorno financeiro, além de cumprir as metas empresariais e contratuais estabelecidas”, explica Bosco.
Ele destaca que o sistema é completo e incorpora a vasta experiência adquirida pelos sócios e desenvolvedores parceiros, como a USP – Universidade de São Paulo, com quem a S3 possui convênio para aprimoramento do software.
O S3 possui seis módulos: ETA; ETE; elevatórias de água bruta e tratada; poços profundos, linha de re-
calque e reservatórios; DMC – distrito de medição e controle; elevatória de esgotos e bacia de esgotamento; e simulador para água e esgotos.
Dessa forma, produz uma série de indicadores de engenharia de operação, incluindo redução de perdas e eficiência energética); gestão de ativos (análise de riscos e custo de manutenção); KPIs operacionais (produtividade, desempenho financeiro); ESG; monetização; e simulador (análise total ou parcial e treinamento de equipes), que podem ser aplicados de forma individual e gradativa.
Entre suas principais vantagens está o custo/benefício. As opções de contratação podem reduzir o investimento para o cliente. O modelo mais básico é o DAAS – Data as a Service. Nesse caso, o S3 faz a aquisição do banco de dados e realiza o processamento das informações na sua nuvem, mas o sistema de automação, incluindo a instalação e manutenção dos instrumentos, fica a cargo do contratante. Já no modelo de contratação completo em turnkey, a S3 é responsável por todas as etapas, incluindo a instalação de sensores, manutenção e monitoramento.
O software requer poucos instrumentos em campo para traçar um diagnóstico, o que também contribui para diminuir os custos, pois utiliza outras informações para cruzamento e análise de dados. A elevatória de água, por exemplo, precisa de apenas três instrumentos para análise e otimização da eficiência do conjunto motobomba: pressão, vazão e energia elétrica. Um outro exemplo é o de vazamento de água. Basta um medidor de vazão para o S3 gerar análises de perdas físicas, faturamento, balanço hídrico e custos para reparo de rede, pois o sistema é alimentado por outras fontes de dados, como número de ligações, economias residenciais, comerciais, industriais, expansão da rede e estrutura tarifária. “Esse conjunto de informações de entrada é suficiente para que o sistema possa utilizar seus algoritmos, realizar as análises e trazer esses dados em KPIs diariamente para a operação”, diz Bosco.
Se a companhia investir em um maior número de sensores, como medidores de vazão e pressão em todos os pontos críticos da rede e hidrôme-
tros inteligentes, o S3 pode gerar informações ainda mais detalhadas.
Um outro diferencial é sua abordagem para esgoto. “Em geral, os sistemas no mercado são mais focados em água. Mas hoje todas as empresas começam a se preocupar com o esgoto, pois são obras caras que exigem manutenções constantes. Há um mercado enorme”, diz o diretor. O S3 analisa dados de elevatórias e bacias, como infiltração, carga e concentração. Com os dados da bacia, como entrada do sistema, ligações, economias, elevatória, bomba e poço, o sistema também demanda instrumentação mínima: medidores de grandeza elétrica, de nível e pressão, além de sensores de sólidos em suspensão, que podem ser compartilhados pelas bacias. “Analisando as vazões mínima e média, principalmente em períodos seco e
úmido, o sistema auxilia na tomada de decisões operacionais e prevenção de extravasamentos, fornecendo uma análise detalhada e em tempo real da volumetria”, afirma.
Por fim, o medidor de grandeza elétrica permite analisar o consumo de energia, especialmente em conjuntos motobomba em elevatórias de esgoto. A manutenção inadequada pode levar a um desgaste prematuro e problemas de rendimento e vazão. Em contratos analisados, notou-se um aumento significativo no custo de energia durante períodos úmidos, ressaltando a necessidade de um monitoramento constante para otimizar o desempenho e a eficiência do sistema. Analisando o perfil da bacia ao longo do ano, é possível tomar decisões sobre investimentos e ajustes necessários para atender às demandas futuras, considerando fa-
tores como verticalização e expansão das áreas atendidas.
Essas análises ajudam a identificar fontes próprias e problemas na macromedição, especialmente durante períodos de chuva, quando a conexão de águas de residências ao sistema de esgoto pode causar aumentos significativos na vazão. O software permite montar um histórico detalhado da bacia ao longo do ano, avaliando o volume perdido diariamente, rompimentos e extravasamentos para direcionar intervenções e investimentos de forma mais precisa e eficiente.
O S3 já está rodando em diversas empresas de saneamento, como Sabesp e Cesan, do Espírito Santo, além de indústrias. “Estamos com propostas de sistemas maiores em todo o país”, finaliza Bosco.
Guia de ETAs e ETEs
O levantamento traz a relação de fornecedores e integradores de sistemas de tratamento de água e efluentes e as tecnologias trabalhadas, incluindo tratamento preliminar para remoção de sólidos, gordura e areia, sistemas biológicos e físico-químicos, além de estações compactas, sistemas móveis e equipamentos para desaguamento de lodo.
Gradeamento Peneira (estática e rotativa) Triturador de sólidos Unidade compacta de prétratamento (1)
Precipitação de metais Oxidação de cianetos Redução de cromo hexavalente Adsorção em carvão ativado Oxidação com peróxido Ozonização Remoção de fósforo Eletrocoagulação/floculação Eletrólise Desinfecção Aeróbio Anaeróbio MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas MBRBiorreator a membrana MABR (3) Biodisco
Estações elevatórias Estações compactas Aproveitamento de água de chuva
Tratamento de água cinza Sistema de reúso de água Jardins filtrantes
Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração
Osmose reversa
Desmineralização de água
Decantador Removedor Bags geotêxteis Filtro-prensa Centrífuga Secador de lodo
Water Warehouse (21) 99316-0657 info@waterwarehouse.com.br
Zeppini (11) 97637-7754 contato@hydroz.com.br
Remoção de gordura
Remoção de areia
Gradeamento Peneira (estática e rotativa)
Triturador de sólidos Unidade compacta de prétratamento (1)
Precipitação de metais
Oxidação de cianetos
Sistema físico-químico
Sistema biológico
Redução de cromo hexavalente
Adsorção em carvão ativado
Oxidação com peróxido
Ozonização Remoção de fósforo
Eletrocoagulação/floculação
Eletrólise
Desinfecção
Aeróbio Anaeróbio
MBBR (2) SBRLodo ativado por bateladas
MBRBiorreator a membrana
MABR (3)
Biodisco
Estações elevatórias
Estações compactas
Aproveitamento de água de chuva
Tratamento de água cinza
Sistema de reúso de água
Jardins filtrantes
Microfiltração, ultrafiltração e nanofiltração
Osmose reversa
Desmineralização de água
Lodo
Locação de estações
Sistemas móveis de tratamento
(1) Gordura, areia e peneira; (2) Biorreator de leito móvel com biofilme; (3) Biofilme fixo aerado com membrana
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 447 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, novembro e dezembro de 2024. Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
Tratamento de efluentes
Reúso restrito de esgoto tratado em irrigação
Maria de Fátima Lima, Luciano Firme de Almeida, Nadja Lima Gorza, Fernando Langa Dias e Mario Luiz Lodi Junior, da Cesan - Companhia Espírito Santense de Saneamento
A busca de soluções e alternativas que podem diminuir o estresse hídrico são importantes em determinadas regiões do país. Aqui, a Cesan apresenta um projeto voltado ao uso do esgoto tratado na irrigação, em áreas restritas, a fim de diminuir o uso de água potável para atividades que não necessitam dessa condição.
ALei 14.026/2020, que atualiza o marco legal do saneamento básico, cita, no artigo 10-A, que os novos contratos de programas relativos à prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão conter, expressamente, sob pena de nulidade, diversas disposições, entre as quais o reúso de efluentes sanitários.
Além disto, há tempos, a busca de soluções e alternativas que promovam o uso racional da água tornou-se necessária em razão da baixa disponibilidade hídrica em determinadas regiões do país, como o Espírito Santo. Sabe-se também que a Região Norte possui considerável déficit hídrico, fazendo parte até mesmo da área de atuação da Sudene - Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.
Desta forma, a alternativa do uso de esgoto tratado na fertirrigação contribui para a redução da demanda por água potável na irrigação, propiciando um uso mais nobre para esse recurso, em consonância com a Lei 14.026/2020.
A busca de soluções que podem diminuir o estresse hídrico é importante. Como alternativa, o esgoto tratado da irrigação pode ajudar a diminuir o uso de águas potáveis para atividades que não necessitam dessa condição.
No Brasil, não há uma legislação em nível nacional que regule o uso e determine os padrões de qualidade da água de reúso. Alguns estados possuem legislações e normas sobre o tema e legislações internacionais apresentam uma relação abrangente de parâmetros que podem ser utilizados no debate.
A inexistência de padronização na qualidade da água de reúso para diferentes usos provoca insegurança por parte dos tomadores de decisão. Portanto, existe grande relevância em abranger a discussão acerca das normativas e legislações da água de reúso no Brasil.
Objetivos
Gerais
• Regulamentar, em áreas restritas, o uso de esgoto tratado em irrigação.
Específicos
• Definir critérios e padrões para uso de esgoto tratado em irrigação, em áreas restritas e onde espécies vegetais não sejam comestíveis.
• Implementar técnicas de uso de esgoto tratado como alternativa para fins não potáveis.
Tratamento de efluentes
Tab. I – Parâmetros e limites de qualidade para reúso restrito do esgoto tratado (aprovados pelo órgão ambiental)
Tratamento (não especificado)/ Parâmetros
Indicadores de patógenos
Outros parâmetros
Limites – Reúso restrito - fertirrigação
Coliformes termotolerantes 104 a 106 NMP/100 mL
Ovos de helmintos/L ≤ 1
RAS (Razão de Adsorção de Sódio) (12 mmolcL-1)1/2
Condutividade < 3000 µS/cm
pH 6 a 9
Cádmio 0,01 mg/L
Chumbo 0,5 mg/L
Cromo 0,1 mg/L
Mercúrio 0,01 mg/L
Fonte: IEMA/2021
Metodologia
Foi realizado levantamento de referências bibliográficas sobre critérios e padrões de uso de esgoto tratado em irrigação e avaliado o alinhamento dessa alternativa com a atual Política Nacional de Recursos Hídricos e Resoluções CNRH 121/2010 e 54/2005. O tema reúso vem sendo debatido para a gestão, padronização e riscos associados à utilização.
Após análise comparativa e crítica dos critérios e padrões existentes, no Brasil e no exterior, e avaliação dos resultados de qualidade dos efluentes das ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto Pinheiros, Nova Venécia, Mucurici, Vinhático e Montanha, no Espírito Santo, optou-se pela elaboração de proposta de critérios e padrões para uso do esgoto tratado na irrigação tendo como referência a OMS - Organização Mundial de Saúde [8] e a Deliberação Normativa CERH-MG no 65, de 18 de junho de 2020.
Devido à inexistência no Espírito Santo de normas sobre o tema, foram realizadas reuniões de esclarecimentos com o órgão fiscalizador.
Resultados
Em novembro de 2021, o IEMAInstituto Estadual de Meio Ambiente aprovou o reúso de esgoto tratado em
Fonte: Cesan/2020 e 2021
fertirrigação nas ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto de Pinheiros, Nova Venécia, Mucurici, Vinhático e Montanha, da Cesan - Companhia Espírito Santense de Saneamento.
A tabela I apresenta os parâmetros e limites de qualidade do esgoto tratado para reúso restrito na fertirrigação. Também foi estabelecido que não será permitida a presença de grupos exter-
tratado (versão final) em fertirrigação
OMS (2006)
Tratamento Proposta do IEMA (2021)*
Indicadores de patógenos
Outros parâmetros
Deliberação Normativa CERH-MG 65, de 18/6/20
Contraproposta Cesan - Uso exclusivo na manutenção das áreas verdes internas Não especificado
Remoção log varia entre < 1 e 4
Para uso limitado agrossilvipastoril (produto não alimentício)
Não especificado
Remoção log varia entre < 1 e 4
Coliformes termotolerantes (NMP/100 mL) 103 a 106 com microaspersão 104 a 106 ≤ 1 × 106 104 a 106 aplicação com microaspersores ou gotejamento** 105 com gotejamento
Ovos de helmintos/L - < 1
RAS (Razão de Adsorção de Sódio) ≤ 12
Condutividade 3 dS/m a 25° C
Alumínio 5 mg/L
Sódio 69 mg/L
Cloreto 106,5 mg/L
Sólidos suspensos totais ≤ 30 mg/L
Boro 0,5 mg/L
Fluoreto 1 mg/L
Ferro 5 mg/L
Zinco 2 mg/L
Níquel 0,2 mg/L
Manganês 0,2 mg/L
Cobre 0,2 mg/L
Cádmio 0,01 mg/L
Chumbo 0,5 mg/L
Cromo 0,1 mg/L
Mercúrio 0,01 mg/L
*Não haverá consumo da vegetação por animais; ** Motivo: ausência de grupos externos expostos, vegetação não servirá de alimentação para animais, umidade do solo controlada
Tab. II – Resultados de monitoramento obtidos no período de 12 meses
Tab. III – Critérios de qualidade para reúso restrito do esgoto
nos quando da realização da irrigação; que a vegetação não deve ser consumida por animais; que a umidade do solo deve ser controlada com equipamento específico; e que a irrigação deve ser por meio de microaspersores. Os critérios e padrões aprovados estão sendo aplicados no projeto da ETE Pinheiros, localizada no município de mesmo nome, e que possui no mínimo quatro meses de déficit hídrico anualmente [4]. Ao utilizar esgoto tratado na irrigação da cortina verde da ETE Pinheiros, estão sendo economizados 264 m3/mês de água potável, que serão disponíveis para a população.
Análise e discussão dos resultados
No processo de regularização ambiental de ETEs do tipo lagoas de es-
tabilização e lodo ativado localizadas no norte do Espírito Santo, foi exigida a implantação de taludes verdes e de cortina vegetal. Para cumprir a exigência e garantir a sobrevivência das espécies, em dezembro de 2019, a Cesan solicitou ao IEMA autorização para uso restrito de esgoto tratado na irrigação.
Embora exista o senso comum de que é necessário executar práticas inovadoras de reúso, o órgão ambiental, em sua primeira avaliação, demonstrou grande resistência à proposta apresentada pela concessionária e encaminhou contraproposta restritiva que inviabilizaria, para lagoas de estabilização, a execução do reúso do esgoto tratado na irrigação.
A contraproposta do IEMA foi analisada pela concessionária de forma ponderada, sempre destacando que as ETEs localizadas no norte do Es-
pírito Santo estão em uma região de déficit hídrico, onde a água produzida deve ser prioritariamente para consumo humano, e que a proposta é usar o esgoto tratado que está sendo lançado diariamente no corpo receptor.
No decorrer das tratativas, em função das dificuldades percebidas junto ao órgão fiscalizador e visando subsidiar a equipe de saneamento do órgão fiscalizador, foram apresentados resultados consolidados de monitoramento das ETEs, especificamente localizadas no norte do Espírito Santo. A tabela II apresenta os resultados consolidados no período de 12 meses dos parâmetros DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio, Escherichia coli (E. coli), OD - oxigênio dissolvido e pH.
Em junho de 2021, a Cesan apresentou contraposta mantendo os critérios/padrões preconizados pela OMS
Tratamento de efluentes
para uso de águas residuais tratadas na agricultura e acrescentou alguns parâmetros que, em excesso, podem prejudicar o desenvolvimento da planta ou impactar o solo [2].
A tabela III mostra os critérios para reúso restrito do esgoto tratado apresentado pelo IEMA, da OMS, da Deliberação Normativa CERH-MG no 65 e a contraproposta da Cesan.
Em novembro de 2021, o órgão ambiental aprovou o reúso de esgoto tratado em fertirrigação nas cinco ETEs, tendo como referência a contraproposta da Cesan. Os critérios e padrões aprovados estão sendo aplicados no projeto em desenvolvimento na ETE Pinheiros. A figura 1 apresenta o croqui do sistema de irrigação instalado na ETE Pinheiros e a figura 2 mostra o sistema por microaspersão em operação.
Na figura 3 é apresentado o desenvolvimento de cortina vegetal na ETE Pinheiros, composta por graxa de estudante (Hibiscus rosa-sinensis) e Ipê (Handroanthus albus), com uso de esgoto na fertirrigação.
Como já mencionado e de acordo com os critérios estabelecidos, não será permitida a presença de grupos externos quando da realização da irrigação; a vegetação não deve ser consumida por animais; a umidade do solo deve ser controlada com
equipamento específico; e a irrigação deve ser por meio de microaspersão. Os padrões a serem controlados no esgoto tratado são: pH, coliformes termotolerantes, ovos de helmintos, RAS (Razão de Adsorção de Sódio), condutividade, cádmio, chumbo, cromo e mercúrio. Além do monitoramento da qualidade do esgoto tratado, também foi exigido o monitoramento do solo.
A aprovação dos critérios e padrões para uso do esgoto tratado na irrigação, em áreas restritas, é o início de futuras propostas, como por exemplo, uso na irrigação de culturas próximas às ETEs. Além disso, é um ganho positivo para a concessionária e para a população porque haverá economia no consumo de água. Há de se considerar também que outras concessionárias poderão pleitear o reúso junto ao órgão ambiental.
A figura 4 ilustra a possibilidade de multiplicação da iniciativa com uso potencial de esgoto na irrigação de no mínimo 30 hectares de lavouras de café existentes no entorno da ETE Pinheiros.
Conclusões e recomendações
Com resiliência foi aprovado pelo órgão fiscalizador o reúso restrito de
esgoto tratado na fertirrigação, tendo sido definidos os critérios, parâmetros e limites a serem obedecidos. A iniciativa permitiu que fosse implantada a irrigação na cortina vegetal da ETE Pinheiros e economizados 264 m3/mês de água potável.
As reuniões realizadas com o órgão ambiental foram fundamentais para se obter a aprovação de uso de esgoto tratado na fertirrigação, face à inexistência no estado de normas sobre o tema, sua importância para a Cesan e outras concessionárias quanto à aplicabilidade de prática inovadora.
Referências
[1] Ayers, R.S.; Westcot, D.W. Irrigation water quality and wastewater re-use. Water quality for agriculture. Rome: FAO, 1985. Rev. 1.
[2] Blumenthal, U.J. et al Guidelines for the microbiological quality of treated wastewater used in agriculture: recommendations for revising WHO guidelines. Bulletin of the World Health Organization. 2000.
[3] CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Ministério do Meio Ambiente. Resolução no 54, de 28 de novembro de 2005. Estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais para a prática de reúso direto não potável de água, e dá outras providências.
[4] Incaper. Zonas naturais do Espírito Santo: uma regionalização do Estado, das microrregiões e dos municípios.
[5] Ministério das Cidades e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA. Elaboração de proposta do plano de ações
Fig. 2 – Sistema de irrigação em operação
Fig. 1 – Croqui de sistema de irrigação instalado na ETE Pinheiros
Legenda:
Registro -
Casa de bomba -
Captação - refere-se ao ponto de sucção do esgoto tratado do sistema de irrigação
para instituir uma política de reúso de efluente sanitário tratado no Brasil. 2018.
[6] Ministério do Meio Ambiente. Resolução no 121, de 28 dezembro de 2010. Estabelece, diretrizes e critérios para a prática de reúso direto não potável de água na modalidade agrícola e florestal.
[7] Tonetti, A.L. et al Soluções para a disposição final do esgoto tratado. Tratamento de esgotos domésticos em comunidades isoladas: referencial para a escolha de soluções Campinas: Unicamp, 2018.
[8] World Health Organization (WHO). Guidelines for the Safe Use of Wastewater, Excreta and Greywater. [s.l.]: World Health Organization, 2006. v. 2: Wastewater use in agriculture.
Trabalho originalmente apresentado no 34º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan - Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizado de 3 a 5 de outubro de 2023, em São Paulo.
Fig. 3 – Fertirrigação em cortina vegetal na ETE
Pinheiros
Fig. 4 – Área próxima à ETE com potencial de uso de esgoto tratado
Benefícios da migração para o ambiente de contratação livre de energia elétrica
Hector Honorio Santos Tomelin, Michel Felipe Santos e Tuhã Schimit do Evangelho, do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Jaraguá do Sul (Samae-JS)
Depois de muitos estudos, em fevereiro deste ano o Samae de Jaraguá do Sul, SC, migrou para o ambiente de contratação livre de energia (ACL). A previsão inicial era de uma redução de custos da ordem de 20% sobre o ambiente tradicional a partir de 2025, mas as informações indicam o dobro disso. A recomendação é que as demais companhias de saneamento façam um movimento similar, com as devidas precauções. Veja como foi o processo na autarquia.
De acordo com o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento), a energia elétrica está entre as três maiores despesas das empresas de saneamento [1]. Em 2023, na Samae-JS, autarquia municipal de Jaraguá do Sul, SC, a energia elétrica representou 12,3% dos custos totais, ficando atrás apenas dos gastos com recursos humanos.
No mercado brasileiro, para cada 5 GWh consumidos, 3 GWh são no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e 2 GWh no Ambiente de Contratação Livre (ACL), com o último em ascensão em detrimento do ACR. Esse crescimento do ACL se deve à redução de custos de, no mínimo, 20% em relação ao ACR, além da liberdade de escolha de prestadores e condições de serviço. Com a possibilidade de reduzir os custos de energia, o Samae-JS tomou a decisão estratégica, em outubro de 2022, de designar uma força-tarefa composta pela área técnica, econômica e jurídica para estudar a viabilidade e requisitos
necessários para implementar a migração para o ACL, bem como outras possibilidades.
Em março de 2023, o Samae-JS comunicou formalmente à distribuidora local, a Celesc - Centrais Elétricas de Santa Catarina, que migraria as primeiras unidades de consumo (UC) de energia em fevereiro de 2024, o que de fato aconteceu. O prazo mínimo para comunicação à distribuidora local é de 180 dias. A geração de energia está sendo feita pela empresa Bid, vencedora do processo licitatório.
Este artigo apresenta a estratégia de migração para a compra de energia do mercado livre, as dificuldades percebidas e os primeiros resultados concretos obtidos.
Aspectos legais
Em relação à organização e princípios do processo, a principal referência era a Lei Federal 8666/1993, especialmente o artigo 57. No entanto,
essa lei deixou de vigorar em 31 de dezembro de 2023, e novos processos agora devem seguir a Lei 14.133, de abril de 2021. Para a definição do prazo da contratação, foi utilizada a Lei Municipal 8916/2021, que prevê despesas com compra e serviços de energia elétrica em todos os exercícios do Plano Plurianual.
Além desses aspectos gerais, foram observados os seguintes ordenamentos legais da esfera federal:
Lei 9074 (7/6/1995): Define delegação e prorrogação de concessões e permissões de serviços públicos, especialmente as de energia elétrica.
Lei 9427 (26/12/1996): cria a ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, responsável pela regulação e fiscalização da geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no país.
Lei 9648 (27/5/1998): altera a legislação em vigor, com fins de promover a competitividade e eficiência no setor elétrico.
Lei 10.438 (26/04/2002): cria novos mecanismos para universalização dos serviços públicos de energia elétrica, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA).
Lei 10.848 (15/03/2004): ordena aspectos institucionais do mercado nacional, como leilões de energia, criando a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com foco para promover a segurança sistêmica, a concorrência setorial e a modicidade da tarifa.
Lei 12.783 (11/01/2013): regulamentou a prorrogação de concessões de geração, transmissão e distribuição, bem como reduziu diversos encargos setoriais específicos de energia elétrica. Também foram observados aspectos específicos das resoluções nor-
mativas ANEEL 957 (22/02/2021) e 1000 (7/12/2021).
Para participar como agente de comercialização na CCEE, seja como comprador ou vendedor de energia, é essencial aderir à justiça arbitral nos contratos de comercialização de energia. Além da legislação setorial, é necessária uma autorização específica em nível local, uma vez que o Samae-JS é uma autarquia municipal. Essa autorização foi concedida pela Lei Municipal 9531/2023.
Resultados obtidos
A fim de avaliar a magnitude da energia no caso específico do Samae-JS, foram usados os dados de despesas de 2023. Conforme dados do Portal da Transparência [2], usando-se valores empenhados, o total geral de despesas da autarquia foi de R$ 77.263.253, divididos da seguinte forma:
• Gastos com pessoal: R$ 26.626.906 (34,46% do total).
• Despesas com operações, materiais e serviços: R$ 25.669.038 (33,22% do total).
• Energia elétrica: R$ 9.903.774 (12,82% do total).
• Demais despesas somadas: R$ 8.635.704 (11,18% do total).
Considerando uma redução mínima de custos com energia de 20%, espera-se uma economia anual de pelo menos R$ 2 milhões a partir do segundo ano de migração, representando 2,56% dos gastos gerais da organização com serviços de água e esgoto. Como esta é uma ação comercial e organizacional que não requer intervenções de engenharia ou equipamentos especiais, o custo/benefício é bastante atrativo. É importante notar que esse padrão de comportamento na estrutura dos custos se manteve
consistente ao longo dos anos anteriores.
Esses dados confirmam a percepção já existente no segundo semestre de 2022. Desse modo, a presidência do Samae-JS designou o diretor técnico e analista econômico para liderar os trabalhos em conjunto, a fim de se obter ganhos econômicos e manter a segurança energética e operacional. Por outro lado, foi requerida assistência da área jurídica e setor de compras e licitações no sentido de prover a melhor aderência aos preceitos legais. Optou-se, inicialmente, por realizar os procedimentos para migração, aquisição e adequações de nove das 10 unidades de consumo (UC) de alta tensão, como estações de tratamento de água e esgoto e elevatórias, que representam cerca de 70% do consumo total, com contrato de cinco anos para geração de energia. As unidades restantes, de baixa tensão, serão migradas através da locação de ativos (geração distribuída), devido ao menor potencial de ganho (15%) e menor consumo, além de ser um processo menos burocrático. Durante a elaboração deste artigo, está em curso a preparação do processo licitatório.
Análise e discussão dos resultados
A força-tarefa decidiu por denunciar os contratos de geração de energia junto à distribuidora local em março de 2023 (prazo mínimo de denúncia de 180 dias), ao mesmo tempo que dispunha dos seguintes itens:
• Preliminares de análise de ambiente;
• Roteiro básico de ações;
• Seleção das UCs a migrar com a denúncia de contrato de geração dessas UCs;
• Pesquisa de mercado do preço de geração de energia;
• Termo de referência para processo licitatório;
• Edital para aquisição de geração de energia; e
• Levantamento de adequações técnicas das UCs.
Outra decisão relevante é que a comparação entre o custo de energia no ACL de como seria no ACR é feita pela consultoria externa (validada pela força-tarefa). A análise toma como base os valores cobrados pelo novo fornecedor da energia gerada e o faturamento feito pelo distribuidor local de energia (Celesc), que continua exercendo a distribuição e medição da energia consumida.
Os dados iniciais (fevereiro e março de 2024) das quatro primeiras UCs que se encontram no ACL indicam que a economia será em torno de 46% para 2024 nas UCs migradas, conforme pode ser observado na tabela I e figura 1 (dados de fevereiro e março de 2024). Trata-se de uma performance muito superior à expectativa inicial de 30% para as UCs de alta tensão.
De fato, deve-se observar que as primeiras UCs foram migradas em feveveiro de 2024 e a última em setembro, a um custo licitado de R$ 100 por MWh.
Os cálculos foram feitos considerando a geração, distribuição, impostos
Estudo de caso
Tab. I – Gastos com energia ACR vs. ACL – Fevereiro e março de 2024. Fonte: Autores
Fig. 1 - Despesa em R$ com energia ACL x ACR – Fevereiro e março de 2024. Fonte: Autores
decorrentes, taxas e garantias finan ceiras do sistema elétrico. As medi ções são feitas pela distribuidora local (como mencionado anteriormente, a Celesc continua responsável pela me dição de consumo efetivo e a distribui ção de energia). Não há custos ocultos em qualquer medida feita.
A redução de custo (em relação ao sistema cativo – ACR) é concreta, validada por terceiros (sem conflitos de interesse), portanto efetiva. As atua‑ lizações futuras correrão conforme a variação anual do IPC A, e não pelos reajustes concedidos às distribuidoras de energia, nem sujeitas a bandeiras tarifárias e penalizações de consumo. Tudo isso somado permite previsibili dade orçamentária.
Desse modo, a previsão inicial de redução de custos, que era da ordem de R$ 2 milhões a partir de 2025 (pri meiro ano em que todas UCs de alta tensão estavam convertidas), passam a ser do dobro do valor, ou seja, aci ma de R$ 4 milhões, ou mais de 5% do custo total da autarquia. Trata se de um benefício adicional.
Há dois ganhos institucionais adi
de energia, o qual torna o processo de negociação igualitário entre consu midor e fornecedor, pois não se trata mais de contrato de conformidade, como é o hábito com as distribuidoras locais; e a energia passa a ter geração incentivada, ou seja, de fontes reno váveis de forma explícita e certificada, contribuindo assim decisivamente para manutenção do meio ambiente.
Como em qualquer mudança, observa se que há aspectos que fa vorecem e outros que criam empe cilhos. Cabe aos gestores verificar se os benefícios compensam o esforço e o desgaste, que são inerentes a qual quer processo, especialmente um que altera paradigmas enraizados na cul tura organizacional. Um resumo nes se sentido é apresentado na figura 2, que usa elementos de análise SWOT e conceitos de risco.
Uma dificuldade para implemen tação nesse tipo de projeto advém de dois aspectos interrelacionados: cultura organizacional de desconfian ça e inércia institucional. Desde tem pos imemoriais, a prática reside em se contratar a distribuidora local para
energia (geração e distribuição), sob a falsa premissa que não existe opção de escolha. Por outro lado, a legislação que cria o ACL remonta a 1995, ou seja, há três décadas.
Apesar das dificuldades, como bu rocracia por vezes exagerada, resistên cia inicial e o fato de ainda ser um pro cesso em curso, as vantagens econô micas e institucionais são irrefutáveis, demonstrado nos dados preliminares e corroborado pela análise de redução de custo.
Um risco a ser administrado de riva do fornecedor de energia gera da. Deve se adotar critérios ríg idos que assegurem solidez financeira e econômica, a fim de garantir a conti nuidade do fornecimento de energia gerada. Caso o fornecedor entre em default no mercado, ou decida rom per unilateralmente com o forneci mento, em algum momento terá de ser substituído. Os cenários possíveis, nessa hipótese, são de que o consu midor seja obrigado a voltar ao ACR ou negociar energia a um custo mais alto. Ambas as condições são econo micamente desfavoráveis ao consu‑
Estudo de caso
Forças
• Redução de custos
• Transparência
• Maior domínio do gerenciamento energético
Oportunidades
• Preços competitivos
• Energia renovável e sustentável
• Relação Samae/ fornecedor igualitária
• Maleabilidade quanto a ajustes
Free energy
Fraquezas Ameaças
• Desconfiança e inércia culturais
• Postura “não pode” em detrimento do “como resolver”
• Burocracia excessiva
• Controle externo - viés contra ACL
• “Engessamento” legal - Lei 8666
• Flutuações de mercado
Fig. 2 - SWOT migração para o ACL e geração distribuída. Fonte: Elaboração própria
Conclusões e recomendações
O processo deve continuar até a conversão do máximo possível de UCs de alta tensão com viabilidade de migração para o ACL. De forma análoga, a ação deve ser acelerada para as UCs de média e baixa tensão para a geração distribuída, a fim de maximizar os ganhos.
Recomenda-se a adoção de garantias contratuais (seguro-garantia) ou instrumento de “travamento” da energia contratada em favor do consumidor, além de pesadas multas pelo rompimento unilateral, a fim de evitar rompimentos unilaterais do contrato. Recomenda-se fortemente que outras empresas de saneamento adotem política semelhante e que esse processo seja maximizado.
Agradecimentos
Agradecemos ao Samae de Jaraguá do Sul pela oportunidade de analisar os dados para esse estudo, e em especial ao Diretor Presidente, Onésimo José Sell.
Referências
[1] Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, base de dados histórica: http:// app4.mdr.gov.br/serieHistorica/
[3] Agência Nacional de Energia Elétrica. Statistical Yearbook of Electric Energy. Brasília. 2023.
[4] Aven, Terje. Risk Analysis: Assessing Uncertainties Beyond Expected Values and Probabilities. Chichester, UK: John Wiley & Sons, 2008.
[5] Borges, M.C.P., et al. The Brazilian National System for Water and Sanitation Data (SNIS): Providing information on a municipal level on water and sanitation services. Journal of Urban Management, 11, 4. 2022.
[6] Cui, W. Macroeconomic Effects of Delayed Capital Liquidation. Journal of European Economic Association, 20(4), 1683-1742. 2022,
[7] Fayol, H. General and Industrial Management. London: Pitman.1949.
[8] Ferguson, C.E. Microeconomia. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 1999.
[9] Gürel, Emet. SWOT Analysis: A Theoretical Review. The Journal of International Social Research, vol. 10, n. 51, 2017.
[10] Hackman, J. R., & Oldham, G. R. Work redesign. Reading, MA: Addison-Wesley. 1980.
[11] Toffler, A. The Third Wave. New York, NY: Bantam Books.1980.
Guia de distribuidores de materiais hidráulicos
O levantamento traz a relação dos distribuidores dos principais produtos usados em estações de água e esgoto e sistemas prediais de residências e indústrias, como bombas, tubos, produtos químicos e válvulas. Separadas por unidades de federação, as empresas podem ser facilmente localizadas no guia.
Tubos e conexões
Empresa/ Telefone/ E-mail UF
BA Elétrica (92) 9997-4023 ecommerce@baeletrica.com.br
Instalações prediais Instalações industriais Saneamento Plástico Metálico Outros materiais Uso doméstico Submersa Indústria em geral Construção civil Submersível
Produtos químicos Equipamentos de combate a incêndio Aquecedores de água Caixas d’água Instrumentos e medidores Ferramentas
Válvulas e registros
Bloqueio e controle de fluxo Controle de pressão De uso predial Outros tipos de válvulas
Materiais Bombas
Empresa/ Telefone/ E-mail UF
Irgon (35) 99735-2292 irgontoni@yahoo.com.br
Pamcore (31) 99620-0603 comercial@pamcore.com.br
AAZ Materiais (42) 99919-1312 vendas@aaz.ind.br
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Paris Hidroluz (19) 99918-7867 vendas1@parisaqualux.com.br
Pumps Brasil (19) 3859-2626 comercial@pumpsbrasil.com.br
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.477 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Hydro, novembro e dezembro de 2024.
Este e muitos outros Guias HY estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/hydro e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
OConexão
Caixa de polímero composto pré-moldada para VRP e macromedidor
O artigo apresenta o desenvolvimento de uma caixa composta pré-moldada para VRP - válvula redutora de pressão e macromedidor de baixo custo, fácil de montar e manusear, reduzindo os riscos de acidentes nas obras, mas com mesma resistência das caixas pré-moldadas tradicionais de concreto.
Polo Manutenção Jardins em São Paulo compreende uma área de 100 km², com 1,2 milhão de habitantes fixos e 645 mil flutuantes. 100% dos clientes têm serviço de água (2258 km de rede) e 99% coleta de esgoto (1865 km), dos quais 90% são tratados. A área busca promover ações e projetos para os colaboradores, incluindo agendamento e realização de benchmarking, treinamentos, atendimento consultivo, alinhamento da rotina de fiscalização em campo, contratação de consultoria especializada e a busca por inovações a partir de ideias sugeridas pelos próprios colaboradores. Um exemplo dessa inovação é a caixa de polímero composto apresentada neste artigo.
A iniciativa visa desenvolver uma caixa para válvula redutora de pressão (VPR) e macromedidor de baixo custo, fácil de montar e manusear, que reduza riscos de acidentes e mantenha a mesma resistência das caixas prémoldadas tradicionais de concreto.
Osmar Brandão dos Santos, Eliseu Oliveira Mendes, Sergio Mesquita e Jonathan Fernandes da Mata, da Sabesp
Para garantir a viabilidade da inovação, o fabricante da caixa forneceu relatórios técnicos de ensaio e amostras com aplicação de carga de 60 toneladas. De acordo com o relatório, a caixa suportou uma carga de 412 kN durante 30 segundos, sem apresentar fissuras, trincas ou colapso.
Objetivo
A caixa de polímero composto foi projetada para reinventar a montagem de caixas de alvenaria e de concreto pré-moldadas para VRPs e macromedidores. Suas principais características são:
• Material 100% reciclado e reciclável: promove a sustentabilidade e preservação ambiental.
• Suporte de carga: capaz de suportar mais de 40 toneladas de carga vertical (ABNT NBR 10160 D400).
• Facilidade de manuseio: não necessita de muncks ou guindastes, pois pode ser facilmente manipulada pelo ser humano.
• Redução de mão de obra: a instalação requer menos da metade da mão de obra comparada à instalação de caixas de concreto.
• Economia em acabamento: não há necessidade de arremates de tubulações e acabamentos com argamassas, já que a furação é facilmente feita com serra copo.
• Eficiência na instalação: permite que as instalações sejam concluídas no mesmo dia, evitando atrasos e acidentes com valas abertas por tempo excessivo.
• Segurança: os riscos de acidentes são drasticamente reduzidos devido à facilidade de manuseio e à leveza das caixas.
Metodologia
A caixa é feita de polímero composto reconstituído e reciclável, oferecendo uma alternativa inovadora às tradicionais caixas de concreto. O custo com equipamentos de movimen-
tação é reduzido em mais de 50%, comparado à infraestrutura necessária para caixas de concreto. As peças seccionadas se integram facilmente, proporcionando um elevado grau de resistência e permitindo construções de diferentes dimensões, conforme a necessidade do projeto e local de instalação (2, 3, 5 metros de largura e profundidade).
Além disso, as caixas oferecem fácil manuseio, transporte e furação, sem a necessidade de cortar a tubulação para instalação, pois podem ser montadas ao redor da tubulação existente. As caixas são 90% a 95% mais leves que as convencionais de concreto, semiestanques, e sua montagem é rápida e simples, podendo ser realizada por qualquer colaborador treinado. As peças pré-moldadas se encaixam umas nas outras, eliminando a necessidade de utilizar equipamentos pesados para a instalação.
As figuras 1 a 3 apresentam as metodologias utilizadas para construção da caixa para VRP e macromedidor antes (caixa de alvenaria), hoje (caixa de concreto pré-moldada) e a metodologia inovadora (caixa de polímero
Fig. 1 - Metodologia utilizada antes: caixa de alvenaria
Fig. 2 - Metodologia utilizada hoje: caixa de concreto pré-moldada
Fig. 3 - Metodologia inovadora: caixa de polímero composto
composto). Foram consideradas as mesmas medidas para a montagem.
Antes da instalação da caixa na área do Polo Manutenção UGR Jardins, foram realizadas reuniões estratégicas com os representantes do fornecedor, lideranças e terceirizados para definição de projetos, local e acompanhamento em campo. A instalação foi realizada na Rua Paris, no bairro de Perdizes, São Paulo. A UGR Jardins também informou o local, data e horário da ação com antecedência à Manutenção Centro (MC), para que as unidades tivessem conhecimento sobre a nova metodologia e enviassem representantes da área para acompanhamento.
Resultados alcançados
A implantação da caixa de polímero composto para VRP e macromedidor se tornou um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos, de métodos, procedimentos, diretrizes e experiências, definindo as possibilidades de produção de bens e serviços para o atendimento de necessidades da sociedade e dos trabalhadores.
A flexibilidade e rapidez da instalação da caixa no Polo Manutenção Jardins foi promissora. A inovação pode ser empregada tanto em larga escala, como de forma pontual, dependendo das condições de contorno do local. Ficou evidente a significativa redução de peso e manuseio dos materiais pelos empregados, trazendo mais segurança e confiabilidade da montagem da caixa dentro da vala.
O custo/benefício foi visível, não havendo a necessidade da utilização de máquinas de grande porte e mão de obra especializada, pois as peças
são de fácil montagem. A caixa de polímero composto se torna um método viável para construção de caixas para VRPs e macromedidores. Após testada e aprovada em diversas situações, a nova metodologia poderá ser utilizada por toda a Sabesp.
A nova metodologia demonstrou sua eficiência e conquistou a confiança dos moradores da região. A via não precisou ser interrompida, o fechamento da vala foi ágil e o trânsito no local da obra foi liberado em apenas 6 horas, mesmo com interferências subterrâneas. Utilizando metodologias convencionais, a duração mínima seria de 10 horas sem interferências de outras concessionárias, e com interferências, seria difícil mensurar o tempo de instalação.
Conclusões
A inovação tem a importância de investir em estratégias diferenciadas para se destacar e facilitar os serviços no ambiente de trabalho. Entretanto, muito mais do que boas ideias, que
geralmente são vistas como inovadoras, a aplicação de um novo processo, tecnologia ou cultura organizacional demanda planejamento. Afinal, a inovação deve ser economicamente viável, escalável e capaz de oferecer soluções de maneira inédita. Será importante avaliar para as próximas instalações a estabilidade estrutural da caixa de polímero composto em outras condições de solo instável, lençol freático elevado, submissão de cargas móveis e a resistência em vias públicas de tráfego intenso.
O Polo Manutenção Jardins já está realizando novas reuniões com as contratadas e partes interessadas para instalar a caixa em solos e locais diversificados, para que se tenha a comprovação da eficiência do produto em todos os aspectos técnicos.
Referências
1. Bells. http://bells.ind.br/
2. Norma Técnica Sabesp (NTS 292: 2017)
3. Norma Técnica Sabesp (NTS 299: 2016)
4. CivilsNet Infrastructure Technologies Company Insights, Tech Stack, and Competitors | Slintel.
Fig. 4 – Instalação da caixa de polímero composto
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Medidor de água
O MVM PLUS C, da Aépio, é um medidor de água com corpo produzido em plástico composite e opcional em latão. Ideal para serviços públicos e instalações externas, apresenta medidor vo-
lumétrico de pistão rotativo para água fria, vazão inicial de 3,125 L/h e relojoaria giratória de 360°.
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Válvula gaveta
A válvula gaveta em termoplástico PE 100 (SDR 11 PN 16 bars) da Aqua Plastic é
voltada para aplicação em água e gás. A solução dispensa o uso de flanges, porcas e
parafusos, o que diminui a incidência de vazamentos.
Site: https://aquaplastic.com
Filtros disco
A linha de filtros disco da Azud Brasil remove partículas inorgânicas e orgânicas suspensas maiores que 5-400 μm, com forneci-
mento ininterrupto de água filtrada devido à retrolavagem sequencial de cada elemento filtrante.
Site: www.azud.com
Análise ambiental
A Calibre Scientific, representante da marca Macherey-Nagel no Brasil, disponibi liza o sistema NANOCOLOR de análises ambientais. O equipamento é capaz de avaliar mais de 200 pa-
râmetros, dentre eles TOC - Carbono Orgânico Total com digestão em 1 hora, DQO - Demanda Química de Oxigênio, nitrogênio total e fósforo total com digestão rápida de 30 minutos. Os sistemas podem ser adquiridos em versões de bancada ou portáteis para análise em campo e apresentam recurso de medição de turbidez integrada.
Site: www.carvalhaes.net
Mídia filtrante
O Watercel ZF, da Celta Brasil, é uma mídia filtrante à base de zeólita quimicamente modificada para remoção de ferro e manganês de águas e efluentes. A solução acilita a retrolavagem devido à baixa densidade (0,98 kg/L), reduz a perda de carga em virtude da alta porosidade, promovendo maior capacidade de produção de água com altas taxas de filtração
(10 a 30 m³/m²/h) e promove alta capacidade de remoção de ferro e manganês (até 11 ppm Fe e 6 ppm Mn).
Site: www.celtabrasil.com.br
Atuadores elétricos
A nova linha de atuadores elétricos CQT STD da Coester é composta por seis modelos ¼ de volta direto (CQT 02/06/15/30/75/170). Os
produtos cobrem torques de 30 a 2300 Nm e podem ser utilizados em diversas aplicações industriais.
Site: www.coester.com.br
Desengordurante
A Eco Renova comercializa limpadores, desengraxantes, desengordurantes e
saneantes à base de água e biodegradáveis. O destaque fica por conta do Economic, uma tecnologia em química verde capaz de limpar redes com até 100 m de extensão em uma hora com apenas 40 L do produto e 1260 L de água. Além de não agredir o meio ambiente, a solução reduz a frequência da limpeza em até quatro vezes.
Site: https://ecorenova.com.br
A revista Hydro é enviada gratuitamente para profissionais e empresas devidamente qualificados. Se você está interessado em receber a revista, preencha todos os campos pertinentes deste formulário e envie-o para:
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A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos seus dados. Alternativamente, você pode preencher a ficha de qualificação via Internet: www.arandanet.com.br/revista_hydro/ hydro_assinaturas.htm
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Data: / / Assinatura:
Área
Comercial/vendas
Marketing Produção
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Operação
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Outra. Especifique:
Formação profissional Engenheiro. Modalidade:
Tecnólogo. Modalidade:
Técnico (2º G). Modalidade:
Outra. Especifique:
Número de empregados da empresa/divisão
Até 50
51 a 100
101 a 500
501 a 1000
Acima de 1000
Perfil da empresa Indique abaixo a opção que melhor descreve as atividades de sua empresa / organização:
1
Engenharia – Serviços técnicos especializados
Tipo de serviço: consultoria projetos instalações, montagens manutenção, reformas outros
Mercados em que atua: instalações hidrossanitárias prediais tratamento de água tratamento de esgotos sanitários tratamento de efluentes industriais redes públicas de distribuição
2. Empresa / concessionária de serviço público de saneamento
Empresa estadual de saneamento
Empresa / autarquia municipal de água e esgotos
Concessionária de serviço público de saneamento
3. Indústria (ver também seção 4)
Setor em que a empresa se enquadra:
Mineração
Alimentos
Bebidas
Têxteis
Vestuário, confecções
Produtos de couro, calçados
Papel e celulose
Refino de petróleo, álcool
Petroquímica
Química
Farmacêutica
Produtos de limpeza, perfumaria
Tintas, vernizes e produtos afins
Borracha e plásticos
Vidro, cimento, cerâmica
Metalurgia de metais ferrosos
Siderurgia
Metalurgia de metais não-ferrosos
Fundição
Tratamento de metais, trefilação e afins
Automotiva e autopeças
Geração de energia elétrica
Outro. Especifique:
4. Fabricante de produtos para o mercado de água e saneamento
Segmentos em que atua: instalações hidrossanitárias prediais tratamento de água
tratamento de esgotos sanitários tratamento de efluentes industriais redes públicas de distribuição drenagem urbana
5. Construção civil & Setor imobiliário
Empreendedor / incorporador imobiliário
Construtora
Escritório de arquitetura
Administração imobiliária / condominial
Empresa de gestão predial (facility)
Outro. Especifique:
6. Comércio & Serviços
Revendedor de material hidráulico
Shopping center, hipermercado
Hotel e assemelhados
Hospital
Clube, balneário, centro de lazer, parque Outro. Especifique:
7. Outros
Instituto de pesquisa, laboratório, serviços de ensaios e de certificação
Escola
Agência / Comissão de serviços públicos
Administração federal, estadual, municipal Associação
Outro. Especifique:
Preservação de amostras – A Cetesb disponibilizou o Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras: Água, Sedimento, Comunidades Aquáticas e Efluentes Líquidos. Escrita em cooperação técnica com a ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, a obra, em sua segunda edição, traz novidades e atualizações, além de novas ilustrações, fotografias e gráficos. Os capítulos incluem temas como programa e planejamento de amostragem; planejamento e organização dos trabalhos de campo; controle de qualidade na amostragem; equipamentos de coleta e amostragem de águas para consumo humano e águas subterrâneas. Com 458 páginas, o documento pode ser acessado pelo link: https:// abrir.link/UgRhY.
Recursos hídricos – A ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico publicou a Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2023. A primeira versão do Relatório de Conjuntura foi lançada em 2009 e, desde então, a publicação vem sendo apresentada por meio de dois documentos: o Relatório de Conjuntura, que traz um balanço da situação e da gestão dos recursos hídricos com periodicidade quadrienal, e os Relatórios de Conjuntura – Informes, atualizações de periodicidade anual. O Conjuntura foi concebido para ser
um importante apoio para a avaliação do grau de implementação do PNRH - Plano Nacional de Recursos Hídricos e da Política Nacional de Recursos Hídricos. Mais compactos, os Relatórios de Conjuntura – Informes têm como objetivo avaliar as modificações do ano precedente, no que diz respeito à ocorrência de eventos hidrológicos extremos, às condições de qualidade das águas superficiais e aos demais fatos relevantes em relação aos usos dos recursos hídricos, além da evolução da gestão. Com 133 páginas, a edição 2023 pode ser baixada pelo link: https://abrir.link/fKtFd.
Publicações
o lançamento da edição original, como a oxidação fotoquímica e o tratamento biológico com membranas submersas (MBR). O livro também atualiza dados e referências sobre a situação dos recursos hídricos no Brasil, consumo e demanda e legislação, incluindo as pautas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030. Editora Oficina de Textos (https://abrir.link/JbQgr), 160 páginas.
Água na indústria – Escrita por José Carlos Mierzwa, Jonathan Espindola e Ivanildo Hespanhol, a obra Água na Indústria: Uso Racional e Reúso oferece estratégias para o setor industrial que buscam economia, sustentabilidade e mitigação de impactos ambientais relacionados ao consumo de água e ao lançamento de efluentes, cada dia mais prementes. Em sua segunda edição, o livro apresenta as principais técnicas para tratamento de água, como sistema convencional de tratamento e as principais inovações em técnicas e tecnologias para o tratamento de água implementadas nas duas décadas desde
Saneamento – Sem acesso à água tratada e aos serviços de coleta e tratamento de esgoto, a população sofre com doenças relacionadas à falta de saneamento, o que afeta suas atividades cotidianas, como estudo, trabalho e lazer. Para um estudante do ensino médio, por exemplo, a ausência de saneamento básico compromete o desenvolvimento escolar e impacta diretamente a progressão para o mercado de trabalho. De acordo com o estudo do Instituto Trata Brasil Futuro em Risco: os Impactos da Falta de Saneamento para Grávidas, Crianças e Adolescentes, alunos sem saneamento básico apresentam atraso escolar médio de 1,8 ano em comparação aos estudantes com acesso ao básico. A pesquisa é feita com base em informações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O estudo completo, com 76 páginas, pode ser consultado pelo link: https://abrir.link/kAutX.
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Saneamento em Pauta
Ainovação é um elemento fundamental ao aperfeiçoamento do posicionamento competitivo das empresas. No setor de saneamento isto não é diferente. Como uma associação que trabalha há 38 anos pelo saneamento ambiental, pela saúde e qualidade de vida, a AESabesp tem toda sua identidade corporativa centrada nos temas inovação e tecnologia.
O 35° Encontro Técnico e a Fenasan, maior evento anual de saneamento ambiental da América Latina, realizado em outubro, são ambientes que incentivam e induzem para tecnologia e inovação. O encontro contou com a participação de mais de 350 empresas expositoras que, ao longo das edições anteriores, durante três décadas, vêm aproveitando o evento para inovar, promover lançamentos e anunciar mudanças de gestão. Neste ano, para mais de 34 mil visitantes.
Com isso a AESabesp assume papel de interveniente importante de comunicação, promovendo discussões e debates sobre a essencialidade da estrutura de fornecimento de água tratada como elemento fundamental da natureza. Além disso, o modo dos sistemas de coletas de esgoto deveria e realmente é percebido e valorizado pelos usuários do serviço e a população, além das outras modalidades do saneamento ambiental. Dessa forma, comunicar, dialogar e debater tornam-se ferramentas para este entendimento.
Pelo lado econômico, em 2020, a atividade do saneamento básico do Brasil agregou 0,7% de bens e serviços à atividade econômica no país, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E com a nova lei nacional (14.026/2020) que rege o setor, esse
percentual relativo será crescente até 2033, emergindo dessa maneira a necessidade de todas as formas de inovação como oportunidade.
Segundo o balanço de agosto de 2024 do ITB - Instituto Trata Brasil (Plansab - Plano Nacional de Saneamento Básico), será necessário investir R$ 46,3 bilhões ao longo dos próximos 11 anos para universalização da infraestrutura e prestação de serviços de saneamento. Esses recursos impressionantes em investimentos futuros mobilizam a associação em um território de enriquecer parcerias, na procura por projetos que impactem favoravelmente na sociedade e no meio ambiente e contribuam na economia para alavancar a geração de renda. Os desafios para a universalização dos serviços, mobilização e gestão desses novos ativos vão muito além das práticas atuais tradicionais da engenharia e regulação sanitária e ambiental. A necessidade é dobrar o atual nível de investimentos no setor, que requer muita prospecção de tecnologia e inovação focada nestes objetivos.
As inovações proprietárias, as melhores práticas de gestão eficientes e eficazes são fundamentais. A hesitação que permeia é se essas ações serão suficientes para universalizar a prestação dos serviços e como estes ativos serão salvaguardados em todo o ciclo de regulatório.
A AESabesp busca a efetividade de suas ações em toda a amplitude da régua da maturidade tecnológica. A formação e educação estão com diversas ações: as parcerias com a academia são oportunidades de identificar possibilidades de incentivar pesquisas básicas e aplicadas, e a ocupação de espaço em mídias faz o jovem profissional voltar a ter interesse em ingressar no saneamento.
Pierre Siqueira, Diretor de Inovações da AESabesp - Associação dos Engenheiros da Sabesp
A entidade está voltada para qualificar a mão de obra em todas as perspectivas para incorporar inovações, das incrementais até as de maior impacto. São realizados convênios com entidades educativas e outras associações. Nesse sentido, a AESabesp organiza qualificação profissional, fornece bolsas de estudo e promove competições específicas entre profissionais.
Desde 2017, a AESabesp quer encontrar inovação em colaboração com startups que consigam se tracionar no saneamento fazendo testes de conceito, prototipação e homologação, para dar ganhos de escala nos negócios do setor. Em novembro, estivemos presentes na 11ª edição da CASE2024 - Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo, principal ecossistema de inovações abertas brasileiro da ABSTARTUPS - Associação Brasileira de Startups.
O ambiente do evento é propício ao novo, propulsor de desenvolvimento, e o desafio colocado ao saneamento é como interagir de fato com as inovações colaborativas. As oportunidades para empresas introduzirem inovação aberta para contribuir com a universalização e rentabilidade do saneamento estão na definição de desafios corporativos geradores de valor. Ao encontrar dores fortes e profundas na gestão e detalhar ação pontual insolúvel, o incitamento deve ser agudo para que o ambiente inovador Colab busque incorporar inovações digitais corporativas e mesmo de processos de saneamento em outros segmentos mais avançados, como fintechs, agrotechs, edtechs, healthtechs e govtechs.
Enfim, os desafios para a inovação no saneamento voltados à universalidade da prestação são imensos. A montagem de um plano estratégico com portfólio de desafios, tanto das concessionárias como dos fornecedores, contendo prazos e métricas, dará competitividade a todas as partes interessadas do setor.
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Sistemas de tubulação para plantas de dessalinização e reutilização de água
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