Sumário
DESTAQUE
ESPECIAL Nova edição da Feira Internacional de PRÉVIA FEIMEC Máquinas e Equipamentos acontece no próximo mês, em São Paulo (SP). Confira alguns dos lançamentos que os expositores estão preparando.
Análise de fratura em chapas de aço ARBL furadas por processo convencional e por escoamento.
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30 GUIA
BIEMH
Prévia da Bienal Internacional de Máquinas-ferramenta (BIEMH), que acontece de 13 a 17 de junho, em Bilbao, mostra a fabricação avançada no setor de máquinas-ferramenta.
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Fornecedores de fresas de ponta esférica.
Compressão a quente do aço SAE1045: prática versus simulação computacional.
ARTIGOS
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Abril - 2022
SEÇÕES
Capa: Fresa M5B90 da Sandvik Coromant, para faceamento e acabamento de alumínio. Foto cedida pela empresa. Layout da capa: Vanessa C. Silva
Carta ao leitor ........................................................................................ 06 Notas & Informações ............................................................................. 08
Anunciantes A Abrasipa ........................................................................................ 12 Alma do Brasil ............................................................................... 37 Alvex..............................................................................................53 Amafond........................................................................................ 23 Ascoval/Emerson ..........................................................................35
Intersolar.......................................................................................43 Iscar do Brasil .......................................................................2a Capa K Kolver Weber ................................................................................. 17 I
Autoform ....................................................................................... 51 B Biemh ............................................................................................58 Blaser ............................................................................................ 11
M Metalúrgica Schioppa ................................................................... 16 N Nitrocut ......................................................................................... 47 P Progetto Machine Fonderia........................................................... 23 Purgex ........................................................................................... 28 R Rapid ............................................................................................. 13
BLM Group ......................................................................... 16-21-50 C Canserv ......................................................................................... 52 D Dassault ........................................................................................ 25
Roder Ferramentaria .....................................................................50 S Sandvik .................................................................................4a Capa SEW ......................................................................................3a Capa
Dellbro...........................................................................................53 Drag EUA .......................................................................................39 E Erwin Junker ................................................................................. 31
Superfinishing ............................................................................... 07 T Tajmac ..................................................................................... 04-05 Tecmes .......................................................................................... 49
Esquadros ..................................................................................... 27 F Feimec ........................................................................................... 41 FNM ............................................................................................... 52
Trumpf ........................................................................................... 15 Tsesa ............................................................................................. 57 W WGO ..............................................................................................29
Forte Proteções............................................................................. 24 As opiniões constantes de artigos assinados não são necessariamente coincidentes com as de Máquinas e Metais
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Carta ao Leitor
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Estamos todos de volta Após tempos em que o contato direto se tornou uma experiência rara, o setor metalmecânico se reúne novamente para trocar experiências e apresentar o resultado de anos de trabalho silencioso voltado para a evolução dos processos produtivos.
O
recolhimento que nos foi imposto pelos tempos pandêmicos pode ter deixado algumas sequelas, mas foi também uma oportunidade de autocrítica transformadora, tanto na esfera pessoal quanto na corporativa. Mudanças surgiram e, no cômputo geral, foi possível verificar um pequeno salto evolutivo na forma como encaramos o trabalho e as nossas rotinas. Empresas se modernizaram, a digitalização bateu à porta de todos com um universo de novas possibilidades e a automação passou a ser vista não só como uma aliada da produtividade, mas também da preservação de vidas. Não fosse o relativo grau de maturidade de uma parcela da indústria de manufatura e do setor de serviços nesse quesito, o desabastecimento teria sido mais uma variável indesejável dos difíceis tempos de pandemia. Chamada à responsabilidade, a indústria reagiu e respondeu com atitude, pesquisa e desenvolvimento. E agora, no caso do segmento metalmecânico, é chegado o momento
de exibir presencialmente o que foi criado ao longo desse período que representa uma parte infinitesimal da nossa História, mas que revolucionou a gestão e deu novas direções a milhares de empresas. A Feimec, Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, que se realiza em São Paulo (SP), no mês de maio, em formato presencial, será, com toda certeza, um divisor de águas nesse sentido. Será mostrado ali o trabalho realizado pelos setores de pesquisa e desenvolvimento das empresas do setor metalmecânico nos últimos três ou quatro anos, com a possibilidade de troca de ideias in loco, algo que havia se tornado um luxo e um risco. A expectativa é grande por parte das empresas expositoras, que vinham se preparando para trazer a público novos produtos e serviços desde 2019, quando foram realizadas as últimas grandes feiras presenciais. Parte das novidades que elas estão preparando pode ser vista na cobertura prévia da feira, a partir da página 32 desta edição.
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Máquinas-ferramenta, sistemas de automação, software, serviços conectados e impressão 3D de metais integrada às rotinas de manufatura são algumas das atrações previstas. Tais temas, por sinal, têm sido também objeto frequente das newsletters* e da seção de notícias no site da Máquinas e Metais, que pode ser acessada diretamente no link https:// www.arandanet.com.br/revista / mm/noticias. Aos expositores e aos visitantes desejamos um feliz retorno à possibilidade de conhecer realmente de perto o resultado do trabalho de milhares de profissionais que promovem o avanço da indústria brasileira de máquinas-ferramenta e de manufatura de metais. A Máquinas e Metais está ao lado de todos. Hellen Corina de Oliveira e Souza Diretora de redação hellen.souza@arandaeditora.com.br
* Cadastre-se para receber a newsletter quinzenal da Máquinas e Metais no link: https://bit.ly/3uzxCua
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MÁQUINAS E METAIS, revista brasileira de tecnologia de usinagem e automação da manufatura, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. MM é enviada gratuitamente todos os meses para 15.000 leitores qualificados dos setores mecânico e metalúrgico de todo o Brasil. Redação, Publicidade, Administração e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - BRASIL Tel.: +55 (11) 3824-5300 - info@arandanet.com.br www.arandanet.com.br
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Notas & Informações
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Nova classe de metal duro é indicada para a usinagem de superligas A norte-americana Hyperion Materials & Technologies anunciou o desenvolvimento da sua nova classe de metal duro AM110, com base em carbeto de tungstênio. O material é apropriado para a fabricação de ferramentas de corte para a usinagem de superligas metálicas, ou ligas de alto desempenho, normalmente constituídas de um metal-base como níquel, cromo, cobalto ou ferro-níquel, podendo conter ainda teores de metais especiais. As superligas, das quais a Inconel é um exemplo, são caracterizadas pela alta resistência mecânica, à corrosão e à oxidação, mas também pelo intenso desgaste das ferramentas de corte que elas provocam durante o processo de usinagem.
Empresa desenvolve novo grade de metal duro especial para a usinagem de superligas metálicas como Inconel. Imagem: Hyperion
Em comunicado à imprensa, a empresa informou que ferramentas rotativas confeccionadas com a nova liga apresentaram aumento da vida útil em torno de 35% em relação a ferramentas de metal duro convencionais. O material é fornecido em blanques e barras com diferentes dimensões, com dureza HRA de 91 e projetadas para assegurar a dureza, a tenacidade e a resistência
à abrasão, propriedades necessárias para usinagem de superligas nas aplicações industriais atuais. Entre os principais mercados para a novo material estão os segmentos aeroespacial, médico e de energia, nos quais a qualidade e a produtividade são críticas para a fabricação de componentes de precisão. “A usinagem de superligas traz um conjunto diferente de desafios devido ao calor intenso e à alta pressão no ferramental. Nossa classe de barras de metal duro AM110 pode superar esses desafios, produzindo ferramentas que oferecem resultados mais previsíveis com arestas de corte que quebram com menos frequência”, informou Ron Voigt, CEO da Hyperion.
Soldadoras portáteis a laser, um recurso versátil para o setor metalmecânico A soldagem a laser é um processo que utiliza a já consagrada tecnologia de amplificação de luz por emissão estimulada de radiação (origem do acrônimo laser – light amplification by stimulated emission of radiation) para unir peças metálicas pela formação de cordões de solda uniformes e estáveis. Modelos de máquinas para soldagem a laser têm sido desenvolvidos desde a década de 60, quando o processo começou a ser testado e implementado
industrialmente. No entanto, foi a criação do laser de estado sólido baseado em fibra óptica, também conhecido como laser de fibra, que permitiu a construção de um maquinário mais compacto, abrindo caminho para a construção das versões portáteis que já estão disponíveis no mercado e têm potencial para aumentar a produtividade das empresas que as adquirem. A oferta desse tipo de maquinário no mercado brasileiro ainda é incipiente, mas
já há fornecedores que podem ser encontrados no guia disponível no link encr.pw/ATH4m. A soldagem a laser tem por característica promover um processo de fusão com alta densidade de potência, porém com um aporte de calor mais baixo em comparação com os processos a arco elétrico. O feixe de laser é direcionado com precisão à região da junta metálica, fazendo com que as partes se fundam pela absorção da luz, para posterior união.
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Formam-se assim juntas de alta resistência, tendo em vista que é menos provável que o calor inerente ao processo chegue a fragilizar a zona termicamente afetada dos metais que estão sendo unidos. Isso evita, inclusive, a deformação das chapas, sobretudo das mais finas, razão pela qual o processo é recomendado especialmente para a união de componentes críticos no setor aeroespacial [1]. Eficaz para unir diferentes tipos de metais, a soldagem a laser permite a união de chapas de variadas espessuras com mais velocidade de deslocamento e com acabamento superior, o que pode dispensar a necessidade de polimento. A precisão na execução, que pode chegar a 0,025 mm, é favorecida pelo controle do ponto focal, enquanto a qualidade da junta está associada à ausência de porosidades e à redução das impurezas no metal-base. As versões portáteis dos equipamentos de soldagem a laser trazem mobilidade para a sua execução, tornando-as competitivas em relação aos modelos móveis que operam pelos processos MIG e TIG. Atributos como velocidade, precisão, melhor acabamento das juntas e menor aporte térmico se somam à eficiência energética das máquinas a laser de fibra em relação aos equipamentos de soldagem convencional. Cogitase que elas consumam até 80% menos energia do que as que operam por processo a arco elétrico, para uma produtividade até dez vezes superior. A concepção das unidades de controle torna esses equipamentos passíveis de automação de
forma bastante simplificada, com a integração de braços robóticos. Já a repetibilidade do processo permite o seu uso por operadores menos experientes do que os chamados “tigueiros”, profissionais especializados na execução de soldas pelo processo TIG, que estão se tornando cada vez mais raros e caros, devido à habilidade desenvolvida ao longo de anos de experiência.
Economia, rapidez e flexibilidade são apenas algumas das qualidades atribuídas às máquinas portáteis para soldagem a laser, candidatas a substituir parte do maquinário já consolidado no trabalho de união de metais. Foto: Itsanan, via Shutterstock
A construção das máquinas As unidades portáteis normalmente comportam em sua parte inferior o ressonador e o resfriador (chiller), necessário para dissipar o calor proveniente do processo. Mais acima estão situadas a unidade de comando, com circuitos eletrônicos e display para exibição de parâmetros e status de processo, dispositivo para alimentação de arame e o conjunto de cabo e cabeçote/ tocha. O cabo pode ter comprimentos diversos, de acordo com o fabricante, e os bicos das tochas permitem o ajuste do comprimento focal, o que significa a rápida modulação de acordo com a
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espessura e o material a ser soldado. A adoção dos equipamentos portáteis para a soldagem a laser tem ocorrido de forma gradual nas empresas. Uma fonte do setor de maquinário relatou que, por se tratar de um investimento relativamente alto, a maior parte de sua clientela opta por comprar uma máquina por vez e mantêla trabalhando em paralelo às soldadoras MIG e TIG. “Porém, após alcançar uma produtividade até três vezes superior, o cliente acaba optando pela substituição de todas as máquinas”, informou. Ainda de acordo com esta mesma fonte, um cliente teria conseguido reduzir a espessura das chapas de aço inoxidável com que trabalhava de 1,2 mm para 0,6 mm, devido aos bons resultados obtidos com as soldadoras portáteis a laser de fibra no trabalho com chapas finas. Alguns exemplos de produtos que podem ser obtidos com mais facilidade usando esta tecnologia são armários e gabinetes, cubas de pia, racks, itens para cozinha, portas de aço inoxidável e caixas de distribuição. A gama de materiais que podem ser soldados também é bastante grande, incluindo aços-carbono, aço inoxidável, titânio, níquel, estanho, zinco, cobre, alumínio, cromo, nióbio, ouro, prata e outros metais e suas ligas. Referência: [1] J. Blackburn - Laser welding of metals for aerospace and other applications, in Welding and Joining of Aerospace Materials, Elsevier Science Direct, 2012.
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ERP industrial gerencia tarefas no ambiente de usinagem A Benner (São Paulo, SP) desenvolveu um sistema de planejamento de recursos (Enterprise Resources Planning, ERP) específico para a área industrial, com foco no gerenciamento de tarefas associadas à automatização e eficiência dos processos. O novo sistema visa fomentar o desenvolvimento de diferentes segmentos industriais. De acordo com o head de Produto ERP da Benner, Francis Izzo, “o mercado industrial brasileiro está ganhando cada vez mais maturidade para a digitalização e a solução ERP Industrial chega no momento certo às empresas para agregar mais praticidade e agilidade aos seus processos, a fim de evitar falhas, retrabalho e atrasos”. Os recursos do sistema abrangem desde a compra de suprimentos até a obtenção do produto final, passando pela integração com controladores lógicos programáveis (CLP’s) e demais tecnologias e equipamentos típicos do ambiente produtivo, tais como sensores, coletores e leitores de códigos de barras. Na usinagem de metais contempla especialmente processos e serviços, incluindo o controle de apontamentos das operações. O ERP Industrial também será capaz de fornecer dados e relatórios estratégicos para tomadas de decisão, como dashboards que possibilitam o acompanhamento da evolução das indústrias em tempo real; apontamentos inteligentes
Notas & Informações
que sinalizam a necessidade de suprimento para controle e planejamento de estoque; a sinalização automática de pedidos de cotação para fornecedores parceiros e o controle logístico, incluindo a indicação de capacidades produtivas e prazos para produção.
Sistema aborda desde a aquisição de insumos até o produto final, passando pelo controle de processo. Imagem: Benner
O sistema terá também versões mobile, para dispositivos portáteis, e web, com hospedagem em nuvem. “Com esses recursos, conseguimos reduzir os custos para as indústrias, já que poderão liberar seus espaços físicos. Outra vantagem, é que os colaboradores ganham mobilidade e conseguem gerenciar processos de forma remota, podendo oferecer comandos para as máquinas e obter a visualização de dados em tempo real, em qualquer hora e lugar”, explica. A princípio, a companhia visa atingir com o lançamento as indústrias discretas, ou seja, aquelas que produzem itens distintos e individuais, como as automobilísticas, metalúrgicas, químicas, têxteis, alimentícias, de metalmecânica e de microfusão. “Hoje, nossos recursos tecnológicos atendem com precisão a demanda desses nichos de mercado. Mas, ainda este ano, o objetivo é investir em MRP2 para atender de forma mais ampla o mercado industrial”, concluiu Izzo.
Aço usinável de alta resistência reduz tempo de trabalho A SSAB, com unidade fabril na Suécia e filial em São Paulo (SP), comercializa a linha de aços de alta resistência Toolox 33, recomendada para a usinagem de precisão e/ou para fabricação de peças que requeiram bom acabamento superficial. Os aços da série apresentam baixo teor de carbono em sua estrutura, propriedade que contribuiu, de acordo com informações da empresa, para a redução do tempo de ciclos de usinagem em testes que consistiram na produção de um componente para prensas de reciclagem, cujos detalhes serão mencionados a seguir. Em comunicado à imprensa, foi informado que a Tallers Kapisil (Espanha), companhia especializada em usinagem,
Tempo de usinagem 41% menor foi constatado na fabricação de peças usando aço com alta resistência fornecido por empresa europeia. Imagem: SSAB/Tallers Kapisil
fabricou duas versões do componente para prensas usando diferentes linhas de aços. Uma delas foi a série mencionada, sendo a peça acabada obtida mostrada no lado esquerdo da imagem. Uma redução de 41% do tempo de ciclo de usinagem – de 58 para 34 minutos, segundo a
“Ele se mantém trabalhando, rendendo muito mais.”
Hubert Westhauser Especialista em usinagem com 45 anos de experiência Blaser Swisslube
Vasco 6000 é o fluido ideal para as exigentes condições de usinagem em geral. É robusto e resiliente, garante uma vida longa da emulsão e baixo consumo e assegura peças e máquinas limpas. Teste-nos. Vale a pena. blaser.com/vasco6000
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siderúrgica sueca – foi constatada ao se usar o aço da linha Toolox. Além disso, o acabamento superficial da peça feita com essa linha se mostrou superior ao da outra versão.
IoT gratuito para máquinas de usinagem A GRV Software (Vinhedo, SP) desenvolveu um sistema que captura dados de máquinas CNC, transformando-os em indicadores de produção e gráficos gerenciais manipuláveis para acompanhamento em tempo real do desempenho de cada equipamento. Denominado CNC Monitor, o sistema opera praticamente com base nos protocolos de comunicação entre máquinas mais usados na indústria em nível mundial: O MT Connect/ AMT – norte-americano, utilizado por fabricantes como Mazak, Okuma e Makino – e o OPC-UA, padrão europeu adotado pela Siemens. Drivers nativos de diferentes desenvolvedores de comando de máquina (Fanuc, Siemens, Heidenhein, por exemplo) também são lidos e processados pelo sistema, garantindo uma ampla cobertura do parque de equipamentos das empresas que trabalham com usinagem de metais. Assim, é possível monitorar máquinas de fabricantes e tecnologias diferentes, de forma online e sem nenhuma interferência nas rotinas produtivas. Os relatórios gerados pelo sistema podem ser disponibilizados em formato para web, dispositivos móveis (IOS e Android, Power BI, Scada
Ferramenta foi desenvolvida para proporcionar um primeiro contato de usuários do setor de usinagem com um sistema de Internet das Coisas (IoT) para a indústria. Imagens: GRV
(OPC-UA), MindSphere (Siemens)) e, mais recentemente, passaram também a ser carregados diretamente em Excel. O diretor de pesquisa e desenvolvimento da GRV, Valdecir de Oliveira Pereira, explicou que o sistema é oferecido de forma gratuita para que as empresas se familiarizem com o uso de dispositivos que estão promovendo a transformação digital no ambiente produtivo. A ideia é desmistificar o conceito de indústria 4.0 e mostrar que não é difícil implementar esses recursos. “O brasileiro precisa ter uma primeira experiência com IoT. Agora não existe mais a desculpa de os sistemas serem caros, difíceis de operar, terem dificuldade de integração ou de visualização dos relatórios”, comentou. O CNC Monitor pode ser encarado como uma porta de entrada para a infinidade de recursos digitais que estão hoje à disposição da indústria, muitos deles também desenvolvidos
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pela GRV. Em um centro de usinagem, por exemplo, podem ser apontados, em tempo real, parâmetros como número de eixos em atuação, velocidade, esforços aplicados no processo, status dos potenciômetros e contador de peças, entre muitos outros.
Software e medidor a laser aferem o paralelismo em máquinas industriais A britânica Renishaw, com unidades brasileiras em Barueri (SP) e Caxias do Sul (RS), desenvolveu uma nova versão para o software do seu sistema de alinhamento a laser XK10, para apoio às medições de paralelismo ponto a ponto. A nova funcionalidade permitirá que os usuários façam ajustes precisos no paralelismo de máquinas operatrizes e de máquinasferramenta, em um nível que antes era impossível com o uso de técnicas de medição tradicionais. O sistema a laser de alinhamento XK10 executa a medição rápida, precisa e eficiente de retilineidade, esquadro, paralelismo rotacional, paralelismo de trilhos, planicidade e nível, bem como avaliação da direção do fuso e coaxialidade de máquinas rotativas. Ele também é uma ferramenta para diagnosticar a origem dos erros após uma reconstrução ou como parte da manutenção periódica. No método tradicional de medição de paralelismo era usada uma placa de ponte e trilho mestre, em combinação com um relógio comparador e um
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Ferramenta para usinagem de alumínio é impressa em 3D
Sistema executa medições em vários pontos ao longo de trilhos de máquinas, tornando a aferição mais precisa. Imagem: Renishaw
medidor de nível. Este método é demorado e está sujeito a erros, pois as medições são registradas manualmente. O XK10 usa medições a laser para capturar dois pontos em cada trilho, permitindo que o ângulo entre os dois trilhos seja determinado e registrado digitalmente. Andy Deacon, gerente de produto de calibração da Renishaw, explicou que a última versão de software permite que o XK10 faça medições em vários pontos ao longo de cada trilho. A vantagem de um maior número de pontos de medição é que a linearidade de cada trilho também é medida ao mesmo tempo. “O paralelismo entre os trilhos pode então ser determinado observando a diferença de retilineidade em cada ponto, dando uma imagem mais exata do que uma medição do ângulo geral entre os trilhos”, afirmou. O XK10 é fornecido com mecanismos de fixação para reduzir o tempo de preparação e pode ser usado com a parte óptica de paralelismo opcional projetada especificamente para esta aplicação. “A realização de medições onde não há trilhos é significativamente melhorada usando o suporte magnético de referência para fazer o detector deslizar ao longo da borda de uma peça metálica”, concluiu Deacon.
Dilemas de fabricação significam desafios a serem vencidos por profissionais que desenvolvem ferramentas, os quais podem contar hoje com o auxílio da manufatura aditiva (impressão 3D) na execução de seus projetos. A norte-americana Kennametal, com subsidiária brasileira em Indaiatuba (SP), por exemplo, desenvolveu uma ferramenta de usinagem sob medida para a produção de estatores para o motor de veículos de automóveis elétricos, vencendo alguns obstáculos de projeto e comprovando que a manufatura aditiva pode ser combinada a diferentes processos quando o assunto é solucionar gargalos. A usinagem interna de três diâmetros diferentes dos estatores exigia ferramentas muito pesadas, cuja estrutura pode comprometer tanto o desempenho do maquinário quanto a qualidade do trabalho, devido à dificuldade de manter a concentricidade em altas velocidades de rotação. Denominada RIQ Reamer, a ferramenta criada pela Kennametal pesa 7,3 quilos e é leve o suficiente para permitir maiores velocidades, mesmo em
máquinas menos potentes, sem comprometer o alinhamento e a concentricidade durante o processo de usinagem. Ela consiste em uma estrutura vazada, impressa em 3D com o uso de ligas metálicas de alta resistência, reforçada por um eixo central em fibra de carbono, que confere solidez ao conjunto, sem aumento significativo de peso. Os alojamentos das pastilhas estão localizados em suportes distribuídos em posições circunferenciais definidas da ferramenta. Um circuito interno de refrigeração (figura 2) direciona o fluido refrigerante na área de corte de cada pastilha de diamante policristalino (PCD) que corta o alumínio. As sedes de cada uma delas são numeradas, de modo a garantir o gerenciamento e a documentação das pastilhas e das arestas de corte usadas no processo (figura 3). Composta por três partes impressas separadamente e montadas formando um único corpo, a ferramenta tem capacidade para usinar três diâmetros diferentes, um aspecto que é típico do estator em questão. Circuito de refrigeração O processo de impressão 3D utilizado foi a fusão a laser em leito de pó metálico, o qual permitiu obter geometrias
A Kennametal desenvolveu por meio da impressão 3D uma ferramenta para usinar carcaças de motor em alumínio usadas em automóveis elétricos. Imagens: Kennametal
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complexas que de outra forma dificilmente seriam possíveis de executar. A técnica possibilitou ainda a execução de canais para a passagem de líquido refrigerante direcionados a todas as arestas de corte da ferramenta. O grau de refinamento do projeto é tal que a pressão do fluido refrigerante atua como um mancal hidrostático que ajuda a dar estabilidade à ferramenta. A Kennametal possui um grupo de manufatura aditiva que está aplicando a técnica na produção de ferramentas de modo a tornálas cada vez mais leves e eficientes. A evolução desta série em particular já registra redução de peso de até 50%, com base na alteração do projeto construtivo e na substituição dos materiais utilizados na sua fabricação. Aço e alumínio, por exemplo, foram substituídos por um compósito contendo fibra de carbono na fabricação do eixo central que ancora todo o conjunto. A RIQ Reamer ganhou recentemente o prêmio Best of Industry, da revista alemã MaschinenMarkt, na categoria Produção e Manufatura. A ferramenta ainda não está fisicamente disponível no Brasil, mas a Kennametal local pode fazer cotações para clientes que venham a se interessar por ela. Em caso de importação, a unidade brasileira executa todo o processo e oferece suporte técnico de aplicação.
Aço inoxidável antiviral poderá ser usinado Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Hong Kong (HKU) levou ao desenvolvimento de produtos fabricados em aço inoxidável que apresentam propriedades antivirais, com capacidade para inativar o coronavírus (SARS-Cov-2) e o H1N1, por exemplo. O aço inox chamado de “SS”, obtido a partir da mistura, compactação e sinterização de pós metálicos, contendo prata e cobre (processo exemplificado na figura 1, na próxima página), pode ser submetido à usinagem e/ou ao fresamento. De acordo com a instituição oriental, já está em andamento a fabricação de protótipos com este material, o que ocorreu a partir do
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Pesquisa voltada para o desenvolvimento de metais com propriedades virucidas reúne fabricantes de aços inox, instituição de ensino e especialistas da área médica. Imagens: HKU/Elsevier
estabelecimento de parcerias com fabricantes locais de itens de aço inoxidável. Algumas das etapas do estudo consistiram em testes em corpos de prova feitos de aço inox SS, as quais tiveram como objetivo avaliar a capacidade das propriedades antivirais do material (como é mostrado na figura 2, acima). Esse assunto foi tema de um artigo científico intitulado “Anti-pathogen stainless steel combating COVID-19” (ou “Aço inoxidável anti-patógeno que combate a Covid-19”, em tradução livre). A universidade divulgou em comunicado à imprensa que a equipe do projeto é formada por especialistas do seu Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia (Department of Mechanical Engineering of the Faculty of Engineering of the University of Hong Kong – HKU) e do Centro de Imunidade e Infecção da Faculdade LKS de Medicina (Centre for Immunity and Infection of the LKS Faculty of Medicine of HKU). Um dos especialistas que está à frente do projeto é o professor Mingxin Huang. Segundo ele, a capacidade de impedir a proliferação de microrganismos apresentada pelo aço inox SS se tornou possível graças à realização de ajustes na composição do material. Ele comentou que “o ‘aço inox anti-Covid-19’ pode ser produzido em massa usando tecnologias já existentes. Ele pode substituir materiais comumente usados na fabricação de itens presentes em áreas públicas”.
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Análise de fratura em chapas de aço ARBL furadas por processo convencional e por escoamento M. R. Policena, A. Trindade, W. H. Fripp, C. L. Israel, G. Fronza e A. J. de Souza
O processo de furação por escoamento produz buchas para uniões removíveis que podem ser roscadas pelo processo de rosqueamento por conformação, reduzindo etapas da produção de componentes da indústria automobilística e para galpões da construção civil. O presente estudo avaliou dois processos de furação: convencional e por escoamento, em chapas de aço de alta resistência e baixa liga (ARBL), com espessura de 4,25 mm. Corpos de prova foram submetidos a carregamentos cíclicos, com superfícies fraturadas analisadas ao microscópio eletrônico de varredura para identificar o mecanismo de fratura nos dois processos de furação.
A
ços ARBL são empregados em variadas aplicações na indústria de transformação. Os benefícios proporcionados por esses materiais os tornam uma solução eficiente, pois sua alta resistência a frio possi bilita a redução do peso de estruturas, além de manter as propriedades mecânicas requeridas. Os aços de alta resistência e baixa liga (ARBL) são compostos por microestruturas formadas por pa r tícu las de ma r tensita du r a d i s t r i bu íd a s n a m at r i z dúctil de ferrita (1) . Tais materiais são comparados aos aços
de dupla fase devido ao seu alto endurecimento na deformação, alta maleabilidade e boa qualidade superficial (2). Contribuem para a rigidez e redução do peso de componentes, sendo preferidos na indústria automotiva. Como suas ca racter ísticas de formabilidade são boas, eles desempenham um papel efetivo na produção de peças de veículos, tais como sistemas de suspensão, elementos de suporte, vigas longitudinais, componentes transversais e chassis (3). Quando esses materiais são expostos a altas temperaturas, tem-se uma recristalização da microestrutura
Mauricio Rodrigues Policena (mauriciopolicena@ifsul.edu.br), Arielton Trindade (arieltontrindade@gmail. com), William Haubert Fripp (98102@upf.br) e Charles Leonardo Israel ( israel@upf.br) são pesquisadores do Laboratório de Materiais e Processos da Universidade de Passo Fundo (Passo Fundo, RS). Gregori Fronza e André João de Souza (ajsouza@ufrgs.br) atuam no Laboratório de Automação em Usinagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, RS).
na zona afetada pelo calor, o que influencia diretamente o limite de resistência do material (4). A furação, por outro lado, é um dos processos mais utilizados na fabricação e constitui aproximadamente 33% dos processos de usinagem. A lém disso, 25% do processo de fabricação completo consistem em furação (5) . A furação geralmente é um dos últimos processos de usinagem e tem grande importância na natureza econômica da produção (6). O processo convencional de furação utiliza uma ferramenta de geometria definida denominada broca, que pode ser de aço-rápido ou de metal duro, com e sem revestimento. Nesse processo ocorre a formação e a remoção de cavaco. A continuidade da retirada de material é garantida pelo movimento relativo de avanço entre a
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Figura 1 – Etapas do processo de furação por escoamento[9]
peça e a ferramenta, que ocorre segundo uma trajetória coincidente ou paralela ao eixo longitudinal da ferramenta(7). Esse processo de furação deixa rebarbas nas superfícies de entrada e saída da peça. Na entrada, a rebarba se forma quando o material próximo da broca sofre fluxo plástico. Na saída, a rebarba é uma parte do material esfarrapado que se estende para fora da superfície de saída da peça. A rebarba de saída é muito maior que a de entrada, causando problemas em peças móveis como: erros dimensionais, desalinhamento e folgas. O material da rebarba é endurecido e quebradiço, podendo iniciar uma fissura e desencadear uma falha por fadiga, além de comprometer a segurança dos trabalhadores durante o manuseio. Para evitar esses problemas, faz-se necessária uma operação adicional para remover as rebarbas (rebarbação), que é a última atividade durante a produção (8). A furação por escoamento ou fricção (figura 1) é um processo não convencional de usinagem, geralmente a seco, e emprega u m a fe r r a me nt a e s p e c i a l d e metal duro, sendo indicada para materiais dúcteis e de paredes finas (9). Ao entrar em contato com o material, a combinação entre a rotação e a força axial gera calor
Figura 2 – Dimensões dos corpos de prova[24]
pelo atrito entre ferramenta e peça. A s temperaturas podem atingir 900 ºC para a ferramenta e 700 ºC para a peça de trabalho. O material é transformado em um estado superplástico. A figura 1 ilustra os cinco passos do processo: a) a ponta cônica da ferramenta se aproxima e toca a peça; b) a fricção na superfície de contato, criada a partir de força axial e velocidade angular relativa entre a ferramenta e a peça de trabalho, produz calor e suaviza o material da peça; c) com o material da peça aquecido e amolecido, a ferramenta a penetra; d) a ferramenta avança até tocar seu ressalto, o que desloca material deixando um colarinho na parte superior da peça; e) finalmente, a ferramenta retorna deixando uma rebarba na parte inferior da peça. Em alguns casos serve como ponto de fixação por brasagem e em outros como ponto de uniões parafusadas (10). Trabalhos em relação à furação por escoamento apresen-
tam:(11) furação de chapas de alumínio com 1,0 mm de espessura, onde o â ng u lo da fer ra menta influenciou a força de corte e o torque, e a superfície com melhor acabamento foi obtida na rotação de 2.000 rpm;(12) furação de chapas de 2,5 mm de espessura de aço S235, aço inoxidável AISI 430 com 1,5 e 2,0 mm de espessura e liga de alumínio Al 5652 com 1,5 mm de espessura. O autor identificou que a força depende consideravelmente da espessura, sendo que a maior força de corte foi obtida quando a seção cônica da ferramenta penetrou a chapa; logo após a força diminui significativamente e o torque atinge seu valor máximo;(13) na furação de tubos de aço AISI 1015 com 1,0 mm de espessura, o aumento da rotação aumentou a plasticidade e diminuiu o erro dimensional e a rugosidade superficial. Com o aumento do avanço a rugosidade aumentou linearmente, a condição de corte ideal ocorreu com rotação de 4.500 rpm e avanço de
Tabela 1 – Composição química e propriedades mecânicas do LNE 700 Elemento
C
Nb
Ti
Al
Si
P
Outros
% Peso
0,110
0,048
0,140
0,070
0,040
0,027
0,016
Limite de escoamento (MPa)
Limite de resistência à tração (MPa)
Alongamento (%)
792
808
13
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Figura 3 – Corpos de prova: a) furação com broca; b) - c) furação por escoamento
71,36 mm/min; (14) na furação de chapa de aço ST12 com 2,0 mm de espessura, os autores concluíram que a força de corte e o torque diminuíram com o aumento da rotação e ocorreu um amento da rugosidade da superfície do furo à medida que o avanço aumentou, com diminuição do comprimento da rebarba da superfície de saída; (15) na furação de chapas de alumínio A7075-T651 e aço ST 37, com espessuras de 2,0, 4,0 e 6,0 mm, os autores concluíram que o aço ST 37 é mais apropriado para furação por escoamento devido ao menor percentual de alongamento do material, com valores de rugosidade de 0,20 µm, para uma rotação de 3.600 rpm e avanço de 75 mm/min. Ainda, a rebarba apresentada no alumínio foi do tipo pétala, o que dificulta a sua utilização em processos de conformação posterior; (16) na furação de chapa de aço inoxidável AISI 304 com 2,0 mm de espessura em cond ições ótimas de operação (1.200 rpm e avanço de 75 mm/ min), a rebarba foi aproximadamente três vezes a espessura da chapa, permitindo que a mesma sirva como mancal, conexão para brasagem e roscada para fixação por parafuso; (17) obteve uma rebarba entre três e quatro vezes
a espessura inicial da chapa de aço TRIP. Na furação de ARBL (5), analisou o efeito dos parâmetros de cor te com duas brocas de 8,0 mm, uma com e outra sem revestimento de TiAlN, concluindo que o desvio no diâmetro aumentou com o incremento do avanço para ambas as ferramentas; (18) comparou as mesmas brocas em relação à força axial (progressiva) e o torque, o aumento do avanço aumentou as forças e os momentos angulares, para velocidades de corte inferiores (10 e 18 m/ min), as diferenças de força e momento entre as ferramentas de corte foram pequenas, já para velocidades de corte superiores (26 e 42 m/min), as forças e momentos com brocas revestidas foram 43% inferiores às brocas sem revestimento; (19) modelou a condução de calor transiente no processo de furação de uma placa de ARBL com 36 mm de espessu-
Figura 4 – Seção transversal do furo: a) furação convencional; b) furação por escoamento
ra, validou o modelo com termopares, medindo o fluxo de calor gerado ao utilizar uma broca de 10 mm revestida, a seco, com 2.000 rpm e avanço de 20 mm/ min, obtendo um desvio de 2 °C entre as temperaturas estimadas e medidas; (20) constatou o aumento da rugosidade com aumento do avanço, com velocidade de corte de 200 m/min e avanço de 0,09 mm/rpm; o desgaste de flanco e o desgaste radial foram superiores a 250 µm na furação a seco. Na literatura encontram-se estudos r elacionados à s pr opriedades de aços ARBL após a soldagem. Em relação à fratura de chapas soldadas de A R BL, com li m ite de escoamento de 315 MPa, (21) caracterizou três regiões distintas em ensaio de fadiga de alto ciclo e carga: nucleação de vazios, crescimento e coalescência. Também foram o b s e r v a d a s p e q u e n a s o n d ulações alongadas (dimples) no metal-base, características de fratura dúctil; a coalescência de micro cavidades foi o fator predominante do crescimento da trinca no estudo com tensão de sobrecarga induzindo deformação plástica em A R BL com limite de escoamento de 690 MPa e limite de resistência à tração de 790 MPa (22). Assim, o trabalho tem por objetivo analisar comp a r at iv a me nt e o s me canismos de fratura em corpos de prova submetidos a testes de fadiga após serem furados convencionalmente (com brocas) e por escoamento. Materiais e métodos O material utilizado no ex p er i ment o c on s i s t iu
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em chapas de aço de alta resistência e baixa liga Usiminas LNE 700, com espessu ra de 4,25 m m, c uja c a r ac t er i zaç ão de c o mp o s iç ão q u í m ic a e propriedades mecânicas estão presentes na tabela 1. Foram confeccionados corpos de prova de acordo com a ASTM E466, conforme mostra a figura 2. Pa r a a f u r ação convencional utilizou-se uma broca helicoidal de aço-rápido com 11 mm de diâmetro. Na furação por escoamento utilizou-se uma fer r a ment a p a r a f u r o s retos, de metal duro UK40 com revestimento de TiN e 11 mm de diâmetro. Para cada processo de furação foram utilizados três corpos de prova. A furação dos corpos de prova foi realizada em um centro de usinagem Romi D800. Ambos os processos utilizaram rotação de 850 rpm e velocidade de avanço de 120 mm /min para garantir que as condições da operação não i nter fer issem nos resu ltados. A mbas as furações ocorreram na posição ver tical, em sentido descendente e sem pré-furo (furação em cheio). A furação convencional deixou rebarbas na superfície em que a broca entrou e também na superfície de saída da peça (figura 3a). Devido ao atrito gerado na furação por escoamento, a geometr ia da fer ramenta au xilia no deslocamento localizado de material da peça. Par te desse material se desloca para cima formando uma argola que é conformada pelo colar da ferramenta (figura 3b). E outra parte do material escoa para baixo, for-
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modelo Vega 3 LMU, visando verificar a ocorrência de alterações microestruturais no aço ARBL. As superfícies fraturadas dos corpos de prova de ambos os processos de furação também foram analisadas ao MEV a fim de identif ica r o meca n ismo q ue desencadeou a tr i nca e posterior colapso.
Figura 5 – Região da borda do furo: a) convencional; b) por escoamento
mando a rebarba inferior (figura 3c). O material escoado forma uma bucha que, em muitos casos, é utilizada para o rosqueamento por con for mação, el i m i na ndo rebites e porcas dos processos de produção de componentes do setor automobilístico, moveleiro, de máquinas agrícolas e de galpões na construção civil (23). Após as furações, ensaios de fadiga foram realizados em uma máquina tipo push-pull Shimadzu modelo ServoPulser tipo E, em uma frequência de 5 Hz, com 60% da tensão de escoamento. Após os en sa ios de fad i ga, a r eg i ão t r a n sver sa l aos f u r os foi embutida e preparada para análise superficial ao microscópio óptico Zeiss, modelo Scope A1. Na furação por escoamento, constataram-se quatro regiões distintas em função do aporte térmico do processo. Dessa forma, essa superfície foi analisada ao m icroscópio elet rôn ico de varredura (MEV), marca Tescan,
Resultados e discussões Na análise visual da seção transversal dos furos rea l izados na fu ração convencional (figura 4a), percebe-se um desvio na borda do furo, possivelmente provocado pela vibração na broca ou pela geometria da mesma. Na furação por escoamento, a temperatura pode chegar até 700 °C na peça (10) e apesar de a temperatura não ter sido medida durante o ensaio, verificaram-se ciclos térmicos na macroestrutura do material, o que é similar ao processo de soldagem (figura 4b). As regiões foram divididas e seu comprimento medido: a borda do furo (1) apresenta aproximadamente 0,58 mm; a zona termicamente afetada – ZTA (2) tem aproximadamente 1,12 mm; a interface (3) entre ZTA e metal-base (4) tem aproximadamente 0,53 mm. Ambas as furações ocorreram na vertical e com as ferramentas atacando a peça de cima para baixo. Na entrada da broca não ocorreu formação de rebarba e o perfil do furo indica que o início da remoção do cavaco ocorreu a aparentemente 45°; nota-se um desvio na forma do furo e formação de rebarba na saída da broca.
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Figura 6 – Imagens de MEV realizada em corpo de prova furado por escoamento
O perfil do furo pode indicar um erro geométrico de batimento provocado pela vibração na entrada da broca na peça, o que resultou em um furo com desvio. Outra possibilidade é uma diferença na largura das arestas da broca, o que provoca também um desvio no corte (figura 5a). Na furação por escoamento há um desvio no furo, e não há remoção do cavaco; o material do furo é escoado para a parte superior, formação do colarinho, e formação da rebarba na parte inferior com aproximadamente a espessura da chapa (4,25 mm). A forma final garantiu à peça u m i ncr emento na espessu ra totalizando aproximadamente 10 mm, o que torna o processo benéfico para a conformação de roscas com utilização de machos (Figura 5b).
Na furação convencional, o material com ductilidade moderada tende a se alongar até certo ponto durante a formação da rebarba, resultando em uma grande altura da mesma que é indesejável e requer um processo posterior para sua remoção. Kim et al. (26) obser varam uma altura de rebarba de 0,18 mm na furação do AISI 4118. Na furação por escoamento, a rebarba é benéfica, aumenta a espessura da chapa para materiais com alta ductilidade (16, 17) e boas propriedades mecâ n icas, per m iti ndo um processo de conformação de roscas ou brasagem em tubos. Özek e Demir (15) mediram uma altura de rebarba de 6 a 7 mm na furação de aço ST 37 com 4 mm de espessura. Miller et al.(27) mediram uma altura de rebarba de 2,96 mm para na chapa de
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AISI 1020 com 1,56 mm de espessura e 4,12 para a chapa de AISI 4130 com 1,43 mm de espessura. Matysiak e Bernat (30) obtiveram altura de rebarba de 5,96 mm em chapas de aço de baixo carbono com 2 mm de espessura. A f ig u ra 6 apresenta i magens da superfície do material, realizada na região do furo por escoamento, obtidas através do MEV: a) borda do furo; (b) ZTA; (c) metal-base; (d) região de interface entre a ZTA e o metal-base. A a mpl iação ut i l i zad a foi de 6.000 vezes com exceção da letra (d), na qual a ampliação foi de 2.000 vezes. Para o metal-base ver i f ica m-se g rãos a longados característicos do processo de conformação de aços A RBL. À medida que os pontos de análise vão se aproximando do centro do furo, é notável uma recristalização dos grãos referentes às altas temperaturas geradas no processo (a). Esse fenômeno também é evidenciado na zona ter m ica mente a fetada ( b). Na região de interface entre o metalbase e a ZTA (d) é possível verificar a transição entre os grãos recristalizados (lado esquerdo) e os grãos encruados e equiaxiais (lado direito). Pela observação verificou-se a ocorrência de alterações microestruturais, provenientes da transformação de fases e os mecanismos de recuperação, recristalização e refino de grão em função do aporte térmico conferido pelo processo de furação por escoamento. No ensaio de fadiga, o corpo de prova furado por escoamento suportou aproximadamente quatro vezes mais ciclos de carga(24). O trabalho também mediu a microdureza nas regiões mostradas na figura 6, as quais não apresentaram estatisticamente
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diferenças significativas. Miller et al.(27) constataram uma região de grãos equiaxiais de granulação relativamente fina que se estendem radialmente à superfície do furo. Na mesma região da subsuperfície, é visível uma região maior de grãos alongados. Na análise da superf íc ie f r atu r ad a, per cebeu-se q ue n a f u r ação convencional a trinca teve início da borda do furo em direção à extremidade do corpo de prova, ao passo que o início da propagação desta trinca foi acentuado por questões de rugosidade superficial, conforme mostra a figura 7a. O número um (1) indica o lado do corpo de prova em que a fratura começou. Na figura 7b os dimples são mais evidentes em relação à fractografia do corpo de prova furado por escoamento, evidenciando a ruptura de um mater ial com boa ductilidade quando submetido ao ensaio de fadiga cíclica. Ao analisar o aspecto da fratura proporcionada pelo ensaio de fadiga no material furado por escoamento, observa-se que a trinca teve início na região da rebarba (ZTA) para o centro do furo (figura 8a). Para Shigley (25), a razão e a direção de propagação da tr inca de fad iga são controladas primeiramente por tensões localizadas e pela estrutura do material nessa região. A figura 8b revela a presença de alvéolos (dimples) remanescentes de cav idades nuc le ad a s. O c o a le s c imento de microcavidades seguido da união destas caracteriza a fratura do
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que não foi encontrado em ambos os casos. A furação convencional apresentou maior número de vazios, o q ue pode i nd ica r q ue a fratura dúctil ocorreu com redução considerável da resistência à tração. Conclusão Neste trabalho, corpos de prova feitos a par tir de chapas de aço ARBL com tipo dúctil. Em ensaios de fadiga 4,25 mm de espessura foram fuem chapas soldadas de aço ARBL, rados de forma convencional (com Zhang et al.(29) relataram microbroca) e por escoamento. Em sefissuras múltiplas mais severas guida, foram submetidos a testes na ZTA, indicando uma mudança de fadiga e os mecanismos de franas propr iedades do mater ial tura foram investigados. Ambos com falha microplástica por meio os processos de furação geraram da coalescência dos microvazios. rebarbas, que na furação com As fractografias indicam que broca são indesejáveis, enquanto o mecanismo de fratura nos dois na furação por escoamento aumodelos de cor pos de provas menta a espessura da chapa para ocor reu da mesma for ma. Na materiais com alta ductilidade. furação convencional o coalesciO fluxo de calor neste processo mento de microcavidades foi sigproduziu diferentes regiões, o nificativo para a falha no corpo que resultou em mudanças na de prova, corroborando o enconmicroestrutura. A temperatura trado na literatura (21 e 22), sendo da furação por escoamento podeq ue os dimples f ica ra m ma is ria influenciar na fragilização do evidentes. Na furação por escoamaterial, mas a formação do anel mento, os dimples foram meno(argola), que é uma característica res. Nathan et al.(28) relacionaram do processo e varia de acordo dimples finos e secundários com com a geometria da ferramenta, dissimilaridade substancial no atua como uma barreira para a tamanho e alinhamento dos mespropagação de trincas, reduzindo mos na superfície da fratura, o o fator de concentração de tensão no furo. O mecanismo de fratura em ambos os processos ocor reu por fratura dúctil resultante da nucleação, crescimento e coalescência de microcavidades. Os dimples foram mais evidentes e com maiores vazios na furação convencional. Na furação por escoamento, o número Figura 8 – Fractografia da região que iniciou a fratura na furação por escoamento: a) rebarba; b) dimples. de vazios diminuiu. Figura 7 – Fractografia na região em que se iniciou a fratura na furação convencional: a) borda; b) dimples
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International of Machine Tools & Manufacture, v. 41, n. 7, pp. 923936, May 2001. 27] Miller, S. F.; Blau, P. J.; Shih, A. J.: Microstructural Alterations Associated With Friction Drilling of Steel, Aluminum, and Titanium. Journal of Materials Engineering and Performance, v. 14, n. 5, pp. 647-653, Oct. 2005. 28] Nathan, S. R., Balasubramanian, V.; Malarvizhi, S.; et al.: Effect of welding processes on mechanical and microstructural characteristics of high strength low alloy naval grade steel joints. Defence Technology, v. 11, n. 3, pp. 308-317, Sep. 2015. 29] Zhang, C.; Vyver, S.; HU, X., et al.: Fatigue crack growth behavior in weld-repaired high-strength low-alloy steel, Engineering Fracture Mechanics, v. 78, n. 9, pp. 1862-1875, June 2011. 30] Matysiak, W.; Ber nat, L.: Shaping the edges using f lowdr ill technology, Meta bk, v. 54, n. 1, pp. 235-238, Jan. 2015.
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Guia
Abril - 2022
Os fornecedores de fresas de ponta esférica As empresas listadas neste guia fornecem fresas de ponta esférica, recomendadas para operações de desbaste e acabamento. As diferentes especificações as tornam adequadas para uma grande diversidade de metais a serem usinados.
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Blacktools – (54) 3218-7823 delmar@blacktools.com.br Boehlerit – (11) 5546-0755 vendas@boehlerit.com.br
• Boehlerit, Áustria; Horn, Alemanha
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Ceratizit – (11) 94189-7800 walter.pires@ceratizit.com
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Dormer Pramet – (11) 5660-3000 info.br@dormerpramet.com
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Emuge Franken – (11) 4534-4771 brasil@emuge-franken.com.br
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GDS – (11) 5687-7397 gds@gdsindustria.com.br
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Gühring – (11) 2842-3069 vendas@guhring-brasil.com
Gühring, Alemanha
MRW Tools – (11) 94614-0310 renatogarcia@mrwtools.com.br Neocut – (11) 4153-6466 neo.com@neocut.com.br
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2 a 30
12 a 50
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1 a 25
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Cone Morse diâmetro da fresa (mm)
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Tipo Weldon diâmetro da fresa (mm)
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Cilíndrica diâmetro da fresa (mm)
BFT Burzoni, Itália
Seis cortes
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Haste
Quatro cortes
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Cabeça intercambiável em metal duro
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Cabeça intercambiável com pastilhas indexáveis
Rocast, Noll, Zaas, Proteplus, Dasqua, CAT; Itália e Índia
Fabricante / País
Número de cortes
Dois cortes
BFT Burzoni – (48) 2101-6862 bftbrasil@bftbrasil.com.br
Pastilhas indexáveis
Amatools – (19) 3429-0050 info@amatools.com.br
Inteiriça em aço rápido
Empresa Telefone E-mail
Inteiriça em metal duro
Tipo
0,2 a 20
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4,0 a 32,0
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0,1 a 20
0,1 a 20
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3 a 50
10 a 12
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0,2 a 32
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2 a 32
2 a 32
2 a 32
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0,5 a 32
0,5 a 20
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1,5 a 26,0
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• EUA, Holanda, Itália
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0,2 a 32
0,2 a 32
OSG, Japão
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0,1 a 50
2 a 50
Roder Ferramentas (19) 98157-2265 www.roderferramentas.com.br
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1,0 a 30
6,0 a 30
Seikon – (11) 2207-1227 seikon@seikon.com.br
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SpeedCut – (12) 3653-6863 diretoria@speedcut.com.br
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1,0 a 40,0
4,0 a 40,0
Startec – (19) 99733-1019 comercial@starcutter.com.br
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5 a 40
5 a 40
5 a 40
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1,0 a 30
1,0 a 30
1,0 a 30
0,1 a 32,0
4,0 a 25,0
4,0 a 32,0
OSG – (11) 4481-7800 vendas@osg.com.br
10 a 63
vendas@roderferramentas.com.br
Supal (*) www.endmill8.com dora@supaltools.com
China
WGO – (11) 2965-4171 atendimento@wgo.ind.br YG-1 – (11) 99365-0889 zuza.guimaraes@yg1.co.kr
YG-1, Coreia do Sul
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0,2 a 20
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(*) A empresa procura por representante para o Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 52 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Máquinas e Metais, abril de 2022.
MAY 03-07, 2022 ESTANDE: D080 | SÃO PAULO
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Abril - 2022
Feira trará novidades e promoverá o fortalecimento da conexão presencial A nova edição da Feimec – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos – será realizada em formato presencial, entre os dias 3 e 7 de maio, no São Paulo Expo – Exhibition & Convention Center, em São Paulo (SP). Esta reportagem especial reúne informações sobre alguns dos produtos fornecidos por empresas nacionais e internacionais da indústria metalmecânica que estarão em destaque na feira.
E
stá chegando o momento de conferir de perto as novidades sobre máquinas-ferramenta para usinagem, fresamento, furação, corte, dobramento e soldagem de metais, além de sistemas que conectam o chão de fábrica com ambientes digitais – uma das vertentes da I ndústr ia 4.0 –, robôs i ndustriais, equipamentos para a manufatura aditiva (impressão 3D), sistemas para a automatização de processos, softwares e muitos outros equipamentos. Tudo isso
poderá ser visto na Feimec, organizada pela Informa Markets e pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em formato totalmente presencial, o evento vai reunir empresas do ramo metalmecânico nacionais e estrangeiras, trazendo oportunidades para profissionais da área que têm interesse em negócios, processos, materiais, tecnologia, segurança e diversos outros assuntos relacionados à cadeia produtiva deste setor.
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A lém d isso, a par ticipação do público poderá ser estendida para após o período de realização da feira, mas em formato online. Terá início no dia 9 de maio, indo até o dia 13 do mesmo mês, um evento relacionado à feira, que será realizado por meio de uma plataforma digital. E segundo informações divulgadas pela organização da feira, out r o s event o s em a m bient e virtual estão programados para acontecer nos próximos meses como, por exemplo, webi na rs q ue a borda rão temas l igados ao ramo metalmecânico. Mais informações podem ser obtidas pelo link https://app.swapcard. com/event/industria-xperience. Nas pág i nas a seg u i r você poderá saber mais sobre o que será mostrado na feira.
Serviço Feimec 2022 Data: 3 a 7 de maio Local: São Paulo Expo Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 – São Paulo, SP Horário: Terça a sexta das 10h às 19h. Sábado das 9h às 17h O acesso à feira é gratuito e o cadastro pode ser feito individualmente ou como integrante de caravanas e instituições de ensino pelo link https://www.feimec. com.br/pt/credenciamento.html, ou pessoalmente na recepção do evento. Mais informações: Informa Markets Tel. (11) 4632-0200 www.informamarkets.com.br
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Produtos Minicentrais hidráulicas A ACT trar á à fe i r a a s u n id ades h idráulicas compac t a s (m i n icentra is). Seu projeto permite a operação com pressão máxima de 210 bar (padrão) ou até 35 0 b a r (p e r s on a l i z ad o). Es t ão disponíveis com reservatórios de polietileno com capacidade de 4, 6, 8 e 12 litros (padrão); e metálico com capacidade de 4, 8, 12, 15 e 20 litros. De construção compacta, as minicentrais possuem vazão de 1,2 a 14 litros por minuto e sistema modular de comando ou cartucho. Com potência de 1 a 5 cv, o motor elétrico funciona em corrente alternada (trifásico 220/380 V) ou contínua (12/24 V).
Filamento “inoxidável” A Additiva vai expor o Ultrafuse 17-4 PH, filamento que permite a impressão de peças de aço inoxidável para aplicações que necessitam de alta dureza e resistência mecânica. O filamento é utilizado para a produção de componentes de metal em impressoras FFF (Fused Filament Fabrication). Conhecido como Type 630, este aço inoxidável endurecido por precipitação martensítica de cobre e cromo é magnético e tratável termicamente em altos níveis de resistência e dureza. Mantém a resistência mecânica e à corrosão sob temperatura de até 315 °C. As peças produzidas a
partir do uso deste filamento são indicadas para os setores petroquímico, aeroespacial, automotivo e médico.
Software para trabalho com chapas A lmaC A M é um software para apr oveit a ment o e prog ra mação para cor te 2D e p u n c i o n a m e nt o que será apresentado pela A l ma do Brasi l. Com programação para todos os tipos e marcas de máquinas, é capaz de importar as peças de qualquer CAD e comunicar-se com todos os sistemas MRP/ERP existentes, além de possuir outros módulos de engenharia integráveis. Tem diferencial para cada tecnologia, desde a preparação das peças e a geração do programa CNC até o sequenciamento. Auxilia na redução de perdas graças a algoritmos de aproveitamento desenvolvidos para atender às especificações do processo. O sof tware oferece ainda uma programação 100% automática.
Serra de fita O estande da Andorinha terá como destaq ue a Cosen C2, uma serra de fita de alto desempenho protegida por uma carenagem que tem quatro portas de acesso. O sistema V-Drive permite cortar materiais difíceis, tais como titânio, aço inox e aços ligados, com redução de 25% a 50% do tempo de corte, o que ta m bém aumenta a v id a útil da lâmina. A capac id ade de cor te é de
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300 x 260 mm. Tem potência de 5 cv, com velocidade de 20 a 100 m/min, e lâmina de fita de 4.100 x 34 x 1,1 mm. Possui tecnologia inteligente NC-100, com cont r oles pr og ra mávei s para até 100 trabalhos diferentes, incluindo quantidade e comprimento de corte.
Acoplamento flexível
A A nta res va i apresentar toda a sua linha de acoplamentos e elementos de transmissão mecânica usados pa ra a bsor ver o impacto de engrenagens e aumentar a vida útil dos equipamentos. Entre eles estão o acoplamento elástico para alto torque, acoplamento SW, acoplamento de engrenagens, acoplamento de lâminas e acoplamento rígido, com destaque para os acoplamentos flexíveis. A empresa também vai expor produtos da sua representada alemã Ringspann, tais como rodas-livres e contrarecuos, freios industriais e elementos de fixação.
Linha de conformação Representante da chinesa Jinggong, a Asia Metals vai divulgar máquinas para corte e conformação. A linha para conformação de telhas HVM-183G possui sistema de prensagem,
pode ser usada para a simulação de conformação e hidroconformação de tubos. confor mação contínua e pré-corte. Apresenta alta velocidade de conformação, baixo ruído e transm i s s ão e s t ável . D i s p õ e de onze estações de rolos feitos em aço nº 45 e superfície em cromo polido, com profundidade de tratamento de 0,01 a 0,03 mm. A máquina adota sistema stop to cut e tem potência de 17,5 kW. A companhia r e p r e s e nt a nt e t a m b é m atua no segmento de aço e alumínio e no desenvolvimento de produtos.
Software para trabalho com peças tubulares
A suíça AutoForm trará como novidade um sof tware para trabalhos envolvendo peças tubulares. Entre as funcionalidades desenvolvidas, o programa computacional TubeXpert per m ite a si mu lação de processos de conformação de tubos quentes, incluindo projeto de matriz, controle de temperatura e pressão, aplicação de sistemas tribológicos avançados, robustez e melhoria sistemática da operação. Já os processos de dobramento de tubos podem ser simulados por meio do recém-desenvolvido módulo TubeBend. Essa ferramenta
Cortinas de luz
A Autonics vai exibir equipamentos de segurança pensados para o chão de fábrica. Destaque para as cortinas de luz pertencentes às séries SFL/SFLA, indicadas para a proteção de operadores de máquinas de usinagem, por exemplo. A operação desses equipamentos é interrompida quando um objeto ou pessoa é detectado entre o emissor e o receptor do conjunto. As cortinas de luz são comercializadas em vários tamanhos, com espaço entre feixes de 9, 15 ou 25 mm. Podem ser expandidas para até quatro conjuntos e 400 barreiras para aplicação em ambientes industriais. Várias cortinas de luz podem ser controladas por meio de uma única linha de conexão.
Centro de usinagem A Bener vai expor três centros de usinagem. O modelo vertical CVM800 (foto) tem coma ndo nu mér ico Mitsubishi M80. Os cursos nos eixos X, Y e Z são de 800 mm, 500 mm e 500 mm, respectivamente. O avanço rápido nos eixos X, Y e Z é de 36.000 mm/min. O cabeçote BT 40 possui velocidade de giro do eixo-árvore de
10.000 rpm. Já o centro de usinagem vertical V10L conta com comando numérico Siemens 828D. Os cursos em X, Y e Z apresentam 1.020 mm, 530 mm e 560 mm, enquanto o avanço rápido nesses eixos é de 30.000 mm/ min. As velocidades de giro do cabeçote são de 10.000 rpm ou 12.000 rpm. Por sua vez, o centro de torneamento horizontal, modelo SE2200L, da Hyundai, tem rotação do eixo-árvore de 4.500 rpm. O curso nos eixos X e Z é de 210 mm e 560 mm. O avanço rápido atinge 30 e 36 mm/min.
Corte de tubos Na feira, o grupo BLM vai exibir a máquina de corte a laser de tubos LT7. Ela conta com cabeçote de corte 3D e pode processar tubos com seção redonda, quadrada, retangular, com seções especiais e perfis abertos. É indicada para o corte de tubos com diâmetro de até 152,4 mm. O equipamento garante a troca de produção imediata, pois elimina o tempo d e m á q u i n a p a r a d a ao
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se autoconfigurar para a fa bricação su bseq uente. Ao término de cada lote, o carregador, o mandril, o apoio fixo e os apoios intermediários se adaptam automaticamente à nova seção a ser cortada, sem interromper a produção.
Medição a laser
A Blum-Novotest divulgará no evento a ferr a me nt a a l a se r L C 5 0 Digilog, equipamento de medição que vai dentro das máquinas, que pode ser integrada a centros de usinagem. Dotada de tecnologia de medição a laser para máquinas-ferramenta, ela possibilita a realização da avaliação de sinais analógicos de todas as lâminas de uma ferramenta. Desse modo, é d isponi bilizada u ma g rande q uantidade de informações. O comprimento padrão do sistema é de 260 mm, enquanto o d iâmetro de fer ramenta varia de 30 µm a 314 mm. A repetitividade é de 0,4 µm.
Queimador a gás O estande da Brenner terá queimadores a gás. Com potência de 14,5 a 1.907 kW, os modelos da linha Vectron se dividem em versões com um ou dois estágios, modulante pneumático, modulante eletrônico e controle
de velocidade. Por meio da cabeça de combustão IME (injeção multifase), a tecnologia de queimador executa uma combustão estável e, ao mesmo tempo, proporciona eficiência de energia. Desenvolvido e produzido pela Elco, o sistema AGP (ar/gás proporcional) traz estabilidade da mistura ar-gás; conteúdo de CO2 constantemente alto ao longo do intervalo de potência; e controle preciso do excesso de ar, importante para o funcionamento de alta eficiência, em especial nos geradores de água quente e caldeiras.
Tecnologia de prensas Fabricante de prensas de precisão e alta velocidade, capazes de executar até 2.300 golpes por minuto, a Bruderer apresentará a nova tecnologia BSA, lançada no fim do ano passado, que será acoplada às suas máquinas. Antes dessa tecnologia, era preciso construir um “alimentador mecânico” incorporado dentro da ferramenta, o que ocupava espaço e deixava o processo complexo. Agora pode-se entrar com duas fitas de avanço diferentes e estampá-las ao mesmo tem-
po. No final, um dos componentes volta para dentro da ferramenta e é montado na fita principal, saindo completo da prensa. A BSTA 510 produz terminais elétricos de precisão com montagem a 600 golpes por minuto. Além disso, a empresa passou a oferecer serviços de reforma e atualização de suas prensas.
Alimentador de barras
Na feira, o grupo Bucci/ I E MC A a p r e s e n t a r á o M ae s t r o 52 No L i m it s, alimentador automático de barras metálicas indicado para linhas de produção compostas por tornos, centros de usinagem, retíficas e máquinas operatrizes. O equipamento pode acondicionar barras com comprimento de até 4.200 mm e com seções de aproximadamente 50,8 mm. Conta com um sistema composto por buchas autoajustáveis, que se adaptam à barra e realizam diferentes operações simultâneas como, por exemplo, fixar o empurrador de barras, amortecer as vibrações por meio de sistema pneumático e guiar as barras com contato constante das buchas.
Prensa hidráulica A Calende levará para a exposição a prensa hidráu-
lica de dupla estação de 40 toneladas PHCD-40. Trata-se de um equipamento robusto, o qual conta com tecnologia fornecida por conceituadas marcas globais, tais como Bosch Rexroth, Omron, Mitsubishi, Schneider Electric e Keyence. A pr ensa de dupl a e s t aç ão p o de s er con f ig u rada com d iversos equipamentos e itens opciona is. A lg u ns deles são IHM colorida com tela sensível ao toque (touch screen), régua transdutora linear e transdutor de pressão. O produto atende às normativas da NR-12.
Software CAD Representante da Autodesk, a Camserv oferece soluções em softwares CAD, CAM e CAE para o desenvolvimento de produtos e pr ojetos, desde a concepção do design à manufatura e inspeção final. Um dos produtos que estará em exposição é o PowerShape, um software C A D pa ra modela mento 3D de produtos, projetos de moldes e porta-moldes, bem como para trabalhos
Software para corte de chapas, orçamentos e solda robotizada
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Desde nossa criação, concebemos soluções de software inovadoras para otimizar o consumo de matéria-prima e o potencial das máquinas e dos robôs.
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de modelagem para a indústr ia de ma nu fatu ra. Apresenta recursos voltados para o modelamento de superfícies, sólidos, malha de triângulos e assistente de extração de eletrodos, por exemplo.
Máquinas operatrizes
A CIMHSA terá como novidade o centro de usinagem Travis M-2000. O modelo possui peças estruturais, tais como cabeçote, coluna, mesa e base, construídas com formato de caixa, nervuradas internamente e fundidas pelo processo Meehanite, que confere resistência e rigidez à máquina. O eixo- árvore é montado sobre rolamentos de precisão P4, com boa estabilidade em altas rotações. Os eixos acionados por servomotores AC tipo brushless apresentam precisão e resposta dinâmica. Entre as suas especificações técnicas estão mesa com capacidade para comportar, por exemplo, blocos metálicos com peso de até 1,8 toneladas, bem como avanço rápido nos eixos X, Y e Z de 18.000 mm/min. Seu peso é de 8,5 toneladas.
Laser de fibra A Dardi apresentará a nova tecnologia para máquinas de cor te: o laser de fibra óptica, em substi-
tuição ao tradicional laser CO2. O antigo sistema pode cortar uma boa gama de materiais. Porém, para o corte de metais (aço-carbono, inox, cobre, alumínio, latão etc.), tem o desempenho superado pelo laser de fibra, que é mais veloz, preciso e potente, além de proporcionar menor consumo de energia e redução do custo por peça. Segundo a empresa, a possibilidade de aumentar a potência do laser e a praticidade das máquinas de fibra óptica fizeram com que mais de 95% dos equipamentos de corte instalados no Brasil em 2019 e 2020 utilizassem esse tipo de tecnologia
Preparação de ar A Emerson divulgará na feira os sensores de vazão da linha AF2 da Aventics, que monitoram o consumo de ar comprimido em tempo real, permitindo rápida intervenção em caso de vazamentos, por exemplo. O equipamento auxilia na redução de consumo de ar comprimido, na prevenção de paradas não programadas de máquinas e na otimização do gasto de energia. A série é baseada em dispositivos inteligentes que atuam na coleta e transmissão de dados para
análise via software, fornecendo informações que podem contribuir para a otimização de processos produtivos.
Perfiladeira estrutural
D e ol ho no s e t or de energia fotovoltaica, a Esquadros lançou uma perfiladeira indicada para a fabricação de peças estruturais, que será divulgada na feira. O equipamento conta com um sistema chamado de “estampo em voo inteligente”, que conforma os perfis já conformados, sem paradas, por meio de módulos de estampagem compactos. Isso possibilita a produção de perfis usados como estruturas de painéis fotovoltaicos em um único processo. Outra novidade a ser apresentada é uma linha de máquinas para a fabricação de tubos com diâmetro de 12,7 a 254 mm. Essa série é equipada com serra voadora para corte a frio e gerador de alta frequência para a soldagem dos tubos.
Usinagem e corte a laser A Eurostec trará duas novidades para o evento. Uma delas é o centro de usinagem vertical 20VAPC, que conta com duas mesas servoacionadas, cada uma podendo comportar peças com peso de até 200 kg. O
equipamento possui avanço rápido nos eixos X, Y e Z de 52, 52 e 48 m/min, respectivamente, assim como spindle com fuso de 15.000 rpm, compensação térmica dinâmica e comando Mitsubishi M830W. Já a máquina de corte a laser por fibra óptica G4020X PRO, da HSG, tem mesa com duplo pallet, com dimensões de 4.000 x 2.000 mm, e conta com sistema de troca automática. A velocidade máxima de aceleração é de 1,5 G e a velocidade máxima de trabalho nos eixos X e Y é de 150 m/min. O modelo tem potência de 12.000 W.
Células robotizadas Na feira, a EvoBay vai exibir duas células robotizadas para processos de soldagem MIG/MAG. Essas células robotizadas apresentam padrões pré-definidos, ou seja, o cliente não precisa fazer um novo projeto customizado para cada equipamento comprado. Com isso, há economia de investimento e redução no tempo de fabricação das máquinas. A principal característica dessas células standard é a dimensão reduzida – a área
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ocupada no chão de fábrica é de 7,2 m². Já o raio de alcance do robô é de 1.400 mm ou 1.800 mm, operando com potência de 25 kVA.
Conectividade entre máquinas A Fagor Automation destacará na feira o novo sistema Optima CNC 8058 com reguladores BCSD, tecnologia digital para conectividade entre máquinas pelo protocolo Ethercat. Este projeto é direcionado para tornos e máquinas fresadoras com até cinco eixos, bem como com interface compatível com o sistema operacional Windows 10.
O sistema adiciona novos ciclos e permite a simulação de uma peça enquanto ela está sendo usinada. Já o software, permite a virtualização da máquina criando uma réplica digital para a execução de simulações, por exemplo. O sistema apresenta recursos para o desenvolvimento de design, programação CAD-CAM e usinagem HSSA.
Proteção sanfonada Estreante na feira, a Forte Proteções mostrará
seus equipamentos projetados para a proteção de máquinas, que consistem em barreiras sanfonadas fa br icad a s sob med id a. As proteções sanfonadas são feitas com peças soldadas eletronicamente ou costuradas, comercializadas em versões confeccionadas em diversos tipos de mater ia i s, con for me a condição de trabalho e a necessidade do cliente. Isso abrange equipamentos para proteção contra material particulado, óleo
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ou temperatura. São indicadas para a proteção de barramentos, guias lineares e fusos, entre outros. A lé m d i s s o, a e mp r e s a divulgará serviços de reforma de proteções.
Soldagem TIG A Fronius vai divulgar a linha de equipamentos de soldagem TIG iWave, com novos padrões de qualidade, flexibilidade e conectividade. A potência dos equipamentos é de 190 a 500 A, os quais podem ser utilizados para soldar diversos tipos de metal. Com entrada de calor direcionada e função de abertura de arco voltaico
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Automação industrial
aprimorada, a série oferece controle sobre o arco enquanto reduz os atrasos de ignição. Essa linha também pode ser usada para soldagem com eletrodo revestido, mesmo com eletrodos de celulose. Conta com recurso de exibição e análise de energia real (kJ) e sistema de correção do fator de potência, com carga inferior a 50 W.
Corte a plasma
A Hypertherm participará do evento divulgando a sua série de equipamentos para cor te a plasma Power ma x SY NC. Entre os recursos apresentados por essa linha está um sistema de identificação por rad iofreq uência (R F I D), cuja função é fornecer informações que podem ser úteis ao operador no que diz respeito à otimização do processo de corte, por exemplo. A fonte de alimentação dos equipamentos apresenta configuração automática. Eles também contam com display, pelo qual podem ser consultados dados relacionados a processos realizados anteriormente, assim como com sistema para o controle de ajuste de correntes e alimentação.
A alemã igus terá como destaq ue as suas lin has de equipamentos para aut om aç ão i ndu s t r i a l , d a q ua l fazem pa r te robôs cartesianos (ou gantries) da linha drylin, que consistem em vários atuadores que realizam movimentos lineares nos eixos X,Y e Z . Es s e s e q u ip a me nt o s foram projetados para operações silenciosas e são resistentes à cor rosão – para uso em contato com água, produtos químicos ou alimentos, por exemplo. Também será apresentado o sistema Autoglide5. Este equipamento, que conduz mídias e dados, é indicado para espaços pequenos, e pode substituir sistemas de barramento.
Furadeira magnética A Ital vai expor a nova f u r adei r a de s envolv id a pela sua representada alemã BDS Maschinen. Tratase da furadeira MABasic 50, com base magnética de alta aderência, indicada para os mais variados tipos de serviços. O equipamento tem capacidade de furação de até 50 mm
de diâmetro por 55 mm de espessura. Tem peso de 13 kg e motor com potência de 1.150 W. Apresenta duas velocidades de trabalho, de 250 rpm e 450 rpm, assim como curso de 160 mm. Será comercializada em uma versão para operação sob tensão de 220 V. Ela é oferecida com uma série de acessórios, tais como maleta e luvas de proteção.
Retificadora cilíndrica
A alemã Junker terá como carro-chefe no evento a retificadora cilíndrica externa Zema Numerika G800 Plus, que é indicada para a produção seriada de lotes sob encomenda. Seu sistema CNC permite o arquivamento de informações sobre o processamento de diversos tipos de peças metálicas. A máquina conta com um sistema automático de carga e descarga, o que possibilita a realização da produção sem interferências. Ela também pode executar processos de retificação em flanges e espigas de virabrequins, turbo compressores e eixos de transmissão, o que inclui o processamento de materiais metálicos muito duros.
Cabo sintético A Konecranes vai apresentar na feira a sua linha de produtos mais recente.
Trata-se da Série S, a qual consiste em ar ranjos de ca bos descentra l izados, variação contínua de velocidade e cabo sintético, além de recursos inteligentes. O cabo sintético é mais seguro de manusear e mais forte em relação a outros tipos de cabos. Não requer lubrificação e nem forma “gaiola”, tampouco apresenta torção ou dobras, o que aumenta a vida útil do equipamento. Já os recursos inteligentes podem contribuir para um aumento da produtividade e para a segurança operacional.
Automação simplificada
Representada pela MSB Technology e atuante no segmento de sistemas de fi xação para centros de usinagem de três, quatro e cinco eixos, a alemã Lang Technik estará presente na feira com seu mais recente desenvolvimento e patente: o Haubex. Tratase de um equipamento que pode ser acoplado em diferentes máquinas-ferramenta, recomendado para operações que requeiram u m a pr odução f lex ível,
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para a fabricação de lotes de peças sob encomenda, por exemplo. Segundo infor m aç õ e s d a empr e s a, com o uso deste equipamento, é possível realizar processos de fa br icação sem trocadores de paletes, sistema de alimentação ou robô. Outro detalhe é que sua capa serve como suporte para fixação em morsas.
Detecção de vazamento
A Metal-Chek apresentará a linha de aditivos e lanternas para detecção de vazamentos de sua representada norte-americana Spectroline. O aditivo fluorescente Oil-Glo Ultra funciona em qualquer sistema de circuito fechado no qual os f luidos são utilizados para lubrificação, controle de resfriamento ou teste de pressão hid rostática. Os aditivos fluorescentes t a m b ém p o dem r evel a r vazamentos em sistemas estát icos pr essu r i zados ou agitados. Já a lanterna Lea kT racker Plus conta com sistema de detecção d e v a z a ment o p or L E D UV. Ela apresenta recursos como foco ajustável, maior tempo de execução e ponteiro de laser.
Automação A Metal Work levará à feira produtos voltados
para a automação industr ia l baseados nos conceitos de i ndú st r ia 4.0. Destaque para uma célula demonstradora de tecnologias, que vai montar corpos de válvulas. Isso incluirá o uso de robô cartesiano, constituído por ei xos elétr icos, sistema pneu m át ico (atu ador es, lineares, pinças guias e c i l i nd r os) e d i sposit ivo pa ra conectividade com sistemas IoT, que conecta sensores de contagem de produção ao sistema MES em nuvem.
Injeção de pós metálicos A Mipatech vai se concentrar na exposição de materiais metálicos e polímeros indicados para a fabricação de peças e componentes para diversos segmentos da indústria. Serão d iv u lgadas i n for mações sobr e o pr ocesso Meta l Injection Molding (MIM), que consiste na produção de itens a partir da união entre pós metálicos e polímeros. Uma das vantagens deste processo em relação a outros proced i mentos metalúrgicos é a fabricação de peças com design complexo, com bom aca-
bamento superficial e boas propriedades mecânicas. Por isso, em alguns casos ele é recomendado como alternativa à usinagem, e também para produção de lotes sob encomenda.
Cilindros de nitrogênio
A Nitrocut trará a sua linha completa de cilindros de nitrogênio AzolGás, que são uma alternativa às molas comumente utilizadas em ferramentas de estampagem. Os cilind r o s pr op or c ion a m u m bom equilíbrio de forças nos pontos de contato e aumentam a vida útil das peças. Há cilindros destacadores, que elevam em alguns milímetros a posição de uma peça, e cilindros descansadores, que suportam altas cargas da parte superior de ferramental de grande porte, alguns deles podendo suportar até 20 toneladas. Também serão divulgados os serviços de assistência técnica prestados pela companhia no Brasil, assim como uma linha de carrinhos e cunhas aéreas e terrestres.
Inversor de solda O grupo OVD exibirá o inversor de solda RIV 240 PFC, da Vonder. A máquina, que trabalha com eletrodos AWS E6013 e E7018,
é indicada para serviços de soldagem e reparo de estruturas metálicas. Ela executa soldagem TIG DC LIFT (sem alta frequência/ ignição por contato) que p e r m it e a s old a ge m d e materiais ferrosos e suas ligas, tais como aço-carbono, aço inox, cobre e latão. O modelo conta com sistema de correção de fator de potência, que pode reduzir em aproximadamente 30% o c on s u mo d e e ne r g i a . Também será mostrada a máquina portátil de corte a plasma CUT 45 PRO, indicada para o processamento de metais que conduzem eletricidade.
Usinagem CNC
Representante da chine s a H a it i a n-H i s ion , a P mach P recision Machines/ Total Máquinas leva rá pa ra esta ed ição da feira um centro de usin a gem ver t ic a l C NC de alta tecnologia. Entre as pr i ncipa i s ca r ac ter í st icas do equipamento estão magazine de ferramentas com 24 posições; c u r so no eixo X de 1.200 mm e guias lineares nos eixos X, Y e Z; avanço rápido de 36 m/min nos três eixos;
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avanço de usinagem de 15 m/min. Há ainda uma série de opcionais inclusos, tais como manopla eletrônica para comando CNC e refrigerador de óleo para o fuso principal e a coluna do eixo Z.
instrumentos controlam o movimento dos eixos de máquinas e eliminam falhas de precisão manuais, ta is como er ro do fuso, ba r ra mento ou folga no acoplamento dos processos. As réguas digitais contam com sistema de leitura
Prensa hidráulica A Pressmatik vai expor a prensa hid ráulica PMCD40. I nd icada pa ra metalúrgicas, ferramentarias e serralherias, ela executa corte, dobramento, repuxo e furação de me-
tais. A empresa também apresentará a unidade de transferência e filtração de óleo UHM-TF40. Além de transferir óleos para reservatórios, esta máquina elimina partículas indesejáveis, o que aumenta a vida útil do óleo e do equipamento. É comercializada e m v e r s õ e s c om mo t o r monofásico ou trifásico. Também serão mostradas algumas séries de grampos usados para furar e rebitar contêineres, baús, implementos rodoviários e eletrodomésticos.
Réguas digitais A PWM levará à feira suas réguas digitais indicadas para empresas do ramo de usinagem. Estes
óptica e sua graduação em cristal é aferida a laser. O seu indicador DRO LCD e um software permitem a visualização da peça sob medição em tela. Sensores blindados impedem a entrada de óleo e f luido, evitando que as placas se danifiquem, assim como uma dupla camada de borracha impede a entrada de sujeira e da pressão negativa do ar.
Motor elétrico O grupo RegalRexnord vai expor os motores elétricos Marathon, da linha Terramax Premium IR3. O
esmaltado e impregnado com resina ou verniz na classe térmica F. O grau de proteção vai até IPW66, adeq u a ndo -se aos m a i s ex i gentes a m bientes de aplicação com segurança e durabilidade. Sua gaiola é feita em alumínio dinamicamente balanceado. A potência é de até 500 cv em 2, 4, 6 e 8 polos. Eles operam sob tensão de 220 a 760 V.
Consumível para máquina de corte a laser
Nesta edição da feira, a Rolleri do Brasil apostará em seus consumíveis para máquinas de corte a laser. Serão itens como bicos, lentes, vidros de proteção, isoladores, cerâmicas, entre outros componentes. A empresa gaúcha, com sede em Caxias do Sul, também trará as suas já conhecidas ferramentas e acessórios indicados para processos que envolvam o dobramento de metais.
ca rga, l iv re de tra ncos, sendo acionada por meio do Ômega Drive, sistema que compreende um conjunto de “rodas berçadas” e correntes de elo Tecdos Premium de alta dureza e resistência. Os trilhos e as rodas de giro são feitos com aço de alta resistência à abrasão, reduzindo desgastes e aumentando a vida útil da máquina. O equipamento não possui itens periféricos, é elétrico e dispensa a alimentação de óleo ou de ar comprimido, podendo ser usado em qualquer local do chão de fábrica.
Presetter de ferramenta A Sanches Blanes vai expor o E346+, presetter de ferramentas de sua representada italiana Elbo Cont r ol l i-N I K K E N. S u a capacidade de medição é de até 360 mm. Tem base e coluna que são construí-
Tombamento de moldes projeto de construção deles segue requisitos de normas nacionais e internacionais. Ent r e a s pr i ncipa i s características dos motores está o seu conjunto ativo (estator e rotor), construído com l â m i n a s de aço silício. O estator é 100% bobinado com fios de cobre
A Rud terá como carro-chefe no evento o Tool Mover, um equipamento desenvolvido para operações de tom ba mento de moldes e ferramentas com peso de até 64 toneladas. Sua mesa rea l iza mov imentos suaves em torno do centro de gravidade da
das em granito natural, material que garante estabilidade térmica, com erro de linearidade máximo de 2 µm/m. A máquina conta
13 a 16 de Junho de 2022
Centro de Eventos Pro Magno • São Paulo • Brasil
Estão abertas as incrições para a FENAF 2022, que marca a volta dos eventos presenciais do setor de fundição INSCREVA-SE
“A FUNDIÇÃO E SEUS DESAFIOS” Apoio
Realização
Comercialização
Local
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com eixo rotativo intercambiável, de batimento máximo menor que 2 µm. O presetter é equipado com monitor sensível ao toque com dimensão de 381 mm, bem como conta com software de alta performance. Possui tecnologia TID, que consiste em um sistema automático de identificação de ferramentas, que permite a comunicação de duas vias entre o presetter e a máquina CNC.
bém podem ser integrados equipamentos para automação de processos como, por exemplo, robôs.
Lavadora de peças A Subra trará ao evento as lavadoras de peças industriais da série LXD. Feitas em aço inoxidável AISI 304, elas são projetadas com estrutura reforçada
A máquina conta com sistema de comunicação por Wi-Fi e pela interface de dispositivos móveis como, por exemplo, smartphones e computadores (Android, IOS e Windows). A sua área de marcação é de 50 x 30 mm. Tem bateria 3Ah com duração de até 8 horas. O equipamento pesa 2,5 kg
Célula de soldagem
Torno taiwanês Representante da marca taiwanesa Victor Taichung há 15 anos, a Saucer exi birá na feira o torno CNC modelo NP 20, q ue tem controle padrão Fanuc. A máquina é indicada
para a fabricação de peças feitas em diferentes materiais, como aço e alumínio. Apresenta dois eixos, com velocidade do fuso de 6.000 rpm, e pode ter ferramentas adicionadas e um terceiro eixo C. Segundo a empresa representante, o torno possui grande área interna de usinagem, o que per mite o tra bal ho com peças metálicas de grande porte. A este modelo tam-
pelo sistema Rice Control. A empresa também trará seus aplicadores de revestimento manuais, indicados para dar acabamento em pontos específicos de peças, por exemplo. São eles o TCA Neon Fit (linha e c o n ô m i c a ), T C A Ne o n Up (intermediária) e TCA Neon Rice (top de linha).
e apresenta pré-visualização gráfica da marcação, q ue pode conter d ata e contador de série. Executa ma rcação com até nove níveis de força, bem como pode fazer o ajuste de profundidade. para garantir eficiência e durabilidade. Sua configuração consiste em cestos com d iâ met r o de 90 0 a 3.000 mm, com capacidade de carga de até 4 toneladas e altu ra de 600 a 4.000 mm, podendo lavar os mais variados modelos de peças. São equipadas com bicos pulverizadores nas partes inferior, lateral e superior dos cestos. Têm porta com aber tura deslizante q ue permite o carregamento e descarregamento de peças. A lavagem é feita com água quente e detergente biodegradável.
Marcação de peças A Techno Safe levará à feira a TM53000, ferramenta portátil de marcação por micropuncionamento.
Aplicação de revestimento
A Tiesse Sul exibirá a célula de soldagem P2H, que possui duas estações e um robô para a soldagem a arco da japonesa Kawasaki, com raio de alcance de 2.036 mm. Enquanto o robô realiza a soldagem de uma peça em uma das estações, o operador pode retirar a peça soldada da outra c é lu l a e r e a b a s t e c ê -l a , mantendo a máquina em um ciclo sem interrupções,
No estande da Tecnoava nce, o destaq ue será uma linha para aplicação de revestimento a pó. Esse sistema executa aplicação automática (reciprocador eletrônico), que consiste
em movimentos uniformes e prog ra mados, controlados pelo painel central da IHM do conjunto, que também controla individualmente todas as pistolas envolvidas no processo
por exemplo. Cada posicionador giratório tem capacidade para movimentar um gabarito ou peça com uma tonelada e 100 mm fora do centro de massa. O equipamento conta com fonte Fronius refrigerada a água. A plataforma da célula tem formato de “H” e foi desenvolvida de forma a permitir mudanças no layout do chão de fábrica.
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Bancada de termofusão A nova bancada de termofusão da TopF usión, indicada para o processamento de tubos e conexões metá l ica s, ser á u m dos
pa r a o apoio do tu bo a ser processado. A série de produtos, à qual pertence o equipamento, também conta com bocais com diâmetro de 50 e 160 mm.
Processamento de chapas
destaques da companhia na feira. O equipamento per mite a realização de regulagens e ajustes com maior precisão. Isso faz com q ue a oper ação de termofusão seja realizada d e for m a m a i s ef ic iente. O modelo possui mesa com rodas e também tripé
Representante da italiana Produtech, a Warcom/Destec vai exibir máquinas e sistemas customizados para o processamento de chapas a partir de bobinas. As linhas combinam a tecnologia de corte a laser e/ou puncionamento com o processamento de bobinas. Isso proporciona va ntagens em relação a eq u ipa mentos t r ad ic io -
nais q ue processam bobinas metálicas. Modelos de pu nc ion adei r a s, p or exemplo, podem realizar cortes em diversos tipos de materiais metálicos, como ferro, aço inoxidável, cobre e alumínio, assim como em materiais poliméricos, tais como PVC, poliamida e PTFE), sem limites na execução de furações, ranhuras ou entalhes.
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gada a outras máquinas, compondo uma linha de produção de corte a laser conforme os conceitos de indústria 4.0. Além disso, os sistemas denominados H ighSpeed e H ighSpeed Eco promovem o dobro da velocidade de corte com economia de 40 a 70% no consumo de gás de corte,
Corte a laser A Trumpf vai apresentar as suas linhas de equipamentos de corte a laser, dobramento e puncionamento. A empresa alemã vai expor a série TruLaser, indicada para trabalhos com diferentes materiais com espessuras variadas. A linha 1000, por exemplo, pode ser automatizada e/ou interli-
segundo informações da companhia. O modelo também pode cor tar chapas metálicas com espessura de até 10 mm usando ar comprimido.
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Ensaio
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Compressão a quente do aço SAE1045: prática versus simulação computacional F. S. de Aguiar, A. R. M. Schifino, A. Rosiak e L. Schaffer
Este estudo descreve as comparações feitas em um ensaio de compressão a quente de uma geratriz de aço SAE1045, relacionando os resultados com a simulação computacional. O objetivo principal foi obter os esforços relativos à força em função do deslocamento no aço SAE 1045, para assim validar os dados fornecidos por software. Foram utilizados cinco corpos de prova com dimensões de 35 mm de diâmetro x 70 mm de altura, forjados sob temperatura de 1.100 o C com velocidade de compressão de 3,4 m/s e redução de 50% de altura. Todos os ensaios foram feitos com uso de lubrificante à base de grafite e sempre mantendo a temperatura de 250 o C na ferramenta (matrizes). Os softwares para simulação utilizados foram o Simufact Forming e o Forge.
O
s processos de forjamento se dividem basicamente em três tipos, sendo eles a frio, a morno e a quente. O forjamento a quente é feito sob temperaturas acima da zona de recristalização do material, sendo esse processo o que deixa o metal mais fácil de ser conformado, pois ocorre simultaneamente com a deformação estrutural, tornando o metal menos propenso à fratura. Tais fenômenos dinâmicos são mecanismos de restau-
Figura 1 – Corpos de prova de aço SAE1045 nas dimensões de 70,03 mm x 35,04 mm
ração da microestrutura e afetam significativamente o escoamento do metal, sendo o fator chave dos processos a quente[1].
Fernando Silveira de Aguiar desenvolveu este trabalho pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul rio-grandense (IFSul). Alessandra Regina Machado Schifino, André Rosiak e Lírio Schaffer, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Este trabalho foi originalmente apresentado na 39 a edição do Seminário Internacional de Forjamento (Senafor), realizada de 2 a 4 de outubro de 2019 em Porto Alegre (RS). Reprodução autorizada.
O processo consiste na deformação plástica de uma geratriz pela sua compressão entre matrizes para a obtenção de uma determinada forma final [2] . No forjamento em matriz aberta a peça é conformada entre duas matrizes, de modo que apenas uma parcela do corpo de prova
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é conformada por elas. Já em matriz fechada, o corpo de prova é completamente envolvido pelas matrizes. No primeiro caso, o material conformado escoa de forma livre, e no segundo, o material escoa de forma r es t r it a pel a s m at r i zes que o envolvem [3]. No forjamento um fator q ue deve ser levado em consideração é o atrito entre as faces da ferramenta e da peça, que nada mais é do que a dificuldade do metal em escoar quando submetido à deformação. Assim, quanto maior for o atrito, maior será a dificuldade de o material escoar e com isso o esforço requerido para a deformação será maior [4]. Utilizou-se então simulação numérica para comparar os dados obtidos nos ensaios. Essas simulações têm grande relevância para a pesquisa e geração de conhecimento, permitindo um
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com ampliação de até 50 vezes, após ser polida e atacada com iodo (10 g de iodeto sublimado, 20 g de iodeto de potássio e 100 ml de água destilada), sendo novamente polida, em seguida, com alumina 0,3 µm. O ataFigura 2 – (a) matriz; (b) corpo de prova aquecido; e (c) compressão que revela segregações, p or o s id ad e s, f i s s u r a s, profund idade de camaalto grau de interação entre o das depositadas e linhas de depesquisador e seu objeto de pesformação. Já no ensaio microquisa. Essa ferramenta demonsgráfico, a análise é feita com tra grande importância para a microscópio, em que é possível análise de parâmetros relativos identificar características, tais ao processo de forjamento a quencomo granulação do material e te de aços com baixo carbono, de teor aproximado de carbono no modo a auxiliar no processo de aço [7]. desenvolvimento de processos de Materiais e métodos fabricação, otimizando o proces[5,6] Pa ra compa ra r os r esu ltados so de forjamento . Os ensaios podem ser macroprovindos da simulação comgráficos ou micrográficos. No putacional relacionada à prátiprimeiro caso, a superfície do ca, cinco amostras cilíndricas material é analisada a olho nu for a m s u bme t id a s ao e n s a io ou com instrumento de análise de compr essão. Os cor pos de
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prova fora m fa br icados em aço SAE1045, todos torneados nas dimensões de 70,03 mm x 35,04 mm de diâmetro (figura 1, pág. 48). As geratrizes foram aquecidas até 1.100 °C por uma hora para a homogeneização da temperatura. A compressão dos cor pos de prova foi feita em matriz aberta, mostrada na figura 2a e 2c (pág. 49), com velocidade de 3,4 m/s e redução de 50% na altura dos corpos de prova. Foram usados batentes temperados de 35 mm de altura para limitar a compressão. Foi usada no ensaio uma prensa hidráulica FKL, modelo PH600 (figura 2b), com força máxima de 600 t, e células de carga para a
Ensaio
Para reduzir o atrito entre as faces da matriz e dos corpos de prova usou-se lubrificante à base de grafite. Estabilizou-se a temperatura das matrizes em 250 °C para diminuir a perda térmica no contato entre a peça e a ferramenta. Usando o software Forge, foram feitas as geratrizes com as mesmas dimensões e foram utilizados os mesmos dados de entrada usados no ensaio prático, acrescentando apenas o coeficiente de atrito de 0,3 µm, cooling de cinco segundos (figuFigura 3 – Cooling de cinco segundos (software Forge) ra 3) e malha triangular de 1 m. Para visualizar as linhas obtenção de dados referentes aos de f luxo do material foi necesesforços gerados para a compressá r io apl ica r l i xa mento pr o são em cada uma das geratrizes. gressivo alternando a direção
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Figura 4 – (a) peça física submetida a ensaio de compressão; e (b) peça via simulação (Forge)
de lixamento a cada troca de granulometria, usando lixas de 220, 360, 400, 600 e 1.200 micra. Posteriormente, a amostra foi limpa e submetida ao ataque de iodo (10 g de iodeto sublimado, 20 g de iodeto de potássio e 100 ml de água destilada) por vinte minutos. Limpou-se a superfície da amostra que foi submetida em seguida a novo polimento para realçar os contrastes, para a realização da análise macrográfica. Resultados e discussões Após o ensaio prático, representado na figura 4a, conseguiu-se notar o “embarrilhamento” do material muito semelhante ao que foi simulado com software, como pode ser visto na figura 4b. Pela simulação (figura 5a), também foi possível estimar as dimensões do corpo de prova, sendo que o mesmo se mostrou mu it o s i m i l a r à s p e ç a s f í s i-
cas ensaiadas (figura 5b). Via si mu lação, o d iâ met ro ma ior demonstrou 53,3478 mm, e no ensaio prático a peça apresentou diâmetro de 53,07 mm, com u m a v a r i aç ão d e 0,5 m m d e deformação. Pelo ensa io prático conseguiu-se obter a curva da força em função do deslocamento e c omp a r á-l a c om a ob t id a n a simulação computacional, representada na figura 6 (pág. 52). Ao sobrepor as curvas pôde-se evidenciar que a variação entre sof tware e ensaio prático é bem peq uena, podendo-se atr i buir tal diferença ao cooling, dado que a simulação, por requerer u m tempo maior do q ue o de transferência real, fez com que a perda térmica um pouco maior gerasse esta variação. Após a aplicação do reagente de iodo, realizou-se a análise macrográfica do material e foram obtidas as linhas de fluxo
Figura 5 – Comparativo das dimensões da peça gerada via simulação e da peça física
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Ensaio
Figura 6 – Comparativo da curva de deslocamento do material e da curva da força aplicada
do material em função do ensaio de compressão. São visíveis na figura 7 as linhas se deslocando para as extremidades do corpo de pr ova, enq ua nto o núcleo pouco se altera, apenas sofre a compressão sem ter para onde expandir. Conclusão A si mu lação computaciona l tem g r a nde co er ênc i a com o experimento prático, inclusive em relação às linhas de f luxo do material, pois em uma peça mais complexa ser ia possível prever o escoamento do material e preenchimento da matriz usando este recurso. As forças aplicadas em função do deslo-
camento tiveram grande similaridade tanto no ensaio prático como na simulação, assim como as dimensões dos corpos de prova. As diferenças apresentadas podem ser atribuídas à perda térmica no ensaio prático, tendo em vista os resultados obtidos com o uso do sof tware, mesmo considerando o cooling de cinco segundos. Assim, a perda térmica é empírica e, portanto, a variação constatada é aceitável. Com relação ao comportamento dimensional, via software, o escoamento do material ao ser comprimido é uniforme, mesmo considerando um coeficiente de atrito. Na prática, pode haver pequenas diferenças em função da
Figura 7 – Corpo de prova submetido ao ataque de iodo para análise das linhas de fluxo
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variação na homogeneidade da aplicação do lubrificante, considerando o dinamismo necessário
para a realização do ensaio. O presente estudo evidencia q ue, mesmo aplicada em uma
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peça com geometria simples, a simulação computacional apresenta boa assertividade.
Referências 1] Saadatkia, S.; Mirzadeh, H.; Cabrera, J-M.: Hot deformation behav ior, dy namic recrystallization, and physically based constitutive modeling of plain carbon steels. Materials Science & Engineering A, V. 636, p. 196 –202, 2015. 2] Koller, L. A.; Schaeffer, L.; Oliveira, R. A.: Evaluation of Two Commercially Available Lubricants by Means of.
3] Schaeffer, L.: Forjamento. 1ª. ed. Porto A legre: Editora Imprensa Livre, 2001. 4] ASM, ASM Hand book – Forming and Forming Vol. 14, 9 Ed, A merican Society for Metals – ASM, 1993. 5] Medeiros, L. F.; Moser, A.; Santos, N.: Simulação computacional como técnica de pesquisa na administração. Revista Intersaberes, v. 9, n. especial, p.441-459, jul.- dez. 2014.
6] Moraes, A. L. I.: Numerical simulation of hot closed die forging of a low carbon steel coupled w ith microstructure evolution. 2013. 118 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Exatas e da Terra) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013. 7] Colpaert, H.: Metalograf ia dos produtos siderúrgicos comuns, 3ª edição. Editora Edgarg Blücher Ltda., São Paulo – 1974.
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BIEMH traz a fabricação avançada para o setor de máquinas-ferramenta
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e 13 a 17 de ju n ho, no Centro de Exposições de Bilbao (País Basco), acontecer á a 31 a ed ição d a Bienal Internacional de Máquinas-ferramenta (BIEMH), mais uma feira europeia do setor de máquinas-ferramenta que está voltando ao seu formato presencial após os anos de pandemia. Cerca de 900 empresas expositoras estarão presentes, quatro anos após a realização da última edição presencial. A mostra vai contar com a participação de empresas de 23 países, dedicadas ao desenvolvimento e comercialização de equipamentos d iversos, i nclu i ndo desde componentes e acessórios até complexos sistemas de ma-
nufatura. Metrologia, sistemas CAD/CAM, automação e robótica também estarão representados, exibindo um total de mais de 2.0 0 0 iten s cad a st r ados pela organização. Simultaneamente ao evento principal serão realizadas a Be Digital e a Addit3D, com ênfase em tecnologias digitais e na manufatura aditiva, complementando a oferta de equipamentos e sistemas dedicados à promoção do conceito de fabricação avançada e digitalização da produção (indústria 4.0) entre fabricantes e usuários de máquinas-ferramenta. Conheça a seguir alguns dos produtos que poderão ser vistos no evento.
Feira tradicional do setor metalmecânico retornará a Bilbao em versão presencial e com a participação de cerca de 900 empresas, enfatizando aspectos da indústria 4.0.
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Porta-ferramentas de usinagem A Ayma (Espanha) exibirá a sua linha de portaferramentas de usinagem Uniq, que podem diminuir vibrações no processamento de metais, reduzindo em até 15% a carga no fuso. Isso, de acordo com a companhia, também propor-
ciona menor desgaste às ferramentas e um melhor acabamento superficial da peça sob processamento. Outra característica dos equipamentos é o seu acabamento superficial obtido por meio de polimento, o que lhes atribui alta resistência a sujidades e a intempéries, dificultando o riscamento e inibindo o surgimento de pontos de corrosão, por exemplo.
de centros de usi nagem horizontal Clock EVO, desenvolv ida pela sua representada MCM (Itália), a qual conta com versões com quatro ou cinco eixos com curso no eixo X de 800, 1.000 ou 1.200 mm. No caso da máquina mostrada na imagem, o curso nos eixos Y e Z também é de 80 0 m m, ao pa sso que a sua velocidade de ava nço r ápido no s t r ê s ei xos mencionados é de 75 m/min. A configuração dos centros de usinagem consiste ainda em mesa rotativa i ncli nável, q ue pode ser posicionada em até 140º, sendo este valor equivalente a +35 /-105º, de acordo com informações divulgadas pela empresa italiana.
pa mentos acoplados em uma maleta. Chamado de Portable Spindle Control (PSC), ou “Controle de fuso portátil”, em tradução literal para o português, o equipamento pode ser usado para o monitoramento do fuso no ponto central de ferramentas de usinagem, sem restrições quanto à faixa de velocidade de trabal ho da fer ramenta no momento da verificação. Outra característica deste equipamento é que ele não precisa ser conectado ao controlador lógico programável (CLP) da máquina sob supervisão para realizar o monitoramento. Ele também faz o registro dos resultados obtidos a partir da avaliação e os apresenta em forma de gráfico.
Equipamento de monitoramento do fuso
Tornos e centros de usinagem
A Blum-Novotest (Alem a n h a), c om s u b s id i ária em Vinhedo (SP), vai
A Com her (Espa n ha) vai mostrar suas linhas de máquinas-ferramenta para o ramo de usinagem. Entre os equipamentos estão os tornos para usinagem horizontal da série L300 (foto). A configuração dessa linha c on s i s t e e m pl ac a c om diâmetro de 305 mm, com diâmetro máximo torneável de 560 mm, bem como comprimento máximo torneável de 1.320 mm. Além disso, os visitantes da feira poderão obter informações sobre centros de usi nagem e/ou fresamento comercializados em versões que apresentam 3, 4 ou 5 eixos e mesa de trabalho com dimensões de 1.250 x
Centros de usinagem com avanço rápido A Bel for Mach i ner y ( Es p a n h a) v a i for ne c e r informações sobre a linha
d ivulgar um sistema de mon itor a mento do f u so de máquinas de usinagem que é portátil, consistindo em um conjunto de equi-
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600 mm, assim como equipamentos que contam com guias verticais ou horizontais, lineares ou prismáticas, que operam sob alta velocidade.
Centro de usinagem equipado com robô A H aas Automation (Espanha), com matriz nos Estados Unidos e unidade comercial em São Paulo (SP), vai expor sua linha de centros de usinagem que podem ser preparados para receberem robôs colaborativos, indicados para trabalhos de carregamento e descarregamento automatizado de blocos e/ou barras metálicos, por exemplo. Um deles é o VF-2SS (foto). De acordo com a fornecedora, ele é in-
dicado para trabalhos que requeiram a manipulação constante de peças a serem usinadas. Além disso, os clientes podem contar com suporte técnico e manuais
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de instrução, assim como com uma rede de serviços locais.
Fresa com aresta de corte ondulada A alemã Hoffmann vai divulgar sua linha de fresas denom i nada Ga ra nt Master Uni, com quatro flancos e aresta de corte com per fi l l igei ra mente ondulado, aplicável a todos os materiais e operações convencionais de usinagem. O perfil das arestas promove a melhor distribu ição de forças, o q ue
torna o deslocamento suave, adequado também para operações de fresamento helicoidal. As ferramentas possuem a i nd a r evest imento PVD, o que aumenta a sua durabilidade e facilita o escoamento dos cavacos a partir da orientação direcionada do fluído ou do ar comprimido.
Centros de usinagem vertical A empresa espanhola Juan Martín vai expor os
centros de usinagem vertical da linha VP. O modelo 2012, mostrado na imagem, pertence a esta linha. Ele apresenta curso no eixo X de 1.600 a 5.000 mm e é equipado com mesa que pode comportar peças com peso de até 8 toneladas. O cabeçote, aliás, pode ser configurado para operar com rotação de até 15.000 rpm, dependendo da necessidade do cliente.
Impressão 3D de pós metálicos
Lubrificantes para usinagem
O Grupo Qualas Iberica (Espanha) vai divulgar na feira a linha de equipa mentos de i mpr essão 3D a laser de metais A L -3D Metal. Ela é indicada pa ra empresas do ra mo de u si n a gem como, por exemplo, ferramentarias que prestam serviços para
A companhia espanhola Rhenus Lub vai divulgar as suas linhas de lubrificantes indicadas para operações de usinagem e/ou corte de metais. Entre elas está a série de lubrificantes para usi nagem EasySw itch,
Eletroerosão a fio A fornecedora de equipa mentos pa ra eletroerosão ONA (Espanha) vai ex i bi r as máq u i nas das linhas AD 25 e AD 35. Em se tratando da primeira,
o curso no eixo X é de até 400 mm, no eixo Y é de até 300 mm e no eixo Z é de 190 mm. Ainda sobre esta série, o ângulo de corte varia de 21 a 30º, aproximadamente, conforme divulgado pela companhia. Já no caso da outra linha, o curso no eixo X é de até 600 mm, no Y é de até 400 mm e no Z é de até 290 mm. O ângulo de corte é o mesmo apresentado pela linha mencionada anteriormente, assim como a velocidade de trabalho nos três eixos, que é de até 800 mm/min.
terceiros que adotaram a manufatura aditiva como pr ocesso complementa r aos seus trabalhos. A série de e q u ipa mento s cont a com modelos de cabines com câmara isolada, onde peças e componentes podem ser con feccionados a pa r ti r de pó metá l ico acondicionado em cartuchos. Além disso, a configuração dos equipamentos consiste em um sistema de laser para a sinterização de par tículas metálicas, recomendado para a fabricação de componentes com design customizado, assim como sistema fechado para a execução do ciclo de circulação de gás.
que foi lançada recentemente. A lgumas das características técnicas dos lubrificantes são inibição de formação de limalha e outros resíduos, boa viscosidade e esta bilidade, além de propriedades indicadas para a usinagem ou corte de materiais com bai xa resistência mecânica, dependendo do tipo de aplicação. Para isso, a empresa oferece serviços de consultoria.
Mandril para torno A Röhm Iberica (Espanha) vai apresentar na fei ra u ma nova geração de mandris para tornos.
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Abril - 2022
Os equipamentos são indicados tanto para uso em tornos convencionais, operados manualmente com coroa espiral, por exemplo, como para máquinas mais modernas, de acordo com i n for mações d iv u lgadas pela fornecedora. O peso dos mandris foi otimizado e a multiplicação de torque foi aprimorada para proporcionar maior força de fixação. Os equipamentos serão comercializados em ver sões com duas, três, quatro e seis garras, ass i m c omo g u i a s dupl a s de garras que podem ser consultadas para produtos sob encomenda.
Plataforma digital para usinagem A Smartpm (Espanha) vai divulgar a sua plataforma digital MIC, voltada para o gerenciamento de l i n has de produção q ue u s a m e q u ip a ment o s d e usinagem, bem como vai
oferecer serviços que incluem a coleta e processamento de dados provenientes do chão de fábrica,
a l e r t a s p a r a a p r o g r amação de manutenção de máquinas, entre outros. A plataforma consiste em um sistema que conta com recursos para a conectividade entre máquinas e equipamentos. De acordo com informações da empresa, a implantação da plata for ma d igital pode ocorrer em três etapas. Na primeira, é feito um estudo sobre o parque fabril e os processos envolvidos, incluindo diagnóstico do maquinário. Na segunda etapa é iniciada a implantação do sistema e são iniciados os processos-piloto. A terceira etapa tem como premissa a conclusão da configuração da plataforma conforme a necessidade do cliente.
ca so d a ver são pad r ão. Também serão divulgadas versões de eletrodos com d iâ metros d i ferentes. A linha conta com modelos que podem realizar soldagem em ângulo de 0º e 45º, podendo operar em corrente de até 300 amperes sob tensão de 110 ou 220 volts, dotados de sistema de refrigeração a água.
de cavacos ma is rápid a em relação a outros tipos de brocas. As ferramentas são indicadas para trabalhos em aços, inox, ferro fundido e metais de difícil usinagem. Outro detalhe é que o diâmetro delas varia de 12 a 63 mm, dependendo da versão.
Brocas com pastilhas intercambiáveis
A Zw ick Roel l, com matriz na Áustria e filial brasileira situada no município de Campinas (SP), vai divulgar no evento os seus ser v iços q ue compreendem ensaios de materiais met á l icos, pol i mér icos, entre outros. A companhia realiza testes que envolvem a submissão de peças e componentes a ensaios de impacto, cíclicos, dinâmicos, entre outros. Os
O Grupo ZCC Cutting Tools Europe GMBH e a empresa Innocut S.L., fornecedora de equipamentos de fu ração e usi na gem, ambos com unidades na Espanha, vão expor a li-
Soldagem para empresas de usinagem
Ensaio de materiais como serviço
A Tot- Ga ra is (Espanha) vai levar para a feira uma série de equipament o s p a r a s old a ge m T IG que podem ser usados em processos complementares à usinagem, podendo
inclusive ser acoplados a robôs cola borativos. Os equipamentos consistem em suportes que contam com bocal que apresenta diâmetro de 12 mm, bem como eletrodos q ue têm diâmetro de 2,4 mm, no
nha de brocas com pastilhas intercambiáveis ZSD. A s b r o c a s c ont a m c om pastilhas de quatro arestas, que pertencem à série SPMX, e são comercializadas em versões com três quebra-cavacos, os quais têm formato ondulado. De acordo com as empresas, isso permite uma remoção
trabalhos são realizados em unidades laboratoriais e s eg uem d i r e t r i ze s de nor m a s t é c n ic a s i nt er nacionais. A compan hia também vai divulgar na fei ra i n for mações sobre a aquisição da fabricante au s t r í ac a d e m áq u i n a s de teste de dureza EMCOTEST, que passou a fazer parte do Grupo ZwickRoell no ano passado.
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