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Sua entrada no mundo da moldagem por injeção elétrica: A GOLDEN ELECTRIC TGÖPG C SWCNKFCFG JKFT½WNKEC KODCVÉXGN FC PQUUC )1.&'0 '&+6+10 EQO C GƂEKÆPEKC do acionamento elétrico. Para a alegria dos seus clientes e dos seus Controllers.
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ABRIL-MAIO 2022
ÍNDICE
Transformadores por extrusão
Pág.
Relação atualizada das empresas que processam plásticos por extrusão, com sondagem das tendências do setor.
GUIA I
PÁG. 20
Editorial
6
Notícias e curtas
8
Os materiais plásticos na área médica
Impressão 3D
16
Confira como os materiais plásticos apoiam a evolução das
Matéria-prima
18
Reciclagem
50
O plástico na embalagem
52
Produtos
54
Atendimento ao leitor
55
Eventos
57
Literatura
58
Anunciantes
58
ciências da vida e os cuidados com a saúde. ESPECIAL
PÁG. 24
Fornecedores de resinas especiais para a área médica GUIA II
PÁG. 32
Marcação de moldes baseada em matriz de dados permite a identificação eletrônica de produtos plásticos Uma nova técnica de marcação no interior do molde permite a identificação individual e automática de produtos plásticos, sem o uso de aditivos ou de materiais adicionais. FERRAMENTAL
PÁG. 34
Guia do PVC Uma relação de empresas que fornecem resinas e aditivos destinados à fabricação de produtos em PVC. GUIA III
PÁG. 38
O caminho rumo aos gêmeos digitais na extrusão Mais do que uma reprodução virtual, o chamado “gêmeo digital”
pode combinar arquivos com parâmetros reais de trabalho, resultando em uma técnica de apoio à produção que vai além das simulações de processo. TECNOLOGIA
PÁG. 42
Fornecedores de injetoras Pesquisa reúne informações sobre os modelos de injetoras oferecidos no mercado brasileiro. GUIA IV
PÁG. 48
Capa - Dispositivos para a área médica moldados em material plástico. Foto: sudok1, by DepositPhotos. Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes. As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.
INJETORAS ELÉTRICAS ou HÍBRIDAS Alta eficiência para todos os desafios Tradicionais fabricantes de máquinas injetoras, a alemã LWB-Steinl e a francesa BILLION, ambas com mais de 70 anos de experiência no desenvolvimento de tecnologias de injeção, unem suas forças para oferecer ao mercado Brasileiro, e aos demais países da América do Sul, diversas soluções em injeção, coinjeção e multiinjeção de plásticos, bioplásticos e elastômeros.
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EDITORIAL
Detestados quando se interpõem no nosso caminho na forma de rejeitos, os materiais plásticos têm apoiado a evolução das chamadas ciências da vida. Neste ambiente eles continuam sendo não só bem-vindos, mas essenciais.
ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)
REDAÇÃO: Diretora de redação: Hellen Corina de Oliveira e Souza Editor técnico: Antonio Augusto Gorni Redator: Adalberto Rezende (MTb 78.879) Jornalista responsável: Hellen Corina de Oliveira e Souza (MTb 21.799)
SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISA: Milena Venceslau
ESPECIALISTA EM POLÍMEROS: MSc. Elias Augusto Soares
Meu bem, meu mal Difícil conceber nos dias de hoje o ambiente médico-hospitalar,
odontológico ou farmacêutico totalmente “livre de plásticos”. Seja na fabricação dos itens de uso único que garantem a assepsia em rotinas da área de saúde ou usados em peças que compõem aparelhos destinados ao cuidado com pacientes, os materiais poliméricos são praticamente onipresentes quando o assunto é a evolução das ciências da vida. Desenvolvedores de resinas especiais, de maquinário e de sistemas acessórios que garantem a rastreabilidade e a manutenção de um ambiente livre de contaminantes nas rotinas de fabricação têm voltado cada vez mais os seus olhares para o potencial desse mercado. Além das habituais necessidades do setor, agravadas pela pandemia de Covid-19, o aumento geral da expectativa de vida e os cuidados que cercam essa nova realidade também estão no centro das atenções de muitas empresas da cadeia do plástico. Retomamos nesta edição uma pauta explorada em 2020, pouco antes da pandemia, antecipando o período crítico que se seguiria. Nesta ocasião, porém, uma matéria especial (página 24) analisa o cenário pós-pandemia e trata também da questão regulatória que deverá conduzir a especificação de materiais especiais para os produtos fabricados no Brasil. Na sequência, o guia atualizado de fornecedores de resinas para a área médica detalha a oferta de materiais para as empresas que querem trabalhar para o segmento. E complementando esta edição temática, um artigo sobre a marcação individual de peças plásticas (página 34) descreve uma técnica que pode atender às necessidades de rastreabilidade da indústria de produtos médicos e farmacêuticos, e a seção Matéria-prima (página 18) aborda aspectos técnicos da polisulfona (PSU), bastante usada na fabricação de produtos voltados para a saúde. Tudo isso contextualiza o quanto o desenvolvimento dos materiais sintéticos e das suas técnicas de processamento caminha no sentido de oferecer melhores condições a profissionais da saúde no desempenho de sua nobre função de salvar vidas.
Hellen Corina de Oliveira e Souza – Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br
PUBLICIDADE Gerente comercial: José Roberto Gonçalves São Paulo capital Caroline Castro – Cel.: (11) 94000-3597, caroline.castro@arandaeditora.com.br Luci Sidaui – Cel.: (11) 98486-6198, luci@arandaeditora.com.br Walkyria Dantas - Cel.: (11) 98575-9251, walkyria.dantas@arandaeditora.com.br Rio de Janeiro e interior de São Paulo Guilherme Carvalho – Cel.: (11) 98149-8896, guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Wander Rodrigues de Lima, 82, cj. 503 – 30750-160 – Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3412-7031, Cel.: (31) 9975-7031, oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj 204E – 80330-000 – Curitiba (PR) Tel.: (41) 3501-2489/3209-7500, Cel.: (41) 9728-3060, romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291, Cel.: (11) 98179-9661 e-mail: maria.jose@arandaeditora.com.br
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ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.
CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - Tel.: (11) 3824-5300 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO
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SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S/A Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima
PLÁSTICO INDUSTRIAL, revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda.
ISSN 1808-3528 Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315, 01155-900, São Paulo (SP), Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 info@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br
É enviada mensalmente a 12.000 pessoas-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul.
NOTÍCIAS
8 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
códigos de barras. No ambiente de produção das empresas transformadoras de plásticos, é recomendado para o controle das etapas de A Benner (São Paulo, SP) desenvolveu um processamento, em conexão com o maquinário, sistema de planejamento de recursos (Enterprise tendo como uma funcionalidade adicional a Resources Planning, ERP) específico para a análise visando ao melhor aproveitamento de área industrial, com foco no gerenciamento de matéria-prima. tarefas associadas à autoO ERP Industrial matização e eficiência também será capaz de dos processos. fornecer dados e relaDe acordo com o head tórios estratégicos para de Produto ERP da tomadas de decisão, coBenner, Francis Izzo, “o mo dashboards que possimercado industrial brabilitam o acompanhasileiro está ganhando mento da evolução das cada vez mais maturidaindústrias em tempo de para a digitalização e real; apontamentos intea solução ERP Indusligentes que sinalizam a trial chega no momento necessidade de supriSistema aborda desde a aquisição de matériacerto às empresas para mento para controle e prima até o produto final, passando pelo agregar mais praticidade planejamento de estocontrole de processo. Imagem: Benner e agilidade aos seus proque; a sinalização autocessos, a fim de evitar falhas, retrabalho e atrasos”. mática de pedidos de cotação para fornecedores Os recursos do sistema abrangem desde a parceiros e o controle logístico, incluindo a compra de suprimentos e matéria-prima até a indicação de capacidades produtivas e prazos obtenção do produto final, passando pela para produção. O sistema terá também versões integração com controladores lógicos promobile, para dispositivos portáteis, e web, com gramáveis (CLP’s) e demais tecnologias e hospedagem em nuvem. equipamentos típicos do ambiente produtivo, tais como sensores, coletores e leitores de Benner – www.benner.com.br
ERP industrial gerencia tarefas na manufatura de produtos plásticos
Criação de gêmeos digitais para indústria 4.0 se torna mais acessível
em vista a administração de ativos (Fraunhofer Advanced Asset Administration Shell Tools) para gêmeos digitais. Daí o acrônimo FA³ST. A transformação de plásticos e a confecção de mol-
des e matrizes para esses processos são campos em que as tecnologias facilitadoras da indústria 4.0 avançam com mais rapidez, e por isso podem se beneficiar da A unidade de estudos sobre disponibilidade de uma plaóptica, tecnologia e sistemas taforma gratuita de exploração de como esta. imagens (IOSB) do O serviço permiInstituto alemão te a criação e o geFraunhofer anunrenciamento de gêciou o lançamento meos digitais que de um software de espelham no amcódigo aberto debiente virtual pronominado FA³ST dutos e instalações Service v0.1.0, despara a indústria 4.0 crito como o primeiro bloco de conscom base na Asset Pesquisadores do Instituto Fraunhofer IOSB trução do pacote Administration Shell desenvolveram um sistema de código aberto que permite a desenvolvido pela (AAS), a especificacriação e o gerenciamento de gêmeos digitais de produtos instituição tendo ção do pacote de e instalações para a indústria 4.0. Imagem: DepositPhotos
9 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
administração de ativos que integra as diretrizes de projetos de indústria 4.0, na Alemanha. O sistema pode ser acessado e interagir por meio de interfaces de programação de aplicações (API’s, de Application Programming Interface), um conjunto de padrões que tornam mais simples a criação de plataformas por parte dos desenvolvedores. Ferramentas para a indústria 4.0 O FA³ST é um conjunto de ferramentas que permite a modelagem, a criação e o uso de gêmeos digitais padronizados de
acordo com protocolos de programação e de comunicação entre máquinas. A criação de gêmeos digitais padronizados leva à uniformização das interfaces e assegura a interoperabilidade entre sistemas e equipamentos de produção. Torna-se possível, por exemplo, o fornecimento de pacotes de administração em rede e em interação com o usuário, com aplicativos ou máquinas. Entre as características do FA3ST estão o suporte a vários formatos de arquivos de dados, incluindo AAS, JSON, XML, RDF e NodeSet (OPC-UA), a
Ampliação da capacidade produtiva de bioplásticos no Brasil
arquitetura aberta e o suporte para os protocolos para comunicação entre máquinas MQTT e OPC-UA. Dados sobre o sistema estão disponíveis no endereço eletrônico mostrado a seguir, onde podem ser encontrados os códigos de programação, assim como a interface para resolução de problemas e contribuição com o desenvolvimento do sistema. Informações adicionais podem ser solicitadas pelo email faaast@iosb.fraunhofer.de. Fraunhofer IOSB – https://github.com/FraunhoferIOSB/ FAAAST-Service
de 300 toneladas. De acordo com informações da ERT enviadas à imprensa, o mercado de plásticos projeta crescimento de 5% em 2022 e, A Earth Renewable Technologies (ERT) prepara para a empresa, seria a oportunidade de entrar a ampliação da capacidade produtiva de sua em um cenário que ainda é muito dependente planta, localizada em Curitiba (PR), para atingir do plástico comum. até dez vezes a capacidade atual ainda em 2022. Com a ampliação, a ERT estima investir cerca A unidade, inaugurada em 2021, foi a primeira de R$ 250 milhões até 2025. “A tecnologia que planta industrial da América Latina voltada à empregamos pode se tornar cada vez mais versátil, produção de biopolímeros gerando soluções inovabiodegradáveis. doras para um cenário onde Com menos de um ano a demanda por produtos desde o início de suas opebiodegradáveis só vai cresrações, a ERT chamou a cer. Os consumidores estão atenção de parceiros ao cada vez mais conscientes redor do mundo, conforme sobre a origem daquilo que já divulgado no site de levam para casa, então é Plástico Industrial, tendo uma solução amiga do ama distribuição de seu biente e alinhada às tenmaterial em países como dências de consumo”, conCanadá e Estados Unidos, cluiu o CEO da companhia, por meio de um contrato Kim Gurtensten Fabri. Empresa pretende expandir, em dez vezes, a assinado em março deste Para ampliar a produção capacidade de produção de bioplásticos de sua ano. Com a chegada de de seu biopolímero biounidade fabril em Curitiba, para mais de 3 mil novos parceiros, como a degradável, a ERT abrirá toneladas em 2022, e prevê faturamento de R$ Activas, que está distriuma nova linha fabril, au100 milhões. Imagem: ERT buindo seu produto no mentando em 50% seu quamercado mexicano e brasileiro, a empresa reafirma dro de funcionários com um faturamento estia importância de um negócio focado em presermado de R$ 100 milhões. A empresa planeja vação e sustentabilidade. introduzir no mercado 3,5 mil toneladas de A previsão da companhia é que, até o fim de bioplásticos ainda este ano. 2022, ela aumente em dez vezes o volume de biopolímeros produzidos, que no ano passado foi ERT – https://earthrenewable.com
10 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
NOTÍCIAS O novo negócio, também chamado de “boutique de plásticos”, vai contar com infraestrutura e assistência técnica especiaA Actplus, empresa do grupo Activas (Cotia, lizadas, baseadas no parque fabril e no pessoal SP), está organizando a oferta de plásticos qualificado já disponíveis na empresa. de engenharia compostos sob medida, de forEntre as possibilidades de modificação dos ma que eles passarão a ser modificados e polímeros estão a adição de fibra de vidro e coloridos de acordo com cargas funcionais como as necessidades de protalco – que possibilita jeto de cada cliente. ajustes dimensionais para Dedicada ao forneciobtenção de mais leveza e mento dos materiais de menos massa nos compostos –, grafite – que engenharia do portfólio da confere mais resistência à Activas, a Actplus vai pashidrólise e melhor desemsar a fornecer os compenho para produtos que postos modificados e coActplus passará a fornecer uma linha de necessitam de boas caracloridos sob especificação, compostos de plásticos de engenharia terísticas de deslizamento – assim como lotes sob com coloração e aditivação sob medida. e EPDM, que atua como medida, levando em conta Imagem: Actplus modificador de impacto. inclusive os diferentes valores agregados de cada formulação, com ênfase nos compostos de poliamida (PA). Actplus – www.actplus.com.br
Especialidades sob medida
Solvente “verde” é usado na produção de bioplástico
Cientistas ligados a diversas instituições cooperaram para o desenvolvimento de um processo sustentável que aproveita solventes “verdes” usados na
extração de pigmentos de biomassa de leveduras para fabricar bioplásticos. A proposta é que, no futuro, o plástico obtido possa ser utilizado em embalagens inteligentes, com propriedades antioxidantes e antimicrobianas.
Segundo informativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), divulgado à imprensa, depois de mais de oito anos de estudos os pesquisadores demonstraram que solventes eutéticos, chamados “verdes”, são eficazes
11 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – FEV. 2020
O processo para extrair pigmentos antioutilizam solventes poluentes. De acordo com o resumo do xidantes provenientes de bio“Trabalhamos com métodos artigo publicado no Green massa e que, simultaneamente, sustentáveis para obter os Chemistry, um periódico da os solventes podem ser usados pigmentos naturais e, a partir como agentes extratantes (para de solventes verdes, aplicá-los Royal Society of Chemistry, os extração de compostos) e como posteriormente em plásticos pesquisadores buscavam subsplastificantes para a preparação biodegradáveis”, comentou tituir os solventes orgânicos de filmes biodegradáveis à base Mussagy. convencionais por equivalentes de amido bioativo. mais benignos: “Neste Conforme explicou trabalho tentamos deCassamo U. Mussagy – senvolver um processo autor do trabalho de simples e ecologicapós-doutorado, pela mente correto usando Universidade de São esses solventes alterPaulo (USP) em conativos para a extração laboração com a Unide astaxantina e β-carov e r s i d a d e Es t a d u a l teno da biomassa de Novo processo aproveita solventes sustentáveis usados na extração de pigmentos de biomassa de leveduras para Phaffia rhodozyma, que Paulista (Unesp) –, o fabricar bioplásticos. O processo foi descrito por pode ser usado simulgrupo buscou por alterpesquisadores de universidades brasileiras e portuguesas na taneamente como agennativas aos pigmentos revista Green Chemistry. Material poderá dar origem a te corante e plastifisintéticos e aos proembalagens “inteligentes”, com propriedades antioxidantes cante para a preparação cessos de extração que e antimicrobianas. Imagem: Pixabay
12 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
NOTÍCIAS de filmes biodegradáveis à base de amido bioativo sem purificação adicional. O uso de solventes eutéticos à base de colínio parece ser uma solução promissora visando o desenvolvimento de biofilmes funcionalizados ricos em carotenóides”. Como metodologia, os cientistas informaram que produziram os carotenóides cultivando a Phaffia rhodozyma em biorreator. Posteriormente usaram líquidos iônicos e solventes eutéticos à base de colina, uma das vitaminas
sem formar uma nova. Para maximizar a recuperação de astaxantina (um antioxidante natural produzido por leveduras ou microalgas) e de betacaroteno, os pesquisadores testaram cinco concentrações de biomassa-solvente (relação sólido-líquido), considerada um parâmetro crucial em procedimentos de ruptura celular para recuperar moléculas intracelulares de biomassas microbianas. Assim, foi detectado que o solvente com melhor resultado, além de
Líquidos iônicos ou solventes eutéticos? Identificação dos melhores solventes para extração de astaxantina e β-caroteno da levedura Phaffia rhodozyma e preparação de filmes biodegradáveis (Fonte: Green Chemistry, Royal Society of Chemistry 2022)
do complexo B produzida pelo organismo humano e encontrada na natureza, conjugados a ácidos graxos (butanoicos) para extrair os pigmentos da levedura. Tanto os líquidos iônicos como os eutéticos são apontados como “solventes ideais” para a extração de compostos de matrizes naturais, principalmente por suas propriedades de solvatação, fenômeno que ocorre quando um composto iônico se dissolve em uma substância polar
extrair o corante da biomassa do microrganismo, também atuou como agente plastificante para embalagem. O próximo passo dos pesquisadores, segundo o informativo, pode ser a aplicação dos resultados para demonstrar que as embalagens com esse tipo de plástico “verde” podem ser usadas com várias finalidades, incluindo na indústria alimentícia. Fapesp – https://fapesp.br USP – https://www5.usp.br Royal Society of Chemistry – www.rsc.org
14 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
NOTÍCIAS Injetoras verticais serão comercializadas no Brasil
O Grupo LWB Steinl Machinery, com matriz na Alemanha e filial brasileira no município de Jundiaí (SP), passará a comercializar no País a linha de injetoras verticais VR, em versões com força de fechamento de 1.100 a 8.000 kN. Um modelo de injetora pertencente à série é mostrado na imagem.
Linha de injetoras verticais com força de fechamento e capacidade de injeção variadas será fornecida sob encomenda. Imagem: LWB Steinl Machinery As máquinas serão fornecidas sob encomenda e apresentam características técnicas como volume de injeção de 630 a 8.500 cm3, placas com dimensões de 400 x 500 a 900 x 1.100 mm e conjunto de cilindros de fixação totalmente hidráulicos. Em comunicado à imprensa, foi informado que as injetoras também permitem a realização de configurações específicas como, por exemplo, ajuste da força de fixação para diferentes cavidades de moldes usados para o processamento de resinas termoplásticas, isso graças a módulos de pressão que compõem o conjunto do maquinário. De acordo com a companhia, as unidades de injeção são montadas separadamente, na parte superior da sua estrutura de fixação. Além disso, essas máquinas permitem o acoplamento de robôs colaborativos, bem como de estações de troca de moldes, entre outros. Os clientes poderão contar com serviços de assistência técnica local. Mais informações podem ser obtidas pelo email mostrado a seguir. LWB – rodrigo.olivetto@lwb.com.br
15 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Linha de injetoras chega ao mercado nacional
A empresa de origem chinesa Tederic, com filial
brasileira situada em São Paulo (SP), divulgou que a sua série de injetoras NEO·T passou a ser comercializada oficialmente no País. O modelo de máquina mostrado na imagem é uma das versões da linha. Algumas das características técnicas das injetoras são força de fechamento de 460 a 1.088 toneladas, índice de repetibilidade de injeção de aproximadamente 0,5%, assim como repetibilidade do movimento de abertura de moldes com precisão de menos de 1 mm. Outro detalhe é que a velocidade de injeção de resinas termoplásticas, por exemplo, pode ser aumentada em até 30%, em máquinas de pequeno porte, e até em 10%, para máquinas de médio e grande porte, segundo a fabricante. Também foi divulgado pela companhia que os equipamentos apresentam diferentes versões: entre elas há as que contam com servomotor com movimentos de abertura e fechamento por articulações ou servomotor de duas placas.
Máquinas injetoras que apresentam versões com força de fechamento de mais de 1.000 toneladas passaram a ser fornecidas no Brasil. Imagem: Tederic Além disso, as injetoras contam com controlador lógico programável (CLP) e monitores com dimensões de 304,8 a 533,4 mm. Esses últimos possuem versões com tela sensível ao toque (touch screen). Os clientes poderão contar com serviços de assistência técnica local. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone mostrado a seguir. Tederic – (11) 3582-2067
IMPRESSÃO 3D
16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Ligas metálicas de alta resistência para manufatura aditiva chegam ao Brasil
para moldes contendo canais de resfriamento que acompanham a geometria das peças a serem moldadas, os chamados canais conformais (conformal A Farcco Tecnologia (São Paulo, SP) estabeleceu uma cooling), que aumentam significativamente a eficiência dos sistemas de resfriamento e reduzem parceria com a sueca VBN Components para a os tempos de ciclo na produção. distribuição no mercado brasileiro das ligas de alta A empresa brasileira possui grande experiência nos resistência ao desgaste Vibenite, desenvolvidas pela mercados brasileiro e internacional de manufatura empresa sueca para uso em processos de manufatura aditiva, distribuindo equipamentos e matéria-prima, aditiva (impressão 3D). além de profundo conhecimento técnico dos A parceria inclui representação comercial, suporte equipamentos e processos utilizados para muitos de engenharia e consultoria técnica para a aplicação materiais. Atua no desenvolvimento de novos proda matéria-prima em pó Vibenite AM e para os cessos de fabricação por meio de serviços de fabricação da VBN parcerias com os clientes, e tem Components para o Brasil. Por colaborações com centros nacionais meio da parceria, a indústria de tecnologia como Inmetro, brasileira terá acesso à tecnologia HuBMA e muitas universidades. de manufatura aditiva para proA Farcco também participa duzir aços de altíssima resistência ativamente dos comitês nacioe também o metal duro fabricado nais e internacionais de normapor manufatura aditiva: o carbolização ABNT, ASTM e ISO, neto híbrido Vibenite 480. que estabelecem normas técExtremamente resistentes ao nicas e de qualidade para a desgaste, os componentes faPós metálicos poderão dar origem a manufatura aditiva. “Estou muito bricados com o material podem ser componentes em aço de alta contente em formar essa parproduzidos em unidades ou em resistência e em metal duro. No setor lotes maiores, e o cliente pode de plásticos, as ligas podem ser usadas ceria com uma empresa bem posicionada como a Farcco adquirir os serviços de fabricação ou na fabricação de postiços contendo uma licença Vibenite para produzir canais conformais, para resfriamento Tecnologia, que tem a capacidade de dar suporte aos localmente, em suas instalações no de moldes. Imagem: Shutterstock nossos clientes da melhor forBrasil. “As empresas brasileiras ma. O Brasil tem muitos setores como energia, estão muito interessadas na manufatura aditiva como automotivo e mineração, que podem se beneficiar parte das tecnologias facilitadoras da indústria 4.0. O do aumento da vida útil dos componentes objetivo da parceria com a VBN é aumentar, ainda mais, fabricados em Vibenite e a diminuição da pegada a adoção da manufatura aditiva por meio de suporte e de carbono que eles oferecem”, comentou Johan assistência técnica, e ajudar no desenvolvimento de Bäckström, CEO da VBN Components, que ganhou novos produtos, novas aplicações e novos centros de inúmeros prêmios de inovação, entre os quais o produção”, afirmou Fabio Sant´Ana, diretor da Farcco. Prêmio Skapa, da fundação Alfred Nobel. Postiços para moldes Farcco – www.farcco.com.br Para o setor de plásticos, uma aplicação potencial VBN – https://vbncomponents.se das ligas de alta resistência é a confecção de postiços
Na vertical: impressão empilhada de alta densidade para componentes industriais
A 3D Systems – fabricante de tecnologias para impressão 3D – oferece um novo método de impressão de peças, o qual permite a impressão empilhada de múltiplos componentes. As diversas versões de Figure 4, maquinário da empresa, tornam a produção 3D de itens plásticos mais viáveis em termos de aumento da produtividade, durabilidade, repetibilidade e menor custo total de operações se comparadas às outras impressoras.
De acordo com a empresa, com o avanço dos fotopolímeros utilizados em processos de impressão 3D agora é possível obter um aumento significativo na eficiência de construção e desafiar os métodos tradicionais. Isso pode ser alcançado por meio do empilhamento de peças de alta densidade utilizando a altura de construção das impressoras da linha Figure 4, aninhando de forma eficiente as peças e criando uma estrutura de suporte otimizada para permitir bons níveis de impressão em lote e facilitar o pós-processamento. Segundo informações da 3D Systems, ao empilhar as peças é
possível imprimir em lotes de cerca de 100 unidades, em 90 minutos, reduzindo em cerca de 80% o tempo necessário para preparar uma construção. O empilhamento de peças de alta densidade, viabilizado pelo software 3D Sprint, permite o aninhamento eficiente e uma estrutura de suporte esparsa que maximiza a impressão em nível de lote e minimiza os tempos de pós-processamento manual. As vantagens de seu uso se aplicam, por exemplo, a: • produtividade e eficiência: as pilhas podem ser facilmente geradas e apoiadas, por meio
17 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
da criação de suportes, no 3D Sprint para maximizar a densidade da impressão total, reduzindo o pós-processamento e diminuindo o tempo de trabalho e preparação de maquinário; • impressão noturna: para fabricantes que não funcionam 24 horas por dia. Há muito tempo no período noturno que pode ser usado para impressão. As impressões podem ser planejadas com mais eficiência para melhorar o rendimento em um único dia, imprimindo com menor frequência, mas com mais rendimento; • geração de strut array : é possível gerir e replicar rapidamente suportes em uma pilha dentro do software. A rede de suporte aberta e esparsa maximiza a eficácia do processo de lavagem com solvente, secagem ao ar e pós-cura para fabricação em lote; • compatibilidade com automação: os suportes de contato com ponta perpendicular permitem lim-
Companhia oferece software e maquinário para impressão 3D empilhada verticalmente para fabricação de peças e componentes industriais. Imagem: 3D Systems peza, secagem, cura e remoção automatizadas com o mínimo de trabalho humano. Alguns dos recursos dos suportes feitos no software incluem: uma superfície de contato perpendicular, um deslocamento para criar um entalhe para uma quebra fácil e uma ponta esférica. Embora as escoras sejam geradas manualmente pelo usu-
ário, elas são replicadas automaticamente após serem geradas para uma única peça e suas vizinhas. Essas estruturas apresentam tais características para serem fáceis de quebrar sem gerar grandes cicatrizes na peça. Os suportes também geram menos calor durante a impressão e têm mais resistência lateral do que os suportes usuais. Um dos propósitos da técnica é a obtenção de peças isotrópicas e repetíveis em trabalhos em lote. A natureza isotrópica das peças obtidas por meio da tecnologia permite graus extras de liberdade na preparação e design de peças. Como resultado, as peças não precisam ser orientadas de uma maneira especial para alcançar as mais altas propriedades mecânicas – o que significa que elas podem ser empilhadas firmemente para máxima utilização de espaço e eficiência de volume. 3D Systems – https:// br.3dsystems.com
18 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
MATÉRIA-PRIMA MSc. Elias Augusto Soares, da redação.
Polisulfona (PSU) A polisulfona (PSU, do inglês polysulfone), é considerada um termoplástico de alto desempenho devido à sua elevada resistência térmica, podendo ser utilizada sob temperaturas de trabalho muito superiores, se comparada a outros polímeros, o que torna este material uma opção para aplicações de ponta como, por exemplo, no
polisulfonas são caracterizadas pela alta resistência térmica e oxidativa, com alta resistência mecânica e possibilidade de transparência. Dentre os termoplásticos, a PSU detém um dos maiores índices de temperatura de deflexão sob ação do calor. Além dessas especificações, a polisulfona possui boa rigidez, boa resistência química (a certas substâncias), alta estabilidade dimensional,
setor aeroespacial e médico-hospitalar. Na história dos polímeros a PSU surgiu por volta de 1965, quando foi introduzido na indústria um material termoplástico de cor âmbar (ou amarelada) com uma estrutura básica repetitiva que consistia em anéis de benzeno unidos por um grupo sulfona (SO2), um grupo isopropileno (CH3CH3C) e por uma união de éter (O). Veja mais sobre sua estrutura completa no box no final dessa matéria. A família de termoplásticos baseada em derivados de sulfona é composta por polímeros de elevada estabilidade térmica. De acordo com H.Wiebek e J.Harada, autores do livro Plásticos de Engenharia: tecnologia e aplicações, da Artliber Editora, as
boa biocompatibilidade, sendo ainda autoextinguível e bom isolante elétrico. Os altos índices de desempenho sob temperatura elevada fazem com que a PSU, por vezes, substitua o vidro, metais e até mesmo outros plásticos como PA, PC, POM e certos termofixos em aplicações críticas. Industrialmente a polisulfona é comumente disponível no formato de pellets, em pó ou na forma de semiacabados (tarugos e chapas), que podem ser utilizados para sua transformação em máquinas de injeção e extrusão (métodos de transformação mais tradicionais para ela) ou até no processo de sopro e termoformação. Sua temperatura de processamento, entretanto, é um ponto a ser levado em
consideração na escolha do maquinário, uma vez que o material demanda altos índices de energia térmica em seus parâmetros de processo chegando à ordem de 340 a 380 °C, conforme o processo empregado. Fabricantes de PSU recomendam sua secagem, em média, sob temperatura de 120 °C por cinco horas, mas convém averiguar as diretrizes específicas para cada grade, as quais devem estar disponíveis no datasheet do material. A estabilidade hidrolítica da PSU faz com que seja resistente à absorção de água quando se encontra em ambientes aquosos ácidos e alcalinos. A combinação de tal característica atrelada à sua resistência ao calor proporciona uma elevada resistência à água fervente e ao vapor, mesmo em autoclaves e com exposição cíclica a ambientes de frio para quente e de úmido para seco. Apesar de ser naturalmente transparente, a PSU pode ser aditivada para se apresentar translúcida ou totalmente opaca, com diversas cores e efeitos, desde que sejam aplicados agentes adequados à sua formulação. Como desvantagem, além do alto custo, esse material possui baixa resistência aos raios UV e, portanto, seu uso em aplicações expostas às intempéries não é recomendado, a menos que seja pintado, metalizado ou aditivado com estabilizantes específicos. Versões desse material são conhecidas e bem desenvolvidas pela indústria. Ainda segundo Wiebek e Harada, a polisulfona originou a descoberta do método de produção dos poliésteres aromáticos com altas massas molares e o resultado é a fonte de todos os processos subsequentes comerciais para os seus derivados. Atualmente, o mercado possui diversas vertentes dentro da chamada “família das sulfonas” como, por exemplo, polietersulfona (PESU), polifenilsulfona (PPSU), poliariletersulfona (PAES), entre outras. Cada material em específico possui, além do grupo sulfona, uma característica diferente em sua cadeia molecular, o que lhe atribui certas propriedades finais de acordo com esse grupo.
ABR-MAI. 2022 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – 19
Devido a essas características, a PSU (ou variações) pode ser empregada em aplicações como, por exemplo, equipamentos e instrumentação médica, filtros hospitalares, equipamentos para esterilização de aparelhos cirúrgicos, aparelhos de respiração artificial, válvulas e tanques para água quente, peças automotivas (próximas ao motor), bombas de vácuo, tampas de distribuidor, corpo para sensores e relés, conectores elétricos para lâmpadas de projetor, encapsulamento de fusíveis, peças de eletrodomésticos (geladeira, aspirador,
panela elétrica, air fryer, juicer , lava-louças, etc.), louças (jarras, tigelas, pratos e copos), visor (janela) da porta de máquinas lava e seca, peças de microondas, componentes transparentes para cafeteiras, garrafas, mamadeiras, peças de chuveiro, caixas de pilhas alcalinas, peças para eletrônicos, grades de aquecedores e secadores de cabelo, placas de circuito impresso, suporte para chips e processadores, vedações de baterias, equipamentos de laboratório, membranas e tubos para filtros, equipamentos usados na extração de petróleo,
assentos para aeronaves, pratos para uso em aviões e escudo facial para bombeiros e astronautas. Embora sejam materiais de alto desempenho, as PSUs são termoplásticos e, como tal, podem ser reaproveitadas por meio do método de reciclagem mecânica, devendo ser categorizadas pelo símbolo “ ” (sete) na simbologia da ABNT para reciclagem. Seu descarte deve ser feito nas lixeiras de cor vermelha. Confira os fabricantes e fornecedores desse polímero em nosso Guia de Resinas Termoplásticas. Para saber mais, consulte a seção de Literatura em nosso site www.arandanet.com.br/ revista/pi.
A ciência do material As “sulfonas” são materiais poliméricos que contêm, em sua cadeia principal, uma estrutura básica repetitiva que consiste em anéis de benzeno unidos por um grupo sulfona (SO 2) e pela presença de uniões éter (O). Geralmente, a PSU é produzida por meio de uma reação de policondensação em vários estágios com bisfenol A e diclorossulfonil sulfona,
o que resulta em uma estrutura amorfa linear. Um dos métodos mais comuns é a substituição nucleofílica
de uma cloro- ou fluoro-sulfona aromática por um íon fenóxido. Por exemplo, a reação do sal dissódico
de bisfenol A com diclorodifenil sulfona produz polisulfona. Atualmente, diversas empresas vêm apresentando novos métodos de obtenção desses polímeros sem o BPA. Essa complexa cadeia, como a presença dos anéis aromáticos, proporciona ao material altos índices de rigidez e dificulta o empacotamento organizado das cadeias tornando o material amorfo e transparente.
Propriedades típicas* Nome e sigla: ------------------------------------------------ polisulfona (PSU) – [ en. polysulfone] Classific ação: ------------------------------------------------- polímero de alto desempenho Classificação: O r i g e m : --------------------------------------------------------- sintético Fórmula química: ------------------------------------------------------------------------------------- (C 27H 22O 4S)n Comportamento mecânico: ----------------------------- termoplástico Organização molecular: ----------------------------------- amorfo Densidade (sólido): --------------------------------------- 1,24 g/cm³ Contração volumétrica: ----------------------------------- 0,7% Temperatura de escoamento: -------------------------- 185 °C Temperatura de transição vítrea (Tg) (Tg):: ------------ 190 °C Temperatura de processamento: --------------------- de 300 a 380 °C, dependendo do processo Temperatura de uso contínuo: ------------------------ 160 °C S e c a g e m : ------------------------------------------------------- 120 °C por 5 h
* Os dados atribuídos às propriedades do polímero são valores médios obtidos na literatura e junto a
fornecedores de materiais.
(Fotos: newarta, harald_woblick e webandi, via Pixabay; pvproductions, Racool_studio e KamranAydinov, via Freepik)
GUIA I
20 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Guia das empresas de transformação de plásticos por extrusão A extrusão é um dos principais processos de transformação de plásticos, dando origem a filmes, perfis, chapas, entre outros itens. Uma sondagem das tendências do setor foi feita juntamente com a pesquisa que apura a sua capacidade produtiva e as características do seu parque fabril.
Betaplás Brasplast
PE
1.500
3
• •
(49) 3321-2900 23
vendas@brasplast.com.br Burgoplast
(51) 98415-1433 n 2
comercial.burgoplast@gmail.com Dinaplast
(41) 3382-5388 n 6
dinaflexocontato@gmail.com
Seção máxima (mm)
•
(11) 97570-5020 n 2
vendas@betaplas.com.br
Máxima
• •
Materiais que processa
Mínima
3
Materiais que processa
Número máximo de camadas
1.000
Materiais que processa
Diâmetro máximo (mm)
Possui unidade para corte/solda Possui unidade para impressão
PP, PE
Perfis Espessura das paredes dos tubos (mm)
Lisos Corrugados
Largura máxima que processa (mm)
Número máximo de camadas
•
(11) 97228-6035 n 30
vendas@arimanet.com.br
Materiais que processa
Tubos
Barras e tarugos Espessura máxima que processa (mm)
Quantidade total de máquinas instaladas Tubulares Planos
Arima
Materiais que processa
Largura máxima que processa (mm)
Chapas
Filmes
Empresa, telefone e e-mail
utilizam matéria-prima reciclada na produção de itens diversos, tais como embalagens, sacos para lixo, sacolas, eletrodutos, bisnagas, entre outros. Embora os recursos de indústria 4.0 não aparentem estar muito consolidados no País, quase 60% das empresas constantes deste guia afirmaram possuir pelo menos um tipo de ferramenta que se enquadra nesse conceito. As mais utilizadas entre as companhias que empregam tais tecnologias são a computação em nuvem, sistemas MES integrados com ERP, impressão 3D e análise de big data do ambiente de produção. De acordo com as empresas, a busca por informações sobre as tecnologias facilitadoras da indústria 4.0 é feita, principalmente, por meio de parceiros comerciais, consultorias especializadas e associações de classe, sendo que os dois principais fatores impeditivos para sua incorporação continuam sendo a falta de mão de obra capacitada e o alto custo. Entretanto, a tendência é que a adoção desses recursos aumente, uma vez que exatamente 50% das pesquisadas se mostraram interessadas em investir nesse tipo de tecnologia nos próximos cinco anos, em média.
Seção máxima (mm)
Uma pesquisa própria, realizada por Plástico Industrial, junto às empresas constantes deste guia, mostrou como está distribuída a porcentagem dos segmentos para os quais elas mais fornecem produtos. O ranking apresenta a seguinte configuração: embalagens com 31,81%; construção civil com 13,87%; agroindústria com 11,28%; automobilístico com 5,87%; eletrodomésticos e linha branca com 4,21%; utilidades domésticas com 2,59%; brinquedos e lazer com 1,56%; e eletrônicos com 1,25%. Nessa apuração, a categoria de “outros” segmentos somou mais de 27% do total de produtos fornecidos e, de acordo com as respondentes, entram neste quesito setores como, por exemplo: médico-hospitalar; saneamento; materiais de escritório; automação industrial; moveleiro e de artigos para pets. Quando perguntadas sobre como está sendo a retomada das atividades no pós-pandemia, cerca de 61% das empresas disseram que sua produção está no mesmo nível ou acima, em comparação ao pré-pandemia. Desde o último levantamento realizado, o consumo de resinas recicladas pelas empresas, que era de pouco mais que 47%, aumentou. Atualmente, cerca de 56,25% delas
GUIA I
1
• •
PVC
2
12
3
3
•
PEAD, PP
1.600
2
2,3
99
Materiais que processa
Seção máxima (mm)
450
Máxima
PE, PP
Mínima
•
Número máximo de camadas
• •
Diâmetro máximo (mm)
5
Perfis Espessura das paredes dos tubos (mm)
Materiais que processa Lisos Corrugados
1.400
Materiais que processa
Seção máxima (mm)
PE, PP
Tubos
Barras e tarugos Espessura máxima que processa (mm)
• •
Materiais que processa
Largura máxima que processa (mm)
Possui unidade para corte/solda Possui unidade para impressão
(11) 96925-0414 n 51
Materiais que processa
Largura máxima que processa (mm)
Electro Plastic
Chapas
Filmes
Número máximo de camadas
Empresa, telefone e e-mail
Quantidade total de máquinas instaladas Tubulares Planos
22 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
sac@electroplastic.com.br Emfesta
(54) 99131-7892 n 10
comercial@emfestaembalagens.com.br ForteCare
(41) 99981-0143 n 4
fortecare@fortecare.com.br Frilca
(21) 98174-6305 n 15
•
isaias@frilca.com.br GF FGS
PEBD , PEAD,
1.800
2
• •
PEBDL (11) 4617-8000 n 13
fgsbrasil@fgsbrasil.com.br GPK Brasil
(15) 99771-2760 n 3
•
PP
640
2
•
•
PEBD
130
1
• •
PP
640
1
PS
307
PVC rígido e
250
comercial@gpkbrasil.com.br GR Plast
(14) 99141-3871 n 4
contato@grplast.com.br Impacta
(11) 4447-7353 172
•
PE, PP
60
5
0,41
0,47
•
PVC rígido, PSAI,
78
1
1
4
raquel.alves@impacta-brazil.com.br Implatec
(47) 99972-2271 n 9
vendas@implatec.com.br
PP, ABS, PC
flexível, PSAI, PP, ABS, PC
Indusmack
• •
(12) 3935-4545 16
vendas@indusmack.com.br
PA6, PA11,
50
1
20
3
10
150
PA12, PVDF, PP, PE, EVA, EPDM
Iplasa
(71) 99106-3184 n 35
• •
PE, PP
2.100
3
• •
PEBD, PEBDL
1.800
1
•
comercial@iplasa-ba.com.br Lemeplas
(11) 3659-5353 n 20
•
lemeplas@terra.com.br Luperplas
(16) 99768-0800 n 6
•
PVC
500
1
•
TPU, PE, PA,
19
5
110
1
PVC
gerenciacomercial@luperplas.com.br Mantova
(54) 3039-9213 n 13
vendas@mantova.ind.br Marcplast
3
PVC
(17) 99728-9059 n 12
•
PEBD reciclado
1.200
1
•
marcplastsjrp@yahoo.com.br Masster Plásticos
•
(47) 99785-0103 n 4
PVC
1
7
gerentecomercial@massterplasticos.com.br Perfilisa
(54) 9663-7942 n 38
PVC, ABS,
perfilisa@perfilisa.com.br Plastibras
500
PE, PP, PS
(65) 3667-3201 20
PEAD
•
200
PEAD
200
1
1
5
PE
50
1
1,5
4
contato@plastibras.ind.br Plastiniuk
• •
(15) 3223-1022 n 5
vendas@plastiniuk.com.br Pomerplast
(47) 99292-1471 n 31
•
PE, PP, PEAD
1.650
2
• •
contato@pomerplast.com.br Recypack
(41) 99996-0025 n 3
valter.sapage@recypack.com.br Sulperfis
(54) 99263-0338 n 3
PVC flexível
12
PVC flexível
40
PVC, ABS, PSAI,
200
sulperfis@sulperfis.com.br Sulpolímeros
(51) 98134-1441 n 30
•
PE
1.600
1
•
vendas.sulpoli@gmail.com Tecnofris
(11) 94736-7748 n 6
vendas@tecnofris.com.br
•
PC, PP, PVC, ABS, PSAI, TPE,
70
1
0,5
3
PP, PE, PC,
TPU, compostos
POM, ABS/PC,
especiais, outros
TPE, TPV, TPU, PMMA, compostos especiais, outros
23 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Unionplast
(43) 99811-0639 n 13
•
PP, PE
1.000
1
•
Máxima
420
Mínima
ABS, PEAD,
Número máximo de camadas
140
Materiais que processa
Diâmetro máximo (mm)
1.500
Materiais que processa
Seção máxima (mm)
ABS, PEAD,
comercial@travi.com.br
Perfis Espessuradas paredesdos tubos (mm)
Lisos Corrugados
(54) 8119-8844 n 30
Materiais que processa
Espessura máxima que processa (mm)
Possui unidade para corte/solda Possui unidade para impressão
Largura máxima que processa (mm)
Número máximo de camadas
Materiais que processa
Largura máxima que processa (mm)
Travi Plásticos
Quantidade total de máquinas instaladas Tubulares Planos
Empresa, telefone e e-mail
Tubos
Barras e tarugos
ABS, PEAD,
800
1
1
200
Materiais que processa
ABS, PEAD,
PP, POM, PA,
PP, POM,
PP, POM, PA,
PP, POM, PA,
PVDF, PEEK,
PA, PVDF,
PVDF, PEEK,
PVDF, PEEK,
PEUAPM
PEEK
PEUAPM
PEUAPM
Seção máxima (mm)
Chapas
Filmes
500
••
comercial@unionplast.com.br Uniplast
(47) 98818-8514 n 25
vendas@uniplastperfis.com.br
•
ABS, PEAD,
90
1
1
4
ABS, PEAD,
PEBD, PET-G,
PEBD, PET-G,
PMMA, PP,
PMMA, PP, PPR,
PPR, PS,
PS, PSAI,
PSAI, PVC,
PVC, TPE, TPV
TPE, TPV
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.003 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, abril/maio de 2022. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
6.000
ESPECIAL
24 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Os materiais plásticos na área médica
Hellen Souza, da redação
Indispensáveis no ambiente médico-hospitalar, farmacêutico e odontológico, os materiais poliméricos dão apoio à evolução dos cuidados com a saúde. Seus grades mais técnicos permitem o desenvolvimento de equipamentos de apoio a intervenções cirúrgicas, tratamentos e administração de medicamentos, enquanto as resinas commodities são a base para a produção de itens de uso único, fundamentais à segurança sanitária. Plástico Industrial retoma este tema que foi pauta de uma edição especial em fevereiro de 2020, quando eclodiu a pandemia de Covid-19, e atualiza agora o guia da oferta de resinas plásticas para a área médica, apresentando também uma análise do mercado neste momento pós-pandemia.
É
difícil imaginar nos dias de hoje o ambiente médico-hospitalar, laboratórios de análises ou consultórios odontológicos em que não estejam presentes os materiais poliméricos em suas mais diferentes formas e usos. Das peças técnicas usadas na fabricação de uma imensa gama de aparelhos de auxílio ao diagnóstico e tratamento de doenças, passando pela instrumentação cirúrgica, órteses e próteses, até os itens de uso único que asseguram a ausência de contaminação, os plásticos são aliados nesse ambiente em que são vividos momentos críticos, mas também muitas vitórias na recuperação de pacientes.
A valorização do mercado de produtos voltados para cuidados com a saúde é algo que já vinha ocorrendo bem antes do surgimento da pandemia de Covid-19. Em feiras internacionais do setor de plásticos como a alemã K, por exemplo, já era notável a quantidade de lançamentos de resinas e máquinas desenvolvidas para atender aos requisitos da área médica, alinhados com os avanços das ciências da vida. Fabricantes de resina, de maquinário e de sistemas que garantem a manutenção de um ambiente livre de contaminantes durante o processamento de materiais plás-
Dispositivos para acesso de medicamentos e soro (foto: Covestro AG)
ticos têm voltado cada vez mais os seus olhares para o potencial desse mercado. Além das habituais necessidades do setor, agravadas pela pandemia de Covid-19, o aumento geral da expectativa de vida e os cuidados que cercam essa nova realidade também estão no centro das atenções de muitas empresas que compõem a cadeia do plástico.
Questão regulatória é a chave para o desenvolvimento do mercado A pesquisa é intensa no segmento de materiais destinados à moldagem de componentes para equipamentos, próteses, órteses e toda a gama de produtos de uso único necessária no ramo da saúde, e a sua evolução está diretamente associada à formação de uma massa crítica por parte das empresas que desenvolvem e fabricam esses itens. Esta, por sua vez, passa pela atuação de comitês técnicos que discutem a adequação de cada material a determinados tipos de aplicação. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas possui o Comitê Brasileiro Odonto Médico Hospitalar (CB-26), que trata dos assuntos relacionados à regulamentação dos materiais utilizados em dispositivos e nos itens descartáveis voltados para os setores em epígrafe, compatibilizando os interesses dos produtores e dos consumidores no sentido de que os produtos sejam adequados e seguros. Dentre suas atividades está o PNS (Programa de Normalização
25 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Setorial), que identifica programas e normas a serem trabalhados, a exemplo dos materiais para implantes. A instituição possui inclusive projetos de internacionalização das normas técnicas no setor de produtos para a saúde, visando atingir um padrão normativo para os produtos fabricados no Brasil, envolvendo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Associação Brasileira de Dispositivos Médicos (Abimo), que estimula a normatização como base para que se estabeleça a livre concorrência entre os fabricantes de produtos para a área médica. Mais informações sobre o comitê estão no box ao final desta matéria.
Materiais em alta e transformação aquém do desejado A engenheira química Ana Paula Celiberto, diretora da Ensinger Brasil (São Leopoldo, RS), acompanha de perto as atividades do CB26, tendo em vista que a empresa possui em seu portfólio uma série de materiais poliméricos semiacabados destinados à área médica, importados das unidades da empresa nos Estados Unidos ou na Alemanha. Ana explicou que todos os itens constantes das formulações desenvolvidas para o segmento devem atender a regulamentações que dizem respeito, por exemplo, à biocompatibilidade, à rastreabilidade, à resistência mecânica e química e à esterilização. De acordo com a entrevistada, a ortopedia foi a porta de entrada dos materiais da empresa na área médica, em uma ação baseada nos aspectos típicos dos plásticos, tais como leveza e flexibilidade de projeto e fabricação. O Grupo Ensinger desenvolve materiais especiais para o setor desde o início dos anos 2000, tendo participado da edição de 2002 da feira de tecnologia médica europeia MedTec, que hoje conta com
edições regionais em diversos países. No Brasil, a empresa tem participado da feira Hospitalar desde a edição de 2009. Como a Ensinger fornece materiais semiacabados e peças técnicas, participa do que a engenheira denominou co-design, que consiste no aconselhamento e interação durante o desenvolvimento de aplicações médicas. “O mercado brasileiro busca muito os materiais específicos para a área médica, e está totalmente aberto à questão regulatória, seguindo diretrizes da norma ISO 10.933, relativa à avaliação biológica de biocompatibilidade de dispositivos médicos”, informou. A empresa está introduzindo também uma linha de filamentos para impressão 3D e em breve vai passar a oferecer ao mercado a confecção de peças por este processo. No segmento de traumatologia, a Ensinger tem introduzido materiais novos, a exemplo do PEEK reforçado com fibra de carbono (TECATEC), que substitui o aço inoxidável na confecção de fixadores externos como pinos, que forçam o posicionamento de ossos para que ocorra a reconstituição após lesões, bem como guias de fixação traumatológica. A resistência à flexão e à tração dos materiais é uma característica importante neste caso. Em relação ao uso do material PEEK em implantes, a cooperação entre a matriz alemã da Ensinger e a britânica Victrex resultou na família TECAPEEK MT Classix, destinada à produção de implantes temporários para uso por até 30 dias, extensíveis a 180 (para aplicações específicas na área de odontologia). Os materiais possuem certificado de biocompatibilidade e documentação para aprovação regulatória, em resposta à tendência de qualificação de fornecedores em relação à questão normativa. “Estão sendo criadas normas relacionadas aos plásticos e há uma movimentação no comitê CB-26
Aplicações dos materiais da Ensinger no setor médico (fotos: Ensinger)
que sinaliza um amadurecimento da questão regulatória no Brasil, o que deverá favorecer a qualificação de mais empresas transformadoras e do respectivo mercado como um todo”, avalia Ana, acrescentando que recentemente teve a oportunidade de conversar com contatos da área de engenharia de produto e assuntos regulatórios de empresas parceiras que atuam na área de ortopedia, confirmando a intensa atividade do comitê normativo com relação à indústria plástica focada em materiais e produtos de tecnologia médica. São projetos envolvendo implantes para cirurgia (especificando o PEEK, por exemplo), implantes ortopédicos, caracterização e ensaios para comprovação da segurança e eficácia do uso dos materiais e produtos. “Enfim, uma base de conhecimento e normalização está se construindo nesta área, e isso vai beneficiar tanto a indústria quanto a sociedade”, concluiu Ana. A alemã Covestro, com unidade brasileira em São Paulo (SP), também possui um extenso portfólio de materiais desenvolvidos para uso no setor médico, com especificações disponíveis em um
ESPECIAL guia de referência para o setor, elaborado pelo centro de soluções da empresa e disponível no endereço https://solutions.covestro.com/en/ highlights/articles/stories/2022/ healthcare-reference-guide-fromcovestro. Jessica Martendal, head do setor de plásticos de engenharia da empresa, explicou que os negócios da área médica sofreram impacto negativo em 2020, no início da pandemia de Covid-19, devido ao adiamento das cirurgias eletivas, mas sem que ocorresse perda de market share . A retomada começou em meados de 2021, com vendas expressivas de materiais para aplicações técnicas nos equipamentos de grande porte como os oxigenadores sanguíneos usados nas intervenções cirúrgicas que haviam sido adiadas e recobraram aos poucos o seu ritmo normal. “Durante a pandemia, as aplicações dos plásticos se voltaram para as terapias imediatas, tais como infusão intravenosa e administração de medicamentos e soros, situação típica nas internações decorrentes de agravamento pela Covid-19”, explicou Costabile Landim, do setor de vendas da empresa. De acordo com o executivo, passado o primeiro impacto da pandemia, o incremento na demanda foi observado em nível mundial pela Covestro, considerando perfis específicos de cada mercado. O norteamericano, por exemplo, é forte consumidor de sistemas de autoaplicação de medicamentos, enquanto a Costa Rica desenvolveu recentemente uma zona franca dedicada especialmente à instalação de empresas que atuam no setor de ciências da vida, onde se fabricam todos os tipos de produtos. A Coyol Free Zone já concentra sete grandes empresas produtoras de dispositivos médicos, parte delas atendidas por
26 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
fornecedores de resinas e maquinário a partir das operações brasileiras, que concentram os negócios latinoamericanos de fabricantes europeus. Entre os materiais que a Covestro desenvolveu com exclusividade para o ramo de ciências da vida estão os policarbonatos da linha Makrolon, disponíveis em grades bastante utilizados na fabricação de oxigenadores e demais equipamentos eletromecânicos como os respiradores. A boa resistência química a solventes e a transparência são características desejáveis nessas aplicações, sujeitas a esterilização frequente. A empresa participou este ano do evento MD&M West, feira e conferência sobre tecnologia e design de produtos para a área médica, realizado na Califórnia (EUA), destacando as linhas de policarbonato Makrolon e Makroblend, para a fabricação de sistemas de administração de medicamentos e carcaças para aparelhos médicos, além das linhas de poliuretano Baymedix, com adesivos e espumas usadas na fabricação de curativos, e Plastilon – filmes para produção de emplastros (patches) respiráveis para cuidados com feridas. Costabile comentou que o mercado brasileiro apresenta demanda expressiva, mas o setor de trans-
brasileiro possui vocação para reverter esta situação, e isso move a Covestro a manter disponível por aqui todo o portfólio de resinas do segmento healthcare, o que inclui materiais desenvolvidos a partir de biomassa, com foco na economia circular. Neste sentido, a belga Solvay, por meio de sua divisão Specialty Polymers/Healthcare, que também dispõe de materiais voltados para a área médica, anunciou recentemente uma parceria com a Mitsubishi Chemical Advanced Materials (MCAM), para a reciclagem de equipamentos médicos fabricados com a polissulfona de alto desempenho (PSU) Udel. As empresas estão pesquisando a implementação de um sistema logístico para a recuperação, reciclagem e reprocessamento de componentes, para que eles retornem às suas aplicações originais. O projeto envolve a combinação da experiência da MCAM na lavagem e purificação mecânica do material, juntamente com a capacidade da Solvay de avaliar a química do polímero em final de vida, de modo a desenvolver uma estratégia de reciclagem completa, que atenda às especificações das suas aplicações iniciais. As empresas já possuem uma parceria para a recuperação e reciclagem de outros
Transparência do policarbonato é um fator desejável nas aplicações médicas (fotos: Covestro AG)
formação ainda está aquém do desejado, se comparado com a Costa Rica, cuja zona franca é hoje uma referência mundial na produção de artigos médicos e hospitalares. No entanto, em seu entender, o mercado
polímeros de alto desempenho, incluindo a polieteretercetona KetaSpire (PEEK). A aplicação mais recentemente divulgada pela Solvay para a área médica é um instrumento cirúrgico
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ESPECIAL
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Peça para instrumento cirúrgico desenvolvida com a poliarilamida IXEF (fotos: Solvay)
(foto) moldado com a poliarilamida IXEF pela ECA Medical (EUA). A empresa optou por este material por entender que ele oferece as melhores condições e propriedades para a confecção de um novo limitador de torque de uso único, um instrumento médico que auxilia os cirurgiões na fixação precisa de implantes ortopédicos e de coluna. O uso da resina da Solvay permitiu obter um produto que dá a sensação tátil necessária ao cirurgião ao aplicar o torque para fazer esses implantes. Projetado para ter uso único, mas com desempenho semelhante ao de instrumentos reutilizáveis, o item dispensa repetidas operações de esterilização a vapor e o uso de agentes de limpeza agressivos, podendo ser reciclado após uso. Mais informações sobre fornecedores de resinas para a fabricação de produtos médicos podem ser obtidas no guia do setor, na página 31.
Maquinário especial Os fabricantes de máquinas e equipamentos também têm ações especiais voltadas para o setor de cuidados com a saúde, a exemplo da alemã Krauss Maffei (Cotia, SP), com sua série de injetoras que atendem a requisitos e normas de controle da fabricação de produtos médicos e hospitalares. A linha PX, totalmente elétrica, é recomendada para a produção em sala limpa, embora esta não seja necessariamente uma condição que estabeleça a adequação do maqui-
nário para essas aplicações. A empresa já possuía em seu portfólio modelos hidráulicos adaptados para atender aos requisitos de sala limpa, compostos por uma unidade de fechamento totalmente isolada e com poucos elementos móveis, de modo a evitar a contaminação local. Renato Flausino, gerente comercial da empresa no Brasil, que abarca a operação em todos os países da América Latina, explicou
Equipamento da linha PX, para produção em sala limpa (foto: Krauss Maffei)
de dez máquinas na Costa Rica, no já referido polo de fabricação de produtos médicos. Sobre o mercado brasileiro, ele considera ser suficientemente forte e extenso para consumir tudo o que se produz por aqui, enquanto o polo costa-riquenho está mais voltado para o abastecimento da América Central. A Tsong Cherng, com sede em São Bernardo do Campo (SP), também fornece linhas de injetoras híbridas adaptadas para a moldagem de peças para o setor médico. A empresa customiza no Brasil equipamentos originários de Taiwan e da China, implementando recursos como simultaneidade de movimentos, abertura durante a dosagem, extração e movimento de machos durante a abertura, assim como aumento da velocidade de injeção e adequação para a moldagem de PVC rígido. Cazuo Ushino, da área de suporte técnico da Tsong Cherng, informou que o uso de modelos híbridos (combinando os acionamentos hidráulico e elétrico) é bastante comum na fabricação de itens para a área médica devido à possibilidade de utilizar fluidos hidráulicos e lubrificantes com aprovação do FDA (a exemplo do Mobil DTE FM) que, apesar de terem custo mais elevado, conferem segurança com relação à ausência de contaminantes nos itens moldados. Cazuo cita um estudo comparativo feito pela Nissei Plastic, que leva em conta fatores contaminantes que são inerentes ao maquinário totalmente elétrico.
que a pandemia ocasionou um aumento expressivo das vendas de equipamentos desta série: “No México, por exemplo, houve casos em que foi necessário despachar máquinas por avião, devido à urgência de instalação”, informou. Para ele, o mercado brasileiro acompanhou o ritmo mundial de aumento de demanda, registrando um crescimento entre 20 e 25% na demanda por modelos aptos a trabalhar em sala limpa, tanto na produção de peças técnicas quanto de itens de uso único para a administração de medicamentos, soros etc. Renato, por sinal, comissionou recenMáquina da série Fit, da Tsong Cherng, adaptável para temente um conjunto condições de sala limpa (foto: Tsong Cherng)
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A empresa comparou os seus próprios modelos de máquinas (híbrida e totalmente elétrica), no que diz respeito à presença de partículas em ambiente classe 100 (ISO 5) – uma classificação rigorosa para o ambiente de sala limpa –, constatando um volume seis vezes maior no caso dos modelos 100% elétricos, quando operando em modo automático e com o filtro de partículas ativo. No teste foi usado como ponto de medição uma região um pouco acima da unidade de fechamento, em ambas as máquinas. A origem das partículas seria o desgaste das correias de borracha empregadas na movimentação do sistema. A austríaca Wittmann Battenfeld, com unidade brasileira em Vinhedo (SP), possui três linhas de máquinas homologadas na Europa para a produção de itens voltados para o setor médico: a MicroPower, de 15 toneladas, para a moldagem de peças de precisão pesando até 5 gramas, a EcoPower totalmente elétrica e a linha servoacionada SmartPower, equipada com um kit de encapsulamento que impede o vazamento do lubrificante, mesmo que esteja em uso aquele que tem aprovação do FDA. Recursos de conectividade, a exemplo do controle das máquinas de forma remota, por meio de um tablet dispondo de sistema operacional Windows, evitam a presença do operador paramentado no ambiente para a execução dos ajustes necessários à partida. De acordo com Marcos Cardenal, engenheiro de vendas da empresa, estão em desenvolvimento na Wittmann periféricos enclausurados, que poderão compor linhas inteiras de produção em sala limpa. A fabricante de robôs de origem francesa Sepro, que tem unidade brasileira em Jundiaí (SP), possui uma linha de autômatos denominada Med, equipados com dispositivos
ESPECIAL
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Detalhes do modelo MicroPower, para aplicações médicas, mostrando as conexões e guias encapsuladas para evitar risco de contaminação (fotos: Wittmann)
de proteção e lubrificação adequada para o trabalho em sala limpa. Oscar da Silva, diretor de vendas e serviços para a América do Sul na Sepro, informou que os transformadores brasileiros que produzem para a área médica ainda não estão atentos às vantagens da automação, a exemplo do que já ocorre entre os seus pares na Costa Rica, que estão entre os consumidores das linhas da Sepro. A empresa lançou em 2021 um pacote exclusivo de soluções de automação para aplicações médicas e farmacêuticas, com robôs de 3, 5 e 6 eixos concebidos e equipados para uso em aplicações de sala limpa dentro dos padrões ISO 7 e 8 (relacionadas à classificação de salas limpas), o que inclui a ausência de contaminantes, a alta precisão e produtividade contínua. O uso de lubrificante aprovado pelo FDA em todas as superfícies de guias lineares e engrenagens é outra característica, assim como a proteção
Robô de seis eixos da Sepro/Stäubli, concebido para trabalho em sala limpa (foto:Sepro)
e pintura dos cabos e das superfícies dos robôs com tintas e revestimentos de grau médico. Os robôs da linha 5X Med são equipados com servopunho de dois eixos, de modo a fornecer cinco graus de movimentação controlados numericamente, enquanto os da série 5S possuem três eixos servoacionados e punho pneumático. Disponíveis em versões que atendem máquinas injetoras de 30 a 800 toneladas e capacidade de carga de 5 a 20 kg, todos os robôs podem ser equipados com uma unidade de filtração pneumática para partículas de até 0,3 mícron, para instalação de forma transversal ou axial. Já os robôs de seis eixos (foto) são oferecidos ao mercado em colaboração com a suíça Stäubli Robotics, com braço servoarticulado e concebidos para operação em sala limpa, atendendo aos rigorosos
requisitos da ISO 5 (Classe 100), relacionados ao ambiente de sala limpa. Possuem superfície totalmente branca, o que torna mais fácil a sua higienização. Tipicamente são montados no solo, acessando as máquinas transformadoras pela lateral, mas podem também ser montados no teto. Esta linha está disponível em modelos que atendem máquinas com capacidades que vão de 20 a 1.300 toneladas. Periféricos como garras de extração, sistemas de proteção e transporte, inspeção e separação de peças, assim como dispositivos para alimentação de insertos também integram a oferta de produtos da Sepro para os transformadores da área médica. Na tabela a seguir, algumas informações sobre empresas transformadoras que atuam na fabricação de produtos para a área médica.
O comitê CB-26 O Comitê Brasileiro Odonto Médico Hospitalar (CB-26), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi criado em 1995 e se concentra na odonto-médico-hospitalar, tendo como escopo a normalização no que se refere a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades relacionados a produtos para o setor de saúde, tais como materiais, artigos, aparelhos, dispositivos, instrumentos e acessórios. O ABNT/CB-26 trabalha por meio de comissões de estudo (CE), com coordenadores, secretários e membros
atuando como especialistas em reuniões dos comitês técnicos junto a instituições internacionais como ISO (International Standardization Organization) e IEC (International Eletrotechnical Comission), para o caso específico da construção de aparelhos. Mais informações sobre como participar presencialmente ou à distância das comissões de estudo do CB-026 podem ser obtidas junto à secretaria do comitê, pelo e-mail cb026@abnt.org.br ou pelo telefone (11) 3285-0155.
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Transformadores de plásticos que atuam na área médica
Duraplast (83) 98750-1000 n mario@grupoduraplast.com.br Ensinger (51) 99971-0403 n ensinger@ensinger.com.br
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Greco & Guerreiro (11) 4014-4400 vendas@grecoeguerreiro.com.br Grupo Santé (61) 99658-6789 n comercial@gruposante.com.br Plasmedix (11) 98730-0975 n contato@plasdemix.com.br
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Outros
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PEEK, PPS, PPSU, PSU, PEI, PCT-G, PP entre outros (somente implantes temporários, não permanentes)
A empresa possui certificações
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Outros
Immetro Anvisa
Outros
Equipos Drenos Itens de uso único para hemoderivados Componentes técnicos injetados Filmes e embalagens assépticas Itens para transporte de fluidos (bolsas e frascos) Respiradores, nebulizadores, inaladores e afins Peças para máquinas para tratamento e diagnóstico Implantes, próteses e órteses Instrumentos cirúrgicos
Tipo de produto que a empresa está capacitada a fabricar
Tubos Cateteres Seringas
Injeção Extrusão Sopro Termoformação Rotomoldagem Impressão 3D Poliolefinas - PE, PP Estirênicos - PS, ABS, SAN etc Elastômeros termoplásticos Elastômeros termofixos
Empresa, telefone e e-mail
Tipo de resina com que trabalha
Instrumentos odontológicos Coletores universais para análises laboratoriais
Fabrica produtos para a área médica pelos processos de
X
ISO 9001 e 14001
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FSSC 22000
(*)
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Nota: (*) Conforme design do cliente. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 128 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, abril/maio de 2022. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
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GUIA II
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Fornecedores de resinas para fabricação de produtos médico-hospitalares e odontológicos Além de possuírem as propriedades necessárias para fazer com que cada componente desempenhe bem sua função, as resinas utilizadas na fabricação de produtos médico-hospitalares precisam cumprir uma série de requisitos que garantem sua qualidade e atoxidade, em aplicações que vão desde pequenas mangueiras e seringas, até órteses e próteses permanentes. Para elaborar este guia foi feita também uma rápida sondagem junto às empresas participantes, de modo a identificar tendências de mercado. Quando perguntadas a quais segmentos são destinadas as resinas fornecidas, as empresas informaram que aproximadamente 23,07% são voltadas à fabricação de itens descartáveis como EPI’s, curativos, seringas, coletores, etc. Em segundo lugar, 18,88% das resinas fornecidas são destinadas à confecção de embalagens para o setor médico/ odontológico e farmacêutico, seguido por itens descartáveis para hemoderivados (com 17,78%) e instrumentação para os setores médico, hospitalar e odontológico (15,28%). A área de itens descartáveis para hemoderivados, com 10,83%, fica
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(11) 91047-5108 n
Características especiais
Aplicações (para a fabricação de)
É esterilizável É hipoalergênica Outros Tubos Cateteres Seringas Equipos Componentes técnicos injetados Filmes e embalagens assépticas Transporte de fluidos (bolsas e frascos) Respiradores, nebulizadores, inaladores e afins Implantes, próteses e órteses Instrumentos cirúrgicos Instrumentos odontológicos Instalações de esterilização Coletores universais para análises laboratoriais Outros
Actplus
Fabricante estrangeiro país de origem
Tipo de resina
Poliolefinas - PE, PP Estirênicos - PS, ABS, SAN etc Polímeros especiais de engenharia Elastômeros termoplásticos Elastômeros termofixos Polímeros e compósitos usináveis Outros Radiopacidade Desempenho antimicrobiano Resistência a álcool, ácidos e álcalis Barreira a umidade Biocompatibilidade
Empresa, telefone e e-mail
Fabricante Distribuidora Formuladora de compositos
A empresa é
pouco à frente de máquinas para atendimento e diagnóstico nos setores médico, hospitalar e odontológico, que utilizam cerca de 10,55% das resinas fornecidas. Por último, de acordo com a pesquisa, implantes e itens para contato direto com tecido humano utilizam apenas 3,61% das matérias-primas comercializadas no setor de saúde. Este valor é justificado, haja vista que esses procedimentos ocorrem com menos frequência do que as atividades relacionadas aos demais subsetores. Embora apenas 36% das empresas já verificassem um aumento das atividades em razão de novos recursos para cuidado com a saúde antes da pandemia de Covid-19, cerca de 79% tiveram aumento na procura para fornecer materiais para aplicações médicas. Quase 58% das empresas pesquisadas alegaram que a crise sanitária demandou o desenvolvimento de novos materiais e, do total de empresas, cerca de 63% afirmaram atuar diretamente nesse tipo de desenvolvimento.
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marco.nascimento@actplus.com.br Borealis
(11) 99460-8145 n
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fernando.cruz@borealisgroup.com
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Compostos do Brasil (11) 5594-0678 n
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Miracll/China
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contato@compostos.com.br Covestro
(11) 2526-3146
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silvia.albuquerque@covestro.com Cristal Master
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(47) 3451-5000
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contato@cristalmaster.com.br Eco Ventures
(11) 99207-9094 n
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P-life Biodegradável/Japão
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Acolor/Taiwan
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Braskem, Plastimil/Brasil
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contato@ecoventuresbrasil.com FG Resinas
(11) 97187-7601 n
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contato@fgresinas.com.br Fortymil
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(11) 99348-2118 n
contato@fortymil.com.br Gotalube
(11) 99636-1238 n
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gotalube@gotalube.com.br Grupo Solvay
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(11) 98358-9427 n
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monica.martins@solvay.com Link Plásticos
(11) 99872-6834 n
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vendas@linkpvc.com.br Liton Chemicals
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(11) 4636-8256 n
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vendas@liton.com.br Master Polymers
(11) 97957-0333 n
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comercial@masterpolymers.com.br Place Resinas
(11) 4352-7393
placeresinas@placeresinas.com.br
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EMS-Grivory, Youju, Mitsui Chemicals,
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Victrex/Suíça, China, Japão, Reino Unido
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Formosa, Lyondell Basell, Sabic, Carmel, Petrocuyo, LG, Natpet, Propilco/Taiwan, EAU, Israel, Argentina, EUA, Índia, Coréia do Sul, Colômbia, China
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Celanese Ticona/EUA
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Diversos
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Dow Chemical/EUA
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Aplicações (para a fabricação de)
É esterilizável É hipoalergênica Outros Tubos Cateteres Seringas Equipos Componentes técnicos injetados Filmes e embalagens assépticas Transporte de fluidos (bolsas e frascos) Respiradores, nebulizadores, inaladores e afins Implantes, próteses e órteses Instrumentos cirúrgicos Instrumentos odontológicos Instalações de esterilização Coletores universais para análises laboratoriais Outros
Polyfast Polímeros (11) 99106-8726 n
Fabricante estrangeiro país de origem
Características especiais
Tipo de resina
Poliolefinas - PE, PP Estirênicos - PS, ABS, SAN etc Polímeros especiais de engenharia Elastômeros termoplásticos Elastômeros termofixos Polímeros e compósitos usináveis Outros Radiopacidade Desempenho antimicrobiano Resistência a álcool, ácidos e álcalis Barreira a umidade Biocompatibilidade
Empresa, telefone e e-mail
Fabricante Distribuidora Formuladora de compositos
A empresa é
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polyfast@polyfast.com.br Replas
(11) 94731-8649 n
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contato@replas.com.br SM Resinas
(11) 3170-1499
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mtrisotto@smresinas.com Sulpet
(54) 99947-4530 n
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comercial@sulpetplasticos.com.br Tecnomatiz
(11) 99190-3209 n
sergio@tecnomatiz.com.br
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Basf, Lanxess, Du Pont/Brasil,
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Alemanha, Estados Unidos
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 320 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, abril/maio de 2022. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
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FERRAMENTAL
34 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Marcação de moldes baseada em matriz de dados permite a identificação eletrônica de produtos plásticos A Escola Superior de Ciências Aplicadas da Suíça Oriental (Ostschweizer Fachhochschule, OST), em cooperação com o Instituto para Pesquisas sobre Plásticos de Lündscheid para Empresas de Médio Porte (Kunststoffe-Institut Lüdenscheid für die mittelständische Wirtschaft Forschungs-GmbH, KIMW-F), desenvolveu uma nova técnica para marcação no molde chamada “DynamicMold”, que permite a identificação individual de produtos plásticos. O projeto de pesquisa resultou em um carimbo digital para dados, que a empresa suíça Matriq já introduziu no mercado. A marcação ocorre totalmente sem o uso de aditivos ou de materiais adicionais, o que é particularmente interessante para aplicações médicas. Volker Gogoll
A
digitalização e o uso dos dados disponíveis no chão de fábrica estão em ascensão na indústria de plásticos. Aqui as palavras-chave são “máquina inteligente” e “produção inteligente”. Equipamentos produtivos, como injetoras, são integrados aos sistemas de controle de produção. Além da aquisição e armazenamento contínuos dos dados de processo no MES (Manufacturing Vo l k e r G o g o l l ( g o g o l l @ v o g o m e d i a . d e ) é proprietário da agência de redação Vogomedia em Meinerzhagen, Alemanha. Este artigo foi publicado originalmente na edição de março de 2021 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
Execution System ou Sistema de componente, são cada vez mais exigidos pelo cliente final. Cada Execução da Manufatura), a associação de dados relacionados com o peça torna-se assim um indivíduo produto – por exemplo, a questão identificável, cuja origem pode ser sobre quando qual produto foi fabricado em qual máquina –, está se tornando cada vez mais importante. Os dados relativos a muitas variáveis, tais como a cavidade utilizada, parâmetros de processo objetivados e reais, ou mesmo a matéria-prima Peças experimentais marcadas individualmente com um código p a r a u m d a d o DataMatrix (Matriq)
35 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
O Instituto para Pesquisas rastreada com precisão – um sobre Plásticos de Lündscheid curriculum vitae específico para Empresas de Médio para cada componente plásPorte (Kunststoffe-Institut tico fabricado. Lüdenscheid für die mitteUm exemplo de como a lel s t ä n d i s c h e Wi r t s c h a f t gislação já exige a rastreabilidade do produto é a diretriz Forschungs-GmbH, KIMW-F), do Regulamento Europeu de sem fins lucrativos, localizado Dispositivos Médicos (Euroem Lüdenscheid, Alemanha, já päische Medizinproduktehavia sido capaz de demonstrar a Verordnung, MDR), que enorme capacidade de peneestipula a existência de uma tração e processabilidade trimarcação que proporciona a dimensional dos revestimentos à Fig. 1 – Configuração experimental para revestir os identificação única do disbase de óxido de zircônio que são insertos do ferramental (KIMW-F) positivo ( Unique Device aplicados no processo de baixa matriz que pode ser usada para temperatura para deposição química em Identification, ou UDI). As técconfeccionar um código bidimenfase vapor de metal orgânico (Chemical nicas convencionais de marcação sional comparável ao QR (de Resapresentam um ponto fraco, na Vapour Deposition Metal Organic, medida em que requerem uma MOCVD), o qual foi desenvolvido posta Rápida ou Quick Response). etapa de manufatura separada dentro do projeto de pesquisa ZIM “3D O protótipo de um carimbo digital dentro do processo de transforCVD” financiado pelo Ministério para marcação com área frontal de 1 mação. A marcação é feita preFederal Alemão de Economia (Bundescm² incorpora a tecnologia de filiviamente, utilizando insertos ministerium für Wirtschaft, BMWi). grana. O chip pode ser controlado de específicos, ou posteriormente, por A seleção adequada de parâmeforma a gerar um código individual meio de laser ou etiquetagem. tros de processo permite revestir em cada componente produzido. homogeneamente furos e fendas Para se proceder à sua instalação Portanto, a etapa adicional de que apresentam uma razão de no molde de injeção, o inserto deve manufatura aumenta inevitavelaspecto (largura/profundidade do combinar a resistência mecânica e a mente os respectivos custos unifuro) de até 1:60. Essa situação foi usinabilidade usuais do aço com tários do componente. comprovada por meio do emprego propriedades isolantes para permitir de peças para demonstração. O uso um contato elétrico sem falhas. O Isolamento sofisticado no isolamento elétrico nas superfícies de precursores metalorgânicos torna interior de micro-orifícios internas dos elementos de contato possível revestir as ferramentas sob representava um desafio técnico, temperaturas abaixo de 500 °C. Isto O desenvolvimento da nova uma vez que as estruturas em assegura a precisão dimensional do tecnologia de marcação em moldes, filigrana no primeiro inserto a ser ferramental de precisão e sua “DynamicMold”, torna desnetestado apresentavam diâmetros estabilidade mecânica, mesmo após cessárias essas etapas adicionais de internos de apenas 0,23 a 0,41 mm. o término do processo térmico. manufatura. A base para esse avanço foi estabelecida por especialistas do Instituto de Microtecnologia e Fotônica (Institut für Mikrotechnik und Photonik, IMP) da Escola Superior de Ciências Aplicadas da Suíça Oriental (Ostschweizer Fachhochschule, OST), com sede em Buchs, Suíça, os quais desenvolveram um chip controlável eletronicamente como parte de um inserto de molde, o qual impõe a marca impressa específica do produto em cada componente individual moldado. A superfície Fig. 2 – Os 121 orifícios são isolados eletricamente por um revestimento com múltiplas deste inserto de molde parece uma camadas (KIMW-F)
FERRAMENTAL
36 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Revestimento de 121 furos com diâmetro de 0,8 mm O revestimento multicamadas usado pelo KIMW-F, o qual consiste em óxido de zircônio cristalino dopado com ítrio e óxido de zircônio amorfo dopado com fósforo, mostrou excelente isolamento elétrico nos testes preliminares (figura 1) e, portanto, mostrou-se ser o mais adequado para a aplicação no OST. Foi aplicado um revestimento de óxido de silício amorfo como camada superior no revestimento com múltiplas camadas, para aumentar a sua resistência à abrasão. Após um teste funcional bem-sucedido no molde de injeção, os insertos de precisão foram ainda mais otimizados em termos de sua geometria. Os insertos do molde tinham um total de 121 pequenos furos, com diâmetro de 0,8 mm e comprimento de 10 mm (figura 2). Eles servem como dutos para cabos, através dos quais se estabelece a conexão elétrica entre o inserto do ferramental e a caixa eletrônica. Esta controla o inserto do molde e, opcionalmente, serve como interface para o MES. As espessuras da camada foram medidas em vários pontos dos insertos do ferramental, incluindo as superfícies adjacentes aos furos. A camada pode ser detectada até nas superfícies de contato dos insertos do ferramental. Isso se deve ao fato de o processo de revestimento possuir alta penetrabilidade. No primeiro lote que foi revestido, os insertos do ferramental foram dispostos nas posições vertical e horizontal, a fim de determinar a posição ideal para se efetuar o revestimento com substrato. O inserto do ferramental que foi revestido na posição horizontal apresentou espessura de camada
Fig. 3 – Revestimento homogêneo: componentes em disposição vertical e plaquetas para teste (KIMW-F)
de 2,8 mícrons em sua parte superior. Já na parte inferior foi constatada camada com espessura de 1,35 mícrons, na depressão da área adjacente aos furos. A adoção da disposição vertical (figura 3), como foi utilizada posteriormente para os componentes subsequentemente
Fig. 4 – O carimbo de data no molde permite que os componentes moldados por injeção sejam datados em questão de minutos (Matriq)
aperfeiçoados, possibilitou a confecção de um revestimento bastante homogêneo, com espessuras de camada entre 2,20 e 2,45 mícrons, tanto no lado frontal como posterior do substrato. Uma vez que não era tecnicamente viável medir a espessura da camada dentro dos furos do ferramental, também se aplicou revestimento em uma peça para demonstração, com intervalos definidos (0,1 até 0,3 mm entre o bloco e a plaqueta de teste). O grau de penetração e a espessura da camada podem ser determinados nas plaquetas de teste em função da razão de aspecto.
Características positivas do revestimento Além do isolamento elétrico, o revestimento utilizado apresentou boas propriedades de isolamento térmico, é estanque a fluidos e, portanto, adequado para proteção contra corrosão. Dependendo de qual resina está sendo processada, ela exerce efeito positivo nas propriedades adesivas e, portanto, ajuda a evitar a formação de depósitos no ferramental. O inserto de ferramental revestido desta forma foi então instalado em uma posição definida do molde experimental do OST. Como parte do projeto apoiado pela Agência Suíça de Promoção da Inovação (Schweizerischen Agentur für Innovationsförderung, Innosuisse), já foram fabricadas as primeiras peças de amostra em uma injetora convencional (foto no início do artigo), cada uma das quais foi marcada de maneira individual, na forma de códigos DataMatrix (DM Codes ). O protótipo com matriz 12 x 12 para a geração de códigos DM já permite a marcação individual de até dez bilhões de componentes individuais conforme o
37 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
padrão de código matricial E C C 2 0 0 . Em função desses resultados, foi fundada a empresa subsidiária Matriq AG, com sede em St. Gallen, na Suíça. Esta jovem empresa está aperfeiçoando ainda mais essa tecnologia e a usará como base para oferecer soluções para marcações inteligentes e individuais.
Múltiplas vantagens As vantagens da técnica DynamicMold são múltiplas. Um inserto (figura 4) é embutido nas cavidades individuais do molde e conectado a uma pequena caixa eletrônica que ocupa pouco espaço no ferramental. A solução pode ser utilizada em praticamente todas as injetoras, uma vez que seu controle é exclu-
sivamente intrínseco, ou seja, autônomo. Uma conexão opcional (interface de dados) é necessária para armazenar os códigos gerados, junto com outros parâmetros de produção, no MES. Não são necessários dispositivos periféricos adicionais, ta i s c o m o c o r r e i a s t r a n s p o r tadoras, garras ou sistemas de manuseio para efetuar o posicionamento de componentes. A marcação da peça ocorre inteiramente durante o processo de moldagem por injeção propriamente dito. O tempo de processo permanece inalterado. A configuração rápida da máquina e pequenos lotes de produção, combinados com a marcação específica da peça, podem ser implementados de forma econômica. O código ge-
rado, na forma de uma matriz de dados comum na indústria, pode ser lido por câmeras de leitura de código convencionais. Vale ressaltar ainda que a marcação ocorre totalmente sem utilização de aditivos ou de materiais adicionais no plástico. Isso é particularmente interessante para aplicações médicas. A Matriq AG já apresentou seu primeiro produto ao mercado. Em uma primeira etapa, foi implementado o primeiro carimbo digital de data no molde, em escala mundial, com base nesta tecnologia, o “DM-date” (figura 4), o qual permite datar os componentes fabricados em questão de minutos e, acima de tudo, substituir a conversão demorada e insegura dos carimbos de data mecânicos.
GUIA III
38 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Guia do PVC São reunidas neste guia informações sobre os fornecedores de insumos utilizados na formulação de compostos de PVC em suas diferentes formas, além de aditivos usados para melhorar seu desempenho em processamento ou lhes atribuir novas características conforme a aplicação desejada.
Adolpho Mayer
(47) 99971-1087 n
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Outros
Retardantes de chamas
Solventes
Redutores de viscosidade
Pigmentos
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Promotores de adesão
Modificadores de impacto
Modificadores de fluxo
Espessantes
Lubrificantes
Desmoldantes
Deslizantes
Cargas reforçadoras
Cargas inertes
Biocidas
Absorvedores de UV
Auxiliares de processamento
Antioxidantes
Antiestáticos
Antifogging
Agentes de expansão
Aditivos em geral
Antibloqueio
Aditivos específicos para PVC Plastificantes
Estabilizantes
Nanocompostos de PVC
Blendas de PVC
Compostos de PVC Flexível
Rígido
CPVC
PVC copolímero
Empresa, telefone e e-mail
PVC homopolímero
Resinas
•
luisfernando@adolphomayer.com.br Advanced Polymers
•
(11) 3951-5494
contato@advancedpolymers.com.br Advtec
(11) 93405-7439 n
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• •
contato@advtecaditivos.com.br Alternativa Aditivos
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(11) 99126-6385 n
alternativa.aditivos@terra.com.br Arkema (*)
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(11) 99108-4905 n
fabio.paganini@arkema.com Avient
• •
(11) 3198-3456
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carolina.morais@avient.com Basf
(16) 2039-0000
•
(19) 2108-5400
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aditivosparaplastico@basf.com Baerlocher
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baerlocher@baerlocher.com.br Bevi Plastic
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(11) 4718-8888
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vendas@beviplastic.com.br Braschemical
•
(11) 99390-1852 n
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vendas@braschemical.com.br Brenntag
• •
(11) 94467-1406 n
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rgaldino@brenntagla.com Buntech
• •
(11) 2112-6600
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vendas@buntech.com Carbomil Química
•
(85) 99140-1048 n
•
vendas@carbomil.com.br Coltok
(19) 98105-4685 n
• •
(47) 3451-5000
• •
regis@coltok.com Cristal Master
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•
cristalmaster@cristalmaster.com.br Croda
(19) 99517-9009 n
• •
(19) 99698-2746 n
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gabriel.verissimo@croda.com Dry Color
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vendas@drycolor.com Entec do Brasil
(11) 95324-6020 n
cristina.lucatelli@entecpolimeros.com.br
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GUIA III
40 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
FG Resinas
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(11) 97187-7601 n
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Solventes
Outros
Redutores de viscosidade
Retardantes de chamas
Pigmentos
Promotores de adesão
Modificadores de fluxo
Modificadores de impacto
Espessantes
Lubrificantes
Desmoldantes
Deslizantes
Cargas reforçadoras
Cargas inertes
Biocidas
Absorvedores de UV
Auxiliares de processamento
Antioxidantes
Antiestáticos
Antifogging
Agentes de expansão
Aditivos em geral
Antibloqueio
Aditivos específicos para PVC Estabilizantes
Plastificantes
Nanocompostos de PVC
Blendas de PVC
Compostos de PVC Flexível
CPVC
Rígido
PVC copolímero
Empresa, telefone e e-mail
PVC homopolímero
Resinas
• • • • • • •
contato@fgresinas.com.br Gotalube
•
(11) 99636-1238 n
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gotalube@gotalube.com.br HP Chem
(11) 3933-2607 n
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(11) 4061-9002
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hpchem@hpchem.com.br Inbra
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vendas@inbra.com.br Kaneka
(11) 93769-3653 n
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leticia.peres@kaneka.com.br Link Plásticos
(11) 99872-6834 n
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vendas@linkpvc.com.br Liton Chemicals
(11) 4636-8256 n
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vendas@liton.com.br Midland
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(11) 97494-8247 n
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vendas@midland-quimica.com.br Neotrade
(11) 96641-2674 n
vendas@neotrade.ind.br Netplas Resinas
(11) 98292-4938 n
• •
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emerson@netplas.com.br OXY Química
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(11) 3846-7899
vendas@oxyquimica.com.br Parabor
•
(11) 98967-1133 n
•
kaique@parabor.com.br Polifibras
•
(54) 98119-5646 n
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diretor@polifibras.com.br Polipolymer
(11) 99995-4192 n
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fritz.johansen@polipolymer.com.br Princeton-Lemitar
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(11) 97679-3245 n
•
comercial@princeton-lemitar.com.br Procolor
• •
(11) 4702-9090 n
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procolormaster@procolormaster.com Reagens Varteco
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(47) 98868-6543 n
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llobato@reagensvarteco.com Replas
(11) 94731-8649 n
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contato@replas.com.br Retilox
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(11) 4705-9460 n
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(11) 98165-0854 n
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Nota: (*) OLERIS Dibutil Sebacato DBS (CAS 109-43-3) - pertencente à família dos ésteres alifáticos dicarboxílicos (adipatos, azelatos, sebacatos) muito usado como plastificante e com elevada compatibilidade com matrizes de PVC, para se obter elevada flexibilidade a baixas temperaturas. Apresenta baixa migração e baixa volatilidade. DBS pode ser usado em plasticantes para contato alimentar (FDA 21 CFR 181.27); OLERIS 2-octanol (CAS 123.96.6) – usado na produção de plastificantes diésteres (base petroquímica como matéria prima na produção de plastificantes tipo DOP (di-octilftalato) e DOA (di-octil adipato). Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 441 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, abril/maio de 2022. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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28 e 29
Junho
2022 Evento presencial
Hotel Royal Palm Tower Indaiatuba
INSCRIÇÕES ABERTAS
Palestras confirmadas Gerenciando soluções digitais e como a digitalização apoia a economia circular Benjamin Franz / Gerente de Soluções Digitais / Alemanha / ARBURG e Stephan Reich / Gerente de desenvolvimento de aplicações de TI / Alemanha / ARBURG
Conectividade fabril, o futuro da moldagem por injeção Jeziel de Oliveira / Gerente Técnico / Brasil / ARBURG
Inteligência artificial na moldagem por injeção - O futuro da aprendizagem de máquina Dr. Thorsten Thümen / Diretor Sênior de Tecnologia / Alemanha / Sumitomo (SHI) Demag
Melhorias da qualidade de plásticos recicláveis Manuela Feuerstein / Gerente de Vendas / Áustria / Eisbär
Desafios e soluções de plásticos reciclados em moldagem por injeção Günther Klammer / Vice-presidente de Sistemas de Plastificação e Reciclagem / Áustria / ENGEL
Utilização da I.A. para assegurar estabilidade do processo em tempo real Hayane Braganca / Sales Manager Digital Solutions / Áustria / ENGEL
Caminhando para a economia circular com as mais novas tecnologias de plásticos Clemens Kitzberger - Gerente de Desenvolvimento de Negócios para materiais de pós consumo / Áustria / Erema
Preview dos principais tópicos que serão abordados na Feira K-Trade em outubro de 2022 Prof. Dr.-Ing. Reinhard Schiffers /Engenheiro de Design e Máquinas da indústria de plástico / Alemanha
Avançando na sustentabilidade
Melanie Bower, Ph.D. - Consultora Seniôr de Sustentabilidade / EUA / Laura Martinelli - Desenvolvedora de Aplicações e Clientes da América do Sul / Brasil / ExxonMobil
Sistemas de inspecão visual para tampas, pré-formas, garrafas; solução digital "conceito de fábrica" George Kobel / Gerente da Área de Vendas na América do Sul / IMDvista
Resolvendo problemas antes deles acontecerem, aos olhos da Industria 4.0 Daniel Carrillo / Gerente de vendas da América Latina / EUA / INTRAVIS
O composto direto traz novas oportunidades para a economia circular e a indústria de moldagem por injeção plástica? Franz-Xaver Keilbach / Gerente de Produto Global de Economia Circular / Alemanha / KraussMaffei
Extrusoras de rosca dupla permitem alta qualidade e alta quantidade para plásticos reciclados Franz-Xaver Keilbach / Gerente de Produto Global de Economia Circular / Alemanha / KraussMaffei
Soluções práticas e eficientes com recursos sustentáveis para produção em moldagem por injeção Eng. Philipp Lenzinger / Gerente de vendas regional / Áustria / Wittmann Battenfeld GmbH
Vantagens da digitalização no processo de moldagem por injeção Eng. Philipp Lenzinger / Gerente de vendas regional / Áustria - Wittmann Battenfeld GmbH
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Ouro
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Realização
TECNOLOGIA
42 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
O caminho rumo aos gêmeos digitais na extrusão M. Bracke & K. Drescher As simulações dos fluxos de resina fundida oferecem um método altamente eficiente para desenvolver o projeto de matrizes de extrusão de forma otimizada, bem como extrusoras com rosca simples e dupla. A metodologia das simulações de fluxo e os métodos numéricos que a embasam não são novos, mas as demandas dos clientes estão se tornando cada vez mais severas. No entanto, ainda não se constatou uma ampla aplicação dessas simulações para a maior parte das extrusoras e equipamentos para elaboração de formulações, devido aos eventuais procedimentos complicados e altos custos envolvidos.
Marc Bracke (m.bracke@ianus-simulation.de) é chefe do setor vendas da Ianus Simulation GmbH. Katja Drescher é assistente de vendas na Ianus Simulation GmbH. Ambos atuam na filial de Bielefeld (Alemanha). Este artigo foi publicado originalmente na edição de março de 2021 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
A
o prescindir do uso de simulações, o desenvolvimento e projeto de máquinas e processos usando o método de tentativa e erro está associado a um consumo muito alto de recursos, tais como horas de máquina, matériasprimas caras e comprometimento da capacidade do pessoal envolvido(1) . No entanto, o consumo desses recursos ou uma adaptação do ferramental, requeridos por estudos experimentais e pela ocorrência de retrabalho, ou mesmo um projeto incorreto de uma rosca simples ou dupla, podem ser enormemente reduzidos, e às vezes até completamente evitados, por meio do uso eficiente de modernos métodos numéricos. Hoje, com a ajuda de métodos matemáticos, é possível construir os assim chamados gêmeos digitais (do inglês, digital twins), os quais possibilitam a análise de dados e o monitoramento de sistemas por meio de modelos numéricos baseados na mecânica dos fluidos.
O gêmeo digital é mais do que uma reprodução virtual A definição do assim chamado gêmeo digital (2) pode ser interpretada de várias maneiras. No que diz respeito a uma simulação de fluxo, o gêmeo digital da Ianus Simulation GmbH, por exemplo, não é uma imagem tridimensional pura (virtual) de uma máquina na forma de um arquivo CAD. Em vez disso, tem-se a combinação de arquivo(s) CAD, parâmetros reais do processo e a possibilidade de processamento digital e iterativo de ambos os aspectos. Com o assim chamado conceito de espaço de fluxo, desenvolvido pela Ianus, o usuário ou operador de extrusora recebe uma solução personalizada de sistema para o emprego de modernas simulações tridimensionais de fluxo baseadas na dinâmica computacional de fluidos (Computational Fluid Dynamics, CFD), as quais são adaptadas, de forma cada vez mais individualizada, aos processos de fluxo e às máquinas envolvidas.
43 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
após a primeira otimização digital. As escalas coloridas correspondem às velocidades de saída da resina fundida, desde lenta (azul) até rápida (vermelho). A situação atual apresenta uma distribuição de velocidade com alto grau de não homogeneidade. Por outro lado, a distribuição de velocidades Fig. 1 – Velocidades de saída de um ferramental para perfil extrudado que está apresentando uma na matriz otimizada é distribuição com alto grau de não homogeneidade (à esquerda), e após otimização, apresentando então uma significativamente distribuição de velocidades significativamente mais homogênea (direita) (Ianus Simulation) mais homogênea. A condições operacionais e, natuDevido ao aumento da capacirculação de fluidos é inerente ralmente, a otimização de sistecidade de computação (de alto a muitos processos de produção mas, geometrias e processos já desempenho) e ao desenvolviindustrialmente relevantes, os existentes. mento contínuo de modelos nuquais podem consistir de gases, Tomando como exemplo a méricos e algoritmos para o prolíquidos ou resinas fundidas. simulação de um ferramental de jeto de máquinas e processos(3), Portanto, o uso de simulações de extrusão para silicone (figura 1), a tecnologia de simulação de fluxos é ideal onde quer que tal o usuário pode ver a situação real fluxo tridimensional assumiu circulação de fluidos seja imporda velocidade de saída de resina grande importância nas últimas tante. As simulações permitem fundida a partir da matriz, assim décadas. Ele oferece aos usuários um entendimento mais proque o projetista desenvolve o uma variedade de opções, tais fundo sobre os sistemas onde a projeto inicial do ferramental. como planejamentos de experealização de experiências prárimentos fatoriais plenos, esticas é muito difícil, ou mesmo Além disso, os resultados da tudos de parâmetros, análise de simulação podem ser vistos logo impossível.
TECNOLOGIA As simulações de fluxo são inteligentes As interações com outros parâmetros tecnicamente relevantes, tais como pressão, temperatura, e transferência de calor ou massa, também são representadas pela simulação de fluxo. Por exemplo, podem ser identificadas zonas mortas nas geometrias durante o processo de purga, ou analisadas as velocidades de saída em um ferramental de forma a otimizá-las e evitar trincas ou flutuações de espessura na parede(4) do extrudado. Portanto, as simulações de fluxo podem ser usadas para identificar possíveis erros geomé-
44 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
fluxo”. A princípio, ele servia apenas para o simples registro e gestão de gêmeos digitais, para a definição rápida das simulações, bem como para o armazenamento e avaliação dos resultados correspondentes.
Simulações a caminho da máquina de café
O grande desafio para o aperfeiçoamento desse sistema, o qual combina e viabiliza cálculos numéricos altamente complexos com uma interface do usuário muito simples e intuitiva, está sobretudo nas considerações fundamentais que o usuário deverá fazer sobre os dados de entrada. O usuário deve estar em condições de iniciar uma simulação em questão de segundos, idealmente até utilizando seu smartphone, enquanto caminha até a máquina de café. No entanto, o sistema não deve se tornar muito complexo. No momento o espaço de fluxo não impõe requisitos sobre Fig. 2 – Análise de um elemento de mistura em os recursos de hardware e uma rosca simples para efeito de mistura software da empresa, pois distributiva (Ianus Simulation) ele pode ser acessado via tricos e levá-los em consideração na navegador da web e está conectado otimização digital(5) (figura 2). a clusters computacionais de alto A fim de viabilizar uma ampla gama desempenho. de aplicações na indústria de extruO sistema também vem com um são, assumiu-se o objetivo de deplug-in (extensão do programa senvolver uma solução de sistema sob principal) da Autodesk. Isso significa medida para a simulação tridique matrizes e roscas podem ser mensional dos processos de fluxo e visualizadas, editadas e simuladas diretamente no navegador da web – os que ocorrem nas máquinas. Tal sistema deve poder ser executado sem a necessidade de processamento em dispositivos comuns e inteligennumérico complicado. Isso poupa o tes, tais como laptops, smartphones tempo do usuário e o sistema pode ser utilizado por qualquer operador e tablets, e ser usado da maneira mais de extrusora sem conhecimento de fácil possível. O sistema deve ser CFD. Após a conclusão da simulação, conectado a clusters (núcleos) comde forma semi ou totalmente autoputacionais de alto desempenho mática, os resultados são dispoadequados, para garantir rápidos nibilizados ao usuário na forma de tempos de computação. Primeidocumentos PDF (Adobe Acrobat), ramente, foi criado um protótipo do gráficos ou animações, os quais sistema, denominado “espaço de
45 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Fig. 3 – Amostras de telas geradas pelo programa computacional de simulação: formulário para entrada de dados do ferramental (à esquerda) e a visualização no navegador (à direita) (Ianus Simulation)
podem ser acessados a qualquer momento. Uma grande vantagem do sistema é que os usuários não precisam lidar com as complexas condições de contorno numéricas, as peculiaridades da geração de malha sobre a geometria que está sendo analisada ou analisar os dados em animações de fácil compreensão. Isso já está acontecendo, de forma parcial ou totalmente automática, em segundo plano, usando os algoritmos subjacentes do sistema.
Elementos finitos e suas malhas Os cálculos no espaço de fluxo são realizados usando um programa que utiliza o método dos elementos
finitos (MEF)(6), o qual se baseia no conceito FeatFlow. Com base nos métodos matemáticos mais modernos nas áreas de discretização, pode-se simular a decomposição de áreas para paralelização e geração de malhas, incluindo deformação dinâmica da malha, problemas estacionários, transitórios, isotérmicos e não isotérmicos, e processos de fluxo. Ao se usar a abordagem avançada do MEF(7), o problema de fluxo é abordado, entre outros métodos, usando um solucionador de complemento de Schur para pressão, o qual desacopla o problema de pressão do problema de velocidade. A solução do problema de Poisson
de pressão linearizada, que é exigente em termos de recursos, processamento e memória, é realizada usando métodos multi-malha de Newton-Krylov os quais, por sua vez, são pré-condicionados com métodos multi-malhas de dados paralelos e localmente otimizados(8). Foram desenvolvidos diversos módulos para uma avaliação eficiente dos dados, os quais exibem os resultados de forma automatizada, intuitiva e definida pelo usuário. Dessa forma o usuário pode conseguir novos e importantes conhecimentos, à primeira vista e de forma fácil, a partir da simulação. São usadas técnicas de inteligência artificial (IA) onde os dados de
TECNOLOGIA simulação obtidos precisam ser otimizados automaticamente ou com o auxílio de máquinas. Dessa forma são conseguidos efeitos de sinergia otimizados com as já conhecidas simulações usando CFD.
Dando um passo atrás com os sistemas de inteligência artificial Neste caso os dados sintéticos do processo são enriquecidos com dados do mundo real provenientes de sensores. Redes neurais artificiais são treinadas para aprender a função alvo (por exemplo, menor consumo de energia e/ou consumo de matérias-primas, etc.) e, dessa forma, elas se capacitam para prever a qualidade de uma primeira amostra de um produto novo ou mesmo fazer sugestões para calcular mudanças no equipamento ou nos parâmetros operacionais. Atualmente o projeto da geometria adequada para um ferramental cada vez mais está sendo realizado usando métodos de otimização estocástica. Tais métodos já haviam substituído o processo de tentativa e erro, que é demorado e trabalhoso. Dessa forma, tal geometria agora também pode ser determinada de forma reversa, a partir da peça acabada. Juntamente com as novas possibilidades de impressão tridimensional, pode-se agora criar uma linha de extrusão quase ideal. Isso abrange desde o projeto da rosca, para conseguir um processo estável, até a otimização da matriz, sob condições ideais de fluxo, de forma a se obter extrudados com alta qualidade (figura 3).
Conclusões Este trabalho mostrou como o conceito de Indústria 4.0 pode levar gradualmente a uma produção inteligente e otimizada. No entanto, ainda existem alguns desafios a
46 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
serem superados no caminho para a digitalização. Isto ocorre porque, na prática, muitas vezes faltam conhecimentos explícitos e, portanto, aplicações práticas das simulações usando CFD. Além disso, muitas empresas estão somente familiarizadas com métodos obsoletos ou evitam os custos porque é difícil para elas estimar um retorno sobre o investimento. O conceito de espaço de fluxo desenvolvido pela Ianus Simulation permite uma associação sinérgica de roscas e matrizes e, dessa forma, oferece às empresas a oportunidade de configurar e projetar a extrusão, com máxima eficiência, empregando os métodos mais modernos. Isso não apenas poupa o tempo despendido nessa atividade, mas também seus custos. No entanto, muitas vezes dados importantes não se encontram disponíveis, ou então estão disponíveis de maneira apenas parcial ou insuficiente, uma vez que muitos fornecedores relutam em confiar seus dados confidenciais a outras empresas, ou mesmo a terceiros. Mas essa abordagem oferece especialmente muitas possibilidades; por exemplo, a partir de simulações usando CFD, métodos modernos de calibração e resfriamento também podem ser combinados de forma inteligente e altamente eficiente, permitindo então aproveitar os benefícios dos efeitos de sinergia resultantes entre as linhas de extrusão e calibração. No final das contas, cada empresa tem o caminho para um futuro inteligente da Extrusão 4.0 em suas próprias mãos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS As referências bibliográficas relativas a este trabalho podem ser encontradas no seguinte endereço da Internet: www.kunststoffe.de/onlinearchiv
GUIA IV
48 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
Fornecedores de injetoras
Injeção com insertos
Decoração/rotulagem no interior do molde (IMD/IML)
Microinjeção
Injeção em ciclo rápido
Co-injeção
Injeção auxiliada por gás
Horizontal
Vertical
Extrusão
Injeção
Fechamento
Dosagem
Elétrica 100%
Hidráulica Alfainjet
Injeção expandida por gás (microcelular)
Força de Distância entre colunas fechamento (t) (mm)
Importadora
Injeção multimateriais e sobreinjeção
Empresa, telefone e e-mail
Recursos para processos especiais
Sistemas de autocorreção de parâmetros
Híbrida. Operações com acionamento elétrico
Recursos de controle para integração com periféricos
As empresas listadas neste guia fornecem injetoras para termoplásticos em diferentes versões e capacidades.
(11) 94205-0607 n
Wellish/China
• • • • • • • •
50 a 3.000
280 x 280 a 2.160 x 2.160
• • • •• • • • • •
(19) 3848-8000 n
Yizumi/China
• • • • •
• •
60 a 8.500
310 x 310 a 3.250 x 2.800
• • • •
Arburg/Alemanha
• • • • •
• •
12,5 a 650
170 a 1.120
• •
5 a 20
210 x 120
gerencia@alfainjet.com.br Alfamach
• • • • •
contato@alfamach.com.br Arburg
(11) 2039-1919
• • • •• • • • • •
vendas_brasil@arburg.com Automata
•
(11) 4653-1791
•
• • • •• •
• • •
faleconosco@automataweb.com.br (11) 98160-6084 n
Biasa
ECS/Taiwan
• •
• • • •
45 a 3.000
• • • •
• • • • •
• •
•
•
30 a 6.500
260 x 230 a 2.760 x 2.400
• • • •
• •
•
130a 4.000
417 x 417 a 2.450 x 2.050
• •
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• • • • • • • •
28 a 5.500
370 x 320 a 2.530 x 2.530
• • • •• • • • • •
32 a 6.800
245 x 195 a 3.200 x 2.600
•
david@biasa.com.br (11) 95340-0045 n
Chen Hsong
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vendas@chenhsong.com.br Dakumar
(*)
China
•
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sino-mould@hotmail.com
www.dkm.com
Engel
(11) 4615-5225
Áustria
(54) 3212-2941
Bole/China
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(19) 99601-0100 n
BMB/Itália
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100 a 3.500
460 x 460 a 2.240 x 1.800
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50 a 4.000
310 x 310 a 2.400 x 2.050
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370 x 370 a 2.000 x 1.750
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40 a 6.600
320 x 320 a 3.200 x 2.600
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DR Boy/Alemanha
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6,3 a 125
160 x 160 a 470 x 430
China
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65 a 3.500
210 x 290 a 2.200 x 1.800
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80 a 650
320 x 320 a 900 x 900
18 a 4.000
260 a 2.300
engelbrasil@engelglobal.com Eurostec
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eurostec@eurostec.com.br Eurotech cesar@eurotech.com.br (17) 99192-5994 n
FCS
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brazil@fcs.com.tw (51) 99573-6969 n
GoldenMaq
Golden Eagle e Kclka/China
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contato@goldenmaq.com.br (11) 98666-0004 n
Haitian comercial@haitian.com.br HDB
(11) 4615-4655
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hdb@hdbrepr.com.br Highsun
www.highsun-machinery.com
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victoria@highsun-machienry.com Himaco
(51) 99694-8565 n
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vendas@himaco.com.br LS Mtron adm@lsinjetoras.com.br
(11) 5052-1052
Coréia do Sul
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LWB Brasil
(11) 4431-8820
Billion/França e LWB/Alemanha
Injeção com insertos
Decoração/rotulagem no interior do molde (IMD/IML)
Microinjeção
Injeção em ciclo rápido
Co-injeção
Injeção auxiliada por gás
Injeção expandida por gás (microcelular)
Vertical
Horizontal
Extrusão
Injeção
Fechamento
Dosagem
Elétrica 100%
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Injeção multimateriais e sobreinjeção
Força de Distância entre colunas fechamento (t) (mm)
Importadora
Hidráulica
Empresa, telefone e e-mail
Recursos para processos especiais
Sistemas de autocorreção de parâmetros
Híbrida. Operações com acionamento elétrico
Recursos de controle para integração com periféricos
49 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
10 a 1.100
350 x 300 a 1.400 x 1.200
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280 x 145 a 1.000 x 750
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410 x 410 a 1.330 x 1.330
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58 a 1.000
365 x 1.1120 a 365 x 1.120
info@lwb.com.br Mingplast
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(11) 98904-8420 n
Ningbo ETDZ/China
(11) 99361-8625 n
Netstal/Suíça
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(19) 3475-8500 n
Haixing/China
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(19) 97103-3778 n
Victor Taichung/Taiwan
mingplast@gmail.com Netstal
mauricio.almeida@netstal.net Pavan Zanetti
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vendas@pavanzanetti.com.br Saucer Máquinas
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vendas@saucermaquinas.com.br Simco
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30 a 185
310 x 290 a 560 x 510
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30 a 150
310 x 290 a 1.500 x 1.250
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360 x 320 a 3.200 x 2.600
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90 a 2.300
320 x 320
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LK Machinery/China
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80 a 7.500
350 x 350 a 280 x 280
China
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450 a 2.400
810 x 800 a 2.020 x 1.520
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5 a 2.000
320 x 270 a 1.850 x 1.600
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(19) 99103-3935 n
Log Machine/China
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Sumitomo (SHI) Demag/Alemanha e Japão
(11) 98100-7622 n
Tederic/China
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contato@simcomaq.com.br Sumitomo (SHI) Demag fabio.muzzi@shi-g.com Tederic mario@bonandos.com Tsong Cherng
(11) 4361-2100
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contato@tsongcherng.com.br Unic Brasil
(19) 99765-4340 n
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mauro@unicbrasil.com.br Wintec
(11) 4615-5225
sales.br@wintec-machines.com Wittmann Battenfeld
(19) 98217-0156 n
wittmann@wittmann-group.com.br
Nota: (*) A empresa procura representante para o Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 48 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, abril/maio de 2022. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
RECICLAGEM
50 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
material depois do uso, configurando a sua logística reversa. Cada tonelada de material reciclável comercializado equivale a um certificado de crédito de reciclagem. A comprovação da autenticidade da nota Um decreto da Presidência da República, fiscal será feita por órgão verificador indepublicado no dia 13 de abril, instituiu o Cerpendente. As empresas que fazem a reciclagem tificado de Crédito de Reciclagem, chamado final também terão de informar o recebimento de Programa Recicla+, tendo em vista incendo material. Todas essas informações são tivar investimentos privados e o engajamento consolidadas por um grupo de acompanhade empresas na reciclagem de produtos e mento e apresentadas embalagens descartadas. ao Ministério do Meio O programa resulta de Ambiente, por meio de uma ação integrada dos um relatório anual de Ministérios do Meio resultados. Todo o proAmbiente e da Econocesso será feito pela mia. Conforme divulgado Internet e, inicialmente, pelo Governo Federal, os o programa será voltado agentes de reciclagem para a coleta de ma(cooperativas de catateriais plásticos e vidro. dores, municípios, conAlém de beneficiar sórcios públicos, emprofissionais da coleta presas e microempreende resíduos e recicladedores individuais – Notas fiscais emitidas com a venda de dores, o Recicla+ poderá MEI) continuarão vendendo o material reci- materiais recicláveis poderão ser trocadas por ser um instrumento para certificados de crédito de reciclagem por atendimento das metas clável coletado a preço empresas que geram resíduos. Plásticos e de ESG para as empresas de mercado. Porém, as vidros terão prioridade. Imagem: geradoras de resíduos notas fiscais emitidas sólidos. A aquisição do com a venda desses proDepositPhotos crédito é opcional, mas é dutos vão poder ser trouma solução para empresas que não dispõem cadas por um certificado de crédito de recide sistemas próprios de logística reversa. clagem, a ser emitido por entidades gestoras Segundo o Ministério da Economia, o custo do certificado após a comprovação de autenpara as empresas com logística reversa poderá ticidade do documento fiscal. ser reduzido em até 80%. Posteriormente os agentes de reciclagem vão poder vender esse crédito para empresas que Ministério do Meio Ambiente – geram resíduos em seus processos de produção www.gov.br/mma/pt-br e que precisam comprovar o recolhimento desse
Programa federal vai incentivar investimentos privados em reciclagem
Tubo monomaterial para creme dental “pede” para ser reciclado
A Colgate (marca pertencente ao grupo norteamericano Colgate-Palmolive) anunciou que passou a disponibilizar no mercado seu tubo para creme dental fabricado em versão monomaterial em polietileno de alta densidade (PEAD). A mudança, se comparada aos tubos multimateriais tradicionais, pretende facilitar e aumentar os índices de reciclabilidade deste item. O novo tubo é o primeiro, nesta aplicação, a ser reconhecido por diversas autoridades e órgãos internacionais como um item reciclável e monomaterial, ou seja, sendo feito por um
único tipo de plástico, segundo informações da companhia. O produto já está disponível ao consumidor final em mercados físicos e online. Segundo a Colgate, a escolha para o uso do PEAD como matéria-prima para a fabricação de um tubo monomaterial se deu porque esse é um dos materiais plásticos com o maior fluxo de garrafas e frascos encaminhados à reciclagem mecânica, correspondendo a cerca de 30% nos Estados Unidos. Porém, a principal dificuldade enfrentada pelo grupo ao trabalhar com o PEAD foi devido ao fato da rigidez do material não ser muito adequada para uso em embalagens espremíveis. A solução encontrada foi combinar diferentes camadas de laminados de PEAD em espessuras variadas, o que permitiu a produção de um tubo macio e flexível, com facilidade de
51 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
no seu descarte seletivo e, não somente isso, informar aperto e que protegerá o produto por diversas vezes, os operadores de instalações de recuperação de maquando houver solicitação mecânica para dispensar teriais, como em cooperativas por exemplo, que fao creme. zem a triagem de plástico, de que aquele é um maEsse desenvolvimento e lançamento é relevante terial que pode ser reciclado. para o setor de embalagens porque, tradicioAlém disso, outra ação do grupo foi compartilhar nalmente, a maioria dos tubos de creme dental são seu know-how de tubos recifeitos por um elemento cláveis com outras empresas, multimaterial, que mistura incluindo seus concorrentes, diferentes classes de mapor meio de cerca de 50 fóteriais, inviabilizando seu runs de embalagens e reuprocesso de reciclagem. A niões individuais para procompanhia afirma que, mover a transição de itens globalmente, esse fato se multimateriais para tubos soma aos 20 bilhões de monomateriais. Para que os tubos por ano que são jotubos recicláveis sejam um gados no lixo e para mesucesso, a Colgate entende lhorar esses índices a emque é necessário uma massa presa afirmou que o descarte crítica relacionada aos tubos do seu tubo, ao lado de Nova bisnaga monomaterial de creme dental, da disponíveis nas prateleiras outros itens plásticos, não Colgate, é feita por múltiplas camadas de um que atendam aos padrões de requer etapas extras (como único tipo de plástico (PEAD) simplificando a reciclagem e acredita que cortes, enxágue ou limpeza reciclagem deste item. A companhia irá isso incentivará a comuniantes de jogá-lo em uma dividir a solução com seus concorrentes. dade de reciclagem a adiciolixeira). Imagem: Colgate-Palmolive Company nar os tubos às suas listas de materiais aceitáveis. Recicla-me! Segundo seu informativo, o movimento está O grupo ressaltou que fornecer um produto que crescendo e as principais marcas de creme dental seja reciclável é apenas metade da batalha. Para que, somadas à ela compõem 90% do mercado dos alertar seus compradores de que o tubo da marca EUA, se comprometeram publicamente a mudar agora é reciclável, a Colgate está lançando o produto para tubos recicláveis de PEAD até 2025. com ícones personalizados e a frase “Recycle Me!” – ou “Me recicle!”, em português. O objetivo de Colgate – www.colgate.com.br “Recycle Me!” é conscientizar e engajar o público
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O
na embalagem
Garrafa de água sem rótulo feita a partir de PET reciclado A suíça Amcor – desenvolvedora de embalagens com
subsidiária em São Paulo, SP – lançou, em parceria com a Danone (grupo fabricante de alimentos e bebidas), uma nova garrafa para água sem a presença de rótulo e feita totalmente de conteúdo reciclado proveniente de outras garrafas, produzida exclusivamente para o mercado argentino. A nova garrafa tem capacidade para 1,5 litro e foi desenvolvida para a Villavicencio, marca argentina de água. De acordo com informativo da Amcor, a resina virgem de poli (tereftalato de etileno) (PET), utilizada anteriormente nas demais garrafas, foi substituída por resina PET reciclada criando uma garrafa feita totalmente com materiais reciclados e reduzindo sua pegada de carbono em torno de 21%, em Amcor desenvolve relação à garrafa anterior. embalagem para água, da Como a garrafa não conmarca argentina Villavicencio, tém mais o rótulo, as inforsem rótulo e feita com PET mações normalmente forreciclado, reduzindo em 21% necidas são gravadas direa pegada de carbono do tamente na garrafa, a qual produto (foto: Amcor e embora feita de material Villavicencio) reciclado, mantém seu índice de transparência e os elementos visuais da marca. A remoção do rótulo tem por objetivo diminuir o consumo de material, bem como proporcionar uma oportunidade maior do item de PET ser efetivamente reciclado. Além de não conter o rótulo e de ser feita a partir de material reciclado, a companhia conclui que, por ser feita de PET, a garrafa pode ser normalmente descartada e direcionada à reciclagem (mecânica ou química), o que a torna uma embalagem reciclada e reciclável. O programa de reciclagem do qual a Villavicencio participa, com o apoio da Danone Argentina, vem apoiando, desde 2012, cerca de 32 cooperativas e 3.200 catadores urbanos e prevê, até 2023, apoiar 40 cooperativas e continuar capacitando 4.500 profissionais. Ainda para 2023, a meta é recuperar 100% do plástico equivalente de suas garrafas.
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Fabricante brasileira de utilidades domésticas aposta em comércio internacional A Plasvale (Gaspar, SC) divulgou que algumas de suas linhas de recipientes fabricados a partir de resinas termoplásticas passaram a fazer parte de uma série de kits de utilidades domésticas que serão comercializados no exterior. Os produtos consistem basicamente em potes que podem ser usados para o preparo e/ou consumo de alimentos. Segundo informações da empresa, recipientes em versões transparentes são muito procurados por consumidores Kits de recipientes plásticos passará que buscam por a integrar mix de produtos praticidade e fácil comercializados no mercado visualização de estrangeiro (imagem: Plasvale) produtos, como acontece nos Estados Unidos, por exemplo. Bruno Brandão, diretor do departamento de internacionalização da companhia, comentou mais sobre a preferência do público por este tipo de recipiente: “a utilidade dos potes para esses consumidores está na forma de pré-preparo, e não tanto na armazenagem em geral. Ou seja, o foco é o auxílio e a praticidade para consumos instantâneos”. Além disso, outros kits compostos por jarras e produtos em versões com diferentes cores estão sendo elaborados pela fabricante, os quais também poderão ser comercializados no mercado internacional.
PRODUTOS
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Unidade de água gelada
A Körper (Jundiaí, SP) de-
senvolve equipamentos para resfriamento de água usada para o arrefecimento de equipamentos da área de plásticos. Um exemplo são as unidades
de água gelada/ar da série KRE Performance (exemplo na foto), cuja capacidade de refrigeração varia de 3.000 a 43.800 kcal/h, conforme o modelo. Elas são equipadas com bomba com capacidade de vazão de 0,75 a 11,25 metros cúbicos por hora, assim como com bomba com capacidade de pressão de 3,0 bar. São fornecidas em versões com reservatório para água com capacidade de 25 e 45 litros, além de condensadores de ar com capacidade de vazão de 2.500 a 18.000 metros cúbicos por hora. As unidades de água gelada se dividem em modelos com largura de 710 a 970 mm, altura de 900 a 1.410 mm e profundidade de 865 a 1.165 mm. Tel. (11) 4525-2122, e-mail: vendas@korper.com.br
Impressora 3D para PA esmo (São José dos CamA FFesmo
pos, SP) fornece equipamentos de impressão 3D voltados para o processamento de polímeros. A linha de impressoras 3D Fuse 1 (exemplo na foto) é um dos seus
destaques recentes. Trata-se de um equipamento que executa a sinterização seletiva a laser (SLS) de materiais em pó, que é indicado para o processamento de poliamida. De acordo com recomendações da empresa, este modelo pode ser usado na fabricação de peçasprotótipo ou peças finais como, por exemplo, gabaritos e acessórios, componentes tubulares, conectores mecânicos e recipientes. Outras de suas carac-
conforme a necessidade do cliente. Além disso, os fornos podem contar com controlador de potência de aquecimento eletrônico e sistemas de segurança. Tel. (51) 3592-7111, www.grefortec.com.br
Talhas elétricas
terísticas são: laser de fibra de itérbio, com potência de 10 W; tamanho do ponto do laser de 200 mícrons; pode confeccionar peças com dimensões de até 165 x 165 x 300 mm. Tel. (12) 3202-8000; e-mail: fesmo@fesmo.com.br
Fornos para tratamento térmico
A Grefortec (São Leopoldo,
RS) desenvolve equipamentos para tratamento térmico e termoquímico, que podem ser usados para aumentar a dureza de cavidades e partes móveis de moldes para plásticos, por exemplo. A sua linha de máquinas é composta por fornos contínuos que apresentam câmara com isolamento térmico, cuja estrutura interna e externa, bem como o sistema de aquecimento, podem ser projetados
A Berg-Steel (Araras, SP) fabrica linhas de talhas elétricas, indicadas para a movimentação de moldes para plásticos e de ferramental para essa área. A série BSTEW, por exemplo, conta com modelos com capacidade para movimentar cargas com peso de 350 kg a 1 t (exemplo mostrado na imagem). Além disso, os equipamentos desta linha apresentam velocidade de elevação de 4 a 8 m/min e velocidade de translação de 15 m/min, contando com motor com potência de 1.110 W, que é fornecido em versões com 4 pólos e que pode operar com corrente elétrica de 220, 380 ou 440 V. De acordo com a companhia, o raio de curvatura mínimo das talhas é de 1.300 mm. Tel. (19) 3321-0666, e-mail: vendas@bersteel.com.br
Como receber a revista Plástico Industrial tem periodicidade mensal e é enviada gratuitamente para pessoas e empresas devidamente qualificadas, ou seja, com atividades ligadas à transformação de plásticos. Por isso, o recebimento da revista está condicionado ao COMPLETO preenchimento do formulário. Preencha todos os campos! Só deixe em branco aquele cujo dado solicitado não exista em sua empresa. A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Depois de preenchido, envie para: Aranda Editora - Al. Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP Ou utilize o cupom para qualificação que está disponível em nosso site: www.arandanet.com.br/revista_pi/pi_assinaturas.htm
Sim, desejo receber a revista Plástico Industrial gratuitamente
Cargo
Nome: Empresa: Endereço: -
CEP: País:
Cidade: DDD:
UF: Tel.:
Fax:
Presidente Diretor Gerente Chefe Engenheiro Técnico Outros
E-mail: Home page: Data:
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Assinatura:
Área
Comercial/Vendas Marketing Industrial Produção Compra/suprimento Projetos Manutenção Controle da qualidade Engenharia Ferramentaria Pesquisa e desenvolvimento Outros
Sua empresa é: Transformadora Recicladora Ensino Usuária/consumidora de plásticos Fabricante/importadora/revendedora de matéria-prima, máquinas e equipamentos Prestadora de serviços de consultoria/projetos Prestadora de serviços de reforma/manutenção de máquinas Caso sua empresa não se enquadre em nenhuma das perguntas anteriores, qual é a relação com o p lásticos? setor de plásticos? Indique a quantidade de máquinas existentes nessa fábrica/divisão: Injetoras até 200 ton. de 200-800 de 800-1200 Extrusoras balão
Extrusoras de chapas/perfis
Extrusoras de tubos
Termoformadoras
acima de 1200
Sopradoras
Extrusoras para produção de filme casting Rotomoldadoras
Segmento em que atua: Automobilístico/autopeças Eletroeletrônica Construção civil Embalagens Eletrodomésticos Móveis Brinquedos, artigos esportivos Utensílios domésticos Alimentos, bebidas, farmacêuticos, produtos de limpeza, cosméticos Calçados Outros Principal produto de sua fábrica/divisão Número ro de empregados desta fábrica/divisão Núme até 50 51 a 100 101 a 500
501 a 1000
acima de 1000
57 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
EVENTOS
Próximos cursos do setor de plásticos Curso
Período
Local
Informações
São Carlos, SP
tel. (16) 3307-8362,
Caracterização Mecânica: Tração,
Início em 19/07
Flexão e Impacto Análises Térmicas: DSC e TGA
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Identificação de Plásticos Comerciais
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Instituto Avançado do Plástico
do Campo, SP)
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do Campo, SP
Química e Tecnologia dos
Vilar Poliuretanos 8 a 12/08
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tel. (21) 99632-3704, https://poliuretanos.com.br Instituto de Embalagens
Embalagens de Transporte
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Barueri, SP
tel. (11) 2854-7770, https://institutodeembalagens.com.br Escola LF
Polímeros
Início em 17/09
São Paulo, SP
tel. (11) 3277-0553, https://escolalf.com.br Associação Brasileira de Polímeros
Análise de Falhas em Polímeros
21 a 25/11
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tel. (16) 3374-3949, https://abpol.org.br
Próximos eventos do setor de plásticos Evento
Data
Local Online e
Informa Markets
21 a 24/06
Presencial
e-mail: fispaltecnologia@informa.com,
(São Paulo, SP)
www.fispaltecnologia.com.br
Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Embalagens
2022
para Alimentos e Bebidas Colombiaplast – Feira Internacional de Equipamentos
26 a 30/09
para a Indústria do Plástico Fórum Embalagem e Sustentabilidade
Bogotá (Colômbia)
2023
Messe Düsseldorf e-mail: colombiaplast@acoplasticos.org, www.colombiaplast.org Instituto de Embalagens
5 e 6/10
Barueri, SP
tel. (11) 2854-7770, https://institutodeembalagens.com.br
Plástico Brasil – Feira Internacional
Contato
Informa Markets 27 a 31/03
São Paulo, SP
tel. (11) 95432-1256,
do Plástico
www.plasticobrasil.com.br
Inovaplastic –
Reed Exhibitions
Feira Internacional
Em Março
São Paulo, SP
tel. (11) 4659-0012,
do Plástico
www.feirainovaplastic.com.br
17º CBPol –
Associação Brasileira de Polímeros
Congresso Brasileiro de Polímeros
Em Outubro
Joinville, SC
tel. (16) 3374-3949, https://abpol.org.br
58 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – ABR-MAI. 2022
SERVIÇOS
LITERATURA Compósitos
por exemplo); matrizes poliméricas e cerâmicas; tipos de cargas; fibras e tecidos; relação da adesão e interface carga/ matriz; estruturas sanduíche; processamento de compósitos; nanocompósitos; análise micromecânica e as técnicas para reciclagem mecânica, química e térmica desses materiais. Uma amostra de seu conteúdo pode ser acessada e lida na página virtual da editora. O livro possui 328 páginas no formato de 21 x 28 cm e sua versão física está disponível para venda no site da editora (www.artliber.com.br) por meio de compra online pelo preço sugerido de R$ 131,00.
Publicado neste mês pela CRC Press, o livro Additive Manufacturing for Plastic Recycling: efforts in boosting a circular economy (ou Manufatura Aditiva para Reciclagem de Plásticos: esforços para impulsionar uma economia circular, em tradução livre) fornece uma discussão abrangente sobre os avanços na manufatura aditiva tendo como matéria-prima o plástico reciclado, bem como explora a reciclagem de mate-
riais plásticos como um ponto de partida para impulsionar a economia circular. A obra apresenta novas ideias sobre a combinação de métodos de processamento que funcionam como fonte de informação para fabricantes na elaboração de planos estratégicos de desenvolvimento de produtos. Seus capítulos abordam temas como: economia circular; reciclagem de plásticos; manufatura aditiva para economia circular de plástico reciclado; reciclagem híbrida mecânica e química de plásticos; modelagem por deposição de massa fundida como processo de reciclagem secundária para a preparação de estruturas sustentáveis; justificativa econômica e ambiental; estudos de caso, entre outros. Uma amostra de seu conteúdo pode ser acessada e lida online na página virtual da editora. O livro, em inglês, possui 184 páginas e está disponível para compra no site da editora (www.routledge.com) nas versões física e e-book, pelos preços sugeridos de US$ 130,00 ou US$ 53,05, respectivamente.
Empresa ............................................... Pág.
Empresa ............................................... Pág.
Empresa ............................................... Pág.
Additive One -------------------- 37 Altax7 ----------------------------- 45 Arburg ---------------------- 2ª Capa BBC ------------------------------- 12 Cabbonline ---------------------- 43 Emanuplast ---------------------- 46 Ensinger ------------------------- 23 Fispal ----------------------- 3ª Capa Haitian --------------------------- 47 Hebert Lambert ---------------- 10 Kalay ------------------------------- 17 LS Injetoras --------------------- 39
LWB --------------------------- 04-05 Magtek --------------------------- 14 Noox Brasil ---------------------- 44 NZ Cooper ---------------------- 52 Olifieri ---------------------------- 52 Place Resinas -------------------- 44 Plaschem ------------------------- 29 Plásticos Nogueira ------------- 53 Polipositivo ---------------------- 33 Primotécnica --------------------- 11 Purgex ----------------------------- 14 Reagens -------------------------- 15
Replas ----------------------------- 07 Sepro do Brasil ------------------ 27 Shibaura -------------------------- 49 Simpósio Intl. do Plástico ---- 41 Souza e Ramos ------------------ 51 Starlinger ------------------------ 31 Superfinishing ------------------ 21 Tederic -------------------- 4ª Capa Tsong Cherng ------------------- 46 Wittmann Battenfeld ---------- 13 Word Facas ----------------------- 53
A Artliber Editora lançou em
2021 o livro Ciência e T Tecno ecno-ecno logia de Compósitos P Polioliméricos méricos, de autoria de Cláudia Merlini, a qual comenta em seu prefácio que o objetivo da obra é abordar sistematicamente os conceitos essenciais dos compósitos com matriz polimérica, em nível básico e intermediário, contemplando diversos aspectos da área. O conteúdo é direcionado, especialmente, a cientistas, profissionais e estudantes da área de engenharia de materiais, mas também aos que buscam compreensão sobre tecnologia dos materiais compósitos. A obra possui 14 capítulos, os quais abordam assuntos como: conceitos introdutórios; definição, classificação e componentes; importância e evolução dos materiais compósitos; aplicações tecnológicas (na indústria aeronáutica e automobilística, no setor naval, em equipamentos esportivos, na biomedicina e construção civil,
Reciclagem e impressão 3D
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