Aranda Editora - Ano 24 - No-- 273 - Set Out 2021
Especial
Manufatura aditiva no ambiente industrial
Características dos processos mecânico e químico de reciclagem de plásticos
Grafeno e polímeros: superando as fases de maior risco técnico e financeiro
Guias
Impressão 3D Aditivos e cargas Componentes para moldes
SELO DE QUALIDADE
HIGH PERFORMANCE
5 ANOS DE GARANTIA
POTÊNCIA CONCENTRADA SUSTENTÁVEL
DINÂMICO
SILENCIOSO
0.2021 3101 12.-16.1 stande o A 3, E Pavilhã , shafen Frie drich ha A leman
Você realmente sabe o que tem um impacto sustentável? A alta potência concentrada de seu acionamento! O acionamento planetário das nossa injetoras ALLROUNDER híbridas e elétricas é o melhor disponível no mercado mundial. Adquira os melhores resultados! Em emissão de ruídos, resfriamento, transmissão de força, capacidade de carga, design compacto, fornecimento de peças de reposição – simplesmente em tudo. E além disso, tem garantia de cinco anos. Nosso acionamento planetário: único! www.arburg.com.br
PRECISO
DESTAQUES SETEMBRO/OUTUBRO 2021
As aplicações atuais da impressão 3D no ambiente industrial
ÍNDICE Pág.
Nascida no ambiente industrial, a manufatura aditiva pode prestar grandes serviços de apoio à produção, além de ser usada como técnica de fabricação em si. Confira um levantamento sobre as possibilidades de uso e as empresas que atuam neste segmento no mercado brasileiro.
Editorial
4
Notícias e curtas
6
Impressão 3D
13
Matéria-prima
14
Reciclagem
44
Geralmente classificada como mecânica ou química, a reciclagem de
O plástico na embalagem
48
plásticos demanda uma conceituação precisa para que se faça a avaliação correta das possibilidades e limitações de cada tipo de processo.
Aplicações
52
SUSTENTABILIDADE
PÁG. 22
Produtos
54
Fornecedores de acessórios e componentes para moldes
Eventos
57
Literatura
58
Anunciantes
58
GUIA I
PÁG. 16
Características dos processos mecânico e químico de reciclagem de plásticos
Padronizados ou desenvolvidos sob encomenda, os componentes para moldes asseguram a estabilidade e o bom desempenho do ferramental de transformação.
GUIA II
PÁG. 29
Possibilidades de reciclagem mecânica de embalagens com múltiplas camadas Os materiais flexíveis contendo mais de uma camada são desafiadores do ponto de vista da reciclagem, e por isso é necessário o desenvolvimento de soluções mais sustentáveis para esse tipo de embalagem.
FLEXÍVEIS
PÁG. 30
Uso de grafeno em pesquisas com polímeros: superando as fases de maior risco técnico e financeiro Grafite expandido, nanotubos de carbono e grafenos são nanocargas à base de carbono que podem ser introduzidas em materiais poliméricos para formar compósitos funcionais, cujo desenvolvimento envolve os riscos avaliados neste artigo.
MATERIAIS
PÁG. 36
Aditivos e cargas para termoplásticos Guia lista os fornecedores de agentes químicos utilizados para modificar as propriedades de resinas termoplásticas.
GUIA III
PÁG. 40
C a pa - Elemento customizado de máquina (componente pneumático) impresso em 3D. Foto: 3DCRIAR. Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes. As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.
EDITORIAL
Após crescimento exponencial em setores como arquitetura, odontologia e área médica, a manufatura aditiva retorna às suas origens e se expande em aplicações de engenharia e no ambiente de produção.
ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)
REDAÇÃO: Diretor: José Roberto Gonçalves Editor técnico: Antonio Augusto Gorni Editora: Hellen Corina de Oliveira e Souza (MTb 21.799) Repórter: Adalberto Rezende (MTb 78.879) Jornalista responsável: Hellen Corina de Oliveira e Souza
SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISA: Milena Venceslau
ESPECIALISTA EM POLÍMEROS: MSc. Elias Augusto Soares
Ambiente industrial é lugar de impressão 3D Nascida no ambiente industrial, e por isso denominada inicialmente como uma técnica de prototipagem rápida, a impressão 3D, ou manufatura aditiva, evoluiu bastante desde o seu surgimento na década de 80. Desde a criação, no Instituto de Pesquisa Industrial de Nagoya (Japão), de um sistema de impressão em camadas destinado a abastecer o setor industrial com ferramentas e protótipos para validação de produtos, a tecnologia e os materiais evoluíram e alcançaram aplicações em segmentos variados que demandam a execução rápida de cópias fiéis de determinados itens, em escala ou em materiais diferentes. Porém, o progresso da técnica sempre esteve atrelado ao seu uso no ambiente de produção, apoiando desde o desenvolvimento de novos produtos até a execução do ferramental de trabalho para a manufatura em larga escala. Tendo em vista esses usos que são típicos do ambiente fabril, elaboramos nesta edição um guia de empresas que estão no ramo da manufatura aditiva (página 16) com o objetivo de apoiar a indústria em suas necessidades, fornecendo desde protótipos para validação, famílias de peças e lotes-piloto até ferramental rápido e gabaritos de fabricação. Para exemplificar o quanto é possível integrar esta técnica já consolidada às demais rotinas produtivas, trazemos também nesta edição, na seção de Impressão 3D (página 13), uma matéria sobre a avaliação de moldes de injeção impressos em 3D, cujo desempenho foi validado por pesquisas de uma renomada instituição europeia do setor de compósitos. Acompanhando ainda as tendências mais recentes do segmento de plásticos, a sustentabilidade é assunto de um artigo publicado a partir da página 22, que analisa os processos de reciclagem mecânica e química de materiais poliméricos. E por último, mas não menos importante, a partir da página 36 temos o estudo de um pesquisador brasileiro tratando dos desafios do desenvolvimento de projetos envolvendo o uso de grafeno em formulações poliméricas. O material tem ganho destaque no noticiário de tecnologia e também no nosso site, que passou a contar este mês com a categoria “Grafeno”, onde podem ser conferidas as novi dades sobre o tema, no seguinte link: https://www.arandanet.com.br/revista/pi/noticias/52. Enfim, são muitos os motivos para ler esta edição de ponta a ponta. Aproveite! Hellen Corina de Oliveira e Souza – Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br
PUBLICIDADE
Gerente comercial: Elcio S. Cavalcanti – elcio@arandaeditora.com.br São Paulo capital Juliana Rubio Antoniassi – Cel.: (11) 97632-7845, juliana.rubio@arandaeditora.com.br Caroline Castro – Cel.: (11) 94000-3597, caroline.castro@arandaeditora.com.br Luci Sidaui – Cel.: (11) 98486-6198, luci@arandaeditora.com.br Rio de Janeiro e interior de São Paulo Guilherme Carvalho – Cel.: (11) 98149-8896, guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Wander Rodrigues de Lima, 82, cj. 503 – 30750-160 – Belo Horizonte (MG) Tel.: (31) 3412-7031, Cel.: (31) 9975-7031, oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj 204E – 80330-000 – Curitiba (PR) Tel.: (41) 3501-2489/3209-7500, Cel.: (41) 9728-3060, romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291, Cel.: (11) 98179-9661 e-mail: maria.jose@arandaeditora.com.br
INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES
China: Mr. Weng Jie – Hangzhou Oversea Adv Ltd 596 Tiyuchang Rd., Hangzhou, Zhejiang 310007, China Tel.: (+86 571) 87063843, jweng@foxmail.com, wj@hz.cn Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: (+49 202) 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7, 20148 Milan Tel.: (+39 2) 39216180, grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel.: (+81 3) 3263-5065, e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2 nd fl, Ana Blsdg, 257-1 Myungli-Dong, Kangdong-Gu, Seoul 134-070, Tel.: (+82 2) 481-3411, jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel.: (+41 1) 720-8550, beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, Nº- 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel.: (+886 4) 2325-1784, global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btopenworld.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 2911 Joyce Lane, Merrick, NY 11566, Tel.: (1 516) 858-4327, arandausa@gmail.com
ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr.
CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - Tel.: (11) 3824-5300 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Estúdio AP
SERVIÇOS: Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S/A Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima
PLÁSTICO INDUSTRIAL, revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda.
ISSN 1808-3528 Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315, 01155-900, São Paulo (SP), Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 info@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br
É enviada mensalmente a 12.000 homens-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul.
NOTÍCIAS
6 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Material cerâmico dá origem a desmoldante semipermanente para peças injetadas
camada de 20 nm (0,02 mícrons), que não afeta a geometria das peças, mesmo que complexa. Reentrâncias e detalhes finos do projeto permanecem igualmente intactos. A nChemi (São Carlos, SP) desenvolveu De acordo com Bruno, no caso da molum produto para aplicação na superfície dagem de peças em poliamida carregada de moldes que forma uma camada com fibra de vidro, é possível obter até cerâmica em escala nanométrica, a qual 4 mil ciclos de injeção antes que seja provoca um efeito desmoldante semi- necessário reaplicar o desmoldante, permanente que resiste a milhares de enquanto para as peças de PP é possível ciclos de moldagem. chegar a até 10 mil ciclos, observadas, é A empresa de base tecnológica está claro, características dos moldes, incluinsituada no Parque Tecnológico de São do as suas dimensões. No caso do PP, o principal ganho relacionado ao uso do desmoldante é evitar a adesão, que costuma ocorrer especialmente no caso de peças grandes como itens para portas de veículos. No caso Aplicação de revestimento que forma camada cerâmica na superfície de da poliamida com fibra moldes, o qual provoca um efeito desmoldante semi-permanente que resiste a de vidro, por se tratar de milhares de ciclos de moldagem. Fotos: nChemi material abrasivo, a prinCarlos (ParqTec), e o produto, deno- cipal vantagem é o aumento da vida útil minado Plenus Duty, foi desenvolvido por do ferramental. A produtividade também uma equipe de pesquisadores, entre eles é favorecida pelo uso do Plenus Duty. De Bruno Lima, engenheiro de materiais acordo com Bruno, há o registro de reducom doutorado pela Universidade Federal ção do intervalo entre ciclos de injeção de São Carlos (UFSCar) e especialista de um componente de 2,5 minutos para em revestimentos. 30 segundos. Ele foi inicialmente concebido para O produto pode aumentar a dureza da aplicação em instrumentos cirúrgicos, superfície metálica dos moldes em até visando ao aumento de sua vida útil. No 90%, reduzindo o coeficiente de atrito em entanto, não demoraram a surgir aplica- até 50%, em razão da nanotecnologia ções industriais, tais como o revestimento empregada e comprovada por análises de fresas e brocas e, mais tarde, moldes realizadas pelos laboratórios do Senai. para fabricação de produtos plásticos. Trata-se de uma tecnologia 100% nacional, O revestimento é aplicujo desenvolvimento cado por spray, por meio contou com o auxílio do de um compressor (foto 1), Programa de Inovação e precisa receber em em Pequenas Empresas seguida um sopro de ar (PIPE), da Fundação de quente (foto 2) que funAmparo à Pesquisa do ciona como tratamento Estado de São Paulo térmico, consolidando (Fapesp, SP), em 2016. sua secagem e adesão. Na imagem, registro do revestimento nChemi – http://nchemi.com Forma-se então uma em escala nanométrica. Foto: nChemi
7 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Poliamida de origem renovável chega ao mercado brasileiro
A VeeloRe (São Paulo, SP) está trazendo para o mercado brasileiro uma linha de poliamidas de origem renovável, desenvolvidas pela chinesa Cathay Biotech Inc. Fortes candidatas a substituir os materiais de origem fóssil, elas podem ser especificadas para uso na fabricação de peças técnicas em segmentos com requisitos bastante rígidos de desempenho, tais como automobilístico, de eletrodomésticos de linha branca e eletroeletrônicos. As resinas bioplásticas estão disponíveis em diferentes grades. A linha Terryl é destinada ao mercado de produtos têxteis, enquanto a Ecopent, de materiais de engenharia (PA 5.6 e PA 5.10), é recomendada para a produção de peças técnicas, podendo ser processada em equipamentos convencionais de transformação de termoplásticos. Já estão disponíveis para o mercado brasileiro os seguintes grades: Ecopent 1273 e 2260,
Exemplo de grade que é composto por 47% de conteúdo de origem renovável. Ilustração: VeeloRe
de alto desempenho, com potencial para substituir a PA 6.6 em aplicações automotivas, da área elétrica e eletrônica; Ecopent 3100, caracterizada pela baixa absorção de água, estabilidade dimensional e resistência a frio, podendo substituir a PA 6.10 e PA 6.12, sendo inclusive indicada para a sobremoldagem em metais e componentes elétricos, tais como peças de transmissão, conectores e tubos; e Ecopent 3600, que apresenta taxa de absorção de água extremamente baixa e boa resistência química,
Bioplástico com baixa pegada de carbono é solução sustentável para substituição de poliamidas convencionais. Ilustração: VeeloRe
substituindo a PA 10.10 e PA 10.12 em aplicações como tubulações de petróleo, além de dispositivos para estações 5G. Conteúdo renovável em diferentes teores As poliamidas da linha Ecopent possuem o certificado europeu DIN Certco (TÜV Rheinland), que usa a metodologia ASTM 6866 para determinar o conteúdo de origem renovável em materiais, podendo apresentar uma taxa de carbono de fonte renovável na faixa entre 47% e 100%. O grade 5.6 possui 47% de conteúdo de origem renovável, pois a sua estrutura demanda a presença de ácido adípico (fóssil) na composição para que atinja as propriedades de sua contraparte de origem totalmente fóssil, a PA 6.6. Sua adoção leva à uma redução de 50% na pegada de carbono (foto 2). Já o grade 5.10 é obtido a partir da composição da pentametilenodiamina e do ácido sebácico, ambos de origem totalmente renovável, e por isso recebe o selo de 100% de conteúdo renovável (foto 3). O perfil de propriedades deste grade o torna
8 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
NOTÍCIAS
Grade que é obtido a partir da composição da pentametilenodiamina e do ácido sebácico, ambos de origem totalmente renovável. Ilustração: VeeloRe
um substituto viável para aplicações normalmente atendidas pela PA 6.10 de origem fóssil. Mercado em crescimento A VeeloRe iniciou suas atividades em maio deste ano, e tem como sócios profissionais com ampla experiência no mercado de poliamida. Josimar Fazolare, um dos sócios e diretor comercial da empresa, ocupou cargos de decisão na Rhodia (Grupo Solvay) pelos últimos 30 anos e está assumindo agora o atendimento de todo o mercado sulamericano, em um momento de boas perspectivas para os bioplásticos em nível mundial.
Grafeno estará em discussão no início de novembro
O grafeno é um dos materiais descobertos recentemente com maior potencial para apoiar a criação de novos produtos e aprimorar os já existentes. O material será tema da segunda edição do evento Graphene Brazil Tech Digital Edition, que
De acordo com o site European Bioplastics, o mercado global de bioplásticos deverá crescer a taxas próximas de 30% ao ano até 2030, enquanto o mercado de plásticos tradicionais deverá ficar próximo de 3% ao ano. Josimar comentou sobre os principais drivers para a expansão do mercado de bioplásticos nos próximos anos. Além da conscientização do consumidor final para as questões de sustentabilidade e da pressão de mercado pelas práticas de ESG (environmental, social and governance, ou ambiental, social e de governança), começam também a surgir barreiras não
acontece entre os dias 9 e 10 de novembro, reunindo pesquisadores e profissionais atuantes nesta indústria que já começa a se formar no País. Entre os temas que serão debatidos nos dois dias de evento estão o panorama global e local do desenvolvimento de grafeno, aplicações em compósitos poliméricos, o ecossistema de inovação, aplicações em membranas
alfandegárias a produtos cujos fabricantes não tenham controle sobre a pegada de carbono. “Iniciativas como o CBAM, na Europa, visam estabelecer um mecanismo de ajuste de carbono na fronteira, sobretaxando produtos de empresas que não estejam em conformidade com os níveis de emissão de carbono em seus processos produtivos. O mesmo está ocorrendo nos Estados Unidos, o que é uma preocupação para quem tem interesse em atuar nesses mercados, além de ser uma tendência que levará outros países a seguir as condutas europeia e americana”, informou o executivo. Em relação aos custos, Josimar afirma que os materiais serão bastante competitivos, especialmente neste momento em que o mercado enfrenta a instabilidade no suprimento de matéria-prima e a consequente volatilidade dos preços. O suprimento dos produtos de origem renovável, segundo ele, é, inclusive, mais estável do que o verificado atualmente no mercado de resinas de origem fóssil. VeeloR eeloRee – www.veelore.com
e filtração, em revestimentos e em borrachas. O material Extremamente funcional, o grafeno tem potencial para modificar muitos tipos de produto, tornando possível o desenvolvimento de, por exemplo, embalagens avançadas para alimentos, revestimentos supercondutivos ou altamente
10 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
NOTÍCIAS resistentes à corrosão, peças reforçadas para resistir a grandes esforços mecânicos e também materiais plásticos com significativa melhora da conduEvento online vai tratar das aplicações do grafeno em diferentes tividade térmica. setores da indústria. Leitores da Plástico Industrial terão Estudo recendesconto em sua inscrição. Imagem: Graphene Brazil Tech te da consultoria tarem, desde 2011, um crescibritânica Clarivate Analytics, o mento do registro de patentes e grafeno e os materiais avançados invenções superior ao da média 2D se destacam por apresen-
global, um movimento que se reflete também no mercado brasileiro. O País possui uma boa base de pesquisa no setor e já registra o surgimento de produtos envolvendo essa tecnologia. Leitores da revista Plástico Industrial poderão ter 10% de desconto na inscrição para o evento. Ao acessar o link de inscrição – https://www.graphenebraziltech.com.br/#inscricao –, basta utilizar o cupom com o código RPIND10.
Termoplástico líquido atende requisitos das indústrias da mobilidade e de energia eólica
dades técnicas, pois são 50% mais leves que o alumínio (50% mais leves que o aço). Elas adquirem mais resistência ao receber fibras de reforço responsáveis pelo bom desempenho mecânico do composto. Somados a aditivos melhoradores de desempenho, os compostos se tornam ainda mais resistentes, mas permanecem termoformáveis e recicláveis, características típicas
A francesa Arkema desenvolveu a resina termoplástica Elium, que possui uma característica muito particular: apresenta estado líquido à temperatura ambiente, mas pode ser usada na fabricação de peças plásticas termoformáveis e recicláveis.
Classificado como um compósito termoplástico, o material é um forte candidato a substituir os metais, em razão de sua boa relação peso x resistência mecânica. Especialmente no segmento de mobilidade, em que estão em voga os requisitos técnicos dos materiais que serão usados na fabricação de veículos elétricos, essa categoria de resinas atende a diferentes necessi-
Graphene Brazil T Tech ech – (11) 94724-7674
11 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
automotivas feitas com o compósito Elium, a uma velocidade de produção de uma peça a cada dois minutos, atendendo a exigências de montadoras. Turbinas e pás Compósito termoplástico à temperatura ambiente tem resistência suficiente para substituir metais e pode ser eólicas também reciclado ao final da vida útil. Fotos: Arkema podem ser fabricadas com a resina, uma aplicação automotivos franceses, a Arkema dos materiais termoplásticos. No que venceu inclusive a edição se juntou à Fast RTM – Fast entanto, são processados por 2020 do Prêmio Pierre Potier, Resin Transfer Molding, uma meio de tecnologias tradicionais criado pelo Ministério da Econoplataforma de tecnologia criada como RTM e infusão, que são mia, Finanças e Indústria da usados para processar termofixos. em 2015. França para destacar iniciativas no Em parceria com o M2P, um Dentre os desenvolvimentos campo da química que promovem instituto de pesquisa tecnorealizados no escopo desta o desenvolvimento sustentável. lógica localizado em Metz plataforma está uma aplicação (França) e junto com fabricanque demonstra a viabilidade da Arkema – www.arkema.com/global/en tes de automóveis e OEMs produção em massa de peças
12 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
NOTÍCIAS Equipamento para secagem de resinas reaproveita ar comprimido residual
expandir a massa de ar seco usada para desumidificar a resina por meio de pressão, de modo a criar um ponto de orvalho muito baixo (de -25 a A Blue Air Systems (Áustria), -70 ºC) e distribuir o ar uniforrepresentada no Brasil pela memente por um conjunto de Wachter Kommerz (Santana bocais e anéis. de Parnaíba, SP), desenAinda de acordo com a volve sistemas para secagem companhia, os equipamentos de resinas termoplásticas capossibilitam que o tempo de pazes de reaprosecagem seja reduveitar o ar comprizido pela metade mido residual proem comparação veniente do procom sistemas tracesso de injeçãodicionais. E no sopro (injection que diz respeito blow). A partir ao consumo de disso, é possível energia elétrica, reduzir o tempo pode-se chegar a de ciclo de trabauma redução de lho e, consequenaproximadamente temente, dimi24 kW em companuir o consumo ração com proBaseado na expansão da de energia elécessos de desumimassa de ar seco presente em máquinas do tipo trica necessário à dificação usando injeção-sopro, sistema de sua execução. dessecantes, por secagem permite menores Uma de suas exemplo. tempos de ciclo na linhas é a RDL, a Outras caracdesumidificação de qual conta com terísticas dos equigrânulos. Imagem: Blue equipamentos pamentos consisAir Systems que são indicados tem em funis em para o processamento de versões com capacidade de 150 polímeros diversos. Basia 1.500 L, além de sistema de camente, eles operam recuaquecimento de ar secundário. perando o ar seco e aquecido Há também os modelos da usado na desumidificação de linha RDX, que contam com grânulos por meio de um sensores para controle de sistema que consiste em enchimento e esvaziamento de tubulação de escape, filtro de ar comprimido, assim como partículas e bomba de sucção. interface para conexão com Dessa forma, o ar residual é direplataformas digitais. cionado para o compartimento Wachter K ommer Kommer ommerzz – onde se encontra acondiciowww.wachterkommerz.com nada a resina sob processamento para que ele seja novamente aquecido e se misture com o ar que é inserido por compressão na mesma câmara. Segundo informações fornecidas pela empresa, essa linha de sistemas de secagem não utiliza dessecantes e nem água. Eles têm como princípio operacional
Moldes impressos em 3D podem representar economia de até 90%
O Centro Técnico Industrial para Plásticos e Compósitos da França (CT-IPC) desenvolveu um estudo visando avaliar o uso de moldes fabricados por manufatura aditiva (impressão 3D) na fabricação de pequenos volumes de peças injetadas. Como resultado, a instituição elaborou um relatório que documenta as etapas de confecção dos moldes fabricados com a resina Rigid 10K, da Formlabs, representada no Brasil pela 3D Criar (São Paulo, SP), sobre uma
aditiva disponíveis, envolvendo estudos sobre aspectos como a temperatura de deflexão térmica inerente a cada uma delas, caracterização dos materiais, projeto e definição de coordenadas para a impressão 3D e testes de injeção. Nesta última fase foram injetadas milhares de peças de polipropileno (PP). Foram testados projetos contendo uma geometria desafiadora, considerandose a resistência dos insertos de pouca espessura, e também foram aplicados padrões de textura nos
que validou os moldes para a execução de pequenas séries. A qualidade das peças obtidas, somada à rapidez e ao menor curso de desenvolvimento dos moldes impressos em 3D, levaram os pesquisadores do IPC a concluir que houve redução de 80 a 90% dos custos de desenvolvimento, em comparação com o mesmo processo utilizando moldes metálicos. De acordo com Daniel Huamani, diretor da 3D Criar, a confecção de moldes em impressão 3D é hoje uma das fortes tendências mundiais no segmento. Sua empresa já testou a resina usada no estudo francês aqui no Brasil e a Instituição voltada para a inovação em plásticos divulga estudo de viabilidade e relata obter tem disponível até 900 ciclos de injeção com um ferramental impresso em 3D. Nas imagens, o ferramental para comerciaimpresso em 3D que recebeu textura em sua superfície e resistiu a cerca de 900 ciclos de lização. A eminjeção. Fotos: CT-IPC/Formlabs presa oferece, resina polimérica com moldes. Depois de passar inclusive, equipamentos e carga de vidro, por Low por processos rígidos de consultoria para a imForce Stereolithography medição, o ferramental foi plantação de projetos no (LFS®), um processo pa- montado em um porta- ambiente industrial. O tenteado pela Formlabs. O moldes metálico e insta- estudo está disponível estudo destaca as espe- lado em uma injetora da para download que pode cificações e práticas ado- Engel (Áustria) com força ser feito pelo link https:/ /url.gratis/AwqCzo, e tadas para se chegar a esse de 125 kN. resultado. As peças-teste foram nele é possível inclusive O projeto de pesquisa foi injetadas a 200 °C e sob solicitar uma amostra da executado durante dois pressão de 180 bar. Ape- peça injetada. anos e dividido em três nas após 900 ciclos de 3D Criar – https://3dcriar.com.br fases: comparação das tec- injeção foram notados CT CT-IPC -IPC – https://ct-ipc.com nologias de manufatura pequenos defeitos, o Formlabs – https://formlabs.com
IMPRESSÃO 3D
13 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
14 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
MATÉRIA-PRIMA Poli(hidroxibutirato) (PHB) O poli(hidroxibutirato) (PHB) é um biopolímero termoplástico obtido naturalmente pela ação de bactérias, que produzem a sua estrutura molecular tendo insumos de fonte renovável como fonte de alimento. Ele pertence à família dos poli(hidroxialcanoatos) (PHA), materiais poliméricos classificados como poliésteres. O PHB, o qual provavelmente é o tipo mais comum de PHA, despertou alto interesse comercial devido às suas
propriedades mecânicas e à sua classificação como plástico biodegradável. Assim como o PLA, por exemplo, o PHB é tido como uma das alternativas para substituição de polímeros provenientes de fontes fósseis, como uma escolha mais sustentável, uma vez que tem origem em recursos renováveis e que proporcionam a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Na história dos polímeros o PHB é conhecido desde 1925. Porém, apenas no início da década de 1980 uma empresa desenvolveu e patenteou um processo de obtenção baseado na fermentação de açúcares pela bactéria Alcaligenes eutrophus. Atualmente, de acordo com relatórios da European Bioplastics (EUBP), os PHAs representam apenas cerca de 1,7% dos biopolímeros utilizados globalmente. Os termos “biopolímero” ou “bioplástico” qualificam materiais poliméricos que possuem
Devido à sua estrutura, o PHB é um material hidrofóbico, ou seja, não absorve umidade. Portanto, não é necessário realizar sua secagem antes de processá-lo. Como a maioria dos termoplásticos, pode ser processado por diversos métodos de transformação, incluindo extrusão, injeção, sopro e termoformação. O PHB pode ser injetado nos mesmos equipamentos em que se injetam materiais convencionais, desde que sejam ajustadas as condições de processo às características do
origem biológica. Ou seja, materiais plásticos que têm seu monômero proveniente de fontes renováveis como, por exemplo, plantas ou microorganismos. As propriedades mecânicas do PHB são semelhantes às do polipropileno (PP). Porém, por possuir alto índice de cristalinidade (entre 60 a 90%), o polihidroxibutirato é rígido e frágil, o que torna o seu uso limitado.
polímero. Como o PHB é quimicamente instável a altas temperaturas, o tempo de processamento deve ser reduzido, utilizando uma janela curta de temperatura por volta de 190 ºC, mantendo-se a atenção para que seja submetido a baixas taxas de cisalhamento. Devido à sua baixa densidade de nucleação, o PHB possui baixa taxa de cristalização, o que leva a ciclos mais longos durante o resfriamento, se comparado a polímeros convencionais. Quanto às variações desse polímero, existem, por exemplo, copolímeros de PHB/PLA e PHB com cerca de 30% de ácido hidroxivalérico (PHB/HV), o que o torna menos cristalino, mais flexível e facilita o seu processamento. Além disso, alguns estudos evidenciam a melhora
SET-OUT. 2021 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – 15
das suas propriedades mecânicas quando utilizado junto a fibras naturais, ou até mesmo sintéticas. Um dos principais fatores que dificultam a substituição de artigos produzidos com polímeros convencionais por artigos produzidos por PHB é o seu alto custo. Entretanto, diversas técnicas de produção vêm sendo desenvolvidas e estudadas. Como um biopolímero promissor para substituir plásticos convencionais, o PHB pode ser aplicado em algumas embalagens (frascos, tampas, filmes e rótulos) para alimentos, peças estruturais, itens descartáveis, sacos e sacolas, itens de higiene pessoal, tubetes de reflorestamento (tubete de mudas), filmes agrícolas, filmes para
recobrimento de cartões, entre outras. Uma grande vertente de aplicação para o PHB é a medicina, ou seja, seu uso direto em seres humanos e animais, devido ao seu alto índice de biocompatibilidade com tecidos vivos. Por ser atóxico, pode ser usado também em aplicações destinadas à interação com o organismo humano, por exemplo. Assim, faz-se uso desse material em fios para suturas, cápsulas gelatinosas para medicamentos, pinos cirúrgicos, enxertos ósseos, escovas cirúrgicas, drenos, tecidos cirúrgicos, válvulas cardíacas e como talco de lubrificação para luvas cirúrgicas. Vale ressaltar que, por mais que seja um material reciclável, biodegradável e compostável, seu
descarte correto é fundamental. Quando descartado em ambientes naturais e biologicamente ativos (presença de bactérias e fungos), associado à temperatura e umidade, ele se transforma novamente em gás carbônico e água, concluindo o ciclo de vida sem impactos negativos ao meio ambiente. O PHB pode ser reciclado e deve ser identificado pelo símbolo “ ” (sete) na simbologia da ABNT para reciclagem, devendo ser descartado nas lixeiras de cor vermelha. Confira os fabricantes e fornecedores deste polímero em nosso Guia de Bioplásticos. Pa r a s a b e r m a i s , c o n s u l t e a seção de Literatura em nosso site www.arandanet.com.br/revista/pi
A ciência do material O termo PHA é aplicado a uma família de poliésteres acumulados por diversas bactérias, na forma de grânulos intracelulares de reserva de carbono, energia e equivalentes. Em geral, a síntese de PHA por bactérias ocorre quando há limitação de pelo menos um nutriente necessário à multiplicação das células (N, P, Mg, Fe, etc.). No Brasil a produção do
PHB, em larga escala, se dá por meio da fermentação da sacarose da canade-açúcar pela bactéria Ralstonia eutropha. Foram identificados mais de 100 tipos diferentes de monômeros constituintes dos PHAs em diversas bactérias. Essa variedade traz como vantagem a possibilidade de sintetizar polímeros com as mais variadas propriedades.
O poli(hidroxibutirato) (PHB), é um homopolímero composto por unidades monoméricas de quatro átomos de carbono constituído por monômeros de 3-hidroxibutirato e é o PHA mais bem caracterizado e o acumulado com maior frequência por bactérias. Estudos de difração de raios-X em fibras cristalinas de PHB demonstraram que as suas moléculas apresentam conformação helicoidal, assim como a do polipropileno (PP).
Propriedades típicas* Nome e sigla: ----------------------------------------------------- poli(hidroxibutirato) (PHB) – [en. polyhydroxybutyrate] Classificação: ------------------------------------------------------- biopolímero O r i g e m : --------------------------------------------------------------- natural Fórmula química: ------------------------------------------------- (C4H 6O 2) n Comportamento mecânico: ---------------------------------- termoplástico Organização molecular: ---------------------------------------- semicristalino Densidade (sólido): -------------------------------------------- 1,2 g/cm³ Temperatura de transição vítrea (Tg): ----------------- 2 °C Temperatura de fusão (Tm): ------------------------------- 170 °C Temperatura de processamento: -------------------------- 160 a 200 °C S e c a g e m : ------------------------------------------------------------- não se aplica * Os dados atribuídos às propriedades do polímero são valores médios obtidos na literatura e junto a fornecedores de materiais.
GUIA I
16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
As aplicações atuais da impressão 3D no ambiente industrial Por Cristiane Ulbrich (*)
E
stamos vivendo um momento sem igual para o mercado de manufatura aditiva, ou impressão 3D. Em praticamente todas as áreas do conhecimento existem frentes e iniciativas para colocar em prática o potencial desta plataforma. O que antes era possibilidade, agora virou ação. Entre passado e futuro, fica uma dúvida: o que é “atual” no processo de impressão 3D?
• é o responsável pela manutenção dos equipamentos adquiridos; • é o aluno, professor ou pesquisador que usa processos ou materiais em diferentes aplicações. A verdade é que a experiência do profissional pode ajudar a entender cada parte do negócio. Mesmo porque, nossas escolhas não são feitas apenas de acertos. Na indústria, o principal desafio é “matar um leão por dia” e, muitas vezes, a manufatura aditiva é a principal ferramenta para acelerar processos, mas é preciso ter foco para definir as estratégias o tempo todo. A responsabilidade atribuída a cada tipo de colaborador é impactada pelas difeComponente para o sistema de trens Ivolga (Rússia) rentes aplicações dessa técnica no ecossistema da Apesar da mudança constante, o indústria, em especial a de transdesafio no ambiente empresarial formação de plásticos. As principais continua sendo o mesmo: dimendelas são listadas a seguir: sionar a tecnologia mais adequada, garantindo o preço justo, de preferênProtótipos funcionais para cia com retorno imediato, em um validação universo repleto de possibilidades. Seja como for, de forma direta ou Sem dúvida, é uma das aplicações indireta, o profissional que se depara mais comuns para o mercado da com esse tipo de desafio, está posimanufatura aditiva. Atualmente, a cionado em uma das seguintes situações: tecnologia de impressão 3D está disponível em todos os lugares. A • é o colaborador responsável pela aplicação de materiais de engeoperação de equipamentos; nharia ajuda muito nesse processo, • é o gestor das aplicações de além do uso de impressoras mais manufatura aditiva na empresa robustas. Nesta etapa, os profispara demandas atuais e futuras; sionais estão aptos a incluir me• é o comprador delegado para lhorias nos processos e nos produtos aquisição de insumos e equicom agilidade. Aqui podemos citar pamentos;
A equipe da desenvolvedora de autopeças taiwanesa Unitycoon fez uma abordagem pioneira ao introduzir a impressão 3D na prototipagem de peças automotivas. desde a construção de um pequeno suporte sem muita importância para o produto, até componentes responsáveis por toda a movimentação de maquinários, sujeitos a alta temperatura, assim como resistência química e mecânica. Protótipos para validação visual, ao toque/textura São protótipos que validam conceitos e ajudam a testar o mercado. Também são comuns entre hobbistas que costumam produzir modelos a um custo mais baixo, devido à simplicidade dos equipamentos e aos materiais básicos que utilizam. Pequenas e médias séries de peças Algumas indústrias e pequenos prestadores de serviço já utilizam parques de impressão em suas instalações. A customização do lote é parte importante desse processo. Isso porque, em uma semana podem estar imprimindo centenas de componentes idênticos em todas as máquinas, mas na semana seguinte podem precisar produzir lotes de
17 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Peça impressa em fibra de carbono com suporte diferenciado
uma forma alternativa ao uso do ferramental rápido em metal. A performance do modelo final vem sendo aprimorada, a exemplo do estudo de caso publicado nesta edição, na página 13. Dependendo da técnica, porém, pode ser mais custosa. Aqui existe um misto entre “saber como fazer” e apenas “explorar”. Já acompanhei alguns projetos promissores que foram muito bem sucedidos envolvendo a fabricação de produtos com ferramental em polímero.
modelos já estão em operação. Se quebram, podem ser melhorados e novamente, entram em cena para ajudar no processo.
Fabricação rápida de cavidades para moldes (injeção/sopro)
Fabricação de famílias de peças técnicas de pequena escala
É algo muito desejado, mas ainda pouco funcional, na minha opinião. Isto porque o resultado esperado é
Aqui a intimidade se dá com os materiais de engenharia, geralmente náilon, policarbonato e materiais
Tênis com parte superior impressa em 3D
Peças impressas em fibra de carbono com excelente acabamento com pouco ou nenhum pós-processamento conjuntos que dispõem de diversos elementos sortidos. Mesmo quando utilizam materiais básicos, procuram por materiais de melhor qualidade para evitar retrabalhos. Lotes-piloto para validação O grande desafio é lidar com altos investimentos para os lotes iniciais e minimizar o tempo de entrega. Aqui geralmente, o que conta é a entrega técnica, tanto de material quanto do equipamento. Mas fique atento, pois não vale a pena arriscar todo o projeto, ao colocar um protótipo de baixa qualidade para representar o trabalho da equipe. Fabricação de ferramental rápido em ligas metálicas Já é possível ter mais intimidade com esse processo que ganha força principalmente fora do País. Geralmente combinam-se processos de forma indireta, ou seja, a impressão é apenas uma das etapas do todo. Fabricação de ferramental rápido em material polimérico Algumas empresas têm experimentado o uso de polímeros como
A Injet Mangueiras confecciona dispositivos auxiliares à fabricação impressos em 3D mais “sonhado” do que “real”. Mais uma vez, os materiais representam o fator decisivo para esses processos. Fabricação de gabaritos, acessórios e ferramentas de apoio a processos industriais Já é uma aplicação muito comum na maioria das empresas que possuem algum tipo de equipamento de impressão 3D. Melhorias simples podem ser implementadas em um piscar de olhos. Facilmente você escuta pelos corredores “você pode criar algo assim para me ajudar com esse processo?”. Daí a conversa vira um desenho, e em poucas horas os
com fibras. A qualidade e a robustez do equipamento ajuda muito. O fracasso certamente ocorre quando se usa o material errado e o equipamento errado para priorizar custos, mas o mercado brasileiro, de forma geral, já percebeu que tem hora para economizar, mas também tem hora em que é preciso investir para se diferenciar. *A autora é sócia-fundadora da UP3D (up3d.com.br) Fotos: UP3D Confira a seguir, no guia da manufatura aditiva, informações sobre a oferta de equipamentos, serviços e insumos para os processos de manufatura aditiva ofertados no mercado brasileiro.
GUIA I
18 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A empresa é
Fabricante/País
3be (11) 97209-5991 n
3DSystems. Intamsys, BCN3D e
••••
(1)
•
Dimensões máximas das peças
Presta serviços de
Fornece insumos para manufatura aditiva (impressão 3D):
Polímeros Cerâmicas Metais Papel Biocompatíveis (de todas as origens) Sinterização seletiva a laser Estereolitografia Modelamento por deposição de material fundido Impressão 3D por jato – adesivo + material em pó Impressão 3D por jato Fusão por feixe de elétrons Sinterização de metais direta a laser Fusão/deposição direta de metal a laser Manufatura de objetos em lâminas Laminação por deposição seletiva Outras técnicas Filamentos poliméricos Polímeros em pó Pós metálicos Materiais cerâmicos Papel Adesivos Outros
Importadora
Sinterização seletiva a laser Estereolitografia Modelamento por deposição de material fundido Impressão 3D por jato – adesivo + material em pó Impressão 3D por jato Fusão por feixe de elétrons Sinterização de metais direta a laser Fusão/deposição direta de metal a laser Manufatura de objetos em lâminas Laminação por deposição seletiva Outras técnicas
Empresa, telefone e e-mail
Materiais trabalhados
Máquinas
1.500 x 800 x 600
•
320 x 320 x 420
•
1.000 x 1.000 x 1.000
•
•
••••
••••
SnapMaker/EUA, China e Espanha
contato@3be.com.br 3DCloner
•
•
(45) 99999-6061 n 3dcloner@schumacherltda.com.br 3DCriar
Formlabs, EUA e Ultimaker, Holanda
•••
•
•
••
(11) 4116-6177 contato@3dcriar.com.br 3D Data
••
(15) 98149-7343 n contato@3ddata.com.br 3D Fila
•
•
50 x 50 x 50
•
•
•
400 x 400 x 400
•
•
•
(31) 3417-6464 3dfila@3dfila.com.br 3D Lab
Creality, China
•
• •
•
(31) 3594-4973 contato@3dlab.com.br 3DX Filamentos
•
•
(11) 99834-2613 n comercial@3dxfilamentos.com.br Additiva
Basf 3DPS, Holanda
•
•
(51) 99534-2826 n vendas3d@additiva.com.br Amaral & Cia
AP&C e GE Additive, Canadá
•••
•
•••
•••
(11) 98164-3311 n c.amaral@amaralecia.com.br AMS Brasil
EOS, Alemanha
••
400 x 400 x 400
•
•• •
•••
•
••
(47) 3423-2125 info@amsbrasil.com.br Arkema n
••
•
••
(11) 99768-2869 contato.brasil@arkema.com Avenir 3D
•
•••
•
(14) 98182-0674 n contato@avenir3d.com.br BCN3D (*)
Espanha
•
•
https://www.bcn3d.com/sales@bcn3d.com Boa Impressão 3D
220 x 220 x 250
•
•
•
(11) 2391-0391 contato@bi3d.com.br CleanGreen3d (*)
Irlanda
•
184 x 168 x 125
•
www.cleangreen3d.com colmf@cleangreen3d.com Cliever
••
500 x 500 x 500
•
•
•
300 x 300 x 300
•
••
••
•
(31) 99583-3483 n contato@cliever.com.br Enge3D
•
•
(41) 99186-2253 n vendas@enge3d.com.br Fastparts
••
(47) 99206-8733 n jesse@fastparts.com.br Filamento 3D Poli (11) 99780-2711 n filamento3dpoli@gmail.com
•
300 x 300 x 350
•
•
•
•
•
GUIA I
20 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A empresa é
Dimensões máximas das peças
GMA
Presta serviços de
Fornece insumos para manufatura aditiva (impressão 3D):
Polímeros Cerâmicas Metais Papel Biocompatíveis (de todas as origens) Sinterização seletiva a laser Estereolitografia Modelamento por deposição de material fundido Impressão 3D por jato – adesivo + material em pó Impressão 3D por jato Fusão por feixe de elétrons Sinterização de metais direta a laser Fusão/deposição direta de metal a laser Manufatura de objetos em lâminas Laminação por deposição seletiva Outras técnicas Filamentos poliméricos Polímeros em pó Pós metálicos Materiais cerâmicos Papel Adesivos Outros
Fabricante
Fabricante/País
Sinterização seletiva a laser Estereolitografia Modelamento por deposição de material fundido Impressão 3D por jato – adesivo + material em pó Impressão 3D por jato Fusão por feixe de elétrons Sinterização de metais direta a laser Fusão/deposição direta de metal a laser Manufatura de objetos em lâminas Laminação por deposição seletiva Outras técnicas
Importadora
Empresa, telefone e e-mail
Materiais trabalhados
Máquinas
•
•
(11) 97172-0680 n gdellavittoria@bol.com.br Incorpore 3D
•
•
•
(41) 99997-0036 n incorpore3d@incorpore3d.com.br InFocus
Ampro e Speed3D, Austrália
•
•
(2)
800 x 600 x 600
•
•
(15) 99828- 8988 n laser@infocus.com.br LWT Sistemas
1.000 x 610 x 610
•••••
•
•
•
•
(11) 3232-0532 suporte@lwtsistemas.com.br Maha 3D
•
•
••
(41) 9 9534-6861 n contato@maha3d.com Meltio 3D
•
•
www.meltio3d.com juan.miralles@meltio3d.com Movtech
•
260 x 200 x 400
•
•
••
220 x 220 x 180
•
••
•
(11) 99516-6890 n movtech.cnc@gmail.com Nova (16) 99390-5782 n novaupkeep@novaupkeep.com Print it 3D
•
•
•
(11) 2362-0276 contato@printit3d.com.br Prusa (*)
República Tcheca
•
•
250 x 210 x 210
•
•
••
300 x 300 x 350
•
•
www.prusa3d.com info@prusa3d.com Real 3D
Elegoo, China
••
•
(41) 3224-5200 s.kozak@real3d.tech Realize 3D
•
•
•
(11) 98415-5848 n contato@realize3d.com.br Sharebot (*)
Itália
•••
•
•
•
•
www.sharebot.it/en info@sharebot.it Stratasys
•••
914,4 x 609,6 x 914,4
•
•
•
(11) 94252-3857 n erica.massini@stratasys.com Technosim
•
•
(11) 4331-1273 contato@technosim.ind.br Tecno-How
GE Additive, EUA
•
•
•
(19) 3299-0120 vendas@tecnohow.com.br Trideo
•
1.000 x 1.000 x 1.000
•
•
Ø 400 x 600
•
(11) 96305-4192 n contato@trideo3d.com TriLAB (*) https://trilab3d.com/ info@trilab.cz
República Tcheca
•
•
•
21 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A empresa é
Sinterização seletiva a laser Estereolitografia Modelamento por deposição de material fundido Impressão 3D por jato – adesivo + material em pó Impressão 3D por jato Fusão por feixe de elétrons Sinterização de metais direta a laser Fusão/deposição direta de metal a laser Manufatura de objetos em lâminas Laminação por deposição seletiva Outras técnicas
China
• • • ••
Fabricante Truer Tech (*)
Dimensões máximas das peças
Presta serviços de
Fornece insumos para manufatura aditiva (impressão 3D):
Polímeros Cerâmicas Metais Papel Biocompatíveis (de todas as origens) Sinterização seletiva a laser Estereolitografia Modelamento por deposição de material fundido Impressão 3D por jato – adesivo + material em pó Impressão 3D por jato Fusão por feixe de elétrons Sinterização de metais direta a laser Fusão/deposição direta de metal a laser Manufatura de objetos em lâminas Laminação por deposição seletiva Outras técnicas Filamentos poliméricos Polímeros em pó Pós metálicos Materiais cerâmicos Papel Adesivos Outros
Fabricante/País
Importadora
Empresa, telefone e e-mail
Materiais trabalhados
Máquinas
700 x 500 x 500
•
Ø 300 x 400
•
https://am-material.com/ truertech_cassiel@163.com Trumpf
Alemanha
•
•
•
•
(11) 4133-3591 info.br@trumpf.com Universe3D
•
•
•
(21) 97315-2102 n contato@universe3d.com.br UP3D
Raise3D, Intamsys, Shining 3D,
(11) 95770-5939 n
Tiertime, Polymaker;
contato@up3d.com.br
EUA e China
•
1.000 x 1.000 x 1.000
•• •
•
•
Notas: (*) A empresa procura por representante para o Brasil; (1) Tecnologia de projeção de luz sem contato – ultrarrápida; (2) Laser Powder Bed Fusion - Metal. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 92 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, setembro/outubro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
•
SUSTENTABILIDADE
22 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Características dos processos mecânico e químico de reciclagem de plásticos A reciclagem de plásticos é geralmente classificada como mecânica ou química. Essa abordagem ignora o fato de que a principal diferença entre elas é se ocorrem reações físicas ou químicas durante sua execução. Assim, uma diferenciação precisa é crucial para a avaliação das possibilidades e limitações dos processos de recuperação de plásticos, e para verificar se os materiais são realmente reciclados ou se apenas as suas respectivas matériasprimas são recuperadas. M. Schlummer, T. Fell, A. Mäurer e G. Altnau
A
reciclagem de plásticos está passando por uma expansão considerável desde 2016. Isso decorreu da ação de protagonistas como a Fundação Ellen MacArthur, a qual, no Fórum Econômico Mundial de 2016 (Suíça), chamou a atenção para a coleta e reciclagem inadequadas de plásticos e formulou a visão da economia da reciclagem em circuito fechado para polímeros, bem como pelas numerosas imagens alarmantes de reje itos
Martin Schlummer (martin.schlummer@ivv.fraunhofer.de) é gerente para o Desenvolvimento de Negócios para Reciclagem e Meio Ambiente no Instituto Fraunhofer para Engenharia de Processos e Embalagens (Fraunhofer-Institut für Verfahrenstechnik und Verpackung, IVV), na Alemanha. Tanja Fell é pesquisadora-assistente no Instituto Fraunhofer IVV e Andreas Mäurer é chefe do departamento de Desenvolvimento de Processos em Reciclagem de Polímeros na mesma instituição. Gerald Altnau é diretor-executivo da Creacycle GmbH, na Alemanha. Este artigo foi publicado originalmente na edição de junho de 2020 da revista alemã Kunststoffe. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
plásticos em rios, oceanos e em praias. A atualidade desse problema está intensificando os desafios que o ramo de reciclagem vem enfrentando há décadas, tais como a plena abrangência da coleta, a classificação orientada conforme o problema e a disponibilidade de grandes quantidades de produtos feitos de plástico reciclado com boa qualidade e custo. E isso também está provocando mudanças no mercado. Os recicladores passaram a reconhecer a necessidade de uma reciclagem de alta qualidade, e os fabricantes estão desbravando as possibilidades relacionadas às matérias-primas secundárias e à necessidade de sistemas de gestão para a reciclagem em circuito fechado, enquanto consumidores cada vez mais requerem produtos sustentáveis. A reciclagem de plásticos serve, a princípio, para manter materiais poliméricos dentro da
cadeia de valor agregado. Isso reduz os altos custos decorrentes do processamento de óleo bruto para a obtenção de matériasprimas químicas básicas e novos polímeros, e, no caso da reciclagem mecânica, elimina o processo de polimerização, que consome muita energia elétrica, evitando assim a geração de substancial quantidade de equivalentes de CO 2. Isso se reflete na hierarquia dos processos de reciclagem de rejeitos, a qual posiciona a reciclagem mecânica acima da reciclagem química e imediatamente abaixo da reutilização direta (ver figura no início do artigo).
Processos físicos e químicos na reciclagem de plásticos Todos os processos de reciclagem de plásticos envolvem o pré-tratamento de rejeitos em maior ou menor grau, apesar de isso ser frequentemente associado apenas à reciclagem me-
23 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
cânica. O pré-tratamento consiste em etapas como trituração e classificação, com auxílio de peneiras, magnetos, unidades de correntes parasitas, mesas de separação e sensores ópticos (1,2). Além desses processos mecânicos executados a seco, também há a lavagem mecânica e separação por via úmida, métodos que requerem aditivos químicos,
apenas do estado físico (sólido, líquido), uma vez que a composição química do polímero permanece inalterada. Resumidamente, a reciclagem mecânica é um processo térmico de refusão no qual a resina intensamente limpa é introduzida em uma extrusora e fundida, sendo eventualmente tratada com aditivos, filtrada e então granulada.
purificado que não passou por alterações químicas durante o processo (3). Já a reciclagem química sempre altera a estrutura polimérica básica do plástico, produzindo moléculas menores de matériaprima a partir da qual podem ser novamente sintetizados plásticos, aplicando-se processos químicos adicionais (figura no
Etapas de processo envolvidas na reciclagem física e química: enquanto a reciclagem física processa o material de forma direta, a reciclagem química serve apenas para recuperar matérias-primas e requer uma etapa de polimerização que consome muita energia elétrica antes que elas possam ser usadas na forma de plásticos (Creacycle; gráfico: Hanser)
tais como sais (separação via densidade), surfactantes e álcalis, os quais atuam pela iniciação de interações superficiais, removendo sujeira, revestimentos, rótulos e/ou adesivos da superfície. Assim, não ocorre nenhum efeito químico sobre a matriz do polímero e sua estrutura permanece intacta. Os processos de reciclagem mecânicos e os baseados em solventes são físicos por natureza. Eles promovem alteração
A reciclagem à base de solventes também apresenta natureza física. Em função de sua polaridade, as moléculas do solvente interagem com as macromoléculas do polímero, formando uma solução polimérica. A purificação intensiva a nível molecular dessa solução é seguida pela precipitação do polímero, aquecimento para remover o solvente e retorno de todo o polímero para o circuito. O produto reciclado é um polímero
início do artigo). A despolimerização quebra os polímeros em monômeros, os quais são purificados e voltam ao processo de polimerização. Já a termólise gera óleos e gases que podem servir para a síntese de matériasprimas químicas para a fabricação de polímeros ou para a geração de energia. A biodegradação (ou compostagem) também consiste em uma série de processos (bio) químicos, muito embora ela não dê origem a novos produtos.
SUSTENTABILIDADE Reciclagem mecânica A qualidade do produto reciclado mecanicamente depende fortemente das tecnologias de classificação e separação de material usadas nos métodos de processamento anteriores. Quanto mais heterogêneo for o fluxo de rejeitos, pior será a qualidade. As tecnologias de condicionamento preliminares, as quais incluem produtos químicos, são essenciais para a obtenção de fluxos homogêneos e bem classificados de rejeitos.
24 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Também são usados produtos químicos para remover tintas de impressão. Por exemplo, a startup espanhola Cadel Deinking usa um processo que remove as camadas internas de impressão e posteriormente são separados os diversos tipos de plástico, processo que também é usado para a remoção ou tratamento de etiquetas (1). A qualidade do produto reciclado resultante é melhorada pela pigmentação e reestabilização. São usados agentes compati-
Na prática, é a chamada reciclagem “garrafa-para-garrafa” (bottle to bottle) que gera produtos reciclados de boa qualidade, porque as frações de rejeitos são facilmente classificáveis e muito bem separadas. Esses rejeitos passam por lavagem em múltiplos estágios, que é altamente efetiva, usando produtos químicos, tais como hidróxido de sódio (NaOH) e surfactantes. O grau de limpeza é alto a ponto de permitir que as garrafas feitas em poli (tereftalato de etileno) (PET) e as feitas em polietileno de alta densidade (PEAD) sejam recicladas para a fabricação de produtos com boa qualidade(5). O PET reciclado pode ser reutilizado em aplicações envolvendo contato direto com alimentos, e pode ser inserido em ciclo fechado (6) .
Reciclagem à base de solvente (dissolução)
Fig. 1 – Hierarquia das oito classes de rejeitos modificada, de acordo com a DEFRA 2011 (13) (Fraunhofer IVV; gráfico: Hanser)
Por exemplo, a empresa alemã Saperatec usa um líquido especial separador, à base de formulações químicas, o qual separa compósitos planos de plástico (embalagens cartonadas de bebidas, compósitos de alumínio e plástico, módulos fotovoltaicos etc.) (4). A etapa subsequente de lavagem usa produtos químicos para remover os resíduos aderentes aos materiais já separados. O sucesso dessa tecnologia de processo depende da disponibilidade de um fluxo de entrada de rejeitos muito bem classificado.
bilizantes para se obter uma mistura homogênea de polí meros(2). Frequentemente, o produto reciclado apresenta qualidade inferior caso o uso de produtos químicos seja insuficiente no caso de materiais compósitos ou de rejeitos contaminados. Exemplos são as misturas de poliolefinas obtidas a partir de rejeitos pós-consumo de embalagens ou poliestireno proveniente da reciclagem de caixas para acondicionamento de peixes, que apresentam forte odor(2) .
A reciclagem de plásticos baseada em solventes é um método aplicado desde 1960, mas que ainda não está presente de forma ampla no mercado. A explicação para esse fato é, por um lado, os maiores investimentos e custos desse processo em comparação com os relativos à reciclagem mecânica e, por outro, o fato de que é mais barato incinerar ou exportar rejeitos plásticos. Os recentes trabalhos feitos nesse sentido, e especialmente a demanda tanto por tecnologias para a reciclagem de rejeitos complexos como para a obtenção de produtos reciclados com boa qualidade, sugerem que essa tecnologia promissora está prestes a ser amplamente utilizada. Entre 2002 e 2018, compósitos de poli(cloreto de vinila) (PVC) e PVC plastificado, provenientes em sua maioria do setor de construção civil, foram
SUSTENTABILIDADE reciclados usando o processo Vinyloop da Solvay na maior planta que utiliza essa tecnologia (Itália), com capacidade para processar cerca de 10.000 t/ano. A alemã APG AG usa processos à base de solvente para a reciclagem de polietileno (PE) e poliamida (PA) presentes em rejeitos pós-industriais de compósitos para embalagens e pode processar estruturas complexas, tais como filmes com múltiplas camadas e embalagens cartonadas. Sua planta possui capacidade produtiva de cerca de 10.000 t/ano. O processo CreaSolv, desenvolvido pelo Instituto Fraunhofer para Engenharia de Processos e Embalagens (Fraunhofer-Institut f ü r Ve r f a h r e n s t e c h n i k u n d Verpackung, IVV), na Alemanha, atende a uma variedade maior de aplicações de polímeros. Ele utiliza as formulações CreaSolv fornecidas pela também alemã Creacycle GmbH para dissolver seletivamente polímeros a partir de misturas de rejeitos e compósitos encontrados em diferentes aplicações, tais como poliolefinas, poliestireno (PS) e PET, bem como em embalagens, copolímeros de estireno presentes na sucata de aparelhos elétricos, poliestireno expandido (EPS) em materiais isolantes (7), ou polímeros de engenharia como poliamidas e poli(tereftalato de butileno) (PBT) presentes em rejeitos pós-industriais de compósitos (8) . Em 2019 a Unilever (Indonésia) iniciou trabalhos em uma planta industrial que utilizava o processo CreaSolv para a reciclagem de polímeros presentes em rejeitos de embalagens feitas com filmes com múltiplas camadas(9). À época, uma planta-piloto com menor porte encontrava-se em construção na cidade de Neunburg
26 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
vorm Wald (Alemanha). A cooperativa europeia PolystyreneLoop iniciou a construção de uma planta de demonstração com capacidade para reciclar 3.300 t/ano de materiais para isolamento à base de EPS, separando o aditivo retardante de chama hexabromociclododecano (HICBDD), o qual é classificado como poluente orgânico persistente (Persistent Organic Poluent, POP), para então reciclar fisicamente o poliestireno. De acordo com o Anexo IV A da Convenção da Basiléia, esta é uma tecnologia D9 (tratamento físico-químico) e facilita a produção posterior de EPS reciclado isento de poluentes orgânicos persistentes. Uma análise de ciclo de vida conduzida pelo serviço independente de inspeção da TUV Rheinland mostrou que o processo CreaSolv excedeu o cenário de referência para recuperação térmica, com emissões de gases que causam efeito estufa reduzidas em 47% e consumo 51% menor de matériasprimas fósseis (10) . O processo PureCycle da Procter & Gamble tem como foco a reciclagem de polipropileno (PP). Ele dissolve o PP presente em rejeitos de compósitos, tais como tapetes descartados ou embalagens, e efetivamente produz graus de produtos incolores e inodoros.
Reciclagem química A solvólise constitui o primeiro grupo de processos de reciclagem química: permite a obtenção de monômeros usando álcoois, álcalis, ácidos e aminas para reverter a reação de condensação empregada na síntese de polímeros, tais como PET, PA, policarbonato (PC) e poliuretano (PU) (11). Um controle de processo adequado permite que eles sejam obtidos
27 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
com alto nível de pureza e incorporados no estágio de policondensação da produção de material virgem. Porém, a reação de “reversão” impõe altas demandas quanto à pureza do rejeito plástico a ser processado, uma vez que reações secundárias com policondensados estranhos pode afetar a pureza dos monômeros obtidos. A Aquafil S.p.A (Itália) comissionou uma planta para reciclagem de PA6 a partir de rejeitos de tapetes nos Estados Unidos, em 2019. O consórcio Demeto constitui um bom exemplo entre as múltiplas atividades relacionadas à reciclagem química em andamento, com o desenvolvimento de uma planta expansível para síntese de etileno glicol e tereftalato baseada na
hidrólise auxiliada por microondas. A Rampf Eco Solutions GmbH & Co. KG (Alemanha) oferece engenharia de equipamento e prestação de serviços relacionados à reciclagem química de PU(12) . A termólise (pirólise, termocatálise, hidrocatálise e gaseificação), por sua vez, envolve o uso de temperaturas acima de 300 °C e é principalmente usada para converter rejeitos ricos em poliolefinas em misturas de hidrocarbonetos. A pirólise e a termocatálise ocorrem sob a ação de gás inerte, sendo o último processo realizado com o auxílio de catalisadores que restringem consideravelmente o espectro complexo dos produtos obtidos por pirólise. Este princípio foi aplicado pela primeira vez, por
exemplo, pela empresa Quantafuel (Dinamarca) e se esperava que ela estivesse processando 18.000 t/ano de rejeitos plásticos em 2020. A hidrocatálise usa adicionalmente hidrogênio gasoso para gerar hidrocarbonetos com cadeia curta e saturados, de forma ainda mais seletiva, enquanto a gaseificação oxida os rejeitos plásticos em oxigênio ou ar sob pressões entre 10 a 90 bar e sob temperaturas entre 700 e 1600°C para obter gás de síntese (uma mistura contendo principalmente hidrogênio e monóxido de carbono), a qual pode ser posteriormente processada para metanol e, subsequentemente, poliolefinas. Porém, essa última tecnolo gia somente é efetivamente econômica em escalas
SUSTENTABILIDADE superiores a 100.000 t/ano. A termólise de poliestireno constitui um caso à parte, uma vez que nesse processo, sob condições especiais, é possível obter monômero de estireno, um processo estudado pela Ineos Styrosolution Köln GmbH dentro do projeto de pesquisa alemão Resolve. Nos Estados Unidos, essa empresa e a Agilyx iniciaram projetos de plantas com capacidade para processar até 100 t/dia de rejeitos de poliestireno.
Conclusão Etapas físicas e químicas dominam a reciclagem de plásticos. Porém, o termo “ reciclagem química” tecnicamente só se aplica aos processos que geram matérias-primas químicas ou monoméricas e as polimerizam como plásticos. Se esse não for o caso, o processo é chamado de recuperação de matéria-prima. Assim, esses processos diferem substancialmente da reciclagem mecânica e da baseada em solventes (dissolução) de plásticos, as quais não alteram a estrutura molecular do polímero e permitem a reutilização na aplicação original ou em outra similar. É por isso que os processos de reciclagem química não são atualmente considerados nos cálculos das taxas de reciclagem, de acordo com a legislação alemã sobre embalagens. De acordo com um estudo feito pela Conversio em 2018, cerca de 6,2 milhões de toneladas de rejeitos plásticos são gerados na Alemanha a cada ano, a partir dos quais são produzidas em torno de 1,8 milhão de toneladas de plásticos reciclados. As expansões de capacidade planejadas para os processos de reciclagem de plásticos mencionados neste trabalho agregam um valor
28 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
bem menor do que as 4,4 milhões de toneladas que ainda não são processadas, o que resulta no fato de que volumes de rejeitos geralmente não constituem restrição para a operação das plantas. Porém, é importante notar que uma situação competitiva poderá vir a surgir no futuro, especialmente no caso dos rejeitos de plásticos poliolefínicos, uma vez que atualmente eles são usados nas tecnologias de reciclagem mecânica e nas baseadas em solventes, e também serão usados nos processos de reciclagem química. Uma vez que as plantas para reciclagem química frequentemente são projetadas com capacidades muito altas, espera-se que essas tecnologias se tornem mutuamente excludentes dentro de uma mesma área de coleta. Se não, elas se tornarão um obstáculo no caminho do aumento da taxa de reciclagem. Portanto, no futuro, essas tecnologias não apenas coexistirão, mas também serão combinadas de forma vantajosa. A reciclagem mecânica pode ser usada para rejeitos menos desafiadores. Os volumes remanescentes após a fase de classificação serão tratados pela reciclagem à base de solventes (dissolução) e/ou reciclagem química. O excesso de energia recuperada pela reciclagem química pode ser usado diretamente na reciclagem mecânica. Isso consta como um dos estudos encabeçados pelo Grupo de Excelência para a Economia Circular dos Plásticos (CCPE) dentro do
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A lista de referências bibliográficas referentes a este artigo pode ser encontrada no seguinte endereço da internet: www.kunststoffeinternational.com/2020-05
GUIA III
29 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Fornecedores de acessórios e componentes para moldes
Compomoldes
(41) 3085-4649
vendas@compomoldes.com.br
Faster
(12) 3026-9699
reynaldo.farid@fastercouplings.com
Grupo Gris
(11) 99508-9121
vendas@grisinstrumentacao.com.br
Grupo Comase
(19) 98167-8081
william.comase@grupocomase.com.br
Matripeças
(54) 99147-6210 n
vendas@matripecas.com.br
Multmold
(19) 99849-6102 n
vendas@multmold.com.br
PBG
(11) 94242-2848 n
vendas01@pbgcomponentes.com.br
Previsão Presilhas
(11) 99112-9600 n
vendas@previsao.ind.br
Tecnoserv
(11) 96253-5796 n
tecnoserv@tecnoserv-moldes.com.br
• •
Componentes para moldes em geral
Componentes customizados
Adaptadores e conectores
Insertos datadores e indicadores de reciclagem
Deslizadores e retentores
Travas
Pinças
Centralizadores
Fabricante/País
Placas extratoras
Pinos e lâminas extratoras
Telefone
Porta-moldes
Empresa
Buchas e pinos-guia
Foram reunidas neste guia informações sobre as empresas fornecedoras de acessórios e componentes usados na montagem dos moldes e matrizes. Padronizados ou desenvolvidos sob encomenda, esses itens asseguram a estabilidade e o bom desempenho do ferramental instalado nas máquinas
• • • • • • • • • •
HVR Mag/China
Outros
Engates rápidos Placas magnéticas de fixação de moldes
Strack Normalien/Alemanha
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
• • Engates rápidos
• • • • •
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 41 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, setembro/outubro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
Carro, cunhas
FLEXÍVEIS
30 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Possibilidades de reciclagem mecânica de embalagens com múltiplas camadas Os desafios associados à reciclagem de embalagens de alimentos são particularmente grandes quando elas são flexíveis. Frequentemente, os materiais compósitos com múltiplas camadas dificultam a reciclagem mecânica, mas eles são insubstituíveis em muitas aplicações. Neste sentido, se faz necessário o desenvolvimento de soluções para embalagens que sejam recicláveis e sustentáveis. A-S. Bauer e M. Tacker
C
ompósitos com múltiplas camadas, cujo número pode chegar a doze, não são recicláveis na maioria dos casos. Isso impede que os ciclos de material sejam fechados (figura 1), uma vez que eles não podem ser reciclados na forma de material secundário reutilizável para aplicações com maior valor. Assim, eles constituem uma abordagem consolidada para embalagens, os quais atualmente respondem por aproximadame nte 10% em peso do mercado global nesse segmento(1). A possibilidade de estabelecer diferentes combinações
Anna-Sophia Bauer é pesquisadora-assistente no Departamento de Tecnologia de Embalagens e Sustentabilidade na Escola Superior de Ciências Aplicadas Campus (Fachhochschule Campus), situada em Viena, Áustria, o qual é liderado por Manfr ed Tacker. Este ar tigo foi publicado originalmente na edição de maio de 2020 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
de materiais oferece uma forma de explorar sua morfologia e propriedades a elas associadas. Mesmo as camadas finas podem atuar como barreiras de proteção ao conteúdo. Polaridade, cristalinidade, taticidade (a sequência recorrente das cadeias laterais nos polímeros), distribuição de peso molecular – cada material possui uma constituição característica e, assim, oferece diferentes possibilidades de aplicação (2) .
Fechando o ciclo do material pela reciclagem mecânica A União Europeia tem o objetivo estratégico de só colocar em circulação embalagens recicláveis ou reutilizáveis a partir de 2030. Novas soluções para reciclagem precisam ser desenvolvidas e testadas se o ciclo do material tiver de ser fechado pela reciclagem mecânica. Uma alternativa é o uso de um único material na fabricação da embalagem ao invés de múltiplos
FLEXÍVEIS
32 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Por exemplo, se um produto precisa ser protegido da ação do vapor de água e do oxigênio, logo se manifesta uma limitação em termos da morfologia: poliolefinas apolares protegerão o conteúdo contra o vapor de água, mas são permeáveis ao oxigênio (1). Assim, como proporcionar proteção adequada a produtos (tais como petiscos crocantes que são vulneráveis à oxidação) relacionados a uma ampla variedade de requisitos?
Uso de um único material precisa ser aperfeiçoado Fig. 1 – Falha na economia circular: o trajeto percorrido pelos recursos é somente 9% circular na média mundial. Cerca de 91% dos 92,8 bilhões de toneladas de minerais, combustíveis fósseis, metais e biomassa que entram anualmente na economia não são reciclados (Altstoff Recycling Áustria, EU; Gráfico: Hanser)
materiais, levando em conta que um único material, por si só, é incapaz
de atuar como barreira contra diferentes fatores ambientais.
Soluções envolvendo o uso de um único material na fabricação de embalagens são o sonho de todo reciclador, desde que ele possa ser reciclado sem problemas. Revestimentos muito finos constituídos por óxidos
33 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
De acordo com o que é mostrado na literatura (3) , as combinações teoricamente recicláveis atualmente incluem compósitos contendo:
Fig. 2 – É necessário um novo design: cerca de 30% das embalagens plásticas (medidas em peso) não podem ser recicladas mecanicamente devido ao seu design (Ellen MacArthur Foundation; Gráfico: Hanser)
metálicos ou alumínio, com espessura de 100 nm ou menor, geralmente não dificultam a reciclagem mecânica. Também foi demonstrado que compósitos poliolefínicos contendo frações de EVOH menores do que 5% são facilmente recicláveis. A fração de
resina presente em combinações comuns de plásticos com camadas em sanduíche de alumínio (com a camada desse metal apresentando espessura superior a 5 mícrons) ou papel tipicamente não pode ser reciclada por meio de processos mecânicos.
• Revestimentos de óxido de silício (SiO 2) ou de alumínio (Al 2O 3) para PP, PE e PET; • EVOH em fração de até 5% em peso para PP e PE; • PA, em uma proporção de até 5% em peso, em PET; • Filmes metalizados, desde que eles não interfiram no processo de classificação. Na prática, razões econômicas impedem que esses graus de filmes sejam coletados ou reciclados mecanicamente, e há muitos outros materiais usados para fabricar embalagens que ainda não são recicláveis.
FLEXÍVEIS Soluções práticas para barreiras recicláveis
34 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
É cada vez mais importante interligar todas as etapas desta cadeia de valor, pois a reciclagem mecânica de filmes flexíveis Uma pesquisa feita em plataformas online revelou que algumas multicamadas, dada sua compoempresas manufatureiras oferecem sição atual, não é comprovada em soluções recicláveis no caso de nenhuma dimensão de sustenembalagens flexíveis para alitabilidade. mentos, e que estão substituindo Um problema adicional surge, compósitos multicamadas por por exemplo, no caso da sustencompósitos recicláveis: mono-PE tabilidade ecológica. Embora as para müsli; mono-PP para purê de finas embalagens multicamadas frutas e barras de müsli; flexíveis altamente espePP metalizado para castacializadas possam não ser nhas e sementes; e PP recicláveis, elas são altarevestido com óxido de mente eficientes e apresentam baixa pegada de silício depositado na forma carbono. A substituição de vapor para embalagens desses materiais por de conveniência que podem ser aquecidas. Também se versões alternativas quase encontram disponíveis sempre leva a um alto soluções revestidas com consumo de recursos e papel que, se forem remaior impacto ambiental. Fig. 3 – Sachês selados concebidos para se manterem em pé: composição vestidas em apenas um dos No caso da reciclagem de típica de um sachê para rações úmidas para animais não-reciclável lados e contiverem menos filmes plásticos também mecanicamente (Constantia Flexibles; Gráfico: Hanser) do que 5% de plástico, surge a dúvida se ela é podem ser licenciadas e recicladas justificável ecologicamente se, Impedimentos sistêmicos como papel. por exemplo, o alto esforço descomplexos Assim, atualmente, soluções pendido na coleta, classificação e recicláveis para embalagens com reciclagem levar a uma pegada Em alguns casos os impedimentos barreira apresentam pouca penetraambiental negativa. sistêmicos são mais complexos do ção no mercado (figura 2). No caso que os técnicos. A maioria das publicações científicas da última Conclusão de classes individuais de produtos alimentícios, tais como salsichas, década sobre o tema de embalagens Nossa economia precisa se moqueijo fatiado ou rações para aniflexíveis multicamadas recicláveis ver rumo a um modelo circular. mais, o mercado é dominado por registra que um dos desafios é a Porém, isso não é um objetivo por fragmentação e a falta de transcompósitos multicamadas nãosi só. O que se procura, na verdade, recicláveis, porque não existem parência da cadeia de valor. Isso é mitigar o impacto ambiental outras soluções que atendam a todos decorre do fato de muitas empresas negativo das ações humanas – conos requisitos dessas classes de conduzirem seus respectivos proforme mensurado, por exemplo, em jetos em pequena escala, criando uma produtos (figura 3). Os problemas termos do consumo de recursos e aqui dizem respeito à processavasta colcha de retalhos de soluções da pegada de carbono. Neste potenciais. Assim, se o objetivo é bilidade, possibilidade de esterilicontexto, “reciclável” não é equização e resistência à perfuração. conseguir maiores fluxos de material valente a “mais sustentável”. reutilizável, é necessário adotar, tanto A simples transição desde os compósitos multicamadas nãoquanto possível, procedimentos e recicláveis para combinações reciobjetivos (do ponto de vista dos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS cláveis não fechará o ciclo (ou, mais materiais) os mais uniformes posprecisamente, ciclos). Isso se deve síveis. Os ciclos ainda podem perAs referências bibliográficas manecer pequenos, mas eles preao fato de que a reciclagem de mencionadas neste artigo podem ser cisam ser lucrativos sob todos os embalagens flexíveis tem sido encontradas no seguinte endereço da Internet: www.kunststoffe.de/2020-05 aspectos da sustentabilidade (ecodificultada até o momento por lógica, econômica, social). diversos desafios técnicos, tais como a diversidade de polímeros e suas combinações, contaminantes e resíduos, sobreposições e tamanho das alocações. Também há problemas sistêmicos no caminho da reciclagem e da reutilização como material secundário, associados à falta de infraestrutura para coleta e recuperação, ausência de viabilidade econômica, restrições às permissões de uso, baixa sustentabilidade etc.
MATERIAIS
36 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Uso de grafenos em pesquisas com polímeros: superando as fases de maior risco técnico e financeiro A evolução da nanociência dos materiais poliméricos tem proporcionado o avanço em estudos sobre o uso e desempenho de nanocargas à base de carbono, como grafite expandido, nanotubos de carbono e os grafenos, introduzidos em matrizes plásticas para a preparação de novos nanocompósitos poliméricos.
A
nanociência nasceu, cresceu e evoluiu muito nos últimos vinte anos, aumentando sua importância na medida em que uma maior capacidade de manipulação e avaliação de nanoestruturas se desenvolveu. Nos anos 90, a descoberta de nanocompósitos poliméricos pelo grupo de pesquisa da Toyota (1) abriu uma nova dimensão no campo da ciência dos materiais, em particular, por meio do uso de nanomateriais na preparação de compósitos poliméricos, obtendo-se produtos com propriedades diferenciadas para novas aplicações na indústria automobilística e aeroespacial, assim como na construção civil e indústria de eletroeletrônicos. Inicialmente, os estudos sobre nanocargas para polímeros se concentraram em nanocompósitos
Jordão Gheller Jr. é pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros, uma Unidade Embrapii. Reprodução autorizada pelo autor.
Jordão Gheller Jr.
poliméricos com base em madeste material é o seu alto custo teriais em camadas (ou matede produção. E é dentro desta riais 2D) de origem natural, lacuna que o grafeno se mostrou como as argilas do tipo montmointeressante, um material bidimensional (2D), com caracterillonita (2) . No entanto, a conrísticas químicas similares às do dutividade elétrica e térmica da nanotubo, podendo ser obtido a argila e de minerais similares (2-3) partir de um material de baixo são bastante pobres . Neste custo como o grafite, com a sentido, buscando superar essas espessura de um átomo, dendeficiências, nanocargas à base samente embalado em uma esde carbono, como grafite expandido, nanotubos de carbono trutura de carbono na forma de (CNT’s) e, por último, os grafenos, foram introduzidos para a preparação de novos nanocompósitos poliméricos. Os CNT’s provaram ser muito eficazes como cargas condutoras (de calor e eletricidade) e de reforço(4), sendo que a única Microscopia de um nanoflake de grafeno desvantagem
37 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
favos de mel (5) . Considerado o “material mais fino do universo” com potencial interessante para diferentes aplicações (6) , o grafeno possui propriedades diferenciadas como:
Este estágio de desenvolvimento nos remete ao gráfico da figura 1, em que algumas ações se mostraram necessárias para superar as barreiras do que muitos chamam de “vale da morte da inovação”, em que ainda se faz necessário investimentos (horas/pesquisador) para “traduzir” os resultados obtidos na ciência e pesquisa aplicada para um ambiente industrial.
nanoestruturados. Deve-se ter claro qual a melhoria esperada na propriedade final do polímero com o uso do grafeno. Redução da impermeabilidade, por exemplo, é uma propriedade que precisa ser mais bem avaliada, na qual o grafeno apresenta boas chan• alta condutividade térmica; ces de apresentar um bom desem• propriedades mecânicas supepenho; já condutividade térmiriores; ca, como já visto em algumas • excelentes propriedades de aplicações sugeridas (11) , é uma transporte eletrônico (7-10) . propriedade em que bons resulUma condição importante para Essas propriedades intríntados já foram obtidos. a “tradução” é tornar clara a secas do grafeno resultaram em Quando se avalia o uso do grarelação entre as variáveis: um enorme interesse na sua feno em escala industrial, um • tipo de grafeno; passo a passo lógico é o apreimplementação em uma gama de • processo produtivo; sentado no esquema seguinte, diferentes produtos. As pri • propriedade desejada. em que se inicia com a definição meiras publicações e patentes da propriedade que se deapresentaram a utilização seja (fase 1), da definição de grafenos em polímeros do polímero-base e compopara produção de nanosição (fase 2), a seguir avaliacompósitos com alta conse qual o tipo de grafeno dutividade térmica (11) e mais adequado para a aplielétrica(12), de filmes eletricação (fase 3), definem-se camente condutores de carbono ultrafinos, circuiteores e processos que tos eletrônicos, sensores e sejam tecnicamente viáeletrodos flexíveis para veis (fase 4) e então são telas (13) , além de células produzidas as amostras e (14) avalia-se o desempenho do solares . Fig. 1 – Evolução do fluxo de caixa (ganhos) em função de tempo produto final (fase 5). A velocidade para a inpara inserção de novas tecnologias no mercado Iniciar o desenvolvimenserção de produtos inoDada a diferenciada gama de to de um novo produto a partir vadores e com novas funciografenos possível de ser obtida da fase 3 (seleção e definição do nalidades no mer cado é um é necessário decidir, a partir da grafeno) poderá resultar em diferencial competitivo para propriedade desejada, qual nagastos indesejados de tempo e muitas empresas. O cenário recursos. Um cuidado deve se encontrado hoje no contexto do noestrutura será mais adequada. ter em não criar expectativa não uso de grafenos em polímeros é: Para algumas aplicações como atendida com o uso de grafeno • uma diversidade de grafenos e condutividade elétrica, o uso de em polímeros, somando isso à flakes de grafeno, com diferentes flakes de grafeno reduzidos é espessuras, comprimentos e importante. Já para outras, questão de que para algumas atividades superficiais (reduzidos, como reforço, grafenos oxidados propriedades na qual o grafeno oxidados, modificados etc.), e modificados podem ser mais se mostra interessante, já se entanto em sua forma pura como interessantes. contram no mercado outras solupré-dispersos em polímeros ou Nos últimos anos uma enções com desempenho similar ou xurrada de informações tem melhor. Propriedades como a óleo plastificante; aparecido em diferentes mídias melhora da processabilidade dos • diferentes publicações recensobre as aplicações dos grafenos polímeros ou a redução do coefites sobre o tema, trazendo em materiais poliméricos, pociente de atrito com adição de novas aplicações; rém, algumas questões devem grafeno também podem ser obti• um crescente interesse pelo ser consideradas sempre que das com produtos já bastante mercado para introdução de novos produtos contendo grafeno. formos trabalhar com materiais conhecidos no mercado.
MATERIAIS
38 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A indústria de polímeros utiliza diferentes processos, os quais possuem como ponto comum o uso de altas taxas de cisalhamento, bastante útil para a dispersão de diferentes cargas e aditivos, e uma condição importante quando se fala no uso de grafenos em polí meros. Enten der qual o processo que será utilizado e os impactos deste na dispersão dos grafenos e na “escalabilid a d e i n d u s t r i a l ” é a l g o qu e precisa ser bem avaliado. Diferentes publicações (15-19) apresentam o uso de processos pouco comuns em escala industrial para a esfoliação e dispersão dos flakes de grafeno, como o uso de sondas de ultrassom e misturadores de alto cisalhamento, além de modificação química prévia dos grafenos, REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1) Okada, A.; Kawasumi, M.; Usuki, A.; Kojima, Y.; Kurauchi, T.; Kamigaito, O. Synthesis and properties of nylon-6/clay hybrids. Polymer based molecular composites – MRS symposium proceedings – Pittsburgh PA; v. 171, p. 45–50, 1990. 2) Uddin, F. Clays, nanoclays, and montmorillonite minerals. Metall Mater Trans A, v.39, p. 2805–14, 2008. 3) Garcia, N. J.; Bazan, J. C. Electrical conductivity of montmorillonite as a function of relative humidity: La-montmorillonite. Clay Miner, v.44, p. 81–8, 2009. 4) Gheller Jr., J.; Barros, J. R.; Jacobi, M. M. Aspects of producing hydrogenated nitrile butadiene rubber (HNBR) nanocomposites by melt compounding processing. Plastics, Rubber and Composites, v. 46:2, p. 60-68, 2017. 5) Geim, A. K.; MacDonald, A. H. Graphene: exploring carbon flatland. Phys Today; v.60(8), p. 35–41, 2007. 6) Si, Y.; Samulski, T. Synthesis of water soluble graphene. Nano Lett, v8, p. 1679, 2008. 7) Dreyer, R. D.; Park, S.; Bielawski, C. W.; Ruoff, R. S. The chemistry of
podendo se tornar uma barreira para a sua utilização em larga escala na indústria de polímeros. Algumas empresas já trabalham com os grafenos pré-dispersos em óleos e polímeros, uma solução tecnicamente viável, mas que ainda necessita de uma maior esca labilidade e detalhamento técnico. O uso de grafeno como carga de reforço em polímeros também tem sido muito estudado, sendo que a obtenção das propriedades esperadas somente ocorrerá com uma adequada esfoliação e dispersão das camadas de grafeno na matriz polimérica, assim como com uma interação forte entre a superfície do grafeno e as macromoléculas do polímero. Esta última é uma das maiores responsáveis pela obtenção da pro priedade de reforço dos graphene oxide. Chem Soc Re; v.39, p. 228–40, 2010. 8) Wang, G.; Yang, J.; Park, J.; Gou, X.; Wan, B.; Liu, H., et al. Facile synthesis and characterization of graphene nanosheets. J Phys Chem C, v.112, p. 8192–5, 2008. 9) Wang, G.; Shen, X.; Wang, B.; Yao, J.; Park, J. Synthesis and characterization of hydrophilic and organophilic graphene nanosheets. Carbon; v.47, p. 1359–64, 2009. 10) Allen, M. J.; Tung, V. C.; Kaner, R. B. Honeycomb carbon: a review of graphene. Chem Rev, v.11, p. 132–45, 2010. 11) Li, A.; Zhang, C.; Zhang, Y-F. Thermal Conductivity of Graphene-Polymer Composites: Mechanisms, Properties, and Applications. Polymers, v.9, p. 437, 2017. 12) Gao, Y. Graphene and Polymer Composites for Supercapacitor Applications: a Review. Nanoscale Res Lett, v.12, p. 387, 2017. 13) He, P.; Cao, J.; Ding, H.; Liu, C.; Neilson, J.; Li, Z.; Kinloch, I. A.; Derby, B. Screen-Printing of a Highly Conductive Graphene Ink for Flexible Printed Electronics. ACS Appl. Mater. Interfaces, v.11-35, p. 32225– 32234, 2019.
grafenos (17, 18) e que ainda precisa ter sua micromecânica melhor compreendida. Dentro do exposto, o cenário que se visualiza é de um momento de transição, não só em termos de tecnologia, mas principalmente de um mundo para outro, em que muda-se o foco: de adquirir e desvendar o conhecimento para focar no produto resultante, seu custo-benef í c i o , e s c a l a b i l i d a d e, d e n t r e outros. É o estágio em que estamos atualmente. O trabalho conjunto entre academia, instituições de ciência e tecnologia (ICT’s) e as empresas, por meio de projetos de inovação como os da Embrapii, poderá dar mais agilidade, aumentando as chan ces para que o “vale da morte da inovação” seja superado sem grandes sustos. 14) Low, F. W.; Lai, C. W. Recent developments of graphene-TiO2 composite nanomaterials as efficient photoelectrodes in dye-sensitized solar cells: A review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v.82, Part 1, p. 103-125, 2018. 15) Kuilla, T.; Bhadra, S. b; Yaoa, D.; Kimc,N. H.; Bose, S. d; Leea, J. H.: Recent advances in graphene based polymer composites. Progress in Polymer Science 35 (2010) p. 1350–1375. 16) Kim, H.; Abdala, A. A.; Macosko, C. W. Graphene/Polymer Nanocomposites. Macromolecules, v.43, p. 6515–6530, 2010. 17) Young, R. J.; Kinloch, I. A.; Gong, L.; Novoselov, K. S.: The mechanics of graphene nanocomposites: A review. Composites Science and Technology, v. 72, p. 1459–1476, 2012. 18) Yang, Z.; Guo, B.; Zhang, L.: Challenge of Rubber/Graphite Composites Aiming at Real Applications. Rubber, Chemistry and Technology, v. 90(2), p. 225-237, 2017. 19) Sun, X., Huang, C.; Wang, L.; Liang, L.; Cheng, Y.; Fei, W.; Li, Y.: Recent Progress in Graphene/Polymer Nanocomposites, Adv. Mater, v. 33, p. 2001105, 2021.
GUIA III
40 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Aditivos e cargas para termoplásticos As empresas listadas neste guia desenvolvem e/ou comercializam produtos utilizados para modificar as propriedades de resinas. Eles são requeridos em diversos tipos de aplicações, com finalidades que vão desde o aumento da resistência mecânica de peças que serão submetidas a grandes esforços até o retardamento de chama ou a melhora de desempenho frente a intempéries A empresa é
Aditivos
Cargas
Agentes Distribuidora
Fabricante/País
Fabricante
Additiveone
Reforçadoras ou funcionais Fibras
De acoplamento Antibloqueio Antiestáticos Antimicrobianos Antioxidantes Barreira ao O2 Bioestabilizantes Bloqueadores/absorvedores de UV Branqueadores ópticos Clarificantes Deslizantes Desmoldantes Estabilizantes térmicos Expansores químicos Expansores físicos Lubrificantes Modificadores de impacto Negro de fumo/grafite Nucleantes Plastificantes Promotores de fluxo Retardantes de chama Reticulantes Promotores de adesão Dispersantes Promotores de biodegração Outros Condutoras Minerais Metálicas Sintéticas Naturais Sintéticas Fibras/esferas de vidro Nanocargas Outras
Importadora
Fabricante
Empresa, telefone e e-mail
Inertes
•
•
••
(11) 2783-9001 additiveone@additiveone.com.br Aditive
•
• ••••
•
•
•
• ••
•••••••
•• ••
••
•
•••••
•••
(11) 5545-4300 n carolina@aditive.com.br Adolpho
•
••
••••
•••
••••
•
•••
•
•
••
(47) 99971-1087 n luisfernando@adolphomayer.com.br Arkema
••
••
•••••
••
••
••••••
••
(11) 99768-2869 n contato.brasil@arkema.com Avient Corporation
•
•
•
•
••
•
••••••••••
internet.request@avient.com Basf
•
•
••
•
•
•
(11) 2039-3359 aditivosparaplastico@basf.com Bevi Plastic
•
••••
••
••••
••
••
•
•• ••
•
(11) 4718-8888 vendas@beviplastic.com.br Braschemical
Diversos
Diversos
•
••
•
•
•
•
•
(11) 99144-6613 n braschemical@braschemical.com.br BSA
•
••
•
•
••
(48) 99931-9596 n hellen@bsa.ind.br Carbomil
•
•
(85) 99169-5648 n contato@carbomil.com.br CollorFeel
•
••••
•••••
• ••
•
•••••
• • • •• • • • •• ••
•
•
•••
•
•
(11) 97161-1377 n atendimento@collorfeel.com.br Colorfix
•
(41) 99159-8049 n comercial@colorfix.com.br Colormix (11) 99256-1089 n contato@colormix.net.br
BYK, Hoffmann
• ••
•
•
•
•
•
41 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A empresa é
Aditivos
Cargas
Agentes
Fabricante
De acoplamento Antibloqueio Antiestáticos Antimicrobianos Antioxidantes Barreira ao O2 Bioestabilizantes Bloqueadores/absorvedores de UV Branqueadores ópticos Clarificantes Deslizantes Desmoldantes Estabilizantes térmicos Expansores químicos Expansores físicos Lubrificantes Modificadores de impacto Negro de fumo/grafite Nucleantes Plastificantes Promotores de fluxo Retardantes de chama Reticulantes Promotores de adesão Dispersantes Promotores de biodegração Outros Condutoras Minerais Metálicas Sintéticas Naturais Sintéticas Fibras/esferas de vidro Nanocargas Outras
Reforçadoras ou funcionais Fibras
•
• ••••
•••••••
• • •• • •• • • •
•••
•
• •••••
•••••••
• • ••
••
•
•••
•••
Empresa, telefone e e-mail
Cristal Master
Inertes
Importadora
Distribuidora
Fabricante/País
Fabricante
••
(47) 3451-5000 contato@cristalmaster.com.br Cromex
•••
(11) 3856-1000 comercial@cromex.com.br Endex
•
••
(11) 99995-4192 n fritz.johansen@polipolymer.com.br FG Resinas
•
Acolor/Ásia
Acolor
• •••••••••••
Kenrich
Solvay
•
•
•
••
(11) 97187-7601 n contato@fgresinas.com.br Forscher (11) 3746-1616
••
•
•
Petrochemicals/EUA
paulo.rhein@forscher.com.br Freedom
•
•
(11) 97240-9614 n freedombr@freedombr.com Gotalube
•
•
•
••
••
•
•
•
•
•
(11) 99636-1238 n gotalube@gotalube.com.br Inbra
•
•
•
••
•
(11) 4061-9002 vendas@inbra.com.br Kaneka
•
••
•
••
•
•••••
•••••
(11) 3286-0081 rafael.bortoluzzi@kaneka.com.br Karina Plásticos (11) 3466-8000 vendas.ep@karina.com.br
•
• ••••
• • • ••• • • • • ••
•
GUIA III
42 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A empresa é
Aditivos
Cargas
Agentes Distribuidora
Fabricante/País
Fabricante
Liton Chemicals
Reforçadoras ou funcionais Fibras
De acoplamento Antibloqueio Antiestáticos Antimicrobianos Antioxidantes Barreira ao O2 Bioestabilizantes Bloqueadores/absorvedores de UV Branqueadores ópticos Clarificantes Deslizantes Desmoldantes Estabilizantes térmicos Expansores químicos Expansores físicos Lubrificantes Modificadores de impacto Negro de fumo/grafite Nucleantes Plastificantes Promotores de fluxo Retardantes de chama Reticulantes Promotores de adesão Dispersantes Promotores de biodegração Outros Condutoras Minerais Metálicas Sintéticas Naturais Sintéticas Fibras/esferas de vidro Nanocargas Outras
Importadora
Fabricante
Empresa, telefone e e-mail
Inertes
•
•
•
••
•
•
(11) 4636-8256 n liton@liton.com.br LSI
•
•••
•
•
••••
(11) 4028-8048 camila.rezende@lonza.com LyondellBasell
••••••••
•
•
••••
•
••
(11) 94358-0660 n roberto.castilho@lyondellbasell.com.br Madater
•
•
•
•
(51) 98133-8133 n julio@madater.com.br Nacional de Grafite
•
•
••
•
•
(11) 2179-1300 infoweb@grafite.com Netplas
Nacional
(11) 98292-4938 n emerson@netplas.com.br Neotrade
Diversos
•
•
••
•
•
•
•
•
(11) 96641-2674 n vendas@neotrade.ind.br Oxy Química
•
•
(11) 3846-7899 vendas@oxyquimica.com.br Parabor
Polyram/Israel
(11) 98967-1133 n
Polyram, Struktol,
•
••
••
•
••
•
•
Teijin Carbon
kaique@parabor.com.br Pinhopo
•
•
(42) 3228-1315 pinhopo@pinhopo.com.br Plásticora
•
••
•
•
•
(11) 99141-6231 n joaoluizj6@gmail.com Polifibras
•
•
•
(54) 98119-5646 n diretor@polifibras.com.br Polystell
•
••
•
•
•
••••
••
•
•
••
•
•
•
•••
•
(11) 91148-9361 n polystell@polystell.com.br Prismex
•••
•
•
•
••
(11) 98782-6309 n marcia.prismex@terra.com.br Proquimil
Chemours, Mitsui,
(11) 98555-6200 n
Denka, Versalis,
vendas@proquimil.com.br
Kelerin, Pampa
•
•••••••
••••••
Energia, FSE Quisvi (51) 3753-2375 qualidade@quisvi.com.br
•
Kum Yang/ Coréia do Sul
•
•
•
•
•••••
••
43 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
A empresa é
Aditivos
Cargas
Agentes Distribuidora
Fabricante/País
Fabricante
RES Brasil
Symphony
(19) 99477-6886 n
Reforçadoras ou funcionais Fibras
De acoplamento Antibloqueio Antiestáticos Antimicrobianos Antioxidantes Barreira ao O2 Bioestabilizantes Bloqueadores/absorvedores de UV Branqueadores ópticos Clarificantes Deslizantes Desmoldantes Estabilizantes térmicos Expansores químicos Expansores físicos Lubrificantes Modificadores de impacto Negro de fumo/grafite Nucleantes Plastificantes Promotores de fluxo Retardantes de chama Reticulantes Promotores de adesão Dispersantes Promotores de biodegração Outros Condutoras Minerais Metálicas Sintéticas Naturais Sintéticas Fibras/esferas de vidro Nanocargas Outras
Importadora
Fabricante
Empresa, telefone e e-mail
Inertes
•
•
•
••
•••
•
Environmental
resbrasil@resbrasil.com.br Sulpol
Valmaster, Cromaster,
(51) 3476-2619
••
•
•
••
••
•
Aditive
juliovor@terra.com.br SM Resinas
Dow Chemical, GCR
•
•
•
•
•
•
(11) 99445-4496 n mtrisotto@smresinas.com TIV-Bio
Ecologic LLC
•
•
(11) 97333-0501 n tamas@tivbiodegradaveis.com.br Vinyl
Lanxess, Kaneka,
(11) 98165-0854 n
•
•
•••
•
••
••
•
••
•
•
Vinnolit
vinylarena@vinylarena.com.br Wacker
•
•
•••
(11) 4789-8300 info.brazil@wacker.com Tiken
Tiken Group
• ••
•
••••
•
•
•
(11) 5555-2080 n vendas@tiken.com.br TIV Biodegradáveis
Ecologic- LLC
•
(11) 97333-0501 n tamas@tivbiodegradaveis.com.br
Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 228 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Plástico Industrial, setembro/outubro de 2021. Este e muitos outros Guias de PI estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
•
RECICLAGEM
44 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Soluções digitais na logística reversa de eletrônicos
A Circular Brain, start up sediada em São Paulo (SP) que desenvolve soluções digitais para a economia circular dos resíduos eletroeletrônicos, junto à Kangu, rede colaborativa de logística, estabeleceram uma parceria para integração de seus sistemas que passou a vigorar em agosto e disponibiliza a operação de logís-
correios ou os mais de cinco mil pontos Kangu já em operação, localizados em pequenos estabelecimentos comerciais, mais próximos do consumidor, em especial em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. De acordo com Marcus Oliveira, fundador da Circular Brain, “no momento inicial de nossa parceria com a Kangu, fabricantes e importadores de eletroeletrônicos poderão cumprir 100% das
Circular Brain e Kangu anunciam parceria e estabelecem mais de 11 mil pontos de entrega para logística reversa de produtos eletrônicos. Imagens: Circular Brain
tica reversa de itens eletrônicos para 11.671 pontos de entrega. Por meio da parceria, o Think Circular – plataforma digital para rastreabilidade e gestão do ciclo de vida de equipamentos eletroeletrônicos – poderá ofertar para fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos sistemas de logística reversa de produtos com cobertura nacional. A solução engloba um portal customizado para cada fabricante, no qual os consumidores domiciliares podem localizar o ponto de descarte mais próximo e obter o código de postagem gratuita. Os pontos de descarte podem ser agências dos
metas geográficas e populacionais de seus programas de logística reversa, previstas para os próximos cinco anos, já no primeiro ano de atividade por uma fração dos custos de outros sistemas e com grande melhoria de eficiência, devido à capilaridade de nossos operadores ambientais, que hoje estão presentes em 12 estados e até o final do ano estarão presentes em mais de 20 estados, assim como dos pontos de coleta, reduzindo o custo, tempo e impacto ambiental do transporte destes resíduos, com total rastreabilidade e conformidade legal, gerido de forma online como é a característica da economia digital”.
Para fazer parte da rede Think Circular, processadores ambientais de eletroeletrônicos precisam atender critérios ambientais, documentais e de saúde e segurança pré-estabelecidos, além de passar por treinamento específico em procedimentos da plataforma e da Norma ABNT NBR 16.156:2013. Segundo o CEO da Kangu, Marcelo Guarnieri, cada vez mais essa será uma tendência no mercado. “Pensar em sustentabilidade dentro das empresas será mais comum do que imaginamos. Quando criamos a Kangu, desenvolvemos a sustentabilidade como um dos nossos principais pilares de atuação. A parceria com a Circular Brain é mais uma iniciativa nesse sentido. Disponibilizar a nossa rede de pontos para realizar a logística reversa desses produtos eletroeletrônicos é uma forma de incentivar cada vez mais o consumidor já que estaremos mais próximos dele”. Segundo um informativo da start up, uma pesquisa realizada em 2019, pela agência norte-americana Union + Webster, concluiu que 87% dos brasileiros preferem consumir produtos e serviços de empresas que praticam a sustentabilidade nos seus processos. Percebendo a mudança de cenário, as duas start ups, que com suas soluções inovadoras, trazem a resolução para um tema que há mais de dez anos impacta o setor de eletroeletrônicos: a l o gística reversa. Agora
45 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
empresas de todos os portes poderão atrelar a consciência ambiental aos sistemas de logística, melhorando a entrega e devolução de produtos. Uma vez que o compromisso legal esteja estabelecido, as companhias terão um diferencial para o consumidor e um ativo de marca. Cenário e lei federal De acordo com o informativo da Circular Brain, há mais de dez anos a Lei Federal Nº 12.305/2010 estabelece a obrigatoriedade de fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos estabelecerem em território nacional sistemas de logística reversa para seus consumidores domiciliares. Durante nove anos representantes da indústria e do Ministério do Meio Ambiente discutiram o desafio logístico destes sistemas, alegando dificuldades na implementação e custeio. Somente em 2019 chegouse a um acordo setorial para o cumprimento desta obrigação ambiental. Segundo o decreto, fabricantes e importadores de produtos eletroeletrônicos devem estabelecer programas de logística reversa coletivos ou individuais que disponibilizam pontos de entrega voluntária em pelo menos 400 cidades em todo o País (meta geográfica). Também é necessário que nestas cidades haja ao menos um ponto de entrega voluntária a cada 25 mil
habitantes (meta densidade populacional) e que elas promovam um volume de coleta progressiva de 1% em 2021 até 17% em 2025, calculado sobre o volume disponibilizado ao consumidor domiciliar em 2018. Além destes requisitos, fabricantes devem processar os produtos coletados em conformidade com os requisitos da norma ABNT NBR 16.156:2013, garantindo segurança ambiental, de saúde e segurança e proteção de dados, bem como apresentar programas de comunicação de seus sistemas. Circular Brain – https://circularbrain.io Kangu – www.kangu.com.br Circular Think Cir cular – https://thinkcircular.io
Trocam-se embalagens por crédito para compra de produtos
A s preocupações com a preservação do meio ambiente, que tem como um de seus pilares a destinação correta de resíduos e a conscientização sobre os impactos causados pela má gestão de rejeitos, estão influenciando cada vez mais a criação e/ou expansão de ações na área de reciclagem de plásticos. Projetos que visam difundir a importância deste assunto buscam meios de incentivar a população a contribuir de diversas formas, e dão exemplos de como o hábito de ajudar pode ser integrado ao dia a dia. Em outras palavras, atualmente existem diferentes
46 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
RECICLAGEM em polietileno (PE), além de recipientes de diversos tipos fabricados em materiais plásticos e/ ou outros. Por meio de um comunicado à imprensa foi informado que os clientes que participarem do programa poderão contar Programa implantado no ABC Paulista com “pontos de fideliestimula a logística reversa e a reciclagem dade”, denominação dada ao oferecer créditos em troca do descarte a créditos que variam correto de embalagens plásticas. Imagem: conforme o tipo de plásMaurício Taboni tico descartado. Murilo Venancio da Silva, analista de maneiras de colaborar e uma delas é trocar embalagens projetos na área de responpor pontos em um estasabilidade social da rede de cionamento de supermersupermercados, explicou cocado, por exemplo. mo isso vai funcionar: “Quem Uma nova unidade voldescartar os seus resíduos de tada para o descarte de forma correta receberá embalagens plásticas póspontos para troca de prouso/pós-consumo passou a dutos no leque de opções da operar no município de Molécoola ou descontos em Santo André (SP). Trata-se produtos do patrocinador da de um contêiner que inteestação de reciclagem”. gra uma rede de postos Ainda de acordo com as autorizados a realizarem a entidades que formaram a troca de resíduos por créparceria, tanto a unidade ditos, que podem ser usarecém-instalada como outras dos para a aquisição de situadas em diversas cidades produtos fornecidos por do Estado de São Paulo empresas cadastradas em podem receber também eleprogramas de logística retroeletrônicos fabricados em versa e reciclagem. plástico como telefones celuO sistema foi implantado lares, e também aparelhos coa partir de uma parceria mo, por exemplo, secadores formada entre a Molécoola de cabelo e máquinas de bar(SP), empresa responsável bear. Elas também informapelo recebimento de emram que está prevista a imbalagens plásticas, bem como plantação de mais dois pospelo gerenciamento de protos de coleta, um em outra gramas que consistem na região de Santo André e outro troca de resíduos por créem São Bernardo do Campo. ditos, e a rede de superO ponto de coleta já em opemercados Coop. Podem ser ração fica na Avenida Indusentregues na unidade, por trial, 2001, bairro Campestre. exemplo, garrafas feitas em Molécoola – www.molecoola.eco PET, tampas confeccionadas
47 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Evento online sobre reciclagem acontece em novembro
mecânica; panorama da reciclagem de materiais flexíveis; reciclagem de PVC e de PET; aditivos para a melhoria da Será realizado nos dias 3 e 4 qualidade de materiais rede novembro, em formato ciclados; reciclagem química e totalmente online, o bioplásticos. Recy-Plastech, SeEntre as instituiminário Internacioções que apoiam o Recy-Plastech estão nal de SustentaAbimaq/CSMAIP, bilidade e ReciclaAbicom, Abief, Abipla, gem de Plásticos. O Abipet, Abiplast, evento, que teve Conferência vai tratar de diversos aspectos da reciclagem de materiais INP, Plastivida e sua primeira edição plásticos, assim como a inserção da atividade em políticas de Sindiplast. O evento realizada presensustentabilidade e economia circular. Imagem: Recy-Plastech é organizado pela cialmente em 2019, Markeplan (São Paulo, SP) e as retorna em novo formato devido Entre os principais temas a inscrições gratuitas podem ser à incerteza quanto às restriserem tratados nas lives profeitas pelo link a seguir. ções sanitárias decorrentes da gramadas estão economia cirCovid-19. cular e sustentabilidade; a Recy-Plastech – www.recy-plastech.com/ Os desafios da pandemia, por Nova Economia do Plástico e webinar-registration políticas de ESG; reciclagem sinal, estão entre os itens da programação preliminar do evento, que pretende reunir representantes dos principais projetos voltados à circularidade na cadeia produtiva dos materiais plásticos.
48 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
O
na embalagem
Embalagens de rejunte feitas com biopolímeros
Recipientes fabricados a partir de biopolímeros projetados para o acondicionamento de rejuntes, e que podem ser descartados em sistemas de O descarte de embalagens plásticas usadas para compostagem, já existem. Um exemplo é uma linha acondicionar rejuntes é um desafio para os forde embalagens desenvolvida pela Bostik C&C Brasil necedores de filmes poliméricos e para os que co(São Roque, SP) – empresa pertencente ao grupo mercializam esse tipo de produto, que é muito francês Arkema – que passou a ser comercializada demandado pelo ramo de conssob a marca Fortaleza (foto). trução civil. Segundo informações da comAs embalagens de rejunte, ao panhia, os biopolímeros usados na final de seu uso comum – ao serem fabricação das embalagens são esvaziadas, por exemplo –, conprovenientes de fontes renováveis tinuam contaminadas pelo fino pó como amido de milho e eucalipto. do produto remanescente em suas De acordo com Henrique Guedes, paredes, o qual pode contribuir gerente de P&D da Bostik, as para a contaminação do solo e/ou embalagens biodegradáveis da água. E esses resíduos também são usadas para acondicionar podem impregnar tubulações e uma série de rejuntes chamada compartimentos que compõem “Rejunta acrílico”. sistemas de lavagem de plásticos Ele deu mais detalhes sobre o em linhas de reciclagem, assim produto: “O Rejunta Acrílico é o Recipiente composto por polímeros de fonte como contaminar blendas poprimeiro produto a receber este renovável passou a ser usado para liméricas caso não sejam totipo de embalagem que contribui acondicionamento de uma linha de talmente removidos das superpara um ciclo com redução do rejuntes. Imagem: Bostik fícies das embalagens. consumo de combustível e emisUm caminho possível para a resolução desses são de CO2 devido ao menor peso da carga. A intenção problemas seria a fabricação de embalagens para é que todos os produtos em pote da Fortaleza possam rejuntes a partir de materiais de fontes renováveis, seguir este modelo de embalagem até 2023”. as quais pudessem ser destinadas à compostagem ao invés de descartadas incorretamente. Bostik – www.bostik.com/brazil/pt_BR
Comércio digital movimenta novos negócios no ramo de EPS
E a configuração e as propriedades de embalagens rígidas são
A demanda por embalagens plásticas que atendam às necessidades do consumidor diante das mudanças impostas pela atual crise sanitária é um assunto que segue influenciando o trabalho de desenvolvedores e transformadores dessa área. Assim como suas versões flexíveis, as embalagens plásticas rígidas seguem desempenhando um importante papel no fornecimento de produtos diversos como alimentos, bebidas, vacinas, medicamentos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, itens de uso doméstico, entre outros.
Embalagens feitas em poliestireno expandido passaram a ser muito consumidas por fornecedores de bebidas e de artigos frágeis, como louças e cristais, que vendem seus produtos por meio de e-commerce. Imagem: Termotécnica
assuntos que ganham cada vez mais relevância no setor de e-commerce, segmento que segue em ritmo acelerado desde o advento da pandemia de Covid-19. Isso traz oportunidades para fornecedores de aditivos e cargas para plásticos – pensando em aplicações que visam à obtenção de embalagens com propriedades antivirais, por exemplo –, para desenvolvedores de moldes e matrizes, assim como para os demais setores da cadeia produtiva de polímeros. O ramo de embalagens feitas em poliestireno expandido (EPS) é um dos que têm visto no comércio digital um caminho para ampliar a oferta de seus produtos. A Termotécnica (Joinville, SC), empresa
49 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
que atua nesse segmento, divulgou que além dos fornecedores de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, outras áreas têm figurado entre os principais consumidores de suas embalagens feitas em EPS desde o início da pandemia. Além disso, Nivaldo Fernandes de Oliveira, diretor-superintendente da empresa, contou como a crise sanitária trouxe consequências positivas para esse setor. Segundo ele, segmentos como o de fármacos, do agronegócio, de armazenamento de alimentos e automobilístico passaram a figurar no ranking dos principais consumidores de embalagens confeccionadas em poliestireno expandido durante o período pandêmico, junto
aos fornecedores de peças e componentes para linha branca ou marrom que já absorviam volumes expressivos desses produtos antes disso. “Contrariando todas as previsões, a demanda de EPS nesses segmentos aumentou durante a pandemia. Isso porque as embalagens feitas com o material são bastante apropriadas para transportar, proteger e acondicionar vacinas, medicamentos, alimentos e bebidas, além de diversos produtos adquiridos por ecommerce como artigos frágeis, louças e cristais”, disse Nivaldo. As propriedades do EPS também proporcionam vantagens para estabelecimentos que comercializam produtos com retirada agendada, modalidade conhecida como “take
away” (termo em inglês que em tradução livre significa “remover”). Os benefícios proporcionados pelas embalagens neste caso consistem em resistência ao impacto e à vibração, bem como alto isolamento térmico. “As embalagens fabricadas em EPS proporcionam ganhos consideráveis aos clientes, muitas possibilidades de comercialização por meio de varejo digital, além de garantir total integridade e funcionalidade do produto para o consumidor”, concluiu o executivo. Negócios no pós-pandemia A ampliação de redes e programas de logística reversa e reciclagem de embalagens fabricadas em
50 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
O
na embalagem
poliestireno expandido consta do planejamento da Termotécnica para os próximos anos. De acordo com Nivaldo, as ações previstas incluem o desenvolvimento de novas parcerias para expandir frentes de trabalho voltadas para a captação de EPS pós-consumo, em conformidade com conceitos de sustentabilidade. Ele também falou sobre tendências da comércio de produtos feitos em EPS por meio de canais digitais: “Acreditamos que esse é um caminho
sem volta. O hábito de comprar por e-commerce será algo permanente e as embalagens terão um papel fundamental. No caso do setor de alimentos, por exemplo, haverá um incremento ainda maior no e-commerce de produtos in natura. Com o aumento da preocupação com a segurança sanitária, cada vez mais os consumidores querem os produtos prontos para consumo, evitando ao máximo a sua manipulação”.
Associação aposta na recuperação do setor de embalagens no segundo semestre de 2021
foco em análise de mercados e competitividade – elaborada com exclusividade para a Abief, a indústria produziu 487 mil toneladas de embalagens plásticas flexíveis no segundo trimestre deste ano, sendo que alimentos continuou sendo o principal cliente, absorvendo 46% desse total. O segundo principal mercado foi o de embalagens industriais, com uma participação de 19%. O polietileno de baixa densidade (PEBD) e o polietileno linear de baixa densidade (PELBD) foram os materiais mais usados, com uma participação de 73% nas 487 mil toneladas produzidas. Na sequência aparecem polipropileno (PP), com 18% e polietileno de alta densidade (PEAD), com 9%. Por aplicação, este volume foi dividido em embalagens multicamadas, com 163 mil t; monocamada, 156 mil t; shrink, 69 mil t; stretch, 53 mil t; sacolas e sacos, 40 mil t; outros, 5 mil t. O estudo aponta ainda que nas importações, chapas, folhas autoadesivas e polipropileno
Apesar do desempenho do setor de embalagens plásticas flexíveis ter ficado abaixo do esperado no segundo trimestre de 2021, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), Rogério Mani, está otimista quanto a uma recuperação gradual nos próximos meses. Segundo ele, a queda de 1% na produção do setor foi puxada pelo desempenho inferior dos segmentos de alimentos e bebidas no período. “Acreditamos que seja uma situação pontual e sazonal e que com o avanço da vacinação e redução de grande parte das medidas de restrição nas maiores cidades do País, em breve voltaremos a um ritmo de produção e consumo mais equilibrado”. Segundo pesquisa recémdivulgada pela Maxiquim – empresa de avaliação de negócios na indústria química com
Termotécnica – www.termotecnica.ind.br
51 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
biorientado (BOPP) seguem como principais tipos de embalagens flexíveis importadas. No segundo trimestre de 2021, esses produtos somaram cerca de 85% do total. As chapas e folhas autoadesivas também são as principais embalagens flexíveis exportadas, somando 56% do volume do segundo trimestre de 2021. No período, a balança comercial do setor foi positiva, com exportações que totalizaram 31 mil toneladas contra importações da ordem de 20 mil toneladas. “O desempenho de nossa indústria está atrelado ao desempenho da
consumidor final foi mais fraca do que a previamente esperada e alguns setores que vinham com bom desempenho durante a pandemia apresentaram uma retração, como alimentos, descartáveis e bebidas, por conta da sazonalidade e do menor poder de compra do consumidor final. Higiene pessoal e limpeza doméstica, que foram altamente demandados em 2020, também perderam força nos últimos meses. Agricultura, por outro lado, depois de um início de ano ruim, vem apresentando recuperação nos últimos meses”, completou o presidente.
Abief aposta que, com o avanço da vacinação e redução de grande parte das medidas de restrição nas maiores cidades do País, em breve o ritmo de produção e consumo fique mais equilibrado. Imagens: Abief
macroeconomia. Contudo, sabemos que o desempenho deste segundo trimestre também está atrelado, principalmente, a uma readequação dos estoques. A cadeia produtiva como um todo, inclusive o varejo, estava bem estocada, ou seja, tivemos um fluxo invertido: a cadeia produtiva desovou seus estoques ao mesmo tempo em que houve queda do consumo. Mas nada indica que haja algum risco iminente de falta de produtos”, analisou Mani. É sabido também que o segundo trimestre de 2021 não foi suficiente para a economia brasileira retomar totalmente o ritmo pré-pandemia. “A demanda do
O estudo da Maxiquim também estima que as vendas internas de poliolefinas registrem queda próxima a 10% em comparação ao trimestre anterior e aumento de 19% na comparação com o segundo trimestre de 2020. “A boa notícia é que a disponibilidade de resina está normalizada após as paradas para manutenção. No mercado internacional, a disponibilidade está maior, porém o excedente para exportação ainda não está nos níveis históricos”, concluiu o executivo. Abief – http://abief.org.br/home Maxiquim – www.maxiquim.com.br
APLICAÇÕES
52 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Bioplástico para aplicação sob alta temperatura em motores
combustão. Com base nisso, o projeto visa desenvolver e modificar materiais de forma direcionada, a fim de tornar bioplásticos e Pesquisadores do Institut für Biokunststoffe und biocompósitos termoplásticos empregáveis em aplicações sob alta temperatura. Bioverbundwerkstoffe (IfBB) – instituto alemão Os componentes de referência são um tubo de pesquisas de bioplásticos e biocompósitos, de ar de carga do turbocompressor (estudo de pertencente à Universidade de Hannover – estão viabilidade), um módulo de envolvidos em um projeto que filtro de líquido para veículos vai analisar a viabilidade e o comerciais, um módulo de potencial de plásticos de base gerenciamento térmico e um biológica serem substitutos aos prensa-cabo. O objetivo é atinplásticos de origem fóssil em gir, nesses componentes, a peças presentes no comparmaior proporção possível da timento do motor de veículos. formulação geral tomando Segundo a instituição, sua como base uma poliamida intenção é, inicialmente, (parcialmente) de fonte biodesenvolver formulações de lógica reciclada, que deve ser materiais cujo desempenho Instituto pesquisa como aplicar de pelo menos 50%. Também mecânico, térmico e químico bioplástico como substituto aos estão sendo monitorados os deve ser desenvolvido e adapmateriais de origem fóssil em peças tado de maneira específica para compartimento do motor que são processos e técnicas utilizados, bem como o ciclo de para o produto. O projeto submetidas a altas temperaturas. vida das peças. intitulado “Bioplásticos para Imagem: ContiTech MGW GmbH Empresas como ContiTech aplicações em alta tempeMGW, Mann + Hummel, RF Plast, Pflitsch, ratura (HoT-BRo 2)” está pesquisando mateArkema, Radici Chimica, BGS Beta-Gammariais para várias aplicações, principalmente no Service, Schwarzwälder Textil-Werke Heinrich setor automotivo. Kautzmann, OKA-TEC e HBL-Plast são Os resultados do estudo de viabilidade parceiras deste projeto, que tem previsão de HoT-BRo demonstraram a possibilidade de conclusão para 2024. substituir os plásticos de base petroquímica por plásticos de base biológica no comIfBB – https://www.ifbb-hannover.de/de partimento do motor de carros movidos à
Escadas e canaletas em EPS, uma construção rápida e limpa
A construção civil tem evoluído nos últimos anos no sentido de se tornar mais sustentável, além de usar métodos construtivos mais rápidos e limpos. Seguindo esta tendência, o Grupo Isorecort ( R i b e i r ã o Pi r e s , SP) desenvolveu a escada feita em poliestireno expan-
material na construção civil. Usando em sua campanha de marketing o slogan “La Casa de EPS”, a empresa faz uma alusão bem-humorada à famosa série “La Casa de Papel”. Segundo o engenheiro Denilson Ro drigues, a escada é de montagem simples, embora tenha caráter estrutural. “É possível instalá-la sem dificuldade, em poucas horas. Por ser Sistema modular de construção de escadas feitas de EPS oferece suporte estrutural e garantia de obras mais limpas. Imagem: Isorecort um material leve e dido (EPS) denominada Monopainel, chamando a atenção para as possibilidades de aplicação do
53 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
resistente, ele exige uma nas paredes, a de EPS estruestrutura de sustentação turado não precisa de vigas menor que as escadas convenou colunas para sustentação. cionais, sem gerar resíduos Ela é projetada para ser como de recortes de madeiinstalada sem apoio nas latera, por exemplo”, afirmou. rais, apenas com apoio no A escada é produzida em início e outro no final. um modelo padrão dispoDepois de instalada no Peças técnicas de EPS foram desenvolvidas para a nível para pronta entrega local projetado, o meio da ou sob medida, e pode ser construção de conjuntos estruturais. Imagem: Isorecort escada é preenchido com instalada no local da obra sem uma armação e concreto usimontar uma escada de lance comprometer o andamento da nado. “As soluções em EPS são único, realizar a instalação construção. Ela é composta um terço mais rápidas de se com um patamar intermediário por três peças, sendo dois executar em comparação à ou ainda criar uma escada de lances e um patamar intermealvenaria convencional”, colance sobre lance em formato diário, e atende às normas mentou Rodrigo Rezende, gede U, ou mesmo em L”, disse Denilson. rente administrativo do Gruvigentes, com medidas de A escada foi desenvolvida po Isorecort. A empresa tam1,20 e 0,80 m de largura, para ser instalada de forma bém desenvolveu uma linha de carga de 300 kg por metro isolada em relação às paredes. canaletas fabricadas em EPS. quadrado e instalação sob até 3 m de pé direito. “A partir Ou seja, enquanto a escada préIsorecort – www.isorecort.com.br das três peças, é possível moldada comum fica encostada
PRODUTOS
54 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
Coletores de pó
A Aspiramaq (Diadema, SP), empresa do Grupo New Japan, desenvolve linhas de equipamentos que fazem a coleta de partículas ou gases provenientes de processos industriais como, por exemplo, as originadas durante o corte de peças plásticas, bem como fumos gerados por soldagem ou detritos vindos do jateamento de moldes. Entre os modelos voltados para a eliminação de partículas estão os da série Ciclone, que apresentam vazão máxima por hora, dependendo da versão, de 6.200 a 23.000 metros cúbicos. Eles contam com filtro do tipo cartucho e tambor com “minissaia”, onde são depositados os detritos, e operam com pressão de 200 mmCA. A potência de seu motor é de 7,5 a 30,0 hp, ou, em conversão, 7,6 a 30,4 cavalos, respectivamente. Podem ser configurados com laterais abertas ou fechadas. Tel. (11) 4049-1759, www.aspiramaq.com.br
Trocadores de tela
A By Engenharia (São Paulo, SP) comercializa linhas de trocadores de tela para extrusoras desenvolvidas pelo grupo suíço Maag. A série de produtos conta com modelos hidráulicos em versões com tela com
diâmetro de 30 a 460 mm, as quais podem reter partículas de 0,04 a 2 mm. Eles são compatíveis com extrusoras com rosca com diâmetro de 25 a 300 mm, podem operar sob pressão máxima de 700 bar e temperatura de até 350 °C. Tel. (11) 5533-1790, https:// byengenharia.com.br
Coletores de partículas
A CMV (Cachoeirinha, RS) fabrica equipamentos voltados para a eliminação de resíduos gerados a partir do corte e/ou remoção de material de componentes feitos
com polímeros. O coletor CF-80 (foto), por exemplo, apresenta vazão máxima de 738 metros cúbicos por hora e seu nível de ruído de operação é de 76 dB. Ele é equipado com tubulação para coleta de gases, que tem comprimento de 3.000 mm, além de filtro do tipo cartucho feito em poliéster, cuja área é de 8,8 metros
quadrados. O modelo conta com rodízios. Também são fornecidos equipamentos para coleta de pó e gases indicados para aplicações como eliminação de detritos provenientes do corte de plásticos, ou esmerilhamento e/ou jateamento de moldes, entre outros. Tel. (51) 3041-6633, e-mail: marketing@cmv.com.br
Moinho granulador
A Tria, com sede na Itália e subsidiária em Valinhos (SP), fornece equipamentos para granulação de polímeros. Um deles é o moinho pertencente à série XR (foto), que tem como um de seus recursos um sistema de regulagem de velocidade
de trabalho, a qual pode ser de até 156 m/min. Segundo informações fornecidas pela empresa, o equipamento é indicado para o processamento de poliestireno (PS), polipropileno (PP), poli(tereftalato de etileno) (PET) e poli (ácido láctico) (PLA), por exemplo. Ainda de acordo com a fabricante, os clientes também podem contar com sistema de controle remoto. Tel. (19) 3846-3700, www.triaplastics.com/en
Como receber a revista Plástico Industrial tem periodicidade mensal e é enviada gratuitamente para pessoas e empresas devidamente qualificadas, ou seja, com atividades ligadas à transformação de plásticos. Por isso, o recebimento da revista está condicionado ao COMPLETO preenchimento do formulário. Preencha todos os campos! Só deixe em branco aquele cujo dado solicitado não exista em sua empresa. A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Depois de preenchido, envie para: Aranda Editora - Al. Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP Ou utilize o cupom para qualificação que está disponível em nosso site: www.arandanet.com.br/revista_pi/pi_assinaturas.htm
Cargo
Sim, desejo receber a revista Plástico Industrial gratuitamente Nome: Empresa: Endereço: -
CEP: País:
Cidade: DDD:
UF: Tel.:
Fax:
Presidente Diretor Gerente Chefe Engenheiro Técnico Outros
E-mail: Home page: Data:
/
/
Assinatura:
Área
Comercial/Vendas Marketing Industrial Produção Compra/suprimento Projetos Manutenção Controle da qualidade Engenharia Ferramentaria Pesquisa e desenvolvimento Outros
Sua empresa é: Transformadora Recicladora Ensino Usuária/consumidora de plásticos Fabricante/importadora/revendedora de matéria-prima, máquinas e equipamentos Prestadora de serviços de consultoria/projetos Prestadora de serviços de reforma/manutenção de máquinas Caso sua empresa não se enquadre em nenhuma das perguntas anteriores, qual é a relação com o setor de plásticos? Indique a quantidade de máquinas existentes nessa fábrica/divisão: Injetoras até 200 ton. de 200-800 de 800-1200 Extrusoras balão
Extrusoras de chapas/perfis
Extrusoras de tubos
Termoformadoras
acima de 1200
Sopradoras
Extrusoras para produção de filme casting Rotomoldadoras
Segmento em que atua: Automobilístico/autopeças Eletroeletrônica Construção civil Embalagens Eletrodomésticos Móveis Brinquedos, artigos esportivos Utensílios domésticos Alimentos, bebidas, farmacêuticos, produtos de limpeza, cosméticos Calçados Outros Principal produto de sua fábrica/divisão Número de empregados desta fábrica/divisão até 50 51 a 100 101 a 500
501 a 1000
acima de 1000
57 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
EVENTOS
Próximos cursos do setor de plásticos Curso
Período
Pós-graduação Lato
Sensu em Economia Circular
360 h
Aplicada à Indústria
Local São Bernardo do Campo, SP
Informações Faculdade de Tecnologia Senai tel. (11) 3322-0050, https://url.gratis/lAcHFZ Vilar Poliuretanos
Química e Tecnologia dos Poliuretanos
13 a 17/12
Online
tel. (21) 99632-3704, https://poliuretanos.com.br
2021
Fundamentos para Processamento de Polímeros Tecnologia de Materiais Plásticos – Vol. 1
Livre
Online
Senai – Estante Virtual
(apostilas)
de Livros Didáticos Digitais https://url.gratis/eGBWJ
Indústria 4.0
40 h
Cursando Técnico
Controlador Lógico Programável (CLP)
80 h
Fabricação de Plásticos
120 h
EAD
Express Conaenge – Projeto de Peças Plásticas
Cerca de 4 h
EAD
Instrumentação e Automação Industrial
150 h
Online
Online
https://url.gratis/9sKQYU, https://url.gratis/9SLVet Portal Curso – EAD https://url.gratis/255NCQ Udemy https://url.gratis/eIxcrr iEstudar Cursos Online https://url.gratis/YrLK3c Escola LF
2022
Preparador Técnico de Máquinas Injetoras
5/02
São Paulo, SP
(11) 3277-0553, https://url.gratis/kRO7wE
Preparador e Regulador de Injetoras
Senai Roberto Simonsen 5/02 a 12/03
São Paulo, SP
para Plásticos
tel. (11) 3322-5000, https://url.gratis/YEsKQG Instituto de Embalagens
Embalagens – Do Aço ao Vidro
21 a 31/03
Online
tel. (11) 2854-7770, https://url.gratis/ID74Na
Próximos eventos do setor de plásticos Evento
Data
Local
Contato
5 a 8/04
Joinville, SC
tel. (47) 3451-3000,
Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico Euromold – Feira Mundial de Construtores
Messe Brasil www.interplast.com.br
de Moldes e Ferramentarias, Design e
2022
Desenvolvimento de Produtos 18o Moldes, Ferramentas e Matrizes – Encontro da
ABM 7 a 9/06
São Paulo, SP
Indústria de Ferramentaria
https://url.gratis/k46cCn
Fispal Tecnologia – Feira Internacional de Embalagens
21 a 24/06
para Alimentos e Bebidas
Online e Presencial (São Paulo, SP)
Inovaplastic – Feira Internacional do Ramo de Plásticos
tel. (11) 5534-4333,
Informa Markets e-mail: fispaltecnologia@informa.com, https://url.gratis/Ms6p42 Reed Exhibitions
13 a 16/09
São Paulo, SP
tel. (11) 3060-4717, www.feiplastic.com.br
58 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – SET-OUT. 2021
SERVIÇOS
LITERATURA Sustentabilidade
A Editora Manole lançou a primeira edição do livro Gestão empresarial e sustentabilidade, redigido por diversos autores sob a coordenação de A. Philippi Jr. O livro tem a finalidade de reunir diálogos sobre teoria, conceitos e metodologias relacionados à gestão empresarial para a sustentabilidade, bem como demonstra que a lógica dos negócios deve ser repensada de maneira a incorporar os impactos sociais e ecológicos não apenas nas planilhas de custos das empresas, mas em suas estratégias, considerando a responsabilidade socioambiental também como um fator de competitividade. Suas quatro partes tratam dos seguintes temas: abordagens teóricas, temáticas aplicadas, metodologias e tecnologias e, por fim, boas práticas. A obra possui 1.138 páginas, em português,
e está disponível para compra por meio do site da editora (www.manole.com.br) nas versões impressa e digital (e-book) pelo preço sugerido de R$ 311,00 e R$ 224,10, respectivamente. Economia circular
A Editora Blucher lançou recentemente o livro intitulado Economia circular, sistemas locais de produção e ecoparques industriais: princípios, modelos e casos (aplicações), idealizado por uma rede de cooperação germinada da Universidade de São Paulo (USP), e liderada pelo Prof. João Amato, com vasta experiência em engenharia de produção e autor desta edição. A obra, que contou com o apoio do CNPq, contribui com reflexões e modelos próprios na busca de soluções para o paradigma da produção sustentável, baseando-se em sistemas de produção de ciclo fechado e na economia circular. Este é o segundo livro da coleção Fundação Vanzolini, sendo o primeiro sobre a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD), lançado em 2020. Entre os temas tratados no livro estão seções como: “o paradigma da produção sustentável no contexto da economia circular”, “sistemas locais de produção e o desenvolvimento sustentável”, “estudos sobre simbiose industrial”, “tipos de ecoparques industriais”, e ainda estudos de casos de ecoparques e parques industriais pelo mundo. Em seu apêndice constam ainda trechos com a temática sobre “o caso do SLP de petroquímicos-plásticos do ABC paulista” e “perfil da região e do setor petroquímicoplástico”. No site da editora (www.blucher.com.br) é possível baixar uma amostra do material e visualizar algumas de suas páginas, como demonstração de seu conteúdo integral. O livro completo, com 204 páginas, pode ser adquirido por meio do mesmo site pelo preço sugerido de R$ 60,00.
ANUNCIANTES Empresa ............................................... Pág.
Empresa ............................................... Pág.
Empresa ............................................... Pág.
3DX Filamentos ---------------------- 10 Arburg --------------------------- 2-a Capa Ásia Moldes --------------------------- 32 BBC ------------------------------------- 28 Bramis ---------------------------------- 51 Drymetal ------------------------------- 21 Dynaflow ------------------------------- 12 Emanuplast ---------------------------- 45 Entec ----------------------------------- 09 Feimec ---------------------------------- 39 Haitian -------------------------- 4-a Capa Instituto do PVC --------------------- 53 Interplast ------------------------------ 35
Kalay ------------------------------------ 11 LS Injetoras --------------------------- 27 Magtek --------------------------------- 32 Mantova -------------------------------- 25 Noox Brasil ---------------------------- 46 NZ Cooper ---------------------------- 50 Olifieri ---------------------------------- 47 Petromaster --------------------------- 45 Place Resinas ------------------------- 51 Plásticos Nogueira ------------------- 50 Polipositivo ---------------------------- 49 Polystell -------------------------------- 41 Purgex ---------------------------------- 47
Radici ----------------------------------- 05 Reagens -------------------------------- 26 Recy-Plastech ------------------------- 56 Replas --------------------------- 3-a Capa RFD ------------------------------------- 49 Rocaal ----------------------------------- 33 Shibaura -------------------------------- 43 Souza e Ramos ------------------------ 46 Star Seiki ------------------------------ 29 Superfinishing ------------------------ 31 Vinyl Arena ---------------------------- 19