A oferta de equipamentos voltados para o armazenamento e/ou movimentação de resinas plásticas em parques fabris, seja para a alimentação de máquinas ou para o acondicionamento de grânulos.
GUIA IPÁG. 18
Novos revestimentos permitem a funcionalização de filmes contráteis
Revestir filmes contráteis tem constituído um grande desafio porque existem apenas alguns poucos sistemas de revestimento com capacidade de contração. Uma nova família de produtos expande as possibilidades nesse sentido.
FILMES PÁG. 20
Guia do PET
O s fornecedores de insumos (resinas e aditivos), máquinário e equipamentos periféricos empregados na fabricação de embalagens a partir do poli(tereftalato de etileno) (PET).
GUIA IIPÁG. 26
Controle da qualidade de peças plásticas por gêmeo digital
Um gêmeo digital do processo de moldagem por injeção usa todos os parâmetros do processo físico para prever a qualidade de uma peça que será fabricada. Ao ser treinado, ele também se torna capaz de aprender sobre fatores que atuam no processo e sugerir ajustes.
DIGITALIZAÇÃO PÁG. 28
Transformadores por injeção investem em robótica e impressão 3D
Nova pesquisa feita junto aos transformadores por injeção mostra que aumentou o uso de células robotizadas no chão de fábrica, e também da manufatura aditiva (impressão 3D), utilizada principalmente para o desenvolvimento de produtos.
GUIA IIIPÁG. 34
Separadores balísticos
Conheça as empresas que fornecem equipamentos utilizados na triagem de materiais recicláveis, separando-os com base em suas propriedades físicas, como forma, densidade e tamanho.
GUIA IVPÁG. 41
DESTAQUES
Pág.
Editorial4
Notícias e curtas6
Impressão 3D17
O plástico na embalagem38
Reciclagem42
Capa -Peças para a indústria de brinquedos contendo os canais de injeção. Nor Gal/Shutterstock. Layout de Alvaro Luiz Alves Piola e Pedro Franco de Moraes.
As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Plástico Industrial, podendo mesmo ser contrárias a estas.
O uso de recursos digitais no ambiente de produção tem potencial de mudar para melhor as rotinas fabris nas empresas que injetam produtos plásticos.
O processo de injeção é o mais difundido dentre todos os métodos de produção na indústria de plásticos pela capacidade de dar forma a diferentes projetos de peças. Talvez por isso a pesquisa e o desenvolvimento sejam tão mais intensos nesta área.
Os recursos de digitalização também chegaram primeiro neste segmento, com o advento de tecnologias que aos poucos estão sendo adaptadas à realidade produtiva das empresas. O uso de gêmeos digitais, por exemplo, expande os horizontes da simulação de processos, que há décadas tem sido uma ferramenta auxiliar no desenvolvimento de produtos e na melhoria das técnicas de fabricação.
A possibilidade de criar uma réplica virtual altamente detalhada de uma máquina, uma linha de produção ou até uma planta industrial inteira, atualizável em tempo real com dados do processo, eleva a assertividade a um novo patamar e permite estabelecer uma relação direta entre o mundo físico e a sua representação digital, praticamente eliminando a necessidade de testes que consomem tempo e recursos físicos.
O auxílio às tarefas de monitoramento tem sido um dos aspectos mais explorados no uso desse recurso, como mostra o estudo de caso que é relatado nesta edição, a partir da página 28. Com o objetivo de lidar com as flutuações de processo derivadas de inconsistências nas propriedades de matérias-primas, pesquisadores usaram técnicas de aprendizagem de máquina para treinar um sistema de modo que ele passasse a reconhecer as variações durante o processamento de resinas recicladas e implementar os ajustes necessários para obter delas produtos de boa qualidade.
E os transformadores por injeção do mercado brasileiro estão atentos ao quanto as tecnologias típicas da indústria 4.0 têm a contribuir com as suas rotinas de produção. A sondagem anual feita por Plástico Industrial junto a essas empresas (página 34) revelou que 51,16% das participantes do levantamento têm planos de investir em recursos digitais para o chão de fábrica nos próximos anos, prevendo para isso aportes que vão de 3% a 30% do seu faturamento.
O levantamento apontou também que a manufatura aditiva está em alta nessas empresas como ferramenta para a validação de projetos, com 72% delas usando a tecnologia. Isso contraria a tendência mundial verificada por um levantamento reportado na seção de Impressão 3D desta edição (página 17), o qual aponta o declínio momentâneo do uso da técnica no meio industrial.
Se for para promover o avanço e a agilidade dos processos produtivos, que as empresas brasileiras continuem contrariando a regra geral e investindo em tecnologias que promovam a fabricação mais eficiente.
Hellen Corina de Oliveira e Souza – Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br
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PLÁSTICO INDUSTRIAL , revista brasileira sobre o processamento de materiais plásticos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica Cultural Ltda.
ISSN 1808-3528
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É enviada mensalmente a 12.000 pessoas-chave de empresas de transformação e processamento de materiais plásticos, fabricantes e importadores de máquinas, equipamentos e matéria-prima para a indústria do plástico e também para usuários de peças e produtos plásticos em todo o Brasil e demais países do Mercosul.
NOTÍCIAS
Super Finishing (São Bernardo do Campo, SP) acaba de lançar um revestimento denominado níquel cerâmico, uma combinação de níquel químico com nanopartículas de cerâmica que aumenta a resistência de componentes metálicos, incluindo roscas e cilindros de máquinas.
A solução que foi testada e validada para oferecer não apenas alta resistência para moldes, roscas e cilindros de equipamentos para transformação de plásticos, mas também propriedades autolubrificantes. O produto visa atender à demanda das indústrias que enfrentam problemas de desgaste e aderência de materiais,
também a distribuição uniforme de partículas na superfície revestida.
Ao contrário do PTFE (Teflon), o níquel cerâmico é extremamente duro e resistente à temperatura, com excelentes propriedades de liberação, evitando a adesão de materiais nos componentes metálicos. De acordo com informações da empresa, é ideal para aplicações de desgaste e com baixo coeficiente de atrito (COF), além de ser fácil de limpar, o que facilita os trabalhos de manutenção.
O revestimento não é recomendado apenas em situações de impacto moderado ou alto, mas é ideal para aplicações que necessitam de boas propriedades de deslizamento, reduzindo a escoriação. Sua ação autolubrificante prolonga a vida útil de peças e componentes.
associados às altas temperaturas empregadas nos processos produtivos.
O níquel cerâmico possui coeficiente de atrito excepcionalmente baixo, que diminui com a carga, prolongando a vida útil de componentes empregados sob condições severas no ambiente industrial. Possui resistência a temperaturas extremas, que podem chegar a 3.000°C, e é ideal para aplicações que vão desde núcleos de injeção até moldes de sopro, oferecendo uma solução prática para diversos setores, incluindo o automotivo, o químico e o alimentício. Dentre as características do material estão
austríaca Wittmann, com unidade brasileira em Vinhedo (SP), tem trabalhado na adaptação de algumas de suas máquinas e periféricos para que eles possam ser
Alberto Araújo Silva, diretor comercial da Super Finishing, comentou que “o níquel cerâmico é uma solução transformadora para nossos clientes. Ele foi projetado para resolver problemas de aderência de forma eficaz, proporcionando resultados que superam as expectativas. Com essa tecnologia, nossos clientes não apenas aumentam a durabilidade de suas peças, mas também otimizam seus processos produtivos”.
A Super Finishing atua há 30 anos no desenvolvimento de técnicas de tratamento de superfícies metálicas.
Super F Super F Super Finishing inishing inishing inishing – www.superfinishing.com.br
alimentados em corrente contínua (CC), em vez de corrente alternada (CA). A evolução abre caminho para que equipamentos sejam acionados pela energia gera-
da por sistemas fotovoltaicos, sem as perdas decorrentes da conversão do tipo de corrente.
A energia de fontes convencionais é gerada em corrente contínua (CC) e convertida em corrente alternada (CA)
Imagens: Super Finishing
para distribuição, e em alguns casos é convertida novamente em corrente contínua no ponto de consumo. Tanto na produção industrial quanto em estabelecimentos comerciais ou mesmo em residências, a corrente contínua está constantemente sendo transformada em alternada e vice-versa, em uma sequência de conversões que ocasiona perdas importantes e reduz a eficiência energética das apli cações. O fornecimento de energia proveniente de fontes renováveis, a exemplo da solar e eólica, é feito por meio de corrente contínua, que é também a forma como ela é armazenada em baterias. Utilizar essa energia de forma direta foi o que motivou os pesquisadores da Wittmann a desenvolver, em parceria com a empresa Suíça Innovenergy, acumuladores capazes de armazenar essa energia para uso direto na alimentação de máquinas e periféricos. A empresa parceira é especializada na instalação de redes CC em plantas industriais e no desenvolvimento e produção de baterias sustentáveis para armazenamento de energia solar, que operam com cloreto de sódio (sal comum), em substituição a metais pesados.
pela Wittmann na feira K de 2022, juntamente com um robô manipulador. Mais recentemente, no evento interno denominado Competence Days, realizado em junho deste ano, foi anunciado
de 1,1 kW e um inversor como parte do pacote de equipamento padrão.
o controlador de temperatura que opera em corrente contínua, o Tempro plus DC.
O motor aciona uma bomba submersa com uma pressão máxima de trabalho de 7,5 bar e capacidade de fluxo de 60 l/min. O inversor permite a conexão direta ao circuito intermediário da máquina, bem como o controle de velocidade de acordo com os parâmetros de processo desejados. Desta forma, a perda de conversão é evitada e a velocidade da bomba é adaptada aos requisitos do processo, o que resulta em maior eficiência energética e estabilidade.
Imagem: Wittmann
Uma injetora operando em corrente contínua foi exibida
Jochen Pernsteiner, da equipe de vendas da Wittmann, esteve recentemente na feira Interplast, em Joinville (SC), e comentou que o recurso permite o aporte de uma energia mais estável e “limpa”, livre de ruídos, nos equipamentos. Consequentemente, estes também operam de maneira mais estável e sem paradas. A linha de controladores Tempro plus DC atinge exatamente as mesmas taxas de desempenho que os modelos equivalentes alimentados por CA. O Tempro plus D90 DC, por exemplo, apresentado no Competence Days, é adequado para temperaturas de até 90°C, com capacidade de aquecimento de 9 kW com 750 V CC. A versão CC já vem com um motor síncrono
A ideia é que os transformadores que possuam sistemas fotovoltaicos para geração de energia possam utilizá-la diretamente, além de dispor de recursos para retroalimentar no sistema a energia residual do processo. A tecnologia está disponível atualmente para os modelos totalmente elétricos de injetoras, da linha EcoPower, mas no futuro ela será adaptável também aos híbridos.
A tecnologia de alimentação de equipamentos por corrente contínua será apresentada na próxima edição do Simpósio Internacional sobre Tecnologia de Plásticos, que acontece entre os dias 5 e 6 de novembro, em Indaiatuba (SP) (veja nota na página 13).
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NOTÍCIAS
Avanti Polímeros (São Paulo, SP) definiu uma nova estratégia de atuação junto às empresas de transformação de plásticos, apostando no desenvolvimento conjunto de formulações.
Importadora e distribuidora, a empresa atua desde 2020 no ramo de plásticos, mas está presente no segmento de fios têxteis desde 1999. Este ano iniciou um novo braço de atendimento que tem como ponto de partida o projeto do cliente. Estabelecidas as necessidades deste em termos de materiais, a Avanti busca no mercado a melhor opção de fornecimento junto a parceiros internacionais do setor petroquímico em diversos países, procurando a melhor opção em termos de qualidade, custo, prazo de entrega e planejamento do fornecimento. Após a chegada do material no Brasil, o apoio se estende até a adequação técnica nos campos fabris, garantindo a aplicação em conformidade com o projeto.
Shutterstock
Conforme explicou Eduardo Pereira, gerente de novos negócios da Avanti, o conceito de “solução sem fronteiras” foi estabelecido neste ano, com a sua vinda para a empresa, e com a estruturação de um departamento de projeto e assessoria técnica que vai apoiar clientes na concepção de produtos, na especificação de materiais e processos, incluindo até a confecção dos moldes que serão utilizados.
Projetos envolvendo o conceito de sustentabilidade e a substituição de peças metálicas por suas equivalentes em material polimérico são duas importantes frentes de trabalho em que Eduardo pretende concentrar atenções, auxiliando na realização de estudos de viabilidade técnica e econômica.
“Estamos atuando tendo a solução em primeiro plano, e não como uma trading ou distribuidora convencional que apenas revende. Temos um maior compromisso com as necessidades dos nossos clientes, garantindo também o estoque do material especificado pelo tempo que o projeto estiver em andamento”, comentou.
Além do escritório da capital paulista, a Avanti possui unidades em Americana (SP) e Brusque (SC), além de depósitos em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul e Itajaí (SC). A empresa será expositora da próxima feira Plástico Brasil, que acontece de 24 a 28 de março de 2025, em São Paulo (SP).
A Avanti é fornecedora da Concept (Farroupilha, RS), formuladora de compostos à base de grafeno voltados para a substituição de metais. O desenvolvimento conjunto desse tipo de composto e as suas aplicações abriu caminho para diversas novas aplicações de materiais plásticos em peças técnicas.
Dinaco (Rio de Janeiro, RJ) está trazendo para o mercado brasileiro os aditivos contendo grafeno de alta pureza desenvolvidos pela espanhola Avanzare, fornecidos em pó, na forma de masterbatches com base em veículos como poliolefinas e outros materiais plásticos, ou ainda pré-umectados para a formulação de tintas e revestimentos.
Os materiais são testados em laboratórios europeus certificados e estão disponíveis nos tipos avanGRP Conductive – recomendado para uso em resinas plásticas e borracha – , e avanThermal Conductive, que
aumenta entre 10 e 20 vezes a condutividade térmica do composto em relação à sua versão sem aditivo. Ambos podem ser fornecidos em pó ou em masterbatches tendo como veículo materiais como TPU (foto acima), EVA, PE e PP. A empresa fornece ainda dispersantes especiais para formulações em base solvente e em base água.
Dentre as principais características que os compostos com grafeno podem atribuir aos produtos plásticos estão o aumento da condutividade térmica e elétrica e das propriedades mecânicas.
Reginaldo Cassiano, gerente de negócios da Dinaco, explicou que as aplicações que envolvem um melhor balanço entre resistividade e condutividade
Projetos envolvendo o uso do grafeno.Materiaisestão se multiplicando no mercado brasileiro.
Imagens: Dinaco
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elétrica ou térmica são as que têm atualmente mais potencial para o desenvolvimento de componentes contendo grafeno, a exemplo de baterias para veículos elétricos.
No que se refere à melhoria de propriedades mecânicas e à melhor relação resistência/peso, há um bom horizonte de aplicações no setor automobilístico, para a produção de peças técnicas em plásticos de engenharia, os quais têm potencial para substituir materiais metálicos.
Na indústria de fios e cabos, a melhoria de propriedades mecânicas e de resistência à
chama são características desejáveis que podem ser alcançadas com o uso dos compostos contendo grafeno, enquanto os filmes plásticos (foto na página anterior) podem adquirir mais resistência mecânica. Já o uso em tintas e revestimentos torna esses produtos mais resistentes à corrosão. Reginaldo comentou que o material está passando por uma fase de disseminação no mercado brasileiro, que já conta com vários projetos visando à sua utilização como melhorador dos produtos plásticos.
A Dinaco é referência no fornecimento de especialidades
químicas no Brasil, com mais de 85 anos de experiência em produtos, serviços e insights. Oferece ao mercado brasileiro ingredientes de alta qualidade para os segmentos de personal care, home care, alimentos, agronegócios e industrial. No segmento industrial, a empresa fornece soluções principalmente para os setores de tintas industriais, plásticos, borrachas e laminados sintéticos, entre outros. A empresa cuida de todo o processo, desde a concepção inicial do produto até sua entrega em todo o País.
Dosicolor (Campina do Sul, PR) passou a desenvolver dispersões líquidas para coloração e aditivação de resinas termoplásticas que podem concentrar várias funcionalidades em um só composto. Em uma só formulação podem estar presentes, por exemplo, agentes compatibilizantes, modificadores de impacto, estabilizantes térmicos, agentes anti-UV, além da cor em si.
A empresa de origem argentina é pioneira no desenvolvimento de corantes e aditivos líquidos na América Latina, e iniciou em 1989 a sua aplicação na coloração de poli(tereftalato de etileno ) (PET), com fórmulas aprovadas por grandes empresas. Após um hiato de cerca de 20 anos por questões contratuais, depois de ter sido adquirida por
um grupo global, a empresa está retornando ao mercado e estendendo o campo de atuação para resinas como o poli(cloreto de vinila (PVC) e resinas recicladas pós-consumo (PCR) e pós-industrial (PIR), para moldagem pelos processos de
sopro, injeção-sopro, injeção e extrusão, incluindo filmes técnicos (tubulares e cast).
Amarildo Bazan, com vasta experiência no mercado de plásticos, está à frente do desenvolvimento do mercado
brasileiro para as dispersões líquidas da Dosicolor, e explicou que além de promover uma coloração mais eficiente, o seu uso torna as formulações mais precisas, inclusive quando se trata de projetos que exigem o uso de resinas reciclada na proporção de 100%. “Isso acontece porque o pigmento e o aditivo não precisam ter como veículo a resina virgem, como ocorre com os pigmentos fornecidos em grânulos”, comentou.
O apelo de sustentabilidade pode ser uma variável importante a ser considerada por empresas que incorporam materiais reciclados em suas formulações, tendo em vista que o uso de determinado conteúdo de PCR em embalagens pode se tornar uma exigência legal, além de provocar uma percepção positiva por parte do consumidor final.
O uso dos corantes e aditivos líquidos permite a redução do teor incorporado às formulações. No caso de cores opacas, alcançase uma redução de até 60%, e esta proporção pode ser ainda maior no caso de formulações transparentes.
O corante líquido é mais flexível e permite a concepção de formulações exclusivas de PCR de polietileno, por exemplo, com funcionalidades como redução de odor e comportamento constante no processamento e em relação ao aspecto dos produtos moldados. “O mercado mudou muito e os materiais reciclados ganharam maior penetração em embalagens nobres e até mesmo em aplicações técnicas”, acrescentou Bazan. O atendimento da Dosicolor inclui apoio ao desenvolvimento, design, acompanhamento técnico e pós-venda.
Sikora, fabricante alemã de sistemas de medição dimensional e inspeção de tubos, que tem subsidiária brasileira em Jundiaí (SP), anunciou uma parceria com a fabricante de sistemas gravimétricos de pesagem e dosagem ConPro, visando à integração entre os dois tipos de dispositivos.
A integração será possível por uma nova interface desenvolvida por especialistas de ambas as empresas, baseada em padrões de comunicação industrial que permitirão a comunicação entre o dispositivo de medição dimensional da Sikora e o sistema gravimétrico ConPro.
Durante a produção, parâmetros como diâmetro, distribuição de espessura de parede em 360° e ovalidade são continuamente medidos e avaliados pelo sistema de medição da Sikora. Com a integração, dados como o peso por metro poderão ser ajustados em tempo real com o sistema gravimétrico, permitindo um controle preciso da espessura mínima da parede, tendo em vista a economia de material e a conformidade com a especificação do produto.
A integração gráfica dos dados de gravimetria vindos do dosador da ConPro na interface do usuário do Sikora Ecocontrol 6000 permitirá a operação simples e intuitiva, visto que ambos os sistemas funcionam em tempo real, com possibilidade de correção imediata aos desvios de processo.
Sikora Sikora Sikora Sikora – https://sikora.net
ntre os dias 5 e 6 de novembro será realizado o XXV Simpósio Internacional sobre Tecnologia de Plásticos, tradicional evento do setor de injeção de plásticos que visa apresentar a cada dois anos uma atualização da tecnologia relacionada a este processo.
O assunto central deste ano serão as inovações sutentáveis para a indústria de injeção, para o qual estarão voltadas as apresentações técnicas elaboradas por profissionais de empresas germânicas fabricantes de equipamentos, tais como Arburg, Engel, Eisbär, Krauss Maffei, Sumitomo Demag e Wittmann Battenfeld.
A apresentação da Wittmann, por exemplo, vai tratar do conceito de sustentabilidade presente no recente desenvolvimento do acionamento de máquinas, robôs e periféricos
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por corrente contínua proveniente de sistemas fotovoltaicos, de forma direta. Haverá uma apresentação para o tópico “injetoras” e outra para “periféricos”.
Alfredo Fuentes, diretor geral da filial brasileira da Arburg e participante da comissão organizadora do evento, explicou que a tecnologia germânica no segmento de injeção é bastante representativa, e o objetivo é trazer para o público brasileiro as melhores práticas de que se tem registro atualmente na Europa.
A apresentação da empresa ficará a cargo de Thomas Walther, diretor de tecnologia e desenvolvimento de aplicações, que
vai tratar de como avanços tecnológicos incorporados aos novos equipamentos podem tornar os processos produtivos mais sustentáveis. Ele des-
Edição de 2022 do Simpósio Internacional sobre Tecnologia de Plásticos.
tacou que a sustentabilidade é intrínseca à proposta da empresa, que desenvolve maquinário para durar mais de 30 anos, inclusive com medição
om subsidiária brasileira em Cotia (SP), a suíça Netstal desenvolveu um sistema especial para a produção de seringas com qualidade 100% assegurada, o que se tornou possível graças ao registro e à documentação de todos os dados do processo de injeção, assim como as características determinantes da qualidade dos produtos, procedimentos típicos do ambiente de indústria 4.0.
A empresa mostrou durante a Fakuma, feira alemã de tecnologia para o setor de plásticos, a produção de corpos de seringa de 10 ml com adaptadores feitos com copolímero cicloolefínico (COC)
em uma injetora da linha Elion MED, totalmente elétrica e com força de 1.750 kN. O peso da peça é de 7,8 g e o tempo de ciclo é de cerca de 20 segundos.
da pegada de carbono da produção de cada equipamento. “A eficiência energética também é algo a ser levado em conta tendo em vista o custo do kWh por peça boa produzida, e neste sentido apresentaremos novidades no evento”, acrescentou.
A Braskem também participará desta edição do evento, tratando do projeto de embalagens sustentáveis, coordenado pelo Cazoolo, laboratório de design colaborativo da empresa.
São patrocinadoras as empresas Wittmann, Mecalor, Arburg, BASF, Engel, Krauss Maffei, LIAD Smart e Sumitomo Demag. Informações e inscri ções no site: www.simposioplastico.com
Imagem: Netstal
A peça foi injetada em um molde com oito cavidades, desenvolvido pela ferramentaria de precisão Fostag. O monitoramento contínuo dos processos térmicos que ocorrem na ferramenta foi realizado utilizando o Moldflow. Também são parceiros no projeto a Motan Colortronic, na preparação e alimentação do material, assim como a HB-Therm, que fornece dispositivos de controle de temperatura de última geração. A SKA fornece o sistema de manuseio automático que executa a remoção lateral em alta velocidade e o armaze namento de peças, enquanto uma câmera para captura de imagens térmicas registra a temperatura de desmoldagem.
Netstal – https://www.netstal.com
Imagem:
Máquina, periféricos, processos – nós fazemos isto para você. Com as nossas soluções turn key, nós resolvemos o planejamento e a implementação de tarefas exigentes de produção para você. E você se concentra no que realmente importa: seus clientes.
www.arburg.com.br
NOTÍCIAS
oi anunciado pela Abiplast –Associação Brasileira da Indústria do Plástico – que a nova edição do seu anuário, intitulado “Perfil 2023 – As indústrias de transformação e reciclagem de plásticos no Brasil”, já pode ser acessada gratuitamente.
A publicação traz informações sobre os principais setores consumidores de resinas em 2023 e destaca a geração de 370 mil empregos pelo setor.
As informações abrangem o desempenho da produção, a demanda por produtos feitos de plástico, índices de reciclagem mecânica de resíduos pós-consumo e faturamento, por exemplo.
De acordo com a publicação, em 2023 foram produzidas no Brasil 7,04 milhões de toneladas de produtos plásticos, ao passo que o consumo naquele ano foi de 7,49 milhões de toneladas, com faturamento de R$ 123,36 bilhões.“As resinas mais usadas no ano passado foram o polipropileno (PP), representando 19,7% do total de resinas analisadas, o polietileno de baixa densidade linear (PEBDL), 15,3%, polietileno de alta densidade (PEAD), 13,9%, e o poli-
cloreto de vinila (PVC), 13,8%. No ranking também aparece o polietileno de baixa densidade (PEBD), equivalente a 7,6% do volume, politereftalato de etileno (PET), 6,9%, poliestireno (PS), 6,4%, e o poliestireno expandido (EPS), que representa 3,3% do montante. O estudo que levou à elaboração do anuário mostrou que em 2023 o volume de plásticos pós-consumo reciclados, processados por reciclagem mecânica, chegou a 1,1 milhão de toneladas. Isso representa 25,6% de todo o material destinado a esse fim.
Além disso, o índice de reciclagem por material mostrou que o poli(tereftalato de etileno) (PET) foi o principal material reaproveitado, representando 53,6% do total.
José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Conselho da Abiplast, comentou: "A publicação do Perfil 2023 apresenta dados sobre a produção, consumo e reciclagem de plásticos no País, além de destacar a importância do plástico em áreas essenciais da economia como a construção civil, indústria de alimentos e o setor automotivo. Estamos confiantes de que o anuário será uma fonte de informação valiosa para toda a cadeia produtiva”.
A nova edição do anuário pode ser acessada gratuitamente no linkwww.abiplast.org.br/ publicacoes/perfil-2023/.
esquisa global feita por consultoria britânica sugere a redução do consumo de impressoras 3D para fins industriais, em contraposição ao aumento expressivo do uso dos modelos de entrada. A pesquisa prevê, porém, que deverá ocorrer em breve uma retomada das compras da indústria.
A agência britânica Context divulgou os resultados de uma pesquisa global sobre o mercado de impressoras 3D no segundo trimestre deste ano, que aponta o declínio das encomendas de modelos para aplicações industriais, de médio porte e profissionais, ao passo que os modelos de entrada tiveram um crescimento extraordinário.
No setor industrial foram constatadas remessas globais fracas de sistemas para impressão de polímeros, especialmente os que operam por fotopolimerização. Já os sistemas de impressão de pós metálicos tiveram melhor desempenho, com as remessas de equipamentos para fusão em leito de pó metálico domésticas da China crescendo 7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O segmento profissional apresentou melhora, impulsionada em grande parte pelo lançamento bem-sucedido de um novo produto da Formlabs.
A classe de equipamentos de entrada (entry level) experimentou um crescimento muito robusto, com remessas aumentando 65%.
As receitas em todos os outros segmentos, exceto a categoria de entrada, caíram em comparação ao ano anterior, com a queda mais acentuada no segmento profis-
doras manifestaram ter interesse em retomar as compras assim que a situação financeira melhore.
“Os insights mais recentes sobre remessas globais de sistemas de impressoras 3D destacam tendências muito diferentes nas extremidades alta e baixa do mercado”, comentou Chris Connery, VP de Análise Global da Context.
sional (-21%), embora o declínio de -17% nas receitas de impressoras industriais seja o mais preocupante. As impressoras mais simples foram responsáveis por 48% das receitas globais de sistemas durante o trimestre, tornandose a classe mais popular.
“A desaceleração nas remessas de novos equipamentos no importantíssimo segmento industrial aponta que as empresas deste setor – particularmente as ocidentais –estão dando um passo atrás e avançando de forma mais madura no que se refere ao uso da tecnologia. Por outro lado, as compras de impressoras 3D industriais devem aumentar assim que o custo do dinheiro cair, da mesma forma que os mercados se abriram imediatamente após a Covid”, acrescentou Connery, mencionando que o corte de meio ponto na taxa de juros que o Federal Reserve (Estados Unidos) anunciou em setembro (o primeiro corte em quatro anos) foi uma boa notícia para a indústria norte-americana.
Três movimentos que marcaram o segundo trimestre de 2024.
O segmento industrial apresentou a maior queda, com as remessas caindo 25% em relação ao ano anterior, marcando o quarto trimestre consecutivo de declínio.
O relatório aponta que o segundo trimestre de 2024 foi difícil para muitas empresas ocidentais, com a Stratasys, Velo3D e Markforged anunciando demissões e outras entrando com pedido de falência. As altas taxas de juros têm atrasado novos investimentos, mas muitas grandes empresas consumi-
“A longo prazo, espera-se que a comercialização de equipamentos para o segmento industrial registre uma taxa de crescimento de 19% ao ano nos próximos cinco anos, à medida que o custo do capital diminui e a manufatura aditiva se volta cada vez mais para a produção em série”, finalizou Chris Connery.
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As empresas listadas a seguir são fornecedoras de equipamentos voltados para o armazenamento e/ou movimentação de resinas plásticas em parques fabris, seja para a alimentação de máquinas ou para o acondicionamento de grânulos. Silos, big bags, descarregadores e transportadores pneumáticos são alguns dos itens oferecidos ao mercado.
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Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 223 empresas pesquisadas. Revista Plástico Industrial, outubro/novembro de 2024.
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A empresa é
Até o momento, revestir filmes contráteis tem constituído um grande desafio porque existem apenas alguns poucos sistemas de revestimento com capacidade de contração. Uma nova família de sistemas desse tipo, que reage com a superfície do substrato, formando ligações covalentes, expande as possibilidades nesse sentido. Revestimentos de proteção contra radiação ultravioleta e revestimentos com propriedades antiembaçantes já foram aplicados com sucesso, em escala de rolo-a-rolo.
Afuncionalização de filmes flexíveis pela aplicação de revestimentos é um método já estabelecido para melhorar seu desempenho. Dependendo das propriedades desejadas, diferentes revestimentos podem ser selecionados, por exemplo, para melhorar as características de barreira contra gases do filme, criar uma superfície antimicrobiana ou imprimir cores e desenhos. As funcionalizações para filmes contráteis que foram usadas como exemplos abordados a seguir são uma camada protetora
Stefan Schiessl (stefan.schiessl@ivv.fraunhofer.de) é pesquisador-associado do Instituto Fraunhofer de Engenharia de Processos e Embalagens (Fraunhofer-Institut für Verfahrenstechnik und Verpackung, IVV), Alemanha. Klaus Noller (klaus.noller@ivv.fraunhofer.de) é pesquisador-associado do IVV. Este artigo foi publicado originalmente na edição de outubro de 2023 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial . Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
contra radiação ultravioleta ou revestimento antiembaçante. Camadas de proteção contra radiação ultravioleta são usadas, por exemplo, em filmes para proteção de obras de arte valiosas ou mídia impressa, e alimentos sensíveis à fotooxidação, como carne ou temperos. Os revestimentos antiembaçantes são usados principalmente nas embalagens de frutas ou vegetais para evitar a condensação de gotas de água no interior do filme, garantindo assim uma visão clara do produto. A condensação se deve ao grande aumento da umidade relativa causada pela respiração do material embalado.
Desvantagens dos revestimentos tradicionais: migração e degradação
Uma desvantagem de alguns revestimentos funcionais está no fato de que os aditivos poliméricos (por exemplo, para proteção contra radiação ultravioleta) estão presentes em uma estrutura com baixo peso molecular e se encontram dispersos homogeneamente na matriz polimérica. Esses aditivos têm tendência à migração, o que pode levar, entre outras coisas, à sua exsudação na superfície do polímero. Este fato,
Embalagem com filme retrátil para maçãs frescas. Esses filmes possuem propriedades antiembaçantes para evitar a formação de gotículas no interior da embalagem (Fonte: Industrieblick – stock.adobe.com)
S. Schiessl e K. Noller
além de provocar alterações visuais, faz com que a funcionalidade pretendida com os aditivos seja gradualmente perdida ao longo do tempo. Se for requerida uma transparência óptica clara, os aditivos particulados devem estar em escala nanométrica, para que não levem à difusão da luz, o que corresponderia a uma turvação do filme. Uma alternativa possível é o uso de aditivos reticulados.
Outra desvantagem é o fato de que os agentes absorvedores inorgânicos de radiação ultravioleta são decompostos ou completamente consumidos durante a sua vida funcional, perdendo assim seu efeito protetor. Existem também agentes orgânicos absorvedores de radiação ultravioleta que geralmente apresentam boas propriedades de absorção, mas que migram para uma camada sobre a superfície e também perdem seu efeito protetor. Algo semelhante também ocorre com os aditivos com propriedades antiembaçantes, que em pouco tempo migram para a superfície, sendo então removidos dali.
Filmes flexíveis versus contráteis
polietileno (PE) e tereftalato de polietileno (PET) (orientados), que são usados na fabricação de embalagens de alimentos e produtos de higiene.
Os filmes contráteis são aqueles que se contraem significativamente sob a influência da temperatura. O grau de contração pode ser de até 50% do comprimento original em ambas as direções, comprimento e largura, ou seja, é biaxial. As áreas de aplicação desses filmes também são diversificadas e vão desde coberturas retráteis de policloreto de vinila (PVC), películas retráteis de
encolha. Para que isso aconteça, o revestimento deve encolher junto com ele. As camadas de revestimento geralmente se caracterizam pelo fato de apresentarem adesão muito boa ao substrato (aderência) e estabilidade interna (coesão).
Se um material de revestimento tradicional for aplicado a um filme retrátil, por exemplo, revestimento antiembaçante à base de acrilato, surge um problema. O filme revestido é transparente em seu estado original, mas durante o encolhimento ocorrerão muitas pequenas rupturas no revestimento, o que leva à perda da transparência (figura 1), ou, na pior das hipóteses, ao lascamento.
Fig. 1 – Camada de funcionalização clássica aplicada a um filme retrátil de polietileno (PE) antes da contração (à esquerda); a imagem superior mostra detalhes do filme para avaliação da transparência, e a inferior mostra uma micrografia com ampliação de 25 vezes. A camada de funcionalização é mostrada à direita após contração biaxial de 30%, com fotografia e micrografia (Fonte: FraunhoferIVV/Syfan,Sa’ad/Israel)
É importante distinguir as propriedades de filmes flexíveis das dos contráteis. A partir daqui, define-se como um filme plástico flexível aquele que pode ser sucessivamente dobrado até certo ponto sem que ocorra perda de sua qualidade, mas que não possui quaisquer propriedades de encolhimento definidas. Os principais materiais representantes dessa classe são o polipropileno (PP),
polietileno para garrafas PET, até películas retráteis de poliolefinas altamente transparentes para maçãs, carne ou livros.
Esta diferença intrínseca entre os filmes flexíveis e retráteis também implica em um sério contraste na funcionalização dos materiais. Isso porque só faz sentido econômico, e só é tecnicamente viável, funcionalizar um filme retrátil antes que ele
Novos sistemas de revestimento
Em 1968, Werner Stöber publicou um procedimento de síntese para a produção de partículas esféricas monodispersas de ácido silícico, também chamadas de nanopartículas de sílica (1) . Este é um processo sol-gel no qual o ortossilicato de tetraetila (TEOS) é hidrolisado em álcool e polimerizado para formar etoxissilano. Os sistemas de revestimento aqui apresentados foram recentemente desenvolvidos, e se baseiam em um princípio semelhante, com a diferença de que a reação ocorre não apenas entre os grupos silicato do revestimento, mas também nos grupos funcionais de uma superfície polimérica ativada. Por exemplo, ao aplicar um revestimento para bloqueio da radiação ultravioleta (figura 2), o filme retrátil de PE é primeiramente
Fig. 2 – Representação esquemática sobre o funcionamento dos novos revestimentos usando uma camada bloqueadora de radiação ultravioleta para funcionalizar filmes retráteis (Fonte: Fraunhofer IVV; Gráfico: Hanser)
ativado com um tratamento de plasma atmosférico, geralmente uma descarga corona na superfície do filme. À medida que o filme passa pelo campo elétrico, as cadeias poliméricas próximas à superfície se rompem, reagindo então com as moléculas de gás circundantes e formando grupos hidroxila, carbonila e, mais raramente, hidroperóxido. A seguir, é aplicado à superfície ativada um sistema de revestimento contendo 2-hidroxi-4-(3tri-etoxisililpropoxi) difenilcetona (SiUV) em uma mistura alcalina de água e etanol. A reação induzida pela temperatura pelo processo sol-gel ocorre agora, principalmente entre os grupos silicato da molécula SiUV e a superfície do polímero funcionalizado. Obtémse moléculas que estão ligadas por uniões covalentes ao substrato e têm poucas ligações cruzadas. Isso elimina as desvantagens dos revestimentos tradicionais para o caso de filmes retráteis, porque a ligação covalente evita a migração e o pequeno número de ligações
cruzadas permite que as moléculas se aproximem durante o encolhimento. O grupo funcional crucial para as propriedades do revestimento pode ser selecionado para a aplicação desejada.
Da escala laboratorial até o teste rolo-a-rolo
Existem dois desafios principais para transferir o processo aqui abordado desde a escala de
laboratório até a aplicação automatizada em escala de rolo-arolo (R2R):
• O processamento de filmes retráteis de PE, mecanicamente muito frágeis, não é fácil;
• O prazo de validade do revestimento altamente reativo deve ser longo o suficiente para uso em processos industriais.
Os sistemas rolo-a-rolo para processamento de filmes retráteis de PE devem ser capazes de operar de maneira a manter as tensões e estiramentos do filme em níveis muito baixos, a fim de minimizar as alterações mecânicas antes do seu encolhimento. Assim, a temperatura de secagem do revestimento não deve ser superior a 50°C. Caso contrário, o filme encolherá ainda no equipamento.
O prazo de validade é o período de tempo durante o qual um sistema reativo misto, por exemplo, um revestimento, pode ser aplicado. Após esse prazo, a
desejadas não podem mais ser obtidas. A formulação original em escala laboratorial apresentava um prazo de validade de dois minutos, enquanto para a escala rolo-a-rolo deve-se determinar um tempo de vida útil de pelo menos vinte minutos. O
Fig. 4 – Filme retrátil sem (esquerda) e com (direita) revestimento antiembaçante. Os filmes foram encolhidos em um copo com água fervente (Fonte: Universidade BarIlan, Ramat Gan/Israel)
reação química progrediu a tal ponto que se observam alterações perceptíveis no revestimento (por exemplo, na sua viscosidade) e as propriedades
prolongamento da vida útil da mistura foi conseguido reduzindo a velocidade de reação pelo uso de maior teor de água e incorporando um revestimento à
base de resina epóxi, que tem a função de se ligar quimicamente às moléculas de SiUV que não reagiram.
Filmes contráteis antiembaçantes resistentes à radiação ultravioleta
O Instituto Fraunhofer de Engenharia de Processos e Embalagens (Fraunhofer-Institut für V erfahrenstechnik und Verpackung, IVV), Alemanha, conseguiu revestir com sucesso um filme retrátil apresentando propriedades de bloqueio à radiação ultravioleta na escala roloa-rolo, o qual não mostrou perda de propriedades após o encolhimento. O filme retrátil de PE não bloqueia a radiação ultravioleta se não estiver revestido (figura 3). O revestimento contrátil aplicado em escala de laboratório ainda permite a passagem de uma certa quantidade de radiação ultravioleta, mas torna-se mais denso quando encolhido, uma vez que as moléculas de SiUV encontram-se agora ainda mais densamente compactadas.
A barreira tradicional bloqueia quase toda a radiação ultravioleta, mas tem duas desvantagens: a absorção da luz azul, na faixa de 380 a 400 nm, faz com que o filme pareça levemente amarelado; após o encolhimento, o filme perde sua transparência absoluta (figuras 1 e 3), uma vez que a transparência em toda a região visível do espectro é aproximadamente 10% menor. Já a versão modificada do revestimento contrátil apresenta exatamente as propriedades que o desenvolvimento visava: bloqueio completo da radiação ultravioleta, transparência e contratilidade.
A possibilidade de transferência do conceito de síntese Stöber modificado também foi testada quanto à obtenção das propriedades antiembaçantes.
Aqui foi usado o TEOS, originalmente usado para formar partículas de ácido silícico, o qual também se polimeriza sobre a superfície plástica ativada, na presença de polivinilpirrolidona (PVP) como aglutinante. Obtém-se assim um revestimento retrátil com energia superficial extremamente alta, que evita a formação de gotículas ao fazer com que a água condensada se espalhe. Portanto, ocorre a formação de um filme de água na superfície do filme (figura 4).
Conclusão
Os filmes retráteis podem ser funcionalizados usando o conceito de um revestimento que polimeriza em superfícies ati-
vadas pela síntese de Stöber modificada. A funcionalização não se limita à proteção contra radiação ultravioleta ou às propriedades antiembaçantes, mas pode, em teoria, ser escolhida arbitrariamente, dependendo do grupo funcional na molécula de ortossilicato. É necessário desenvolver a transferência desde a escala laboratorial para a escala rolo-a-rolo para cada nova formulação do revestimento, visando prolongar sua vida útil da mistura a um nível economicamente viável.
Referências bibliográficas
As referências bibliográficas deste artigo podem ser encontradas no endereço eletrônico www.kunststoffe.de/onlinearchiv.
São listadas neste guia empresas que fornecem insumos (resinas e aditivos), máquinário e equipamentos periféricos empregados na fabricação de embalagens a partir do poli(tereftalato de etileno) (PET).
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Um gêmeo digital do processo de moldagem por injeção usa todos os parâmetros do processo físico para prever a qualidade de uma peça que será fabricada. Ao treinar continuamente seus modelos de aprendizagem de máquina, o gêmeo digital também se torna capaz de aprender sobre fatores que atuam no processo e que até então eram desconhecidos, assim como sugerir ajustes.
Quase um quarto das cerca de 367 milhões de toneladas de resinas produzidas atualmente a cada ano é processado por moldagem por injeção, o que representa uma das áreas de aplicação mais importantes (1) . Por exemplo, cerca de 70% das empresas globais de transformação de plásticos usam a moldagem por injeção (2) . Devido aos esforços para tornar os componentes plásticos e sua produção mais amigáveis ao meio-ambiente –eles estão expressos, por exemplo, nas estratégias para os plásticos
Marco Klute (marco.klute@uni-kassel.de) é pesquisador-assistente do Departamento de Tecnologia de Plásticos do Instituto de Engenharia de Materiais da Universidade de Kassel (Fachgebiets Kunststofftechnik am Institut für WerkstofftechnikIfW der Universität Kassel). Hans-Peter Heim (heim@uni-kassel.de) é diretor administrativo do IfW e chefe do Departamento de Tecnologia de Plásticos. Este artigo foi publicado originalmente na edição de novembro de 2023 da revista alemã Kunststoffe. Copyright by Carl Hanser Verlag. Direitos para o português adquiridos por Plástico Industrial. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
da Comissão Europeia(3), do Pacto Ecológico Europeu (4) e da Agenda das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (5) –, o tema da sustentabilidade está cada vez mais se deslocando para
a indústria. As principais abordagens para tornar a produção mais sustentável consistem no aumento do uso de materiais reciclados e de matérias-primas com origem biológica, bem como
M. Klute e H-P. Helm
na redução das demandas energéticas e da fração de rejeitos. Por exemplo, em 2021 o uso de resinas recicladas pós-consumo na Europa aumentou 20% em comparação com o ano anterior, de modo que 9,9% dos plásticos processados (55,6 Mt) consistiam em material reciclado (6) Dentre os desafios importantes que o aumento do uso de materiais reciclados na moldagem por injeção traz consigo estão as flutuações no processo e na qualidade dos componentes, que são causadas, entre outras coisas, por propriedades inconsistentes da matériaprima. Mesmo no caso de material reciclado com qualidade uniforme, ainda se obedece à diretriz que estabelece que apenas um máximo de 5% de material reciclado pode ser adicionado de forma incondicional (7) . Caso contrário, tolerâncias rígidas na precisão dimensional não poderão mais ser garantidas, especialmente na produção de componentes técnicos. No futuro, a inteligência artificial, na forma de gêmeos digitais, vai monitorar e ajustar continuamente a moldagem por injeção, de maneira a compensar as flutuações. Um gêmeo digital desse tipo foi desenvolvido em estreita cooperação entre os Departamentos de Tecnologia de Plásticos e de Metrologia e Tecnologia de Controle da Universidade de Kassel, como parte de um projeto de pesquisa e transferência de tecnologia. O objetivo do projeto “Gêmeo digital da moldagem por injeção” (Digital Twin of Injection Molding, DIM) foi proporcionar vantagens competitivas, especialmente para empresas de pequeno e médio porte, permitindo-lhes criar gêmeos digitais dos seus sistemas de produção e usá-los para otimizar seus processos de fabricação. Para tanto, todas as etapas de desenvolvimento foram
documentadas detalhadamente e apresentadas em diversos eventos para transferência de tecnologia. O gêmeo digital é constituído por uma representação digital do processo físico, baseada em dados, e pode usar modelos de aprendizagem de máquina apropriados para prever a qualidade da peça final com base em dados de processo. Ao comparar a previsão feita com os parâmetros de qualidade reais, os modelos digitais são continuamente treinados para que influências no processo que eram originalmente desconhecidas possam ser levadas em consideração.
Aberta de Comunicações (Open Platform Communications Unified Architecture, OPC UA). Usando esse padrão, foi desenvolvido dentro do projeto DIM um script Python que registra os dados do processo relevantes para o gêmeo digital e os arquiva de maneira relacionada ao ciclo. A funcionalidade geral do script é baseada no fato de que um chamado sinal de disparo (aqui: movimento do molde) é monitorado e uma lista específica de variáveis de processo é consultada assim que este sinal atinge um valor especificado.
Os protocolos de comunicação padronizados desempenham um papel crucial no contexto da Indústria 4.0 para viabilizar a transferência de dados entre diferentes dispositivos e servidores (8) . Por exemplo, no caso das injetoras, foi estabelecido um padrão de comunicação desenvolvido pela Confederação da Indústria Europeia de Máquinas para Plásticos e Borracha (Euromap), baseado na interface de Arquitetura Unificada para Plataforma
Assim, para a operação em tempo real do gêmeo digital, todas as variáveis de configuração relevantes para a qualidade (valores como, por exemplo, da vazão volumétrica de injeção, temperaturas do canhão ou perfis de pressão de compactação), bem como as variáveis de processo resultantes (valores reais como pressões, tempos ou posições), são registradas para cada ciclo da máquina (figura 1). Embora algumas dessas variáveis estejam disponíveis na forma de valores escalares, para outras variáveis características é necessário dispor
de séries temporais completas. Isso inclui, entre outras coisas, a curva de pressão de injeção resultante ou a evolução de volume da rosca. As evoluções ao longo do tempo da pressão interna e da temperatura da parede do molde também foram registradas usando um sensor combinado de pressão e temperatura integrado à cavidade.
Construindo uma célula para medição da qualidade
O controle indireto da qualidade é uma prática comum na moldagem por injeção, na qual se faz o controle das variáveis da máquina ou do processo que se correlacionam com a qualidade do componente (9) . Entretanto, a moldagem por injeção é influenciada por inúmeros fatores de perturbação não mensuráveis que influenciam o desempenho da máquina. Portanto, parâmetros de processo idênticos não levam a evoluções idênticas de
processo e não levam à produção de componentes com níveis idênticos de qualidade. O gêmeo digital deve proporcionar suporte por sugestões de ajustes na definição dos parâmetros do processo, de maneira que seja obtido o nível de qualidade desejado. Para poder considerar influências disruptivas, os parâmetros da qualidade previstos devem ser continuamente comparados com os valores reais, e os modelos de aprendizagem de máquina (ML) devem ser retreinados com base nos desvios observados.
As características dos componentes produzidos no projeto DIM usando o equipamento experimental (modelo Allrounder 470 S da Arburg) foram determinadas de maneira sincronizada com o ciclo, usando uma célula de medição da qualidade constituída por uma balança de laboratório (modelo Entris II da Sartorius) para determinação do peso do componente, e um projetor de medição
digital (modelo IM-7020 da Keyence), a qual determina diversos diâmetros, distâncias e tolerâncias geométricas de posição (figura 2).
Treinamento dos modelos para aprendizagem de máquina
Para treinar os modelos para aprendizagem de máquina, em primeiro lugar deve ser coletado o maior conjunto de dados possível, incluindo tantos efeitos principais e interações entre os parâmetros de ajuste do processo quanto possível. No projeto DIM foi definido um planejamento de experimentos fatorial completo, composto por oito parâmetros. Com base nesses dados, diversas estruturas de modelos foram treinadas e comparadas de acordo com a chamada taxa de melhor ajuste (best fit rate, BFR). De acordo com as variáveis de entrada do modelo, as abordagens podem ser divididas em três categorias:
• Modelos de valor desejado: a qualidade do componente é derivada diretamente dos valores objetivados da máquina, usando modelos de regressão polinomial ou perceptron com múltiplas camadas;
• Modelos estáticos: além dos valores desejados, variáveis estáticas do processo (por exemplo, a pressão máxima na cavidade), que são determinadas a partir das curvas de variáveis do processo, também são usadas para calcular a qualidade (regressão polinomial ou perceptron com múltiplas camadas);
• Modelos dinâmicos: redes neurais recorrentes calculam a qualidade com base em todas as séries temporais de variáveis do processo.
Como já era esperado, foi demonstrado que os modelos dinâmicos obtêm valores mais altos da taxa de melhor ajuste e podem, portanto, representar melhor a realidade (figura 3). Mas os modelos estáticos, especialmente o perceptron com múltiplas camadas, também mostraram resultados apenas ligeiramente piores que os modelos dinâmicos. Como também requerem tempos de computação significativamente mais curtos, são mais adequados para a operação em tempo real do gêmeo digital. Embora o gêmeo digital pré-treinado receba os novos dados da máquina e do processo após cada ciclo de moldagem por injeção e os use para prever a qualidade do componente, ele compara essa previsão com as variáveis de qualidade efetivamente medidas e se retreina com base no erro então observado. Assim, ele aprende a descrever o
Fig.3–Acomparaçãodamelhortaxadeajusteobtidapelosdiferentesmodelosmostra queosmodelosdinâmicos,queusamsériestemporaisinteirascomovariáveisdeentrada, podemrepresentarmelhorarealidade.Masosmodelosestáticos(perceptronscom múltiplas camadas) também obtiveram taxas de melhor ajuste com valores muito altos
(Fonte:IfW;Gráfico:Hanser)
processo de maneira cada vez melhor ao longo do tempo. Pela retropropagação o gêmeo digital também pode calcular as configurações ideais da máquina para uma característica de qualidade desejada.
Validação do gêmeo digital usando cenário desconhecido
A funcionalidade do gêmeo digital foi testada detalhadamente em vários estudos de caso. Em um deles (figura 4), houve a incorporação ao processo de 20%
de resina reciclada a partir do ciclo 22. Como o gêmeo digital não tinha conhecimento sobre as diferentes propriedades desse material, ele inicialmente não conseguiu prever o desvio ocorrido no peso do componente, o que refletiu na diferença entre a qualidade medida e calculada e no valor da melhor taxa de ajuste (BFR). Após o primeiro retreinamento (ocorrido no ciclo 43), essa taxa aumentou novamente e o peso do componente obtido foi previsto com maior precisão.
Fig.4–Apartirdociclo22passou-seaincorporar20%dematerialrecicladoaoprocesso–eogêmeodigitalnãomaisconseguiupreveropesodocomponente.Oduploretreinamento (linhas verticais emcinza) e o reajuste dos ajustes do processo (linhas verticaisverdes) fizeram com que o peso desejado fosse novamente obtido de acordo com as sugestões do gêmeo digital (Fonte: IfW; Gráfico: Hanser)
Para obter uma peça com peso de 8,19 g o gêmeo digital calcula ajustes nas variáveis de ajuste, considerando as condições de adaptação recém-aprendidas nos parâmetros de ajuste. Após alterar os valores desejados de acordo com a orientação do gêmeo digital (no ciclo 48), o peso do componente mudou, mas o valor desejado ainda não foi obtido. Somente após novo retreinamento (no ciclo 66) e novo ajuste das variáveis de ajuste (no ciclo 71) o valor desejado seria obtido.
Este cenário ilustra muito bem a importância do retreinamento, pois só assim o peso desejado poderia ser conseguido, apesar da influência externa desconhecida. O ideal é que os modelos dos gêmeos digitais sejam retreinados após cada ciclo da máquina, mas
isso não foi feito neste estudo para mostrar mais claramente o efeito do retreinamento e do ajuste do processo.
Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer ao estado alemão de Hesse pelo apoio e promoção do projeto “Gêmeo digital da moldagem por injeção” (Digital Twin of Injection Molding”, FKZ: 0107/ 20007409). O projeto também foi financiado pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (Europäischer Fonds for regionaler Entwicklung, EFRE). Os agradecimentos são também estendidos ao Departamento de Engenharia de Medição e Controle da Universidade de Kassel, por sua intensa
colaboração no projeto da criação do gêmeo digital.
Serviço
Uma descrição mais detalhada do estudo de caso, em formato de vídeo, pode ser encontrada no endereço eletrônico www.uni-kassel.de/ go/DIM). Todos os documentos apresentados e os workshops realizados, bem como as diretrizes que descrevem as etapas de desenvolvimento necessárias para criar um gêmeo digital, também se encontram disponíveis gratuitamente.
Referências bibliográficas
As referências bibliográficas mencionadas neste artigo podem ser encontradas na página www.kunststoffe.de/onlinearchiv.
Nova pesquisa feita junto aos transformadores por injeção mostrou que aumentou o uso de células robotizadas no chão de fábrica, e também da manufatura aditiva (impressão 3D), utilizada principalmente para o desenvolvimento de produtos.
evantamento realizado no setor de transformação de plásticos por injeção, para atualização do guia de empresas que atuam nesta área, mostrou que aumentou o uso de tecnologias para manufatura aditiva (impressão 3D) no desenvolvimento de produtos nos parques fabris das empresas participantes. A pesquisa de 2024 apontou que 72,09% delas estão usando manufatura aditiva, principalmente para a realização de prototipagem rápida, enquanto o percentual no levantamento de 2023 era de 54,17%.
Também foi constatado que 27,91% das empresas que colaboraram com a sondagem de 2024 possuem robôs manipuladores. Neste caso, houve uma ligeira redução no uso desse tipo de tecnologia, tendo em vista que o percentual apontado na pesquisa do ano anterior era de 33,33%.
Mas o setor continua a se movimentar em se tratando do uso de robótica industrial no seu dia a dia. Falando da situação atual, 58,33% das entrevistadas contam com de 1 a 4 robôs em suas linhas de produção, enquanto 33,33% possuem de 12 a 25 robôs e um percentual de 8,34% conta com até 36 robôs manipuladores.
Questionadas sobre a presença de células robotizadas em seus parques fabris, 11,62% das companhias afirmaram possuí-las –o que indica um aumento do uso desse tipo de tecnologia, já que em 2023 o percentual era de 10,42%. As células robotizadas estão sendo destinadas à execução de tarefas como soldagem, estampagem, contagem e embalamento de peças plásticas, por exemplo. Além disso, 4,65% das empresas informaram que atualmente também utilizam robôs colaborativos na sua produção.
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O uso de recursos digitais nos processos produtivos, os quais estão alinhados com os conceitos da Indústria 4.0, também foi um dos tópicos da nova pesquisa. Os recursos de computação em nu vem, sistemas MES ( Manufacturing Execution System, ou sistema de gerenciamento de processos produtivos, em tradução livre) integrados a sistemas ERP (Enterprise Resource Planning, ou traduzindo para o português, planejamento dos recursos da empresa), automação robótica e Internet das Coisas (IoT) são os que mais estão em uso em suas plantas fabris.
Também foram mencionados sistemas de cibersegurança, de aprendizagem de máquina
(machine learning) e recursos para análise de Big data no ambiente de produção, cujo uso ainda se encontra em menor escala em comparação com os recursos abordados anteriormente. No entanto, 51,16% das participantes do levantamento têm planos de investir em recursos digitais para o chão de fábrica nos próximos anos. Aportes de 3% a 30% do faturamento devem ocorrer nos próximos cinco anos na maioria das empresas. Uma parcela das entrevistadas, porém, pretende fazê-lo no período de dois a quatro anos, ao passo que prazos mais longos estão no horizonte de algumas delas.
A disposição para investimentos em decorrência da Lei da Depreciação Acelerada (PL 2/2024), que visa à modernização do parque fabril brasileiro, foi um dos tópicos da pesquisa de 2024. Perguntadas se a lei vai influenciar os planos de aquisição de novas máquinas e equipamentos para a fabricação de produtos plásticos nos próximos dois anos, cerca de 41,87% das companhias disseram sim, ao passo que 58,13% afirmaram que a lei não vai alterar seus planos de aquisição de equipamentos.
Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.373 empresas pesquisadas.
Revista Plástico Industrial, outubro/novembro de 2024.
Este e muitos outros Guias PI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/pi e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-linede todos estes guias.
O na embalagem
SIG, de origem suíça e com unidade brasileira em São Paulo (SP), traçou uma estratégia tendo em vista o uso intensivo do polietileno (PE) como único material das embalagens flexíveis que fabrica.
No caso das embalagens finais, válvulas dispensadoras são montadas nas bolsas, e para intermediárias, voltadas para a indústria e distribuição de alimentos (foodservice), podem ser usados engates rápidos para conexão nas linhas de produção.
Desenvolvedora de máquinas e sistemas de envase, a empresa atua desde 2022 na transformação de plásticos, fabricando embalagens finais e intermediárias para alimentos, bebidas e sanitizantes, com ênfase em projetos do tipo bolsa (pouches) com capacidades entre 50 ml e 1.600 litros.
As embalagens voltadas para o transporte de água, sucos, molhos e alimentos pastosos ganharam versões do tipo bag in box, que consiste em uma bolsa flexível em PE contendo válvula dispensadora, acondicionada em uma caixa de papel cartonado (fotos). Conforme a aplicação a que se destinam, os filmes podem conter uma camada de EVOH, ou PET, atuando como barreira.
Inspeção de preformas por IA
A Easy ODM, uma empresa da Lituânia, desenvolveu um sistema de inspeção de preformas de poli(tereftalato de etileno) (PET) baseado em inteligência artificial (IA) que atua em tempo real, em linha com o processo de fabricação.
Imagens: SIG
A opção pela fabricação desse tipo de embalagem tem em vista o projeto visando a reciclagem ao final da vida útil (design for recycling), como explicou Thiago Franzin, responsável pelo setor de vendas do negócio de Bag in Box da SIG: “O polietileno é um material que tem alta demanda no setor de reciclagem, e isso justifica o estágio avançado de migração para este material na SIG”. O aspecto inerte do PE também contribuiu para a opção. Filmes desenvolvidos para acondicionar água nas embalagens bag in box, por exemplo, não apresentam migração de sabor ou de odor para o conteúdo. A solução também tem substituído embalagens rígidas com uma nítida vantagem em termos de custos e de impacto ambiental. “Bombonas de 20 litros, originalmente sopradas, podem ser substituídas pela bolsa em filme plástico combinada com a embalagem cartonada. Ambas chegam desmontadas para o cliente, o que simplifica também operações logísticas e de armazenagem”, acrescentou Thiago.
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O sistema se baseia na instalação de câmeras industriais conectadas a um softwareque identifica uma ampla gama de defeitos recorrentes em preformas de PET, independentemente da sua cor, grau de transparência ou tamanho. Denominado Smart AI, o software possui recursos de autoaprendizagem, o que aprimora a sua precisão ao longo do
tempo, tendo em vista que eventuais novos tipos de defeitos detectados passam a fazer parte de sua biblioteca. Ao detectar irregularidades, o sistema emite alertas visuais e sonoros para os operadores, permitindo a atuação imediata para que sejam feitas as correções necessárias e mantidos os padrões de qualidade do produto.
Dentre os defeitos normalmente detectados estão desvios de cor, pontos pretos, rachaduras, pontos de de-
mente integrada à linha de produção. Utilizando algoritmos avançados de visão computacional para executar análise de cores instantânea em cada preforma de PET à medida que ela atravessava o ciclo de produção, o sistema passou a detectar os defeitos por meio da inteligência artificial (IA). detalhadamente treinada para identificar o espectro de cores correto e apontar até mesmo os desvios de cor mais sutis.
Tela de monitoramento do sistema
salinhamento, inconsistências dimensionais e a presença de partículas de material não fundido.
Um dos estudos de caso divulgados pela Easy ODM foi elaborado em uma importante fabricante de preformas de PET que enfrentava o desafio de garantir qualidade de cor consistente dentro do espectro desejado e, ao mesmo tempo, detectar com eficiência até os menores desvios de cor.
O sistema de inspeção foi introduzido de forma total-
A implementação incluiu o uso de alarmes sonoros próximos de 80 dB e sirenes de luz para que houvesse resposta imediata aos desvios. O pacote incluiu a garantia de armazenamento seguro de dados pelo sistema, visando à análise futura de requisitos de conformidade.
A Easy ODM dispõe também de sistemas de inspeção por IA para linhas de injeção, extrusão, sopro e termoformagem.
Imagem: EasyODM
Imagem: EasyODM
Ona embalagem
Uma embalagem stand-up pouch com duas camadas diferentes de PE
Passou a integrar o portfólio da Camargo Embalagens, com sede na cidade de Tietê (SP), uma embalagem stand-up pouch que possui camada externa feita de polietileno mono-orientado, e também camada interna que consiste em um filme leitoso de polietileno (PE).
niz de barreira ao oxigênio que garante proteção ao produto embalado, visto que o PE convencional não tem esta caraterística”.
O executivo também explicou: “Na segunda camada, também de PE, utilizamos um filme leitoso para proteção contra a ação da luz e para percepção de assepsia do produto, já que não utilizamos metalização nas estruturas recicláveis monomateriais. Ambas as
O projeto da nova embalagem, de acordo com Felipe Toledo, CEO da Camargo Embalagens, que forneceu informações à reportagem da Plástico Industrial, foi estabelecido da seguinte maneira: “A primeira camada, composta de polietileno mono-orientado, apresenta mais brilho e transparência que suas similares feitas de PE convencional. Além disso, aplicamos uma camada de ver-
camadas combinadas apresentam pequenas mudanças estéticas em relação às embalagens convencionais, mantendo as mesmas barreiras de proteção, porém com características amigá veis à reciclagem”. Essa configuração de barreira proporciona ainda proteção contra a ação do vapor d’água.
Este guia reúne informações sobre empresas que fornecem equipamentos utilizados na triagem de materiais recicláveis, separando-os com base em suas propriedades físicas, como forma, densidade e tamanho. Os separadores balísticos facilitam e automatizam o processo de reciclagem, melhorando e conferindo eficiência aos processos de triagem.
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A empresa procura por representante para o Brasil.
Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 8 empresas pesquisadas.
Revista Plástico Industrial, outubro/novembro de 2024.
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esquisadores da James Cook University, na Austrália, desenvolveram uma solução potencial para a questão dos microplásticos, ao convertê-los diretamente em grafeno, um material valioso que pode ser usado como carga na produção de compostos e masterbatches
A técnica é denominada Atmospheric Pressure Microwave Plasma (APMP, ou plasma gerado por micro-ondas sob pressão atmosférica)
questão envolve a transformação de microplásticos de polietileno (PE) em gases como metano, etileno e etano e a sua conversão direta em grafeno ainda no estado de plasma, em uma única etapa. No experimento documentado em artigo disponível sob licença Creative Commons, foram utilizados frascos de PE reduzidos a partículas de 1 a 3 mícrons.
O sistema de plasma é composto por uma fonte de micro-ondas de 2,45 GHz, um sintonizador e um tubo de quartzo (imagem ao lado) usando argônio como gás de proteção. É no interior desse tubo que as partículas de microplásticos são vaporizadas e reestruturadas em folhas de grafeno, as quais apresentaram total integridade estrutural.
e a sua aplicação é descrita no estudo intitulado Instant Upcycling of Microplastics into Graphene and ItsEnvironmental Application, de autoria de Muhammad Adeel Zafar e Mohan V. Jacob.
Os microplásticos têm sido alvo de muita investigação científica, como mencionam os autores do estudo, ao citar que métodos já foram testados na conversão desses materiais em grafeno, tais como pirólise e deposição física de vapor. A vantagem do uso da nova tecnologia é o fato de ela converter inclusive os precursores como metano, etanol e vapores em grafeno de alta pureza, sob condições normais de pressão e temperatura, dispensando a necessidade de uso de vácuo ou catalisadores de reação.
Em contraste com métodos já conhecidos, que iniciam a obtenção de grafeno a partir de produtos em fase gasosa, a abordagem em
Inicialmente o plasma quebra os microplásticos, convertendoos em gases constituintes como metano, etileno, etano, dióxido de carbono, hidrogênio e monóxido de carbono.
Na sequência, esses hidrocarbonetos, em especial o metano, passam por um processamento adicional que inclui a dissociação por plasma e a conversão em grafeno, o qual fica depositado nas paredes do tubo de quartzo, de onde pode ser coletado para análise e caracterização subsequentes.
Também conhecido como quarto estado da matéria, o plasma é formado quando um gás é aquecido a temperaturas muito altas ou exposto a campos eletromagnéticos intensos, que fazem com que seus átomos liberem alguns ou todos os seus elétrons, transformando-se em íons. Por ser composto por uma mistura de íons, elétrons livres e partículas neutras, as partículas carregadas desses átomos respondem mais intensamente a campos elétricos e magnéticos, promovendo a aceleração de processos físico-químicos. O trabalho completo pode ser acessado no link: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/ 10.1002/smsc.202400176.
Imagem: autores do estudo
alemã Stadler, que tem subsidiária brasileira em São Paulo (SP), desenvolveu um contêiner contendo equipamentos para a realização de triagem de forma móvel, de resíduos plásticos coletados em rios, os quais podem ser destinados à reciclagem. O projeto foi desenvolvido em parceria com a também alemã everwave, empresa ambiental
Albânia, desde meados de junho, possibilitando a separação eficiente de vários materiais e permitindo que os resíduos sejam classificados nas categorias recicláveis e não recicláveis. Projetado para ter mobilidade, o SortX é compacto, rápido de montar e pronto para operar com capacidade para 6 toneladas de resíduos, podendo ser implantado em diferentes localidades, incluindo áreas remotas onde eles podem ser classificados diretamente no ponto de coleta.
dedicada à limpeza de oceanos e rios, que usa barcos para coletar resíduos e evitar que eles entrem nos oceanos.
Um protótipo do SortX está em operação em Kukës, na
m sistema de reciclagem química de poli(tereftalato de etileno) (PET) chamado “MADE”, o qual opera de forma automatizada, baseado no uso de software, foi desenvolvido a partir de um consórcio formado pela Schneider Electric (França), com subsidiária brasileira em São Paulo (SP), e a startup GR3N (Suíça).
O processamento e a reciclagem imediatos dos resíduos no local aumentam a eficiência das operações de limpeza e reduzem o impacto ambiental associado ao transporte. O
O novo sistema realiza a despolimerização assistida por microondas, levando à decomposição do PET e transformando-o em blocos químicos que podem ser destinados à produção de novos pellets do material. Tem como princípio a hidrólise alcalina e é capaz de tratar de uma quantidade maior de impurezas em comparação com sistemas de reciclagem similares. Além disso, as empresas parceiras estão à frente de um programa que envolveu a construção de uma planta-piloto na Itália.
SortX também elimina a necessidade de infraestrutura extra ou custos de armazenamento temporário de resíduos. Com o contêiner é possível ainda testar a viabilidade de novas estações de triagem permanentes nos locais desejados.
Montado com piso de madeira robusto, o contêiner possui esteira de classificação com controle de frequência e velocidade ajustável, otimizando o processo de classificação para diferentes materiais. No modelo operante na Albânia, o barco de coleta de lixo da everwave recolhe os resíduos, que são classificados manualmente nas margens do rio antes de serem levados ao contêiner de triagem.
De acordo com a Stadler, os resultados iniciais são promissores: cerca de 30.000 kg de resíduos foram coletados, com o contêiner SortX processando aproximadamente 30 metros cúbicos por hora. Devido à alta proporção de garrafas PET nos resíduos coletados, cerca de 80% dos resíduos são recicláveis.
Conforme divulgação feita à imprensa, a planta para demonstração faz parte de um projeto que tem como objetivo a implantação de uma linha de reciclagem química de PET na Espanha, com capacidade produtiva anual estimada em 40 mil toneladas de resíduos desse polímero.
Também foi anunciado que a planta-piloto conta com sistema de automação compartilhada, operando com protocolo de comunicação IEC 61499, que é gerido pela Universal Automation (Bélgica).
Imagens: Stadler
Fabio Silvestri, chefe de marketing e desenvolvimento de negócios da GR3N, comentou sobre outras características do novo sistema de reciclagem: “A automação definida por software e a independência de hardware nos permitiram mitigar riscos operacionais e expandir os limites da nossa tecnologia. Reconfiguramos nossos sistemas rapidamente,
alemã FkuR, desenvolvedora e formuladora de compostos plásticos de origem biológica e reciclados, exibiu as aplicações dos seus novos materiais durante as feiras comerciais Fakuma e FachPack, que aconteceram, respectivamente, em setembro e outubro. Reconhecida pelo seu aspecto de inovação e antecedendo a feira mundial K, a ser realizada em 2025, a Fakuma foi o palco para a apresentação dos compostos baseados em materiais reciclados Macolen e para a linha de bioplásticos Terralene. Foram mostradas aplicações em embalagens fabricadas com cada uma dessas linhas, e também compostos híbridos, que combinam conteúdo reciclado e de base biológica.
m acordo firmado entre a Braskem e a Università Ca' Foscari, situada na cidade italiana de Veneza, é o pontapé inicial para um projeto de desenvolvimento de tecnologias catalíticas para a conversão de CO 2 em produtos de valor agregado.
Reciclagem e desfossilização são metas da desenvolvedoradecompostosfKur.
Imagem: FkuR
Imagem: Schneider Electric/GR3N
melhorando a eficiência e evitando problemas na cadeia de suprimentos graças à flexibilidade do hardware”. O sistema MADE deve alcançar escala industrial até 2027, o que envolve também a construção de uma planta com capacidade de processar de 35 a 40 toneladas por ano.
A linha Macolen é formada por polipropileno (PP) proveniente de materiais pós-consumo e pósindústria. Modificados para terem características semelhantes às dos plásticos virgens, são fornecidos em diferentes grades, para moldagem por injeção e extrusão, além de versões reforçadas A linha Terralene rPP consiste em compostos híbridos baseados em PP, combinando os benefícios ecológicos de materiais reciclados e de origem biológica. Dependendo do grade, a fração de reciclado varia de 30% a 60%, proveniente de fluxos de resíduos pósconsumo, com um conteúdo de origem biológica de até 33%. Em princípio, ela está limitada a aplicações não alimentícias.
fK fKur ur ur ur – https://fkur.com
tecnologia, mas também em experimentos.
Trata-se de um consórcio, envolvendo um contrato de três anos, que tem como objetivo promover a realização de conversão de CO 2 em, por exemplo, carbonatos orgânicos. Neste sentido, as partes envolvidas vão atuar não somente no desenvolvimento de
Os carbonatos orgânicos, por exemplo, são a base para a obtenção de eletrólitos para baterias de veículos. A redução de emissões de substâncias provenientes de processos químicos também é um dos objetivos das partes envolvidas neste projeto.
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Na vanguarda global da transição energética, o Brasil utiliza seus vastos recursos de energia renovável com soluções avançadas de armazenamento de energia, tecnologias inovadoras de rede e um crescente setor de eletromobilidade. A abundância de seus recursos solares, eólicos e hidrelétricos permite que o país expanda expressivamente sua capacidade de energia renovável, de modo a reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de carbono, ao passo que a incorporação de sistemas avançados de armazenamento de energia aprimora a estabilidade da rede, resultando em um aumento na confiabilidade do fornecimento de energia a par tir de fontes renováveis intermitentes. O aproveitamento desse potencial permitirá que o Brasil alcance a sustentabilidade energética, estimulando o crescimento econômico e criando um poderoso exemplo para outros países The smar ter E South America – a maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade – se dedica a explorar toda questão da nova realidade energética,
abrangendo energia renovável, armazenamento de energia, redes inteligentes e eletromobilidade
Nossa missão é inspirar e facilitar a troca de ideias, tecnologias e práticas que definirão o futuro da energia. Realizamos evento mais abrangente para o setor latino-americano de energia renovável, reunindo inovadores, especialistas e líderes do mundo todo para fazer avançar a pauta da energia sustentável Os quatro congressos deste ano prometem ser um evento marcante, tendo como pano de fundo o dinamismo de um setor energético em rápida evolução:
Intersolar South America – O congresso para o setor solar latino-americano ees South America – O congresso para baterias, sistemas de armazenamento de energia e hidrogênio verde Power2Drive South America – O congresso para eletromobilidade e infraestrutura de recarga Eletrotec+EM-Power – O congresso para infraestrutura de eletricidade e gestão de energia
LATINO-AMERICANO DE INOVAÇÕES PARA O NOVO MUNDO DA ENERGIA
s oportunidades para fabricantes de flutuadores plásticos se estendem para diversas áreas, sendo uma delas o setor fotovoltaico, onde há demanda por soluções modulares para a construção de usinas flutuantes e áreas de acesso a elas como, por exemplo, passarelas e píeres.
Os flutuadores plásticos também são uma boa solução para o ramo náutico e de ecoturismo, podendo ser usados para a construção de píeres voltados para o atracamento de embarcações e motos aquáticas – conhecidos popularmente como “vagas molhadas” e “vagas secas” –, e para a área de saneamento, abrangendo aplicações similares às mencionadas acima.
Carlos Müller, coordenador de marketing da NTC, em entrevista concedida à Plástico Industrial, comentou que as estratégias da companhia, no que se refere à fabricação de flutuadores plásticos, envolvem a criação de um produto que seja ao mesmo tempo, “esteticamente atraente para o consumidor que quer atracar sua embarcação ou moto aquá-
Píer com “vaga seca” construído com flutuadores de polietileno de alta densidade desenvolvidos pela NTC.
Imagem: NTC
Atenta a essas demandas, e também às ações colaborativas voltadas para o atendimento emergencial em caso de ocorrência de inundações, a NTC, empresa que desenvolve e fabrica flutuadores de polietileno de alta densidade (PEAD), com sede na cidade gaúcha de Caxias do Sul, está investindo na produção de soluções para atender à demanda oriunda desses e de outros setores.
tica, e seguro, sem mencionar que os flutuadores de polietileno de alta densidade (PEAD), que podem durar mais de 15 anos, são uma alternativa para quem procura uma solução mais amigável ao meio ambiente. Eles também atraem o interesse de consumidores que querem substituir outros tipos de materiais usados na construção de píeres, pontes e passarelas, como a madeira e o alumínio, por exemplo”.
A NTC possui a patente de uma linha de flutuadores fabricados por sopro. Suas pesquisas também incluíram
o uso de flutuadores em outros setores no Brasil que até o momento foram pouco mencionados quando o assunto é projetos envolvendo as versões fabricadas com plásticos – para a construção de helipontos. A empresa já realizou testes envolvendo materiais reciclados na fabricação de flutuadores, e segue analisando a viabilidade prática e econômica para implementar essa alternativa, além de atuar no desenvolvimento de outros produtos fabricados para terceiros e incluindo também o uso de grafeno. Além disso, a companhia não descarta a possibilidade de expandir as aplicações envolvendo grafeno à produção de flutuadores. Há interesse também na formação de parcerias com companhias e instituições de pesquisa e ensino para o desenvolvimento de aplicações que tenham como objetivo o melhoramento das propriedades de produtos, assim como torná-los mais sustentáveis, “como ocorre na nossa parceria contínua com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), por exemplo”, disse o entrevistado. A NTC prevê crescimento de 10 a 20% no mercado brasileiro de flutuadores de polietileno de alta densidade (PEAD) em 2024.
NTC NTC NTC NTC – https://ntc.ind.br
Kistler Kistler Kistler, com unidade brasileira em São Caetano do Sul (SP), desenvolveu o sensor de pressão 6183D que mede apenas 1 milímetro de diâmetro. Ele pode ser instalado na cavidade de moldes complexos e realiza medições na faixa de 0 a 2.000 bar a uma temperatura máxima de fusão de 450°C. Também foi criado o pino de medição longitudinal em miniatura 9239B, que pode ser instalado atrás da parede da cavidade, visando à medição sem contato da expansão do mol-
de induzida por pressão. Este atua protegido do contato direto com o material fundido e não deixa marcas em peças plásticas sensíveis, tais como lentes médicas ou componentes para o interior de automóveis. www.kistler.com
desmoldáveis. É compatível com diversas resinas plásticas e contribui para a redução de tempos de ciclo por dispensar a etapa de aplicação nos moldes. O desmoldante contribui ainda para a melhor dispersão dos pigmentos empregados na formulação e funciona como auxiliar de processamento no caso de
resinas recicladas. Pode ser usado na produção de peças para o setor alimentício, médico e de cosméticos, por exemplo. Tel.(11)3777-3048
filmes laminados abrangem o setor automotivo, assim como outras áreas da indústria de manufatura. Além disso, os filmes, que são oferecidos em versões com cor verde, preta, marrom e cores especiais, entre outras, podem ter coloração customizada, conforme a demanda dos clientes. Tel. (11) 2500-7330
PRODUTOS
Mirai Química Mirai Química Quím ica (Barueri, SP) desenvolveu uma linha de desmoldantes para peças plásticas tendo em vista solucionar alguns dos problemas associados ao uso das versões em spray, aplicadas diretamente nos moldes. A linha Mirai DI-40 é fornecida em grânulos (pellets) e é adicionada à formulação dos materiais, tornando-os auto-
FLP Laminados FLP Laminados (Itaquaquecetuba, SP) comercializa bobinas de filmes de PET. A linha de produtos é composta por versões em material virgem e reciclado, sendo indicada para aplicações que envolvem a termoformagem, para a fabricação de embalagens para alimentos – PET PCR com grau alimentício –e equipamentos de proteção individual (EPI), como escudo facial e capacetes, por exemplo. As aplicações dos
Netmak Netmak Netmak (Camboriú, SC) comercializa empilhadeiras elétricas recomendadas para trabalhos que envolvem a logística interna no setor de transformação de plásticos, tais como a movimentação de moldes e de big bags. Um exemplo é a empilhadeira elétrica NTK E1535 (foto),
que suporta cargas com peso de até 1,5 tonelada e que possui elevação de até 3,5 metros. As dimensões do garfo são: 1.150 mm x 140 mm x 60 mm. A velocidade máxima, com e sem carga, é de 3,5 e 4 km/h, respectivamente, e a velocidade de elevação é de até 2 m/s. Equipada com bateria de lítio, a empilhadeira tem autonomia de até 8 horas. O carregamento total da bateria pode ser feito em até duas horas. Tel. (47) 9.9269-6227
2º Simpósio internacional Universidade de Caxias do Sul de materiais avançados e 3ª Mostra13 e 14/11Caxias do Sul, RS tel. (54) 9931-3441, de ciência, tecnologia e inovaçãowww.ucs.br/site/inova
25º Congresso brasileiro Metallum de engenharia e 24 a 28/11 Fortaleza, CE www.metallum.com.br ciência dos materiais
Instituto de Embalagens
Fórum embalagem e sustentabilidade 26 e 27/11
On-line e presencial tel. (11) 2854-7770, https://institutodeembalagens.com.br
Plastics recycling world expo – Polymerupdate
Feira e congresso sobre 14 e 15/05 Mumbai (Índia) e-mail : info@polymerupdate.com, reciclagem de plásticos www.plasticsrecyclingexpoindia.com
LITERATURA
SERVIÇOS
processo de moldagem por injeção é o tema central do livro
“T T T Tecnologia moderna de ecnologia moderna moldagem por injeção dagem injeção dagem injeção”, que foi publicado pela Livraria do plástico (São Bernardo do Campo, SP). A obra tem formato digital e possui 171 páginas. Informações técnicas sobre injetoras e moldes estão presentes no livro, onde o leitor poderá saber mais sobre os componentes e sistemas de máquinas como, por exemplo, rosca plastificadora, sistemas e unidades de fechamento e válvulas de nãoretorno, além de informações sobre os tipos de aços usados para a fabricação de moldes, buchas de injeção e sistemas de saída de gases, entre outros temas. Em se tratando do processo de injeção especificamente, o livro aborda o ciclo de injeção, as etapas da moldagem por injeção, controle de processo e fatores que influenciam na qualidade das peças moldadas. Isso também abrange diversas variáveis de processo, tais como velocidade
ANUNCIANTES
de rotação da rosca, temperatura do cilindro da injetora, pressão, descompressão e degradação dos polímeros em processamento. A influência do teor de umidade da resina na peça injetada e os efeitos das condições de transformação de polímeros também estão entre os assuntos tratados na obra. Há ainda páginas dedicadas à contração do plástico moldado, diferenças de contração no molde, cristalização da matéria-prima e cálculos que envolvem, por exemplo, a força de fechamento da injetora, pressão média e capacidade de plastificação. O livro é comercializado pelo siteda Livraria do plástico (www.livrariadoplastico.com) pelo preço sugerido de R$ 200,00.
s dificuldades enfrentadas por usuários de sistemas CAD/CAM inspiraram a TopSolid’Brasil a elaborar o e-book“Como esco Como esco Como escolher lher lher o software CAD/CAM cor o software CAD/CAM cor o software CAD/CAM cor o software CAD/CAM cor correto? reto? reto? reto?”. Conforme explicou Glauber Longo, diretor da TopSolid’Brasil, a ideia surgiu da experiência no atendimento a equipes de projeto de diversos setores industriais como, por exemplo, o ramo de fabricação de moldes para plásticos, para a definição do sistema que melhor atende às expectativas de cada
empresa. Entre os fatores a serem levados em conta na escolha do sistema mais adequado estão as características do projeto, incluindo aspectos como a interoperabilidade e a compatibilidade com sistemas e hardware preexistentes. A escolha pautada em necessidades técnicas, a integração com outros sistemas, os serviços de suporte e o plano de licenciamento pensado conforme as expectativas da empresa são tratados de forma detalhada na publicação. Neste sentido, uma tabela de interoperabilidade traça a capacidade de comunicação entre sistemas de diferentes desenvolvedores e a compatibilidade dos arquivos neles criados, tendo em vista que é esta a realidade encontrada nas empresas usuárias de sistemas CAD/CAM. Ao final é proposta uma checklist com os aspectos a serem considerados quando da decisão de aquisição dos sistemas. O e-book pode ser baixado gratuitamente pelo link https:// lp1.crm.topsolid7group.com.br/ LP/Ebook_EscolherCADCAM.