EM Julho | Agosto 2024

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GUIA – 1

Os fornecedores de eletrocentros

Muito utlizados em segmentos como de óleo & gás, mineração, papel & celulose, de concessionárias de energia elétrica e de geradores fotovoltaicos e eólicos, eletrocentros disponíveis no mercado são aqui descritos segundo tpos de montagem e compartmentos oferecidos, potências de transformador, tensão e corrente do módulo MT, etc. São 27 os fornecedores partcipantes.

GUIA – 2

Quadros e painéis de média e baixa tensão

Montagens completas de conjuntos de manobra e controle são aqui descritas segundo suas especifcações e principalmente suas diversas funções e fnalidades nas instalações elétricas de média e baixa tensão, incluindo conjuntos destnados ao uso em áreas classifcadas. São 49 os montadores relacionados, com os respectvos telefones e endereços eletrônicos.

MICRORREDES

Sistema de armazenamento de energia para carregamento de veículos elétricos

Acessórios de boa qualidade proveem qualidade e segurança às instalações. Este guia de EM descreve a oferta de diversas empresas em relação a conectores, terminais de diversos tpos e fnalidades, além de ftas isolantes, prensa-cabos, acessórios desconectáveis e outros itens.

GUIA – 3

Transformadores: de potência, com fator K, para IT médico e autotransformadores de partda O levantamento abaixo lista 18 fornecedoras desses equipamentos de importância crucial para o bom desempenho dos sistemas e das instalações elétricas de utlização. São dadas as especifcações principais dos transformadores oferecidos, para orientação do potencial comprador, junto com os meios de contato.

QUESTÕES ENERGÉTICAS

Enase, um duro espelho do setor

Do alto de seu conhecimento e experiência profssional no setor elétrico, como jornalista, engenheiro e dirigente, Paulo Ludmer nos traz aqui um relato-análise da mais recente edição do Enase, o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, com sua peculiar interpretação de discussões, fatos e mazelas, complementado ainda por um boxe com impressões de caráter temporal.

ELETROTEC+EM POWER

Nova edição do evento por excelência da comunidade de instalações

Com mais de 30 horas de palestras, apresentação de trabalhos técnicos e workshops, o grande evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia vai reunir centenas de profssionais no congresso e milhares de visitantes na exposição. Um dos pilares da plataforma de energia inteligente The Smarter-E South America, que conta também com a Intersolar, o Eletrotec+EM Power acontece no fnal de agosto em São Paulo.

GUIA – 4

Chaves de aferição

Chaves de aferição permitem a realização de medições e testes em circuitos de corrente e de potencial de medidores de energia, correntes de relés, etc., além de reparo e substtuição de peças, sem a necessidade de interromper o funcionamento do circuito principal. Neste guia você encontra fornecedores de chaves de aferição e meios para contatá-los, com as principais característcas técnicas de seus produtos.

* Nesta edição, excepcionalmente não publicamos a seção “Publicações”.

Roberto Montcelli Wydra, Foto: CandyRetriever (via Shuterstock)

As opiniões dos artgos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

Capa

Carta ao Leitor

Onde convergem os objetvos dos profssionais

Dois grandes encontros “encontram-se” nesta edição de Eletricidade Moderna, ambos de pro ssionais do setor de energia elétrica, cada um realizado a seu tempo, um no passado, outro no futuro, e que em alguns aspectos se parecem, apesar de suas diferenças evidentes.

Acontecido em junho (e, por causa da periodicidade da revista, com sua cobertura publicada aqui), o Enase - Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico teve como tema geral as “perspectivas para um mercado de energia em transformação”, desenvolvido em três linhas: modernização e futuro do setor; energia limpa; e mercado e consumo. O evento, que já conta 21 anos de realização, tem como público-alvo os chamados grandes players, quais sejam, representantes do governo, dirigentes de grandes empresas da indústria de energia, de entidades de classe do setor, de grandes investidores e do setor nanceiro, que se reúnem em painéis e mesas-redondas para delinear, se não as políticas, em si, mas fortíssimos subsídios para embasar políticas e regulamentos sobre o futuro do setor de energia elétrica e seu mercado.

A ser realizado no nal de agosto, o Eletrotec+EM Power South America tem aqui publicada uma reportagem prévia sobre seu conteúdo de altíssimo nível, com programação que, entre outros temas, dedica grande atenção aos mais importantes trabalhos de normalização técnica atuais. Reúne pro ssionais de média e baixa tensão, dedicados a instalações fotovoltaicas, armazenamento de energia, eletromobilidade e infraestrutura elétrica em geral. Fornece a estes engenheiros e técnicos (do setor privado, de universidades e outros) palco e plateia para apresentação de estudos e experiências reais de aplicação de técnicas e tecnologias, permitindo-lhes interagir com seus pares. Abre sua programação de forma organizada para a livre apresentação de trabalhos técnicos, os quais são depois disponibilizados na forma de anais. Um encontro que carrega mais de 40 anos de história e que hoje constitui um dos esteios da plataforma de energia inteligente e Smarter-E South America, ao lado de Intersolar (solar FV), ees (armazenamento de energia) e Power-to-Drive (eletromobilidade).

Eventos distintos em forma, conteúdo e público, como se vê, mas com coisas em comum. Das atribulações dos agentes no enredo políticoinstitucional-mercadológico, de que trata o artigo de Paulo Ludmer sobre o Enase, aos meandros técnicos de normas e soluções aplicadas às instalações de utilização e a ns, descritos na reportagem sobre o Eletrotec, ressalta uma preocupação legítima dos pro ssionais em aprimorar o funcionamento e a segurança de seus respectivos segmentos, e as pressões de mercado que muitas vezes essas discussões encerram. Com cada segmento, em sua trincheira, dedicado a contribuir para seu desenvolvimento pro ssional, e portanto pessoal, e sobretudo para o progresso da pro ssão, do setor e da sociedade.

DIRETORES

Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens

Alves de Souza (in memoriam)

REDAÇÃO

Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225)

Redatora: Jucele Menezes dos Reis

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ELETRICIDADE MODERNA , revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. TEL. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br

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Ipem-SP inaugura laboratório de iluminação

O Ipem-SP - Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo, autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, inaugurou em 25 de julho um Laboratório de Iluminação. Localizado no prédio do Centro Tecnológico da autarquia, na zona sul da capital paulista, o centro de ensaios, fruto de uma parceria do Ipem-SP com a Abilux, objetiva atuar na vigilância de mercado, por meio da realização de veri cações metrológicas ou de calibração em instrumentos e produtos de iluminação, como lâmpadas, luminárias, plafons, spots, entre outros, seguindo as regulamentações, de modo a garantir a conformidade de requisitos técnicos de segurança e desempenho.

De acordo com o superintendente do Ipem-SP, Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior, o setor de iluminação é um campo com inovação tecnológica muito

acelerada, e há uma série de produtos surgindo no mercado. “Esses equipamentos podem estar fora dos padrões de regulamentação, sendo necessário dizer até que ponto são seguros ao consumidor. É importante a existência de um órgão independente, de fé pública, como o Ipem-SP, que participe deste processo de veri cação. Para nós, é importante trazer essa con ança, ajudar as empresas a se desenvolverem, fazer a vigilância de mercado e trazer informações que possam subsidiar o regulamentador”, disse.

O laboratório vai veri car se os produtos realmente entregam na prática ao consumidor as especi cações de funcionamento (potência – watts, quantidade de lumens, temperatura de cor), atribuídos pela empresa fabricante ou importador, e se estão em conformidade com as normas estabelecidas pelo Inmetro. De acordo com o presidente da Abilux - Associação Brasileira de Indústria de Iluminação, Roberto Saheli, hoje, no Brasil, há 200 milhões de lâmpadas, das quais boa parte são regulamentadas. “No entanto, temos quase 300 milhões de luminárias sem certi cação.

Então, esse laboratório hoje passa a ser um divisor de águas para que a gente consiga melhorar a qualidade dos produtos”, a rmou.

A infraestrutura do laboratório conta com diversos equipamentos para realização das medições, que foram doados pela Abilux, por meio de um acordo de cooperação técnica, além de uma equipe especializada para a realização dos testes. “A necessidade da parceria entre o setor público e o setor privado é unânime. Com a rapidez das novas tecnologias, precisamos ter informação do que está acontecendo na indústria, e a indústria, por sua vez, precisa da conança que só o órgão independente pode trazer. Então há um casamento”, a rma Oliveira Junior.

Caso haja descon ança sobre práticas de comercialização, produtos ou serviços, o cidadão pode acionar a Ouvidoria do Ipem-SP com dúvidas ou denúncias. Os canais de comunicação são o telefone 0800 013 05 22, de segunda a sexta, das 8h às 17h, o e-mail ouvidoria@ipem.sp.gov.br e o website www.ipem.sp.gov.br

O laboratório de iluminação integra o complexo de laboratórios do Departamento de Metrologia Cientí ca e Industrial (DMCI) da autarquia. O departamento é responsável por disponibilizar ensaios de pro ciência (EP) para empresas que declaram a conformidade em instrumentos submetidos ao controle metrológico legal.

USP inaugura centro de pesquisa para descarbonização

Foi inaugurado na USP - Universidade de São Paulo, na capital paulista, o Centro de Inovação em Tecnologia O shore, o OTIC. Dentro do Digital LAB, na Cidade Universitária, o centro é uma iniciativa que reúne, além da USP, o IPT - Instituto de

Objetvo é atuar na vigilância de mercado, realizando verifcações metrológicas em instrumentos e produtos de iluminação

Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fapesp e a Shell Brasil.

Com investimento total de R$ 163 milhões ao longo de cinco anos, o objetivo do centro é desenvolver projetos para a indústria o shore, com a geração de conhecimentos para viabilizar a exploração de recursos do oceano, em contexto de transição energética e transformação digital.

O OTIC é formado por cinco programas técnicos: novos processos e operações, energia de baixo carbono, novos materiais e nanotecnologia, segurança das pessoas e do meio ambiente e economia circular, além de transformação digital.

O empreendimento contará com mais de 250 pesquisadores e portfólio de 24 projetos de pesquisa e desenvolvimento nanciados pela Shell Brasil e Fapesp, sendo que a empresa investirá aproximadamente R$ 49 milhões por meio da cláusula em PD&I da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

carregador ultrarrápido para bateria Nb

A ABB forneceu seu carregador ultrarrápido pantográ co para veículos elétricos ao projeto de protótipo de ônibus elétrico com bateria de íons de lítio com nióbio das empresas CBMM, Toshiba e Volkswa-

gen Caminhões e Ônibus. O carregador permite que a bateria seja recarregada de 20% a 100% em dez minutos. O projeto é conduzido na cidade de Araxá, em Minas Gerais.

O carregador Terra HVC 300 kW é considerado o primeiro modelo de carregador pantográ co invertido instalado na América Latina. A ABB já havia implementado a tecnologia em outros projetos pelo mundo, como na Copa do Mundo de futebol no Catar em 2022, onde foram instalados 89 carregadores pantográ cos e mais de 240 carregadores de alta potência com conector CCS-2, além de painéis de média e baixa tensão para recarregar a frota de ônibus eletri cados.

O carregador Terra HVC é composto por duas cabines de potência de 150 kW cada e um totem com pantógrafo que inclui um sistema de detecção automática do veículo por proximidade. No protótipo de e-Bus, dois trilhos de contato instalados na parte superior do veículo recebem a conexão do carregador pantográ co da ABB.

O modelo pode ser fornecido em versões de 150 kW a 600 kW de potência. A solução escolhida de 300 kW é equipada com um sistema de conexão pantográ ca da Shunck, empresa parceira da iniciativa, que também tem fábricas e assistência técnica no Brasil, assim como a ABB.

A ABB forneceu dois carregadores pantográ cos. O primeiro está instalado na planta da CBMM em Araxá (MG) e o segundo na fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus, em Resende (RJ). “A tecnologia foi desenvolvida para ser expandida e apli-

cada em novos projetos de eletri cação de frotas de ônibus elétricos, maximizando suas vantagens e benefícios”, disse o diretor de produtos e soluções de mobilidade elétrica da ABB, Wilson Morais. O projeto de bateria de lítio com nióbio deve estar disponível no mercado em 2025.

IA

vai prevenir impactos de temporais

A Copel e o Simepar - Sistema Meteorológico do Paraná estão na fase nal do desenvolvimento de uma tecnologia que faz uso de inteligência arti cial para prever impactos de temporais no fornecimento de energia elétrica para os clientes da distribuidora paranaense. A solução, segundo comunicado, se alimenta com o histórico de informações das intempéries climáticas captadas pelas estações, satélites e radares meteorológicos do Simepar em todas as regiões paranaenses.

Na etapa seguinte, a tecnologia faz o cruzamento das informações com os registros de desligamentos da rede da Copel dos últimos anos. A expectativa é que o sistema esteja pronto até o início do próximo período de chuvas, que começa em outubro.

Os registros foram divididos em 19 categorias distintas de danos na rede elétrica causados por intempéries. Segundo a Copel, o

Projeto envolve ainda IPT, Fapesp e Shell Brasil e visa pesquisas de exploração ofshore para a transição energétca
Foto: Daniel Antonio / Fapesp
Protótpo de ônibus elétrico é projeto da CBBM, Toshiba e Volkswagen e utliza bateria com íon de líto e nióbio

objetivo é calcular o número aproximado de consumidores que podem ser afetados por uma tempestade e, assim, agir preventivamente, na estratégia e no planejamento de atividades das equipes da distribuidora para o restabelecimento da energia.

Desde 2019, o número de tempestades no Paraná cresceu de maneira inédita, muito provavelmente por conta da chamada mudança climática, saltando de 12 temporais naquele ano para 24 em 2023. Somente entre outubro e dezembro do ano passado, o estado foi atingido por 15 tempestades de grandes proporções ao longo de 12 semanas. Em algumas semanas o Paraná sofreu com mais de um evento climático severo. Nos últimos anos, a incidência de raios também aumentou. Em 2021, foram registrados 406.922 raios no Paraná e, em 2023, 1.064.405, um crescimento de 161%, segundo o Simepar.

Para aprender os padrões das tempestades e indicar onde e como elas podem provocar desligamentos, o sistema de inteligência arti cial processa informações sobre diferentes variáveis climáticas e estima potenciais impactos na rede elétrica. De um lado entram informações sobre rajadas de ventos, raios e intensidade das chuvas. De outro, saem as estimativas sobre os desligamentos e as diferentes causas, como possíveis rompimentos de cabos, avarias em postes e queima de equipamentos.

O sistema faz parte de um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) estruturado pela Copel em conjunto com o Simepar. Ao todo, a companhia está investindo R$ 10,89 milhões, recursos aplicados em duas etapas. Na primeira fase, realizada entre 2020 e 2022, representantes das duas instituições desenvolveram o sistema baseado em inteligência arti cial para classi cação automática de risco de desligamentos.

Já em novembro de 2023, começou a segunda etapa do projeto, em que o sistema passou a ser testado de fato, com a análise de desempenho para preparar a tecnologia para operação com informações em tempo real sobre as interrupções de fornecimento de energia e alertas de descargas atmosféricas.

Aneel libera recursos para revitalizar redes do RS

A Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou o uso extraordinário dos recursos do Programa de E ciência Energética (PEE) para revitalização das redes elétricas no Rio Grande do Sul, que foram drasticamente atingidas durantes as recentes enchentes no estado.

A decisão colegiada durante reunião da diretoria no dia 9 de julho contempla a antecipação dos recursos do PEE de 2025, que serão aplicados para revitalizar redes

elétricas, reformar instalações e fornecer geradores em situações emergenciais. Além disso, o dinheiro será empregado para reposição de eletrodomésticos dos consumidores, como lâmpadas e aparelhos refrigeradores.

Além do PEE, também serão utilizados recursos dos Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e E ciência Energética (P&D-EE) não comprometidos em 2024. Ao todo, 20 distribuidoras de energia atuam no estado do Rio Grande do Sul e juntas atendem a cerca de 4,5 milhões de unidades consumidoras.

A exibilização dos requisitos regulatórios, em caráter excepcional, para as concessionárias e permissionárias de distribuição de energia que atuam no estado, terá a mesma vigência do Decreto Legislativo nº 236/2024, que reconheceu o estado de calamidade pública até o dia 31 de dezembro de 2024.

Hitachi Energy expande produção de transformadores

A Hitachi Energy vai investir mais de US$ 1,5 bilhão para aumentar sua capacidade global de fabricação de transformadores. O aporte expandirá gradualmente a capacidade da empresa japonesa até 2027 e se soma aos US$ 3 bilhões já anunciados para atender a demanda por eletri cação global impulsionada pela transição energética.

As expansões das instalações de transformadores incluem o projeto em andamento em South Boston, em Virgínia, nos Estados Unidos, e outros recém-concluídos em Je erson City, no Missouri, também nos EUA, e em Dos Quebradas, na Colômbia. Além disso, a companhia inaugurou duas fábricas em Chongqing, na China, e em Hanói, no Vietnã, além de um novo centro de serviços de transformadores em Welshpool, Austrália.

“A demanda por transformadores e equipamentos elétricos cresceu em uma escala sem precedentes, e estamos investindo para atender às necessidades de médio e longo

Empresa japonesa vai investr mais de US$ 1,5 bilhão para atender demanda crescente por eletrifcação da economia

Recursos também serão empregados para repor eletrodoméstcos de consumidores das regiões atngidas
Imagem de jcomp no Freepik
Hitachi

prazos”, disse o diretor da unidade de negócios de transformadores, Bruno Melles. A companhia também anuncia um investimento de cerca de US$ 180 milhões em uma nova fábrica de transformadores de última geração na região de Vaasa, na Finlândia. A unidade ocupa área de 30 mil metros quadrados.

Brasil e Bolívia assinam MoUs para integração energétca

O governo brasileiro assinou três memorandos de entendimentos (MoUs) com a Bolívia para intensi car a integração

energética com o vizinho sul-americano. As medidas foram tomadas durante a visita do presidente Lula ao país e os MoUs foram assinados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O primeiro MoU prevê a interconexão dos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica e um segundo documento é para a modi cação da operação da Usina Hidrelétrica da UHE Jirau na Cota 90 m. Já o terceiro é um aditivo a MoU anterior,

de 2007, sobre assuntos energéticos entre o MME e o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia, cujo objetivo é promover a integração energética entre os dois países por meio da utilização da infraestrutura de dutos já existente no transporte de gás natural, com atração de novos operadores.

Segundo comunicado do MME, a meta do plano de conexão via sistema de distribuição é fornecer energia elétrica a localidades no norte da Bolívia, cujas redes elétricas atualmente operam de forma isolada. A interligação se dará entre as subestações Guajará-Mirim (RO/Brasil) e Guayaramerin (Bolívia), e entre as subestações Epitaciolândia (AC/Brasil) e Cobija (Bolívia).

Já o acordo para otimizar a geração de energia da UHE Jirau é para permitir a continuidade da operação na cota 90 m constante ou ampliada durante o período

Acordos visam interconexão de sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica, melhorias na UHE Jirau e otmização de uso de gasoduto
Foto: Ricardo Botelho (MME)

de estiagem a partir da exibilização da regra operativa, de forma a garantir ganhos ao SIN - Sistema Interligado Nacional.

Localizada no Rio Madeira, a UHE Jirau é a quarta maior geradora de energia do Brasil em capacidade instalada. É composta por 50 unidades geradoras, com potência de 75 MW, que totalizam 3750 MW de capacidade instalada. A usina se conecta ao SIN pela subestação Coletora Porto Velho. A UHE Jirau fornece energia para mais de 40 milhões de pessoas.

CPFL recicla 100% de componentes elétricos

A CPFL Energia divulgou ter atingido a marca de 100% de reciclagem dos princi-

pais componentes do sistema elétrico de suas quatro distribuidoras que atendem, juntas, a 687 municípios nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Isso signi ca que mais de 79 mil toneladas de materiais, como alumínio, ferro, cobre, aço, plástico e porcelana, foram destinados para reciclagem ou cadeia reversa em 2023.

Até maio deste ano, segundo a empresa, o volume reciclado já chega a 36 mil toneladas. Entre os itens reciclados estão cabos, transformadores, chaves, religadores e outros equipamentos presentes nos 343 mil quilômetros de redes de energia da CPFL em áreas urbanas e rurais de suas áreas de concessão.

As bases operacionais de cadeia reversa são gerenciadas pela CPFL Serviços, um dos braços de negócio do grupo. Esses locais, em São Paulo e no Rio Grande do Sul, re-

Em 2023 foram recicladas 79 mil toneladas de materiais de cabos, transformadores, chaves, religadores e outros equipamentos de distribuidoras

cebem os resíduos, normalmente resultantes de substituições durante os trabalhos de manutenção e modernização das redes, onde são tratados, segregados e destinados posteriormente para reciclagem em outros processos produtivos. Há alguns materiais que são enviados para outras empresas especializadas em reciclagem.

Brasil impulsionará aumento de eólica onshore

A capacidade eólica onshore acumulada da América do Sul dobrará para 79 GW nos próximos dez anos, aponta estudo da consultoria Wood Mackenzie. Segundo a projeção, isso ocorrerá com a instalação aproximada de 40 GW em novos parques eólicos até 2033.

A apuração da consultoria, com base em dados o ciais dos países sul-americanos, concluiu que 2023 foi um ano recorde, com 5,9 GW de adições eólicas onshore. O impulsionador do desempenho foi o Brasil, em razão da corrida dos desenvolvedores para cumprirem o prazo da MP 1212 que garante a extensão de subsídios no o para os projetos e cujo prazo terminou no dia 9 de julho deste ano.

Segundo o relatório, o Brasil mantém a liderança como maior mercado da região e deve contribuir com 54% do crescimento regional total, somando 21,5 GW até 2033. Na sequência, aparecem o Chile (6,2 GW) e Argentina (4,5 GW). A expectativa é que os três países alavanquem contratos de compra de energia (PPAs) comerciais e industriais para sustentar o desenvolvimento da fonte.

“À medida que a recente política de energias renováveis desacelera nos dois principais mercados, Brasil e Chile, a América do Sul enfrentará um crescimento limitado no médio prazo”, disse Kárys Prado, analista sênior de pesquisa de energia e re-

Fusões e aquisições em eólica aumentaram 20%

As fusões e aquisições (M&A, em inglês) do setor de energia eólica aumentaram em 20% nos últimos doze meses, aponta levantamento da Redirection International, assessoria especializada nesse mercado. Segundo o estudo, houve 12 transações no período, contra 10 registradas entre 2022 e 2023.

A se guiar pela movimentação identi cada, a Redirection tem expectativa de que o ritmo se intensi que neste ano, apesar de o número de M&As ainda ser pequeno no setor. “O Brasil tem um enorme potencial para o desenvolvimento corporativo do setor e as transações devem ser mais frequentes nos próximos anos, seguindo uma tendência já observada no cenário internacional. Na Alemanha, por exemplo, as operações de eólica representaram 2,5% das atividades totais de M&A no ano passado, enquanto aqui foi perto de 0,6%”, disse o diretor da assessoria, João Caetano Magalhães.

Para corroborar sua tese, Magalhães cita estudo da consultoria Cela – Clean Energy Latin America, que levantou movimentação de cerca de R$ 50 bilhões em dez anos no Brasil em fusões e aquisições no setor de renováveis. Entre as transações recentes em eólica, estão a aquisição da AES Brasil em maio pela Auren, que assim se tornou a terceira maior geradora de energia do País. Ainda neste ano, os parques eólicos da Vila Acre I e II no Rio Grande do Norte foram comprados pelo Fundo de Infraestrutura In a II da XP Asset e, no nal do ano passado, a Casa dos Ventos adquiriu o parque eólico da Ibitu Energia, na Paraíba.

Para o diretor, um dos principais fatores que impulsionam o setor de energias renováveis no Brasil, em eólica e solar, é a abundância de locais com alta capacidade de geração, além das dimensões continentais e os diferentes relevos disponíveis para instalação de usinas. “Conforme a produtividade e o desenvolvimento tecnológico evoluem, os custos para a geração de energia diminuem, deixando a operação ainda mais viável e alguns estudos apontam inclusive que até 2040 haverá uma redução de até 27% no custo nivelado para a geração de energia eólica”, disse.

nováveis da Wood Mackenzie. “No futuro, a recuperação do mercado dependerá de atualizações de rede que ajudem a superar a concorrência solar, bem como aumentos na demanda de energia, como oportunidades de hidrogênio verde”, completou.

De acordo com o relatório, a infraestrutura de transmissão limitada continuará sendo um desa o para a energia eólica onshore na região, enfrentando uma competição acirrada com a energia solar fotovoltaica

barata, que se bene cia de locais dispersos para superar atualizações essenciais da rede ainda pendentes de conclusão.

PotencializEE e Finep buscam facilitar acesso

a crédito

O PotencializEE, programa de e ciência energética voltado às pequenas e médias indústrias paulistas, fechou parceria com a Finep, agência federal de fomento para projetos vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O acordo permitirá que as empresas tenham acesso automático e simpli cado ao Finep Inovacred, linha de nanciamento com taxa de juros atrelada à taxa referencial (TR) e que gira em torno de 7% ao ano.

Além de estar abaixo da taxa Selic, a linha prevê um prazo total de carência de até dois anos e prazo de pagamento de até oito anos para amortização do principal. Onanciamento será realizado pelos agentes nanceiros credenciados pela Finep. Antes dessa parceria, para ter acesso ao Finep Inovacred, as empresas estavam sujeitas à avaliação do mérito da inovação, o que agora será feito previamente pelo Senai. “É uma grande vantagem para esse per l de empresas, que encontram diculdades em acessar o crédito”, disse Luiz Lubi, da agência de cooperação alemã GIZ, coordenador do PotencializEE.

Com o acordo, pequenas e médias empresas do programa de efciência energétca terão facilidade para acessar linha de crédito da agência de fomento

Projeção é da Wood Mackenzie, que vê América do Sul chegar a 79 GW em 2033, com incentvo principal do Brasil
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No Circuito

Para ter acesso ao crédito, porém, os candidatos precisam ter os projetos chancelados tecnicamente pelo Senai, que é parceiro do programa e responsável pela realização dos diagnósticos energéticos, que incluem a análise de viabilidade técnica e nanceira dos projetos de e ciência energética das PMEs industriais.

Eletrobras assina MoU para H2V

A Eletrobras assinou um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) com a Prumo, empresa que desenvolve o Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, para avaliar a implantação de unidade de hidrogênio verde nesse complexo industrial e portuário localizado no norte do estado uminense.

Segundo comunicado, pelo acordo as empresas vão analisar a viabilidade técnica, ambiental e nanceira para instalação da planta e, também, o uso de recursos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou de nanciamentos públicos e privados que incentivem projetos relacionados.

“A evolução do Porto do Açu como local para a instalação de um hub de hidrogênio de baixo carbono ganha força com a recente

FRV vai erguer unidade de H2V

A FRV, do grupo saudita Jameel Energy, assinou um pré-contrato com o governo cearense para instalar a partir de 2027 uma planta de produção de hidrogênio verde no complexo industrial e portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Intitulado projeto H2 Cumbuco, a unidade será voltada para a exportação e para isso transformará o H2V em amônia líquida, que será transportada por navios para os mercados europeu e asiático. A FRV planeja investir cerca de R$ 27 bilhões no projeto, gerando por volta de 1.500 empregos durante as obras e mais de 200 na operação. Quando totalmente em operação, com duas fases implantadas, a planta terá capacidade de 2 GW.

A primeira fase do projeto vai ter 500 MW em eletrolisadores de água, o que signi cará produção de 400 mil toneladas de amônia por ano, sob investimento de R$ 7 bilhões. Na segunda etapa, serão ins-

talados os demais 1,5 GW em eletrólise, o que ampliará a produção para 1,6 milhão de toneladas, com os restantes R$ 20 bilhões previstos.

Além da energia renovável, eólica e solar principalmente, gerada em grandes volumes no Nordeste, a empresa deve contar com os serviços da Utilitas Pecém, parceria entre a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a PB Construções, que será a responsável pela gestão hídrica do projeto. Foi assinado um memorando de entendimento entre a FRV e a Utilitas.

O projeto da FRV é o sexto pré-contrato assinado pelo governo cearense para implantação de unidades de hidrogênio verde no Pecém. Antes da FRV, já rmaram compromissos semelhantes a AES, Casa dos Ventos, Cactus e Voltalia. Além disso, há 37 memorandos de entendimento (MoU) entre o estado cearense e outros investidores.

Acordo com a Prumo vai avaliar a produção do hidrogênio verde no complexo do portoindústria no estado do Rio de Janeiro

emissão da licença ambiental para projetos de hidrogênio renovável, amônia e e-combustíveis em uma área de 1 milhão de metros quadrados”, disse o diretor de desenvolvimento de novos negócios da Prumo, Mauro Andrade.

A Eletrobras já havia assinado, neste ano, outros quatro MoUs para produzir hidrogênio verde. Em maio, foi com a empresa Green Energy Park e com o governo do Ceará, para desenvolver projeto no complexo portuário e industrial do Pecém. Em abril, a companhia assinou documento semelhante com o governo do Maranhão. Antes disso, em março, foi acordado projeto com a empresa Paul Wurth, de Luxemburgo, para parceria no mercado de produção e utilização de hidrogênio renovável em processos industriais.

Além disso, no nal de 2023, a planta de hidrogênio verde da UHE Itumbiara, operada pela Eletrobras Furnas, na fronteira dos estados de Minas Gerais e Goiás, obteve a primeira certi cação brasileira de hidrogênio renovável da CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A produção acumulada dessa planta chegou ao m do ano passado a 2 toneladas.

BNDES aprova fnanciamento para Energisa

O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou nanciamentos de R$ 288 milhões para apoio ao plano de investimento de duas concessionárias do grupo Energisa responsáveis pela distribuição de energia em partes das regiões Sul e Sudeste. A Energisa Sul-Sudeste atua no interior de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, e a Energisa Minas Rio atende cidades do Rio de Janeiro e do estado mineiro.

O nanciamento do BNDES será parte do total previsto de R$ 821 milhões em investimentos que a Energisa programa nas duas distribuidoras. Até dezembro deste ano, os recursos serão empregados em manutenção das operações, melhoria da qualidade do fornecimento de energia e controle de perdas comerciais, além de expansão da rede e ampliação da base de clientes.

Com R$ 171 milhões de apoio do BNDES, o plano de investimento da Energisa Sul-Sudeste totaliza R$ 431 milhões no biênio 2023-2024 e deve bene ciar 1,8 milhão de pessoas em cidades do interior de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No caso da Energisa Minas-Rio, o nanciamento do banco corresponde a R$ 117 milhões, de um total de R$ 390 milhões. A empresa atende 1,2 milhão de pessoas, em 71 municípios mineiros, além de Nova Friburgo e Bom Jardim, na serra uminense.

Entre as intervenções previstas nos projetos estão atendimento a novos domicílios, ampliação de subestações e linhas de distribui-

ção de energia e troca de equipamentos. Também devem ser expandidas ou substituídas redes de energia.

No caso do BNDES, o apoio às duas distribuidoras faz parte de um nanciamento de R$ 1,7 bilhão aprovado para auxiliar na manutenção e incremento da qualidade operacional de nove concessões da Energisa. Os investimentos previstos para o biênio 2023-2024 somam R$ 5,83 bilhões e bene ciarão onze estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Sergipe, Acre, Rio de Janeiro e Rondônia.

Invenergy e Patria adquirem eólicas no Brasil

A norte-americana Invenergy, geradora e operadora de usinas renováveis e a gás natural, e o Patria Investimentos, gestor de fundos de investimentos voltados à infraestrutura, adquiriram quatro parques eólicos no Brasil. Os projetos eram de propriedade da ContourGlobal, sendo que dois deles tinham como sócios minoritários (49%) a Eletrobras.

Pela negociação, cujo valor não foi divulgado pelas empresas, o Patria detém a maior participação nos parques, com 90% do total das ações. A Invenergy, com seus 10% de capital do portfólio, passa a se

responsabilizar também pela operação e manutenção (O&M) das 347 turbinas eólicas GE dos parques eólicos. Neste caso, a unidade de negócios Invenergy Services é a contratada.

O portfólio adquirido contempla os parques eóliocs Asa Branca, no Rio Grande do Norte, e os Chapada I, Chapada II e Chapada III, estes no Piauí (o I e o II com participação minoritária da Eletrobras).

Renováveis aumentam na oferta interna de energia

As fontes renováveis aumentaram a participação na matriz energética brasileira, a chamada Oferta Interna de Energia (OIE). Nos últimos dois anos, segundo o recémdivulgado BEN - Balanço Energético Nacional 2024, elaborado pela EPE - Empresa de Pesquisa Energética, a participação passou de 45% em 2021 para 49,1% em 2023.

De acordo com o BEN 2024, os níveis de renovabilidade na Oferta Interna de Energia foram conseguidos especialmente pelo desenvolvimento das fontes eólica, solar e a biomassa. Já a energia hidráulica se manteve estável, mas com regime hídrico favorável.

No universo das renováveis, as hidrelétricas participam com 12,1% (incluindo importação de energia), a biomassa de cana com 16,9%, lenha e carvão vegetal com 8,6%, licor negro e outras renováveis com 7,2%, eólica com 2,6% e solar com 1,7%.

Ao todo, as usinas somam capacidade de 600 MW, sendo que a energia gerada é contratada em leilões do marco regulado, do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), do início da década passada.

A estratégia da Invenergy com a negociação é se rmar principalmente como fornecedora de soluções de O&M no Brasil. Em 2022, a empresa já havia adquirido a empresa nacional Alísios, do Rio Grande do Norte, especializada em manutenção de parques eólicos. “A transação expande o nosso portfólio global de O&M e torna a empresa proprietária de ativos eólicos no país pela primeira vez”, disse o vicepresidente da Invenergy, Steve Dowdy. A empresa tem em operação global 22 GW em parques eólicos, solares e a gás, sendo que um terço do total em operações como a que agora passa a ter no Brasil, com participação minoritária e contrato de O&M.

Já pelo lado das não renováveis, que representam os 50,9% restantes, petróleo e derivados cam com 35,1%, gás natural com 9,6%, carvão mineral com 4,4%, urânio com 1,2% e outras não renováveis, 0,6%.

O banco público vai liberar R$ 288 milhões para apoiar duas concessionárias do grupo no Sul e Sudeste
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Os quatro parques eram da ContourGlobal e da Eletrobras e totalizam 600 MW de potência instalada
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Segundo o BEN 2024, as fontes renováveis passaram de 45% em 2021 para 49,1% em 2023

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Notas

Sistema de transmissão paulista – A EPEEmpresa de Pesquisa Energética publicou estudo, em parceria com a transmissora ISA Cteep, para recomendar um conjunto de obras de reforço sistêmico na região de São José do Rio Preto e Votuporanga, no interior paulista. A proposta é aumentar a con abilidade da rede de 138 kV da região noroeste do estado de São Paulo para atender o crescimento previsto de carga. Além de também garantir aumento na margem para conexão de novas fontes de geração no sistema, o estudo contempla a avaliação de tecnologias, junto aos principais fabricantes, que sejam aplicáveis ao sistema e capazes de sanar os problemas identi cados. Recomenda ainda uma solução que utiliza dispositivos FACTS (Flexible AC Transmission Systems), com base

em eletrônica de potência para controle de uxo de potência ativa e otimização da rede existente, até então não utilizada no sistema brasileiro, denominada SSSC (Static Synchronous Series Compensator). O relatório pode ser acessado em www. epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/ publicacoes/relatórios-r1

Energia a partir de casca de arroz – A Fumacense Alimentos investiu R$ 10 milhões para dobrar a produção de energia elétrica em sua usina termelétrica, que passou a gerar 2700 kWh, abastecendo todo o parque fabril da matriz, além de excedente. Os novos equipamentos contam com uma tecnologia que aumenta a geração de energia utilizando a mesma quantidade de matéria-prima, a rma a empresa. A turbina possui condensação a vácuo, que facilita a passagem do vapor, aumentando os resultados. O gerador também é maior, tanto em sua dimensão física quanto em termos de potência. Fun-

cionando 24h, todo o controle pode ser feito de maneira uni cada e remota, por meio de um so ware no computador. Assim, em único aplicativo é possível analisar diversos dados além da própria geração de energia, como a pressão e vazão do vapor, consumo de energia da fábrica, volume exportado e qualidade. A projeção é que, neste segundo semestre, a Fumacense Alimentos consiga comercializar o excedente de energia gerada para o sistema elétrico.

Ônibus elétrico no aeroporto de Goiânia –

A BYD, comercializadora de veículos elétricos no Brasil, e a CCR Aeroportos iniciaram testes da operação do ônibus elétrico modelo D9W para transporte de passageiros no Aeroporto de Goiânia, em Goiás. O ônibus é zero emissão de poluentes e totalmente silencioso e será utilizado para embarque e desembarque de passageiros nos aviões. O modelo D9W tem capacidade para transportar 80 passageiros.

A autonomia é de 250 km, o que permite que ele rode o dia todo sem necessidade de recarregamento da bateria, a rma a empresa. O Aeroporto de Goiânia é o segundo do portfólio da CCR no Brasil a iniciar testes com ônibus elétricos da BYD. O primeiro foi o Aeroporto Internacional de Curitiba, no Paraná, em abril.

Metereologia para comercializadoras – A Tempo OK, empresa de inteligência e tecnologia meteorológica, desenvolveu uma plataforma de dados de tempo e clima especialmente direcionada às comercializadoras de energia chamada Trading. Um dos destaques do novo sistema é a previsão de energia natural a uente (ENA) no curto, médio e longo prazo e também uma metodologia própria de previsão de ENA para até 12 meses. Ao todo, a plataforma oferece previsões de precipitação e ENA para mais de 400 modelos. A Tempo OK desenvolveu,

ainda, uma metodologia de Inteligência Arti cial (IA) para as fontes solar e eólica, que fornece previsões de irradiância solar e velocidade do vento. Segundo a empresa, obter dados precisos permite que as comercializadoras possam ter um melhor desempenho no Mercado Livre de Energia, além de otimizar operações e gerenciar riscos de forma e caz. A solução construída pela Tempo OK disponibiliza tecnologia de ponta em sistematização de dados meteorológicos, com aplicativo (API) e banco de dados, mapas de previsão de chuva de diferentes modelos, mapas dinâmicos de meteorologia e ainda as análises do time de especialistas, com relatórios diários, subsazonais e sazonais, reunião técnica e atendimento via Whatsapp.

Acreditação de laboratório Ex – O laboratório brasileiro para ensaios de equipamentos de instrumentação, automação, telecomu-

nicações, elétricos e mecânicos “Ex” Multiteste Telecom - Techlab foi acreditado pelo Inmetro em 16 de julho. Localizado na cidade de Santa Rita do Sapucaí, no Estado de Minas Gerais, pode executar ensaios para equipamentos com os tipos de proteção Ex “d”, Ex “e”, Ex “i”, Ex “m”, Ex “n”, Ex “op”, Ex “p”, Ex “t”, Ex “h”, Ex “c”; Ex “b”; e Ex “k”. Além da execução de ensaios nas instalações do próprio laboratório “Ex”, o escopo de acreditação concedido pelo Inmetro incluiu também a possibilidade de realização de alguns ensaios nas instalações dos clientes, como por exemplo, nas instalações de fabricantes de equipamentos elétricos ou mecânicos “Ex”, ou nas instalações das empresas proprietárias ou usuárias de equipamentos e instalações “Ex”. Mais informações sobre o escopo de acreditação do Techlab estão disponíveis na página do Inmetro: http://inmetro.gov.br/laboratorios/ rble/docs/CRL0253.pdf.

EM Sintonia

Hidrelétricas

Com o inverno e menos chuvas na maior parte do País, diminuiu o volume de água nos reservatórios hidrelétricos que atendem ao SIN - Sistema Integrado Nacional em julho de 2024. Segundo a Alager – Associação LatinoAmericana de Geração de Energia Renovável, a energia natural a uente (ENA), ou seja, a quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas para se transformar em energia elétrica, deve ter alcançado em julho de 2024 cerca de 57% da média história no Sudeste/Centro-Oeste; 50% no Norte; e 43% no Nordeste. Porém, na região Sul, os ingressos de água nas bacias teriam cado em 164% da média calculada acerca de oito décadas passadas. O Custo Marginal de Operação em julho rondou R$ 67,77/ MWh. Fundada em probabilísticas do Operador Nacional do Sistema, a Alager projeta para o Sudeste/Centro-Oeste, cujos reservatórios respondem por mais da metade da capacidade de geração hídrica do Brasil, um volume armazenado de 62% do total; no Nordeste, 63,5%; no Norte, 87,2%; e no Sul, 89,8%.

Por sua vez, a carga vem crescendo 6,1% (para 74,6 MWmédios) sobre o mesmo mês do ano passado. No Sul, o avanço gira ao redor de 10,9%; Norte, 9,2%; Nordeste, 5,9%; mas no Sudeste/Centro-Oeste, o patamar estava em 4,1%.

Energia solar

Os diretores da Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica não decidiram – porque divergem – sobre os comandos legais que regerão as inversões de uxo de potência na geração distribuída fotovoltaica, no que concerne ao programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida. A relatora do processo é a diretora Agnes da Costa. Enquanto isso, projetos pequenos (de até 5 kW de potência) têm sido rejeitados, como se sua injeção na rede de distribuição consistisse em risco. A ver.

Daniel Lima, ativista em prol da fotovoltaica, protesta enfatizando que somente os subsídios colhidos pela CCC - Conta de Consu-

mo de Combustíveis para baratear os kWh no Norte e sistemas isolados, viabilizando a queima de diesel e fósseis (serrarias, garimpos e mineradores, entre outros), custaram à sociedade e economia brasileira nada menos do que R$ 76 bilhões até 2023, indicando que, em 2024, absorverão outros R$ 12 bilhões.

Resíduos

A Câmara dos Deputados discute projeto que pode inviabilizar a produção de energia de resíduos urbanos no Brasil, apesar da crescente geração de lixo e da falta de espaço para sua captura e manuseio. Além disso, despreza casos de sucesso de geração de energia a partir do lixo de outros países. O carrasco quer uma distância mínima de 20 km entre residências e entidades públicas e as usinas – em Copenhagen, as instalações que são vitrines para os países industrializados seriam inviáveis sob essa regra.

A Câmara ignora as usinas já em operação de Mauá (SP), Consimares (SP) e Caju (RJ). O projeto de lei exige comprovação pelo empreendedor interessado de que a coleta seletiva foi realizada 100% em três frações do lixo (seca, orgânica e rejeitos). E que reciclou 50% da massa total dos resíduos nos últimos cinco anos, métricas impensáveis no mundo. Tanto que nada disso é cobrado de perniciosos aterros e outras modalidades de depósito de lixo.

Segundo a Abren - Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, o custo da geração das usinas do setor pode alcançar R$ 152/MWh, permitindo disputar leilões de reserva de capacidade energética que se sucedem no Brasil.

Carvão

Pela primeira vez, caiu 20% a produção de energia elétrica na Alemanha queimando carvão mineral combustível, considerandose a primeira metade de 2024. De linhita, involuiu 14% e de outra qualidade, 6%.

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Os fornecedores de eletrocentros

Muito utilizados em segmentos como de óleo & gás, mineração, papel & celulose, de concessionárias de energia elétrica e de geradores fotovoltaicos e eólicos, eletrocentros disponíveis no mercado são aqui descritos segundo tipos de montagem e compartimentos oferecidos, potências de transformador, tensão e corrente do módulo MT, etc. São 27 os fornecedores participantes. Da Redação de EM

Montagem Compartimentos

Empresa – Telefone e-mail

Potência nominal máxima do transformador

Módulo de média tensão Sistema supervisório Referências Fixa sobre pilotis Móvel sobre rodas Semimóvel EstruturaContainer 20’ EstruturaProjeto próprio Estrutura –Escalonável Transformador Painéis MT/BT Automação UPS Banco de baterias HVAC Sala de operação Outros Interno, isolação a seco (kVA) Externo, isolação a óleo (kVA) Tensão de operação máxima (kV) Corrente suportável de curta duração (1 s) (kA) SCADA Outros Óleo & Gás Mineração Papel & Celulose Concessionárias Outras

Actemium – (31) 99715-5311 powerindustry@actemium.com

AMC – (31) 98258-8423 thiago.santos@amcsolucoes.com.br

Blutrafos – (47) 99787-0011 sistemas@blutrafos.com.br

BRVAL – (21) 97105-6853 alexandre.morais@brval.com.br

Comtrafo – (43) 3520-3891 comtrafo@comtrafo.com.br

Device – (51) 99964-1631 negocios@device.com.br

Ecomaq (47) 99605-0654 projetos@ecomaq.com.br

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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 78 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Julho / Agosto de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Sistema de armazenamento de energia para carregamento de veículos elétricos

Vários autores(1)

Acrescente adesão a fontes alternativas de energia apoiadas em regulamentos técnicos, a redução dos custos associados à energia fotovoltaica e o intenso desenvolvimento tecnológico observado nos últimos anos, permitiram o surgimento de unidades consumidoras equipadas com sistemas locais de geração e armazenamento, classi cadas como microrredes (MRs) (instalações capazes de operar ilhadas) [1].

Existem vários benefícios associados ao uso de MRs, como a possibilidade de desligamento da rede para evitar danos aos equipamentos/subsistemas em casos de falhas ou curtos-circuitos. Em sistemas o -grid ou autônomos, apesar dos custos associados às baterias, em algumas aplicações é possível obter maior con abilidade e segurança do abastecimento devido à capacidade de monitorar grandezas elétricas como tensão, corrente, frequência e uxos de potência na MR. Além disso, para sistemas de

(1) Maria Clara D. G. N. Martns, José Filho C. Castro, Davidson Marques, Pedro Rosas, Luiz H. A. de Medeiros, Alexander B. Lima, Marcio E. Brito e Geraldo L. Maia, da UFPE –Universidade Federal de Pernambuco; Guilherme Rissi, Amanda L. Fernandes e Xuan Luo, da CPFL Brasil; Andrea S. M. Vasconcelos, do ITEMM – Insttuto de Tecnologia.

Microrredes são sistemas integrados de recursos energéticos distribuídos e cargas elétricas operando como uma rede única e autônoma, em paralelo ou “ilhada” da rede de distribuição. Este artigo descreve a implementação de uma microrrede híbrida para fins didáticos, capaz de simular diferentes cenários, incluindo aplicações operacionais do sistema de armazenamento de energia em baterias.

distribuição, a desconexão de cargas durante perturbações pode contribuir para manter a estabilidade da rede principal, contribuindo para a capacidade de tolerância a falhas e evitando a degradação da qualidade da energia durante transitórios (por exemplo, evitando correntes de inrush ou harmônicas).

Devido ao uso de geração intermitente em MRs (como geradores fotovoltaicos), a integração de armazenamento de energia em baterias (Battery Energy Storage System, BESS) nesses subsistemas é uma estratégia para alcançar tanto o controle quanto a autossu ciência de potência/energia. Diferentemente

Fotos: Divulgação/UFPE/Asco

Mircrorrede do LAM: equipamentos de geração, armazenamento e cargas, operando em modo conectado à rede ou modo ilhado

de fontes com alta inércia ou restrições térmicas, a energia proveniente da descarga de um BESS pode alimentar de forma rápida e ininterrupta cargas sensíveis em emergências, sendo também uma opção para reduzir o pico de energia em momentos especí cos. Esta possibilidade pode até bene ciar economicamente o consumidor por meio de uma estratégia de arbitragem energética, injetando energia nos horários de pico (quando normalmente o kW/ kWh é mais caro) [2].

Apesar dos potenciais benefícios, um dos desa os relevantes para a implementação de microrredes em vários países, particularmente no Brasil, está associado à necessidade de laboratórios especializados e instalações de testes dedicadas ao estudo dos modos operacionais e do comportamento dos Recursos Energéticos Distribuídos (REDs) sob diferentes cenários. Este trabalho descreve a implementação de uma microrrede híbrida para ns didáticos e de pesquisa no Laboratório de Armazenamento e Mobilidade (LAM), localizado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os resultados estão associados a testes de carregamento e descarregamento de uma bateria de íons de lítio, operando isolada da rede de distribuição de baixa tensão. A seguir se apresenta a modelagem geral do BESS e em seguida será descrita a microrrede implantada. Por m, são apresentados

os resultados das medições nos terminais da bateria.

Modelagem de sistemas de armazenamento em bateria

Existem diversas estratégias para modelar o circuito de uma bateria de acordo com as especi cidades em consideração, que podem ser abordagens empíricas, químicas ou elétricas [4, 5]. Modelos mais complexos são cada vez mais precisos/con áveis, enquanto modelos mais simpli cados podem ser su cientes, dependendo da tecnologia da bateria. Neste artigo será aplicado o Modelo de Circuito Equivalente (MCE) visualizado na gura 1, que, dentre os modelos recomendados para avaliação elétrica, oferece a característica dinâmica da célula, sendo capaz de estimar magnitudes como corrente e tensão em uma bateria.

Nesse modelo, VOC é a tensão de circuito aberto (sem carga) em função do Estado de Carga (SoC (%)). Contudo, a temperatura e o envelhecimento da célula também são parâmetros que podem afetar a tensão de circuito aberto. Rint representa a resistência interna da bateria seguida por um ramo RC. A relação entre temperatura, corrente (I t) e tensão nos terminais da célula (V t) resulta na estimativa do SoC a partir de uma análise de variáveis de estado [3]. Con-

siderando a corrente de descarga como positiva e Q como a capacidade da célula de nida em Ah, (1) e (2) são equações diferenciais obtidas pela aplicação do Método Coulomb [4, 5]:

dSoC It (t) dt Q = – (1)

SoC (t) = SoC0(t) – 1 It (t)dt (2)

Aplicando a lei de Kirchho , a tensão e a corrente terminal podem ser expressas pelas equações (3) e (4), respectivamente:

Vt = Voc (SoC) – V1 – RintIt (3) It(t) = I1(t) + C1 (4) dV1(t) dt

Então, = – V1 + (5) dV1(t) dt R1 C1 1 C1 It(t)

No tempo discreto, considerando as amostras atuais como contínuas em ∆t, as equações (2) e (5) podem ser escritas como [5, 6]:

SoCx+1 = SoCx – Itx+1 (6) Dt Q

V1x+1 = V1x – V1x + Itx+1 (7) Dt R1 C1 Dt C1

Conforme comentado anteriormente, existem diferentes estratégias para aumentar a aderência do modelo à dinâmica real da bateria, o que inclui adicionar mais ramos RC ao circuito da gura 1. Outras variáveis também podem ser consideradas nessas equações, como interferência de temperatura, histerese e e ciência das células.

A partir das equações (1) a (7), é possível analisar o desempenho da bateria de íons de lítio localizada no Laboratório de Armazenamento e Mobilidade (LAM) durante sua carga e descarga. A seguir se descreve a con guração da microrrede do LAM.

Fig. 1 – Modelo de circuito equivalente para bateria de íon de líto

Microrredes

Confguração da microrrede

O LAM consiste em uma microrrede híbrida, representada pelo layout dagura 2, que permite aplicar vários casos ou cenários para diferentes nalidades, por exemplo carregamento de veículos elétricos (VEs) utilizando apenas fontes de geração solar, envolvendo sistemas fotovoltaicos autônomos com armazenamento, gerador a diesel para backup e con abilidade, operando no modo conectado à rede ou fora da rede/ilhado. O layout da gura 2 representa as conexões físicas e lógicas dos subsistemas.

Os equipamentos da microrrede são mostrados na gura 3. A instalação contém um inversor on-grid, três inversores/carregadores o -grid, dois controladores de carga, sistema de armazenamento de bateria, um gerador diesel e a estação de carregamento de VEs. Todos os equipamentos são conectados sicamente ao quadro elétrico e integrados (logicamente) através de protocolos de comunicação compatíveis.

Para melhor compreensão das capacidades da microrrede, todo o sistema é classi cado em duas aplicações principais (associadas aos modos de operação):

• Modo conectado à rede: Este modo de aplicação permite que o sistema absorva energia da rede (quando necessário para atender a carga/demanda local) ou injete da rede o excedente produzido. O uxo bidirecional na microrrede do LAM se dá

através do barramento c.a., ao qual estão conectados o inversor on-grid, os inversores/carregadores e a estação de recarga de veículos elétricos. Os inversores/conversores são responsáveis por carregar e descarregar a bateria de íons de lítio utilizando a energia da rede e do gerador ou com injeção de energia excedente da geração fotovoltaica (produzida pelos módulos fotovoltaicos conectados ao controlador de carregamento).

Fig. 3 –Equipamentos da mircrorrede do LAM: inversor on-grid (1), inversores/carregadores of-grid (2), controladores de carga (3), sistema de armazenamento de bateria (4) e gerador diesel (5)

Fig. 2 – Topologia da microrrede do LAM

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• Modo ilhado: Neste modo o LAM é desconectado de quaisquer fontes externas, emulando um cenário o -grid. A geração fotovoltaica é responsável por carregar as baterias, através dos dois controladores, de acordo com os limites de corrente de recarga (con gurados no sistema de gerenciamento de energia EMS ou diretamente no controlador via Bluetooth). Entretanto, dependendo da situação, a carga pode ser alimentada pela geração fotovoltaica, o sistema de armazenamento e/ou o gerador, enquanto o inversor híbrido é responsável pela conversão c.c./c.a..

Resultados e discussão

Como o objetivo principal é capturar o comportamento dinâmico de carregamento/descarregamento do BESS, apenas o modo ilhado está sendo aplicado/ testado neste trabalho. O primeiro cenário de teste de nido foi a avaliação do processo de descarga da bateria, no qual os controladores de carga são desconectados, possibilitando a descarga das células da bateria do sistema de armazenamento. Enquanto isso, um inversor/ carregador executa a função somente de inversor, com uma carga xa de 1340 W conectada aos terminais de saída. Como aqui está sendo analisado apenas o descarregamento, a carga de ne a demanda de corrente, respeitando os limites de tensão, a corrente máxima de descarga e a tensão con gurada no inversor. Posteriormente, quando atingidos 20% do

SoC, os dois controladores de carregamento são habilitados para permitir o carregamento da bateria usando o sistema de geração fotovoltaica de 10,8 kWp. O inversor/carregador é desligado para evitar consumo em stand-by e qualquer injeção de energia na carga.

Todos os dados utilizados para análise do per l e comportamento do sistema foram fornecidos por um Portal de Gerenciamento Remoto, que mostra a dinâmica do sistema retratada pelo EMS também em tempo real, conforme mostrado na gura 4 (ilustrando o sistema de monitoramento). A seguir se descrevem aqui os resultados considerando a microrrede do LAM operando no modo ilhado.

Descarga da bateria

A gura 5 (pág. 32) mostra a dinâmica de tensão e corrente nos terminais da bateria sob um evento de ciclo de descarga completo (aproximadamente 300 minutos). O grá co mostra que a corrente de descarga permanece aproximadamente constante em torno de -29 A. Ao mesmo tempo, a tensão diminui do pico de 53,5 V (100% carregado), que é menor do que a tensão de circuito aberto devido a perdas resistivas. Observando a curva, é notável que a bateria sofre uma rápida queda de tensão, entrando na região exponencial até atingir, após 6 minutos de descarga, a zona nominal de operação, onde a tensão se estabiliza e tende a diminuir com o aumento da

Fig. 4 – Dashboard do Portal de Gerenciamento Remoto – Sistema de monitoramento

resistência de célula. Porém, o valor da tensão não atinge o mínimo porque a bateria não descarregou o su ciente para entrar na última zona exponencial, onde se espera que a tensão caia mais rápido (de novo). Para preservar a vida útil e o número de ciclos proporcionados pelo sistema de armazenamento, não foram permitidas descargas profundas durante a pré-con guração do ajuste de medição – evitando possíveis danos às células.

A gura 6 mostra o comportamento do SoC durante o mesmo evento de descarga. Tanto os valores do SoC quanto da tensão nos terminais diminuem durante a descarga, uma vez que o BESS não mantém a tensão de operação constante como esperado em um cenário ideal. Porém, observando a curva da gura 6, após atingir 50% do SoC o coe ciente angular da curva muda, de forma que o SoC cai mais rapidamente em um período menor. Isto re ete uma estratégia operacional do fabricante. A seguir é descrita a avaliação dos eventos de carregamento da bateria.

Carregamento da bateria

Neste teste, apenas a energia da geração fotovoltaica é utilizada para recarregar a bateria. O período para recarga da bateria a 80% (de 20% a 100% do SoC) foi de 93,02 minutos, consideravelmente mais rápido do que o de descarga, que durou 5h19m.

As guras 7 e 8 mostram as curvas de tensão e corrente dos dois controladores ao longo do tempo de carregamento. Como esperado, quando comparadas, ambas as curvas apresentam tendências e valores semelhantes, justi cados pela semelhança do arranjo fotovoltaico (número de módulos e potência instalada). No entanto, há uma ligeira diferença devido à posição dos módulos fotovoltaicos, que é diretamente inuenciada pela radiação solar e outras

características que podem interferir com base no local em que o carport solar está posicionado. Em ambas as curvas, a tensão segue a tendência da corrente, que depende da incidência solar. Como consequência, o per l apresenta uma extensa faixa de variação quando comparado à curva azul. Isso ca ainda mais claro ao se observar que os vales da curva laranja são acompanhados pelos vales da tensão, que varia de 54,22 V em t=0 até o valor máximo de 56,5 V em t=82 min. No mesmo instante em que atinge o valor de pico, a corrente diminui durante 10 minutos, até os 92,28 minutos, caindo rapidamente para zero. A partir desse momento a tensão permanece em aproximadamente 55 V. Após atingir este valor, o controlador permite alguma injeção de corrente,

para que a tensão não diminua consideravelmente.

Além da dinâmica do controlador de carregamento, é fundamental também observar a tensão e a corrente do sistema de armazenamento de bateria durante o carregamento, ilustrado na gura 9. O início do processo de carregamento de uma bateria de íon de lítio é caracterizado por uma pequena queda do valor da corrente, enquanto a tensão atinge gradativamente uma amplitude prede nida (cut-o ) de acordo com o limite prede nido após um período caracterizado pela corrente ser constante e o valor da tensão aumentar. Este processo descreve o algoritmo de carregamento de Corrente Constante, Tensão Constante (CCTC). Porém, observando a gura 9, como esperado, o processo de

carregamento não é caracterizado por uma corrente constante no início, porque está sendo realizado por uma corrente que depende da radiação solar, que não é constante.

Porém, observando a gura 10, que apresenta o mesmo grá co mostrado anteriormente mas para o período após uma hora e meia de carregamento, antes de entrar no estágio de saturação, a pequena queda de corrente mencionada acontece após 81 minutos, quando a tensão é de 55,25 V. Logo após, a tensão atinge o valor máximo de 56,3 V (dentro do limite superior imposto de 56,5 V) em 91 minutos e persiste neste valor por um minuto (estágio de saturação). Então, em t = 92,28, a corrente sofre a diminuição que caracteriza o nal do segundo estágio, cessando após

Fig. 5 – Perfs de tensão e corrente sob evento de descarga
Fig. 6 – Perfl do SoC sob evento de descarga

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93,02 minutos, quando a bateria inicia o carregamento. Enquanto isso, a tensão cai do seu pico para um valor constante em torno de 54,9 V. Os controladores param de injetar corrente depois que a bateria atinge sua tensão de “absorção”, mas podem injetar quando necessário (a gura 7 mostra a injeção de corrente entre 100 e 120 minutos do experimento). Conforme mostrado na gura 11, a partir de t = 92,28 min, o carregamento rápido de 76 a 100% do SoC ocorre logo após a corrente chegar a zero, conforme descrito acima.

Conclusões

Aqui se avaliou o comportamento elétrico dinâmico da bateria da microrrede do LAM. Os modos da MG foram divididos em condições envolvendo injeção/absorção da rede ou modo isolado/ilhado. Para este último caso, foi proposto um estudo para analisar a dinâmica do sistema de armazenamento considerando uma descarga em carga constante. A tensão c.c. do BESS apresentou queda exponencial, seguida de uma zona de operação que permaneceu

com leve variação no nível de tensão em toda a região (as baterias geralmente não garantem um valor xo de tensão no barramento c.c. em um ciclo completo). Durante a descarga ocorrem perdas por aquecimento que reduzem a e ciência do fornecimento de energia das células dependendo da velocidade exigida pela corrente de descarga.

Para o processo de carregamento, foi observada uma operação de controle através do algoritmo de carregamento da bateria de íons de lítio, em que, apesar da cor-

Fig. 10 – Tensão e corrente nos terminais da bateria durante um evento de carregamento
Fig. 9 – Tensão e corrente nos terminais da bateria sob carregamento

Fig. 11 - Perfl do SoC sob um evento de carregamento.

Aplicações e Questões Relevantes . vol. 1, 16-20.

[3] Lotfi, N. et al. 2013: Development of an Experimental Testbed for Research in Lithium-Ion Battery Management Systems. Energies 2013. vol. 6, 52315258.

[4] Murnane, M.; Ghazel, A. 2017: A Closer Look at State of Charge (SOC) and State of Health (SOH) Estimation Techniques for Batteries. Analog Devices. vol. 1, 1-2.

[5] Plett, G. L. 2011-2018: Equivalent-Circuit Cell Models . Lecture notes ECE4710/5710: Modeling, Simulation, and Identification of Battery Dynamics. vol. 1, 1-5.

[6] Barillas, J. K. et al. 2015: A comparative study and validation of state estimation algorithms for Li-ion batteries in battery management systems . Applied Energy. vol. 155, 455-465.

REFERÊNCIAS

[1] Lasseter, R. H. 2002: Microgrids. 2002 IEEE Power Engineering Society Winter Meeting. vol. 1, 305-308.

[2] EPE – Empresa de Pesquisa Energética, 2019: Sistemas de Armazenamento em Baterias -

rente injetada não ser constante mas dependente da irradiação solar, a bateria apresentou um aumento gradual, mas descontínuo, de sua tensão em relação ao valor máximo no início do processo. Para o algoritmo CCTC ocorre um comportamento semelhante, mas em corrente constante. O controle foi percebido como priorizando a saúde da bateria, que passou consideravelmente pouco tempo em sua fase com tensão máxima.

Agradecimentos - Os autores agradecem o apoio financeiro e técnico da CPFL Energy. Esta pesquisa foi financiada pelo Programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da CPFL Energia. O sistema de armazenamento de baterias do LAM foi adquirido com recursos do projeto PA3026. As estações de carregamento de VE, com o apoio financeiro e técnico do projeto PD-00063-3059/2019. Este trabalho está relacionado ao projeto ““PD-00063-3059/2019 – Soluções de Apoio à Expansão da Infraestrutura de Recarga de Veículos Elétricos: Estações de Carregamento Integradas à Tecnologia de Baterias e Sistemas Fotovoltaicos (FV)”.

Adaptado de “Assessment of Battery Energy Storage System Operating Modes in a Microgrid for Electric Vehicles Charging”, apresentado na Cired 2023 - 27th International Conference on Electricity Distribution, Roma, Itália. Publicado aqui sob permissão de autores e organizadores. Tradução e adaptação da Redação de EM

Quadros e painéis de média e baixa tensão

Da Redação de EM

Montagens completas de conjuntos de manobra e controle são aqui descritas segundo suas especificações e principalmente suas diversas funções e finalidades nas instalações elétricas de média e baixa tensão, incluindo conjuntos destinados ao uso em áreas classificadas. São 49 os montadores relacionados, com os respectivos telefones e endereços eletrônicos.

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Notas: 1) São consideradas “montagens completas” os conjuntos montados em fábrica, já prontos para uso fnal. Podem ser também aí incluídos os quadros, tipicamente destinados a instalações prediais, fornecidos na forma de kits virtualmente completos. 2) Cubículos modulares com seccionadoras e disjuntor isolados a SF6. 3) Conjuntos de manobra monobloco em SF6 para redes em anel ou primário seletivo. 4) Cabines primárias, cabines de entrada e medição segundo padrão das concessionárias. 5) Serviços de montagem de quadros ou painéis.

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 234 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Julho / Agosto de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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Notas: 1) São consideradas “montagens completas” os conjuntos montados em fábrica, já prontos para uso fnal. Podem ser também aí incluídos os quadros, tipicamente destinados a instalações prediais, fornecidos na forma de kits virtualmente completos. 2) Cubículos modulares com seccionadoras e disjuntor isolados a SF6. 3) Conjuntos de manobra monobloco em SF6 para redes em anel ou primário seletivo. 4) Cabines primárias, cabines de entrada e medição segundo padrão das concessionárias. 5) Serviços de montagem de quadros ou painéis. 6) Cabines de barramento para edifícios, segundo padrão das concessionárias. 7) Quadros de distribuição com tomadas para uso em instalações provisórias, como canteiros de obras, parques de diversões, etc. 8) Caixas com tomadas, geralmente associadas a chave interruptora para bloqueio mecânico e a dispositivos de proteção. 9) Ex p = painéis pressurizados. 10) Ex tD = para poeiras combustíveis. 11) Ex d = à prova de explosão.

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 234 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Julho / Agosto de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta.

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Nova edição do evento por excelência da comunidade de instalações

Principal encontro nacional de instalações e infraestrutura de eletricidade do Brasil, o Eletrotec+EM Power se realizará neste mês de agosto, de 27 a 29, no Centro de Eventos Expocenter Norte em São Paulo. Vem com uma disputada programação de congresso e feira, com o contributo de concorridos minicursos técnicos (ou workshops). No congresso, serão três dias de palestras e apresentação de trabalhos técnicos, numa fórmula que, já consagrada, é cada vez mais aceita entre a comunidade técnica de eletricidade. “É o único congresso dessa área no Brasil que solicita artigos e publica anais, ou seja, que abre para o pessoal apresentar trabalhos, de colega para colega, os quais podem trocar informações e ideias. Não tem nenhum cunho comercial”, disse à EM o coordenador da comissão organizadora do Eletrotec+EM Power, João Gilberto Cunha, diretor da Universidade Mi Omega. Cunha é um dos res-

Eletrotec+EM Power do ano passado: atualização sobre normas importantes e exposição de casos reais de aplicação nas instalações industriais e prediais

Com mais de 30 horas de palestras, apresentação de trabalhos técnicos e workshops , o grande evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia vai reunir centenas de profissionais no congresso e milhares de visitantes na exposição. Um dos pilares da plataforma de energia inteligente

The Smarter-E South America , que conta também com a Intersolar, o Eletrotec+EM Power acontece no final de agosto em São Paulo.

ponsáveis pela curadoria do congresso em conjunto com o chairman do evento Celso L.P. Mendes, consultor da Aranda Editora e da Aranda Eventos. “Vão-se discutir problemas reais, de soluções implementadas, que os pro ssionais aplicaram na indústria e outros locais”, diz Cunha.

Destaques da programação

A edição 2024 do congresso está estruturada em três eixos principais: atualização em normas técnicas, proteção contra descargas atmosféricas, e tópicos de

Fotos: Izilda França

instalações de média e baixa tensão. São, com diz o chairman do evento, Celso Mendes, temas transversais de engenharia que se aplicam a instalações elétricas, sistemas fotovoltaicos, sistemas de armazenamento de energia e à infraestrutura de recarga para veículos elétricos.

Dia 1: Normalização

No quesito atualização sobre normalização técnica, serão apresentados os trabalhos de comissões de estudo ativas da ABNT. Mas de quais normas? Segundo diz João Cunha, são aquelas que se cha-

Eletrotec+EM Power

Informações importantes

Eletrotec+EM Power South America 2024 – Congresso e Feira

27 a 29 de agosto

Local:

Centro de Exposições e Convenções Expo Center Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333, São Paulo, SP

Coordenação do congresso:

Insttuto Mi Omega

Organização geral: Solar Promoton Internatonal, Pforzheim e Freiburg Management und Marketng Internatonal, com coorganização da Aranda Eventos & Congressos, São Paulo.

Ingressos para o congresso e credenciamento para visita à feira em: htps://thesmartere.com.br/ingressos

ma em jornalismo de “pautas quentes”: projetos de elaboração de normas novas ou de revisão de normas já existentes que estão no foco de atenção da comunidade de eletricidade atualmente. “O primeiro dia do Eletrotec é sempre reservado para essa atualização sobre normas, apresentada por guras de destaque nas comissões”, diz o coordenador.

Em destaque, a palestra sobre a evolução e o estágio atual da revisão da nossa principal norma de sistemas de BT, a NBR 5410 – “Instalações elétricas de baixa tensão”, com apresentação de Hilton Moreno, um dos mais atuantes integrantes da comissão de revisão. O projeto sofreu avanços importantes desde a última edição do Eletrotec+EM Power: a ABNT realizou a consulta nacional, entre novembro de 2023 e fevereiro último e, como esperado, foi recebida um quantidade expressiva de contribuições, as quais agora estão sendo analisadas pela comissão. O que deve mudar na NBR 5410 e como? Para quando se pode esperar a publicação? Descobriremos no Eletrotec.

Um pouco de história

Mais importante encontro técnico dos pro ssionais que atuam no segmento das instalações de utilização, de baixa e média tensão, o Eletrotec+ EM Power South America nem sempre teve esse título. Sua história iniciou-se em 1982, quando foi realizado o primeiro Enie – Encontro Nacional de Instalações Elétricas, resultado de esforços principalmente de José Rubens Alves de Souza (19532016), então editor de Eletricidade Moderna. A Zé Rubens incomodava que o setor de instalações permanecesse carente de um encontro técnico que pudesse congregar os pro ssionais desta área (a exemplo dos já existentes Sendi e SNPTEE, dos pro ssionais da indústria de eletricidade), divulgando e destacando seus estudos para seus pares. O Enie foi criado com foco inicial no acompanhamento da evolução da normalização da ABNT na área, principalmente a NBR 5410, que em 1980 ganhara uma edição novinha em folha baseada

Merecem destaque também duas seções que apresentarão projetos de normas totalmente novas, recentemente concluídos: o da norma sobre prevenção de incêndio em geradores fotovoltaicos instalados em edi cações; e o da norma sobre proteção contra o arco elétrico e a energia incidente do arco. São normas que atacam aspectos absolutamente prementes, a começar pelos incêndios em geradores FV. O projeto, que aguarda a consulta pública, será apresentado no Eletrotec pelo secretário da comissão Marcos Rogério Chaves Silva. O texto trata não apenas da prevenção, propriamente dita, mas da segurança de bombeiros no combate a incêndios já instalados. Neste aspecto aliás, reside um dos principais pontos polêmicos da futura norma, qual seja, a instituição ou não da obrigatoriedade do uso do recurso de rapid shutdown

na então norma IEC 364, radicalmente distinta da edição anterior, que era de 1960 e se baseava no norte-americano NEC. Além de numerosos artigos e seções xas na revista Eletricidade Moderna, dedicados ao debate e ao esclarecimento dessa e outras normas, o Enie veio oferecer aos pro ssionais oportunidade de apresentarem e discutirem a aplicação das disposições normativas a casos concretos, e com o tempo incorporou os muitos outros aspectos do universo das instalações. Em 2018, como resultado de reestruturação da estratégia, o Enie foi rebatizado de Eletrotec – Congress & Trade Show, e a partir de 2019 integrou-se, como Eletrotec+EM Power, ao hub de inovação e Smarter-E South América, sendo, deste, a vertente dedicada à infraestrutura elétrica e gestão de energia de edifícios e indústrias.

so de elaboração. Se você se interessou em saber como é o projeto que em breve vai a consulta pública, vá ao Eletrotec.

Além da norma sobre incêndios em geradores FV, Marcos Rogério Chaves Silva, que é também secretário da comissão de revisão da NBR 14039, a norma de instalações de média tensão, vai apresentar no congresso as principais linhas de trabalho para a revisão deste importante documento, cuja versão atual é recente, de três anos.

Dia 2: Descargas atmosféricas

Cunha: normas são “pautas quentes”

O projeto da norma de arcos elétricos será apresentado pelos especialistas da comissão da norma Luiz Henrique Zaparoli e Márcio Bottaro. “Trata-se de um projeto bastante completo. Incorpora normas norte-americanas muito utilizadas nessa área com recentes resultados de ensaios e vai além, incluindo aspectos da NR-10, por exemplo, sendo focado na realidade brasileira. Resultou em uma norma de gestão de segurança elétrica, e eu não sei se há outras no mundo tão completas”, diz João Cunha, ele próprio participante ativo do proces-

No território brasileiro incidem por ano 78 milhões de raios, os quais causaram mais de 800 mortes na última década, como lembra o chairman do Eletrotec, Celso L.P. Mendes, o que justi ca o grande volume de resumos sobre medidas externas e internas de proteção contra descargas atmosféricas recebido pela coordenação. Tanto que foi possível montar a grade de um dia inteiro apenas com apresentações sobre o assunto. Entre outros tópicos, haverá trabalhos

Universidade
Mi Omega
Celso Mendes: temas transversais de engenharia
Izilda França

ANOS

1974 / 2024

GERANDO PROGRESSO, FACILITANDO A VIDA E REALIZANDO SONHOS DE MILHÕES DE PESSOAS.

Transformadores a óleo

Transformadores tipo seco

Aplicações em redes

• Urbanas

• Rurais

• Industriais

• Solares

Tipo Pedestal
Regulador de tensão

Eletrotec+EM Power

O programa do congresso

27 de agosto – Atualização sobre normas

9h00 – Abertura – Celso L P Mendes

9h10 – Proteção contra incêndio em sistemas

FV – Marcos Rogerio Chaves Silva

11h00 – Revisão da ABNT NBR 5410 – Hilton Moreno

14h00 – Norma de arco elétrico – Luiz Henrique Zaparoli, Márcio Bottaro

16:00 – Revisão da ABNT NBR 14039 – Marcos Rogerio Chaves Silva

28 de agosto – Proteção contra descargas atmosféricas

9h00 – As normas de proteção contra descargas atmosféricas para sistemas fotovoltaicos –

Hélio Eiji Sueta / IEE USP; Jobson Modena / Guismo Engenharia; Roberto Zilles / IEE USP

9h45 – Comparativo da implementação de PDA em usina fotovoltaica de geração distribuída mediante sistema isolado ou não isolado – Luciana Flávia Silva de Matos / Termotécnica; João Marcos Belisário Dantas / Termotécnica; Normando Virgílio Borges Alves / Termotécnica

11h00 – A importância da suportabilidade a surtos para as instalações elétricas – Sergio Roberto Silva dos Santos / Embrastec; Cleiton Busse / Embrastec; Laís Venâncio Pimentel / Embrastec

11h45 – Sistema de monitoramento instantâneo e remoto do funcionamento dos dispositivos de proteção contra surtos (DPS) em uma base distribuidora de GLP – Arlei Andrade da Silva / Nacional Gás; Carlos Gustavo Castelo Branco / Grid Power Solutions; Wellington Amorim / Mix Engenharia

14h00 – Acidentes fatais devidos ao líder não conectante – Anderson Konescki Fernandes / KFEL; Aureovaldo Barros Junior / Barros Engenharia

14h45 – Proteção preventiva contra descargas atmosféricas – Jobson Modena / Guismo Engenharia; Hélio Eiji Sueta / IEE-USP; Alexander Muzzi / AT3W Brasil

16h00 – Malha de terra de usinas fotovoltaicas: como aterrar a cerca? – Carlos Moreira

sobre proteção de sistemas fotovoltaicos contra descargas atmosféricas, proteção preventiva contra raios, aterramento de usinas fotovoltaicas e monitoramento do funcionamento de DPS em uma base distribuidora de GLP. A lista de autores, que pode ser checada no quadro acima, pontuada de renomados especialistas, dá uma ideia do nível que se pode esperar.

Dia 3: Solar, instalações e armazenamento

O último dia do congresso exibe quatro sessões voltadas para instalações BT/ MT, com destaque para o desempenho

Leite / Volts & Bolts; Mário Leite Pereira Filho / EngSim

16h45 – Análise da viabilidade econômica de SPDA em usina fotovoltaica típica de geração

distribuída – Gabriel Luiz Silva Almeida / Termotécnica; Luan Marcelino da Costa / Termotécnica; Felipe Buzolin Reis / Empower Engenharia

29 de agosto – Energia solar, segurança elétrica, armazenamento de energia

9h00 – Análise de viabilidade financeira de implantação de usina solar FV em indústria no ACL (Ambiente de Contratação Livre) – Vinicius Ayrão Franco / Sinergia Consultoria

9h45 – Desempenho de brises fotovoltaicos em São Paulo: primeiro ano de geração do Instituto Germinare – Clarisa Debiazi Zomer / Arquitetando Energia Solar; Aline Machado / Arquitetando Energia Solar

11h00 – O prontuário das instalações elétricas como instrumento de eficiência e segurança –Jairo Sobrinho / Conformetec; Edson Martinho / Lambda Consultoria; Sergio Roberto Santos / Lambda Consultoria

11h45 – Elaboração do prontuário das instalações elétricas – João Gilberto Cunha / Instituto Mi Omega; Isabelle M. R. Rabelo / Instituto Mi Omega

14h00 – A ausência do IDR e as mortes por choque elétrico no ambiente residencial – Caroline Daiane Radüns / Unijuí; Edson Martinho / Abracopel

14h45 – A visão computacional e a inspeção visual de sistemas elétricos – José Maurício dos Santos Pinheiro / UBM

16h00 – Estratégia e desafios de um Plano de Manutenção eficaz para operação segura do primeiro Sistema de Armazenamento de Energia em Baterias (BESS) de grande escala do Brasil – Caio Cesar Vieira de Freitas Almeida da Silva / ISA CTEEP; André N. de Souza / UNESP; Vitor T Arioli / CPQD

de sistemas fotovoltaicos integrados a edificações (BIPV), uma tecnologia ainda incipiente no Brasil mas com imenso potencial. Outras sessões abrigarão apresentações sobre medidas de proteção contra choque, aderência aos regulamentos de segurança laboral, como prontuário de instalações elétricas, e segurança das instalações residenciais, além das questões de manutenção de equipamentos de armazenamento de energia, cruciais para assegurar a confiabilidade desses sistemas — neste caso, o foco é o primeiro sistema de armazenamento em grande escala do Brasil, de 30 MW/60 MWh, implantado pela ISA CTEEP no ano passado em uma subes-

tação em Registro, SP. Os autores são igualmente prestigiados pro ssionais em suas áreas (veja programação na pág. 48)

Os minicursos

Nos últimos três anos, um dos destaques do Eletrotec+EM-Power South America têm sido os minicursos técnicos. São dois dias em que os participantes têm a oportunidade de aprender sobre: infraestrutura de instalações de utilização versus carregadores elétricos veiculares, proteção contra surtos em linhas de sinal, autoprodução de energia fotovoltaica, e os esquemas de aterramento de instalações elétricas. Veja a seguir:

Dia 28/08, 10h00–12h00 – O problema de demanda para os consumidores com alta densidade de carregadores para veí-

culos elétricos – João G. Cunha/Instituto Mi Omega;

Dia 28/08, 13h30–15:30 – Instalação de estações de recarga para veículos elétricos: aplicações de balanceamento de carga – Rafael G. Cunha/movE Eletromobilidade;

Dia 28/08, 16h00–18h00 – A aplicação da proteção contra surtos em linhas de sinal – Sergio Roberto Silva dos Santos/ Lambda Consultoria;

Dia 29/08, 10h00–12h00 – Usinas de autoprodução FV junto à carga: dimensionamento e análise nanceira – Vinicius Ayrão Franco/Sinergia Consultoria;

Dia 29/08, 13h30–15:30 –Esquemas de aterramento segundo a futura norma ABNT NBR 5410 – João G. Cunha/Instituto Mi Omega;

A feira Eletrotec+EM-Power South America

A exposição do evento reúne fabricantes, fornecedores de produtos e prestadores de serviços para instalações elétricas; redes inteligentes e integração de energias renováveis; gestão de energia e automação predial; e serviços de energia para a indústria e o comércio. Será realizada no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), de 27 a 29 de agosto de 2024. No ano passado, contou com mais de 80 empresas expositoras.

O acesso à feria é gratuito, mediante credenciamento, que pode ser feito antecipadamente em https:// thesmartere.com.br/ingressos.

Transformadores: de potência, com fator K, para IT médico e autotransformadores de partda

Da Redação de EM

O levantamento abaixo lista 18 fornecedoras desses equipamentos de importância crucial para o bom desempenho dos sistemas e das instalações elétricas de utilização. São dadas as especificações principais dos transformadores oferecidos, para orientação do potencial comprador, junto com os meios de contato.

Transformadores de potência

De Transmissão Para fornos Para retifcadores De distribuição Subterrâneo

Empresa – Telefone e-mail

Brval – (21) 97105-6853 vendas@brval.com.br

Comtrafo – (43) 99151-9321 r.minato@comtrafo.com.br

Ensa – (19) 99840-8386 vendas8@ensatransformadores.com.br

IBT – (11) 7188-1033 ibt@ibt.com.br

ITB Equipamentos – (18) 3643-8000 vendas@itb.ind.br

Itel – (34) 3215-6900 itel@iteltransformadores.com.br

Macorin – (31) 2567-8430 comercial@macorin.com.br

Militrafo – (11) 94822-8489 vendas@militrafo.com.br

Romagnole – (44) 3233-8535 lucasnm@romagnole.com.br

SPTrafo – (11) 5519-7100 sptrafo@sptrafptransformadores.com.br

Tamura Brasil – (47) 99613-1968 vendas@tamurabrasil.com

TRA – (11) 4780-6384 luma@tra.com.br

Transformadores Itaipu – (16) 99785-6877 comercial@itaiputransformadores.com.br

Tsea Energia – (31) 3329-6415 comercial@tseaenergia.com.br

União – (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br

WEG – (47) 3276-4000 wtd@weg.net

Zilmer Ineltec – (11) 2148-7121 vendas@zilmer.com.br

Consultar comercial.

Fonte:

Acesse www.arandanet.com.br/revista/em

Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação Potência (MVA) Tensão primária até (kV) Isolação Potência (kVA)

Tensão primária até (kV) Isolação a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada a óleo mineral a óleo vegetal a seco encapsulada

Tensão primária até para poste pedestal para cabine autoprotegido Isolação

Potência (MVA)

Transformadores especiais

Empresa – Telefone e-mail

Brval – (21) 97105-6853 / vendas@brval.com.br

CAV – (16) 99909-4968 / transfcav@hotmail.com

Comtrafo – (43) 99151-9321 r.minato@comtrafo.com.br

Ensa – (19) 99840-8386 vendas8@ensatransformadores.com.br

IBT – (11) 7188-1033 / ibt@ibt.com.br

ITB Equipamentos – (18) 3643-8000 / vendas@itb.ind.br

Macorin – (31) 2567-8430 / comercial@macorin.com.br

Militrafo – (11) 94822-8489 / vendas@militrafo.com.br

Romagnole – (44) 3233-8535 lucasnm@romagnole.com.br

SPTrafo – (11) 5519-7100 sptrafo@sptrafptransformadores.com.br

Tamura Brasil – (47) 99613-1968 vendas@tamurabrasil.com

TRA – (11) 4780-6384 / luma@tra.com.br

Transformadores Itaipu – (16) 99785-6877 comercial@itaiputransformadores.com.br

União – (11) 2023-9000 vendas@transformadoresuniao.com.br

WEG – (47) 3276-4000 / wtd@weg.net

Zilmer Ineltec – (11) 2148-7121 / vendas@zilmer.com.br

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 127 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, Julho / Agosto de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Questões energétcas

Enase, um duro espelho do setor

Aorganização logística do Enase é de primeiro mundo. O primoroso macrotema desta feita (19/20 de junho de 2024) foi Perspectiva para um mercado de energia em transformação, subdividido em três trilhas de conteúdo: Modernização e futuro do setor; Energia limpa; e Mercado e consumo. As grandes reuniões plenárias uni cavam todos os seminaristas, que depois se dispersavam entre as três trilhas de apresentações mais especí cas, por sua vez rateadas em cinco ambientes diferentes, acessados por um aparelho auditivo individual de cinco canais de voz.

Os discursos giraram em torno do QUÊ, na maioria das vezes ignorando o COMO fazer a transformação necessária e su ciente no que se batiza de Transição Energética da humanidade. Vale

Autor empresa-cargo.

Do alto de seu conhecimento e experiência profissional no setor elétrico, como jornalista, engenheiro e dirigente, Paulo Ludmer nos traz aqui um relato-análise da mais recente edição do Enase, o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, com sua peculiar interpretação de discussões, fatos e mazelas, complementado ainda por um boxe com impressões de caráter temporal.

dizer, as manifestações frequentemente mantiveram-se limitadas na superfície, erguendo com pro ciência questões e ideias, indicações de terapias na pele, mas não nas veias dos problemas.

Na abertura o cial, Transformação em curso, Estratégias e políticas rumo a um país descarbonizado, autoridades listaram seus principais programas e políticas que prometeriam regulamentar e criar condições para o desenvolvimento o shore do hidrogênio, expansão da demanda pelo gás natural, pela bioeletricidade, entre outros, e pela descarbonização. Os grandes jornais no eixo Rio-São Paulo não zeram outra coisa a não ser enumerar tudo isso nos últimos anos. A sensação é a de que o carro não anda, de um já visto temerário e frustrante.

Transição energética, está claro, não é simples, nem imediata, sob visão de longo prazo. Alguns consideram, no caso do Brasil, que em sua matriz elétrica a transição encontra-se bastante avançada, porém não nas fontes fósseis letais, que consideram ser vitais no curto prazo, desde que os riscos pertinentes ao seu desenvolvimento sejam mitigáveis. Quanto mais não seja, inexiste um roteiro claro do que e de como fazer nos dias que correm. Aonde se quer chegar? Por ora, por falta de jeito, não tem como dar certo.

Em seguida, considerando-se in ação, guerras e disputas comerciais, a conversa rumou para o destravamento do potencial da energia limpa, barata e con ável, vantagens brasileiras para captura de oportunidades. Fábio Rodacki, da Accenture, dialogou com Adilson Oliveira e Roberto Falco, também da Accenture.

Alguns eixos de conversa foram: retomada econômica versus descarbonização; inteligência arti cial versus desemprego; preparativos para o aquecimento global; atrair indústrias novas; desenvolver cadeias exportadoras de hidrogênio verde. E aí se sucedem antiguidades: como absorver a intermitência da geração nas redes? Como expandir a transmissão reduzindo o prazo entre

As três trilhas de conteúdo: Modernização e futuro do setor; Energia limpa; e Mercado e consumo

Abraceel

Questões energétcas

“Há que desenhar nova matriz, com armazenamento neutro vis-à-vis as fontes de geração, sendo o Brasil um hub do contnente (...) porém o Brasil segue sonolento”

decidir e executar uma linha diante do meio ambiente? Como lidar com um consumidor proativo (prossumidor), a geração distribuída, o armazenamento por baterias, usinas hidrelétricas reversíveis? Como balancear encargos, tributos, preços nais e competitividade no consumo? Diante disso, militantes do setor elétrico brasileiro (mais velhos e experientes) expressaram que isso tinha o sabor monótono do passado invadindo o futuro.

Um consenso: o grid é fundamental pela capacidade de entregar o serviço diante do clima e de eventos extremos esperados. Nessa visão, há que desenhar nova matriz, com armazenamento neutro vis-à-vis as fontes de geração, sendo o Brasil um hub do continente já em constituição, desde que seja veloz na transformação e descarbonização. Porém, no mapa global, outros países largaram à frente para os mais diversos papeis globais. Nosso Brasil, sob a governança da coalizão, do toma lá dá cá, segue sonolento. Pouco se ouve falar da compra e da venda de carbono sequestrado, de suas cotações, de seu funcionamento, quem é quem, com quem eu posso falar e contar.

Na adaptação às mudanças climáticas e utilização de fontes mais limpas e renováveis, as proposituras caem na planície comum: pedem ajuda do governo, que trate de copiar a Comunidade Europeia, que dispõe de gasodutos para transportar o produto. Cita-se a Alemanha incentivando o hidrogênio verde, desde 2020, com metas de descarbonizar o país entre 2024-2050. Ora, há 57 intenções de investi-

mento externo nessa direção desejando vir para o Brasil, sob ameaça velada de taxarem nossos tradables (fertilizantes, alumínio, aço, etc.) não sustentáveis, isso é, que não usam hidrogênio verde. Repetiram-se aforismos no Enase: é mais barato concertar do que corrigir. Outro: a Terra é um sistema fechado, lixo se resolve aqui. Em consequência, um grupo defende uma organização do mercado de carbono até 2029: 1) cobrando mais as empresas na transição; 2) impulsionando a sociedade, mesmo com ônus: e 3) impondo obrigações aos bancos.

Campeão de potência virtual de eólicas no mar, o Brasil (politicamente disposicionado) parece mais uma vítima de atropelamento global. Nossa economia carece de investimentos vultuosos a serem completados numa cadeia de satélites de produtores de bens e de serviços. No momento, esta cadeia sofre desinvestimento e saída parcial do País, atropelado por uma competitividade arti cial da solar e por preços depreciados dos kWh gerados. Urge mapear mais dados, cartografar obstáculos, topografar os e cargas. Como enfrentar e preci car tanta imprevisibilidade? A primeira pulsão recorrente é que precisam mamar nas tetas benemerentes públicas (do BNDES, Banco do Nordeste, Banrisul...), tesouros estaduais, federais

e até municipais. Lembram da indústria automotiva e da canavieira.

Pela ordem: primeiro há que regulamentar (aprovar a Lei do o shore eólico); depois implantar o primeiro leilão de geração eólica no mar, desenhar como fazer e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) concluir seu planejar… Vale observar que estudos foram efetuados por investidores declarados paralisados por ausência de critérios de negócios. A seu turno, a EPE (que não calcula valores) pede tempo para de nir metodologias, áreas no litoral, traduzir experiências mundiais. Adotaremos pagamento do gerador pela cessão de uso ou bônus de assinatura? Não se pode onerar a eólica que vem perdendo competitividade vis-à-vis a solar, mas esmagou durante um tempo as pequenas centrais hidrelétricas? E o que dizer da concentração do poder de mercado, da estruturação de portos, de toda a logística, mormente da expansão crucial de linhas de transmissão?

Gira-se para cá e para lá e vem a queixa: num momento em que sobra oferta, os legisladores precisam ser rápidos (e os jabutis nos comandos legais devem ser evitados): oneração, garantia, seguros, quem perde, quem ganha no cenário. Uma utopia são subsídios con avelmente controláveis, transparentes, com métricas sobre sua e cácia, scalização e controle, metas e tempo para acabar.

Em vez de discutr subsídios, que se atraia a demanda para o Brasil, onde o consumo mantém-se estável há vinte anos

Uma das mesas tradicionais do Enase reuniu CEOs expressivos em diálogo sobre o mercado futuro que cresce mais acelerado do que se imaginava, diante de uma oferta que avança ainda mais intensa e fora de controle. Foram eles: Reynaldo Passanezi Filho (Cemig), Dri Barbosa (N5X), Ricardo Cyrino (EVoltz) e Daniela Alcaro (Stima Energia). Nesse quadro, o consenso é de que a transmissão deverá crescer para atender o movimento real da infraestrutura, porém não adianta cada um buscar somente os seus in-

Questões energétcas

teresses, forçar aos outros seus custos e riscos, especialmente na véspera de abrir a área de livre contratação para a baixa tensão. O consumidor haverá de gerenciar contratos, preços e sua alfaiataria. A oferta vai ao varejo, o ofertante vai inchar? Haverá compartilhamento de dados? A scalização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está pronta? Preparada? Naturalmente a liquidez adquire importância na negociação de contratos (em descentralização ou no inverso).

Nesta era de transição energética investe-se US$ 1,7 trilhão, alerta a Cemig, seis Brasis em solar e quatro Brasis em eólica. Que se olhe isso como oportunidade, que se traga a demanda para o Brasil onde o consumo mantém-se estável há vinte anos. Em vez de discutir subsídios, que se atraia a demanda, advoga Passanezi Filho: “só os chamados datacenters consomem 2% da energia do planeta, taxa que vai para 4% depressa”.

A exemplo da União Europeia, cumpre comparar a colocação da energia no mercado com o risco de crédito, portanto carecemos de melhorar a gestão de risco. Na Europa, a negociação com títulos nanceiros lastreados em energia registra movimento de capitais igual a sete vezes o mercado físico; no Brasil cadastramos apenas uma centena de empresas nesse ambiente, requerendo sua expansão pelo menos mais dois anos no País.

De pronto, especulou-se a questão se o futuro é agora. Não atingimos as metas compromissadas no Acordo de Paris. Os desa os são políticos (em con gurada lentidão, obscuros e desossados) e econômicos (vaivéns sob incertezas). Tampouco a sociedade brasileira sabe o que o Brasil quer ser. Pelo tamanho continental, cabe ao País soluções e caminhos capilares? Outrossim, proposições integradoras esbarram em quanto a sociedade está disposta a pagar por novas tecnologias, ou mesmo antigas como as redes de

Mudanças de idade e gênero, e pouco mais

Paulo Ludmer

Em 21 anos, tenho sido anualmente presente no Enase, no Rio de Janeiro. Em 2024, percebi que os substantivos são os mesmos, embora a tecnologia evoluísse, arrastando novos adjetivos e advérbios. A idade média dos 600 frequentadores caiu de 70 para 50 anos, a presença feminina saltou de 15% para 40%, e o organizador — a plataforma Canal Energia — passou das mãos do jornalista Rodrigo Ferreira (agora presidente da Abraceel - Associação Brasileira de Comercializadores de Energia Elétrica) para um grande grupo empresarial.

Os substantivos continuam os mesmos, porquanto, a natureza não dá saltos, além de que, no interior da política energética, observam-se os imutáveis atritos matriciais que se mantêm inalterados. Todos os agentes lutam para preservar suas margens de lucro; alguns tentam empurrar seu lixo para debaixo do tapete alheio; a maioria clama por incentivos governamentais explícitos ou sombras; todos recorrem e contam com os poderes Executivo, Judiciário e Legislativo para mediar suas necessidades e con itos. Mas os poderes parecem catatônicos, enquanto algumas cadeias produtivas se esmerilham e o crédito ca a reboque dos movimentos pontuais.

Resulta da dinâmica dessa arena de contenciosos a transferência dos riscos e custos da má governança para a sociedade, sejam contribuintes, sejam consumidores. São visíveis as historicidades surreais dos subsídios cruzados, ora da baixa tensão para a alta, ora no sentido oposto. Pior, não são tão percebidos pelos não iniciados os impactos sobre dé cit scal,

distribuição enterradas nas metrópoles. Onde buscar fontes de recursos para atualizar estabilizadores de frequência, de tensão, de harmônicas, smart grids e inteligência arti cial? O Estado perderá o protagonismo neste processo?

Em arte, as melhores realizações decorrem da busca do impossível. Quem poderia imaginar que, depois das barbáries da primeira e segunda guerra mundiais, a Alemanha e França se tornariam próximas amigas? A moldura do tablado é amarga, mas a desesperança é inimiga da alegria. La nave va. A senioridade volta a exercer um papel fundamental no cenário, pois a inteligência arti cial

juros, in ação e outros fundamentos econômicos abalroados contra os extratos de renda mais pobres. Uma das resultantes nesses anos recentes foi a desindustrialização, primeiro de eletrointensivos e depois espalhada pelos setores diversos da economia. Adicionalmente, o primado do consumidor é normalmente esquecido e a conta nal da selvática confusão recai sobre seu bolso ou uxo de caixa. Por mais que experts considerem hipócrita a perfumaria diplomática de distribuição de renda, ao nal do dia con rma-se que o setor é um injusto vetor concentrador de renda e aríete da desigualdade. Esta arenga também deixa transparecer a inépcia do Poder Concedente e das instituições de governo e de Estado, ao longo de décadas nas quais se relacionam modelagens obsoletas, imprevisibilidades, inseguranças jurídicas, arcabouços legais móveis ao sabor das paróquias e das conjunturas. Provamos executivos e políticos ine cientes e ine cazes na gestão da energia no país, impotentes e inapetentes para fazer do insumo (a um custo aderente ao real e racional) um vetor de desenvolvimento, de competitividade econômica e de bem estar social.

Jornalista, escritor, engenheiro, professor e consultor, Paulo Ludmer é há 25 anos ttular da coluna “Momento” de Eletricidade Moderna.

perde parte do seu alcance se não houver um repertório, uma vivência, uma leitura, um glossário que os jovens não têm. Diferentemente do facebook, do instagram, do whatsapp, quando os jovens ensinaram os velhos, o processo se inverte nos dias que correm. Os jovens irão menos à academia de ginástica e voltarão aos livros uma vez mais. Não bastará distribuir renda, nem gerar racionalidade econômica; será necessário combinar custos de investimento com poupança nacional e ganhos de produtividade (medíocres nos últimos vinte anos).

Soluções em motores e geradores elétricos. Inovação que impulsiona o futuro da energia.

A Equacional é tradicional fabricante e reparadora de motores especiais sob encomenda, especializada em projetar e fabricar motores e geradores elétricos especiais, freios eletromagnéticos e eletrodina- mométricos, reguladores de tensão de indução e equipamentos didáticos e para pesquisa.

Nosso departamento de conserto, anexo a fábrica, conta com diferenciais como: estamparia própria, departamento de Engenharia e Laboratório de Ensaios onde são executados ensaios de rotina, de tipo e especiais, com os mesmos critérios de qualidade dos produtos por nós fabricados.

Motor de Corrente ContínuaMotor
Variador/ Regulador de Tensão de Indução
Motor de Corrente Contínua
Regulador (Variador) de Tensão de Indução, Monofásico
Motor de Gaiola Especial para Prensa de Vulcanização
Motor de Anéis
Armadura de Motor de Corrente Contínua

EM Aterramento

Os sistemas de aterramento e a garanta de equipamentos eletroeletrônicos

Embora seja recomendada em todas as normas técnicas ABNT, a unicidade do sistema de aterramento de um instalação elétrica não é aceita por alguns poucos fabricantes de equipamentos, que exigem um aterramento exclusivo para seus produtos. Apesar de não concordarem com tal exigência, pro ssionais da área elétrica acabam aceitando-a para não perderem a garantia desses equipamentos, o que será discutido neste artigo.

Aspectos técnicos

A justi cativa para adoção, para determinado equipamento, de um sistema de aterramento isolado galvanicamente do eletrodo de aterramento principal da instalação é reduzir a vulnerabilidade desse equipamento às perturbações conduzidas através dos condutores de aterramento da instalação, garantindo assim a estabilidade da tensão no terra de referência dos seus circuitos eletrônicos. Segundo esses fabricantes, ao isolar os eletrodos de aterramento de seus equipamentos, estes estariam imunes às interferências transferidas através do sistema de aterramento.

Como, para que a instalação elétrica seja segura e eciente, o sistema de aterramento desempenha nela várias funções, diversas normas técnicas da ABNT trazem determinações que este deve cumprir, além de apresentar, na norma ABNT NBR 5410:2004/2008 - Instalações elétricas de baixa tensão, três esquemas de aterramento que podem ser utilizados, TN, TT e IT. Tais esquemas são pensados para equacionar a relação entre a continuidade do fornecimento de energia e a ocorrência de uma falta, de modo que algum deles tem de ser adotado, sob risco de a instalação elétrica e seus equipamentos se tornarem inseguros. De modo que o bom desempenho de um equipamento deve ser obtido através de outros meios que não o desvirtuamento de um esquema de aterramento,

pela utilização de um sistema de aterramento pretensamente exclusivo.

Utilizando os conceitos de compatibilidade eletromagnética (EMC, na sigla em inglês), apresentados em vários artigos da revista Eletricidade Moderna, é possível garantir que um equipamento funcione adequadamente dentro de seu ambiente eletromagnético, sem que seja necessário adotar tanto um aterramento exclusivo (que, como veremos, não será tão exclusivo assim) quanto uma resistência do eletrodo de aterramento com valores inalcançáveis.

Ao conectar um equipamento a um eletrodo de aterramento galvanicamente isolado do eletrodo de aterramento principal da instalação, passamos a ter esse equipamento aterrado em dois pontos ao invés em um eletrodo exclusivo. Como o equipamento será alimentado através da instalação elétrica da edi cação, ele estará conectado inevitavelmente ao Barramento de Equipotencialização Principal (BEP) e aterrado através deste. Ou seja, um aterramento exclusivo só seria possível caso houvesse também uma alimentação exclusiva.

Além disso, como alguns fabricantes exigem valores muito baixos de resistência de aterramento para seus equipamentos, às vezes inferiores a 5 Ω, temos outro problema, já que a resistência de aterramento de um eletrodo depende da resistividade do solo onde se encontra. Neste caso, a solução de utilizar várias hastes de aterramento cravadas uma ao lado da outra é totalmente ine caz e não deve ser adotada. Por esse motivo, um valor especí co de resistência de aterramento só se justi ca caso exista um projeto elétrico associando esse valor ao desempenho dos sistemas de proteção da instalação.

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Insttuto de Energia e Ambiente da USP, SergioRobertoSantos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_aterramento@ arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.

Aspectos legais

No Brasil, segundo o código de defesa do consumidor, é vedado ao fornecedor, dentre outras práticas consideradas abusivas, colocar no mercado qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos o ciais competentes ou, se normas especí cas não existirem, pela ABNT ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) [1]. Segundo a mesma lei, a garantia contratual de um produto ou serviço é uma garantia complementar à que é obrigatória e que não pode ser suprimida se o consumidor instalar um equipamento segundo as determinações de uma norma da ABNT.

Reforçando os direitos e obrigações, o fato de o consumidor ser um empregador é muito importante aqui, já que as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, principalmente a NR10 [2], também exigem o atendimento às determinações das mesmas normas da ABNT. Por isso, caso ocorra um acidente em um equipamento instalado, operado ou mantido em desacordo com essas normas, a empresa e seus responsáveis legais serão responsabilizados, o que não incluirá, nessa ação, os fornecedores do equipamento.

Conclusão

A garantia de um produto ou serviço não é uma mera liberalidade do seu fornecedor, não podendo ser suprimida se o seu proprietário seguir as normas técnicas ABNT, como NBR 5410:2004/2008 e NBR 5419:2015Proteção contra descargas atmosféricas. Caso um fabricante insista na exigência do aterramento exclusivo, cabe a ele orientar em detalhes o seu cliente como essa condição pode ser obtida, além de assumir a responsabilidade pelas consequências de tal adoção, como falhas causadas pela falta de equipotencialização da instalação ou atuação indevida dos sistemas de desconexão automática da alimentação.

REFERÊNCIAS

[1] Lei nº 8078 de 11 de setembro de 1990, “Código de defesa do consumidor”.

[2] Ministério do Trabalho e Emprego: Norma Regulamentadora nº 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.

Desafo da eletrifcação: edifcações existentes

“Comprei meu carro elétrico, e agora?”

Se você mora em uma casa, os passos são:

a) Veri car se a entrada de energia suporta ou não a potência do inversor, já levando em consideração a demanda de energia existente.

b) Veri car se o quadro de distribuição suporta ou não a potência do carregador.

c) Fazer o projeto e a instalação do carregador veicular conforme as normas ABNT NBR 5410 e a NBR 17019.

Caso a entrada de energia não suporte, deverá ser feito um aumento de carga ou uma redução da potência máxima a ser utilizada pelo carregador.

Se o quadro de distribuição e os condutores não suportarem, deverão ser reformados/ substituídos.

Nessa situação, quaisquer custos de instalação serão de responsabilidade do dono do veículo, não há com quem discutir. Mas, e se você mora em um condomínio?

Difculdades de instalação de SAVEs em condomínios

Já discutimos em colunas anteriores os impactos que a instalação de Sistemas de Alimentação de Veículos Elétricos (SAVEs) ocasiona na infraestrutura elétrica. Quando isso é abordado por ocasião do projeto e construção do empreendimento, os custos entram no Capex e o incorporador apropria esses custos da forma que melhor entender em seu empreendimento.

A instalação de SAVEs demanda a análise da infraestrutura elétrica, com consequentes adequações quando necessárias. Mas analisar apenas a infraestrutura da unidade consumidora que deseja instalar o SAVE não é su ciente, sendo necessária a avalia-

ção de diversos pontos para a tomada de decisão de onde e como instalar os SAVEs. Essas análises deverão responder às seguintes questões:

1) Quais condições de segurança mínima devem ser garantidas?

2) Em que medidor de energia devem ser ligados os carregadores de veículos elétricos?

3) Em caso de necessidade de aumento de carga no padrão de entrada de energia, qual ou quais unidades deverão custear esse investimento?

Não abordei aqui questões como se o condomínio tem ou não o direito de proibir a instalação de carregadores para veículos elétricos, por me faltar competência jurídica para uma análise apurada. Mas isso não me impede de dar minha opinião. Em meu ponto de vista, o condomínio não pode impedir, mas pode e deve criar regras.

O manual para instalação dos SAVEs

Com base em consultas e problemas ouvidos de clientes, algumas vezes de moradores que compraram o carro elétrico, outras vezes do síndico este é pressionado, por um lado, pelo morador que comprou o carro e quer instalar seu carregador veicular, e por outro lado pelos demais condôminos, preocupados com possíveis problemas que a instalação dos carregadores possa trazer ao condomínio , a melhor solução que encontrei foi sugerir que seja criado um manual com as regras para a instalação dos SAVEs.

O que deve conter o manual?

1) Premissas básicas

O manual deve descrever os levantamentos

técnicos que devem ser realizados (levantamento de condutores, de dispositivos de proteção, esquema de aterramento, etc.), indicando os pontos e como deve ser realizado o levantamento da curva de carga, que medições da curva de carga devem ser feitas, e como determinar a potência máxima liberada pela concessionária nos diversos medidores existentes.

O manual deve ainda estabelecer os critérios para que se possa determinar em quais medidores podem ser ligados os carregadores (eu pre ro sempre o medidor de serviço), bem como os critérios para a medição da energia consumida no carregamento dos veículos.

Deverá determinar também quais tipos de carregadores poderão ser utilizados (modos 1, 2, 3 ou 4).

2) Requisitos de documentação

Deve car claro quais documentos mínimos devem ser apresentados pelo usuário que pretende instalar o carregador para veículos elétricos. Visando atender tanto a parte técnica quanto dar segurança ao síndico, o manual deve conter a exigência da apresentação do documento de responsabilidade técnica (ART ou TRT) e da certidão de atribuição pro ssional dos responsáveis, para garantir que possuem competência legal para esse tipo de projeto.

Esse item é importante pois, da mesma forma que temos as pessoas empolgadas com o carro elétrico (eu sou um deles), temos uma série de pessoas detratoras deles. Basta um condômino falar que quer um carro elétrico e vídeos de incêndios começam a circular em grupos de WhatsApp do condomínio. Dessa forma, a m de evitar problemas futuros em questionamentos ao síndico, são de suma importância esses documentos. Além disso, o manual deve exigir, no mínimo:

• Memória de cálculo da demanda com a inserção dos SAVEs.

• Memorial descritivo dos serviços de adequação das instalações elétricas necessárias para instalação dos SAVEs.

• Memória de cálculo dos condutores elétricos a serem utilizados. O cálculo deverá atender as premissas da NBR 5410 e deverão ser descritas as tabelas, os métodos de instalação e os fatores de correção utilizados.

• Especi cação do carregador veicular utilizado.

• Descrição do sistema de controle de carga, caso haja.

• Folha de dados técnicos e manuais do carregador veicular, dos dispositivos de proteção diferencial-residual (DRs) e dos dispositivos de proteção contra surtos (DPSs) a serem utilizados.

• Planta baixa com encaminhamento da rede elétrica a partir do agrupamento de medidores ao ponto de instalação do carregador veicular.

• Esquema uni lar das instalações elétricas a partir do agrupamento de medidores ao ponto de instalação do carregador veicular.

3) Premissas de projeto

Apesar de ser obrigação do projetista e do executor conhecer as normas ABNT NBR 5410 e NBR 17019, entendo que é melhor que o manual traga algumas exigências mínimas, tais como o uso de dispositivo diferencial residual para os SAVEs.

4) Premissas de instalação/ execução

Nesse item devem ser determinadas regras quanto à localização dos carregadores e dos tipos de linhas elétricas e acabamentos, inclusive por questões estéticas. Deverá ser esclarecida a exigência de rela-

tórios de ensaio dos novos circuitos instalados, conforme seção 7 da NBR 5410.

Resumo e conclusões

A instalação de SAVEs em condomínios existentes é, no mínimo, desa adora. A ausência de análises de cargas pode ocasionar desligamentos dos circuitos do agrupamento de medidores ou sobreaquecimento de condutores.

Instalações realizadas por pro ssionais que não sejam especializados em instalações elétricas e que não conheçam os requisitos da NBR 17019 podem colocar as instalações elétricas do condomínio em risco.

Um manual desenvolvido conforme a realidade de cada condomínio, por um pro ssional com o devido conhecimento técnico, é a melhor solução para evitar possíveis problemas.

É necessário reconhecer que os levantamentos iniciais necessários para avaliação de cargas e as exigências técnicas para liberar a instalação podem ser de valor expressivo para poucos carregadores, mas é justo que quem deseje o conforto seja onerado por isso, e não a coletividade.

Ressalto que a ideia do manual e o que conter neles é uma opinião minha, não havendo nenhum dispositivo legal que obrigue a ser feito dessa forma.

Espero que tenham apreciado essa série sobre carregadores veiculares. Na próxima edição, abordaremos outro assunto. Até lá.

NORMAS CITADAS:

ABNT NBR 5410:09/2004 - Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 17019:04/2022 - Instalações elétricas de baixa tensão - Requisitos para instalações em locais especiais - Alimentação de veículos elétricos

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profssionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em_profssisonais@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “EM Profssionais”.

Aspiradores de pó Ex

Estellito Rangel Júnior

As indústrias que lidam com pós combustíveis comumente apresentam, nas áreas de processo e suas proximidades, deposição de pós nas mais diversas superfícies, seja sobre o piso, equipamentos ou elementos estruturais, entre outras. Desta forma, a limpeza periódica é muito importante, não só para uma melhor aparência “estética”, mas, principalmente, para a segurança da unidade contra explosões.

Em auditorias de conformidade realizadas, foi observado nas indústrias com áreas classificadas com zonas 21 e 22 o uso de aspiradores de pó destinados ao uso comercial (em alguns casos, até de uso doméstico) nas atividades de limpeza, o que constitui, por várias razões, riscos consideráveis à segurança.

As áreas classificadas

Os ambientes sujeitos à formação de atmosferas explosivas por pós combustíveis são classificados com relação ao grupo e à zona:

• Grupo IIIA: caracteriza-se pelas fibras combustíveis, encontradas por exemplo, nas indústrias têxteis.

• Grupo IIIB: caracteriza-se pelos pós combustíveis não condutores, como grãos e plásticos.

• Grupo IIIC: caracteriza-se pelos pós combustíveis condutores, como alumínio e magnésio.

• Zona 20: região onde os pós combustíveis estão sempre em suspensão, em quantidade sufi -

ciente para produzir uma mistura explosiva.

• Zona 21: região onde os pós combustíveis podem estar, nas condições normais de operação, em quantidade su ciente para produzir uma mistura explosiva.

• Zona 22: região onde os pós combustíveis podem estar, em condições anormais de operação, e por períodos limitados, em quantidades su cientes para produzir uma mistura explosiva.

As normas

As normas mais referenciadas para a prevenção de incêndio e explosão relacionados aos pós combustíveis são as da NFPA, como a NFPA 652 - Fundamentos dos pós combustíveis; a NFPA 61 - Prevenção de incêndios e explosões de pós em instalações agrícolas; a NFPA 484 - Metais combustíveis; a NFPA 654 - Prevenção de incêndios e explosões de pós no manuseio de sólidos particulados combustíveis; e a NFPA 664 - Prevenção de incêndios e explosões nos processos com madeiras.

Está prevista para o início de 2025 uma nova norma, a NFPA 660, que reunirá em um só documento as atuais normas NFPA 61, 484, 652, 654, 655 e 664, todas referentes às instalações com pós e sólidos particulados combustíveis. O projeto já passou por duas etapas de recebimento de comentários (Public Input Stage); participei das consultas públicas e tenho acompanhado sua elaboração desde dezembro de

2022. Mais detalhes em https:// lnkd.in/g8SFaRGy.

Os aspiradores de pó Ex

Os aspiradores destinados ao uso em áreas classi cadas precisam primeiramente ser selecionados conforme o material a ser removido. Há o tipo “somente seco”, projetado para remover apenas pós secos, e o tipo “úmido e seco”, desenvolvido para remover materiais secos ou líquidos. Observe que não há dispositivo para remover lama, porque ela obstruiria os ltros e diminuiria o desempenho do sistema.

Dentre outros requisitos para aspiradores de pó Ex, a NFPA 652 estabelece:

• os materiais de construção devem ser condutores;

• as mangueiras devem ser condutoras; e

• o ar carregado de pó combustível não deve passar pelo exaustor.

Aspiradores de pó para o Grupo IIIC podem exigir requisitos adicionais, pois certos pós metálicos são ainda mais sensíveis que o alumínio, o magnésio e suas ligas comerciais. E se a remoção for de quantidades superiores a 2 kg, é recomendado um separador de imersão para neutralizar o risco da atmosfera de pó metálico internamente ao aspirador.

Vale destacar que, para operar em áreas classificadas, é imprescindível que o aspirador escolhido esteja legalmente certificado, conforme as disposições do Inmetro.

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Commitee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relatvos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certfcação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.

No Brasil

e smarter E – O evento e smarter E South America vai acontecer de 27 a 29 de agosto em São Paulo, SP. Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America – A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America – Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; e Eletrotec+EM-Power South America – Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br.

Direito e tributação – A Viex e o Sindienergia RS vão realizar em 5 e 6 de setembro, em Gramado, RS, a Cúpula do Direito e Tributação em Energia, que deverá contar com a presença de autoridades governamentais para debater melhores práticas jurídicas no setor de energia e aprimoramentos regulatórios para o desenvolvimento energético e industrial. Os temas abrangem aprimoramentos regulatórios para o desenvolvimento do setor elétrico, pendências legislativas para a transição energética, gestão estratégica de contratos, inovações no direito ambiental, ampliação do mercado livre, reforma tributária e seus impactos para o setor elétrico. Mais informações em viex-americas.com. Proenergia – O Proenergia Summit 2024, promovido pelo Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e com o Sebrae, será realizado em 11 e 12 de setembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Com expectativa de receber 4 mil pessoas, o evento vai ter palestras técnicas e debates, englobando rodadas de negócios, espaços para startups, exposições comerciais, podcasts e espaços interativos. Inscrições e outras informações estão disponíveis no site www.proenergiasummit.com e nas redes do sindicato (@sindienergiaceara).

Iluminação – A 18a edição da Expolux, feira internacional de iluminação, acontecerá de 17 a 20 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Entre as novidades, o evento terá as Rotas de E ciência Energética e de Automação, que destacarão, respectivamente, os produtos mais sustentáveis e tecnológicos por meio da curadoria

de pro ssionais do setor. Outras novidades são o Selo Lumina, em que os visitantes poderão votar nas soluções e estandes de destaque do evento, e o Decor Light Show, que contará com seis ambientes temáticos ligados à iluminação decorativa e residencial; lâmpadas, LED e OLED; iluminação comercial; controles de automação e iluminação; componentes de iluminação; e fontes de energia alternativas. Também serão realizadas palestras e painéis com temas diversos, como tecnologia, ESG e mercado. A programação completa e o credenciamento estão disponíveis em https://bit.ly/CredenciamentoExpolux.

Energia eólica – O evento Brazil Wind Power, composto por congresso e feira, será realizado de 22 a 24 de outubro, no São Paulo Expo, em São Paulo, SP. As palestras serão divididas em três palcos, de acordo com os temas: onshore, o shore e O&M. Segundo os organizadores, os debates vão abranger desde a economia e aspectos socioambientais até questões regulatórias, desenvolvimento e infraestrutura, além de inovação tecnológica, incluindo a produção de hidrogênio e práticas sustentáveis. Também serão abordados os cenários internacionais e os compromissos globais. Informações em: www.brazilwindpower.com.br.

CURSOS

Energia na América Latina – A Olade – Organização Latino-Americana de Energia oferece um programa de formação executiva, que abrange diversos temas relacionados ao desenvolvimento energético da região através de 16 cursos, organizados em cinco eixos temáticos: tecnologias, hidrocarbonetos, transição energética, políticas energéticas e integração energética regional. Os cursos serão ministrados em diferentes modalidades (e-learning, virtuais e semipresenciais, webinars e o cinas de trabalho). Para mais informações, acesse https://capevlac.olade.org.

Elétrica e iluminação – A Tramontina realiza o Educa+, plataforma virtual de cursos e treinamentos gratuitos. A iniciativa está dividida em ambientes, entre os quais se destaca o Conectar+, com conteúdos sobre elétrica e iluminação. Os cursos e treinamentos EAD (Educação a Distância) disponíveis nessa seção são direcionados a eletricistas, instaladores, arquitetos, decoradores, estudantes e clientes da marca, abordando normas e especicidades de produtos utilizados em instalações

elétricas residenciais, comerciais e industriais. Para participar dos cursos, basta acessar a plataforma e criar um login no site https://global.tramontina. com/educa.

Indústria e energia – A Siemens promove cursos presenciais e à distância com o objetivo capacitar clientes, estudantes e interessados em temas de indústria e energia. Para processos produtivos, com linha de produção de uma indústria que possui equipamentos ou sistemas Siemens, os cursos são ministrados no Sitrain, localizado na sede da companhia, em São Paulo. Na Power Academy, que ca na planta de Jundiaí, o foco é digitalização de subestações, nos segmentos de geração, transmissão e distribuição. Os treinamentos e cursos disponíveis podem ser conferidos nos sites https://www.siemens. com/br/pt/produtos/servicos/energia/poweracademy-brasil.html e https://www.siemens. com/br/pt/produtos/servicos/industria/servicostreinamentos/sitrain.html.

No exterior

RE+ – A exposição e conferência de energias limpas RE+ acontece de 9 a 12 de setembro em Anaheim, Califórnia, EUA. O evento reúne os predecessores Solar Power International, Energy Storage International e Smart Energy Week. Esperam-se mais de 40 000 pro ssionais e 1350 expositores. Realização da Smart Electric Power Alliance (SEPA) e Solar Energy Industries Association (SEIA). Website: www.re-plus.com.

Transição energética – O Enlit Asia, composto por conferência e exposição para o setor de energia, vai ser realizado de 8 a 10 de outubro em Kuala Lumpur, Malásia. Sob o tema “Permitindo uma transição energética multidimensional na Associação das Nações do Sudeste Asiático”, o evento tem o objetivo de difundir conhecimento especializado, soluções inovadoras e visão de líderes da indústria para promover a transição para um futuro energético de baixo carbono no Sudeste Asiático. Pretende reunir desde representantes políticos e reguladores a fornecedores de tecnologia e consumidores de energia, e abordar a perspectiva internacional sobre o assunto. Mais informações em www.enlitasia.com.

Produtos

Mísulas pivotantes

A Isoelectric fornece a mísula pivotante em 500 kV. Segundo a empresa, a solução permite uma nova con guração, compactação e con abilidade em projetos complexos e personalizados. A mísula com base dupla pivotante com estai duplo é indicada para elevadas cargas mecânicas e condições severas de ventos, onde

há necessidade de maior estabilidade dos condutores. A mísula tipo suporte com base pivotante dupla, com isolador e estai único, é destinada a aplicações com elevadas cargas mecânicas. Possui anel de equalização de campo elétrico, que garante, de acordo com a empresa, bom desempenho na proteção contra arcos de potência. www.gruppo-bonomi.com

Sofware

O Power Generation Optimizer (PGO), com duas soluções em Gêmeo Digital que otimizam a geração hidrelétrica (Hydropower Optimizer –HPO) e termoelétrica ( ermalpower Optimizer –TPO), é oferecido pela Enacom. A empresa também fornece o Intelligent Event Analysis (IEA), que conta com duas soluções que vão da geração à transmissão de energia: o Intelligent Occurrence Reporting System (ISOR), focado no suporte para a operação em tempo real em sistemas de geração e transmissão; e o Operation Event System (OES),

que possibilita informações com apuração, registros e avaliação das atividades. www.enacom.co.br

Capacitor para descargas parciais

Um dos destaques da Insight Energy é o capacitor para medição de descargas parciais INS Aepi. O equipamento é produzido no Brasil, atende normas internacionais e é fácil de instalar, segundo a empresa. Principais

características: capacitância 80 pF +- 4 pF; rigidez dielétrica de 36 kV AC em 60 Hz por 60 segundos; classe de temperatura –35 C até 155 C. O acoplador INS Aepi está isento de descargas parciais até o nível de 16 kV, com sensibilidade máxima de 2 pC, a rma a fabricante. www.insightenergy.com.br

Transformadores e reatores

A Prolec GE Brasil fabrica reatores e transformadores. O reator de derivação possui tensão até

800 kV, potência até 150 Mvar, sistema monofásico ou trifásico. Já o transformador de potência tem tensão de até 800 kV, potên-

cia de 20 a 1000 MVA, sistema monofásico ou trifásico. www.prolec.energy

Engenharia de torres

A Versátil realiza projetos para de nição da série de estruturas, memorial de cálculo com cargas nas fundações de estrutura predominante, programa de testes, projetos executivos das estruturas com elaboração das silhuetas,

veri cações estruturais de torres existentes, inspeções técnicas, estudos de recapacitação, etc. A empresa também oferece o soware VersaTorres, desenvolvido pela sua equipe de engenheiros especialistas. www.versatilengenharia.com.br

Equipamentos e soluções

No portfólio de produtos da Dax, são encontrados bancos de capacitores shunt e série, ltros de harmônicas, reatores shunt , limitadores e de aterramento. A empresa também fornece equipamentos de alta tensão, como fusíveis HH (foto) até 36 kV, chaves seccionadoras até 1100 kV, contatores a vácuo até 15 kV, disjuntores a vácuo até 145 kV, dis-

juntores SF6 até 1100 kV, chaves a vácuo e religadores até 36 kV, capacitores e reatores, entre outros produtos. www.dax.energy

Tratamento de óleo mineral

A Eco uid oferece equipamentos para tratamento e regeneração de óleo mineral isolante para transformadores. No portfólio, há várias versões da máquina para tratamento de óleo Eco uid ECO VT, com vazão nominal e ajustável de 3000, 5000, 8000 e 12000 litros por hora, e também uma planta xa industrial para atender reformadoras e fabricantes de transformadores, que ltra, desumidi ca e regenera o óleo mineral isolante armazenado em tanques para abastecimento da linha de produção. O equipamento foi projetado para remover borras e outros produtos de oxidação. www.eco uidbrasil.com.br

Chaves de aferição

Da Redação de EM

Montagem

Chaves de aferição permitem a realização de medições e testes em circuitos de corrente e de potencial de medidores de energia, correntes de relés, etc., além de reparo e substituição de peças, sem a necessidade de interromper o funcionamento do circuito principal. Neste guia você encontra fornecedores de chaves de aferição e meios para contatá-los, com as principais características técnicas de seus produtos.

Empresa – Telefone e-mail

Connectwell – (11) 99381-5131 www.connectwell.com.br / vendas@connectwell.com.br

Konecty – (11) 99990-0999 victor.bertocco@konecty.com.br

Minulight – (21) 99770-1400 vendas@minulight.com.br

SecuBrasil – (48) 98832-9358 comercial@secubrasil.com

THS Componentes – (15) 99802-4788 marketing@thscomponentes.com.br

Weidmüller Conexel – (11) 97118-7060 felipe.oliveira@weidmueller.com

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 13 empresas pesquisadas Fonte: Revista Eletricidade Moderna, julho / agosto de 2024. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na

Ordem para garantr o progresso

Não dá mais, ordena o croupier das roletas nos cassinos antigos e tradicionais. A tecnologia os alijou nos estabelecimentos modernos. Ninguém mais pode aplicar fichas nos números do pano verde da mesa. E a bolinha começa a rolar. Pois, no cassino da energia elétrica do Brasil não dá mais, digo eu. O jogo de empurra-empurra dos interesses dos agentes setoriais, em busca de seus resultados, desenrola-se em boa parte extraído da captura de renda dos consumidores via tarifas, tributos e encargos, ultrapassando e nebulizando a percepção da realidade, de seus fundamentos técnicos e econômicos.

Para ilustrar: a solar quer estender a absorção de seus incentivos; a eólica quer incentivos para ir ao mar; o carvão sulino quer incentivos para respirar; a venda da distribuidora de Manaus quer incentivos para pagar suas

adiamentos e renúncias a investimentos não incentivados.

2. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declara que não há espaço para mais subsídios. Enquanto isso, eles não param de sobrecarregar, principalmente, os pagantes pelo uso desta energia e, tampouco, dão sinais, pelos diversos subterfúgios, de que irão arrefecer o ímpeto do seu inchaço.

3. Pelos cálculos do especialista Edvaldo Santana, com os subsídios aos combustíveis fósseis na Amazônia e os dilatados para as usinas solares, serão mais R$ 100 bilhões nos próximos 20 anos.

4. Essa superoferta, diz Santana, provocou, só em junho último, quase 3 mil desligamentos de geração das mais diversas usinas; porquanto, a intermitência gera um caos.

“As eólicas e solares são queridas e desejáveis. Mas impuseram ao País várias concertações e discussões essenciais que requerem providências urgentes e inadiáveis”.

Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

dívidas junto às termelétricas, a exemplo do obtido pelo Amapá e por Goiás no passado recente; etc.

Não dá mais para a geração de energia elétrica renovável intermitente crescer solta e incentivada. As eólicas e solares são queridas e desejáveis. Mas impuseram ao País várias concertações e discussões essenciais que requerem providências urgentes e inadiáveis, sejam judicantes ou filosóficas, pragmáticas ou conceituais, a saber:

1. Há excesso de oferta de energia, mas os preços seguem cada vez mais elevados, surgem

5. Porém, o ONS - Operador Nacional do Sistema acionou térmicas nesse entretempo, ao custo de emitir gás carbônico de efeito estufa, indesejável para o Brasil e para o mundo diante do Acordo de Paris. E a Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica trouxe de volta a tarifa amarela, um alerta que antecede a tarifa vermelha, nos cenários de estiagem severa nas bacias hidrográficas, nas probabilidades de risco de abastecimento do mercado.

6. Santana esclarece que diariamente com a redução da insolação somem 30 GW de geração solar a serem compensados por

outras fontes. Na demanda aparecem mais 10 GW pelo entardecer. Ora, os reservatórios então esvaziam mais de 5 GW por mês neste entretempo chamado de período seco (no Sudeste, Centro-Oeste o intervalo alcança o mês de novembro). Os lagos serão administráveis em 2025 se estancarem sua depleção no patamar de 35% antes de dezembro. Daí o ONS precisar das térmicas para cobrir (ou ter segurança de que é capaz de cobrir) o buraco aberto dia-adia pelas fontes intermitentes. Aqui nem vamos falar do que se passa com as linhas de transmissão que se sobrecarregam e se aliviam nessa sanfona de oferta e cortes. Já abordamos nesta coluna a confusão nas distribuidoras quando as fontes solares injetam kW na rede e bruscamente invertem seu papel para a absorção.

7. Portanto, urge blindar o país dos solavancos de preços e riscos. E para isso, carecemos de uma opção básica: entregar ao Estado a regulamentação, que faça o arcabouço intervencionista para estabelecer ordem no jogo da expansão da geração ou vamos intensificar a liberdade incentivada das fontes intermitentes de energia, deixando o mercado se autorregular? Vamos trazer baterias elétricas poderosas e exigir das intermitentes que ofereçam uma energia garantida ou vamos investir em usinas reversíveis hidrelétricas que farão o papel das baterias?

8. Estadistas, que tanto nos faltam, estariam diante de dilemas originários da Revolução Francesa: primarão pela liberdade, pelos contornos da distribuição de oportunidades, ou aproveitariam o Estado, tal como está, intervencionista, capataz do que acha certo, bom e bem?

Voltando ao nosso croupier, insisto em que não dá mais. Os setores que dão as cartas também sustentam lutas existenciais. Tratam, por exemplo, de conter as importações de carros elétricos. Ora, na conjuntura, temos sobras para abastecê-los. Mas, acordos como os de Lula na Bolívia, de exportação da geração do rio Madeira para o consumo em La Paz, podem reverter a moldura de uma hora para outra. As mudanças climáticas ampliam as imprevisibilidades da geração hidrelétrica a despeito da eletri cação do comportamento humano que atua incessantemente.

Vamos ouvir o croupier?

TRANSFORMADORES WEG Alta performance com máxima eficiência

Motores Industriais

Motores Comerciais & Appliance

Automação

Digital & Sistemas

Energia

Transmissão & Distribuição

Tintas

Os transformadores de potência WEG desempenham um papel fundamental na harmonização dos níveis de tensão entre os diversos circuitos dos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia. Fabricados com capacidades que alcançam até 500 MVA e 550 kV, esses equipamentos atendem rigorosamente às normas ABNT, IEC e às especificidades de cada aplicação.

J Atendem à norma NBR 5356 e particularidades de cada aplicação

J Potências usuais bastante variadas

J Núcleo magnético tipo step-lap

J Regulação de tensão por CDC ou CST

Os transformadores para aplicações especiais da WEG são ideais para indústrias que dependem da corrente elétrica como principal fonte de produção, como em fornos a arco elétrico e tipo panela, retificadores e conversores de alta corrente. Especialmente projetados para fornecer potência eficiente em baixos níveis de tensão, esses transformadores atendem precisamente às demandas desses e muitos outros nichos industriais.

J Potências definidas conforme necessidade

J Correntes elevadas, frequentemente superiores a 100 kA

J Projetados sob medida para cada aplicação

J Seguindo as exigências da NBR, IEC, IEEE e ANSI

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