RTI Julho 2024

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Ano 25 - Nº - 290 Julho de 2024

Provedores de Internet: panorama do setor e perspectivas

O mercado de provedores ainda apresenta muitas oportunidades de negócios, como a entrada em redes móveis (MVNO), a oferta de serviços B2B e de valor agregado ao assinante, como mostra a pesquisa realizada junto aos provedores que participam do guia publicado na página 30.

Guia de conversores de mídia e transceivers ópticos

Com o crescimento das redes ópticas, os conversores de mídia e transceptores ópticos tornam-se cada vez mais importantes nas empresas, operadoras e provedores. O guia traz os os fornecedores desses produtos, com informações como recursos, distâncias máximas atingidas e formatos físicos. SERVIÇO24

Maximizando os testes com OTDR

O OTDR ajuda a identificar e localizar falhas, perdas e outros problemas ao longo dos links de fibra óptica. Com base em testes e relatórios detalhados, é possível diagnosticar pontos críticos e realizar a manutenção preventiva ou corretiva da rede. FIBRA ÓPTICA26

Guia de provedores de Internet

Apesar do movimento de consolidação, o número de provedores de Internet continua elevado no Brasil. O levantamento traz informações atuais dessas empresas, como cobertura geográfica, número de assinantes, tecnologias de acesso e serviços de valor agregado oferecidos.

SERVIÇO30

Células a combustível para alimentação primária e de backup

As primeiras aplicações de células a combustível para substituir ou complementar os geradores a diesel devem ser impulsionadas por operadores hyperscale, os quais têm assumido a liderança na redução do carbono. Entretanto, a opção tende a se tornar uma solução mais atraente para diversos tipos e tamanhos de data centers.

DATA CENTERS36

Quatro maiores desafios da IoT e como resolvê-los

Embora tenha aberto muitas possibilidades, a IoT também trouxe novos desafios para desenvolvedores, fabricantes e clientes que dependem de seus produtos e serviços. Ainda que alguns desses obstáculos já estivessem presentes desde o início, eles estão se tornando mais pronunciados à medida que a tecnologia se torna mais produtiva e acessível. CONECTIVIDADE44

KPIs (indicadores de desempenho) para provedores de Internet

O artigo apresenta a importância da coleta de dados que alimentam os indicadores KPI em um provedor de Internet, mostrando em dashboards e gráficos a busca pelos fatores positivos ou negativos que poderão ser alterados após análise crítica da gestão.

Capa: Helio Bettega Foto: Shutterstock

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.

EDITORIAL

pesar da estagnação do mercado de banda larga fixa, aumento de concorrência e redução de margens, os provedores de Internet estão otimistas e enxergam potencial de crescimento no setor. É o que mostra a pesquisa realizada junto às 145 empresas que fazem parte do guia publicado nesta edição. Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados acreditam que o setor ainda tem espaço a ser explorado. Somente 27% consideram que o mercado está saturado.

Entre os segmentos de maior aposta estão a banda larga r ural e B2B (governo, corporações e atacado), com 60% e 54% das respostas, respectivamente. De fato, observa-se uma tendência de crescimento de iniciativas para levar conectividade a áreas remotas, em especial para atendimento do agronegócio, utilizando tecnologias de rádio e celular. Por outro lado, nas cidades já atendidas pela fibra óptica as operadoras regionais estão lançando planos para incrementar a receita junto a escritórios, redes de farmácia e lojas, prefeituras e escolas, oferecendo não apenas o acesso, mas também serviços de TI, como SD-WAN, PABX IP, nuvem e locação de equipamentos. Esses negócios demandam muita capilaridade que os provedores podem oferecer. E a rede de telecom é o suporte que permite empilhar diversos serviços de valor agregado.

Na oferta residencial, os investimentos destinam-se a melhorar a experiência dos assinantes, com a inclusão de ferramentas digitais nos pacotes oferecidos, com destaque para o streaming de vídeo, considerado o mais relevante para 65,5% dos provedores pesquisados. A atualização de tecnologias é outro aspecto crucial para reter os clientes. Na pesquisa da RTI, 86% declararam que já adotam o Wi-Fi 6 em seus planos, garantindo uma maior amplitude no sinal, velocidade e estabilidade.

Como mostra a reportagem que começa na página 16, as oportunidades são variadas e muitas vezes nem é preciso ter uma rede própria. É o caso da BW Telecom, que deixou de ser provedor de Internet para atuar hoje com a gestão e intermediação de redes neutras, conectando as operadoras com portas de CTO ociosas aos pequenos provedores que precisam de acesso e viabilidade a redes já construídas.

Os desafios são muitos, com a questão dos postes liderando o ranking de preocupações, responsável por quase 60% das respostas da pesquisa. Concorrência, excesso de impostos, baixa ocupação da rede e altos índices de cancelamentos (churn) também estão entre as principais queixas. Apesar das dificuldades, o setor permanece resiliente, com mais de 20 mil empresas atuando no país. Elas desempenham um papel crucial na conectividade e no desenvolvimento tecnológico, impulsionando a sociedade rumo a um futuro cada vez mais digital.

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ISSN 1808-3544 ISSN 1808-3544

RTI Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de Telecom e Instalações, brasileira infraestrutura de brasileira comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Editora Técnica Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Editora Técnica Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Redação, Administração, e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br

A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.

pós a mais recente tragédia climática ocorrida no Rio Grande do Sul, a Clima ao Vivo, plataforma que transmite as condições do tempo por meio de câmeras de alta resolução em várias cidades do país em parceria com empresas e provedores de Internet, está lançando o projeto “Conectividade com Propósito”. O objetivo é dar uma resposta humanitária ao equipar os municípios com tecnologia de monitoramento que inclui não apenas as câmeras, mas estações meteorológicas que coletam volume de chuva, temperatura, umidade relativa do ar, velocidade e direção de vento. Outros sensores também podem ser aplicados para monitoramento e alertas de enchentes e deslizamentos. Os dados captados são disponíveis de forma online e gratuita para toda a população e podem ser usados pelas prefeituras, universidades e defesa civil para gerar análises de riscos, gráficos de tendências e alertas futuros.

nosso país. Por isso as cidades precisam estar preparadas para enfrentar situações semelhantes no futuro, e a Clima ao Vivo vai enviar a tecnologia com o subsídio de 100% no período oferecido pelo projeto para qualquer provedor que atue em áreas que já tenham sido afetadas, em qualquer região do país”, afirma o CEO.

Segundo ele, alguns provedores já estão mapeados em áreas que deverão receber a tecnologia do Conectividade com Propósito. “Há um grande potencial de uso dessas informações e as empresas podem se beneficiar dessas soluções”, diz. Uma das vantagens diz respeito à questão do ESG. “O provedor se posiciona e mostra que está preocupado como cunho social e ambiental na região onde atua. É

proativamente para que nos próximos eventos tenham mais tecnologia e tempo de resposta mais rápido, envolvendo os provedores como grandes atores dessa presença local”, diz Rocha.

Além dos provedores de Internet, a plataforma é capaz de oferecer dados relevantes para outros segmentos, como aeronáutica. “Existem no Brasil mais de 4 mil aeroportos e helipontos, dos quais estima-se que 95% não tenham instrumentação. Em aeronaves menores, como helicópteros e aviões de menor porte, os voos são bastante visuais e dependem muito do piloto. Então nossa solução é capaz de unir as tecnologias de câmera e estação para fornecer informações precisas de imagem, direção e velocidade do vento.

Segundo Denilson Rocha, CEO da Clima ao Vivo, a ideia do projeto nasceu como forma de ajudar a população e os provedores afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, mas de uma maneira que seja replicada em todo o país. “Imediatamente, vamos enviar os equipamentos com total gratuidade para provedores em todo o RS durante esse período de recuperação”, diz. O projeto conta com apoio da Abrint – Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações e da revista RTI

“Quando analisamos os eventos climáticos ocorridos recentemente no Brasil, percebemos que estão se tornando cada vez mais frequentes e severos”, diz o CEO. Nos últimos dois anos, por exemplo, podem ser citados vários casos de inundações e deslizamentos, como os da região metropolitana de Recife, PE; em São Sebastião, no litoral de São Paulo; em Petrópolis, RJ; no norte de MG, sul da Bahia ou leste de Santa Catarina. “É uma questão cíclica e faz parte da realidade do

uma resposta para a população que nenhum outro tipo de campanha consegue prover. A ação agrega um grande valor para a empresa local e conhecedora da região”, afirma. Além disso, o projeto abre os canais de comunicação e fomenta vendas de planos de Internet para as pessoas que estão acessando a tecnologia. Informações sobre clima e tempo estão entre os conteúdos mais acessados. Oferecer imagens e informações que mostrem as condições climáticas da cidade, a qualquer hora do dia, pode multiplicar os acessos e visibilidade junto à população. Um diferencial do projeto Conectividade com Propósito é o modelo de inovação aberta, em que todos os atores envolvidos e até mesmo a comunidade podem colaborar e trazer cases de uso reais e moldados para aquela realidade, criando soluções em cima dos dados disponíveis. “A ideia não é somente equipar as cidades, mas atender uma demanda da população e agir

A plataforma Clima ao Vivo conta hoje com presença em mais de 180 cidades do Brasil e Uruguai. A empresa envia para provedores de Internet, aeroportos e hotéis em todo o país câmeras que transmitem 24 horas por dia as condições em cada cidade. “Nós levamos uma informação fidedigna para a população. Toda a evolução do tempo fica gravada, podendo gerar um material extremamente rico para análise de microclima, por exemplo”, afirma. Pelo modelo proposto, a própria Clima ao Vivo envia as câmeras IP, sem qualquer investimento na compra de equipamentos por parte do provedor, e mantém a infraestrutura de streaming, storage, produção e compartilhamento de conteúdo. A plataforma é remunerada por uma mensalidade para manutenção do serviço, que varia de acordo com o número de câmeras que pretende ativar por cidade.

A Clima ao Vivo nasceu em 2015 da Vertentes Telecom, provedor com atuação em Oliveira, MG. Na ocasião, o CEO Denilson Rocha era diretor de tecnologia da Vertentes, responsável pelo desenvolvimento da solução de streaming, storage e web. Por isso, entende as necessidades do setor. O lançamento do Conectividade com Propósito é a maior prova disso.

Site: www.climaaovivo.com.br

Rosenberger, empresa alemã reconhecida pelo desenvolvimento, fabricação e fornecimento de soluções avançadas em telecomunicações, com destaque para data centers e serviços de instalação, desenvolveu um clivador óptico portátil voltado para instaladores em campo. O produto foi um dos destaques da marca durante a última edição do Encontro Nacional Abrint.

“No processo de desenvolvimento, pensamos nos técnicos que muitas vezes precisam lidar com clivadores grandes e pesados que, além de serem complexos para uso, acabam sendo muito visados para furtos. Nosso produto é leve, compacto e mais barato, permitindo que cada técnico tenha o seu equipamento individual, fator que aumenta a produtividade e a durabilidade dos dispositivos”, explica Fábio Rennó, gerente de contas da Rosenberger Brasil.

Pesando 45 g, a solução dispensa manutenção e ajuste da lâmina. Apresenta design de trava deslizante que a protege contra danos, bem como suporte para gabarito de plástico. Com capacidade para até 1000 clivagens, o pacote inclui um cordão para transporte que possibilita ao profissional carregar o dispositivo no pescoço.

“Um de nossos diferenciais sempre foi a flexibilidade. Em cada unidade temos uma equipe de engenharia para adaptar os produtos de acordo com a necessidade local”, afirma Rennó.

Outra novidade, porém, no campo do marketing, está no aumento da

divulgação da marca Rosenberger. A empresa pretende investir em diversas ações que a aproximem ainda mais de seu público. No Encontro Nacional Abrint, por exemplo, foi a primeira vez que esteve presente com um estande próprio.

“A Rosenberger já foi conhecida por outras alcunhas, como Rosenberger Domex. Para popularizar o nome Rosenberger no mercado e ficarmos mais próximos dos clientes, decidimos amplificar nossas campanhas de marketing, e isso inclui estar mais presente em eventos do setor”, diz Maiara Giovanelli, analista de marketing na Rosenberger Brasil.

Com mais de 15 mil funcionários ao redor do mundo, sendo 250 apenas no Brasil, a sede da companhia no país fica em Caçapava, SP, com área produtiva de 2100 m2 Já o outro parque fabril está localizado em Camanducaia, MG, e sua área produtiva é de 500 m2. A companhia ainda mantém um estoque de produtos em Itajaí, SC, com 16 mil m2 voltados para materiais ópticos e 6250 m2 para materiais RF.

Rosenberger – Tel. (12) 3221-8508 n Site: https://rsa.rosenberger.com

antigos é uma forma não só de ajudar o meio ambiente, como também de conseguir uma renda extra com a venda das peças. Segundo dados da ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, apenas 3% dos resíduos eletrônicos no Brasil são reciclados corretamente.

Com o intuito de auxiliar em tal tarefa, a PostalGow, empresa com sede em Barueri, SP, oferece soluções logísticas focadas em provedores e operadoras. O portfólio inclui logística reversa, coleta, recondicionamento, destinação de resíduos e logística integrada de armazenagem e distribuição nacional.

“Nossa infraestrutura de segurança atende todos os critérios da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados”, afirma Carlos Tanaka, CEO da PostalGow.

Para fornecer os serviços, a companhia utiliza mais de 120 bases em nível nacional e uma rede de 90 parceiros credenciados espalhados por

23 estados brasileiros. Mensalmente, a operação instalada pode atender até 300 mil solicitações de retiradas de equipamentos de reversa e recondicionar aproximadamente 70 mil dispositivos. Já a capacidade de estoque do armazém central, em Barueri, é de 25 mil pallets. O local conta com o apoio de uma segunda unidade em Manaus, AM, que possibilita estocar 3 mil pallets.

preocupação com a sustentabilidade é uma questão em voga na maioria das empresas. No mercado de telecomunicações, cujos equipamentos são atualizados com certa frequência, o correto descarte de dispositivos mais

A gama de produtos habilitados para coleta e reciclagem inclui antenas, cabos ópticos, switches, servidores, baterias, ONUs, roteadores e decodificadores. Dispositivos com dados sensíveis têm suas informações destruídas por meio de um software específico, sem comprometer a mídia física que contém os arquivos.

INFORMAÇÕES

Segundo Tanaka, o principal diferencial da PostalGow é a tecnologia empregada nas operações logísticas, que complementa os tradicionais sistemas WMS – Warehouse Management System, TMS – Transportation Management System e OMS – Order Management System. “Utilizamos plataformas logísticas próprias de última geração com tecnologias RFID –Radio Frequency Identification e IA –Inteligência Artificial capazes de detectar e rastrear produtos de forma individual, bem como registrar informações técnicas”, explica.

Com 180 funcionários, a PostalGow obteve uma taxa de crescimento de 60% em 2023. Entre seus clientes figuram nomes como Claro, Oi, Sky e Vero. “A PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece diretrizes claras. Diversas companhias têm se adaptado com sucesso, mostrando que a conformidade regulatória pode ser alcançada com investimento e planejamento”, salienta o CEO.

PostalGow – Tel. (11) 95473-5288 n Site: www.postalgow.com.br

adicional. A WDC auxilia a operadora para a execução total do projeto, indo desde a instalação à gestão de conteúdos”, afirma Raad.

WDC Networks, fornecedora de tecnologia para setores como telecomunicações, infraestrutura de redes e cibersegurança, com sede em São Paulo, apresentou diversas novidades durante a última edição do Encontro Nacional Abrint, evento realizado entre os dias 12 e 14 de junho no Transamérica Expo Center, na capital paulista.

Um dos anúncios é uma mudança de posicionamento. Com um portfólio de produtos e serviços com mais de 30 marcas, a WDC passa a fortalecer o cross selling e a integração do seu portfólio. No novo escopo operacional, as BUs de Telecom, Enterprise e Solar se fundiram em um único pilar de soluções integradas e aderentes às demandas de verticais como educação, varejo, entretenimento, transportes, indústrias, energia limpa e concessionárias de serviços.

“O mercado de provedores regionais tem passado por uma transformação. Antes, a preocupação principal era ganhar espaço via aumento do número de assinantes, uma questão que agora passou a ser a fidelização destes clientes via soluções capazes de aumentar o valor da operadora perante o seu público, bem como reduzir o churn”, explica Paul Raad, diretor de produtos da WDC Networks.

Um dos acréscimos é a linha OOH –Out of Home, com painéis de LED fornecidos pela Leyard prontos para uso turn-key. Segundo o estudo Inside OOH 2023 , divulgado pela Ibope Kantar, tal mídia já impacta 89% da população, sendo que 71% dos entrevistados avistam essas telas em locais como shopping centers, supermercados, farmácias, padarias, shows e eventos.

“Com os painéis, o provedor regional tem um produto a mais em seu leque de soluções e pode ofertar esse tipo de mídia para seus clientes como um serviço

Uma outra novidade é a parceria com a VaultOne, companhia norte-americana cujos produtos são voltados para o gerenciamento de acessos PAM –Privileged Access Management e complementam a segurança em soluções de conectividade, data centers, automação residencial, segurança física e firewall com ferramentas como controle de usuários, acessos, senhas, recursos e ativos, prevenindo violações de dados e protegendo o usuário contra ameaças internas e externas.

A parceria com a WDC permite a VaultOne alcançar outras verticais, como provedores e operadoras de telecom. As soluções são ofertadas no modelo SaaS – Software as a Service com pagamento em reais, diferente de alguns concorrentes cuja cobrança é feita em moeda estrangeira. “Nossos principais diferenciais estão na interface amigável para o usuário, bem como o suporte e materiais em português. Tais características fazem com que nossas plataformas sejam utilizadas por mais de 55 mil profissionais ao redor do mundo”, celebra Natália Santos, head de marketing da VaultOne.

WDC Networks – Tel. (11) 3035-3777 n Site: www.wdcnet.com.br

Zapping, plataforma de streaming de TV, anunciou durante a última edição do Encontro Nacional Abrint que seu serviço agora está disponível para provedores regionais de Internet. Na última vez que apareceu em RTI (outubro de 2023, edição 281), a companhia já cogitava a possibilidade. Com mais de 100 canais ao vivo e em HD no portfólio, a Zapping oferece conteúdo de emissoras nacionais e internacionais, como Grupo Globo, Disney/ESPN e Warner Bros.

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“Por ser leve, o produto não demanda muita banda do provedor. Outra vantagem é não ter relação com o modelo tradicional de assinatura SeAC – Serviço de Acesso Condicionado por ser streaming, dispensando custos com manutenção de headend, por exemplo”, explica Carlos Reis, head comercial da Zapping Brasil.

Outro ponto importante está na possibilidade de implementação imediata e sem custos para operadoras conectadas nos principais data centers brasileiros. A Zapping disponibiliza CDN própria via PTT – Ponto de Troca de Tráfego São Paulo, SP4 (Equinix) e Cotia (Cirion) via VLAN bilateral, cross-connect e BGP, além de estar integrada com os principais ERPs homologados do país.

Inicialmente, o provedor poderá optar pelos pacotes Lite+ (mais de 50 canais) e Full (mais de 90 canais), ambos com suporte a até cinco dispositivos simultâneos. Já o Lite foi retirado do portfólio voltado para operadoras pelo fato de não contar com visualização simultânea.

Uma questão muito em voga na parte de streaming é o compartilhamento de logins. Segundo Reis, a plataforma permite que um assinante disponibilize uma das cinco telas para uma conexão IP em outro domicílio. “O provedor pode comercializar no modelo tradicional ou, por ser streaming, como SVA. Deve-se destacar que a solução não é white label. Acreditamos que o nome Zapping reforça a qualidade da plataforma”, afirma.

Entre os recursos oferecidos está o modo Turbo, que diminui o atraso em até 20 segundos para que os assinantes não comemorem gols ou momentos especiais de um programa atrasado, e Momentos, que seleciona por meio de IA – Inteligência

Artificial os melhores lances das partidas esportivas. Outra vantagem é a possibilidade de assistir a conteúdos já transmitidos ao vivo por até sete dias para todos os canais disponíveis, incluindo jogos já transmitidos, filmes (de uma forma selecionada), telejornais e novelas, bem como fazer cortes automáticos dos programas para uma melhor navegação.

A utilização dispensa a instalação de antenas, cabos ou conversores, já que apenas uma conta é necessária para assistir aos canais inclusos no plano que contratar – basta ter Internet. O app está disponível para diversos dispositivos, como smart TV Samsung, Roku, Android TV, smartphone Android, Apple TV, iPhone e iPad. “Nossa meta é ter entre 100 e 200 provedores regionais com a plataforma até o final do ano”, finaliza o head comercial.

Zapping – Site: www.zapping.com.br

FiberX, distribuidora de equipamentos de telecomunicações com sede em Florianópolis, SC, anunciou a chegada da Velds, nova marca do grupo com foco em soluções IoT – Internet das Coisas para residências e escritórios inteligentes. O lançamento oficial foi realizado durante a última edição do Encontro Nacional Abrint.

Segundo dados do levantamento Tecnologia da Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/TIC) , feito pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no Brasil 91,5% dos domicílios têm Internet, mas apenas 14,3% possuem algum tipo de dispositivo inteligente, como câmeras, lâmpadas, arcondicionado, entre outros.

“O número de residências aptas a ter soluções inteligentes por já contarem com Internet é muito grande. Ter os provedores regionais ofertando tais soluções, uma vez que geralmente eles costumam ser os pioneiros em tecnologia nos locais em que atuam, abre um mercado muito grande a ser explorado”, explica Juelinton Silveira, VP da FiberX Telecom.

Além da comercialização de equipamentos, os provedores poderão reter seus assinantes com a oferta de novos serviços, aumentando a fidelidade e consequentemente a receita.

Inicialmente, a linha oferece mais de 50 produtos distribuídos em sete categorias. A previsão é adicionar mais 30 dispositivos até o final do ano.

O portfólio inclui adaptadores, interruptores, minicontroladores, lâmpadas inteligentes, monitoramento, controle de acesso, linha pet, home care e automação acionados através de aplicativo, por comando do celular, à distância ou por voz. Alguns dos destaques são a claraboia que simula o céu azul e a luz solar, bem como um alimentador de pássaros com câmera de reconhecimento facial capaz de identificar até 1000 espécies e que envia as fotos para o celular informando qual ave está visitando o local. Na parte de home care, a marca oferece um baby

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monitor com detecção de choro, canção de ninar, sensor de temperatura e ambiente. A solução também permite aos pais criarem uma cerca virtual para saber os movimentos do bebê.

“O diferencial da Velds é que os produtos foram pensados e concebidos para provedores, por isso todos funcionam no padrão Wi-Fi de 2,4 GHz pois os dispositivos não demandam uma largura tão grande de banda. As soluções são integradas à nuvem da Velds e podem ser gerenciadas via aplicativo da marca disponível na App Store e no Google Play, além de apresentarem integração com Alexa e Google Home”, explica João Muller, especialista de produtos e negócios da FiberX Telecom e responsável pelo desenvolvimento da linha Velds.

As soluções serão comercializadas apenas via provedores. Para isso, a Velds traz um programa exclusivo para eles, com todos os benefícios e suporte necessários para o sucesso dos negócios.

O Smart ISP Partner possibilita que o canal de vendas possa ter maiores ganhos com a marca.

“Levamos mais de dois anos para desenvolver o portfólio da marca Velds. Por termos nascido nos provedores, entendemos melhor suas dores. Hoje existe uma concorrência muito grande na

questão preço, o que faz com que as operadoras precisem de produtos diferenciados que tragam valor e facilitem a vida das pessoas. A Velds traz a resposta para esta demanda”, finaliza Silveira.

Velds – Tel. (41) 99675-0099 n Site: https://www.velds.com.br/

Bemobi, desenvolvedora de soluções e plataformas móveis para pagamentos e serviços digitais, engajamento de clientes e microfinanças, apresentou diversas novidades durante a última edição do Encontro Nacional Abrint.

O primeiro anúncio foi a inclusão de novas funcionalidades para o Omni Engage , plataforma white label de engajamento para interações mais próximas e efetivas. A primeira é o portal de negociação, recurso que simplifica a quitação de débitos por parte de assinantes via link direto, sem login, diminuindo as etapas para a realização de pagamentos. Já a segunda, chamada de portal de inadimplência, redireciona automaticamente clientes

que estiverem sem Internet por questões de pagamento para uma página de pendências financeiras e regularização.

As novas funcionalidades se juntam a recursos como sistema de gestão e automatização de cobranças, portal e aplicativo do assinante, negativação e fatura híbrida personalizada. O Omni Engage também possibilita ao provedor integrar uma série de ERPs e bancos em tempo real.

“Receber dinheiro é uma commodity. A indústria de pagamentos é muito especializada em varejo, o que abre oportunidades para o mercado de serviços, como é o caso das empresas de telecomunicações”, diz Lucas Zardo, CEO na Bemobi para provedores regionais de Internet. Sobre a segurança dos pagamentos sem a necessidade de login, Zardo explica que a Bemobi utiliza diversos tipos de autenticação para garantir a fidelidade das informações. “Quando o cliente acessa a negociação por dentro da rede do provedor, sabemos que a conexão parte de sua residência. A validação é feita por meio de IP, autenticação PPPoE, MAC Address do dispositivo Wi-Fi, bem como perguntas relacionadas ao usuário, como o número do CPF”, explica. Outra novidade é o lançamento do Omni Pay. A solução combina pagamentos recorrentes via cartão de crédito com PIX de forma integrada em

uma única plataforma, beneficiando as empresas cobradoras na redução de inadimplência e fidelização dos clientes.

“A integração eficaz do cartão de crédito e do PIX, somada às demais funcionalidades do Omni Pay, é capaz de resultar em um aumento de até 15% na eficiência da cobrança recorrente em comparação com os modelos tradicionais utilizados hoje no mercado”, diz o CEO.

O Omni Pay apresenta funcionalidades desenvolvidas exclusivamente para uso dos provedores regionais como solução de antifraude integrada, cobranças omnicanal segmentadas por perfil do cliente, retentativas inteligentes e tokenização avançada, parcelamento de débitos e pagamentos automáticos com cartão de crédito. Um de seus diferenciais é a Smart POS , máquina de cartão com integração em diversos ERPs que elimina a necessidade de conciliação manual.

“No setor de serviços, o antifraude pode ser aplicado em situações em que um residente assina a Internet, mas faz o

pagamento com o cartão de crédito de outro morador. A tokenização não armazena o número do cartão, além de conseguir capturar uma sequência nova a partir dele em casos de validade expirada ou substituição. Já as Smart POS também auxiliam na segurança da operadora ao retirar o fluxo de dinheiro em espécie do estabelecimento”, ressalta Zardo.

Com atuação em mais de 50 países, a Bemobi é uma multinacional brasileira com sede no Rio de Janeiro e escritório em São Paulo. Sua tecnologia de pagamentos é utilizada por provedores de Internet, operadoras de telefonia móvel e empresas do setor de utilities. Anualmente, a plataforma gerencia um volume de pagamentos de mais de R$ 6 bilhões e se relaciona de forma recorrente com mais de 80 milhões de usuários.

Bemobi – Tel. 0800-777-7172 n Site: www.bemobi.com.br

Provedores de Internet: panorama do setor e perspectivas

O mercado de provedores ainda apresenta muitas oportunidades de negócios, como a entrada em redes móveis (MVNO), a oferta de serviços B2B e de valor agregado ao assinante. Em pesquisa realizada junto aos provedores que participam do guia a seguir, 73% ainda enxergam potencial de crescimento no mercado, mesmo com a estabilização dos acessos.

Segundo dados da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações referentes a março de 2024, o Brasil encerrou o mês com 49 milhões de acessos banda larga fixa, dos quais mais da metade, 53,4%, pertencem ao segmento dos PPPs - provedores de pequeno porte. De acordo com Mauricelio Oliveira, presidente da Abrint –Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações, o Brasil hoje tem um mercado de 20 mil pequenos provedores de Internet. “Nós temos o maior market share em usuários no Brasil”, disse durante o 15º Encontro Nacional da Abrint - Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações, em São Paulo, evento realizado de 12 a 14 de junho. Com a estabilização das redes de fibra (FTTH), o avanço dos provedores agora deve ser por meio de novas tecnologias, como a migração do GPON, de até 2,5 Gbit/s, para XGSPON, passando a oferecer bandas com até 40 Gbit/s além de investimentos no core e transporte, como DWDM. Com essas tecnologias, certamente haverá uma troca de equipamentos para a permitir a atualização da infraestrutura. Muitos provedores estão investindo na qualidade do atendimento aos clientes e fortalecendo o atendimento ao segmento corporativo (B2B). É o caso da Vero, que

apresentou ao mercado seu novo portfólio como resultado da unificação da oferta de serviços com a Americanet. “Queremos melhorar a experiência do cliente ao entregar muito mais que a conexão”, disse o CEO Fabiano Ferreira. No mercado residencial (B2C), entre os destaques estão as maiores velocidades, com taxas de 1 e 2 Gbit/s, e o Wi-Fi 6/Mesh para todos os planos, inclusive os de entrada, garantindo uma maior amplitude no sinal, velocidade e estabilidade.

Uma outra novidade da Vero é a parceria com o Google, incorporando o Youtube Premium e Youtube Music aos planos de Internet. Na avaliação do CEO, o streaming passará a ter ainda mais relevância. “Está comprovado dentro do nosso negócio que os serviços digitais aumentam o ARPU e a fidelização. Nas regiões de Minas Gerais e Sul, estamos quase chegando a 40% de penetração desses serviços da nossa base”. Outra próxima novidade será a entrega de Internet móvel. Enquanto este já era um produto disponível na Americanet como MVNO usando a rede da TIM nas cidades em que atuava, com a integração, a Vero passará a atuar como novo player do segmento no mercado. Neste momento, o serviço está disponível em algumas cidades de origem Vero, mas terá ampliação gradativa para mais cidades.

Sandra Mogami, da Redação da RTI RTI RTI

As soluções para empresas e governos, amplamente exploradas pela Americanet, também foram absorvidas pela Vero Empresas, que inclui produtos de dados, soluções de TI e planos móveis com ofertas em 5G, PABX virtual além da revenda de licenças do Pacote Office, a locação de notebooks, celulares e tablets, serviços de SD-WAN e cloud backup. Atualmente o mercado B2B representa cerca de 14% do faturamento total do grupo, mas a expectativa é bastante otimista com relação ao aumento do índice. Da mesma forma, a Giga+ Empresas, pertencente ao Grupo Alloha Fibra, operadora com atuação em 864 cidades em 22 estados, reunindo cerca de 1,6 milhão de clientes, reforça o portfólio de conectividade e soluções de TI para o mercado B2B (atacado, corporativo e governo).

“O grupo Alloha vem passando por um processo de consolidação há sete anos. Chegamos a ter, ultimamente, nove marcas âncoras em várias regiões. Em agosto do ano passado, iniciamos o processo de unificação da companhia, não só de nomes, mas também de sistemas, processos e times. Com isso, tomamos a decisão de ter somente duas marcas no país: a Giga+ Fibra, para o varejo, e a Giga+ Empresas”, diz Fábio Abreu, VP para o segmento B2B do Grupo Alloha Fibra.

as outras regiões de cobertura do grupo, em especial o Sudeste, onde as outras empresas incorporadas são mais fortes no segmento residencial.

backbone, backhaul e rede de acesso, que chega a 7,8 milhões de HP – homes passed. Na avaliação do executivo, essa estrutura é fundamental para incrementar a participação nas empresas, com a oferta não apenas de conectividade, mas serviços como nuvem, colocation (em parceria com grandes data centers em São Paulo e Fortaleza), segurança, SD-WAN e PABX virtual. “Os setores de educação, redes de farmácia e lojas, por exemplo, demandam muita capilaridade que nós podemos oferecer. A rede de telecom é o suporte que permite empilhar serviços de valor agregado”, diz.

Para o executivo, a integração representará uma melhoria para o futuro dos negócios. “Temos um plano de investimentos muito robusto. Estamos modernizando a rede e colocando mais produtos de TI dentro do portfólio”, diz.

Devido à herança trazida pela Mob Telecom e Wirelink, ambas de Fortaleza, CE, e adquiridas pela Alloha em 2021, a Wire+ é muito enraizada no Norte e Nordeste, onde atualmente o grupo concentra a maior parte da cobertura e principais clientes B2B. Agora, sob a nova identidade, a operadora está realizando a transição e investindo na divulgação da marca Giga+ Empresas na região. Além disso, o objetivo é aproveitar o know-how da atuação corporativa e levar a oferta para

Atualmente, no segmento corporativo a empresa atende a mais de 60 operadoras e 600 provedores. “Com uma identidade abrangente em todo o país, trabalhamos com a meta de aumentar nossa receita em 16% em 2024 em comparação com o ano passado, representando um crescimento significativo de 104% em nossa esteira comercial”, diz.

A Alloha conta com 149 mil quilômetros de rede óptica, somando

MVNO

Uma outra forma de ampliação de serviços é por meio da oferta de telefonia móvel (MVNO). A Ligga anunciou um modelo inédito de parceria com provedores regionais para levar conectividade 5G em cidades com menos de 30 mil habitantes nas regiões Norte, Paraná e São Paulo, locais onde ganhou os direitos de exploração do espectro. Os provedores poderão atuar como MVNO - operadora móvel virtual autorizada junto à Ligga ou como acionistas. A operação está programada para iniciar ainda em 2024.

“Pelas regras do edital, podemos usar terceiros para cumprir as nossas obrigações. Então a ideia é permitir que o terceiro use o 5G no modelo de operação virtual. Mas esta não será uma MVNO tradicional, pois o provedor também poderá ter uma participação no percentual da receita”, disse Vitor Menezes, Diretor de Assuntos Institucionais e Regulatórios da Ligga. A parceria envolve a criação de uma empresa, a ISP Telecom, com a vertente Norte, liderada pelo Luiz Cláudio Soares Pereira, proprietário da North Wave, e por Marcelo Siena, presidente do provedor iSuper Telecom, de Marialva, PR, para São Paulo e Paraná. A ISP Telecom é uma S.A.

Fábio Abreu, da Alloha Fibra: valor agregado para empresas
Fig. 1 – Uso de redes neutras pelo provedor. Fonte: Pesquisa RTI

e MVNO autorizada da Ligga e será a responsável pelos contratos com os provedores, que poderão atuar como investidores (ele monta a infraestrutura de 5G na cidade, aproveitando a torre e o backhaul que já possui) ou como credenciados da autorizada para a venda dos serviços na sua área de atuação. Nessa parceria, a Ligga cederá o seu espectro para os provedores consorciados, que serão os responsáveis por ativar e operar ERBs - estações radiobase nas cidades onde já operam com banda larga, além de comercializarem o serviço móvel para seus clientes. “Esse modelo B2B2C permite a maximização do uso da infraestrutura existente e a diluição dos investimentos entre todos os envolvidos”, disse Marcelo Siena. Dentre os benefícios do 5G estão a velocidade superior para downloads e uploads, a maior capacidade de conexões simultâneas, a baixa latência e o suporte a novas aplicações – como é o caso das cidades inteligentes. “A infraestrutura oferecerá tanto o 4G como 5G, já que nem todos os dispositivos são compatíveis com o 5G. Dessa forma, as soluções se complementam e a Ligga já solicita o uso da frequência de 700 MHz, a fim de potencializar a oferta do serviço móvel”, disse Menezes. Os provedores poderão usar sua própria marca no serviço móvel ou da ISP Telecom.

No Norte, a ISP Telecom já conta com a adesão dos 50 principais provedores que fazem parte do Projeto Amazônia 5G, uma iniciativa criada para complementar backhaul, capaz de atender 80% da região amazônica e levar conectividade às áreas mais remotas e carentes. “Queremos democratizar o acesso nas pequenas comunidades e melhorar a conectividade em toda a região Amazônica”, disse Luiz Cláudio Soares Pereira, da North Wave.

Sediada em Curitiba, PR, a Ligga conta com mais de 50 mil quilômetros de infraestrutura de rede e atendimento a aproximadamente 380 mil clientes em mais de 400 cidades no Paraná, São Paulo e no Mato Grosso. Possui direitos de exploração do 5G no Paraná, em São Paulo e na região Norte. Uma outra área de crescimento potencial para provedores é o FWAAcesso Fixo Sem Fio. Um importante passo nesse sentido vem da Brisanet, que iniciará as vendas de FWA 5G em julho, marcando um novo capítulo em sua expansão de serviços. A rede 5G da empresa, já implantada, cobre mais de 6 milhões de habitantes no Nordeste. A oferta de serviços móveis teve início no começo de 2024 e a operadora vem demonstrando um crescimento significativo, com a adição de cerca de 25 mil chips ao mês. “Agora estamos nos preparando para lançar o FWA”, diz José Roberto Nogueira, CEO da Brisanet, que busca consolidar a presença no mercado móvel após 25 anos de experiência com banda larga fixa (FTTH).

Fig. 3 – Como enxerga o movimento de fusões e aquisições (M&A). Fonte: Pesquisa RTI

Segundo ele, a plataforma FWA da Brisanet já está ativa e passando pelos últimos testes antes do lançamento comercial. A estratégia inicial inclui vendas controladas em junho, seguidas por uma expansão mais ampla em julho. O serviço será oferecido em mais de 20 cidades no interior do Ceará e partes do Rio Grande do Norte onde a

Fig. 2 - Quais são os maiores desafios para o seu provedor. Fonte: Pesquisa RTI

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comercial@wztech.com.br

Brisanet não conta com FTTH, apenas fibra até a torre. “Nessas cidades menores, vamos operar inicialmente com FWA e serviços móveis, com planos de implementar fibra óptica posteriormente, conforme necessário”, afirma. A oferta também será disponibilizada em locais onde já existe banda larga fixa, visando principalmente o mercado B2B para redundância de serviços.

Os custos iniciais dos dispositivos FWA ainda são considerados altos, mas a Brisanet prevê uma redução significativa nos próximos anos, com o aumento da escala, alinhando-se aos preços dos melhores equipamentos ópticos combinados com Wi-Fi. “As CPEs começaram com mais de R$ 1000; hoje já estão um pouco menos e a tendência daqui a um ano é de chegar a R$ 500”, diz.

Fig. 4 – Importância dos SVAs – Serviços de Valor Agregado.

Fonte: Pesquisa RTI

próximos 10 mil clientes mensais, e são adições líquidas”, afirma o CEO. A rede óptica da Brisanet está na frente de 22 milhões de habitantes. A empresa não pretende expandir a rede de acesso, mas aposta forte na expansão de backbone, DWDM e core. “Tudo isso estamos ampliando”, finaliza.

Rede neutra

Muitos provedores têm portas de CTO ociosas, enquanto outros querem expandir a atuação ou área de cobertura, mas não dispõem de recursos financeiros para investir na construção da rede óptica. Para conectar essas empresas, a BW Telecom lançou uma solução de rede

Além da expansão nos serviços móveis, a Brisanet tem se destacado pelo crescimento na banda larga fixa sem aderir à guerra de preços do setor. A empresa mantém um preço justo que permite investimentos sustentáveis na rede e evita o sucateamento tecnológico. Segundo a Anatel, o Nordeste tem mais de 2 mil provedores. “Nos últimos dois anos, temos crescido mais do que todos juntos. Temos adicionado em torno dos

neutra capaz de trazer novas oportunidades de negócios para todos os players, de forma segura, rápida e econômica.

“Oferecemos um sistema que permite aos provedores alugar as portas ociosas de sua rede, gerando assim receita mensal para o negócio. Por que não ter lucro com o ‘concorrente’ em vez de esperar ele expandir sua própria rede e perder faturamento?”, pergunta Tatiane Sgubin, CEO da BW Telecom.

Com sede em Mandaguari, PR, e escritório em Itapema, SC, a BW Telecom era um provedor de Internet que nasceu em 1997. Há cerca de três anos, enxergou o potencial de mercado com a rede neutra e desde então vem trabalhando na formatação do novo negócio, que foi lançado oficialmente em outubro de 2023. Com a mudança de foco, a BW vendeu a estrutura de provedor de Internet e a carteira de clientes para se concentrar na atuação 100% B2B.

Hoje a BW Telecom já está presente em mais de 22 estados, abrangendo mais de 200 cidades. “Essas redes são validadas, de grandes players que cresceram muito, mas que ainda precisam de demanda na área comercial. A receptividade tem sido excelente. A nossa experiência nos permitiu formar um sistema muito robusto e bem costurado com os parceiros e clientes”, diz.

A BW faz toda a gestão e intermediação da rede, em modelo white label e de forma transparente para todos, a partir de um concentrador que utiliza um sistema ERP projetado e integrado com soluções de conectividade para maior segurança e sigilo, o que gera confiabilidade para ambos os lados. “Dessa forma, os provedores regionais podem expandir seus serviços onde já possuem atuação e

Tatiane Sgubin, da BW Telecom: oferta de rede neutra em mais de 200 cidades
José Roberto Nogueira, da Brisanet: crescimento na banda larga fixa e móvel

credibilidade sem se preocupar em construir uma rede própria”, afirma Tatiane.

Além do concentrador, a BW montou um sistema de back-office para suporte e resolução de qualquer problema na ativação. “Nós tiramos a demanda de fluxo de back-office de dentro dos grandes players e cuidamos dessa questão para eles”, diz.

Para o pequeno provedor, além do acesso e viabilidade a redes já construídas, uma outra vantagem é a consultoria completa oferecida pela BW Telecom. “Hoje o nosso foco é trazer para os pequenos e médios provedores o know-how que adquirimos durante todos esses anos. São processos pelos quais nós já passamos e que podemos transferir. Nosso objetivo é que eles tenham sucesso, que consigam colocar clientes na base. O que nós oferecemos não é rede, mas uma consultoria de expansão de rede”, diz Tatiane.

Pesquisa

A revista RTIrealizou uma pesquisa junto aos 145 provedores que participaram do guia publicado a partir da página 30. Como a pesquisa permite escolher mais de uma resposta, em alguns casos a soma é superior a 100%.

Além das informações sintetizadas nas tabelas que começam na página 30, referentes à operação do provedor, como regiões de atuação, número de assinantes e tecnologia de acesso e serviços, neste ano foram feitas questões referentes à percepção de mercado, expectativas e

planos. A consolidação dos dados traz análises atuais sobre as tendências e principais desafios desse mercado.

Entre os destaques, o Wi-Fi 6 já é adotado por 81,4% das empresas que responderam a pesquisa. Apesar da consolidação e da concorrência acirrada, 73% dos provedores ainda enxergam potencial de crescimento do mercado, com destaque para a banda larga rural e agronegócio, com 60% das respostas, e serviços corporativos (B2B), com 54%.

O mercado de provedores de Internet no Brasil é dinâmico e enfrenta diversos desafios. Vamos analisar os resultados da pesquisa e destacar algumas tendências e oportunidades.

Quais são os maiores desafios para o seu provedor?

Em primeiro lugar está o compartilhamento de poste, com 59,3% das respostas. Além dos problemas com as distribuidoras quanto à ocupação da infraestrutura e preços de aluguel, os provedores citaram a concorrência desleal dos que fazem ocupação das redes à revelia.

Na sequência da lista de desafios estão a concorrência com outros provedores, com 43,7%; a dificuldade em levantar recursos financeiros, com 39,4%; e a elevada taxa de cancelamento de assinante (churn), com 31,7%. Também foram citadas a dificuldade de gestão e motivação de equipes e retenção de talentos (22,7%) e ataques de DDoS –negação de serviço (18,6%). Além desses desafios, os provedores listaram a inadimplência dos assinantes, dificuldade para captação de clientes, elevada carga tributária, os preços baixos praticados pela concorrência e TV pirata.

Que SVAs consideram de maior relevância para o assinante

O streaming de vídeo está disparado na frente, com 65,5% das respostas. Na sequência estão os cursos e treinamentos (22,1%), descontos no comércio local (21,4%),

Fig. 6 - Maiores oportunidades de crescimento para o provedor.
Fonte: Pesquisa RTI
Fig. 5 – Perspectivas do mercado de provedores no Brasil.
Fonte: Pesquisa RTI

telemedicina (12,4%), livros e revistas com 11%, e segurança de firewall/antivírus (9%).

Onde estão as maiores oportunidades de crescimento

A grande maioria dos respondentes indicou a banda larga rural e agronegócio, com 60%, seguida dos serviços corporativos (B2B), com 54%. Na sequência estão os serviços de IoT – Internet das Coisas, com 47,6%; MVNO e telefonia móvel, com 28,3%; e edge data centers, com 14,5%.

Redes neutras

Fig. 7 – Uso de novas tecnologias.

Fonte: Pesquisa RTI

26,9% das empresas já alugam rede neutra de outras operadoras, enquanto 22,1% alugam portas de CTO para outros provedores. Mas 41,4% afirmaram que não pretendem usar a modalidade.

Fusões e aquisições (M&A)

58% das empresas estão abertas a negociações para compra e venda de operações. Mas para 42% o M&A não está no radar, ou seja, a empresa pretende continuar investindo no crescimento orgânico sem se preocupar em procurar compradores ou aquisição futura.

Investimentos tecnológicos

81,4% das empresas afirmaram que já estão adotando Wi-Fi 6 em seus assinantes e 35,2% migraram ou estão migrando para XGSPON. O investimento em core e transporte também é significativo: 19,3% afirmaram usar DWDM em seus backbones.

Perspectivas de mercado

Para finalizar, a grande maioria dos provedores pesquisados (73%) afirmou que o mercado ainda tem perspectiva de crescimento. E somente 27% declarou que o setor está saturado. A resposta mostra que as empresas estão confiantes e otimistas com o futuro desse mercado. Todas as respostas podem ser conferidas nas figuras 1 a 7.

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Maximizando os testes com OTDR

OO OTDR ajuda a identificar e localizar falhas, perdas e outros problemas ao longo dos links de fibra óptica. Com base em testes e relatórios detalhados, é possível diagnosticar pontos críticos e realizar a manutenção preventiva ou corretiva da rede, melhorando o desempenho dos sistemas e a qualidade dos serviços.

OTDR - Reflectômetro Óptico no Domínio do Tempo é um equipamento de teste que utiliza pulsos de luz para detectar falhas e medir a integridade dos links de fibra óptica. Ele envia um pulso de luz ao longo do núcleo da fibra e mede a luz refletida de volta de várias descontinuidades ao longo do link, permitindo detectar perdas, dobras e outros eventos reflexivos.

O OTDR é crucial para redes de fibra óptica pois ajuda a construir, verificar e consertar sistemas. Além disso, é capaz de identificar falhas nos cabos, mostrando tipo e causa, fator primordial para a obtenção de certificações de fibras ópticas. Para resultados mais precisos, análises com OTDR devem ser bidirecionais para atender a padrões nacionais (ABNT) e internacionais (ISO, IEC e ITU-T).

Um teste de OTDR verifica fibras longas e curtas. O processo inclui configuração, análise e relatórios detalhados. Para garantir uma maior precisão, é preciso manter os conectores sempre limpos.

Há muitos tipos de OTDRs disponíveis: de bancada, portáteis e montados em rack. Entender o equipamento permite ajustes melhores nos testes. Os resultados aparecem em gráficos, mostrando problemas e perdas.

Um OTDR utiliza dois fenômenos ópticos: retroespalhamento e reflexão de Fresnel. O primeiro acontece por impurezas na fibra. Já o segundo surge onde a fibra encontra o ar, notadamente nas conexões. Entender esses fenômenos ajuda a identificar problemas.

As peças-chave para o bom funcionamento de um OTDR são fonte de diodo de laser, detector de fotodiodo e circuito de temporização de alta precisão, responsáveis por encontrar defeitos e medir perdas na fibra.

Parâmetros e configurações do OTDR

Ajustar os parâmetros do OTDR é chave para bons testes ópticos. Isso inclui definir a largura de pulso, o tempo de aquisição e a resolução de amostragem, entre outros parâmetros. Cada configuração afeta a precisão e a clareza dos resultados. Saber como cada um funciona ajuda a tirar melhores conclusões.

Largura de pulso

A largura do pulso influencia diretamente a distância que a luz viaja na fibra óptica. Pulso mais largo = maior alcance e menos detalhes. Pulso mais curto = maiores detalhes e menor alcance. Ajustar esse parâmetro auxilia a obter um equilíbrio entre ver longe e com detalhes.

Tempo de integração

O tempo que o OTDR usa para coletar dados é o tempo de integração, ou aquisição. Mais tempo coletando dados = testes mais acurados. Mas isso também significa testes mais demorados. É importante achar um meio-termo para ser eficiente e preciso.

Resolução de amostragem

A resolução de amostragem é sobre quão pertos os pontos de medição podem estar na fibra. Uma maior resolução mostra mais detalhes, mas cria mais dados para analisar. Ajustar essa configuração é crucial para lidar com diferentes complexidades de enlaces.

Na tabela I é possível visualizar os efeitos de cada configuração.

como largura de pulso. Assim, é possível obter uma visão mais detalhada de problemas e eventos.

Escolher entre os modos automático e avançado depende do que a análise precisa. Cada um tem

Parâmetro Parâmetro

Descrição Descrição Descrição

Impacto Largura de pulsoDuração do pulso de luz enviadoAlcance vs. resolução

Tempo de integraçãoPeríodo de coleta de dadosPrecisão vs. tempo de teste Resolução de amostragemDistância mínima entre pontos de mediçãoDetalhamento dos eventos

Modos automático e avançado

Testes ópticos com OTDR têm duas configurações: automática e avançada. Os fabricantes oferecem essas opções para diferentes necessidades de análise de fibra óptica.

No modo automático, os parâmetros são ajustados pelo equipamento. Isso torna os testes rápidos e sem complicação. Muitos profissionais preferem por ser simples e economizar tempo. É indicado para locais que precisam de agilidade, como data centers. Também se aplica bem em instalações ao ar livre.

O modo avançado dá mais controle ao operador. Permite fazer ajustes específicos para uma análise mais aprofundada. É crucial para identificar problemas complexos e detalhar a fibra óptica.

Estudos mostram que o modo avançado traz resultados mais precisos. Isso acontece por poder ajustar itens

vantagens a depender do objetivo da manutenção ou certificação da rede de fibra óptica (tabela II).

Como realizar testes com um OTDR

Para testar com OTDR, é preciso seguir etapas que confirmam a precisão da rede de fibra óptica. Isso inclui preparar, testar e analisar o enlace óptico.

Uma das primeiras etapas é limpar e inspecionar os conectores para evitar problemas de medição. É importante usar conectores compatíveis (por exemplo, com o mesmo tipo de polimento das faces). Isso reduz a

refletância, que pode alterar os resultados, por exemplo, causando reflexões fantasmas e aumentando as zonas mortas. É preciso ajustar os parâmetros do OTDR conforme necessário.

Em instalações novas, medidas como Perda de Inserção (IL) e Perda de Retorno Óptico (ORL) são fundamentais. São testes que ajudam na certificação da rede.

Análise dos resultados

Analisar os resultados obtidos com o OTDR é crucial. Isso ajuda a entender o desempenho da fibra. Com referências teóricas, é possível identificar problemas como perdas ou reflexões inadequadas. O teste bidirecional é altamente recomendado, principalmente em links onde há maior possibilidade de coexistência de fibras distintas. Ele oferece uma visão mais completa, notando falhas que afetam o sinal de formas variadas (tabela III). Já a figura 1 apresenta um gráfico de medição.

Identificação de defeitos

Os defeitos em fibra óptica são encontrados ao analisar os dados do OTDR. Estudos mostram como encontrar problemas como atenuação alta e emendas ruins. Graças às instruções de fabricantes, é possível utilizar o equipamento de maneira eficaz. É preciso ficar atento à posição dos eventos (emendas, conectores e curvaturas), perda de potência, coeficiente de atenuação de fibra e reflectância e ORL.

Comparativo

Comparar os resultados do OTDR com o tempo ajuda a manter a qualidade dos links. Isso facilita tomar medidas antes que os problemas afetem a rede. Tal análise é vital para consertos a tempo.

Avançado Avançado Largura de pulsoOtimizado pelo OTDRPersonalizado pelo operador Tempo de integraçãoAjustado automaticamenteAjustado manualmente Resolução de amostragemDeterminado pelo OTDRControlado pelo operador

Tab. I – Efeitos de cada configuração de um OTDR
Fig. 1 – Análise de dados do OTDR. Fonte: The FOA
Tab. II – Resultados de um OTDR nos modos automático e avançado

Tab. III – Análise dos resultados de um OTDR

Parâmetros de teste de teste de

Detalhes Detalhes

Comprimento do enlace ópticoDetermina a extensão total do enlace de fibra Posições de eventos Indica os pontos específicos onde ocorrem eventos como emendas ou conectores Perda de potência em eventosMedida da atenuação de sinal nos pontos de evento Reflexão de FresnelMede a quantidade de luz refletida nas interfaces de fibra Teste bidirecionalEssencial para a caracterização e diagnósticos precisos do enlace

Saber interpretar o traçado do OTDR requer profundo conhecimento. É preciso saber identificar defeitos e analisar mudanças.

Resolução de problemas comuns

Testes com um OTDR são excelentes para resolver problemas comuns em redes

Tab.

IV

indesejadas. Um OTDR pode identificar esses problemas, oferecendo dados precisos para correções. Para emendas, o alinhamento correto e o uso das técnicas adequadas são vitais (tabela IV).

Importância da certificação

A certificação de instalações de fibra óptica é crucial. Ela assegura que tudo

– Problemas mais comuns encontrados em uma fibra óptica

Problema Problema Problema Problema Causa s s s s comuns comuns comuns comuns

Soluções Soluções

Conectores sujos Poeira, impressões digitaisLimpeza adequada dos conectores antes da conexão

Curvaturas Micro e macrocurvaturasManutenção do raio mínimo de curvatura e tracionamento máximo

Emendas Mau alinhamento, técnicas inadequadas Uso de técnicas e ferramental apropriado

de fibra óptica. Identificar conectores sujos e dobras inadequadas é fundamental. Estes podem levar a uma atenuação excessiva e até mesmo a falhas completas.

Conectores sujos

Sujeira e impressões digitais são as principais razões para falhas em conectores. Conectores sujos podem afetar gravemente a qualidade do sinal da fibra óptica causando perda de potência e danos permanentes. A limpeza regular e adequada é fundamental para prevenir tais problemas.

Curvaturas e emendas

Problemas de curvatura e emendas são comuns em instalações de fibra óptica. Microcurvaturas e macrocurvaturas podem levar a reflexões e atenuações

esteja de acordo com os padrões exigidos. O OTDR é um equipamento chave nesse processo pois faz medições importantes como o comprimento do enlace óptico, perda de potência e reflexos.

Para novas instalações, fazer a certificação é essencial. Ela inclui testes como Perda de Inserção (IL) e Perda de Retorno Óptico (ORL).

Benefícios

da certificação

Um dos principais benefícios da certificação é garantir o bom desempenho e a interoperabilidade. O teste bidirecional com OTDR é especialmente valioso, principalmente quando há a suspeita de uso de fibras ópticas diferentes.

Tab. V – Ferramentas e equipamentos complementares para testes em fibra óptica

Ferramenta Ferramenta

Função Função

Localizadores Visuais de Falhas (VFL)Identificação de falhas

Conjuntos de Teste de Perda Óptica (OLTS)Medição de perda ponta a ponta Testadores de luz compactosDetecção de falhas em fibras monomodo e multimodo Microscópios de bancada Inspeção do final da fibra

Ele oferece uma análise completa da fibra, em ambas as direções, um passo fundamental para entender e diagnosticar a atual situação. Assim, é possível obter insights precisos sobre a qualidade e os eventos ao longo da fibra.

Padrões e normas

Seguir os padrões para OTDR é vital para manter as redes de fibra óptica bem operadas. As normas e padrões destacam essa necessidade. Eles explicam como usar métodos específicos para calcular o desempenho do OTDR.

Adotar essas normas garante a qualidade das instalações. Isso mostra como a certificação é importante para processos eficientes e confiáveis.

Compreender as diferenças entre as fibras ópticas e como testá-las com OTDR monomodo e OTDR multimodo permite análises mais eficientes. Isso garante redes de fibra óptica de alta qualidade e confiáveis.

Ferramentas e equipamentos complementares

Atualmente, a tecnologia de comunicação viu grandes avanços com a invenção de fibras de vidro, sinalização digital e lasers. Assim, testar a fibra óptica se tornou mais complexo e importante. Além do OTDR, essencial para análises, outras ferramentas também são cruciais. Elas ajudam a garantir que as redes de fibra óptica funcionem bem.

Localizadores visuais de falhas (VFL)

Os VFLs são fundamentais para visualizar onde a fibra óptica pode estar com problemas. Eles mostram onde estão as curvas, quebras ou danos, usando um laser que podemos ver.

Conjuntos de testes de perda

óptica (OLTS)

Os OLTS (também conhecidos genericamente como LSPM) são importantes para medir a perda da fibra de um ponto a outro com exatidão. Testadores pequenos e medidores de luz especiais também identificam problemas.

A vigilância das redes de fibra óptica evita muitos problemas, como danos

ou invasões de segurança.

Equipamentos avançados e sensores de fibra ajudam a manter tudo sob controle ao verificar a temperatura e a tensão e alertam se algo não estiver correto (tabela V).

Atualizações tecnológicas em testes de fibra óptica

A evolução dos testes de fibra óptica acompanha o avanço tecnológico. As normas trouxeram atualizações importantes, como a NBR 16869-2 –Cabeamento Estruturado Parte 2: Ensaio do Cabeamento Óptico, que aborda equipamentos como kits de limpeza e microscópios de inspeção, além de mencionar LSPM e OTDR, alinhando-se a padrões como os da NBR 14565 - Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais.

Inovações em OTDR são cruciais para testes de alta precisão. A NBR 16869-1 –Cabeamento Estruturado Parte 1:

Requisitos para Planejamento foi publicada em 2020. Ela, junto à NBR 16869-2, orienta como fazer testes detalhados. Métodos de referência e calibração são fundamentais para resultados confiáveis.

Testes em redes de maior desempenho trazem novos desafios. Isso inclui verificar continuidade, polaridade e comprimento, além de usar um OTDR para ajudar a analisar e interpretar dados. Assim, é possível conseguir um diagnóstico preciso das redes.

Manter os equipamentos de teste atualizados é essencial. Eles devem estar alinhados aos altos padrões do setor. Métodos definidos e calibração regular dos instrumentos reduzem incertezas. Isso ajuda a validar os resultados dos testes.

Conclusão

O teste de OTDR em fibras ópticas ajuda a entender e a consertar

redes ópticas. Muitos profissionais ainda preferem a configuração automática do OTDR ignorando as funções avançadas que melhorariam as análises. Parâmetros como largura de pulso, tempo e resolução, quando ajustados, são capazes de fornecer diagnósticos mais precisos.

Usar bem um OTDR significa conhecer todas as suas funções. Isso inclui saber medir o comprimento das redes, encontrar problemas e medir a perda de potência.

Fabricantes conhecidos enfatizam a importância desse conhecimento.

Quem trabalha com fibra óptica precisa usar bem o OTDR. Com isso, testes de qualidade e diagnósticos das redes melhoram exponencialmente.

O artigo original está disponível no site do autor: www.claritytreinamentos.com.br.

Guia de Provedores de Internet

Apesar do movimento de consolidação, o número de provedores de Internet continua elevado no Brasil. O levantamento a seguir traz informações atuais dessas empresas, como cobertura geográfica, número de assinantes, tecnologias de acesso e serviços de valor agregado oferecidos.

Serviços oferecidos Serviços oferecidos Serviços oferecidos Serviços oferecidos

Total de assinantes (residenciais, comerciais e rurais)

Estados em que a empresa atua Abaixo de 5.000

4WNet (95) 99154-5515 n contato@4wnet.com.br RR, AM

ABV Net (21) 3646-2225 n sac@abvservices.com.brRJ

Adylnet(54) 2121-8900 n suporte@adyl.net.br RS, SC, PR, SP

Amnet (18) 99706-8775 n merloata@gmail.comSP

Aonet0800 770-1240 n suporte@aonet.com.brSP

Asernet (19) 3895-5262 n atendimento@asernet.com.brSP

Ávato0800 644 0692comercial@avato.com.brTodos

Avance (71) 3655-1730 n avancetelecom@hotmail.comBA

Axes (92) 3090-3090 n comercial@axes.com.brAM

Bcnet Play (88) 99771-0033 n bcnet_telecom@hotmail.comCE

BIG Informática (47) 99131-9601 n antoniocarlos@biginf.com.brSC

Bipmar (98) 3311-6166 n comercial@bipmar.com.brMA

Bnet (55) 99929-6350 n comercial@bnet.com.brRS

Brasil Wifi (19) 3090-3322 n atendimento@brasilwifi.com.brSP, SC

Brasrede (51) 3716-9800 n contato@brasrede.com.brRS

Canal Direto (83) 98620-2520 n contato@canaldireto.netPB

CBR(42) 99970-1983 n suporte@cbrtelecom.com.brPR

Certa Fibra (99) 98816-6754 n contato@certafibra.com.brMA

Chnet(49) 99841-1436 n comercial@chnet.net.brSC

Citivale (47) 3543-0976 ass.citi@gmail.comSC

Click Enter 0800 092 1920 n sac@clickenter.com.brPA

Clonix(48) 3439-4940 n atendimento@clonix.com.brSC

Comp Telecom (41) 98884-6200 n contato@comp.net.brPR

Compusoft (43) 99910-2113 n contato@compusoftinternet.com.brPR

Conect (14) 99117-6112 n comercial@coneect.com.brSP

Conecta (82) 98124-2817 n noc@provedorconecta.com.brAL

Conectar (62) 99397-8700 n provedorconectar@gmail.comGO

ConnectaNet (91) 3343-3929 n comercial@connectanet.com.brPA

CsNet (51) 99984-7006 n sac@csnet.com.brRS

Datacom (82) 3013-8512 n contato@datacom.inf.br AL, SE, PE, BA

Delta Ativa 0800 800 1254 n contato@deltaativa.com.brSC

DigitalNet ISP (67) 3398-1801 n relacionamento@digitalnetms.com.brMS

DS Telecom (67) 3454-3133 n contato@disksistema.com.brMS

Eletrotel (74) 99189-2814 n suporte@eletrotel.pro.brBA

Engetronics(61) 3202-4334 n contatodf@engetronics.com.brDF

Tecnologias de acesso Data center, co-location, nuvem

VoIP/Telefonia IP Hospedagem de página Satélite Entre 5.000 e 10.000

IP fixo

SERVIÇO

Telefone

E-mail para atendimento ao cliente

Estados em que a empresa atua

EstaçãoNet (75) 99802-1630 n atendimento@estacaonet.com.brBA

Estivanet(35) 3462-1017 n atendimento@estivanet.com.brMG

FDKnet(43) 3525-7111 n atendimento@fdk.com.brPR

Fiber4u (11) 3164-1747 n contato@fiber4u.com.brSP

Fibernet(64) 99247-7242 n willywlq@gmail.comGO

Fibramax (22) 99919-6696 n sac@fibramax.net.brRJ

Fonelight(35) 3221-6626 atendimento@fonelight.com.brMG

Fornet (44) 3423-1166 n comercial@fornet.com.brPR

Framnet (85) 98853-2006 n suporte@framnet.com.brCE

Fresnel (62) 8115-4209 n fresnel.conectividade@gmail.com GO, DF

Gigabyte0800 062 2200contato@gigabytetelecom.combrGO

GNA(31) 3672-2525 n suporte@gnatelecom.com.brMG

Golden Line (22) 99288-7515 n suporte@goldenline.com.brRJ

Grupo Vesc (81) 3497-7250 n contato@grupovesc.com.brPE

GWT(33) 4042-0022 n falecom@gwt.net.brMG

Halley Fibra (91) 98904-6454 n halley@halleytelecom.com.brPA

Help (16) 99991-0081 n contato@helptelecom.net.brSP

Heptanet 0800 954-2882 n adm@heptanet.com.brBA

HNA Conecta (85) 98774-3544 n contato@hnaconecta.com.brCE

Hokinet 0800 000 4848 n internet@hokinet.com.brMS

HZ Telecom (31) 2550-0000 n atendimento@hz.net.brMG

Icaraí Satelite (61) 98296-6848 n aristoteles.r81@gmail.comDF

Infobit Fibra (42) 99124-2422 n atendimento@infobit.net.brPR

InfoMs (67) 99262-9065 n infoms@infoms.com.brMS

Informac (48) 99111-3066 n informac@informac.com.brSC

Innova (16) 3341-9141 n contato@innovainternet.com.brSP

Inov Provedor (88) 99972-7670 n ricardosousa201@gmail.comCE

Insidesign0800 940 0243 n atendimento@insidesign.com.brSP, MG

Internet10(24) 99275-0951 n comercial@internet10.net.brRJ

IPB Net (47) 99998-0104 n contato@ipbnet.com.brSC

Isptec(83) 99185-0470 n sac@isptec.com.brPB, CE, PE

Itaol Networks 0800 644-8265 n faleconosco@itaol.com.brGO

ITD0800 760-4444 n contato@itd.net.brMG

K2 Telecom (22) 99922-8887 n comercial@k2telecom.com.brRJ, ES, MG, SP

Kairos 0800 591 8762 n kaironanet@hotmail.comCE

Lepitel(19) 3199-7074 sac@lepitel.com.brSP

Life Connections 0800 333-4321 n bruno@lifeconnectionsbr.com.brSP

Link Flex (83) 2102-4450 n contato@linkflex.com.brPB

LinkNet(98) 98893-0427 n linknet.sb@gmail.comMA

Linksat(19) 99600-3370 n adm@linksat.com.brSP

Make (75) 98159-1541 n sac@make.net.brBA

Master Internet 0800 942-9999 n ouvidoria@soumaster.com.br MG, SP

Matheus Henrique (31) 99728-3004 n negocios@grupoma.orgMG

Mega Wave (85) 98958-2589 n atendimento@megawavetelecom.com.brCE

Mídia Net (51) 3566-2167 n contato@midianet.netRS

Net Hios (31) 99981-5082 n nethiosprovedor@gmail.comMG

NET Info (43) 99819-4395 n contato@netinfobrasil.com.br PR, SP

Netfar (54) 3055-3077 n netfar@netfar.netRS

Netfibra (37) 98848-1370 n matheus.adm@paineirasnet.com.brMG

Netfuturo (41) 2770-1410 n netfuturointernet@gmail.comPR

Serviços oferecidos Serviços oferecidos Serviços oferecidos Serviços oferecidos

SERVIÇO

E-mail para atendimento ao cliente

Estados em que a empresa atua Abaixo de 5.000 Total de assinantes (residenciais, comerciais e rurais)

Netsv(54) 98418-3580 n atendimento@netsv.com.brRS

Netsystem (22) 3028-9999 n atendimento@netsystemcampos.com.brRJ

NetzOn (11) 2666-4854 n contato@netzon.com.brSP

New Net (81) 99964-1333 n newnet@hotmail.com.brPE

NOG(64) 3634-1664 n contato@nogtelecom.com.br GO, MS

Noroestenet (38) 99988-3265 n suporte@noroestenet.com.brMG

Nova Super (33) 3271-8585 n renato@superitelecom.com.brMG

Openit Group (11) 3777-5746 n contato@openit.groupSP

Opennet(63) 98472-8878 n opennet@opennetpalmas.com.brTO

Oquei(17) 99745-8001 n contato@oquei.com.brSP

Oraclon (62) 99904-0593 n comercial@oraclon.com.brGO

Panda Internet (11) 4380-7748 n falecom@pandanetwork.com.brSP

PlugBr(35) 3424-1166 n comercial@plugbr.com.brMG

PlugNet(55) 99986-3660 n plugnet@plugnet.psi.brRS

PowerNet (11) 97382-3352 n comercial@powernetprovedorcompany.com.brSP

Powertech (55) 3352-6003 n powertech@powertechslg.com.brRS

PV Net(64) 99662-9999 n sac.pvnet@pvnet.net.br GO, MG

Quicknet (24) 99220-0746 n corporativo@quick.com.brRJ

Rede Conesul (55) 3427-0700 n contato@conesul.netRS

RM Informática (49) 99952-2304 n rmirati@hotmail.comSC

RPNet(45) 3324-6205 n atendimento@rpnet.com.brPR

Saga Internet (17) 3472-1667 n contato@sagainternet.com.brSP

Saibert (44) 99945-9547 n sac@saibert.net.brPR

Seiccom (53) 3261-6776 n seiccom@seiccom.comRS

Seven(97) 99151-6341 n mvcteixeira@hotmail.comAM

Sni telecom (43) 98851-5951 n contato@snitelecom.com.brPR

Soltell(61) 3025-0123 n alessandro.solano@ananet.com.brDF, GO

Sonik0800 242-1000 n sonik@sonik.net.brMG

SOW(95) 99132-7019 n sac@meusow.comRR

SpeedyNet(88) 99911-4408 n contato@souspeedy.com.brCE

Stratus (35) 99822-4200 n stratus@stratus.com.brMG

Stylosnet (92) 99452-9427 n stylosnet@stylosnet.com.brAM

SupperNet(11) 4018-6161 n sac@suppernet.com.brSP

Tass Telecom (11) 94190-0034 n sac@tass.com.brSP

Tech Fibers (11) 98937-0181 n mbmaria@techfibers.com.brSP

Technical (83) 99928-5128 n sac@technicalinternet.com.brPB

Texnet(85) 3036-7300 n sac@texnet.com.brCE, PE, RJ, GO, PR

Uaubr (79) 3142-3344 n uaubr@hotmail.comSE

USE(71) 3599-1000 n comercial@usetelecom.com.brBH

Vale do Ivaí (43) 99608-5779 n contato@valedoivaitelecom.comPR

Veep (88) 99737-0505 n atendimento@veepnet.com.brCE

VellozNet 0800 887-7787 n sac@velloznet.com.brSP, RJ

Via Sul Provedor (54) 3055-2805 n atendimento@viasul.net.brRS

Via Sul (28) 98111-7725 n sac@viasultelecom.com.brES

Via Abc (11) 98335-6163 n comercial@viaabc.com.brSP

Viaon(27) 99991-4382 n suporte@intercol.com.brES

Vip Net (65) 99680-1067 n comercial@vipnetspz.com.brMT

Virtual(32) 99995-3454 n comercial@virtualtelecom.com.brMG, RJ

Virtual Internet (49) 99102-8916 n virtualinternetvbi@gmail.comSC

Visnet Plus (82) 99422-7407 n vendas@visnet2003.comAL

Serviços oferecidos Serviços oferecidos Serviços oferecidos Serviços oferecidos

Tecnologias de acesso

Telefone Empresa

E-mail para atendimento ao cliente

Estados em que a empresa atua Abaixo de 5.000 Total de assinantes (residenciais, comerciais e rurais)

WCM(11) 3449-9921 n contato@wcminternet.com.brSP

WebFiber(95) 98104-0130 n comercial@webfibertelecom.com.brRR

WBtel(81) 3439-3609 atendimento@wbtel.com.brPE

WebNet 0800 642 1007 n sac@webnetmt.com.brMT

WifiNet (43) 3141-0500 n lopesetinoco@hotmail.comPR

Wkve (33) 3301-3300 n suporte@wkve.com.brMG, PA, BA, ES

Woul (75) 8369-7755 n adm@woul.com.br BA, SP

WrNet (42) 99848-0202 n atendimento@wrnet.com.brPR

Wwn(53) 99925-7318 n wwn@wwn.net.brRS

Zaaz 0800 494-9999 n comercial@zaaztelecom.com.brSP, PR

Zuttel Fibra (47) 99955-0828 n zuttel@zuttel.com.brSC

Serviços oferecidos

Tecnologias de acesso Data center, co-location, nuvem

oferecidos

página

Nota: (1) Serviços de valor agregado, como cursos, telemedicina, seguros (vida, residencial), cybersegurança/filtro de DNS, revistas, livros, música e clube de descontos.

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 4.320 empresas pesquisadas.

Fonte: Revista Redes, Telecom e Instalações, julho de 2024.

Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.

Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Células a combustível para alimentação primária e de backup

As primeiras aplicações de células a combustível para substituir ou complementar os geradores a diesel devem ser impulsionadas por operadores de data centers de hyperscale, os quais têm assumido a liderança na redução do carbono. Entretanto, à medida que eles avançam, as células a combustível se tornarão uma solução mais atraente para diversos tipos e tamanhos de data centers.

Ocrescimento da capacidade tornou-se um desafio constante para a indústria de data centers. Apesar dos enormes investimentos feitos nos últimos cinco anos, mais capacidade é necessária para dar suporte à constante digitalização dos negócios e da sociedade. O Grupo Dell’Oro projeta que os investimentos em data centers de hyperscale duplicarão nos próximos cinco anos.

Esse crescimento ameaça aumentar as emissões dos gases de efeito estufa que podem ser atribuídas aos data centers. Apesar da eficiência das atuais instalações, elas inerentemente usam enormes quantidades de energia. A International Energy Agency estima que os data centers tenham consumido entre 200 e 250 TWh em 2020. Muita desta eletricidade é gerada a partir de combustíveis com base em carbono, o que contribui para emissões de Escopo 2 para os operadores de data centers.

Além disso, os grandes data centers dependem de geradores a diesel que contribuem para o aumento da pegada de carbono de uma instalação através de emissões de Escopo 1. Verificações mensais nos geradores a diesel contribuem com 9,2 kg por kWh de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, supondo que sejam consumidos 2 litros de diesel.

Isso levou vários operadores a tomar medidas para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa, fazendo a sua parte para proteger o meio ambiente e demonstrar seu compromisso para clientes, associados e stakeholders. Diversos operadores de hyperscale determinaram metas de se tornar carbono neutros ou carbono negativos até o final desta década, e os operadores de colocation estão oferecendo ambientes carbono neutros para seus clientes. Há oportunidade dentro de diversas instalações para reduzir as emissões através do aumento da eficiência e da utilização dos equipamentos do data center. Embora essa seja uma medida fundamental, ela não leva os data centers a atingir suas metas de serem carbono neutros. Para compensar a dependência pelos combustíveis à base de carbono, diversos operadores estão usando contratos de compra de energia (PPAs) e créditos de energias renováveis (RECs). Em 2021, os PPAs de energia limpa cresceram 24% em relação a 2020, chegando a um novo topo de 37,1 GW Os hyperscalers Amazon, Microsoft e Meta são os maiores compradores desses contratos dentre todos os setores. Mas também há sinais de que os operadores estão buscando reduzir a dependência que têm dos PPAs. A Google, que investiu mais do que

Vertiv

qualquer outra organização em PPAs em 2020, reduziu seus investimentos em 2021 e busca fontes de energia livres de carbono através de outros métodos.

A solução para o longo prazo que muitos operadores estão buscando é alimentar os data centers diretamente com energia limpa. Entretanto, as concessionárias de energia elétrica na maioria das regiões dificilmente conseguirão entregar energias 100% renováveis para todos os clientes em um futuro próximo e o ônus recai sobre os operadores, para que trabalhem com seus parceiros para desenvolver soluções que habilitem operações livres de carbono.

energia de backup. Ele também aborda por que as células a combustível representam, no longo prazo, uma solução promissora para a alimentação primária de zero carbono para os data centers.

Entendendo as células a combustível

Células a combustível não são dispositivos de armazenamento de energia como baterias. Elas geram energia elétrica através de reações químicas criadas por uma fonte de combustível e oxigênio. As fontes de combustível mais comuns são o hidrogênio e o gás natural.

O hidrogênio tem capacidade de produção mais limitada e carece de uma rede de distribuição sólida, mas existem iniciativas sendo implantadas para corrigir essas limitações. Células a combustível de hidrogênio podem dar suporte a uma operação verdadeiramente carbono neutra, dependendo de como o hidrogênio é produzido.

A geração local de energia usando fonte renovável solar ou eólica não é prática em muitos sites de data centers, e a intermitência das energias renováveis cria desafios para os data centers que estão sempre em funcionamento. Entretanto, o hidrogênio produzido usando energias renováveis representa uma solução viável para a geração local de energia em uma grande amplitude de sites.

Este artigo examina os avanços recentes na tecnologia de células a combustível que melhoraram a performance e reduziram os custos, como as células a combustível alimentadas por hidrogênio que estão surgindo como uma solução para substituir os geradores a diesel para

Quando o hidrogênio é usado como a fonte de combustível, os únicos subprodutos são água e calor.

Células a combustível de gás natural vs. de hidrogênio

Células a combustível de gás natural são beneficiadas pela infraestrutura forte e madura de produção e de distribuição que tornam o fornecimento contínuo de gás natural disponível em diversas áreas. Elas são relativamente limpas, mas geram algumas emissões de gases de efeito estufa. Alguns fabricantes de células a combustível que usam gás natural estão atualmente adaptando seus designs para aumentar a flexibilidade do combustível para diversas aplicações.

A maioria do hidrogênio é hoje produzido a partir de combustíveis fósseis através da reforma a vapor do gás natural, oxidação parcial de hidrocarbonetos pesados ou gaseificação de carvão. O hidrogênio produzido por esses métodos é chamado normalmente de “hidrogênio cinza” devido a sua dependência de combustíveis fósseis. As emissões produzidas durante o processo também devem ser ponderadas na pegada ambiental da aplicação da célula a combustível. O hidrogênio também pode ser produzido por energias renováveis através da eletrólise da água – chamado de “hidrogênio verde” pois não gera emissões de gases de efeito estufa durante o processo de produção.

Como as células a combustível de hidrogênio não geram emissões, usar hidrogênio verde para alimentar células a combustível possibilita a geração local de energia carbono zero.

Devido à falta de uma rede de distribuição, o hidrogênio usado para alimentar células a combustível em aplicações de fontes de alimentação estacionárias provavelmente precisará ser transportado por caminhão de onde é produzido até onde será usado e armazenado. Isso torna o uso de células a combustível de hidrogênio para a alimentação primária do data center impraticável atualmente.

Fig. 1 – Configuração da célula a combustível

DATA CENTERS

Elas são, entretanto, viáveis para energia de backup, uma vez que é possível armazenar no site hidrogênio suficiente para dar suporte a 48 horas de operação contínua para um data center grande.

Tipos de células a combustível para alimentar data centers

Assim como as baterias, há diversos tipos de células a combustível disponíveis que são classificadas principalmente pelo eletrólito usado, o que, por sua vez, determina as características do combustível, as temperaturas de operação, as condições de transientes e, em última instância, a performance elétrica do sistema. Para aplicações em data centers, dois tipos de células a combustível têm as características necessárias: membrana trocadora de prótons (PEM) e células a combustível de óxido sólido (SOFCs).

Células a combustível PEM usam hidrogênio como sua fonte de combustível e têm um eletrólito polimérico que entrega grande densidade de potência, o que permite um espaço ocupado menor do que outras células a combustível. Elas precisam apenas de hidrogênio e oxigênio do ar para gerar eletricidade e operam com temperaturas relativamente baixas (até 80°C).

Como elas não precisam esquentar para as altas temperaturas exigidas por outros tipos de células a combustível, elas podem inicializar rapidamente, tornandoas adequadas para aplicações de energia de backup. Células a combustível PEM demandam um catalisador de metal nobre, como a platina, para separar os elétrons e prótons do hidrogênio, o que exige segurança especial pois é perigoso para seres humanos.

As SOFCs usam um composto cerâmico como eletrólito. Elas operam a temperaturas muito maiores (800900°C) do que as células a combustível PEM, o que elimina a necessidade de um catalisador de metal precioso, mas aumenta os tempos de inicialização e desligamento e as torna melhores para aplicações de trabalho contínuo. Elas são também mais flexíveis no

combustível de entrada, usando principalmente gás natural com alguns designs capazes de processar hidrogênio puro. As SOFCs têm uma alta eficiência operacional que pode ser ainda mais aprimorada pela captura e reúso do calor gerado durante a operação.

Suas altas temperaturas de operação requerem uma blindagem térmica significativa para reter calor e proteger o pessoal. Isso pode limitar a quantidade de ciclos de ligar/desligar de um sistema devido ao estresse sofrido pelo material das células.

O data center alimentado por células a combustível

Com base no estado atual da tecnologia de células a combustível, bem como outras evoluções nas tecnologias de energia crítica para data centers, é possível visualizar um futuro no qual as células a combustível proporcionem aos data centers alimentação primária e secundária com energia limpa. As atuais células a combustível PEM forneceriam energia de backup e as SOFCs seriam usadas para alimentação primária.

Entretanto, há o potencial para células a combustível PEM fornecerem alimentação primária caso nem todas as SOFCs possam ser recondicionadas para trabalhar com hidrogênio puro.

A Vertiv realizou extensa pesquisa sobre as aplicações de células a combustível em data centers e está envolvida em diversos projetos-piloto com o objetivo de garantir que as células a combustível possam atender aos requisitos dos data centers relativos à confiabilidade e performance.

Usando células a combustível para alimentação de backup do data center

Geradores a diesel são uma fonte significativa de emissões de Escopo 1 nos atuais data centers e alguns operadores estão buscando ativamente soluções para reduzir sua dependência desses sistemas. Uma possível solução é

DATA CENTERS

estender a autonomia das baterias para permitir que o sistema de baterias suporte faltas de energia mais longas. Isso poderia funcionar para operadores que precisam de 30 minutos ou menos de proteção contra faltas de energia. Devido ao tamanho do sistema de baterias que seria necessário, não seria prático para os data centers que precisam permanecer funcionando durante faltas de energia de 24 ou 48 horas para atender aos acordos de nível de serviço (SLAs) ou às expectativas dos usuários. Há também algumas tecnologias interessantes sendo desenvolvidas, como os geradores lineares que proporcionarão soluções viáveis em algum momento no futuro.

As células a combustível são uma solução mais comprovada e estabelecida, já tendo sido usadas em aplicações de transporte, militares, da marinha e outras. Além disso, os custos das células a combustível têm caído bastante nos últimos cinco anos e acredita-se que a tendência seja de que continuem caindo no futuro. Mas embora as células a combustível estejam sendo usadas em diversas aplicações neste exato momento, elas não foram usadas em aplicações grandes de alimentação de energia estacionária, tal como aquelas que existem nos data centers e essas aplicações ainda apresentam alguns desafios.

Especificamente, as células a combustível são relativamente lentas para responder às alterações na carga, criando transientes e, portanto, precisam de uma forma de dissipar a energia em excesso. Isso pode ser alcançado através de sistemas de alimentação de energia ininterrupta (UPS). Ao configurar em paralelo as células a combustível e as baterias de íon-lítio dos sistemas UPS, as células a combustível podem dissipar o excesso de energia resultante das alterações na carga armazenando energia no sistema de baterias.

Com essa configuração, o sistema nem mesmo precisa transferir a carga para a

fonte de alimentação de backup. Pelo contrário, o sistema transfere a carga para as baterias quando ocorre uma falta de energia e as baterias são carregadas continuamente pelas células a combustível até que o hidrogênio armazenado seja esgotado. Os recursos de gerenciamento de energia do UPS também serão usados para agregar valor às células a combustível através da habilitação do corte de pico e outros serviços para a rede elétrica. Estes são os principais componentes de uma solução de energia de backup para data center capazes de tomar o lugar de um gerador a diesel:

• Armazenamento do hidrogênio: hidrogênio suficiente para dar suporte aos tempos de backup desejados é armazenado no site em carretas. São necessárias aproximadamente quatro carretas de hidrogênio para proporcionar 48 horas de energia de backup para uma instalação de 1 MW.

• Sistema de célula a combustível PEM totalmente confinado: módulos de células a combustível PEM podem ser alojados em invólucros externos com gerenciamento térmico, filtração de ar, saída de CC para o UPS e baterias de íonlítio integrados. A maioria das células a combustível são também certificadas para trabalhar em ambientes internos, o que eliminaria o custo de um contêiner externo.

Dependendo dos requisitos da aplicação, as células a combustível podem ficar inativas quando não estão operando, o que resultará em um tempo de inicialização de um minuto, ou podem ser mantidas em modo standby para ter inicialização imediata com potência total em alguns segundos.

• UPS com baterias de íon-lítio: o UPS deve ter a capacidade de controlar as células a combustível e ter um conversor CC para CC integrado capaz de trabalhar continuamente por diversas horas. Capacidade extra de baterias é normalmente necessária para absorver a energia dissipada das células a combustível quando as baterias estão totalmente carregadas.

Usando células a combustível para alimentação primária do data center

O caminho para usar células a combustível como fonte de alimentação primária em data center carbono zero é mais longo do que para as aplicações de alimentação de backup, muito devido às atuais limitações na distribuição do hidrogênio. Mas está sendo feito algum progresso nesse sentido e as células a combustível de gás natural podem ser usadas como uma solução paliativa que reduz as emissões e entrega outros benefícios enquanto a distribuição de hidrogênio é expandida. A Vertiv faz parte de um projeto financiado pelo empreendimento conjunto Fuel Cells e Hydrogen 2 com o suporte do programa de pesquisa e inovação Horizon 2020 da União Europeia, Hydrogen Europe e Hydrogen Europe Research. Esse empreendimento tem um projeto-piloto para o uso de SOFCs de gás natural como a fonte de alimentação primária para data centers de edge hiperlocais, para reduzir o impacto desses sites e avançar com um padrão aberto para aplicações de células a combustível em data centers. Nessa aplicação, as SOFCs funcionam como a fonte principal de alimentação com a rede elétrica fornecendo alimentação de backup junto com baterias de íon-lítio. Como nas aplicações de energia de backup, o UPS eventualmente controlará a interface entre as baterias e as células a combustível, gerenciando os setpoints das células a combustível e a energia em excesso dos transientes. No futuro, os UPS poderão agir como um gerenciador de energia, coordenando diversas fontes de alimentação, incluindo a rede elétrica, as células a combustível e um gerador de backup, se existir um, selecionando continuamente a melhor fonte com base no custo, confiabilidade e outros fatores, e gerenciando as transições entre fontes. Embora esse empreendimento seja focado em data centers hiperlocais, seus resultados devem trazer avanços para o progresso relacionado ao uso de SOFCs

DATA CENTERS

de gás natural como a fonte de alimentação primária para data centers de grande porte. À medida que o preço do hidrogênio caia e ele se torne mais disponível, as SOFCs podem fazer a transição para a alimentação por hidrogênio, possibilitando operações carbono neutras.

Avaliando a viabilidade das células a combustível para a alimentação de backup do data center

Sob uma ótica técnica, as células a combustível que são gerenciadas adequadamente por um sistema UPS inteligente têm as características de performance necessárias para proporcionar energia de backup limpa e confiável para data centers. Com base nos atuais projetos-piloto, não é despropositado esperar a comercialização de soluções de célula a combustível PEM para alimentação de backup de data centers nos próximos anos.

Entretanto, essas soluções também precisarão demonstrar que podem ter uma boa relação custo/benefício para ter um amplo apoio na indústria. Isso não necessariamente significa que elas precisam ter um menor custo do que os geradores a diesel, já que há valor real em seu potencial de reduzir as emissões de Escopo 1 e esse valor pode aumentar no futuro se o custo do carbono aumentar

Além disso, novos recursos possibilitados pelas células a combustível, como o corte de pico, também agregam valor.

É difícil projetar hoje os custos vitalícios para uma solução de célula a combustível a ser comercializada, já que os custos para os módulos de células a combustível e do combustível hidrogênio são dinâmicos e devem baixar nos próximos anos.

Há um esforço considerável sendo feito pelo governo dos Estados Unidos para reduzir os custos do hidrogênio através da iniciativa Earthshot do Departamento de Energia dos EUA (DOE). Lançada em

junho de 2021, essa iniciativa busca reduzir os custos do hidrogênio limpo para US$ 1/kg até o final desta década. Abaixo estão os principais fatores econômicos que poderiam influenciar a adoção de células a combustível como uma fonte de alimentação de backup em data centers:

• Despesas de capital: hoje, as células a combustível PEM exigem um investimento de capital maior do que um gerador a diesel com a mesma capacidade. Nossa pesquisa mostra que as células a combustível variam de US$ 1800 a US$ 2000/kW, em comparação com aproximadamente US$ 450/kW para um gerador a diesel. Essa diferença deve ser eliminada à medida que os custos das células a combustível caírem, mas podem não chegar a ter paridade quando as soluções comerciais começarem a estar disponíveis.

• Custo dos combustíveis: varia de acordo com a demanda e com a região. O custo do combustível de hidrogênio atualmente varia entre US$ 4,84 e US$ 6,68/kg. Nos Estados Unidos, o custo médio do galão de diesel, que proporciona um pouco mais de energia do que 1 kg de hidrogênio, é de US$ 3,29. Se a Iniciativa Earthshot do DOE chegar perto de sua meta, o hidrogênio será mais barato do que o diesel durante a vida de um sistema.

• Eficiência: em comparação com os geradores a diesel, ambos os tipos de células a combustível estão provando ter eficiência mais alta, especialmente as SOFCs. Além disso, os geradores a diesel operam usando corrente alternada (CA) que está sujeita a chaveamento, o que pode reduzir a eficiência. Por outro lado, as células a combustível que usam corrente contínua (CC) para o UPS melhoram a eficiência geral do sistema. Ao eliminar o uso de energia de CA, os operadores devem experimentar benefícios em relação aos custos e à sustentabilidade.

• Manutenção: os processos eletroquímicos usados nas células a combustível precisam de menos manutenção do que os processos mecânicos usados nos geradores.

• Flexibilidade operacional: como as células a combustível PEM podem ser controladas pelo UPS, elas possibilitam novos recursos de gerenciamento de energia que não estão disponíveis com os geradores a diesel, trazendo economia nos custos com energia.

• Universo regulatório: algumas localidades têm criado regulamentações que restringem ou proíbem o uso de motores de combustão interna para a geração de energia. Operadores que buscam se expandir nessas áreas precisarão encontrar abordagens alternativas para manter a continuidade durante as faltas de energia e as soluções de células a combustível devem ser favorecidas na comparação com as outras alternativas.

As primeiras aplicações de células a combustível para substituir ou complementar os geradores a diesel devem ser impulsionadas por operadores de data centers de hyperscale, os quais têm assumido a liderança na redução do carbono. Entretanto, à medida que eles avançam, as células a combustível se tornarão uma solução mais atraente para diversos tipos e tamanhos de data centers.

Conclusão

Para possibilitar o crescimento contínuo ao mesmo tempo em que reduzem o impacto ambiental, os operadores de data centers estão explorando alternativas para a alimentação de energia derivada de carbono da rede elétrica e para os geradores a diesel.

Células a combustível estão entre as soluções mais promissoras para permitir que os operadores atinjam suas metas de ser carbono neutros. Ao usar hidrogênio limpo, as células a combustível PEM podem eliminar as emissões de CO2 das inspeções mensais dos geradores e da sua operação durante as faltas de energia. Células a combustível PEM estão hoje em projeto-piloto para essas aplicações e podem estar disponíveis em soluções comerciais nos próximos anos.

Células a combustível de gás natural são parte de projetopiloto como fonte de alimentação primária para data centers de edge, e o aprendizado desse piloto ajudará o progresso do uso dessa tecnologia em data centers de grande porte. À medida que produtores de hidrogênio e governos invistam mais na produção e na distribuição de hidrogênio, essas células a combustível podem ser convertidas de forma a habilitar operações livres de carbono.

Os esforços feitos hoje para implementar células a combustível são impulsionados por organizações que dão valor à redução das emissões de carbono. Sob a perspectiva dos custos, as células a combustível não são atualmente competitivas com os geradores a diesel ou com a energia da rede elétrica. Mas os custos dos principais componentes e do combustível de hidrogênio devem cair nos próximos anos, eliminando a diferença e tornando as células a combustível uma solução possível e economicamente viável para a alimentação de data centers.

Quatro maiores desafios do mercado de IoT e como resolvê-los

Carlos Campos, diretor geral da emnify no Brasil

APor mais de duas décadas, a IoTInternet das Coisas transformou indústrias ao permitir que empresas e consumidores monitorem, analisem e controlem dispositivos remotamente. Embora tenha aberto muitas possibilidades, a IoT também trouxe novos desafios para desenvolvedores, fabricantes e clientes que dependem de seus produtos e serviços. Ainda que alguns desses obstáculos já estivessem presentes desde o início, eles estão se tornando mais pronunciados à medida que a tecnologia se torna mais produtiva e acessível.

dicionar conectividade a um dispositivo está mais fácil do que nunca. Porém, cada nova aplicação de IoT precisa enfrentar as adversidades já existentes, e muitos fabricantes ainda não têm consciência de como as tecnologias atuais ajudam a resolvê-las. Abaixo, listo os quatro principais problemas e como solucioná-los.

1 - Segurança

Desde o início, dispositivos IoT têm sido vulneráveis a ataques cibernéticos, e existem inúmeros exemplos deles sendo incorporados em botnets (como a infame botnet Mirai), ou sendo hackeados para mau uso e acesso a outras partes de uma rede. Esse problema não vai simplesmente desaparecer porque, infelizmente, deriva de algumas questões inerentes aos dispositivos IoT, que frequentemente têm fonte de alimentação limitada e precisam durar anos no campo com uma única carga. Como resultado, os aparelhos transmitem e recebem dados com pouca energia. Vale destacar que adicionar criptografia, autenticação e protocolos de segurança pode aumentar significativamente o consumo de carga das transmissões básicas, e muitos dispositivos IoT não possuem essa capacidade.

Além disso, é quase inevitável que, com o tempo, novas vulnerabilidades sejam descobertas no firmware do dispositivo à medida que tecnologias e técnicas surjam para explorá-lo. Sem atualizações, essas fragilidades podem se acumular ao longo de sua vida útil. Adicione a isto tudo o fato de que dispositivos IoT podem depender da infraestrutura de rede dos usuários finais (como Wi-Fi), o que a torna cada vez mais suscetível a ataques cibernéticos e pode ser usada para acessar outros aparelhos e aplicativos na rede.

Felizmente, soluções de conectividade de baixa potência continuam a implementar novas tecnologias de segurança. Esta é uma área em que a IoT celular é particularmente valiosa. As redes celulares realizam a autenticação por meio de SIM cards, e recursos de segurança como bloqueios de IMEI garantem que apenas o dispositivo pretendido possa usar um determinado SIM card. As redes celulares também possibilitam realizar atualizações remotas de firmware conforme necessário, consumindo o mínimo de energia.

2 - Cobertura

Para transmitir e receber dados, os produtos IoT precisam de uma conexão de rede, pois perder o sinal significa ficar sem suas capacidades. Embora existam inúmeras soluções de conectividade para IoT, cada uma serve para um determinado tipo de cobertura. Ou seja, a solução escolhida pode limitar severamente o local de uso, o que torna a cobertura um desafio constante em IoT.

Por exemplo, o Wi-Fi é uma escolha comum para conectividade IoT. No entanto, seus dispositivos só podem operar dentro de uma curta distância de um roteador, e só é possível implementar os aparelhos em locais que tenham a rede de conexão. Quando a infraestrutura não está disponível, é preciso pagar para construí-la ou equipar os dispositivos com uma solução de backup que já tenha cobertura.

A tecnologia celular é uma opção mais popular e que dá maior flexibilidade para a comunicação de dados em projetos IoT. Suas várias tecnologias de transmissão (2G, 3G, 4G e 5G) oferecem ampla cobertura, permitindo que dispositivos IoT operem a algumas milhas da infraestrutura de rede. Novas opções de redes celulares vêm surgindo, como as LPWANs - Low Power Wide Area Networks, dedicadas à transmissão de dados sem fio e projetadas para oferecer suporte a comunicações de longo alcance a uma taxa de bits baixa, principalmente para aplicativos de IoT. Exemplos de tecnologias LPWAN licenciadas são CAT-M1 e Narrowband IoT (NB-IoT). Nos próximos anos, a conectividade via satélite provavelmente se tornará mais comum também.

3 - Escalabilidade

Empresas de IoT frequentemente têm centenas ou milhares de dispositivos em campo, enquanto os maiores fabricantes de IoT possuem milhões deles implantados em todo o mundo. À medida que as companhias crescem, elas constroem sua arquitetura da tecnologia “peça por peça”, adotando diferentes soluções de conectividade para implantações em novas regiões. Cada uma delas vem com distintas

plataformas de gerenciamento, sistemas de suporte e tecnologias independentes. E se for preciso mudar fundamentalmente determinado produto para suportar uma nova solução de conectividade, será preciso ter múltiplos part-numbers. Quanto maior a escala das operações, mais difícil se torna o gerenciamento de dispositivos e a logística de SIM cards.

Isso é também um problema na IoT celular, onde a conectividade está disponível em todo o mundo, mas é controlada por operadoras de redes móveis (MNOs) distintas. Para se conectar a uma nova operadora, é necessário um provedor com acordos de roaming com essa operadora ou um novo SIM Card.

Existem soluções globais de IoT que contornam esse desafio criando acordos com operadoras globalmente. Algumas permitem que, com um único cartão SIM, os dispositivos possam se conectar a mais de 500 redes, em mais de 195 países. Com isto, é possível criar serviços resilientes e com a oferta de redundância de redes, conforme a disponibilidade dos acordos e a legislação vigente no país.

4 - Interoperabilidade

Um dos pontos interessantes sobre a IoT é a aparentemente infinita forma como se pode configurar um conjunto de tecnologia para se adequar às circunstâncias únicas. Mas isso também cria um desafio: nem todos os dispositivos e soluções de IoT são compatíveis entre si ou com os diferentes aplicativos de negócios. Adicionar novos hardware ou software às distintas arquiteturas pode exigir uma série de mudanças para manter a funcionalidade desejada, enquanto acomoda a nova tecnologia.

Há ainda outra maneira pela qual a interoperabilidade desafia os fabricantes de IoT. Parte da tecnologia subjacente em que as soluções de IoT se apoiam podem ser de código aberto. Isso não é um problema em si, mas se essa tecnologia seguir um padrão universal claro, pode acabar com diferentes empresas e/ou países usando variações distintas da tecnologia de código aberto. Isso torna difícil adicionar ferramentas de um fornecedor variado ou implantar uma solução de IoT em um novo país. Certamente, não é um problema para cada aplicativo de IoT, mas algumas indústrias precisam acelerar sua adoção de padrões universais para melhorar a interoperabilidade.

O ponto positivo é que a maioria dos componentes do conjunto de IoT são relativamente fáceis de substituir por outras tecnologias. A tendência na indústria é tornar as soluções de IoT versáteis, fazendo com que a integração seja a mais simples possível.

KPIs (indicadores de desempenho) para provedores de Internet

O artigo apresenta a importância da coleta de dados que alimentam os indicadores KPI em um provedor de Internet, mostrando em dashboards e gráficos a busca pelos fatores positivos ou negativos que poderão ser alterados após análise crítica da gestão. Os dados são fundamentais para a tomada de decisão e obtenção de melhores resultados e crescimento no menor tempo possível.

m busca de um Growth Team (time de crescimento) em um período de Growth Time (tempo de crescimento), os provedores estão em busca de uma Growth Machine (máquina de crescimento). Para isso, é preciso acompanhar em tempo real todas as informações que geram impactos diretos na base de clientes, visando ao crescimento da empresa, com uma equipe comprometida e desenvolvida para uma postura diferenciada de mercado.

Os indicadores auxiliam no conhecimento do negócio no sentido de superar expectativas dos clientes quanto à satisfação do produto ou serviço entregue,

medindo a eficiência e a eficácia do provedor.

Acompanhamento é a palavra-chave para buscar o resultado desejado ou esperado do colaborador ou da equipe, setor ou departamento. Esse processo ajuda a empresa a ter a resposta mais fidedigna do retorno da informação solicitada e por isso deve ser feito continuamente.

A comunicação é fundamental. São comuns os casos em que uma tarefa solicitada não é explicada de forma clara pelo gestor aos colaboradores. Por outro lado, a dúvida não esclarecida faz com que os prazos de entrega sejam extrapolados, levando ao estresse em

todo o processo. Ou o trabalho fica totalmente divergente do que foi solicitado.

Diários de bordo das empresas de telecomunicações com seus KPIs (indicadores de desempenho) ajudam a identificar de forma mais rápida qualquer desvio durante um período e buscar ações de correção até que se volte ao padrão.

O sistema de software de ERP –Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos da Empresa) ajuda a administrar a inclusão de todos os dados, para um gerenciamento em dashboard, que realmente irá representar foco para o crescimento.

Planilha de lucratividade mensal/ anual visto por semana – A gestão precisa identificar o movimento financeiro com base nas ações adotadas. Isso apresentará resultados positivos ou negativos e sua intensidade. Este índice tem a validade de certificar a equipe para uma nova direção a ser tomada, com possíveis perdas, ou uma movimentação de faturamento a ser acompanhada (tabela I e figura 1).

Adesões diárias - Criação das metas, acompanhamento das vendas em D+1 para lançamento e D+2 para acompanhamento do gestor, para utilizar estratégias de vendas, buscando oportunidades através de resultados (tabela II e figura 2).

Reativação - Ações tomadas para reativação de inadimplentes, empoderando os responsáveis para uma negociação interessante para retorno dos clientes à base (tabela II e figura 2).

Motivos do cancelamento - Saber o motivo do cancelamento vai ao encontro de uma análise do comportamento do mercado, do nível de capacidade técnica e humana da equipe ou da falta de procedimentos não aplicados no processo de instalação, que podem vir a se tornar uma insatisfação no atendimento da central de relacionamento e da equipe técnica de campo.

Entre os motivos mais comuns para o cancelamento estão a mudança de operadora/provedor, financeiro, encerramento das atividades, a

Tab. I - Planilha de faturamento mensal/anual

Mês Mês Valor (2023) Valor (2023) Valor (2023) Valor (2023) (2023) Evolução anual Evolução anual Evolução anual Evolução anual Valor (2024) Valor (2024) Valor (2024) Valor (2024) Evolução anual anual Evolução anual anual anual Em R$ R$ 2023/2022 2023/2022 2023/2022 2023/2022 Em

Janeiro 556.945,00 52,47% 524.879,32 -5,75%

mudança de endereço e a insatisfação, que precisa ser mais bem explorada porque pode esconder a troca de operadora por motivo de preço de planos da concorrência. Na figura 3, são usadas siglas MOP (mudança de operadora/provedor), ENC (encerramento das atividades), TIT (mudança de titularidade), SINF (sem informação) MUD END (mudança de endereço) e INSAT (insatisfação). A

insatisfação precisa ser mais bem explorada porque pode esconder a troca de operadora por motivo de preço de planos da concorrência.

Exemplo prático - Reclamação de insatisfação

O atendente tem que analisar as últimas três ordens de serviço, para tomar ciência do que vem ocorrendo

Tab. II – Adesões, reativações e cancelamentos (não são considerados os domingos)

Fig. 2 - Gráfico comparativo entre vendas, cancelamento e reativação

nas manutenções anteriores. Essa visão dará uma direção mais assertiva para a solução durante o atendimento em nível 1.

Fig. 3 – Gráfico de Pareto para motivos de cancelamento

Analisar o histórico e identificar o número de vezes e tempo em que o cliente ficou sem conexão fará com que se tenha um cuidado maior neste atendimento, a

Fig. 4 - Gráfico referente às vendas ao longo dos anos do mês de abril

fim de direcionar o chamado com o máximo de informação possível, para ajudar nas etapas do procedimento da equipe técnica de nível 2 ou nível 3.

Fig. 5 - Gráfico referente às vendas ao longo dos anos do mês de maio

Tab. III - Meta mensal por produto vs. colaborador

Desafio Desafio DesafioColaboradores–Maiode2024 Colaboradores–Maiode2024 Colaboradores–Maiode2024

Produto

Financeiro

Para este motivo será interessante atuar em ações, como por exemplo oferecer o próximo plano mais acessível

financeiramente até chegar à opção de menor banda e preço aplicado na empresa. Mesmo que o cliente esteja no processo de fidelidade, este poderá

ser renovado e ele pode então continuar com a Internet para buscar um novo emprego, receber as propostas, enviar currículos, manter-se

GESTÃO

conectado em busca de novas oportunidades no momento de dificuldade. Quem sabe nos próximos meses ele consiga se relocar no mercado e vir a fazer um upgrade. Em caso contrário, entende-se que está indo para outra operadora/provedor.

Inviabilidade técnica de atendimento

É importante realizar um précadastro a fim de direcionar o investimento em uma área com maior concentração de pedidos, aumentando assim a assertividade para o crescimento da cobertura da empresa.

Dashboard

A ferramenta mostra uma visão macro dos resultados obtidos nos indicadores.

Alguns meses não são expressivos em vendas durante os anos. No cenário do exemplo, foi identificado que as férias de um colaborador resultavam em baixa performance de vendas em determinado período. Com base no indicador, a empresa criou campanhas para o período e engajou as equipes para os meses historicamente considerados fracos.

Os gráficos apresentavam ao longo dos anos uma faixa de 21 a 51 vendas até 2023. Mas, após a análise e ações realizadas em 2024, quebrando paradigmas dos anos anteriores, as vendas saltaram para 88 a 100 no mesmo período (figuras 4 e 5).

Planilha de reversão de cancelamento - Visa demonstrar a ação que a central de relacionamento ou call center está utilizando na quebra de objeções. É importante treinar a equipe, pois o mercado muda muito.

Planilha de reativação – Coloca em prática clientes que se tornaram inadimplentes durante o período em que estavam na carteira de clientes, que não efetivaram o cancelamento diretamente com a equipe de relacionamento, ou simplesmente deixaram de pagar por motivo às vezes banal.

Planilha dos 11 meses – É a busca dos clientes que cancelaram há 11 meses, criando um script para conquistar novamente o cliente perdido.

Planilha de aniversário – É uma forma de aproximar o cliente com a empresa ao parabenizá-lo pela data,

Tab. IV - Produção diária de chamados por colaborador de campo no dia 1 de maio, quarta-feira
Tab. V - Planilha de visão geral de desempenho de produção diária por colaborador de campo

GESTÃO

Fig. 6 - Gráfico em Pareto do resultado mensal por produto presenteando com um upgrade temporário de até 30 dias e realizando uma pequena entrevista de satisfação, que acaba criando mais um KPI.

Planilha de produção da equipe de vendas internasApresenta de forma pontual as vendas diárias com metas mensais por colaborador e por produto (tabela III e figura 6).

Planilhas de produção da equipe de campo - Crie um perfil de atendimento técnico, classifique-o por produtivo (retorno de acesso em uma manutenção) ou improdutivo (cliente não estava em casa).

Percepção de fatos que indicam uma baixa produtividade, a fim de desenvolver a equipe ou o colaborador em habilidades, competências e conhecimento e ainda podendo analisar o horário final da atividade, buscando complementar o custo operacional fora do horário (tabelas IV e V).

Planilha de cancelamentos (churn) – Uma análise diária indica os motivos pelos quais o cliente está saindo da base. Mais uma vez valida a planilha de reativação e a planilha de reversão de cancelamento, e esse cruzamento de informações irá auxiliar nos ajustes necessários para o equilíbrio e possível crescimento da base de clientes (figura 7).

Redução do churn – Crie uma meta de cancelamentos, desenvolva um processo de filtragem no início do pedido de cancelamento, analisando quanto tempo este cliente está na base, extraindo do sistema quais foram as últimas ordens de serviço e seus motivos, para uma breve interpretação ao pedido de cancelamento. Inicie na central de relacionamento (call center), na sequência passe para a supervisão do setor, subindo para o próximo nível, como uma coordenação, e finalmente o gerente, com a possibilidade de extrair o re al motivo do cancelamento, que irá contribuir para as melhorias internas.

Entre os fatores externos que contribuem para alto índice de cancelamentos estão a queda constante de energia no data center ou POPs - pontos de presença, a falta de UPS e baterias, a capacidade de autonomia das baterias e o tempo de vida útil. Todos estes parâmetros são

7 – Gráfico do churn por período suficientes para gerar alto índice de inconstâncias durante o período de conectividade.

Planilha de treinamentos internos - Identifica os pontos fracos para uma abordagem diferenciada, aumentando ainda mais o poder de informação, reduzindo a insegurança nas ações a serem realizadas, complementando e fortalecendo o grau de conhecimento dos processos, procedimentos, protocolos e padrões da empresa.

Planilha do nível de satisfação dos clientes – Ajuda a compreender as atitudes a serem adotadas com o objetivo de buscar a melhoria dos setores da empresa do índice de satisfação do cliente em ter adquirido um produto ou serviço.

Planilha de testes de equipamentos – A troca de equipamentos em campo ocorre sem que seja feito algum reset ou atualização de firmware devido à falta de tempo pelo número de ordens de serviço em campo. Muitas substituições de ONUs, ONTs e roteadores são realizadas sem a real necessidade, aumentando o custo operacional. Os equipamentos que voltam à empresa precisam ser testados, fazer atualização de firmware, limpos e disponibilizados para novas instalações, e até mesmo para o RMA ou descarte para o r eciclado. A planilha traz uma visão econômica da quantidade de equipamentos que de fato precisam ser retirados, para que as compras não sejam feitas sem necessidade.

Conclusão

O artigo apresenta a importância da coleta de dados que alimentam os indicadores KPI em um provedor de Internet, mostrando em dashboards e gráficos a busca pelos fatores positivos ou negativos que poderão ser alterados após análise crítica da gestão. Os dados são fundamentais para a tomada de decisão e obtenção de melhores resultados e crescimento no menor tempo possível. As nomenclaturas aqui adotadas são exemplos para melhor entendimento do leitor, podendo ser criadas conforme a necessidade de cada empresa.

Fig.

A psicologia da engenharia social

Ano a ano a Verizon publica seu já famoso relatório DBIR - Data Breach Investigations Reports, e a cada edição uma informação se repete: a maior parte das quebras de segurança, seja uma invasão, fraude eletrônica ou um ransomware, se baseia na exploração de um ser humano. No último relatório, de 2024, o número estava em 76%.

Importante dizer que nessa taxa estão incluídas as ocorrências intencionais por funcionários, que correspondem a 8%, o que resulta em 68% dos eventos ocorrendo pela exploração de uma pessoa. Pensar em exploração de uma pessoa pode parecer estranho para quem está chegando agora na área, mas o fato é que isso existe desde os primórdios da Internet, tendo como principal símbolo Kevin Mitnick, falecido no ano passado. Mitnick foi preso em 1995 por invasão de sistemas, na qual usava largamente a técnica. Em 2022 lançou seu primeiro livro The Art of Deception: Controlling the Human Element of Security . No Brasil a obra foi publicada com o título A Arte de Enganar . O ano de 2024 marca o aniversário de 30 anos da invasão por Mitnick do computador de outro grande especialista da época, Tsutomu Shimomura, que ajudou na operação policial que prendeu o hacker no ano seguinte. A técnica tornada famosa por ele é desde aquele tempo chamada de engenharia social, e está no nosso dia a dia mais do que gostaríamos.

Diariamente sabemos via mídia ou amigos dos casos de pessoas enganadas e levadas a transferir dinheiro para criminosos, seja pelos golpes do WhatsApp, das centrais telefônicas, do falso sequestro, dos cassinos online e de tantos outros que nos atormentam. E a base para o sucesso deles está na forma como pensamos. Se fôssemos um sistema de computador, iríamos dizer que é uma vulnerabilidade “por design”. Ou seja, de projeto, que só se resolve construindo um novo. Como não é possível nos reconstruir, estamos condenados a conviver com ela. Dois livros já clássicos ajudam a entender esse “desenho” de nosso cérebro. Um deles é Influence: The Psychology of Persuasion (publicado no Brasil como Influência, a Psicologia da Persuasão), de Robert Cialdini. Outro livro é Thinking, Fast and Slow (publicado no Brasil como Duas Formas de Pensar), de Daniel Kahneman.

Em seu livro, Robert Cialdino lista os elementos que fazem com que nosso cérebro seja influenciado a tomar uma decisão ou ação. O primeiro deles é a autoridade. É natural seguir as palavras de alguém a quem respeitamos como autoridade: pais, professores, médicos, etc., mas a questão surge também quando temos uma percepção de autoridade. Pode ser uma pessoa vestindo um terno (dependendo, é claro, do local) ou um e-mail com o logotipo de alguma empresa que você reconhece, por exemplo, o seu banco. Damos mais atenção quando acreditamos que aquela mensagem vem de uma fonte a qual respeitamos.

O segundo elemento listado pelo autor é a escassez, que pode ser entendida também como sentimento de perda. Temos a

tendência de buscar e valorizar o que é escasso, ao mesmo tempo que temos medo de perder o que já temos, mesmo que seja um valor pequeno. A escassez pode ser também de oportunidade. Recebemos uma chamada com uma oportunidade “imperdível”, mas que será perdida se não tomarmos uma decisão rápida. No mundo do crime cibernético, a escassez é explorada pelo medo da perda ou sentimento de imediatismo, da decisão rápida.

O terceiro é o princípio da reciprocidade, o qual é fácil de entender. Gostamos de retribuir quem nos dá alguma coisa, seja um presente ou um pequeno brinde em um evento. A retribuição pode vir simplesmente na forma de simpatia ou tratamento caloroso a alguém, quando acabamos por conceder informações ou fazer pequenos favores. A reciprocidade é uma das ferramentas em fraudes mais bem elaboradas, muito comuns antes da digitalização da sociedade, mas hoje presente via redes sociais.

Um quarto elemento presente na engenharia social é o de compromisso e consistência, chave dos golpes dos falsos cassinos ou falsos investimentos, com duração mais longa, mas também explorável por golpes mais imediatos. Uma vez tomada uma decisão por algo, por exemplo, a compra de um novo smartphone ou um investimento em alguma “grande oportunidade” em criptomoedas, passamos a defender essas decisões e buscar em nossa mente as justificativas para elas. Criamos uma espécie de compromisso com as decisões do passado, e sentimos necessidade de mostrar consistência em nossas ações. Não gostamos de parecer volúveis e indecisos.

Hoje, a maior parte dos golpes e ataques de engenharia social ocorrem via e-mail, telefone ou aplicativos de mensagens, e são rápidos. Fazem com que a vítima tome uma decisão rápida e impensável, usando para isso a autoridade e a escassez. O psicólogo Daniel Goleman chama esse fenômeno de “amygdala hijack”, que em português normalmente nos referimos como sequestro emocional. É o que nos mantém vivos em emergências, em que não há tempo para pensar e racionalizar, mas é também o que nos coloca como alvos fáceis de golpistas. Assim, uma mensagem ou telefonema de alguém se fazendo passar por um banco ou outra empresa conhecida com viés de autoridade, com um texto avisando

de um gasto alto no cartão de crédito ou qualquer urgência, escassez, gera um surto emocional que nos leva a clicar em uma URL, abrir um arquivo ou seguir as orientações de um estranho. O pensamento voltado a uma decisão rápida e sem reflexão foi tratado por Daniel Kahneman em Duas Formas de Pensar. A forma rápida, emocional, chega a ser quase automática. Serve para nos manter vivos, mas também para nos meter em enrascadas no mundo atual. As vulnerabilidades de nosso cérebro são, como comentei, “de projeto”. A forma de pensar rápido nunca deixará de existir, e o sistema emocional será sempre at i vado, a não ser que sejamos treinados para interromper o processo em situações

em que não há risco de verdade, ou seja, nas interações cibernéticas. Treinamento em reconhecer golpes digitais é atualmente algo chave em empresas de qualquer tamanho. Mas para dar certo o treinamento e a prática precisam ser contínuos e constantes, afinal todos nós gostamos de compromisso e consistência.

Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.

Os cabos CCA - Copper Clad Aluminum são permitidos em sistemas de cabeamento estruturado? Seu uso está previsto em normas?

Parte 1

A resposta curta e direta à pergunta aqui colocada é não. Os cabos CCA - Condutores de Alumínio Revestidos com Cobre ( Copper Clad Aluminum , em inglês) não podem ser utilizados em sistemas de cabeamento estruturado. Entre as normas para cabeamento estruturado (ABNT, ISO, TIA, CENELEC, etc.), nenhuma reconhece esse tipo de cabo.

Essa é uma questão recorrente quando o assunto é cabo balanceado reconhecido para utilização em sistemas de cabeamento estruturado. Conforme mencionei na seção Interface de junho, temos trabalhado na revisão da norma brasileira de cabeamento estruturado industrial (NBR 16521) e o tema surgiu novamente como uma preocupação para os membros da comissão de estudo. Há um certo mito de que os cabos CCA são especificados para algumas aplicações industriais em cabeamento estruturado.

Antes de entrarmos em mais detalhes sobre os motivos que impedem o uso de cabos CCA em sistemas de cabeamento estruturado, vamos conhecê-los mais um pouco.

Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: info rti@arandanet.com.br.

Cabos CCA e suas aplicações

O CCA costuma estar disponível com revestimento de cobre de 10% ou 15% sobre um núcleo de condutor de alumínio. Em relação ao cobre, o alumínio é um pior condutor de eletricidade. Tecnicamente, ele apresenta uma condutividade muito inferior à do cobre.

Além disso, o alumínio puro não é adequado para uso como condutor elétrico por sua característica mecânica de

adequado para algumas aplicações em sistemas elétricos, eletrônicos e de telecomunicações. As áreas de aplicação desses cabos são as mais variadas, porém, para não confundir ou induzir o leitor a interpretações equivocadas, prefiro não entrar em detalhes sobre aplicações específicas dos cabos CCA, lembrando, novamente, que esses cabos não podem ser utilizados em sistemas de cabeamento estruturado.

Isso se aplica a todos os subsistemas do cabeamento

Fig. 1 – Atenuação dos cabos balanceados Cat.5e e CCA para enlace permanente com três conexões e 90 m de comprimento

maleabilidade, o que oferece alguns desafios para a montagem de fios e cabos. Atualmente, a liga mais comumente utilizada para sistemas elétricos é a Al 6101, aplicada em barramentos, que apresenta 56% da condutividade do cobre. Como consequência, os condutores de alumínio aquecem mais que os de cobre e precisam de seções transversais com áreas maiores para uma mesma capacidade de condução de corrente.

Tal característica, por si só, já é um grande impedimento para uso de cabos com condutores de alumínio em aplicações PoE - Power over Ethernet, para citar um exemplo. No entanto, a combinação de alumínio e cobre torna o condutor especialmente

estruturado e para qualquer que seja sua aplicação, desde edifícios comerciais a data centers, passando por ambientes industriais e residenciais.

Cabos balanceados para cabeamento estruturado

Cabos reconhecidos como meio físico padronizado para cabeamento estruturado devem ter as seguintes características e especificações:

• Seus condutores devem ser constituídos 100% em cobre (nominal). Outras ligas não são reconhecidas pelas normas. Note o leitor que os cabos com condutores CCA têm apenas 10% a 15% de cobre em sua constituição.

• Os condutores devem ser isolados individualmente, ter bitolas entre 22 e 26 AWG e devem ser configurados fisicamente em pares trançados (par balanceado).

• Os cabos devem ser fabricados com quatro pares balanceados.

• A impedância característica nominal do cabo deve ser de 100 ohms (± 15%).

• O cabo deve ter capa externa para isolação termoplástica.

• Os cabos balanceados podem ser blindados ou não. Diversos tipos de construção são reconhecidos quanto ao emprego (ou não) de blindagem.

Algumas variações nas especificações são possíveis, como a construção de cabos em quadras, ou seja, com quatro pares trançados em conjunto em vez de dois (configuração muito rara atualmente); seus condutores podem ser sólidos ou multifilares (para uso em patch cords para manobras, nesse caso); o tipo de capa pode variar com a aplicação e requisitos de resposta a eventos de queima; e podem ter elemento de tração, separadores internos de pares, condutor de dreno, etc. Um detalhe importante e que faz muita diferença é que os condutores dos cabos balanceados especificados para sistemas de cabeamento estruturado devem ser de cobre puro.

Por que os cabos CCA não são adequados para sistemas de cabeamento estruturado?

Os cabos CCA não podem ser utilizados como meio físico em sistemas de cabeamento estruturado porque não são reconhecidos pelas normas pertinentes.

Isto, sem qualquer outra justificativa, é o suficiente para impedir o uso de cabos CCA em sistemas de cabeamento estruturado. Por não serem reconhecidos por normas técnicas, uma eventual instalação executada com esse tipo de cabo não poderá ser certificada simplesmente porque seu desempenho de transmissão não apresenta conformidade com as

especificações padronizadas para uma determinada categoria de desempenho.

Entrando em detalhes mais técnicos, há diferenças importantes. O desempenho de transmissão de canais constituídos por cabos metálicos é baseado em seus parâmetros de transmissão primários e secundários. Os primários são relacionados diretamente aos condutores propriamente ditos, como resistência, indutância, capacitância e condutância. Já os secundários são atenuação e desvio de fase. Ambos caracterizam a resposta em frequência de um canal. Como requisito normativo, o cabeamento estruturado instalado deve passar por testes de certificação. Além de ser um requisito normativo, a certificação do cabeamento é uma demanda dos fabricantes para a concessão da garantia estendida de sistema, que costuma variar entre 20 e 25 anos e cobre o desempenho do cabeamento instalado para diversas aplicações atuais e futuras, ao longo da vida útil da instalação, que tenham como requisito mínimo de meio físico a categoria de desempenho dos cabos e hardware de conexão instalados. Para uma análise técnica um pouco mais aprofundada, porém ainda simples, há três parâmetros que podemos utilizar para comparar as respostas de cabos de cobre puro e CCA, que são a atenuação e as resistências em corrente contínua e alternada.

Atenuação

A atenuação é um parâmetro secundário de transmissão. Falei sobre ela detalhadamente em um artigo publicado na RTI de setembro de 2022, edição no 268. (https:// abrir.link/FSbAc). Para lembrar, a atenuação pode ser definida como a perda de potência de um sinal devido a sua propagação por um determinado meio físico. Entretanto, o grau de atenuação do meio varia em função do material (cobre ou

alumínio), ou combinação de materiais (liga de materiais condutores), que o constitui, perdas no dielétrico, frequência de operação, temperatura, entre outros fatores. Como é de conhecimento do profissional de infraestrutura de telecomunicações e redes, os cabos com condutores de cobre têm atenuação bastante elevada. No entanto, os cabos com condutores de alumínio têm atenuação ainda mais elevada, cerca de 40% superior (em relação aos cabos de cobre).

Há que se levar em consideração que a atenuação é amplificada com o aumento do comprimento do canal de transmissão. É por esse motivo que as normas de cabeamento estruturado limitam o comprimento de um enlace permanente a 90 m e de um canal a 100 m. Um cabo CCA, se fosse uma opção, reduziria ainda mais esses comprimentos. Para complicar um pouco o cenário, a atenuação de cabos metálicos também aumenta com o aumento da temperatura de operação. Aqui não é diferente: a resposta dos cabos CCA ao aumento da temperatura também é pior em relação aos cabos de cobre.

Exemplo ilustrativo

Vamos considerar um enlace permanente Classe D (Categoria 5e) com duas conexões. Na frequência máxima dessa categoria de desempenho (100 MHz), para um comprimento de 90 m, a atenuação é de 20,4 dB (ISO/IEC 11801-1Information Technology — Generic Cabling for Customer Premises - Part 1: General Requirements (Tecnologia da Informação - Cabeamento Estruturado para as Dependências do Usuário - Parte 1: Requisitos Gerais).

A100 MHz (Cu)=20,4 dB

Se essa mesma configuração fosse implementada com um cabo balanceado com condutores CCA “equivalente” (o que não existe, mas vamos considerar dessa forma para

efeito ilustrativo), a atenuação do enlace, em 100 MHz e 90 m de comprimento, seria de 28,6 dB

A100 MHz (Al)=28,6 dB

Devemos nos lembrar que uma atenuação de 20 dB representa uma perda de potência de 100 vezes no sinal transmitido, ou seja, um sinal de 1 W chega ao receptor com 0,01 W. Uma atenuação de 30 dB representa uma perda de potência de 1000 vezes, ou seja, um sinal de 1 W chega ao receptor com 0,001 W.

Conforme discutido no exemplo, a comparação entre as atenuações de um cabo balanceado de cobre e um CCA “equivalente” é apenas ilustrativa. Quando digo que não existe cabo balanceado CCA Categoria 5e é porque essa categoria de desempenho traz especificações de limites bem definidos para diversos parâmetros de transmissão para cabos balanceados de cobre, aos quais a resposta de um cabo CCA não alcança, ou seja, fica muito longe desses limites. Por esse motivo, mesmo que um determinado cabo CCA seja muito parecido em termos

construtivos com um cabo balanceado, não passa de aparência. Tecnicamente, eles são muito diferentes.

Para concluir a discussão sobre atenuação, a figura 1 apresenta uma comparação entre a resposta de um enlace permanente Categoria 5e, com três conexões e 90 m de comprimento, e uma representação da atenuação de um cabo CCA para a mesma configuração, extrapolado até 100 MHz.

É importante que o leitor entenda que, para o caso do cabo CCA, a resposta de atenuação é calculada com base na atenuação do cabo balanceado Cat. 5e. Em outras palavras, trata-se de uma simulação para mostrar a diferença entre as respostas de ambos os cabos (para o parâmetro atenuação) para as mesmas condições.

De forma objetiva, o cabeamento instalado com cabos CCA não passaria no teste de certificação. Em uma certificação de um enlace permanente Categoria 5e, conforme apresentado na figura 1, o limite de atenuação, ou seja, os valores máximos esperados

para o resultado do teste para cada frequência da escala avaliada (1 a 100 MHz) são aqueles mostrados em cor azul na figura 1. Os valores acima dessa curva (limite da Categoria 5e) não passam no teste de certificação e geram um resultado “rejeitado” para a Categoria 5e.

Na próxima edição de Interface, continuaremos a discussão iniciada aqui, avaliando os parâmetros resistência em corrente contínua, o efeito pelicular e a resistência em corrente alternada dos condutores de cobre e CCA.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.

Soluções de rentabilização no streaming e cenários internacionais

É de entendimento do mercado que a DAI – Dynamic Ad Insertion, ou inserção dinâmica de anúncios, pode representar um avanço significativo na personalização de entrega de publicidade em vídeos. A segmentação precisa com base em diversos critérios, como dados demográficos, preferências, comportamento de visualização e localização do espectador, é um avanço a ser debatido e surge como uma possibilidade a ser explorada. Desta forma, a abordagem não apenas melhora a assertividade das campanhas publicitárias, mas também a experiência do usuário.

A DAI traz vantagens para todos os envolvidos na cadeia de streaming. Os anunciantes alcançam o público certo com maior eficiência. Já os provedores regionais de Internet podem rentabilizar com anúncios de parceiros locais. E para o público, por sua vez, há uma experiência de streaming mais personalizada e menos interrompida. Mesmo empresas tradicionais do setor audiovisual estão reconhecendo o potencial da DAI. Um exemplo é a implementação pela Globo, que agora oferece inserção dinâmica de anúncios na TV ao vivo pelo Globoplay, abrangendo uma variedade de programas de diferentes canais, mostrando a importância da DAI como ferramenta estratégica para a rentabilização e melhoria da experiência do usuário.

A NAB Show 2024, realizada de 13 a 17 de abril em Las Vegas, EUA, foi um marco para o setor de tecnologia.

Empresas pararam para debater os rumos da criação, distribuição e rentabilização de conteúdo, dentre elas a DAI, mostrando que o papel de tal tecnologia no futuro do streaming está cada vez mais claro.

Cabe às empresas investirem em P&D para aprimorar essa tecnologia e estabelecer parcerias com anunciantes estratégicos, com um papel fundamental de ajudar empresas a se manterem

Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

competitivas no mercado. E fazer isso de forma assertiva não apenas aumenta a receita publicitária, mas também melhora a experiência do usuário, que por sua vez recebe anúncios relevantes e não intrusivos.

Fica claro que a DAI não é apenas uma tendência passageira. Ela passa a ser cada vez mais um componente vital para a evolução e competitividade do mercado. Quem reconhece e investe nessa tecnologia está posicionando sua empresa de forma estratégica para capitalizar as oportunidades do streaming de vídeo e liderar uma transformação significativa no setor.

Uma evolução do que aconteceu com a TV a cabo

Muitos podem pensar que o streaming está seguindo um caminho similar ao que víamos no Brasil no final dos anos 90 e início dos anos 2000, quando as empresas de TV a cabo cresciam pelo país e, com elas, chegavam anúncios cada vez mais segmentados para os públicos que assistem seus canais únicos. Mas isso pode ser algo que, necessariamente, é prejudicial, seja para o público como para anunciante?

Com a crescente evolução do mercado, modelos de sucesso podem ser replicados em sua essência, mas não quer dizer que o caminho seja o mesmo a ser seguido. Conversas que tivemos na NAB demonstram que tal caminho passa por uma interligação cada vez maior entre conteúdo e anúncio, experiências interativas com o usuário e preços sendo cada vez mais competitivos e evolutivos, como o mercado de streaming já demonstrou ser desde o momento de sua criação.

A oferta do conteúdo sob demanda, quando surgiu, veio com a promessa de que o consumidor não teria propaganda alguma, ou quase nenhuma, por um preço acessível e com a facilidade de estar disponível a qualquer momento. Isso foi extremamente bem explorado por Raman Abrol, CEO da Vubiquity e GM, Amdocs Media, em um recente artigo publicado. O mercado, porém, precisou passar por reajustes. Estúdios replanejaram suas perspectivas, focaram em mais produtos e o consumidor ficou com mais sede de novidades em conteúdo. No Brasil, o IBGE destaca, em pesquisa realizada em 2023, que 43,4% das casas com TV possuem um serviço pago de streaming. Ou seja, o mercado já é grande, mas tem espaço para aumentar ainda mais. Com isso, o mercado de publicidade passou a voltar sua atenção para o

streaming. Se por um lado as empresas precisavam rentabilizar, do outro companhias buscavam novas formas de direcionar seus anúncios para um público consumidor que tivesse melhores taxas de retenção e conversão.

Apesar das barreiras iniciais que toda mudança como essa possa representar, esse é um caminho sem volta. Tudo passa pelo entendimento que o consumidor é o foco principal.

Produtoras de conteúdo, anunciantes, provedores regionais e fornecedoras de serviços de valor agregado precisam criar o equilíbrio para que os anúncios não atrapalhem a experiência do usuário e que ele ainda sinta que o streaming ainda seja algo acima de outras opções de entretenimento.

Outro ponto discutido durante o evento, e que é um movimento que já vem sendo debatido no Brasil, é de que a segmentação de anúncios proporcionada por esse nicho de mercado com o streaming deverá colocar outros patamares na entrega de publicidade direcionada ao espectador. As campanhas deverão ser mais eficazes. O usuário deverá responder mais vezes positivamente aos anúncios.

Se por um lado os caminhos direcionam para uma publicidade mais assertiva, do outro os debates são sobre esses espaços ocupados por empresas concorrentes. O distribuidor de conteúdo, por sua vez, terá que focar cada vez mais em mostrar a eficácia e diferenciais de seu serviço, buscando fortalecer laços com os clientes, seja com preços competitivos, entrega de conteúdos mais assertivos, investimento em novas tecnologias, dentre outros. Transmissões ao vivo, como as de esportes, também devem entrar nesse meio. Com esse nicho de mercado cada vez mais alto, como exemplo da divisão dos direitos de transmissões esportivas como o futebol, que vem sendo debatido atualmente no Brasil, os assinantes tendem a procurar serviços que estejam transmitindo seus campeonatos favoritos e que transmitam mais eventos de suas equipes do coração.

O mercado vai precisar se adaptar e a publicidade no streaming já não é mais algo do futuro, e sim do presente. As companhias, sejam elas distribuidoras de conteúdo, provedores regionais ou anunciantes, precisam olhar esse mercado que tem tudo para ser um dos principais no Brasil nos próximos anos.

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A cidade que abriga o 2º maior Ponto de Troca de Tráfego do país vai sediar debates de alto nível sobre os principais temas para o desenvolvimento da Internet no Brasil e no mundo , assim como acontece anualmente nas edições do IX Fórum, realizadas em São Paulo.

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Cabos ópticos eco friendly

Monitoramento e controle de temperatura

A Prysmian disponibilizou a nova versão da linha de cabos ópticos Green para as famílias de cabos autossustentados e subterrâneos. Esse é o primeiro de uma série de lançamentos que a companhia planeja dentro de um escopo que visa, a médio prazo, transformar todo o portfólio de cabos ópticos da empresa em modelos sustentáveis e eco friendly , reduzindo até 40% a emissão de CO 2 ao longo da cadeia produtiva, o que é possível através da utilização de materiais de origem vegetal em lugar de petróleo, e da reindustrialização de materiais reciclados. Site: https://br.prysmian.com/pt.

Rádio

O rádio TETRA MXP660, da Motorola Solutions, vem com a tecnologia DIMETRA Connect que permite aos agentes de campo mudar automaticamente entre redes de rádio móvel terrestre (LMR) e de banda larga. Juntos, eles ajudam as equipes a se manterem conectadas à sua linha vital de comunicação, apoiando a colaboração crítica, a produtividade e a segurança. Entre os recursos apresentados pelo MXP660 estão LTE integrado, supressão de ruído ambiente definida por IA – Inteligência Artificial para áudio nítido e transmissão de alta potência para maior alcance operacional. Site: www.motorolasolutions.com.

D esenvolvido pela Ytek Eletrônicos, o Monitory Plus é um sistema para monitoramento e controle remoto de temperatura, umidade e rede elétrica em POPs - Pontos de Presença. Com protocolo SNMP e plataforma na nuvem, a tecnologia envia alarmes automáticos via Telegram e e-mail para o gestor, permitindo ligar e desligar equipamentos a distância, bem como programar agenda de ações. O aparelho vem com sensores de temperatura, umidade e voltímetro de rede e conta com três relés de 30 A, possibilitando ligar e

desligar remotamente qualquer equipamento que está dentro do POP. A solução conta ainda com temporizador de religamento para proteger os equipamentos em caso de instabilidade da rede elétrica e controle automático de temperatura para acionar o exaustor e o arcondicionado em caso de aquecimento excessivo no POP, teste de baterias e UPS e monitoramento de porta do POP ou detector de fumaça. Site: www.ytekeletronicos.com.br.

ONU

A ONU ZXHN G1611 , da Multi PRO/ZTE, é um AP GPON FTTR AX3000, desenvolvido especialmente para cenários de FTTR. Contém quatro portas GbE LAN, uma FXS e uma USB. Compatível com EasyMesh, também oferece suporte às tecnologias MU-MIMO,

OFDMA e beamforming, que garantem a melhor experiência de uso do usuário na rede Wi-Fi. Oferece suporte a 160 MHz na rede de 5 GHz. Cada ONU AP suporta até 128 acessos a um único dispositivo (64 para 2,4 GHz e 64 para 5 GHz) e permite até 64 dispositivos únicos simultâneos. Site: www.multipro.com.vc.

Transporte de dados

O Wave , da V.tal, é uma solução de transporte de dados para provedores que desejam complementar a sua rede com uma possível expansão para novas localidades ou aumentar a capacidade da sua rede existente no Brasil e demais mercados internacionais onde a V.tal atua. Oferece alta capacidade, baixa latência, garantia de banda, plataforma 100% DWDM e velocidades de 10 Gbit/s até múltiplos de 100 Gbit/s. Site: www.vtal.com.

Quantificação de riscos cibernéticos

O Armatum , da ABAI, é uma calculadora de riscos cibernéticos para empresas. Com algoritmos desenvolvidos e integrados localmente, a plataforma utiliza IA –Inteligência Artificial, além de realizar técnicas de simulação de ataques multimodais (infraestrutura, fator humano, resgate) para calcular perdas financeiras. Site: http:// www.abaigroup.com/pt-br/ abai-brasil/.

SVA educacional

Desenvolvida pela Nubbi, edtech que tem como propósito eliminar as barreiras do aprendizado através da simplificação e democratização da educação, a Leveduca é uma plataforma

educacional com mais de 250 cursos profissionalizantes em 15 categorias voltadas para o mercado de trabalho, como automação industrial, culinária e elétrica, gestão de negócios e desenvolvimento de habilidades emocionais. Os conteúdos são exclusivos, criados pela Leveduca em parceria com profissionais especialistas, com aulas ao vivo 100% online ou gravadas em estúdio próprio, apostilas digitais e disponíveis para acesso a qualquer hora. Site: www.leveduca.com.br.

Gestão de portas ociosas de redes

O OZneutral, da DevOZ, é uma plataforma que visa facilitar a relação entre proprietários de portas de CTO para locação e provedores. Ao utilizá-la, quem aluga pode gerir as portas contratadas de operadoras de rede neutra distintas. Além disso, é possível visualizar os acessos disponíveis em uma determinada região. Já os provedores que disponibilizam as portas têm um controle mais assertivo de seus parceiros via métricas de área e taxa de ocupação, bem como obtêm relatórios detalhados de uso para fins de cobrança. Site: www.ozneutral.com.

engenheiro Deusomir Junior, diretor da DJR Consultoria, é autor da obra M1nuto em Saúde e Segurança do Trabalho. Voltado para profissionais de segurança, gestores e demais interessados em promover um ambiente corporativo seguro e saudável, o livro aborda uma ampla gama de tópicos relacionados à segurança do trabalho em capítulos individuais de “m1nuto”. Desde a compreensão da legislação e regulamentações até a gestão de riscos ocupacionais, a obra oferece informações detalhadas, estratégias práticas e estudos de caso para auxiliar os leitores a aprimorar sua compreensão e implementação da segurança do trabalho. Editora UICLAP, (https:// abrir.link/RXkPe), 202 páginas.

serviços digitais no Brasil e na América Latina, bem como a evolução e as oportunidades do mercado de assinaturas no país e na América Latina. A análise, feita com mais de 6 mil respondentes, aponta que os VoDs – Vídeos sob Demanda são os mais populares no Brasil, representando 86% das assinaturas e superando categorias como música (52%), entrega de comida (46%), varejo (38%) e jogos eletrônicos (32%). O estudo completo pode ser acessado pelo link: https://abrir.link/hpCZz.

resultando em perdas de visualização ou de controle de um processo industrial. O relatório de 2024 é baseado no acompanhamento e análise de dados de ameaças cibernéticas agregados pela equipe de Análise, Pesquisa e Defesa Global (GARD) da Honeywell, provenientes de centenas de instalações industriais globalmente durante um período de 12 meses. Com 13 páginas, a versão completa pode ser acessada pelo site: https://abrir.link/llIOS.

Bango, empresa com foco em monetização de canais digitais, aponta que os brasileiros gastam em média cerca de R$ 1416 por ano em assinaturas digitais, com um tíquete mensal aproximado de R$ 118. Os dados fazem parte da pesquisa A Guerra das Assinaturas: O Super Bundling Desperta, que traz detalhes sobre o consumo de

Honeywell disponibilizou a 6a edição do Relatório de Ameaças USB de 2024, que fornece novos insights sobre como o ataque em estilo “residência silenciosa”, abordagem utilizada pelos cibercriminosos para realizarem atividades maliciosas sem serem detectados pelos sistemas de segurança das organizações, está se tornando uma ameaça cibernética crescente para instalações industriais e de infraestrutura crítica. De acordo com o documento, 82% dos ataques maliciosos detectados em dispositivos USB pelo Secure Media Exchange, da Honeywell, são capazes de causar interrupções nas operações industriais,

o e-book Inteligência Artificial na Prática, disponibilizado pela Objective, o leitor encontrará uma visão abrangente sobre a tecnologia, com casos de uso em diversos setores e áreas, explorando dados, aplicações e previsões para os próximos anos.

Segundo o estudo Global AI Adoption Index 2022, apenas no Brasil, 41% das empresas já implementaram ativamente IA –Inteligência Artificial em suas operações comerciais, enquanto 34% estão explorando seu uso. A obra pode ser baixada pelo link: https://abrir.link/OWTVZ.

Aberimest ....................65 Cabletech .............3a - capa D2W..............................59

Datacom .......................43

Dicomp .........................53

DrayTek .........................48

Embrastec ...................42

Encontro Nacional Abrint 2024: a sensação de dever cumprido

Entre os dias 12 e 14 de junho a Abrint realizou a 15ª edição do Encontro Nacional Abrint em São Paulo. Se antes do evento sonhávamos que o encontro bateria todos os recordes possíveis em termos de tamanho, espaço ocupado, número de palestrantes, quantidade de expositores e presença de público, hoje podemos dizer que concluímos a missão com louvor. É possível olhar para trás e ver o que plantamos em 2009, quando começamos a estruturar a Associação com o intuito de unir os provedores regionais do Brasil. Hoje, passados 15 anos, temos a certeza de que não só proporcionamos o desenvolvimento dessas empresas, como entregamos um dos maiores eventos do setor na América Latina.

Não é exagero. Somente este ano, proporcionamos mais de 60 horas de programação entre palestras, debates e workshops. Contamos com a presença em peso de representantes do governo federal, da academia e das esferas pública e privada nos debates sobre os temas mais relevantes do mercado de telecomunicações

Para além de ser uma ocasião tão aguardada para discutir temas como compartilhamento de

Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI

postes, ecossistema digital e uso de redes, linhas de financiamento, democratização do espectro, plataformas digitais e conectividade significativa, o 15° Encontro Nacional Abrint foi uma celebração para os expositores, que puderam compartilhar em 22 mil m² as suas novidades com um público recorde de 32 mil pessoas. O Transamérica Expo Center também serviu como um espaço de aprendizado para os que realizaram a Especialização em Fibra Óptica, que promovemos em parceria com a FBA - Fiber Broadband Association. Já a Arena Startup reuniu diversas empresas que tiveram a oportunidade de apresentar suas soluções. Para celebrar uma data tão especial, afinal não se completa 15 anos todo dia, o Museu Abrint proporcionou um momento de nostalgia para expositores e vistantes ao resgatar memórias por meio de fotos históricas e equipamentos da época do início da Internet no Brasil. Acima de tudo isso, o evento foi marcado por um ato de solidariedade em prol do Rio Grande do Sul ao mostrarmos o engajamento e a união do setor de telecomunicações a favor dos provedores afetados pela tragédia das cheias.

Como não poderia deixar de ser, o simpósio também focou na agenda atual dos provedores de Internet brasileiros, com temas como acesso aos postes, espectro do 6 GHz e a financiamento, além de debates sobre a manutenção de regras mais brandas para os provedores re gionais. Um assunto bastante em voga nos dias atuais, e que muito provavelmente impactará no futuro do setor se nada for feito, é o risco que preços predatórios praticados na banda larga comecem a ameaçar a

qualidade do serviço prestado pelos provedores.

Mudar a realidade acima demanda não apenas uma consciência do mercado em olhar e refletir sobre a consequência da guerra de preços, como também criatividade em diversificar o portfólio para que o tíquete das operadoras aumente. Para isso, os provedores passaram a incluir

SVAs que incrementam a oferta e agregam mais valor nos pacotes de serviços oferecidos aos clientes. A Abrint, como instituição, também defende uma nova modalidade de financiamento para provedores mais focada na atualização das redes de fibra óptica atuais do que na construção de novas rotas.

Chegamos aqui com a certeza de que não só somos uma Associação que nasceu da visão de inúmeros sonhadores em constituir uma entidade para lutar pela representatividade e melhoria do setor de telecomunicações, como alcançamos o nosso objetivo ao longo desses 15 anos, empoderando os provedores regionais. Pelo segundo ano consecutivo, concedemos o Prêmio Abrint Teleco aos “Melhores do Ano” em sete categorias diferentes, valorizando quem informa seus números à Anatel e nos ajuda a entender, por meio de estatísticas, o nosso setor. Em meio a tantas realizações, fica a sensação de dever cumprido.

Oliveira é membro fundador e atual diretor-presidente da Abrint. Graduado em engenharia elétrica e administração de empresas, tem vasta experiência no setor de telecomunicações. Desde 1997 atua como diretor da Interpira, provedor de Internet em Pirapora, MG.

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