Publicada a ABNT NBR 16869-5, norma inédita de infraestrutura para redes PON
A norma brasileira para redes POLAN cobre todos os aspectos relevantes para o projeto, instalação e testes de infraestrutura para redes ópticas passivas locais.
CABEAMENTO ÓPTICO28
As principais tendências em infraestrutura de data centers – Parte 2
Entre os destaques desta segunda parte do estudo da Huawei Digital Power estão a convergência do resfriamento a ar e líquido e o uso da IA para otimização de eficiência energética.
MERCADO38
Degradação óptica em cabos OPGW em linhas de transmissão
O elevado deslocamento do núcleo óptico em relação à camada externa dos cabos OPGW pode causar macrocurvaturas das fibras ópticas nas caixas de emenda e gerar atenuações indesejáveis.
REDES ÓPTICAS48
Guia de roteadores Wi-Fi
O guia traz a oferta atualizada desses produtos no Brasil, com informações sobre os recursos oferecidos e a padronização IEEE 802.11 atendida, incluindo WiFi 6.
SERVIÇO56
Procedimento de vácuo em sistemas de ar-condicionado de precisão
O procedimento de vácuo na instalação e manutenção do ar-condicionado de precisão é fundamental para garantir sua eficiência, durabilidade e desempenho em data centers.
REFRIGERAÇÃO58
Observabilidade, segurança e orquestração de redes
Observabilidade é um conceito avançado de visibilidade que propõe uma coleta de dados mais abrangente e atuação automatizada sobre problemas e ameaças identificadas, assegurando a continuidade dos serviços.
TENDÊNCIAS62
Redes privativas de 250 MHz
Nas redes privativas, tanto 4G quanto 5G, há uma gama de frequências que podem ser usadas. Para o 4G, as mais comuns são as de 2,3 GHz e 700 MHz. Entretanto, existe a faixa de 250 MHz, detalhada no artigo.
REDES MÓVEIS66
Guia de canaletas, dutos, eletrocalhas e perfilados
A organização de caminhos e espaços em uma instalação é fundamental para garantir a transmissão de dados sem erros e o melhor desempenho da rede.
SERVIÇO70
Um futuro sustentável com a fibra óptica
O artigo traz os desenvolvimentos e estudos que analisam formas de diminuir o consumo de eletricidade e a pegada de carbono no processo de fabricação da fibra.
TECNOLOGIA72
Melhores práticas de eficiência e sustentabilidade
Conheça algumas práticas de alta prioridade para a eficiência e sustentabilidade dos data centers, com insights claros sobre como otimizar as operações.
DATA CENTERS80
Ano 25 - Nº - 289 Junho de 2024
Capa: Helio Bettega Foto: Deposit Photos e Shutterstock
SEÇÕES
Editorial6
Informações8
Interface88
Segurança92
Produtos94
Publicações96
Índicedeanunciantes96
ISPemFoco98
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.
DESTAQUES
EDITORIAL
O crescimento exponencial dos data centers no Brasil
Com a estagnação do mercado de banda larga fixa, os fornecedores de produtos e soluções para redes voltam suas atenções para o setor corporativo e de data centers.
A decisão é acertada. Com apenas 150 data centers em comparação aos mais de 2600 dos Estados Unidos, o Brasil tem um imenso potencial de expansão.
“A indústria enfrenta o desafio de atender à demanda crescente por processamento de dados, impulsionada pela adoção acelerada da computação em nuvem e pela iminente revolução da IA - inteligência artificial”, afirmou Gustavo Moraes, presidente da ABDC - Associação Brasileira de Data Centers, em sua apresentação no Furukawa Summit, evento para clientes e parceiros realizado pela fabricante no período de 15 a 18 de maio em Alexânia, GO.
Segundo Moraes, os data centers brasileiros, atualmente com uma capacidade instalada de 580 MW, estão projetados para um salto para 1,5 GW nos próximos três anos, um aumento de quase 160%. São Paulo lidera essa expansão, com 1 GW, seguido pelo Rio de Janeiro, com 50 MW. A densidade de energia por rack, de 0,5 kW em 2000, deve atingir 40 kW até 2025, sem contar o impacto adicional da IA.
A NVIDIA, empresa especializada em processadores gráficos (GPUs) e soluções de computação de alto desempenho, prevê que os GPUs para IA poderão concentrar até 100 kW em um único rack. Isso indica uma tendência de ambientes híbridos, onde parte do data center estará preparada para o crescimento contínuo da computação em nuvem, enquanto outra parte se adaptará às necessidades da IA. A localização dos data centers é crucial, com a necessidade de estar próximos ao negócio do cliente ou de áreas urbanas com alto consumo, abrindo oportunidades em edge computing.
A eficiência energética também é uma preocupação, com o índice PUE - Power Usage Effectiveness caindo de 1,5 em 2000 para uma projeção de 1,3 em 2025, refletindo o uso de apenas 0,3 kW para refrigeração para cada 1 kW gasto com TI.
As tendências apontam para a continuidade do crescimento dos grandes data centers de cloud computing, principalmente na região de São Paulo-Campinas, e o surgimento de data centers edge, que servirão cidades menores e farão a intermediação entre as grandes nuvens e os pequenos clusters.
Com a IA se tornando cada vez mais presente, a infraestrutura de data centers no Brasil está diante de uma oportunidade única de se tornar um hub global para processamento de dados. A indústria está pronta para atender os data centers de IA, redefinindo os futuros critérios de redundância e design. Como resposta, o mercado brasileiro de data centers expande sua infraestrutura para suprir às necessidades de um mundo cada vez mais conectado e dependente de dados.
Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br
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INFORMAÇÕES
Furukawa lança solução multifibra pré-conectorizada
Para rentabilizar suas redes de fibra, operadoras e provedores de Internet começam a buscar novas oportunidades de negócios além do acesso FTTH – fiber to the home, como o atendimento ao mercado B2B, backhaul de 5G, smart cities e redes neutras. Diante desse cenário, a Furukawa Electric LatAm desenvolveu uma solução multifibra pré-conectorizada capaz de concentrar em uma única infraestrutura diversos tipos de serviços ou operadoras.
Batizada com o nome comercial de Easyfiber , a novidade tem o objetivo de descomplicar a forma de construir as redes de fibra óptica em aplicações novas (greenfield). O conceito é diferente da topologia FTTH tradicional desbalanceada ponto-multiponto baseada em splitters que fazem a divisão dos sinais até chegar aos assinantes. Essa arquitetura foi fundamental para a rápida disseminação da fibra óptica no país, mas inviabiliza o alívio de rede para expansões futuras e a introdução de novos serviços, como a disponibilidade para small cells 5G com conexões ponto a ponto e links dedicados a clientes corporativos a partir do mesmo ponto de acesso. “Hoje as operadoras precisam trabalhar com soluções separadas, por exemplo, uma para FTTH, outra para o B2B, com elevados custos de sobreposição de rede”, diz Xavier Chiron, gerente de engenharia de produto da Furukawa Electric LatAm.
Segundo ele, a convergência proporcionada pela Easyfiber traz flexibilidade, eficiência e instalação plug and play , pois a solução é 100% pré-conectorizada em fábrica, evitando erros operacionais devido à facilidade de conexão e dispensando a utilização de ferramentas especiais. Os ganhos são de até 70% no tempo de instalação quando comparada a uma montagem convencional por fusão.
Uma outra vantagem é a inteligência da solução, graças ao uso da EyOn , plataforma de IoT – Internet das Coisas também desenvolvida pela Furukawa para monitoramento da infraestrutura passiva que atua como uma orquestradora e permite o crescimento da rede de maneira organizada. O software realiza a gestão desde a construção, instalação até a operação, além de monitorar, por meio de sensores em campo, as portas ocupadas, rompimentos de fibra e outros incidentes que podem interromper os serviços.
“Há uma rastreabilidade completa. Todos os produtos são serializados e já identificados em fábrica. Dessa forma, o cliente vai a campo fazer a instalação do projeto já previamente concebido, onde as partes e peças serão encaixadas e carregadas no sistema EyOn . E isso é um grande diferencial, porque um desafio para as operadoras é manter o inventário de rede atualizado”, afirma o gerente. Como resultado, o operador otimiza o crescimento sob demanda, uma vez que a solução permite rápida escalabilidade. “Não é mais necessário construir uma rede inteira para então começar a vender os serviços e gerar receita. Com a Easyfiber, a empresa otimiza o crescimento com a visão do mercado, evitando o desembolso de 100% da infraestrutura em um único momento”, diz. O Capex inicial da solução é cerca de 11% menor em relação às instalações tradicionais.
Além disso, por ser pré-conectorizada, há menos necessidade de mão de obra especializada, o que possibilita rápida expansão, resultando em melhor Opex. “O cliente constrói menos, mas de maneira mais inteligente, para poder crescer de maneira sustentável”. Por fim, o retorno de investimento é mais rápido, uma vez que há a disponibilidade de utilizar parte da rede para um serviço, e parte para outro.
O executivo lembra que uma das principais dificuldades, justamente, é posicionar a rede no local. “A operadora constrói uma rede horizontal para atender algumas residências, mas pouco tempo depois o quarteirão se transforma em prédios, verticaliza. Isso é muito comum em São Paulo. A Easyfiber está preparada para atender essas mudanças arquitetônicas e urbanas dentro da cidade”, diz Rodrigo Sanchez, gerente de vendas da Furukawa.
A solução da Furukawa é composta por cabos de 5,3 mm de diâmetro com 6 fibras, que alimentam as caixas multifibra. Uma fibra é usada para fazer a sequência desbalanceada do acesso FTTH convencional; já a segunda fibra destina-se ao alívio sob demanda, com uso da porta em reserva, possibilitando futuras expansões e aumento de capacidade de atendimento. As outras quatro fibras permitem as novas aplicações ponto a ponto, como alimentação de um edifício, por exemplo. “Tudo é construído de maneira simples. Tipicamente são os mesmos produtos, mas ao invés de fazer conexão de uma em uma fibra, agora as conexões são de seis em seis fibras”, diz Sanchez. As fibras da rede primária se concentram em hubs próximos dos clientes. “Estamos trazendo essa fibra para mais perto da demanda”. De acordo com Sanchez, a versatilidade nas redes é possível com a utilização da plataforma de conectividade ClickPin, que permite conexões do tipo plug and play , de até 12 fibras por conector. “Possui design robusto para
8 – RTI – JUN 2024
Rodrigo Sanchez (à esq.) e Xavier Chiron, da Furukawa: levar a fibra para mais perto da demanda
aplicações que demandam elevada resistência mecânica e excelente performance óptica. O conector reforçado MPO ClickPin é indicado para as mais diversas aplicações e garante agilidade na instalação com robustez”, diz.
Uma outra vantagem é a sustentabilidade. “O cliente já sai com uma previsão daquilo que vai ser instalado. Elimina aquelas bobinas que ficam no estoque da empreiteira, da operadora”, afirma Sanchez. A Furukawa tem ainda um programa para recomposição de sobras da solução préconectorizada para a confecção de novos produtos, reduzindo desperdícios e a necessidade de descarte de materiais.
“Com a Easyfiber e EyOn , conseguimos adicionar valor para o cliente. Do ponto de vista econômico, fica mais competitivo para a operadora entrar no mercado. A Furukawa vem cada vez mais se posicionando não só como um fabricante de fibras, cabos e conectores, mas como fornecedora de soluções que consigam agregar valor e superar os desafios atuais”, finaliza Chiron.
Furukawa – Tel. 0800 041 2100
Site: www.furukawalatam.com/
Vero apresenta novo portfólio unificado
A Vero concluiu mais uma etapa da integração com a Americanet e apresentou ao mercado seu novo portfólio como resultado da unificação da oferta de serviços das duas empresas para os segmentos empresarial e residencial. O objetivo é aumentar as vendas e migrações em 20%, tanto em volume quanto no tíquete médio, além de aumentar o ARPU e reduzir a taxa de churn (cancelamentos). “Queremos melhorar a experiência do cliente ao entregar muito mais que a conexão”, diz o CEO Fabiano Ferreira. No mercado residencial (B2C), entre os destaques estão as maiores velocidades, com taxas de 1 e 2 Gbit/s, e o Wi-Fi 6/Mesh para todos os planos, inclusive os de entrada, com a instalação do roteador
AX3000 para os novos clientes, garantindo uma maior amplitude no sinal, velocidade e estabilidade. Segundo o CEO, o assinante perceberá uma grande diferença no uso do Wi-Fi, pois houve um elevado investimento nos últimos meses para garantir uma entrega massiva. “Esta nova geração traz tudo que há de mais moderno, deixando os outros equipamentos para trás”, diz. A adesão ao novo dispositivo traz outras vantagens, como segurança para evitar ataques digitais, economia de energia para aparelhos como celulares e tablets e acesso simultâneo, melhorando a conexão para suportar mais pessoas conectadas ao mesmo tempo na rede. Uma outra novidade da Vero é a parceria com o Google, incorporando o Youtube Premium e Youtube Music aos planos de Internet associados ou não com planos de telefonia móvel. “A Vero é a primeira operadora de banda larga do país a fechar uma parceria desse tipo com o Youtube”, afirma o executivo.
mais cidades. “Nos próximos três meses, faremos a implantação para praticamente toda a região de atuação da companhia. A nossa intenção é, até o final do ano, ter praticamente todas as 425 cidades operando em cima da telefonia móvel”, afirmou.
Na sua avaliação, o streaming passará a ter ainda mais relevância. A chegada do Youtube fortalece esse posicionamento, que já conta com parcerias estabelecidas com produtores de conteúdo do mercado nacional e internacional, como Globoplay, Max, Telecine, Premiere e Paramount+. A empresa também fará a integração com a plataforma Roku. “Está comprovado dentro do nosso negócio que os serviços digitais aumentam o ARPU e a fidelização. Nas regiões de Minas Gerais e Sul, estamos quase chegando a 40% de penetração desses serviços da nossa base”.
Outra próxima novidade será a entrega de Internet móvel. Enquanto este já era um produto disponível na Americanet como MVNO usando a rede da TIM nas cidades em que atuava, com a integração, a Vero passará a atuar como novo player do segmento no mercado. Neste momento, o serviço está disponível em algumas cidades de origem Vero, mas terá ampliação gradativa para
As soluções para empresas e governos, amplamente exploradas pela Americanet, também foram absorvidas pela Vero Empresas. Além do serviço “Plano Mix Empresas”, no qual empresários pagam valores mais baixos por Internet de alta velocidade usada em mais de um endereço (para aqueles colaboradores que ainda trabalham em casa e no escritório), agora, o cliente também encontra combinações que oferecem produtos de dados, soluções de TI e planos móveis com ofertas em 5G, PABX virtual, além da revenda de licenças do Pacote Office, a locação de notebooks, celulares e tablets, serviços de SD-WAN e cloud backup. “Vamos entregar uma solução bem completa com preços e configurações superacessíveis”, diz.
Atualmente o mercado B2B representa cerca de 14% do faturamento total do grupo, mas a expectativa é bastante otimista com relação ao aumento do índice. “Com esse portfólio inovador e proposta de valor, seremos um player cada vez mais representativo em toda a jornada da empresa”.
Como resultado das ações que começam a agora, a Vero acredita na redução de churn gradativa. “Quando um consumidor, tanto residencial quanto empresarial, for abordado com todas essas soluções, é muito maior a chance de capturarmos valor com ele”, afirma.
Hoje a taxa de churn da Vero é de 1,8. A média no mercado é de 2,3. A meta é chegar a 1,3 ou 1,4 no futuro. “Não é no curto prazo. E também não é somente com os produtos, mas com a melhoria da experiência do cliente como um todo”, finaliza.
Vero – Site: https://verointernet.com.br
9 – RTI – JUN 2024
Fabiano Ferreira, da Vero: Wi-Fi 6 para todos os clientes e YouTube Premium
INFORMAÇÕES
Encontro Nacional Abrint chega à 15ª
- edição
U m evento focado em provedores de Internet em que é possível encontrar as principais soluções e inovações do mercado. Tal premissa será acompanhada de uma campanha de conscientização sobre os problemas ocasionados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A combinação retrata os principais objetivos do 15 a Encontro Nacional Abrint.
Realizada entre os dias 12 e 14 de junho no Transamérica Expo, em São Paulo, a feira 2024 promete superar os números da 14a edição, ocorrida em 2023. Na ocasião, o simpósio registrou a presença de mais de 26 mil pessoas durante os três dias de evento.
Para acomodar um público ainda maior, a associação ampliou o espaço disponível no Transamérica Expo, passando de três para quatro halls, ocupando uma área de aproximadamente 22 mil m 2
“A previsão é de que 29 mil pessoas visitem o evento. Com um número maior, tivemos a necessidade de aumentar a capacidade do local para que os visitantes se sintam mais confortáveis”, afirma André Felipe Rodrigues, diretor de eventos da Abrint.
Visitantes durante uma das edições do Encontro Nacional Abrint
Entre as atrações está a exibição de produtos e tecnologias por
208 empresas. Uma das novidades é um espaço voltado exclusivamente para startups apresentarem suas soluções. Na parte de palestras técnicas, a Abrint preparou três plenárias técnicas com mais de 60 apresentações com duração de 50 minutos cada. Os temas são focados em situações cotidianas do provedor, como melhora no atendimento e redução no número de reclamações. Já na plenária principal, a associação trará assuntos que envolvem normas regulatórias e questões determinantes para o crescimento das operadoras, como é o caso do compartilhamento de postes.
“Teremos ainda apresentações de convidados especiais que não são necessariamente do setor, mas que podem ensinar algo para os provedores com suas experiências. É o caso do Joel Jota, ex-nadador da seleção brasileira, falando sobre alta performance, e do João Branco, especialista em marketing responsável por diversas campanhas de publicidade em grandes marcas, como é o caso do McDonald’s”, lembra Rodrigues. No ano em que completa 15 anos, a Abrint talvez esteja diante de um de seus maiores desafios até então: auxiliar os provedores regionais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A tragédia fez com que alguns planos sobre o evento fossem reelaborados. Para os
10 – RTI – JUN 2024
INFORMAÇÕES
expositores e associados, a entidade tem solicitado doações de equipamentos, bem como tem dialogado com entidades ligadas ao Governo Federal para que recursos do Fust – Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações sejam liberados em prol da reconstrução das operadoras gaúchas. O trabalho está sendo feito em conjunto com a InternetSul, Associação de Provedores do Rio Grande do Sul, que representa os mais de 630 provedores de Internet do estado.
“É um cenário em que temos mais de 510 mil residências sem conexão, com equipamentos queimados, entre outros transtornos. A reconstrução tem um custo muito alto e dependerá muito do auxílio de políticas públicas. Nós, como uma entidade com 1600 associados, estamos fazendo o possível para auxiliar os provedores regionais gaúchos”, salienta o diretor de eventos.
Encontro Nacional Abrint –Site: https://eventonacional.abrint.com.br/
Conect Info apresenta backbone 100% DWDM
A Conect Info, provedor de serviços de telecomunicações, com sede em Ipatinga, MG, apresentou na Expo ISP 2024, realizada de 8 a 10 de maio, em Olinda, PE, seu novo backbone 100% em DWDM para atender provedores de Internet e mercado corporativo.
Fundada há 17 anos, com a oferta de banda larga residencial, a empresa quer ampliar os negócios com atuação no atacado. Para tanto, iniciou há cerca de cinco anos a construção de redes de longa distância. O backbone óptico foi concluído em novembro de 2023 e conecta cinco estados (Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo), totalizando mais de 7000 km de extensão.
Com capacidade total de 16 Tbit/s, a rede tem alguns trechos iluminados com 300 Gbit/s e outros com 600 Gbit/s. Os equipamentos são da Padtec. “A rede é toda modular. Se necessário, basta colocar mais transponders e aumentar a
Rudmar Guimarães, da Conect Info: objetivo é crescer no mercado corporativo e outras regiões
capacidade, sem oscilação na rede ou parada para o cliente”, diz Rudmar Guimarães, CEO da Conect Info. A construção de uma rede de alta capacidade e que pode ser expandida de forma rápida faz parte da estratégia para os próximos anos. “Com a expansão, a intenção é impulsionar o próximo estágio de crescimento da Conect, que tem como foco a ampliação da presença geográfica e da oferta de serviços”, destaca o executivo. “Nesse sentido, a solução DWDM permite preparar nossa rede óptica para um crescimento escalável e flexível da capacidade, de modo a acompanhar o aumento da demanda por tráfego de dados”, completa. Com 52 enlaces de DWDM, a rota é toda em anel. “Chegamos em Belo Horizonte com seis abordagens, no Rio de Janeiro com cinco abordagens. É uma rede totalmente protegida”, diz. Além disso, a provedora mineira também decidiu investir no uso da solução OTDR - Optical Time-Domain Reflectometer, que permite que os operadores controlem remotamente, e de forma automática, o desempenho de suas redes ópticas por longas distâncias. “Ou seja, se acontece um rompimento de fibra, imediatamente podemos ver onde está o problema e já disparamos a equipe direto para o local”, diz. Com isso, o prazo de SLA é bem reduzido, comparado com quem não tem rota OTDR embarcada. “Temos uma rede robusta rodando com uma qualidade fantástica. Nossa latência, de Teixeira de Freitas, na Bahia, a São Paulo, está em 14 milissegundos. A do nosso concorrente é de 21 milissegundos”, compara. A rede da Conect Info passa hoje em mais de 700 cidades, com aberturas em 52.
12 – RTI
INFORMAÇÕES
O portfólio compreende serviços de transporte, IP e wavelength, para compra de portas de DWDM. No varejo, a empresa atende com serviços de FTTH – fiber to the home para clientes residenciais e corporativos em Ipatinga, Teófilo Otoni e Governador Valadares.
Conect Info – Site: https://conectinfo.net.br/
TGL Telecom: ferragens e preformados para redes de telecomunicações
A TGL Telecom atua na fabricação de ferragens e preformados para infraestrutura de redes FTTH – Fiber to The Home. Fundada em 2021, já forneceu seus produtos para mais de 800 empresas.
Com um parque fabril que ultrapassa 1500 m2 na sede em Sorocaba, SP, a TGL produz ferragens, alças preformadas, entre outros itens, em equipamentos desenvolvidos pela própria companhia com foco em otimização da matéria-prima, velocidade e alta capacidade produtiva.
“Nossa capacidade de produção mensal é de mais de 1 milhão de alças e 200 mil abraçadeiras BAP – Braçadeiras Ajustáveis Perfuradas e acessórios diversos”, afirma Guilherme Bellinassi, CEO da TGL Telecom.
Guilherme e Lurdes Bellinassi, da TGL Telecom: suporte para redes FTTH
Além de alças preformadas, o portfólio inclui cruzetas para reserva técnica e suportes produzidos em aço ou alumínio, bem como buchas de acabamento para cabos drop, roldanas e esticadores injetados em polipropileno.
“Também distribuímos esticadores, SUPA – Suporte Universal de Passagem e Ancoragem para Cabo Óptico, SDA - Suporte de Atendimento, CEOs – Caixas de Emenda Óptica e CTO – Caixas de Terminação Óptica de outros fabricantes”, acrescenta Lurdes Bellinassi, também CEO da TGL Telecom.
Com mais de 50 colaboradores, a empresa trabalha com representantes em todo o Brasil. Para 2024, os planos incluem a construção de um centro logístico próprio, em Sorocaba, para ampliar a capacidade de produção, bem como um incremento em ações de marketing e comunicação. “A publicidade será um palanque para mostrarmos ao mercado os nossos diferenciais”, finaliza Lurdes.
TGL Telecom – Tel. (15) 4141-3308 n Site: www.tgltelecom.com.br
VTelco: redes abertas e desagregadas para provedores
E struturar uma rede nem sempre é uma tarefa fácil. Questões como custo dos equipamentos e sistemas, bem como a preocupação com a compatibilidade em futuras expansões, podem impactar o planejamento de uma empresa.
Com sede em Curitiba, PR, a VTelco auxilia os provedores por meio de soluções Open and Disaggregated Networks, termo conhecido no Brasil como redes abertas e desagregadas. A iniciativa envolve a utilização de hardware
14 – RTI – JUN 2024
INFORMAÇÕES
Fernando
Nunes (à esq.) e Leandro Cassia, da VTelco: redes abertas e desagregadas
white label capaz de agregar softwares de diversos desenvolvedores.
“Nosso objetivo é simplificar o uso da rede. Soluções desagregadas evitam que o provedor regional fique preso a um determinado fabricante, resultando em mais escalabilidade”, explica Leandro Cassia, CTO da VTelco.
Os softwares são oriundos de parcerias com desenvolvedoras como NetElastic, RTBrick e IPInfusion. Já o hardware pertence às marcas EdgeCore, UfiSpace, SuperMicro, Lanner, Dell e AsterFusion. Com esta última o contrato foi fechado recentemente e possibilitou à VTelco fornecer soluções também para os mercados de data centers, enterprise e governo.
“Os fabricantes de hardware e software com que trabalhamos fazem parte da OCP – Open Compute Project e TIP -Telecom Infra Project, comunidades cujos membros compartilham conhecimentos para o desenvolvimento de hardware e software”, afirma o CTO.
Para provedores regionais, o principal produto é o All-In-One, que reúne soluções desagregadas de vBNG, vCGNAT, PPPoE e vRouter com um painel de controle integrado definido por software (SDN) que mostra os detalhes da operação em tempo real.
“É possível iniciar a operação em 2 mil usuários e escalar até 64 mil em um único equipamento, bem como entregar até 10 milhões de sessões NAT. A tecnologia também permite subir full-routing BGP, funcionalidade não presente em um Mikrotik, por exemplo”, explica Leandro Cassia.
No All-In-One , o provedor pode escalar o número de usuários atendidos adquirindo novas licenças, dispensando
assim a troca do servidor ou hardware. No caso da VTelco, o equipamento é fornecido pela Dell, SuperMicro e Lanner. “Nossas soluções chegam a ter um custo até 60% menor para operações com mais de 8 mil clientes por conta da escalabilidade”, salienta Fernando Nunes, diretor comercial da VTelco.
Uma segunda solução para provedores, agora voltada para redes de transporte, é o vFusion. O conceito utiliza roteadores white label da UfiSpace, com interfaces de 8x1 Gbit/s até 36x400 Gbit/s, somadas ao software da IPInfusion. “Aqui nós saímos de data centers e vamos para Metro Ethernet com Open ZR+, uma tecnologia que possibilita colorir o transporte direto em um transceiver em distâncias de até 400 km, dispensando o uso de transponders DWDM, pois com apenas um roteador e dois transceivers Open ZR+ é possível modular a capacidade de banda de 100 a 400 Gbit/s, gerando uma economia de Capex de até 70%”, afirma o CTO.
A última solução é o vAster. Seu sistema operacional é baseado no SONiC –Software for Open Networking in the Cloud, criado pela Microsoft em 2016 e utilizado em toda a operação desta hyperscale atualmente. Com novas funcionalidades adicionadas pela AsterFusion voltadas para o mercado de enterprise, como autenticação via Radius, PoE e PoE++, etc., o mercado de entreprise passa a ter acesso a switches com interfaces de 8x1 Gbit/s até 32x100 Gbit/s com TCO até 30% menor que os concorrentes tradicionais de mercado. Já para data centers, estão disponíveis interfaces de 48x 10/25 Gbit/s até 64x 800 Gbit/s com baixa latência de 400 ns entre portas, voltadas principalmente para sites Tier III.
No caso de governo, a VTelco está homologando os produtos na Anatel para poder participar de licitações. Ainda em 2024, a companhia planeja incluir em seu portfólio o Open Wi-Fi, com controlador em nuvem apto a gerir pontos de acesso de marcas distintas.
“Até 2027, as grandes operadoras já estarão trabalhando com open network . Os provedores regionais que não se atualizarem serão ultrapassados ou adquiridos por elas”, finaliza Nunes.
VTelco – Tel. (41) 99988-9681 n Site: www.vtelco.com.br
16 – RTI
GOX lança planos de 10 Gbit/s para todos os assinantes
A GOX, provedor de Internet com sede em Itaúna, MG, está lançando planos com até 10 Gbit/s para todos seus assinantes. “É uma oferta inédita no país, um marco significativo não apenas para a GOX, mas para toda a indústria de telecomunicações, ao elevar o padrão da conectividade com serviços de alta qualidade e performance”, diz o head comercial e de marketing Victor Hugo da Silva.
Para tanto, a GOX investiu na atualização do parque tecnológico, que migrou do GPON para XGS-PON. Os equipamentos foram fornecidos pela Multi PRO/ZTE. Segundo o executivo, a velocidade de 10 Gbit/s é um salto impressionante no panorama das telecomunicações, proporcionando uma experiência de Internet sem precedentes para os clientes. “Com essa velocidade ultrarrápida, os usuários poderão desfrutar de downloads instantâneos, streaming de alta definição sem interrupções e jogos online sem atrasos”, afirma.
A GOX foi fundada há 13 anos e atua em sede cidades da região central de Minas Gerais. Iniciou suas atividades com tecnologia de rádio e aos poucos foi introduzindo a fibra óptica em toda a área de cobertura, incluindo zonas rurais. Além da crescente demanda por largura de banda, a GOX quer criar um marco no mercado. Isto porque, além da atuação em telecom, a empresa conta com um data center em plena expansão e em processo de certificação Tier III. “É um marco para Minas Gerais. Também queremos despertar o interesse dos principais players e indústrias, para que possam aproveitar o nosso serviço de data center. Queremos mostrar ao mercado que somos ousados e temos poder de investimento. O data center abre o nosso horizonte para atuações além de provedor de Internet”, afirma. Inaugurada em setembro de 2023, junto à sede do grupo, a estrutura conta com 13 racks e já está em uma segunda fase de expansão, que vai agregar mais 14 racks. Entre os ser viços oferecidos estão
17 – RTI – JUN 2024
INFORMAÇÕES
Victor Hugo da Silva, da GOX:
inovação tecnológica e serviços de alto desempenho
os de colocation, servidores em nuvem, software, infraestrutura e firewall como serviço e servidor de e-mails. A GOX tem mais de 2700 empresas na sua carteira de clientes B2B de banda larga, que poderão vir a contratar seu data center. Além das corporações, alguns provedores também hospedam seus servidores e usam links da GOX, que construiu um backbone próprio redundante de 400 Gbit/s para chegada até São Paulo (IX SP4 da Equinix).
GOX – Site: https://gox.com.br/
Fibracem desenvolve racks de parede em plástico de engenharia
A Fibracem, empresa 100% brasileira especializada no mercado de comunicação óptica, lançou uma linha de racks de parede fabricados em
plástico de engenharia. Destinados a ambientes internos, os racks podem acomodar equipamentos de CFTV e de telecomunicações padrão 19”, com espaço para cabos e ventiladores (profundidade útil de 400 mm) e altura máxima de 4U. Com 4,5 kg, a estrutura tem a metade do peso em relação às versões metálicas convencionais, permitindo fácil transporte e instalação em locais de difícil acesso. “Nosso objetivo foi criar um produto não só resistente, mas que também apresentasse um design atraente”, afirma o COO Erick El-Jaick.
A inovação foi possível graças à engenharia e estrutura fabril completa nas duas plantas da Fibracem, em Pinhais, PR, e Linhares, ES, que compreendem desde o desenho dos projetos, produção dos moldes e injeção plástica, até a extrusão de cabos, conectorização dos cordões e metalurgia. Na linha de racks e gabinetes metálicos, a empresa produz uma família completa de modelos para data centers com tecnologia da companhia suíça Huber+Suhner, componentes e sistemas de conectividade óptica, voltadas para o gerenciamento de fibra, como racks, sub-racks, bastidores e distribuidores ópticos de altíssima densidade.
Novo rack de parede da Fibracem: porta transparente com montagem para ambos os lados
“Realizamos tudo internamente. Temos cinco fábricas dentro de uma. Apesar do elevado grau de complexidade, podemos dessa forma buscar melhorias, fornecer soluções personalizadas para os clientes e garantir maior agilidade no atendimento às demandas do mercado”, afirma o executivo.
Fundada em 1993, a Fibracem conta hoje com um portfólio de 472 produtos e atende 1400 clientes ativos no país. Em 2020 inaugurou a fábrica em Linhares, com 12 mil m 2 de área construída, que desde 2018 atuava como CD – centro de distribuição. Atualmente praticamente toda a produção de Pinhais é espelhada na filial de Linhares, que possui uma localização estratégica, mais próxima do Nordeste, um mercado
18 – RTI – JUN 2024
DM4920
Impulsione sua rede com o DM4920: um Muxponder DWDM de 1,6Tbps, com interfaces de 400Gbps. Eficiência e confiabilidade para sua infraestrutura.
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Alta Capacidade: Dois slots para placas de serviço, suportando até 4 interfaces de linha de 400 Gbps e 16 interfaces de cliente de 100 GbE – totalizando 1,6 Tbps.
Flexibilidade: Integração com Boosters e Pré-Amps EDFA, além de multiplexador de até 8 canais, através de dois slots auxiliares.
Gerenciamento Eficiente: Interfaces dedicadas para canal OSC (Optical Supervisory Channel), garantindo um gerenciamento inband eficaz de elementos remotos.
Alta Disponibilidade: Sistema de alimentação e ventilação redundantes e hot-swap.
Suporte a fontes AC ou DC.
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MUXPONDER DWDM
INFORMAÇÕES
importante devido à oferta de produtos para FTTH, como caixas de emenda, CTOs e redes pré-conectorizadas, para os provedores de Internet.
De acordo com a CEO da Fibracem, Carina Bitencourt, o PPB – Processo Produtivo Básico, uma das medidas impostas pela Lei da Informática, proporciona um impacto significativo no estímulo à produção local. “É uma das ferramentas mais eficazes para ajudar a tornar as indústrias brasileiras mais competitivas. Isso contribui para um crescimento econômico evidente, com um impulsionamento em aspectos cruciais como a geração de empregos”, analisa a executiva. Nas suas duas unidades fabris, são empregados cerca de 450 colaboradores.
O PPB é uma medida utilizada para determinar a quantidade mínima de componentes nacionais que um produto deve conter para ser considerado nacional. Só em Pinhais, levando em consideração a unidade fabril e o centro de distribuição, o percentual atual de colaboradores residentes no município e região está em aproximadamente 46%, com expectativa de que a quantidade cresça ainda mais neste ano.
Ao focar em produtos incentivados, as empresas são motivadas a direcionar recursos para setores ligados à inovação. “Atualmente empregamos engenharia local no desenvolvimento tecnológico e nos processos relacionados, contribuindo para o crescimento e fortalecimento da comunidade onde estamos”, analisa a executiva. “Hoje, por exemplo, cerca de 85% dos produtos que são pensados, produzidos, comercializados e distribuídos pela Fibracem fazem parte desse importante plano de incentivo”, acrescenta.
A Lei da Informática requer que empresas como a Fibracem sigam algumas diretrizes, entre elas, a certificação ISO 9001 e a implementação de programas de PPR - Participação nos Resultados ou de PLR - Participação nos Lucros e Resultados. “Isso não só ajuda as empresas a atrair e beneficiar a mão de obra qualificada, mas também promove oportunidades como bolsas de estudo, programas de talentos e estágios internamente”, conclui Carina.
Fibracem – Tel. (41) 3661-2550
Site: www.fibracem.com
Master
Internet aumenta sua base de usuários em 10% via aquisições
A Master Internet, com sede em Divinópolis, MG, ampliou a sua base de usuários em 10% via aquisições de outras operadoras. Em 2023, a companhia atendia 130 mil clientes, valor que passou para 143 mil em 2024.
O plano de expansão inorgânica teve início em março de 2023 e faz parte de uma estratégia de reforçar a presença em mercados com grande aceitação de SVAs – Serviços de Valor Agregado. Recentemente, a operadora adquiriu quatro provedores da Internet em Tremembé, São José dos Campos e Taubaté, cidades do interior paulista.
“Temos investido na capacitação de equipes para poder atender ao aumento da base e adquirir provedores que tenham sinergia com a nossa operação”, afirma Ebert Sousa, CFO da Master Internet.
Com planos de Internet que ultrapassam 600 Mbit/s, a operadora trabalha com equipamentos Wi-Fi 6 e Mesh, acompanhados de SVAs como Globoplay, Max, Deezer, NBA e SouPlay, esta última uma marca própria do provedor com ser viços de TV, filmes, séries e documentários. Para disponibilizar todos os serviços, utiliza um backbone próprio de 6 mil km de fibra óptica.
No caso dos mercados corporativo e setor público, o provedor atua com planos específicos voltados para esses nichos, link semi dedicado e IP dedicado, entre outros serviços de infraestrutura de TI. Já no segmento atacado/carriers, possui parceria com outros provedores de Internet cujo portfólio engloba produtos para mitigar ataques DDoS –Distributed
Ebert Sousa, da Master Internet: ampliação da base de assinantes por meio da compra de provedores
20 – RTI
Denial of Services, IP dedicado e trânsito e transporte de PTT – Pontos de Troca de Tráfego.
Master Internet – Tel. 0800 942 9999 n Site: www.soumaster.com.br
NOTAS
Operação norte-americana – A Surf Telecom, operadora de telefonia móvel virtual (MVNO) que oferece serviços de voz, dados e SMS, lançou uma operação comercial nos Estados Unidos. Com recursos próprios e estrutura móvel local da rede T-Mobile, a Surf USA deve abranger todo o território americano, mas terá como foco inicial os estados da Flórida e Nova York.. Link: https://abrir.link/rUUVT.
Banda larga - O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou um financiamento de R$ 146,1 milhões do Programa BNDES FUST para a Brisanet investir na expansão dos serviços de telecomunicações em regiões com menor renda e baixa qualidade de rede. Serão beneficiadas 168 comunidades localizadas nos municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Maranguape. O projeto prevê investimentos para a instalação de 95 torres de telecomunicações e 95 ERBs - Estações Radiobase para a expansão da cobertura do SMP - Serviço Móvel Pessoal, através da propagação do sinal 5G, alcançando 168 comunidades. Além disso, a iniciativa contempla a instalação de 50 mil modems FWA - Fixed Wireless Access, que permitem fornecer banda larga sem a utilização de fios, com links de rádio entre uma torre de celular e o domicílio do usuário. Link: https://abrir.link/iRNYx.
Mulheres provedoras - Cerca de 20 mulheres de Pernambuco com atuação em provedores de Internet resolveram se unir e criar o grupo “Mulheres Provedoras”. Formada ainda na pandemia para troca de conhecimentos em diversas áreas, como financeiro, governança e marketing, a iniciativa está crescendo a cada dia e tem o objetivo de ajudar outras mulheres que passam pelos mesmos desafios de melhorar o desempenho, expandir a operação e trazer bons resultados à empresa. O grupo está aberto a mulheres de todo o país e não apenas para proprietárias de provedores, mas para colaboradoras de qualquer área que atuem em empresas do setor. Site: https://abrir.link/boqnN.
O melhor do Bits traz um resumo das principais notícias sobre o mercado publicadas no RTI in Bits, boletim semanal enviado por e-mail para os leitores de RTI. Mais notícias podem ser encontradas no site: https://www.arandanet.com.br/revista/rti/noticias.
21 – RTI – JUN 2024
• 400G ZR, ZR+, ZR+ High Power (HP) 0 dBm
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• Distância: 40 km a 120 km
• Redes Metro, Borda, Core, DCI, Backhaul
• OpenZR+ e OIF
• Telemetria u lizando: OpenConfig e JTI (Juniper Telemetry Interface)
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CABEAMENTO ÓPTICO
Publicada a ABNT NBR 16869-5, norma inédita de infraestrutura para redes PON
Paulo S. Marin, Doutor em EMI/EMC, Especialista em Infraestrutura de TI Coordenador da CE 003:046.005 ABNT/Cobei
APublicada no final de abril, a ABNT NBR 16869-5 é a norma brasileira para redes POLAN que cobre todos os aspectos relevantes para o projeto, instalação e testes de infraestrutura para redes ópticas passivas locais. Trata-se de uma iniciativa inédita no universo da normalização para cabeamento óptico, não apenas no Brasil, mas no mundo todo.
norma brasileira para redes PONPassive Optical Network, mais especificamente para ambientes de redes locais (POLAN), a ABNT NBR 16869-5, cujo título é “Cabeamento estruturado – Parte 5: redes ópticas passivas –Topologias de distribuição, configurações e modelos de ensaios para canais e enlaces ópticos”, foi recentemente publicada pela ABNTAssociação Brasileira de Normas Técnicas após encerrado o período de Consulta Nacional em abril deste ano. Trata-se da única norma para infraestrutura de redes POLAN publicada até o momento no mundo. Houve iniciativas nesse sentido em organismos de normalização de outros países, porém sem sucesso. Portanto, além de comemorarmos o lançamento de mais uma norma brasileira de relevância em nosso mercado, comemoramos o lançamento de uma norma inédita no setor.
Com a publicação da ABNT NBR 16869-5, o conjunto das normas brasileiras para cabeamento estruturado conta agora com 11 normas robustas, consistentes e alinhadas com a normalização internacional do setor.
O sistema brasileiro de normalização
Como de costume, antes de entrar nos detalhes da nova norma, aproveito para lembrar como funciona o sistema
brasileiro de normalização. A ABNT é o foro nacional de normalização, ou seja, uma norma brasileira deve, necessariamente, ser homologada e publicada pela ABNT para ser classificada como norma nacional brasileira, ou seja, válida em todo o território nacional. Aproveitando, nossas normas são também reconhecidas por países que compõem o Mercosul.
O conteúdo de uma norma brasileira é de responsabilidade dos comitês brasileiros (ABNT/CB). As normas são elaboradas normalmente por comissões de estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização.
Portanto, a CE 003:046.005 é uma comissão de estudo que pertence ao CB-3 da ABNT, que é o CobeiComitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações. As normas brasileiras de cabeamento estruturado são desenvolvidas por esta CE.
Como nasce uma norma brasileira
Ainda, tratando do tema normalização no Brasil, é importante explicar como nasce uma norma ABNT NBR. Há basicamente dois caminhos para o desenvolvimento de uma norma brasileira. Ela pode ser elaborada a partir de:
28 – RTI – JUN 2024
• Uma necessidade local e sem relação com outras normas internacionais (ISO, IEC, ISO/IEC).
• Uma norma internacional similar publicada.
Quando uma norma brasileira é baseada em uma norma internacional, há ainda dois outros caminhos possíveis. Ela pode:
• Ser uma tradução exata e integral da norma ISO, IEC ou ISO/IEC utilizada como referência, gerando uma norma ABNT NBR ISO, ABNT NBR IEC ou ABNT NBR ISO/IEC mantendo o código da norma original.
• Utilizar partes traduzidas e/ou adaptadas da norma internacional utilizada como referência juntamente com conteúdo novo gerado dentro de uma comissão de estudo, dando origem a uma norma nova ABNT NBR, com um código próprio designado pela ABNT.
Aproveito para observar que a maioria das nossas normas é baseada em ISO/IEC com adaptações e inclusões de conteúdos conforme necessidades locais.
É importante enfatizar que, devido ao fato de a ABNT ser membro fundador da ISO - International Organization for Standardisation, apenas normas ISO, IEC ou ISO/IEC podem ser utilizadas como referências para a geração de normas ABNT NBR. Por questões legais, normas desenvolvidas por outras associações nacionais ou regionais de outros países (TIA, BICSI, CSA, Cenelec, etc.) não podem ser utilizadas como referências para a geração de normas brasileiras (ABNT NBR).
A norma ABNT NBR 16869-5:2024 - POLAN
Voltando ao tema central deste artigo, a ABNT NBR 16869-5:2024 especifica os requisitos e recomendações para a infraestrutura de redes ópticas passivas (PON) usando fibras ópticas monomodo. Nessa norma, uma rede PON é uma infraestrutura de rede óptica pontomultiponto completamente passiva e representada por uma topologia de árvore ponto-multiponto a partir de
Fig. 1 – Topologia de distribuição com um nível de distribuição.
Fonte: ABNT NBR 16869-5
um único tronco de fibras ópticas com splitters e, possivelmente, outros componentes ópticos. A NBR 168695:2024 especifica:
• Topologias de distribuição e implementação das redes ópticas passivas em ambientes de redes locais (LAN) e redes de campus (CAN).
• Configurações de enlaces ópticos ponto-multiponto.
• Modelos de ensaios.
As redes PON são usadas comumente em redes de acesso. No entanto, as configurações e os modelos de ensaio descritos nessa norma são aplicados a redes locais passivas ópticas (POLAN).
Uma rede óptica passiva (PON) é caracterizada por uma estrutura composta por um distribuidor óptico (DO), localizado em um espaço de telecomunicações que contém distribuidor, conforme especificado na ABNT NBR 16415, um terminal de linha óptica (OLT) conectado ao distribuidor óptico, cuja distribuição é feita para vários terminais de rede óptica (ONT) ou unidades de rede óptica (ONU), conectados por sua vez aos pontos de terminação óptica (PTO), por meio de uma rede de distribuição passiva óptica (ODN). Para efeito de padronização, o dispositivo terminal de uma rede POLAN é tratado como ONT na NBR 16869-5.
Aproveito para explicar que toda norma técnica é complementada por outras normas (referidas como “referências normativas”) que fazem parte de um grupo ou conjunto de normas que se relacionam de forma direta ou indireta. No caso de nossas normas, desenvolvidas no âmbito da CE-003:046.005, essas relações são bastante diretas. Por exemplo, a NBR
14565 é a referência para conexões a áreas de trabalho no subsistema de cabeamento horizontal quando for parte de uma distribuição POLAN, entre outros. A ABNT NBR 16869-1 é a referência para planejamento da instalação; a ABNT NBR 16869-2 complementa os requisitos de ensaios ópticos especificados na norma de POLAN; e a ABNT NBR 16415, como mencionado no parágrafo anterior, é a referência para o projeto e implementação dos caminhos e espaços de telecomunicações. Embora o objeto da ABNT NBR 16869-5 seja a especificação de topologias de distribuição, configurações e modelos de ensaios para canais e enlaces ópticos em redes POLAN, uma premissa da comissão de estudo para a elaboração da norma foi levar em consideração as questões associadas à instalação e organização dessas redes. Por falta de regras mais bem definidas até a publicação da nossa norma, as redes POLAN sempre estiveram em um certo limbo no que diz respeito às topologias de distribuição e organização dos elementos que as compõem. Por exemplo, é comum os projetistas do setor encontrarem dificuldades para a alocação de espaços nas edificações para dispositivos como splitters e ONT, por exemplo. E, por não haver regras bem definidas (até a publicação da norma nova), esses dispositivos acabam instalados em localidades, suportes e posições inadequadas. Um exemplo disso é a instalação de splitters em áreas nas quais há interação com os usuários da rede, não há proteção mecânica efetiva, etc. Outro exemplo é a colocação de ONT sob as mesas de usuários em áreas de
29 – RTI – JUN 2024
Fig. 2 – Configuração de redundância com portas adicionais no OLT. Fonte: ABNT NBR 16869-5:2024
trabalho da estrutura de rede, deixando esses equipamentos suscetíveis a danos físicos e desconexões acidentais.
Importante: O termo “ensaio” é o termo formal em normas técnicas para referência aos testes em componentes ou sistemas. Neste artigo, entretanto, uso os termos “ensaio” e “teste” como sinônimos.
A ABNT NBR 16869-5 reconhece topologias de distribuição com um nível, e vários níveis de distribuição, sem, entretanto, estabelecer um limite para esse parâmetro. A figura 1 mostra um exemplo de topologia de distribuição com um nível de distribuição.
A quantidade de splitters, a partir do primeiro splitter da ODN, define o nível de divisão de uma distribuição POLAN. Conforme mostrado na figura 1, para efeito de referência, a distribuição começa no distribuidor óptico (DO), localidade onde o OLT (terminal de linha óptica) é instalado, passa por um splitter (S) e termina em um ponto de terminação óptica (PTO), localidade na qual os ONT são instalados. A ODN (rede óptica passiva) é definida como a parte da distribuição composta por componentes passivos ópticos para distribuir serviços a vários usuários por meio de uma única fibra óptica monomodo.
A NBR 16869-5 não especifica as fibras ópticas e remete às especificações da ITU-T - International Telecommunication UnionTelecommunication Standardization
Sector. Embora a ABNT NBR 14565 especifique as fibras ópticas monomodo OS1 e OS2, que são nomenclaturas adotadas pela IECInternational Electrotechnical Commission e a especificação OS2 atenda às categorias G.652.C e G.652.D da ITU-T, a NBR 16869-5 recomenda o uso de fibras ópticas de amplo espectro útil, conforme recomendações pertinentes da ITU-T. Ao leitor interessado em conhecer os detalhes técnicos das fibras ópticas utilizadas em redes PON, conforme recomendações da ITU-T, sujiro a leitura do material disponível em minha coluna Interface, especialmente nas edições 286 e 287, de março e abril deste ano, respectivamente.
A topologia apresentada na figura 1 (e suas variações, conforme especificações da norma) está preparada para diversas aplicações POLAN. Para que o desempenho de uma determinada aplicação seja assegurado, a razão de divisão do splitter deve considerar o nível de desempenho de cada padrão ou tecnologia PON e a atenuação óptica deve ser determinada com base na especificação de perda óptica da aplicação a ser considerada.
Portanto, a infraestrutura de cabeamento para redes POLAN definida na NBR 16869-5 deve estar apta para diversas aplicações, entre as tecnologias de redes ópticas passivas padronizadas pela ITU-TInternational Telecommunication Union - Telecommunication Standardization Sector e pelo IEEE -
Institute of Electrical and Electronics Engineers. A tabela I mostra exemplos de padrões ITU-T para redes PON e algumas de suas características e a tabela II, alguns padrões IEEE.
Esses exemplos são utilizados para ilustrar o artigo, porém, novamente, a NBR 16869-5 não especifica e não traz informações sobre as aplicações PON como parte da norma. Na bibliografia da norma, entretanto, alguns padrões ITU-T e IEEE são listados. A propósito, a bibliografia de uma norma técnica traz informações adicionais de caráter informativo, não sendo considerada parte do corpo da norma, ao contrário das normas listadas na ‘Seção 2’ (referências normativas).
Como resultado da convergência de serviços de telecomunicações e tecnologias de redes diversas, as infraestruturas de rede devem estar preparadas para as aplicações de tecnologia da informação e comunicação (TIC), o que significa que tudo o que trafega nas redes se resume a dados digitais. Portanto, as infraestruturas se complementam, o que permite que uma rede POLAN seja integrada ao cabeamento estruturado de um edifício corporativo, residencial, industrial e/ou qualquer outro ambiente.
Para uniformizar a nomenclatura das normas de infraestrutura de cabeamento, como fazemos com todas as normas desenvolvidas na CE-003:046.005, a NBR 16869-5 define os seguintes elementos funcionais para a infraestrutura de cabeamento de uma rede POLAN:
• Distribuidor óptico (DO)
• Rede de distribuição óptica (ODN), que inclui os splitters
• Ponto de consolidação óptico (CPO) opcional
• Ponto de terminação óptica (PTO)
O texto-base da norma descreve e especifica os requisitos e recomendações de cada elemento funcional que compõe a infraestrutura de cabeamento de uma rede POLAN. Conforme mencionado antes neste artigo, entre as premissas para o desenvolvimento da NBR 16869-5, a
30 – RTI – JUN 2024 CABEAMENTO ÓPTICO
Tab. I – Exemplos de padrões PON ITU-T
Padrão (Descrição) Padrão (Descrição) Padrão (Descrição)
(Descrição)
G984.1 (GPON) 13101490
G.987.1 (XG-PON)1260 - 1280 1575 - 1580
G.989.1 (NG-PON2) 1528 - 1540 1596 - 1603
Nota: o alcance lógico dos padrões PON IEEE apresentados nesta tabela é de 60 km.
organização da instalação de uma rede POLAN esteve sempre presente e isso se reflete na especificação dos métodos de conexão dos equipamentos ativos da rede (OLT e ONT), ou seja, a conexão do OLT ao distribuidor óptico (DO) deve ser feita por meio de patch cords ópticos, assim como as conexões entre os ONT e os pontos terminais ópticos (PTO). Isso é para garantir que conexões diretas, ou seja, sem a possiblidade de manobras organizadas, não sejam feitas em redes POLAN. Além disso, a segmentação da instalação permite que subsistemas individuais de cabeamento sejam identificados e separados para testes de desempenho e pesquisa da origem de defeitos em casos de falhas operacionais na rede. Para a distribuição de cabos aos usuários da rede a partir dos ONT, as conexões podem ser feitas por
meio de meios físicos diferentes, como cabos balanceados, cabos coaxiais, conexões sem fio, etc. Isso vai depender das características e interfaces disponíveis nesses dispositivos.
A distribuição de serviços dentro das áreas de trabalho está fora do escopo da NBR 16869-5. Quando um ONT for instalado em uma sala de telecomunicações, a distribuição do cabeamento para as áreas de trabalho pode seguir a topologia de um subsistema de cabeamento horizontal, conforme especificado na ABNT NBR 14565. Nesse caso, inicia-se uma distribuição a partir de um distribuidor de piso (FD) de acordo com a NBR 14565.
A norma brasileira de POLAN prevê que, em certas circunstâncias, por razões de segurança ou confiabilidade, redundâncias sejam consideradas no projeto da infraestrutura de distribuição da rede, e especifica três configurações:
• redundância com chave comutadora óptica: a redundância é estabelecida entre a chave comutadora e o splitter;
• redundância com portas adicionais no OLT: a redundância é estabelecida entre o OLT e o splitter;
• redundância total na ODN: a redundância é estabelecida em todos os enlaces entre o OLT e o splitter (ou splitters) e entre o splitter (ou splitters) e os ONT.
A figura 2 apresenta um exemplo de configuração de redundância com portas adicionais no OLT.
Na configuração da figura 2, o OLT necessita de portas adicionais, uma para cada canal óptico redundante e um splitter do tipo 2:N. No evento de falha do canal óptico principal, os serviços são transferidos para o canal secundário redundante, sendo a redundância implementada e restrita aos canais ópticos e portas do OLT e não há
1 Razão de divisão associada à distância máxima de transmissão.
32 – RTI – JUN 2024 CABEAMENTO ÓPTICO
Comprimento de onda (nm) Comprimento (nm) Velocidade (Gbit/s) Alcance físico (km) Alcance Alcance físico (km) Alcance Razão de divisão Razão Razão de divisão Razão Upstream Upstream Downstream Downstream Upstream Upstream Downstream Downstream Downstream Downstream
Padrão
1,252,5101:64 2,52,5201:128
2,510
1:64 10101:128 1010 2,510201:256
20
2,52,5 1040201:64 2,52,5401:32 1010401:32
Padrão Padrão Padrão Padrão EPON/GPON 10G-EPON 10G-EPON Super-PON Super-PON IEEE802.3ahIEEE802.3av IEEE802.3cs
Downstream1480
15001575 - 15801575
1580
onda
Upstream 1310 ±50 ou 1270 ±101270 ±10 1310 ±20
Tab. II – Exemplos de padrões PON IEEE
Velocidade de transmissão nominal (Gbit/s)1/1 10/110/10
-
-
Comprimento de
(nm)
Distância de transmissão (km)10 e 20 (RD1 1:16) 10 (RD1 1:16)10 (RD1 1:16) 20 (RD1 1:16 e 1:32)20 (RD1 1:16, 1:32 e 1:64) Razão de divisão máxima 1:641:641:64
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CABEAMENTO ÓPTICO
redundância para os canais e portas dos ONT e nem para a ODN de forma integral.
Os componentes de uma rede POLAN, como distribuidores ópticos, patch cords ópticos, fibras ópticas monomodo, splitters ópticos, pontos de terminação óptica, atenuadores ópticos e filtros WDM, são detalhados na ABNT NBR 16869-5.
Dois métodos de ensaio da instalação de uma rede POLAN são especificados na norma:
• Método de um cordão de ensaio com arranjo LSPM - Light Source Power Meter, com fonte de luz e power meter.
• Método da reflectometria óptica no domínio do tempo, com o uso de um OTDR - Optical Time Domain Reflectometer.
O método baseado em arranjo LSPM remete ao Anexo A da ABNT NBR 16869-2, que é a norma do conjunto das normas brasileiras para cabeamento estruturado que especifica o ensaio do cabeamento óptico. A NBR 16869-5 tem como requisito a medição de atenuação de todas as conexões entre o distribuidor óptico e cada ponto de terminação óptica com fonte de luz e power meter.
O método de teste com OTDR também utiliza a norma ABNT NBR 16869-2 como referência, mais especificamente seu Anexo E. Esse método permite que a atenuação do enlace óptico seja medida no sentido upstream, ou seja, do ONT para o OLT. A NBR 16869-5 tem como requisito a caracterização de pelo menos uma conexão entre o distribuidor óptico e um ponto de terminação óptica por splitter. Para conhecimento, na seção Interface da edição 278 da revista RTI, de julho de 2023, eu discuto padrões e conceitos adotados em redes PON.
Os equipamentos de ensaio para a medição de atenuação da ODNOptical Distribution Network também são especificados na NBR 16869-5, inclusive as fontes de luz e suas características espectrais e de estabilidade e as características espectrais dos OTDRs. Os parâmetros fundamentais que definem a capacidade operacional de um OTDR são especificados na norma e são os seguintes:
• Escala dinâmica: capacidade de um OTDR para mostrar uma grande atenuação do cabeamento.
• Tempo de amostragem: número de enlaces de fibra que pode ser caracterizado em um dado período.
• Largura de pulso: a distância mínima entre dois eventos caracterizados na fibra. O Anexo A da norma traz todas as especificações e recomendações que se aplicam ao OTDR e suas características críticas. É importante entender que OTDR para testes de enlaces em redes POLAN deve ser específico para essas topologias de redes ópticas passivas. Atenção especial à escala dinâmica do OTDR deve ser dispensada. Para mais informações sobre esse parâmetro (e outros relacionados), o leitor pode consultar minha seção Interface, na RTI 288, de maio de 2024.
Como a poeira e outros contaminantes nas interfaces do cabeamento óptico podem danificar uma conexão, além de gerar resultados imprecisos em um teste de desempenho, a NBR 16869-5 especifica que as faces de todos os conectores utilizados em um enlace óptico devem ser inspecionadas e limpas sempre que necessário e em conformidade com normas IEC relacionadas no texto-base do documento e em suas referências normativas. O equipamento de limpeza e os métodos a serem empregados também são especificados na norma.
A NBR 16869-5 traz especificações sobre a calibração dos equipamentos de testes, incertezas toleráveis para os
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arranjos LSPM e informações que a documentação referente aos testes do cabeamento deve apresentar.
Em resumo, a norma brasileira para redes POLAN cobre todos os aspectos relevantes para o projeto, instalação e testes de infraestrutura para redes ópticas passivas locais e complementa o nosso conjunto de normas brasileiras para cabeamento estruturado, composto então pelos seguintes documentos:
• ABNT NBR 14565:2019: cabeamento estruturado para edifícios comerciais
• ABNT NBR 16264:2016: cabeamento estruturado residencial
• ABNT NBR 16415:2021: caminhos e espaços para cabeamento estruturado
• ABNT NBR 16521:2016: cabeamento estruturado industrial
• ABNT NBR 16665:2019: cabeamento estruturado para data centers
• ABNT NBR 16869-1:2020: cabeamento estruturado – Parte 1: requisitos para planejamento
• ABNT NBR 16869-2:2021: cabeamento estruturado – Parte 2: ensaio do cabeamento óptico
• ABNT NBR 16869-3:2022: cabeamento estruturado – Parte 3: configurações e ensaios de enlaces ponto a ponto, enlaces terminados com plugues modulares e cabeamento de conexão direta
• ABNT NBR 16869-4:2023: cabeamento estruturado – Parte 4: sistema automatizado de gerenciamento da infraestrutura de telecomunicações, redes e TI
• ABNT NBR 17040:2022: equipotencialização da infraestrutura de cabeamento para telecomunicações e cabeamento estruturado em edifícios e outras estruturas
• ABNT NBR 16869-5:2024: cabeamento estruturado – Parte 5: redes ópticas passivas – topologias de distribuição, configurações e modelos de ensaios para canais e enlaces ópticos
Para finalizar, a norma é amplamente ilustrada com figuras e tabelas, está estruturada em oito seções, que compõem seu texto-base e três anexos complementares, entre anexos informativos (recomendações) e normativos (requisitos). Entre os anexos, gostaria de destacar o Anexo B, que traz exemplos práticos de identificação de falhas em redes PON, uma ferramenta bastante útil ao usuário da norma.
O trabalho na comissão de estudo continua. Estamos trabalhando atualmente no projeto de revisão da norma brasileira de cabeamento estruturado para ambientes industriais, a ABNT NBR 16521. Portanto, em breve, teremos mais novidades em nosso sistema de normalização.
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MERCADO
As principais tendências em infraestrutura de data centers – Parte 2
Esta segunda e última parte do artigo traz as últimas cinco tendências em infraestrutura de data centers para o ano apresentadas pela empresa em sua conferência mundial. Entre os destaques do estudo estão a convergência do resfriamento a ar e líquido e o uso da IA para otimização de eficiência energética nos data centers existentes.
Esta segunda parte do artigo traz as cinco últimas tendências em infraestrutura de data centers das 10 apresentadas pela Huawei durante uma conferência global realizada no início do ano. A primeira parte foi publicada na edição de maio da RTI: https://bit.ly/44Jjr63.
Tendência 6: Plataforma de gerenciamento profissional torna a O&M de data centers mais segura e eficiente
À medida que a escala e a complexidade da infraestrutura dos data centers aumentam, o trabalho de gerenciamento também é amplificado. Ao mesmo tempo, a infraestrutura do data center está se tornando inteligente e digital. Os fornecedores de dispositivos usam IA – Inteligência Artificial e outras tecnologias para aprimorar os recursos de gerenciamento por meio de serviços em nuvem. Será um novo rumo para utilizar de forma eficiente plataformas de gestão operacional construídas na nuvem que reduzem a complexidade de O&M (operação e manutenção), melhorando a eficiência operacional e a confiabilidade da infraestrutura.
A complexidade dos data centers em nuvem aumenta a complexidade de manutenção
Conforme a densidade de potência dos servidores aumenta, a infraestrutura dos sites é gradualmente integrada, processo que torna as funções e recursos cada vez mais inteligentes.
É um fator que impõe conhecimento técnico mais elevado dos responsáveis pela O&M. Ao mesmo tempo, a escala dos data centers tem evoluído de 1000 para 10 mil racks e a complexidade de O&M aumentou de acordo. Neste contexto, gerentes de sites e equipes de O&M tem enfrentado desafios sem precedentes. A arquitetura deve manter agilidade e flexibilidade em um ambiente em constante mudança para atender aos requisitos futuros da computação inteligente, que demandará mais densidade e maior potência.
Plataforma de gerenciamento profissional torna O&M mais segura e confiável
Com o desenvolvimento das tecnologias de computação em nuvem, cada vez mais fornecedores de equipamentos de data center utilizam plataformas de gerenciamento profissional construídas na nuvem para auxiliar no gerenciamento de rotina e O&M, aprimorar recursos de serviço e de valor agregado de seus equipamentos e ajudar ainda mais
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Huawei Digital Power
os clientes a melhorar a eficiência e a confiabilidade de O&M.
Ao utilizar tecnologias como IA – Inteligência Artificial, big data e IoT – Internet das Coisas, a plataforma de gerenciamento profissional auxilia os usuários a diagnosticar automaticamente falhas de dispositivos, princípios de funcionamento e métodos de manutenção. Uma orientação profissional e eficiente pode prolongar a vida útil de um equipamento.
A IA aumenta continuamente as capacidades de previsão e diagnóstico de falhas
Com tecnologias como big data, IA e IoT, a modelagem de árvores de falhas pode ser realizada em uma plataforma de gerenciamento profissional.
Quando ocorrer uma falha, o diagnóstico inteligente pode ser executado automaticamente, alarmes secundários inválidos protegidos em tempo real e defeitos de dispositivos rapidamente localizados. Além disso, a plataforma acumula continuamente experiências de soluções massivas de tratamento de falhas, o que torna o modelo mais preciso e com maiores capacidades de diagnóstico e previsão. Com a evolução da IA, mais cenários de falha de dispositivo, como de rPDU, da rede elétrica, de módulo de energia de UPS e de gerador diesel são suportadas, reduzindo significativamente o tempo de resposta e atuação.
Os dispositivos estão diretamente conectados aos fornecedores, possibilitando respostas e orientações mais rápidas
Durante o funcionamento de um data center, avisos de emergências podem ser acionados. Atualmente, notificações de alarme, como e-mail e SMS, são configuradas no sistema de gerenciamento local. Apesar dos alertas serem emitidos baseados em regras definidas, avisos perdidos ou falsos ainda podem ocorrer.
Por meio de uma plataforma de gerenciamento profissional, os dispositivos ficam diretamente conectados aos fornecedores. Quando uma emergência, como um alarme de fumaça, vazamento de água ou aviso de
alta temperatura ocorre, a equipe de atendimento ao cliente do fornecedor pode identificar com precisão a emergência e entrar em contato imediatamente para solucionar o problema. O registro remoto, além do envio e notificação de atualização OTA –Over-The-Air, pode ser utilizado para corrigir falhas rapidamente e aprimorar a confiabilidade e a estabilidade do data center.
Tendência 7: A convergência do resfriamento a ar e líquido torna-se a arquitetura preferida em cenários de requisitos de serviço incertos
O desenvolvimento contínuo da IA resulta em uma demanda por servidores de alto desempenho e densidade. Para eles, a tecnologia de resfriamento líquido é fundamental para garantir a operação estável do hardware.
Conforme avançamos da computação de uso geral para a computação inteligente, os projetos variam em termos da proporção dos dois. Portanto, a infraestrutura do site deve ser flexível e capaz de se adaptar ao desenvolvimento de serviços no futuro.
A rápida explosão da computação inteligente trará incerteza aos data centers
À medida que a infraestrutura entra na era da informação e os serviços crescem, os data centers enfrentam constantes mudanças nas demandas de computação. Tal tendência é seguida por pedidos de evolução da infraestrutura, mantendo a transição da computação de uso geral para inteligente.
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias generativas de IA, a procura por computação inteligente registará uma taxa de crescimento anual de 80%, excedendo a média da taxa de aumento da computação dos data centers. Isso representa uma oportunidade para sites, mas ao mesmo tempo traz uma grande incerteza quanto aos requisitos dos serviços prestados.
Em data centers mainstream, servidores de uso geral são amplamente utilizados. A densidade de potência de
um único rack não excede 15 kW e dispositivos refrigerados a ar serão suficientes para garantir uma operação estável. No entanto, a computação inteligente envolve toneladas de algoritmos, com chips de computação inteligente integrados que demandam alta densidade de potência (≥30 kW/rack). Em tal cenário, a tecnologia que costuma ser aplicada é a refrigeração líquida.
Na etapa inicial da construção de um data center, é difícil prever com precisão quais são os recursos de uso geral e o espaço que a computação inteligente ocupará no futuro. Por isso, é necessário projetar uma solução baseada na computação existente, sem ignorar a necessidade de crescimento da computação inteligente durante a construção.
Evolução futura: a convergência do resfriamento a ar e a líquido se tornará a arquitetura preferida em cenários com requisitos de serviço incertos
Com a introdução da computação inteligente, haverá uma mistura de densidades de potências média e baixa (≤15 kW/rack) e alta (≥30 kW/rack) em um data center, tornando muito mais difícil planejar e construir o sistema de refrigeração. Isso significa que os usuários precisam satisfazer os requisitos atuais tendo em conta a evolução do serviço. Neste contexto, a arquitetura de convergência ar-líquido atenderá melhor os data centers futuros. A ideia é alocar dinamicamente a capacidade baseada em diferentes características de refrigeração a ar e líquida. A partir das fontes de resfriamento, um sistema é instalado com ambas as soluções. O design dos canais e dutos de ar permite selecionar um modo de resfriamento adequado para servidores de acordo com a densidade de potência e as características de serviço.
A chave é a capacidade de ajustar a proporção entre resfriamentos a ar e a líquido baseado nos requisitos reais com uma determinada capacidade total de resfriamento do data center, alcançando assim o efeito de resfriamento ideal. Por exemplo, quando há um aumento na demanda por computação inteligente, a proporção de refrigeração de ar pode ser
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MERCADO
reduzida e o resfriamento líquido pode ser aumentado e vice-versa.
O que distingue a convergência arlíquido é que a arquitetura pode se adaptar às mudanças nos requisitos dos data centers e torná-los mais eficientes e flexíveis. Suas principais vantagens são:
• Conservação de energia: possibilita ajustar dinamicamente a relação entre resfriamentos de ar e líquido com base nos requisitos atuais de data centers, maximizando assim a eficiência do resfriamento. Comparado com um único modo de resfriamento, este modelo misto pode reduzir o consumo de energia e o OPEX.
• Adaptabilidade: é possível adaptarse às mudanças nos requisitos dos data centers e encontrar um modelo de resfriamento adequado tanto para uso na computação geral como na computação inteligente. Comparado com os resfriamentos a ar ou líquido, convergir esses dois modos pode melhorar a adaptabilidade e evitar projetos excessivos ou insuficientes.
• Evolução futura: a tecnologia pode alocar com flexibilidade a capacidade de refrigeração para ar ou líquida à medida que o data center evolui. Com dois modos de resfriamento integrados, a capacidade de evolução
dos data centers é aprimorada, fornecendo suporte para uma evolução orientada para o futuro.
Tendência 8: O resfriamento evaporativo indireto ainda é o melhor esquema de refrigeração agora e no futuro
À medida que a IA atrai grande atenção na indústria, a infraestrutura dos data centers enfrenta novos desafios e requisitos. Um exemplo é a tecnologia de resfriamento líquido, que se torna cada vez mais popular. Isso significa que a solução será utilizada na maioria ou em todos os sites no futuro? Ela evoluirá de que forma? Passará por quais mudanças?
Apesar da necessidade de data centers por computação inteligente de alta densidade, o mercado se concentrará em fornecer serviços de média e baixa densidade
O desenvolvimento acelerado das tecnologias de IA levará a um boom de centros de dados inteligentes, impondo requisitos mais elevados à densidade de energia. Embora o número de data centers de alta
densidade continue a aumentar, as instalações em nuvem dominarão o mercado. Estima-se que nos próximos três anos mais de 90% dos novos data centers ainda serão em nuvens de média e baixa densidade, com um único rack não excedendo 15 kW e utilizando refrigeração a ar. Isso mostra que a nuvem ainda estará em uma posição dominante no curto prazo, apesar do aumento dos sites de alta densidade.
A AHU – Air Handling Unit realiza troca de calor única para maximizar o uso de fontes de resfriamento natural, reduzindo a PUE e melhorando a relação custo/benefício
Para data centers não inteligentes, a solução de resfriamento evaporativo indireto supera outras no atendimento aos requisitos dos data centers.
Do ponto de vista da arquitetura, a solução de resfriamento evaporativo indireto adota uma arquitetura distribuída, que pode mitigar o risco de uma pane no sistema causada pela falha de um ponto único em comparação com o sistema centralizado de água gelada, melhorando a confiabilidade da sala de equipamentos.
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MERCADO
Quanto à eficiência da troca de calor, a solução de resfriamento evaporativo indireto pode maximizar o uso de fontes naturais usando o projeto do núcleo de troca de calor para um intercâmbio único. Existem vantagens de economizar energia e água em relação à água gelada tradicional, em que o sistema de calor é trocado quatro vezes. A solução de resfriamento evaporativo indireto, em particular, utiliza principalmente fontes naturais em baixa temperatura, eliminando a necessidade de resfriamento mecânico. Isso pode diminuir a eficácia do uso de energia (PUE) e água (WUE) significativamente.
Quando se trata de entrega e manutenção, muitos dos componentes desta solução baseada em produtos são pré-fabricados, o que reduz a carga de trabalho de construção local, encurta o prazo de entrega e garante a qualidade. Além disso, graças à simplificação da estrutura, a manutenção é menos complicada, reduzindo custos com avaliações periódicas.
Tendo resistido ao teste do mercado por mais de cinco anos, a solução é madura em design, construção e O&M. Possui melhor lógica de negócios, pois tem um custo geral 20% menor do que o sistema tradicional de água gelada. Dada a tendência de desenvolvimento da indústria de data centers, a previsão é que a solução de resfriamento evaporativo indireto será a alternativa mais econômica, com um PUE baixo.
Tendência 9: Para reduzir ainda mais a PUE, a solução é mudar o foco em componentes eficientes para otimização de engenharia de sistemas
O surgimento da tecnologia de modelo baseada em IA leva os data centers a entrar na era da computação inteligente. Por um lado, a potência da computação e o consumo de energia do data center aumentam continuamente. Por outro lado, o pico de carbono e as metas de neutralidade impõem requisitos mais
elevados ao consumo de energia. Apenas a seleção de produtos e componentes eficientes não é suficiente para mitigar o aumento do consumo de energia. Para reduzir a PUE, é preciso mudar a mentalidade desde a melhoria da eficiência dos componentes até a otimização da engenharia do sistema.
A eficiência do componente está se aproximando do gargalo. O tempo e o custo de pequenas melhorias estão muito além da demanda de poder de computação
Com o avanço no desenvolvimento e aplicação de modelos básicos representados pelo ChatGPT, a demanda por poder de computação, especialmente o poder de computação inteligente, aumenta de forma proeminente. Segundo o Livro Branco sobre Desenvolvimento de Computação Inteligente (2023), divulgado pela Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicação, a taxa de crescimento da potência da computação inteligente global em 2022 foi de 25,7%, enquanto a China, em particular, registrou um aumento de 41,4%.
Estima-se que o poder computacional global aumentará em mais de 50% nos próximos cinco anos. A essência de um data center é converter eletricidade em poder computacional. Por outro lado, o aumento acentuado no poder de computação resulta em um aumento no consumo de energia. Para atingir o pico de carbono e neutralidade, os requisitos para o desenvolvimento de centros de dados verdes e de baixo carbono estão aumentando, e a regulação PUE tornando-se mais rigorosa.
Os sistemas de refrigeração e fornecimento de energia respondem por mais de 40% do consumo de energia de um data center. No modelo tradicional, os sites adotam dispositivos eficientes para melhorar a eficiência de componentes, como chillers, ar condicionados e UPS, para reduzir a PUE. Após anos de desenvolvimento, a eficiência de dupla conversão dos UPS atinge 97%,
e o coeficiente de desempenho (COP) dos chillers excede 8. O COP dos condicionadores de ar de água gelada é próximo de 4. Conforme a eficiência de um único componente se aproxima do gargalo, muitos fornecedores optam por desenvolver microinovações. Contudo, uma leve melhoria da eficiência dos componentes requer uma grande quantidade de investimento e tempo em P&D. Para isso, o custo e o tempo despendidos ultrapassam o retorno sobre o investimento (ROI) do centro computacional. Portanto, para melhorar a eficiência energética dos data centers, é preciso reduzir a PUE.
A redução da PUE demanda uma revisão sistemática das condições reais e níveis técnicos de cada componente Um data center é um projeto que envolve diversos subsistemas, como TI, refrigeração, fonte de alimentação e rede. Existem muitos fatores que afetam a eficiência energética, como arquitetura técnica, seleção de dispositivos, estratégia e ambiente operacional, espaço de trabalho de TI e condições naturais. Esses fatores afetam uns aos outros. Para reduzir a PUE, é preciso revisá-la exaustivamente com uma mentalidade de engenharia de sistema para obter o equilíbrio ideal entre as condições reais do sistema e o nível técnico do componente. O foco da eficiência dos componentes precisa ser alterado para a eficiência dos links, atualizar o sistema operacional e amplificar a sua eficiência. Por exemplo, um sistema de fonte de alimentação 2N adota o modo “S-ECO” para garantir confiabilidade e melhorar a eficiência da fonte de alimentação. É preciso focar no ambiente operacional em vez da eficiência dos componentes, bem como aumentar a temperatura do ar fornecido e a diferença entre as temperaturas do ar fornecido e de retorno dentro da faixa permitida de servidores, o que pode reduzir o resfriamento mecânico, aumentar a proporção de fontes naturais e reduzir o consumo de energia do sistema de refrigeração.
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MERCADO
Além disso, a faixa de temperatura operacional mais ampla ajuda a melhorar a densidade de implantação e a carga da taxa de servidores de TI, alcançando a potência de computação ideal com o mesmo consumo de energia. A tecnologia de otimização de IA pode ser utilizada para otimizar a configuração operacional de cada sistema, alcançando um equilíbrio abrangente entre poder de computação e consumo de energia e amplificando a taxa de PUE ideal para PUE de petaflops ideal (PFPUE).
Tendência 10: A otimização por IA se tornará a escolha inteligente de eficiência energética para data centers existentes
As metas chinesas de pico de carbono e neutralidade impõem requisitos mais rígidos ao consumo de energia dos data centers, o que torna a modernização da economia de energia dos sites existentes prioridade máxima. No entanto, a transformação tradicional de hardware enfrenta muitas dificuldades e desafios. É importante notar que, com a simples modernização de hardware e software de IA, espera-se que a otimização se torne uma tendência de aplicação em larga escala de modernização com economia de energia.
Data centers são grandes consumidores de energia, e a redução de emissões é uma necessidade urgente
Os data centers desempenham um papel crucial no processo de informatização e digitalização, e são um forte suporte para a computação em nuvem, 5G e IA. De acordo com os dados anuais de 2022, o consumo de energia dos data centers ao redor do mundo atingiu 270 bilhões de kWh, representando cerca de 3% do consumo total de energia da sociedade, um aumento de 25% em relação a 2021 (216,6 bilhões de kWh). Com a aceleração da digitalização da Internet, estima-se que até 2025 a proporção do consumo de energia dos data centers aumentará 5%. Até 2030, deve chegar próximo a 400 bilhões de kWh.
Política de pico de carbono e neutralidade, supervisão mais rigorosa da PUE e grandes dificuldades na modernização de data centers tradicionais
Ao final de 2022, o número de racks em data centers em toda a China chegará a 6,5 milhões, dos quais mais de 50%, ou seja, sites com mais de 3 milhões de racks, têm um PUE superior a 1,5. Desde 2021, projetos
recém-construídos de grandes data centers têm sido regulamentados: o PUE não pode ser superior a 1,3. Em 2022, a construção integrada de grandes centros de dados do “projeto de transferência de recursos de computação leste-oeste” exige que a PUE em um cluster seja inferior a 1,25 nas regiões orientais e 1,2 nas regiões ocidentais. Em projetos avançados, os sites precisam reduzir o PUE para 1,15. Ainda em 2022, o governo chinês lançou a norma GB 40879Valores Máximos Permitidos de Eficiência Energética e Graus de Eficiência Energética para Data Centers, indicando que a futura supervisão e gestão será baseada nesta norma e a supervisão da PUE será mais rigorosa.
Além de lançar políticas orientadoras sobre eficiência energética de data centers, departamentos como a Comissão de Desenvolvimento e Reforma e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação de algumas das principais províncias chinesas consumidoras de energia formularam regras mais punitivas, como preços diferenciais de eletricidade, demissão de pessoas não qualificadas e monitoramento online do consumo de energia. Sites que não atendem aos
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requisitos de PUE podem não apenas enfrentar altos custos de eletricidade, mas também ser fechados para retificação.
A modernização dos sistemas de economia de energia dos data centers tradicionais envolve principalmente adicionar, excluir e modificar dispositivos antigos existentes, como substituir soluções de frequência constante por acionamentos de frequência variável, trocar equipamentos de baixa eficiência e adicionar medidores de vazão e mudança de canais. Tais atualizações precisam interromper os serviços nos data centers, o que causa perdas. Para atingir o objetivo de modernização, a área de refrigeração deverá ser o foco principal. A indústria frequentemente utiliza melhores dispositivos como condicionadores de ar em linha para resfriamento local, resfriamento evaporativo indireto, paredes de ventiladores de água gelada de alta temperatura e condicionadores de ar refrigerante. No entanto, sempre existem gargalos no avanço das tecnologias de economia de energia em relação ao hardware sozinho, e opções mais inovadoras são necessárias.
A otimização inteligente de IA se torna a melhor solução para economia de energia e modernização de data centers
É comum na indústria otimizar manualmente o software do sistema de refrigeração. No entanto, isso depende muito da experiência dos profissionais envolvidos. Um sistema de refrigeração costuma ser complexo, com vários dispositivos e parâmetros. É difícil selecionar manualmente a combinação ideal. Em segundo lugar, a otimização manual não pode ser realizada em tempo real com base em parâmetros ambientais e taxas de carga. Além disso, geralmente é executada em nível componente ou parcial do sistema. Mudanças nos requisitos de resfriamento causadas por alterações na carga de TI não são consideradas. Portanto, a otimização vinculada ao sistema de refrigeração não pode ser realizada. Por isso, tal opção tem efeitos limitados de economia de energia e é altamente dependente da experiência manual, que não pode ser replicada.
Com o rápido desenvolvimento das tecnologias de IA, a economia de energia com IA tem sido amplamente utilizada em data centers. Os modelos de IA suportam aprendizagem por transferência e podem ser predefinidos na própria instalação. Por exemplo, a arquitetura HVAC e os parâmetros do dispositivo são compartilhados para compensar dados insuficientes e reduzir o número de sensores. O recurso de aprendizado de máquina automatizado (AutoML) é capaz de manter os modelos atualizados e garantir parâmetros ideais de treinamento do modelo. A aplicação das novas tecnologias de economia de energia baseadas em IA facilitam a entrega rápida da modernização de um data center existente, realizam otimização inteligente contínua sem interrupção do serviço e melhoram o nível geral de O&M e otimização do site.
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sobre a sua origem. A empresa tem se deparado com problemas cada vez mais constantes em sua rede óptica de OPGW, como atenuação gradativa, onde as fibras emendadas em uma determinada caixa de emenda não cessaram sua acomodação final.
A tecnologia construtiva OPGW deve ser adequada de forma que possibilite ao sistema operar normalmente mesmo com o cabo sofrendo efeitos em função da dilatação térmica, tensão da acomodação do cabo após o lançamento ou vibração eólica. Os núcleos devem permitir que a fibra no interior do cabo OPGW possua uma certa folga se comparada com a parte metálica do cabo. Isso possibilita que, durante a acomodação mecânica do cabo ou dilatações ou contrações térmicas, as fibras fiquem imunes a tensões prejudiciais aos sistemas de comunicações envolvidos.
O objetivo do artigo é fazer uma análise detalhada do defeito que vem sendo recorrente nos cabos OPGW da CPFL Transmissão e de outras concessionárias de energia elétrica, desde a revisão do projeto de instalação até a análise técnica em campo do defeito. Será apresentado um estudo quanto à origem do defeito no OPGW da linha de transmissão de 230 kV GUA2xCAM3 circuitos 1 e 2, cuja distância óptica entre as estações é de 91 km, verificando as possíveis causas de atenuações nas fibras ópticas do cabo modelo 24 fibras.
Descargas atmosféricas em linhas de transmissão
As descargas atmosféricas podem atingir diretamente os condutores de fase da linha de transmissão ou ser desviadas para os cabos para-raios que fazem a blindagem dos condutores.
As descargas interceptadas pelos cabos para raios são drenadas para a terra através do sistema de aterramento das torres, apresentando uma impedância equivalente superior e provocando a circulação de surtos de tensão nas torres e cabos para raios com o consequente aumento da tensão na cadeia de isoladores.
Uma descarga nos para-raios ou torres de uma linha de transmissão pode ocasionar o desligamento devido ao
crescimento da tensão no ponto de incidência. Ao contrário da queda direta, a ocorrência de desligamentos em consequência desse fenômeno dificilmente é eliminada. No entanto, os efeitos podem ser minimizados através de um projeto adequado de aterramento das estruturas e ajustes dos elementos de projeto das torres [1].
Análises ópticas
O desempenho em um sistema de telecomunicações costuma ser avaliado, principalmente, em relação ao fator de atenuação, que estabelece a distância máxima de transmissão sem necessidade de repetidores [2].
As comunicações por fibras ópticas propiciaram o desenvolvimento e modernização do setor de telecomunicações, pois oferecem vantagens em relação aos demais sistemas, como baixa atenuação, maior capacidade de transmissão, menor dimensão e peso dos cabos e condutividade elétrica nula, pois o vidro possui elevada resistência elétrica e não demanda ser aterrada nem protegida contra descargas elétricas. Além disso, o vidro sendo um meio isolante, não sofre interferências eletromagnéticas de meios externos.
Frequentemente, os sistemas de comunicações próximos de estradas de ferro eletrificadas, linhas de alta tensão, equipamentos com motores elétricos de alta potência, como elevadores, estão sujeitos a intensas interferências de campos eletromagnéticos. Como a luz guiada pela fibra óptica é imune a campos eletromagnéticos externos, o sistema é bastante conveniente para tais situações [2].
Atenuação
A fibra óptica é um excelente canal de comunicação, porém alguns fatores podem interferir em seu desempenho, como a atenuação.
Para analisar as alterações no feixe transmitido em uma fibra óptica, é necessário considerar dois conjuntos de fatores: os que reduzem a amplitude do campo óptico, representando uma atenuação, e os que modificam a forma de onda, caracterizando uma dispersão durante o processo [2].
A razão é que, no lado do receptor, os circuitos e componentes para detecção
dependem da amplitude do campo óptico incidente. Existe um limiar mínimo de potência determinado pelo nível de ruído e pela taxa de erro de bit aceitável [2].
Entre as causas mais importantes para atenuações em enlaces ópticos, destacam-se a absorção pelo material, a irradiação devida a curvaturas, o espalhamento pelo material e o da onda guiada, as perdas por modos vazantes, microcurvaturas, acoplamento no início e no final da fibra e, por fim, atenuações em emendas e conectores.
Irradiações causadas por curvaturas
Correspondem à incidência com ângulo muito próximo do crítico ou mesmo inferior a ele. Em consequência, a energia da luz correspondente no núcleo é transferida para a casca [2].
O ângulo crítico é o ângulo máximo de incidência do feixe luminoso a fim de garantir a transmissão de energia para dentro do núcleo da fibra sem que ela seja totalmente refratada para a casca.
Microcurvaturas
São minúsculas imperfeições geométricas em toda a extensão da fibra óptica, com forma e distribuição aleatórias. Uma aparência típica desse defeito é a sinuosidade no eixo longitudinal, originada por forças externas aplicadas sobre a casca da fibra óptica [2].
A fibra fica acondicionada em cabos e envolvida por camadas de proteção, que possuem coeficientes de expansão térmica diferentes dos do vidro da fibra óptica. Com as variações da temperatura, esses materiais sofrem dilatações diferentes da expansão da fibra, causando pressões mecânicas em sua superfície. Ocorrem distorções no guia de ondas que dão origem a microcurvaturas. Esses efeitos aparecem principalmente em baixos valores de temperatura, em que as camadas de plástico que envolvem a fibra sofrem modificações [2].
As características de uma fibra óptica são quase invariáveis com o tempo. Isto só não ocorrerá quando for exposta a irradiações nucleares e a ambientes muito úmidos, sem proteção adequada, por longos períodos. Nesses casos, altera-se a
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REDES ÓPTICAS
transparência da fibra e os íons de hidrogênio podem se difundir para o núcleo, aumentando a atenuação. A outra possibilidade é a ocorrência de esforços de tração que podem pressionar a superfície externa do revestimento, dando origem, mais uma vez, a microcurvaturas que aumentam a perda de potência [2].
Metodologia
Definições do problema
Para desenvolver uma análise completa do defeito, tanto de sua origem como de sua consequência, alguns procedimentos devem ser realizados, caso dos testes de atenuação óptica com o cabo instalado.
A atenuação representa a perda de potência óptica dentro da fibra do ponto de transmissão ao ponto de recepção do sinal óptico. A atenuação é medida em dB (decibéis) e é expressa pela relação entre a potência de saída (Ps) pela potência de entrada (Pe), conforme descrito na equação [1]:
Atenuação = 10 x log (Ps/Pe)[1]
O coeficiente de atenuação, apresentado na equação [2], é definido como a perda dada em dB (decibéis) a cada unidade de
comprimento (em quilômetros) da fibra, em que se utiliza o comprimento total da fibra (L) para o cálculo.
Coeficiente de atenuação = (10 x log (Ps / Pe) / L)[2]
Para o teste óptico com o cabo instalado foi utilizado um reflectômetro óptico no domínio do tempo (OTDR), o qual gera um gráfico de atenuação por unidade de comprimento. No equipamento, é possível visualizar a atenuação imposta ao longo do próprio cabo óptico em função da propagação do sinal na fibra (coeficiente de atenuação), além de atenuações pontuais e total do cabo, inclusive a distância das atenuações pontuais e a total do enlace de fibra.
O problema encontrado em cabos OPGW, e que originou o estudo por este artigo, baseia-se no defeito do cabo óptico da LT 230 kV GUA2 x CAM3 –C1 e C2 da CPFL Transmissão.
Os pontos identificados foram em caixas de emenda existentes ao longo do link com cabo OPGW entre as subestações Guaíba 2 e Camaquã 3. Dessa forma, foi possível programar a manutenção localizada em cada caixa de emenda.
Revisão do projeto construtivo e da instalação
Pré-instalação
Para evitar riscos de avarias, a movimentação das bobinas sobressalentes dos cabos OPGW somente deve ocorrer com uma grua ou veículo de grande porte, minimizando eventuais quedas e impedindo a movimentação inadequada, como por exemplo rolar a bobina no solo.
Instalação
A instalação do cabo OPGW deve ser executada por equipamentos próprios para a finalidade. Deve ser utilizado um guincho de tração com controle de velocidade contínua, equipado com dinamógrafo que possibilite avaliar a direção e a intensidade da força durante um lançamento, com limitação de tração ajustável e parada automática, além de um freio de imobilização. Outro equipamento necessário é o Puller (freio de cabo ou freio de oito), o qual libera o cabo OPGW de forma controlada.
O puxamento do cabo OPGW deve ocorrer com uma manga específica para as características do cabo a ser lançado, a qual deve ser uma luva de tração em aço.
O ângulo de entrada do cabo durante o lançamento não deve exceder 30º em relação ao eixo horizontal de referência, ou seja, a linha de transmissão. A força
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REFRIGERAÇÃO
Procedimento de vácuo em sistemas de ar-condicionado de precisão
Niraldo Ferreira de Aleluia, engenheiro mecânico da Igreja Universal
OO procedimento de vácuo na instalação e manutenção do ar-condicionado de precisão é fundamental para garantir sua eficiência, durabilidade e desempenho em data centers. A finalidade é evitar a presença de contaminantes como ar e umidade, que são incompatíveis com o fluido refrigerante e podem prejudicar a operação dos sistemas.
s sistemas de ar-condicionado de precisão desempenham um papel vital em ambientes onde a temperatura, umidade e limpeza do ar são críticas, como salas limpas, laboratórios e data centers. O procedimento de vácuo é uma etapa fundamental na instalação e manutenção desses sistemas, garantindo eficiência operacional e confiabilidade a longo prazo.
Vácuo é sinônimo de vazio, a condição de um espaço sem a presença de praticamente nenhuma matéria. O processo de criação do vácuo nos sistemas de refrigeração acontece quando as partículas de ar e de líquidos são removidas da tubulação do ar-condicionado. A finalidade é evitar a presença de contaminantes como ar e umidade, que são incompatíveis com o fluido refrigerante e podem prejudicar significativamente a performance e a durabilidade dos sistemas.
Sem o procedimento de vácuo, resquícios de água estarão presentes nos sistemas, uma vez que a água está presente na forma de vapor no ar ambiente. Dentro das tubulações, durante o período de instalação, é o ar que preenche internamente todo o sistema e,
consequentemente, o vapor da água.
Da mesma forma, componentes como compressores, unidades condensadoras, válvulas, filtros secadores, entre outros, também acabam sendo expostos ao ar ambiente. Todas as superfícies expostas ao ar possuem vapor da água, além de gotículas que podem restar após eventuais chuvas.
O procedimento deve ser adotado na instalação de um ar-condicionado novo, na mudança de lugar ou na abertura do sistema de refrigeração para serviços de manutenção.
Fundamentos do procedimento de vácuo
O procedimento de vácuo consiste na remoção de ar e umidade do sistema de ar-condicionado, criando um ambiente
O procedimento de vácuo cria um ambiente hermético nas tubulações de ventilação do ar-condicionado
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hermético. Isso é realizado por meio de bombas de vácuo, que eliminam o ar e a umidade, garantindo que a tubulação esteja completamente limpa antes de ser selada e reduzindo a pressão interna do sistema. Isso é essencial para prevenir o entupimento dos componentes internos e assegurar o funcionamento adequado do equipamento. O objetivo é garantir que o fluido refrigerante opere eficientemente e que não haja contaminantes capazes de comprometer o desempenho do sistema. Entre os benefícios do procedimento de vácuo podem ser destacados:
• Remoção de umidade: a umidade no sistema pode levar à formação de ácidos corrosivos, prejudicando componentes e diminuindo a eficiência.
• Eliminação de gases não condensáveis: gases como o ar atmosférico podem prejudicar o desempenho do sistema, reduzindo a transferência de calor e aumentando o consumo de energia.
• Prevenção de contaminação: a remoção de contaminantes sólidos e líquidos durante o vácuo contribui para a preservação da pureza do fluido refrigerante. A falha em realizar o procedimento de vácuo adequado pode resultar em redução da eficiência, com a presença de umidade e gases não condensáveis. Também há um desgaste de componentes, levando a falhas prematuras, e um aumento de custos operacionais, uma vez que sistemas ineficientes consomem mais energia.
Normas internacionais
A ASTM E2865 e outras normas internacionais definem as práticas recomendadas para o procedimento de vácuo em sistemas de refrigeração e ar-condicionado. A referência às normas ressalta a importância da padronização e adoção de boas práticas na execução do procedimento de vácuo. A conformidade a essas normas não apenas assegura a consistência nas operações, mas também serve como um indicativo de qualidade e confiabilidade nos sistemas instalados.
Como fazer o vácuo no ar-condicionado
O vácuo deve ser feito por profissionais com treinamento na área, para evitar prejuízos à performance do
aparelho. Esses técnicos realizam a tarefa com ferramentas específicas para sistemas de ar-condicionado. Geralmente, usam dispositivos como manifold, bomba a vácuo e vacuômetro.
O manifold auxilia na manobra (abertura/fechamento) do circuito de tubulação para permitir que o vácuo seja realizado. A bomba de vácuo é a responsável por bombear todo o ar e umidade para fora, para que se alcance o nível de vácuo necessário.
E por fim, o vacuômetro é o instrumento de medição de nível de vácuo, que informa se o nível necessário foi ou não alcançado. É indicado que os dispositivos usados sejam de qualidade reconhecida para assegurar um bom trabalho.
Nos casos de novas instalações, as válvulas de bloqueio do fluido refrigerante na unidade externa devem ficar fechadas, pois o fluido refrigerante está no aparelho e não deve ser liberado para a tubulação até que o nível de vácuo da tubulação e da unidade interna esteja adequado.
Mas, no caso de uma manutenção em que o fluido refrigerante tenha sido recolhido, ou em caso de correção de problema de vazamento, as válvulas deverão estar abertas para que o procedimento de vácuo seja realizado no sistema todo (unidades externa, interna e tubulação).
Conclusão
O procedimento de vácuo é vital em sistemas de ar-condicionado de precisão. A implementação diligente dessa prática não apenas atende às exigências operacionais, mas também contribui para a eficiência, durabilidade e sustentabilidade de sistemas críticos. A conscientização sobre sua importância deve ser promovida entre os profissionais da indústria, garantindo a excelência na execução e mantendo elevados padrões de desempenho. Em ambientes que demandam controle rigoroso das condições ambientais, a atenção ao procedimento de vácuo é crucial. Sua implementação adequada não apenas garante o desempenho otimizado do sistema de ar-condicionado de precisão, mas também contribui para a prolongada vida
útil dos equipamentos, redução de custos operacionais e a preservação da integridade do ambiente controlado. Por isso é fundamental que o procedimento seja bem feito, por empresas qualificadas e com ferramentas adequadas.
REFERÊNCIAS
[1] ASHRAE. (2017). ASHRAE Handbook - Fundamentals. Atlanta: American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc.
[2] Coad, W.J., Rucker, W.R., & Skaves, J.L. (2007). HVAC Systems Commissioning Manual . Atlanta: ASHRAE.
[3] Parker, R.S. (2002). Air Conditioning Principles and Systems: An Energy Approach. New York: McGraw-Hill.
[4] ASTM International. (2021). ASTM E2865-21 - Standard Practice for Calibration of Vacuum Measuring Devices Used in Laboratory Vacuum Systems West Conshohocken, PA: ASTM International.
[5] Huang, G., & Xu, X. (2010). Moisture Control in HVAC Systems: Principles and Applications . New York: CRC Press.
[6] Haines, R.W. (2000). Vacuum Technology and Applications . New York: CRC Press.
[7] Arora, D. (2018). Refrigeration and Air Conditioning. New Delhi: PHI Learning Private Limited.
[8] International Electrotechnical Commission. (2018). IEC 60335-2-40 Ed. 6.0 - Household and Similar Electrical Appliances - Safety - Part 240: Particular Requirements for Electrical Heat Pumps, AirConditioners and Dehumidifiers. Geneva: IEC.
[9] Wang, S., & Liu, C. (2018). Advances in Air Conditioning Technologies Boca Raton: CRC Press.
[10] Greenheck. (2016). Laboratory Exhaust Fans Application Guide. Schofield, WI: Greenheck Fan Corporation.
[11] Vácuo no ar-condicionado: o que é, para que serve e como fazer? Daikin. www.daikin.com.br.
Artigo resumido e baseado no trabalho de conclusão de curso no MBA em Infraestrutura de Ambientes Críticos, com Ênfase em Data Centers, ministrado pelo Instituto Brasil Pós.
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TENDÊNCIAS
Observabilidade, segurança e orquestração de redes
Álvaro Aquino, diretor geral da TechEnabler, engenheiro de telecomunicações pelo INATEL e administrador pelo Hudson Institute of Entrepreneurship and Executive Education, USA-FL
AObservabilidade é um conceito que avança em relação à visibilidade ao propor uma coleta de dados mais abrangente e atuação automatizada sobre problemas e ameaças identificadas, assegurando a continuidade dos serviços. Para isso, é preciso utilizar tecnologias com abordagem AlOps –Artificial Intelligence for IT Operations, capazes de oferecer informações cada vez mais assertivas para tomada de decisões referentes à gestão da rede.
integração de redes pode ser desafiadora, especialmente quando são plataformas mais antigas, legadas ou altamente especializadas, mas é possível fazê-la de forma gradual e sem impactos. Tecnologias que atendam às necessidades atuais e futuras devem considerar aspectos como integração, escalabilidade, segurança e suporte. Independentemente se os sistemas são legados ou mais modernos, o foco estratégico deve mirar plataformas integráveis agnósticas em relação a fabricante, arquitetura e topologias de redes, ou seja, capazes de estabelecer uma interface com cada sistema, utilizando protocolos padrão no mercado como SNMP, NetFlow, StreamTelemetry, gRPC, Syslogs, etc. para coletar dados e prover uma padronização que atenda a critérios de convergência e consolidação de informações para a inteligência da gestão técnica e de negócios. Uma visibilidade mais precisa da rede, mesmo que de forma gradual, trará mais controle dos processos e maior garantia dos serviços prestados, agilidade nos diagnósticos e correções de falhas, assertividade no planejamento orçamentário e melhoria na experiência dos usuários.
Como alcançar a Observabilidade?
A Observabilidade envolve a coleta, análise e interpretação de dados provenientes de diferentes componentes de uma rede ou sistema, como servidores, dispositivos, aplicativos e serviços. Esses dados incluem métricas de desempenho, logs de eventos, rastreamento de transações e outras informações relevantes.
Os principais objetivos são detectar problemas em tempo real, entender os componentes do sistema, tomar decisões assertivas, melhorar e manter a eficiência e a confiabilidade e preparar a rede para a escalabilidade desejada.
A Observabilidade em redes de telecomunicações é alcançada pelo planejamento tecnológico de ferramentas de coleta de dados, status e performance que podem ser enriquecidos com informações adicionais, como geolocalização, usuários, aplicações e serviços.
Funcionalidades de rede e ferramentas têm que ser analisadas e planejadas no seu conjunto. É preciso observar o endereçamento de todos os componentes críticos a serem integrados e automatizados. As ferramentas disponíveis atualmente surgiram para a cobertura de certos nichos, e todas tendem a ter uma cobertura mais ampla no futuro. Hoje, o que encontramos são ferramentas independentes, que não se comunicam entre si.
Entre as áreas de visibilidade mais críticas estão:
• Coleta de status e dados da infraestrutura da rede e seus componentes físicos e lógicos através de telemetria e SNMP. Exemplos: status físico e lógico das interfaces físicas e agregadas, sessões BGP, potência de transceivers ópticos, fontes de energia, etc.
• Coleta de fluxos de tráfego para identificação de origens e destinos nas interfaces de trânsito, PNIs, IX e caching através de protocolos com NetFlow, sFlow, IPFIX, etc.
• Coleta de informações de performance referentes à latência, jitter e perda de pacotes de/para os pontos de origem e destino mais relevantes para sua operação
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TENDÊNCIAS
e para seus clientes. Nessa abordagem, também chamada de monitoração sintética, além das medições citadas, é possível simular serviços como http, VoIP e DNS por meio de probes instalados na rede.
• Coleta e correlação de alertas, eventos e syslogs. É uma área fundamental pois é dela que recebemos as alterações de status e violação de limiares referentes à operação. O uso de IA – Inteligência Artificial neste setor é essencial para, cada vez mais, trazer informações relevantes sobre a rede.
• Coleta de dados referentes ao DEMDigital Experience Monitoring.
Normalmente associada a métricas fim a fim relacionadas ao serviço ofertado. Aqui, ferramentas com técnicas de DPI são capazes de identificar os produtos OTT - Over-theTop para então filtrar os resultados associados.
• Integrações via API são muito importantes e possibilitam incorporar à base de dados de Observabilidade uma gama de informações específicas de plataformas ou tecnologias que não atendem a um protocolo padrão de mercado.
Modernas ferramentas de Observabilidade são capazes de consolidar informações de diversas camadas de rede utilizando recursos, como a coleta de flows, monitoração sintética e a captura de métricas SNMP e APIs, para analisar e apresentar, com o emprego da IA, os dados que o operador da rede precisa para tomar decisões e automatizar processos.
Observabilidade e segurança
A Observabilidade é útil também na mitigação, cada vez mais automatizada, de problemas e ameaças verificadas na rede.
Conforme se avança na Observabilidade, os aspectos da segurança da rede passam a ficar mais evidenciados, pois as informações sobre possíveis ameaças e vulnerabilidades são cada vez mais precisas.
Atualmente, a vertente da segurança em que a Observabilidade mais contribui é a resposta a ataques DDoS – Distributed Denial of Services em redes de telecomunicações e sistemas de TI. Quando integrada a sistemas de IA, a Observabilidade identifica com mais exatidão tais ataques, evitando falsos positivos e vazamentos de ataques não identificados.
Técnicas de RTBH – Remote Triggered Blackhole ou Flowspec baseados em BGP –Border Gateway Protocol podem automatizar as ações de roteamento de tráfego para mitigar ataques sem intervenção humana. A Observabilidade ajuda a entender o impacto de um ataque DDoS na rede e nos serviços, proporcionando respostas adequadas para mitigar danos. Com base na observação do comportamento do tráfego durante um ataque DDoS, é possível ajustar as políticas de segurança para melhor enfrentar invasões futuras.
As ferramentas de Observabilidade são fundamentais na integração com os Centros de Mitigação de Ataques (Scrubbing Centers), sejam locais ou em nuvem, para onde o tráfego malicioso é direcionado para limpeza. Os Scrubbing Centers têm suas próprias e sofisticadas rotinas de análise, em tempo real, capazes de disparar regras de bloqueio do tráfego malicioso, deixando passar apenas o limpo. Aqui também é valioso o uso da IA, para que as ações de bloqueio estejam prontas para novas variantes de ataques e para atuarem cirurgicamente em situações de invasões de menor volumetria.
É importante ressaltar que soluções de scrubbing centers, principalmente em nuvem, podem ser desafiadoras no que tange à integração com sistemas de Observabilidade para coleta de informações durante um ataque. Outro ponto a considerar é o aumento da latência quando se mitiga na nuvem, principalmente em aplicações de alto desempenho, como os jogos online, que necessitam de baixa latência para o seu funcionamento.
Observabilidade e orquestração de redes
Soluções de Observabilidade que utilizam IA evoluem no sentido de
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oferecer informações mais exatas e inteligentes para a tomada de decisões automáticas no interior da rede, ou pelo menos sugerindo scripts a serem implementados nos dispositivos.
As atuais tecnologias de orquestração não são necessariamente ineficientes, mas enfrentam dificuldades cujo grau depende da implementação e do contexto. As redes de telecomunicações hoje são altamente complexas e heterogêneas. Nesse ambiente, os sistemas de orquestração encontram obstáculos para o desempenho de tarefas relativamente simples como, por exemplo, a alocação eficiente de recursos de largura de banda e capacidade de processamento, especialmente em ambientes dinâmicos e de alta demanda, devido à necessidade de envolver diferentes fornecedores para que se abram as possibilidades de integrações de cada sistema, individualmente.
Em outras palavras, a falta de padronização e interoperabilidade entre os dispositivos e sistemas pode dificultar a orquestração, levando a soluções
personalizadas que não se integram bem. Como a escalabilidade se tornou imprescindível para atender a demandas crescentes, as redes se tornam ainda mais complexas, e a capacidade de orquestração pode não escalar adequadamente, resultando em gargalos e ineficiência.
A Observabilidade, como uma tecnologia agnóstica aos elementos e arquitetura de hardware, software, topologia ou serviços de redes heterogêneas, quando integrada com os sistemas de IA, revolucionará o conceito da orquestração da rede, possibilitando a integração, otimização, automatização da operação dos diferentes equipamentos e sistemas independentemente dos seus fornecedores, automatização de processos, tomadas de decisões como roteamento de tráfego e reconexões baseadas em eficiência da performance, eficácia da segurança, agilização das tomadas de decisões e um aumento significativo da experiência do usuário
Com a vasta base de dados que é capaz de gerar integrando-se a outras bases (big data), o sistema de Observabilidade
alimentará plataformas de IA para automatizar tarefas, otimizar recursos, detectar anomalias e quesitos de segurança, minimizar ou eliminar seus impactos, realizar manutenção preventiva na detecção proativa de falhas ou degradação de performance e prover suporte em tempo real à tomada de decisão.
Conclusão
Nos próximos anos será possível observar uma adoção mais ampla da IA nos sistemas de Observabilidade, que despontam como o primeiro passo para obter dados precisos, em tempo real, sobre o comportamento de cada um dos aspectos das redes de telecomunicações. Essas informações propiciarão uma correção cada vez mais rápida de problemas, evoluindo até entregar o controle à própria rede para uma orquestração mais efetiva, simples e econômica do que é possível atualmente.
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Redes privativas de 250 MHz
NNas redes privativas, tanto 4G quanto 5G, há uma gama de frequências que podem ser usadas. Para o 4G, as mais comuns são as de 2,3 GHz e 700 MHz. Entretanto, existe a de 250 MHz, que poderia acomodar o 4G. O artigo detalha as características e vantagens dessa faixa de frequência.
o Brasil, temos certas faixas do espectro destinadas à rede privativa e uma delas é a faixa de 250 MHz. Existem equipamentos? Faz sentido? Nas redes privativas, tanto 4G quanto 5G, há uma gama de frequências que podemos utilizar. Para o 4G, as mais comuns são as de 2,3 GHz e 700 MHz. Entretanto, existe a de 250 MHz, que poderia acomodar o 4G. Mas qual seria o benefício de utilizar o 4G em 250 MHz? Imagine que você está sentado em seu sofá e o WiFi ali a sua frente. Nesse ponto de acesso estão configuradas duas redes: o “Casa_5GHz”, que opera em 5 GHz, e o “Casa_2.4GHz”, que opera em 2,4 GHz. Como você está próximo ao equipamento, por ter maior velocidade e estar sem nenhuma barreira, o seu celular priorizou a conexão “Casa_5GHz”.
Cansado, você resolve ir para cama, que fica dois cômodos depois da sala
onde está o WiFi. Você notou que a rede ficou lenta e ao verificar as configurações no celular, viu que o dispositivo mudou a rede para “Casa_2.4GHz”.
Mas o que foi que aconteceu? Porque a rede saiu dos 5 GHz e foi para o 2,4 GHz? Então você tenta forçar, mas o celular não encontra mais a rede “Casa_5GHz”.
Você acaba de vivenciar os conceitos de propagação e atenuação. Ignorando toda a complexidade de cálculo de atenuação dos objetos e obstáculos, quanto maior a frequência, maior a dificuldade do sinal atravessar as barreiras e mais fraco o sinal chega a uma mesma distância. Por isso que, nessa situação ilustrada acima, o sinal do WiFi em 2,4 GHz chegou até o celular e o de 5 GHz não, dado que a única variável foi a mudança da frequência do WiFi.
66 – RTI – JUN 2024 REDES MÓVEIS
Pedro Farias, especialista em Redes Móveis da NEC para América Latina
em relação aos diferentes comprimentos de onda
Fig. 1 - Atenuação
B-07
REDES MÓVEIS
E o ganho da antena, potência de saída, etc.? Vamos considerar essas variáveis como iguais nesse momento para somente compararmos o efeito da frequência.
A figura 1 ilustra de forma didática a atenuação em relação aos diferentes comprimentos de onda ou, em outras palavras, a frequência. Segundo a fórmula matemática, λ = vf.
Podemos notar então que, quanto menor a frequência, maior a capacidade de transpor obstáculos. Exemplo: uma onda de rádio AM de 800 kHz
chega a ter aproximadamente 375 metros, enquanto uma onda de WiFi em 2,4 GHz tem aproximadamente 0,125 metros. Assim, podemos notar o quão fácil é para uma onda AM transpor um obstáculo, enquanto para o WiFi, não.
Tendo esse conceito em mente, como seria um LTE em 250 MHz (λ ≅ 1,2 m) em relação ao 700 MHz (λ ≅ 0,43 m) e ao 2,3 GHz ( λ ≅ 0,13 m)? O uso de 250 MHz irá transpor com muito mais facilidade as barreiras e propagar melhor no ambiente. Isso se traduz em muito mais cobertura com um único rádio 4G. Esta solução seria bem interessante, por exemplo, para uma grande fazenda que, com poucos equipamentos, poderia ter a cobertura completa para monitorar tratores, colheitadeiras, sensores remotos e demais dispositivos agrotech.
área pretendida de cobertura, menos gastos com infraestrutura, viabilizando a conectividade até mesmo onde não é possível instalar uma infraestrutura de torre, energia e backhaul. Uma torre não precisa ser instalada a cada 3 km, podendo ter a distância entre de 20 km ou mais.
Agora que elencamos os benefícios da baixa frequência para uma maior cobertura por rádio 4G, vem a pergunta: existem equipamentos que operem em 250 MHz?
Para efeitos de ilustração, veja nas figuras 2 a 5 um comparativo de propagação na qual somente a frequência do rádio foi alterada e considerou-se um raio de cálculo de 20 km.
Nota-se que em 250 MHz há muito mais cobertura do sinal do que em 700 MHz e muito mais do que em 2300 MHz. Isso se traduz em menos rádios na
A resposta é sim. E são equipamentos desenvolvidos aqui no Brasil para atender à nossa necessidade. Existem fornecedores que, além de fabricarem as eNodeBs (os rádios que ficam na torre), fabricam também os terminais e já realizaram testes de interoperabilidade entre eles.
Durante uma prospecção de solução de rede privativa para ter a camada de conectividade que seu negócio precisa, lembre-se que o 4G em 250 MHz está disponível e pode alavancar a cobertura sem aumentar o custo de infraestrutura. Esses equipamentos facilmente chegam a uma cobertura de 20 km, podendo até mesmo chegar a 100 km por rádio.
68 – RTI – JUN 2024
Fig. 2 - Faixa de nível de sinal por cores
Fig. 3 - Em 2300 MHzFig. 4 - Em 700 MHz
Fig. 5 – Em 250 MHz
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Guia de canaletas, dutos, eletrocalhas e perfilados
A organização de caminhos e espaços em uma instalação é fundamental para garantir a transmissão de dados sem erros e o melhor desempenho da rede. Nesse cenário, ganham destaque produtos como canaletas, caixas, dutos, eletrocalhas e acessórios, tema do guia a seguir.
Eletrodutos e acessórios
Empresa, telefone e e-mail
Conexões (1) Canaletas Metálica Dutos de piso
Rodapés Alumínio Chapa de aço Plástica Fixadores, suportes (2) Sem rosca Com rosca Flexíveis Rígidos Metálicos Plásticos Lisa Perfilados Piso elevado Com tampa (4) Fechado
Corrugados
LSZH (3)
Caixas Eletrocalhas Sistemas de piso Piso celular Chapa De embutir
Suporte J (tipo gancho) Leitos para fibra De piso elevado De sobrepor De tomada De passagem Para ponto de consolidação Leitos para cabos (escada) Aramada Perfurada
Delta Perfilados(11) 99607-8700 n •••••• deltaperfilados@uol.com.br
Dutotec (51) 3181-0866 n
vendas@dutotec.com.br
Engeduto(21) 3325-0406 n
vendas@engeduto.com.br
Furukawa Electric 0800 041 2100
furukawa@furukawalatam.com
Hellermann Tyton (11) 4815-9090 n
vendas@hellermanntyton.com.br
Hyperiun (11) 4770-0505 n
comercial@hyperiun.com.br
Inpol Industria (48) 99902-0060 n
comercial@inpolpolimeros.com.br
Kanaflex(11) 98602-2907 n
mkt@kanaflex.com.br
Maxxbox (11) 94293-4161 n
vendas@maxxbox.ind.br
Multiway (11) 3437-5600 n
contato@multiwayinfra.com.br
Pe Tubos (11) 3932-8682
contato@petubos.com.br
Techduto (12) 3202-1096 n
vendas@techduto.com.br
Outras linhas suspensas (5)
Notas: (1) (1) (1) (1) Luvas, curvas, buchas, arruelas, etc.; (2) (2) (2) (2) Elementos para fixação de eletrodutos sobre paredes, tetos, em estruturas metálicas, etc. (abraçadeiras, grampos, clipes fixa dores e espaçadores, suportes para montagem de eletrodutos em paralelo, etc.); (3) (3) Low smoke, zero halogen, baixa emissão de fumaça e zero emissão de halogênio; (4) (4) Também chamados de dutos abertos ou de calhas abertas para piso; (5) (5) (5) (5) Soluções usando outros suportes que não perfilados, eletrocalhas ou leitos. Por exemplo, anéis, roldanas, redes, etc.
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 78 empresas pesquis adas.
Fonte: Revista Redes, T Redes, T Redes, Telecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações Instalações , junho de 2024.
Este e muitos outros Guias RTI RTI RTI estão disponíveis on-line , para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira.
Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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Um futuro sustentável com a fibra óptica
A fibra óptica é parte essencial dos avanços tecnológicos que estão moldando o futuro, como a IA – Inteligência Artificial e o machine learning que, para funcionarem com exatidão, dependem da alta velocidade proporcionada pelo cabeamento óptico. O artigo traz os desenvolvimentos e estudos que analisam formas de diminuir o consumo de eletricidade e a pegada de carbono no processo de fabricação da fibra.
AAislin Sulivan, Pushkar Tandon, Roshene McCool, da Corning, Amalia Diaz, Constantin Herrmann, da Sphera Solutions
fibra óptica está no centro do mundo conectado, transmitindo diariamente enormes quantidades de dados. As conexões atuais são possibilitadas por feixes de luz que se propagam através de fios finos, capazes de suportar mais de 150 Tbit/s por unidade.
Inventada há mais de 50 anos, a fibra passou por inúmeras evoluções: desde conectar locais com cabos longos e retos a redes interconectando mais de 400 milhões de residências com vídeo, telefonia e dados, ou até mesmo fornecendo altas taxas para data centers, o que propiciou a expansão dos serviços em nuvem para os mercados residencial e corporativo.
Durante os primeiros 20 anos, as implantações de fibra óptica concentraram-se principalmente em sistemas de longa distância, com ênfase na maximização da capacidade. Como a fibra óptica aumentou a penetração no acesso às aplicações domésticas, o foco também passou a ser a redução do custo de transmissão (por bit) nestas redes. Com a atual explosão da taxa de dados em aplicações de data centers, o gerenciamento do consumo de energia e o desenvolvimento de soluções sustentáveis tornaram-se elementos fundamentais nas expansões de redes de fibra óptica, uma tendência que provavelmente se acelerará em um futuro próximo.
Tal mudança também impacta os sistemas elétricos, que estão sendo
substituídos por ópticos em um ritmo acelerado. Do ponto de vista técnico-econômico, esta transição ocorreu em diferentes sistemas com taxa de dados de cerca de 100 Gbit/s por metro (figura 1).
A alteração dos sistemas elétricos para ópticos em redes submarinas, de longa distância e metropolitanas, ocorreu no início da aplicação da fibra óptica. O produto da taxa de dados e da distância está se aproximando do limite, mesmo para aplicações de curta distância, devido ao rápido aumento das transmissões de dados. Como resultado, os sistemas elétricos estão se convertendo em ópticos em redes de acesso, data centers e interconexões de sites, fibra para o servidor e óptica integrada.
Expandido o potencial humano
Desde a sua invenção, foram implantados mais de 6 bilhões de quilômetros de fibra óptica. Mesmo assim, a exclusão digital persiste. Em dezembro de 2021, estudos apontaram que apenas 23% da população mundial era capaz de se conectar à Internet via uma ligação doméstica de fibra óptica.
Para aqueles com acesso à conectividade banda larga, os serviços digitais de alta velocidade proporcionam benefícios diários. Infelizmente, aqueles que não estão
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TECNOLOGIA
conectados vivem uma realidade distinta e as desigualdades em necessidades básicas como proteção, educação e saúde são evidentes. Em 2020, as Nações Unidas declararam que a conectividade móvel e à Internet são direitos humanos fundamentais, permitindo que os cidadãos do mundo sejam agentes do seu próprio progresso, com dignidade e autossuficiência.
A ligação entre conectividade e crescimento económico também está bem estabelecida. A RTI International, um instituto de investigação independente sem fins lucrativos, estima que o impacto do 2Africa, um dos maiores projetos de cabos submarinos do mundo, acrescentará 0,42% a 0,58% no PIB africano nos primeiros dois ou três anos do início de seu funcionamento. De acordo com a FBA - Fiber Broadband Association, as cidades com fibra amplamente implantada tiveram um crescimento econômico 64% maior do que as metrópoles sem fibra.
Sustentabilidade para tecnologias de comunicação
energia está frequentemente no centro das atenções. De acordo com um artigo da IDATE [1], o setor de TICTecnologias de Informação e Comunicação contribui com cerca de 2% das emissões de GEE – Gases com Efeito Estufa, provenientes principalmente da energia utilizada para dispositivos conectados, data centers e redes. Com a rápida digitalização, esperase que este número aumente, a menos que a eficiência melhore.
Além disso, impulsionadas pela sua elevada capacidade de dados, as redes de fibra óptica têm uma área de serviço mais ampla. Segundo um estudo da FBA – Fiber Broadband Association, a fibra óptica pode fornecer serviços Gbit
óptica não sofre corrosão como os metais, resultando em redes que podem durar mais de 30 anos.
Com menos pontos de falha, a fibra óptica moderna com maior eficiência energética também tem potencial para superar as limitações de largura de banda das redes existentes. Energia, cuidados de saúde e outras infraestruturas críticas estão cada vez mais digitalizadas e dependem de redes de elevado desempenho e confiabilidade. As inovações no desenvolvimento de fibra óptica podem conseguir isso através de uma arquitetura de rede simplificada.
Carbono incorporado
À medida que a procura por banda larga continua a crescer e a necessidade de conectividade se torna mais crítica, o desenvolvimento de soluções sustentáveis torna-se um ponto focal. É imperativo ter um enfoque mais profundo nos impactos na sociedade, na utilização dos recursos ambientais e na forma com que os custos de desenvolvimento são mitigados. Globalmente, a fibra tem potencial para satisfazer as necessidades atuais de conectividade, minimizando o impacto ambiental e fornecendo soluções sustentáveis para as futuras gerações.
Fig. 1 - À medida que as taxas de dados aumentam, mais sistemas elétricos estão migrando para sistemas ópticos
sem componentes ativos adicionais, como amplificadores, 10 vezes mais longe do que aqueles associados a redes baseadas em cobre.
Resiliência
Eficiência e consumo de energia
Um tema recorrente na elaboração de políticas sustentáveis e planejamento estratégico é o impacto ambiental das atividades humanas, onde o consumo de
As redes de fibra óptica demandam menos equipamentos, resultando em impactos ambientais e custos operacionais reduzidos. Consequentemente, tais sistemas apresentam menos pontos de falha e menores requisitos e necessidade de manutenção de componentes de energia ativa, substituições de baterias e inspeções recorrentes. Juntamente com um consumo de energia mais eficiente, os benefícios tornam os sistemas de fibra óptica mais robustos do que as redes tradicionais de cobre. Além disso, a fibra
Custos operacionais menores, impactos ambientais reduzidos durante o serviço e transmissão resiliente de informações são possíveis com redes de fibra óptica. Elas moldaram o mundo moderno e têm o potencial de permitir uma digitalização mais ecológica, fornecendo mais largura de banda com menos material. O carbono incorporado associado à extração de matérias-primas, fabricação, transporte e ao fim da vida útil da infraestrutura de rede é um elemento crítico para comparar o impacto ambiental das tecnologias digitais concorrentes. A Corning executou um estudo de ciclo de vida (LCA) dos materiais contidos na fibra óptica e de seu processo de fabricação para avaliar seu impacto ambiental, quantificado como pegada de carbono. Os resultados deste estudo foram comparados com o CF –pegada de carbono do cobre com base em dados disponíveis publicamente. Embora diferentes configurações possam variar a capacidade de transmissão de uma rede, é possível simplificar a análise comparando uma fibra óptica a um par de cobre. Considere um par trançado de cobre usado em uma linha de assinante digital assíncrona (ADSL) e uma fibra óptica em uma rede de acesso. A pegada de carbono de uma fibra óptica é de 2,3 kg CO2eq/km, enquanto estima-se que dois
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TECNOLOGIA
Fig. 2 - Impacto do ciclo de vida (cradle-to-gate) da fibra
fios de cobre de 0,5 mm tenham uma pegada de carbono de 14 kg CO2eq/km, seis vezes a pegada de carbono de fibra no mesmo comprimento. No entanto, redes de fibra óptica atuais para usuários domésticos são capazes de fornecer largura de banda 2000 vezes maior em distâncias sete vezes maiores para o mesmo número de usuários.
Com base nestes valores, estima-se que para atingir a mesma capacidade de transmissão, no mesmo alcance, o par trançado de cobre demande uma pegada de carbono até 85 mil vezes superior à de uma fibra óptica.
de acordo com os princípios e requisitos das normas de gestão ambiental ISO 14040 e 14044, a análise LCA confirmou que a eletricidade necessária utilizada no processo fabril da fibra óptica é a principal fonte de impacto, contribuindo com 70-80% para o CF geral (figura 2).
Pegada de carbono (kg CO2eg/km)142,36 vezes menor Alcance total da distância (km)3217 vezes maior
Capacidade total de transmissão (Mbit/s)1020 mil2 mil vezes maior
Embora a análise exclua a reciclagem e a eliminação, bem como outros materiais e equipamentos necessários para fabricar ambos os cabos e operar as duas redes, ela eleva de forma conservadora as redes de fibra óptica em relação ao cobre a partir de uma perspectiva de carbono incorporado. Isto complementa as conclusões de outros estudos que confirmaram que podem ser alcançados benefícios ambientais e econômicos com a fibra óptica, eliminando componentes ativos e simplificando a arquitetura de rede.
A LCA é uma metodologia padrão utilizada para quantificar potenciais impactos ambientais de um produto ou processo. É realizada calculando as emissões de GEE associadas a todo o ciclo de vida do produto. Uma métrica comumente aplicada que resulta de uma LCA é o potencial de aquecimento global (GWP), também conhecido como CF. Para estimar o CF da fibra óptica, são consideradas todas as substâncias necessárias para a sua produção, bem como a eletricidade e outras utilidades (em inglês o chamado Cradle-to-Gate). Isto leva em conta todos os recursos necessários e as emissões causadas pela extração de matérias-primas em seu processamento em produtos semiacabados, a fabricação da fibra óptica e sua distribuição.
Para realizar o estudo, a Corning coletou dados primários de seus locais de produção e informações detalhadas sobre materiais para quantificar o impacto Cradle-to-Gate de sua fibra óptica. Utilizando o método de cálculo Environmental Footprint 3.0 (EF3.0) e
Também foi realizada uma análise Cradle-to-Grave para compreender os impactos do ciclo de vida do produto. Este teste expande os limites para considerar a distribuição e o fim da vida útil, onde a reciclabilidade e outros conceitos de circularidade desempenham um papel fundamental. O resultado confirmou que a eletricidade e as matérias-primas na fase de produção são os principais pontos críticos.
Como a fibra óptica é produzida
Para quantificar adequadamente o CF da fibra óptica, é importante entender como ela é fabricada. Embora existam muitas técnicas de desenvolvimento, a Corning inventou e utiliza o processo de deposição de vapor externo (OVD). As preformas são formadas camada por camada pela
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Estudo de ciclo de vida
óptica de 1 km com diâmetro de revestimento de 242 µm
Fig. 3 - Impacto da redução do diâmetro do revestimento na pegada de carbono da fibra óptica
Tab. I – Comparação do ciclo de vida (cradle to gate) do par trançado de cobre utilizado em ADSL e fibra óptica em rede de acesso
Par trançado de cobre (0,5 mm de diâmetro x 2 fios)
Par de de diâmetro fios) de Fibra óptica óptica Fibra óptica óptica óptica Comparação fibra x cobre fibra cobre fibra
TECNOLOGIA
deposição de partículas em uma haste alvo cilíndrica rotativa, atravessando a chama carregada de fuligem ao longo do eixo do alvo cilíndrico, e sinterizadas em vidro. Logo depois, as fibras ópticas são desenhadas a temperaturas tão altas quanto 2000°C. Durante o processo de trefilação, as fibras ópticas são revestidas com acrilato e curadas por UV (ultravioleta) para proteger a fibra de vidro de danificar e mitigar o aumento da atenuação sob forças externas.
revestimentos protetores de acrilato e outros auxiliares. Os resultados do estudo LCA da empresa indicam que as matérias-primas contribuem entre 15% e 20% do CF total da fibra óptica [2], com 50% do impacto atribuído ao precursor de vidro de sílica aplicado no processo químico de deposição de vapor e 40% ao revestimento de acrilato. Em geral, para uma fibra óptica com menor diâmetro de revestimento, é necessário utilizar
Devido às temperaturas elevadas envolvidas nos processos de deposição, sinterização e trefilação, a fabricação de fibra óptica consome muita energia. Em 2018, a Corning obteve uma redução de 50% na intensidade energética na fabricação de fibras ópticas e cabos, em um processo que vem sendo aperfeiçoado desde 2006.
Impactos na matéria-prima
São adotadas matérias-primas altamente puras para produzir fibras ópticas com baixa atenuação, tais como sílica ou vidro de sílica dopado,
menos materiais, resultando em um menor CF da fibra. A LCA confirmou que a matéria-prima CF de um diâmetro de vidro de 125 µm e 190 µm de diâmetro de revestimento de fibra é 17% menor que a matéria-prima CF da fibra padrão 242 µm de diâmetro de revestimento similar ao do vidro. Isso representa 3% redução no CF geral entre os dois tipos de fibra. À medida que as tendências da indústria continuam a impulsionar o aumento da densidade, as fibras com diâmetro de revestimento reduzido resultam num impacto favorável tanto na fibra como no cabo CF (figura 3).
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Fig. 4 - A pegada de carbono do cabo é melhorada com fibra óptica de diâmetro reduzido
Fibras de alto desempenho com diâmetros de revestimento reduzidos permitem obter maior densidade de cabos e dutos, ao mesmo tempo que reduzem o tamanho e materiais em cabos e soluções. À medida que o impacto da matéria-prima é reduzido, a fração da contribuição da eletricidade aumenta, com a conversão para eletricidade renovável proporcionando uma oportunidade para reduzir significativamente o CF do cabo (figura 4).
Impactos na fabricação e contribuição da eletricidade
Apesar do impacto dos materiais ser uma parte importante dos estudos Cradleto-Gate, ele não contempla o quadro completo. Os elementos produtivos necessários para converter os materiais em fibra óptica também fazem parte do escopo da LCA. Aqui, é possível notar que a água utilizada no processo, a energia térmica e os resíduos têm um impacto quase insignificante quando comparados com a quantidade de eletricidade necessária para a fabricação da fibra óptica.
O estudo LCA utiliza dados de fábricas com energia da rede padrão. Dado que a eletricidade tem um impacto de 70% a 80% do total de CF de fibra óptica, os
esforços contínuos para ampliar a eficiência energética e utilizar um mix de eletricidade mais verde são cada vez mais claros. O impacto da energia renovável foi estudado e a LCA confirma que o CF pode diminuir até 70%, levando a um valor de 0,70 kg CO2eq/km.
Conclusão
O mundo depende de dados, e a fibra óptica tem se mostrado superior a todas as outras alternativas, oferecendo uma capacidade que expande a largura de banda, ao mesmo tempo que reduz o consumo de energia e o carbono incorporado.
A exclusão digital persiste e, para conectar os desconectados, surgem necessidades adicionais de processamento, armazenamento e análise de dados, preparando o terreno para o crescimento dos data centers em nuvem. Além disso, a IA – Inteligência Artificial, o machine learning, o aumento do trabalho remoto e as tecnologias futuras impulsionarão o crescimento adicional da rede e da velocidade no processamento de dados.
Em comparação com redes baseadas em cobre, a fibra óptica reduz o consumo de energia em até 54%, diminui custos operacionais devido a
menores requisitos de manutenção e oferece alto desempenho e confiabilidade. Ela também possibilita reduzir o carbono incorporado em pelo menos 85 mil vezes quando se consideram os materiais e processos necessários para alcançar a capacidade de transmissão de uma rede de cobre. Esta melhoria aumenta potencialmente por um fator de três quando for alcançada 100% de implementação de eletricidade renovável na fabricação de fibra óptica. Olhando uma década à frente, a indústria das TICs tem a oportunidade de fazer o mundo avançar ao conectar os que estão desconectados e construir a nuvem para servir as exigências de dados do futuro.
REFERÊNCIAS
[1] IDATE Digiworld. Fiber for a Sustainable Future. Link: https:// en.idate.org/fiber-for-a-sustainablefuture/.
[2] Diaz, A., Benecke, S., & Herrmann, C. Life Cycle Assessment of Optical Fiber Cable and Connectivity Solutions Sphera Solutions Inc. on behalf of Corning Optical Communications LLC.
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Melhores práticas de eficiência e sustentabilidade
Os data centers são instalações complexas responsáveis por armazenar, processar e proteger uma imensa quantidade de dados, essenciais para o funcionamento de empresas e serviços ao redor do mundo. Este artigo apresenta algumas práticas de alta prioridade para a eficiência e sustentabilidade dos data centers, com insights claros sobre como otimizar as operações.
Marcelo Barboza, da Clarity Treinamentos
Neste artigo, abordaremos uma série de recomendações cruciais para a otimização e eficiência dos data centers, cobrindo temas essenciais que vão desde a formação de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar, essencial para uma tomada de decisão abrangente e informada, até o conhecimento profundo do data center através de auditorias físicas e lógicas. Essas recomendações são projetadas para equipar os gestores de data centers com as ferramentas necessárias para operar de maneira mais eficiente, sustentável e econômica, garantindo a resiliência e a continuidade dos serviços críticos.
As práticas recomendadas são consideradas de alta prioridade e aplicáveis universalmente a data centers novos ou em expansão, abrangendo integralmente todos os seus equipamentos de TI, mecânicos e elétricos. Essa abordagem é endossada pela mais recente edição (2023) das Diretrizes de Melhores Práticas para o Código de Conduta da União Europeia sobre Eficiência Energética em Data Centers (Best Practice Guidelines for the EU Code of Conduct on Data Centre Energy Efficiency), documento que serve como um marco regulatório e orientativo para a operação e design de data centers em busca de otimização
Gestores de data centers devem contar com as ferramentas necessárias para operar as instalações de maneira eficiente, sustentável e econômica
DATA CENTERS 80 – RTI – JUN 2024
energética e sustentabilidade. A aderência a essas diretrizes reforça o compromisso com a eficiência energética e assegura que as operações dos data centers estejam alinhadas com as práticas mais avançadas e responsáveis do setor, garantindo uma infraestrutura tecnológica mais verde, eficiente e sustentável para o futuro.
Grupo de Aprovação
Multidisciplinar
O conceito de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar em data centers é fundamental para garantir que as decisões tomadas reflitam uma compreensão abrangente e integrada de todas as áreas impactadas pela operação das instalações críticas. Este grupo é essencialmente uma equipe formada por representantes de várias disciplinas dentro da organização, cada um trazendo sua expertise específica para o processo de tomada de decisão. Vamos explorar mais a fundo a importância, composição e funções desse grupo.
A importância de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar
A complexidade de um data center é tal que decisões tomadas em isolamento, sem considerar as interdependências entre diferentes áreas, podem levar a resultados “sub-ótimos” ou até prejudiciais. Por exemplo, uma decisão sobre a aquisição de novo hardware de TI pode ter implicações significativas não apenas para o orçamento, mas também para a capacidade de refrigeração necessária, o consumo de energia e a gestão do espaço físico. A formação de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar assegura que todas essas considerações sejam avaliadas de forma holística.
Composição do grupo
A composição é deliberadamente diversificada para abranger todas as áreaschave envolvidas na gestão de um data center. Tipicamente, inclui:
• Gerência sênior: fornece uma visão
estratégica e assegura que as decisões estejam alinhadas com os objetivos de negócios da organização.
• TI - Tecnologia da Informação: representa as necessidades e requisitos do núcleo tecnológico, incluindo hardware, software e rede.
• Engenharia M&E - mecânica e elétrica: especialistas em infraestrutura física, focados em alimentação elétrica, climatização e outras necessidades físicas do data center.
• Software/aplicações: foca nas necessidades específicas das aplicações que serão hospedadas no data center, garantindo que o ambiente seja capaz de suportá-las adequadamente.
• Aquisições: responsável por avaliar fornecedores, negociar contratos e adquirir equipamentos e serviços dentro dos parâmetros de custo e qualidade.
Funções e benefícios
O Grupo de Aprovação Multidisciplinar tem várias funções essenciais, incluindo:
• Avaliação holística: garantir que as decisões sejam tomadas com compreensão completa de seus impactos em todas as áreas do data center.
• Governança e conformidade: assegurar que as decisões estejam em conformidade com as normas e padrões aplicáveis, como ANSI/TIA 942, BICSI-002, e ISO/IEC 22237.
• Otimização de recursos: promover a utilização eficiente dos recursos, identificando oportunidades para melhorar a eficiência energética, a gestão do espaço e a capacidade de refrigeração.
• Inovação e melhoria contínua: encorajar a adoção de novas tecnologias e práticas que possam melhorar a operação e sustentabilidade do data center.
A implementação de um Grupo de Aprovação Multidisciplinar é, portanto, um passo crítico para qualquer organização que busca otimizar as operações de data center de maneira sustentável e eficiente, garantindo que as decisões sejam informadas, estratégicas e alinhadas com os objetivos globais da empresa.
Conhecendo seu data center: auditoria física e lógica
Para otimizar um data center de maneira eficaz, é fundamental ter conhecimento aprofundado sobre os ativos e recursos disponíveis. A auditoria, tanto do estado físico quanto lógico dos componentes do data center, emerge como o passo inicial e crucial nesse processo. A abordagem meticulosa permite uma compreensão detalhada dos equipamentos em operação e dos serviços que estão sendo fornecidos.
Implementação de ferramentas de gestão baseadas em ITIL
A adoção de um Banco de Dados de Gerenciamento de Configuração (CMDB, da sigla em inglês) e de um Catálogo de Serviços, ambos conceitos fundamentais da Biblioteca de Infraestrutura de Tecnologia da Informação (ITIL, na sigla em inglês), é altamente recomendada. As ferramentas são essenciais para manter um registro organizado e atualizado dos ativos de TI e dos serviços oferecidos pelo data center. Uma norma útil e de referência para apoiar a prática é a ABNT NBR ISO 55000 – Gestão de ativos –Visão geral, princípios e terminologia.
CMDB - Banco de Dados de Gerenciamento de Configuração
O CMDB é uma base de dados que armazena informações sobre os elementos de configuração importantes dentro da infraestrutura de TI. No contexto de um data center, inclui:
• Detalhes sobre hardware, como servidores, switches e dispositivos de armazenamento.
• Informações sobre software, incluindo sistemas operacionais, aplicativos e licenças.
• Configurações de rede e relações entre os diferentes componentes de TI.
Ao manter essas informações atualizadas, o CMDB oferece uma visão holística do ambiente de TI, facilitando a identificação de dependências e o impacto de mudanças e falhas potenciais.
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DATA CENTERS
Catálogo de serviços
É um documento ou sistema que lista todos os serviços de TI disponíveis, incluindo descrições detalhadas, usuários ou departamentos destinatários, e informações sobre como solicitar cada serviço. Serve como uma ponte entre TI e seus usuários, esclarecendo o que está disponível e como acessar.
Benefícios da auditoria e da implementação de ITIL
• Visibilidade aumentada: ter visibilidade completa sobre os ativos físicos e lógicos permite que a equipe de TI gerencie melhor os recursos, antecipe necessidades de manutenção e planeje upgrades de forma proativa.
• Otimização de recursos: identificar equipamentos subutilizados ou obsoletos e serviços redundantes pode levar a uma otimização significativa, reduzindo custos e melhorando a eficiência operacional.
• Melhoria contínua: com um registro detalhado e organizado, torna-se mais fácil identificar áreas para melhorias contínuas, seja em termos de desempenho, segurança ou conformidade.
• Gestão de mudanças: proporciona um entendimento claro do ambiente atual e como as alterações propostas afetarão o sistema como um todo.
Em resumo, a realização de uma auditoria abrangente, tanto física quanto lógica, combinada com a implementação de práticas inspiradas na ITIL, como o CMDB e o catálogo de serviços, coloca o data center em uma posição de força para otimização e crescimento sustentável. Essa estratégia não apenas simplifica a gestão de recursos, mas também pavimenta o caminho para melhorias contínuas e uma operação mais eficiente.
Descomissionamento e remoção de equipamentos inativos
Equipamentos que não estão mais em uso ou que não suportam serviços
ativos, incluindo plataformas de teste e desenvolvimento que se tornaram obsoletas, representam um desperdício significativo de espaço e recursos. O descomissionamento é fundamental para otimizar o uso do espaço físico dentro do data center e desempenha um papel importante na redução do consumo de energia, alinhando-se assim aos objetivos de sustentabilidade.
Processo de descomissionamento e remoção
• Identificação de equipamentos inativos: o primeiro passo envolve a identificação cuidadosa de todos os equipamentos inativos ou obsoletos. Isso pode ser
A contenção de ar aprimora ainda mais a estratégia de corredores quentes e frios
realizado através de auditorias regulares e revisões do inventário, utilizando ferramentas de gestão de ativos e dados de monitoramento para identificar hardware que não está mais servindo a propósitos produtivos.
• Avaliação e planejamento: após a identificação, é essencial avaliar o impacto
potencial do descomissionamento de cada equipamento. Isso inclui verificar dependências, avaliar a possibilidade de reutilização em outros contextos dentro do data center e planejar a remoção de forma que minimize a interrupção das operações.
• Execução segura e responsável: o descomissionamento e a remoção devem ser executados de maneira segura e responsável. Isso envolve garantir que todos os dados contidos nos dispositivos sejam adequadamente apagados, seguindo padrões de segurança para a sua eliminação. Além disso, é importante considerar as melhores práticas ambientais para o descarte ou reciclagem de hardware, conforme regulamentações locais e internacionais pertinentes.
Benefícios do descomissionamento e remoção
• Otimização do espaço: a remoção de equipamentos inativos libera espaço valioso dentro do data center, que pode ser mais bem utilizado para acomodar hardware moderno e eficiente, ou para outras necessidades operacionais.
• Redução do consumo de energia: equipamentos obsoletos ou inativos frequentemente continuam consumindo energia e gerando calor, mesmo sem suportar serviços ativos, acarretando um aumento correspondente do consumo de equipamentos elétricos e de climatização.
Contribuição para a sustentabilidade
Além de reduzir o consumo de energia, o processo de descomissionamento e remoção de equipamentos inativos alinha-se com práticas de sustentabilidade, ao promover o uso eficiente de recursos e incentivando a reciclagem e o descarte responsável de hardware.
Esse processo maximiza o uso do espaço e recursos disponíveis e reforça o compromisso com práticas ambientalmente responsáveis. Ao adotar
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DATA CENTERS
uma abordagem sistemática e responsável para o descomissionamento, os data centers podem melhorar significativamente seu desempenho operacional e contribuir para um futuro mais sustentável.
Otimizando com a consolidação de serviços
A consolidação dos serviços existentes em um data center é um processo estratégico que visa otimizar o uso de recursos de hardware, que frequentemente são subutilizados, operando bem abaixo de sua capacidade total. A subutilização representa um desperdício de recursos valiosos e contribui para custos operacionais e de energia desnecessariamente altos. Através da implementação de tecnologias de compartilhamento de recursos, como a virtualização, é possível realizar uma consolidação eficaz dos serviços, melhorando a utilização dos recursos físicos e, consequentemente, otimizando o desempenho geral do data center.
A seguir, veremos algumas das tecnologias de compartilhamento de recursos.
Virtualização
É a espinha dorsal da consolidação de serviços. Permite que múltiplas instâncias de sistemas operacionais e aplicações sejam executadas em um único servidor físico, compartilhando seus recursos. Isso aumenta a eficiência na utilização do hardware e facilita a gestão e escalabilidade dos serviços.
Containers
Os containers oferecem uma abordagem mais leve à virtualização, permitindo que aplicações sejam empacotadas com todas as suas dependências, o que facilita a movimentação entre diferentes ambientes de computação. Isso otimiza ainda mais o uso dos recursos de hardware, ao mesmo tempo em que proporciona uma gestão simplificada dos serviços.
Benefícios
da consolidação de serviços
• Otimização do uso do hardware: ao consolidar serviços que utilizam apenas uma fração de sua capacidade de hardware, maximiza-se a utilização desses recursos. Isso significa que menos hardware é necessário para suportar a mesma quantidade de trabalho, o que pode levar a uma redução significativa no investimento em novos equipamentos.
• Economia nos custos operacionais e de energia: a consolidação de serviços reduz o número de servidores físicos necessários, o que, por sua vez, diminui o consumo de energia e os custos de refrigeração. Além disso, com menos hardware para gerenciar, os custos operacionais associados à manutenção e ao suporte técnico também são reduzidos.
• Melhoria na eficiência operacional: com menos servidores físicos para monitorar e manter, as equipes de TI podem focar em melhorias operacionais e inovações, ao invés de se ocuparem com a manutenção de uma infraestrutura inchada e subutilizada.
• Contribuição para a sustentabilidade: menos hardware e um uso mais eficiente da energia alinham-se com objetivos ambientais mais amplos, reforçando o compromisso do data center com práticas sustentáveis.
Em resumo, a consolidação dos serviços existentes por meio de tecnologias de compartilhamento de recursos como a virtualização é uma estratégia essencial para otimizar o uso do hardware em data centers. Esta abordagem melhora significativamente a utilização dos recursos físicos e oferece economias consideráveis nos custos operacionais e de energia, ao mesmo tempo em que contribui para a sustentabilidade e eficiência operacional. Implementar uma estratégia de consolidação bem planejada é, portanto, fundamental para qualquer data center que busca otimizar suas operações e o impacto ambiental.
Estratégias eficientes de gerenciamento térmico
O gerenciamento térmico eficiente é um pilar fundamental na operação de data centers, para garantir a confiabilidade e o desempenho ótimo dos dispositivos de TI, além de otimizar o consumo de energia e reduzir os custos operacionais. Uma das estratégias mais eficazes é o design de corredores quentes e frios, complementado pela contenção de ar. Essa abordagem melhora significativamente a eficiência do resfriamento e se adapta de forma flexível às variações de carga térmica dos dispositivos de TI.
Corredores quentes e frios
Envolve a organização física dos racks de servidores de maneira que os exaustores de todos os equipamentos estejam voltados para o mesmo lado (corredor quente), enquanto as entradas de ar estão voltadas para o lado oposto (corredor frio). Essa configuração cria zonas distintas de ar frio e quente dentro do data center, permitindo uma separação clara entre o ar que está sendo resfriado para ser usado pelos equipamentos e o ar que já foi aquecido por eles.
Entre os benefícios estão a eficiência no resfriamento (ao separar claramente o ar frio do ar quente, evita-se a mistura de ambos); a redução de custos de energia com o menor consumo de energia; e a maior confiabilidade e vida útil dos equipamentos, com a manutenção de temperaturas operacionais em níveis ótimos.
Contenção de ar
Aprimora ainda mais a estratégia de corredores quentes e frios. Pode ser implementada de duas formas principais: • Contenção de corredor frio: os corredores onde o ar frio é introduzido são fechados, geralmente com portas nas extremidades e coberturas no topo. Isso assegura que o ar frio seja direcionado exclusivamente para a entrada dos equipamentos, aumentando a eficiência do resfriamento.
84 – RTI – JUN 2024
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DATA CENTERS
• Contenção de corredor quente: os corredores por onde o ar quente é exaurido são fechados. Isso facilita a remoção eficiente do ar quente do ambiente, permitindo que o sistema de resfriamento opere com maior eficiência.
Adaptação às variações de carga térmica
Um dos aspectos mais valiosos da implementação de corredores quentes e frios, juntamente com a contenção de ar, é a capacidade de adaptar-se rapidamente às variações de carga térmica dos dispositivos de TI. À medida que a demanda de processamento varia, a geração de calor pelos equipamentos também muda. A estratégia de corredores quentes e frios, especialmente quando combinada com sistemas de contenção de ar, permite ajustes mais rápidos e precisos nos sistemas de climatização, garantindo que as condições ideais de operação sejam mantidas constantemente.
A implementação cuidadosa do design de corredores quentes e frios, complementada pela contenção de ar, representa uma estratégia sofisticada e altamente eficaz para o gerenciamento térmico em data centers. Esta abordagem assegura uma operação eficiente e confiável dos dispositivos de TI e promove uma significativa economia de energia, alinhando-se com os objetivos de sustentabilidade e eficiência operacional dos data centers modernos.
Aproveitando o free cooling
O free cooling representa uma abordagem inovadora e sustentável para o resfriamento de data centers, capitalizando sobre as condições ambientais externas para reduzir a dependência de sistemas de refrigeração mecânica, como ar-condicionado e chillers. Essa técnica não só promove uma operação mais verde e eficiente em termos energéticos, mas também pode resultar em economias substanciais de
custos operacionais a longo prazo. No entanto, a implementação efetiva do free cooling em data centers, especialmente naqueles situados em zonas tropicais, requer uma análise cuidadosa e uma abordagem adaptada às condições climáticas específicas dessas regiões.
Zonas tropicais apresentam desafios únicos para a implementação de free cooling devido às suas condições climáticas características, que incluem temperaturas elevadas durante todo o ano e alta umidade. Esses fatores podem limitar a eficácia do free cooling, uma vez que o ar externo pode não estar suficientemente frio para ser usado diretamente no resfriamento do ambiente interno, ou pode requerer tratamento adicional para reduzir sua umidade a níveis aceitáveis para a operação segura dos equipamentos de TI.
Estratégias para maximizar a eficiência do free cooling em zonas tropicais
• Análise climática detalhada: antes de implementar o free cooling, é crucial realizar uma análise climática detalhada da região onde o data center está localizado. Isso inclui não apenas a temperatura média, mas também a variação diurna e sazonal, bem como a umidade relativa. Essa análise ajudará a identificar períodos do ano ou do dia em que o free cooling seria mais eficaz.
• Tecnologias de tratamento do ar: para lidar com a alta umidade, podem ser utilizadas tecnologias de tratamento do ar, como desumidificadores ou sistemas de resfriamento indireto, que permitem o uso do free cooling sem introduzir umidade excessiva no ambiente interno. Essas tecnologias podem ser combinadas com sistemas de controle inteligente para otimizar a operação com base nas condições ambientais em tempo real.
• Sistemas híbridos de resfriamento: em zonas tropicais, o free cooling pode ser mais eficaz quando usado como parte de um sistema híbrido, complementando, em vez de substituir completamente, o resfriamento mecânico. Por exemplo, durante as horas mais frias do dia ou em estações mais amenas, o free cooling
pode ser utilizado para reduzir a carga sobre os sistemas de refrigeração mecânica, maximizando a eficiência energética.
• Isolamento e vedação eficientes: para maximizar os benefícios do free cooling, é essencial garantir que o data center esteja bem isolado e vedado, minimizando a troca de calor indesejada com o ambiente externo. Isso inclui a implementação de barreiras de vapor e isolamento térmico eficaz nas paredes, tetos e pisos.
• Adaptação arquitetônica: a concepção do data center pode ser adaptada para facilitar o free cooling, como a orientação do edifício para aproveitar os ventos predominantes ou a inclusão de elementos arquitetônicos que promovam a ventilação natural.
A implementação de free cooling em data centers localizados em zonas tropicais demanda uma abordagem cuidadosa e personalizada, considerando as peculiaridades climáticas da região. Apesar dos desafios, com planejamento adequado e a utilização de tecnologias adaptadas, é possível maximizar a eficiência do free cooling, reduzindo significativamente a dependência de refrigeração mecânica, os custos operacionais e o impacto ambiental. Investigar sua viabilidade, especialmente em novas construções ou atualizações de sistemas existentes, é um passo fundamental para data centers que buscam operações mais sustentáveis e eficientes.
Conclusão
As práticas abordadas neste artigo são cruciais para a operação eficiente e sustentável de um data center. A adoção dessas recomendações melhora o desempenho operacional e contribui significativamente para a redução do impacto ambiental, garantindo a eficiência e sustentabilidade dessas infraestruturas indispensáveis que são os data centers atuais.
O artigo original está disponível no site do autor: www.claritytreinamentos.com.br.
86 – RTI – JUN 2024
INTERFACE
Como está o desenvolvimento do padrão single-pair Ethernet (SPE)? Quais são as principais características dessa tecnologia e como está a normalização de cabeamento para SPE?
O single-pair Ethernet (SPE) é um padrão que estabelece métodos para a comunicação entre dispositivos baseados em protocolos de camada física Ethernet, normalmente algum tipo de CSMA - Carrier Sense Multiple Access, e descreve a transmissão no padrão Ethernet por um único par balanceado de cobre. Além da transmissão de dados via Ethernet, o SPE também permite a alimentação simultânea de dispositivos terminais via PoDL - Power over Data Line. Como sabemos, o padrão Fast Ethernet (100 Mbit/s) utiliza dois pares balanceados e o Gigabit Ethernet (1 Gbit/s), quatro. Um dos benefícios da tecnologia SPE é exatamente oferecer um método de conexão simplificado para as tecnologias de rede local, inclusive aplicações de altas velocidades. Potencialmente, a tecnologia SPE traz novas possibilidades e campos de aplicação para o padrão Ethernet, especialmente em ambientes industriais. No entanto, é importante esclarecer que essa não é a sua única aplicação para SPE. Essa tecnologia tem potencial para
Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: info rti@arandanet.com.br.
utilização em automação predial, algumas implementações IoT –Internet das Coisas, além de outras aplicações, inclusive em ambientes corporativos, e pode conviver com sistemas de cabeamento estruturado convencionais, pois opera em pares balanceados.
A pirâmide de automação estabelece cinco níveis hierárquicos:
• ERP - Enterprise Resource Planning: nível de gerenciamento e automação de processos.
• MES - Manufacturing Execution System: nível de planejamento, rastreamento e documentação dos processos de produção.
• SCADA - Supervisory Control and Data Acquisition: sistema composto por hardware e software para controle dos processos industriais.
• PLC - Programmable Logic Controller, DCS - Distribution Control Systems: nível de controle.
• Field-level: a base da pirâmide. É composta por dispositivos como sensores e atuadores.
O nível mais baixo, ou a base da pirâmide, é a camada física de conexão entre dispositivos, comumente conectados em
O IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers é responsável pela padronizacão nesse setor e há padrões já aprovados para SPE e outros em desenvolvimento. De forma geral, os padrões SPE estabelecem a transmissão Ethernet em diferentes velocidades, entre 10 Mbit/s e 10 Gbit/s, conforme apresentado na tabela I.
Single-pair Ethernet em ambientes industriais
A infraestrutura de cabeamento em redes industriais está na base da pirâmide de automação, definida pela ISA - International Society of Automation, conforme mostrado na figura 1.
topologia de barramento. Espera-se que, com o avanço das tecnologias de rede, infraestruturas mais eficientes sejam necessárias, o que abriria espaço para tecnologias como SPE em redes industriais.
No entanto, a infraestrutura para os padrões Ethernet apresenta um custo relativamente elevado, além de ser superdimensionada para a maioria das aplicações em redes industriais. Portanto, uma infraestrutura mais “simples” e “leve” para Ethernet se faz necessária para oferecer suporte às tecnologias mais sofisticadas, como algumas aplicações de IIoT - Industrial Internet of Things, indústria 4.0, etc. Novamente, para essas aplicações, a tecnologia
88 – RTI – JUN 2024 Paulo Marin
Fig. 1 – Pirâmide de automação. Fonte: ISA – International Society of Automation
Fig. 2 – Topologia de conexão ponto a ponto para SPE
Tab. I – Padrões IEEE para single-pair Ethernet
Padrão Velocidade de transmissãoDistância máxima de transmissão (m) Modo de transmissão Tipo de cabo
IEEE802.3cg(10Base-T1L)10Mbit/s1000FullduplexU/UTPeF/UTP
IEEE802.3bw(100Base-T1)100Mbit/s50
IEEE802.3bp(1000Base-T1)1000Mbit/s15
IEEE802.3ch(MultiGigBase-T1)2,5/5/10Gbit/s
SPE pode ser uma opção interessante.
De qualquer forma, pelo menos no Brasil, essa tecnologia ainda não conquistou um market share significativo. Independentemente disso, há algumas iniciativas para o fomento da SPE por organizações como a Industrial Partners Network, Single-pair Ethernet System Alliance, Ethernet Alliance, etc.
Quanto à normalização, há iniciativas da ISO - International Organization for Standardization, IEC - International Electrotechinal Commission e TIA - Telecommunications Industry Association, incluindo a infraestrutura de cabeamento para SPE.
No Brasil, a norma de cabeamento estruturado industrial (NBR 16521:2016), que passa por uma revisão na comissão de estudo (CE-003:046.005) que coordeno, trará especificações para cabeamento estruturado implementado em infraestrutura com um único par balanceado, até a frequência de 600 MHz.
Esse cabeamento terá como cobertura os padrões 1000Base-T1 Tipo A, 1000Base-T1 Tipo B,
100Base-T1, 10Base-T1S e 10Base-T1L.
As especificações de enlaces SPE são identificadas por suas respectivas frequências superiores, como 600, 66 e 20 MHz. A tabela II apresenta as especificações de canais SPE para esses padrões.
As características de um canal SPE são especificadas entre as conexões e o equipamento ativo. Como em qualquer sistema de cabeamento estruturado, o canal compreende somente os segmentos passivos do cabeamento, ou seja, cabos, hardware de conexão e patch cords, sendo que as conexões na interface entre o cabeamento e o equipamento ativo não fazem parte do canal.
As aplicações suportadas necessitam do desempenho do canal, que depende de fatores como comprimento do segmento de cabo e número de conexões. Quanto menor o segmento de cabo e o número de conexões, maior o desempenho do canal para aplicações SPE com requisitos de taxas de transmissão mais altas.
O cabeamento estruturado para single-pair Ethernet deve estar em conformidade com as classificações
ambientais, conforme estabelecido nos níveis MICE, especificamente com os níveis de isolação eletromagnética E1, E2 e E 3. A classificação ambiental para cabeamento estruturado é especificada na norma ISO/IEC 11801-1Information Technology – Generic Cabling for Customer Premises –Part 1: General Requirements e adotada pela NBR 14565Cabeamento Estruturado para Edifícios Comerciais e NBR 16521Cabeamento Estruturado Industrial.
Topologias de cabeamento para SPE
Para a transmissão de dados a velocidades entre 10 Mbit/s e 10 Gbit/s, uma conexão ponto a ponto (PtoP, point to point) é normalmente utilizada. Todos esses protocolos podem ser combinados com PoDLPower over Data Line para soluções de alimentação remota em corrente contínua (CC) dos dispositivos terminais. A figura 2 apresenta a topologia de conexão para SPE. O padrão IEEE 802.3cg também define a camada física
Tab. II – Especificações para cabeamento em um único par balanceado
Frequência Largura de Comprimento Tipo de caboTaxa dePadrão SPE superior (MHz) banda (MHz) máximo (m) transmissão (Mbit/s) suportado
90 – RTI – JUN 2024
≤ ƒ ≤ 60015U/UTPeF/UTP10001000Base-T1TipoA 6001 ≤ ƒ ≤ 60040F/UTP10001000Base-T1TipoB 661 ≤ ƒ ≤ 6615U/UTP100100Base-T1 201 ≤ ƒ ≤ 2015U/UTPeF/UTP1010Base-T1S 201 ≤ ƒ ≤
INTERFACE
6001
201000U/UTPeF/UTP1010Base-T1L
(PHY) do 10Base-T1S com um canal que combina comunicação ponto-multiponto, denominada multidrop (MD), conforme mostrado na figura 3.
O esquema apresentado na figura 3 é mais ou menos uma topologia de barramento convencional, com pelo menos 25 m de alcance e oito nós. Vale salientar que o padrão 10Base-T1S não suporta o fornecimento de alimentação elétrica
em corrente contínua (CC) ao equipamento terminal (PoDL).
Enfim, o padrão SPE encontra aplicação direta em ambientes industriais, tem potencial para utilização em outros ambientes, como automação predial, algumas aplicações IoT, redes corporativas e pode conviver com sistemas de cabeamento estruturado convencionais. Devido aos novos desenvolvimentos do padrão
Ethernet para ambientes industriais e automação, o SPE pode abrir algumas boas possibilidades no campo do cabeamento estruturado para aplicações diversas, permitindo um maior potencial de utilização dos cabos balanceados.
Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.
91 – RTI – JUN 2024
Fig. 3 – Exemplo de topologia de conexão multidrop (MD)
SEGURANÇA
RSA Conference 2024
Entre os dias 6 e 10 de maio ocorreu na Califórnia, EUA, mais um RSA Conference (RSAC), que ostenta a posição de principal feira e congresso de segurança da informação mundial há anos, e pelo que foi visto na semana do evento, continuará a ser. De acordo com os organizadores, mais de 40 mil pessoas compareceram ao simpósio, dividindo-se entre a exposição, a quantidade bastante alta de palestras e um sem-número de eventos e reuniões paralelas organizados por diversos fabricantes e integradores. Aos compromissos durante o dia se somam cafés da manhã, almoços, jantares, happy hours e festas noturnas. Ainda, nos dias que antecedem e sucedem a conferência, empresas organizam passeios para seus clientes nos arredores de São Francisco, cidade-sede do evento.
A importância da data se reflete no fato de que 10 em cada 10 fabricantes reservam a semana para seus anúncios de produtos ou inovações, tornando o evento um grande sinalizador do que a indústria de cibersegurança está focando. Mas o RSAC é um simpósio de marketing, e as inovações ficam embaçadas pelos anúncios de puro marketing. Um gr ande exemplo é a IA – Inteligência Artificial. A grande maioria das empresas fizeram anúncios relacionados, e é interessante verificar como a IA está sendo empregada para aumentar a eficiência dos produtos e tecnologias. Mas aí entra o marketing com suas frases de ef eito, e qualquer funcionalidade passa a ser baseada em IA. Quando tudo é IA, nem sempre é fácil identificar o que é inovação de fato e o que é mera propaganda.
A IA, sobretudo a generativa, acabou pelo segundo ano consecutivo a ser a vedete. Os protagonistas vão mudando a cada uma ou duas conferências, cabendo ao marketing transformá-los na solução para todos os males, ou quase uma bala de prata. Já tivemos o EDR - Endpoint Detection and Response, o XDR - Extended Detection and Response, o ZTNA - Zero Trust Network Access e o SASE/SSE - Secure [Access] Services Edge. A IA e principalmente a IA Generativa e LLM – Large Language Model têm realmente um potencial transformador para a segurança em dois sentidos: a eficácia das soluções e seu uso pelas equipes de gestão, SOC, investigação e threat hunting . Isso porque os produtos passam a ser alimentados em tempo real por uma série de fontes de dados e informação e a gerar dinamicamente um resultado muito mais rico e confiável. Dados e alertas específicos de uma empresa são melhores e mais rapidamente analisados e correlacionados com as informações globais, e conclusões podem ser tiradas a cada momento, facilitando e aperfeiçoando a automação. Um exemplo é a possibilidade de os analistas efetuarem perguntas em linguagem natural e receberem respostas únicas e recomendações de ações personalizadas. É uma grande transformação, mas está muito longe da bala de prata vendida pelos depar tamentos de marketing.
A IA Generativa representa também um novo risco ainda pouco mapeado pelas empresas. Desenvolvedores, por exemplo, podem começar a usar plataformas públicas como o ChatGPT para resolver problemas ou acelerar o desenvolvimento de códigos, colocando parte deles nas plataformas para que encontrem falhas de programação ou segurança, e sugiram correções. Uma vez na plataforma, o código, informação confidencial de
uma empresa, passa a fazer parte do seu grande banco de dados, e pode ser sugerido a outro programador, talvez de um concorrente, que use a plataforma para construir seu próprio programa. Eu citei códigos de programação, mas pode ser qualquer outra informação confidencial, um produto por exemplo. Sabemos também que as plataformas de IA também passam informações incorretas, o que pode fazer com que um designer de produto ou um programador cometa erros em seu trabalho. Assim, a IA Generativa se torna mais uma tecnologia a ser monitorada, como tantas outras. Mas não apenas os fabricantes usam o RSAC para posicionar seus investimentos e foco, mas também as empresas de análise como Gartner, Forrester e afins. Ambas começaram a citar com frequência o que o Forrester está chamando de HRM - Human Risk Management, ou Gestão do Risco Humano. O Gartner já havia colocado o item como prioridade para os CISOs em 2024 e 2025 em um de seus relatórios. Em geral, a área se refere às empresas para identificarem seus usuários e departamentos de maior risco, seja pelo comportamento ou pelas informações a que eles têm acesso, e direcionarem ações personalizadas que podem ser desde regras de acesso, como políticas de prevenção de vazamento de dados, passando por programas de treinamento também personalizados. Afinal, atrás de cada computador está um ser humano que irá receber um e-mail ou mensagem, acessar a Internet e manipular dados para o seu trabalho. Mais que focar na mensagem ou nos dados, move-se o foco para o usuário. As fontes de dados para a gestão de risco humano são principalmente os sistemas de correio eletrônico e mensageria em geral, proxy web ou secure web gateway, sistemas de treinamento e conscientização,
92 – RTI – JUN 2024 Marcelo Bezerra
agentes de monitoramento de atividades, sistemas de prevenção de vazamento de dados (DLP) e de classificação de dados ou arquivos.
Outra tendência, bastante comentada e anunciada, é a da consolidação das chamadas plataformas de segurança. Podemos entender uma plataforma como um conjunto de produtos que funcionam e atuam de maneira integrada, de ponta a ponta. A aquisição da Splunk pela Cisco e do IBM QRadar pela Palo Alto, concorrentes em diversas frentes, são bons exemplos. Ambos querem maximizar a experiência de uso de seus produtos a partir dos SIEMs. Esses grandes movimentos tendem a gerar ondas de reação no mercado e é de se supor algum tipo de consolidação, com outros grandes fabricantes adquirindo também empresas independentes de SIEM, o que irá mudar bastante o ambiente dos Security Operation Centers (SOCs). Os SOCs modernos utilizam uma série de ferramentas para consolidação, correlação e automação, mas sofrem com os tempos para implementação e uso efetivo das soluções. Aqui, mais uma vez, a IA poderá fazer uma grande diferença, contribuindo para que finalmente os produtos sejam usados em sua plenitude. Com tanto caminho pela frente, é capaz que a IA continue a protagonizar a próxima edição do RSAC.
Marcelo Bezerra é especialista em segurança da informação, escritor e palestrante internacional. Atua há mais de 30 anos na área, com experiência em diferentes áreas de segurança cibernética. No momento, ocupa o cargo de Gerente Sênior de Engenharia de Segurança na Proofpoint. Email: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.
93 – RTI – JUN 2024
PRODUTOS
Roteador
O Vigor3912S, da taiwanesa DrayTek, é um roteador que permite a instalação de containers Linux para aplicar gerador de relatórios, softwares para rede, entre outras funções. A solução oferece recursos como
SD-WAN, 500 túneis VPN e gerenciamento de navegação de Internet. Distribuído no Brasil pela iK1 Tecnologia. Site: www.draytek.com.br.
ONT
A ONT EG8145X6-10, da Huawei, está disponível em uma nova versão com antenas de 7 dBi, responsáveis por proporcionar uma área de
cobertura maior do que os modelos com receptores de 5 dBi. O equipamento disponibiliza 4 portas GbE, um acesso FXS e uma entrada USB, além de ser compatível com tecnologia GPON e Wi-Fi 6 de 2,4 a 5 GHz. Comercializado pela Connectoway. Site: https:// connectoway.com.br/.
Segurança
Desenvolvido pela Forcepoint, o DSPM – Data Security Posture Management é uma
solução de segurança de dados que utiliza IA – Inteligência Artificial para fornecer visibilidade em tempo real, facilitar a conformidade com regulamentações de privacidade e minimizar os riscos para informações armazenadas em diversas nuvens e redes, incluindo endpoints. A ferramenta utiliza a tecnologia de rede AI-Mesh para identificar rapidamente os riscos de dados, como redução de vida útil, acesso impróprio e armazenamento inadequado de arquivos. Essa compreensão capacita a tomada de decisões e protege informações sensíveis, examinando o contexto e o conteúdo de dados, priorizando tipos críticos, como propriedade intelectual e informações de identificação pessoal. Site: https:// www.forcepoint.com/pt-br.
Pontos de acesso
A HPE Aruba Networking lançou pontos de acesso Wi-Fi 7 da série 730. Segundo a empresa, as soluções são capazes de fornecer até 30% a mais de capacidade de tráfego sem fio do que produtos concorrentes. Os dispositivos eliminam a necessidade de implementação de uma
sobreposição de rede IoT –Internet das Coisas, fornecendo suporte ao hardware integrado a diversos protocolos IoT, como Zigbee e Bluetooth, ou por meio de interfaces duplas USB. Disponibilizam filtragem
UTB que elimina a interferência em canais adjacentes nas bandas de 5 e 6 GHz, maximizando o desempenho e a capacidade, oferecendo às organizações a flexibilidade de usar as duas bandas simultaneamente. Site: www.arubanetworks.com.
Kit SAT
A Proeletronic comercializa um kit preparado para banda Ku com antena parabólica, receptor e LNBF. Homologado pela Anatel, o
Proeletronic SAT HD recebe mais de 80 canais e é compatível com TVs de LED, LCD, plasma e tubo. Site: https:// proeletronic.com.br/.
Shelter
O IDC – Internet Data Center Shelter, da ALGcom, pode ser customizado segundo as especificações do cliente, mas há modelos padronizados, com dimensões de 1,5 x 1,5 m a 6 x 6 m, e fornecidos com controle de acesso, racks de TI, ar-condicionado de
precisão com redundância, telemetria, controle de incêndio, câmeras externas de vigilância e quadros de distribuição de energia e de transferência para gerador (QTA). Site: https://algcom.com.br/.
Grade antivandalismo
Fabricadas pela Seitec, as grades antivandalismo de 6U (foto) ou 13U são colocadas na parte interna, entre a porta e os equipamentos, impedindo a
remoção dos dispositivos. A segunda porta é trancada por um cadeado (não fornecido) e, após aberta, pode ser removida se necessário. Site: www.seitec.ind.br.
Filtro de ar para racks outdoor
O kit de filtro de ar da Azlink eleva a proteção de racks outdoor. Disponível
para entradas de ar de até 83 x 100 mm, a solução evita o acúmulo de poeira e impedem a entrada de insetos em aberturas de ar. Site: www.azlink.com.br.
94 – RTI – JUN 2024
Sistemas de controle
A 8 a edição da obra Engenharia de Sistemas de Controle, revisada e atualizada, traz o autor Norman Nise enfatizando projetos e visualizações que reforçam a compreensão de sistemas físicos e as especificações de projeto, além de destacar a importância das análises e dos projetos assistidos por computador, integrando o uso de MATLAB, Simulink e LabVIEW. Dividido em 13 capítulos dedicados a temas como modelagem, redução de subsistemas múltiplos, estabilidade, projeto através da resposta em frequência, sistemas de controle digital, entre outros, o livro traz ilustrações e gráficos, além de materiais suplementares online. Editora GEN (https://abrir.link/GOLOA),552 páginas.
Cidade digital
Em Cidade Digital Estratégica Além da Smart City: Guia para Projetos de Cidades Inteligentes, o autor Denis Alcides Rezende descreve partes, fases, subfases e produtos de metodologias para os projetos municipais, detalhando de maneira objetiva a visão moderna e a aplicação adequada de um guia para
planejamentos em cidades brasileiras e estrangeiras. Além disso, a obra traz outros conceitos inerentes a funções ou temáticas municipais, como empreendedorismo e planos plurianual, diretor, inteligência pública e suas integrações. Editora InterSaberes (https://abrir.link/ egTdV), 280 páginas.
Mercado de trabalho
O estudo da Kaspersky The Portrait of the Modern Information Security Professional revela que 43% das empresas latinas precisam de seis a nove meses para encontrar um profissional qualificado em cibersegurança. A falta de experiência (57%) foi citada como um dos maiores desafios dos gestores empresariais, juntamente com o elevado custo de contratação (52%) e a rápida evolução tecnológica (42%). Vale destacar que a dificuldade de contratação nesse caso representa um risco para as empresas, que podem se tornar alvos vulneráveis para ataques online. A ausência desse profissional pode atrasar uma política de atualização ou dificultar a identificação precoce de ações suspeitas dentro da rede,
permitindo a infiltração de cibercriminosos na infraestrutura. Dividida em quatro capítulos, a análise foi realizada com 1012 profissionais de segurança da informação em 29 países da Ásia-Pacífico, Europa, além das Américas do Norte e Latina, e contou com o auxílio da Grand View Research. Link: https://abrir.link/kWucQ.
Nuvem
A prática de FinOps traz responsabilização para o modelo de gasto variável da nuvem. Usada pela maioria das empresas globais, essa prática de gerenciamento evoluiu de uma atividade secundária para a disciplina que realmente gerencia os custos da nuvem. No livro Cloud FinOps , os autores J.R.
Storment e Mike Fuller descrevem o processo de construção de uma cultura de nuvem FinOps baseando-se em sucessos e falhas vivenciados no mundo real por grandes investidores em recursos de nuvem. Esta segunda edição revisada inclui novos capítulos que abordam previsão, sustentabilidade e conectividade com outros frameworks. Editora Novatec (https://abrir.link/sNCGq), 504 páginas.
Índice de anunciantes
Abrint ..........................91 e 97
AGORA Distribuidora ..........51
ALT Telecom........................65
AVS Brasil ...........................45
Cabletech ............85 e 3a capa
Connectoway .......................63
D2W....................................14
Datacom .............................19
Dicomp ...............................21
DZS......................................18
PUBLICAÇÕES 96 – RTI – JUN 2024
Embrastec ..........................12 Fibersul ..............................35 Fibracem ............................43 Forte Telecom .............46 e 47 Fujikura ..............................59 Furukawa ....................11 e 53 Gamma-K ............................69
Grupo Moura .......................33 Huawei ..................................7
Klint
LevEduca
Next
Nexusguard
NIC.br..................................95 Olé
PE
Pematel
RBXSoft...............................40
TecFiber
Vero.....................................57 Vigo .....................................78 Watch Brasil .......................75 WDC Networks ....................61 WZETCH
27 YOFC
ZielTec
iK1 Tecnologia ....................54 Intelbras .....................36 e 37
.....................................55
............................64 MK Solutions .......................67
Cable ..........................41
........................73
TV .........................5a capa Padtec.................................13 Panduit.................. 16, 20 e 50
Tubos.............................17
...............................10 Proeletronic ........................79 Prysmian ............................31
Rosenberger Domex ..........71 SMH Sistemas.....83 e 4a capa
..............................44 TGL Telecom .......................77 TP-Link .......................2ª capa
Networks .....22 a
....................................15
................................34
ISP EM FOCO
Janyel Leite, vice-líder do conselho de administração da Abrint
Refletindo a difusão do espectro do 6 GHz
A possibilidade ventilada pela Anatel de licitar parte da faixa de 6 GHz como espectro licenciado para telefonia móvel provocou reflexões e preocupações dentro da Abrint. Já é bem sabido que defendemos a manutenção da destinação integral da faixa para o uso não licenciado, visando democratizar o acesso ao espectro e incentivar a conectividade significativa. Então, a primeira reflexão que surge é: o que tem impedido a expansão do uso da faixa de 6 GHz em redes Wi-Fi?
Nos últimos cinco anos, houve uma explosão nas demandas corporativas e residenciais por banda larga de qualidade. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela necessidade de manter o funcionamento de negócios e estudos no período da pandemia, mas também pelo avanço na popularidade de serviços digitais, plataformas de conteúdo e novas tecnologias que demandam mais banda para seu pleno funcionamento.
Nesse cenário, seria lógico o uso em larga escala dos novos padrões Wi-Fi 6E e, mais recentemente, o Wi-Fi 7 para atender às novas demandas. Mas, ao que se percebe, ainda estamos engatinhando no uso da faixa de 6 GHz. Em nossa visão, isso se dá principalmente em razão dos custos dos equipamentos de rede e dos devices capazes de fazer uso da faixa. O que vemos é uma situação de “ovo” ou “galinha”: a indústria de Wi-Fi não investe nos produtos porque não há
Esta seção aborda aspectos técnicos, regulatórios e comerciais do mercado de provedores de Internet. Os artigos são escritos por profissionais do setor e não necessariamente refletem a opinião da RTI
dispositivos (celulares, computadores etc.) no mercado que gerem essa demanda? Ou seria o contrário?
Para reverter essa situação, a Abrint tem realizado diversas ações. Pelo lado da oferta de equipamentos, temos participado de debates e eventos nacionais e internacionais buscando urgência dos fabricantes na entrega de equipamentos e dispositivos que utilizem a plena capacidade dos 6 GHz. Em 2024, estivemos no International Consumer Electronic Show - CES e no Mobile World Congress - MWC para conversar com fabricantes de todo o mundo em busca de soluções factíveis para o mercado brasileiro. Hoje, já temos previsão de roteadores que operam na faixa de 6 GHz chegando ao país por cerca de US$ 100, equipamentos que já custaram até quatro vezes mais nos últimos anos.
Pelo lado da demanda, temos incentivado todos os provedores a investirem em roteadores Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7, buscando bater a meta de 1 milhão de domicílios conectados na faixa de 6 GHz até o final do ano. Sabemos que é uma meta ousada, mas podemos ver uma movimentação pela adoção da faixa de 6 GHz nos mercados corporativo e hoteleiro, por exemplo. Na sede da Abrint já damos esse exemplo: instalamos uma rede completa para um escritório full wireless em 6 GHz.
Além disso, a Abrint tem incentivado um processo de pesquisa e ação junto à academia e indústria, em que as partes interessadas vão desenvolver estudos de casos para demonstrar os benefícios sociais e econômicos do uso não licenciado do espectro de 6 GHz. O objetivo é mostrar, na prática, os impactos da nova tecnologia, que deverá trazer inúmeros benefícios aos usuários. Os equipamentos nos padrões Wi-Fi 6E e 7 já possuem maior eficiência energética (menor custo
na conta de energia) e podem embarcar IA - Inteligência Artificial para otimizar o uso do espectro, reduzindo interferências até mesmo nas faixas mais ocupadas de 2,4 e 5 GHz.
O recado que a Abrint passa a todos os provedores e fabricantes é claro: não podemos perder essa oportunidade. Vivemos um momento ímpar, onde as políticas públicas têm reforçado a prioridade na democratização do acesso à conectividade. Enfrentar as dificuldades do começo é necessário para que cheguemos ao estágio onde os nossos desejos sejam atendidos.
A evolução nas redes dos provedores vai permitir entregar velocidades muito acima de 1 Gbit/s. Contudo, sem uma estrutura de Wi-Fi robusta dentro dos domicílios e negócios, o usuário não perceberá o nosso salto de qualidade. Não se trata apenas de acesso à banda larga, mas sim do uso significativo e com qualidade. Nesse contexto, podemos enfatizar áreas como saúde, educação e segurança, que notadamente estão tomando a frente e exigindo disponibilidades de soluções para suas demandas.
Não podemos retroceder. O Brasil já fez uma escolha pelo uso não licenciado do espectro de 6 GHz. Vamos vivenciar as dificuldades, conhecê-las e resolvê-las. É um passo essencial para que o país continue sendo referência na inclusão digital.
Janyel Leite é vice-líder do conselho de administração da Abrint. Graduado em análise de sistemas com pós-graduação em segurança da informação, atua no mercado de provedores de Internet há 21 anos através da empresa Avanza Telecom, de Conceição do Jacuípe, BA. Também atuou por 12 anos na área de auditoria interna e gestão de riscos.
98 – RTI – JUN 2024
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