RTI - Outubro - 2021

Page 1



DESTAQUES Ano 22 - Nº- 257 Outubro de 2021

Eficiência energética em data centers

O aumento dos custos de energia e o receio de um apagão podem acelerar o movimento das empresas para estruturas mais resilientes. As principais empresas de colocation estão preparadas para enfrentar a crise de energia no país.

ESPECIAL

16

Categoria 6A

A Categoria 6A é a tecnologia de par trançado de cobre dominante e recomendada para as novas aplicações. Prova de seu sucesso é o volume de vendas que não para de crescer, quase duas décadas após a redação inicial da norma.

CABEAMENTO ESTRUTURADO

28

Guia de switches e comutadores KVM

O levantamento a seguir traz a relação de fabricantes e importadores de switches para transporte, acesso, redes locais e data centers. Também inclui aplicações industriais e KVM, com informações como número de portas, funcionalidades e recursos adicionais.

SERVIÇO

44

Indicadores de desempenho (KPIs) para redes

A medição sistemática, estruturada e balanceada dos resultados por meio de KPIs (indicadores de desempenho) permite que os diferentes setores analisem os dados e tomem as devidas ações.

PROVEDORES DE INTERNET

Capa

Foto: Shutterstock

48

Guia de racks

Veja onde encontrar os racks de que precisa para seu projeto de data centers, cabeamento ou rede industrial no guia a seguir, que detalha modelos, material, estrutura e capacidades. Também são informados os acessórios para os produtos.

SERVIÇO

56

Controle de entrada com reconhecimento facial

Com verificações seguras, precisas e sem contato, a liberação de entrada e saída por reconhecimento facial tem ganhado cada vez mais espaço no mercado corporativo em tempos de pandemia de Covid-19.

ACESSO

60

Gerenciamento de data centers em sites de pequeno e médio portes

O desafio para os administradores de sites de menor porte é equilibrar as finanças para manter os ativos do data center atualizados e realizar a gestão da infraestrutura de forma a garantir a disponibilidade das operações.

AUTOMAÇÃO

68

Contenção de corredores em data centers

Até mesmo um data center com uma boa gestão do fluxo de ar na refrigeração pode sofrer vazamentos de ar quente e frio. O confinamento de corredores, técnica que utiliza anteparos sobre os racks e portas, pode ajudar a sanar o problema.

CLIMATIZAÇÃO

74

SEÇÕES Editorial

4

Informações

6

Em Rede

76

Interface

78

Segurança

82

ISP em Foco

84

Produtos

86

Atendimento ao leitor

87

Publicações

89

Índice de anunciantes

89

Agenda

90

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.


EDITORIAL

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA.

Eficiência energética em data centers Pressionada pela pandemia, a digitalização da

economia vem aumentando de forma significativa a demanda por serviços de telecomunicações, processamento e armazenamento de dados. Como mostra a reportagem que começa na página 16, as empresas de data centers estão anunciando ousados planos de expansão e construção de novas unidades, muitas das quais já com espaço contratado antes mesmo de saírem do papel. Conforme previsões da Research And Markets, o mercado deverá crescer a uma média de 7,6% ao ano na América Latina no período de 2021-2026. Se por um lado o cenário é promissor, dado o enorme volume de investimentos envolvidos (e toda a cadeia de negócios que movimentará), por outro existe um desafio que chegou com força neste segundo semestre: a oferta de energia elétrica, insumo fundamental para a disponibilidade das operações, responsável por cerca de 30% a 40% dos custos de manutenção de um data center. Diante da crise hídrica, do aumento das tarifas e da ameaça de apagão, os gestores têm uma equação complexa para resolver. Os provedores de hosting e colocation estão adotando medidas emergenciais para garantir o atendimento em caso de falhas na rede elétrica e apagões, como contratos com vários fornecedores de diesel para alimentação dos grupos geradores em regime ininterrupto. As ações também envolvem práticas de redução do consumo – por exemplo, uso de lâmpadas LED, sensores de presença e temporizadores em todos os ambientes, atualização de servidores por modelos com processamento mais eficiente e melhoria da eficiência dos sistemas de climatização. Uma outra medida é a contratação de energia de operadores e autogeração com injeção na rede. Com os baixos níveis das represas e a geração hidrelétrica comprometida, fontes alternativas da matriz energética (eólica e solar) são cada vez mais procuradas. A ação também conta pontos na agenda ambiental, social e de governança (ESG - Environmental, Social, Governance), uma vez que os data centers hyperscale têm como clientes os principais provedores de serviços em nuvem do mundo. A grande maioria desenvolve programas de redução de emissão de carbono e uso de energia renovável, exigindo indicadores que acompanhem suas metas de sustentabilidade. O alto custo da bandeira vermelha e o medo do racionamento devem motivar empresas que ainda mantêm seus data centers on premises a migrarem para estruturas na nuvem, que trabalham com planos de contingência e contratos de nível de serviço. Essas instalações oferecem um porto seguro e estão preparadas para enfrentar até mesmo o pior dos cenários futuros. Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO: REDAÇÃO Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Diretor Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau PUBLICIDADE NACIONAL: comercial: Élcio S. Cavalcanti Gerente comercial Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) Patricia Santos (patricia.santos@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: CIRCULAÇÃO São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.


吀䔀䌀一伀䰀伀䜀䤀 䄀  圀䤀 䘀䤀   㘀 伀一唀  䠀䜀㘀㄀㐀㔀䘀

刀伀吀䔀䄀䐀伀刀 匀刀㄀ 㐀㄀夀

吀䔀䌀一伀䰀伀䜀䤀 䄀  䔀  唀䰀 吀刀䄀  嘀䔀䰀伀䌀䤀 䐀䄀䐀䔀

匀伀䰀唀윀픀䔀匀  䘀䤀 䈀䔀刀䠀伀䴀䔀 爀 攀氀 攀猀猀  ⠀ 㐀䜀⼀ 㔀䜀⤀ 䘀吀吀砀  ⠀ 伀䰀吀Ⰰ   伀一唀Ⰰ   刀漀琀 攀愀搀漀爀   圀椀 䘀椀 ⤀ 䌀愀戀漀猀  ⠀ 䌀愀戀漀  搀攀  䘀椀 戀爀 愀  팀瀀琀 椀 挀愀Ⰰ   圀椀 吀爀 愀渀猀洀椀 猀猀漀⠀ 伀吀一Ⰰ   䐀䌀䤀 ⤀

伀倀䜀圀 Ⰰ   䌀愀戀漀  匀甀戀洀愀爀 椀 渀漀⤀

一攀琀 眀漀爀 欀  倀漀眀攀爀

䐀愀琀 愀䌀漀洀  ⠀ 匀眀椀 琀 挀栀⼀ 刀漀甀琀 攀爀 ⤀

伀䐀一

䌀氀 漀甀搀 吀甀爀 渀欀攀礀

⠀ ㄀ ㄀ ⤀   ㌀ 㐀㘀ⴀ 㤀㌀㌀㌀

猀甀瀀瀀漀爀 琀 ⸀ 戀爀 愀稀椀 氀 䀀ǻ戀攀爀 栀漀洀攀⸀ 挀漀洀


INFORMAÇÕES

6 – RTI – OUT 2021

faixas não licenciadas. A taxa de transferência combinada é superior a 2 Gbit/s por setor. Com CPEs WiFi-5, fornece até 200 Mbit/s a uma distância de 2 a 5 km. O usuário pode conectar qualquer smartphone ou dispositivo habilitado para WiFi diretamente à torre a uma distância de 1 km e atingir velocidades de download de até 100 Mbit/s. Instalado em torres de telecomunicações existentes, o sistema é escalável e permite agregar até 1000 usuários simultâneos por setor. O baixo consumo de energia e menores

redes móveis atuais ou que são muito caros para a maioria da wireless não licenciados população”, diz Richard Pak, CEO da AirSpace IX e Curvalux Group. de alto desempenho Segundo Pak, o principal mercado Apesar do avanço da fibra óptica no são as localidades com populações país, muitas localidades significativas de áreas mal servidas, permanecem desconectadas devido onde técnica ou economicamente às longas distâncias dos centros há desafios de fornecer acesso à urbanos e dificuldades naturais de Internet rápida. A empresa concluiu acesso. Nessas situações, a vários testes de prova de conceito e alternativa mais viável demonstrações em países como economicamente é o uso de Filipinas, Indonésia, Malásia, tecnologias sem fio. Os fabricantes Rússia, Mongólia, Kuwait, Hong do setor vêm desenvolvendo Kong, Ilhas Cook, EUA e Reino soluções capazes de oferecer maior Unido. A Curvalux tem planos eficiência e desempenho em ambiciosos para o Brasil. No frequências não licenciadas, momento, a empresa está a custos mais acessíveis de negociando testes com aquisição e operação. É o vários operadores de tamanhos diferentes. “A caso da Curvalux Inc, especializada em região é estratégica e equipamentos de importante para a Curvalux. comunicação terrestre, Estamos trabalhando para construir relacionamentos e pertencente à parcerias fortes com os norte-americana Delaware Corporation. Com sede nos reguladores governamentais, EUA, a empresa foi fundada operadoras e provedores de em 2017 e faz parte da serviços. Queremos holding AirSpace IX Group, desenvolver uma presença Sistema ponto-multiponto da Curvalux instalado na de longo prazo com que também controla a torre da Globe Telecom nas Filipinas: infraestrutura operações locais e até Saturn Satellite Networks, de banda larga a todo o arquipélago fabricante de satélites. capacidade de produção. A Curvalux desenvolveu e requisitos de manutenção também Estamos avaliando o melhor patenteou o Curvalux 1.2, sistema reduzem o custo de operação. A modelo comercial para nos engajar ponto-multiponto que opera em infraestrutura pode ser alimentada e trabalhar com distribuidores e frequências de 5 GHz usando banda exclusivamente por fontes revendedores regionais”, diz Krister base WiFi-5 ou WiFi-6 padrão. A renováveis para rápida implantação Almström, Executivo de novidade está na tecnologia em ambientes rurais ou onde a rede Desenvolvimento de Negócios multibeam phased array: 16 feixes de energia não esteja disponível. baseado em São Paulo. estreitos separados por setor de 60° Com antena de alto ganho (150 W Ele lembra que o Brasil hoje ainda concentram a energia de por setor), menos de 1000 W são tem mais de 30 milhões de pessoas radiofrequência em um feixe necessários para enviar sinais de sem acesso à Internet. A solução fortemente focado como um alta potência por longas distâncias. Curvalux poderá ajudar a acelerar a apontador laser. Com isso, é Comparativamente, os sistemas implantação da banda larga e reduzir possível alcançar elevadas LTE/5G requerem de 10 a 15 kW. a exclusão digital em áreas que ainda velocidades e distâncias de até “Impulsionado por sua não são suportadas com acesso à 20 km com linha de visada direta. escalabilidade, com velocidades 10 Internet. “O tempo de lançamento é O isolamento do feixe também vezes maiores que as redes LTE, e essencial e nossa solução é fácil e reduz interferências de outras menores custos de manutenção e rápida de instalar, com atividades de fontes, levando a uma melhor operação, com 90% menos manutenção muito baixas. A solução conectividade. consumo de eletricidade, o sistema é robusta e preparada para diversas e O sistema é interoperável com Curvalux oferece uma enorme desafiadoras situações ambientais”, qualquer ponto de acesso Wi-Fi 5 vantagem para provedores e diz Almström. ou Wi-Fi 6 padrão e CPEs de operadores, que têm condições de mercado, permitindo o uso de ampliar serviços de Internet para Curvalux – Tel. (11) 95654-6759 equipamentos de baixo custo e comunidades fora do alcance das Site: www.curvalux.com

Curvalux apresenta sistemas


7 – RTI – SETEMBRO 2000 7 – RTI – OUT 2021

MCD Telecom oferece rede neutra a provedores

Internet. O software smart OLT faz a separação, provisionamento e gerenciamento dos assinantes. O drop a partir da CTO – caixa terminal óptica e a instalação da ONU na A MCD Telecom, com sede em residência ficam a cargo do provedor, Brasília, DF, está oferecendo sua rede que também se encarrega do de fibra para que os provedores atendimento e suporte técnico ao regionais possam aumentar a cliente. Para o assinante o serviço é capilaridade e chegar aos assinantes de transparente. forma rápida, descomplicada e com Entre os 40 parceiros que já alugam reduzido investimento. As portas ópticas sua rede, há empresas pequenas que são alugadas por R$ 20 o assinante. A antes só forneciam acesso via rádio e empresa conta com 4000 km de agora conseguiram migrar para a backbone próprio em Brazlândia, Águas fibra, além de operações maiores, Claras, Riacho Fundo 2, Taguatinga, com cerca de 20 mil assinantes, já Ceilândia e Sol Nascente, todos estabelecidas e com serviços FTTH, municípios do DF, além de Águas mas que estão recorrendo à rede Lindas de Goiás e Luziânia, GO. neutra para aumentar a capilaridade. “Ajudamos o provedor a se fortalecer”, Para aderir ao modelo, a MCD diz o diretor Wesley estabelece o mínimo Gonçalves da Silva, que de 50 portas ativadas, atua no mercado de o que gera uma receita telecomunicações desde de R$ 1000 por mês 2008 e comprou a MCD apenas com o aluguel em 2018. Sob nova da rede, fora a direção, a empresa, que contratação do link, atendia somente o sob demanda, que é o varejo desde sua carro-chefe da empresa. fundação, em 2009, A MCD está passou a focar mais o construindo um mercado corporativo. backbone de 370 km em “Meu objetivo sempre 10 cidades do interior foi o atacado”, afirma. de Minas Gerais, Hoje os cerca de 12 mil também para aluguel, e assinantes residenciais expandindo em Goiás. Wesley Gonçalves, da são mantidos somente “Um provedor constrói MCD: mais de 40 sua rede pensando em em Águas Lindas. Nas provedores usam sua uma participação de outras localidades, o rede neutra mercado de 20%, 30%. portfólio é voltado para Na MCD pensamos em 100% de venda de links e aluguel de rede ocupação. Eu posso colocar 10 neutra. empresas trabalhando na minha rede”, Segundo o executivo, o modelo diz o diretor. traz benefícios para os provedores, que ao alugar as portas da MCD não De acordo com ele, os clientes precisam mais de investimentos finais estão satisfeitos porque em pesados para expansão ou cobertura algumas cidades ou bairros havia de uma área nova. “Em vez de gastar apenas um ou dois provedores de R$ 1 milhão para passar fibra em Internet atuando. “Quando eu chego um pequeno bairro, a empresa pode com o modelo de rede neutra, alocar os recursos na compra de rapidamente essas localidades passam cabos drop e equipamentos e já a ter cinco provedores. A competição começar a vender o serviço de banda traz melhores preços e serviços para a larga”, diz. população”, finaliza. Ao assinar o contrato, basta instalar o equipamento PPoE no data center da MCD – Tel. (61) 3618-0664 MCD, que também fornece o link de Site: www.mcdtelecom.com.br

Furukawa e Advnet IT instalam cabeamento industrial em fábrica de chocolate

A Harald, produtora de chocolates com

sede e fábrica em Santana do Parnaíba, SP, através de seu plano estratégico de otimização e atualização do parque fabril, atualizou o sistema de cabeamento de sua fábrica. O local demandava a instalação de produtos voltados para ambiente industrial que atendessem aos requisitos de redes OT e IT e oferecessem suporte para a caminhada da empresa na indústria 4.0. “O projeto utilizou cabeamento feito com materiais LSZH para reforçar a segurança”, lembra Givaldo Soares, analista de automação sênior da Harald. Em busca de produtos aptos a atender à demanda, a Harald conheceu a marca FI2S, da Furukawa, um portfólio de soluções de comunicação IoT – Internet das Coisas para ambientes de missão crítica. “A Harald exigia uma solução sem interferência eletromagnética para não atrapalhar o sistema de automação. Outra questão foi o tempo reduzido de ociosidade da fábrica, o que nos deu um período muito curto para instalar o cabeamento. Como solução, a Furukawa sugeriu produtos pré-conectorizados que oferecem instalação rápida e suportam o ambiente industrial”, explica Leonel Rodrigues, market manager da Furukawa. A implantação teve início em agosto de 2020 e foi finalizada em maio de 2021. O processo foi realizado pela Advnet IT, integrador Furukawa focado em projetos de médio e grande porte com especialização em cabeamento estruturado e fibra óptica para redes industriais 4.0 e automação. Desde o início, em alinhamento com o programa de sustentabilidade da Harald, foi planejada a retirada e a destinação de todo o material de forma a causar o menor impacto ambiental possível. Quando comunicadas sobre a demanda, a Advnet IT e a Furukawa sugeriram a utilização do Programa Green IT.


INFORMAÇÕES

Planta industrial da Harald

Criado em 2007, o Programa Green IT consiste na permuta de sobras de cabos de comunicação e energia, de qualquer fabricante, por cabos novos da marca Furukawa. Esse material é encaminhado para tratamento e reciclagem, transformando-se em matéria-prima para outras indústrias. Já as empresas que aderem ao programa recebem um certificado de participação que atesta o seu compromisso com o meio ambiente e também uma bonificação, por meio de um cheque verde, no valor do peso real enviado, que pode ser trocado por produtos Furukawa ou revertido em doação para uma instituição beneficente. O projeto demandou a instalação de mais de 22 mil metros de cabeamento de cobre, além de fibra. Foi utilizada a solução FI2S com conectividade metálica e óptica pré-conectorizada. Para agilizar os trabalhos, a Furukawa enviou cabos ópticos de 3 a 233 m com conectores em suas extremidades. “A medida dispensou o processo de fusão para a instalação do cabeamento, economizando tempo”, explica Rodrigues. Para melhor aplicação, a equipe da Advnet IT instalou diversos anéis de fibra com um total de 3 mil metros pré-conectorizados, proporcionando ainda mais agilidade nos serviços e um impacto menor nos tempos de parada das linhas de produção. “Os maiores desafios foram o cumprimento do prazo da passagem dos cabos, pois dependiam de uma estrutura de aramados e leitos realizada por outro fornecedor, e a execução dos serviços aéreos localizados em áreas restritas, próximas à produção”, informa Tetsuo Tanaka, diretor técnico comercial da Advnet IT.

8 – RTI

Para o ambiente crítico, foi criado um mini data center a partir de uma infraestrutura de virtualização, respeitando todas as normas e boas práticas vigentes. “Hoje temos uma rede mais segura e robusta, com alta disponibilidade e preparada para os novos desafios tecnológicos”, celebra Soares. Durante o processo, foram adotados todos os protocolos de segurança contra a Covid-19, como distanciamento social, uso de máscaras e álcool gel. A Furukawa forneceu garantia de 15 a 25 anos, a depender do componente e aplicação, levando em consideração a criticidade do ambiente, com intempéries como poeira, óleo e umidade. Advnet IT – Tel. (11) 4152-4786 Site: www.advnetit.com.br Furukawa – Tel. 0800 041 2100 Site: www.furukawalatam.com

Electroson: passivos para redes metálicas e ópticas Fundada em 1955, a Electroson

iniciou sua trajetória em Madri, na Espanha, com a criação e comercialização de elementos passivos para redes metálicas e ópticas. No Brasil, está presente desde 1997 com unidade em Curitiba, PR, a primeira da companhia fora da Europa. “A Electroson chegou em um período de privatizações das teles brasileiras. Inicialmente, até por uma questão de também ser de origem espanhola, nosso primeiro cliente no Brasil foi a Telefônica”, lembra Eduardo Eugenio Sordi, diretor comercial da Electroson. A fábrica brasileira tem aproximadamente 6 mil m2. O espaço é utilizado para a montagem final dos produtos vindos da matriz espanhola. Os cabos drop, por exemplo, são



INFORMAÇÕES

Fábrica da Electroson em Curitiba

conectorizados no local de acordo com as especificações técnicas do comprador. “Utilizamos um padrão de qualidade com sete pontos de verificação. Isso faz com que o nível de atenuação seja baixo. As emendas já saem preparadas de fábrica para que o técnico não precise fazer a distribuição das fusões em campo”, afirma Sordi. O portfólio é dividido em produtos ópticos e metálicos, sendo a primeira a principal linha da companhia. Entre os seus destaques, além dos cabos pré-conectorizados, estão as caixas pré-conectorizadas CTOPS – SPL 1:2+1x8 e a CTO P8. A primeira apresenta tampa selada, entrada e saída de cabo óptico, sistema organizador com bandejas, emenda de fibra, caixa

10 – RTI – OUT 2021

para dois divisores tipo cassete e 18 adaptadores ópticos de baioneta com acesso e conexões reforçadas de fora da caixa. Já a segunda conta com entradas e saídas de cabo óptico duplas nas laterais, armazenamento de tubos de cabos, sistema organizador com bandejas de emenda de fibra e splitter óptico com oito adaptadores reforçados tipo fast conector. “Nossos diferenciais são o custo/benefício em relação a uma solução de prateleira, customização e infraestrutura”, aponta o diretor. Sobre os efeitos da Covid-19 na produção, Sordi disse que a Electroson não sofreu tanto, pois havia antecipado a compra de insumos antes da pandemia, acreditando em uma guinada do mercado brasileiro. “O único fator que não esperávamos foi a alta nos custos do transporte internacional”, recorda. Com cerca de 350 funcionários no Brasil, a Electroson atende

aproximadamente 50 clientes. Para 2022, pretende aumentar a família de produtos pré-conectorizados e ampliar sua presença no segmento de provedores regionais. Electroson – Tel. (41) 3593-1000 Site: www.electrosonteleco.com.br

Plataforma identifica e prevê falhas de segurança em active directory A Tenable, desenvolvedora

norte-americana de soluções de cyber exposure com mais de 30 mil clientes no mundo, lançou o Tenable.ad, ferramenta que permite visualizar e aprender como lidar com riscos no AD – Active Directory, interrompendo possíveis vias de ataque para invasores. O produto chega para aumentar o portfólio da companhia, que conta com soluções como o Nessus, um scanner que busca e identifica vulnerabilidades no ambiente; o Tenable Lumiun, plataforma para análise de dados e avaliação da criticidade do ativo; o Tenable.sc, utilizado em instalações on-


11 – RTI – OUT 2021

premises; e o Tenable.io, aplicado na nuvem e que pode ser integrado com o Tenable.ad. “No mundo pós-pandemia, a superfície de ataques aumentou muito, principalmente com a adoção do trabalho home office. Uma pesquisa realizada pela Tenable em 2021 mostrou que quatro das cinco vulnerabilidades mais exploradas para invasões utilizavam acesso remoto”, explica Arthur Capella, country manager da Tenable Brasil. Para aplicar a solução, a empresa precisa ter uma taxa de monitoramento mínimo de 500 ativos. Em matéria de recursos, o Tenable.ad possibilita descobrir fraquezas ocultas no AD, esmiuçar erros de configuração em linguagem simples, obter recomendações de correções para cada problema, visualizar ameaças em uma linha do tempo, além de detectar técnicas de ataque como DCShadow, Brute Force, Password Spraying,

gerencia diversas DCSync e Golden Ticket. infraestruturas e permite “Quanto mais complexo a companhia ter uma for o AD, maior será a visão global de todos necessidade de protegê-lo, esses parâmetros de uma vez que passará por segurança em um único constantes mudanças à console. medida que mais usuários Com equipes próprias o acessem”, diz Capella. Arthur Capella, da em São Paulo, Rio de Um dos cases de Tenable: soluções Janeiro e Brasília, a sucesso no uso do de cyber exposure Tenable oferece Tenable.ad foi o da para análises de risco de segurança treinamento constante farmacêutica francesa para suas equipes de Sanofi. Com 100 mil revendedores e integradores funcionários em 100 países e 87 espalhados pelo Brasil. “Temos unidades de produção em 38 interesse em explorar mais o países, incluindo fábricas mercado de provedores. Por brasileiras em Suzano e Campinas, ambas em São Paulo, a ofertarem serviços, as operadoras empresa utilizou a solução com o acabam atuando como objetivo de elucidar os diferentes integradores Tenable, pois seus clientes também consomem as grupos de políticas, configurações nossas soluções”, finaliza o e dados internos para detectar executivo. inconsistências, vulnerabilidades ou comportamentos malintencionados. A plataforma Tenable – Site: https://br.tenable.com/


INFORMAÇÕES

12 – RTI

Eleva transforma serviços de telecom em benefícios corporativos

portadores de cartão, permitindo uma oferta inteligente de produtos e serviços. De acordo com Caio Bittencourt, sócio-investidor da Eleva, o serviço é 100% digital, com baixo custo O home office foi a saída operacional e facilidade de encontrada por boa parte das escalar o negócio. “Ao invés empresas para que suas de se relacionar com atividades não sofressem milhões de interrupções em função da estabelecimentos, a Eleva Covid-19. Em 2020, essa interage apenas com poucas opção de jornada de operadoras”, destaca. trabalho foi imprescindível e Os colaboradores podem Caio Bittencourt, se manteve fundamental usar o saldo creditado da Eleva: serviços ainda em 2021. pela empregadora por Foi pensando nessa nova de telecom como meio de um aplicativo benefícios tendência que um grupo exclusivo, além de corporativos de investidores criou a poder complementar os startup Eleva. Com sede em São pagamentos com outros meios, Paulo, a companhia fornece um como cartão de crédito. serviço que visa garantir a conectividade e a comunicação Eleva – Tel. (11) 99990-5878 entre colaboradores em home office, as empresas onde trabalham e as operadoras de telecom. Para isso, entrega a mesma praticidade de um vale- refeição para que os funcionários possam pagar seus serviços de telecom (Internet banda larga, celular pós-pago Com sede em Lajeado, RS, a Quaza ou pré-pago, entre outros), por meio do Tecnologia fornece para o mercado o cartão digital de benefícios Eleva. sistema de gestão técnica e comercial Segundo uma pesquisa feita pela Quaza Provedores. O desenvolvimento startup com 200 empresas, 60% dos da plataforma durou aproximadamente entrevistados oferecem benefícios de cinco anos. A empresa, fundada em cobertura das despesas com os serviços 2003 sob a alcunha de Pixel Mídia de conexão home office, via reembolso. Digital e focada em soluções de Dessas, 70% afirmam que irão e-commerce, recebeu uma solicitação manter os pagamentos pós-pandemia. de um provedor cujo sistema de gestão Mais de 50% dos respondentes mostrava algumas deficiências. consideram que o valor do benefício Conforme as lacunas iam sendo não pode ser inferior a R$ 150 preenchidas, a equipe percebeu que mensais. O estudo também levantou o havia uma demanda no mercado por potencial do mercado para o serviço um produto similar ao que estavam de vale telecom, resultando em um desenvolvendo. Isso fez com que a total de 18 milhões de usuários. companhia gradualmente parasse de Sem encargos e riscos trabalhistas, os trabalhar com e-commerce e passasse a empregadores passam a ter uma nova atuar somente com o ainda categoria de benefícios para retenção de embrionário netControl. seus colaboradores e aumento da “Alteramos as nomenclaturas tanto produtividade. Já as operadoras podem da empresa quanto da solução por contar com uma quantidade de recursos uma questão de mercado. Nosso foco antes inexistentes, isto porque há um inicial era somente o Rio Grande do novo dinheiro “marcado” para gastos Sul e, quando expandimos, as marcas com telecomunicações como banda Pixel Mídia Digital e netControl já larga, telefonia celular, entre outros. estavam patenteadas, sendo Além disto, a operadora pode posteriormente alteradas para Quaza estabelecer um canal direto com os

Quaza Tecnologia: sistema de gestão para provedores



INFORMAÇÕES Tecnologia e Quaza expansão de um provedor Provedores”, recorda Pedro demanda ferramentas e, Wessel, diretor da sem elas, a tarefa de empresa. crescer e poder arcar com A plataforma trabalha valores maiores fica com nove módulos: comprometida”, diz cliente (gerenciamento Wessel. de contratos e Não existe um número acompanhamento de mínimo ou máximo de Pedro Wessel, da consumo de banda de clientes para que o Quaza Tecnologia: usuários); suporte provedor esteja apto a sistema completo (criação e controle de utilizar o Quaza serviços); estoque (permite transferir Provedores. Comercializada como um produtos entre filiais, bem como gerir ERP e sem cláusula de fidelidade, a o depósito); financeiro (automatiza o plataforma não tem um CRM de envio e a emissão de boletos, além vendas, atuando na gerência de de permitir a integração do contratos já assinados. Pelo menos departamento com instituições uma vez por mês a equipe da Quaza bancárias); fiscal (despacho e Tecnologia atualiza o software, recebimento de notas, emissão de incluindo novas funcionalidades. A DICI para Anatel); comunicação empresa também desenvolve (disparo de mensagens via SMS, emódulos específicos sob demanda. mail ou WhatsApp de forma “Oferecemos suporte 24 horas e individual ou em massa); rede/fibra backups diários dos sistemas dos (leitura e autorização de ONUs); provedores. Além disso, conseguimos mapa de rede (checa a qualidade da detectar o modelo e o fabricante fibra óptica via integração com o assim que uma ONU é ativada”, Google Maps); e portal (configura o pontua o diretor. site do usuário final). A plataforma pode ser utilizada em Ao contrário de outros sistemas no nuvem ou localmente. Já o seu tempo mercado, o Quaza Provedores não é de implantação varia de acordo com comercializado por módulos, e sim o sistema ou banco de dados a ser de forma integral. “Entendemos que a migrado. O Quaza Provedores também

14 – RTI – OUT 2021

conta com dois aplicativos para celular disponíveis na App Store e no Google Play, sendo um para clientes com funcionalidades como abertura de chamados, segunda via de boleto, teste de conexão e emissão de notas fiscais, e o outro para técnicos com ferramentas de coleta de assinaturas, mapeamento de rede, atendimentos e teste de velocidade. “Hoje já atendemos provedores em todo o Brasil e, para 2022, o objetivo é ampliar a carteira de clientes e triplicar o tamanho da empresa”, projeta Wessel. Quaza Tecnologia – Tel. (51) 3748-5199 Site: www.quazatecnologia.com.br

Quatro provedores se unem para formar a maior operação do Centro-Oeste O movimento de consolidação do

mercado de provedores, até então concentrado no Sul, Sudeste e Nordeste, agora começa a tomar corpo no Centro-Oeste, região já considerada pelos especialistas como a próxima fronteira de fusões e aquisições (M&A) do setor.


15 – RTI – OUT 2021

O resultado da primeira transação será apresentado oficialmente em novembro, embora a nova empresa já esteja operando em gestão compartilhada desde o dia 1° de junho. Trata-se da ALLREDE Telecom, com sede em Goiânia, GO, que nasce a partir da soma dos Vinicius Borges, ativos de quatro provedores: CEO da ALLREDE: novas incorporações Via Telecom, Ligo, Unilink e em estudo Infortek. “Cada empresa estava consolidada em uma área geográfica diferente e sem sobreposição, o que nos permite iniciar a operação com uma cobertura que se estende pelo Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás e Triângulo Mineiro”, diz Vinicius Borges, CEO da ALLREDE, anteriormente sócio-fundador da Via Telecom, sediada em Jataí, GO. Com a diretoria formada pelo CEO e os outros seis sócios oriundos das empresas, a ALLREDE está construindo uma nova sede em Goiânia, um edifício de quatro andares com capacidade para abrigar 360 funcionários nas áreas administrativa, comercial e atendimento. Os antigos escritórios passarão a atuar como regionais do grupo. A transação não envolveu recursos financeiros e a partir de janeiro de 2022 o regime da ALLREDE mudará para S.A. “Estamos realizando a integração dos sistemas e uniformizando os processos. O modelo de governança já está em prática”, diz Borges. O processo de fusão levou 14 meses. A escolha dos parceiros considerou não apenas a afinidade e relacionamento comercial existente entre as empresas, mas a cobertura das redes: o objetivo era ter uma complementaridade, sem sobreposição no mapa. O processo acabou levando à parceria com a Ligo, de Itumbiara, GO, na divisa com Minas Gerais; Unilink, de Bela Vista de Goiás, na região metropolitana do estado; e Infortek, de Rio Verde, GO, no sudoeste goiano. As empresas estão no mercado há cerca de 12 anos, mas seus fundadores já vinham do mercado de telecomunicações, com larga experiência em operadoras. Somados os esforços, a ALLREDE conta com 67 mil acessos FTTH e presença em 46 municípios, interligados por um backbone óptico de 6700 km de alta capacidade. Até o final do ano, os números vão aumentar ainda mais. “Estamos em negociação com provedores locais, preparando para a entrada na operação nos próximos meses”, diz o executivo. Com isso, a cobertura subirá para 92 mil acessos até janeiro de 2022. ALLREDE - Site: www.allrede.com.br


ESPECIAL

16 – RTI – OUT 2021

Eficiência energética em data centers Fábio Laudonio e Sandra Mogami, da Redação da RTI

O

Além da pandemia, que pressiona a digitalização dos serviços de infraestrutura, o aumento dos custos de energia e o receio de um apagão podem acelerar o movimento das empresas para estruturas mais resilientes e elevados níveis de disponibilidade. As principais empresas de colocation estão conduzindo importantes planos de expansão na região e estão preparadas para enfrentar a crise de energia no país.

aumento dos custos de energia, com a criação da bandeira de escassez hídrica, anunciada recentemente pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, e os riscos de apagão no país têm impacto direto nas operações dos data centers, que precisam de alimentação contínua para garantir a disponibilidade e segurança do processamento de informações. Com a transformação digital e aumento do tráfego de dados ocorrido nos últimos meses, os desafios se tornam ainda maiores. As mudanças na matriz energética dependem de políticas governamentais e de longo prazo, mas algumas medidas de eficiência podem ser aplicadas nas instalações com reduzido investimento e rápido retorno, em especial nos sistemas de climatização, que correspondem a 40% dos custos de energia de um data center. “O PUE médio no Brasil, métrica que mede a eficiência energética nas instalações, é de 1,7 a 2,4 diz Rogerio Fujimoto, vicepresidente de operações da green4T, empresa sediada em São Paulo com mais de 950 data centers implantados no Brasil e em 12 países da América Latina.

Além de soluções de tecnologia e implementação de data centers, a empresa realiza serviços de operação e manutenção a mais de 390 clientes, o que possibilita a criação de uma expertise focada em redução de perdas e ganhos rápidos. “Temos uma jornada de eficiência energética que pode resultar em economia de até 60% no consumo de energia da instalação”, diz. Entre os exemplos estão o confinamento de corredores de ar frio/quente e a localização de áreas com grande dissipação de calor, baseados em programas de simulação computacional, e a transferência de servidores para racks menos densos. Do lado do processamento, as medidas incluem a atualização de servidores por modelos com processamento mais eficiente e a virtualização, com a consolidação de servidores. Entre as novidades da green4T está o uso de óleo de grafeno para eliminar o atrito entre o motor e compressor, reduzindo o gasto de energia e aumentando a vida útil dos equipamentos. “A bomba e o compressor têm um movimento de pressão constante para empurrar o ar quente ou


17 – RTI – OUT 2021

frio dentro do sistema. Com a película protetora do óleo na superfície, esse movimento se torna mais suave”, diz Fujimoto. Os climatizadores são ideais para o uso de óleo de grafeno, pois têm muitas partes mecânicas e rotativas. O desenvolvimento foi apresentado aos clientes no final de 2020 e já vem sendo testado em alguns climatizadores. As medições realizadas pela green4T mostraram uma redução de 20% no consumo de energia. “O grande valor não está no óleo de grafeno, que já é usado há muito tempo nas indústrias automotivas para reduzir atrito, mas a forma como é aplicado e gerenciado. Ou seja, como, quando e onde usar o produto de forma eficaz e sem interferência no data center em operação. O nosso conhecimento técnico, aliado ao produto, é o diferencial”, diz o executivo. A seguir apresentaremos as ações que as principais empresas de colocation estão realizando para reduzir os impactos da crise de energia e assim garantir as operações de processamento de dados em pleno funcionamento, sem riscos de interrupções.

Ascenty A Ascenty apresenta uma capacidade total instalada de energia de 437 MW. De seus 27 data centers, sendo 17 já em operação e outros 10 em construção, 23 ficam no Brasil, espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. Já os outros quatro estão no Chile e no México, com dois em cada país. Segundo Sérgio Abela, diretor de operações data centers da Ascenty, o consumo teve um acréscimo de 50% em 2020. “O aumento mostra como a demanda por serviços de data center e telecomunicações, sejam de conectividade, streaming, serviços que rodam na nuvem, videoconferência e tantos outros, foram bastante impactados positivamente pela pandemia”, explica.

Campus de data centers Ascenty em Vinhedo, SP

Para manter os sites em pleno funcionamento, a Ascenty investe em ambientes com proteções elétricas e ar-condicionado. Somente em 2021, a companhia já realizou mais de 14 mil manutenções preventivas e melhorias em seus equipamentos. “Além disso, migramos todos os nossos data centers para o ACL – Ambiente de Contratação Livre de energia, o que trouxe uma redução de 25% a 30% nos custos com eletricidade”, complementa Abela. O ACL, também conhecido como Mercado Livre de Energia, atua com energias convencional e incentivada. A primeira corresponde à matriz energética brasileira, com a participação de todas as fontes possíveis de geração. Já a segunda é proveniente de fontes alternativas que utilizam recursos renováveis como sol e vento. “Todos os nossos contratos a partir de 2023 são compostos exclusivamente por energia incentivada e as novas aquisições, de 2019 em diante, optam por esses tipos de fontes. Também temos contratos com grandes empresas produtoras de energia do Brasil, entre elas a CPFL Soluções e a Enel”, lembra o diretor. Sobre a crise hídrica, Abela ressalta que é um momento de atenção, onde todos temos que buscar reduzir o consumo de energia e água, garantindo a manutenção dos serviços fundamentais para a vida em sociedade. “O aumento nos preços da energia impacta a todos, atingindo a produção, os serviços e o usuário final. Porém, vejo também que nestes momentos surgem novas oportunidades. Acredito que será um período importante para o Brasil enxergar novas possibilidades de

concessões. Já está havendo uma busca por painéis solares e demais equipamentos necessários para a autoprodução e o próximo passo precisa ser a facilitação da conexão dos dispositivos à rede e o acesso a esses insumos, para que exista o aumento do número de pessoas produzindo energia solar em seus telhados”, projeta.

Equinix Com sete data centers no Brasil, sendo

cinco no estado de São Paulo e dois no Rio de Janeiro, a Equinix tem investido desde 2015 na ampliação da eficiência energética e na adoção de fontes 100% renováveis em todos os seus mais de 220 sites ao redor do mundo. “A pegada ecológica global da Equinix dobrou desde 2015. A média anual de eficiência no uso de energia (PUE) caiu 5% entre 2015 e 2019, mesmo diante do crescimento da companhia, graças a investimentos feitos para ampliar a eficiência energética dos data centers. Ressalto que todos os nossos relatórios de sustentabilidade estão disponíveis para consulta no site da empresa”, diz Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil.

Data center da Equinix

Para auxiliar na gestão de energia, a Equinix mantém programas permanentes de sustentabilidade, com medidas como redução do consumo e amplificação da eficiência por meio de técnicas como free cooling e enclausuramento de corredores quentes. Globalmente, a empresa já investiu mais de US$ 120 milhões em eficiência energética e retrofits. “Desde 2011, os programas ajudaram a evitar o consumo de 1,1 milhão de MWh”, lembra Carvalho.


ESPECIAL 18 – RTI – OUT 2021

Além dos programas de sustentabilidade, os novos data centers seguem padrões de design onde a eficiência energética é tida como prioridade. Para isso, a empresa procura adequar os sites de forma a estarem aptos a receber certificações LEED – Leadership in Energy and Environmental Design nível silver ou equivalente. Todos os projetos aproveitam as condições ambientais locais. Um exemplo é a captação de água da chuva no site do Rio de Janeiro, medida que resultou em uma diminuição de aproximadamente 70% no consumo de água e 10% de energia desde a sua inauguração. Já o SP3 de São Paulo coleta a água pluvial para ser posteriormente tratada e utilizada em um sistema free cooling evaporativo. Se a temperatura externa estiver 15°C, a interna deverá ser de 20°C, aproveitando a temperatura mais baixa do ar externo, economizando energia para o processo de resfriamento. Segundo o presidente, durante períodos de fortes temporais, 100% da água de resfriamento é oriunda da chuva, captação que gera uma

economia de aproximadamente 700 mil galões de água/ano no SP3 (um galão corresponde a 3,785 litros). No Brasil, a Equinix utiliza energia de fonte predominantemente hidrelétrica. Em alguns países, como nos Estados Unidos, é aplicado o modelo eólico. “Sempre estamos em busca de parcerias com fornecedores certificados de energia limpa ou renovável. Nas Américas, 94% da energia consumida em nossos data centers vem de fontes renováveis”, afirma o presidente. Sobre a possibilidade de o Brasil passar por uma nova crise energética, Carvalho explica que o consumo de energia é parte intrínseca do negócio da Equinix e, por isso, seu planejamento leva em conta eventuais flutuações. “Já se fala de uma crise elétrica no país há algum tempo, e sempre procuramos nos preparar para problemas de ordem natural ou de fornecimento. Temos um planejamento sólido, inclusive com o apoio de uma consultoria. Por analisarmos os custos com energia sob uma perspectiva de longo prazo, as oscilações não geram reajustes imediatos em nossos serviços”, finaliza.

HostDime P ara garantir disponibilidade e operação ininterrupta em seu data center, localizado em João Pessoa, PB, a HostDime vem realizando uma série de medidas para melhorar a eficiência energética em suas instalações e

Data center da HostDime, em João Pessoa, PB: usina fotovoltaica garantirá autossuficiência

também está investindo na construção de uma usina fotovoltaica própria que atenderá 100% de sua demanda. Com capacidade de 1,5 MW, a planta está sendo construída em uma área entre a capital paraibana e Campina Grande, com previsão


Seu Data Center está preparado para o futuro com o 5G? !

https://info.wdcnet.com.br/data-center-edge-smartpop


ESPECIAL 20 – RTI – OUT 2021

de conclusão em julho do próximo ano. A energia gerada será injetada na rede da concessionária local. A HostDime é uma empresa norte-americana, fundada em 2001 e com operações no Brasil desde 2006. Especializada em armazenamento de dados, colocation e servidores dedicados, foca no atendimento de médias e grandes corporações. O data center conta com 1500 m2 totais de área, sendo 500 m 2 de piso elevado. Concluída em 2017, a instalação possui certificação Tier III do Uptime Institute. Segundo John Brito, engenheiro elétrico da HostDime, a demanda

John Brito, engenheiro da HostDime: aumento de demanda e serviços

por serviços de data center teve elevado crescimento nos últimos anos, principalmente com a obrigatoriedade do isolamento social e a urgência de adaptação durante a pandemia. “Clientes ampliaram serviços, empresas nos procuraram e nossas atividades cresceram”, afirma. Como resultado, o consumo de energia também aumentou. Atualmente a capacidade é de 550 kVA. “Só no andar do data center, a demanda tem crescido a uma média de 20,14 kW ao mês. Já consumimos aproximadamente 37% de nossa capacidade de UPS e aproximadamente 33% da climatização de precisão”, diz Brito. Diante do aumento das tarifas e crise energética no país, a

HostDime vem investindo em várias medidas de eficiência energética, com destaque para o uso de chillers com selo Go Green. “Operamos mais de 2 mil litros de água por mês ´descartando´, por meio de evaporação, apenas uma quantidade equivalente a 1 copo”, diz o engenheiro. Além disso, é realizado o revezamento inteligente entre os chillers. Ou seja, se uma unidade estiver operando, o outra fica em stand by. A ação reduziu em 30% o gasto com ar condicionado e manteve o sistema redundante e ativo. Uma outra ação foi a substituição de todas as lâmpadas por LED. “Nosso escritório foi arquitetado para aproveitar a luz solar ao máximo”, diz. Em caso de apagão ou falta de energia, os geradores podem alimentar a instalação por até dez dias ininterruptos, sem risco de afetar as operações. “Para nós, que oferecemos serviços em data center, a energia é algo estritamente necessário para a conectividade e total disponibilidade de que os nossos clientes precisam. O projeto da usina fotovoltaica irá garantir a independência energética de forma sustentável”, finaliza.

Lumen Com mais de 350 data centers no

mundo, a Lumen está presente na América Latina com 18 unidades, sendo três no Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, PR. Ao todo, os sites brasileiros despendem um total mensal de energia de mais de 7 MW. O aumento ocorre anualmente por conta da entrada de novos clientes e pelo aumento no tráfego nas landing stations. Para reduzir o consumo energético, a Lumen atua com o que chama de gestão eficiente, composta por ferramentas de monitoramento e gestão de filiais no mercado livre de energia.

“Diversas filiais e landing stations possuem contratos com fontes de energia renovável. Atualmente, temos um acordo firmado com a Enel Green Power para todas as unidades”, explica Rodrigo Oliveira, diretor de negócios de data center e nuvem da Lumen. Um exemplo no uso de energia renovável é a aplicação do sistema fotovoltaico no shelter de Restinga Seca, RS. O projeto foi calculado a partir da necessidade de consumo e ajustado com a capacidade da área disponível sobre o contêiner, ou seja, o sistema de geração de energia foi adaptado de acordo com as limitações da área disponível. Estimase que o sistema solar fotovoltaico de 4,8 kWp seja capaz de gerar mensalmente 551 kWh, o equivalente a 27,6% da energia deixada de ser consumida pela rede da distribuidora local de energia. Sobre uma possível crise energética no Brasil, Oliveira acredita que a

Sistema fotovoltaico Lumen em Restinga Seca, implementado em fevereiro de 2021

combinação dos reservatórios, somada com a condição da economia e a retomada do consumo pelas empresas, oferece uma grande contribuição para o aumento da oferta e demanda, fator que acredita elevar o custo por kWh. “O aumento do preço da energia afeta a cadeia produtiva como um todo, ampliando o risco de potenciais falhas e apagões nas redes de alimentação. Nessas situações, é ainda mais importante contar com data centers bem geridos, capazes de garantir o suprimento necessário de energia para a manutenção dos negócios”, finaliza.



ESPECIAL 22 – RTI – OUT 2021

Odata A Odata é uma provedora de serviços de data center de origem brasileira, do grupo Patria Investimentos, uma das maiores gestoras de investimentos alternativos com foco em ativos da América Latina. Um de seus acionistas é a CyrusOne, empresa norte-americana de investimento imobiliário (REIT) especializada em data centers neutros para operadoras. No Brasil, além dos três data centers operantes no Estado de São Paulo (DC SP01 em Santana de Parnaíba, DC SP02 em Hortolândia e DC SP03 em Barueri), a empresa já iniciou a construção de um novo edifício no campus de Hortolândia e, em breve, iniciará a ampliação do DC SP01. Ainda em 2021, planeja desenvolver mais um campus na região metropolitana de São Paulo (DC SP04). E no Rio de Janeiro, adquiriu um terreno para a construção de um novo data center. Em Bogotá, Colômbia, concluiu a segunda fase do data center BG01. Em Querétaro, México, o DC QR01 tem capacidade de atingir até 32 MW e estimativa de 4000 racks. A previsão é de que a primeira fase da obra seja concluída no primeiro semestre de

Ricardo Alario, da Odata: compra de energia no mercado livre e neutralização de carbono por meio de i-RECs

2022. No Chile, iniciou a construção do primeiro data center, na região de lampa. O novo campus de 40 mil metros quadrados foi desenhado para otimizar as condições climáticas da região e pode chegar a 28 MW. Segundo o CEO Ricardo Alário Arantes, em todo o mundo, a capacidade de data center está sendo dramaticamente expandida e no Brasil o cenário não é diferente. Estima-se que na América Latina o mercado cresça entre os anos de 2021-2026 uma média anual de 7,6%, conforme previsões da Research And Markets. “Diante dessa evolução tecnológica exponencial, os data centers da Odata vêm sendo cada vez mais demandados, com a tarefa de apoiar a estruturação digital de

diversas organizações. É o que tem acelerado nosso projeto de expansão na região”, diz. Com foco no atendimento a clientes globais por meio de uma única plataforma, o objetivo da Odata é oferecer instalações e serviços de classe mundial com compromissos de missão crítica e sustentabilidade ambiental. “Temos como clientes os principais provedores de serviços em nuvem do mundo e sua grande maioria desenvolve programas de redução de emissão de carbono e uso de energia renovável. Com isso, exigem do seu provedor de data center indicadores que acompanhem suas metas de sustentabilidade”, diz. As medidas de eficiência energética estão entre as prioridades da Odata, que conta com certificação LEED Gold. “Um data center eficiente deve gastar mais energia no funcionamento do equipamento de TI do que no resfriamento do ambiente”, resume Alario. Além de ações como painéis solares, uso de lâmpadas LED, sensores de presença e temporizadores em todos os ambientes, a eficiência do sistema de climatização está entre suas prioridades.


23 – RTI – OUT 2021

Ao combinar técnicas de free cooling e resfriamento por água em circuito fechado, a climatização reduz os custos de manutenção e impacto ambiental graças a uma economia de energia de 30%. Como exemplo, um dos data centers da Odata opera com o set point de água gelada em 16°C – sempre que a temperatura externa estiver abaixo desse valor, a instalação passa a ser resfriada pelo ar externo. Melhor condutora de calor que o ar, a água proveniente do setor de resfriamento flui dentro de bobinas que reduzem o calor emitido pelos servidores. Ao aproveitar a baixa temperatura exterior para resfriar a água, o sistema de free cooling reduz o consumo elétrico com o desligamento de compressores do chiller e resfriamento pelo ar ambiente. A economia de água é um outro benefício, pois ela é extraída uma única vez e circula em circuito fechado, sem necessidade de reposição (não há

evaporação). A mesma água é aquecida no lado quente e resfriada no lado frio. Já um circuito aberto evapora, em média, 1% do volume por hora. A aplicação de free cooling é resultado de um estudo técnico que varia de região para região, por conta do clima. “No México, por exemplo, as temperaturas não são muito baixas, então não seria tão eficiente. Para o Chile, onde o clima é mais seco e frio, já começa a fazer sentido essa equação. No final, tudo depende da temperatura da água gelada que utilizamos e a quantidade de horas no ano em que a temperatura ambiente está aproximadamente 5°C menor que a temperatura da água”, diz o CEO. Além das medidas de eficiência adotadas nos data centers, a Odata faz compras de longo prazo com desenvolvedores de energias renováveis, os chamados contratos PPA (Power Purchase Agreement - Acordo de Compra de Energia), mas sempre

com autorização do cliente. “Muitas vezes, o cliente prefere se estabilizar antes de fazer um negócio desse tipo. Alguns estão nessa curva de estabilização. Temos soluções customizadas”, diz. Segundo ele, um de seus data centers funciona 100% com energia do mercado livre, um contrato assinado com a Nova Energia. Além disso, a Odata ou seus clientes podem comprar i-RECs, isto é, certificados de energia renovável, que permitem rastrear 100% sua origem e neutralizar as emissões de carbono advindas da compra de energia elétrica. O Instituto Totum é o órgão emissor local. “Apresentamos e facilitamos soluções customizadas dependendo da estabilidade e maturidade em sustentabilidade de cada cliente”, diz Alario. Diante da crise de energia no país, o executivo ressalta que os data centers Odata possuem reserva de diesel acima


ESPECIAL 24 – RTI

da SLA estabelecida, de 48 horas, dando autonomia aos grupos geradores. A empresa tem contrato com empresas de abastecimento do combustível, que em caso de emergência, atendem em uma SLA de até 5 horas. “Caso seja uma realidade o apagão ou alguma crise no sistema de abastecimento de energia elétrica, aumentaremos nossa autonomia dos geradores e realizaremos abastecimentos contínuo e programado de diesel”, finaliza.

Piemonte/Elea Digital O grupo financeiro Piemonte Holding tem um ousado plano de crescimento orgânico e inorgânico no Brasil para os próximos anos. Por meio da Elea Digital, seu ecossistema de data centers, a empresa atua no setor desde 2019, quando comprou cinco data centers da Oi localizados em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e

Alessandro Lombardi, da Piemonte Holding: plano de energia com visão de longo prazo

Brasília, com duas unidades, por R$ 367 milhões. No final de julho último, firmou um compromisso de compra do data center da Globo Comunicação e Participações, localizado nas proximidades do Parque Olímpico, zona oeste do Rio de Janeiro. E ainda neste ano deverá anunciar mais uma aquisição. “Estamos investindo centenas de milhões de reais para expandir as operações no país”, diz o CEO da Piemonte Holding, Alessandro Lombardi. O plano de expansão depende da disponibilidade e segurança energética para alimentar seus data centers.

“Estamos olhando com muita atenção o que está acontecendo no sistema brasileiro, não somente com relação ao risco de apagão, mas com o aumento de tarifas”, diz Lombardi. Segundo ele, o grupo estuda uma política de compra de energia considerando um cenário para os próximos 15 ou 20 anos. “Precisamos ter uma visão de longo prazo e não como resultado de uma crise de poucos meses”, afirma. Com 12,5 MW de potência instalada nos seis data centers, a energia elétrica representa 25% dos custos de operação na Elea Digital. Por isso, é um assunto estratégico para o grupo, que quer avançar em outras capitais brasileiras por meio de aquisições. A compra mais recente, da Globo, envolve uma estrutura de 500 m2 de área de piso elevado e densidade de 7,5 kW por rack. Foi construída em 2016, em concomitância com a realização das Olimpíadas do Rio, para oferecer uma infraestrutura digital de primeira linha, de acordo com especificações Tier III. Os acordos com a Globo, além da compra e venda do data center, incluem um contrato de colocation de longo prazo entre as parceiras. Com sede no Rio de Janeiro, a Piemonte Holding é um grupo financeiro fundado em 2012 e focado na digitalização da economia. Desde 2019, a Piemonte investiu no Projeto Elea Digital, holding de data centers que é um dos principais projetos de investimento em infraestrutura digital na América Latina. Para ganhar rápida participação de mercado, o grupo optou por comprar data centers em funcionamento e convertê-los a aplicações de cloud. “O Brasil tem o tamanho de um continente e nossos data centers são diferenciados: além do hosting, podemos oferecer conectividade e minimização de latência. O potencial que enxergamos é enorme, e é validado pelos sponsors financeiros”, diz o CEO. Com cerca de 200 clientes de colocation, a Piemonte tem como clientes empresas de telecom/nuvem, governo, mercado financeiro e grandes empresas.


25 – RTI – OUT 2021

Scala Data Centers Embora tenha entrado no mercado

de data centers no Brasil há pouco mais de um ano, com a compra dos ativos de data centers da UOL Diveo e fundação da Scala Data Centers, a DigitalBridge, holding de investimentos em infraestrutura digital da DigitalBridge Group, vem colocando em prática um audacioso plano de crescimento que inclui não apenas novas aquisições e expansões, mas uma série de estratégias operacionais com o objetivo de se consolidar no segmento de colocation com elevados padrões de eficiência energética e sustentabilidade. A empresa foi a primeira do segmento na América Latina a atingir emissão

Cleber Braz, da Scala: crescimento de operações com sustentabilidade

zero de carbono no período 2020/ 2021, com 100% do consumo de eletricidade proveniente de fontes renováveis. Com sede nos EUA, a DigitalBridge possui um portfólio de 22 empresas voltadas ao mercado de data centers, fibra óptica, small cells e torres, que somam ativos da ordem de US$ 35 bilhões. Sua estreia no Brasil ocorreu em 2019, quando comprou a Highline, companhia de torres de celular. No mundo conta com mais de 120 data centers hiperescaláveis, sob diferentes marcas, como Vantage, nos EUA. A Scala Data Centers é a empresa na América Latina (incluindo México), que chegou com o plano


ESPECIAL 26 – RTI – OUT 2021

Data centers em operação e expansão da Scala Data Centers Unidade

Localização

Área Construída (m 2)

Capacidade de TI (MW) 22 5 9 4

SP1 (aquisição da UOL Diveo) Tamboré, SP +17.000 SP2 (aquisição da UOL Diveo) Centro de São Paulo +6300 SP3 (inaugurado em agosto de 2021) Tamboré, SP +7800 CP1 (aquisição da Algar Tech) Campinas, SP 12.000 Unidades em expansão ou projeto SP4 (18 MW), SP5 (9 MW) Em desenvolvimento SP6 (60 MW) SP7 (*) Em projeto para 2023 Jundiaí, SP Em negociação para uma capacidade futura até 90 MW Campinas, SP Dois ou três novos data centers com 60 – 70 MW América Latina Em desenvolvimento para México, Colômbia e Chile *Capacidade a ser definida

de se fortalecer em toda a região a partir do Brasil, país com demanda em ascensão devido à migração das aplicações para a nuvem e terceirizações no setor de TI. Oferece serviços de colocation para mais de 200 clientes hyperscale, provedores de serviços e software em nuvem e grandes corporações. De abril de 2020, quando ocorreu a compra dos sites da UOL Diveo (Tamboré/Barueri, SP, e centro de São Paulo), até agora a capacidade disponível em seus data centers dobrou. Foi construída mais uma unidade no mesmo complexo em Tamboré (SP3) e adquirido o site da

Algar Tech em Campinas, SP. Somente no estado de São Paulo, a Scala está investindo na construção de três sites, o SP4 (18 MW), SP5 (9 MW) e SP6 (60 MW) e em novos campi em Campinas e Jundiaí, planejados com capacidade total de 100 MW cada. No restante da América Latina, os aportes ocorrem no México, Chile e Colômbia. O roadmap, desde o nascimento da empresa até 2025, prevê investimentos totais da ordem de US$ 2 bilhões. Para dar celeridade ao processo, a Scala está apostando na verticalização total da engenharia e

construção dos data centers. Criou um Centro de Excelência em Engenharia (CoE), iniciativa inédita no segmento na América Latina, que assume a gestão de toda a cadeia de design e implantação, incluindo as etapas de diligência técnica, test fit, projetos conceituais e executivos, serviços e comissionamento. “Estamos fazendo o contrário do mercado, que normalmente contrata empresas de engenharia e integradores para desenvolverem suas obras”, diz Cleber Gonçalves Braz, Vice-Presidente de Business Development e de Customer Services da Scala Data Centers. Com isso, a companhia reduz o tempo de entrega dos data centers aos seus clientes de colocation, uma vez que passa a ter mais controle e visibilidade dos projetos conduzidos, além de dispor de maior ganho de escala. O centro de excelência também será responsável por desenvolver tecnologias e soluções com foco no aumento de eficiência operacional e energética. O CoE já conta com mais de 40 profissionais na América Latina, entre arquitetos, engenheiros civis,


27 – RTI – OUT 2021

elétricos e mecânicos e especialistas em construção, design e comissionamento. A expectativa é ter cerca de 100 engenheiros. A expertise formada internamente é também a base para a estratégia batizada com o nome de One Scala Template, um modelo de nível mundial de engenharia e operações que mantém a mesma arquitetura, equipamentos, design e características como padrão e com possibilidade de replicação e ajustes aos requisitos de cada cliente. Dessa forma, um data center pode ser implementado rapidamente com base na expertise dos times mundialmente e aproveitamento de ativos em diferentes sites, não importa onde estejam. Também para garantir a disponibilidade de peças, sem riscos de atrasos na construção das unidades, a Scala está formando estoques locais de equipamentos, como grupos geradores e chillers. “A cadeia de suprimentos é um ponto crucial. Por conta da pandemia, o mercado vem sofrendo com as dificuldades logísticas de transporte. No ano passado, por exemplo, houve escassez de aço, que é um insumo básico para a construção do data center. Então decidimos verticalizar também a inteligência de procurement de maneira que a empresa tenha estoques de produtos para uso imediato. Isso nos permite trabalhar com capacidade no horizonte de dois anos”, afirma o executivo. Com práticas guiadas pelo programa ESG - Environmental, Social, Governance, a Scala assinou um acordo de compra de energia 100% renovável com a ENGIE Brasil Energia, que garante o fornecimento de mais de 1600 GWh de energia limpa até 2033. “A sustentabilidade está no DNA da companhia desde a sua fundação, o que permitiu ser a primeira empresa de data center latino-americana a operar 100% com energia renovável e certificada. Em um segmento que tem a pegada de carbono das operações como um grande desafio, também fomos pioneiros na obtenção da certificação de neutralidade em carbono, condição ainda exclusiva no setor de data centers”, afirma o vice-presidente. Segundo ele, os técnicos estudam continuamente as diversas formas de incrementar ainda mais a eficiência de suas instalações, que exibem um PUE – Power Usage Effectiveness de 1,4. “É difícil ter algum tema relacionado à inovação de data centers em que a empresa já não esteja envolvida”, diz. Entre os estudos, por exemplo, está o uso de data centers modulares (em contêineres), que dispõem de grande eficiência energética e rápida implantação. Os data centers da Scala têm autonomia de até 72 horas de operação ininterrupta, mas para garantir a entrega de diesel para os grupos geradores, a empresa assinou contrato com a Vibra, antiga BR Distribuidora, que garante o envio de caminhões para abastecimento do combustível em regime 24/7. “Estamos preparados para qualquer cenário”, finaliza o executivo.


CABEAMENTO ESTRUTURADO

28 – RTI – OUT 2021

Categoria 6A Commscope

S

Embora tenha surgido em 2004, a Categoria 6A foi publicada formalmente como padrão somente em 2009. É a tecnologia de par trançado de cobre dominante e ainda recomendada para todas as novas aplicações. Prova de seu sucesso é o volume de vendas que não para de crescer, quase duas décadas após a redação inicial da norma.

empre soubemos que as redes corporativas precisam evoluir rapidamente para suportar a crescente demanda por aplicativos que consomem elevada largura de banda. Com isso em mente, o mercado percebeu em 2004 que precisava escapar do limite de 1000 Mbit/s das categorias 5 e 6 de cabeamento. O próximo passo na evolução da rede era óbvio: o mundo precisava de 10 Gigabit Ethernet e a força-tarefa do IEEE 802.3an 10GBase-T foi encarregada de desenvolver o padrão. Devido à complexidade esperada dos eletrônicos para suportar 10GBase-T, o objetivo inicial para suportar a Categoria 5e foi abandonado, e a distância máxima exata para um cabeamento minimamente compatível de Categoria 6 ainda era incerta. O objetivo final obrigatório para o projeto IEEE 802.3an foi de “pelo menos 55 a 100 m” sobre o cabeamento Categoria 6 ou de melhor desempenho. Muitos esperavam que, à medida que os designers de chips mergulhassem ainda mais nesse projeto, novas técnicas poderiam ser desenvolvidas, o que poderia aumentar a distância mínima garantida para cabeamento genérico de Categoria 6.

Em termos simples, havia três maneiras de transmitir taxas de bits mais altas pelo cabeamento: melhorar o desempenho do cabeamento; melhorar a tecnologia nos componentes eletrônicos; ou uma mistura de ambos. Esta última era a que melhor viabilizaria a transmissão de 10 Gigabits sobre cobre. Transmitir 2,5 Gbit/s em cada um dos quatro pares não foi uma tarefa fácil: foi necessária uma codificação multinível que transmitia múltiplos bits por hertz e uma largura de banda de canal maior do que a especificada nas normas existentes de Categoria 6. Técnicas sofisticadas de processamento de sinal digital (DSP) também foram necessárias para reduzir os efeitos do enfraquecimento do sinal dentro do canal, como perda de retorno e diafonia (NEXT e FEXT). No entanto, havia também um parâmetro que não poderia ser compensado nos componentes eletrônicos: o alien crosstalk, que é a interferência eletromagnética gerada pelos canais de cabeamento adjacentes. O grupo de trabalho do IEEE 802.3an começou a explorar ativamente essas questões e realizar interfaces com os padrões de cabeamento ISO e TIA para convergência dos requisitos para



CABEAMENTO ESTRUTURADO 30 – RTI – OUT 2021

Fig. 1 – Mercado de cabeamento de cobre, em US$ milhões

cabeamento de canal. O resultado desses desenvolvimentos levou a força-tarefa da IEEE 802.3an a adotar especificações mínimas para o cabeamento de canal 10GBase-T, e estabelecer oficialmente o que se tornou conhecido como modelo 1 de alien NEXT e perda de inserção como o modelo a ser aplicado à Categoria 6 “Aumentada” ou à “nova” Classe E (Classe EA). Além disso, o grupo de trabalho concordou em definir a frequência máxima de canal necessária em 500 MHz. Assim, com a apresentação do draft da norma em outubro de 2004, a

Cat. 6A nasceu. Estava à frente de seu tempo e foi deliberadamente projetada para fornecer o máximo de características “à prova de futuro”. Um aspecto fundamental de sua adequação como infraestrutura ideal para uma nova geração de aplicações e usos foi que ela tornou o PoE - Power over Ethernet uma possibilidade. A Cat. 6A não só poderia suportar velocidades de 10 Gbit/s, mas também ampliar muito a capacidade dos fabricantes de equipamentos e dispositivos de fornecer maior potência e largura de

banda em qualquer lugar, sem limitações de distância – a não ser do comprimento máximo do canal de 100 m, porque os dispositivos podem estar localizados em qualquer lugar ao alcance de um switch PoE e não de uma tomada de energia. Quase duas décadas depois, a Cat 6A é a categoria preponderante para par trançado de cobre – e ainda é recomendada para todas as novas aplicações (figura 1).

Aplicações adequadas para Cat. 6A As grandes empresas enfrentam uma necessidade crescente de acomodar aplicações cada vez mais sofisticadas, como: • Aplicações horizontais para escritório: a maioria dos telefones e laptops ainda não exige largura de banda de 10 Gbit/s, mas a Cat. 6A garante uma infraestrutura de cabeamento preparada para o futuro. • IoT – Internet das Coisas: a Cat. 6A fornece a largura de banda e requisitos de energia aos dispositivos.


31 – RTI – OUT 2021

• PoE/iluminação: os dispositivos IoT, como sensores ou câmeras, têm uma fonte de energia preparada em uma infraestrutura de Cat. 6A. • Wi-Fi 6/6E: a Cat. 6A é necessária para fornecer o backhaul multi-Gigabit exigido pela nova geração de Wi-Fi. • Celular in building: o backhaul multi-Gigabit também é necessário para DAS – sistema de antenas distribuídas. • Redes de armazenamento (SAN)/armazenamento conectado à rede (NAS): o 10 Gigabit Ethernet permite infraestrutura econômica e de alta velocidade para NAS e SAN, para conexão abaixo de 100 metros em comparação com as tecnologias tradicionais baseadas em fibra. • Computação de alto desempenho: vários setores do mercado utilizam plataformas de computação de alto desempenho para suportar aplicativos que consomem muita largura de

banda, como streaming de vídeo, imagens médicas, aplicativos centralizados, gráficos de alta resolução, tecnologias de visualização e clustering de dados. • Colaboração multi-site: estão surgindo ferramentas de colaboração que permitem aos participantes da conferência se conectar a um site e participar de uma comunicação privada. • Streaming de mídia, sistemas de áudio e vídeo e sinalização digital. • Computação em grade: disponibiliza potência “não utilizada” das CPUs de desktops para toda a rede, para cargas de grandes trabalhos que a demandem.

Qualidades da Cat. 6A • A TIA 1179/2010 recomenda a Categoria 6A para todas as novas instalações em unidades de saúde e a TIA 4966/2014 para novas instalações de ensino.

• Suporta 10Gbase-T a 100 metros. Garante que possam trafegar por ela as aplicações Ethernet mais rápidas sobre cabeamento de par trançado até o comprimento máximo para o canal especificado nas normas (TIA 568 e ISO/IEC 11801, para citar alguns). • 10GBase-T oferece melhor preço e menor consumo de energia. Melhorias significativas nos últimos anos resultaram em uma redução significativa no preço geral e na eficiência de energia por Gigabit em relação ao 1000Base-T. O velho ditado do mercado, “O servidor de hoje é o desktop de amanhã”, pode ser aplicável ao 10GBase-T. • A categoria 6A suporta a familiar e compatível interface RJ-45 com as categorias anteriores. • Suporta novos sistemas sem fio internos que contam com a tecnologia 10G. Ao contrário da crença popular, a rede sem fio precisa de cabos. Novos sistemas in-building


CABEAMENTO ESTRUTURADO 32 – RTI – OUT 2021

Fig. 2 - Arquitetura de cabeamento usada para fornecer um canal de comunicação é baseada em um canal com quatro conectores

wireless que dependem da 10GBase-T LAN e alimentação remota na Categoria 6A e suportam soluções de cobertura e capacidade multioperadora e multitecnologia já estão no mercado. • Suporta tecnologias Wi-Fi que já excedem 1 Gbit/s. Os atuais pontos de acesso 802.11ax (Wi-Fi 6) podem ter uma velocidade máxima de 6,77 Gbit/s, o que exige uma conexão 10GBase-T para operar em sua taxa de transferência máxima.

Fig. 3 – Ruído externo

A TSB-162-A - Diretrizes de Cabeamento de Telecomunicações para Pontos de Acesso sem Fio também recomenda utilizar o cabeamento Categoria 6A ou superior para todos os pontos de acesso sem fio. • Disponível globalmente em versões blindadas e não blindadas. O debate sobre as virtudes de soluções blindadas e não blindadas continuará. A Categoria 6A suporta ambas, embora frequentemente avaliem seus orçamentos

e optem por soluções não blindadas, mais familiares e mais fáceis de instalar. • Fornece desempenho superior para aplicativos PoE - Power over Ethernet. No momento em que os padrões PoE estão sendo atualizados para dobrar a energia fornecida aos dispositivos que utilizam todos os quatro pares do cabo, a Categoria 6A oferece desempenho aprimorado quanto à dissipação térmica em relação às categorias anteriores 5e e 6.



CABEAMENTO ESTRUTURADO 34 – RTI – OUT 2021

• Oferece provisionamento mais simples e econômico para suportar aplicações atuais e emergentes. Com aplicações 10 Gbit/s começando a surgir, agora é o momento certo para considerar o provisionamento do edifício com cabeamento de cobre correta baseado na conectividade com cabo de par trançado Categoria 6A.

Desenvolvimentos da Categoria 6A Quando a primeira leva de cabos de Categoria 6A surgiu, alguns comentaram que eram significativamente maiores e mais

Fig. 4 – Atraso e delay skew

pesados do que a média dos cabos Cat. 6. No entanto, ao longo da última década, melhorias foram feitas que acabaram com essas preocupações, tornando-os mais finos e leves. Além disso, dada a relativa complexidade e sofisticação da Cat. 6A, é importante testar, mas muitos fornecedores não conseguiram fornecer um documento apropriado de desempenho ou especificações. O resultado foi que muitas implantações Cat. 6A entraram em operação sem ser testes adequadoss. Embora o cabo de Cat. 6A continue sendo mais robusto do que seu antecessor, a capacidade de

transportar 10 Gbit/s em distâncias mais longas e reduzir a diafonia supera essas considerações. Seria necessário o equivalente a 10 vezes mais cabos Cat. 6 para corresponder ao desempenho de um Cat. 6A.

A tecnologia por trás da Cat. 6A A solução Cat. 6A foi especificamente projetada com desempenho aprimorado de cabo e conector, capaz de suportar os requisitos emergentes de Ethernet a 10 Gbit/s. Exibe desempenho de canal muito superior para soluções legadas e técnicas de engenharia inovadoras para atender às demandas específicas que o 10 Gbit/s traz para a camada física. A arquitetura de cabeamento para fornecer um canal de comunicação é baseada em um canal com quatro conectores (figura 2). Essa parte do cabeamento, conhecida como subsistema horizontal (entre o


35 – RTI – OUT 2021

(impedância, perda de retorno de canal, perda de inserção e diafonia) é essencial na avaliação de todo o potencial do sistema de cabeamento.

Fig. 5 - Perda de inserção/atenuação

distribuidor de piso e a área de trabalho) é a área onde ocorrem mais debates sobre a LAN e desempenho do cabeamento. A capacidade de transmissão de dados de um sistema de cabeamento estruturado é afetada por uma série de interferências e deficiências introduzidas no canal pelos componentes do sistema e seu ambiente circundante, que afetam negativamente o throughput de um sistema de cabeamento estruturado, como:

• Ruído externo • Atraso (delay) e Diferença de Atraso de Propagação (delay skew) • Perda de inserção/atenuação • Descasamento de impedância/perda de retorno • Diafonia Essas interferências/deficiências potenciais podem causar erros de bit (BER – taxa de erro de bits), reduzindo o throhgput geral de um canal de sistema de cabeamento estruturado. A compreensão dos principais parâmetros de cabeamento

Ruído externo O ruído é acrescido ao canal por meio de campos elétricos e magnéticos externos localizados nas proximidades do canal (figura 3). O evento de uma descarga de descarga eletrostática (ESD) indireta ou de um transiente elétrico rápido (EFT) são exemplos de fonte de ruído externo. Com o sistema de cabeamento Cat. 6A, isso é superado devido ao excelente balanceamento. Balanceamento é o grau em que o sinal de um fio de um par é igual em amplitude, mas oposto em fase, ao do outro fio do mesmo par. Cada sinal é medido em relação ao terra.


CABEAMENTO ESTRUTURADO 36 – RTI – OUT 2021

Supondo que o sinal seja aplicado de maneira perfeitamente equilibrada, a tensão média é zero. No entanto, o balanceamento pode ser perturbado. As principais causas para isso são a presença de conectores no enlace. Quando o canal não está bem balanceado (por exemplo, a blindagem dos cabos degrada o balanceamento), há uma tensão presente entre os pares que será

Delay e delay skew Um sinal que se desloca de uma extremidade a outra de um canal de cabeamento é atrasado em tempo por uma quantidade igual ao comprimento do cabo dividido pela velocidade de propagação naquele meio de transmissão. Isso é denominado atraso de propagação (figura 4). Para cabos, a velocidade de propagação depende das

Fig. 6 - Descasamento de impedância/perda de retorno

adicionada ao sinal transmitido como ruído de modo comum, aumentando assim a ocorrência de erros de bit. O sistema dependerá então da rejeição de modo comum (CMR) do receptor para eliminar quaisquer efeitos. Além disso, o desbalanceamento aumenta as emissões e degrada a imunidade. Em ambientes de LAN, o uso de transmissão balanceada com componentes eletrônicos e cabos bem balanceados elimina a necessidade de blindagem dos pares como uma medida contra interferência externa e emissão irradiada, sem as preocupações extras de aterramento e vinculação. Uma vez que os requisitos de aterramento diferem de um país para outro, o único sistema de cabeamento verdadeiramente “portável” e “aberto” é o sistema de cabeamento UTP.

propriedades de materiais dielétricos ao redor dos condutores. O atraso de propagação do cabo é caracterizado pelo pior par. O delay skew é a diferença no atraso de propagação entre quaisquer dois pares dentro do mesmo revestimento (capa) de cabo. Esse parâmetro depende do comprimento e é possível que um comprimento mais curto de cabo passe nos testes, porém falhe se testado a 100 metros. Variações nas taxas de trançamento, juntamente com a composição dielétrica dos pares, determinam o skew, que é expresso em segundos. Minimizar o delay skew é fundamental para aplicações que requerem que os sinais sejam transmitidos por vários pares trançados e cheguem no receptor final de um canal ao mesmo tempo.

Perda de inserção/atenuação A perda de inserção, também conhecida como atenuação, é a perda ou diminuição de um sinal ao passar por um meio de transmissão. Seu efeito é importante porque determina principalmente a máxima distância pela qual dois dispositivos podem ser separados. A perda de inserção no fio de cobre (figura 5) é causada por dois fatores: • Perda de cobre, que é inevitável e semelhante para todos os pares trançados de 100 ohms. Isso não pode aumentar significativamente devido às limitações no tamanho do fio isolado a ser inserido em um conector RJ45. Portanto, aumentos dramáticos na atenuação seriam só alcançáveis com a adoção de um novo conector – o que não é desejado pela maioria dos usuários. • Perda dielétrica ou dissipação devida aos materiais de isolamento e revestimento usados nos condutores e no cabo. Minimizar a perda por dissipação é importante para reduzir a atenuação do cabo. O fator de dissipação é uma medição relativa da perda de um material. A perda de inserção é um parâmetro chave na decisão da largura de banda usada para 10GbaseT e geralmente expressa em dB por unidade de comprimento. É uma medida de quanto um sinal é enfraquecido ou reduzido em amplitude à medida que trafega por um cabo. Descasamento de impedância/ perda de retorno A impedância característica corresponde à impedância de entrada de uma linha de transmissão uniforme de comprimento infinito. Ela também corresponde à impedância de entrada de uma linha de transmissão de comprimento finito que é terminada em sua própria impedância característica. É uma função da construção do cabo e da frequência do sinal aplicado e não está relacionada ao comprimento. Em frequências muito altas, a impedância característica tende a um valor fixo que é resistivo.


inteliPhy net

Um DCIM desenhado para a simplicidade

TESTE GRÁTIS POR 30 DIAS

Acesse com QR Code

www.rdm.com


CABEAMENTO ESTRUTURADO 38 – RTI – OUT 2021

Por exemplo, cabos telefônicos de par trançado têm uma impedância de 100 ohms acima de 1 MHz. A potência máxima é transferida da fonte para a carga quando a impedância de carga ZL é igual à impedância característica da linha de transmissão ZO (figura 6). Ou seja, toda a energia é transmitida e nenhuma energia é refletida de volta na terminação do cabo. Quando a terminação ou impedância da carga é diferente da impedância característica, o sinal que se desloca para o cabo é parcialmente refletido na junção cabo-carga. A potência do sinal refletido é chamada de perda de retorno Fig. 7 – Medição de diafonia (R) em dB. Quando a geometria do cabo varia cables. Os parâmetros que afetam a ao longo do comprimento, o mesmo uniformidade do canal incluem a ocorre com sua impedância. Essa distância média de separação entre os flutuação na impedância também dois condutores de um par, a causa reflexões. uniformidade de trançamento do par A perda de retorno do canal (RL) é e a uniformidade transversal dos uma medida da consistência da próprios núcleos isolados. Esses impedância ao longo do parâmetros são medidas muito comprimento não apenas do cabo, importantes da qualidade de mas também nas conexões e patch fabricação dos cabos, conectores e

patch cords. Mesmo pequenas variações nesses parâmetros degradarão significativamente o desempenho de RL. A razão pela qual a RL é motivo de preocupação é que a variação na impedância no canal causa uma forma de ruído no receptor. É, portanto, importante controlar a não uniformidade permitida para garantir que seu efeito seja pequeno em comparação com outras fontes de ruído, como a diafonia. A perda de retorno é importante para esquemas de transmissão bidirecional (dual duplex), onde um par é usado para transmitir e receber ao mesmo tempo. Observe que um esquema de transmissão pode ser full duplex sem ser dual duplex (por exemplo, transmitir em um par e receber em outro). Minimizar a incompatibilidade de impedância dentro de um canal torna-se importante para suportar aplicações como 1000Base-TX ou 10GBase-T, que empregam uma função híbrida no circuito de interface. A função híbrida é usada para alcançar transmissão full duplex


39 – RTI – OUT 2021

(bidirecional) de dados. O circuito híbrido apresenta quatro pares de terminais dispostos de forma que um sinal que entra em um par de terminais se divide e sai dos dois pares adjacentes, mas não consegue alcançar o par de terminais oposto. É fundamental que a correspondência de impedância híbrida e de canal, por outro lado, ecoe, representando a energia transmitida que é refletida de volta, gerada, e aparecerá como ruído no circuito receptor. O circuito de cancelamento de eco é incorporado nos circuitos de interface 1000BaseTX e 10GBase-T para reduzir significativamente os ecos resultantes da função híbrida. Um canal composto por cabo e conectores com impedâncias diferentes ou incompatíveis terá uma perda de retorno ruim, causada por todas as reflexões originadas na conexão.

A perda de retorno do canal é dominada pelo seguinte: • Frequências muito baixas: impedância do cabo > 100 ohms • Frequências de banda média: descasamento de impedância de cabo/patch cord • Altas frequências: perda de retorno do conector (cabo SRL insatisfatório) Crosstalk (diafonia) A diafonia é provavelmente a característica mais importante do cabeamento para aplicações de dados de alta velocidade. É a energia indesejada aparecendo em um caminho como resultado do acoplamento de outros caminhos de sinal. Os sinais induzidos podem ser significativos o suficiente para corromper dados e causar erros. Dois métodos de medição de diafonia (figura 7) são comuns no mercado hoje: par a par e power sum (soma de energia).

O método par a par requer que a diafonia seja medida para cada combinação de pares em um cabo. Especificamente, em um cabo de quatro pares, a diafonia é medida para um total de seis combinações de pares. A “pior diafonia par a par” é o valor da diafonia da pior das seis leituras. A razão pela qual o método par a par foi selecionado para cabos de quatro pares é que, para aplicações LAN na época, normalmente apenas dois pares (combinação de um par) eram usados para a transmissão de dados. Em situações em que as aplicações compartilham a mesma capa de cabo ou um esquema de transmissão paralela é empregado, como para 10GBaseT, é usada estrutura de par completa dentro do mesmo cabo. Por exemplo, para rodar uma rede Gigabit através de seus canais de cabeamento em quatro pares,


CABEAMENTO ESTRUTURADO 40 – RTI – OUT 2021

simplesmente especificar diafonia em uma base par a par não seria adequado. Embora o acoplamento de diafonia para cada combinação de par possa atender às especificações de categoria relevantes par a par, o acoplamento de diafonia total em um par a todos os outros pares pode ser excessivo e causar perda de integridade de dados. Ao alterar o método de medição para power sum, garante-se que a diafonia total em um cabo com todos os pares em Fig. 8 - Configuração de 6 ao redor de 1 uso não exceda a diafonia encontrada em um cabo com apenas desempenho de qualquer canal, dois pares em uso. Isso é importante porque a maioria dos sistemas tem para garantir que o desempenho não um transmissor e um receptor em seja comprometido. ambas as extremidades. Resultados de O cálculo de diafonia por power sum diafonia em uma extremidade do de um cabo é geralmente 3-6 dB pior cabo podem ser diferentes dos do que seu desempenho de diafonia resultados na outra extremidade. par a par. No entanto, deve-se notar que Na medição de diafonia, um valor é um método de medição diferente, e numérico mais alto (medido em dB) os usuários devem garantir que o é preferido a valores mais baixos. O fornecedor do cabeamento especifique valor mais alto implica que o ruído ambos, pois a conformidade com um de nível inferior é transferido para o não pode ser assumida a partir da par adjacente. A diafonia depende da conformidade com o outro. frequência, o que significa que se O teste de ambas as extremidades torna mais baixa (ou seja, mais ruído do cabo também é necessário para é transferido) à medida que a compreender totalmente o frequência aumenta.

NEXT, FEXT e alien crosstalk Quando as LANs começaram a usar sistemas de cabeamento UTP como meio de transmissão, o ruído que limitou seu uso originava-se de fontes externas ao sistema de cabeamento, bem como de sinais em outros pares dentro do mesmo cabo. As fontes de ruídos externas foram significativamente reduzidas por meio de um design melhorado de cabos e equipamentos, conformidade com padrões de emissão governamentais e procedimentos aprimorados de instalação de cabos. Uma forma de ruído externo é o alien crosstalk. Trata-se do ruído captado de outros sinais passando em cabos adjacentes, gerando interferência espúria. A maneira e o cuidado com os quais o cabeamento é implementado são fatores significativos no desempenho dos sistemas. As precauções de instalação e gerenciamento de cabos devem incluir a eliminação do estresse do cabo causada por tensão, curvaturas acentuadas e cabos muito dobrados. Do ponto de vista de normas, medições de alien crosstalk no campo

Fig. 9 - Outras formas de diafonia também estão presentes dentro do cabo e nos próprios hardwares de conexão


Sabe o que é melhor do que inovar seu negócio?

Inovar com as melhores tecnologias. A tecnologia WDM veio para tornar mais eficiente o uso de fibras ópticas, unindo em uma mesma fibra diversos sinais de luz e comprimentos de onda diferentes, cada um gerado por um laser distinto. Hoje, uma de suas variações, o DWDM é uma das opções mais vantajosas para a transmissão de dados, provendo alta capacidade de transmissão, menor consumo de energia elétrica; menor dissipação de calor e outros diferenciais inovadores! Com os equipamentos DWDM do portfólio 2021 da Huawei é possível dividir a fibra em mais de 48 canais. Confira!

Capacidade, inteligência e design simples. Para vencer ultralongas distâncias e conectar os backbones de empresas

Design compacto. Para redes de médias a longas distâncias

Para a linha de interconexão de data center – DCI. Altíssimas capacidades, sem deixar de lado a simplicidade de configuração

Conecte seu negócio ao futuro com um dos maiores fornecedores da Huawei no Brasil. Fale com nossos especialistas e surpreenda-se!


CABEAMENTO ESTRUTURADO 42 – RTI – OUT 2021

Tab. I – Cat. 6A em comparação com outras categorias Categoria

Largura de

Distância para Distância para

Principais aplicações

Conector

Mercado

Comentários

banda (MHz)

1G (m)

10G (m)

Ethernet (100 m)

Cat. 5e

100

100

-

1G; 2,5G

RJ-45

11,4% ↓ Recomendada somente para sites de curto prazo

global

Cat. 6

250

100

37

1G; 2,5G; 5G

RJ-45

49,1% ↓

Distância limitada para 10G

Cat. 6A

500

100

100

1G; 2,5G; 5G; 10G

RJ-45

36,2 ↑

Melhor suporte para PoE++

Cat. 7

600

100

100

1G; 10G

GG-45 Tera

2,6% ↓

Não amplamente adotado; não RJ-45

Cat. 7A

1000

100

100

1G; 10G

GG-45 Tera

0,5%

Não amplamente adotado; não RJ-45

Cat. 8

2000

100

100

1G; 10G; 25G; 40 G

RJ-45

0,2%

Apenas duas conexões, canais muito curtos

(25/40G até 30 m)

GG-45 Tera

não são diretas. A configuração de um teste realista é fazer um cálculo de soma de potências do ruído de alien crosstalk de 24 pares de 6 cabos que circundam um par no cabo em teste, conhecido como configuração 6 ao redor de 1 (figura 8). Um dos principais benefícios da solução Cat. 6A é a redução substancial no alien crosstalk, possibilitando o uso da capacidade do canal necessária para 10GbaseT com essa configuração de teste. Outras formas de diafonia também estão presentes no cabo e no próprio hardware de conexão (figura 9), como: • Paradiafonia (NEXT - Near End Crosstalk): refere-se à associação

indesejada de sinais desde o par de transmissão até o par de recepção na mesma (= próxima) extremidade. O isolamento NEXT é expresso em dB e é uma medida de quão bem os pares em um cabo estão isolados uns dos outros. • NEXT par a par: é bom para cabos com poucos pares (ou seja, 4 pares ou menos) e é a maneira usual de medir o NEXT. A medição assume um par perturbador e determina a quantidade de sinal associado a outros pares no cabo. • NEXT por Power Sum (PSNEXT): refere-se à associação indesejada de sinais de todos os outros pares em um par. Basicamente é uma especificação mais rigorosa.

• Telediafonia (F EXT - Far End Crosstalk): refere-se à associação indesejada de sinais do par de transmissão no par de recepção na outra (= distante) extremidade. O isolamento F EXT também é expresso em dB. Para as aplicações mais recentes, esse é agora um parâmetro importante. • Telediafonia de mesmo nível (ELFEXT - Equal Level Far End Crosstalk): é o mesmo que FEXT, exceto que o sinal associado na extremidade remota é relativo ao sinal atenuado na extremidade remota no par ao qual o sinal foi aplicado na extremidade local.


43 – RTI – OUT 2021

• Telediafonia de mesmo nível por Power Sum (PSELFEXT): é a soma da potência ELFEXT de todos os outros pares no cabo. Essa medição é aplicável para esquemas de transmissão paralela quando mais de dois pares do cabo são usados para transmitir em cada direção (por exemplo, 1000Base-T). Historicamente, a diafonia era atribuída principalmente aos cabos, mas à medida que as velocidades da LAN aumentavam e os cabos melhoravam, outros componentes de canal começavam a contribuir para a diafonia. O efeito cumulativo tornou-se conhecido como diafonia composta, e os principais componentes do canal que contribuem para isso são os patch cords, que conectam hardware e cabo. Os valores de diafonia também podem ser afetados pelas práticas de instalação, especialmente o comprimento dos patch cords nos equipamentos e áreas de trabalho e o destrançamento dos pares dentro dos cabos. A diafonia de conector pode ser um problema, a menos que seja compensada no projeto do conector. A diafonia também pode aumentar através de qualquer incompatibilidade entre os patch cords, conectores e cabos horizontais. Isso é mais perceptível em links curtos. Novamente, se isso não for considerado no projeto de todos os componentes do canal, um canal contendo componentes aparentemente compatíveis com os padrões pode falhar nos testes depois de instalado.

Melhorando o cancelamento de diafonia em plugues e conectores Para alcançar o desempenho da Categoria 6A ao combinar conectores e plugues modulares, os conectores precisam ser projetados com técnicas de cancelamento de diafonia para compensar a diafonia exibida pelo plugue. Então, como o desempenho desse “elo fraco” pode ser melhorado? A resposta é encontrada na “correspondência perfeita” de plugues e conectores compatíveis com versões anteriores. A superação dos obstáculos no acoplamento de plugues e conectores pode levar a um desempenho consistente para conexões da Categoria 6A. O primeiro obstáculo é superar a variabilidade no desempenho encontrado nos plugues. Como a principal dificuldade está na terminação dos pares de cabos dentro do plugue, o SYSTIMAX Labs introduziu nos plugues um projeto de terminação que reduz a variabilidade a um nível insignificante. Assim que o cabo entra no plugue pela parte traseira, os pares são controlados e o destrançamento dos pares e “aninhamento” dos condutores necessários nos plugues convencionais é, portanto, evitado. O segundo obstáculo é melhorar o desempenho de acoplamento do conector. Para levar o desempenho do conector a novos níveis, mantendo a compatibilidade com os plugues existentes, foram incorporados nos conectores técnicas adicionais de cancelamento de diafonia.


SERVIÇO 44 – RTI – OUT 2021

Guia de switches para LANs, data centers, redes industriais e comutadores KVM Veja quem fornece switches no levantamento a seguir, que detalha os tipos de equipamentos, funcionalidades, número de portas e recursos. Switches para redes locais e data centers

48

48

48

48

4

48

48

48

48

• • •

• • • • • • • • •

MPLS e MEF

50

Convergência LAN/SAN (FC/FcoE)

32

SDN/Openflow

48

Auxílio à virtualização

• • •

Acesso SSL/SSH-Admin Suporta IPv6 QoS PoE - Power over Ethernet Suporta quadros estendidos (4) Serviços Metro Ethernet Capacidade de roteamento

32

Fonte redundante (2) Módulo gerenciamento redundante Classe carrier Controle acesso baseado em porta (3) Interface p/ equipamento de segurança

48

Fibra

16

Fibra

16

Cobre

• •

40 100 Gbit/s Gbit/s

Fibra

10 Gbit/s

Fibra

Camada 4

Camada 2

Camada 3

1 Gbit/s

Cobre

10/100 Mbit/s

Outros recursos

Segurança (1)

Quantidade máxima de portas de acordo com o tipo

Fibra

Funcionalidades

Cobre

(11) 4332-3280

Em chassi

Standalone Baumier

Empilhável

Empresa, telefone e-mail

EDD – Ethernet Demarcation

Tipo de equipamento

contato@baumier.com.br Commscope

(11) 3027-3817

3

marketing@commscope.com Datacom

(51) 3933-3000

• • • • • •

• • • • • • • • • • • •

comercial@datacom.com.br D-Link Brasil

(11) 97636-4704

n • •

• •

• • •

• • • • •

• •

• • • • • • • • • •

rodrigo.paiva@br.dlink.com Extreme Networks

(11) 2500-5801

• • •

(21) 3609-8890

• • •

• • •

48

48

48

48

0800 710 2029

• • • • • • • •

• • • • • • • •

48

4

48

4

2

48

4

48

4

4

48

4

48

4

48

4

48

4

12

4

salesbr@extremenetworks.com Fermion

48

48

4

• • • • • • •

contato@fermion.com.br HPE solucoesaruba@hpe.com

IK1

(11) 3258-2715

• • • • • • •

• • • • •

• • • • •

4

• • • •

1

48

4

48

4

12

24

2

288

288

288

288

96

96

24

256

256

256

256

64

24

24

32

48

• • • • • • • • • • • •

• • • • • • •

• • • • • • • •

• • • • • • • • •

• • • • • • • • •

• • • • •

• • • • • • •

• • • • •

comercial@ik1.com.br Microcenter

(11) 99936-7458

n • • •

• •

24

4

48

48

n •

• •

48

2

8

4

50

48

48

4

48

14

24 a

24

• •

• • • • • • • • • •

• •

• • • • •

• • • • •

• • • • •

contato@microcenter.com.br SEL

(19) 98438-3232

atendimento@selinc.com TP-Link

(11) 3028-6330

0800 047 4191

8

16

32

marketing.br@tp-link.com Trendnet

4

suporte.brasil@trendnet.com Zyxel Brasil

(11) 98995-9288

guilherme.rufo@zyxel.com.br

n • •

• •

4

4

48

(1) Incluindo segurança operacional, de configuração e anti-intrusão; (2) O equipamento vem ou pode vir com redundância de fonte; (3) IEEE 802.1x; (4) Jumbo frames.



SERVIÇO

46 – RTI – OUT 2021

Switches para redes industriais

Extensor e cabos KVM

USB

PS/2

Gaveta console

LCD

PS/2

USB

KVM

DVI

O sistema trabalha na base IP

IP 67

IP 54

32

IP 40

48

IP 31

32

IP 30

IP 20

48

IP 21

Fibra

48

1000 Mbit/s

Cobre

(11) 4332-3280

100 Mbit/s

Fibra

Baumier

Fibra

10 Mbit/s

Cobre

Empresa, telefone e e-mail

Switches KVM

Nível de proteção

Cobre

Quantidade máxima de portas de acordo com o tipo

contato@baumier.com.br

(11) 97636-4704 n

D-Link Brasil

• •

rodrigo.paiva@br.dlink.com Extreme Networks

(11) 2500-5801

8

4

salesbr@extremenetworks.com Fermion

(21) 3609-8890

8

(11) 99936-7458 n

48

(19) 98438-3232 n

16

8

4

8

2

• • • • • •

24

48

48

48

48

• • • • • •

• • • •

• • • • •

16

16

16

8

4

24

2

• •

contato@fermion.com.br Microcenter contato@microcenter.com.br SEL atendimento@selinc.com Trendnet

0800 047 4191

suporte.brasil@trendnet.com

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 58 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom elecom e Instalações, outubro de 2021. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



PROVEDORES DE INTERNET

48 – RTI – OUT 2021

Indicadores de desempenho (KPIs) para redes Prof. José Maurício dos Santos Pinheiro, da Faeterj - Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro

U

A medição sistemática, estruturada e balanceada dos resultados por meio de KPIs (indicadores de desempenho) permite que os diferentes setores analisem os dados e tomem as devidas ações. Por exemplo, as equipes técnicas poderão fazer as intervenções necessárias na rede, equipamentos e sistemas com base em informações pertinentes e confiáveis, melhorando assim o desempenho de forma geral.

m bom sistema de indicadores de desempenho possibilita uma análise mais apurada e abrangente sobre a efetividade da gestão e dos resultados obtidos pela empresa. No caso dos provedores de Internet, a medição sistemática, estruturada e balanceada dos resultados por meio de indicadores de desempenho permite que os diferentes setores analisem os dados e tomem as devidas ações. Por exemplo, as equipes técnicas poderão fazer as intervenções necessárias na rede, equipamentos e sistemas com base em informações pertinentes e confiáveis. Conhecer os resultados, confrontá-los com as metas previamente definidas, compará-los com outros valores e referências, compreender a evolução ao longo do tempo e perceber a sua tendência geram informações de valor indiscutível para quem precisa tomar decisões sobre os novos investimentos. William Edwards Deming, em sua célebre frase, deixa clara a importância dos indicadores de desempenho: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”.

Indicador-chave de desempenho Indicador-chave de desempenho (KPI - Key Performance Indicator), também denominado simplesmente de “indicador de desempenho”, é uma informação quantitativa ou qualitativa que expressa o desempenho de um processo, em termos de eficiência, eficácia ou nível de satisfação e que, em geral, permite acompanhar sua evolução ao longo do tempo e compará-lo com outros valores de referência. Por exemplo, disponibilidade, lucratividade, rentabilidade, inadimplência, satisfação e produtividade. Os indicadores-chave de desempenho são medidas quantificáveis, acordadas com antecedência, que refletem os fatores de sucesso de uma empresa. Podem ser diferentes em função do tamanho, segmento de negócio ou estrutura: • Um negócio pode ter como um dos seus indicadores-chave de desempenho a porcentagem do faturamento obtida de clientes que já haviam comprado algum produto ou serviço. • O departamento de atendimento pode ter um dos seus indicadores de desempenho alinhado com algum indicador geral da empresa,


49 – RTI – OUT 2021

como chamadas de clientes • Táticos - Acompanhados pelos atendidas no primeiro minuto, níveis gerenciais da empresa, estão chamadas repetidas, etc. diretamente relacionados aos • No processo de monitoração de indicadores estratégicos. Por exemplo, desempenho da rede os indicadores índice de satisfação dos clientes. têm a função de apurar o nível de • Operacionais - Relacionados aos qualidade da operação (resultados) processos internos da empresa, para comparação com as metas detalham as informações dos preestabelecidas e apurados o desvio indicadores táticos e estratégicos. Por e respectivo nível de performance. exemplo, disponibilidade dos serviços. A necessidade de medir o Para um provedor, parâmetros como desempenho por meio de tempos de manutenção, de reparos, indicadores é crescente para todos os entre falhas da rede e de atendimento tipos de empresas, especialmente do aos clientes são importantes para a ramo de tecnologia, que possuem ou própria existência da empresa. utilizam algum tipo de rede de Interrupções e incidentes técnicos comunicação, desde redes locais de são muito comuns nas redes atuais e computadores (LANs), longa as falhas e o tempo de inatividade distância (WANs) e Internet. têm consequências significativas. Os Vários fatores contribuem para isso: indicadores ajudam as equipes • Maior grau de exigência dos usuários, o que aumenta a necessidade de um processo de medição objetivo, sistemático e transparente. • SLAs - Acordos de Níveis de Serviços internos e externos mais robustos, que demandam um sistema estruturado de indicadores organizacionais com critérios de medição que Fig. 1 – Índice de turnover vão além dos tradicionais técnicas a entender as ocorrências nos indicadores econômico-financeiros. sistemas, equipamentos e rede e a • Aumento da velocidade e da eficiência dos atendimentos. qualidade na tomada de decisões e, A seguir são apresentados alguns consequentemente, nos seus efeitos. indicadores que podem ser usados Os gestores precisam ser cautelosos para a medição de desempenho em ao avaliar o impacto sistêmico provedores, sua aplicação e medição. dessas decisões no desempenho global da empresa. Nível de satisfação dos clientes Medição de desempenho A medição do nível de satisfação dos clientes quanto aos produtos e Avalia o progresso para alcançar serviços do provedor é um indicador metas predeterminadas e resultados. muito importante. É claramente um Mede a eficiência na qual recursos são resultado que mede a qualidade do transformados em produtos (com foco trabalho desenvolvido pela empresa na qualidade) ou serviços (eficácia). junto aos seus clientes. Os indicadores de desempenho Através da análise do grau de podem ser divididos basicamente satisfação e insatisfação, é possível em três grupos: explicar o nível de adesão dos • Estratégicos - Acompanhados pela clientes aos produtos/serviços da diretoria, estão relacionados empresa e identificar os fatores que diretamente aos objetivos globais da contribuem para o sucesso/ empresa. Um exemplo é o faturamento. insucesso.

Geralmente, o nível de satisfação dos clientes é determinado através de questionários ou entrevistas a respeito do produto/serviço adquirido da empresa. Deve ser calculado da seguinte forma: (Nº de clientes satisfeitos ÷ Nº total de clientes) × 100(%) O registro desse valor deve ocorrer mensalmente ou trimestralmente. Quanto maior o valor, melhor o resultado. Índice de tecnicidade Trata-se de um indicador que identifica a importância dos colaboradores que são considerados técnicos. Em algumas empresas é crítico ter um índice de tecnicidade elevado, sinônimo de que aposta e investe fortemente na contratação de profissionais qualificados. No caso das empresas voltadas para as áreas de tecnologia (provedores, TI, consultoria, etc.), o peso de técnicos de nível superior tende a ser mais elevado. O índice deve ser calculado da seguinte forma: (Nº de técnicos ÷ Nº total de colaboradores) × 100(%) O resultado deve ser registrado quadrimestralmente ou anualmente. Quanto maior o valor, melhor o resultado para o provedor. Índice de turnover Índice que monitora a relação de funcionários demitidos e admitidos. Ajuda a identificar problemas relacionados às condições de trabalho e à cultura da empresa, que fazem com que os profissionais busquem outras oportunidades (figura 1). Em síntese, o indicador permite à empresa: • Melhorar as suas políticas de gestão de recursos humanos. • Aumentar o engajamento de profissionais.


PROVEDORES DE INTERNET 50 – RTI – OUT 2021

qualidade dos serviços sejam mantidos para os clientes conforme os acordos de nível de serviço (SLAs) é um dos principais objetivos. O aumento do número de incidentes pode ter origem na manutenção deficiente da infraestrutura externa, equipamentos obsoletos ou fora das especificações. Deve ser calculado a partir do somatório do número de incidentes registrados: S = Nº de incidentes diários O resultado deve ser registrado diariamente e a apuração realizada semanalmente. Quanto menor for esse valor, melhor o resultado.

Fig. 2 – Número de incidentes

• Criar um ambiente de trabalho mais inteligente. O cálculo de turnover é realizado da seguinte forma: [(Nº de demissões + Nº de admissões) ÷ 2) ÷ total de colaboradores] ×100(%) Geralmente, a meta anual é próxima a 10%, mas é preciso entender o contexto da empresa para se chegar ao valor ideal. O resultado do índice pode ser um indicativo da eficiência ou

necessidade de melhoria da gestão de pessoas. Um turnover de desligamento alto pode indicar falhas na capacidade reter talentos, de criar identificação com a cultura organizacional, de recrutar com precisão, etc. Número de incidentes Um incidente é qualquer evento que indisponibilize total ou parcialmente um serviço. Incidentes na área das redes de comunicação são inevitáveis. Garantir que os melhores níveis de disponibilidade e de

Taxa de incidentes reabertos O indicador de incidentes reabertos ou “chamados repetidos” permite perceber o nível de eficácia da equipe técnica na sua resolução. Quanto maior a taxa de incidentes reabertos, menor terá sido a qualidade do atendimento da equipe técnica. Uma taxa elevada de reabertura de incidentes também pode estar associada a problemas crônicos da infraestrutura, sistemas, equipamentos ou outros componentes fora das especificações.


51 – RTI – OUT 2021

Deve ser calculado da seguinte forma: (Nº de incidentes reabertos ÷ Nº total de incidentes) × 100(%) O valor deve ser registrado diariamente e a apuração semanal (quanto menor for o valor, melhor o resultado). Tipo de incidente Perceber o tipo de incidente e sua frequência é fundamental para que a equipe técnica compreenda os problemas e defina as prioridades de atuação. Os incidentes são registrados, classificados e atribuídos para a equipe técnica responsável. Sua evolução deve ser monitorada constantemente. Podem ser criados níveis de criticidade para os incidentes, com base no impacto (quantos clientes/sistemas afetados) e na urgência (o quão rápido precisa ser restabelecido). Assim, fica mais claro

definir que incidentes precisam ser atendidos com maior prioridade. Deve ser calculado com base no tipo de incidente, registrado por tipo diariamente e apuração mensal (quanto menor for valor, melhor o resultado). Percentual de incidentes resolvidos remotamente Identifica o número de incidentes (tíquetes) resolvidos sem o deslocamento de equipe técnica ao local do incidente. Mede a eficiência do atendimento ao cliente (SAC) e da equipe técnica. Quanto mais rapidamente os serviços forem restabelecidos para os usuários, sem a necessidade de deslocamento de técnicos, menores serão os impactos na medição dos níveis de serviços. Deve ser calculado da seguinte forma: (Nº de incidentes resolvidos remotamente ÷ Nº de incidentes) × 100(%)

O valor deve ser registrado diariamente. A apuração ocorre semanalmente. Quanto maior o valor, melhor o resultado. Disponibilidade É um importante indicador para descrever o período em que um serviço está disponível, bem como o tempo exigido pelo sistema para responder a uma solicitação feita pelo usuário. Permite avaliar o desempenho de equipamentos, sistemas e infraestrutura da rede de comunicação. A disponibilidade pode ser calculada da seguinte forma: [MTBF ÷ (MTBF + MTTR)] × 100(%) em que: • MTBF - Tempo Médio entre Falhas • MTTR - Tempo Médio para Reparo O valor deve ser registrado semanalmente, com apuração mensal. Quanto maior for o valor, melhor o resultado.


PROVEDORES DE INTERNET 52 – RTI – OUT 2021

Downtime Mede o tempo em que equipamentos, sistemas ou a rede estiveram indisponíveis por causas não planejadas. O downtime é o inverso do tempo de atividade (uptime) da rede e pode ser traduzido pela incapacidade de um serviço, componente ou algum item de configuração não atuar quando requerido. A indisponibilidade de aplicações, links, equipamentos ativos ou passivos e da própria planta externa pode acarretar custos elevados para os clientes. As causas de indisponibilidade de um serviço são relatadas como incidentes. Existem as paradas programadas para manutenção, como novas ativações, upgrades e backups, que devem ser diferenciadas, uma vez que não ocorrem por fatos inesperados. O cálculo de downtime é realizado da seguinte forma: (Tempo de indisponibilidade ÷ Tempo de disponibilidade total) × 100 (%) O valor deve ser registrado diariamente, com apuração semanal. Quanto menor o valor, melhor o resultado.

MTBF O MTBF - Mean Time Between Failures é o tempo entre falhas de um sistema no decorrer de alguma operação. Funciona como uma métrica da média de tempo transcorrido entre as anormalidades. Em outras palavras, o MTBF informa a confiabilidade de determinado sistema ou rede. Em geral, constitui um tipo de modelo que assume que ocorreu uma falha em um sistema e, assim, o repara de maneira imediata. Essas

Fig. 3 - MTBF, MTTR e MTTA

irregularidades são consideradas condições que interrompem a operação do sistema ou o coloca em um estado de reparo. O MTBF é calculado da seguinte forma: MTBF = S Tempos de uptime ÷ Nº falhas ocorridas O valor deve ser registrado semanalmente, com apuração mensal. Quanto maior esse valor, melhor o resultado.


53 – RTI – OUT 2021

Por exemplo, se no período de 24 horas ocorrem 2 horas de interrupção da rede ocasionadas por dois incidentes distintos, o tempo de uptime é de 22 horas (24 – 2). O MTBF será de 11 horas (22 dividido por 2). O MTBF não leva em consideração o tempo de inatividade esperado em uma manutenção programada. Em vez disso, concentra-se em interrupções e problemas não previstos. MTTR O MTTR - Mean Time To Repair indica o tempo médio para reparar. Ou seja, mostra a eficácia nas ações de manutenção aplicadas, incluindo o tempo de reparo e qualquer tempo de teste (figura 3). O relógio não para nessa métrica até que o sistema esteja totalmente funcional. Basicamente, o intuito de uma operação a todo momento consiste em aumentar o MTBF e reduzir o MTTR. Esse indicador é útil para rastrear a eficiência da equipe de manutenção na realização do reparo. Não se destina a identificar problemas relacionados aos alertas do sistema ou atrasos das equipes antes do reparo, os quais também são fatores importantes ao avaliar o desempenho dos sistemas de gerenciamento. O cálculo do MTTR é feito da seguinte forma: MTTR = Tempo total de reparo ÷ Nº de reparos O valor deve ser registrado semanalmente, com apuração mensal. Quanto menor o valor, melhor o resultado. MTTA O MTTA - Mean Time To Acknowledge, ou Tempo Médio de Confirmação, é um indicador que mede o tempo médio, por exemplo em minutos, entre a detecção de um incidente e a primeira ação para reparação. É orientado para medir a eficácia da capacidade de resposta dos times de gerência (NOC) e equipe de manutenção da rede (figura 3). O tempo de resposta a um incidente é calculado medindo o tempo entre a detecção/comunicação do incidente e a primeira ação das equipes técnicas, tendo em vista a sua resolução. Tempos elevados podem estar relacionados à baixa capacidade e fatores como deslocamento, clima, acidentes, etc. O MTTA é calculado da seguinte forma: (TC - TA) ÷ Nº de incidentes • TA – tempo de alerta do incidente • TC – tempo de confirmação do incidente O valor obtido deve ser registrado semanalmente, com apuração mensal. Quanto menor o valor, melhor o resultado.


PROVEDORES DE INTERNET 54 – RTI – OUT 2021

Percentual de uso de largura de banda Representa a taxa máxima de transmissão de dados em uma rede. Para uma operação ideal, o objetivo é chegar o mais próximo possível da largura de banda máxima, sem atingir níveis críticos. Isso permite que a rede trafegue o máximo de dados em um determinado período, mas sem sobrecarregar. Por exemplo, podem ser parametrizadas limitações na velocidade de transferência de dados para determinadas aplicações e/ou usuários, segundo o SLA contratado, de modo a garantir banda para todos. Quando o limite crítico é atingido e o SLA é violado, uma ação apropriada será tomada pela gerência da rede. O cálculo é realizado da seguinte forma: (Largura de banda usada ÷ largura de banda total disponível) × 100(%) O valor deve ser registrado diariamente e apurado mensalmente. Quanto menor o valor, melhor o resultado. Custo de manutenção O custo para manter em funcionamento toda a infraestrutura dos sistemas e a rede em si pode ter impacto significativo no orçamento da empresa. Conhecer o valor, acompanhar a sua evolução ao longo do tempo e perceber o impacto após novos investimentos na planta é fundamental para se analisar com rigor o retorno do investimento. O custo de manutenção depende essencialmente do tipo de investimento efetuado, não só no que se refere à evolução do valor, como também o peso de cada um dos gastos que o compõem. É importante comparar com valores de referência do mercado, bem como de outras empresas similares. O cálculo considera a S dos gastos na manutenção da rede (licenças, aquisições, contratos de serviços,

seguros dos imóveis e equipamentos etc.), apurados mensalmente ou trimestralmente. Quanto menor o valor, melhor o resultado. Custo da rede no investimento global Identifica o nível de importância dos investimentos na rede no total da empresa. Assim como na manutenção, é importante comparar o indicador com valores de referência do mercado, bem como de outras empresas similares. O custo da rede no total de investimentos da empresa depende de diferentes fatores: • Segmento em que se insere a empresa. • Tempo de existência da infraestrutura. • Aposta estratégica relativamente ao nível de infraestrutura desejado.

Como selecionar um indicador Indicadores de desempenho usualmente são relacionados a diretrizes de longo prazo. A definição dos indicadores e de como são medidos não deve mudar com frequência. Entretanto, as metas para um indicador de desempenho em particular podem mudar em função de alterações nos objetivos da empresa. A escolha do KPI depende da ocasião, da necessidade e da estratégia do negócio. Indicadores errados mostrarão um desempenho fora da

realidade e a análise da estratégia de negócio ficará comprometida. O primeiro passo é alinhar claramente os indicadores aos objetivos e fatores críticos de sucesso para a monitoração do negócio. É fundamental que realmente comuniquem a intenção do objetivo. Os indicadores funcionam como ferramentas que conduzem ao comportamento desejado e devem dar aos gestores o direcionamento que precisam para atingir os objetivos do negócio. Os KPIs devem estar disponíveis para mensuração. Portanto, devem ser quantificáveis, confiáveis e medidos de maneira contínua. Sempre que possível, devem-se usar indicadores que mostrem um índice ou taxa, em vez de uma grandeza absoluta. Importante lembrar que, para mensurar, é importante ser simples ao definir as métricas significativas. Uma grande quantidade de indicadores pode se tornar empecilho ao longo do tempo, sem resultados práticos e longe da abordagem proposta na metodologia. Outro fator a considerar na escolha de um KPI é a sua comparabilidade, ou seja, a capacidade de ser comparável ou a facilidade de obter dados similares de referenciais externos por serem padrão de excelência (benchmarks). Deve-se indicar se a estratégia adotada está realmente gerando resultados e os objetivos alcançados.

REFERÊNCIAS [1] Caldeira, Jorge. 100 Indicadores da Gestão. Coimbra: Conjuntura Actual Editora. 2012. [2] Deming, W. Edwards. O método Deming de Administração. 5ª Ed., São Paulo: Marques Saraiva, 1989. [3] ITIL Foundation. ITIL 4 Edition. London: Axelos Limited, 2019. [4] Kerzner, Harold. Project Management Metrics, KPIs, and Dashboards: A Guide to Measuring and Monitoring Project Performance. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc., 2017. [5] Marr, Bernard. Key performance Indicators: The 75 measures every manager needs to know. FT Publishing International, 2012. [6] Parmenter, David. Key performance indicators: developing, implementing, and using winning KPIs. 3ª Ed., New Jersey: John Wiley & Sons, Inc., 2015.


– APRESENTADO POR –

NOVO SOFTWARE HUAWEI HICONFIG PERMITE CONFIGURAÇÃO

MASSIVA E PRÁTICA

DE ROTEADORES E ATENDE NECESSIDADE DE PEQUENOS PROVEDORES EM MEIO AO “BOOM” DO MERCADO ISP, EMPRESA SE APROXIMA DA REALIDADE DESSES PARCEIROS PARA ENTREGAR BENEFÍCIOS DA SOLUÇÃO HICONFIG, DESENVOLVIDA PARA O MERCADO BRASILEIRO.

D

esde o ano passado, com o

CENÁRIO EM EXPANSÃO

mercado ISP em plena expan-

“Antes das medidas de segurança to-

“Com o software, utilizando uma tabela com os parâmetros de instalação, até 100

são, capitaneada, principal-

madas devido ao novo coronavírus, uma

equipamentos podem ser configurados

mente, pelos efeitos da pandemia e o iso-

família com quatro pessoas dificilmente

de uma só vez, de forma prática e massi-

lamento social, a Huawei direcionou o

produziria, dentro de casa, um grande

va”, explica Nascimento.

olhar para algumas necessidades espe-

fluxo de dados; no terceiro e quarto tri-

Outra funcionalidade importante é

cíficas desse público.

mestre de 2020, isso mudou completa-

que, com o HiConfig, o roteador que for

mente”, comenta.

“resetado” pelo usuário final, já na resi-

Curiosamente, a área de consumer da

dência, não perde as especificações defi-

companhia se debruçou em uma deman-

Segundo a Anatel, o mês de junho de

da tipicamente B2B, para entregar ao

2021 terminou com um número superior

mercado brasileiro, em anúncio no início

a 37,1 milhões de acessos de banda larga

“Mesmo com o suporte remoto, ainda há

de setembro, o software HiConfig.

fixa no Brasil. Desse total, 40% são pe-

um percentual de casos em que um técni-

nidas anteriormente com o software.

“Através do nosso produto considera-

quenos provedores – “Somada, a ativida-

co tinha de se deslocar até o cliente, para

do ‘carro-chefe’ para esse nicho, o ro-

de desses players seria suficiente para

uma ação simples e rápida – com esse be-

teador HUAWEI WS5200 V3, nós desen-

compor a maior operadora de internet do

nefício, ele deixa de ir e há um impacto po-

volvemos relacionamentos com esses

país”, compara o diretor.

sitivo nos custos dessa operação”, pontua.

O HICONFIG E SEUS BENEFÍCIOS

ro, o Huawei HiConfig é compatível com o

Uma exclusividade ao mercado brasilei-

parceiros e, dessa forma, pudemos entender suas necessidades”, explica o diretor de vendas para operadoras da

Com a inovação anunciada, usuários do

Huawei Consumer Business Group, José

WS5200 V3 passam a ter acesso, gratuita-

Luiz do Nascimento.

mente, à ferramenta Huawei HiConfig.

modelo HUAWEI WS5200 V3 e, futuramente, com os demais itens do portfólio.

Na visão do especialista, a proposta cen-

Esses provedores tinham de configu-

tral foi a de contemplar “não apenas o con-

rar manualmente cada roteador, em um

sumidor final e, também, as grandes teles,

processo que poderia levar, em média,

Provedores de internet que já adquiriram os roteadores Huawei têm acesso gratuito à ferramenta. Basta enviar um e-mail para

mas os pequenos provedores de internet”.

entre cinco e seis minutos por unidade.

hiconfigbr@huawei.com


SERVIÇO

56 – RTI – OUT 2021

Guia de racks, gabinetes e acessórios O levantamento traz dados atualizados da oferta de racks para servidores (data centers), cabeamento (LAN) e aplicações industriais. Além das versões (aberto, fechado, piso e parede), o guia detalha informações referentes à estrutura, material, capacidade e acessórios. Aplicação

Empresa, telefone e e-mail

ALGcom

(54) 99257-3957 n

Acessórios e/ou itens opcionais

Servidores (Data center) Cabeamento (LAN) Industrial Aberto Fechado Piso Parede Mini-rack Aço Material Alumínio Perfis soldados Estrutura Perfis aparafusados Perfuradas Laterais removíveis Vidro de segurança Bi ou quadripartidas Eletrostática Pintura Líquida Pelo teto Entrada de cabos Pelo piso ≤ 1000 Capacidade (kg) ≥ 1000 Regras de Com monitoramento tomadas Passivas Sistema de monitoramento Sistema de aterramento Espaço para inclusão de ventilação Dutos para controle de fluxo de ar Confinamento de corredores Em circuito fechado Refrigeração Alto desempenho Fogo Proteção contra Água Fecho e porca-gaiola Base antitombamento Marcação de U Guia de controle raio de curvatura Realiza projeto personalizado

Racks

Portas

Tipo

• • • •

• • •

• • •

• •

••

• • •

vendas@algcom.com.br AZLink

• •

(11) 95629-2796 n

• • •

• • •

• •

• •

info@azlink.com.br Caesa

(41) 99186-8741 n

• •

(11) 3027-3817

• •

• • •

racks@caesa.ind.br Commscope

• • •

marketing@commscope.com Ctrltech

(11) 96316-9717 n

• • • • • • •

• • • •

• •

• • • • • • • •• •

• •

• • •

• • •

• •

• •

•• • • • •

• • •

eletromecanica@ctrltech.com.br Ellan

(15) 99731-9363 n

vendas@ellan.c0m.br Eurocab

(11) 3507-6700

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • •• • • • •

comercial@eurocab.com.br Faritel

(54) 3321-0955 n

• •

• • • •

(41) 3661-2550 n

• • • • • • • • • • • • • •

• • • • • •

• • • •

••

• • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• • • • •

• • •

• •• •• •

• • • •

• • • •

• • •

• • • • •

• • • • • • •

• • •

• • • •

faritel@faritel.com.br Fibracem vendas@fibracem.com Furukawa

0800 041 2100

• • • •

• •

• • • • • •

furukawa@furukalatam.com GP Cabling

(11) 2050-6800 n

(11) 99118-7170 n

• • •

• •

(11) 97027-8672 n

• •

• •

contato@gpcabling.com.br GP Racks contato@gpracks.com.br Ideal Mecânica

• •

• • •

• • •

vendas@ideal.ind.br Intelbras

0800 724 5115

Legrand

08000 11 8008

• •

• • •

• •

• • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • •• • •

• • • • • • •

sac@legrand.com.br Max Eletron contato@maxeletron.com.br

(17) 97400-4537 n

• • •

• • • • •

• •

• • •

• •

• •

• • •


LINHA DE

R A C K S I N D O O R Q UA L I DA D E E VE R S AT I L I DA D E A LG c o m Di sponívei s em 24U, 36U e 44U

Com profundidade útil de 800mm ou 1000mm

Com portas e laterais lisas, ventiladas ou acrílicas

Uma série de opcionais para personalizar a instalação

Espaço dedicado para melhor organização de cabos

Versatilidade: portas que abrem para os dois lados

Modularizados

P a ra o m e l h o r desempenho, ALGcom.

+55 54 3201.1903 loja.algcom.com.br www.algcom.com.br vendas@algcom.com.br


SERVIÇO 58 – RTI – OUT 2021

Aplicação

Empresa, telefone e e-mail

Metalúrgica

Acessórios e/ou itens opcionais

Servidores (Data center) Cabeamento (LAN) Industrial Aberto Fechado Piso Parede Mini-rack Aço Material Alumínio Perfis soldados Estrutura Perfis aparafusados Perfuradas Laterais removíveis Vidro de segurança Bi ou quadripartidas Eletrostática Pintura Líquida Pelo teto Entrada de cabos Pelo piso ≤ 1000 Capacidade (kg) ≥ 1000 Regras de Com monitoramento tomadas Passivas Sistema de monitoramento Sistema de aterramento Espaço para inclusão de ventilação Dutos para controle de fluxo de ar Confinamento de corredores Em circuito fechado Refrigeração Alto desempenho Fogo Proteção contra Água Fecho e porca-gaiola Base antitombamento Marcação de U Guia de controle raio de curvatura Realiza projeto personalizado

Racks Portas

Tipo

(51) 99507-1703 n

• • • • • • • • • • • •

(11) 95786-3091 n

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• •

olavosmaciel@gmail.com Multiway Infra

contato@multiwayinfra.com.br

Nilko

(41) 98518-6163 n

• • • • • • •

• • • • • • • • • • • • •

• • • •

• • • • • • •

• • • • • • • • • •

• • • • • •

• • • • • • • •

• • • •

• • • • •

• • • • • •

• • • • • •

• • • • •

• • • • •

• • • • •

• • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • •

• •

• • • • •

• • • • • •

cabinesoutdoor@nilko.com.br Racksul

(51) 98471-7596 n

• • • • • • • •

• • • • • •

• • • •

(11) 99248-7433 n

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • ••

racksul@racksul.com.br Rittal

• • • • •• • • • •

• • • • •

leandro.sussi@rittal.com.br Rosenberger

• • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • •

(19) 99802-7861 n

• •

• • • • • •

• •

• • •

(11) 98526-2450 n

• •

• • • • • •

• • • • • •

• • •

(12) 3221-8500

••

• • •

• • •

lucimar.silveira@rosenbergerdomex.com.br Seicom

(15) 3033-7410

comercial@seicom-materiais.com.br Seitec

• • • •

••

vendas@seitec.ind.br TecFiber vendas@tecfiber.com.br


59 – RTI – OUT 2021

Aplicação

Empresa, telefone e e-mail

Trisul

(11) 98452-6239 n

Acessórios e/ou itens opcionais

Servidores (Data center) Cabeamento (LAN) Industrial Aberto Fechado Piso Parede Mini-rack Aço Material Alumínio Perfis soldados Estrutura Perfis aparafusados Perfuradas Laterais removíveis Vidro de segurança Bi ou quadripartidas Eletrostática Pintura Líquida Pelo teto Entrada de cabos Pelo piso ≤ 1000 Capacidade (kg) ≥ 1000 Regras de Com monitoramento tomadas Passivas Sistema de monitoramento Sistema de aterramento Espaço para inclusão de ventilação Dutos para controle de fluxo de ar Confinamento de corredores Em circuito fechado Refrigeração Alto desempenho Fogo Proteção contra Água Fecho e porca-gaiola Base antitombamento Marcação de U Guia de controle raio de curvatura Realiza projeto personalizado

Racks Portas

Tipo

• • • • • • • • • • • • • • • • •

• • •

•• • • •

• • • • •

contato@trisulmetalurgica.com.br Triunfo

• •

• •

• • • • •

• • •

• •

• •

(11) 3618-6600

• •

• •

• •

(11) 5522-2699

• • • • • • • • • • • • • • • • •

(41) 3347-1850

• • •

• •

racks@triunfometalurgica.com.br União Indústria

(35) 99706-6966 n

• •

vendas@uniaoeletrometais.com.br Vertiv

• •

• •

• • • • •• • •

marketing.brasil@vertiv.com Womer

• • • •

••

vendas@womer.com.br

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 109 empresas pesquisadas. elecom e Instalações , outubro de 2021. Fonte: Revista Redes, TTelecom Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

• • • • • •


ACESSO

60 – RTI – OUT 2021

Controle de entrada com reconhecimento facial Walter Candelu, vice-presidente para as regiões do Oriente Médio e África da SAFR

N

As tecnologias de controle de acesso têm passado por diversas evoluções nos últimos anos. Com verificações seguras, precisas e sem contato, a liberação de entrada e saída por reconhecimento facial tem ganhado cada vez mais espaço no mercado corporativo em tempos de pandemia de Covid-19.

os últimos anos, tecnologias disruptivas equiparam os profissionais de segurança com soluções inovadoras para melhorar a eficiência operacional e aumentar a sensação de proteção entre os usuários (figura 1). Cada tecnologia colocada no mercado levou anos desde sua invenção até a aceitação e eventual amplo uso pelo consumidor (figura 2). A mensuração e descrição sistêmica de características faciais para catalogar identidades foram realizadas pela primeira vez em 1893 por Alphonse Bertillon, como parte de sua técnica de identificação antropométrica chamada Portrait Parle. Bertillon abriu caminho para futuras abordagens semiautomáticas e automáticas.

Sem tocar é melhor Como os cartões podem ser esquecidos, perdidos ou usados indevidamente, as tecnologias de credencial por cartão (proximity/mifare) foram substituídas ou complementadas por credenciais

biométricas de impressão digital. Até 2019, a tecnologia era amplamente aceita com risco e resistência limitados. No entanto, em meio a uma pandemia global que está redefinindo diversos aspectos do nosso dia a dia, muitas empresas desativaram os leitores de impressão digital para evitar a possível propagação do vírus. Com um desejo crescente do consumidor por experiências sem contato desde o ponto de venda, passando por equipamentos de hardware a controle de acesso físico, as companhias de segurança estão buscando tecnologias alternativas como credenciais Bluetooth e reconhecimento facial para impedir tanto as ameaças de segurança tradicionais quanto a transmissão de vírus.


61 – RTI – OUT 2021

Bluetooth low energy Existem vários benefícios em trabalhar com leitores BLE – bluetooth low energy e credenciais móveis. A tecnologia rapidamente se tornou popular, especialmente entre as gerações mais jovens, com taxas mais altas de propriedade e uso de dispositivos habilitados para Bluetooth. No entanto, como muitas outras tecnologias, as credenciais BLE vêm com seus próprios desafios: • Se a bateria do dispositivo estiver fraca ou acabar, ele ficará inutilizável. • Assim como os cartões de identificação, telefones são dispositivos físicos que podem ser

preocupação de alguns usuários ao dar acesso a aplicativos adicionais, como a tecnologia de autenticação usada para confirmar uma identidade. Embora a tecnologia BLE esteja ganhando força na indústria, ela ainda está no estágio inicial e pode encontrar resistência em implementações de alta segurança, sem oferecer uma experiência de acesso verdadeiramente seguro com ausência de dispositivo e toque.

Reconhecimento facial Assim como as credenciais biométricas de impressão digital, o reconhecimento facial utiliza um atributo exclusivo: seu rosto, que não

transmissão de doenças em espaços públicos, podemos esperar que a tecnologia sem contato ainda seja preferida mesmo depois da vacinação contra a Covid-19. O mundo foi alterado pelo escopo e escala desta pandemia e as políticas de saúde e segurança terão um impacto mais forte no projeto de edifícios e no comportamento público nos próximos anos.

Superando equívocos sobre reconhecimento facial As percepções negativas do reconhecimento facial apresentam desafios. No entanto, isso pode ser

Fig. 1 – Progressão de tecnologias no setor de controle de acesso

esquecidos, perdidos, roubados ou trocados intencionalmente para permitir o acesso de pessoas não autorizadas. Isso pode ser resolvido adicionando autenticação dupla com credenciais biométricas por meio do dispositivo. • Qualquer tecnologia dependente de um item físico não é uma experiência totalmente sem atrito ou toque, pois requer que o dispositivo esteja na mão, não no bolso ou na mochila. • Telefones contêm dados pessoais como números de contas, fotos e correspondência, levando à

pode ser perdido ou compartilhado e está sempre disponível. É uma tecnologia com vantagens importantes quando comparada com o credenciamento de impressão digital, como dispensar contato, ser extremamente rápido, sem atrito, auditável e permite que a equipe de segurança confirme o evento de autenticação com revisão visual, caso necessário (tabela I). Os sistemas sem contato são inestimáveis durante uma pandemia global, mas como o mundo agora está mais atento aos perigos de superfícies de contato e pontos de

superado com a solução certa e uma melhor educação sobre o quão longe essa tecnologia chegou. Os principais equívocos giram em torno do custo total de propriedade, facilidade de implementação e uso, privacidade de dados, uso ético e redução do viés. Custo total de propriedade Um dos equívocos é que uma solução de reconhecimento facial, com precisão e velocidade empresarial, é complexa e cara para adquirir, implantar e manter. Apesar da redução drástica nos recursos de hardware exigidos pela


ACESSO 62 – RTI – OUT 2021

introdução da IA – Inteligência Artificial, o reconhecimento facial ainda é um aplicativo que exige computação. As três etapas combinadas demandam grande poder computacional para processamento de vídeo ao vivo, detecção de rosto e reconhecimento facial. Para atingir o desempenho de nível empresarial, todas as três etapas devem ser executadas com eficiência, porém nem todas as plataformas de reconhecimento facial são criadas da mesma forma. É importante escolher um sistema que seja eficiente, compacto, rápido e preciso. Facilidade de implementação e uso O segundo equívoco de reconhecimento facial é a complexidade de sua implementação. Muitos profissionais de segurança que se depararam com projetos de

impedindo as equipes de segurança de responder em tempo real. Os principais sistemas de reconhecimento facial atuais superaram esses desafios, permitindo que os profissionais de segurança aproveitem as vantagens da tecnologia mais recente sem a necessidade de serem especialistas em IA ou terem habilidades específicas de programação de software. Privacidade de dados Informações de identificação pessoal (PII) são identificadores exclusivos, ou seja, qualquer informação pode ser usada para identificar, contatar ou localizar uma determinada pessoa. Alguns exemplos incluem nome e sobrenome, números de identificação (passaporte, carteira de motorista,

profissionais que contêm fotos, informações de contato e PII adicionais que enviaram voluntariamente para acesso público ou semipúblico. Praticamente toda experiência online, desde a compra de um produto até o gerenciamento de transações bancárias e confidenciais, deixa um rastro de papel digital vulnerável a hackers. Para registros de impressão digital, soluções que usam reconhecimento facial para controle de acesso devem seguir as mais rígidas medidas de segurança de dados, obter consentimento expresso dos usuários e garantir que os dados sejam utilizados em conformidade com as leis locais. Os requisitos operacionais podem incluir a comunicação aos usuários sobre a duração da retenção das informações, opções de cancelamento (opt-out), bem como o

Fig. 2 – Tempo desde a invenção até o amplo uso

reconhecimento facial no início de suas carreiras podem ter testemunhado em primeira mão como os primeiros sistemas eram difíceis de instalar, configurar e operar. Frequentemente, eles exigiam câmeras dedicadas implantadas especificamente para capturar uma imagem facial inteiramente frontal, podendo ser difícil e caro de integrar e muitas vezes não atendiam às expectativas de velocidade e precisão,

cartão de crédito), endereços residenciais e e-mail, telefones pessoais, gerenciamento de contas de redes sociais, dados biométricos como impressões digitais, varreduras de íris, voz, imagens faciais ou assinaturas biométricas. Na era digital, é difícil manter o completo anonimato e controle sobre as PII de alguém. A maioria das pessoas está presente no LinkedIn, Twitter, Instagram, sites

controle e acesso às suas PII dentro do sistema. Essas políticas devem ser cuidadosamente desenvolvidas e revisadas periodicamente. Percepção do consumidor A percepção pública do reconhecimento facial geralmente gira em torno da ideia de que seu uso é uma ameaça à privacidade individual e que as assinaturas biométricas do rosto podem ser


Até onde você quer chegar? Alcançar novos patamares depende de um sistema à altura.

Conheça o NG Billing, um CRM & Billing robusto que une confiabilidade de dados, automação e escalabilidade, validado por grandes ISPs do mercado.

Maior automação e controle

Suporte ao crescimento

Robustez e escalabilidade

Transparência e compliance

Integrações diversas e mais de 5Mi de contratos gerenciados

Expertise e suporte a processos de crescimento orgânico e inorgânico.

Mais de R$ 4Bi de faturamento gerenciado por ano.

Precisão de dados com melhor gestão operacional.

SAIBA MAIS Confira como o billing ideal

pode apoiar na captação de

investimentos.


ACESSO 64 – RTI – OUT 2021

Tab. I – Comparativo entre tecnologias de acesso Métodos de acesso seguro Benefícios

Badge/Chave

Pinpad

Impressão digital

Reconhecimento facial

Autenticação de um indivíduo

Sim

Sim

Sim

Sim

autorizado e controle de porta

Transferível

Transferível Sim

Registro de controle

Sim

Sim

Sim

Transferível

Transferível

Nenhum registro de utilização não autorizada

Deteccão de acesso não autorizado

Não

Não

Não

Sim

Contagem de ocupação

Não

Não

Não

Sim

Contagem inferior em

Contagem inferior em

Sem registro de utilização

acesso não permitido

acesso não permitido

Sem contagem de saída

Sem contagem de saída

Sim

Não

Sem contato

Sim

Sim

Certas soluções foram feitas sem contato Detecção de máscaras

hackeadas e/ou utilizadas para fins prejudiciais. Essa percepção é possivelmente uma consequência do uso inadequado da tecnologia de reconhecimento facial durante o início, do uso impróprio por alguns malfeitores ou de um mal-entendido sobre o conceito da tecnologia. Como acontece com todas as tecnologias, existem maneiras de abusar do reconhecimento facial. No entanto, os artigos semanais com terríveis avisos sobre os perigos do reconhecimento facial não transmitem adequadamente as muitas maneiras como essa tecnologia pode ser usada com total segurança de dados e apenas com indivíduos autorizados para melhorar a proteção e a conveniência. Vemos exemplos de impacto positivo a cada semana, mas essas histórias muitas vezes são ofuscadas pelo ruído negativo. É crucial que todas as empresas de visão computacional, biométrica e reconhecimento facial se concentrem em casos de uso positivos e ajudem os clientes a verem como a tecnologia pode resolver uma série de problemas humanos.

Não

Não

Uso ético e redução de viés Há um viés racial e de gênero bem conhecido em muitos algoritmos de reconhecimento facial, confirmado por estudos do NIST – National Institute of Standards and Technology e outros avaliadores independentes. Os vieses são resultados de dados de treinamento deficientes e preconceitos nos processos de desenvolvimento de produtos. Os algoritmos de machine learning são tão inteligentes quanto os dados nos quais são treinados e é fácil para o viés do desenvolvedor se infiltrar neles. É por isso que é fundamental escolher um sistema de reconhecimento facial que funcione uniformemente em rostos de diferentes gêneros e tons de pele e que se comprometa com casos de uso éticos. O acesso seguro é um exemplo perfeito de uso positivo, em que todos os usuários aceitam e consentem em serem reconhecidos. A seleção de um sistema de reconhecimento facial de baixo viés garantirá uma experiência positiva e uma taxa de alta precisão para todos os usuários de seu sistema de acesso seguro baseado em rosto.

Não

Sim

Reconhecimento facial para controle de acesso Para que o reconhecimento facial seja utilizado com segurança em aplicações de controle de acesso, desenvolvedores e instaladores precisam garantir que sua solução atenda a critérios como alta precisão, capacidade de reconhecer rostos usando máscaras de proteção, integração com sistemas legados e robustez. Alta precisão As soluções de reconhecimento facial estão constantemente competindo para alcançar os mais altos níveis de precisão. Com o avanço dessa tecnologia, as taxas de precisão atingiram 99% para a maioria das soluções corporativas, enquanto as de falsa aceitação e rejeição caíram para níveis insignificantes. Além disso, a qualidade das imagens recebidas em aplicações de controle de acesso cooperativo é normalmente superior a qualquer outro caso de uso, tornando o trabalho do algoritmo de reconhecimento facial mais simples.


65 – RTI – OUT 2021

Qualidade da imagem Para qualquer solução biométrica, um template e uma amostra biométrica de qualidade são essenciais para obter alta precisão e baixa falsa aceitação. É provável que as aplicações de controle de acesso tenham taxas de precisão de reconhecimento facial ainda mais altas do que casos de uso de monitoramento passivo devido à cooperação das pessoas. A inscrição é realizada em um ambiente controlado, com indivíduos que aceitam o uso do reconhecimento facial, fornecendo imagens de referência de alta qualidade. Quando os sistemas de controle de acesso são configurados, as câmeras são colocadas longe das pessoas para garantir a densidade ideal de pixels (em média, o dobro do necessário para um reconhecimento de alta precisão). Desempenho com máscaras faciais Com as máscaras faciais fazendo parte do dia a dia, é crucial que qualquer solução biométrica baseada no rosto possa detectar e reconhecer até mesmo faces parcialmente obscurecidas. As máscaras faciais reduzem a quantidade de informações biométricas que um algoritmo pode usar para detectar e combinar corretamente um rosto. No entanto, exigir que um usuário remova sua máscara em um ponto de acesso seguro aumenta o risco de transmissão de vírus. Os principais fornecedores de reconhecimento facial entendem esse desafio e investiram no treinamento de seus algoritmos para detectar e reconhecer faces com máscaras. O uso generalizado de máscaras faciais tornou o reconhecimento facial mais difícil, porém gerou uma onda de inovação que tornou os algoritmos de reconhecimento facial que optaram por se adaptar ainda mais rápidos e precisos sob uma variedade de condições do mundo real. Integração com sistemas legados Como os fornecedores de tecnologia de reconhecimento facial buscam ser aceitos na indústria de controle de acesso, é fundamental considerar como a tecnologia pode se encaixar em sistemas e processos existentes bem estabelecidos e robustos, já utilizados no gerenciamento de acesso e visitantes. Os profissionais de segurança costumam trabalhar com os clientes para personalizar suas soluções de controle de acesso para proteger melhor suas instalações, tanto do ponto de vista técnico quanto operacional. Os sistemas de controle de acesso incluem muitos recursos e processos além do padrão e da lógica de “desbloqueio de porta”. Por exemplo: • Consolidação e auditoria do banco de dados de funcionários.


ACESSO 66 – RTI – OUT 2021

• Integração com outros sistemas de segurança e proteção (alarme de incêndio, CFTV, IDS, etc.). • Gerenciamento do nível de ameaça. • Integração do plano de evacuação de emergência e gerenciamento de visitantes. • Monitoramento da porta e da saída de emergência. • Acompanhamento de tailgating. • Operações offline. As infraestruturas de controle de acesso podem ser extremamente complexas e difíceis de substituir, por isso é fundamental escolher uma solução de reconhecimento facial que possa se integrar com o sistema legado e complementar a infraestrutura existente. Robustez Apesar do alto nível de precisão alcançado pelas soluções de reconhecimento facial, algumas implementações de controle de acesso, como infraestrutura crítica, data centers ou instituições financeiras podem exigir camadas adicionais de autenticação. As soluções de reconhecimento facial, portanto, devem ser equipadas com métodos de autenticação secundários, bem como recursos anti-spoofing, como: • Vivacidade colaborativa - Acesso com uma ação que requer uma resposta a um comando. Por exemplo, sorria para abrir. • Autenticação de dois fatores (2FA) Face + código QR fixo ou dinâmico, face + cartão. • Vivacidade tridimensional - Por exemplo, integração com câmeras 3D. • Vivacidade passiva - Por exemplo, usando uma câmera 2D padrão. Tailgating Uma das maiores preocupações dos profissionais de segurança ao projetar uma infraestrutura robusta de controle de acesso é como evitar tailgating, que nada mais é do que a

passagem de pessoas não autorizadas ou não reconhecidas para espaços seguros atrás de usuários autorizados. Diversas soluções e processos foram desenvolvidos ao longo dos anos para ajudar a prevenir o acesso não autorizado, como sensores IR/laser, mantraps, catracas e monitoramento manual por oficiais de segurança. Embora essas soluções sejam frequentemente eficazes, todas demandam hardware, software ou recursos humanos adicionais, aumentando o custo e a complexidade da implementação. O reconhecimento facial é especialmente adequado para prevenir e responder ao tailgating sem recursos adicionais ou complexidade. Como o sistema já está detectando faces e procurando combiná-las com um banco de dados de pessoas autorizadas, ele também detectará se algum rosto não autorizado está à vista no ponto de acesso seguro. O sistema de reconhecimento facial pode ser ajustado para acionar notificações, alarmes ou SOPs – Procedimentos Operacionais Padrão automatizados ao detectar indivíduos não verificados ou não autorizados em um ponto de acesso seguro, tentando obter acesso ou entrando atrás de um indivíduo autorizado, tornando-o de longe a forma mais segura e eficaz de anti-tailgating. Se alguém obtiver acesso através de um indivíduo autorizado, os sistemas de reconhecimento facial tornam a análise pós-evento fácil. A revisão do arquivo do evento mostrará detalhes sobre quem foi seguido pelo indivíduo, quando o evento ocorreu, como era o tailgater e o que estava vestindo, ou se alguém segurou uma porta aberta, e fornecerá informações necessárias para responder às violações da política e evitar que o incidente aconteça novamente.

Funcionalidades adicionais e possibilidades de integração Outra grande vantagem de usar o reconhecimento facial para controle de acesso é seu potencial para aprimorar a experiência do usuário quando integrado a outros aplicativos e processos de segurança. Além das soluções de controle de acesso, o reconhecimento facial pode ser reimplantado em: • Integração entre controle de acesso físico e lógico, bem como sistemas de gerenciamento de vídeo. • Funcionalidade de quiosque e integração com sistemas de gerenciamento de visitantes padrão. • Soluções inovadoras de gerenciamento de visitantes e experiência do cliente (assistente virtual, concierge robô, etc.). • Recursos automatizados de horário e presença.

Conclusão O rápido desenvolvimento de novos recursos de machine learning, combinado com a redução contínua dos custos de computação, tornou o reconhecimento facial seguro, preciso e econômico o suficiente para se tornar a norma em aplicações de controle de acesso. No mundo dinâmico de hoje, as aplicações sem contato oferecem benefícios adicionais e paz de espírito aos usuários. A mudança causada por uma pandemia global apenas acelerou o progresso inevitável da aceitação do reconhecimento facial para uso comercial de controle de acesso. É possível oferecer uma experiência de usuário verdadeiramente sem atrito, ao mesmo tempo em que oferece proteção e segurança aprimoradas. O reconhecimento facial oferece uma experiência de verificação rápida, automática, segura e contínua.


– APRESENTADO POR –

QUALIDADE EM FOCO:

ACADEMIA ONLINE CAPACITA CLIENTES E PARCEIROS EM MICROTECNOLOGIA SISTEMA DE TREINAMENTO SE JUNTA A OUTROS PILARES DA MARCA, QUE TEM COMO PRIORIDADE O ALTO NÍVEL DE ENTREGA EM TELECOM

E

xceder as exigências do cliente

MicroDutos será ainda mais preponde-

teger o cabo óptico e, dessa forma, assegu-

em qualidade, com o intuito de

rante do que já é hoje.

rar conexões seguras e estáveis. Para a fa-

prosperar em soluções dura-

“Nós sabemos que a qualidade de mão de

bricação dos produtos da marca, a

douras e assim melhorar continuamente

obra também é fundamental para uma

Dura-Line utiliza matéria prima 100%

os mais diversos processos em Telecom.

aplicação correta e a Dura-Line sempre co-

virgem, garantindo a durabilidade de 20

Aliada a essa proposta, dentro do rol de

locou à disposição dos clientes a sua exper-

anos, explica Fogetti. “A qualidade dos

boas práticas priorizado pela Dura-Line,

tise”, ressalta o diretor Comercial, Paulo

produtos é também um pré-requisito

as instalações de fibra óptica e outros ser-

Fogetti. Esses caminhos de aprendizagem,

para garantir a longevidade da infraes-

viços de redes de infraestrutura de quali-

prossegue, estão em ações como treina-

trutura construída”, completa.

dade no Brasil, está ainda uma iniciativa

mentos e a supervisão in loco das obras.

Auxiliando essa proposta está o recurso

de aperfeiçoamento nesse segmento em

“Com a academia, buscamos difundir ain-

Silicore, um revestimento lubrificante

todo o cenário nacional, por meio da capa-

da mais esse conhecimento, com uma ferra-

permanente, presente na parede interna

citação remota de profissionais.

menta destinada a empresas que almejam

dos produtos, que facilita a instalação dos

qualificar os seus profissionais e, futura-

cabos. “Introduziremos em breve o nosso

mente, tornarem-se parceiros para certifica-

último avanço: o Silicore ULF, o revesti-

ção e garantia na aplicação”, afirma.

mento de atrito ultra baixo”, explica o di-

UMA ACADEMIA PARA OTIMIZAR A TELECOM

retor sobre a nova versão. “Ela será capaz

A Dura-Line Academy é um sistema online para treinamento em MicroTecnologia, com o objetivo de compartilhar o co-

LONGEVIDADE NA PROTEÇÃO DE CABOS ÓPTICOS

nhecimento da marca sobre o tema,

Os Dutos e MicroDutos de Polietileno de

levando em conta de que a utilização dos

Alta Densidade são responsáveis por pro-

IDEIAS

CONTEÚDO

de reduzir em 40% o atrito em relação à versão anterior”, conclui.

www.duraline.com comercial.brasil@duraline.com


AUTOMAÇÃO

68 – RTI – OUT 2021

Gerenciamento de data center em sites de pequeno e médio portes Vercier Alcantara Travassos, Oficial Técnico Temporário do Exército Brasileiro

A

O desafio para os administradores de sites de menor porte é equilibrar as finanças para manter os ativos do data center atualizados e realizar a gestão da infraestrutura de forma a garantir a disponibilidade das operações. As ferramentas DCIM podem ajudar nesse sentido, trazendo vantagens adicionais como melhor planejamento e redução de desperdícios na aquisição de equipamentos.

gestão de infraestrutura em um data center é um processo custoso e complexo. Em um site de grande porte, é esperado um elevado nível de investimento em soluções de monitoramento, mas nas instalações de pequeno e médio portes, em que muitas vezes o foco é a compra de novos equipamentos, essa necessidade fica em segundo plano. Hoje existem diversas ferramentas de gestão de data centers, conhecidas por DCIM Data Center Infrastructure Management, disponíveis no mercado, gratuitas ou comerciais. O DCIM integra as funções tradicionais de gestão de data centers com a gestão dos ativos físicos e recursos da infraestrutura predial [4]. O desafio para os administradores de sites de menor porte é equilibrar as finanças para manter os ativos do data center atualizados. Muitos recorrem a ferramentas gratuitas para que, mesmo em um nível superficial, possam monitorar as instalações. É comum ver situações em que os profissionais perdem mais tempo gerenciando crises do que administrando o site em si. Por isso, é necessário, se não obrigatório, que data centers de qualquer tipo e tamanho tenham

acesso a ferramentas DCIM para gerenciar melhor os seus ativos e deixar o data center sempre disponível. Apresentaremos a seguir duas soluções de DCIM, o OPENDCIM, gratuita, e o Datafaz, da Specto, comercial. Com isso, eleva-se o nível de gerenciamento dos dados hospedados e, consequentemente, a maturidade e disponibilidade das operações.

Conceito Os data centers têm se tornado uma figura essencial às empresas; são a base de toda a infraestrutura de TI. Realizar a gestão/administração de um site, independentemente do seu tamanho ou tipo, é fundamental para garantir alta disponibilidade das informações e continuidade dos negócios. Com o passar do tempo, a automação em data centers se tornou fundamental para a administração centralizada. Por volta de 2010, evoluiu para o conceito de “sistema” e com isto surgiu o conceito DCIM, que compreende a plataforma de software e hardware capaz de realizar a operação otimizada e gestão da sua infraestrutura [3].



AUTOMAÇÃO 70 – RTI – OUT 2021

Antigamente, o monitoramento do data center era realizado por diversos softwares, vinculados às controladoras dos equipamentos, como ar condicionado e alarmes de combate a incêndio. O administrador deveria acompanhar diversos dashboards de softwares e estruturar todas as informações para avaliar os pontos críticos da operação. As soluções DCIM nos últimos anos passaram a integrar sistemas de monitoramento de diferentes tecnologias para poder reunir e entregar, em um só dashboard, as informações de forma centralizada e concisa. Seguem abaixo exemplos de funcionalidades das soluções de DCIM atuais [3]: • Monitoramento de rede e infraestrutura • Gerenciamento de espaços Fig. 1 - Tela da funcionalidade Data Center Map. Fonte: OPENDCIM • Planejamento de operações • Eficiência energética investimentos para manter alta O sistema roda em web e suporta • Segurança física grande parte das funcionalidades de disponibilidade de acordo com níveis • Otimização do desempenho geral mercado. O objetivo dos seus criadores de SLA – acordo de nível de serviço. do data center. é eliminar qualquer desculpa por parte Nas soluções DCIM gratuitas a curva Os sites de grande porte utilizam dos administradores de data centers de aprendizado é maior. É preciso ferramentas DCIM comerciais de alta que ainda realizam a gerência de ativos configurar diversos componentes para complexidade e de configurações em planilhas ou outros tipos de que o dashboard fique de acordo com altamente customizáveis, tendo em vista documentos ao invés de uma solução as necessidades do administrador o tamanho e o tipo de instalação a ser centralizada e desenvolvida para a missão. do site. Já as ferramentas comerciais administrada e, consequentemente, os Dentre suas funcionalidades oferecem configurações prontas ou negócios e dados hospedados. destacam-se: pré-configuradas, acelerando sua Em uma visão estratégica, • Mapeamento de imagens com implantação. modernizar um data center em médio customização para criação de zonas clicáveis para cada rack. ou longo prazos ajudaria a manter a OPENDCIM • Sobreposição de camadas no mapa infraestrutura atualizada e criar novas O OPENDCIM é uma solução para energia, espaço, temperatura e oportunidades de negócio, como por DCIM gratuita. Como em sua maioria, capacidade (peso). exemplo oferecer serviços de os projetos gratuitos necessitam de • Mapeamento das conexões de colocation. Com isso, garante que os doações financeiras da comunidade da energia a partir do equipamento ativos de TI não fiquem ociosos, além Internet para manter o projeto, cabo de energia, painel e fonte de de gerar receita. Muitos gestores de desenvolver novos recursos e melhorar alimentação. empresas pequenas e médias ainda o suporte das funcionalidades já • Mapeamento de conexões de rede visualizam TI como gasto, dificultando implementadas.



AUTOMAÇÃO 72 – RTI – OUT 2021

Fig. 2 - Dashboard com dados de UPS. Fonte: Datafaz, Specto Tecnologia

para qualquer equipamento classificado como switch. • Suporte a chassis de dispositivo. • Visão gráfica dos racks (o usuário deve fornecer as imagens). • Diversos níveis de privilégio de usuário. • Sistema de workflow básico para gerar requisições de rack. • Relatório de custos de host por departamento baseado no custo por U e no custo pela fórmula de W. • Relatório de estado de tolerância a falhas por dispositivo e simulação de impacto de queda de fonte de energia ou painel de energia. • Suporte para transferência automática de switches. Da lista citada acima, todas as funcionalidades suportadas pela versão atual do OPENDCIM, a 20.01, de julho de 2020, possuem integração com hardware de terceiros, como servidores, switches e sensores de captura de dados de ambiente, como medidor de temperatura e detecção de movimento. Trata-se de um esforço conjunto da comunidade da Internet para prover elevados níveis de suportabilidade do software e, consequentemente, maior aceitação nos data centers.

Um exemplo das funcionalidades é o mapa do data center. A partir desse gráfico, o administrador do site é capaz de ver onde fisicamente estão localizados os racks na estrutura e realizar customizações. A figura 1 mostra um exemplo de zonas para classificação de ativos, como os racks por exemplo. Outro recurso é o navegador de gabinetes, que permite verificar o espaço físico disponível em um determinado rack. Com isto a instalação de um novo ativo pode ser planejada em nível de detalhes, inclusive o espaço físico que irá ocupar. Também é possível verificar a parte frontal e traseira do rack selecionado, além de métricas relativas a consumo de energia e espaço físico ocupado no rack selecionado. O OPENDCIM, dentre as ferramentas gratuitas de DCIM, é uma opção viável de implementação, com boa aceitação e suporte ao hardware de terceiros. Mesmo que seja um projeto de código aberto e suscetível a um possível abandono pelos desenvolvedores, o que já está implementado até o

momento mostra um programa maduro e pronto para ajudar data centers sem recursos financeiros a ter uma ferramenta comercial de DCIM. Deve-se salientar que há o custo de aquisição dos sensores que irão captar as informações a serem gerenciadas pela solução.

Datafaz O Datafaz, desenvolvido pela Specto Tecnologia, é uma solução de DCIM totalmente nacional, com diversas opções de configuração e monitoramento. O hardware utilizado para realizar a captura dos dados dos ativos, além dos sensores de ambiente, são de fabricação própria. O dashboard é customizável de acordo com a demanda de informações. No exemplo da figura 2, é demonstrado o dashboard baseado em informações de uso e tensão dos UPS do data center. Outro ponto importante é a gestão de ativos. Este recurso é fundamental para que o administrador tenha uma visão minuciosa dos ativos gerenciados, como por exemplo a localização de servidores em um rack, sua marca e modelo. Essas


73 – RTI – OUT 2021

informações são cruciais para realizar um planejamento de aquisição de novos servidores sem desperdícios.

Conclusões O gerenciamento de um data center é uma tarefa árdua, mas necessária para manter o funcionamento e disponibilidade do site e, consequentemente, prover a continuidade dos negócios. No caso dos sites de pequeno e médio portes, o planejamento pode ajudar a reduzir os custos de aquisição de novos equipamentos graças a uma melhor análise dos componentes administrados no site possível com a ferramenta DCIM. Mesmo com as desvantagens de uma solução gratuita, no que tange à falta de suporte aos novos equipamentos, não existe desculpa para que os administradores não tenham uma ferramenta de DCIM implementada.

O ponto chave para os sites de pequeno porte é o convencimento para conseguir realizar o investimento em DCIM nos data centers. Isto pode ser adquirido através dos poucos dados de gerenciamento que os administradores possuem. Em médio e longo prazo uma solução comercial se paga tendo em vista a racionalização de recursos que a implantação da ferramenta irá proporcionar. Caso não seja possível emplacar uma solução comercial, existem soluções gratuitas como o OPENDCIM, que podem ajudam o administrador a ter controle do site e com isto manter a alta disponibilidade das informações, mesmo com as dificuldades de implementação de uma solução gratuita, como a curva de aprendizagem e a suportabilidade da ferramenta com os equipamentos existentes no data center.

Existem opções DCIM para todos os perfis de data center, cada uma com suas particularidades e curvas de implementação e aprendizado.

REFERÊNCIAS [1] Cerutti, Fernando. Tratamento de Incidente de Segurança da Informação. Palhoça. Unisul Virtual, 2011. [2] Datafaz. Specto Tecnologia. www.specto.com.br. [3] Faccioni Filho, M.: Gestão da infraestrutura do datacenter: livro digital. Palhoça: Unisul Virtual, 2016. [4] Fagundes, Eduardo: DCIM – Data Center Infrastructure Management. [5] OPENDCIM, 2018. www.opendcim.org/index.html.

Artigo resumido e adaptado do TCC Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Datacenter: Projeto, Operação e Serviços, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Orientador: Prof. Djan de Almeida do Rosário.


CLIMATIZAÇÃO

74 – RTI – OUT 2021

Contenção de corredores em data centers Marcelo Barboza, da Clarity Treinamentos

E

Muitas vezes, até mesmo um data center com uma boa gestão do fluxo de ar na refrigeração pode sofrer vazamentos de ar quente e frio. O confinamento de corredores, técnica que utiliza anteparos sobre os racks e portas, pode ajudar a sanar o problema.

m meu artigo anterior (RTI Confinamento do edição 256, setembro de corredor frio 2021), mostrei a importância de Impede que o ar resfriado fornecido uma boa gestão do fluxo de ar pelo CRAC – Computer Room Air na refrigeração dos Conditioner desvie por qualquer outro computadores de um data lugar. A única maneira dele retornar center, além de explicar os três ao CRAC é através dos computadores principais impactos na instalados nos racks. Lembrando que climatização do meio ambiente: é preciso fechar outros potenciais ar frio desviado, recirculação do “buracos” por onde o ar poderia sair ar quente e pressão negativa. (figura 2). Suas principais Para evitar os problemas características são: citados, é preciso fechar as • Menor volume de ar frio. posições não utilizadas do rack • O resto da sala é quente, o que com tampas cegas, não deixar pode impossibilitar a instalação de espaços entre os racks da fileira, equipamentos “stand alone” (fora de selar as passagens de dutos e rack ou “de piso”) por conta de cabos que atravessam o plenum problemas de superaquecimento. de fornecimento de ar frio • Maior uniformidade na (geralmente, o piso elevado) e temperatura do corredor frio. não colocar saídas de ar frio em • Maior facilidade de aplicação em locais que não sejam os racks padronizados corredores frios. Um dos cuidados que se deve ter é Mesmo com todas essas o de não pressurizar demais o corredor medidas, ainda há locais por onde frio para o ar não acabar “desviando” o ar frio ou quente consegue por dentro dos computadores. escapar de seu corredor, resultando em uma mistura indesejada: pelo topo e final dos corredores (figura 1). Para sanar o problema, é possível aplicar a solução de confinamento de corredores, fechando o topo com anteparos sobre os racks e portas no final dos corredores, evitando assim a mistura do ar Fig. 1 – Ar frio e quente escapando e se quente com o frio. misturando


75 – RTI – OUT 2021

Fig. 2 – Confinamento do corredor frio

Confinamento do corredor quente Evita que o ar quente volte aos computadores, criando um “duto” entre o corredor quente e a volta ao CRAC. O retorno pode ser dutado ou através do plenum formado pelo forro. A figura 3 traz uma situação em que o suprimento de ar frio não precisaria necessariamente ser feito sob o piso elevado, mas também poderia no ambiente. Suas principais características são: • Maior volume de ar frio no restante da sala.

criação do corredor quente em si. Cada rack confina seu próprio ar quente, com portas traseiras seladas e uma chaminé que permite o retorno do ar ao CRAC através de dutos ou do plenum superior (figura 4). Suas principais características são: • Ausência de corredor quente, o que evita problemas de salubridade para pessoas que precisam ficar atrás dos racks por muito tempo. • Temperatura fria no resto da sala. • Layout mais flexível, sem corredores paralelos. • Demanda racks apropriados, mas não necessariamente iguais.

Fig. 4 – Rack chaminé

Conclusão

Fig. 3 – Confinamento do corredor quente

• Possibilidade de instalação de equipamentos “stand alone” sem problemas de superaquecimento. • A temperatura pode passar facilmente dos 40°C, resultando em problemas de saúde ocupacional em pessoas que precisam ficar muito tempo no local. • É mais fácil de ser aplicado quando os racks são padronizados.

Rack chaminé É uma outra forma de confinamento do corredor quente, mas sem a

Existem diversas alternativas para a implementação do confinamento de corredores, cada uma com suas características, vantagens e desvantagens. De qualquer forma, implantar o confinamento é melhor do que não fazê-lo, seja qual for a solução adotada.

Marcelo Barboza é instrutor da área de cabeamento estruturado desde 2001, certificado pela BICSI, Uptime Institute e DCPro (Data Center Specialist – Design). Instrutor autorizado para cursos da DCProfessional, Fluke Networks, Panduit e Clarity Treinamentos. Site: www.claritytreinamentos.com.br.


EM REDE

Fernando Freitas, diretor técnico de cybersegurança da Cyberone

Negócios na nuvem

ganham segurança com a arquitetura SASE A nuvem conquistou o mundo e reinventou o perímetro. O novo ambiente digital das empresas está se expandindo em alta velocidade, aglutinando profissionais em home office, filiais de escritórios fora de grandes centros e organizações pulverizadas por centenas ou milhares de pontos remotos. Isso está levando o time de ICT Security a revolucionar sua política de acessos, buscando entregar infraestrutura de rede e segurança a todos os pontos da companhia. A base dessa realidade é a nuvem (pública, privada ou híbrida) e o uso de SaaS - Software as a Service em todas as modalidades possíveis. Esses avanços explicam a demanda pela arquitetura SASE Secure Access Service Edge. Adere ao SASE a empresa que compreendeu que dados críticos podem, por meio da nuvem, ser acessados com segurança de qualquer ponto. O SASE foi divulgado pelo Gartner pela primeira vez em 2019. Segundo o instituto de análise de mercado, até 2024 40% das organizações do mundo contarão com estratégias de implementação do SASE. Em 2018, a proporção era de apenas 1%. Para o instituto de pesquisas Market Watch, até 2026 o Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar seus artigos para a Redação de RTI , e-mail: inforti@arandanet.com.br.

mercado vai atingir a marca de quase US$ 4 bilhões. A demanda pelo SASE é reforçada, ainda, pela crescente adoção de dispositivos IoT – Internet das Coisas no Brasil. Acredito que aqui é o momento em que o leitor pergunta: o que é, então, o SASE? A tecnologia é uma arquitetura híbrida que integra soluções de infraestrutura de rede e segurança. Do lado da rede entram em cena recursos como SWG - Smart Edge Secure Web Gateway, tecnologia que provê melhor performance, escalabilidade e segurança para a rede e SD-WAN. Do lado da cybersegurança, a arquitetura SASE inclui FWaaS - Firewall as a Service, com ênfase nos recursos de filtro de conteúdo web, IPS - Intrusion Prevention System e antimalware. O SASE tem de suportar, também, o ZTNA - Zero Trust Networking Access, acessos Zero Trust à rede. Em alguns casos, é importante estudar, ainda, a inclusão de recursos de CASB - Cloud Access Security Broker e DLP Data Loss Prevention nessa configuração. O CASB explora recursos de IA – Inteligência Artificial para, por meio do uso de APIs, proteger as informações corporativas trafegadas ou armazenadas em soluções SaaS. O DLP, por outro lado, destacase por sua capacidade de detectar ameaças e evitar o vazamento de dados críticos. A adoção de CASB e DLP no SASE é uma estratégia indicada para empresas usuárias de grandes plataformas na nuvem como Office 365, GoogleDocs e SalesForce. O SASE nada mais é do que um broker que concentra serviços de segurança em todos os ambientes da nuvem, seja no edge da rede ou em localidades mais centrais. O critério correto

76 – RTI – OUT 2021

para implementar o SASE não é o quão distante o ponto de acesso está dos headquarters da empresa. A justificativa para o uso do SASE é reconhecer que a mobilidade nunca foi tão necessária, e que, através dela, dados críticos estão navegando na nuvem. Isso exige que se leve proteção para pontos que antes eram vistos como secundários em demandas de segurança e rede. O modo como o SASE será implementado é crítico para o sucesso do projeto. Trata-se de uma arquitetura sofisticada, que interliga intimamente tecnologias de networking e segurança digital que, até agora, eram projetadas, implementadas e gerenciadas de modo estanque. Todo projeto SASE aproxima os times de infraestrutura e segurança, exigindo a criação de comitês multidisciplinares e troca de experiências críticas para o sucesso da empreitada. É recomendável que a adoção do SASE aconteça em fases, começando com as soluções de acesso seguro à nuvem e, conforme o contexto, avancem em um segundo momento para a implementação dos recursos CASB e DLP. Numa etapa posterior seriam equacionados os requisitos de governança, algo muito estratégico num momento em que o mercado se prepara para o início da fiscalização das empresas em relação à conformidade à LGPD. O caminho da adoção do SASE traz alguns desafios: • Serviços inconsistentes acontece quando a empresa usuária do SASE não entrega aos colaboradores os serviços digitais necessários para realizar suas atividades. A origem dessa falha diz respeito a problemas no mapeamento de direitos e


77 – RTI – OUT 2021

bloqueios de acesso dos usuários. O SASE é, por princípio, baseado em políticas de acesso. Se a implementação acontecer seguindo as configurações padrão da arquitetura, alguns colaboradores poderão ficar sem acesso a recursos críticos para seu trabalho. Para evitar isso, é aconselhável que a plataforma SASE inclua recursos de gestão de identidade do usuário na nuvem. • Dificuldade de gerenciamento – ocorre quando a empresa usuária opta pelo SASE construído no formato de uma colcha de retalhos, como, por exemplo, um FWaaS de um fornecedor e o DLP de outro. A arquitetura SASE reúne várias camadas de segurança com funções específicas, mas que, ao final do dia, atuam de forma integrada para garantir a segurança do acesso à nuvem. A dificuldade em ganhar visibilidade sobre todos os elementos do SASE e identificar, por exemplo, pontos de falha, acaba acarretando em muito tempo e energia desperdiçados com a gestão dessa tecnologia. Quem escolher

uma plataforma SASE de um único fornecedor terá acesso a uma visão de gerenciamento centralizada e integrada. • Alta latência – está diretamente ligada ao DNA híbrido do SASE, com componentes que endereçam a infraestrutura de rede e a segurança do acesso à nuvem. No mundo pós-pandemia conexão é tudo, sejam links múltiplos à disposição dos headquarters, sejam serviços de Internet de baixa banda contratados pelo trabalhador em home office. A solução para esse desafio é, desde a fase do projeto, identificar os gargalos da rede, desenhando caminhos para padronizar ao máximo a velocidade da conexão de cada usuário à nuvem. Na jornada em direção ao SASE, é fundamental contar com o apoio de um parceiro de serviços que traga em seu currículo projetos bem-sucedidos. O time dessa consultoria, com profissionais treinados e certificados nas tecnologias que compõem a arquitetura SASE,

deve mesclar conhecimentos de negócios e da cultura da organização que caminha em direção ao SASE com informações sobre tecnologias de segurança e networking, além de detalhes do funcionamento das principais nuvens. Como tudo que diz respeito à nuvem, o SASE é uma arquitetura fluida e em constante transformação, que demanda contínuos investimentos em treinamento e certificação dos experts nessa área. Veremos as empresas que adotarem simultaneamente a nuvem e o SASE avançarem como nunca, tornando-se benchmarks em suas verticais. A solidez dessa arquitetura garante que a gestão de segurança de todos os pontos de acesso à nuvem será feita a partir das políticas da empresa, algo estreitamente ligado à lógica dos negócios. Estudar o que o SASE agrega à economia digital brasileira é, portanto, urgente.


INTERFACE

78 – RTI – OUT 2021

Paulo Marin

Quais são os padrões estabelecidos para PoE – Power Over Ethernet, qual é o organismo responsável e quais são os meios físicos específicados para esses padrões? Questões e dúvidas em geral sobre PoE têm sido bastante comuns e recorrentes. Como informação, esse tema já foi tratado em Interface diversas vezes, sendo as mais recentes nas edições números 231 (agosto de 2019) e 235 (dezembro de 2019) da RTI. É importante entender que a aplicação PoE não é uma especificação dos organismos de normalização de cabeamento estruturado. A única relação entre o cabeamento estruturado e o PoE é que o primeiro serve como meio físico para a implantação do segundo. Para esclarecer, o IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers nem entra em detalhes sobre as categorias de desempenho reconhecidas de cabeamento para PoE. O PoE é uma iniciativa do IEEE e, como todo padrão Ethernet, trata-se de uma variação do IEEE 802.3, que estabelece todos os padrões de redes Ethernet. No que diz respeito ao PoE, os seguintes padrões se aplicam: Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

• IEEE 802.3af - para dispositivos com potência máxima de 12,95 W. • IEEE 802.3at - para dispositivos com potência máxima de 25,5 W. • IEEE 802.3bt - para dispositivos com potências máximas de 51 e 71 W. A tabela I mostra os padrões PoE vigentes e suas características. De acordo com o IEEE, um sistema PoE é formado por três elementos principais: • PSE - Power Source Equipment - fonte de alimentação PoE.

O PoE foi projetado para operar nos padrões Ethernet 10Base-T (10 Mbit/s), 100BaseTX (100 Mbit/s), 1000Base-T (1 Gbit/s), 2.5GBase-T (2,5 Gbit/s), 5GBase-T (5 Gbit/s) e 10GBase-T (10 Gbit/s) utilizando o mesmo meio físico (cabeamento) para a transmissão de dados e entrega de alimentação em corrente contínua para a carga (PD), por meio de dois ou quatro pares. O IEEE traz as seguintes especificações em seus padrões para PoE: • Um PSE deve aplicar tensão em corrente contínua em

Fig. 1 – Esquema de PoE com a fonte na configuração endspan. Fonte: IEEE 802.3-bt-2018

• PD - Powered Device dispositivo que será alimentado pelo PSE. • Cabeamento balanceado – conecta os dispositivos PSE e PD. Em um sistema PoE, o cabeamento é compartilhado para a transmissão de dados e entrega de alimentação em corrente contínua para o PD. A fonte de alimentação em corrente contínua (PSE) pode ser uma fonte externa (configuração midspan) ou incorporada ao switch Ethernet (configuração endspan). A figura 1 mostra um esquema de interface PoE endspan. Já a figura 2 ilustra a midspan.

cabeamento balanceado com impedância característica de 100 Ω. • As características de carga de um PD em relação ao PSE e ao meio físico. • Um protocolo que permita a detecção de um PD quando requisitar alimentação ao PSE. • Métodos para classificar um PD com base em suas necessidades de alimentação elétrica, de negociação dinâmica de alimentação elétrica entre o PSE e o PD e para a retirada de tensão do canal quando este não for mais necessário no link.


79 – RTI – OUT 2021

Fig. 2 –Esquema de PoE com a fonte na configuração midspan. Fonte: IEEE 802.3-bt-2018

Embora o cabeamento balanceado seja o meio físico especificado para o padrão PoE e haja muita discussão no mercado sobre a categoria de desempenho mais adequada, o

IEEE se limita a especificar cabeamento Classe D/Categoria 5e (100 M Hz) ou superior ( s e m m a i s detalhes) para PoE, independentemente do tipo (1 a 4). Portanto, os critérios do

IEEE para a especificação da Categoria 5e estão baseados somente na capacidade de corrente máxima por condutor e na isolação elétrica entre eles. O leitor pode estar se perguntando como a Categoria 5e, a única de desempenho citada pelo IEEE em seu padrão, pode suportar todos os tipos de interfaces PoE, pois, como o próprio IEEE especifica, aplicações PoE podem operar entre 10 Mbit/s e 10 Gbit/s e têm, portanto, diferentes requisitos de meios físicos, especialmente em termos de categoria de desempenho. A minha interpretação ao ler o padrão, em particular o IEEE 802.3bt-2018 (vigente), é

Tab. I – Especificações do padrão PoE IEEE IEEE IEEE IEEE

Padrão/tipo 802.3af - Tipo 802.3at - Tipo 802.3bt - Tipo 802.3bt - Tipo

1 2 3 4

Ano 2003 2009 2018 2018

Potência – Dispositivo (W) 12,95 25,5 51 71

Pares energizados (nome) 2 (PoE) 2 (PoE+) 2 ou 4 (PoE++) 4 (HPPoE)

Corrente elétrica (cc) por par (mA) 350 600 600 960


INTERFACE que o I EEE não se aprofunda nas especificações do meio físico por ele não ser o objeto do padrão, que é especificar a eletrônica para viabilizar o PoE. Ao especificar a Categoria 5e, sob meu ponto de vista, o foco está no tipo do cabo (balanceado), em sua impedância característica (100 Ω) e na quantidade de pares (quatro). É importante lembrar que a Categoria 5e é a especificação mínima para o meio físico. Portanto, como há requisitos distintos para diferentes velocidades de transmissão no padrão Ethernet, o projetista

80 – RTI – OUT 2021

especificação de fábrica. Os cabos utilizados em instalações internas operam com segurança até uma temperatura de 60°C. • A temperatura máxima, acima da temperatura ambiente, não deve exceder 15°C (até o limite de 60°C). Isso permite que a temperatura ambiente no local de instalação dos cabos esteja a 45°C, o que não é o cenário mais comum em instalações de cabeamento em edifícios comerciais. • Os feixes de cabos não devem conter mais de 100 segmentos de cabos (por feixe). • Não há a necessidade de aumentar a separação entre os segmentos ou feixes de cabos

Tab. II – Categorias de desempenho do cabeamento e velocidades de transmissão Cabeamento Classe D/Categoria 5e Classe E/Categoria 6 Classe EA/Categoria 6A

Largura de banda (MHz) Aplicação (velocidade de transmissão) 100 100 Mbit/s 250 1, 2,5 e 5 Gbit/s 500 10 Gbit/s

deve levar em consideração o requisito mínimo de meio físico para a aplicação mais crítica a ser implementada em uma instalação, conforme mostrado na tabela II. O IEEE 802.3bt-2018 também remete ao TSB-184-A:2017 Guidelines for Supporting Power Delivery Over Balanced Twistedpair Cabling e ao ISO/IEC TS 29125:2017 - Information Technology Telecommunications Cabling Requirements for Remote Powering of Terminal Equipment para maiores detalhes sobre o uso de pares dos cabos balanceados para a entrega de alimentação em corrente contínua. Em resumo, o foco do TSB-184-A é dirigido às práticas de instalação. Entre as recomendações mais importantes estão: • A temperatura de qualquer cabo não deve exceder sua

colocados na infraestrutura de distribuição. • Sempre que possível, optar por dispositivos PoE++, conforme especificações do IEEE, que utilizam os quatro pares dos cabos balanceados para a entrega de alimentação elétrica em corrente contínua. • Para PoE+, que drena 600 mA de corrente elétrica por par, recomenda-se que o aumento de temperatura ambiente seja mantido em torno de 5°C para cabeamento Categoria 5e. Como podemos notar, a abordagem do TSB-184-A está no aumento da temperatura devido ao uso de condutores para alimentação elétrica da carga e seu efeito nos cabos balanceados. É sabido que o aumento da temperatura leva ao aumento da atenuação do condutor e, portanto, a alguma perda de desempenho do canal.

Por isso, a aplicação do TSB184-A leva à determinação de limites seguros para PoE em diferentes categorias de desempenho do sistema de cabeamento. As conclusões às quais podemos chegar ao aplicar as diretrizes do TSB-184-A não são novidades de fato. Observações sobre o aumento da temperatura em cabos metálicos são comuns desde suas primeiras aplicações em telefonia analógica ainda no início do século passado. Para concluir essa discussão, e com base no padrão IEEE 802.3bt-2018 e no boletim TSB-184-A, é meu entendimento que a Categoria 6 (250 MHz) pode ser considerada a categoria de desempenho adequada às aplicações Ethernet 1000Base-T, 2.5GBase-T e 5GBase-T, operando PoE tipos 1 a 4. Por outro lado, se a aplicação requerida for a 10GBase-T, a Categoria 6A (500 MHz) deve ser considerada, inclusive operando PoE tipos 3 e 4. Uma boa prática quanto ao meio físico mais adequado a ser adotado para PoE, especialmente quando há garantia estendida de sistema envolvida, é seguir as recomendações dos fabricantes dos sistemas de cabeamento.

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.


#Encont r oNaci onal 2021

Mui t o mai sque net wor ki ng! O Encont r oNaci onaléum espaçoespeci al com pessoasi nfluent es, ondesuaschances desucessosemul t i pl i cam. Éaopor t uni dade det r ocarexper i ênci asef echarnegóci os.É a pr ova de que j unt os f or mamos o mai or encont r odepr ovedor esdaAmér i caLat i na!

Di as08, 09e10 Dezembr o/ 2021

I ngr essosdi sponí vei s!

abr i nt . com. br


SEGURANÇA

Fernando de Falchi, gerente de engenharia de segurança da Check Point Software Brasil Além do data center, há também a nuvem

Uma postura de

segurança resiliente ao data center híbrido

No contexto do aumento da força de trabalho remota e da crescente predominância de ataques sofisticados, como ransomware, malware de dia zero e ataques à cadeia de suprimentos, os CISOs foram pressionados a repensar sua arquitetura de segurança. Hoje, com a condição de ter aplicações distribuídas para suportar suas necessidades de negócios e proteção, as organizações estão aproveitando os ambientes de data centers híbridos e arquiteturas de segurança. Um data center híbrido combina infraestrutura local e em nuvem pública com orquestração, a qual permite que dados e aplicações sejam compartilhados entre eles pela rede, possibilitando que as organizações experimentem os recursos e benefícios de ambos. Os data centers híbridos abrangem nuvens públicas, privadas e ambientes locais, e as organizações que adotaram essa abordagem precisam garantir a resiliência da cibersegurança, a visibilidade e a facilidade de gerenciamento da segurança em toda a arquitetura. Esta seção aborda aspectos tecnológicos da área de segurança da informação. Os leitores podem enviar suas dúvidas para a Redação de RTI , e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Em última análise, as diferentes naturezas do data center local e da nuvem significam que as organizações precisam garantir a segurança e a paridade operacional em toda a arquitetura. Quando as empresas têm sua própria arquitetura de data center, isso significa que ela foi desenvolvida por um longo período e os controles de segurança existentes estão maduros e funcionam muito bem. No entanto, quando eles se movem dentro da nuvem pública, as equipes precisam estar cientes do modelo de responsabilidade compartilhada quando se trata de proteger os ativos. Embora os provedores de nuvem possam fornecer algum grau de segurança e ter acordos de desempenho que oferecem alguma responsabilidade compartilhada, no final do dia, as organizações ainda são responsáveis pelos dados e não podem ser absolvidas de ramificações legais ou outras no caso de um incidente de cibersegurança. Migrar serviços muito rapidamente para a nuvem também pode criar um ambiente menos resiliente devido aos requisitos de segurança específicos da nuvem. Mesmo uma pequena mudança feita pelo provedor ou organização pode afetar sua postura de segurança. Por exemplo, quando uma empresa cria uma instância de servidor de banco de dados na nuvem que possui acesso direto à Internet, isso coloca as informações em risco. O gerenciamento da postura de segurança na nuvem é fundamental, e ter visibilidade de

82 – RTI – OUT 2021

onde os dados estão residindo e o tráfego que cruza o ambiente de nuvem é de vital importância. Proteger efetivamente o data center híbrido Então, o que as organizações devem considerar ao procurar soluções para proteger seu data center híbrido? Aqui estão seis fatores a serem levados em consideração: • A segurança para data centers híbridos deve ser unificada e oferecer uma interface única para monitorar e gerenciar a proteção de ativos com várias nuvens e locais. • Conforme as organizações adotam o DevOps, elas precisam de segurança que acompanhe o ritmo. Isso requer suporte para automação, incluindo integração com pipelines CI/CD, gerenciamento programático, fluxos de trabalho automatizados na resposta a incidentes de segurança e atualizações dinâmicas que eliminam a necessidade de intervenção humana. • Os data centers híbridos são ecossistemas complexos, exigindo visibilidade profunda e granular e gerenciamento de segurança. A proteção desses ambientes requer a capacidade de realizar inspeção de tráfego, incluindo inteligência de ameaças, análise de conteúdo, código e imagem, monitoramento de interações de usuários e aplicações, alterações de configuração e outras atividades nas contas. • Ambientes de nuvem fornecem acesso a infraestrutura dinâmica e flexível. Proteger data centers


83 – RTI – OUT 2021

híbridos requer soluções que podem crescer com as necessidades dos negócios. • Os data centers oferecem alta disponibilidade e redundância para dar suporte às funções de negócios. A segurança deve fornecer as mesmas garantias para minimizar a interrupção das operações. • As soluções de segurança de data center híbrido devem ingerir dados de todo o ambiente e usá-los para desenvolver políticas de proteção adaptáveis e sensíveis ao contexto que garantam uma blindagem consistente em todas as camadas. Essas políticas devem se adaptar dinamicamente para refletir as mudanças nas configurações da infraestrutura do data center, minimizando a necessidade de mudança manual sempre que possível. Os modernos data centers e redes exigem a flexibilidade de uma arquitetura de segurança em nuvem híbrida que usa automação e IA Inteligência Artificial para escalar o desempenho da prevenção de ameaças on premises e na nuvem, com um sistema de gerenciamento simplificado e unificado. As organizações devem adotar uma estrutura de proteção que encapsule o maior número possível de camadas de segurança, para reduzir um possível ataque ou a superfície de intrusão e permitir ações de resiliência eficazes sempre que as políticas forem violadas.


ISP EM FOCO

Liandro Paulo Carniel, membro do conselho de administração da Abrint

Como provedores regionais se destacam no mercado Os provedores regionais precisam investir na profissionalização da gestão e na capacidade de inovação para não ficarem para trás. Com o aumento da demanda provocada pela pandemia, as PPPs - Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte cresceram 47% em 2020, 29 pontos percentuais a mais do que as grandes operadoras. Com isso, surge a necessidade de criar serviços e produtos, com foco em fidelizar e reter os novos clientes. Além, é claro, de aumentar a participação no mercado em setores que são fundamentais para a economia do país e que somente os provedores regionais podem atender, como o agronegócio. Reinventar práticas e estratégias, incentivar as equipes a buscarem ideias para novos métodos de venda, relacionamento e cobrança, repensar o modelo de negócio e adotar tecnologias e serviços mais recentes são algumas das atitudes que irão impulsionar o crescimento das PPPs neste novo cenário e fazer com que se diferenciem ainda mais das grandes operadoras. Mas, no topo da lista, está a experiência do cliente final, um dos principais diferenciais desse mercado. Por isso, o investimento em relacionamento com o cliente precisa ser certeiro, com o objetivo de atender de forma ágil. O uso

de IA - Inteligência Artificial e chatbots, por exemplo, resolve os problemas mais comuns dos usuários em qualquer hora do dia. São estratégias simples, porém oferecem um suporte técnico rápido e eficiente. A qualidade do atendimento e a capacidade de se antecipar a possíveis problemas são outros aspectos que influenciam diretamente na satisfação do cliente e, consequentemente, na sua permanência. Ferramentas de análise de dados ajudam a prever situações que possam fazer com que o assinante cancele o serviço e, para isso, a qualificação do time é essencial.

Contar com um catálogo de serviços que atenda a diversos tipos de consumidores é uma outra estratégia que pode diferenciar as PPPs. Ao oferecer diferentes opções de planos aos clientes, o operador é capaz de aumentar a gama de necessidades atendidas e angariar novos usuários, principalmente aqueles que buscam por flexibilidade. Isso sem falar nos SVAs - serviços de valor adicionado, como

84 – RTI – OUT 2021

TVs por assinatura, vídeo sob demanda (VoD), antivírus, portaria eletrônica e serviços financeiros, que atraem usuários em busca de outros recursos para usufruir. Há muitos anos, as PPPs prestam um serviço essencial. Com grande presença em comunidades afastadas de centros urbanos e zonas rurais, onde as grandes operadoras têm pouco interesse comercial, as PPPs são responsáveis por conectar mais de 10 milhões à Internet. Hoje, estão presentes em todos os municípios brasileiros e, segundo a Anatel, são responsáveis por 60% do mercado de fibra óptica nacional. Mas somente aqueles que se preocuparem em fornecer serviços que valorizem a experiência do usuário e se atualizarem sobre as principais demandas de seus clientes conseguirão destaque e relevância no mercado. A Abrint auxilia as PPPs nessa constante e crescente demanda do mercado, atuando para mitigar riscos que possam interferir na expansão da rede. E segue atenta a todas as iniciativas que possam impactar a prestação do serviço dos associados para evitar que elas se concretizem, mas também para promover agendas propositivas que potencializem os negócios do setor e permita que a digitalização seja ampla e constante no país, oferecendo oportunidades de conexão para todos os brasileiros.

Liandro Paulo Carniel é membro do conselho de administração da Abrint e atuou por 18 anos na direção do provedor Portal Medianeira.



PRODUTOS

86 – RTI – OUT 2021

Dispositivos Wi-Fi A nova linha WEG Home, da WEG, traz uma série de dispositivos Wi-Fi que possibilitam controlar diversos sistemas remotamente ou por comando de voz, como luzes, ar-condicionado e luminárias de mesa. Dentre a variada gama de

produtos estão os módulos de controle para iluminação e energia, sensores de presença e abertura de portas e janelas, câmeras IP e controle universal. Todos os produtos vêm prontos para conexão com os assistentes de voz Google Assistente e Alexa, da Amazon, além de poderem ser controlados por meio do aplicativo WEG Home, disponível para download na Apple Store e no Google Play. Site: www.weg.net/weghome.

Disponíveis em bobinas de 500, 1000 e 2000 m. Site: www.megatron.com.br.

Geradores Os geradores compactos da MWM apresentam motorização eletrônica de 4 cilindros, sistema de proteção para temperaturas e pressão de óleo integrado ao motor. Disponíveis em modelos

Wi-Fi para aparelhos que estão consumindo mais dados via beamforming. Site: https://bit.ly/2Z1RUPJ.

6000 V, o produto proporciona proteção para trabalho em ambientes de até 1500 V

UPS A TS-Shara apresenta as linhas de UPS Universal Professional e Senoidal. Com design mais moderno, as novas linhas de produtos foram desenvolvidas para proteger servidores, microcomputadores e equipamentos eletrônicos em geral, além de configurações mais sensíveis, que necessitam

com potência elétrica de 200 kVA em 60 Hz e 175 kVA em 50 Hz. Site: www.geradoresmwm.com.br.

como painéis solares, energia eólica, ferrovias elétricas e bancos de baterias de data center para fontes de alimentação ininterrupta. Site: https://bit.ly/3nzfGwv.

Roteador Wi-Fi 6

Firewall

Fabricado pela Mercusys,

O FortiGate 3500F

o MR70X é um roteador Wi-Fi 6 com velocidades de até 1,8 Gbit/s, sendo 574 Mbit/s na banda de 2,4 GHz e 1201 Mbit/s na banda de 5 GHz. Com

Fibra óptica As fibras ópticas drop da Megatron são fabricadas com revestimento LSZH – Low Smoke Zero Halogen. o OFDMA e MU-MIMO, o equipamento permite a transmissão simultânea de dados de e para vários dispositivos, além de contar com o direcionamento de sinal

de maior potência ou autonomia, e de onda puramente senoidal. Os UPS Universal Professional e Senoidal estão disponíveis em potências de 2200 e 3200 VA e contam com 4 e 2 baterias internas de 7 Ah, respectivamente, o que reflete em uma maior autonomia, que pode variar entre 2h30min até 3 horas. Site: www.tsshara.com.br.

Alicate O Fluke 393, da Fluke, é um alicate amperímetro de garra fina classificação IP54. Com nível de segurança CAT III 1500 V/CAT IV

NGFW – Next-Generation Firewall, da Fortinet, é um firewall para proteger as organizações com data centers híbridos contra ataques e ameaças de ransomware. A

solução foi projetada com recursos de ZTNA – Zero Trust Network Access, fornecendo segurança e experiência para o usuário em qualquer lugar. Site: https://bit.ly/3lrOTQ3.


Nome: Empresa: Endereço:

Complemento:

Bairro:

CEP:

Cidade:

UF:

Telefone:

ramal:

Celular:

E-mail:

Site:

Principal atividade da empresa: Número de empregados:

Até 50

51 a 100

101 a 500

501 a 1000

Acima de 1000

POSIÇÃO NA EMPRESA Cargo Presidente Diretor Gerente Supervisor Chefe

Engenheiro Técnico Administrador Analista Outros

Área Comercial Compras/Suprimentos Data Center Manutenção Marketing Operação

Projetos Redes Sistemas TI Outros

PERFIL DA EMPRESA Usuário final

Indústria. Identifique o ramo Banco / instituição financeira Concessionária de serviço público Empresa de logística Hotel Hospital / estabelecimento de saúde Emissora de rádio e TV Editora de jornais e revistas Comércio atacadista, distribuidor Comércio varejista em geral Órgão público Escola / universidade Instituto de pesquisa e certificação Outros

Provedor de serviços Operadora de telecomunicações Provedor de internet TV por assinatura Serviço de data center Outros

Fornecedor de produtos Fabricante Importador Revendedor Distribuidor Outros

Para mais informações, acesse: www.arandanet.com.br/revistas/rti assinarti@arandanet.com.br (011) 3824-5300

Prestador de serviços Integrador(a) Instalador(a) Projeto Consultoria Manutenção Construtora Escritório de arquitetura Outros

COMO RECEBER RTI

A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Qualifique-se preenchendo o formulário a seguir. Os exemplares são enviados somente para endereços comerciais.


FIBRA PROMOVENDO A CONEXÃO E TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE Esse ano, o Fiber Connect LATAM voltará em formato digital, reunindo especialistas para facilitar e incentivar a troca de experiências e o networking entre a comunidade de banda larga e fibra óptica na América Latina.

FIBER CONNECT LATAM 26 E 27 DE OUTUBRO | 2021

ONLINE

PLATINUM SPONSORS

GOLD SPONSORS

STANDARD SPONSOR

www.fiberbroadband.org/page/latam2021 Informações:

Raquel Freitas

Business Development Director Conecta LATAM raquel.freitas@conectaevents.com

Organização:

CONECTALATAM


Redes Escrita por Alexandre Fernandes de

Moraes, a obra Redes de Computadores – Fundamentos apresenta os sistemas de comunicação, com destaque para técnicas de regeneração de sinais, transmissão síncrona, assíncrona e largura de banda. Aborda mídias de transmissão, cabeamento e wireless, padrões de comunicação, papel do IEEE – Institute of Electrical and Electronics Engineers, ANSI – American National Standards Institute, entre outros temas. Na oitava edição, foram incorporadas as tecnologias de modulação CDMA e OFDM, os avanços na área de cabeamento estruturado e os novos padrões de interfaces. Também são abordadas as redes sem fio WiFi 802.11 ax/ac/ad/af, bem como temas sobre segurança de redes, malware e sistemas de nuvem. Editora Érica (https://bit.ly/38TrNMk), 248 páginas.

Blockchain Em Wireless Blockchain: Principles, Technologies and Applications, os pesquisadores e editores Bin Cao, Lei Zhang, Mugen Peng e Muhammad Ali Imran oferecem uma exploração robusta e acessível dos desenvolvimentos recentes de sistemas e aplicações potenciais de blockchain em setores como manufatura, entretenimento, segurança pública, telecomunicações,

transporte público, saúde, serviços financeiros, automotivo e concessionárias de energia. A obra apresenta o conceito de redes blockchain sem fio com diferentes topologias e protocolos de comunicação para diversos aplicativos comumente utilizados. O leitor descobrirá como as variações e as redes de comunicação afetam o desempenho de consenso do blockchain, incluindo escalabilidade, taxa de transferência, latência e níveis de segurança. A obra está em pré-venda pela Editora Wiley-IEEE Press (https://bit.ly/ 3nkIjh7), 336 páginas.

Tecnologia O IT Snapshot 2021, da Logicalis, é um e-book que traz um panorama da adoção da tecnologia no mercado brasileiro, com dados coletados entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021. Nesta edição, além do acompanhamento de tendências e prioridades, a companhia avaliou como a tecnologia vem auxiliando os gestores de TI a minimizar os impactos da Covid-19,

seja viabilizando o trabalho remoto ou possibilitando um retorno mais seguro aos escritórios. Dentre as prioridades de investimentos em tecnologia para 2021, 53% dos entrevistados responderam segurança da informação, 51% adequação à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados e 37% projetos de analytics e big data. Com 35 páginas, a análise pode ser acessada pelo link: https://bit.ly/3l1emQe.

Legislação A FGV Direito lançou o livro Políticas

Digitais no Brasil: Acesso à Internet, Proteção de Dados e Regulação, organizado por Luca Belli, professor da FGV Direito Rio e coordenador do centro de tecnologia e sociedade da FGV, e Bruno Ramos, diretor do escritório regional da UIT - União Internacional das Telecomunicações para as Américas. A obra fornece elementos para compreender desafios tecnológicos e regulatórios, como a expansão do acesso à Internet, a proteção de dados pessoais e a promoção da cybersegurança. O livro apresenta ainda as ferramentas necessárias para lidar com essas e outras questões, analisar as políticas existentes e conhecer as boas práticas que podem ser utilizadas para encarar os desafios digitais. Editora FGV Direito Rio (https://bit.ly/3yV6R2e), 175 páginas.

Índice de anunciantes Abrint ............................... 8 1 ALGcom ........................... 5 7 ALT Telecom .................... 3 5 Alta Rede ......................... 1 5 Americanet ...................... 3 3 Connectoway .................. 4 1 Container Media ............. 3 8 Dasan Zhone ................... 5 2 DCM Tecnologia ............. 7 5 Dura-Line ......................... 6 7 Elite ACS .......................... 7 1 Embrastec ......................... 8

Fiber Connect LATAM ..... 8 8 FiberHome ......................... 5 Fibracem .......................... 8 3 Forte Telecom ................. 4 5 Gigaclima ......................... 2 4 GlobeNet .......................... 3 9 Greatek ............................. 3 0 HT Cabos ......................... 5 1 Huawei ............................. 5 5 IXCSoft ............................ 2 3 JAP Telecom .................... 1 2 Klint ................................. 4 3

Lumiun ............................ 1 0 MacLean Power .............. 7 3 Merkant TI ....................... 2 2 Nano Access ...................... 9 Netcon ............................. 3 1 Network Broadcast ......... 2 6 Newco .............................. 4 2 Next Cable ........................ 1 4 Nexus Guard .................... 7 7 NIC.br ............................... 8 5 Objective .......................... 6 3 Padtec .............................. 6 5

PCR ................................... 5 0 Presley ............................. 5 8 Prosper Capital ............... 1 1 Prysmian ......................... 4 7 R&M ................................. 3 7 Rosenberger Domex ...... 2 5 Saft do Brasil .................. 1 8 Secmon ........................... 4 6 SMH Sistemas ................. 2 7 Sumec .............................. 1 3 TecFiber ........................... 5 3 Tenda ...................... 3ª- capa

TIP Brasil ......................... 7 9 TP-Link ................... 2ª- capa Vertiv ................................ 2 1 Watch TV ......................... 5 9 WDC Networks ................. 1 9 WEC Cabos ............. 4ª- capa Wesco .............................. 6 9 Youcast ........................... 3 4

PUBLICAÇÕES

89 – RTI – OUT 2021


AGENDA

90 – RTI – OUT 2021

Cursos

Eventos

Cabeamento – Nos dias 5 e 7 de novembro acontece o curso Data Cabling System Furukawa em Manaus, AM. Ministradas pela DSBC Treinamentos, as aulas serão divididas em teoria (online) e prática (presencial). Site: https:// bit.ly/3uePVD0.

Provedores e Data Centers – O Congresso RTI de Provedores e Data Centers acontece entre os dias 27 e 28 de abril de 2022 no Centro de Eventos do Ceará em Fortaleza. Paralelamente os visitantes poderão acompanhar o Intersolar Summit Brasil Nordeste, feira com foco nos ramos fotovoltaico, produção FV e tecnologias termossolares. Site: www.rtiprovedoresdeinternet.com.br.

FTTH – A Gatre Treinamentos está ofertando o curso Fibra Óptica FTTH na modalidade in company. Com um dia de duração, a aula tem como objetivo ensinar os alunos a dimensionar, instalar e testar toda a infraestrutura de redes de fibras ópticas, desde a central do provedor até a casa do usuário. Site: https:// bit.ly/3CV0deT. FTTx – A Academia Telecom ministrará, entre os dias 20 e 22 de novembro, o curso FTTx + Nr. O treinamento acontece em São Paulo e abordará temas como cabeamento e montagem de diagramas unifilar e multifilar, provisionamento de custos, ancoragem de caixas e manuseios outdoor e indoor, testes finais práticos e criação de uma rede completa, entre outros tópicos. Site: https://bit.ly/2ZFOpPn. Cursos – A FiberSchool atua com diversos treinamentos online. Entre os cursos oferecidos estão Técnico de Fibra IoT, Técnico de Fusão & Certificação de Fibra Óptica, Fibra Óptica do Zero, Wi-Fi Premium para Técnicos, entre outros. Site: https:// bit.ly/3uiIg6Y. Redes PON – Oferecido pela DlteC, o curso online Redes Ópticas Passivas (PON) ensina ao aluno sobre o funcionamento de uma rede PON e sua arquitetura ponto-multiponto. Site: https:// bit.ly/2XUSIp3.

Netcom - O Netcom 2022 - 10ª Feira e Congresso de Redes e Telecom será realizado entre os dias 2 e 4 de agosto de 2022 no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo. Site: www.arandaeventos.com.br.

2ª edição do Futurecom Digital Week, evento online que acontece entre os dias 8 e 11 de novembro. Site: https://bit.ly/2TdiXEY. Data centers – A cidade de Dublin, na Irlanda, vai receber nos dias 16 e 17 de novembro o Data Centres Ireland. Focado em soluções, infraestrutura e serviços para data centers, o evento abordará temas como energias renováveis, refrigeração, design e novos projetos. Site: https://bit.ly/3mXvHMo. Smart grid – Nos dias 29 e 30 de novembro será realizado, em São Paulo, o 13º Fórum Latino-Americano de Smart Grid. O tema desta edição será: Acelerando a digitalização da energia e a modernização do setor no Brasil e na América Latina. Site: www.smartgrid.com.br.

FTTH – O FTTH Meeting é uma feira especializada que reúne os principais operadores regionais do mercado de acesso à Internet, composta por exposição, ambiente de networking e palestras com temas relevantes para o setor. Realizado no formato presencial, o evento acontece com total observância as regras de segurança sanitária vigentes. Próximas datas e locais: 26 de novembro em Uberlândia, MG; e 17 de dezembro em Aracaju, SE. Site: https://bit.ly/3zMh8hN.

Provedores – O Encontro Nacional de Provedores de Internet e Telecomunicações da Abrint – Associação Brasileira de Provedores de Internet acontece entre os dias 8 e 10 de dezembro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Site: https://bit.ly/3oFY27Y.

InternetSul – O Descompressão InternetSul acontece entre os dias 28 e 29 de outubro em Gramado, RS. A iniciativa promove um encontro do mercado de provedores regionais, com apresentações sobre temas como busca de crédito, 5G e Wi-Fi 6 e redes neutras na Itália. Site: https://bit.ly/3m8AGYV.

IBusiness - O IBusiness 2022, evento voltado para provedores de Internet promovido pela Redetelesul, será realizado entre os dias 17 e 18 de março em Foz do Iguaçu, PR. Site: https://bit.ly/30zdjk9.

Futurecom – A 22ª edição do Futurecom foi adiada para os dias 18 e 20 de outubro de 2022 no São Paulo Expo, em formato híbrido. Para 2021, os organizadores realizarão a

Tecnologia – A próxima edição da CES, uma das maiores feiras voltadas à indústria do consumo, será realizada entre os dias 5 e 8 de janeiro de 2022 em Las Vegas, EUA. Site: www.ces.tech.

Segurança eletrônica – A Exposec 2022, feira internacional de segurança eletrônica, foi remarcada para o período de 7 a 9 de junho de 2022 no São Paulo Expo. Site: https://bit.ly/3CHV3mi.



CABO

CABOS ÓPTICOS

6 Razões para comprar o DROP WEC padrão operadora:

DROP

Cabo 100% colado:

1

Não ocasiona efeito memória:

2

Maior aderência, alta performance mecânica, ancoragem ao revestimento e bloqueio de possíveis oxidações. Aderência do revestimento ao mensageiro, sem torcimento ao ser retirado da bobina, proporcionando melhor manuseio, facilitando o lançamento, puxamento e instalação.

Elemento de Sustentação

Aço colado

Fibra com baixa sensibilidade a curvatura, possibilitando baixo índice de atenuação durante e após a instalação

Revestimento LSZH: Elemento de Tração Metálico

Aço colado

Fibra Óp a BLI A/B (ITU-T G 657 A2) Reves me to Externo LSZH de Baixo Atrito

Aço colado

Baixo atrito, melhor desempenho quanto ao comportamento de retardância à chama, baixa emissão de fumaça, resistente a raios ultravioleta (UV), suportando todas as diferenças climáticas existentes no Brasil.

5

Cabo colorido:

6

CONTATE- NOS:

weccabos comercial@weccabos.com.br

(15) 3228-1254 (15) 9 9734-7768

4

Custo x Eficácia: Longevidade tecnológica alinhada ao investimento do seu projeto.

Pode ser fornecido nas cores: vermelho, laranja, verde, azul, branco, cinza e preto. demais cores conforme solicitação.

www.weccabos.com.br

3


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.